27 HORAS DE AMOR
Raisa acompanhou a rotina de Dona Thereza e Ataíde, morados da Vila Brás, em São Leopoldo, para uma reportagem especial publicada no jornal Enfoque da Unisinos. A pauta criada pela aluna exigiu um registro mais amplo do que as pautas de costume do jornal: pela primeira vez em 10 anos de projeto alguém decidiu dormir na Vila. As imagens feitas por Raisa informam e revelam o cotidiano do casal e de quem os cerca. Ao todo, foram 27 horas de convívio: almoço na churrascaria, caridade para crianças, baile de formatura de danças gaúchas, almoço e despedida.
Dona Thereza mostrando o vestido que usaria no baile de formatura de danças gaúchas.
Compra bonecas no brechó e conserta. Coleciona há anos.
A sala é enfeitada com brinquedos e flores.
Sapatos do marido, Ataíde, no quarto.
A religião católica está visível em detalhes.
A religião católica está visível em detalhes.
Igreja onde realizam mensalmente a pesagem de crianças da Vila para acompanhamento da Pastoral da Criança.
O peito de Ataíde.
Ataíde dirige. Vamos almoçar na churrascaria.
AtaĂde ajuda Thereza com a comida que levam para a pesagem na Igreja para a Pastoral da Criança.
Thereza se arruma para o baile.
O neto, Gustavo, também formando de danças gaúchas, espera. Tem problemas nas veias do nariz, com frequencia sangram. Precisa segurar o nariz quando isso acontece.
Thereza tem uma câmera analógica. Usa diariamente. Ataíde implica com a quantidade de fotos que ela tem em caixas e caixas em casa. No baile, pediu para me fotografar.
Na volta do baile, banho.
O chuveiro, com um par de chinelos a mais. Thereza gosta de ter.
No dia seguinte, almoço em família.
As malas de Ataíde já estão prontas em cima da cama: viaja a trabalho no dia seguinte.
Antes de ir embora, um beijo para as câmeras. Ataíde chora quando pergunto como conseguem estar juntos há mais de 40 anos. Ela, ri. Diz que Ataíde sempre se emociona. Ele me olha e diz “tudo que a gente faz na vida, no fim, é pela família”.