Revista Materlife 98

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Materlife | Fevereiro 2013


08 Bebê Pematuro Saúde do Prematuro Compreenda melhor.

34 Segurança Engasgos e sufocamento Como previnir?

12 Bebê-a-bá Lâbio leoporino e fenda palatina afinal o que é lábio leporino?

36 Saúde Bebê Descongestionantes para o bebê Como tratar do seu bebê?

17 Medicina Meningite Leia como cuidar da doença.

Diretor Michel Wajchman Gerente Comercial Ubirajara Mendes Ponciano

19 Papo de mãe Meu filho anda na ponta dos pés Até quando isso é normal? 20 Visão Miopia na infância. Conheça sinais e sintomas.

Gerente Financeiro João Géa Maringolo Editora Chefe Giselle Ribeiro (MTB:33581-RJ)

38 Saúde Mulher Histerectomia Leia sobre curiosidades 41 Psicologia Medo do parto O que fazer com esse sentimento? 43 Puberdade Puberdade Tardia Saiba o que fazer.

24 Dúvidas O que é estomatite? Veja os sintomas.

46 Gravidez Qual massagem é ideal durante a gravidez?

26 Doenças Parotidite infecciosa Conheça o tratamento

48 Saúde Mulher Refluxo, gastrite e azia. Saiba diferenciar sintomas.

28 Saúde do Prematuro Sopro Cardíaco. Como devemos prevenir?

50 Gestação Sangramento do tericeiro trimestre. Quando isso ocorre?

• 52 - Pós Parto • 56 - Educação • 58 - Artigo • 60 - Dicas • 62 - Medicina • 64 - Saúde

A Revista Materlife , consciente da sua responsabilidade ambiental e social, utiliza papéis com certificado FSC ( Forest Stewardship Council) para impressão desta revista.

• 65 - Saúde • 68 - Papo de Mulher • 69 - Desenvolvimento • 74 - Papo de Mãe • 76 - Bebê-a-Bá • 78 - Alergias

• 84 - Vida a Dois • 86 - Nutrilife • 89 - Verão • 91 - Psicologia • 94 - Saúde Mulher • 97 - Vida a Dois

Para se corresponder com a redação: Endereçar cartas à Editora Chefe, Revista Materlife, Rua Tamoios, 302 cj 01 - Jd Aeroporto - São Paulo - SP - 04630-000 - Fax: 11 5031-4807. redacao@materlife.com.br. Cartas devem ser encaminhadas com os contatos do remetente. Esta marca e os produtos associados encontram-se disseminados em grandes grupos populacionais. A distribuição é feita em todo território nacional para profissionais da saúde nas especialidades de ginecologia/obstetrícia, pediatria e odontopediatria, promovendo o exercício do direito do cidadão em obter a informação de forma gratuita.

Direção de Arte Estúdio LIA / Vitor Gomes Coordenador de Assinaturas Marcos Hessman Produção e Conteudo Editorial Julio Mathias Neto Coordenador de Circulação Julia Feldstain Colaboradores desta edição: Dra. Carolina Mantelli Borges / Dra. Vanessa Penteado / Dr. Bruno Andrade / Dr. Leandro Teles / Dra. Angelina M. F. Gonçalves / Dra. Ana Paula Bautzer / Dra. Cynthia Boscovich / Dr. Joji Ueno / Dra. Angela Shimuta / Antonio Paschoal / Dr. Domingos Mantelli / Dr. Carlos Bautzer / Dra. Fernando Passos / Dra. Liliane Oppermann Capa Shutter Stock Logística e Distribuição: Correios Tiragem / mensal: Nacional 50.000 exemplares Atendimento ao assinante: Disponível de segunda a sexta-feira, das 9:00hs às 18:00 horas. São Paulo: 11 5031-4807 Para anunciar ligue: (11) 5031-4807 / (11) 5031-5847 contato@materlife.com.br

A Revista Materlife é uma publicação especial e mensal da Hill Comunicação e Marketing ltda. A redação da Materlife não se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados ou por qualquer conteúdo publicitário e comercial, sendo este último de inteira responsabilidade dos anunciantes.


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Pedialyte Zinco* é um medicamento. Seu uso pode trazer riscos. Procure o médico e o farmacêutico. Leia a bula. * Pedialyte 45 Zinco e Pedialyte Zinco 60 Referências Bibliográficas: 1. Close up Setembro/2012. 2. Bhutta ZA. Bird SM, Black RE, et aI. Therapeutic effects of oral zinc in acute and persistent diarrhea in children in developing countries: pooled analysis of randomized controlled trials. Am J C/in Nutr2000;721516-22. 3. Lazzerini M; Ronfamil. Oral zinc for treating diarrhea in children (Review Cochrane). Database of Systemic Reviews. 2012 4. Kleinman RE. 2008. Pediatric Nutrition Handbook. Chapter 28: Oral Therapy for acute Diarrhea. 6th Edition. USA, American Academy of Pediatrics Committee on Nutrition. P. 651-9.

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Material destinado ao público leigo - Cód. 10086759 - Impresso em dezembro/2012.

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Pedialyte 45 Zinco. Indicações: Prevenção da desidratação e manutenção da hidratação após a fase de reidratação, como em quadros de doença diarreica aguda, de qualquer origem, por exemplo. Pedialyte 60 Zinco. Indicações: Reposição das perdas acumuladas de água e eletrólitos (reidratação) e manutenção da hidratação, após a fase de reidratação, como em quadros de doença diarreica aguda, de qualquer origem, por exemplo. Reg MS Pedialyte 45 Zinco: 1.0553.0342 Reg MS Pedialyte 60: 1.0553.0341 SE PERSISTIREM OS SINTOMAS O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO


Bebê Prematuro

Saúde do Prematuro

J

á ouviu falar de enterocolite necrosante? Conheça esta emergência gastrointestinal que afeta principalmente os recém-nascidos prematuros. Elaboramos 4 tópicos para que você possa compreender melhor.

1) O que é

A enterocolite necrosante ou necrotizante é a emergência gastrointestinal mais frequente e perigosa do período neonatal, acometendo de 0,1 a 0,7% dos nascidos vivos e cerca de 7% dos bebês internados em UTI Neonatal. Além disso, ocorre em cerca de 5 e 8% dos bebês nascidos com peso abaixo de 1,5kg. Nesta doença a superfície interna do intestino sofre lesões e se inflama. No caso de ser grave, uma porção do intestino pode morrer (necrosar), ocasionando perfuração intestinal e inflamação do peritônio (camada que reveste a cavidade abdominal).

2) Causas

Ainda não se identificaram completamente as causas que a produzem. Entre elas pode figurar uma inadequada irrigação de sangue para o intestino que pode lesar parte do mesmo. As bactérias podem invadir a parede intestinal danificada e produzir gás dentro da mesma. Se a parede intestinal se perfurar, os conteúdos intestinais podem verter-se dentro da cavidade abdominal e produzir uma infecção (peritonite). Esta pode propagar-se ao fluxo sanguíneo (sepse) e inclusive causar a morte. 8

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3) Sintomas e diagnóstico

Os sinais e sintomas da enterocolite são variáveis, desde intolerância alimentar até grave comprometimento abdominal com síndrome clínica muitas vezes indistinguível da sepsis. Os achados gastrointestinais compreendem: - Distensão abdominal - resíduo gástrico; - Vômitos (podendo ser biliosos); - Sangue nas fezes. - Letargia, apeia respiratória, instabilidade térmica são achados frequentes. Ao exame físico poderemos encontrar distensão abdominal, sensibilidade à palpação abdominal e eritema de parede. A presença de massa abdominal indica perfuração localizada ou progressiva irritação peritonial. Os achados laboratoriais incluem acidose mista (respiratória e metabólica), neutropenia, trombocitopenia e desequilíbrios hidroeletrolíticos. Os sinais radiográficos abdominais inespecíficos da enterocolite são dilatação generalizada ou localizada das alças intestinais, espessamento das paredes do intestino e líquido intraperitonial. Atenção: A radiografia simples do abdômen deve ser feita de rotina nos pacientes com suspeita de enterocolite. A detecção sonográfica do gás venoso portal, do gás intramural e do espessamento da parede intestinal precedem os achados radiográficos em muitos pacientes, devendo ser sempre empregada a ultrassonografia nos casos suspeitos de enterocolite.

A presença de massa abdominal indica perfuração localizada ou progressiva irritação peritonial.



Bebê Prematuro

Já as complicações tardias da enterocolite (estenose, estreitamento, etc) podem ser confirmados pelos enemas de contraste.

4) Como tratar

Para alargar a área cicatrizada e estreitada é necessário recorrer à cirurgia.

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A pressão do intestino alivia-se eliminando o gás e o líquido por meio de um tubo de sucção colocado no estômago. Administram-se líquidos pela veia e começa-se um tratamento com antibióticos imediatamente. Nos bebês prematuros muito pequenos ou doentes é possível reduzir o risco atrasando a alimentação oral durante vários dias e depois aumentando progressivamente a quantidade de mamadas. No caso de suspeita de uma enterocolite necrosante, suspende-se a lactação de imediato. Se o intestino se perfurar ou a cavidade abdominal se infectar, é necessário proceder à cirurgia, que será também necessária se o estado do bebê piorar progressivamente. No entanto, aproximadamente 70 % das crianças com enterocolite necrosante não requerem cirurgia. Durante a mesma extraem-se as porções do intestino perfuradas ou mortas (necrosadas). As extremidades cortadas do intestino podem ligar-se na superfície da pele onde ficam abertas (ostomia). Às vezes, quando as extremidades do intestino estão sãs, podem voltar a unir-se de imediato. Se não for assim, faz-se passadas várias semanas ou meses, depois da recuperação do tecido intestinal. O tratamento médico intensivo e a cirurgia apropria-

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da melhoraram o prognóstico para os bebês com enterocolite necrosante. Na atualidade mais de dois terços destas crianças sobrevivem. Em raras ocasiões, nos bebês tratados sem cirurgia, parte do intestino grosso estreita-se durante as semanas ou meses seguintes, obstruindo-o parcialmente. Para alargar a área cicatrizada e estreitada é necessário recorrer à cirurgia.

5) Fatores de risco

São considerados fatores de risco relacionados à enterocolite: - Hipoxia perinatal; - Hemorragia materna antecedendo o parto; - Ruptura de bolsa maior que 36 horas; - Peso ao nascimento menor que 1000 gramas; - Doença de membrana hialina; - Hipotermia e/ou Hipotensão; - Cateterismo umbilical; - Uso de vitamina E, indometacina e metilxantina; - Utilização materna de cocaína; - Policitemia. Em 10 a 30% dos pacientes que desenvolvem enterocolite não é possível encontrar nenhum fator de risco. Trabalhos têm mostrado que o corticóide administrado as mães no pré-natal, os prematuros apresentaram menor incidência de enterocolite; o que pode estar associado ao amadurecimento acelerado da mucosa gastrointestinal.


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Bebê-a-bá

Lábio leporino e fenda palatina Por que alguns bebês nascem com lábio leporino ou fenda palatina?

A

s causas desses defeitos congênitos ainda não são plenamente conhecidas. Sabe-se, entretanto, que os seguintes fatores de risco podem estar envolvidos por fatores genéticos combinados a fatores ambientais a que a mulher ficou exposta durante a gravidez, como infecção congênita - rubéola, toxoplasmose, citomegalovirus, herpesvírus, HIV, fumo, álcool, drogas ilícitas (cocaína, maconha, etc.), deficiência nutricional da gestante, estresse, deficiência de ácido fólico, diabetes gestacional, hipotireoidismo, hipertensão arterial; medicamentos (anticonvulsivantes, corticóides, benzodiazepínico para tratamento de insônia ou distúrbios de ansiedade, isotretinoína/Roacutan, usado para tratamento de acne e de rejuvenescimento. Todos esses fatores aumentam o risco de que a criança nasça com a fissura. O mal atinge um em cada 1000 recém-nascidos no mundo. No Brasil, uma pesquisa realizada na cidade de Bauru, em São Paulo, revelou que os casos são ainda mais comuns: em torno de um em cada 650 crianças nascidas apresenta fissuras labiopalatinas (FLP). A incidência varia de acordo com o sexo do bebê. A fissura isolada de lábio ocorre mais nos meninos, enquanto a fissura de palato isolada abate mais meninas.

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Mas, afinal o que é lábio leporino?

É uma divisão no lábio superior, entre a boca e o nariz, que ocorre porque as duas partes do rosto do bebê não se uniram adequadamente durante a gestação. Os tipos de lábio leporino variam desde uma pequena fenda no lábio superior à total separação nos dois lados do lábio, atingindo até o nariz. Atualmente, muitos médicos brasileiros recomendam que a cirurgia para a reparação do lábio leporino seja feita logo nos primeiros dias de vida do bebê, desde que ele esteja saudável.

A fissura isolada de lábio ocorre mais nos meninos, enquanto a fissura de palato isolada abate mais meninas. E fenda palatina?

Ela ocorre quando o palato (o céu da boca) não se fecha completamente. Assim como o lábio leporino, apresenta graus bem variados de intensidade, que vão de uma pequena abertura no chamado palato mole à quase separação completa do céu da boca. No caso do lábio leporino ou da fenda palatina,

Ela ocorre quando o palato (o céu da boca) não se fecha completamente.


Medicina

Superproteína para reposição óssea

O

Brasil pode começar a produzir dentro dos próximos três anos um biofármaco que revolucionará o tratamento de reposição óssea, tanto em ortopedia como em odontologia. Trata-se da proteína BMP recombinante, que leva as células-tronco adultas do próprio paciente a promoverem o crescimento do tecido ósseo. A pesquisa é desenvolvida pelo Núcleo de Terapia Celular e Molecular (Nucel), da Universidade de São Paulo (USP). A grande dificuldade dos pesquisadores foi domar a superproteína BMP, que participa de uma série de processos de crescimento ósseo e de outros tecidos de mamíferos. Além de servir para o tratamento de fraturas ósseas e dentárias e para a utilização em implantes ósseos, a proteína auxilia ainda na cura de lesão renal. Estima-se que o tempo de recuperação de uma fratura óssea persistente (que não se une) de quem usa o medicamento pode chegar a ser 3,5 vezes menor do que os tratamentos usuais. O tratamento consiste em, no máximo, duas doses de 3,5 mg. No mercado americano, o grama desta proteína pode custar até US$ 1,5 milhão, o que torna a importação praticamente inviável. “A produção nacional certamente permitirá

oferecer os produtos a preços mais acessíveis do que os importados. As proteínas são, basicamente, idênticas às que já existem no mercado”, explica Mari Cleide Sogayar, coordenadora do Nucel. A proteína é sintetizada a partir de uma linhagem de células do ovário de um hamster. Os novos genes são, então, colocados dentro das células do paciente através de vetores (anéis de DNA). Na seqüência, as células-tronco adultas dos pacientes entram em ação. Com a proteína servindo de substrato, as células do próprio organismo conseguirão sofrer uma replicação maior e, com isso, formar mais tecido ósseo. “O grande desafio é a purificação das proteínas. É muito importante que se consiga estabelecer o protocolo de purificação em escala de laboratório, para que possamos transferi-lo para a empresa responsável pela comercialização”, explica Sogayar. O desenvolvimento do biofármaco contou com o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), da Coordenação de Aperfeiçoamento do Ensino Superior (CAPES), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e da Pró-Reitoria de Pesquisa da USP.

“O grande desafio é a purificação das proteínas. É muito importante que se consiga estabelecer o protocolo de purificação


Bebê-a-bá

a malformação ocorre logo no início da gravidez, no período embrionário do feto - até a 12ª (décima segunda semana de gestação, formação dos órgãos). As fissuras labiopalatinas geralmente são causadas A ultrassonografia tornou possível fazer o diagnóstico das fendas labiopalatinas a partir da 14a semana de gestação. Nessa fase, o importante é tranquilizar os pais, fornecendo informações sobre as possibilidades de tratamento, e esperar a criança nascer. Grande parte dos diagnósticos, porém, continua sendo realizada depois do parto.

Sobre a operação

Apesar de ser uma decisão difícil deixar uma criança tão pequena passar por uma operação, muitos pais e mães preparam-se com antecedência para isso, já que os ultra-sons da gestação podem ter revelado o problema previamente. Os bebês se recuperam rápido da cirurgia e precisam ficar internados entre três e cinco dias. A amamentação pós-cirúrgica é recomendada para que a criança aproveite todos os benefícios do leite materno. Uma das vantagens de fazer a cirurgia logo é do lado emocional: a mãe fica mais tranquila para investir na amamentação, o que contribui para seu sucesso. No caso da fenda palatina, a reconstrução normalmente é feita após o primeiro aniversário da criança, porque envolve uma estrutura óssea que não deve 14

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ser mexida tão cedo, a fim de não comprometer seu crescimento. Alguns médicos optam por realizar o fechamento da fenda em duas cirurgias, com um intervalo de alguns meses entre as operações. Assim, é uma das práticas mais usadas corrigir a parte do lábio e do nariz logo depois do nascimento e deixe para fechar o céu da boca depois de cerca de um ano.

Conseqüências para o filho

Os resultados estéticos da cirurgia de correção da fenda labiopalatina estão cada vez melhores. Caso a fenda ainda fique muito marcada, há a possibilidade de fazer novas operações, ainda durante a infância, para melhorar o aspecto estético. Mas, durante o tratamento pode causar problemas de saúde que incluem má nutrição, distúrbios respiratórios, de fala e audição, infecções crônicas, alterações na dentição. Da mesma forma, elas provocam problemas emocionais, de sociabilidade e de auto-estima. Por isso, o tratamento requer abordagem multidisciplinar, isto é, a participação de especialistas na área de cirurgia plástica, otorrinolaringologia, odontologia, fonoaudióloga, por exemplo. Principalmente no caso de fenda palatina, para monitorar o crescimento do maxilar e dos dentes e o funcionamento da boca em geral. Em algumas crianças, a voz pode ficar anasalada, por isso pode ser aconselhável consultar um fonoaudiólogo.

Os bebês se recuperam rápido da cirurgia e precisam ficar internados entre três e cinco dias.


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Bebê-a-bá

Dicas

• É sempre bom conversar com quem já passou pela experiência. Você também ficará mais tranquila se conhecer crianças que tiveram o problema corrigido; • O aleitamento materno é sempre a melhor forma de alimentar a criança nos primeiros meses de vida, mesmo que apresente uma fenda orofacial. Quando não houver possibilidade de oferecer-lhe o seio, existem mamadeiras especiais que podem ser usadas; • O acompanhamento odontológico e ortodôntico é extremamente importante não só para preservar a estrutura dentária, mas também para assegurar a qualidade da alimentação dessas crianças enquanto não fazem a cirurgia; • Também é feito um trabalho com os pais antes da operação para a correção da fenda palatina. O objetivo é prevenir os distúrbios da fala em bebês. São realizadas orientações para evitar o desenvolvimento de alterações na produção dos sons da fala, além de orientações quanto ao desenvolvimento da linguagem e alimentação do bebê. O acompanhamento da

audição também é realizado sempre que necessário. • A orientação dos clínicos das diferentes áreas e o acompanhamento psicológico podem ajudar pais e filhos a enfrentar melhor as fases mais difíceis dessa alteração anatômica congênita; • A primeira cirurgia para o fechamento do lábio leporino, em geral, corrige praticamente todas as alterações. No caso de permanecerem alguns detalhes que precisam de reparação, a cirurgia deve ser realizada antes dos 4, 5 anos, época em que a vida social da criança se amplia; • Os pais devem escolher um médico de sua confiança e seguir as medidas terapêuticas que ele aconselha.

Os pais devem escolher um médico de sua confiança e seguir as medidas terapêuticas que ele aconselha.

Dica Materlife: É essencial que a família

seja orientada. Como o tratamento pode ser longo, dependendo da complexidade do caso, é determinante que a família esteja ciente de cada etapa e possa contribuir para o sucesso.

Importante! Como amamentar o bebê?

O

s bebês precisam criar um vácuo entre a boca e o mamilo da mãe para que consigam mamar bem. Crianças nascidas com lábio leporino podem ter mais dificuldade para fazer a “pega” correta no seio da mãe e criar esse vácuo, o que torna a amamentação um tanto mais complicada. No entanto, a maioria delas acaba con-

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seguindo mamar no peito, com a ajuda do pediatra e um pouco de criatividade das mães para encontrar uma posição que dê certo. No caso da fissura palatina, pode ser mais difícil para o bebê conseguir sugar adequadamente. A amamentação geralmente é mais bem-sucedida em crianças que têm uma abertura pequena ou estreita no céu da boca.

Lembre-se:

Cada bebê é de um jeito, e às vezes bebês com o mesmo tipo de lábio leporino têm maior ou menor facilidade para a amamentação.


Medicina

Meningite Dor de cabeça, vômito, rigidez da nuca, prostração, febre alta são sintomas característicos do quadro de meningite.

M

eningite é uma infecção que se instala principalmente quando uma bactéria ou vírus, por alguma razão, consegue vencer as defesas do organismo e ataca as meninges.

O que são meninges?

São três membranas que envolvem e protegem o encéfalo, a medula espinhal e outras partes do sistema nervoso central. As meningites são divididas em: Meningites virais e Meningites bacterianas. Nas meningites virais, o quadro é mais leve. Os sintomas se assemelham aos das gripes e resfriados. A doença acomete principalmente as crianças, que têm febre, dor de cabeça, um pouco de rigidez da nuca, inapetência e ficam irritadas. Uma vez que os exames tenham comprovado tratar-se de meningite viral, a conduta é esperar que o caso se resolva sozinho, como acontece com as outras viroses. Já as meningites bacterianas são mais graves e devem ser tratadas imediatamente. Os principais agentes causadores da doença são as bactérias meningococos, pneumococos e hemófilos, transmitidas pelas vias respiratórias ou associadas a quadros infecciosos de ouvido, por exemplo.Em pouco tempo, os sintomas aparecem: febre alta, mal-estar, vômitos, dor forte de cabeça e no pescoço, dificuldade para encostar o queixo no peito e, às vezes, manchas vermelhas espalhadas pelo corpo. Esse é um sinal de

A doença acomete principalmente as crianças, que têm febre, dor de cabeça, um pouco de rigidez da nuca, inapetência e ficam irritadas. que a infecção está se alastrando rapidamente pelo sangue e o risco de septicemia aumenta muito. Nos bebês, a moleira fica elevada. Atenção! Os sintomas característicos dos dois tipos de meningite nunca devem ser desconsiderados, especialmente nos primeiros anos de vida. Na presença de sinais que possam sugerir a doença, a criança deve ser encaminhada para atendimento médico de urgência. O diagnóstico baseia-se na avaliação clínica da criança e no exame do líquor, líquido que envolve o sistema nervoso, para identificar o tipo do agente infeccioso envolvido.

Como se pega meningite?

A transmissão ocorre na maior parte das vezes por gotículas de saliva, como as liberadas em espirros, e em adultos por beijos na boca. As bactérias que causam a doença muitas vezes são habitantes transitórios das mucosas do nariz e da garganta. É possível ter a bactéria sem ficar doen-

As meningites são divididas em: Meningites virais e Meningites bacterianas.


Medicina

te, ou seja, ser um portador são, e mesmo assim transmiti-la para as outras pessoas. A meningite viral é transmitida como outras doenças causadas por vírus: por secreções orais (tosse, espirro etc.) ou por maus hábitos de higiene, como não lavar as mãos depois de usar o banheiro. Por isso, os médicos receitam antibióticos preventivos para pessoas que estiveram em contato muito próximo com a criança doente (normalmente para quem mora na mesma casa ou colegas próximos de classe). É importante que a escola notifique os pais das outras crianças para que eles fiquem atentos a eventuais sintomas. Caso seu filho tenha contato muito próximo com a criança afetada, ou seja especialmente propenso a adoecer, converse com o pediatra para avaliar a necessidade de um tratamento preventivo. Para isso, você precisará saber se a criança doente teve meningite viral ou bacteriana. A profilaxia só é indicada no caso de doença causada por bactéria, em especial o meningococo ou o Haemophilus influenzae.

Como tratar a doença?

A doença pode ser letal ou deixar sequelas, como surdez, dificuldade de aprendizagem, comprometimento cerebral, por isso o tratamento das meningites bacterianas tem de ser introduzido sem perda de tempo. Ele é feito com antibióticos aplicados na veia. Para as meningites virais, não existe tratamento específico. Pode ser que, mesmo em caso de meningite viral, os médicos prefiram que seu filho fique internado, para acompanhar melhor os sintomas.

Fique ligado! Cuidados essenciais:

- Cuidados com a higiene são fundamentais na prevenção das meningites. Lave as mãos com frequência, especialmente antes das refeições; 18

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- Alguns sintomas da meningite podem ser confundidos com os de outras infecções por vírus e bactérias. Não fique na dúvida: criança chorosa, inapetente e prostrada, que se queixa de dor de cabeça, precisa ser levada, o mais depressa possível, para avaliação médica de urgência. Os sinais nem sempre são os mesmos. Os sintomas podem aparecer de forma extremamente rápida e em qualquer ordem, e alguns deles podem nem estar presentes. Podem ser parecidos com os da gripe, mas conforme avançam deixam evidente de que se trata de um quadro mais grave: - Febre; - Dor de cabeça; - Náusea e vômitos; - Aversão à luz; - Pescoço rígido; - Manchas vermelhas ou arroxeadas na pele; - Prostração que não melhora quando a febre baixa; - Movimentos estranhos do corpo (convulsões). Mas, para desconfiar de meningite, não é preciso ter todos esses sintomas.

Velho teste caseiro, você conhece?

Um teste caseiro para tentar determinar se uma criança pode estar com meningite é pedir para que ela encoste o queixo no peito. Se não conseguir ou parecer difícil demais, vá para um hospital o quanto antes. Algumas pessoas também fazem o teste do vidro, quando a criança apresenta manchas vermelhas na pele. Para este, é usado a lateral de um copo de vidro transparente, o copo é pressionado sobre as manchas. Se elas sumirem, não há motivo de preocupação. A erupção da meningite não desaparece, pois decorre de pequenas hemorragias sob a pele.

Algumas pessoas também fazem o teste do vidro, quando a criança apresenta manchas vermelhas na pele.


Papo de mãe

Meu filho anda na ponta dos pés Muitas crianças quando começam a andar usam muito a ponta dos pés. Até quando isto é normal?

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ndar nas pontas dos pés é a segunda principal causa de reclamações nos consultórios de pediatria no Brasil, só perde para reclamações sobre pé chato. Na maioria das vezes isso é temporário, ocorre por causa da imaturidade do sistema nervoso central. No início da marcha pode não haver esse controle fino do movimento, e a criança começa a caminhar a maior parte do tempo na ponta dos pés e só coloca o calcanhar no chão quando está parada. A maioria das crianças anda assim em algumas ocasiões, quando estão andando apoiando-se em móveis e objetos e quando estão começando a andar. O normal é que esta tendência vá diminuindo e desapareça até os quatro anos de idade. Se ela for aumentado ou estacionar após os quatro anos ou aparecerem outras alterações associadas, é necessária a avaliação do neurologista. Se a criança anda na ponta de só um dos pés e o outro apóia normal, isto geralmente não é normal e o neurologista infantil deverá ser consultado. Existe um grupo de crianças que são normais, mas que continuam a andar na ponta dos pés. Se esta tendência for mantida, com o tempo, o calcanhar atrofia, a extremidade do pé se alarga, a pele da planta do pé engrossa e surgem alterações nas unhas ou dedos. Se isto estiver ocorrendo, o ortopedista pediátrico precisa ser consultado, pois pode ser necessária a correção por meio de uma pequena cirurgia de alongamento do tendão, que é feita através da pele. O problema também pode ser físico: não é co-

mum, mas algumas crianças têm tendões de Aquiles curtos, o que significa que é difícil ou impossível para elas andar com todo o pé apoiado no chão. Esse tipo de problema geralmente é fácil de resolver, com uma cirurgia simples ou tratamentos para esticar o tendão de Aquiles. Também é comum os pediatras observarem o comportamento de andar na ponta dos pés em bebês que usaram muito o andador. Essa é uma das razões para o uso de andadores ser contra-indicado pelos médicos (o outro motivo, igualmente sério, é o risco de tombos feios). Muitos pais prejudicam seus filhos por esperarem muito em buscar tratamento, por receio de cirurgia ou por falta de orientação. Quando uma criança é operada muito tardiamente, o resultado pode não ser tão bom. A cirurgia deve ser feita entre quatro e seis anos de idade e a fisioterapia não resolve estes casos. Quando a criança anda na ponta dos pés, mas sem apresentar nenhum outro problema físico, essa condição é chamada de idiopática (ou seja, sem explicação), e acontece frequentemente em crianças com problemas de fala e outras dificuldades de desenvolvimento, embora não se saiba por quê. Se esse for o caso do seu filho, é provável que o pediatra peça exames neurológicos para identificar possíveis atrasos no desenvolvimento. Se o resultado for normal e seu filho não tiver nenhum problema significativo, ele não precisará de fisioterapia, e provavelmente o problema irá embora sozinho.

A maioria das crianças anda assim em algumas ocasiões, quando estão andando apoiando-se em móveis e objetos e quando estão começando a andar.


Visão

Miopia na Infância Durante a infância ela pode afetar os estudos e convivência com os colegas.

A

s crianças, muitas vezes, têm uma forma progressiva de miopia que piora ao longo da infância. No entanto, sua visão é facilmente corrigida com óculos. A miopia progressiva é causada predominantemente pela genética. As crianças herdam uma tendência a desenvolver esta condição de seus pais. A maneira como a pessoa ‘usa os seus olhos’, tais como, muitas vezes realizando de trabalhos pormenorizados ou que exijam muito da visão de perto também podem ter uma influência sobre a progressão da miopia. Na maioria das vezes, crianças com miopia não se queixam ou apenas se queixam da dificuldade para ver as coisas de longe. Uma criança míope pode se aproximar de objetos para ver claramente. Mesmo já sabendo expressar o que sentem, as crianças, muitas vezes, não sabem que enxergam mal. Algumas delas só percebem o problema quando são alfabetizadas: ou porque não vêem a lousa direito ou porque sentem dores de cabeça ao estudar. Antes disso, a criança pode achar que enxergar embaçado ou que não ver o que está mais longe é normal.

Conheça os fatores de risco

• Prematuridade: o risco de ter um erro refrativo e não somente miopia, é maior em prematuros que em recém-nascidos a termo. A incidência de miopia em recém-nascidos prematuros, com ou sem retinopatia da prematuridade (ROP) é de 8% aos 6 meses de ida-

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de, podendo ser transitória. • O motivo pelo qual os prematuros apresentam miopia deve-se provavelmente a valores oculométricos: córnea mais curva e comprimento axial maior em relação aos recém-nascidos a termo. O peso ao nascer e a presença de miopia aos 3 meses de idade pressupõem alta miopia aos 5 anos 18. • Esforço visual para perto: o uso de computadores e o hábito de assistir à televisão têm sido considerados fatores de risco para a miopiogênese ou para sua progressão em jovens e adultos, mas não há comprovação em relação a outras formas de trabalho para perto. Provavelmente existem outros fatores, como alterações na acomodação induzidas pela fadiga. A distância de leitura, envolvendo a postura da criança, assim como a iluminação do ambiente de estudo, também têm sido pesquisados como possíveis fatores desencadeantes da miopia. • História familiar também é um fator de risco para o desenvolvimento da miopia.

Sinais e sintomas

O primeiro sinal de miopia é a redução da acuidade visual à distância, freqüentemente normalizada com lentes corretoras. As queixas mais típicas incluem fadiga ocular na visão de perto e borramento na visão de longe. A amplitude de acomodação está diminuída. Quando um paciente míope traz um objeto próximo aos seus olhos, os músculos retos mediais sofrem

Na maioria das vezes, crianças com miopia não se queixam ou apenas se queixam da dificuldade para ver as coisas de longe.



Visão

grande esforço, levando à fadiga muscular e sintomas de astenopia. Quando o esforço de convergência é insuficiente, a visão binocular é comprometida, resultando exoforia ou exotropia, que por sua vez reduzem mais o estímulo para convergir.

Tratamento

Ainda é controverso se a miopia progressiva em crianças pode ser retardada. Alguns estudos recentes sugerem que o uso de atropina combinado com o de óculos bifocais retarda a progressão da miopia. Geralmente, uma criança com miopia usa óculos para corrigir este vício de refração. Os óculos com grau para as crianças só podem ser receitados pelo oftalmologista e recomendamos que sejam conferido após serem feitos. As armações devem ser, de preferência, de acrílico, por serem mais resistentes. Devem, também, estar bem adaptadas ao rosto da criança e não podem estar soltas ou apertar o nariz ou atrás das orelhas. As hastes que se prendem atrás das orelhas são melhores para as crianças. As crianças também podem começar a usar lentes de contato quando estiverem maduras o suficiente para cuidar delas. Muitas vezes, isso depende de como os pais são envolvidos no cuidado com as lentes de contato. No entanto, raramente recomendamos lentes de contato antes que o paciente entre na adolescência. Exames anuais permitem julgar a progressão da miopia. Quando astigmatismo está presente, calcula-se o grau pelo equivalente esférico.

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Dica Materlife:

Os pais devem prestar atenção aos sinais de problemas que, geralmente, aparecem antes da alfabetização. Na sala de aula ou durante o horário do recreio, os professores também podem observar sinais de que os alunos apresentam algum problema de visão e devem passar por uma consulta oftalmológica. Veja, a seguir, a lista de sinais mais comuns de que a criança pode apresentar algum problema de visão: Na maioria das vezes, crianças com miopia não se queixam ou apenas se queixam da dificuldade para ver as coisas de longe. 1) Estudantes com alguma deficiência visual costumam apertar ou esfregar os olhos com frequência, vivem com os olhos irritados, avermelhados ou lacrimejando e piscam muito ou franzem a testa para olhar à distância; 2) Estas crianças podem também se queixar de tonturas, náuseas, dor de cabeça ou sensibilidade excessiva à luz; 3) Crianças míopes não enxergam bem de longe e, por isso, podem evitar atividades esportivas que exijam esta habilidade; 4) Crianças que andam com cuidado excessivo, esbarram ou tropeçam com facilidade também podem apresentar algum tipo de deficiência visual. A criança com problema visual não diagnosticado e não tratado poderá apresentar dificuldade de aprendizado e se sentir desestimulada para estudar. Crianças míopes tenderão a se isolar das brincadeiras, pois não enxergam de longe com nitidez.

As crianças também podem começar a usar lentes de contato quando estiverem maduras o suficiente para cuidar delas.



Dúvidas

O que é estomatite? A infecção viral é bastante comum em crianças e provoca várias feridinhas ou aftas na boca e garganta. Tire suas dúvidas e ajude seu bebê.

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uitas vezes a estomatite causa grande desconforto e dor. Apesar de ser difícil ver a criança sofrer, geralmente não há motivos para maior preocupação. Na realidade, o quadro de estomatite de seu filho pode ser sinal da primeira infecção com o herpes simples tipo 1 (HSV-1), um vírus que quase todos nós “pegamos” na primeira infância e carregamos dentro do corpo para o resto da vida. Sugestão olho: Por isso, a maioria das pessoas carrega os vírus que causam o problema.

Como as feridas são caracterizadas?

Elas são pequenas (de 1 a 5 milímetros de diâmetro), acinzentadas ou amareladas no centro e avermelhadas por fora. A gravidade e localização depende muito do tipo de vírus que está provocando a estomatite. Essas lesões podem aparecer na gengiva, na parte interna das bochechas, no fundo da boca, nas amígdalas, na língua ou no céu da boca. As gengivas podem ficar ainda inflamadas e sangrar facilmente. Como essas aftas costumam ser doloridas, seu filho possivelmente ficará irritado, vai babar mais que o de costume e perderá o apetite e até a sede, pois dói para engolir. Mau hálito e febre (de até 40 graus Celsius) também podem aparecer, e os gânglios do pescoço tendem a ficar inchados e sensíveis.

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Você sabia?

Como a estomatite é uma infecção causada por vírus, antibióticos não fazem efeito nenhum, as lesões na boca devem passam em uma ou duas semanas. Por isso não é indicado o uso, mas podemos indicar alguns cuidados para aliviar o desconforto do seu filho. - Embora a criança não tenha vontade de beber nada por causa da dor ao engolir, é importantíssimo mantê-la hidratada. Tente oferecer bebidas mais frias, não ácidas e não gasosas: água, milk shakes ou sucos diluídos (de maçã, por exemplo) são boas opções. Lembre-se: A desidratação pode aparecer rapidamente em crianças pequenas, já que a criança fica receosa em ingerir líquidos por conta da dor. Por isso, é importante insistir na oferta. Observe se o seu filho fica mais de 8 horas sem urinar. Nesse caso, o melhor é comunicar ao pediatra. - Procure dar alimentos mais frios também, como sorvete e iogurte, e comidas menos temperadas, como macarrão só na manteiga ou com azeite e purê de batata ou mandioquinha. - Os medicamentos à base de paracetamol ou ibuprofeno podem ajudar a diminuir a dor e a febre, mas lembre-se de consultar o médico antes. Se a dor for tão forte que a criança não conseguir comer ou beber nada, seu médico poderá receitar um analgésico mais forte.

Essas lesões podem aparecer na gengiva, na parte interna das bochechas, no fundo da boca, nas amígdalas, na língua ou no céu da boca.


O vírus

O vírus está no corpo de tantos adultos e crianças e é facilmente transmitido (assim como o coxsackie) através do contato normal entre pessoas, por isso é difícil impedir as estomatites. Uma “crise” de estomatite termina até que o vírus cumpra seu ciclo, o que pode levar de 7 a 10 dias. Se as feridinhas na boca forem causadas pelo herpes, o vírus ficará no corpo para sempre. No entanto, é que o primeiro surto de estomatite costuma ser mais agressiva, com lesões mais numerosas e muito desconforto. Depois que ela regride, porém, o micróbio não é eliminado do organismo. Ele se aloja nos nervos, esperando uma nova oportunidade para entrar em ação, quando o sistema de defesa abrir a guarda. É por isso que indivíduos que tiveram estomatite na infância podem apresentar aquelas lesões características da herpes, no lábio, quando chegarem à fase adulta. Mas, se o pequeno apresenta aftas em curtos intervalos de tempo, é necessário investigar outras causas, como traumas ou efeito colateral de medicamentos.e o problema não necessariamente se repetirá a toda hora.

Creche e escolinha

A “encrenca” costuma aparecer, principalmente, na faixa etária entre 1 e 5 anos. É nessa fase que as crianças normalmente ingressam na creche ou na escolinha e convivem muito próximas aos coleguinhas, trocando secreções. Por esse motivo, a orientação é manter o pequeno com estomatite em casa, afastado do ambiente escolar, onde pode transmitir o vírus. Outro conselho é não deixar as crianças perto de alguém que esteja com uma infecção por herpes ativa ou qualquer lesão na boca (e isso incluí o papai e a mamãe também).

Curiosidade!

Embora remeta a estômago, a palavra vem do grego stoma, que significa boca. Por isso, a doença consiste em uma infecção viral que acomete a cavidade bucal, provocando lesões muito dolorosas, popularmente conhecidas como aftas, que podem se estender para a região da garganta.

Casos raros! Em alguns casos, uma estomatite causada pelo vírus do herpes pode se espalhar para os olhos e infectar a córnea. Uma infecção desse tipo pode levar a danos permanentes nos olhos, por isso leve seu filho imediata-

mente a um médico se ele tiver estomatite e você perceber que os olhos dele estão avermelhados, lacrimejantes e há sensibilidade à luz (sinais iniciais da infecção conhecida como ceratite herpética).

No entanto, é que o primeiro surto de estomatite costuma ser mais agressiva, com lesões mais numerosas e muito desconforto.


Doenças

Parotidite infecciosa Essa doença apresenta como sintoma principal um aumento exagerado do volume da região do pescoço. Entenda melhor a caxumba.

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ambém denominada papeira, a caxumba é uma uma doença viral cujo responsável pela infecção pertence à família Paramyxoviridae, gênero Rubulavírus. Provoca não só inflamação nas parótidas, mas também nas glândulas submaxilares e sublinguais. Na maior parte das vezes, a infecção se manifesta na infância, nos meses de inverno e no começo da primavera. É uma doença com grande capacidade de transmissão. Os vírus se propagam por contato direto, gotículas aéreas (espirro ou tosse) e objetos contaminados por saliva. Este também pode ser transmitido de mãe para filho, durante a gravidez, podendo causar abortos espontâneos no primeiro trimestre da gravidez. O período de incubação varia de 14 a 25 dias.

Quais os sintomas?

Inchaço e dor na parótida e nas outras glândulas salivares infectadas (localizadas embaixo da mandíbula), dor muscular e ao engolir, febre, mal-estar, são sintomas da infecção. O aumento de volume desaparece aproximadamente em uma semana e alcança o pico máximo entre o 2o e 3o dia. A criança deve estar isolada durante 9 dias desde o 26

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início dos sintomas. Procure ajuda médica se: • Seu filho ficar com o pescoço rígido ou com muita dor de cabeça; • Seu filho vomitar repetidamente; • A inchação durar mais de 7 dias; • A febre durar mais de 4 dias. Os seguintes sinais sugerem complicações da doença e exigem assistência médica imediata: 1) Dor e inchaço nos testículos: Orquite: Em cerca de 20% dos casos pode ocorrer comprometimento testicular com dor e edema. Embora um terço dos testículos atingidos se tornem atróficos, a esterilidade por caxumba é rara, só ocorrendo durante ou após a puberdade, nunca em crianças. 2) Dor na região dos ovários: Ooforite: Quando atingidos, os ovários se manifestam por dor abdominal de intensidade média. 3) Náuseas, vômitos, dor no abdômen superior: Pancreatite: Dor abdominal passageira pode ser a única manifestação. Como o envolvimento das glândulas salivares eleva os níveis de amilase sérica, outros parâmetros são usados para comprovar o comprometimento pancreático.

Na maior parte das vezes, a infecção se manifesta na infância, nos meses de inverno e no começo da primavera.


A caxumba não tem tratamento, o próprio organismo se encarrega de resolver a infecção. O tratamento é apenas para aliviar os sintomas com o uso de analgésicos e repouso. Em alguns casos excepcionais surgem complicações, como a meningite e encefalite. São raros os casos de reinfecção pelo vírus da caxumba. Em geral, uma vez infectada, a pessoa adquire imunidade contra a doença. No entanto, se a infecção se manifestou apenas de um lado, o outro pode ser afetado em outra ocasião. O diagnóstico é feito essencialmente através da identificação dos sintomas característicos da doença, mas ele também pode ser confirmado através da presença de anticorpos específicos do vírus, identificados em uma análise sanguínea.

Prevenção e tratamento

A caxumba não tem tratamento, o próprio organismo se encarrega de resolver a infecção. O tratamento é apenas para aliviar os sintomas com o uso

de analgésicos e repouso. A prevenção para não pegar caxumba é a vacina tríplice viral, que deve ser administrada até os 15 meses de idade. A vacina contra caxumba é produzida com o vírus vivo atenuado da doença e faz parte do Calendário Básico de Vacinação. Pode ser aplicada isoladamente. No entanto, em geral, está associada às vacinas contra sarampo e rubéola. As três juntas compõem a vacina tríplice viral. A vacina é eficaz e sem efeitos colaterais apreciáveis. Confere imunidade de 97 % contra a infecção natural. É feita com a MMR (tríplice viral) entre: - 12 e 15 meses: 1a dose; - 4 e 6 anos: 2a dose; - 11 e 12 anos: 3a dose. Os anticorpos maternos são protetores durante o primeiro semestre de vida.

Recomendações: • Não medique a criança antes de consultar um médico e ter o diagnóstico de caxumba; • Mantenha seu filho em repouso até que tenham desaparecido os sintomas; • Ofereça-lhe alimentos líquidos ou pastosos, que são mais fáceis de engolir; • Em casa, evite compartilhar utensílios pessoais; • Vacine todos que convivem com a criança;

• Evite alimentos ácidos ou frutas cítricas que aumentem a produção de saliva e a inchação das parótidas. • Considere um dieta líquida se for muito doloroso mastigar; • Lembre-se: adultos que não foram vacinados ou não tiveram a doença podem ser infectados pelo vírus da caxumba e por isso devem ser vacinados;

No entanto, se a infecção se manifestou apenas de um lado, o outro pode ser afetado em outra ocasião.


Saúde do Prematuro

Sopro cardíaco Sopro é o termo médico usado para descrever o som diferente que o sangue faz ao passar pelas válvulas e vasos sanguíneos do coração. Conheça esse diferente som.

É

comum que recém-nascidos tenham sopros no coração nos primeiros dias de vida. O motivo é que o sistema circulatório que dependia da placenta, enquanto o bebê estava no útero, sofre alterações quando a criança começa a utilizar os pulmões para respirar, e essas mudanças só se consolidam totalmente depois de algumas semanas. Mas, se o ruído persistir pode ser sinal de alguma anormalidade no coração. A maioria dos sopros cardíacos é absolutamente inofensiva e não provoca nenhum sintoma. Por isso, esses sopros são chamados de “inocentes” ou benignos, ou ainda funcionais ou fisiológicos. Alguns tipos de sopros, porém, podem indicar um problema no coração. O sopro pode ser resultante de uma abertura indevida, ou então uma das válvulas do coração é estreita demais (a chamada estenose). Há vários tipos de malformação, mas a maioria delas não é grave e nem exige tratamento. Mesmo que seu filho tenha um problema mais grave que exija cirurgia, vale a pena lembrar que hoje em dia as técnicas estão muito desenvolvidas e que as operações costumam transcorrer sem problemas.

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As duas malformações cardíacas mais comum em crianças são: • Defeitos do septo interventricular: Chamados também de comunicação interventricular (CIV), são o tipo de malformação congênita do coração mais comum, que responde por cerca de um terço de todos os casos. A boa notícia é que em 80 por cento dos casos o orifício se fecha sozinho, sem intervenção, ao longo dos primeiros anos da infância. • Defeitos do septo interatrial (também chamado de interauricular ou comunicação interatrial): Trata-se de um orifício entre as duas câmaras superiores do coração, que tende a não se resolver sozinho. Atualmente, existe a possibilidade de o problema poder ser tratado com cateterismo, não chegando a exigir cirurgia. Outras cardiopatias que podem afetar crianças são: • Estenose pulmonar: Estreitamento da válvula pulmonar ou da artéria pulmonar no ventrículo superior direito, o que sobrecarrega o ventrículo direito;

Mesmo que seu filho tenha um problema mais grave que exija cirurgia, vale a pena lembrar que hoje em dia as técnicas estão muito desenvolvidas e que as operações costumam transcorrer sem problemas.



Saúde do Prematuro

• Estenose aórtica: Estreitamento da válvula órtica, o que sobrecarrega o ventrículo esquerdo. Esses dois problemas podem ser corrigidos, em certos casos, pela colocação de um balão através de um cateter. É um procedimento não-cirúrgico quealarga a parte estreitada da válvula ou da artéria. A criança precisa ficar internada um ou dois dias.

Os médicos conseguem ouvir esse barulho com o estetoscópio, no intervalo entre os batimentos normais.

Como é o som do sopro?

Os médicos conseguem ouvir esse barulho com o estetoscópio, no intervalo entre os batimentos normais. O tipo de barulho que o médico consegue ouvir com o estetoscópio varia dependendo da causa. Muitas vezes, os médicos conseguem distinguir, só pelo som, sopros normais e inofensivos de um problema mais sério. O som geralmente é resultado de um fluxo turbilhonar barulhento no coração. A turbulência pode estar quantitativamente normal, mas a variação pessoa a pessoa da acústica do tórax, pode aumentar a intensidade do ruído , fazendo com que o ruído do fluxo de sangue normal do coração seja audível. Em algumas situações, o aumento da turbulência acontece devido a problemas que envolvem o coração de maneira secundária, como por exemplo a febre e a anemia, que aumentam a freqüência e a intensidade do batimento cardíaco e podem provocar sopros inocentes.

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Já os ruídos patológicos são provocados por alterações da estrutura do coração, como a presença de comunicações anormais entre cavidades ou doenças das válvulas, fazendo com que o sangue passe por um orifício muito estreito e faça barulho.

Diagnóstico

O diagnóstico precoce é importante para que a equipe médica esteja preparada no caso da necessidade de alguma intervenção logo depois do parto. O sopro costuma ser detectado nas primeiras 24 horas depois de nascer, seu bebê será examinado por um pediatra na maternidade. Um dos exames é auscultar o coração da criança com o estetoscópio. Nesse primeiro momento, pode ser que o médico já escute algum sopro. Se o pediatra desconfiar de um sopro anormal, encaminhará o bebê para um cardiologista. Um dos

Muitas vezes, os médicos conseguem distinguir, só pelo som, sopros normais e inofensivos de um problema mais sério.



Saúde do Prematuro

Quando o sopro é inocente, em geral o paciente não apresenta nenhum sinal importante de doença cardiovascular.

exames que ele pode pedir é o ecocardiograma (um ultra-som das câmaras do coração). Se os médicos diagnosticarem um problema cardíaco, é provável que peçam exames mais detalhados, como: • Raio-X de tórax: O objetivo é obter uma imagem do formato e do tamanho das câmaras cardíacas, e de como o ar infla os pulmões. • Eletrocardiograma: Eletrodos são colados no peito do bebê para medir a atividade elétrica do coração. O exame não dói. • Teste de saturação de oxigênio: Um pequeno dispositivo com uma luz é colocado no dedo ou na orelha do bebê para medir a quantidade de oxigênio presente no sangue dele. Também é um teste indolor. • Ressonância magnética: Exame detalhado que produz imagens dos órgãos internos do corpo. Raramente é usado em crianças, e, como é preciso ficar imóvel durante o exame, bebês costumam ser sedados. • Cateterismo: Trata-se de um procedimento realizado sob anestesia geral, em que um cate32

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ter é inserido numa veia, na virilha, e levado até o coração, e produz imagens de raios-X. A criança tem de ser internada por uma ou duas noites. Hoje, o procedimento é mais que um exame, e chega a corrigir problemas que antigamente exigiam cirurgia.

Os sintomas mais comuns

Quando o sopro é inocente, em geral o paciente não apresenta nenhum sinal importante de doença cardiovascular, afinal, o sopro inocente e aparece no coração normal. Os sintomas mais comuns das doenças cardíacas que provocam sopro são: • Cansaço: nos bebês principalmente às mamadas e nas crianças maiores aos esforços, em geral elas param de brincar e aparentam cansaço e falta de ar. • Baixo ganho ponderal: é a dificuldade em ganhar peso, com dificuldade e cansaço na hora da alimentação. • Dor no peito: somente 2 a 5% delas estão associadas a doenças no coração, mas na presença de so-

Quando o sopro é inocente, em geral o paciente não apresenta nenhum sinal importante de doença cardiovascular, afinal, o sopro inocente e aparece no coração normal.


pros cardíacos é um sintoma a ser valorizado. • Cianose: é a coloração arroxeada que aparece nos lábios e nos dedos, e deve ser diferenciada do roxo do excesso de choro (perda de fôlego) e do excesso de frio, ambos normais especialmente em bebês. Algumas cardiopatias apresentam sopro e cianose, e nestes casos, o paciente é cianótico em repouso e independentemente da temperatura. • Taquicardia: corresponde a disparos da freqüência cardíaca que podem ser fugazes ou mantidos. Na maioria das vezes em que ocorrem a criança fica pálida e suando frio. Podem também ser acompanhados de vômitos, sensação de tonteira ou desmaio.

Existe tratamento?

Os sopros inocentes (os que não representam doenças) não necessitam acompanhamento ou tratamento, pois o coração é normal. Uma vez investigado e constatado tratar-se de sopro inocente, o paciente está de alta da cardiopediatria. Já os sopros patológicos serão tratados e acompanhados de acordo com a doença que representam. Alguns pacientes necessitam de medicação ou mesmo de cirurgia, o que varia de caso a caso. As técnicas atuais permitem o tratamento de muitas anomalias congênitas do coração através do cateterismo cardíaco terapêutico, para outros é necessário realizar correção cirúrgica do

defeito. A complexidade do tratamento varia com a doença que está sendo acompanhada, podendo chegar até à necessidade de transplantar o coração.

Dúvidas esclarecidas

O sopro cardíaco não é sinônimo de problema no coração. Os sopros chegam a atingir nada menos que 50 por cento de todas as crianças, e o ruído não passa de uma característica do funcionamento do coração da pessoa. Quando o bebê tem alguma malformação congênita grave no coração, outros sintomas aparecem logo nos primeiros dias de vida, como respiração rápida, dificuldade em mamar, lábios azulados e baixo ganho de peso. Às vezes, o sopro cardíaco só é diagnosticado quando a criança já é bem mais velha. Por volta de 1 por cento do bebês, no entanto, nasce com problemas cardíacos. Hoje em dia, com a realização do ultra-som morfológico, boa parte desses casos é diagnosticada quando a criança ainda está dentro da barriga da mãe.

Lembre-se:

Se o seu filho tem uma doença cardiológica é muito importante saber as complicações que ela pode apresentar. Converse sempre e tire todas as suas dúvidas com seu cardiopediatra.

Uma vez investigado e constatado tratar-se de sopro inocente, o paciente está de alta da cardiopediatria.


Segurança

Engasgos e sufocamento As crianças, especialmente com menos de três anos de idade são suscetíveis a obstrução e a morte devido ao pequeno calibre das suas vias aéreas e a tendência natural de colocar qualquer coisa na boca. Conheça as melhores dicas para evitar esse acidente.

Itens comuns em estrangulamentos são os cordões da gola das roupas, fitas ou outras decorações, colares, fitas para prender o bico à roupa e puxadores de cortinas.

T

odas as crianças devem ser colocadas para dormir de barriga para cima para reduzir o risco da Síndrome da Morte Súbita do Lactente. O estrangulamento das crianças ocorre quando algum produto fica enrolado em seus pescoços. Itens comuns em estrangulamentos são os cordões da gola das roupas, fitas ou outras decorações, colares, fitas para prender o bico à roupa e puxadores de cortinas. As crianças podem sofrer estrangulamento em aberturas que prendam suas cabeças como as aberturas em beliches, berços, brinquedos de playground, carrinhos de bebê e cadeiras de bebê (cadeirinha alta).

Dicas para prevenção

• Coloque sempre seu filho para dormir de costas, em um colchão firme e liso. Remova travesseiros, brinquedos e outros produtos “macios” do berço. • Sempre supervisione as crianças pequenas

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Remova o capuz e os cordões da gola das roupas de seu filho quando elas estão brincando ou comendo. • Não permita que crianças abaixo de seis anos comam alimentos redondos e duros como amendoins ou outras sementes, cenouras cruas, pipocas e doces duros. • Elas também não devem comer salsichas e uvas, a não ser que a pele ou a casca seja removida, o alimento seja partido em pedaços pequenos e não redondos. • Mantenha itens pequenos como moedas, alfinetes de segurança, jóias e botões fora do


alcance do seu filho. • Certifique-se de que todos os brinquedos do seu filho sejam apropriados para a idade conforme a certificação do fabricante. Inspecione todos os brinquedos regularmente para verificar danos e conserte ou ponha fora os brinquedos danificados. • Remova o capuz e os cordões da gola das roupas de seu filho. Para impedir estrangulamentos, nunca permita que a criança brinque em playgrounds com colar, bolsa, cachecol ou roupas com cordões na gola. Prenda os puxadores de cortinas

longe do alcance das crianças. Nunca coloque nada dentro ou sobre o berço com corda ou fita maior do que 15 cm. • Não permita que crianças abaixo de seis anos durmam na cama de cima de um beliche. Certifique-se de que nenhum espaço entre as grades, cabeceira, pés ou entre as grades e a caixa da cama tenha mais do que 9 cm.

Dica Materlife:

Se tiver interesse, aprenda primeiros socorros e reanimação cardiorrespiratória.

Conheça fatos sobre sufocamento Dados de 1997, dos Estados Unidos: De 659 crianças com menos de 14 anos, aproximadamente 80%, tinham menos de quatro anos de idade e maior parte dos casos acima aconteceu dentro de casa. No ambiente de dormir ocorrem 60% dos sufocamentos. A criança pode sufocar quando sua face vira contra o colchão, travesseiro, acolchoado macio ou quando alguém na mesma cama rola sobre ela. Balões também é um brinquedo freqüentemente relacionado ao sufocamento de

crianças com menos de três anos de idade. A cada ano, o berço está envolvido em mais de 70% dos casos ocorridos em que algum produto para criança esteve implicado. Os berços são responsáveis por cerca de 40 estrangulamentos e sufocamentos a cada ano. Cerca de 900 crianças, cuja morte é atribuída à Síndrome da Morte Súbita do Lactente, a cada ano são encontradas em ambientes potencialmente sufocantes, freqüentemente de barriga para baixo, com o nariz e boca cobertos por acolchoados macios.

A cada ano, o berço está envolvido em mais de 70% dos casos ocorridos em que algum produto para criança esteve implicado.


Saúde Bebê

Descongestionantes para o bebê Ângela Shimuta

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maioria das mães já passaram noites em claro, com o bebê respirando de boca aberta, o nariz entupido e escorrendo, e sem conseguir dormir. E, nessas horas, o frasco de soro fisiológico é o mais indicado para minimizar os efeitos desagradáveis do nariz entupido da criança. “Muitos pais ficam indignados quando orientamos realizar a higiene nasal apenas com o soro fisiológico”, diz a otorrinolaringologista Ângela Shimuta (CRM-94463-SP), da Clínica de Especialidades Integradas. Muitos também insistem na prescrição de um descongestionante nasal. No entanto, a especialista explica que mesmo os de uso pediátrico não são compostos apenas de soro fisiológico. “Alguns contêm cloreto de benzalcônio, um agente conservante que pode irritar a mucosa do nariz”, alerta. E a melhor maneira de saber se o descongestionante nasal infantil que está sendo comprado tem ou não o cloreto de benzalcônio, peça para ler a caixa antes de efetuar a compra, pois essa informação costuma estar em letras miúdas na lateral. Já os descongestionantes de uso adulto têm uma substância chamada nafazolina, que em crianças (principalmente em menores de um ano e lactentes), pode causar uma série de problemas de saúde. “Depressão do sistema nervoso central (SNC), letargia, diminuição da frequência respiratória e cardíaca, hipotermia, sendo necessário,

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em muitos casos, a internação para monitorização e controle”, afirma a médica.

Higiene correta para seu filho

A limpeza nasal deve ser feita com o uso de solução fisiológica, aplicada por meio de sprays nasais ou contagotas. “Não é indicado utilizar o produto gelado, pois essa temperatura pode deflagrar reações indesejáveis”, diz a médica. Para obter a temperatura ideal, basta segurar o frasco com as mãos por alguns minutos. De acordo com Ângela, a maneira mais correta de efetuar a limpeza nasal em bebês ou crianças menores é utilizando spray nasal dosimetrado, pois em cada bombeada será liberada uma pequena quantidade de solução, ideal para atingir uma grande área de contato, sem induzir a sensação de afogamento causada pelos conta-gotas usuais, que assusta os pequenos e dificulta a aplicação do medicamento. Já existem disponíveis no mercado, descongestionantes nasais em spray à base de soro fisiológico puro, livre de conservantes. E a forma mais indicada de aliviar este desconforto é buscando orientação do pediatra. Ele irá saber indicar o produto mais adequado para tratar o bebê. Ângela Shimuta (CRM-94463-SP) Otorrinolaringologista da Clínica de Especialidades Integradastratamento a laser

E, nessas horas, o frasco de soro fisiológico é o mais indicado para minimizar os efeitos desagradáveis do nariz entupido da criança.



Saúde Mulher

Histerectomia Já ouviu falar desse procedimento cirúrgico? Conheça tudo sobre esta cirurgia e quando ela deve ser realizada. Ginecologista Joji Ueno

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histerectomia é um procedimento cirúrgico que visa remover o útero. É uma das cirurgias mais efetuadas nas mulheres e, de acordo com o tipo de procedimento, podem ser removidos os ovários, o colo do útero e as trompas de falópio – órgãos localizados na parte inferior do abdome feminino. “A histerectomia é realizada quando surgem doenças graves ou após outros tratamentos terem sido utilizados sem sucesso”, diz o ginecologista Joji Ueno (CRM-48.486), doutor em medicina pela Faculdade Medicina da USP e responsável pelo setor de Histeroscopia Ambulatorial do Hospital Sírio Libanês e Diretor na Clínica Gera. Entre as possíveis indicações para a cirurgia, Ueno destaca:

Miomas uterinos: tumores comuns e benig-

nos (não cancerígenos) que crescem no músculo do útero. A maioria não cria problemas e diminuem depois da menopausa, mas outros podem levar a hemorragia e dores.

Hemorragia uterina anormal: perda de sangue irregular pela vagina.

Prolapso uterino: o útero desce e ‘cai’ na 38

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“A histerectomia é realizada quando surgem doenças graves ou após outros tratamentos terem sido utilizados sem sucesso” vagina, entrando dentro dela. Este problema ocorre devido aos músculos e/ou tecido enfraquecidos.

Endometriose: quando o tecido endome-

trial (a cobertura interior do útero) começa a aumentar e crescer para fora do útero e sobre os órgãos próximos. O problema provoca períodos menstruais dolorosos com hemorragia vaginal, além de interferir na fertilidade.

De acordo com o especialista, a histerectomia pode ser de três tipos:

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Histerectomia total que remove o colo do útero, bem como o útero.

A histerectomia é um procedimento cirúrgico que visa remover o útero.



Saúde Mulher

“A histerectomia é um procedimento cirúrgico que necessitará de quatro a seis semanas para recuperação completa da paciente e uma semana quando realizada pela laparoscopia. E tempo de recuperação depende do tipo de procedimento realizado” Histerectomia subtotal que remove a parte superior do útero e mantém o colo do útero. 3 Histerectomia radical que remove o útero, colo do útero, anexos uterinos e outras estruturas próximas, utilizada em tratamentos de câncer.

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Durante um período, a cirurgia só podia ser abdominal total, ou seja, por meio de uma incisão abdominal. Com o desenvolvimento da medicina, os procedimentos ficaram cada vez mais cada vez menos invasivos e perigosos. Hoje, a cirurgia pode ser feita via vaginal, com uma incisão profunda no interior da vagina; via vaginal assistida laparoscopicamente, semelhante a anterior, porém com a utilização de um laparoscópico inserido por meio de um corte feito no umbigo. “O uso deste instrumento permite que a parte superior do abdome seja examinada minuciosamente durante a cirurgia”, diz Ueno. E há ainda a histerectomica supracervical laparoscópica, uma 40

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nova opção cirúrgica que usa a laparoscopia para retirar o útero, deixando intacto o colo uterino. Uma histerectomia abdominal exige internação por cerca de três dias. No caso de cirurgia vaginal ou laparoscópica a instalação não ultrapassa dois dias. A histerectomia subtotal videolaparoscópica necessita menos de 24 horas de internação. “A histerectomia é um procedimento cirúrgico que necessitará de quatro a seis semanas para recuperação completa da paciente e uma semana quando realizada pela laparoscopia (subtotal). E tempo de recuperação depende do tipo de procedimento realizado”, finaliza o médico. Ginecologista Joji Ueno (CRM-48.486), doutor em medicina pela Faculdade Medicina da USP e responsável pelo setor de Histeroscopia Ambulatorial do Hospital Sírio Libanês e Diretor na Clínica Gera.

Durante um período, a cirurgia só podia ser abdominal total, ou seja, por meio de uma incisão abdominal.


Psicologia

Medo do parto Para muitas mulheres, o parto representa algo obscuro, desconhecido e talvez isso justifique o temor em relação a ele. Saiba o que fazer com esse sentimento de medo. Cynthia Boscovich

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m algum momento da gestação, inevitavelmente esse medo aparece e pode estar relacionado a diversos motivos, como por exemplo, temer sentir dor, não conseguir entrar em trabalho de parto, não ter parto normal e ser obrigada a se submeter a uma cesariana, morrer no parto, tomar anestesia, entre tantos outros. E existem ainda os medos posteriores ao parto, em geral relacionados aos cuidados com o bebê e às mudanças de vida que ocorrerão após a chegada da criança. Tento sempre entender o que tudo isso significa, no entanto, o que me ocorre é que antes de mais nada, precisamos discriminar esse medo. O medo constitui uma perturbação diante de uma ameaça, real ou imaginária. A situação talvez não seja concreta, mas sabemos que o medo existe e é a isso que estou me referindo. Parto, segundo o dicionário, é o ato de parir, mas também pode dizer respeito a uma situação cansativa e difícil. Contudo, quando falamos de medo de parto, invariavelmente o associamos uma situação de ameaça, e já sabemos de antemão que estamos fazendo menção a algo que poderá ser longo e exaustivo.

Existem muitos mitos relativos ao parto e, principalmente quando se trata de parto normal, em geral estão vinculados ao medo de sentir dor, de vivenciar uma experiência que talvez se revele longa e desgastante, sobre a qual não há como ter controle absoluto, ao contrário dos partos por cesariana, que, muitas vezes, são até agendados. Fala-se muito que o parto normal causa muito mais dor que a cesariana. Talvez esse seja um dos principais motivos que levam algumas mães a desistir de ter um filho por meio de parto normal. Claro que nesse momento sabemos que a palavra final acaba mesmo sendo do obstetra e, se ele não priorizar o parto normal e não tiver uma estrutura

O medo constitui uma perturbação diante de uma ameaça, real ou imaginária. A situação talvez não seja concreta, mas sabemos que o medo existe e é a isso que estou me referindo.

Tento sempre entender o que tudo isso significa, no entanto, o que me ocorre é que antes de mais nada, precisamos discriminar esse medo.


Psicologia

de equipe para atender a essa demanda, dificilmente diminuirá suas taxas de cesariana. Pouco se fala, no entanto, dos benefícios de um parto normal para a mãe e para o bebê e que a cesariana existe para os casos em que o parto normal não foi possível ou oferece risco para a qualquer um dos dois. O que era regra agora virou exceção, e isso me entristece muito. A mulher que dá à luz pelos métodos normais, de forma segura e consciente, sente-se muito mais a protagonista do seu parto, além de mais forte no que se refere à sua feminilidade. O Brasil foi considerado o país que tem o índice de cesariana mais alto do mundo, atingindo 44%, mas sabemos que na rede privada de saúde essa taxa sobe vertiginosamente, chegando até a ultrapassar os 90%. E eu me pergunto: se tantos médicos sabem que o parto normal é melhor para as mulheres, o que os estimula a aumentar cada vez mais esses índices de cesariana? Uma das respostas para isso certamente seriam as questões econômicas que um parto normal exige. A fim de conseguir elevar o número de partos normais realizados, um médico inquestionavelmente precisa ter uma estrutura bem montada e uma equipe confiável e isso se torna cada vez mais complicado, se levarmos em conta a política de saúde que inclui também os convênios de assistência médica, pois é inviável ficar durante horas com uma parturiente, aguardando o bebê nascer no momento certo e deixar de lado as outras pacientes do consultório. Confiar no obstetra e na equipe que dará assis42

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tência ao parto é fundamental para a segurança da gestante e contribui muito para amenizar o medo do parto, assim como conhecer o hospital em que ela pretende dar à luz Além disso, ela deve se preparar internamente e o ambiente para receber o bebê. Contudo, não podemos deixar de lado as questões de cada gestante, que muitas vezes necessitam de cuidado e acolhimento não só familiar, mas também profissional. Ser acompanhada por um psicólogo especializado no assunto pode colaborar muito para o bem-estar da futura mamãe e até para a diminuição de sintomas tanto psicológicos quanto físicos, decorrentes do aumento de ansiedade, que fazem com que muitas substâncias e hormônios sejam secretados na corrente sanguínea da gestante, podendo prejudicar sua saúde e também o desenvolvimento do bebê. A maternidade é um momento de grandes mudanças na vida de uma mulher. Portanto, estar segura e confiante no momento do parto e no início de vida do bebê, é fundamental para proporcionar um bom começo de vida a ele, para que se desenvolva física e psiquicamente saudável.

Cynthia Boscovich Psicóloga clínica, psicanalista. Além de atender adolescentes e adultos em seu consultório, possui um trabalho específico com grávidas, mães e bebês, atuando na área de prevenção e tratamento. www.cuidadomaterno.com.br Tel (11)5549-1021

A maternidade é um momento de grandes mudanças na vida de uma mulher. Portanto, estar segura e confiante no momento do parto e no início de vida do bebê é fundamental


Puberdade

Puberdade Tardia Saiba por que algumas vezes a puberdade atrasa e o que fazer quando isso acontecer. Endocrinologista Carolina Mantelli Borges

Tento sempre entender o que tudo isso significa, no entanto, o que me ocorre é que antes de mais nada, precisamos discriminar esse medo.

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partir dos 13 anos, meninos e meninas começam a notar as primeiras mudanças no corpo. Nelas, a puberdade tem início com a menarca (primeira menstruação) que coincide com o surgimento de uma série de transformações corporais. Neles, nota-se modificação na voz e crescimento dos órgãos genitais. Porém, alguns jovens podem chegar aos 14 anos sem apresentar nenhuma dessas características e este atraso é chamado de puberdade tardia. Segundo a endocrinologista Carolina Mantelli Borges, da Clínica de Especialidades Integradas, vários fatores podem ocasionar este retardo, como por exemplo: doenças endocrinológicas, falência nos ovários e testículos, hipotireoidismo, síndrome de Turner, hipogonadismo, entre outros. “Ao notar o atraso, é importante a realização de uma série de exames para investigar a causa do problema. Em alguns casos, o atraso constitucional de crescimento (ACCP), que é caracterizado por baixa estatura pode desencadear a puberdade tardia”, explica. O atraso provocado pelo ACCP não caracteriza uma doença, mas um retardo de desenvolvimento.

A puberdade ocorre devido aos impulsos hormonais e cerebrais que atingem os ovários (nas meninas) e os testículos (nos meninos) Quando a puberdade acontece?

A puberdade ocorre devido aos impulsos hormonais e cerebrais que atingem os ovários (nas meninas) e os testículos (nos meninos). Esses hormônios são responsáveis pelo crescimento dos jovens entre 10 e 11 anos. Após essa fase, ambos alcançam a estatura final que acontece por volta dos 14 e 15 anos. Durante a puberdade feminina, é possível notar os seios em desenvolvimento, o crescimento de pelos pubianos, aumento significativo na altura e no peso.


Puberdade

Tratamento

“O pré-adolescente que não atinge a puberdade na idade esperada, geralmente, tem baixa estatura. Elas podem apresentar um corpo fino devido ao atraso no desenvolvimento do esqueleto” Nos meninos, essa fase é responsável pelo crescimento dos testículos, escroto e pênis, surgimento de pelos pubianos, aumento da altura e do peso, ereções frequentes e mudança de voz.

E quando ela atrasa?

Nas meninas, ela costuma ser diagnosticada quando aos 14 anos ainda não ocorreu a menarca. Já nos meninos, também nessa faixa etária, pode ser notada a deficiência de alargamento testicular. “O pré-adolescente que não atinge a puberdade na idade esperada, geralmente, tem baixa estatura. Elas podem apresentar um corpo fino devido ao atraso no desenvolvimento do esqueleto”, destaca a endocrinologista. 44

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O primeiro procedimento para tratar a puberdade tardia é identificar a sua causa. A partir disso, o médico pode indicar os medicamentos certos. “A criança irá passar por vários exames e, dependendo da causa, pode ser indicado medicamento para melhorar os níveis hormonais. Em casos mais graves, pode ser necessário optar pelo procedimento”, alerta a médica. O tratamento é mantido por curtos períodos para que a criança consiga desenvolver os caracteres sexuais secundários compatíveis com a idade. “Alguns tratamentos trabalham com a indução de crescimento, sem provocar o fechamento prematuro das epífises (avaliação semestral da idade óssea). A importância de estimular a estatura da criança é para que ela não sofra preconceito evitando assim um desajuste social e baixa autoestima”, orienta a endocrinologista.

Endocrinologista Carolina Mantelli Borges, da Clínica de Especialidades Integradas. www.especialidadesintegrada.com.br

Elas podem apresentar um corpo fino devido ao atraso no desenvolvimento do esqueleto”, destaca a endocrinologista.


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Gravidez

Qual massagem é ideal durante a gravidez? Conheça a melhor forma de aliviar os desconfortos da gravidez com a massagem Destoxi Drenante. Mariana Moraes, fisioterapeuta

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uitas vezes existem problemas considerados normais e fisiológicos que interferem no bem- estar da gestante. “Entre as queixas mais comuns estão retenção de líquidos que causa inchaço e sensação de peso nas pernas, as dores nas costas, em especial, na região lombar, e as interrupções no sono pela dificuldade em encontrar uma boa posição para dormir devido ao tamanho da barriga”, destaca Mariana Moraes, fisioterapeuta do Zahra Spa & Estética. E para aliviar todos esses desconfortos uma massagem pode ser ideal. “Quando se fala em massagem para gestante todo mundo pensa na drenagem linfática, porém existem outras opções com bons efeitos que podem ser aplicadas sem risco à mãe ou ao bebê”, diz Mariana. Nesta lista destaca-se a Destoxi Drenante, uma massagem com derivados de biotecnologia marinha que visa desintoxicar e drenar o organismo a fim de equilibrar as funções metabólicas proporcionando mais saúde, bem estar e diminuindo edemas. Está massagem trata as principais queixas da gestante, os edemas e as dores. De acordo com a especialista, é uma técnica altamente especializada que combina manobras de massagens drenante manual, terapêutica oriental

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e relaxante. “Os ativos utilizados no creme são derivados da Biotecnologia Marinha que potencializam a ação desintoxicante e drenante, porém nas gestantes são passados produtos neutros afim de não causar possíveis alergias, afirma. O procedimento pode ser feito até três vezes por semana, com um intervalo mínimo de 24h. “É importante que a gestante comunique seu obstetra sobre o tratamento. Todas as técnicas devem ser aplicadas com cuidado e restrições específicas para a gestação. Entretanto, quando realizadas de forma segura podem contribuir muito para o bem-estar da gestante”, enfatiza.

Os principais benefícios proporcionados pela Destoxi Drenante: Desintoxicar Equilibrar as funções metabólicas Diminuir edemas Combater a flacidez Relaxar a musculatura Aliviar dores

Mariana Moraes, fisioterapeuta do Zahra Spa & Estética

De acordo com a especialista, é uma técnica altamente especializada que combina manobras de massagens drenante manual, terapêutica oriental e relaxante.


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Saúde Mulher

Refluxo, gastrite e azia Azia, queimação e refluxo gastroesofágico costumam ocorrer nos últimos meses de gestação, causando forte queimação no estômago e dor torácica. Saiba diferenciar esses sintomas. Médico Cirurgião Geral e Endoscopista Sérgio Barrichello

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sso acontece devido às mudanças hormonais e, principalmente pelo crescimento do útero que pressiona o estômago ocasionando o retorno do conteúdo gástrico para o esôfago. Apesar de tais sintomas serem comuns durante a gravidez, vale tomar alguns cuidados para evitá-los. Segundo o médico e cirurgião geral Dr. Sérgio Barrichello (CRM-111.301), da Clínica Healthme gerenciamento de perda de peso, que também é endoscopista do (HC-FMUSP) e especialista em emagrecimento, a elevação do nível de progesterona causa o relaxamento da musculatura que separa o estômago do esôfago. “Com isso, os ácidos gástricos sobem para o esôfago causando a sensação de azia e opressão torácica”, explica. Ele acrescenta que tais sintomas podem surgir durante toda a gestação, com maior frequência nos últimos meses, por isso, é importante que a gestante mantenha hábitos saudáveis em tempo integral para ajudar a prevenir o problema.

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De acordo com o especialista, as gestantes não devem ingerir grandes quantidades de comida uma ou duas horas antes de dormir, evitando que o alimento fique parado no estômago. “O ideal é fazer seis refeições diárias e ingerir pequenas quantidades para facilitar a digestão. Além disso, realizar uma caminhada após cada refeição é uma boa alternativa para acelerar o processo digestivo”, destaca.

Esclarecimentos para as mamães

Para não confundir sensação de azia com refluxo gastroesofágico ou gastrite, conheça cada sintoma: o refluxo é quando o conteúdo gástrico retorna do estômago para o esôfago, podendo ou não causar inflamação; a azia é o sintoma de queimação no tórax causado ocasionalmente devido ao refluxo gastroesofágico. A gastrite é uma inflamação da mucosa do estômago que na maioria

dos casos é causado pelo aumento da acidez do estômago. Pode ser desencadeada por questões emocionais, ansiedade, estresse e má alimentação. É preciso ficar atenta aos sintomas e à frequência com que acontecem. Afinal, quanto antes for realizado o diagnóstico, mas eficaz será o tratamento minimizando seus efeitos. Neste caso, o médico pode prescrever medicamentos que diminuem a secreção do ácido produzido pelo estômago, e sugerir alteração na alimentação. Entenda como cada um age no estômago e saiba identificá-los: Azia: Queimação no peito e garganta, além disso, a gestante pode sentir o sabor ácido na boca. Refluxo: Sensação de algo subindo pelo esôfago, o que pode ocasionar a azia. Gastrite: Pode manifestar-se por perda do apetite, náuseas, vômitos associado a dor e queimação na boca do estômago.


É preciso ficar atenta aos sintomas e à frequência com que acontecem. Afinal, quanto antes for realizado o diagnóstico, mas eficaz será o tratamento minimizando seus efeitos.

Como tratá-los?

• Azia: Para amenizá-la é importante evitar o consumo de café, alimentos gordurosos, alguns doces e incluir no cardápio diário verduras e legumes. Se a azia for constante ou muito intensa, busque orientação médica. Pois, o especialista poderá prescrever medicamentos à base de magnésio ou de cálcio, como as pastilhas de magnésia bisurada. • Refluxo: Mudanças alimentares devem ser feitas para diminuir ou evitar que o refluxo persista, evitando os sintomas e complicações como estenoses, úlceras, e câncer. É importante alterar os hábitos que desencadeiam o refluxo como: ficar prostrado após se alimentar, deitar antes de realizar a digestão, fumar ou apostar em uma alimentação muito pesada. • Gastrite: O tratamento depende da causa específica. Algumas podem desaparecer com o tempo. Conforme a gravidade, o médico pode indicar o uso de medicamentos antiácidos para controlar a quantidade de ácidos no

estômago. Se a gastrite for causada por uma infecção, o problema pode ser tratado com antibióticos para eliminar a infecção por H. pylori.

Lembre-se: qualquer medicamento só

pode ser ingerido sob orientação médica, em especial, durante a gestação.

Medidas de prevenção

Adotar uma alimentação equilibrada, cortar condimentos e frituras são medidas essenciais. “O ideal é mastigar bem os alimentos e não beber líquidos durante a refeição. Principalmente no período noturno, a gestante deve evitar ingerir café, bebidas gaseificadas ou achocolatados”, ressalta Dr. Sérgio Barrichello. Outra questão importante é a posição durante o sono, pois isso pode interferir nos sintomas do refluxo. Caso os sintomas incomodem, “Procure dormir em uma posição de modo que a cabeça fique mais alta que os pés, para aliviar a sensação de azia e queimação”, recomenda. A gestante também deve usar roupas largas e confortáveis que não apertem a cintura e o estômago. Vale destacar que, tais cuidados, podem aliviar o refluxo e a azia, mas se os sintomas persistirem é fundamental procurar um médico.

Médico Cirurgião Geral e Endoscopista Sérgio Barrichello (CRM-111.301), da Clínica Healthme Site- www.healthme.com.br

Mudanças alimentares devem ser feitas para diminuir ou evitar que o refluxo persista, evitando os sintomas e complicações como estenoses, úlceras, e câncer.


Gestação

Sangramento do

terceiro trimestre

As mamães devem ficar atentas ao sangramento vaginal, principalmente no final do terceiro trimestre. Ginecologista e Obstetra Dr. Domingos Mantelli Borges Filho

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uturas mamães, atenção! Se você notou um sangramento na calcinha durante o terceiro trimestre da gravidez, não hesite em procurar o seu ginecologista para fazer exames e avaliar a saúde do seu bebê. Mesmo que o fluxo de sangue seja pequeno e sem dor, o sangramento pode ser um motivo de preocupação. De acordo com o ginecologista e obstetra, Dr. Domingos Mantelli Borges Filhos (CRM-107.997), o sangramento durante o terceiro trimestre da gestação pode ser uma consequência de várias causas. “A partir do momento que ocorre um sangramento e a gestante passa a sentir fortes dores abdominais, se for no primeiro trimestre da gestação, poderá ser um sinal de abortamento, mola Hidatiforme ou de gravidez ectópica, quando o embrião cresce na tuba uterina em vez do útero. A gestante deve procurar imediatamente o seu médico para tentar controlar essa situação”, explica o médico. A gestante deve ficar atenta ao sangramento vaginal, principalmente no final do terceiro trimestre. Esse sangramento pode ser um sinal de um parto prematuro, descolamento prematuro da placenta, ou consequência de um sangramento por placenta baixa (placenta previa). “Dependendo da gravidade da situação, é reco-

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mendado a gestante ficar em repouso. Em alguns casos, é necessário o adiantamento do parto, para evitar que a saúde do bebê e da mãe seja ameaçada”, destaca o ginecologista, Dr. Domingos Mantelli Borges Filho.

Devo me preocupar com o sangramento na gravidez?

Na maioria das vezes, um sangramento leve pode até ser normal, e não apresentar risco para a saúde da mãe e do bebê. “A partir do terceiro trimestre, o sangramento pode significar problema mais sério como a placenta prévia ou o descolamento prematuro de placenta. A placenta prévia acontece porque o órgão responsável pela oxigenação e alimentação do feto, se encontra no lugar errado dentro do útero”, esclarece o ginecologista, Dr. Domingos. Mamães fiquem atentas! Na maioria das vezes, o sangue pode ser notado em pequenas quantidades. É escuro, não vem acompanhado de cólicas ou dores e pode permanecer por vários dias. “Para controlar o sangramento, a gestante deve usar um absorvente íntimo para monitorar a quantidade e que tipo de sangramento está ocorrendo. Evite du-

Esse sangramento pode ser um sinal de um parto prematuro, descolamento prematuro da placenta, ou consequência de um sangramento por placenta baixa (placenta previa).


chas vaginais ou relações sexuais durante um sangramento ativo” orienta o médico Dr. Domingos. Nem todos os sangramentos significam risco de vida. Por isso, mantenha a calma e procure orientação médica.

Causas do sangramento no terceiro trimestre

O sangramento anormal a partir da segunda metade da gravidez é considerado mais sério porque pode ser indício de problemas com a mãe ou com o bebê. Entre as causas desse sangramento no segundo ao terceiro trimestre, podemos destacar: Hematoma Intra-Uterino É quando uma bolsa de sangue se forma no útero, na maioria das vezes devido um descolamento placentário. O médico deve acompanhar a gestação com mais cuidado e pode recomendar repouso para a gestante. Problemas com a placenta Qualquer sangramento depois de 20 semanas de gravidez pode indicar descolamento de placenta ou placenta prévia. Parto prematuro Sangramento a partir do segundo trimestre pode estar relacionado com trabalho de parto prematuro, e na maioria das vezes cem acompanhado de contrações.

O que fazer?

Após a gestante notar qualquer sangramento, é recomendado que ela fique em repouso e procure pelo médico imediatamente. Evitar fazer grandes esforços ou atividades físicas. Beba bastante água. E não tome nenhum remédio sem conversar com seu médico. “É possível evitar problemas durante a gravidez que ocasionem sangramentos fazendo exames durante toda a gestação e principalmente no pré-natal”, alerta o médico Dr. Domingos.

Quando devo procurar ajuda médica?

A gestante deve procurar imediatamente o seu médico quando notar corrimento vaginal com resíduos, acompanhados de tonturas, desmaio, sangramento severo, com ou sem dor e febre acima de 38°. “A gestante deve comparecer no ginecologista, assim que ela tiver uma hemorragia vaginal. A prevenção é a única maneira de evitar um problema mais serio, e de tratar outros possíveis problemas durante a gestação”, aconselha o ginecologista Dr. Domingos Mantelli Borges Filho. Ginecologista e Obstetra Dr. Domingos Mantelli Borges Filho (CRM- 107.997)

É possível evitar problemas durante a gravidez que ocasionem sangramentos fazendo exames durante toda a gestação e principalmente no pré-natal”,


Pós Parto

Tendinite Põe no colo, tira do colo, troca fralda, pega para amamentar, esses são movimentos repetidos diversas vezes ao dia para mulheres que acabaram de dar à luz. Você conhece os riscos desses movimentos em excesso? Ortopedista Luiz Alberto Nakao Iha

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ssa repetição pode prejudicar o braço da mãe e causar dor no punho chamada de tendinite de Quervain. Segundo o ortopedista Luiz Alberto Nakao Iha (CRMSP 111559), formado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e médico da Clínica Healthme, esse tipo de esforço pode causar dores intensas nos punhos, antebraços, cotovelos, mãos e ombros. “A tendinite de Quervain é uma dor na base do dedo polegar, que se intensifica quando o movimentamos são feitos em direção ao dedo mínimo. Se não for tratada, essa lesão pode levar a incapacidade de movimentos”, alerta. Além da repetição de movimentos, essa lesão é comum em mulheres gestantes e no pós-parto devido às alterações hormonais no organismo. Pois, durante a gestação, a mulher produz um hormônio chamado relaxina que tem a finalidade de ajudar no trabalho de parto. “A relaxina atua diretamente em todas as articulações relaxando os ligamentos dando maior mobilidade às articulações. Apesar de seus benefícios, na hora do parto, esse hormônio também favorece o surgimento dessa tendinite que pode impedir a mãe de carregar o filho no colo por muito tempo”, explica o ortopedista. A inflamação costuma iniciar-se no terceiro trimestre de gestação, podendo se agravar no pós-par-

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“A tendinite de Quervain é uma dor na base do dedo polegar, que se intensifica quando o movimentamos são feitos em direção ao dedo mínimo. Se não for tratada, essa lesão pode levar a incapacidade de movimentos” to. Isso porque os cuidados com o recém-nascido podem aumentar a dor. E assim que a mãe observa que não está tendo força nas mãos, para realizar tarefas cotidianas, seguida de dormência, deve procurar um atendimento médico para um diagnóstico preciso.

Cuidados ao amamentar

Durante a amamentação, a mãe deixa a coluna cervical tensa, e isso provoca dores. O posicionamento durante a amamentação também pode causar tendinite ou bursite, devido ao peso do bebê. “É preciso tomar cuidado com a postura adotada ao carregar o bebê e durante a amamentação, pois os movimentos realizados para cuidar

Além da repetição de movimentos, essa lesão é comum em mulheres gestantes e no pós-parto devido às alterações hormonais no organismo.



Pós Parto

Para identificar o problema são realizados testes e exames como radiografia da mão, hemograma e provas reumáticas que auxilia o diagnóstico. “O exame físico irá demonstrar a diferença entre essa tendinite e outros problemas como a artrose

do bebê podem sobrecarregar varias partes do corpo como a região lombar e os joelhos além da mão”, ressalta o ortopedista. Para identificar o problema são realizados testes e exames como radiografia da mão, hemograma e provas reumáticas que auxilia o diagnóstico. “O exame físico irá demonstrar a diferença entre essa tendinite e outros problemas como a artrose, processo degenerativo de uma articulação da base do polegar, fraturas e artroses dos ossos do punho”, diz Iha. Normalmente, o tratamento é feito com anti-inflamatórios e analgésicos, sendo que a imobilização do polegar pode ser necessária. “O uso de infiltração com corticoesteroide e os anti-inflamatórios não hormonais são reservados para uso após o parto”, afirma o ortopedista.

Como prevenir?

Seguir uma rotina de exercícios físicos e evitar movimentos repetidos podem aliviar os sintomas e prevenir a tendinite de Quervain. O ortopedista Luiz Alberto Nakao Iha dá algumas dicas para evitar esse incômodo: •Na hora de amamentar o bebê, escolha uma posição correta e confortável. O ideal é fazer isso sentada em uma cadeira, mantendo os pés apoia-

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dos no chão e apoiando os braços com uma almofada. E deixe os ombros relaxados para não sobrecarregar a cervical. •Após a amamentação, relaxe! Aproveite para dormir e descansar. É importante que a mãe esteja descansada na hora da amamentação. •Alguns exercícios podem ser feitos antes e após a amamentação. Relaxe os ombros e suba-os lentamente associando com a respiração. Depois solte junto com o ar ou tracione a cabeça para baixo mantendo por 10 segundos. Este movimento pode ser repetido três vezes ao dia. •Faça movimentos para ativar o sistema linfático e o proprio retorno venoso. Aposte nos movimentos circulares com os pés, cinco vezes para o lado direito e depois para o esquerdo, alem de movimentar os pés para cima e para baixoo mesmo numero de repetições. •Não deixe de fazer atividade física, desde que liberado também pelo obstetra. Ortopedista Luiz Alberto Nakao Iha (CRM-SP:111559), formado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e médico da Clínica Healthme


Saúde e Beleza

Ref. 1433.2 .202 0

Ref. 143.104

no Período de Gestação e Pós-parto.

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Educação

Vaidade precoce A aplicação de maquiagem em crianças exige cuidados especiais. Fique atenta! Dermatologista Anderson Bertolini

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las pintam as unhas, cuidam do cabelo, adoram uma maquiagem e salto alto. Desde pequenas são vaidosas e exigentes e, muitas delas, já frequentam os salões de beleza para cuidar do visual. É cada vez mais comum ver meninas com menos de seis anos de idade escolhendo o esmalte e usando batom, blush e sombra para sair. No entanto, o uso de cosméticos precocemente pode ser perigoso e causar danos à pele. De acordo com o dermatologista Anderson Bertolini (CRM-107976), diretor médico da Clínica Bertolini, uma criança pode desenvolver algum tipo de reação ao produto. “Afinal, a pele infantil é mais fina e delicada e as substâncias químicas presentes nos cosméticos são absorvidas com maior intensidade, sendo sujeita a qualquer tipo de irritação”, explica. Por isso, os cosméticos destinados a este público passam por testes mais rigorosos e contam com uma fiscalização do Ministério da Saúde antes de chegarem às prateleiras. No entanto, isso não isenta a criança de sofrer uma reação alérgica. “As irritações causadas pelos cosméticos devido aos corantes é grande. E o uso de produto hipoalergênico é o mais indicado, pois ajudam a evitar algum tipo de reação na pele in-

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“As irritações causadas pelos cosméticos devido aos corantes é grande. E o uso de produto hipoalergênico é o mais indicado, pois ajudam a evitar algum tipo de reação na pele infantil” fantil”, destaca o dermatologista. Aliás, o uso indevido de maquiagem infantil pode acarretar sérios problemas à pele que vão desde uma pequena irritação como eritema, vermelhidão e inchaço. “A alergia à maquiagem pode ocorrer na hora do uso do produto ou depois de um tempo. Lembrando que uma reação alérgica grave na pele de uma criança pode ser generalizada por todo corpo. O ideal é consultar um dermatologista antes de começar a usar qualquer tipo de maquiagem”, alerta Bertolini.

Toda mãe deve saber impor limites

Sempre que a criança vai manusear a maquiagem,

Lembrando que uma reação alérgica grave na pele de uma criança pode ser generalizada por todo corpo.


“A criança precisa entender que em algumas regiões o produto não pode ser aplicado. Na região dos olhos, por exemplo, isso deve ser evitado principalmente por quem tem tendência alérgica” a mãe deve estar por perto para orientá-la e até impor alguns limites. “A criança precisa entender que em algumas regiões o produto não pode ser aplicado. Na região dos olhos, por exemplo, isso deve ser evitado principalmente por quem tem tendência alérgica”, ressalta o dermatologista. Normalmente, as mães oferecem sua própria maquiagem para a vaidosa mirim e isso é muito arriscado, pois o make pode obstruir os poros, causar espinhas, ressecar ou irritar a pele. Por isso, procure apostar em produtos formulados especificamente para o público infantil. Existe maquiagem infantil aprovada pela ANVI-

SA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que sai com facilidade na água e não agride a pele. “Também é importante alertar que este tipo de cosmético deve ser utilizado com moderação pelas crianças”, acrescenta o especialista.

Cuidados com a limpeza

Também é fundamental retirar o produto, em especial, antes de dormir. E o dermatologista recomenda o uso de demaquilante hipoalergênico e um sabonete neutro glicerinado para deixar a pele limpa, sem resíduos. “Os neutros não costumam causa reação alérgica. Ainda assim, tem criança que apresenta imunidade mais baixa e pele mais sensível, neste caso pode ocorrer algum tipo de reação. O essencial é atentar-se ao rótulo do produto e identificar os ingredientes que fazem parte da sua composição e, na dúvida, pedir orientação de um dermatologista para fazer a escolha certa”, afirma.

Dermatologista Anderson Bertolini (CRM- 107976), Diretor Médico da Clínica Bertolini.

Normalmente, as mães oferecem sua própria maquiagem para a vaidosa mirim e isso é muito arriscado, pois o make pode obstruir os poros, causar espinhas, ressecar ou irritar a pele.


Artigo

Suplementação de vitamina D A vitamina D tem o Sol como sua principal fonte, além de alimentos como peixes e leite integral. Ela é importante para os ossos e para a saúde das crianças. Dr. Moises Chencinski

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atual orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS), do Ministério da Saúde (MS) e da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) é o aleitamento materno exclusivo (AME), desde a primeira hora de vida até o sexto mês, em livre demanda, estendido até dois anos ou mais. Todos reconhecemos as vantagens do aleitamento materno, não só sob o ponto de vista nutricional para o bebê, mas também na recuperação mais rápida do organismo materno e no fortalecimento do vínculo familiar. No entanto, precisamos nos atentar ao fato de que o leite materno não cobre 100% das necessidades básicas nutricionais em todas as faixas etárias, sendo que, em determinadas situações, temos que suplementar alguns nutrientes, vitaminas, sais minerais para o adequado crescimento e desenvolvimento da criança. Um dos atuais “modismos de risco” é a informação sobre a não necessidade de oferecer vitamina D para os recém-nascidos em AME, justificando que o leite materno seria o suficiente para suprir as crianças. No caso do ferro, apesar da pequena quantidade oferecida pelo leite materno, sua

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biodisponibilidade (proporção do nutriente que é realmente utilizada pelo organismo) é grande. Assim, não há necessidade de suplementar ferro para crianças em AME. Infelizmente, não se pode transpor essa mesma posição, quando falamos sobre vitamina D, que não é encontrada em quantidade suficiente para suprir as necessidades dessa vitamina / hormônio no leite materno. Estudos recentes de mapeamento genético realizados por cientistas da Universidade de Oxford descobriram 2.776 receptores de vitamina D ao longo do genoma, demonstrando a sua importância em todo nosso organismo, não só na questão de saúde óssea e prevenção da osteoporose como também em diabetes tipo 2, obesidade, doenças autoimunes e até em alguns tipos de câncer. Um estudo publicado no Archives of Diseases in Childhood (08/01/2013), realizado na Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, onde o AME até o sexto mês foi adotado desde 2008, mostra um pouco dessa realidade. Nesse país não há uma regulamentação sobre a suplementação de vitamina D em crianças em AME de “baixo risco”.

No caso do ferro, apesar da pequena quantidade oferecida pelo leite materno, sua biodisponibilidade (proporção do nutriente que é realmente utilizada pelo organismo) é grande.


Assim, durante 15 meses, 94 bebês a termo, entre 2 e 3 meses de idade, em AME, sem suplementação de vitamina D foram acompanhados com exames para determinar o nível dessa vitamina no sangue. A conclusão foi que, independente da estação do ano, há uma prevalência de deficiência de vitamina D nessas crianças e a sua suplementação deveria ser considerada na política de saúde da Nova Zelândia. Outra publicação do Pediatrics (jornal oficial da Academia Americana de Pediatria) diz respeito a um levantamento feito em Izmir, na Turquia, abrangendo 143 lactentes de quatro meses de idade em AME e com suplementação de 400 UI ao dia (a dose recomendada pela SBP), entre maio de 2008 e abril de 2009. Os resultados demonstraram a preocupante deficiência e insuficiência da vitamina D nesses lactentes durante o período do estudo, muito agravados durante o inverno, demonstrando a necessidade de estudos adicionais para esclarecer a quantidade ideal de vitamina D para as crianças (temperaturas médias de 9°C no inverno a 29°C no verão, sendo frequentes máximas próximas dos 40°C).

O mesmo Pediatrics publicou em fevereiro de 2011 um comentário enfatizando a importância da ingesta adequada de vitamina D e cálcio na alimentação das crianças e adultos. A Sociedade Brasileira de Pediatria, em texto publicado em seu site em 17/10/2012, recomenda a suplementação profilática medicamentosa oral de vitamina D nos lactentes em aleitamento materno, na dose de 400 UI (que é o dobro da recomendação anterior), por dia, até os 24 meses. Converse com seu pediatra sobre o assunto. Será que os níveis de vitamina D do seu filho estão satisfatórios?

Dr. Moises Chencinski- (CRM-SP 36.349); Médico especializado em Pediatria e Homeopatia; Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Associação Médica Homeopática Brasileira; Autor dos livros Gerar e Nascer- Um canto de amor e aconchego e Homeopatia- Mais simples do que parece; Colunista dos sites Minha Vida e Guia do Bebê; Redator do blog Mama que te faz bem.

O mesmo Pediatrics publicou em fevereiro de 2011 um comentário enfatizando a importância da ingesta adequada de vitamina D e cálcio na alimentação das crianças e adultos.


Dicas

Descamação do couro cabeludo Descubra como resolver esse problema e quando procurar uma orientação médica. Dr. Fernando Passos de Freitas

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studos apontam que cerca de 50% da população brasileira possui caspa ou dermatite seborréica, que nada mais são que esfoliações normais de pele. Na maior parte da superfície do corpo, as escamas de pele morta caem sem serem notadas, mas no cabelo podem se acumular e comprometer, inclusive, a imagem da pessoa. Essa descamação do couro cabeludo ocorre devido aos resíduos superficiais e à oleosidade. “A caspa está associada à seborreia e constitui uma forma de transformação patogênica de um fungo chamado Pityrosporum Ovale, que existe na pele e devido à influência da seborreia adquire uma forma que se traduz pela descamação, mais ou menos, intensa e incômoda”, detalha o dermatologista Fernando Passos de Freitas (CRM 106.504). Além disso, é um problema crônico intermitente que pode desaparecer ou tornar-se menos grave durante o verão. “No entanto, o fungo que provoca a descamação existe na pele e não pode ser eliminado. Por isso, o problema

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pode ser controlado, mas não há cura definitiva”, diz o médico. A melhor maneira de lidar com o problema é apostando em um xampu anticaspa, duas vezes por semana, para manutenção e controle da situação. Vale lembrar que o estresse pode desencadear e/ou acentuar o problema. Assim como a má alimentação (principalmente com alimentos com excesso de gordura e pobre em nutrientes) e o abuso de bebidas alcoólicas, já que o álcool inibe a atividade de algumas vitaminas do complexo B, que agem no folículo piloso, ou seja, na raiz dos cabelos, desequilibrando as glândulas sebáceas. Como tratar o problema A melhor maneira de tratar o problema é por meio de orientação médica. Adquirir cosméticos anticaspa sem orientação especializada pode até agravar o problema. “O produto ideal depende da situação do couro cabeludo (se está muito irritado ou não) e o tipo de caspa (se é muito oleosa ou não)”, ressalta o dermatologista. Medidas para prevenir a caspa Higiene é palavra-chave para evitar

que a caspa se transforme em um incômodo. Por isso, lavar sempre os fios é necessário. “Quem tem cabelo oleoso pode lavar diariamente e quem tem cabelo ressecado, pode lavar em dias alternados”, ensina o especialista. E a seguir, ele oferece outras dicas importantes: • Evite usar secador todos os dias. Optar pela temperatura mais fria é uma boa opção. • Lave pentes e escovas periodicamente para remover micro-organismos. • Na hora de passar o xampu, aproveite para massagear suavemente o couro cabeludo. Essa técnica ajuda na oxigenação da raiz. • Não use condicionador na raiz dos fios. Apenas no comprimento e nas pontas. • Lave o cabelo com água morna e, para retirar o condicionador, usar água fria, que dá mais brilho e vida aos fios. Dr. Fernando Passos de Freitas (CRM- 106.504) Dermatologista. www.drfernandofreitas.com.br


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Medicina

Como estimular o cérebro do seu bebê? O cérebro humano é a estrutura mais complexa e fascinante que se tem conhecimento. Você sabia que é possível estimulá-lo desde o nascimento? Dr. Leandro Teles

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o nascer não somos capazes de executar muitas coisas, mas com o desenvolvimento que se segue apresentamos evolução rápida e consistente de praticamente todas as suas funções neurológicas. Mas, oque será que molda esse desenvolvimento? Segundo o neurologista Leandro Teles o desenvolvimento saudável é fruto de 3 pilares: a carga genética, nutrição adequada e estimulação externa. “Durante a primeira infância o cérebro está em constante mudança. Ocorre aumento intenso da complexidade da comunicação entre neurônios, em um processo de criação e modificação das chamadas sinapses. Nessa fase se privarmos o bebê de um estímulo específico, determinada rede pode não se consolidar adequadamente”, afirma o especialista. Esse é um conceito importante: se um bebê não recebe luz nos olhos nos primeiros meses, por exemplo, não desenvolve as vias visuais em toda sua complexidade. A mesma coisa vale para sons, paladares, cheiros e possivelmente para estímulos sociais como afeto, carinho, proteção e convívio com o próximo. Isso significa dizer que parte do desenvolvimento pode ser direcionada pelo ambiente.

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Criança privada de carinho pode ter dificuldade de prover carinho, criança com privação de vínculos sociais pode evoluir com dificuldade de socialização, e assim por diante. Evidentemente que não podemos mudar a carga genética, os traços intrínsecos de personalidade e carácter, mas podemos criar o melhor ambiente externo para o adequado desenvolvimento, sem restrição ambiental ou mesmo estímulos que alterem negativamente o curso natural da evolução neurológica. Por isso, procure acessar todos os canais sensitivos do bebê! Por vezes mais de um ao mesmo tempo. Brinque, cante, interaja, aguarde suas respostas. Fale olhando nos olhos, aponte, abrace. O tato, os sons, as cores, cheiros, etc... o cérebro do pequenino é uma esponja, ela não conhece quase nada desse mundo. Seco, molhado, seguro, perigoso, só testando pra saber. Não o prive de desvendar o mundo já durante o primeiro ano! Pular de colo em colo, se sujar, colocar as coisas na boca, desvendar os alimentos, levar seus tombos por aí, etc. O cérebro agradece e o sistema imune também. Tudo com bom senso, obviamente. Mesmo que não seja uma ideia fácil de aceitar em um primeiro momento, o bebê precisa também, aos poucos, ir conhecendo

procure acessar todos os canais sensitivos do bebê! Por vezes mais de um ao mesmo tempo



Medicina

os sentimentos ruins, mas que garante a preservação, como a dor, o medo e mesmo a frustação de não ter algo que deseja no momento inoportuno. Nada pior que uma criança sem limites, sem medo de nada e que não compreende as limitações sociais do convívio coletivo.

Entenda o cérebro do bebê

O neurologista Leandro Teles explica quais são as principais áreas do cérebro que devem ser estimuladas: Lobo Occipital – recebe a informação visual. Para estimular as funções visuais, a criança precisa manter contato com rostos de pessoas conhecidas, brinquedos coloridos e animações (TV, tablets, celulares ou computadores). Um ambiente bem iluminado e rico em estímulos visuais ajuda bastante. Use objetos de formar bem definidas e cores contrastantes, isso facilita muito, nada de muito detalhe e tons em dégradé, isso necessita de muito mais maturidade visual. Lobo Parietal – responsável pelas sensações táteis e habilidades matemáticas. O lobo parietal pode ser estimulado com o toque, abraço, beijos, coloque objetos de diferentes texturas na mãozinha do bebê (ele já segura desde muito novinho). Mostre o quente e frio, ensina-o a posicionar a chupeta, segurar a própria mamadeira, fazer carinho nos pais, etc... . Lobo Temporal - corresponde ao processamento de sons, compressão da linguagem e do gerenciamento da memória. Converse com o bebê, exponha a canções instrumentais e canções cantadas, ensina-o a bater palma no compasso da música.

Lobo Frontal – está relacionando ao pensamento, planejamento, comportamento, emoção e movimentos voluntários. O lobo frontal deve ser trabalhado com movimentos corporais, desafios motores (alcançar um objeto, se virar, se equilibrar sentado sem apoio, engatinhar para chegar em algum lugar, etc...). Importante aqui estimular a vontade própria, a iniciativa e a estratégia motora. Nada de dar tudo de mão beijada pro bebê, ele precisa pensar, bolar a estratégia, conhecer suas limitações e as modalidades motoras já adquiridas, precisa também trabalhar no limite do desenvolvimento, isso garante a rápida e sólida evolução motora.

Não se esqueça também do cérebro social Toda criança precisa de convívio social, com crianças, parentes, animais, estranhos. Precisa aprender dia-a-dia a se colocar no lugar do outro, mudar a perspectiva de visão de mundo. No começo tudo gira em torno dela, o combate ao egocentrismo não pode demorar demais para acontecer. O estímulo social abrangente e frequente desenvolve o cérebro social. Parece complicado, mas não é! Para um desenvolvimento adequado basta usar de bom senso e do amor real, aquele amor saudável e dissociado da superproteção e da sensação de posse. Mãos a obra.

Leandro Teles Médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) Especialista em Neurologia com Residência Médica concluída no Hospital das Clínicas da USP (HC-FMUSP). Médico Preceptor do Departamento de Neurologia do HCFMUSP - anos de 2010 e 2011 (com mais de 100 aulas ministradas na FMUSP). Médico do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC). Consultório Privado na região de Perdizes – SP www.leandroteles.com.br

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Importante aqui estimular a vontade própria, a iniciativa e a estratégia motora. Nada de dar tudo de mão beijada


Saúde

Check-up vascular previne doenças circulatórias A partir dos 35 anos, qualquer pessoa deve apostar em exames anuais de check-up. Dr. Ary Elwing

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de acordo com dados do Ministério da Saúde, derrames e infartos estão entre os grandes vilões da saúde

falta de atividade física, estresse, poluição, alimentação inadequada rica em açúcar, gordura e sal, consumo excessivo de bebidas alcoólicas e tabaco juntamente com hereditariedade são as principais causas para desenvolver doenças circulatórias. Aliás, de acordo com dados do Ministério da Saúde, derrames e infartos estão entre os grandes vilões da saúde, pois as doenças do aparelho circulatório lideram o ranking das causas de morte no Brasil. E pessoas que apresentam fator de risco como pressão alta, diabetes, obesidade e sedentarismo devem redobrar o cuidado. Segundo o angiologista Ary Elwing (CRM22.946), especialista em cirurgia vascular periférica e tratamento a laser, o sistema circulatório arterial é responsável pelo fornecimento de sangue a diferentes órgãos do corpo. “Qualquer restrição que interrompa o fluxo sanguíneo pode causar sérios problemas, sendo que alguns podem ser fatais. Por isso, é fundamental prevenir diferentes tipos de doenças do sistema circulatório”, explica. Após minuciosa consulta, o médico elabora a lista de exames necessários. “O check-up consiste em

analisar a saúde e levantar sinais, sintomas e fatores de risco de alguma doença. O objetivo é identificar quais são os riscos e fazer um diagnóstico precoce, orientando o tratamento mais adequado para cada caso”, ressalta Elwing. Além disso o check-up vascular identifica os principais sinais que provocam as doenças vasculares. “Isso confirma os riscos de o paciente desenvolver complicações circulatórias, prevenindo o surgimento de doenças como acidente vascular cerebral (AVC), infarto ou aterosclerose”, esclarece. As doenças do sistema circulatório estão interligadas com o mecanismo cardíaco envolvendo veias, artérias e alguns órgãos responsáveis por filtrar, bombear, oxigenar e distribuir o sangue para o corpo. Entre as doenças circulatórias, destacam-se: AVC, isquemia cerebral, angina, arritmia, miocardiopatia, aterosclerose, cardiopatia congênita, doença arterial coronariana, hipertensão, e doenças vascular perifericas. “A origem pode ser hereditária. Algumas pessoas nascem com algum tipo de anomalia no sistema circulatório que podem ser controladas com boa alimentação, cuidados com higiene, atividades físicas e evitando o consumo de bebidas alcoólicas e fumo”, destaca Elwing.


Saúde

A importância deste check-up na gestação

“A gestante necessita de mais oxigênio e nutrientes para que consiga desenvolver uma gravidez sem complicações

Quem deseja engravidar deve apostar em um check-up completo para avaliar suas condições de saúde. Isso porque durante a gestação, a mulher corre um risco maior de apresentar complicações vasculares, como trombose venosa profunda. Afinal, a elevação hormonal pode alterar a viscosidade sanguínea e provocar coagulação causando riscos para o bebê e para a mãe. Um check-up identifica possíveis problemas facilitando sua prevenção e tratamento. “A gestante necessita de mais oxigênio e nutrientes para que consiga desenvolver uma gravidez sem complicações. Devido às mudanças no corpo e, principalmente, às modificações no sistema cardiovascular feminino, a gestante pode sentir palpitações, aumento da capacidade cardíaca, compressão da veia cava e retorno venoso dificultado”, detalha Elwing.

Como é feito?

O check-up vascular é realizado por meio de um equipamento que mede a espessura e o grau de calcificações das artérias, além da realização de exames clínicos e laboratoriais. “Os exames permitem uma análise criteriosa morfológica dos vasos sanguíneos e também revelam informações da situação hemodinâmica e funcional da circulação sanguínea do paciente”, afirma Elwing.

Quais exames são feitos?

Eco-doppler colorido, angiotomografia arterial e/ou venosa e fotopletismografia e pletismografia a ar. Por meio deles, é possível fazer uma análise completa da circulação sanguínea e detectar a presença de tromboflebites, estreitamentos, obstruções, aneurismas, além de esclarecer dores

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e inchaços nas pernas e presença de varizes. “Esse diagnóstico completo permite elaborar um plano de prevenção eficaz para combater as doenças circulatórias”, informa.

Cuidados com a saúde!

Manter uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos é a maneira mais eficaz de cuidar do sistema circulatório. O angiologista Ary Elwing revela algumas dicas para não sofrer de doenças circulatórias, confira: Pratique mais: Espante a preguiça e exercite-se! A atividade física regular mantém o bom funcionamento do fluxo sanguíneo no corpo, reduzindo as chances de surgir doenças do aparelho circulatório. Pare de fumar e controle o álcool: Dependendo da gravidade da doença, o fumo pode levar à morte. Por isso, é melhor evitá-lo completamente. Já o álcool pode agravar o estágio da doença. Portanto, evite consumir doses exageradas de bebidas alcoólicas. De olho nos ponteiros da balança: Pessoas com excesso de peso são mais suscetíveis às doenças cardiovasculares. Por esse motivo, é importante aderir a uma dieta balanceada e praticar atividade física para reduzir o peso de forma saudável. Alimentação rica em vegetais e frutas: Os vegetais frescos e as frutas influenciam na circulação sanguínea. Prefira consumir peixes, amêndoas, nozes, óleo de soja, carnes magras e laticínios. Dr. Ary Elwing Angiologista especialista em cirurgia vascular periférica e tratamento a laser. (CRM 87718)


Dicas

Toques de cor Definitivamente a cor entrou com tudo na decoração e no design de móveis e produtos, em todos os cantos da casa.

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cor é a mais versátil e econômica ferramenta de decoração, e porquê não utilizá-la no quarto do seu bebe.

Percepção da cor

As cores nos afetam física e psicologicamente, e podem ser divididas basicamente em dois grupos: quentes ou frias. Em nossa mente associamos vermelhos, laranjas e amarelos com o calor do sol e as cores do fogo. Azuis, verdes e violetas são frios devido a sua associação com a natureza, a água, o céu e as matas.

Branco A cor que tem em sua composição todas as outras cores, por isso mesmo é tão flexível. Os espaços onde prevalecem o branco parecem mais amplos e claros. O branco conduz e distribui a luz com muita facilidade.

Vermelho È essencialmente ´quente e transbordante´. Dinâmico, o vermelho aquece e aproxima as pessoas. Detalhes vermelhos captam o olhar e podem modificar o ambiente. Utilizado em demasia causa uma certa agitação.

Amarelo Ensolarada, positiva e alegre. A predominância do amarelo estimula o despertar, e cria uma atmosfera propícia e agradável para a atividade mental.

Azul O azul é o oposto do vermelho. Sugere calma ,serenidade e frescor. Na decoração está muito associado a ambientes de praia e descanso. Fica mais destacado quando utilizado junto ao branco.

Verde A cor que predomina nas matas, nos campos e florestas. Acalma os sentidos e convida ao relaxamento. Um ambiente com tons de verde traz harmonia e equilíbrio depois de um dia estressante.

Violeta Suntuosidade e espiritualidade. Esta cor enaltece o ambiente proporcionando uma atmosfera de requinte e sofisticação.

A cor e a luz

A qualidade e a quantidade de luz natural e artificial são muito importantes na escolha dos tons cromáticos. As cores podem alterar ou realçar a luminosidade de um ambiente. As tonalidades mais

claras tendem a refletir melhor a luz e os tons escuros ao contrário, refletem pouco a luminosidade, principalmente quando utilizados em pisos.

A cor e os bebês

Até os recém nascidos já têm suas características pessoais. Naturalmente eles não conseguem se expressar ou fazer suas escolhas, pelo menos no início de suas vidas. Então porquê não ajudar o desenvolvimento dos seus sentidos? • Qualquer cor suave ou pastel é adequada para o quarto, onde dormir é a principal atividade. Toda gama de tons pastéis desde azuis, verdes e amarelos, passando pelo pêssego e lavanda, são bem-vindos e transmitem sensação de tranqüilidade e harmonia. • Procure atrair a atenção dos pequenos com um tom mais forte ou um desenho interessante nas partes mais altas das paredes. Os bebes não conseguem distinguir cores pastéis, mas com o passar dos meses já começam a perceber contrastes. No mais, a atenção e o carinho da mamãe, transformam o quarto do seu bebe, em um pedaço do paraíso para você e para ele.


Papo de Mulher

Botox na gestação Garantir uma pele lisinha, livre de rugas e marcas de expressão é o desejo de qualquer mulher. Mas, você sabe se pode fazer botox durante a gravidez? Dr. Luiz Eduardo Mendonça Pereira

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ara manter a beleza neste período, as gestantes devem investir em mais cuidados para não colocar a própria saúde e a do bebê em risco. Segundo o cirurgião plástico Luiz Mendonça Mendonça Pereira (CRM114141), da Clínica Bertolini, durante a gravidez é importante não tomar atitudes impulsivas que possam comprometer o desenvolvimento do bebê. “Em relação às cirurgias plásticas, o recomendado é que a mulher aguarde por volta de 3 meses após o fim da amamentação para fazer uma cirurgia plástica”, alerta. Dependendo de cada caso e necessidade em recuperar a boa forma, alguns procedimentos podem ser indicados. Porém, tudo com avaliação médica.

O Botox está liberado na gravidez?

Quem é vaidosa, mesmo durante a gravidez, não costuma abrir mão de tratamentos estéticos para sentir-se mais bonita. Olhar-se no espelho e observar uma pele lisinha, sem rugas ou marcas de expressão também é o desejo de muitas grávidas. Por isso o botox, famoso por promover o relaxamento dos músculos

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que causam as rugas na face, continua sendo o ‘queridinho’ entre o público feminino. No entanto, o cirurgião plástico Luiz Eduardo Mendonça Pereira alerta sobre o uso da toxina botulínica na gestação. “A aplicação do Botox é utilizada para o rejuvenescimento por meio da paralisação dos músculos da face, sendo absorvida pela corrente sanguínea e, por isso, não é recomendada durante a gestação. Os testes de segurança dos medicamentos não são realizados em gestantes, assim não tem como certificar que não vão fazer mal para o bebê,”, afirma. Segundo ele, o Botox pode fazer mal ao bebê e a gestante pode ficar mais predisposta a ter reações adversas devido às mudanças no organismo, que esta muito mais sensível neste momento. “A gestante tem de curtir os sintomas da gravidez e deixar para cuidar da beleza depois de o nascimento do bebê”, aconselha.

Cirurgias e tratamentos mais requisitados

No pós-parto, a correção de mama é um dos procedimentos mais procurados. Afinal, os seios podem ficar flácidos devido ao efeito ‘aumenta-diminui’ que ocorre no período após gestação e amamenta-

ção. Outra técnica bastante procurada é a abdominoplastia, indicada para retirar o excesso de pele que acarreta a flacidez abdominal. E na lista entram ainda: lipoaspiração, Botox, tratamentos para combater estrias, celulite ou gordura localizada. “Antes de iniciar qualquer procedimento, o correto é avaliar se a paciente está amamentando, pois alguns tratamentos, como os peelings químicos e Botox, por exemplo, não são recomendados nessa fase”, orienta Pereira. Apesar da preocupação com a imagem, o médico ressalta que a saúde e o bem-estar da mãe e do bebê, nos primeiros meses de vida, são mais importantes. “Ambos devem estar juntos nessa fase para que aconteça uma interação e a troca de carinho. Caso a mulher opte por uma cirurgia plástica nesse período, ela poderá abrir mão deste momento devido aos cuidados pré e pós-operatório”, destaca. Por isso, vale esperar um pouco mais para se submeter a uma cirurgia plástica. Dr. Luiz Eduardo M. Pereira Cirurgião Plástico (CRM-114141), Clínica Bertolini


Desenvolvimento

Atraso na fala Seu filho está demorando para falar? Saiba quando é necessário levá-lo ao fonoaudiólogo. Dra. Ana Paula Polato

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maioria das crianças começa a balbuciar por volta dos seis meses, esses são os primeiros sons que as mães acreditam que o bebê esteja as chamando, pois soa algo como mamã e papá. Entre um e dois anos acontece um “boom” da aquisição onde as crianças conseguem se comunicar e expressar bem seus desejos a partir da fala por meio de frases simples. No entanto, nem todas as crianças seguem exatamente este roteiro. Para algumas, o processo é mais lento e, muitas vezes, não ocorre com normalidade que está baseada na maioria da população. De acordo com a especialista Ana Paula Bautzer, fonoaudióloga da Clínica de Especialidades Integrada, o atraso da fala pode estar relacionado à alterações auditivas, problemas neurológicos, visuais, ambientais e até psicológicos. “Para a criança falar, ela precisa ouvir bem. A deficiência auditiva distorce o som e o bebê pode não ouvir, dificultando o desenvolvimento da fala. Outro fator que contribui muito para esse atraso é o ambiente em que ela vive. Se os pais fazem tudo pela criança, ela também pode não sentir a necessidade de falar”, explica a fonoaudióloga. Caso a criança apresente alterações neurológicas e/ou anatômicas como paralisia cerebral, síndro-

mes genéticas, alterações craniofaciais ou sofra com algum trauma ou mudança emocional como, por exemplo, a chegada inesperada de um irmãozinho e a separação dos pais, pode apresentar alteração no desenvolvimento da fala. “Se os problemas não são diagnosticados e tratados com antecedência, os sintomas podem se estender causando grandes transtornos para a criança e para sua família”, destaca a especialista.

Os pais devem ficar atentos ao desenvolvimento da fala. Caso a criança entre um ano e dois não demonstre ou expresse a sua vontade Quando devo me preocupar com a fala do meu filho?

Os pais devem ficar atentos ao desenvolvimento da fala. Caso a criança entre um ano e dois não demonstre ou expresse a sua vontade, ou que não pronuncie nenhuma palavra mesmo com troca, é interessante procurar um especialista. “Neste caso,

Se os problemas não são diagnosticados e tratados com antecedência, os sintomas podem se estender causando grandes transtornos para a criança


Desenvolvimento

Para estimular a fala, os pais devem manter uma conversa com a criança para que ela assimile os movimentos da boca o fonoaudiólogo fará uma avaliação para identificar se existe um atraso e suas causas. Quando procurado com antecedência muitas vezes uma orientação familiar resolvem o problema e evita que a criança sofra constrangimentos na sociedade”, ressalta Ana Paula.

Fale, brinque, estimule...

Para estimular a fala, os pais devem manter uma conversa com a criança para que ela assimile os movimentos da boca e note as expressões do rosto. Na fase de desenvolvimento da fala, é fundamental evitar falar em diminutivos para não atrapalhar o seu entendimento. “As brincadeiras são uma forma de aprendizado. Existem atividades simples que estimulam a fala e linguagem da criança, como: na hora do banho, nomeie as partes do corpo com perguntas, “Cadê o seu pé?” ou “Cadê a sua barriga?”; ou quando estiver lavando a parte do corpo sempre fale o que está lavando ou ensaboando. “Quanto mais falarmos usando verbos de ação, e nomeiando as coisas, fica mais fácil para a criança entender que cada coisa tem um nome e cada ação também, esses exercícios podem estimular bastante a criança”, aconselha a fonoaudióloga. O convívio com outras crianças também estimula o desenvolvimento da fala e da linguagem. Por esse motivo, incentive o convívio social de seu filho.

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As primeiras palavras

Todos os pais ficam ansiosos para ouvir o filho pronunciar as primeiras palavras. Porém, algumas crianças demoram um pouco mais. Por isso, vença a ansiedade e estimule o pequeno. A especialista dá algumas dicas: • Observe os movimentos do seu filho e verbalize a ação. • Traduza os gestos e ações do bebê em palavras. • Não interprete a criança rapidamente, cedendo o seu desejo, incentive-a falar, porém tome cuidado para não iludi-la sempre, para que esse ação não se torne muito negativa. • Nomeie os objetos e converse com ela explicando para que servem. • Evite usar diminutivos na hora da conversa. • Imite os sons de bichos, barulhos de carros etc para que a criança possa produzir e brincar. • Se a criança aceitar leia livros de histórias infantis, conte a história com entusiasmo para chamar atenção do bebê. Dra. Ana Paula Bautzer Fonoaudióloga da Clínica de Especialidade Integrada.

Não interprete a criança rapidamente, cedendo o seu desejo, incentive-a falar, porém tome cuidado para não iludi-la



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Papo de Mãe

*Simone Mendonça Diniz é escritora simonemendoncadiniz. blogspot.com foto: Andrea Amaral, www.ideia-dea.com.br

BIG BOAZINHA BRASIL

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h se eu estivesse no Big Brother Brasil... Eu seria eu mesma, seria muito comunicativa, e me daria super bem com todos, homens e mulheres. Jamais formaria panelinhas, pois isso me impediria de conviver com as diferenças, e o que eu mais desejo é aprender com o próximo, com as experiências do outro, trocar idéias e conceitos, expandir conhecimento e me tornar uma pessoa melhor. Se eu estivesse no BBB, nunca colocaria o dedo no nariz, não que eu coloque na vida aqui fora, mas lá, não sei o que acontece com as pessoas, que do nada adquirem manias estranhas como essa. Eu não, meus hábitos de higiene seriam mantidos e jamais olharia para o cotonete usado, checando a cor da cera. Ah como eu seria útil no BBB, me ofereceria para cozinhar, para lavar os pratos, faria a cama dos meus amigos, já que há tanto tempo ocioso, por que não? Cuidaria da roupa da galera, de boa vontade. Se eu estivesse no BBB, usaria a academia todos os dias, ficaria sarada, para quando saísse, fosse inevitável o convite de uma revista masculina, para a qual eu nunca imaginei posar. 74

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Jamais me queixaria por terem votado em mim, e pra ser sincera acho que passaria ilesa, sem nunca ir a um único paredão, por que quem teria coragem de votar em mim? Tomaria sol, todas as manhãs para manter o bronzeado e parecer sempre bem para receber elogios do Bial.

na vida não existem mocinhos e vilões, somos fruto de circunstâncias, de nosso ambiente, daqueles que nos cercam, da educação... Se eu fosse para o BBB, seria a última a sair das festas, e apesar de curtir muito, jamais me excederia na bebida, pra não perder o juízo. Daria o melhor de mim em todas as provas, especialmente as de resistência, tenho certeza que superaria a todos, tamanha minha garra diante das dificuldades. Ah se eu estivesse no confessionário, jamais apontaria os defeitos dos outros participantes, me limitaria a votar em alguém que seria por mim sorteado, para

que não cometesse nenhuma injustiça de julgamento. E se eu fosse para o paredão? Jamais me queixaria por terem votado em mim, e pra ser sincera acho que passaria ilesa, sem nunca ir a um único paredão, por que quem teria coragem de votar em mim? Mas digamos que eu fosse, vai, pelo BIG FONE, que só atenderia caso ninguém mais quisesse, EU não ficaria pulando e chorando em frente a telona da sala, gritando – MINHA MÃE, MEU PAI, OLHA, GENTE MINHA TIA VEIO, NOSSA!!!!! , manteria a calma, sentada no sofá diria: - “Olha gente, aquela é a minha família – Valeu galera! U-hu!” Ah, entrando no BBB eu faria história, porque gente não é por nada não, mas eu sou muuuuito legal e fácil, fácil, ganharia o prêmio, que usaria para ações beneficentes, dividindo o saldo entre todos os participantes, para ser o mais justa possível, né? Será? Brincadeiras a parte, algumas lições nos dão um simples reality show.

A de que ninguém é melhor que ninguém. De que na vida não existem mocinhos e vilões, somos fruto de circunstâncias, de nosso ambiente, daqueles que nos cercam, da educação, das experiências, do stress. Que todos nós temos facetas a esconder, somos passíveis de erros, temos um calcanhar de Aquiles, uma fraqueza que pode ser usada contra nós ou sem que percebam, a nosso favor. O resumo é que o diferente incomoda, a gente prefere os iguais, por mais que os diferentes possam nos atrair, ficamos mais confortáveis no nosso sapato se este é do nosso número. Ah se a gente se imaginasse num BBB, cercados de câmeras e microfones, vigiaríamos mais o que dizemos. Trabalharíamos mais por nós e pelos outros, daríamos nosso melhor. Será? Faça um teste, imagine-se neste e confira. Faça de você uma cobaia desta experiência, vigiando seus atos, seus pensamentos e julgando sua atuação. Tomara que escape de um paredão!


Bebê-a-Bá

A prevenção contra os raios solares Fonte: Meu bebezinho

N

unca é demais aconselhá-la a não expor o seu bebê ao sol, uma vez que a sua pele é muito delicada, com reduzida tolerância ao sol e ainda não se encontram desenvolvidos todos os seus mecanismos de proteção. Todos os cuidados são poucos e a prevenção deve ser contínua e a mais eficaz possível.

Que tipo de protetor solar é recomendado para bebês?

ultravioletas desde o momento da sua aplicação, enquanto que os protetores com filtros químicos necessitam serem espalhados pelo corpo ou zona a proteger cerca de 30 minutos antes da exposição ao sol, para que a pele tenha tempo de absorvê-los. Os protetores solares sem ingredientes químicos protegem, quer contra os raios UVA quer contra os UVB, sendo certo que não é necessário utilizar um índice de proteção superior a 30 uma vez que está provado que neste tipo de produto um índice acima deste valor não oferece maior proteção.

Os protetores sem químicas Se não for possível evitar que o seu bebê apanhe sol é recomendável usar um protetor solar sem filtros químicos, de preferência um protetor solar fabricado com óxido de zinco ou dióxido de titânio porque, ao contrário dos filtros químicos existentes na maioria dos protetores solares e que a pele absorve, o óxido de zinco e o dióxido de titânio apenas exercem a sua ação na camada superior da epiderme formando uma barreira contra os raios do sol. Uma das vantagens dos protetores solares sem produtos químicos é a sua proteção imediata. Estes protetores defendem a pele das agressões dos raios

Os protetores com filtros químicos Caso decida aplicar um protetor solar com filtros químicos no seu bebê experimente primeiro espalhar uma pequena quantidade do produto no seu braço algumas horas antes de exposição ao sol para se certificar que ele não sofre qualquer tipo de reação alérgica. Este tipo de protetor solar não é tóxico ou perigoso, mas como se está a falar de bebês ainda não se sabe muito bem como poderá a sua pele reagir aos filtros químicos. Tenha em atenção que um elevado índice de proteção não é necessariamente melhor para a pele uma vez que, quanto mais elevado for aquele, maior é a concentração de produtos químicos.

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Caso decida aplicar um protetor solar com filtros químicos no seu bebê experimente primeiro espalhar uma pequena quantidade do produto


existem no mercado protetores solares específicos para bebês e crianças, mais adequados às necessidades especiais

Tendo isto em consideração, não fará mal se aplicar um pouco do seu protetor solar no bebê. Todavia existem no mercado protetores solares específicos para bebês e crianças, mais adequados às necessidades especiais do seu tipo de pele que são vendidos com a informação necessária para uma utilização correta e, a maior parte deles, não contém filtros químicos. Procure esta informação na embalagem.

Seja qual for o produto que você escolha e se o seu bebê tiver mais de 6 meses, aplique-lhe uma camada grossa de produto em todo o corpo A aplicação do protetor

Seja qual for o produto que você escolha e se o seu bebê tiver mais de 6 meses, aplique-lhe uma camada grossa de produto em todo o corpo. Não é aconselhável expor ao sol bebês com idades inferiores a 6 meses, mas caso necessite fazê-lo aplique-lhe o protetor solar nas mãos e no rosto, em camadas finas. Preste atenção às áreas que se queimam mais depressa tais como as orelhas, nariz, à parte de trás do pescoço e ombros e repita a operação de duas em duas horas, mesmo que as indicações do produto refiram que tenham uma duração superior. Isto sucede porque as crianças movimentam-se muito, caem na areia, entram e saem da água, enxugam-se

com a toalha, o que faz com que percam rapidamente a sua proteção.

Dicas Quentes

Para aproveitar o melhor do verão é preciso tomar certos cuidados, pois a pele do bebê é mais vulnerável aos raios solares. Por isso, é necessário ficar atento a algumas recomendações importantes para garantir a diversão na estação mais gostosa do ano, sem abrir mão da proteção. • Evitar exposições ao sol entre as 11h e às 16h, quando a incidência de raios UVB (causadores de manchas, queimaduras e descamação) são maiores; • Até os seis meses de idade, os pediatras recomendam que os recém nascidos tomem banhos de sol somente dentro do carrinho (a pele do bebê só agüenta 15 minutos de exposição solar direta). Tome cuidado para não deixar o bebê sofrendo de calor no carrinho, pois alguns modelos esquentam demasiadamente; • A partir dos seis meses é recomendável aplicar um protetor solar específico para crianças, com um fator de proteção de, no mínimo, 20. • Tente passar o protetor em todo corpo do bebê antes de sair de casa para a pele absorver os filtros antes de chegar ao local. • Mesmo com filtro solar, o ideal é que o bebê use também chapéu ou boné, e camisetas de cores claras de algodão para se manter arejado; • Para evitar a desidratação no calor ofereça muita água e sucos naturais e prepare lanches leves; • Caso, por algum descuido, seu bebê fique avermelhado do sol, recomenda-se usar panos umedecidos com água fria para diminuir o desconforto. • Evite passar sabonete onde a pele estiver muito vermelha.


Alergias

Alérgenos domiciliares As alergias permanentes são desencadeadas por alérgenos encontrados dentro de casa, incluindo os ácaros da poeira (e suas fezes), a caspa de animais, baratas e mofo.

T A poeira doméstica é composta de pequenas partículas de materiais vegetais e animais. Nessa mistura vivem animais microscópicos

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odas as alergias são desencadeadas por substâncias chamadas alérgenos. A cada ano, nas regiões de clima temperado, milhões de pessoas sofrem de alergia sazonal (que depende de uma época do ano) como congestão, coceira e hipersecreção nasais, assim como prurido (coceira) nos olhos, com lacrimejamento. No entanto, muitos outros sofrem de alergias permanentes, que resultam em sintomas durante todo o ano.

Controlando os ácaros da poeira

A poeira doméstica é composta de pequenas partículas de materiais vegetais e animais. Nessa mistura vivem animais microscópicos chamados ácaros da poeira. As fezes desses animais é a causa mais comum da alergia permanente e seus sintomas. Os ácaros da poeira são encontrados por toda a casa, mas vivem especialmente nas áreas mais úmidas e nas áreas onde existe caspa humana (pequenos flocos de pele descamada). Os sintomas da alergia a ácaros incluem congestão nasal, coriza,

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espirros (principalmente na manhã), coceira nos olhos, lacrimejamento, tosse e chiados no peito. Para reduzir o número de ácaros, é importante

Os ácaros da poeira são encontrados por toda a casa, mas vivem especialmente nas áreas mais úmidas e nas áreas onde existe caspa humana

manter a umidade relativa do ar em toda a casa abaixo de 50%, usando um desumidificador ou mesmo o ar condicionado. O carpete deve ser retirado, especialmente aquele que é colocado sobre chão de concreto. Os pisos preferidos são os de madeira-de-lei, cerâmica ou fórmica. Tapetes laváveis também podem ser usados, caso sejam regularmente lavados em água quente ou a seco.



Alergias

O ideal é que as paredes dos cômodos sejam lisas e que os objetos que possam reter poeira fiquem em gavetas

Como as pessoas passam mais tempo no quarto de dormir que em outros aposentos, é essencial reduzir os níveis de ácaros neste local. Encape colchões e travesseiros em plásticos fechados por zíper ou com material especial à prova de alérgenos, encontrado em lojas especializadas. As roupas de cama devem ser lavadas semanalmente em água quente (55° C) e deixadas secar num secador de ar quente. Almofadas e travesseiros feitos de material natural como penas, plumas ou algodão devem ser substituídos por outros feitos de material sintético, ou então, envolvidos por material anti-alérgico. O ideal é que as paredes dos cômodos sejam lisas e que os objetos que possam reter poeira fiquem em gavetas ou armários fechados. Evite usar o quarto onde dorme como biblioteca ou local de estudo. A aspiração semanal do pó pode ajudar a retirar um pouco dos ácaros. Os alérgicos devem usar um aspirador com um filtro HEPA (de alta eficiência para partículas) ou com bolsa dupla de retenção de poeira, pois o uso do aspirador comum espalha poeira no ambiente. Devem também usar uma máscara contra poeira quando a limpeza estiver sendo feita.

Controlando a caspa dos animais

Ao contrário do que se pensa, as pessoas não são alérgicas ao pelo dos animais, mas sim a proteínas

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encontradas na saliva, na caspa (flocos de pele morta descamada) ou urina. Essas proteínas são carregadas pelo ar como partículas muito pequenas, invisíveis, que pousam no revestimento dos

Um gato ou um cachorro produz uma certa quantidade de alérgeno por semana e essa quantidade pode variar de animal a animal. Todas as raças são capazes de desencadear os sintomas olhos ou nariz, ou mesmo são inaladas diretamente para dentro dos pulmões. Os sintomas de alergia a um animal incluem espirros, nariz com coceira e hipersecreção, e olhos e garganta inchados e coçando. Uma coceira da pele ou uma urticária (placa vermelha e alta) podem também resultar do contato com um animal ao qual você é alérgico. Geralmente os sintomas começam rapidamente, às vezes minutos após a exposição ao animal. Para outras pessoas, no entanto, os sintomas vão cres-


cendo e se tornando mais intensos 8 a 12 horas após o contato com o animal. Um gato ou um cachorro produz uma certa quantidade de alérgeno por semana e essa quantidade pode variar de animal a animal. Todas as raças são capazes de desencadear os sintomas — não há raças “hipoalergênicas” de cães ou gatos. Os que são muito alérgicos podem mesmo apresentar reações em lugares públicos pela caspa transportada pela roupa de um dono de animal. A maneira mais eficaz de combater os sintomas da alergia a animal é removê-lo de casa, evitando qualquer contato. Manter o animal fora de casa, por exemplo num jardim, é apenas uma solução parcial, pois as casas com animais no jardim ainda possuem concentrações razoavelmente altas dos alérgenos. Antes de passar a ter um animal em casa, passe um tempo junto ao cachorro ou gato de alguém para saber se você é alérgico. Se você já tem um animal ao qual você ou alguém da família é alérgico, tente deixá-lo com um parente ou amigo não alérgico que cuide dele. Apesar dessa separação poder ser difícil, é o melhor para a sua saúde ou de seu familiar alérgico. Você pode ainda considerar bichinhos como tartarugas, peixes, e outros animais sem pelos ou penas. Se você não pode evitar a exposição ao animal que causa seus sintomas alérgicos, tente minimizar

o contato. Mais importante, mantenha o animal fora do quarto de dormir ou de outros aposentos onde os alérgicos passam a maior parte do tempo. Alguns estudos demonstraram que o banho (semanal) de cães e gatos pode reduzir a quantidade de alérgenos em casa. Este ponto, no entanto, permanece controverso. Se você pretende lavar o seu animal regularmente, consulte o veterinário quanto aos cuidados para que não haja ressecamento excessivo da pele do animal. Além disso, peça a um membro não alérgico da família que escove o animal fora de casa, para remover os pelos e alérgenos soltos. A caspa e a saliva são as fontes de alérgenos em cães e gatos, mas a urina é a fonte de alérgenos de coelhos, hamsters e porquinhos-da-índia; peça a um membro não alérgico da família para limpar a gaiola do animal. Os alérgenos dos animais podem se acumular em qualquer superfície horizontal e, mesmo, vertical da casa. Os colchões e almofadas devem ser encapados com plástico (capas com zíper) para prevenir a liberação de alergenos. A aspiração do pó não é eficaz em diminuir os alérgenos dos animais, pois não limpa os níveis mais profundos dos carpetes e tapetes. Na verdade, ela pode dispersar no ar pequenas partículas de alérgenos, que acabam não sendo aspiradas. O uso de um aspirador com filtro HEPA ou bolsas duplas pode ajudar.

Os alérgenos dos animais podem se acumular em qualquer superfície horizontal e, mesmo, vertical da casa


Alergias

Do mesmo modo que com os ácaros, a melhor solução para o chão é madeira-de-lei, cerâmica ou fórmica. Substitua as roupas de cama que possuam caspa animal nelas. Pode levar semanas ou meses até que Bloqueie os locais por onde as baratas poderiam entrar em casa, incluindo rachaduras, fendas nas paredes

As baratas não são apenas um visitante malquisto em casa uma proteína presente em suas fezes é um fator importante no desencadeamento de crises de asma, especialmente para crianças que vivem nos bairros mais pobres

os tecidos fiquem realmente limpos dos alérgenos, e os alérgenos de animais podem persistir por um ano ou mais, após a retirada do animal de casa.

Controlando as baratas

As baratas existem por mais de 300 milhões de anos. A maioria delas vive em climas quentes e tropicais, mas várias espécies convivem com os

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homens em suas casas e escritórios. As baratas não são apenas um visitante malquisto em casa — uma proteína presente em suas fezes é um fator importante no desencadeamento de crises de asma, especialmente para crianças que vivem nos bairros mais pobres e densamente povoados das cidades. Para reduzir os sintomas da asma é importante eliminar as baratas. Bloqueie os locais por onde as baratas poderiam entrar em casa, incluindo rachaduras, fendas nas paredes, janelas, brechas no chão e móveis de madeira, ralos, etc. As baratas precisam de água para sobreviver e só vivem em ambientes sob alta umidade. Conserte e vede todas as torneiras e canos que estejam vazando. Você também deverá solicitar uma dedetização feita por um profissional, a ser feita quando não houver ninguém da família (nem animais) em casa, para eliminar as baratas que restarem. As baratas se sentem menos à vontade numa casa limpa e seca. Para evitar que elas retornem, mantenha os alimentos em recipientes bem vedados, e lave (ou leve para fora de casa) os pratos onde os animais de estimação acabaram de comer. Aspire e varra o chão após as refeições, e retire freqüentemente de casa o lixo acumulado. Use na cozinha cestinhas de lixo cobertas. Lave imediatamente os pratos após seu uso com detergente e água quente; não se esqueça de limpar as áreas debaixo de fogões, geladeiras, forni-


nhos ou tostadeiras, onde se acumulam farelos e migalhas. Limpe regularmente a superfície do fogão e de armários, assim como outras superfícies na cozinha.

Controlando o mofo de dentro de casa

Mofos e bolores existem em áreas da casa que tenham alta umidade, como janelas de banheiros ou locais onde existam vazamentos. Esses fungos disseminam pequenos esporos que podem desencadear crises alérgicas. Felizmente esses fungos são facilmente eliminados uma vez descobertos. Use uma solução contendo 5% de hipoclorito (água sanitária) e uma pequena quantidade de detergente. Se o mofo for visível no carpete ou papel de parede, remova esses itens de sua casa. Conserte prontamente qualquer vazamento que exista. Nunca coloque carpete em chãos de concreto ou úmidos, e evite guardar roupas, papéis e outros ítens em locais úmidos. O uso de desumidificadores geralmente consegue controlar a umidade por toda a casa. Esvazie a água dos desumidificadores e limpe a aparelhagem regularmente para impedir que apareçam bolores. Todos os aposentos, especialmente banheiros e cozinhas, precisam de boa ventilação e limpeza constante para impedir o crescimento de fungos.

Dicas adicionais

Manter as janelas abertas, ainda que tentador, nem sempre é boa solução - pode trazer para dentro de casa alérgenos externos como esporos de mofo e polens. Nesses casos, use ar condicionado para limpar, recircular e desumidificar o ar de casa. Nos casos mais extremos, você pode considerar o uso de filtros de ar, muitos dos quais podem ser usados junto sistemas de ar condicionado. Eles incluem os sistemas de filtragem HEPA; filtros mecânicos com uso de filtros descartáveis de fibra de vidro (a serem trocados mensalmente); filtros eletrostáticos que utilizam as propriedades eletrostáticas do polipropileno e do poliéster para limpar o ar. As placas dos filtros devem ser limpas frequentemente para não produzirem ozônio, que é irritante. Saiba, no entanto, que em nenhum deles foi demonstrado cientificamente que retiram os alérgenos ou diminuem os sintomas de asma ou alergias. Do mesmo modo, não foi demonstrado cientificamente que a limpeza dos ductos de ar condicionado, que é cara, seja eficaz na redução das crises alérgicas. É mais eficaz implementar as medidas de controle do ambiente para reduzir os alergenos. Os alérgicos e asmáticos deveriam também evitar irritantes como fumaça de cigarro e outras fumaças, aerossóis, tintas, perfumes, produtos de limpeza ou outros cheiros fortes.

Nos casos mais extremos, você pode considerar o uso de filtros de ar, muitos dos quais podem ser usados junto sistemas de ar condicionado


Alergias

Amizade ou Amor? Fonte: Portaldoamor.com.br

“O

Amor pode estar do seu lado” já diz a música do Jota Quest. E isso é a mais pura verdade. Muitas vezes buscamos “a” pessoa que nos entenda, que goste das mesmas coisas, que seja especial e amigo. Dessa forma, muitas pessoas começam a confundir os sentimentos. A necessidade de ter alguém faz com que uma pessoa próxima, que nos conhece com todas as nossas fraquezas possa ser nossa alma gêmea. Sim, muitas vezes isso acaba sendo verdade. Você pode perceber que o interesse em estar perto de seu (sua) amigo (a) é maior do que simplesmente uma companhia. Você pode passar a enxergá-lo (a) com um objetivo maior. E mais do que isso, a amizade é tão intensa que vocês já são cúmplices. Porém, outras vezes a amizade pode ser confundida por amor devido à carência ou qualquer outro sintoma. Portanto, antes de se declarar para ele (a) ou simplesmente curtir um momento em uma festa, pense sobre os pontos abaixo e veja se vale a pena correr o risco de perder uma amizade:

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Está sendo correspondido?

Tente perceber se o que você sente é correspondido por ele (a). Através de alguns sinais somos capazes de perceber se uma pessoa demonstra interesse pela gente. Alguns sinais que podem lhe transmitir informações sobre seu sentimento são: vontade dele (a) de fazer programa sozinho (a) com você; se ele (a) procura alguma desculpa para poder te tocar; se ele (a) brinca sobre um futuro a dois, como “se você não casar até os 30, eu caso com você”. Porém existem outros sinais, por exemplo, que podem transmitir a mensagem errada, como no caso dele (a) sentir ciúme de você em uma balada. Isso pode, simplesmente, significar que ele (a) não sabe dividir atenção; se ele (a) começa a contar detalhes das relações dele (a) com outras pessoas, talvez não se importe que você saiba sobre a vida dele (a), porque ele (a) te vê como uma pessoa do mesmo sexo.

Carência x amizade colorida

Observe se não está permitindo que uma carência faça você enxergar uma amizade colorida aonde

a amizade é tão intensa que vocês já são cúmplices. Porém, outras vezes a amizade pode ser confundida por amor


não existe. Isso ocorre muito quando a pessoa está muito tempo sem uma pessoa, e de repente em um encontro, bebe caipirinha demais e se sente sozinho (a). Essa situação transforma um bate papo de amigos em um encontro e vocês acabam matando a carência um do outro. Nesse caso, todo cuidado é pouco, porque depois de um beijo ou algo mais, sua amizade tem grandes chances de nunca mais ser a mesma. Além disso, um dos dois lados pode gostar da idéia e achar que é correspondido, quando na verdade não passou de uma brincadeira de amigos.

existem outros sinais, por exemplo, que podem transmitir a mensagem errada, como no caso dele (a) sentir ciúme de você em uma balada

Não deixe que isso aconteça se você gosta do (a) seu (sua) amigo (a) ou se sabe que ele (a) gosta de você, mas não é correspondido (a). A chance de haver feridos é gigante.

Vá com calma

Não pense que a amizade é um facilitador para sua declaração. Quando você não conhece um (uma) garoto (a) não abre seu coração rapidamente, certo? Então não faça a mesma coisa com seu (sua) amigo (a). Vá com calma. Passe mais tempo juntos e

vá testando seu comportamento através de comentários, como “adoro passar o tempo ao seu lado”. Se os dois estão interessados não vá com muita sede ao pote. Aproveite para curtir cada momento como uma conquista verdadeira. Não pule etapas, apenas porque são amigos.

Namorado e amigo é diferente

Se os fatores que fazem com que você acredite na compatibilidade e amor por seu (sua) amigo (a) estão baseados no comportamento dele (a) com você, cuidado. A maioria das pessoas atua de maneira muito diferente se é amigo (a) ou namorado (a). Crenças, comentários, hábitos, insegurança, tudo muda de figura quando ele (a) não está mais te aconselhando, mas sim sendo seu (sua) parceiro (a). Além disso, você já ouviu muito sobre os relacionamentos dele (a), mas não pense que tudo que fez com as (os) outras (os) fará com você. Não crie falsas expectativas.

O status do amigo

Outro ponto de atenção é analisar o status do (a) amigo (a) pelo (a) qual está se sentindo atraída (o). Se for seu (sua) colega do trabalho, seu (sua) chefe, o (a) ex de uma amiga (o), o irmão de sua (seu) amiga (o). Às vezes o que interessa é o status de proibido envolvendo a situação e não um sentimento honesto. Pode-se perder a amizade, queimar o filme no trabalho e acabar sozinha (o). Por isso, pense muito em seu sentimento antes de se declarar. Analisando esses pontos, esperamos que esteja pronta (o) para ter certeza do seu sentimento. Namorar um amigo (a) pode ser incrível, mas se não for feito com atenção e respeito você pode ficar sem o (a) amigo (a) e o (a) namorado (a).


Nutrilife

Benefícios em penca A banana é rica em carboidratos, potássio, vitamina B6 e triptofano, entre outros nutrientes, capazes de trazer energia, auxiliar nos tratamentos de hipertensão e anemia.

A

banana é utilizada in natura, cozida, assada, em doces, compotas ou bolos. De fácil consumo, basta descascá-la para ter acesso a seus benefícios. É como fala a conhecida marchinha carnavalesca de Braguinha e Alberto Ribeiro: “banana, menina, tem vitamina, banana engorda e faz crescer”. Trata-se de um alimento rico em carboidratos, que fornece energia de forma rápida ao organismo; em potássio, mineral importante para o bom funcionamento dos músculos, inclusive o cardíaco; e em vitamina B6, essencial para a formação de células do sangue e de substâncias para o cérebro. A fruta ainda é indicada para portadores de pressão alta que usam medicamentos diuréticos. A esses pacientes recomenda-se o consumo de duas bananas por dia, para ajudar na reposição do potássio eliminado na urina. Versátil como ela só, imagine que a fruta pode ainda se tornar uma ‘vacina comestível’. É o que busca o cientista norte-americano Charles Arntzen. Ele trabalha no desenvolvimento de uma variedade de banana geneticamente modificada, que servirá de imunização contra a hepatite B. No futuro, a técnica levará a uma grande 86

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redução de riscos e custos em comparação com a vacinação tradicional. Além disso, é bem melhor saborear o alimento do que levar uma picadinha, não?

Não é para todos

Apesar das vantagens da fruta, alguns grupos devem ingerí-la com muita moderação. Entre eles estão os obesos e os diabéticos. A banana possui elevado índice glicêmico (IG), ou seja, faz o corpo produzir grande quantidade de insulina. Isso deve ser levado em conta porque a insulina é um hormônio que tem o poder de carregar o açúcar para dentro dos músculos na forma de glicogênio. Só que esses depósitos possuem capacidade limitada, o que faz com que todo o excesso de glicose no sangue seja convertido em ácidos graxos e triglicérides, que serão armazenados na forma de gordura. Quem sofre de insuficiência renal também precisa evitar o alimento, devido à grande quantidade de potássio existente nele e que, em excesso, é muito perigoso a esses pacientes.

Sem exagero

São vários os tipos de bananas. Entre os mais populares estão a maçã, a ouro e a prata. A mais ma-

A banana possui elevado índice glicêmico (IG), ou seja, faz o corpo produzir grande quantidade de insulina



Nutrilife

grinha é a prata: uma unidade média desta categoria possui 89 calorias, contra 114 da banana maçã e 158 da ouro. Mas não vá exagerar. Caso contrário poderá ver os ponteiros da balança subir. O ideal é consumi-la após o exercício.

Benefícios

Contendo três açúcares naturais: sacarose, frutose e glicose, combinados com fibras, a banana dá uma reserva instantânea de energia. Pesquisas provam que somente o consumo de duas bananas dão energia para 90 minutos de trabalho pesado. Não admira que a banana seja o fruto mais consumido entre os atletas. Mas esse não é seu único beneficio, elas nos ajudam a prevenir algumas doenças: Depressão: De acordo com recentes estudos, a maioria das pessoas que habitualmente sofrem com depressões sentiram-se substancialmente melhor depois de comerem uma banana. Isto acontece porque a banana contém um tipo de proteína que o corpo converte em serotonina, substância que se sabe ajuda a relaxar e faz sentir melhor. Pressão Arterial: Este fruto tropical é muito rico em potássio e pobre em sal sendo perfeito para descer a pressão arterial. Cérebro: Em uma pesquisa realizada, foi comprovado que o potássio presente no fruto ajuda a melhorar a concentração. Dor de cabeça: Uma das maneiras mais rápidas de curar uma dor de cabeça é fazer uma batida de banana com mel. A banana acalma o estômago e com a ajuda do mel aumenta os níveis de açúcar no sangue enquanto o leite acalma e hidrata todo o teu sistema. Cansaço matinal: Comer uma banana entre as

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refeições ajuda a manter os níveis de açúcar no sangue elevados, combatendo o cansaço. Úlceras: A banana é usada nas dietas contra as desordens intestinais pela sua textura suave e por causa de ser um fruto muito macio. É o único fruto que pode ser comido sem causar distúrbios mesmo nos casos mais graves. Ela também neutraliza a acidez excessiva e reduz a irritabilidade criando uma camada nas paredes do estômago. Controle de temperatura: Muitas culturas vêem à banana como um fruto ‘calmante’ porque consegue baixar a temperatura, quer física quer emocional. Na Tailândia, por exemplo, é hábito as mulheres grávidas comerem bananas para se assegurarem de que o seu filho nasça com a temperatura correta. Stress: O potássio é um mineral vital que ajuda a normalizar o batimento cardíaco, que auxilia a ida do oxigênio para o cérebro e que regula a repartição de água pelo corpo. Quando estamos estressados o nosso metabolismo altera-se reduzindo os níveis de potássio. Podemos ajustá-los com a ajuda deste fruto, rico em potássio. Cortes: De acordo com o ‘New England Journal of Medicine’, comer bananas regularmente pode reduzir o risco de morte por cortes até mais de 40%! Assim, a banana é um remédio natural para muitos males. Acrescentado só uma coisinha, a banana ajuda a ajustar o organismo no chamado ‘jet leg’. Para quem viaja de um continente para outro com muitas horas de diferença do fuso horário, comendo bananas, devido às propriedades do potássio, o organismo consegue ajustar-se mais depressa ao novo horário. Agora, se você não se enquadra nas categorias que têm restrições à deliciosa fruta, saboreie e desfrute de seus benefícios.

O potássio é um mineral vital que ajuda a normalizar o batimento cardíaco, que auxilia a ida do oxigênio para o cérebro


Verão

Cuidados íntimos no verão Não é apenas o protetor solar que você deve carregar na bolsa para ficar linda e saudável durante este verão. Confira outros cuidados íntimos indispensáveis para aproveitar a estação sem dor de cabeça. Fonte: itodas.uol.com.br

N Não é apenas com a pele que devemos tomar cuidado, há outras áreas muito importantes e que são diversas vezes esquecidas

a praia ou na cidade dá para aproveitar o sol para ficar com a pele dourada e linda, além de curtir aquele clima de férias que toma conta do verão. Sim, essa época é uma delícia, mas também pode trazer alguns probleminhas para quem não souber se cuidar. Não é apenas com a pele que devemos tomar cuidado, há outras áreas muito importantes e que são diversas vezes esquecidas - a parte íntima. Com o clima mais quente, a região íntima apresenta uma transpiração maior. O aumento da umidade e temperatura local favorece a proliferação de microrganismos, tais como fungos e bactérias.

Candidíase

Nessa época de sol e muito calor, o aumento do movimento na praia, piscina e academias é diretamente proporcional à freqüência no consultório do ginecologista. Por uma razão bem simples: cresce muito o número de mulheres com inflamações, corrimentos e coceiras vaginais, causada por um fungo bem conhecido por todas nós - a Cândida.

É habitualmente encontrada no intestino das mulheres. Por algum desequilíbrio na defesa do organismo feminino, esse fungo acaba contaminando a vagina e gerando alguns sintomas. O nome é estranho e a doença um tanto incômoda. A infecção ginecológica tende a se desenvolver em épocas de calor intenso, principalmente ao ficar com o biquíni molhado por muito tempo ou usar calças apertadas - alguns dos fatores que contribuem para o desenvolvimento. Geralmente ela ocorre nesta época de calor, pois o aumenta o calor do ambiente vaginal, que já é quente e úmido, facilitando a multiplicação do fungo. Com o ambiente mais úmido e quente do que normalmente, a Cândida se fortalece e aumenta em número, rompendo esse delicado equilíbrio com as nossas defesas e provocando inflamação, até que o equilíbrio novamente se restabeleça, na maioria das vezes, com a ajuda de medicamentos prescritos pelo médico. Pode não ser muito animador, mas aproximadamente 75% das mulheres terão pelo menos um episódio de candidíase ao longo de toda a vida. Em menos de 10% dos casos, a cândida pode aca-


Verão

bar virando um verdadeiro tormento devido ao aumento na freqüência dos seus ataques - é a chamada candidíase de repetição, quando a mulher tem mais de quatro episódios diagnosticados de candidíase por ano. Esses casos são mais delicados e necessitam de uma investigação mais profunda e até mesmo o tratamento do parceiro sexual, quando indicado. Portanto, veja alguns cuidados que se deve ter para evitar algumas dores de cabeça no verão:

Roupas

Use trajes leves e evite peças justas e apertadas durante longos períodos do dia. Se não conseguiu fugir do trabalho, prefira as saias e vestidos de algodão, que facilitam a respiração da região íntima.

Higiene íntima

Nada de exagerar no banho diário - um ou dois já são suficientes. Para a limpeza, prefira produtos específicos. Os sabonetes higiênicos femininos à base de melaleuca ou ácido láctico são melhores opções para a higiene feminina, pois o pH é mais próximo da genitália feminina quando comparado com os sabonetes em barra comuns.

Calcinha

Lingeries de nylon ou renda funcionam muito bem em certas ocasiões, mas, se usadas no dia-a-dia aumentam a umidade natural da região íntima, porque atrapalham a respiração. Opte sempre por lingeries de tecido de algodão, que permitem o arejamento da pele.

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Na praia e na piscina

Não fique com o biquíni molhado durante muito tempo, para evitar a proliferação de fungos e bactérias e correr o risco de levar, de brinde para casa, uma infecção.

Lavagem das peças íntimas

Evite o uso de amaciantes e alvejantes. Prefira sabão de côco ou antialergênicos e depois enxágue bem. E nada de ficar pendurando dentro do box do banheiro. O ambiente quente e úmido é favorável à multiplicação de fungos na calcinha. O mesmo vale para os biquínis.

Produtos

Para a higiene íntima utilize sabonetes específicos. Sabonete líquido com pH levemente ácido à base de glicerina ou os sabonetes higiênicos femininos à base de melaleuca ou ácido láctico. É também recomendado evitar produtos que possam causar irritação na genitália, como talcos e perfumes.

Higiene x ducha íntima

São coisas completamente diferentes. A higiene íntima é lavar somente a região externa da vagina. Já a ducha é quando a mulher introduz o ‘chuveirinho’ na parte íntima, o que agride a mucosa e prejudica a flora vaginal normal, que são importantes agentes de defesa local. O hábito deve ser evitado. Anote as dicas e curta o que há de bom no verão, mas não se esqueça de cuidar do seu corpo.

Evite o uso de amaciantes e alvejantes. Prefira sabão de côco ou antialergênicos e depois enxágue bem


Psicologia

Manipulação da criança pode causar síndrome Sua primeira manifestação é uma campanha de difamação injustificada contra um dos pais por parte do filho

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m alguns casos, a manipulação das crianças pelo pai ou a mãe pode adquirir contornos doentios. A criança é programada por um para odiar o outro, tornando-se vítima da Síndrome da Alienação Parental (SAP). A síndrome é descrita pelo professor de Psiquiatria Infantil da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, Richard Gardner, como uma perturbação que surge principalmente no âmbito das crianças. Sua primeira manifestação é uma campanha de difamação injustificada contra um dos pais por parte do filho. Crianças com a síndrome têm o vínculo com o genitor afastado, se essa ausência já dura alguns anos, irremediavelmente destruído. Nessa situação, o modelo principal passa a ser o do alienado (o pai ou a mãe que difama o ex-companheiro), cujo comportamento é patológico e mal-adaptado. Se tiver predisposição, a criança pode desenvolver sérios distúrbios psiquiátricos. Gardner classifica a indução da síndrome como uma forma de abuso. No caso de abusos sexuais ou físicos, os traumas sofridos chegam a ser superados um dia.

“Mas o abuso emocional rapidamente repercutirá em conseqüências psicológicas”, descreve. Segundo Gardner, os efeitos da SAP na criança podem variar de depressão, isolamento e incapacidade de adaptação, a comportamento hostil e dupla personalidade. Pessoas com a síndrome têm inclinação ás drogas. Também podem torna-se mentirosas e manipuladoras, como os genitores de que foram vítimas. Isso porque, desde muito cedo são treinadas para falar apenas uma parte da verdade. Quando tornam-se adultas e constatam que foram cúmplices inconscientes de uma injustiça contra o pai ou mãe normalmente se voltam contra o alienador e tentam retornar o relacionamento com o genitor afastado. Algumas das vítimas são tomadas por um sentimento incontrolável de culpa cuja conseqüência mais drástica é o suicídio. “Se os pais ajudam os filhos a elaborar a experiência, eles podem emergir mais amadurecidos da separação”

Vítimas do conflito no brasil

No ano de 2003 foram consumadas 100.985 separações em primeira instância. - 21,6% ou 21.819


Psicologia

foram litigiosas - 71.133 casais tinham filhos menores de idade - Eram 121.796 crianças - Só 3,6% puderam, depois da separação, ficar sob a guarda compartilhada dos pais. Em Goiás, casais com filhos menores consumaram separações em primeira instância - Menores de 3% dos casais optaram pela guarda compartilhada - 343 entraram com o processo em varas de Goiânia. Não houve caso de guarda compartilhada na capital.

Rejeição ao pai e medo de relacionamentos

A psicóloga Rosângela Parreira Lopes Amorim que trabalhou em Goiânia e atualmente atua em Ceres, a 183 quilômetros da capital, atende duas pacientes vítimas da Síndrome da Alienação Parental (SAP). Uma chegou ao seu consultório com 2 anos, encaminhada pela justiça. O pai solicitou o acompanhamento via judicial porque morava distante e, nas pouquíssimas vezes em que podia viajar para ver a filha, a mãe não permitia a aproximação entre os dois. Inclusive desobediência decisões judiciais que asseguravam ao pai o direto de visita. Apesar da pouca idade e da dificuldade natural de expressão, a menina já mostrava enorme rejeição aos contatos com o pai. “Chorava para não falar com ele, mesmo ao telefone, e demonstrava medo desmedido e sem justificativa. Com o acompanhamento psicológico e atividades expressivas em que era trabalhada a composição familiar a rejeição acabou. Ela não só o aceitou, como passou a dar demonstrações de carinho e finalmente aprendeu a chamá-lo de pai.” A outra paciente, já adulta, precisou de acompanhamento psicológico porque, tendo sido vítima da

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SAP na infância, não conseguia se relacionar com o sexo oposto. “Ela tinha medo de que seus relacionamentos seguissem o mesmo curso da relação entre a mãe o pai.” Rosângela Amorim alerta que os casais costumam ficar tão envolvidos com o confronto entre si, que se esquecem de que os filhos precisa ser preservados, não pode ser usado como arma.

Uma criança manipulada para se transformar numa arma contra o pai ou a mãe pode vir a se tornar mentirosa e manipuladora também Sem traumas se o casal não condegue entrar num acordo, as crianças devem ser preservadas do conflito Brigar na frente dos filhos faz com que eles fiquem divididos (pensam que é preciso tomar partido) e se sintam culpados. O melhor é manter a calma. Falar mal do outro para a criança ou na frente dela é extremamente prejudicial. Os filhos precisam de referências positivas dos pais. Uma filha exposta a uma campanha difamatória contra o pai, por exemplo, deixa de confiar nos homens para o resto da vida e pode ter problemas relacionados no futuro. Uma criança manipulada para se transformar numa arma contra o pai ou a mãe pode vir a se tornar mentirosa e manipuladora também. Os filhos tendem repetir o comportamento dos pais. Omitir a situação faz com que a criança se sinta insegura. Ela deve ser informada da separação dos pais por

Brigar na frente dos filhos faz com que eles fiquem divididos (pensam que é preciso tomar partido) e se sintam culpados


“Se a separação é inevitável, para evitar problemas imediatos e futuros o melhor é procurar a mediação de um psicólogo”

ambos. Mesmo que sejam pequenos, devem ouvir uma explicação que possam compreender. Demostrar respeito a amizade pelo outro faz com que a criança se sinta respeitada e motivada a respeito os pais na sua decisão e a ser solidária. Reprimir manifestações pode dificultar que eles elaborem essa experiência. Os pais devem permitir que as crianças se manifestem e expliquem o que aconteceu quantas vezes for necessário. Filhos que reagem com muita tranqüilidade podem estar escondendo seus sentimentos. A família deve apoiar o casal na tarefa de adaptar as crianças á nova realidade. Pais separados não devem usar a criança como mensageira de recados e nem discutir questões financeiras ou a freqüência das visitas na frente dela. Caso não consiga evitar o conflito nem manter os filhos fora dele, o casal deve procurar a ajuda de um mediador. O melhor é um terapeuta de família.

Estresse do conflito conjugal

A psicodramatista e terapeuta de casais Inês Pena, que trabalha em Goiânia, observa que apesar da divulgação cada vez maior sobre os prejuízos do conflito conjugal para os filhos, é freqüente o aparecimento de vítimas do problema nos consultórios. Esse é um ‘mal’ que não faz distinção de classe ou de escolaridade. Sua origem, conforme a psicóloga, esta ligada a um conjunto de fatores, entre os quais podem ser relacionas a falta de maturidade do casal, baixo auto-estima dos cônjuges, depressão e ansiedade. A historia família também conta muito. “Adultos que passaram por esse tipo de situação quando crianças tendem a repetir o comportamento dos pais”, comenta.

“Se a separação é inevitável, para evitar problemas imediatos e futuros o melhor é procurar a mediação de um psicólogo”, orienta o também psicodramatista Silvamir Alves. Estudos apontam que os conflitos conjugais aparecem em segundo lugar no ranking das experiências mais estressantes na vida de uma pessoa. Só perdem para a morte. Nem uma doença inesperada causa tanta angústia. Separadas desde junho, V., 35 anos, não se arrepende de, logo nos primeiros dias, ter procurado um psicoterapeuta. Ela encontrou o marido com outra e mandou-o embora de casa. Com a terapia, consegui canalizar as minhas energias para mim mesma e deixei de lado o relacionamento extra-conjugal de meu ex-marido. Fortalecida, V. conseguiu controlar melhor a raiva e a decepção. Isso foi positivo para os filhos do casal. O ex-marido os visita todos os dias, mesmo quando V. está em casa, e o relacionamento entre os dois é respeitoso. Apesar do cuidado, V. diz que o filho mais velho, de 9 anos, começou a apresentar problemas na escola logo depois de separação. “Conversei com a coordenadora pedagógica e, felizmente, tudo se resolveu”.

Dilema na disputa pela guarda

Decretada a separação judicial ou o divórcio sem que haja um acordo entre o casal sobre quem ficará com a guarda dos filhos, o juiz deve atribuí-la a quem revelar melhores condições para exercê-la. É o movo Código Civil não privilegia mais a mãe e iguala os direitos dos cônjuges. O que conta é o bem estar da criança e o Juiz é que decide, muitas vezes necessitando de um auxílio e de laudo de um psicólogo.


Saúde Mulher

Celulite

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omo se sabe, um dos problemas que mais afligem as mulheres, a partir dos 15 anos de idade é a celulite, gordurinhas indesejáveis e flacidez que vai aparecendo com o passar do tempo. São alterações características femininas, já que estão intimamente ligadas à produção do hormônio feminino chamado estrógeno, que se por um lado é responsável pelo corpo curvilíneo e atraente das mulheres, pela distribuição característica da gordura que torna as mulheres chamarizes para o sexo oposto, também é o culpado pela retenção de líquido e verdadeiras traves que aprisionam a gordura em torno dos quadris e coxas, configurando a temível celulite. É claro que os padrões estéticos atuais, que querem mulheres de músculos definidos, com quadris mais retificados, com pouca porcentagem de gordura no corpo, contribui para deixar mulheres de todas as idades “obcecadas”em relação à aparência desta região crítica. É interessante ressaltar, que quanto mais feminino for o corpo, mais curvi-

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líneo, cintura fina, quadris cheios, coxas generosas, enfim, o tipo de mulher que desde os primórdios da civilização até hoje, faz os homens se virarem na rua para olhá-la, é o biótipo mais propenso aos dissabores da celulite. Assim, grande parte das norte-americanas e nórdicas como suecas e dinamarquesas, por exemplo, estão livres da celulite devido aos seus quadris estreitos, suas pernas esguias e longas. Já as italianas do sul, as árabes, as espanholas e, sobretudo, brasileiras pagam o preço pelo mundialmente famoso “corpo de violão” e nádegas exuberantes. Nada na vida é de graça. Classificamos os diversos graus de celulite da seguinte forma: grau I - alterações perceptíveis quase que só se palpando a região, muito leves. grau II - alterações leves de relevo cutâneo que aparecem com a compressão da pele ou contração muscular. grau III - Alteração de relevo, aspecto acolchoado ou de “casca de laranja”, nódulos palpáveis e retraídos. grau IV - Características anteriores e mais a presença de grandes ondulações

com nódulos palpáveis, visíveis, dolorosos, aderidos à profundidade e retraídos.

Tratamentos

1)Cremes Os cremes podem realmente ajudar se contiverem ativos que ajam nas 3 frentes de combate à celulite: reduzir a gordura, drenar líquidos acumulados, dissolver através de tecido fibroso que aprisiona a gordura e os líquidos, repuxando a pele. Assim tanto agem bloqueando a tendência natural do organismo depositar gordura na região de coxas e quadris, aumentando a queima de gordura através do aumento do metabolismo, agindo contra a formação de traves e retenção de líquido, aumentam a queima das gorduras, tonificam a circulação local, favorecendo o metabolismo local, a maior oxigenação e eliminação de metabólitos. São elas: Oxandrolona, Thiomucase, Hialuronidase, Cafeína, Amarashape, Remoduline, Iodeto de Potássio, Triac, Triodotironina etc. Estes ativos combinados podem propiciar resultados após 90 dias de uso, especialmente se combinados à alimentação



Saúde Mulher

saudável e exercícios físicos. Os cremes são receitados para a própria paciente aplicar diariamente com massagem circular de 2 minutos, contendo substancias combinadas. 2)Intradermoterapia (mesoterapia) São injetadas no tecido gorduroso coquetéis de substancias semelhantes às que contêm os cremes para celulite, as que não causam efeitos indesejáveis (exceto o hormônio masculino oxandrolona que não é usado injetado, sob risco de efeitos colaterais) com a finalidade de queimar gorduras, drenar os líquidos retidos, diminuir as traves de tecido conjuntivo e dissolver os nódulos. Para cada caso podem-se fazer coquetéis específicos. Fazem-se sessões de 1 a 2 vezes por semana por pelo menos 8 semanas. São usados alcaxantina, desoicolato de sódio, aminofilina, gynkobiloba, pentoxifilina etc. 3) Accent É um equipamento sofisticado que emite radiofreqüência, aquecendo intensamente os tecidos subcutâneos, sem queimar a pele. O calor “cozinha” a celulite, quebra a gordura e promove grande produção de colágeno, dissolvendo os nódulos, uniformizando, homogeneizando as camadas de tecido, deixando coxas e bumbum 96

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bem mais lisinhos e firmes. Os resultados já aparecem com 5 sessões, espaçadas a cada 8 dias aproximadamente. Outra vantagem é que ninguém percebe que alguém está se submetendo ao tratamento, já que a pele não fica marcada e não há necessidade de se interromper nenhuma atividade, podendo ser feito mesmo no verão, sem desconforto. 4) Subcison Método criado no Brasil, muito eficiente para romper as traves de tecido conjuntivo que aprisiona os nódulos de tecido gorduroso, com muito bom resultado desde que a paciente esteja preparada para suportar os hematomas enormes que se formam, as áreas noduladas que persistem até alguns meses pós-procedimento e manchas que também podem demorar 90 dias para desaparecer. Uma agulha grossa que se parece a um bisturi pequeno é introduzida embaixo dos “furinhos” de celulite, e o tecido subjacente é seccionado, girando-se essa agulha em 360o. É um ótimo método para quando há poucos “furinhos” (depressões), pois aí é fácil suportar os poucos hematomas e o resultado é visível e objetivo. Geralmente são necessárias pelo menos 2 sessões.

Medidas Gerais

Adotar dieta com menor teor de carboidrato, evitando carboidratos após as

18 horas, rica em fibras naturais presentes em frutas, verduras, casca e bagaço de frutas. Cuidado com as barrinhas de cereais que são ricas em carboidratos. Refrigerantes, mesmo diet, contêm sais que podem reter líquidos, não exagere. Prefira água, limonada com adoçante, ou sucos diet bem diluídos (1 dedo de suco na diluição normal e o resto do copo de água). Musculação é excelente exercício que pode acabar com a celulite inicial em pouco tempo. Vença a preguiça! Massagens vigorosas, feitas por massagista, daquelas que às vezes deixam até algumas manchas roxas temporárias, também são úteis, mobilizando o tecido gorduroso, e aumentando a irrigação sanguínea local. Risque o fumo de sua vida! É veneno puro para celulite. A circulação sanguínea da pele, gordura e músculos, a eliminação de metabólitos, fica extremamente prejudicada. O aspecto de flacidez geral é inexorável. Álcool é carboidrato a mais e é retenção de líquido certa, diminua ao mínimo possível. O inverno, apesar de perigoso para a celulite, graças às comidas mais calóricas e menos oportunidade para atividade física, pode ser a estação ideal para cuidar-se, preparando-se para estar mais bonita na primavera.


Vida a Dois

Relação madura, longa e séria

V

Para que um relacionamento seja duradouro e sério os dois devem ser bons ouvintes.

ocê deve estar imaginando que um relacionamento como descrito no título é impossível de se conseguir, que você não conhece ninguém que tenha uma relação assim. Mas um relacionamento, como qualquer outra coisa na vida, deve ser trabalhado, analisado e pensado. Se você encontrou sua cara metade e tem certeza que você é a cara metade da outra pessoa, então basta apenas agir em sua relação seguindo alguns conceitos básicos de sucesso.

Estarem juntos

Toda vez que estiverem juntos, transforme esses momentos em um encontro. Namorem e se curtam sempre como se fosse o início do relacionamento. Vocês devem se encontrar pessoalmente sempre para fazer com que a relação de vocês funcione e devem buscar momentos só para os dois. Mantenha o romance e a vida sexual. Se for casada (o) e tiver filhos, fuja com seu (sua) esposo (a) sempre que possível para que a individualidade seja mantida. Liguem um para o outro com freqüência também. Mostrem interesse pelas pequenas coisas do dia-a-dia do outro. Obs: Ligar com freqüência, não significa sufocar, questionar ou cobrar.

Mas, tão importante quanto o tempo juntos, é o tempo que ficam separados. Você precisa ser independente e, para isso, passar momentos separados é muito importante. Cada um deve realizar atividades distintas, sair com amigas (os) sozinha (o), curtir a família, hobbies, carreira entre outros. Tão importante quanto ser feliz juntos, é conseguir ser feliz quando não estão juntos.

Vocês devem se encontrar pessoalmente sempre para fazer com que a relação de vocês funcione e devem buscar momentos só para os dois

Comunicação

A comunicação entre vocês deve ser excelente. Não pode existir medo e receio de falar alguma coisa. Para que um relacionamento seja duradouro e sério os dois devem ser bons ouvintes. Saber escutar os problemas, dividir preocupações, falar das


Vida a Dois

diferenças de pontos de vista. Mas, além disso, devem ter a liberdade de falar besteira, perguntar sobre o dia, sonhos, vontades, medos, insegurança, passado, futuro, família. Enfim, tudo e qualquer coisa que tiver vontade.

Confiança

A confiança deve imperar, sempre. Não pode haver desconfiança, ciúmes ou medo que seu (sua) parceiro (a) vá te trair ou ferir seja emocionalmente ou fisicamente. Vocês devem confiar no sentimento que existe e é cultivado entre vocês. Se o relacionamento é saudável, e vocês passam deliciosos e agradáveis momentos juntos, não precisa ter medo.

Dar suporte

Faça a diferença estando presente. Isso significa dar o suporte que o (a) parceiro (a) precisa, seja em momentos felizes, mas, principalmente, nos tristes. Mostre que você estará presente sempre, do modo que puder - fisicamente, emocionalmente ou de outro jeito que seja só seu.

Respeitar

Outro conceito que está presente em todas as histórias de amor de sucesso é o respeito. Respeito é fundamental, básico. Não deveria ser um item da lista, mas sim algo intrínseco. Apesar disso, muita gente esquece e passa por cima do respeito machucando e ferindo o outro, física e emocionalmente. Respeitar significa aceitar. E quando se ama de verdade se aceita a pessoa com todas as qualidades e defeitos. Você deve aceitar o outro em todos os as-

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pectos, na maneira como pensa e como age. Não é porque é diferente de você que não te ama. Ama e demonstra de um modo diferente. E com o tempo, cada um vai mostrando as necessidades, a maneira de ser, o que consegue e o que não consegue mudar. Um relacionamento sem respeito não tem o mínimo necessário para ser duradouro.

Para que você possa confiar e passar confiança, respeitar e ser respeitado deve haver honestidade e sinceridade. Deixe claro sempre o que é importante Honestidade

Por fim, e suportando todos os conceitos acima, você não pode esquecer nunca da honestidade. Para que você possa confiar e passar confiança, respeitar e ser respeitado deve haver honestidade e sinceridade. Deixe claro sempre o que é importante para você, o que te machuca, o que não conseguirá mudar entre outras coisas. Não minta, nem que sejam mentiras pequenas e sem importância, mentiras de proteção, porque se o outro descobrir vai achar sempre que é pior do que na verdade é. Seja honesta (o) sempre, e seu (sua) parceiro (a) terá todos os motivos do mundo para apenas confiar.

com o tempo, cada um vai mostrando as necessidades, a maneira de ser, o que consegue e o que não consegue mudar



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