Revista Materlife 99

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marรงo 2013 Ano 9 - nยบ 99 ISSN 2178-8707

Artralgia e Artrite

Voce sabe diferenciar estes dois tipos de dor? Criancas com aftas

Quem nunca teve uma afta na boca?

Congelar alimentos faz mal?

Como congela-los corretamente

Torne seu bebe mais saudavel

Voce sabia que fonoaudiologia aliada a amamentacao torna o seu bebe mais saudavel?

Fontanela Mais conhecida como moleira

QR CODE Facil acesso a revista pelo seu dispositivo movel

Entenda a importancia da histerioscopia para a saude da mulher


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Esta marca e os produtos associados encontram-se disseminados em grandes grupos populacionais. A distribuição é feita em todo território nacional para profissionais da saúde nas especialidades de ginecologia/obstetrícia, pediatria e odontopediatria, promovendo o exercício do direito do cidadão em obter a informação de forma gratuita.

08 Especial Anemia Ferropriva na gravidez

40 Paterlife Varicocele Veja os sintomas.

14 Pesquisas O ronco das grávidas e a diabetes gestacional

42 Curiosidade Artralgia e Artrite Saiba o que fazer.

16 Filhos Crianças com aftas Quando isso acontece?

43 Medicina Vulvovaginite na infância O que pode ser?

A Revista Materlife , consciente da sua responsabilidade ambiental e social, utiliza papéis com certificado FSC ( Forest Stewardship Council) para impressão desta revista.

Diretor Michel Wajchman Gerente Comercial Ubirajara Mendes Ponciano Gerente Financeiro João Géa Maringolo Editora Chefe Giselle Ribeiro (MTB:33581-RJ)

20 Dúvidas Varizes na Gestação Até quando é nomal?

Direção de Arte Estúdio LIA / Vitor Gomes

22 Saúde Mamãe Diabetes Mellitus Saiba mais.

Produção e Conteudo Editorial Julio Mathias Neto

Coordenador de Assinaturas Marcos Hessman

Coordenador de Circulação Julia Feldstain

48 Bebê-a-Bá Coceira e inflamação Saiba como previnir. 50 Dúvidas Congelar alimentos faz mal? Saiba o que fazer.

Colaboradores desta edição: Dra. Carolina Mantelli Borges / Dra. Vanessa Penteado / Dr. Bruno Andrade / Dr. Leandro Teles / Dra. Angelina M. F. Gonçalves / Dra. Ana Paula Bautzer / Dra. Cynthia Boscovich / Dr. Joji Ueno / Dra. Angela Shimuta / Antonio Paschoal / Dr. Domingos Mantelli / Dr. Carlos Bautzer / Dra. Fernando Passos / Dra. Liliane Oppermann

27 Bebê-a-bá Entenda Fontanela Quando isso ocorre?

52 Medicina Embobolia Pulmonar Quando isso ocorre?

Capa Shutter Stock

30 Papo de Mãe Minha filha tem sinéquia Saiba o que fazer.

54 Bebê-a-Bá Saiba tudo o que acontece no primeiro dia do bebê.

Tiragem / mensal: Nacional 50.000 exemplares

33 Vida a Dois Obstrução nas trompas Saiba mais.

57 Psicologia Esquecimentos sao normais? Leia e compreenda melhor.

• 58 - Saúde Mulher • 59 - Cuidades • 62 - Saúde Mulher • 65 - Sua Pele • 66 - Artigo • 67 - Papo de Mãe

• 68 - Parto • 72 - Saúde Bebê • 75 - Dicas • 77 - Medicina • 78 - Bebê-a-Bá • 81 - Alternativo

• 83 - Papo de Mãe • 86 - Especial • 90 - Paterlife • 95 - Comportamento • 98 - Você sabia

Para se corresponder com a redação: Endereçar cartas à Editora Chefe, Revista Materlife, Rua Tamoios, 302 cj 01 - Jd Aeroporto - São Paulo - SP - 04630-000 - Fax: 11 5031-4807. contato@materlife.com.br. Cartas devem ser encaminhadas com os contatos do remetente.

Logística e Distribuição: Correios

Atendimento ao assinante: Disponível de segunda a sexta-feira, das 9:00hs às 18:00 horas. São Paulo: 11 5031-4807 Para anunciar ligue: (11) 5031-4807 / (11) 5031-5847 contato@materlife.com.br

A Revista Materlife é uma publicação especial e mensal da Hill Comunicação e Marketing ltda. A redação da Materlife não se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados ou por qualquer conteúdo publicitário e comercial, sendo este último de inteira responsabilidade dos anunciantes.


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Chegou! cloreto de sódio gliconato de zinco glicose monoidratada citrato de sódio diidratado citrato de potássio monoidratado

O produto para reidratação mais prescrito pelos pediatras1 é agora o único com zinco. O zinco é importante para o sistema imunológico2,3 Durante a diarreia aguda o organismo perde zinco2-4 Estudos clínicos comprovam que repor o zinco durante a diarreia aguda: • Reduz a gravidade da diarreia2-4 • Reduz a duração da diarreia2-4

Pedialyte Zinco* é um medicamento. Seu uso pode trazer riscos. Procure o médico e o farmacêutico. Leia a bula. * Pedialyte 45 Zinco e Pedialyte Zinco 60 Referências Bibliográficas: 1. Close up Setembro/2012. 2. Bhutta ZA. Bird SM, Black RE, et aI. Therapeutic effects of oral zinc in acute and persistent diarrhea in children in developing countries: pooled analysis of randomized controlled trials. Am J C/in Nutr2000;721516-22. 3. Lazzerini M; Ronfamil. Oral zinc for treating diarrhea in children (Review Cochrane). Database of Systemic Reviews. 2012 4. Kleinman RE. 2008. Pediatric Nutrition Handbook. Chapter 28: Oral Therapy for acute Diarrhea. 6th Edition. USA, American Academy of Pediatrics Committee on Nutrition. P. 651-9.

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Pedialyte 45 Zinco. Indicações: Prevenção da desidratação e manutenção da hidratação após a fase de reidratação, como em quadros de doença diarreica aguda, de qualquer origem, por exemplo. Pedialyte 60 Zinco. Indicações: Reposição das perdas acumuladas de água e eletrólitos (reidratação) e manutenção da hidratação, após a fase de reidratação, como em quadros de doença diarreica aguda, de qualquer origem, por exemplo. Reg MS Pedialyte 45 Zinco: 1.0553.0342 Reg MS Pedialyte 60: 1.0553.0341 SE PERSISTIREM OS SINTOMAS O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO


Especial

Anemia Ferropriva na gravidez Este tipo de anemia é particularmente perigosa para a mulher. Saiba como preveni-la e garantir a sua saúde e a do seu filho.

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urante a gravidez a mulher necessita de mais ferro do que o habitual para suprir as necessidades do seu corpo e as necessidades do bebê. Há um aumento na quantidade de sangue, implicando maior quantidade de ferro. Entretanto o organismo da mãe irá providenciar a quantidade de ferro necessária para o bebê e provavelmente este não será prejudicado. A gravidez está associada a diversas modificações fisiológicas no organismo materno, incluindo alterações no volume sanguíneo e nos fatores envolvidos com hemostasia, que têm como consequência, a diminuição da concentração de hemoglobina. Estas alterações no volume sanguíneo iniciam-se por volta da sexta semana de gestação, e os mecanismos que as determinam são: o aumento da síntese protéica, a maior absorção de sódio e água e a retenção hídrica resultante de sobrecarga cardíaca imposta pela circulação útero-placentária. O aumento do volume plasmático estabiliza-se por volta da trigésima segunda semana da gestação. Para se estudar a anemia ferropriva é preciso compreender a forma como a deficiência de ferro se instala no organismo humano. Teoricamente, têm sido apontadas três etapas no seu desenvolvimento: a primeira delas é caracterizada pela diminuição das reservas de ferro, a segunda pela depleção dessas reservas e, finalmente, na terceira etapa ocorre redução do nível de hemoglobina circulante. O primeiro estágio da deficiência de ferro envolve

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um desequilíbrio no balanço entre a quantidade do mineral biologicamente disponível e a necessidade orgânica. Nessa fase, além de promover maior absorção intestinal do mineral, o organismo passa a mobilizar o ferro dos depósitos. Assim, para se diagnosticar a deficiência de ferro é preciso avaliar a sua reserva. No passado, esse procedimento requeria técnica omplicada que envolvia o exame histológico da medula óssea para pesquisar a presença de mancha de ferro. Atualmente, a determinação da reserva é feita pela medida da concentração de ferritina no soro, a qual mantém estreita correlação com o compartimento de reserva, onde o ferro se encontra sob a forma de ferritina e hemossiderina. No segundo estágio, quando as reservas do mineral estão praticamente esgotadas, duas medidas são úteis para avaliar a adequação do suprimento de ferro para a síntese de hemoglobina. São elas a saturação da transferrina e a concentração de protoporfirina eritrocitária. Finalmente, no terceiro estágio da deficiência de ferro, a depleção das reservas do mineral acarreta deterioração da qualidade e quantidade dos eritrócitos formados (células menores e com baixa concentração de hemoglobina). Somente nesta etapa, quando a anemia já instalada, é que a determinação da concentração de hemoglobina é capaz de diagnosticar o quadro.

No segundo estágio, quando as reservas do mineral estão praticamente esgotadas, duas medidas são úteis para avaliar a adequação do suprimento de ferro para a síntese de hemoglobina.


Metabolismo do Ferro

O organismo humano contém 3,5 a 4g de ferro total sob forma de ferro heme e não heme, assim distribuído: 70-75% ligado a hemoglobina; 3-5% a mioglobina; 20-25% como depósito no fígado, no baço, na medula óssea, ligado à ferritina e à hemossiderina; 0,1-0,5% em enzimas intracelulares e no plasma ligado à transferrina. A necessidade total de ferro elementar durante o período gestacional é de aproximadamente 800 a 1000mg, o que corresponde a um terço do ferro total do organismo. Para suprir esta necessidade o organismo utiliza diversos mecanismos, priorizando o novo ser em desenvolvimento, pois, por exemplo, para a produção da hemoglobina fetal, a utilização do ferro materno obtido através da placenta independe do estoque do ferro da mãe. Cerca de 300mg de ferro, ou mais, são transferidos para o feto e a placenta.

O ferro na gestação

O feto precisa de ferro para formar hemoglobina e constituir uma reserva para os três primeiros meses após o nascimento, quando a ingestação do bebê é baixa. Até 500mg de ferro são incorporados à hemoglobina materna à medida que o volume de glóbulos vermelhos se expande. Embora parte dessa demanda seja compensada pela amenorréia e pelo aumento da absorção intestinal de ferro, a necessidade é tão elevada que dificilmente pode ser preenchida apenas com ferro alimentar, sendo que o aumento da absorção de ferro varia de 0,8mg/dia no primeiro trimestre da gestação para 6,3mg/dia no segundo e terceiro trimestres.

Na gestação o ferro é destinado ao feto, placenta,cordão umbilical e 150mg para o sangue perdido no parto, lembrando que o Ferro é contido dentro das hemácias.

Entendendo o problema

O problema está na baixa quantidade de ferro no sangue da mulher na gravidez, deixando-a mais cansada que o normal. Pode se agravar, se houver ainda uma grande perda de sangue durante o parto, o que diminuiria ainda mais a quantidade de ferro no organismo da mulher. Neste caso a mulher deveria ter que continuar tomando o suplemento de ferro mesmo após o parto. Na gestação o ferro é destinado ao feto, placenta,cordão umbilical e 150mg para o sangue perdido no parto, lembrando que o Ferro é contido dentro das hemácias. É fácil entender porque prematuros tem maior propensão a desenvolver a carência, de fato por apresentarem menor massa corporal e menor reserva de ferro. Só é possível relacionar a anemia ferropriva somente quando existe a ausência de

O feto precisa de ferro para formar hemoglobina e constituir uma reserva para os três primeiros meses após o nascimento, quando a ingestação do bebê é baixa.


Especial

Ferro no bebê, onde a principal causa é o aumento da demanda de ferro e sua ingestão nos bebês em aleitamento artificial, e as lactantes que apresentam elevado risco de desenvolver tal doença.

Diagnóstico

O diagnóstico de anemia por deficiência de ferro na gravidez é difícil. Uma vez que, comumente, as mulheres com esta anemia são assintomáticas, ela é descoberta acidentalmente, ao se realizar testes laboratoriais de rotina de acompanhamento pré-natal. Por razões desconhecidas, o volume corpuscular médio (VCM) aumenta discretamente durante os dois primeiros trimestres e tende a mascarar uma carência não acentuada. Os estudos do ferro, como as determinações séricas e da capacidade máxima de transporte, são usados, rotineiramente, para a investigação da carência do mineral. O melhor teste laboratorial para avaliar a quantidade do ferro disponível é a dosagem da ferritina sérica, a qual está diretamente relacionada aos depósitos de ferro.

Efeitos da Carência de Ferro para Mãe e o Feto

O feto é capaz de obter ferro que precisa independentemente do estoque apresentado pela mãe. Mecanismos placentários “pegam” a transferrina materna, removem o ferro e o transporta ativamente para o feto, contra um alto gradiente de concentração. O ferro fetal provém, portanto, dos estoques maternos e, se estes estão debilitados, ele irá adquirir o seu ferro da quebra de ritrócitos ou da absorção intestinal materna. A anemia é prejudicial tanto para a gestante quan-

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O feto é capaz de obter ferro que precisa independentemente do estoque apresentado pela mãe.

to para seu filho e está associado com o maior risco de morbimortalidade materno-fetal. Uma gestante anêmica necessita de uma maior esforço cardíaco para manter o aporte adequado de oxigênio à placenta e células fetais, tem menor capacidade de trabalho físico e mental, se cansa facilmente, apresenta maior risco de infecção e uma menor tolerância à perda de sangue durante o parto. Em relação ao recém-nascido, quando os níveis de hemoglobina são baixos, há uma diminuição do suprimento de oxigênio o que favorece a hipóxia fetal, desencadeando uma maior incidência de óbitos neonatal e perinatal, aborto, prematuridade e baixo peso ao nascer. Alguns estudos indicam o aumento do risco de pré-eclâmpsia, crianças de baixo peso ao nascimento e óbito neonatais. É difícil a dissociação entre a carência isolada do ferro e outros fatores de risco, como por exemplo a desnutrição, sendo assim a criança nascida de mãe carente em ferro não tem anemia ferropriva ao nascimento, entretanto, essas crianças apresentam menores reservas de ferro e correm maior risco de desenvolver anemia ferropriva durante a infância.

Alguns estudos indicam o aumento do risco de préeclâmpsia, crianças de baixo peso ao nascimento e óbito neonatais.


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Especial

Prevenção

Para a prevenção da anemia ferropriva são muito importantes as atividades educativas dirigidas à equipe de saúde e a comunidade sobre o princípio das misturas alimentares com propósito de aumentar a absorção de ferro. Em geral é necessário fornecer ferro suplementar para atender às necessidades da gestação, especialmente na segunda metade. O ferro medicinal, sob a forma de fumarato ferroso, sulfato ferroso ou gluconato ferroso, pode ser prescrito como profilaxia da deficiência de ferro. Não se recomenda, todavia, o uso de ferro suplementar no primeiro trimestre, por causa do agravamento dos sintomas gastrintestinais comuns a esse período da gestação. A quantidade de ferro na dieta alimentar para prevenir a anemia ferropriva é estimada segundo as necessidades que são determinadas pela demanda do crescimento tecidual, produção de hemoglobina, reposição de ferro perdidos nas fezes, urina, suor e na mulher, perdas menstruais, gravidez e lactação. A ingestão ideal de ferro seria de 10,0mg/dia para mulheres e homens mais velhos, e 18,0mg/dia para mulheres em idade reprodutiva, sendo esta a quantidade para garantir perdas menstruais e as demandas da gestação. A administração de ferro para todas as gestantes não é universalmente aceita, particularmente para aquelas com boa nutrição e sem antecedentes de perdas de sangue. Embora não haja evidências dos benefícios da suplementação profilática de ferro a gestantes, considerando o crescimento do feto, o aumento da concentração de hemoglobina materna e a prevenção de pré-eclâmpsia, este parece ser o procedimento mais adequado, uma vez que diminui a prevalência de anemia ferropriva na mãe após o parto, e de ane-

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mia ferropriva na criança durante a infância. O leite materno apresenta uma baixa quantidade de ferro e o leite de vaca apresenta duas vezes mais ferro. Ela pode ser evitada através de uma alimentação balanceada ou através da toma de suplementos de ferro antes e durante a gestação. Por isso, a melhor arma para prevenção da anemia ferropriva, é sem dúvida uma balanceada alimentação, que naturalmente possui ferro e com nutrientes. As melhores fontes de naturais de ferro são alimentos de origem animal- fígado carne de qualquer animal- por possuírem um tipo de ferro melhor aproveitado pelo nosso organismo. Já a criança é muito importante ser alimentada por leite materno, mas se tal apresenta a patologia o leite de vaca também é indicado.

Como é feito o tratamento?

É feito preferencialmente com sulfato ferroso (Sulfato Ferroso) - comprimidos de 300mg (contém 60mg de Fe), três vezes ao dia antes das refeições, mantendo por três meses após a normalização da Hb no puerpério e lactação. Apesar da discussão sobre a gestação como uma condição de não-deficiência de ferro, a questão está em saber se as gestantes tem estoque de ferro suficientes para suprir a demanda necessária na gestação e se a dieta é suficiente para complementar o suprimento desta necessidade. Não obstante, a maioria dos estudiosos, inclusive os comitês técnicos continuam recomendando a suplementação de ferro de rotina na gestante, principalmente na segunda metade da gestação. Na maioria dos casos, esta recomendação é baseado no pressuposto de que a redução da hemoglobina é revertida com a suplementação do ferro.

A quantidade de ferro na dieta alimentar para prevenir a anemia ferropriva é estimada segundo as necessidades que são determinadas pela demanda do crescimento tecidual


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Pesquisas

O ronco das grávidas e a diabetes gestacional O ronco, além de atrapalhar o sono de quem está ao lado, pode indicar problemas para as grávidas.

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comum as grávidas roncarem decorrente do inchaço das vias nasais, que pode bloquear as vias respiratórias. Mas às vezes, o ronco pode ser um sinal de problemas de saúde. Por isso, o sono de 189 mulheres foi avaliado por cientistas da Faculdade de Medicina Feinberg, da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos. A pesquisa foi feita com mamães com seis a 20 semanas de gestação e no terceiro trimestre.

Resultados

Os cientistas constataram que as futuras mães que apresentam o problema por, no mínimo, três noites na semana estão mais propensas a desenvolver diabetes gestacional. As que roncavam frequentemente tiveram 14,3% de chances de ter diabetes gestacional, enquanto as outras apenas 3,3%. A pesquisa também mostrou que,

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conforme a gravidez evolui aumentam os riscos de se tornar uma roncadora. No início da gravidez, 11% das participantes relataram o inconveniente, sendo que o número subiu para 16,5% no terceiro trimestre. Os pesquisadores ressaltam há necessidade de novas análises para compreender a associação entre ronco e diabetes. E alertam para a importância de avisar o médico sobre problemas do sono durante a gravidez.

Qual é a explicação?

Segundo os cientistas, o ruído noturno indesejado durante a gravidez pode ser desencadeado pelo ganho de peso e edema (acúmulo de líquido), aumentando a resistência das vias aéreas. Pode ativar o sistema nervoso simpático e a pressão sanguínea sobe à noite. Também pode provocar alterações metabólicas e inflamatórias, o que aumenta o risco de diabetes ou baixa tolerância ao açúcar.

Diabetes Gestacional

É uma doença crônica caracterizada por hiperglicemia, isto é, um aumento da taxa de açúcar no sangue. É uma condição de intolerância aos carboidratos, de graus variados de intensidade, caracterizado pelo seu início ou seu primeiro reconhecimento durante a gestação, podendo ou não persistir após o parto. Os bebês de mães com diabetes gestacional estão mais suscetíveis a apresentar tamanho maior que o esperado, o que dificulta o parto. Além de baixos níveis de açúcar no sangue, obesidade e síndrome metabólica. Embora a doença materna geralmente desapareça após o parto, as mulheres que a tiveram passam a ter mais possibilidades de desenvolver diabetes tipo 2. A gravidez é um período muito exigente, e conforme a gravidez progride a qualidade do sono torna-se cada vez pior. Se essa situação agravar-se, alerte o seu médico.


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Filhos

Crianças com aftas Quem nunca teve uma afta na boca? Se para nós, adultos, é tão ruim, imagine então na boca de uma criança.

M

uitos fatores têm sido associados à causa das aftas. No caso das crianças, uma dieta ácida (rica em refrigerantes, sucos e frutas ácidas), além de pequenos traumatismos na mucosa (geralmente mordidas) são os principais fatores que levam ao aparecimento dessas lesões na boca. Além disso, o estresse e um quadro alérgico a determinados alimentos também são relacionados como possíveis fatores causais. O que é afta? Afta é o nome popular da Ulceração Aftosa Recorrente (UAR), uma lesão geralmente que se localiza na língua, na gengiva e na mucosa bucal (parte interna de lábios e bochechas) e é bastante comum em crianças. As aftas são normalmente encontradas nas partes móveis da boca, como a língua ou o forro interior dos lábios e bochechas, na base das gengivas ou garganta. As úlceras começam como pequenos inchaços, ovais ou redondos e avermelhados que normalmente explodem dentro de um dia. As feridas rompidas são cobertas por uma fina membrana branca ou amarela e cercada por um halo vermelho. Geralmente, as feridas cicatrizam em duas semanas sem formar cicatrizes. A febre é rara, e

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as feridas são raramente associada com outras doenças. Normalmente, uma pessoa tem apenas uma afta ou poucas aftas de cada vez. A causa das aftas não é bem compreendida pelos médicos. Normalmente mais de uma causa pode estar na origem da afta, mesmo para pacientes individuais. As aftas não parecem ser causadas por um vírus ou bactéria, apesar de uma alergia a um tipo de bactéria comumente encontrada na boca, pode ser o caso do seu desenvolvimento em algumas pessoas. Podem também ser uma reacção alérgica a determinados alimentos.

As aftas são normalmente encontradas nas partes móveis da boca, como a língua ou o forro interior dos lábios e bochechas, na base das gengivas ou garganta.

Normalmente mais de uma causa pode estar na origem da afta, mesmo para pacientes individuais.


Incoterm


Filhos

Estresse emocional e trauma local ou ferimentos na boca, tais como aparelhos metálicos afiados, escovação com escovas de dentes rígidas e alimentos quentes podem ser também alguns dos gatilhos das aftas.

O que fazer?

O tratamento é paliativo, ou seja, geralmente vai tratar a sintomatologia dolorosa. Algumas pomadas são utilizados com o intuito de promoverem um alívio da dor e proporcionar um pouco de conforto ao paciente. Geralmente tais medicamentos contêm anestésicos e antissépticos em sua composição. Na maioria das vezes, as lesões regridem por si só em um período de poucos dias (a partir de uma semana). Se essas lesões não regredirem ou aparecerem frequentemente, é interessante procurar o dentista para que uma avaliação seja feita.

Você sabia que tem como prevenir?

Oferecer à criança uma dieta balanceada, sem muitos alimentos ácidos é uma boa medida preventiva. Além disso, manter uma higienização bem feita ajuda a diminuir a acidez da boca e pode ser que isso ajude a evitar que as lesões apareçam. A administração de complexo vitamínico B, por um longo período, estará indicada nas crianças que constantemente apresentam aftas. 18

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Se essas lesões não regredirem ou aparecerem frequentemente, é interessante procurar o dentista para que uma avaliação seja feita.

Na afta alérgica, além de evitar o alimento causador, poderá ser usado uma pomada anti-inflamatória. A alimentação deve ser na temperatura mais fria, comidas com menos tempero, como macarrão só na manteiga ou com azeite e purê de batata ou mandioquinha, sorvete e iogurte, nesse período ajuda na recuperação.

Preciso levar meu filho ao médico?

Você deve consultar o seu médico se a afta for exageradamente grande ou causar dores insuportáveis no seu filho. Além disso, se houver sinais de infecção em redor da afta; se a afta demorar mais de 3 a 4 semanas a curar e se seu filho apresentar febre.

Na afta alérgica, além de evitar o alimento causador, poderá ser usado uma pomada antiinflamatória.


Inconfral


Campanha cuidados com as pernas

VARIZES NA GESTAÇÃO Fonte: Dermatologista Fernando Passos de Freitas (CRM-106.504)

A

s varizes incomodam em qualquer fase da vida. E mesmo quem nunca teve o problema, pode começar a enfrentá-lo durante a gravidez, afinal nessa fase, além das alterações hormonais, ocorre o aumento do abdome que faz maior pressão nos vasos da pelve, provocando o aumento dos vasos pélvicos e das pernas. “Varizes são veias dilatadas e tortuosas que surgem ao longo das pernas e podem causar dor, inchaço e, em casos mais graves, úlceras na pele”, informa o angiologista Ary Elwing, especialista em cirurgia vascular periférica e tratamento a laser. De acordo com o especialista, essas veias tortuosas e dilatadas podem se desenvolver em vários graus. “Elas podem aparecer em três estágios: pequenas linhas avermelhadas, veias mais grossas de cor azulada ou nódulos grossos que saltam do plano da pele”, acrescenta. Lembrando que a hereditariedade, o aumento de peso, a vida sedentária e o uso de hormônios são alguns dos fatores que contribuem para o seu aparecimento. Nas gestantes, o índice de aparecimento de varizes é elevado, pois com o crescimento do feto o útero passa a comprimir as veias na região do abdômen. “Outros fatores na gestação como o aumento de sangue circulando no corpo, aumento da produção de 20

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progesterona e aumento do peso, faz com que haja uma dilatação das veias das pernas, podendo gerar varizes novas ou aumentar as já existentes”, destaca o médico. Porém, as varizes tendem a melhorar assim que o bebê nasce. Além disso, durante a gestação, as varizes são mais comuns nas pernas, embora possam ser observadas em qualquer parte do corpo. “Tecnicamente as hemorroidas são varizes na área do reto. Além disso, algumas mulheres apresentam varizes na vulva (área em volta da vagina) quando estão grávidas”, alerta Elwing. O médico confirma que algumas medidas são essenciais para amenizar e até mesmo evitar o problema na gestação. Confira: • Manter uma alimentação balanceada, para não ganhar peso em excesso e não piorar as varizes. • Fazer atividade física de baixo impacto. Os exercícios na água são os melhores como hidroginástica ou natação leve, que ainda fazem uma drenagem natural no corpo. • Usar meias elásticas, mediante prescrição médica, que auxiliam na prevenção. • Apostar em massagens como a drenagem linfática manual, feita por especialistas em gestantes, que ajudam a reduzir os inchaços e melhoram o fluxo sanguíneo. • Procurar escolher sapatos com salto entre 3 e 5 cm de altura, que estimulam a musculatura da panturrilha e ajudam na

circulação do sangue nas veias. • Não permanecer sentada ou em pé por mais de 40 minutos seguidos, ou seja, procurar revezar a posição para estimular o fluxo sanguíneo. • Na hora do repouso, elevar as pernas.

Ter varizes na gestação é grave?

Segundo o médico Ary Elwing, as varizes podem coçar e até doer, mas não é comum que causem problemas circulatórios crônicos ou levem a coágulos de sangue (trombo). “Apenas 5% das pessoas que já apresentam varizes desenvolvem pequenos coágulos de sangue nas veias”, relata. No entanto, se a gestante notar vermelhidão e sensibilidade na superfície das varizes, além de febre, dor nas pernas ou taquicardia, é importante comunicar seu médico imediatamente. “Em poucos casos, taquicardia e/ou falta de ar repentina podem ser sinais de embolia pulmonar (quando um coágulo migra para os pulmões). Por isso, na dúvida, é fundamental investigar os sintomas e buscar tratamento”, diz.

Dr. Ary Elwing Angiologista especialista em cirurgia vascular periférica e tratamento a laser. (CRM 87718)


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Saúde Mamãe

Diabetes Mellitus

D

iabetes mellitus gestacional (DMG) é definido como qualquer nível de intolerância a carboidratos, resultando em hiperglicemia de gravidade variável, com início ou diagnóstico durante a gestação. Sua fisiopatologia é explicada pela elevação de hormônios contra-reguladores da insulina, pelo estresse fisiológico imposto pela gravidez e a fatores predeterminantes (genéticos ou ambientais). O principal hormônio relacionado com a resistência à insulina durante a gravidez é o hormônio lactogênico placentário, contudo, sabe-se hoje que outros hormônios hiperglicemiantes como cortisol, estrógeno, progesterona e prolactina também estão envolvidos. A incidência de DMG é de 3% a 7%, variando de acordo com a população estudada e com os critérios diagnósticos utilizados. No Brasil, estima-se prevalência de 2,4% a 7,2%, dependendo do critério utilizado para o diagnóstico. Devido a implicações éticas, estudos aleatorizados a respeito do DMG são raros e, sendo assim, as recomendações desta diretriz serão sustentadas, na maior parte das vezes, por estudos com outro tipo de desenho.

Por que diagnosticar o DMG?

A gestante portadora de DMG não tratada tem maior risco de: • Rotura prematura de membranas; • Parto pré-termo; • Feto com apresentação pélvica; • Feto macrossômico.

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Há também risco elevado de pré-eclâmpsia. Com relação ao feto, além da macrossomia, o risco para o desenvolvimento de síndrome de angústia respiratória, cardiomiopatia, icterícia, hipoglicemia, hipocalcemia, hipomagnesemia e policitemia com hiperviscosidade sanguínea, encontra-se fortemente aumentado.

Como diagnosticar DMG?

O diagnóstico envolve duas fases distintas: rastreamento e confirmação diagnóstica. Os critérios e testes utilizados para o rastreamento e diagnóstico do DMG são controversos, pela existência limitada de estudos comparativos. O teste inicial recomendado para a triagem de DMG é a dosagem da glicemia plasmática 1h após teste oral com 50g de dextrosol, devendo ser realizado entre a 24ª e 28ª semanas de gestação. São aceitos como valores de corte tanto 140 mg/dl quanto 130 mg/dl, com cerca de 80% e 90% de sensibilidade, respectivamente. A dosagem da glicemia plasmática em jejum também pode ser utilizada como rastreamento e diagnóstico de DMG. A associação glicemia de jejum (GJ) + fator de risco (FR) é método alternativo de rastreamento, orientado pelo Ministério da Saúde do Brasil, considerando a praticidade e o baixo custo, pois a GJ é exame de rotina e a investigação de riscos para DMG é obrigatória na anamnese da primeira consulta no pré-natal. Durante o primeiro trimestre de gestação, os níveis glicêmicos tendem a valores mais baixos, contudo mais estudos são necessários para a determi-

O diagnóstico envolve duas fases distintas: rastreamento e confirmação diagnóstica.


Lolly baby


Saúde Mamãe

nação de valores de referência para esta fase. Como não existe uma definição clara, valores acima de 100mg/dl devem ser considerados alterados. A partir da 24a semana de gestação, a glicemia de jejum com valores acima de 85mg/dl pode ser considerada como rastreamento positivo.

Como tratar o diabetes gestacional?

A eficácia da insulina na prevenção da macrossomia em fetos de mães diabéticas gestacionais, incluindo 1281 gestantes, mostrou benefícios da insulina comparada à dieta. Porém, indicam a necessidade de novos estudos controlados, pela heterogeneidade na literatura. Tratamento alimentar: Dietas abaixo de 1200 Kcal/dia ou com restrição de mais de 50% do metabolismo nasal não são recomendadas, pois estão relacionadas com desenvolvimento de cetose. A grávida portadora de DMG deve fazer aproximadamente seis refeições por dia, sendo três principais e três lanches. O lanche noturno é importante para evitar a cetose durante o sono. Grávidas obesas devem ser submetidas a leve restrição calórica, com total de 25 Kcal/kg de peso atual por dia. Grávidas com peso normal devem ser orientadas a ingerir um total calórico diário em torno de 30 Kcal/kg de peso e grávidas de baixo peso 35 Kcal/ kg. Nos 2o e 3o trimestres de gestação, deve-se adicionar 300 Kcal por dia. O valor calórico total deve ser bem distribuído durante o dia, com 15% no café da manhã, 10% na colação, 30% no almoço, 10% no lanche da tarde, 25% no jantar e 10% na ceia20(D). A distribuição sugerida dos nutrientes é de 40% a 24

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A partir da 24a semana de gestação, a glicemia de jejum com valores acima de 85mg/dl pode ser considerada como rastreamento positivo.

50% de carboidratos, 25% a 30% de proteínas e 25% a 30% de gorduras. Atividade física: Atividade física leve a moderada, em pacientes sem contra-indicações clínicas ou obstétricas, contribui para a redução e o controle da glicemia.

Atenção ao pré-natal

São pontos de destaque na assistência pré-natal das portadoras de DMG, a frequência das consultas, o controle metabólico materno e a avaliação do bem-estar fetal17(D). • As consultas de pré-natal devem ser quinzenais, do diagnóstico de DMG até a 32a semana e, daí em diante, semanais até o parto; • O controle glicêmico materno coincide com as consultas de pré-natal e é realizado pelo perfil glicêmico (PG) de 24 horas, nas gestantes usuárias de insulina e de 12 horas, nas controladas com dieta e exercício físico;

Grávidas obesas devem ser submetidas a leve restrição calórica, com total de 25 Kcal/kg de peso atual por dia.



Saúde Mamãe

• Deve ser realizado um ultra-som no primeiro trimestre para datar a idade gestacional, um segundo entre a 24a /25a semanas para avaliação da morfometria fetal e, a partir da 30a semana, deve ser mensal para avaliação da biometria-desenvolvimento fetal, índice de líquido amniótico (ILA) e grau placentário, com Doppler das artérias umbilical e cerebral média, de preferência, a cada quinze dias; Cardiotocografia anteparto - a partir da 28a /30a semana de gestação, semanal, nas gestantes seguidas em ambulatório e diária, nas gestantes durante as internações.

Peri e pós-parto

Não existem recomendações específicas para via de parto, sendo esta determinada pelas condições obstétricas específicas da paciente. Por existir um risco maior de desenvolvimento de macrossomia após a 38a semana, é recomendado que a gestação não se prolongue além deste período. No período pré-parto, a meta do controle glicêmico deve estar entre 80 e 120 mg/dl. O controle da hiperglicemia é de grande importância, pois a maioria das complicações fetais está relacionada à elevação da glicemia materna no pré e peri-parto. Gestantes que não usaram insulina durante a gestação, geralmente, não necessitam de cuidados especiais durante o parto. A partir do início do jejum, deve-se iniciar infusão venosa de solução glicosada a 5% a 100 ml/h. A medida da glicemia capilar deve ser realizada a cada hora para monitorização adequada. Bolus de insulina regular podem ser usados caso ocorram elevações glicêmicas significativas.

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Pacientes em uso de insulina poderão ser controladas com insulinoterapia venosa contínua (indicada para pacientes com maior labilidade glicêmica), ou sob regime de controle intermitente com insulina regular. Para o dia do parto: 1/3 da dose total de insulina usada na gestação; soro glicosado a 10%,via intravenosa, 40 gotas/minuto, glicemia capilar de 4/4 horas e reposição com insulina regular, se necessário. Após o parto, com a retirada da placenta, as alterações metabólicas são revertidas, e os níveis glicêmicos normalizados. O aleitamento materno deve ser estimulado.

Cuidados e orientações em longo prazo

Pacientes que desenvolvem DMG têm alto risco de recorrência em gestações futuras24. Estas pacientes apresentam também risco de 20% a 40% de desenvolverem DM tipo 2, num período de 10 a 20 anos. Em nosso meio, observou-se que 44,8% das portadoras de DMG desenvolveram DM tipo 2 após 12 anos da gestação-índice. Além das complicações no pós-parto imediato, estudos demonstraram que fetos macrossômicos têm risco aumentado de desenvolverem obesidade e DM durante a adolescência. É recomendado que a parturiente realize TOTG com 75g de dextrosol após seis a oito semanas do parto. Orientações gerais sobre melhoria dos hábitos de vida com estímulo à alimentação mais saudável, perda de peso e realização de atividade física regular devem ser adotadas como medidas preventivas.

Após o parto, com a retirada da placenta, as alterações metabólicas são revertidas, e os níveis glicêmicos normalizados.


Bebê-a-bá

Entenda Fontanela

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fontanela, conhecida popularmente como moleira, é a região mais macia e flexível acima na cabeça, encontrada em todos os bebês até cerca de nove meses e tem a função de auxiliar o bebê na hora do parto e posteriormente permitir que o cérebro cresça. Ela existe porque as quatro tábuas formadoras do crânio ainda não estão soldadas quando nascemos, mas apenas sobrepostas. A abertura tem de dois a quatro centímetros e é coberta por uma membrana bastante resistente. Ainda assim, a região é muito delicada e deve ser sempre tocada com cautela. Na hora do banho, cuide para não fazer pressão ao massagear o couro cabeludo. A fontanela costuma se fechar completamente até os 18 meses de idade. Caso você perceba que a moleira do bebê está afundada, atenção. É sinal de que o bebê pode estar desidratado. Se, ao contrário, a moleira apresentar uma forma arredondada, de baú, pode significar excesso de vitamina A, entre outros motivos. Qualquer outra alteração notável na forma do crânio nessa fase do desenvolvimento da criança é motivo para procurar o pediatra. Existem dois tipos de moleiras. Uma na parte da frente da cabeça e outra menor, na parte de trás. São espaços abertos entre alguns ossos do crânio, cuja

função é permitir o crescimento do cérebro e portanto da cabeça. O exame da fontanela traz muitas informações importantes ao pediatra, através da análise do seu tamanho e da sua “tensão”. A fontanela normal é plana ou ligeiramente baixa, podendo pulsar ou não. Uma fontanela muito baixa pode significar que o bebê necessita tomar liquido; já a fontanela abaulada (formando um “calombo” para cima) pode significar problemas mais sérios, principalmente se acompanhada de sintomas como febre ou vômitos. A fontanela posterior pode já estar fechada ao nascimento ou fechar nos primeiros meses de vida. A anterior fecha ao redor de 1 ano de idade. O crescimento do crânio é acompanhado mensalmente pelo pediatra no primeiro ano de vida, através da medida do perímetro cefálico. Existe uma alteração conhecida como Cranioestenose, que é caracterizada pelo fechamento precoce das fontanelas e suturas, ocorrendo deformidades no crânio, já que o cérebro fica sem espaço para crescer adequadamente. Não tem uma causa definida, mas pode ter motivos hereditários, intrauterina, infecciosa ou até mesmo o uso de alguns medicamentos durante a gestação, como anticonvulsivantes. O diagnóstico é feito pelo médico a partir de exame físico do bebê.

O exame da fontanela traz muitas informações importantes ao pediatra, através da análise do seu tamanho e da sua “tensão”.


Bebê-a-bá

Existe tratamento para bebês com a cabecinha torta?

Essa é a pergunta mais feita pelos pais de bebês que apresentam algum tipo de assimetria craniana. E a resposta, para alívio de todos, é: Sim! Podemos reverter o quadro com muito sucesso e em pouco tempo! Para ter sucesso no tratamento, o bebê precisa ser submetido às iniciativas de correção entre os 4 e 14 meses de idade. Depois disso, infelizmente, não há o que ser feito. A primeira recomendação e a mais importante é observar o comportamento do bebê e também das pessoas que convivem com ele, como os próprios pais, avós, tios, primos, babás e até irmãos. É que dependendo de como a criança estiver recebendo os estímulos sonoros e visuais, poderá desenvolver o apoio viciado da cabecinha em apenas um ponto. Esclarecendo melhor: imagine que o berço do seu bebê esteja posicionado em um dos cantos do quarto, encostado à parede, que por sua vez é branca. Tudo que for dito ou mostrado ao bebê virá do lado oposto à parede, ou seja, o bebê terá a tendência de apoiar a cabeça sempre em um dos lados para acompanhar o que acontece à sua volta. A cabeça cresce muito mais do que o corpo do bebê nos primeiros meses de vida e as suturas cranianas estão aberta para viabilizar o desenvolvimento do cérebro. Com o apoio viciado, a cabeça tende a crescer para as regiões livres de apoio. O resultado disso tudo é a assimetria! Por esse motivo, é indicado que após a observação desses costumes a família modifique algumas coisas. No caso do berço, quando possível, o ideal é posicioná-lo no meio do quarto e provocar estímu-

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Após esse tempo é necessário fazer uma nova avaliação da assimetria apresentada pelo bebê. Boa parte dos casos é revertida com essas dicas simples, mas desconhecidas de muita gente.

los à criança de maneira variada. Se o espaço não for suficiente para tal, uma dica é alternar a posição do neném no próprio berço. A cabeceira pode fazer as vezes do pé da caminha em algumas noites e você terá a alternância do local de apoio. Outra dica bacana é ficar atento à posição do bebê na hora de dormir. Essa parte é um pouco mais difícil e exige mais atenção da mãe ou do pai. A idéia é que sempre que a criança posicionar a cabeça no ponto com maior incidência de assimetria, um desses responsáveis possa modificar tal apoio, provocando o costume de virar a cabecinha para o lado contrário. O mesmo vale para os momentos em que a criança estiver no bebê conforto, cadeirinha do carro etc. Recomendamos a alteração da rotina e desses comportamentos pelo período de um mês. Após esse tempo é necessário fazer uma nova avaliação da assimetria apresentada pelo bebê. Boa parte dos casos é revertida com essas dicas simples, mas desconhecidas de muita gente.

Por esse motivo, é indicado que após a observação desses costumes a família modifique algumas coisas.


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Papo de Mãe

Minha filha tem sinéquia

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ormalmente quando a mamãe identifica algum problema na genitália da criança procura o pediatra, e este poderá indicar um ginecologista para alguns casos mais específicos, como o da sinéquia. Um problema ginecológico muito frequente e desconhecido pelas mamães é a sinéquia dos pequenos lábios vaginais, isto é, a aderência dos pequenos lábios. Acomete meninas de até dez anos, principalmente aos dois anos de idade. Há vários nomes para este problema: sinéquia, coalescência, fusão ou aderência dos pequenos lábios vaginais. Como o nome já diz, é quando os pequenos lábios vaginais ficam “grudados”.

Por que isso aconteceu com a minha filha?

Algumas causas para que aconteça a fusão dos pequenos lábios já são conhecidas. A anatomia da genitália de “uma” bebê é diferente de uma mulher. A da bebê tem os pequenos lábios mais internos, facilitando a aderência, sobretudo quando há infecções crônicas por falta de uma boa higiene. Outro motivo que os ginecologistas esclarecem é a baixa produção do hormônio estrogênio típico em crianças pequenas e que pode explicar a existência de maiores irritações, beneficiando a fusão dos pequenos lábios.

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Assaduras causadas por fraldas ou calcinhas e traumas na região da genitália podem provocar ferimentos que por causa da baixa produção do estrogênio ficam mais “irritados” e demoram a cicatrizar, gerando a aderência. Nem sempre a sinéquia dos pequenos lábios vaginais das crianças são encontrados facilmente pelas mamães. O tamanho varia bastante e começam de baixo para cima, da região mais distante da uretra para a mais próxima. A aderência pode levar a infecções e retenção de urina causando dor, mau cheiro, corrimento e irritação da pele da genitália da criança. O pediatra deve ser procurado assim que houver suspeita da mamãe quanto à sinéquia e este deve indicar um ginecologista para o tratamento.

Qual o tratamento?

O tratamento é simples, mas terá efeito se seguida rigorosamente as orientações médicas. O tratamento indicado é a utilização de cremes à base de hormônio estrogênio sobre a linha média da sinéquia por um período recomendado pelo médico. Caso o uso do creme seja exagerado e ultrapasse os dias recomendados, alguns efeitos colaterais poderão aparecer na criança, como aparecimento de pêlos na genitália ou escurecimento da região. A cirurgia é necessária apenas nos casos de aderências muito acentuadas. Operar não é in-

O tratamento é simples, mas terá efeito se seguida rigorosamente as orientações médicas.


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*Referências: Assev S, Rolla G. Futher studies on growth inibition of some oral bactérias by xylitol. Acta Pathol Microbiol Immunol Scand, 1983, 91: 261-265. Konig KG, Diet and oral health. Int Dent J, 2000; 50:162-174 gales MA, Nguyen T. Sorbitol compared with xylitol in prevention of dental caries. Ann Pharmacother, 2000; 34:98-100. Sintes JL, Escalante C, Stewart B et al. Enhanced anti-caries efficacy of a 0,243% sodium fluoride / 10% xylitol / silica dentifrice: 3 year clinical results. An J Dent 1995.8: 231-235. Malvatrikids Baby - Modo de usar: A escovação deve ser iniciada tão logo apareçam os primeiros dentes da criança com Malvatrikids® Baby, usando uma dedeira ou uma escova infantil com cerdas macias, diariamente, após as refeições e antes de dormir. Precauções: Mantenha o produto fora do alcance de crianças quando não estiver em uso. Não ingerir. MS 2.0250.0071. Malvatrikids F-Infantil - Modo de usar: Escove os dentes da criança diariamente após as refeições e antes de dormir com Malvatrikids® F em uma escova de cerdas macias. Acompanhe a criança até que ela aprenda a realizar a escovação sozinha. Precauções: Mantenha o produto fora do alcance de crianças quando não estiver em uso. Não ingerir. Recomenda-se o uso sob supervisão de um adulto. MS 2.0250.0073. Conheça mais sobre os riscos de fluorose no site: www.malvatrikids.com.br. VISITE O DENTISTA REGULARMENTE. Resp Técnico: Roquele Gomes Focco, CRF-RJ n°7193. Fabricado por: Laboratório Daudt Oliveira Ltda. Rua Simões da Mota, 57 - Rio de Janeiro - RJ. CEP 21540-100. CNPJ: 33.026.055/0001-20.


Papo de Mãe

dicado na maioria dos casos, porque, se a região for cortada, há risco de a criança ter uma nova sinéquia ainda mais grossa e fibrosa. Não tratar a sinéquia pode levar ao acúmulo de secreção local e à retenção urinária, favorecendo o surgimento de infecções.

Curiosidade!

A sinéquia pode reaparecer quando a mamãe interrompe o tratamento antes do recomendado só porque já “descolou”. Por isso, é fundamental seguir as recomendações médicas. Se a aderência for mais acentuada, às vezes, a cirurgia é indicada. Isso acontece em poucos casos já que a probabilidade da aderência retornar ainda mais grave depois da cirurgia é grande. Após o fim do tratamento, retorne ao especialista para uma nova avaliação da sua bebê. Mesmo sem que exista a aderência dos pequenos lábios, procure o pediatra se houver mau cheiro ou irritação na genitália da criança.

Bebê no ginecologista

Quando falamos de consulta ginecológica já pensamos em um atendimento médico com uma mulher ou uma adolescente. A realidade não é bem assim. Existem bebês que precisam de uma consulta ginecológica, sim. Ginecologista não é só para quem tem uma vida sexual ativa. A consulta pode ser iniciada desde pequenininha.

Não tratar a sinéquia pode levar ao acúmulo de secreção local e à retenção urinária, favorecendo o surgimento de infecções.

Atresia da vagina Esta é uma situação muito grave, em que a vagina não se desenvolveu e não existe comunicação entre o exterior e a cavidade uterina. Aqui é necessária uma cirurgia complexa para construção de uma vagina. Se o problema não for identificado e tratado até à puberdade, os fluxos menstruais não podem ser drenados, acumulam-se na cavidade uterina e no início da vagina, com grandes dilatações e estragos estruturais de difícil recuperação. Pode estar associada a outras malformações congênitas. Sinéquias uterinas são “cicatrizes” (aderências) que ocorrem dentro do útero após manipulação cirúrgica, processos infecciosos uterinos ou até radioterapia. Geralmente, ocorrem após uma cureta-

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gem pós-abortamento, uma retirada de mioma ou pólipo uterino, ou após uma endometrite (infecção do endométrio, a camada interna do útero). Algumas vezes, a presença de sinéquias pode levar a quadros de amenorréia (ausência de menstruação). Assim, a presença de sinéquias uterinas provoca uma diminuição da cavidade uterina e o “bloqueio” da menstruação (tanto mecanicamente, quanto pela diminuição de área “menstrual” uterina) pode levar à dores menstruais excessivas, menstruações com fluxo diminuído e infertilidade. A infertilidade ocorre devido à diminuição da cavidade uterina, dificultando a implantação do embrião.


Vida a Dois

Obstrução nas trompas O bom funcionamento das trompas de Falópio é fundamental para conseguir engravidar.

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Se a trompa se encontrar totalmente obstruída na sua extremidade (mais próxima do ovário), poderá estar cheia de líquido.

infertilidade é um drama atualmente partilhado por muitos casais. Segundo a Organização Mundial de Saúde, perto de 10% da população tem este problema, o que, traduzido em números, significa que cerca de 80 milhões de pessoas em todo o mundo vivem a experiência de não conseguir conceber um filho. Segundo os especialistas, para que seja admitida esta definição de infertilidade, é necessário que um casal não consiga dar origem a uma gravidez um ano depois de manter relações sexuais regularmente sem recorrer a qualquer método anticoncepcional. Quando é atingido este ponto é preciso passar à fase seguinte, não menos dolorosa para os envolvidos, que consiste em tentar saber onde reside a causa da incapacidade. Cerca de 15% dos problemas de fertilidade feminina são atribuídos a problemas com as trompas. Se as trompas estiverem obstruídas (ocluídas), o transporte do óvulo e dos espermatozóides deixa de ser possível. A causa mais comum das anomalias das trompas e da presença de tecido cicatricial na pélvis é uma infecção ascendente vinda da vagina, que se estende pelo útero até às trompas e à cavidade abdominal. Se a trompa se encontrar totalmente obstruída na

sua extremidade (mais próxima do ovário), poderá estar cheia de líquido. A trompa não funciona corretamente, a mucosa e o tecido muscular circundante apresentam-se também, frequentemente, danificados. Em alguns casos, apenas as fímbrias digitiformes que recolhem o óvulo estão deformadas, mas o resto da trompa encontra se desobstruída.

Conheça os sintomas e as causas

A presença de anticorpos contra a clamídia no sangue de uma mulher constitui um indício de possíveis problemas com as trompas. As obstruções ou oclusões das trompas podem ser detectadas com a ajuda de uma histerossalpingografia (HSG) ou de uma laparoscopia com exame das trompas. Nas mulheres, a oclusão poder resultar de, entre outros fatores: • Doenças sexualmente transmissíveis (DST); • Endometriose; • Infecção pélvica (doença inflamatória pélvica – DIP); • Tecido cicatricial resultante de cirurgia abdominal; • Anomalias congênitas; • Mioma/fibromas;


Vida a Dois

Tratamentos

É importante lembrar que a resolução do problema de obstrução nem sempre resolve o problema de fertilidade.

Se apenas uma das trompas se encontrar ocluída, os médicos podem receitar medicamentos estimulantes da ovulação para aumentar a produção de óvulos durante cada ciclo e, deste modo, maximizar as probabilidades de fertilização. Dependendo da localização, da gravidade e da causa da oclusão, uma operação (microcirurgia) pode, em certos casos, restabelecer o normal funcionamento das trompas. É importante lembrar que a resolução do problema de obstrução nem sempre resolve o problema de fertilidade. Muitas mulheres que se submetem a uma cirurgia às trompas de Falópio têm, ainda assim, de recorrer posteriormente à fertilização in vitro (FIV). Se as trompas estiverem muito deformadas (espessas e rígidas) e as pregas da mucosa já não forem visíveis, é pouco provável que a microcirurgia seja uma opção viável. Neste caso, o casal deverá iniciar imediatamente a FIV. No procedimento de FIV, as trompas e eventuais obstruções são irrelevantes porque os óvulos são extraídos dos ovários e fertilizados fora do corpo (in vitro), sendo os embriões transferidos para o útero. Graças ao crescente sucesso da FIV, o número de operações destinadas a restabelecer o normal funcionamento das trompas de Falópio diminuiu drasticamente. Tratamentos Cirúrgicos Há vários tipos de cirurgia para corrigir bloqueios nas tubas de Falópio. O tipo específico de cirurgia que o seu médico fará dependerá da localização e

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extensão do bloqueio da tuba de Falópio. Alguns procedimentos tubários podem ser realizados usando técnicas micro cirúrgicas, durante cirurgia abdominal aberta ou usando laparoscopia através de uma pequena incisão. O cirurgião deve ter treino especial e perícia em técnicas de micro cirurgia e/ou laparoscopia. Conheça uma breve descrição dos procedimentos mais comuns: • Re-anastomose tubária caracteristicamente é usada para reverter uma obstrução tubária ou para reparar uma porção da tuba de Falópio danificada pela doença. Esse procedimento geralmente é realizado durante laparotomia. • Salpingectomia, ou remoção de parte da tuba de Falópio, é feita para melhorar o índice de sucesso da fertilização in vitro (FIV), quando a tuba desenvolveu uma acumulação de fluido (hidro-salpinge). • Fimbrioplastia pode ser realizada quando a parte da tuba mais próxima do ovário é parcialmente ou totalmente bloqueada. Esse procedimento permite reconstruir as extremidades com franjas das tubas de Falópio. Para um bloqueio tubário próximo do útero (oclusão proximal), um procedimento não-cirúrgico chamado de cateterização tubária seletiva é o tratamento de primeira escolha. Usando-se fluoroscopia ou histeroscopia para guiar os instrumentos, o médico insere um cateter através do colo e do útero até ao interior da tuba de Falópio.


Granado


Vida a Dois

Dica Materlife:

Se o casal não frequentou, como deveria ter feito, a consulta de planejamento familiar, é fundamental procurar o médico. Nesta consulta deverão ir os dois, é importante contar a história clínica do casal (anomalias genéticas, doenças, tipo de vida, práticas sexuais, características do ciclo menstrual, características dos progenitores…). Lembre-se: Mencione qualquer fato, mesmo que não pareça relevante, pois, ele poderá dar uma pista sobre as causas da possível infertilidade.

Muitos caminhos para vencer a infertilidade

Esta técnica é realizada com uma micro agulha e um microscópio de alta precisão.

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Todos os anos aumenta o número de pessoas que recorrem à reprodução assistida para ter filhos. Isto não significa que haja mais casais estéreis, mas sim uma maior procura das técnicas de fertilidade, porque os cidadãos têm mais informações a este respeito. A planificação tardia da primeira gravidez por parte das mulheres, contribui para aumentar o problema já que, passados os 35 anos, a fertilidade feminina desce consideravelmente. Quando um casal recorre a um centro médico, submete-se a um exaustivo estudo para determinar se existe alguma circunstância que impeça a concepção. O habitual é começar pelo homem, porque o seu aparelho reprodutor é mais simples, e seguir com a mulher. Mas a infertilidade é uma das poucas situações nas quais o paciente, é um conjunto de duas pessoas. O problema é de dois, o tratamento é para dois e o êxito ou fracasso é dos dois. Os resultados das

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provas determinam o caminho a seguir. Às vezes, o impedimento elimina-se com medicamentos ou mediante uma pequena intervenção cirúrgica. O futuro é de esperança e as últimas técnicas permitem solucionar casos, até agora impossíveis. Entre as técnicas mais habituais podemos destacar: Tratamento Hormonal: Para o homem ou para a mulher, ativa a produção e melhora a qualidade dos óvulos ou dos espermatozóides. O seu êxito depende da técnica de reprodução assistida que se utilize a seguir (Inseminação intra-uterina ou FIV- Fecundação in vitro). Inseminação intra-uterina: É a técnica menos invasiva e é geralmente confundida com a Fecundação in vitro. Fecundação in vitro: Recorre-se a esta técnica quando existe uma obstrução de trompas ou condutos, um problema ovárico ou ainda se o esperma é de baixa qualidade. Micro cirurgia: Uma intervenção que consiste em eliminar mediante um cateter a obstrução da trompa (na mulher) ou o conduto do sêmen (no homem). Esta intervenção é realizada com anestesia geral. Injeção intracitoplasmática: É a técnica mais atuar e utiliza-se quando o sêmen não é rico em espermatozóides, ou ainda, quando estes são de baixa qualidade. É uma técnica muito semelhante à da Fecundação in vitro. Enquanto que com a Fecundação in vitro, se juntam os óvulos aos espermatozóides numa proveta, com esta técnica, introduz-se diretamente no interior do óvulo um só espermatozóide. Esta técnica é realizada com uma micro agulha e um microscópio de alta precisão.


Pé com pé


Campanha brincando e aprendendo

Introdução Fonte: - Dra. Angelina M. Freire Gonçalves

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crescimento físico da criança é seguido de perto pela rápida diferenciação do sistema nervoso, produzindo especialização da função e um novo comportamento, que nada mais é que toda a reação reflexa, voluntária, espontânea ou aprendida. Segundo Gesell e Amatruda, a organização do comportamento se inicia antes do nascimento e segue a direção da cabeça aos pés, dos seguimentos proximais aos distais. Assim, os lábios e a língua surgem em primeiro lugar; depois os músculos dos olhos, pescoço, ombros, braços, mãos, dedos, tronco, pernas e pés. Por exemplo, um cubo de madeira vermelho de 1 polegada suscita reações diferentes de acordo com a faixa etária. Com 16 semanas o bebe vai se sentir atraído visualmente já que ocorre fixação ocular; com 40 semanas, pega o objeto usando preensão digital. É importante que se tenha em mente este estado de “maturação” da criança, pois para cada idade existe um brinquedo que mais se adequa às suas capacidades. Desde a antiguidade os brinquedos servem a propósitos múltiplos. Do simples entretenimento ao papel educativo; estimulando capacidade cognitiva e de criatividade; desenvolvendo habilidades físicas e mentais. Brincando a criança experimenta, descobre, inventa, aprende, estimula sua auto-confiança, capacidade de concentração e linguagem. O brinquedo suaviza o impacto provocado pelo adulto, diminuindo o sentimento de impotência da criança. Brincando sua inteligência e sensibilidade são desenvolvidos. Brincando, a criança irá se conhecer e 38

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Por exemplo, um cubo de madeira vermelho de 1 polegada suscita reações diferentes de acordo com a faixa etária.

terá oportunidade de se construir socialmente. Segundo Vygotsky, o brinquedo surge sobretudo para o pré-escolar como uma forma de atender a desejos que não podem ser imediatamente satisfeitos. É a partir dele que a criança se apropria do mundo real, domina conhecimento, se relaciona e se entrega culturalmente, cria situações imaginárias e aprende a agir numa esfera cognitiva que depende de motivação interna, superando os limites da manipulação dos objetos e se inserindo num mundo mais amplo. O brinquedo e o jogo facilitam o transito do cognitivo para o afetivo, propiciando amadurecimento emocional. “O brinquedo é a atividade principal da criança, aquele em conexão com o qual ocorrem as mais significativas mudanças no desenvolvimento psíquico do sujeito e no qual se desenvolvem processos psicológicos que preparam o caminho de transição da criança em direção a um novo e mais elevado nível de desenvolvimento” (Leontiev).

Desde a antiguidade os brinquedos servem a propósitos múltiplos.


Ilha da Palmeira é um brinquedo didático com um circuito de brincadeiras que ocorrem ao redor de uma linda Palmeirinha. Como elementos, estão animais charmosos, um macaco que sobe e desce pela haste e a arara que dá muitas piruetas em seu galho, além da própria palmeira, cujo tronco oco se transforma em um escorregador para a bola didática, deixando a brincadeira ainda mais divertida. O brinquedo acompanha ainda blocos didáticos para encaixe na parte final e superior do escorregador.

Calesita CRESCER BRINCANDO

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Varicocele A varicocele pode alterar o esperma, mas não causa alterações na potência sexual. Conheça o que é e quais as consequências da varicocele. Elaboramos 7 tópicos para facilitar sua compreensão. Confira. O que é? A varicocele é uma dilatação e tortuosidade das veias do escroto, ou seja, do plexo pampiniforme, que é uma rede de veias que drena o testículo. É uma causa comum de baixa produção espermática e diminuição da qualidade do esperma, embora nem todas as varicoceles afetem a produção de esperma. Sua dilatação pode dificultar o retorno venoso provocando disfunção testicular e piora da qualidade do sêmen. Embora seja uma das possíveis causas da infertilidade masculina, varicocele não provoca distúrbios da potência sexual. Geralmente congênita, aparece na maior parte das vezes na adolescência e quase nunca na infância.

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Como é feito o diagnótisco? O diagnóstico é fácil e essencialmente clínico, através do exame físico da genitália masculina. Há um aumento do volume da bolsa escrotal tanto acima quanto lateralmente ao testículo. O diagnóstico pode ser confirmado com uma ultrassonografia escrotal com Doppler colorido. Uma massa no escroto pode ser palpável ao exame. Com o passar do tempo, a varicocele pode aumentar de volume e se tornar visível.

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Quais os sintomas? Na maioria das vezes ela é assintomática. Quando presente, a dor varia de um leve incômodo ou sensação de peso nos testículos à presença de dor testicular. Esta piora com as atividades físicas ou se a pessoa fica sentada ou de pé por longos períodos. A dor é aliviada quando o paciente deita de costas.

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Quais as causas? A causa ainda não foi estabelecida, mas acredita-se que há uma alteração nas válvulas dentro das veias que drenam os testículos, o que leva à dilatação destas veias. Em geral são congênitas e aparecem na adolescência. São mais frequentes do lado esquerdo, devido à posição da veia testicular esquerda. Entretanto, os dois testículos podem ser afetados e a varicocele em um dos testículos pode afetar a produção de esperma nos dois testículos. A varicocele se forma quando as válvulas de dentro das veias do cordão espermático impedem que o sangue flua adequadamente. Isso faz com que o sangue retroceda, causando inchaço e alargamento das veias. É essencialmente o mesmo processo que forma veias varicosas, ou varizes, que são comuns nas pernas.

A causa ainda não foi estabelecida, mas acredita-se que há uma alteração nas válvulas dentro das veias que drenam os testículos, o que leva à dilatação destas veias.


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Como é o tratamento? A varicocele pode ser tratada com uma cirurgia simples e rápida. O tratamento é feito por um urologista e a cirurgia é a opção terapêutica mais eficiente. Existem diferentes técnicas cirúrgicas, mas todas elas identificam os vasos afetados e fazem uma ligadura dos vasos varicosos. É uma cirurgia realizada com anestesia raquidiana ou peridural.

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Quando procurar um médico? Pelo fato de raramente causar sintomas, a varicocele muitas vezes é diagnosticada nos casos de pesquisa de infertilidade em um casal ou durante um exame físico médico por outra razão. Entretanto, aqueles que apresentam dor ou desconforto no escroto devem procurar um urologista para avaliação, já que várias outras causas podem ser o motivo de uma massa escrotal ou de dor no testículo.

Entre as complicações da varicocele, destacam-se a hipotrofia ou atrofia do testículo afetado e a infertilidade. Qual a relação com a infertilidade? Não está claro como a varicocele afeta a fertilidade. Existe a hipótese de que a veia testicular ajuda a esfriar o sangue da artéria testicular. Uma obstrução ao fluxo sanguíneo nesta região pode atrapalhar a produção adequada de espermas ou dificultar a motilidade dos espermatozóides. No entanto, se comprovada a relação da varicocele com a infertilidade, o procedimento cirúrgico é essencial. A cirurgia é simples, realizada sob anestesia raquidiana ou peridural. Através de dois pequenos cortes na região pubiana, é feita a ligadura das veias varicosas. Nos casais inférteis cujos homens realizam o tratamento com microcirurgia, as taxas de gestação tendem a aumentar cerca de 30 a 40% e há uma melhora nos padrões espermáticos em torno de 70%.

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Recomendações e esclarecimentos Varicocele não é doença grave se tratada corretamente e no momento adequado. Como na maioria das enfermidades, diagnóstico precoce e controle médico periódico são fatores importantes para manutenção da qualidade de vida; Se a produção de esperma estiver compro-

metida pela varicocele, a cirurgia é a opção para corrigir a anomalia. Muitos casos de infertilidade masculina são resolvidos dessa maneira. Trata-se de uma cirurgia simples que requer curto período de internação e, em poucos dias, o paciente retoma suas atividades normais.

No entanto, se comprovada a relação da varicocele com a infertilidade, o procedimento cirúrgico é essencial.


Curiosidade

Artralgia e Artrite

A

rtralgia é a queixa músculo-esquelética mais frequente na pediatria. É comum em grande número de doenças que ocorrem na infância, sendo muito importante diferenciar a artralgia pura da artrite. Conheça as diferentes definições: • Artralgia: É uma dor articular: Sintoma subjetivo pois dor é uma queixa subjetiva que pode ser afetada pelo estado emocional • Artrite: Dor articular com sinais objetivos: edema e/ou limitação funcional (restrição de movimentos), calor e/ou rubor. A artrite pode ser aguda ou crônica.

Portanto, cabe ao médico generalista reconhecer o diagnóstico diferencial das enfermidades que apresentam essas manifestações mais frequentemente, assim como traçar uma estratégia de diagnóstico para melhor investigar e encaminhar o paciente. É importante caracterizar a artrite quanto ao número de articulações acometidas, ao envolvimento de pequenas ou grandes articulações, à duração da artrite, se existem sinais sistêmicos, perda ponderal, febre, alterações cutâneas, oculares, entre outros. As artrites podem ser classificadas em agudas e crônicas em relação à sua duração; assim, artrites com duração acima de 6 semanas são consideradas crônicas.

Onde está doendo?

A localização da dor é extremamente importante, 42

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já que pode estar em articulação, ossos, músculos, tendões, ligamentos ou em outras estruturas de partes moles.

Conheça a Artrite Séptica

As artrites sépticas são mais comuns no sexo masculino e geralmente ocorrem em crianças com menos de 2 anos de idade. Os quadros de artrites sépticas são caracterizados por um comprometimento do estado geral, com febre. Geralmente trata-se de monoartrite, em membros inferiores, com edema e calor local importantes, além de diminuição da mobilidade. Em 10% dos casos, pode ser poliarticular. Caracteriza-se pela presença do agente infeccioso no espaço sinovial. A disseminação ocorre por via hematogênica na maioria dos casos. Em relação aos agentes causais, a frequência está associada à faixa etária. • No recém-nascido, os agentes mais frequentemente encontrados são: os estreptococos do grupo B, S. Aureus e os bacilos Gram-negativos. • No lactente: S. aureus, estreptococos e H. influenzae são mais frequentes. Além das causas bacterianas, as artrites infecciosas podem ser causadas por vírus. Mais frequentemente, há manifestação de artralgia. Em geral, é migratória com curta duração (1 a 2 semanas). O tratamento consiste em antibioticoterapia intravenosa, aspiração e drenagem articular e uso de antiinflamatório não esteroidal (AINE). Artrites fúngicas são mais raras e ocorrem predominantemente no período neonatal.

Os quadros de artrites sépticas são caracterizados por um comprometimento do estado geral, com febre.


Medicina

Vulvovaginite na infância A região genital das meninas é muito delicada e requer cuidados de higiene para evitar esta inflamação.

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ulvovaginite é uma inflamação que ocorre na vulva e na vagina. Nos consultórios pediátricos, não são raras as queixas ginecológicas tais como vermelhidão, coceira e corrimento nas meninas desde a mais tenra idade. A maioria das alterações relacionadas à vulvovaginite na infância possui uma causa benigna, respondendo bem à simples remoção do agente irritante. A pele dos grandes e dos pequenos lábios está sujeita às mesmas adversidades da pele de outras regiões do corpo. O eritema ou vermelhidão da pele, com ou sem corrimento associado, está relacionado à exposição a agentes irritantes locais, como sabonetes, cremes, produtos utilizados para lavar as roupas íntimas, além de resíduos de fezes e urina. As vulvovaginites específicas nas crianças e adolescentes têm os mesmos agentes etiológicos da mulher adulta, sendo os mais frequentes a Cândida albicans. É comum na criança a manifestação de cândida após dieta rica em produtos lácteos, corantes artificiais, ou aumento de eliminação de açúcar na urina.Razões de natureza psicológica, como estresse em época de provas, podem desencadear vulvovaginite micótica em adolescente. Deve-se afastar diabetes e anemia, além do uso de roupas justas e de material sintético.

Corpos estranhos e a vulvovaginite

Há situações em que parasitas e corpos estranhos podem causar vulvovaginite. Alguns vermes, como o oxiúro (enterobios vermicularis), podem migrar do ânus para a região da vagina, causando prurido mais intenso à noite. Corpos estranhos na vagina são outra causa relativamente comum de corrimento vaginal, especialmente corrimentos recorrentes com odor fétido ou sangramento intermitente. Os corpos estranhos mais comuns são pedaços de papel higiênico, parte de brinquedos, entre outros. Na maioria dos casos, estes objetos são inseridos pela criança enquanto ela explora o intróito vaginal, de modo similar ao que ocorre com corpos estranhos nos ouvidos e nariz. Apesar de ser comum em meninas, a vulvovaginite pode ser causa de muita irritação e desconforto local, por isso, o pediatra pode precocemente identificar as causa, conduzir o melhor tratamento e orientar as medidas preventivas para evitá-la. Fatores predisponentes de vulvovaginite na infância: • Vagina atrófica: pequenos lábios não protegem a mucosa da vulva e vestíbulo ou orifício himenal da contaminação externa. A vulva e mucosa vaginal são finas, facilmente traumatizadas e infectadas.

Os corpos estranhos mais comuns são pedaços de papel higiênico, parte de brinquedos, entre outros.


Medicina

• Secreção vaginal alcalina: meio de cultura mais favorável ao desenvolvimento bacteriano do que o fluido, normalmente, ácido da mulher adulta. Na vagina da criança a ausência de estrogênios e glicogênios não favorece o aparecimento de Bacilos de Döederlein, logo não há produção de ácido láctico, que é o responsável pela acidez vaginal na paciente adulta. A maior parte dos microrganismos patogênicos se desenvolve em meio neutro. • Falta de lisozimas: A presença de lisozimas nas secreções vaginais produzida pelas glândulas endocervicais estão inativas durante a infância. • Área genital mais exposta à contaminação: a vulva situa-se mais perto do anus. Há maior exposição às fezes e urina, má higiene após evacuação, colocação demãos sujas na vulva pela própria paciente, por outra criança, ou por adulto que não lava as mãos antes de manuseá-la. • Vagina relativamente longa: com pregas que são verdadeiras criptas, nas quais acumulam-se secreções, que são meios propícios para o desenvolvimento de microrganismos. Esta retenção de secreções seria responsável pelo mau odor dos genitais de meninas com vulvovaginite.

Fatores desencadeantes

Falta de higiene na região perineal, Costume de sentar-se na areia sem calcinhas, Infecção respiratória; Infecção de pele; Invasão de vagina por parasitose intestinal, principalmente o Enterobius vermiculares (oxiúros);

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A presença de lisozimas nas secreções vaginais produzida pelas glândulas endocervicais estão inativas durante a infância. Corpo estranho na vagina; Infecção do trato urinário; Agentes químicos: sabonetes; medicamentos; desodorantes íntimos; Agentes alergênicos: calcinhas de material sintético; sabão ou amaciantes deroupas; outros alêrgenos; Fatores neurogênicos; Neoplasia vaginal ou uterina. Para tratar as vulvovaginites por fatores irritantes, são indicados: Lavar a região perineal generosamente com água após as evacuações; Trocar as fraldas com frequência, evitando o contato prolongado com urina e fezes; Não utilizar amaciantes para lavar as roupas íntimas; Utilizar apenas roupas íntimas de algodão; Evitar roupas de nylon, lycra ou similares, que

Esta retenção de secreções seria responsável pelo mau odor dos genitais de meninas com vulvovaginite.


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Medicina

impedem a livre circulação de ar; Retirar cuidadosamente resíduos de pomada da região vulvovaginal.

Sintomas

Os sintomas de tricomoníase variam de acordo com a forma clínica, (aguda ou crônica) e com a faixa etária. Em recém-nascidas, o fluxo é abundante, purulento, apresentando período de melhora e de exacerbação. Em crianças,menores de 10 anos, predomina o fluxo vaginal abundante, ardor e prurido, observando o caráter espumoso e purulento do corrimento pela Colpovirgoscopia. É raro, mas podem aparecer petéquias na mucosa vulvar. Na adolescente, a sintomatologia é semelhante à da mulher adulta, mais intensos nas mulheres do que nos homens.Na infância, não é comum o aparecimento de vulvovaginite por Gardnerella vaginalis. O pH de 6 a 7,5 da criança, não coincide com pH ideal para o desenvolvimento do agente, que é de 5 a 5,5. t

Exame ginecológico

De acordo com a faixa etária, tem características próprias. Nas recém-nascidas ou nas crianças, a responsável acompanha o exame, exceto se houver solicitação contrária. No caso das crianças maiores

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Na adolescente, a sintomatologia é semelhante à da mulher adulta, mais intensos nas mulheres do que nos homens ou de adolescentes, indaga-se do desejo da presença do responsável durante o exame. É importante em qualquer idade captar a confiança da paciente. Sempre deve ser dito a paciente o que vai fazer e mostrar os instrumentos que vai utilizar. A vulvovaginite também pode vir acompanhada de coceira e corrimento. A maioria dos casos de corrimento vaginal nas meninas pré-púberes está relacionada à ação dos irritantes primários e à falta de uma adequada higiene local. Geralmente, as medidas citadas anteriormente já são suficientes para resolver o problema, mas havendo persistência do corrimento ou presença de odor fétido. O pediatra pode solicitar a coleta do material para realização de cultura e identificação do microorganismo e posterior indicação de tratamento específico local.

A vulvovaginite também pode vir acompanhada de coceira e corrimento.


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Bebê-a-Bá

Coceira e inflamação Identifique os sinais da pele do seu bebê e saiba diferenciá-los. Fonte: Dermatologista Fernando Passos de Freitas (CRM-106.504)

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pele macia é uma das principais características de um bebê saudável. Por isso, os pais devem ficar atentos ao corpinho do pequeno, pois oleosidade ou ressecamento demais podem indicar algum problema. Além disso, ao notar a presença de bolinhas, rachaduras ou áreas avermelhadas na região do rosto, é possível que o bebê esteja com alguma reação alérgica ou irritação. “Muitas dermatites podem ser facilmente cuidadas em casa. Outras precisam de orientação médica e indicação de tratamentos específicos”, afirma o dermatologista Fernando Passos de Freitas (CRM-106.504). Segundo o médico, é importante distinguir irritação de alergia após o surgimento de bolhas, manchas ou prurido na pele do bebê. “Geralmente, 80% das reações de pele são listadas como alergias, porém podem ser irritações específicas caracterizadas pelo aparecimento de lesões epidérmicas (camada superficial) e reações inflamatórias na derme (profunda). Já a alergia costuma ser comum em crianças que apresentam problemas respiratórios como bronquite e asma”, acrescenta. A dermatite irritante e a de contato alérgica se 48

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Segundo o médico, é importante distinguir irritação de alergia após o surgimento de bolhas, manchas ou prurido na pele do bebê.

manifestam de formas diferentes. A primeira é uma inflamação resultante do contato com ácidos ou materiais alcalinos como sabonetes, xampus, detergentes ou outras substâncias químicas. Já a dermatite de contato alérgica é causada pela exposição a uma substância ou material em que bebê é sensível ou alérgico, sendo que a reação pode surgir até 48 horas após o contato. “O bebê não apresenta ainda o sistema imunológico totalmente maduro, prejudicando o diagnóstico de uma reação inflamatória ou uma alergia simples. Porém, geralmente ocorre uma irritação que deixa a pele bastante avermelhada e com algumas pequenas vesículas”, destaca o dermatologista.

Os sintomas de uma irritação caracterizam-se por inflamação vermelha e bolhas de águas que podem ser acompanhadas de coceira.


“As mães devem se preocupar em manter sempre as roupas limpas, lavar as toalhas de banho e depois passá-las para eliminar bactérias. E as fraldas devem ser trocadas várias vezes ao dia para evitar que ocorra irritações ” Alergia ou irritação?

Os sintomas de uma irritação caracterizam-se por inflamação vermelha e bolhas de águas que podem ser acompanhadas de coceira. A irritação costuma ser pontual e rápida. Já as reações alérgicas englobam sinais como coceira na pele, bolhas, inchaço, diarréia ou vômito, sendo que casos mais graves podem causar falta de ar, queda de pressão, desmaios e rouquidão. A reação alérgica pode durar dias. “Independente do diagnóstico, a criança precisa ser levada ao médico imediatamente para avaliação e tratamento adequados”, afirma o médico.

Como saber se o bebê é alérgico?

Em caso de suspeita, o melhor é eliminar as possibilidades. Se a mãe desconfia que o filho tem alergia à poeira, por exemplo, ela deve fazer uma faxina geral tirando cortinas do quarto, tapetes e mantas. Porém, sem ele estar em casa. Deixe-o com alguém de sua confiança para manter tudo em ordem e não lhe causar nenhum mal. “Se os sintomas melhoram,pode ser um bom sinal de que o bebê é atópico(alérgico)”, diz o dermatologista. Aliás, as chances do bebê sofrer uma reação alérgica são grandes, principalmente se os pais apresentam algum tipo de alergia. E os pais precisam ficar atentos ao surgimento de bolinhas vermelhas na pele, espirros ou dificuldade para respirar. “Normalmente, as crianças atópicas apresentam tendência às irritações cutâneas mais que outras crianças em geral”, afirma.

Cuidados especiais com a higiene

Devido ao sistema imunológico do bebê ainda ser fraco, é fundamental apostar em hábitos de higiene rigorosos. “As mães devem se preocupar em manter sempre as roupas limpas, lavar as toalhas de banho e depois passá-las para eliminar bactérias. É importante evitar o uso de cobertores e roupas de lã. E as fraldas devem ser trocadas várias vezes ao dia para evitar que ocorra irritações ”, recomenda o médico. •Algumas medidas podem evitar que o bebê sofra com alergias ou irritações. São elas: •Na hora do banho, verifique a temperatura da água que deve ficar em torno de 37 graus. •Dê preferência às toalhas bem macias, com tecido semelhante àqueles usados em fraldas de pano. Evite friccionar demais a toalha na pele do bebê, para não machucá-lo. Faça movimentos bem suaves, para retirar a umidade com o toque da toalha na pele e não com o atrito. •Para combater as brotoejas que aparecem no corpo do bebê, o vista com roupas fresquinhas e evite lugares abafados para que o bebê não transpire em excesso provocando bolinhas alérgicas. •Caso o bebê apresente pele seca e com rachaduras, use óleo de amêndoas após o banho para resolver o problema. Dr. Fernando Passos de Freitas (CRM- 106.504) Dermatologista. www.drfernandofreitas.com.br

Independente do diagnóstico, a criança precisa ser levada ao médico imediatamente para avaliação e tratamento adequados.


Dúvidas

Congelar alimentos faz mal? A comida congelada é o tipo de alimento preferido para quem não tem tempo a perder na cozinha. Saiba como congelá-los corretamente. Fonte: - Médica ortomolecular Anna Bordini (CRM-SP 111.280), da Clínica Bertolini.

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essoas que vivem na correria acabam optando por comprar alimentos congelados ou congelar alimentos como arroz, feijão, carnes e legumes, para esquentar e preparar uma refeição com praticidade e rapidez. Apesar disso, esse tipo de comida deve ser consumido com cautela e alguns cuidados são essenciais para que o congelamento seja feito de maneira segura. Segundo a médica ortomolecular Anna Bordini (CRM-SP 111.280), da Clínica Bertolini, muitos alimentos podem ser congelados, mas não se deve deixar o produto por tempo indeterminado no freezer para que não perca seus valores nutricionais. “Independente do alimento e das condições de armazenamento, a comida não deve permanecer no freezer por mais de três meses. Depois disso, o alimento perde vitaminas e sais minerais”, explica. Praticamente todos os alimentos 50

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podem ser congelados: carnes, pizzas, sopas, massas, aves, pães, legumes, molhos, bolos, salgadinhos e doces. Eles devem ser congelados na parte de cima do refrigerador em temperatura de -6° C (seis graus negativos). No freezer, a temperatura precisa estar a -18°C (dezoito graus negativos). “Para que os valores nutricionais do alimento sejam preservados é importante assegurar a qualidade do produto, que depende diretamente de como ele foi manuseado antes, durante e depois do congelamento”, destaca a médica. Mesmo sendo uma opção prática e rápida, o consumo de congelados em excesso deve ser evitado. “A pessoa deve evitar comer somente esse tipo de refeição e buscar alternativas para alimentar-se com uma comida fresca, preparada na hora”, afirma a médica.

Na hora do congelamento

Alguns cuidados devem ser tomados no momento de colocar os alimentos

para congelar. A começar pelo recipiente, sendo que o plástico ainda é o material mais indicado, pois evita a contaminação. Já o vidro e o saco plástico devem ser evitados, já que um pode quebrar e outro gruda no alimento. O ideal é não misturar alimentos diferentes em um mesmo recipiente na hora de congelar. “Muitas pessoas congelam legumes e carnes no mesmo potinho para depois preparar a comida. Esse hábito deve ser evitado devido às bactérias encontradas em outros alimentos”, afirma Anna Bordini. Se você está na dúvida como congelar frutas, carnes, alimentos pré-preparados, a médica ensina a maneira certa de congelar cada um desses alimentos:

Frutas

Devem ser limpas e os caroços retirados. “O ideal é congelar a porção exata que será consumida posteriormente, sendo que podem ser usadas


“Prefira descongelar o alimento na geladeira, o processo pode ser demorado, porém a comida fica protegida contra bactérias. Evite descongelar a comida em temperatura ambiente, pois pode estragar em questão de minutos” em preparações como bolos e tortas”, aconselha a médica.

Hortaliças

Para congelar hortaliças, a médica recomenda uma técnica chamada branqueamento que conversa melhor os valores nutricionais, cor, sabor e textura. “O branqueamento corresponde à lavagem das hortaliças que devem ser separadas em partes. Logo após, é preciso submergir as hortaliças em água fervente e depois em água fria, para que ocorra um choque térmico”, ensina.

Carnes, Aves e Peixes

As partes consumidas devem ser limpas. Congele apenas a quantidade que será ingerida.

Alimentos pré-preparados

Após o preparo dos alimentos, coloque-os em embalagens adequadas e, em seguida, deixe o alimento sobre um recipiente com água fria e gelo. Depois, ponha o alimento no refrigerador e após o resfriamento no freezer.

Do freezer para a geladeira

O descongelamento de alimento deve ser feito com muito cuidado para preservar sabor, textura, aparência e qualidade dos produtos que serão consumidos.

“Prefira descongelar o alimento na geladeira, o processo pode ser demorado, porém a comida fica protegida contra bactérias. Evite descongelar a comida em temperatura ambiente, pois pode estragar em questão de minutos”, recomenda a médica. A melhor escolha ainda é retirar o alimento do freezer e colocar na geladeira calculando o tempo. Tempo de conservação dos alimentos: Dependendo do alimento, pode ser congelado por até 12 meses. Anote: Frango: 12 meses Carne bovina: 12 meses Queijo: 8 meses Peixe magro: 6 meses Manteiga: 6 meses Carne moída: 3 meses Miúdos de frango: 2 meses Peixe gordo: 3 meses Leite: 4 meses Pães: 4 meses Salgadinhos: 3 meses Pizza pronta: 1 mês

É proibido congelar Alguns alimentos não devem ser levados ao freezer, pois são mais sensíveis e não resistem ao frio. “Por isso, frutas, vegetais, carnes e aves podem sofrer uma pequena alteração no valor nutricional”, diz a médica. Confira: Arroz com molho: ficará esponjoso. Batata: amolece, esfarela e escurece. Maionese, pudim e creme: com leite e ovos não congele. Ovo cru inteiro: a casca estoura. Porém, a clara ao natural congela bem e dura muito tempo. Iogurte: os componentes se separam e ficam ‘terrosos’. Fruta: só deve ir ao freezer se estiver cozida, em calda ou purê. Verduras, rabanete e tomate cru: murcham, amolecem e mudam de cor e de sabor.

Dra. Anna Carolina Bordini CRM-SP 111.280. Médica com prática ortomolecular, formada em medicina pela Universidade de Ribeirão Preto. Residência médica em Ginecologia e Obstetrícia. Especialização em Cirurgia Oncológica Pélvica no Hospital Pérola Byington. Pós-graduação em Medicina Ortomolecular pela FAPES. Possui consultório médico em Moema- www.clinicabertolini.com.br


Medicina

Embolia Pulmonar Conheça o perigo da embolia pulmonar nas cirurgias plásticas Fonte: - Médico Luiz Eduardo Mendonça Pereira (CRM-114141), cirurgião plástico da Clínica Bertolini

A

embolia pulmonar ocorre quando um coágulo (trombo) que está fixo em uma veia do corpo se desprende seguindo pela circulação até o pulmão, obstruindo a passagem de sangue por uma artéria. “Com isso, uma área do pulmão suprida por esta artéria pode sofrer alterações que irão repercutir em todo o organismo, podendo causar sintomas como dor torácica e dificuldade respiratória. No entanto, em casos extremos, o problema pode levar a óbito”, explica o médico Luiz Eduardo Mendonça Pereira (CRM-114141), cirurgião plástico da Clínica Bertolini. A TEP (Tromboembolismo Pulmonar) é a principal complicação grave em uma cirurgia plástica. Por isso, alguns cuidados são essenciais para tentar minimizar o risco de uma embolia pulmonar durante o procedimento cirúrgico. O especialista indica quais: •Dispositivo automático de compressão pneumática (como o Sequell) semelhante a um ‘massageador’, que comprime os membros inferiores em intervalos regulares, simulando a musculatura em movimentação. 52

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•Uso de meias elásticas durante e após a cirurgia. •Movimentação precoce após a cirurgia. •Elevação das pernas. •Uso de anticoagulantes em doses profiláticas no caso de pacientes com risco elevado de trombose venosa profunda (TVP).

As mulheres correm mais riscos

De acordo com uma pesquisa feita pelo Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística), as mulheres reúnem mais fatores de risco que os homens para trombose ou embolia pulmonar. “O uso de contraceptivo oral, o tabagismo, ter mais de 40 anos e se submeter a uma cirurgia plástica representa risco”, diz o médico. No entanto, a lista de fatores de risco é extensa, sendo que os principais são: •Idade acima de 40 anos •Excesso de peso ou obesidade •Varizes nas pernas •Gravidez e pós-parto •Câncer •AVC (acidente vascular cerebral) •Traumas, especialmente nos membros inferiores e que requeiram redução

de mobilidade temporária •Doenças crônicas, como insuficiência cardíaca ou doença pulmonar crônica •Uso de contraceptivo oral (anticoncepcional) •Uso de medicamentos como quimioterápicos ou tratamentos hormonais

Como prevenir

Medidas simples podem ser adotadas para evitar o problema. Entre eles: fazer caminhadas regularmente, não fumar, manter o peso controlado, quando estiver em pé e parado, fazer movimentos como se estivesse andando, se estiver acamado, realizar movimentos com os pés e as pernas e se ficar sentado por muito tempo, movimentar os pés como se estivesse andando. Quem deseja realizar uma cirurgia plástica, deve investir ainda mais nessas atitudes preventivas. “Evitar conjugar grandes cirurgias ou tempo cirúrgico prolongado também é uma medida cautelar importante”, ressalta o especialista. Dr. Luiz Eduardo M. Pereira Cirurgião Plástico (CRM-114141), Clínica Bertolini



Bebê-a-bá

O primeiro dia Após o nascimento, o bebê recebe cuidados para se manter aquecido e adaptar-se ao novo ambiente. Saiba tudo o que acontece no primeiro dia do bebê.

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studos completos sobre recém-nascidos provaram que eles são muito mais espertos, sensíveis e influenciados em seu relacionamento com as pessoas e o ambiente do que se acreditava. É esta a razão porque eles nascem chorando e gritando. Os especialistas começaram a considerar os conselhos do médico Francês Frédérick Leboyer, que adverte que esta situação é devida as tremendas agressões que o bebê sofre ao nascer, pois: O bebê não nasce cego, por isso sente a luz forte dos refletores da sala de parto em seu olhos; O bebê não nasce surdo, por isso ouve os ruídos dos equipamentos cirúrgicos e as vozes na sala do parto; O bebê não é insensível e sofre com puxões violentos pelos pés e pernas, e sua pele, sobretudo a das costas, é de grande sensibilidade, sendo constantemente apertado por mãos que mais parecem garras. Leboyer aconselha que as salas de parto sejam locais mais agradáveis para o bebê, ele deverá ser recebido sempre com respeito e carinho. Evitando luzes diretas sobre seus olhos, segurando-o com carinho e levemente, sem fazer muito ruído, isso ajuda a amenizar o choro. Quando possível depois do primeiro atendimento, deve-se voltar a criança à mãe para que não se quebre esse importante contato.

Os primeiros cuidados básicos:

Secar, aquecer e posicionar o bebê no berço

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aquecido, retirando campos úmidos; Aspirar vias aéreas superiores (boca e narinas) para retirada de secreções; Verificação dos sinais vitais (batimentos do coração, respiração e cor); Clampeamento do cordão umbilical; Coleta de sangue placentário para exames (de acordo com a necessidade de cada caso); O primeiro banho poderá ser dado após duas horas de repouso. Deve-se utilizar água filtrada ou fervida com temperatura levemente morna, em torno de 33o C. A futura mamãe, na sala do parto, assistirá ao pediatra tomar os primeiros cuidados com o seu filho:

Pele

A pele do recém-nascido encontra-se revestida por uma material graxento, chamado vernix caseosa. Este termo deriva parcialmente da secreção das glândulas sebáceas, como também é produto da decomposição da camada mais superficial da pele do bebê, representando uma proteção fisiológica. Embora sua função não esteja esclarecida, muitos estudos sugerem que não deve ser removida, pois age como proteção. Este material será eliminado sucessivamente através da roupa, geralmente dentro das primeiras semanas de vida. Os cuidados com a pele do bebê devem envolver limpeza com produtos não tóxicos, não abrasivos e sim neutros. A limpeza das nádegas e da região pe-

A pele do recémnascido encontrase revestida por uma material graxento, chamado vernix caseosa


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Bebê-a-bá

rianal deverá ser feita com água e algodão. Um sabonete suave, com posterior enxágüe, deve ser utilizado quando for necessária a troca de fraldas. Normalmente, pode-se observar uma descamação cutânea nos recém nascidos, geralmente no período de 24 a 36 horas após o nascimento, podendo estender-se até a terceira semana de vida.

Aplicação de vitamina K

Toda mãe deve ter oportunidade de amamentar seu filho assim que possível, mesmo que o parto tenha sido cesáreo

Esse procedimento é necessário para todo recém-nascido que nos primeiros dias de vida. A deficiência de vitamina K manifesta-se clinicamente por hemorragias cutâneas e do aparelho digestivo. Por que o bebê precisa disso? Os motivos para administrarmos vitamina K são os seguintes: Pequena passagem de vitamina K pela placenta; Ausência de flora intestinal para produzi-la; Baixo conteúdo de vitamina K do leite materno (0,29mcg/100kcal). A vitamina K é aplicada por via intramuscular, no berçário, na dose de 1mg, nas primeiras duas horas após o nascimento, por enfermeira especializada.

A amamentação

Toda mãe deve ter oportunidade de amamentar seu filho assim que possível, mesmo que o parto tenha sido cesáreo, se ambos estiverem em condições satisfatórias. É na primeira mamada que o bebê recebe o colostro que é o primeiro leite que protege o recém-nascido contra infecções. Os primeiros momentos de adaptação geralmente são críticos, consulte com o médico as instruções para uma amamentação perfeita.

Quem foi Leboyer? Para muitos pesquisadores, o francês Frédérick Leboyer foi o pioneiro em dar a devida importância ao vínculo entre o recém-nascido e a mãe, na hora do nascimento. Ele desenvolveu o Parto Leboyer

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O curativo do Coto Umbilical

Uma vez ligado o cordão umbilical, uma pequena parte, denominada coto, que deverá ser de 3cm acima da pele (anel umbilical), fica presa a parede abdominal, caído, geralmente, entre o sétimo e 15o dias de vida. O máximo de higiene é indispensável, pois o recém nascido poderá sofrer infecções graves a partir da contaminação do umbigo.

Dicas para colocar o bebê no berço:

Remova todos os travesseiros e cobertores ou qualquer outra coisa que possa causar asfixia; Mantenha o quarto do recém-nascido escuro e sossegado à noite. Isso pode ajudar seu bebê a começar a fazer distinção entre dia e noite.

Visitas

Para ter um bebê sadio, forte e em boas condições nos primeiros meses de vida, é aconselhável limitar seus contatos com as pessoas, principalmente com as que estão resfriadas. Visitas de parentes podem atrapalhar na hora da mamada, do banho ou de ele dormir. Logo que o bebê vai para casa, a visita de parentes e amigos pode abrir portas para infecções pois, todos querem vê-lo e pegá-lo. Um ambiente fechado com muitas pessoas falando ou tossindo dentro do quarto do bebê não é saudável. Por isso, é aconselhável receber uma visita de cada vez. Antes de sair do hospital, aproveite para pedir conselhos e esclarecer as suas dúvidas. Todo recém-nascido deverá ser tratado com respeito e carinho desde o primeiro minuto de vida.

e foi introduzido no Brasil no ano de 1974 pelo obstetra Claudio Basbaum. O parto se caracteriza pela utilização de pouca luz, silêncio, massagem nas costas do bebê, substituindo a famosa palmada que o médico dá no recém-nascido para que ele chore e

abra os pulmões. Nesse parto, tenta-se não estressar o bebê, tornando sua primeira experiência fora do útero menos traumática. No Brasil, foi lançado o livro “Nascer Sorrindo” de Frédérick Leboyer, pela Editora Brasiliense em 1974.


Psicologia

Esquecimentos são normais? Você sabe o que é normal e anormal durante a gravidez? Entenda as consequências destas alterações hormonais. Fonte: - Neurologista Leandro Teles – CRM 124.984

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entre os sintomas da gravidez esse existe um que é relativamente comum e ainda pouco abordado: o esquecimento. Muitas gestantes ficam ligeiramente mais avoadas, dispersas e podem cometer lapsos que antes da gravidez não chamavam a atenção. Essa alteração é, geralmente, benigna e transitória. Mas, o que será que tem a ver a gravidez e a performance cerebral? Isso é que vamos descobrir agora. Segundo o neurologista Leandro Teles, formado e especializado pela USP: “Durante a gravidez ocorre um conjunto de fatores que podem levar às falhas de memorização, tais como: alterações hormonais, mudanças metabólicas e alterações psíquicas”. A questão hormonal é sempre a hipótese óbvia quando falamos de período gestacional, o estrógeno, a progesterona, a prolactina, etc. A tempestade hormonal no transcorrer dos trimestres podem sim alterar nosso estado de humor e o rendimento ce-

rebral refinado. Gestantes ficam mais emotivas, desatentas e podem parecer meio “no mundo da lua”. A necessidade de sono e descanso aumenta, gestante tem bem mais sono e precisam descansar mais. Isso também pode impactar o processo refinado de memorização. Outro ponto fundamental é a ansiedade, toda grávida tem uma pressão antecipatória, uma série de expectativas relacionadas à gravidez, ao parto, ao bebê, ao pós-parto, etc. A ansiedade tira o foco do presente, redireciona a atenção e muda o processo de eleição de prioridades. O interesse em coisas não relacionadas ao processo gravídico pode cair e levar a um índice de memorização menor. Graças a Deus, tudo isso se ajeita após o parto. Mas a recuperação é lenta e gradual. Isso porque as noites mal dormidas, o despencar hormonal e toda preocupação com aquela nova vidinha que depende de você podem arrastar os sintomas ainda por alguns meses.

Leandro Teles Médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) Especialista em Neurologia com Residência Médica concluída no Hospital das Clínicas da USP (HC-FMUSP). Médico Preceptor do Departamento de Neurologia do HCFMUSP - anos de 2010 e 2011 (com mais de 100 aulas ministradas na FMUSP). Médico do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC). Consultório Privado na região de Perdizes – SP www.leandroteles.com.br

Essa alteração é, geralmente, benigna e transitória. Mas, o que será que tem a ver a gravidez e a performance cerebral? Isso é que vamos descobrir agora.


Saúde Mulher

Gastrite Nervosa na gestação Descubra como tratar a gastrite nervosa sem prejudicar o seu bebê. Fonte: - Médico cirurgião geral Sérgio Barrichello (CRM-111.301)

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gastrite é uma inflamação da mucosa do estômago que, geralmente é causada pelo aumento da acidez do estômago. Pode ser desencadeada por questões emocionais como ansiedade e estresse. Durante a gestação, é importante atentar-se aos sintomas e à regularidade com que acontecem, pois quanto antes ocorrer o diagnóstico, mas fácil e rápido é o tratamento. “O médico pode prescrever medicamentos para diminuir a secreção do ácido produzido pelo estômago e indicar alterações no cardápio da grávida”, diz o médico Sérgio Barrichello (CRM-111.301), da Clínica Healthme gerenciamento de perda de peso, que também é endoscopista do (HC-FMUSP) .Ele explica que a gastrite pode se manifestar durante a gestação por meio de perda do apetite, náuseas, vômitos associado a dor e queimação na boca do estômago. “Isso acontece devido às mudanças hormonais e também devido ao crescimento do útero que pressiona o estômago ocasionando o retorno do conteúdo gástrico para o esôfago”, informa.

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De acordo com o médico, a elevação do nível de progesterona causa o relaxamento da musculatura que separa esôfago do estômago. “A partir disso, os ácidos gástricos sobem para o esôfago causando a sensação de azia e opressão torácica”, completa. O médico garante que tais sintomas podem surgir durante toda a gestação, sendo mais frequente nos últimos meses. “É essencial que a gestante adquira hábitos saudáveis para ajudar a evitar o problema”, fala Barrichello. E entre estes hábitos, Barrichello destaca: • Não ingerir grande quantidade de comida antes de dormir. • Realizar seis refeições diárias fracionadas e em pouca quantidade • Cortar condimentos e frituras. • Mastigar bem os alimentos e não beber líquidos durante a refeição. • Evitar ingerir café, bebidas gaseificadas ou achocolatados no período noturno. • Fazer uma caminhada leve após cada refeição para ajudar no processo digestivo.

Medidas para evitar o problema

Além de investir em uma boa alimentação e na prática de exercícios físicos, outra questão importante é a posição durante o sono, pois isso pode interferir nos sintomas do refluxo. “O ideal é que a gestante durma em uma posição de modo que a cabeça fique mais alta que os pés, para aliviar a sensação de azia e queimação”, ensina. A futura mamãe também deve usar roupas largas e confortáveis que não apertem a cintura e o estômago. Medicações anti acidas melhoram bastante os sintomas mas vale destacar que tais cuidados podem aliviar o problema, mas o médico obstetra deve ser notificado sobre tais sintomas, pois ele irá oferecer recomendações específicas para sua paciente”, finaliza o especialista.

Médico Cirurgião Geral e Endoscopista Sérgio Barrichello (CRM-111.301), da Clínica Healthme Site- www.healthme.com.br


Cuidados

Joelhos das mamães O que fazer quando a gestação aumenta a carga sobre os joelhos? Fonte: - Ortopedista Luiz Alberto Nakao Iha (CRM-SP 111559)

No entanto, o peso da barriga também pode começar a provocar dores nos joelhos a partir dessa fase.

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ara muitas mulheres, o segundo trimestre é a melhor fase da gestação. Assim que os sintomas do primeiro trimestre desaparecem, a gestante passa a ganhar mais energia. No entanto, o peso da barriga também pode começar a provocar dores nos joelhos a partir dessa fase. De acordo com o ortopedista Luiz Alberto Nakao Iha (CRM-SP 111559), formado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e médico da Clínica Healthme Gerenciamento de Perda de Peso, o aumento do peso e o crescimento uterino podem causar uma carga maior sobre os joelhos durante a gestação. “As gestantes tendem a sofrer com dores nos joelhos quando as articulações e a musculatura estão sobrecarregadas; o sobrepeso, a flacidez ou encurtamento muscular e o acúmulo excessivo de líquido podem contribuir para o aparecimento dessas dores”, explica. Este incômodo costuma surgir após o segundo trimestre devido ao aumento do peso e acúmulo de líquido. Normalmente, ao final do dia, a gestante pode ter uma sensação de peso nos membros inferiores e sentir dificuldade para se movimentar. “É

comum a gestante enfrentar dificuldade em realizar tarefas cotidianas como: sentar, andar, deitar ou virar de lado. Isso ocorre porque o volume abdominal e o acúmulo de líquido alteram o centro de equilíbrio do corpo e o trabalho muscular”, destaca. Conforme a gravidez vai avançando, a dor nos joelhos pode ir se agravando. Esse problema é mais comum em mulheres que já apresentaram alguma lesão de cartilagem, artrite e sinovite (inflamação da membrana sinovial) antes de engravidar. “A gestante precisa tentar localizar e perceber o que faz melhorar ou piorar a dor, com o objetivo de identificar qual o problema. É importante lembrar que dores articulares são comuns na gestação, porém dores de grande intensidade ou persistentes uma avaliação médica é fundamental”, afirma Nakao Iha.

Vida longa aos joelhos

Para amenizar esse desconforto, o ortopedista recomenda que a gestante faça exercícios físicos e alongamentos para fortalecer os músculos. “Ela deve praticar atividades físicas com orientação médica ortopédica e obstétrica. Mas, geralmente caminhadas, ginástica localizada ou hidroginástica


Cuidados

As gestantes devem optar pelos sapatos baixos e confortáveis para amenizar esses problemas e principalmente para evitar acidentes como: um entorse do tornozelo ou uma queda” diz o ortopedista.

As gestantes também devem manter cuidado extra na hora de escolher um sapato. Pois, é importante evitar sapatos com salto alto

são boas opções de exercícios para os joelhos e para a saúde da mãe e do bebê. A musculação pode ser realizada desde que não ofereçam riscos à gestação”, aconselha. Na hora de praticar atividade física, o ideal é evitar exercícios que possam lesionar os joelhos, como flexões violentas ou agachamento. As gestantes também devem manter cuidado extra na hora de escolher um sapato. Pois, é importante evitar sapatos com salto alto. “Ao usar salto alto o dia todo, o corpo é jogado para frente e isso sobrecarrega os joelhos. As gestantes devem optar pelos sapatos baixos e confortáveis para amenizar esses problemas e principalmente para evitar acidentes como: um entorse do tornozelo ou uma queda” diz o ortopedista.

Gravidez X ginástica: combate a dor nos joelhos

A gestante que pratica atividade física tende a se recuperar mais rápido após o nascimento do bebê. Por isso, o ortopedista Luiz Alberto Nakao Iha ensina alguns exercícios que podem ser realizados com tranquilidade aliviando a carga sobre os joelhos: • A gestante que não está acostumada a

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praticar atividade física deve começar com um exercício de baixa intensidade como, por exemplo, caminhada, natação, bicicleta ou ioga. • Pratique atividade física apenas com orientação médica (do seu ortopedista e seu obstetra). • É importante que a gestante beba muita água antes, durante e depois do exercício físico, mantendo boa hidratação. • Faça sessões de exercícios regulares, pelo menos, três vezes na semana. • Procure evitar movimentos como subir e descer escadas que sobrecarregam muito as articulações do joelho e quadril. • Algumas atividades como cavalgar, esportes competitivos ou de contato com muitas pessoas não são indicados pelo risco à gestação. • Procure o médico sempre que apresentar dores contínuas nos joelhos. Ortopedista Luiz Alberto Nakao Iha (CRM-SP:111559), formado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e médico da Clínica Healthme


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Saúde Mulher

Histeroscopia Entenda a importância deste exame para a saúde da mulher Fonte: - Ginecologista Joji Ueno (CRM-48.486)

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A histeroscopia é um procedimento que permite a visualização do útero por dentro. Este exame permite observar a cavidade uterina, o canal cervical e a vagina. “É uma endoscopia que pode ser feita em ambulatório, sem o uso de anestesia e sem internação”, explica o ginecologista Joji Ueno (CRM48.486), doutor em medicina pela Faculdade Medicina da USP e responsável pelo setor de Histeroscopia Ambulatorial do Hospital Sírio Libanês e Diretor na Clínica Gera. Além disso, pode ser feito sem a colocação de espéculo, ‘bico de pato’, e isso permite a realização do exame em mulheres virgens. “Com a introdução do histeroscópio, que varia de 1,2 a 4 milímetros de diâmetro, é possível a visualização direta do interior desses órgãos”, acrescenta o especialista. Por isso, o exame é fundamental quando o assunto é infertilidade, sangramento uterino anormal, pólipo endometrial, miomas uterinos e

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câncer de endométrio, doenças que acometem muitas mulheres. Outra novidade é que a histeroscopia ambulatorial pode ser uma opção à laqueadura, pois possibilita a esterilização definitiva. Os dispositivos são colocados dentro das tubas uterinas obstruindo-as de forma definitiva. “Como esse procedimento é feito via vaginal, não exige internação, anestesia ou cortes, como ocorre com a laqueadura convencional”, diz o médico.

Como o exame é realizado

Para realizar o procedimento, a paciente deve estar em posição ginecológica e não pode estar menstruada, pois o sangramento atrapalha a visibilidade. Também não pode ser realizado por mulheres grávidas ou com infecções genitais. Segundo Ueno, o exame costuma ser feito em mulheres que já passaram da menopausa, afinal a presença de pólipos é muito comum nessa faixa etária. O histeroscópio é introduzido pela vagina, que

Também não pode ser realizado por mulheres grávidas ou com infecções genitais.


Emporio


Saúde Mulher

Em que momento deve ser feito

A histeroscopia consegue mostrar pólipos e miomas da camada interna do útero, além de malformações uterinas que podem provocar abortos e até esterilidade.

chega por meio do canal do colo uterino até a cavidade endometrial, levando luz ao seu interior e soro fisiológico para distendê-la. “Com uma câmera acoplada, que leva imagens até um monitor de TV, o próprio paciente pode acompanhar o exame em tempo real”, comenta o médico. Ao término do procedimento, a paciente pode retornar às suas atividades cotidianas, desde que siga as orientações médicas. Vale destacar que a histeroscopia diagnóstica é rápida e pode ser feita sem anestesia. Em casos em que há pequenos pólipos, a retirada da lesão pode ser feita no mesmo ato, sem internação. As pacientes costumam queixar-se apenas de uma ligeira cólica durante o exame, sendo que a intensidade varia de mulher para mulher. E Ueno informa que todos os exames são fotografados ou gravados. 64

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O médico ginecologista deve solicitar este exame quando há suspeita de doenças dentro do útero. A histeroscopia pode ser realizada com dois objetivos: completar a investigação de um problema, como um sangramento anormal; ou para a retirada, por exemplo, de um mioma que está atrapalhando a fertilidade ou provocando hemorragia. A histeroscopia consegue mostrar pólipos e miomas da camada interna do útero, além de malformações uterinas que podem provocar abortos e até esterilidade. “Em alguns casos, até o câncer de endométrio pode ser diagnosticado por meio deste exame, seguido, por biópsia”, diz o especialista. O procedimento possibilita ainda a retirada de DIUs (dispositivos intrauterinos) que não conta mais com fio visível e auxilia no diagnóstico e acompanhamento de lesões do colo uterino causadas pelo HPV (Papiloma Vírus Humano). Também é indicado para investigar e tratar casos de infertilidade, abortamentos de repetição e aderências.

Ginecologista Joji Ueno (CRM-48.486), doutor em medicina pela Faculdade Medicina da USP e responsável pelo setor de Histeroscopia Ambulatorial do Hospital Sírio Libanês e Diretor na Clínica Gera.

Ao término do procedimento, a paciente pode retornar às suas atividades cotidianas, desde que siga as orientações médicas.


Sua Pele

Pele envelhecida Fonte: - Dermatologista Anderson Bertolini (CRM-107976)

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inais como poros dilatados, pele seca, rugas e manchas revelam o envelhecimento cutâneo e indicam que a pele do rosto está perdendo sua vitalidade. Por isso, os cuidados devem ser iniciados o quanto antes. “O envelhecimento é um processo progressivo e constante, pois ocorre em diferentes órgãos”, comenta o dermatologista Anderson Bertolini (CRM-107976), médico e diretor da Clínica Bertolini. No entanto, não é só o tempo que faz com que essas mudanças aconteçam. Estresse, maus hábitos como fumar e beber e abusar da exposição solar pode acelerar o envelhecimento da pele, fazendo com que seu aspecto seja alterado precocemente. A pele possui três camadas: epiderme (mais externa), derme (composta de colágeno, queratina e outras fibras) e hipoderme (tecido adiposo que funciona como reservatório de energia e funciona como isolante térmico). “Com o passar dos anos, na epiderme, as células passam a descamar e, como os hormônios perdem força deixando de ser produzidos, a pele tende a apresentar mais ressecamento”, explica o médico. Ele acrescenta que na derme pode surgir diminuição da quantidade e da qualidade do gel coloidal, ou seja, ela não consegue mais água para produzir fibras de colágeno e elastina. “E é isso que sustenta e garante o ar de jovialidade à pele”, acrescenta. Já a hipoderme pode diminuir, ficando mais fina e vulnerável. “A manutenção da firmeza e da elasticidade fica fragilizada, pois os vasos sanguíneos vão perdendo capacidade de eliminar toxinas do organismo e nutrir e oxigenar as células da epiderme”, informa. Ou seja, a renovação celular, que ocorre de for-

ma simples e natural em uma pele jovem, costuma ficar bastante prejudicada com o tempo.

Como retardar os efeitos do tempo

É importante destacar que alguns fatores são inimigo número um da pele, como o fumo e o excesso de bebidas alcoólicas. “Fumantes têm rugas profundas ao redor dos olhos, da boca e nas bochechas”, ressalta Bertolini. Segundo ele, o excesso de álcool faz com que o organismo libere mais radicais livres, que são oxidantes e aceleram o envelhecimento. E o sol tem efeito cumulativo, e após os 30 anos faz aumentar as rugas e as manchas. Cuidar da alimentação é outra dica fundamental. “Saladas, frutas e alimentos ricos em fibra, além de bastante água e alimentos antioxidantes (cenoura, chá verde, frutas cítricas, linhaça, suco de uva integral), que combatem os radicais livres, devem compor sempre o cardápio”, diz o médico. Em relação aos tratamentos estéticos, Bertolini lembra que peelings e outros à base de ácidos costumam ser mais indicados. “Entretanto, é essencial destacar que a medicina vem evoluindo muito e princípios ativos vêm sendo empregados para diminuir os efeitos do tempo na pele”, destaca. As vitaminas antioxidantes, como vitamina C e E, são bastante benéficas e, além do efeito antioxidante, apresentam ação fotoprotetora discreta, que aliada aos filtros solares, ajuda a melhorar a formação de colágenos.

Dermatologista Anderson Bertolini (CRM- 107976), Diretor Médico da Clínica Bertolini.

Estresse, maus hábitos como fumar e beber e abusar da exposição solar pode acelerar o envelhecimento da pele, fazendo com que seu aspecto seja alterado precocemente.


Artigo

Quero ser mãe Você quer ter um bebê e seu companheiro não. E agora? Por Cynthia Boscovich

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ão é fácil um casal ter afinidades em tudo. Isso mostra o quanto é difícil os relacionamentos darem certo. Às vezes um se interessa por uma coisa e o outro não; um tem um ritmo lento enquanto o outro é mais acelerado. A mulher gosta do dia enquanto o companheiro é notívago, ela é falante, ele é tímido. E as diferenças existem, assim como as divergências, e no assunto “filhos”, elas acontecem também. Observo muitos casais em conflito pela dificuldade que apresentam no tocante à simples decisão de ter um filho. Percebo que, para muitos, fazer essa escolha não é fácil nem simples. Cada pessoa tem um estilo de vida e uma personalidade, que incluem também os desejos e aspirações em relação ao outro e, em muitos casos, a existência de um terceiro elemento, como a chegada de um filho ou até mesmo a gestação, pode ser a causa de muita angústia. Percebo a ansiedade de muitas mulheres em relação ao parceiro que não manifesta interesse em relação ao desejo de ter filhos ou até verbaliza a falta de vontade de tê-los. O que cada um nesse momento precisa fazer é tentar ficar atento ao que um filho representa para sua vida e o que mobiliza internamente, incluindo dúvidas, medos, ansiedade e angústias. Antes de mais nada, considero importante que cada um tente entrar em contato com aquilo que espera para sua vida – e todos nós sabemos que decidir ser pai ou mãe, pode ser algo muito impor-

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tante ou até muito distante para algumas pessoas. É necessário observar que expectativas elas colocam em relação à maternidade ou paternidade. As mulheres, diferentemente dos homens, têm um prazo para decidirem ser mães, considerando que sua vida reprodutiva termina entre os quarenta e cinquenta anos e, quanto mais o tempo passa, maiores são as chances de se distanciar a concretização desse desejo. Todos sabem o quanto a posição delas no mercado de trabalho, contribui para o atraso da maternidade, mas nem sempre é possível encontrar o parceiro ideal no momento em que desejam ser mães. Muitos homens se assustam com a dependência de um bebê, e com as responsabilidades de ser pai, incluindo-se nelas também o fato de serem obrigados a provê-los emocional e materialmente por muito tempo. Para alguns isso pode ser motivo até de crises de ansiedade e depressão, além do surgimento de outros sintomas secundários. A existência de um bebê pode mobilizar questões muito primitivas e profundas nas pessoas, estejam elas conscientes ou não disso. E nem sempre o outro, nesse caso o parceiro, é capaz de compreender o que está ocorrendo com seu companheiro. Uma conversa franca é sempre importante, para que cada um possa se colocar e deixar claro o que espera para si e para a relação que está vivendo com aquela pessoa. Às vezes é difícil vivenciar sozinho essas situações, e é para isso que existem os psicólogos, que podem contribuir muito para a compreensão e percepção de muitas questões.

A existência de um bebê pode mobilizar questões muito primitivas e profundas nas pessoas, estejam elas conscientes ou não disso.


Papo de Mãe

A Páscoa do Pássaro *Simone Mendonça Diniz é escritora simonemendoncadiniz. blogspot.com foto: Andrea Amaral, www.ideia-dea.com.br

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assado o período de festas, o ano já não é mais Novo. Fim das férias, do calor, praia e Carnaval, retomamos a vida em sua rotina, compromissos e agendas, volta as aulas, projetos e planos, trabalho, tempo, relógio, atraso, frustração, deixar para amanhã, quem sabe no ano que vem... Não, nada disso, não desta vez! O feriado que se aproxima não é o de Finados. Na Quarta-feira de Cinzas renasceu a sua Fênix interior. Como na mitologia, sabida de seu fim próximo, deixou-se queimar na pira para em seguida renascer de suas próprias cinzas, linda e exuberante, pronta para novos vôos, incansável, capaz de içar peso inimaginável, tamanha sua força. Então chegou o período da Quaresma, fase de grande força espiritual a todos que se comprometem a dedicarse um pouco mais a sua fé, seu crescimento espiritual, reflexão de seus atos e sua conduta. Se penitência parece ser uma palavra dura demais, encare como compromisso. Período de compromisso. Culminando finalmente na Páscoa, através da ressurreição de Cristo, o renascimento, mais uma vez então a Fênix, tão bem retratada na arte Cristã, presente como símbolo do recomeço, da nova vida, assim como outros símbolos mais comercialmente conhecidos, ovo de Chocolate e o Coelho, que tanto confundem as crianças. Faça sua Páscoa. Fortaleça-se na sua fé, e na certeza de sua capacidade de transformação. Não deixe esmorecer seus sonhos, sua vontade de mudar, de fazer acontecer. Não se deixe abater diante das dificuldades, do medo. Faça-se forte e determine suas metas, uma a uma, passos de bebê, alcançando cada degrauzinho desta escada, sem saltos. Firmeza nos passos. Assim como o Sol, renascendo a cada dia, façamosnosso HOJE melhor, e o AMANHÃ a ser superado, como compromisso, como decisão. Um abraço da minha Fênix.


Parto

Parto de gêmeos Fonte: - Ginecologista e Obstetra Erica Mantelli (CRM 124.315)

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gestação de gêmeos pode acontecer devido aos fatores hereditários, idade materna avançada, uso de medicamentos para induzir ovulação, ou em decorrência da reprodução assistida. Ela consiste no desenvolvimento de dois ou mais fetos na cavidade uterina, diferente da gestação simples, onde há apenas um feto em desenvolvimento. A gestante que espera mais de um bebê precisa seguir à risca as recomendações do médico para preservar sua saúde e a dos bebês no decorrer da gestação. Segundo a ginecologista e obstetra Erica Mantelli (CRM 124.315), a probabilidade de ter gestação múltipla aumenta se a mulher tiver feito tratamento de fertilidade. “A gravidez múltipla pode ocorrer em 1/90 das gestações, e quem tem familiares gêmeos contam com mais chances de engravidar de gêmeos naturalmente, devido à carga genética. Quem não tem esse fator genético e deseja gestação múltipla pode recorrer ao uso de técnicas de fertilização”, explica. A gestação gemelar é considerada de risco devido às chances de a mulher sofrer mais complicações como Diabetes gestacional, pré-eclâmpsia e anemia. Para os bebês, o risco está relacionado à restrição do crescimento e ao parto prematuro. Por esses fatores, 68

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este tipo de gestação exige acompanhamento médico constante. “A principal complicação de uma gestação múltipla é a prematuridade e o baixo peso dos bebês. Caso a gestante não siga todas as recomendações do médico, pode enfrentar aumento da pressão arterial, Diabetes e depressão pós-parto”, destaca a ginecologista. As mães, em especial, as de primeira viagem, costumam ficar receosas sobre como irá se desenvolver essa gestação, como será a transformação de seu corpo e todos os sintomas. Porém, a médica alerta que os sintomas são os mesmos de uma gestação comum, porém podem ser mais intensos devido à dosagem hormonal mais elevada. “Geralmente, os sintomas como aumento dos seios, náuseas e cansaço variam de mulher para mulher. Algumas apresentam dores mais intensas, outras nem percebem que estão grávidas de gêmeos”, revela a ginecologista.

Como saber se a gravidez é de gêmeos?

A melhor forma para descobrir se há uma gestação múltipla é por meio do ultrassom, um exame que identifica a presença do bebê no útero. “No exame corre o risco do segundo bebê não ser visto durante o período inicial da gravidez. Já é possível a visualização de gêmeos por volta de seis semanas aproximadamente”, afirma Erica Mantelli.

Algumas apresentam dores mais intensas, outras nem percebem que estão grávidas de gêmeos”, revela a ginecologista.


Na hora do parto

Se você vai ser mamãe de gêmeos comece a se preparar para o parto quando ultrapassar a 36ª semana de gestação. Nesse período, o útero fica muito distendido, estimulando as contrações. Caso elas comecem antes de completar 37ª semana, é preciso repousar para evitar que aconteça um parto prematuro e procurar seu obstetra imediatamente se sentir dor, sangramento ou perda de líquido pela vagina. O tipo de parto vai depender da posição e do peso dos bebês, das condições de saúde materna e fetal e dos tipos de partos prévios que esta gestante já teve. “Nas gestações múltiplas o tipo mais indicado é a cesariana, mas é possível também realizar o parto normal, sendo que isso vai depender principalmente da posição que os bebês se encontram”, diz a ginecologista. Em alguns casos, em que a opção é o parto normal, o primeiro bebê consegue nascer através do canal vaginal, porém, em raras situações em que há dificuldade para o nascimento do segundo gemelar, o médico precisa indicar uma cesariana para o segundo bebê, por motivos de segurança. A ginecologista alerta que, mesmo quando o primeiro bebê está na posição ideal e o segundo não, ainda assim é possível fazer o parto normal. “Existem algumas manobras que podem ser feitas para facilitar o nascimento do segundo bebê que nasce cerca de 3 a 10 minutos depois do parto do primeiro”, esclarece. É importante fazer uma dieta balanceada, realizar atividade física regular, não faltar às consultas e fazer todos os exames antes de completar a 37ª semana de gestação para garantir um parto tranquilo. Confiar em seu médico, tirar todas as suas dúvidas, e fazer exercícios respiratórios de relaxamento são ótimos aliados para uma gravidez calma e sem complicações.

A vida após o parto

Depois de escutar o primeiro choro dos dois bebês, colocar a primeira roupinha, amamentar e voltar à rotina, é fundamental manter o acompanhamento médico para certificar-se de que a mãe está

bem consigo mesma. “Devido ao estresse por ter de realizar tudo em dobro e por questões físicas e hormonais, a mãe pode passar por um desequilíbrio emocional após o nascimento dos bebês. A mãe de gêmeos tem 43% mais chances de apresentar depressão pós-parto” revela a ginecologista. Nesse momento, é importante o apoio do marido e da família, principalmente, em relação aos cuidados com os bebês. Por isso, a mulher não deve hesitar em pedir ajuda para uma babá, familiares ou amigos para dividir os cuidados com os bebês. Dessa maneira é possível dedicar-se com carinho aos dois filhos. Muitas mulheres por vergonha ou sentimento de culpa não conversam sobre seus sentimentos com seu médico e com sua família e isso traz consequências graves pois a situação pode se agravar. Se você está sentindo vontade constante de chorar, estresse, ansiedade, irritabilidade e dificuldade para dormir, procure seu médico imediatamente. Você não precisa se sentir culpada, pois essas alterações de humor podem acontecer em todas as gestações, mesmo na gravidez planejada. Com acompanhamento médico adequado, atividades relaxantes e muito amor da família é possível encarar toda essa mudança e trabalho extra de uma maneira muito mais saudável e feliz.

Dra. Erica Mantelli Borges (CRM 124.315) Médica Ginecologista e Obstetra. Residência em Ginecologia e Obstetrícia pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro. Pós-graduada em Medicina Legal e Perícias Médicas pela Universidade de São Paulo. Possui consultório na Rua Bento de Andrade, 233 – Jd. Paulista / São Paulo – SP Tel: (11)3051-3121

Nesse período, o útero fica muito distendido, estimulando as contrações.


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Relaxamento para bebês Fonte: - Mariana Moraes, Fisioterapeuta do Zahra Spa & Estética

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orreria, falta de tempo e tensões diárias podem causar danos à saúde e, isso pode ser ainda mais preocupante, se a mulher está grávida. Aliás, sintomas do estresse podem atrapalhar a formação do bebê e provocar complicações no decorrer da gestação. Por isso, a gestante precisa relaxar e aproveitar essa fase, tentando manter a calma em situações que podem deixa-la mais agitada. De acordo com a fisioterapeuta Mariana Moraes, do Zahra Spa & Estética, um recurso que as futuras mamães podem usar para se livrar de todas essas tensões são as massagens feitas durante a gestação, pois elas ajudam aliviar dores, estresse e promovem um bem-estar geral. “O foco principal das massagens direcionadas às gestantes é diminuir o desconforto, reduzir os inchaços e proporcionar um relaxamento. Além disso, a massagem pode oferecer um apoio emocional ajudando a diminuir a ansiedade”, afirma. Além disso, a especialista acrescenta que este tipo

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de massagem também ajuda a regular os hormônios e melhora o sono. Apesar de a massagem ser indicada para todas as ocasiões, a gestante precisa consultar um médico antes de se submeter ao procedimento. “No primeiro trimestre, por exemplo, não é recomendado. E quando a gestante apresenta complicações como pré-eclâmpsia, pressão de sangue elevada, retenção de água e de proteínas na urina e gravidez de risco, a massagem deve ser evitada”, destaca a fisioterapeuta. Conforme a gravidez vai avançando, o corpo da mulher sofre mudanças e o posicionamento da gestante para fazer a massagem também deve ser alterado para acomodar melhor a barriga. “Os movimentos da massagem podem ser executados com a gestante sentada ou deitada de lado. E quando a paciente se deita de costas, é importante colocar uma toalha sob os joelhos para diminuir o estresse e permitir que o sangue circule das pernas para o coração”, ensina Mariana.

Além disso, a massagem pode oferecer um apoio emocional ajudando a diminuir a ansiedade


Interlab


Saúde Bebê

“A massagem é realizada por meio de manobras terapêuticas específicas como amassamento, deslizamentos e percussões. Porém, alguns pontos não devem ser massageados porque estimulam as contrações uterinas”. Massagem relaxante: harmonia entre mãe e bebê

Uma sessão de massagem é ótima alternativa para combater os desconfortos da gestação. A fisioterapeuta Mariana Moraes explica quais são as massagens que podem aliviar problemas como ansiedade, depressão, preocupação e estresse: Recomendada para diminuir lombalgias, ansiedade, estresse e pode ser feita durante toda a gestação. “A massagem é realizada por meio de manobras terapêuticas específicas como amassamento, deslizamentos e percussões. Porém, alguns pontos não devem ser massageados porque estimulam as contrações uterinas”, alerta Mariana Moraes. Além de diminuir as tensões, essa técnica melhora a circulação sanguínea, aumenta o fluxo de nutrientes, alivia a dor e facilita a atividade muscular. Uma sessão de massagem por semana é o suficiente para aumentar o bem-estar da mãe e, consequentemente, do bebê.

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Drenagem Linfática Manual em Gestantes (DLG)

Durante a gestação há um aumento na produção hormonal, responsável por várias modificações musculares e estruturais. Alguns dos hormônios essenciais na gravidez são responsáveis pela tendência de reabsorver o sódio, e isso causa a retenção hídrica. O profissional pressiona e desliza a mão por todo o corpo, direcionando o excesso de líquido para os gânglios linfáticos, os quais trabalham para eliminá-los pela urina. As manobras são realizadas em decúbito dorsal (barriga para cima) e decúbito lateral (pessoa deitada delado); e não é realizada no abdômen. Portanto, é comum sentir vontade de urinar logo após a sessão de DLG e este é um sinal de que a drenagem foi bem feita.Sob orientação e autorização médica. Mariana Moraes, fisioterapeuta do Zahra Spa & Estética

Recomendada para diminuir lombalgias, ansiedade, estresse e pode ser feita durante toda a gestação.


Dicas

Torne seu bebê mais saudável Você sabia que fonoaudiologia aliada à amamentação torna o seu bebê mais saudável? Fonte: - Fonoaudióloga Ana Paula Bautzer

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o ser amamentada, a criança realiza um exercício físico importante, de forma involuntária, que estimula o crescimento harmonioso das estruturas orais e faciais. “Todo bebê ao nascer tem a mandíbula pequena que só irá alcançar um tamanho equilibrado ao ter seu crescimento estimulado por todas as funções orofacias como a sucção”, explica a fonoaudióloga Ana Paula Bautzer, da Clínica de Especialidade Integrada. Segundo a especialista, mandíbula, maxila e bom desenvolvimento das musculaturas orofaciais garantem que dentição possua um guia para bom alinhamento e nivelamento dos dentes e mais para frente às funções de fala, mastigação tendem a se desenvolver sem alteração. Outro detalhe importante é que, durante a amamentação, a criança aprende a respirar corretamente pelo nariz. Por isso, a escolha do bico da mamadeira interfere muito na amamentação. “O bebê que suga no bico de silicone precisa obter um padrão

Outro detalhe importante é que, durante a amamentação, a criança aprende a respirar corretamente pelo nariz de sucção mais semelhante ao realizado na mama. A escolha do bico errado pode interferir neste desenvolvimento muscular”, detalha Ana Paula. A especialista enfatiza que o uso da mamadeira deve ser usado e recomendado para aqueles casos em que o recém-nascido não consegue se nutrir e hidratar apenas pelo seio materno, essa recomendação e orientação sempre deve ser feita por equipe multidisciplinar composta pelo pediatra, neonatologista,

durante a amamentação, a criança aprende a respirar corretamente pelo nariz


Dicas

“Durante a mamada, o bebê deve ser mantido na posição verticalizada, quase sentada ao colo da mãe. Pois, isso evita que o leite escorra para a tuba auditiva levando à otite de repetição.” enfermagem e fonoaudiólogo. Na amamentação natural, o bebê tem mais condições de satisfazer as necessidades sensório-motoras globais e orais e, particularmente, sua necessidade psicológica. No entanto, independente de a amamentação ocorrer no seio ou na mamadeira, é um acontecimento muito importante e determinante para o futuro relacionamento com o mundo. “Durante a mamada, o bebê deve ser mantido na posição verticalizada, quase sentada ao colo da mãe. Pois, isso evita que o leite escorra para a tuba auditiva levando à otite de repetição”, alerta a fonoaudióloga. Vale destacar que a chupeta pode complementar a necessidade de sucção, principalmente nos bebês que usam mamadeira, afinal o processo de alimentação acontece de forma muito rápida. Além disso, ela acalma e pode evitar que o hábito da sucção de dedo, que traz danos mais severos ao desenvolvimento buco-facial. “Porém, o uso do acessório deve ser mínimo. Ou seja, apenas em momentos de agi-

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tação ou sonolência toda vez que se tentou todas as artimanhas para acalmá-lo. Evite oferecer a chupeta sempre o bebê chorar”, sugere a especialista. Outra característica que precisa ser levada em consideração. “Se a chupeta permanece interposta entre os lábios pode-se perder a memória muscular de vedação labial, e isso é fundamental para manter a respiração pelo nariz”, completa. Por isso, o acessório que for utilizado por longo período modifica musculatura, dentição e futuras aquisições. Como a aquisição destas funções e modificações de sucção para mastigação ocorre entre 1 e 2 anos, preconiza-se a retirada da chupeta até que a criança complete dois anos de idade. Dra. Ana Paula Bautzer Fonoaudióloga da Clínica de Especialidade Integrada.

Por isso, o acessório que for utilizado por longo período modifica musculatura, dentição e futuras aquisições.


Medicina

TSH alto na gestação Você sabia que fonoaudiologia aliada à amamentação torna o seu bebê mais saudável? Fonte: - Fonoaudióloga Ana Paula Bautzer

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gestação é um período que merece cuidados especiais com a saúde da mãe e do bebê. Uma rotina de exames deve ser estabelecida no pré-natal, principalmente, os que avaliam a função da tireoide na gravidez. Esse exame deve ser feito com frequência para verificar qualquer alteração nos níveis dos hormônios da tireoide, que é fundamental para regular o organismo, crescimento e desenvolvimento do bebê no útero. Segundo a endocrinologista Carolina Mantelli Borges, da Clínica de Especialidade Integrada, as mulheres com hipofunção tireoidiana precisam ser tratadas, pois se isso não for feito o sistema neurológico do bebê pode ser afetado. “Pode ocorrer uma insuficiência no transporte hormonal através da placenta para o bebê. Caso a mãe tenha uma doença autoimune da tireoide, o tratamento merece atenção redobrada para assegurar o transporte de hormônio tireoidiano em quantidades adequadas”, explica. Durante o primeiro trimestre da gestação, os bebês dependem dos hormônios tireoidianos da mãe, forneci-

dos por meio da placenta, e que garante um desenvolvimento saudável, principalmente neurológico. “Quando a gestante com hipotireoidismo apresenta uma deficiência de hormônio, a criança pode nascer com problemas no desenvolvimento neurológico em graus variáveis”, destaca a endocrinologista. Caso o hipotireoidismo não seja tratado durante a gestação, o risco de alteração no desenvolvimento psicomotor da criança aumenta em quase seis vezes. O diagnóstico das doenças tireoidianas maternas pode ser confundido com outras alterações fisiológicas devido ao estado gestacional. “O hipotireoidismo durante a gestação está associado ao maior risco de hipertensão gestacional pré-eclampsia, descolamento de placenta, anemia, aborto espontâneo e parto prematuro, hemorragia pós-parto, sofrimento fetal, morte perinatal e recémnascidos com baixo peso para a idade gestacional”, alerta Carolina.

Controlando os hormônios

Crianças nascidas de mães com hipotireoidismo não tratado, especialmente, no início da gestação, apresentam deficiência em índices de desen-

volvimento neurológico, diminuição de QI e dificuldade de aprendizado escolar, déficit de atenção e hiperatividade. “As gestantes que apresentam o problema precisam de um acompanhamento endocrinológico durante a gravidez, para controlar a reposição hormonal de maneira adequada com o intuito de ajustar a deficiência. Afinal doses excessivas também podem comprometer a saúde”, recomenda a médica.

Cuidados necessários durante a gravidez

Durante a gravidez, as mulheres portadoras de hipotireoidismo devem ter a sua dose diária de T4 aumentada. “O desenvolvimento do bebê pode ser afetado caso o T4 esteja baixo. As gestantes com hipotireoidismo podem apresentar maior risco de abortamento. Entretanto, se o hipotireoidismo estiver normalizado, o crescimento da criança não será prejudicado”.

Endocrinologista Carolina Mantelli Borges, da Clínica de Especialidades Integradas. www.especialidadesintegrada.com.br


Bebê-a-bá

Brotoeja nos pequenos Esclareça todas suas dúvidas sobre essa inflamação causada pelo suor abundante.

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hamada pelos médicos de Miliária, essa erupção cutânea é muito comum nos bebês e nas crianças. A brotoeja esta relacionada ao calor, o aumento da temperatura da pele determina uma maior produção de suor com a finalidade de diminuir a temperatura do corpo. O suor não chega a superfície da pele, ficando retido e causando irritação, frequentemente com coceira. Isso acontece porque as glândulas sudoríparas estão inflamadas. Entenda melhor em 4 tópicos:

1) Características

A brotoeja é uma erupção cutânea, caracterizada por áreas vermelhas, com pequenas bolhas no centro. Pode aparecer no rosto, pescoço, ombro, barriga ou peito, pode coçar e pinicar. Existem dois tipos de manifestação: A miliária cristalina: Manifesta-se como vesículas diminutas, de conteúdo claro (de onde o nome cristalina), tem início súbito, atingindo grandes áreas do corpo. Não apresenta sintomas sistêmicos, sem reação inflamatória local, abrangendo preferentemente as pregas de flexão, cabeça e pescoço. Miliária rubra (sudâmina): É uma erupção mais

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profunda caracterizada de pápulas (lesão sólida, elevada com diâmetro menor de 1 cm) e vesículas muito pequenas eritematosas (rubra) que podem produzir prurido. Atinge as áreas flexurais, como pescoço, axilas, virilhas tendo a fricção um papel importante na patogenia. A pele adjacente pode se tornar erodida e com maceração. A obstrução dos ductos sudoríparos desempenha papel importante no desenvolvimento das lesões. A repetição dos episódios pode levar à miliária profunda. A brotoeja é mais frequente em clima quente e úmido, mas pode ser consequência de febre alta. Crianças pequenas com excesso de roupas podem desenvolver a brotoeja mesmo no inverno.

2) Prevenção

Se seu filho for propenso à brotoeja, experimente mantê-lo o mais fresco possível, principalmente no verão. Sempre que possível, evite atividades que façam a criança suar. Experimente manter o ambiente o mais fresco e arejado possível, principalmente no verão. Sempre que possível, faça com que as roupas sejam de fibra natural. Para prevenir, evite usar muita roupa em crianças, principalmente em dias quentes e em crianças mais gordas.

A obstrução dos ductos sudoríparos desempenha papel importante no desenvolvimento das lesões.


Lider


Bebê-a-bá

Fique atenta a algumas dicas gerais: Controlar a ingestão excessiva de doces e alimentos gordurosos. O uso de vitamina C suplementar, pode ajudar na recuperação da sudorese normal. O uso de vitamina C localmente pode ter ação preventiva e curativa.

3) Tratamento

Para tratar a brotoeja o melhor a fazer é aliviar o desconforto para o bebê, principalmente ao refrescar e secar a área afetada. Banhos, roupas frescas e a prevenção de condições que provavelmente causam suor são as principais recomendações para a criança com brotoeja. Enquanto seu filho estiver com brotoeja, elimine doces e alimentos gordurosos, pois eles podem aumentar o calor interno e agravar a erupção cutânea. Outra dica, é depois do banho, de preferência com água morna, secar a pele com tapinhas suaves e não com esfregões vigorosos. Não aplique qualquer loção ou pomada perfumada na pele. Esses produtos podem piorar a situação. Vista seu filho com roupas frescas, de fibra natural, e arejadas. Evite o excesso de roupa, principalmente em dias quentes. Não aplique qualquer loção ou pomada perfumada na pele, se for passar algum creme que este seja indicado pelo médico. Lembre-se é fundamental não usar nada sem a orientação médica.

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Banhos, roupas frescas e a prevenção de condições que provavelmente causam suor são as principais recomendações para a criança com brotoeja.

4) Esclarecimentos

• A brotoeja não costuma doer, mas pode coçar bastante. • Se seu filho apresentar brotoeja acompanhada de febre alta (acima de 39 graus Celsius), ou se a erupção não melhorar depois de três dias, leve ele para o médico. • Muitíssimo cuidado com o uso de talco. Muitas mamães fazem o uso de talco quando o bebê apresenta esse tipo de inflamação. O talco tem partículas muito finas que podem ser inaladas por acidente pelo bebê, ficando presas nos pulmões do bebê. • A brotoeja não é perigosa, mas ela é sinal de que a criança está com calor demais. Se ela não se refrescar, pode ter problemas mais sérios, como a insolação.

Vista seu filho com roupas frescas, de fibra natural, e arejadas. Evite o excesso de roupa, principalmente em dias quentes.


Alternativo

Aliviando os desconfortos da gravidez Seus efeitos atuam desde a estrutura e forma física até os planos energéticos. Conheça as vantagens da Massagem Thai durante a gravidez.

Atua sobre o sistema nervoso e melhora a qualidade do sono, a digestão e diminui o stress.

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onvergências culturais do Yoga e do Taoísmo dentro do Budismo Theravada trouxeram a Massagem Meditativa Thai. Caracteriza pelo toque fraterno, ela atua no corpo de forma completa com alongamentos, pressão suave e com um ritmo lento e contínuo. A combinação destes elementos proporcionam um estado de relaxamento profundo e meditativo. A Massagem Thai durante a gravidez alivia os desconfortos desta fase e prepara o corpo para o parto trabalhando a mobilidade e o fortalecimento das articulações. Atua sobre o sistema nervoso e melhora a qualidade do sono, a digestão e diminui o stress. É uma prática meditativa que promove estados meditativos e contemplativos que estreitam os laços entre a mãe e o filho. A massagem permite que a gestante saboreie uma gravidez prazerosa e

saudável. Conheça os benefícios da Thai durante a gravidez: Reduz stress e promove relaxamento profundo. Propicia suporte emocional e conforto. Reduz e alivia dores nas articulações, pescoço e costas; Melhora a circulação sanguínea e estimula o sistema linfático; Ajuda a manter a elasticidade da pele; Promove consciência corporal e relaxamento necessário para um parto ativo.

A combinação destes elementos proporcionam um estado de relaxamento profundo e meditativo.


Alternativo

Como são as sessões?

Além da Massagem Thai outras técnicas são utilizadas de acordo com as necessidades específicas de cada gestante.

Em geral a massagem pode ser feita tranquilamente em uma gravidez normal e em mulheres de todas as idades.

A massagem tem um papel significativo na preparação da futura mamãe, a experiência do contato corporal durante a gestação e o trabalho de parto. Após o nascimento do bebê ajuda a mamãe a tocá-lo com mais eficiência e transmitir carinho, conforto e segurança ao bebê.

Quando fazer?

A partir do início da gestação ou do surgimento dos primeiros desconfortos.

Existem contra-indicações para esta massagem?

Em geral a massagem pode ser feita tranquilamente em uma gravidez normal e em mulheres de todas as idades. Algumas contra-indicações devem ser observadas como gravidez de risco ou problemas de pressão alta. Nestes casos a atenção é dobrada e são realizados procedimentos suaves, relaxamento e meditações que auxiliam a gestante nesse momento.

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Inicialmente é realizada uma avaliação, as sessões são individuais, com uma hora e meia de duração. Além da Massagem Thai outras técnicas são utilizadas de acordo com as necessidades específicas de cada gestante. A massagem é realizada em colchonete ou tatame. Profundamente ligada ao Budismo, a Thai é considerada , com todo respeito e reverência como um sopro da Luz de Buda. Um caminho para se cultivar os quatro estados divinos: Metta: Bondade amorosa; Karuna: Compaixão; Mudita: Alegria contagiante; Uppekha: Equanimidade, imparcialidade, não-agressão. Esta técnica harmoniza corpo e mente através de movimentos rítmicos e alongamentos gradativos que abrem espaço para o movimento das articulações, aliviando as dores e tensões. Há movimentos específicos para cada trimestre da gravidez e outras técnicas podem complementar este trabalho, como: aromaterapia, yoga, pilates e meditações.

Dica Materlife A aplicação da Massagem Thai para gestantes deve ser feita de forma cuidadosa, por um profissional qualificado, atento para as necessidades especiais de cada gestante.


Papo de Mãe

Hormônios da mamães Por que as grávidas tem desejos? Muitas pessoas pensam que tudo não passa de um capricho da futura mamãe, mas existem fatores que explicam os desejos das gestantes.

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maioria das vezes elas desejam coisas naturais que podem ser compradas ou preparadas com facilidade, mas em outras ocasiões elas apelam aos desejos mais estranhos possíveis. As mamães tendem a se sentirem mais frágeis durante a gestação e acabam suprindo essa necessidade através dos desejos, os fatores hormonais e diversas alterações desencadeiam os desejos esquisitos. Essas esquisitices, acontecem geralmente no início da gestação.

Pão de queijo com doce de leite

Existem várias histórias de gestantes que tiveram o desejo de comer cimento, tinta e outros atrativos que são estranhos em nosso período natural. Existem fatores que podem determinar os desejos das gestantes, conheça alguns: • Hormônios: Os hormônios prolactina e progesterona são os dois responsáveis pelas al-

Os hormônios prolactina e progesterona são os dois responsáveis pelas alterações no apetite das gestantes, além da grande mudança no PH e na saliva, explicando assim a variação estranha de apetite. terações no apetite das gestantes, além da grande mudança no PH e na saliva, explicando assim a variação estranha de apetite. Isso leva a mulher a comer alimentos que antes não gostava. • Carência nutricional: O organismo indica para a gestante o que pode aparentemente estar em falta. O cérebro procura alimentos que contenham os nutrientes que possam estar em falta

Essas esquisitices, acontecem geralmente no início da gestação.


Papo de Mãe

no organismo da mulher, nutrientes que o bebê está precisando para o desenvolvimento. Por isso nunca desconsidere todos os desejos das grávidas. • Sensibilidade: Os desejos também podem estar ligados a sensibilidade em que a gestante se encontra durante a gestação. Comer, libera substâncias no organismo que dão prazer e melhoram o humor. Outras vezes, ela quer apenas atenção e mimos da pessoa amada. Lembre-se: A mulher deve tomar cuidado para que esses desejos não acrescente alguns quilinhos a mais do que o normal. O ideal da mulher engordar durante a gestação são cerca de 12 quilos. Alguns desejos podem ser atendidos, mas é fundamental que as futuras mamães consomem alimentos saudáveis e mantenham uma dieta equilibrada.

O Mito

Dizem que se a mulher não saciar o desejo, a criança nasce com cara do que ela queria comer e não comeu. Fique tranquila, se o desejo não for satisfeito, não tem problema algum. O seu bebê não nascerá com a aparência do alimento desejado ou com alguma característica que lembre. Isso é só mais uma 84

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crença popular. O desejo de uma mulher não tem nada a ver com as alterações cutâneas de distintas naturezas que o bebê pode sofrer. A gravidez, assim como a adolescência e a menopausa, é um período de crise biológica para a mulher. Por ser uma instabilidade emocional, ao invés de a criança nascer com o rosto no formato de uma rosquinha, a grávida pode manifestar sentimentos como rejeição, depressão, depende de cada caso. Isso não significa que necessariamente deve-se atender a todas as vontades. A mulher que obriga o marido a sair de madrugada para comprar algo pode estar pedindo atenção. Por isso, o fundamental é entender o porquê e as causas dos desejos.

O seu bebê não nascerá com a aparência do alimento desejado ou com alguma característica que lembre. Isso é só mais uma crença popular.

A gravidez, assim como a adolescência e a menopausa, é um período de crise biológica para a mulher.



Especial

Menos sódio. Menos sal. Menos hipertensão Entre as doenças de adultos que estamos enfrentando na infância, uma delas é muito problemática por ser silenciosa e não diagnosticada a contento mesmo pelos próprios pediatras: a hipertensão arterial. Fonte: - Dr. Moises Chencinski é pediatra e homeopata - CRM-SP 36.349

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ários são os fatores de risco atualmente que favorecem a escalada da hipertensão: •A não medida rotineira da pressão arterial em crianças acima de 2 anos de idade (pelo menos); •A alimentação inadequada a que estão submetidas as crianças, onde, além de altos teores de gordura e açúcar, ocorre uma sobrecarga importantíssima em todas as faixas etárias: o excesso de sódio*. •O aumento da incidência de síndrome metabólica (obesidade, dislipidemia, diabetes tipo 2 e hipertensão) com fatores que favorecem a alta incidência da patologia.

O sal, o sódio e a alimentação

No Brasil, o sal é um dos temperos mais usados nos alimentos, mesmo que eles já contenham grandes quantidades de sódio. O que falta é o conhecimento da quantidade de sódio presente em cada alimento. Engana-se quem pensa que o sódio

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só é encontrado em alimentos salgados. Muitos alimentos doces também apresentam alto teor de sódio em sua composição. Além de aumentar a taxa de sódio, o processamento dos alimentos diminui a taxa de potássio de sua composição. O potássio age como protetor da função cardíaca e deve ser consumido, segundo as diretrizes atuais da OMS, na taxa de 3.500mg ao dia. Entre os alimentos ricos em potássio, podemos citar feijão e ervilhas (1.300mg/100gr), nozes (600mg/100gr), vegetais como espinafre, repolho (550mg/100gr), frutas como banana, papaia (300mg/100gr). Assim, não adianta comer uma ou duas bananas para se proteger contra câimbras, durante uma atividade física.

O que mostram os estudos sobre o sódio

Estudo publicado no Pediatrics, em 2012, relaciona a ingestão de sódio e o risco de hipertensão em 6.235 crianças e adolescentes norte-americanos, de 8 e 18 anos, entre 2003 e 2008. O consumo médio diário era de 3.387 mg e 37% da

No Brasil, o sal é um dos temperos mais usados nos alimentos, mesmo que eles já contenham grandes quantidades de sódio.


Tummy Tub


Especial

amostragem estava com sobrepeso / obesidade. Concluiu-se que a ingestão de sódio elevada está associada ao maior risco de pré-HAS /HAS dentro desse grupo e que esse quadro fica mais grave entre as crianças com sobrepeso / obesidade. Outro artigo aceito em agosto de 2012, publicado em janeiro de 2013, no Pediatrics correlaciona o uso de sal, bebidas adoçadas com açúcar e risco de obesidade em 4280 crianças e adolescentes entre 2 e 16 anos, através de um recordatório alimentar de 24 horas, realizado na Austrália. Esse estudo demonstrou que quanto maior o consumo de sal, maior o consumo de bebidas adoçadas e, com isso, maior risco de obesidade. Mas nem o sódio escapa dos “falsos mitos”. Em 2012, levantamento realizado em 284 crianças e jovens, entre 10 e 17 anos de idade, da Casa do Adolescente de Pinheiros ligada à Secretaria de Estado da Saúde, mostrou que 25% deles já apresentava quadro de HAS associada ao alto consumo de sódio, através de macarrão instantâneo, lanches, alimentos industrializados e refrigerantes. Mesmo sendo contra o uso de refrigerantes por inúmeras razões, aqui há um erro grave de avaliação. Um litro de refrigerante tem menos de 100 mg de sódio e se for diet (que tem mais sódio) aí tem 150 mg. Retirar o refrigerante da dieta é uma atitude saudável, mas sem nenhuma relação com hipertensão.

Organização Mundial de Saúde e suas recomendações

A OMS estabeleceu diretrizes (guidelines) normatizando o consumo máximo de 2.000 mg de sódio, ou 5 gramas de sal, ao dia, bem como um limite mínimo de 3.510 mg de potássio ao dia. Altos níveis de sódio e baixos níveis de potássio no sangue são fatores de risco que podem causar aumento de níveis de pressão levando a risco cardíaco aumentado e até infarto. Em agosto de 2.012, o Ministério da Saúde (MS) e a Associação Brasileira das Indústrias de

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Alimentação (ABIA) assinaram um acordo para a redução dos teores de sódio na fabricação de temperos, caldos, cereais matinais e margarinas vegetais, com a expectativa da redução de quase 9 toneladas de sódio do mercado até 2.020. Essa já é a terceira fase do acordo MS / ABIA com a intenção de diminuir o consumo de sal dos adultos. Anteriormente, já foi acordada a redução de sódio de macarrões instantâneos, bisnagas, pão de forma, pão francês, mistura para bolos, salgadinhos de milho, batata frita, biscoitos e maionese. A hipertensão arterial é a principal causa global de óbito e incapacidade mundial, segundo o diretor do Departamento de Nutrição para Saúde e Desenvolvimento da OMS, Dr. Francesco Branca. Segundo ele, também, essas são recomendações para crianças acima de 2 anos de idade e esse é um fator crítico, pois crianças hipertensas geralmente se transformam em adultos hipertensos.

Orientações gerais para controle do sódio e da hipertensão arterial

Algumas dicas são sempre importantes para evitar o alto consumo de sal e incrementar o de potássio: • Aleitamento materno exclusivo, em livre demanda, desde a primeira hora de vida até 6 meses de idade, estendido até pelo menos 2 anos; • Introdução de alimentação complementar a partir do 6º mês, sem que se use sal de adição nos alimentos (não usar o sal como tempero). Assim, devemos chamar essas refeições de alimentação complementar (AC) ou de almoço e jantar. Evitar os termos papinha salgada (para se contrapor à papa doce – frutas – introduzida inicialmente); • Seguir as recomendações da OMS quanto ao consumo máximo de 2.000 mg de sódio ao dia (menos se pensarmos em crianças) ou menos de 5 gramas de sal de cozinha ao dia; • Evitar o uso de alimentos industrializados em crianças abaixo de 3 anos de idade. Lembrar que mesmo alimentos doces (industrializados)

Essa já é a terceira fase do acordo MS / ABIA com a intenção de diminuir o consumo de sal dos adultos


podem conter altos teores de sódio; • Incentivar a atividade física assim que possível, evitando o sedentarismo, brincando com as crianças fora de casa o máximo possível, fortalecendo o vínculo familiar;

O Sódio

Para quem não se lembra das aulas de química, o sal de cozinha é o cloreto de sódio. O sal de cozinha e o sódio, apesar de serem usados como se fossem iguais, são elementos distintos. O sódio não aparece apenas como componente

do sal e, independente de sua associação, tem o poder de afetar a função renal e aumentar nossa pressão arterial. Ciclamatos e sacarina (adoçantes), glutamatos (temperos tipo shoyu), nitratos e nitritos (conservante na fabricação de derivados do leite, enlatados, embutidos - linguiça, salsicha, presunto, mortadela, salame, rosbife – e outros produtos cárneos, em que age também como fixador de cor), bicarbonatos entre outros compõem o painel de compostos com sódio na nossa alimentação que devem ser avaliados na conta final.

o Sódio nos alimentos O sódio é encontrado como parte integrante de uma grande variedade de alimentos, de pequenas a imensas quantidades. Confira: Alimentos com quantidades de sódio < 35mg/100 gramas: • Atum fresco (30mg/100gr), linhaça (9mg/100gr), macarrão cru com ovos (15mg/100gr), queijo minas (31mg/100gr). Alimentos com quantidades de sódio entre 35 e 200mg/100 gramas: • Badejo (79mg/100gr), biscoito waffer de chocolate (137mg/100gr), carnes cruas (entre 50- cupim cru sem gordura, 75mg/100gr – carne bovina crua de fígado, 100 mg/100gr - pernil cru), chocolate ao leite (77mg/100gr), farinha láctea (125mg/100gr), ovo de galinha (168mg/100gr), paçoca (167/100mg), ricota (283mg/100gr), leite de vaca integral (64mg/100gr). Há alimentos, entretanto com taxas maiores de sódio, algumas de alto consumo com maior risco: • O próprio atum, mas em conservas (362mg/100gr), biscoito maisena (352mg/100gr), batata chips (607mg/100gr), biscoito tipo cream cracker (854mg/100gr), leite de vaca desna-

tado em pó (432mg/100gr), margarina com sal (894mg/100gr). Pior do que isso, outros tipos de alimentos processados, de grande consumo entre nós, podem ser responsáveis até por picos de exacerbação para quem já é reconhecidamente hipertenso: • Shoyu (5.000mg ou 5gr/100gr), azeitona preta ou verde em conserva (1450mg ou 1,45gr/100gr), linguiça de frango ou de porco cruas (1.150mg ou 1,15gr/100gr), bacalhau salgado cru (13.585 mg ou seja 13,6gr/100gr de bacalhau), sal grosso (40.000mg ou 40gr/100gr), tablete de caldo de carne ou de galinha (22.000mg ou 22gr/100gr).

Dr. Moises Chencinski- (CRM-SP 36.349); Médico especializado em Pediatria e Homeopatia; Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Associação Médica Homeopática Brasileira; Autor dos livros Gerar e Nascer- Um canto de amor e aconchego e Homeopatia- Mais simples do que parece; Colunista dos sites Minha Vida e Guia do Bebê; Redator do blog Mama que te faz bem.


Paterlife

Sexo na gravidez para os homens Saiba como lidar com essa situação.

A

mbos os casos são perfeitamente normais e dependem de uma série de fatores. Uma coisa é certa: a vida sexual muda na gestação. Elaboramos as questões mais comuns, confira:

O sexo pode machucar o bebê?

Talvez o motivo mais comum para homens (e mulheres) diminuírem a frequência sexual é o medo de machucar o bebê. Se você estiver preocupado com isso, esqueça. Seu filho está bem protegido pelo líquido amniótico, e, a menos que o ato sexual seja extremamente bruto, quase não há chances de machucar a mãe ou o bebê. Em algumas circunstâncias, como em casos de placenta prévia ou histórico de abortos espontâneos, os médicos aconselham os casais a não manter relações sexuais com penetração por algum tempo. 90

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E se minha parceira e eu tivermos formas diferentes de encarar o sexo nesta fase?

Mudanças da libido durante uma gestação são comuns tanto para homens como para mulheres. É possível que no primeiro trimestre da gravidez você sinta mais desejo do que nunca. Para muitos homens, o fato de engravidar uma mulher representa uma espécie de confirmação de sua própria masculinidade. Além disso, alguns futuros papais sentem uma conexão especial com suas parceiras, e essa proximidade é, em muitos casos, manifestada através do sexo. Para outros homens, no entanto, o primeiro trimestre (e talvez a gravidez inteira) é um momento de menor desejo sexual, com o corpo da mulher menos divertido e atraente. Há também a constatação de que, quando a gestação terminar, a parceira terá se tornado mãe, algo que encaram como

É possível que no primeiro trimestre da gravidez você sinta mais desejo do que nunca.


não necessariamente sexy. À medida que os meses passam, as diferenças de apetite sexual entre os parceiros podem continuar. A maioria dos homens tende a gostar das novas curvas da mulher, mas muitos também consideram a barriga em crescimento e os seios vazando nada tentadores. Uma coisa importante de se ter em mente é que o conforto da mulher tende a estabelecer o ritmo sexual do casal nesta fase. Sua parceira poderá se sentir mais livre e disposta para o sexo agora que não precisa se preocupar com métodos anticoncepcionais. A idéia de ter criado uma vida junto com você também pode ser estimulante para ela. Por outro lado, grande parte do primeiro trimestre da gestação poderá ser marcado por náusea e enjôos. Às vezes há ainda a preocupação em machucar o bebê ou simplesmente o temor por parte dela de estar gorda demais.

Ejacular dentro da minha esposa pode prejudicar o bebê ou a gravidez?

Desde que vocês tenham uma relação monogâmica (ou seja, não tenham outros parceiros sexuais), não há problema algum em manter uma vida sexual ativa, inclusive com penetração e ejaculação dentro do corpo da mulher. O sêmen contido na ejaculação não fará mal nenhum nem causará qualquer tipo de alergia à gestante ou ao feto. Mas, se o homem tiver outras parceiras existe o risco de propagação de doenças sexualmente transmissíveis, como Aids, sífilis ou herpes genital, e então é recomendável o uso de preservativos para proteger a mãe e o bebê. Lembre-se de que o vírus HIV (Aids), por exemplo, está presente no sêmen e pode ser espalhado até por sexo oral. São doenças que se tornam ainda mais graves na gestação porque podem afetar diretamente o bebê.

Se houver alguma restrição à penetração (por causa de dilatação prematura do colo do útero, placenta prévia ou outro problema), o obstetra orientará então o casal a não manter relações sexuais.

SEGREDO: O que fazer para manter uma vida sexual saudável?

A resposta é simples: mantenha um bom canal de comunicação, que permita a cada um de vocês expressar seus desejos e temores. Também uma oportunidade de expandir os horizontes sexuais, principalmente no final da gravidez, quando certas posições, como o “papai-e-mamãe”, podem ser desconfortáveis ou até impossíveis. Tente variar de posição, experimentando, por exemplo, deixar a mulher por cima, ficar lado a lado ou fazer a penetração vaginal por trás. Caso o sexo com penetração não esteja sendo prazeroso, transporte-se para aquelas épocas do começo de sua vida sexual, quando se fazia de tudo menos chegar aos “finalmentes”. Lembre-se: As preliminares podem ser tão estimulantes quanto sexo com penetração.

Recuperando o desejo após a gravidez

Não se trata de um problema de saúde, mas simplesmente de estímulos hormonais. Há luz no fim do túnel, essa falta de libido é temporária, com o tempo o relacionamento sexual volta. A maioria dos casais recupera as suas relações sexuais logo após duas ou três semanas. A falta de desejo sexual depois do parto é muito comum e se deve a causas psicológicas e hormonais. A nova mãe enfrenta mais responsabilidades, inseguranças e medos. Nessa fase a mulher investe toda a sua energia no recém-nascido, seu mundo gira em torno do bebê e tudo ao redor desaparece.

Às vezes há ainda a preocupação em machucar o bebê ou simplesmente o temor por parte dela de estar gorda demais.


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É muito comum que o pai se sinta rejeitado. Ha muito tempo já é conhecido da sexualidade humana, a queda vertiginosa da libido feminina no período do puerpério e até um ano de pós parto. Vários fatores conspiram contra a libido da recém recebedora da vida de um filho. Na esfera psicológica, esta mulher assume a responsabilidade de preservar a vida e de cuidar de todas as necessidades básicas desta cria. Assume-se tarefa estressante e compulsiva de zelar pelo melhor de seu filho, esta entregue a ela uma tarefa hercúlea de estar sempre à disposição e sempre com disposição para socorrer o pequeno ser e nutri-lo, limpa-lo, aquecê-lo, confortá-lo e etc. Nos poucos segundos que sobram para si no resto do dia, tem ainda algumas tarefas domésticas, higiene pessoal e alimentação. Na porção hormonal, se esta mulher tiver o prazer e a oportunidade de amamentar , estará sobre forte ação do hormônio prolactina, responsável pela produção láctea e pelo bloqueio ovariano, tendo como efeito colateral deste, se é que assim podemos chamar, um bloqueio acentuado da libido feminina, pois este diminui e muito a produção do estrogênio , hormônio responsável pela sexualização da mulher. Ainda de forma negativa, um número grande de mulheres apresentam um excesso de peso adquirido durante a gestação, abdômen maior como consequência da distensão uterina até o final da gravidez, perda da sua silueta original, levando a uma baixa estima em relação à estética. Reforçando ainda este quadro negativo para a pratica da boa sexualidade, ocorre uma estafa física e emocional intensa, o que não da espaço para o namoro, para a erotização, para o surgimento do desejo e excitação da mesma. Do outro lado, um esposo ansioso para a chegada do famoso 40 dia do pós parto para poder iniciar sua vida sexual. Inicia-se um confronto na 92

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Converse sempre com o seu ginecologista e se necessário a orientação de um profissional com formação em sexualidade, para evitar conflitos e sofrimentos maiores.

esfera emocional e na dinâmica das necessidades de cada hum. Normalmente este ato sexual ocorre sem envolvimento feminino e com sensações dolorosas na vagina, que geralmente apresenta ressecamento vaginal intenso, consequência da amamentação e da presença do hormônio prolactina. Às vezes os dois apresentam uma falta total de desejo, tanto mulher como homem, passam a só curtir a criança que chegou e ficam num estado de euforia e felicidade, não investindo na erotização da vida do casal. Este período pode durar até um ano é previsível e aceitável, porem após o filho começar a ter sua autonomia é imperativo a busca de ajuda e de tratamento para resgatar a sexualidade natural e inerente entre o casal. Nos casos que as mulheres têm tripla jornada de trabalho, trabalhar, cuidar da casa e do filho e de si mesma, fica ainda mais difícil dela enxergar no seu esposo alguém que vá despertar e acordar a sua sexualidade. Converse sempre com o seu ginecologista e se necessário a orientação de um profissional com formação em sexualidade, para evitar conflitos e sofrimentos maiores. Porém, com certeza se houver um dialogo saudável, a participação deste esposo nos cuidados do seu filho e da casa, esta mulher se sentira amada e cuidada e com certeza sua libido retornará mais rapidamente.

Na esfera psicológica, esta mulher assume a responsabilidade de preservar a vida e de cuidar de todas as necessidades básicas desta cria.


Fofinho


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Sexo seguro durante a gravidez

Mesmo com aquele barrigão, as mulheres querem se sentir desejadas e ter relações sexuais com os seus parceiros. Para ter certeza de que nada vai acontecer com o seu filhinho, separamos algumas dicas para que você possa ter um sexo “seguro”.

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Tente evitar posições em que a mulher fique por baixo. Pode ser mais confortável para a futura mamãe para ficar por cima ou até mesmo de lado, conforme o desenvolvimento do bebê.

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A penetração deve ser até o ponto em que seja confortável para a mulher. Cabe a ela orientar o parceiro.

A água ou o ar (ou qualquer objeto entranho) na vagina não devem fazer parte da “brincadeira” entre você e o parceiro sexual durante a gravidez. Cuidado com acessórios e duchas, não são recomendadas para grávidas.

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Compreensão, empatia, criatividade e um bom humor são ferramentas indispensáveis para fazer amor com o seu marido ou parceiro durante a gravidez. Nesse período a mulher se sente indesejável, portanto o homem deve entender o que ela está passando antes de querer ter relação.

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A mulher precisa se sentir capaz de dizer “não”. O homem tem necessidades, mas ele entende que a parceira está em uma época de fragilidade. Além disso, os hormônios podem agir no humor dela, sendo assim, se ela não está com vontade, respeite.

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Se uma mulher estiver com risco de parto, tanto o orgasmo como a relação deve ser evitada. E homens precisam ter cuidados | Março 2013

Para ter certeza de que nada vai acontecer com o seu filhinho, separamos algumas dicas para que você possa ter um sexo “seguro”.

extras nos seios e nos mamilos, pois ambos ficam muito sensíveis na gravidez. Se o médico não aconselhar, evite qualquer tipo de atividade sexual. Geralmente, eles acham saudável para os bebês. Mas, caso não indique é porque pode prejudicar a mãe ou o seu filho. Sempre tire as dúvidas com o profissional.

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É claro que o sexo deve ser evitado se a bolsa estourar e o líquido amniótico estiver escorrendo! Isso significa que o bebê chegará em poucas horas, portanto a mulher deve ir direto para o hospital.

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Não se esqueça de jamais ter relações se você ou seu parceiro foram expostos à alguma DST (Doença Sexualmente Transmissível). Se desejar use uma camisinha ou um espermicida (substância que mata os espermatozóides). Se você tem relações com frequência, discuta com o parceiro quais serão os métodos anticoncepcionais pós-parto. Sempre é bom planejar os filhos. E lembre-se que após o nascimento a mulher deve esperar um tempo até cicatrizar os ferimentos, tanto de parto normal como de cesárea.

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Se o médico não aconselhar, evite qualquer tipo de atividade sexual


Comportamento

Estímulo Precoce Os bebês nascem com um grande potencial e que cabe aos pais fazer com que este potencial se desenvolva ao máximo de forma adequada, positiva e divertida.

O

estímulo precoce, como o próprio nome já diz, tem como objetivo desenvolver e potencializar, através de jogos, exercícios, técnicas, atividades, e de outros recursos, as funções do cérebro do bebê, beneficiando seu lado intelectual, seu físico e sua afetividade. Um bebê bem estimulado aproveitará sua capacidade de aprendizagem e de adaptação ao seu meio, de uma forma mais simples, rápida e intensa.

Amadurecimento do bebê

O tratamento de estimulação precoce é possível devido a grande plasticidade neuronal nos primeiros três anos de vida

Para entender este processo, é necessário que entendamos primeiro, com é o amadurecimento do ser humano. Ao contrário dos animais, os seres humanos somos muito dependentes dos nossos pais desde que nascemos. Demoramos mais para caminhar e dominar nosso ambiente. Tudo depende da aprendizagem que tivermos. Apesar da nossa capacidade estar limitada pela aprendizagem, nossas habilidades estão relacionadas à sobrevivência. Sem o aprendizado, nos convertemos em seres indefesos, sós, e expostos a todo o bem ou mal. Por outro lado, se aprendemos, nosso cérebro adaptável, nos permitirá crescer e sobreviver diante das situações mais adversas.

que os bebês saudáveis amadureçam e sejam capazes de adaptar-se muito melhor ao seu ambiente e às diferentes situações. Não se trata de uma terapia nem de um método de ensino formal. É apenas uma forma de orientação do potencial e das capacidades dos mais pequenos. Quando se estimula um bebê, está-se abrindo um leque de oportunidades e de experiências que o fará explorar, adquirir destreza e habilidades de uma forma mais natural, e entender o que ocorre ao seu redor. O tratamento de estimulação precoce é possível devido a grande plasticidade neuronal nos primeiros três anos de vida. Ele modifica todo o curso do desenvolvimento do indivíduo, formando as bases para um desenvolvimento harmônico.

Como a estimulação precoce atua?

Quando estimular um bebê?

A estimulação precoce une esta adaptabilidade do cérebro à capacidade de aprendizagem, e faz com

Colocar em prática uma estimulação precoce, é uma decisão absolutamente pessoal. Os pais são

Para entender este processo, é necessário que entendamos primeiro, com é o amadurecimento do ser humano.


Comportamento

O ambiente não é somente um lugar tranquilo, onde se respira respeito, tolerância, paciência, o acordo e a união, também são as pessoas que acompanham ao pequeno.

os que podem decidir se a querem ou não aplicá-la ao cotidiano do seu filho. No entanto, se decidem pelo estímulo precoce, deverão iniciá-lo o mais breve possível, já que, segundo os especialistas, a flexibilidade do cérebro vai diminuindo com a idade. Desde o nascimento até os 3 anos de idade, o desenvolvimento neuronal dos bebês alcança seu nível máximo. A partir dos 3 anos, começará a decrescer até sua total eliminação aos 6 anos de idade, quando já estarão formadas as interconexões neuronais do cérebro do bebê, fazendo com que seus mecanismos de aprendizagem sejam parecidos ao de uma pessoa adulta. É claro que continuarão aprendendo, mas não ao mesmo ritmo e com todo o potencial de antes. Todos os bebês experimentarão diferentes etapas de desenvolvimento que podem ser incrementadas com uma estimulação precoce. Para isso, deve-se

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reconhecer e motivar o potencial de cada criança individualmente, e apresentar-lhe objetivos e atividades adequadas que fortaleçam sua auto-estima, iniciativa e aprendizagem. A estimulação que o bebê recebe nos seus primeiro anos de vida, constituem a base do seu desenvolvimento futuro. Além das atividades que se aplicam na estimulação do bebê, é muito importante destacar que o ambiente também é uma ferramenta que devemos considerar. O ambiente não é somente um lugar tranquilo, onde se respira respeito, tolerância, paciência, o acordo e a união, também são as pessoas que acompanham ao pequeno. Se o bebê conta com a companhia de pessoas significativas para ele, como é o caso dos seus pais, eles se sentirão apoiados em seu vínculo afetivo, em suas habilidades e destrezas. A estimulação será mais completa.

É claro que continuarão aprendendo, mas não ao mesmo ritmo e com todo o potencial de antes.


Crianças com atraso

A estimulação precoce também é um atendimento direcionado a bebês e crianças de 0 a 3 anos com risco ou atraso no desenvolvimento global (prematuros de risco, síndromes genéticas, deficiências, paralisia cerebral e outras) e a suas famílias, atuando na prevenção de problemas do desenvolvimento global. Este atendimento é de fundamental importância, pois possibilita dar suporte ao bebê no seu processo inicial de intercâmbio com o meio, considerando os aspectos motores, cognitivos, psíquicos e sociais de seu desenvolvimento, bem como auxiliar seus pais no exercício das funções parentais, fortalecendo os vínculos familiares. A intervenção clínica com um bebê deverá estar centrada em um terapeuta de referência especializado em estimulação precoce, apoiado por uma equipe interdisciplinar, que através da interação com a criança e com a família possibilitará um desenvolvimento saudável da tríade pais-bebê. No caso da Síndrome de Down, por causa da deficiência intelectual, o trabalho do psicólogo nestas equipes é de grande importância, pois a estimulação cognitiva deve começar tão cedo

quanto a motora e o trabalho sobre os vínculos pais-bebê também nos dão um bom prognóstico do desenvolvimento do sujeito.

Dica Matarlife: Nos trabalhos de estimulação

precoce, dê preferência aos que os profissionais trabalhem de maneira conjunta com o bebê ou criança e nunca deixe o seu filho apenas sobre a “responsabilidade” de uma só área do conhecimento, pois os terapeutas como todos nós têm pontos cegos e tendem a privilegiar a sua disciplina em detrimento das outras, vendo o bebê ou criança, dentro de um recorte referente a sua área de conhecimento. Lembre-se: É muito importante também que os pais participem deste processo. A participação dos pais é fundamental não apenas em função das orientações que costumam receber dos terapeutas, mas também para que se possa observar os padrões interativos entre eles e o bebê/criança. Nos casos necessários as intervenções no vínculo são feitas por psicólogos especializados que podem trabalhar junto da equipe de estimulação precoce desde muito cedo e dispensam muito trabalho em psicoterapia e transtornos na aprendizagem no futuro.

É muito importante também que os pais participem deste processo.


Você sabia?

Transtorno Obsessivo Compulsivo Infantil Embora esse quadro tenha geralmente início na adolescência ou começo da idade adulta, ele pode aparecer na infância de forma tão comum quanto em adultos.

A

s “manias”, alguns tiques e pensamentos “absurdos” que não saem da cabeça podem fazer parte do quadro de Transtorno Obsessivo Compulsivo, conhecido como TOC. A causa do Transtorno Obsessivo Compulsivo ainda é desconhecida, mas é provavelmente resultante de fatores causais diferentes. Algumas formas de TOC são familiares e podem estar associadas a uma predisposição genética. Outras se apresentam como casos esporádicos. Entre os casos familiares, parte parece estar relacionada aos transtornos de tiques, como por exemplo, a Síndrome de Tourette (distúrbio neurológico ou “neuro-químico” que se caracteriza por tiques). O TOC de início precoce está associado com uma preponderância masculina e um risco aumentado de transtorno de tiques. Para suspeitar-se do TOC, os pais devem tentar identificar em seus filhos algumas lesões cutâneas devido à lavagem excessiva das mãos, gasto excessivo de sabão e papel toalha, trejeitos e tiques, 98

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A causa do Transtorno Obsessivo Compulsivo ainda é desconhecida, mas é provavelmente resultante de fatores causais diferentes.

tempo gasto em demasia para a realização das tarefas (de casa e da escola), buracos nos cadernos ocasionados por apagar seguidamente, solicitação exagerada para familiares responderem à mesma pergunta, medo persistente e absurdo de doenças, aumento excessivo na quantidade de roupas para lavar, demora para preparar a cama, medo persistente de que algo terrível aconteça para alguém, preocupação constante com a saúde dos familiares, entre outros.

Algumas formas de TOC são familiares e podem estar associadas a uma predisposição genética.


CADA VEZ MAIS AS MULHERES CONQUISTAM SEU ESPAÇO. CADA VEZ MAIS O BRASIL É FEITO TAMBÉM POR MULHERES.

Hoje, as mulheres brasileiras se destacam como agentes do desenvolvimento econômico e social e na construção de um país melhor. E todas podem contar com as políticas públicas que garantem seus direitos à saúde, educação, renda, acesso à moradia, distribuição de terra, autonomia econômica, igualdade no trabalho e proteção contra a violência. 8 DE MARÇO. DIA INTERNACIONAL DA MULHER.

Informe-se sobre as políticas públicas para as mulheres: spm.gov.br


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