Revista Viva Mais

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Ano XLVIII • n° 352 Novembro/Dezembro 2015

ISSN 1415-3165

Ele não é o vilão! Na quantidade certa, chocolate traz benefícios à saúde.

Drauzio Varella

Quer emagrecer?

E no mar...

Médico fala dos beneficios da corrida

Não corte as gorduras do seu prato!

Aulas de surf para tratar o corpo e a mente



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CARTA DO LEITOR

26 EXPERIÊNCIAS

CORPO HUMANO

28 EM ANÁLISE

8 No ritmo do bem-estar 11 Durma bem 13 Para emagrecer, não corte as gorduras do seu prato ALIMENTE 18 Cheiro de frutas ajuda a optar por pratos menos calóricos

30 ENTREVISTA UM OLHAR 35 Arqueólogos encontram jogo de tabuleiro de mais de 1.500 anos em tumba na China 37 Médicos trocam remédios por aulas de surf no combate a doenças crônicas

22 Na quantidade certa, chocolate não é vilão NOVEMBRO 2015

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CARTA AO LEITOR ISSN 1415-3165 Revista Viva Mais - Ano XLIII - Nº 352 | Novembro 2015 www.vivamais.com.br A Viva Mais prima por orientar através do equilibrio o seu dia-a-dia sendo uma ferramenta de informação de qualidade fornecendo ao público as opiniões de especialistas na área da qualidade de vida, fornecendo ferramentas para o desenvolvimento de uma comunidade sustentável.

Construindo ideias

ADMINISTRAÇÃO/MARKETING Raquel Barros

Eu gostaria muito que, junto com a sua VIVA MAIS, você também pudesse receber um vídeo com um flashback de alguns momentos da rotina aqui na redação. Não, não se trata de uma versão editorial de um reality show. Eu realmente adoraria que você pudesse, de alguma maneira, acompanhar o amadurecimento das nossas ideias. Explico: todos os meses, conversamos sobre cada uma das matérias e tentamos enxegar às melhores imagens que representam a mensagem do texto. Mas o mais bacana é que essas ideias passam por uma metamorfose ao longo de dias. Até chegar às imagens das próximas páginas. A matéria de culinária, por exemplo, inicialmente seria o passo a passo de como os mongens nos mosteiros zen budistas arrumam os talheres e as cumbucas para a refeição. As imagens era lindas, mas, de fato, não representam o espírito da matéria: mostrar que a meditação pode estar presente até mesmo na cozinha. E a nossa capa? Pensamos na imagem de limões do tipo tahiti, ao siciliano, em uma jarra de suco, em limões espremidos e finalmente em um espremedor de limão (limpo ou sujo). As ideias vão sendo construídas. E tem dias também em que não temos respostas.

EDITORIAL/PRODUÇÃO Raquel Barros

Ana Holanda,

Direção de redação Raquel Barros Projeto gráfico e arte: Raquel Barros Impressão: Raquel Barros Tiragem: 1 exemplar

Publicidade: anuncio@vivamais.com.br Assinaturas e edições anteriores: atendimento@vivamais.com.br Reprodução permitida: Favor mencionar a fonte. Os artigos não assinados são de autoria da redação.

Colunistas: Raquel Barros Participal desta edição Raquel Barros

editora

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carta do leitor

HORTA URBANA Obrigada ao Danilo Sanches pela matéria “Quando comecei minha horta urbana”. Comecei há uns três meses a fazer minha horta em casa e já estou com planos de expandir a produção. Adorei a matéria e quis usar as dicas nas fotos onde eu sempre possa ver : acabei fazendo plaquinhas para a horta! Adorei! Obrigada pessoal da revista — Analu Tavela

XODO Desde 2006 a revista VIVA MAIS é meu xodó. Tendo só feras, como Denis Russo, Alaor Ferreira, Caco de Paula, Leando Sendrine. E o meste Dani Lito. E continua com pensamentos maravilhos do Eugenio Mussak, os “achados” mais bacanas do Brasil e o mundo e as ideias que sempre nos transformam em cada edição. Obrigado a todos vocêss que fizeram parte da revista a minha filosofia — Julliis Gallardo.

ALEGRIA Constituiu-se motivo de muita alegria para mim a circulação no final da tarde de segunda-feira, dia 10 de abril de 2006, a revista VIVA MAIS que na certa vem assinar uma importante página no jornalismo escrito do estado do Rio Grande do Norte. Excelentes reportagens, colunas as mais variadas e um conteúdo dos mais

completos, fazem do jornal Correio da Tarde uma leitura obrigatória da maioria dos potiguares, a cada final de tarde. Parabéns e muitos anos de circulação é o que desejo aos que fazem. — José Maria Alves

AMIZADE Com muita amizade, saúdo-a respeitosamente agradecendo por tudo o que “O Progresso” vem fazendo pelo bem da coletividade, inclusive da Igreja Católica. Maravilhosa a mensagem de Natal expressa pelo “Editorial” de hoje! Com os votos mais cordiais de Boas Festas, peço a Deus que lhe dê saúde e forças para continuar por longos anos a árdua e importante tarefa que assumiu com os meios de comunicação social. — Redovino Rizzardo

SÁCOLAS PLÁSTICAS

Envie comentários e sugestões pelo e-mail leitor@vivamais. com.br como nome completo, profissão e cidade.

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Sou proprietário de uma rede de supermercados da região e, como acompanho semanalmente sua revista, também gostaria de expressar a minha opinião sobre a questão da substituição das sacolas plásticas por retornáveis. Por uma questão de praticidade, sei que tanto as sacolas de plástico quanto as garrafas pet surgiram de reclamações de consumidores cansados de carregar vasilhames ou de ter comprar espalhadas porque as sacolas de

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carta do leitor

papel não eram resistentes. Lembro-me bem desses problemas. No entanto, senhor editor, após cinqüenta anos, percebo bem o que poderia ser visto como um retrocesso, na verdade não passa de algo muito benéfico para toda sociedade. Assim, acredito que a medida tomada pela Assembléia Legislativa de sancionar uma lei que obrigue os comerciantes a oferecerem sacolas biodegradáveis ou retornáveis a seus clientes foi de extrema importância, porque a população, finalmente, começará a contribuir com a diminuição dos impactos da ação humana na natureza.

não é apenas uma necessidade legal, mas prova de consciência e de responsabilidade ecológica. — Redovino Rizzardo

HORTA URBANA Obrigada ao Danilo Sanches pela matéria “Quando comecei minha horta urbana”. Comecei há uns três meses a fazer minha horta em casa e já estou com planos de expandir a produção. Adorei a matéria e quis usar as dicas nas fotos onde eu sempre possa ver : acabei fazendo plaquinhas para a horta! Adorei! Obrigada pessoal da revista — Analu Tavela

XODO

Além disso, escrevo-lhe esta carta, pois acredito que a ABC pode, inclusive, auxiliar na fiscalização do cumprimento dessa lei, pois tenho reparado que, infelizmente, muitos comerciantes ainda não se conscientizaram de que a substituição das sacolas plásticas

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Desde 2006 a revista VIVA MAIS é meu xodó. Tendo só feras, como Denis Russo, Alaor Ferreira, Caco de Paula, Leando Sendrine. E o meste Dani Lito. E continua com pensamentos maravilhos do Eugenio Mussak, os “achados” mais bacanas do Brasil e o mundo e as ideias que sempre nos transformam em cada edição. Obrigado a todos vocêss que fizeram parte da revista a minha filosofia — Julliis Gallardo.

ALEGRIA Constituiu-se motivo de muita alegria para mim a circulação no final da tarde de segunda-feira, dia 10 de abril de 2006, a revista VIVA MAIS que na certa vem

assinar uma importante página no jornalismo escrito do estado do Rio Grande do Norte. Excelentes reportagens, colunas as mais variadas e um conteúdo dos mais completos, fazem do jornal Correio da Tarde uma leitura obrigatória da maioria dos potiguares, a cada final de tarde. Parabéns e muitos anos de circulação é o que desejo aos que fazem. — José Maria Alves

AMIZADE Com muita amizade, saúdo-a respeitosamente agradecendo por tudo o que “O Progresso” vem fazendo pelo bem da coletividade, inclusive da Igreja Católica. Maravilhosa a mensagem de Natal expressa pelo “Editorial” de hoje! Com os votos mais cordiais de Boas Festas, peço a Deus que lhe dê saúde e forças para continuar por longos anos a árdua e importante tarefa que assumiu com os meios de comunicação social. — Redovino Rizzardo

SÁCOLAS PLÁSTICAS Sou proprietário de uma rede de supermercados da região e, como acompanho semanalmente sua revista, também gostaria de expressar a minha opinião sobre a questão da substituição das sacolas plásticas por retornáveis. — Redovino Rizzardo


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corpo humano

No ritmo do bem-estar Com toques leves e circulares, a massagem rítmica previne doenças e leva saúde a todo o organismo

À

s vezes, o remédio para as nossas queixas é mais simples do que a gente imagina. Percebi isso depois de meses inteiramente dedicados ao trabalho. Eu já acordava cansada, tensa e com menos paciência do que de costume. Então decidi experimentar uma massagem diferente, criada na Suíça pelas

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médicas Ita Wegman e Margarethe Hauschka, no início do século passado. A massagem rítmica visa ativar todos os líquidos do organismo para revitalizar e harmonizar o corpo. Em um dia de inverno, a massagista Márcia Marques me recebeu na Clínica Tobias, em São Paulo. Ela me cobriu com um cobertor, colocou uma bolsa de água quente nos

meus pés e passou um óleo de arnica e bétula na minha pele, deixando o meu corpo aquecido. Em vez de movimentos de pressão, os toques das mãos da terapeuta eram de sucção, bem suaves. Logo consegui me desligar das preocupações e senti uma sensação de profundo bem-estar. A massagem rítmica recebe esse nome porque atua


no sistema rítmico, onde ficam o coração e os pulmões, região responsável pela esfera do sentir. Seu papel é reequilibrar o sistema neurossensorial (cérebro e órgãos dos sentidos), ligado ao pensar, e o metabólico-motor (órgãos metabólicos e membros), relacionado ao querer. “A massagem tem esse toque que tenta imitar o movimento cardíaco para ajudar nos processos de compensação e harmonização entre os dois sistemas. As sequências de movimentos, que são variadas, vão no sentido daquilo que o corpo está precisando. Dão apoio para o sistema que estiver debilitado”, explica. Márcia manteve meu corpo aquecido porque o calor, de acordo com a medicina antroposófica, está relacionado ao que há de mais espiritual no ser humano, o eu.Não apenas pessoas como eu, que querem relaxar, podem desfrutar de seus benefícios. A massagem também é indicada no tratamento de doenças físicas e emocionais como hipertensão, bronquite, asma, dores, distúrbios digestivos, depressão, ansiedade e estresse. Depois de cerca de meia hora, a massagem terminou. Márcia me instruiu a repousar por 20 minutos. Quase dormi quando ela saiu da sala. Fui embora me sentindo leve e revigorada. Percebi que essas pausas são

necessárias no nosso dia a dia. E que são ótimas maneiras de manter corpo e mente sãos.

Cuidados antes de iniciar a massagem: É importante que tanto você quanto a pessoa que receberá a massagem não estejam com anéis, correntes, pulseiras e relógios. É extremamente importante que

para fazer a massagem. Os hidratantes são derivados do petróleo e podem irritar a pele. Utilize óleos vegetais (ex: óleo de amêndoa) ou creme natural (neutro).

Dicas de massagem para relaxar: Vamos agora, abordar algumas dicas práticas para que você faça a massagem relaxante.

A massagem também é indicada no tratamento de doenças físicas e emocionais como hipertensão, bronquite, asma, dores, distúrbios digestivos, depressão, ansiedade e estresse. você esteja com as unhas curtas para não machucar a pessoa que receberá a massagem. (Para as mulheres isto pode ser um pouco complicado, eu entendo! Se você não quiser cortar as unhas, tudo bem! Apenas tenha cuidado ao realizar os movimentos durante a massagem). Não realize a massagem na cama, pois ao Apenas tenha cuidado ao realizar os movimentos durante a massagem). Não realize a massagem na cama, pois ao ffazer os movimentos para relaxamento com as mãos, o colchão irá absorver toda a pressão. Portanto, faça a massagem no chão! Não utilize hidrantes corporais

1. Deite a pessoa com a barriga para baixo. 2. Coloque uma quantidade igual a de uma colher de chá com óleo vegetal ou creme neutro em suas mãos e espalhe nas costas da pessoa. (Jamais jogue diretamente o óleo ou creme no corpo da pessoa). 3. Com a palma das mãos abertas (em forma de “V”), realize deslizamentos nos 2 lados das costas ao mesmo tempo na região da cintura até o pescoço. Repita este procedimento por 3x. (Jamais aplique pressão em cima da coluna vertebral). 3. Concentramos a maior parte da tensão na região dos ombros.

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corpo humano

Durma bem Ter uma longa noite de sono - com pequenas interrupções - é pior que dormir pouco

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om o ritmo de correria e estresse de hoje, não é de se admirar que haja tanta pesquisa sobre o sono. Inclusive já descobrimos por que algumas pessoas precisam de mais horas de sono que as outras e analisamos o que acontece enquanto você dorme em uma matéria de capa da SUPER. Dessa vez, pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos EUA, fizeram um estudo que sugere que ter o sono interrompido durante a noite - aquele que você dorme e acorda o tempo todo pode ser menos saudável do que dormir por curtos períodos - mas sem pausas. Eles dividiram 62 pessoas (homens e mulheres) em dois grupos: metade era forçada a acordar quando pegava no sono e o outro grupo apenas ia para a cama mais tarde do que a média. Já na segunda noite dava para perceber que os que eram forçados a acordar estavam com o estado de espírito pior que as pessoas do outro grupo. Até aí esse comportamento já era esperado, mas no final da terceira

noite, as estatísticas mostraram que dormir e acordar várias vezes no meio da noite afeta o bem-estar físico e mental. “Quando o sono é interrompido durante toda a noite, você não tem a oportunidade de progredir através dos estágios de sono para obter a quantidade de ondas de sono necessárias para uma

do que há 20 anos - 6h30 por noite, atualmente. Além disso, 63% dos entrevistados relataram ter algum problema de sono. Diante desse quadro, a SUPER pesquisou dicas valiosas para ajudar você a sonhar com o sono perdido - ah, os participantes da pesquisa revelaram que desejariam dormir, em média, 8h10:

De acordo com pesquisa do Instituto do Sono de São Paulo com 1024 pessoas, os brasileiros dormem em média 1h30 a menos do que há 20 anos - 6h30 por noite, atualmente. noite perfeita, que é fundamental para o sentimento de restauração”, explicou o principal autor do estudo Patrick Finan. O estudo é importante para abrir novos caminhos para tratamentos de insônia, que é uma das maiores causas da depressão.

6 dicas científicas para dormir melhor De acordo com pesquisa do Instituto do Sono de São Paulo com 1024 pessoas, os brasileiros dormem em média 1h30 a menos

1. Acorde mais tarde Estudantes do ensino básico e médio estão sofrendo uma crise de privação de sono, garante Paul Kelley, do Instituto do Sono da Universidade Oxford, na Inglaterra. Para evitar isso, ele sugere que o dia deles comece mais tarde. A Academia Americana de Pediatria recomenda que as aulas nos EUA não comecem antes das 8h30. Um estudo recente do Departamento de Saúde americano também apoia o começo mais tardio do período escolar matutino.

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2. Tome sol

3. Durma quentinho

Pesquisadores compararam 22 trabalhadores num escritório cheio de janelas e muita luz natural com outros 27 passando o dia em um ambiente de trabalho sem janelas. Em média, os primeiros dormiram 46 minutos a mais por noite. O estudo é pequeno, verdade, mas experimentos similares reforçam a noção de que o contato com a luz solar regula o relógio biológico, mantendo-nos mais alertas durante o dia e mais sujeitos ao descanso à noite.

De acordo com estudos, a temperatura ideal para uma noite de sono é entre 15 e 19 ºC, se você está de pijamas e embaixo de cobertas, e entre 30 e 32 ºC, se você prefere dormir mais à vontade. Dormir com o corpo pouco aquecido supostamente faz o organismo iniciar o processo de sono mais aceleradamente que o normal, prejudicando o descanso.

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4. Faça exercícios regulares Um pequeno estudo feito com mulheres que sofriam de insônia

encontrou relação entre um bom sono e exercícios físicos. Resumindo, quanto melhor a noite de sono, mais provavelmente as participantes se exercitariam no dia seguinte. E uma coisa ajuda a outra: quatro meses depois de manter uma rotina de exercícios, as mulheres estavam dormindo pelo menos 45 minutos a mais por noite.

Agora, corde para a vida - e tenha um ótimo sono...


corpo humano

Para emagrecer, não corte as gorduras do seu prato Segundo uma enorme pesquisa de Harvard, existem formas mais eficazes de perder peso.

A

nalisando 53 estudos, com mais de 68.000 participantes no total, pesquisadores chegaram à conclusão que dietas com pouca gordura não são mais efetivas que outras com mais gordura. Boa notícia para quem acha que, para emagrecer, é só trocar todas as refeições por um prato de alface. Deirdre Tobias, um dos pesqui-

sadores, disse em entrevista que “Apesar do dogma predominante, que diz que é preciso cortar gordura da alimentação para emagrecer, as evidências científicas não apoiam essas dietas em relação a outras intervenções alimentares para perder peso em longo prazo”. O estudo foi estruturado para comparar pessoas que fizeram

dietas com baixo teor de gordura e pessoas que fizeram outros tipos de alterações alimentares (testes que incluíam substituições de refeições com sopas ou shakes emagrecedores foram excluídos). Participantes que fizeram dietas com poucos carboidratos estavam, em média, 1 kg mais magros que os que cortaram gorduras. Na verdade, as

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dietas sem gordura só ganharam da dieta usual, aquela em que a pessoa não alterou em nada os seus hábitos alimentares. Tobias ressaltou a importância de olhar além das calorias para criar um padrão de vida saudável. Uma das estratégias para isso é encontrar novas maneiras de estabelecer uma boa alimentação por um período contínuo, e não só quando se deseja perder peso. Frank Hu, líder do estudo, completa: “As dietas para emagrecimento devem ser adaptadas às preferências alimentares, culturais e condições de saúde do indivíduo. Também devem ser consideradas as consequências para a saúde no futuro”.

Por que achamos que ser magro é bonito? Novo produto genial ajuda a perder 12 quilos em 4 semanas. Sopa detox, suco detox, água detox. Dieta da sopa, da lua, do pepino, da batata doce, pra secar a barriga. Em um passeio rápido pelas notícias e listas engraçadas em sites de entretenimento, não é nada difícil pinçar alguns exemplos de uma obsessão pela magreza. As palavras-chave, ali em cima, não enganam - a gente acha exemplos demais, até. Mas por que queremos tanto emagrecer? Por que achamos que magreza = beleza?

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A preocupação com o ponteiro da balança está longe de ser apenas uma preocupação com a saúde. Essa neura com o peso não vem dos tempos mais remotos. Basta espiar as obras de arte dos séculos passados e ver que a figura feminina idealizada ali concentrava mais gordura do que as top

locadas em um pedestal. É mais difícil ser muito magra com tantas calorias à disposição. O corpo magro e jovem também exige cada vez mais procedimentos estéticos e cirurgias para atingir a dita “perfeição” - ou, pra ser mais direto, exige grana, que vira mais um obstáculo. Imagina só o

models de hoje. O quadril largo, as coxas generosas, o rosto mais cheinho eram traços pra lá de valorizados nas musas - o que você pode conferir na obra abaixo, As Três Graças, de Peter Paul Rubens, feita em 1635. Ainda que o padrão em si tenha mudado pra valer, a lógica por trás dele permanece. “Os padrões que aparecem ao longo da História são, como regra, acessíveis a poucos”, aponta a psicóloga Joana de Vilhena Novaes, Coordenadora do Núcleo de Doenças da Beleza e representante da Fundação Dove para a Autoestima no Brasil. Quando fazer as três refeições básicas diariamente era um luxo e morrer de fome era um destino comum para as pessoas, a gordura alcançava status de privilégio. Agora, já que temos mais comida à disposição, mais jeitos de conservá-la e nossos armários ficam carregados de biscoitos, salgadinhos e similares, comer é fácil. Portanto, não é de estranhar que as modelos extremamente magras sejam co-

dinheiro necessário para bancar o 1,5 milhão de cirurgias plásticas realizadas anualmente só no Brasil, de acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica e Estética.

O Mito da Beleza Mas não é essa a única explicação que surgiu para a mudança nos padrões. Uma delas veio do livro O Mito da Beleza, da jornalista americana Naomi Wolf, publicado na década de 90. A sacada dessa publicação foi relacionar o novo modelo com a emancipação das mulheres, quando tantas delas assumiram postos de trabalho e quando seus direitos passaram a ser assegurados. Em poucas palavras, Naomi defende que há mecanismos que dominam a mulher na sociedade - e, depois de se libertar de um deles, surgiu outro, o tal mito da beleza. E daí viriam os sacrifícios todos, as dietas malucas, as técnicas cirúrgicas incrementadas a cada mês - justamente porque a sociedade passou a pregar que


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os malabarismos eram necessários para que as mulheres fossem aceitas. E os dados trazidos pela autora assustam, já que demonstram como, pouco a pouco, o problema avançou e tomou forma.

meninas que estão no 9º ano do Ensino Fundamental já se preocupam com o peso, de acordo com uma pesquisa de 2013 do IBGE. A nível global, a probabilidade de que uma moça com idade entre

A preocupação com o ponteiro da balança está longe de ser apenas uma preocupação com a saúde. Essa neura com o peso não vem dos tempos mais remotos. Basta espiar as obras de arte dos séculos passados e ver que a figura feminina idealizada ali concentrava mais gordura do que as top models de hoje. As modelos passaram a ser 23% mais magras do que uma mulher padrão (e não mais 8%, como costumava ser, com as moças mais cheinhas). De 1966 e 1969, a porcentagem de alunas que se consideravam gordas saltou de 50 para 80%. Com a onda de dieta ganhando força, Naomi Wolf comparou as calorias que “deveriam” ser ingeridas para alcançar o corpo perfeito - 800, 1000 calorias diariamente. Para ter uma ideia, no gueto de Lodz, em 1941, em pleno nazismo, os judeus se alimentavam de rações que tinham de 500 a 1200 calorias por dia. Não é à toa que chegamos a extremos de magreza por aí. Hoje, só no Brasil, um terço das

15 e 24 anos morra em decorrência de anorexia é 12 vezes maior que por qualquer outra causa. O Journal of the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry constatou que cerca de 60% das alunas no ensino médio já fazem dieta. A preocupação com a balança chega a atingir meninas com 5 anos de idade. E não é à toa que as vítimas mais comuns sejam as mulheres. A nutricionista Paola Altheia, responsável pelo blog Não Sou Exposição, vai além para explicar a tendência. “Enquanto a moeda de valor masculina na sociedade é dinheiro, poder e influência, a das mulheres é a aparência”, crava. Para a ala feminina, essa

pressão toda desemboca em não apenas um modelo estético, mas um modelo de vida. Para ser linda e desejada, para ter um marido perfeito, o emprego dos sonhos, você só tem que ser... magra. Simples né?

A princesa Kate Middleton Mas nem tanto: um dos casos clássicos foi o da dieta da princesa, que fez muito sucesso há algum tempo atrás - no caso, era a princesa Kate Middleton, esposa do Príncipe William, do Reino Unido. Ela, como toda princesa deve ser, é bem magra. O corpo vem de um sacríficio que Kate teve de fazer: o regime incluía muitas proteínas e quase nada de carboidrato. Já dá para perceber que não é lá muito saudável. O que repercutia no imaginário feminino era muito mais a idealização da princesa: a dieta era só mais um modo de alcançá-la. E essa estrutura se repete por aí. Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (a Unifesp), em 2002, analisou o valor nutricional de 112 dietas que apareciam nas revistas brasileiras à época. Resultado: só uma delas atendia a requisitos mínimos para garantir a nutrição da pessoa, e a maioria esmagadora era cilada, prejudicando a saúde da pessoa que buscava a boa forma.

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alimente

Cheiro de frutas ajuda a optar por pratos menos calóricos, diz pesquisa

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o chegar a um restaurante, seja para almoçar ou jantar, é comum encontrar muitas tentações, como pratos muito calóricos e sobremesas de dar água na boca. No entanto, de acordo com cientistas, um simples truque pode contribuir para fazer escolhas mais saudáveis de forma fácil: cheirar uma fruta. O novo estudo, publicado na revista científica “Appetite”, sugere que a exposição a aromas de frutas antes de escolher o prato pode tornar o cérebro mais propenso a selecionar uma opção saudável, especialmente na sobremesa. Segundo psicólogos da Universidade de Bourgogne, em Dijon, na França, as descobertas comprovam a influência dos cheiros nas escolhas alimentares, já que os voluntários que participaram da pesquisa não sabiam que estavam sendo expostos a odores de frutas. Para o estudo, foram recrutados 115 homens e mulheres, com idades entre 18 e 50 anos. Os participantes foram divididos em dois grupos e foram avisados de que participavam de um estudo para analisar como as pessoas se comunicam durante as refeições.

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Metade dos voluntários foi instruída a se sentar em uma sala de espera, sendo que minutos antes dos participantes entrarem, o local tinha sido pulverizado com o cheiro de peras frescas. O restante aguardou em uma sala que não tinha nenhum odor. Após 15 minutos, os voluntários eram convidados a escolher três pratos em um buffet, sendo um para a entrada, outro como refeição principal e depois a sobremesa. Em todos os pratos havia uma opção de refeição com frutas ou legumes e outra sem essas opções saudáveis. Na entrada, os participantes poderiam optar por um prato de carnes frias ou cenoura ralada. Já no prato principal, a escolha ficou entre cannelloni à bolonhesa e um salmão acompanhado de risoto de legumes verde. As opções de sobremesa eram duas: brownie de chocolate ou compota de maçã. Algumas ajudam no bom funcionamento do intestino, outras previnem doenças e tem até as amigas do espelho, que nos deixam mais bonita. Benefícios não faltam às frutas e é sempre bom saber escolher qual consumir, de

acordo com o resultado que você espera para o seu corpo. Para te ajudar, montamos um

dossiê com as principais frutas e suas propriedades. Antes de chegar à lista, é preciso saber que essas frutinhas são


ricas em vitaminas, sais minerais, antioxidantes, fibras e água, elementos importantes para o organismo. “Recomenda-se, sempre que possível, consumi-las com cascas, que têm altos teores de fibras e vitaminas. As cascas de algumas frutas, como o do abacaxi,

rede Mundo Verde Flávia Morais. A quantidade diária de consumo, de acordo com a especialista, é de três a cinco porções, de preferência variadas e in natura. “Não que o suco não seja recomendado, mas dessa forma os alimentos acabam perdendo algumas propriedades

Confira os principais benefícios de cada fruta

por exemplo, após serem devidamente higienizadas, podem ser utilizadas no preparo de doces e sucos”, orienta a nutricionista da

importantes. Caso essa seja a opção escolhida, o líquido não deve ser coado, para que as fibras não sejam desperdiçadas”.

ABACAXI – Rico em água e fibras. Contém uma enzima chamada bromelina que ajuda na digestão. Possui leve ação diurética.

ABACATE – Auxilia na redução e controle do colesterol e fornece energia. Devido ao seu teor calórico deve ser consumido com moderação e sem açúcar.

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AÇAÍ – Melhora a circulação sanguínea, auxilia na redução e controle do colesterol. Contém antocianina, que neutraliza a ação dos radicais livres no organismo, prevenindo o envelhecimento precoce e certos tipos de câncer. BANANA – Fonte de potássio, pode contribuir para o controle da pressão arterial. Contém nutrientes como a vitamina B6 e triptofano, que estão relacionados à produção de serotonina, neurotransmissor relacionado ao bem estar.

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COCO – Além de fornecer energia, é rico sais mineiras e fibras, que estimulam a saúde intestinal. GOIABA – Fonte de licopeno, substância antioxidante que além de retardar o envelhecimento ajuda na prevenção contra o câncer de próstata.

e cordas vocais. Sua casca possui pectina, um tipo de fibra que auxilia na redução do colesterol. Ajuda a evitar a constipação intestinal, retarda o envelhecimento das células, regula o sistema nervoso e protege a saúde da pele.

LARANJA – Fonte de vitamina C, nutriente relacionado ao fortalecimento do sistema imunológico.

MAMÃO – fonte da enzima papaína, melhora o processo digestivo. Rico em fibras, auxilia na prevenção e tratamento de constipação intestinal.

MAÇÃ – Com propriedade adstringente, é excelente para garganta

MELÃO - contém grande quantidade de água, apresentando ação


diurética, facilitando a eliminação de toxinas do nosso organismo. MELANCIA – Por ser muito rica em água, é extremamente hidratante e tem propriedades diuréticas.

de potássio por dia (cada banana oferece por volta de 500 miligramas) reduz as chances de derrame cerebral em 21%. O consumo de outros alimentos ricos no elemento, como espinafre e

O novo estudo, publicado na revista científica “Appetite”, sugere que a exposição a aromas de frutas antes de escolher o prato pode tornar o cérebro mais propenso a selecionar uma opção saudável, especialmente na sobremesa. MORANGO – Rico em substâncias antioxidantes, previne contra o envelhecimento precoce da pele e doenças como o câncer. UVAS VERMELHAS – Fonte de antocianina, antioxidante que retarda o envelhecimento precoce da pele. Contém, ainda, resveratrol, um potente antioxidante relacionado à prevenção de câncer.

CONFIRA:

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Comer três bananas por dia pode diminuir risco de AVC: a fruta mais popular do Brasil pode prevenir acidente vascular cerebral (AVC). Cientistas britânicos e italianos sugerem três bananas por dia para obter o benefício. Os pesquisadores analisaram dados de 11 estudos diferentes e constataram que uma ingestão de cerca de 1,6 mil miligramas

Inglaterra, essas iguarias reduzem o risco de acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico. Segundo o site Female First, o levantamento analisou o risco da doença e o consumo de frutas e legumes que contêm flavonoides, compostos antioxidantes que são anti-inflamatórios e melhoram a função dos vasos sanguíneos. Constatou-se que os flavonoides encontrados em frutas cítricas, as flavanonas, conferem maior proteção contra o problema.

nozes, também é benéfico.

2 Framboesa pode ajudar a prevenir câncer: cientistas da Universidade de Ohio State, nos Estados Unidos, identificaram componentes em framboesas pretas que poderiam ajudar a prevenir o câncer. Durante seus estudos, descobriram reduções significativas nos tumores de cólon e esôfago em ratos alimentados com a iguaria. Esse tipo de framboesa tem um sabor mais intenso que as tradicionais e é rica em ácido elágico, antocianinas e antioxidantes, que ajudam a destruir os radicais livres.

3 Frutas cítricas p odem reduzir risco de AVC: comer frutas cítricas, como laranja e toranja, é uma boa aposta para as mulheres. De acordo com uma pesquisa da Universidade de East Anglia, na

4 Comer duas maçãs por dia pode reduzir risco de doença cardíaca em mulheres: para quem gosta de maçã, uma boa notícia. Comer duas por dia pode reduzir o risco de doença cardíaca em mulheres, já que diminui os níveis de colesterol, de acordo com uma pesquisa da Universidade Estadual da Flórida, nos Estados Unidos. Segundo o jornal Daily Mail , os cientistas analisaram 160 pessoas do sexo feminino que já haviam passado pela menopausa.

5 Uma maçã por dia pode diminuir risco de câncer colorretal: uma pesquisa polonesa, divulgada na publicação European Journal of Cancer Prevention , afirma que comer maçã regularmente pode reduzir o risco de desenvolver câncer colorretal.

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alimente

Na quantidade certa, chocolate não é vilão Alimento traz benefícios à saúde se for consumido de acordo com algumas regrinhas

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chocolate desperta o desejo de mulheres, homens, adultos e crianças. Porém, ao mesmo tempo em que proporciona momentos de prazer, também provoca o sentimento de culpa em muitas pessoas. Mas, será que o chocolate é realmente um malfeitor da alimentação? A nutricionista Liliam Teixeira tranquiliza os “chocólatras”: segundo ela, o chocolate não é um vilão, desde que consumido com moderação. “Pelo contrário: na quantidade certa, ele pode trazer benefícios a nossa saúde”, diz. Isso porque os chocolates amargo e meio amargo possuem um alto teor de flavonoides, que ajudam a prevenir o aparecimento da arteriosclerose, além de combater os radicais livres. “O chocolate também possui ácidos graxos saturados e insaturados, que ajudam a diminuir o nível do LDL (mau colesterol), e aumentam o HDL (bom colesterol)”, completa a nutricionista. Mas alguns tipos de chocolate devem ser consumidos com bastante moderação, como o chocolate branco, que não é feito

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de cacau, mas sim da manteiga de cacau. Por esse motivo, ele tem uma concentração maior de gordura, e não apresenta as propriedades benéficas dos chocolates feitos de cacau. O chocolate diet também requer atenção: ele foi criado para quem não pode consumir açúcar, como é o caso dos diabéticos, porém, ele tem mais gordura em sua composição. “1 grama de açúcar contém 4 calorias, enquanto 1 grama de gordura tem 9 calorias. Com isso, o chocolate diet muitas vezes possui um maior teor calórico”, alerta Liliam Teixeira. Portanto, ao se render aos prazeres do chocolate, é bom ficar atento à sua composição e evitar o consumo em excesso. Porém, às vezes o chocolate é tão gostoso, que é comum vermos algumas pessoas cometendo exageros. A nutricionista explica que existe uma razão para isso: “O chocolate tem um aminoácido chamado L-triptofano, que provoca o aumento da produção de serotonina, o ‘hormônio do prazer’. Por isso, muitas pessoas comem o chocolate e se sentem bem, e com

isso acabam sentindo vontade de ingeri-lo muitas vezes ao dia”. Confira abaixo os tipos de chocolate, suas composições e indicações de consumo, descritos por Liliam Teixeira: • Chocolate ao leite - A massa de cacau é substituída em parte pelo leite em pó, formando uma combinação de cacau, leite e açúcar. • Chocolate amargo e meio amargo - Apresentam mais cacau e menor concentração de açúcar. Portanto, são os chocolates mais indicados, pois quanto maior é o percentual de cacau, maior é a concentração da propriedade funcional e nutritiva. • Chocolate diet - Sem adição de açúcar, que é substituído pelo adoçante. Tem um alto teor de gordura, que faz com que ele apresente a textura habitual. É inadequado para o processo de emagrecimento, pois apresenta mais calorias que o convencional. É indicado exclusivamente para os diabéticos.


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• Chocolate branco - É composto por açúcar, leite e manteiga de cacau, em vez do próprio cacau. Com isso, tem maior concentração de gordura e calorias. Seu consumo não é indicado por não apresentar as propriedades benéficas do chocolate feito de cacau. Confira as dicas da nutricionista clínica Alessandra Lovato e tire o melhor deste alimento, que pode ajudar a emagrecer e contribui para evitar o envelhecimento precoce, além de manter o bom humor, ativar a memória e melhorar o sistema cardiovascular.

1 O melhor horário para consumir é a manhã. Neste período do dia, o alimento pode reduzir a ações de hormônios que podem levar ao ganho de peso. Se consumido em jejum, o chocolate ameniza a produção de cortisol, hormônio que estimula a retenção de líquido e o acúmulo de gordura no abdômen.

2 A quantidade máxima recomendada por dia é de 30g, o que equiva-

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le a uma barrinha pequena.

3 Consumido moderadamente, o chocolate ajuda a proteger o coração, devido à presença de flavonoides. Essas substâncias são antioxidantes e anti-inflamatórias e estão presentes principalmente nos chocolates amargos, contribuindo para o melhor fluxo sanguíneo e diminuindo o risco de problemas cardíacos.

4 Mas atenção: o chocolate comum não traz todos esses benefícios. Os chocolates amargos, por sua alta concentração de cacau (pelo menos 70%) e pela pouca ou nenhuma presença de lactose, proporcionam até perda de peso. Por ser rico em fibra, pode ajudar a saciar a fome.

5 O chocolate ao leite comum e o chocolate branco são ricos em açúcar e gordura (incluindo o tipo trans) e podem provocar o efeito contrário – aumento do peso, sem trazer o benefício dos antioxidantes. Mesmo no caso do chocolate

diet, sem açúcar, geralmente indicado para quem tem diabetes, o consumo deve ser ocasional e em pouca quantidade. Mas, se você tem o hábito de exagerar no chocolate, fique atento: o excesso não leva somente ao ganho de peso, mas também ao desconforto intestinal. Ele pode provocar alterações transitórias no valor da gordura e glicemia sanguínea. Para reverter o quadro, é necessário suspender a ingestão do chocolate e investir em uma alimentação mais saudável, além da atividade física. Com a proximidade da Páscoa, é praticamente inevitável ficar imune a ele, que ganha destaque principalmente nessa época do ano, com diversas opções de tamanhos, formas, sabores, recheios e preços, e que é quase uma unanimidade no quesito doce: o inigualável chocolate. Queridinho de muitos, ele também é tido como inimigo de vários, principalmente para aqueles que estão em dieta e/ou para os


querem manter a boa forma. Mas calma! Ao segundo grupo tenho uma boa notícia, o chocolate pode não ser esse vilão todo, pelo contrário, ele, ou melhor, a base e principal componente do chocolate, o cacau, pode trazer diversos benefícios para a saúde. Não por acaso os relatos do consumo de chocolate datam de aproximadamente de 1500 a.C., em que era utilizado e conhecido como alimento para a celebração, contemplação e comunhão com os deuses sendo usado por sacerdotes e membros da nobreza devido as suas propriedades e considerado por várias civilizações antigas, como os Maias e os Astecas como sagrado. Felizmente, com o passar do tempo e graças à Revolução Industrial e a invenção de diversas máquinas tornou-se possível a produção em massa, que fez com que os produtos ficassem mais baratos e acessíveis a todos, como ocorre hoje.

O cacau É considerado um dos alimentos

funcionais mais importantes na nutrição, riquíssimo em antioxidantes e em diversas vitaminas, minerais, cobre, magnésio, manganês, potássio, ferro, fósforo e flavonoides, ele é capaz de elevar a qualidade da saúde do coração,

cardíaco, temperatura corporal, sensibilidade a dor, movimentos e as funções intelectuais), promovendo o combate a ansiedade e a depressão, aliviando o estresse e estimulando também os centros de bem estar e de prazer.

O cacau é considerado um dos alimentos funcionais mais importantes na nutrição, riquíssimo em antioxidantes e em diversas vitaminas, minerais, cobre, magnésio, manganês, potássio, ferro, fósforo e flavonoides, ele é capaz de elevar a qualidade da saúde do coração, e ainda é ótimo para o bom humor! e ainda é ótimo para o bom humor, afinal, quem consegue ficar triste com um delicioso chocolate, não é mesmo? Segundo estudos, as diversas sensações obtidas ao se ingerir o chocolate se devem a liberação da endorfina (hormônio relacionado ao bem estar), que estimulam a produção de serotonina (um neurotransmissor que atua no cérebro regulando o humor, sono, apetite, ritmo

No coração Ele ajuda a manter a pressão arterial normal e os bons níveis de colesterol, além de ter ação preventiva contra as doenças cardiovasculares. Pesquisas comprovam que cacau age como um anti-inflamatório natural e ainda retarda efeitos do envelhecimento, devido a presença de flavonoides que atacam os radicais livres, sendo usa combate ao câncer.

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experiências

Destino: Turquia

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Turquia como república foi fundada em 1923, mas sua história começa em um passado muito, mas muito mais distante: com a civilização Hitita, 1.500 anos antes de Cristo. A cidade de Istambul já foi capital de vários reinos e impérios e já chegou a se chamar Bizâncio, Nova Roma e Constantinopla. A maior parte de seu território está sobre a península de Anatólia, banhada pelos mares Mediterrâneo, Egeu, Negro, entre outros. Sua paisagem é bem variada, com diversos atrativos naturais e lindas paisagens. melhor dos dois mundos. É um país com uma herança histórica e cultural milenar. Desde 2010, quando a Turkish Airlines passou a voar direto de São Paulo a Istambul, ficou muito mais fácil chegar até a Turquia. Os turistas brasileiros chegaram com tanta força que, só em Istambul, já há algumas dezenas de guias especializados em turistas brasileiros, que falam um português fluente recém-aprendido. Além

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disso, a Turquia possui boa infraestrutura turística e segurança. O sucesso turco entre nós é fácil de entender: seu povo é afetuoso e receptivo – o que torna a viagem uma experiência humana inesquecível, sua comida é deliciosa – um pouco parecida com a comida árabe à qual estamos acostumados, um legado cultural de quem já foi o umbigo do mundo e uma das paisagens mais exóticas e desconcertantes do planeta – a Capadócia.

ANKARA Ankara é a capital da Turquia e a segunda cidade mais populosa do país. É também sede do parlamento turco, ministérios e embaixadas diplomáticas estrangeiras. Foi escolhida por Atatürk (primeiro presidente da Turquia) para ser a capital da república por questões estratégicas de segurança. Localizada a 850 metros de altitude, é um dos lugares mais secos da Turquia; neva no Ancarainverno e os verões são bastante quentes, já o período de chuvas acontece no outono e primavera. Com mais de 6 milhões de habitantes, é muito diferente das demais, pois mistura todo o dinamismo de uma capital política com a tradicional forma de viver das pessoas do interior. Em geral, todos são agradáveis e simpáticos. Ankara não é propriamente uma cidade turística, mas é importante especialmente sob o aspecto cultural. A cidade tem algumas atrações turísticas, sendo que as duas principais têm uma importância relevante na história da Turquia moderna e também da humanidade, e merecem ser visitadas. Museu da Anatolia (ou Hitita): Localizado num antigo Bazar Otomano, o Museu das Civilizações da Anatolia tem um acervo incrível sobre a história


dos povos que viveram na Ásia Menor através dos tempos. Devido a sua geografia e clima ameno, a Anatolia era um caminho natural para as migrações e conquistadores vindos da Ásia em direção ao ocidente. Talvez por isso os turcos tenham uma miscigenação tão forte de tantas raças e etnias. É possível encontrar artefatos que remontam desde o Paleolítico, passando pelo Neolítico, Colonização Assíria, Hititas, Frígios, Lídios e período Urartu.

CAPADÓCIA Localizada na Anatólia Central, a Capadócia é uma região que variou de tamanho nos últimos quatro mil anos. Hoje pode-se dizer que sua aérea corresponde a um triangulo equilátero com aproximadamente 20 quilômetros de cada lado. A sua principal cidade é Capadocia Nevsehir, mas pequenas vilas como Göreme, Avanos e Ürgüp, além da própria Uçhisar, são as mais procuradas pelo turismo por estarem bem próximas aos principais atrativos. A Capadócia é famosa por sua formação geológica. Há muito tempo os vulcões (hoje inativos) cobriram a região com “tufo”, um cimento formado por cinzas

e água que é muito poroso, leve e maleável. Depois disto, o vento e a chuva fizeram um fantástico trabalho de erosão esculpindo a rocha e criando cones e monolitos de pedra. Como a rocha era facilmente escavada, os homens começaram a escavar cavernas e viver nelas. Inclusive, várias destas cavernas foram convertidas em hotéis maravilhosos e hospedar-se em um deles é vivenciar uma experiência muito exótica e agradável. Vale de Passabag: Podemos dizer que as formações mais impressionantes estão neste vale, onde encontramos as Chaminés de Fadas. Trata-se de cones desgastados pela erosão com o topo (ou chapéu) de rocha basáltica. Andar por ali o faz sentir-se em outro planeta! Kaymakli: Nos tempos de guerra ou perseguição religiosa, os antigos habitantes da Capadócia recorreram à mesma técnica de escavação para se proteger, só que desta vez debaixo da terra. Existem cerca de 10 cidades subterrâneas, muitas delas construídas ainda no século V. Kaymakli é uma delas, com 6 níveis abaixo da superfície. As casas, cozinhas e depósitos são interligados por um sistema de túneis com dezenas de quilômetros.

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em análise Descubra filmes, notícias e matérias especiais de cinema, os últimos trailers e mais...

MALALA

JÁ ESTOU COM SAUDADES VAI QUE COLA

Conhecido pelo trabalho em Uma Verdade Inconveniente, Davis Guggenheim chega aos cinemas brasileiros com mais um importante e politizado documentário. Como o próprio título deixa claro, Malala gira em torno de Malala Yousafzai, jovem ativista paquistanesa que ficou conhecida após sofrer um atentado por parte do Talibã por falar sobre a educação das mulheres em seu país. Desde então, ela passou a atuar mais ativamente contra o defendido pelo grupo terrorista, o que lhe rendeu um Prêmio Nobel da Paz, em 2014. Neste sentido, o longa realmente consegue transmitir não só o espírito de luta da personagem, mas também sua simplicidade e ousadia. Ou seja, faz o público, mesmo aquele que não a conhece.

Certos filmes exigem de seu diretor uma compreensão além do mero conhecimento da arte de fazer cinema. São questões da vivência pessoal que, de alguma forma, influenciam no modo como determinado assunto é abordado em cena. Já Sinto Saudades, novo trabalho da diretora Catherine Hardwicke (Aos Treze, Crepúsculo, A Garota da Capa Vermelha), é um destes casos. Tudo porque o longa-metragem aborda uma questão difícil relacionada ao universo feminino: o quanto um câncer de mama afeta a vaidade. Já Sinto Saudades - FotoNão é à toa que o roteiro também tenha sido escrito por uma mulher, Morwenna Banks. Juntas, roteirista e diretora conseguem transmitir uma sensibilidade tocante.

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Programas de humor, em todo lugar, tendem a colocar uma lente de aumento em estereótipos para provocar o riso fácil, mesmo que isto resulte em distorções preconceituosas. Vai que Cola, série de sucesso da TV por assinatura que chega agora aos cinemas, é um destes casos emblemáticos por investir pesado na satanização do subúrbio carioca e na glorificação – ou seria ostentação? – da zona sul maravilha no Rio de Janeiro. Se funciona? Depende. Por outro lado, tal preconceito embutido é minimizado por uma característica de Vai que Cola, seja na TV ou no cinema: não se levar nem um pouco a sério. Se o próprio Paulo Gustavo, protagonista do filme, tira sarro de si mesmo por não ter o perfil do personagem que Jéssica, o elenco.


AWAKE

CHATÔ - O REI DO BRASIL PETER PAN

A VIDA DE YOGANANDA Awake - A Vida de Yogananda é uma biografia não convencional sobre um swami indiano que trouxe a Yoga e a Meditação para o Ocidente, em 1920. O documentário explora a vida e os ensinamentos de Paramahansa Yogananda, que escreveu o clássico espiritual Autobiografia de um Iogue, título que vendeu milhões de cópias em todo o mundo e é até hoje um livro primordial para filósofos, entusiastas e buscadores – contemporâneos – da Yoga. Era o único livro que Steve Jobs tinha em seu iPad e ele fez com que 800 cópias do livro fossem dadas aos amigos que compareceram ao seu velório. O livro também foi a porta de entrada para o misticismo oriental de George Harrison, Russel Simmons e incontáveis iogues. Ao personalizar a sua própria busca por iluminação e compartilhar as lutas.

Tom Jobim já dizia: “o Brasil não é para iniciantes”. Chatô - O Rei do Brasil é a prova desta afirmação, não apenas pelo que apresenta mas também por todas as confusões e acusações surgidas ao longo destes 20 anos de conturbada produção. Chatô - O Rei do Brasil - FotoBaseado no livro homônimo de Fernando Morais, o longa-metragem retrata vida e obra do magnata das comunicações Assis Chateaubriand (Marco Ricca, na melhor atuação da carreira). Cínico, debochado, mulherengo e extrovertido, Chatô era uma figura polêmica por natureza, não apenas pelos seus atos mas também por suas crenças. Fez fortuna e fama através de seus jornais, os Diários Associados, mas defendia com unhas e dentes que “anúncio é dinheiro, notícia é perfumaria”. Fundou a Rádio Tupi e depois a TV Tupi muito de olho.

Joe Wright foi uma escolha curiosa para a direção deste novo Peter Pan. (Re)conhecido por dramas de época de estilo clássico, como Desejo e Reparação e Orgulho e Preconceito, ele apresentou uma mudança na carreira em sua versão de Anna Karenina, graças a um apurado e muito bem executado design de produção que encheu os olhos dos espectadores – e ainda rendeu uma indicação ao Oscar. Percebendo o talento do diretor no desenvolvimento de um mundo repleto de imaginação, os executivos da Warner foram atrás dele para capitanear mais uma proposta de franquia: o prelúdio de Peter Pan. Wright topou, mesmo sem jamais ter dirigido um blockbuster. Ao assistir o primeiro filme de uma esperada trilogia, pode-se perceber que ele sabia muito bem aonde estava se metendo.

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entrevista

Drauzio Varella

C

erto dia, o médico paulistano Drauzio Varella cruzou com um conhecido de colégio que não via havia muito tempo. Daquela conversa arrastada, um comentário do amigo o marcou: “Ano que vem, 50 – idade em que tem início a decadência do homem”. Drauzio, que completaria meio século de vida no ano seguinte, ficou intrigado. Afinal, sentia-se bem, corria ocasionalmente e estava sem fumar fazia 13 anos. E, principalmente, ainda tinha muitos projetos e desejos a realizar. Resolveu, então, propor um desafio a si mesmo: correria a Maratona de Nova York dali a um ano. E começou a treinar. Hoje, aos 72, o médico é um maratonista com currículo invejável e já viajou o mundo atrás de provas de 42 quilômetros: esteve nas de Buenos Aires (Argentina), Boston e Chicago (Estados Unidos), Berlim (Alemanha) e Tóquio (Japão), entre outras. Autor de livros como Estação Carandiru, que lhe rendeu o Prêmio Jabuti de Não Ficção, acaba de lançar Correr (Companhia das Letras, 29,90 reais), em que oferece informações médicas sobre a corrida e relata sua experiência com a atividade. Com franqueza, no livro admite que não é nada fácil deixar a preguiça de lado para praticar esportes e reafirma a necessidade de uma mudança de hábitos para que possamos desfrutar bem a vida e envelhecer com saúde. “Envelhecimento não tem que ser igual a doença.

O senhor já correu hoje? Não. Machuquei o pé na maratona de Boston, em abril. Não posso correr ainda por mais algumas semanas, mas enquanto isso subo os 14 andares da escadaria do meu prédio até o meu apartamento. Isso não faz mal aos joelhos? Subo pela escada e desço pelo

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elevador justamente para não forçá-los. Depois, subo de novo. É um exercício maravilhoso. Os joelhos são um alvo fácil quando ouvimos críticas à prática de corrida. Correr realmente os destrói? Isso é um mito. Se você está obeso, não faz exercício há anos

e se põe a correr, é lógico que vai fazer mal. Geralmente são essas pessoas que têm os maiores problemas com a prática – inclusive nos joelhos. Pesquisas mostram que as cirurgias nessa parte do corpo e nos quadris são muito mais comuns em quem anda do que em corredores. E isso acontece por várias razões. Uma


delas é que, embora na corrida cada passada aumente o peso do corpo em duas a três vezes, você fica com o pé muito menos tempo no chão, então o impacto dura pouco. Além disso, esse movimento de estica e volta acaba por fortalecer as articulações. É parecido com o que acontece com o músculo que, conforme contrai e descontrai, cresce e fica mais forte. Uma pessoa que está acima do peso precisa emagrecer antes de começar a correr? Depende muito de quanto acima do peso ela está. Com poucos quilos a mais, ela pode começar devagar, tomando cuidado. O problema é quando ela está completamente despreparada e sai correndo de uma vez. Eu sempre recomendo o bom senso para os pacientes. Todo mundo pode correr, depende de como faz isso. Uma estratégia inteligente é começar andando e ir testando: correr 100 metros e continuar na caminhada; quando se sentir melhor, corre mais 200, e assim vai. Pesquisas mostram que no treinamento para as maratonas os corredores têm melhoras na saúde, mas que os riscos de morte aumentam durante a prova, quando o atleta força demais o corpo. Concorda

que participar desse tipo de competição pode fazer o atleta perder a noção do limite? É muito pequeno o número de mortes em maratonas. Mas é verdade que você perde um pouco a noção. O Vanderlei Cordeiro de Lima, aquele atleta brasileiro que foi agarrado na Maratona de Ate-

fícil levantar às 5 horas da manhã, vestir um calção e sair correndo. Isso não é natural do homem. Assim como não é natural desperdiçar energia. Sim. Por isso que é muito duro conseguir praticar uma atividade física regular. Você imagina um

O corpo humano não foi feito para ficar parado. A evolução nos preparou para o movimento. nas, diz que nós, maratonistas, temos maior resistência à dor que as outras pessoas. É verdade. Normalmente, quando sente uma dor você para, toma cuidado. Já no calor da maratona é muito difícil parar porque você fica naquele ânimo. E foi até lá pra correr, não para andar.

homem das cavernas levantando de manhã para sair correndo à toa? Só se fosse para ir atrás de caça, fugir de um predador. Caso contrário, ele ficava parado, quieto, economizando energia. Não havia alimentos suficientes disponíveis para manter um corpo com esse gasto energético inútil.

Participar de maratonas é saudável? Do ponto de vista da saúde, não há nenhuma necessidade de correr 42 quilômetros. É uma onda em que alguns entram. No meu caso, não faço isso porque acho que é ótimo. Nem sei se é tão bom assim para o corpo. Eu faço

O senhor escreve que corre na rua, no centro de São Paulo. Perde quem treina em academia? Quem corre em esteira está fazendo um exercício excelente da mesma forma. Eu gosto de andar na rua. Nasci no Brás (região central de São Paulo), fui criado correndo pelo bairro. Esse é o momento do dia em que eu tenho silêncio. Não uso fone de ouvido durante a prática. Na academia, a música fica tocando alto. Para

porque me impõe a disciplina de treinar. Trabalho muito e, se não tenho a obrigação de acordar e correr essa distância toda, fica di-

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mim, não é legal, não me descansa. Mas tem gente que está acostumado. Exercício você tem que fazer do jeito que dá, que consegue e que gosta – porque, se já é difícil manter a disciplina e fazer com regularidade gostando, imagine sem gostar. E o corpo não vai lhe pedir para levantar da cama, não é mesmo? Pelo contrário. Temos mil razões para ter uma vida sedentária, e é por isso que a maioria da população não pratica esportes. Mas não dá para aceitar isso. A vida sedentária faz muito mal, não fomos feitos para ficar parados. O corpo humano é como uma máquina que foi desenhada para o movimento. Do contrário, você vai lamentar. Muitos adultos têm problemas de saúde que poderiam ser evitados com a prática de esportes? Sim. As pessoas são sedentárias, engordam, têm pressão alta. Metade dos brasileiros acima dos 50 anos é hipertensa, precisa de remédio para controlar a pressão. O número de diabéticos aumenta sem parar, é assustador. A vida vai ficando complicada. O ser humano até 25, 30 anos vai bem. Mas, se quer ter uma vida plena, precisa de mais cuidado. A natureza não planejou o homem para viver o tanto que nós vivemos hoje

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A corrida é um antidepressivo poderoso. Traz a sensação de que você é capaz de resolver qualquer coisa. em dia. As pessoas morriam com 20 ou 30 anos, isso era o normal. Queremos durar o máximo possível sem investir nada, achando que o corpo é um presente de Deus e que podemos usar e abusar dele do jeito que acharmos melhor. Não é verdade. O que mudou na sua vida depois que começou a correr? Em primeiro lugar, ganhei mais disciplina. Quando comecei a treinar para maratonas, tive que estabelecer uma rotina. Do contrário, não conseguiria acordar cedo para me exercitar. Depois, o fato de propor e alcançar uma meta difícil, seja ela qual for, traz uma sensação de autoconfiança muito grande. O senhor virou maratonista aos 50 anos, quando muita gente já está desacelerando. Faz diferença? Comecei atrasado (risos). Mas isso me deu um entendimento mais claro do processo de envelhecimento. Ensinou-me a não levar em conta a idade cronológica. E isso vale não só para a corrida mas para outros desafios na vida também. Quando me pro-

ponho um trabalho ou uma tarefa, avalio se tenho condição física de realizá-los, se tenho disposição e se aquilo me interessa. Jamais penso se estou velho demais. Nossa tendência é considerar que por causa da passagem dos anos perdemos a condição de fazer certas coisas. E isso independe da idade: há quem tenha essa sensação aos 80, outros aos 40 anos. Assim, parece que a fase mais produtiva da vida, justamente quando você podia aceitar mais desafios, já passou. O senhor pensa em parar de correr? Não. Mas sei que uma hora vai ser impossível continuar. Acho que, enquanto eu tiver força, condições, disciplina e saúde, vou correr porque virou uma coisa muito importante para mim. Não só por saber que cheguei a essa idade sem tomar um remédio, com a saúde ótima, mas também do ponto de vista psicológico. Sou muito agitado e ansioso, quero fazer tudo logo e, quando fico uns dias sem treinar, pioro. A corrida é um antidepressivo poderoso. O corpo libera substâncias químicas que agem no sistema nervoso central e, além do prazer,


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provocam aquele relaxamento típico do exercício. Você toma um banho e sai com a sensação de que é capaz de resolver qualquer

nos joelhos. Pesquisas mostram que as cirurgias nessa parte do corpo e nos quadris são muito mais comuns em quem anda

ir testando: correr 100 metros e continuar na caminhada; quando se sentir melhor, corre mais 200, e assim vai.

Do ponto de vista da saúde, não há nenhuma necessidade de correr 42 quilômetros.

Pesquisas mostram que no treinamento para as maratonas os corredores têm melhoras na saúde, mas que os riscos

problema. Dá uma autoconfiança muito grande. No dia em que eu não puder fazer isso, vou sentir muita falta. O senhor já correu hoje? Não. Machuquei o pé na maratona de Boston, em abril. Não posso correr ainda por mais algumas semanas, mas enquanto isso subo os 14 andares da escadaria do meu prédio até o meu apartamento. Isso não faz mal aos joelhos? Subo pela escada e desço pelo elevador justamente para não forçá-los. Depois, subo de novo. É um exercício maravilhoso. Os joelhos são um alvo fácil quando ouvimos críticas à prática de corrida. Correr realmente os destrói? Isso é um mito. Se você está obeso, não faz exercício há anos e se põe a correr, é lógico que vai fazer mal. Geralmente são essas pessoas que têm os maiores problemas com a prática – inclusive

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do que em corredores. E isso acontece por várias razões. Uma delas é que, embora na corrida cada passada aumente o peso do corpo em duas a três vezes, você fica com o pé muito menos tempo no chão, então o impacto dura pouco. Além disso, esse movimento de estica e volta acaba por fortalecer as articulações. É parecido com o que acontece com o músculo que, conforme contrai e descontrai, cresce e fica mais forte. Uma pessoa que está acima do peso precisa emagrecer antes de começar a correr? Depende muito de quanto acima do peso ela está. Com poucos quilos a mais, ela pode começar devagar, tomando cuidado. O problema é quando ela está completamente despreparada e sai correndo de uma vez. Eu sempre recomendo o bom senso para os pacientes. Todo mundo pode correr, depende de como faz isso. Uma estratégia inteligente é começar andando e

de morte aumentam durante a prova, quando o atleta força demais o corpo. número de mortes em maratonas. Mas é verdade que você perde um pouco a noção. O Vanderlei Cordeiro de Lima, aquele atleta brasileiro que foi agarrado na Maratona de Atenas, diz que nós, maratonistas, temos maior resistência à dor que as outras pessoas. É verdade. Normalmente, quando sente uma dor você para, toma cuidado. Já no calor da maratona é muito difícil parar porque você fica naquele ânimo. E foi até lá pra correr, não para andar. Participar de maratonas é saudável? Do ponto de vista da saúde, não há nenhuma necessidade de correr 42 quilômetros. É uma onda em que alguns entram. No meu caso, não faço isso porque acho que é ótimo. Nem sei se é tão bom assim para o corpo. Eu faço porque me impõe a disciplina de treinar. Trabalho muito e, se não tenho a obrigação de acordar e correr essa distância toda, fica difícil levantar às 5 horas.


um olhar Arqueólogos encontram jogo de tabuleiro de mais de 1.500 anos em tumba na China Dado de 14 lados feito de dente de animal, 21 peças pintadas com números e uma placa de cerâmica estavam dentro de tumba de mais de 2.300 anos POR RODRIGO VIEIRA DA CUNHA

A

rqueólogos encontraram um jogo de tabuleiro que não é jogado há 1.500 anos dentro de uma tumba de mais de 2.300 anos na China, informou o site Live Science na última segunda-feira (16/11). Foram encontrados um dado de 14 lados feito de dente de animal, dos quais 12 estão numerados de um a seis e os outros dois lados

estão em branco, e 21 peças retangulares pintadas com números e uma placa de cerâmica - decorada com dois olhos, nuvens e trovões - que servia de tabuleiro. Os artefatos correspondem a um jogo chamado “Bo” ou “Liu Bo”, que parou de ser jogado há 1.500 anos, segundo os arqueólogos. Acredita-

-se que o jogo tenha sido inventado por volta do ano 500 a.C. e foi popular durante a dinastia Han, que existiu de 206 a.C. a 220 d.C. A tumba, que fica perto da cidade de Qingzhou, foi escavada em 2004 por arqueologistas do Museu Municipal da cidade e pelo Instituto de Relíquias Culturais e Arqueologia da Província de Shandong. A descoberta foi anunciada pelo periódico chinês Wenwu em 2014 e o mesmo artigo foi traduzido para o inglês e publicado no periódico Chinese Cultural Relics (Relíquias Culturais Chinesas). De acordo com os pesquisadores, a tumba era utilizada para enterrar aristocratas de um Estado rival àquele em que ela estava localizada. A estrutura foi quase totalmente saqueada, estando em grave estado de deterioração. Junto com as peças também foi descoberto um esqueleto, provavelmente de uma das pessoas que saqueou a tumba, acreditam os arqueólogos. NOVEMBRO 2015

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Arqueólogos encontraram um jogo de tabuleiro que não é jogado há 1.500 anos dentro de uma tumba de mais de 2.300 anos na China, informou o site Live Science na última segunda-feira (16/11). Foram encontrados um dado de 14 lados feito de dente de animal, dos quais 12 estão numerados de um a seis e os outros dois lados estão em branco, e 21 peças retangulares pintadas com números e uma placa de cerâmica - decorada com dois olhos, nuvens e trovões - que servia de tabuleiro. Os artefatos correspondem a um jogo chamado “Bo” ou “Liu Bo”, que parou de ser jogado há 1.500 anos, segundo os arqueólogos. Acredita-se que o jogo tenha sido inventado por volta do ano 500 a.C. e foi popular durante a dinastia Han, que existiu de 206 a.C. a 220 d.C. A tumba, que fica perto da cidade de Qingzhou, foi escavada em 2004 por arqueologistas do Museu Municipal da cidade e pelo Instituto de Relíquias Culturais e Arqueologia da Província de Shandong. A descoberta foi anunciada pelo periódico chinês Wenwu em 2014 e o mesmo artigo foi traduzido para o inglês e publicado no periódico Chinese Cultural Relics (Relíquias Culturais Chinesas). De acordo com os pesquisado-

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res, a tumba era utilizada para enterrar aristocratas de um Estado rival àquele em que ela estava localizada. A estrutura foi quase totalmente saqueada, estando em grave estado de deterioração. Junto com as peças também foi descoberto um esqueleto, provavelmente de uma das pessoas que saqueou a tumba, acreditam os arqueólogos. Arqueólogos encontraram um jogo de tabuleiro que não é jogado há 1.500 anos dentro de uma tumba de mais de 2.300 anos na China, informou o site Live Science na última segunda-feira (16/11). Foram encontrados um dado de 14 lados feito de dente de animal, dos quais 12 estão numerados de um a seis e os outros dois lados estão em branco, e 21 peças retangulares pintadas com números e uma placa de cerâmica - decorada com dois olhos, nuvens e trovões - que servia de tabuleiro. Os artefatos correspondem a um jogo chamado “Bo” ou “Liu Bo”, que parou de ser jogado há 1.500 anos, segundo os arqueólogos. Acredita-se que o jogo tenha sido inventado por volta do ano 500 a.C. e foi popular durante a dinastia Han, que existiu de 206 a.C. a 220 d.C. A tumba, que fica perto da cidade de Qingzhou, foi escavada em 2004 por arqueologistas do Museu Municipal da cidade e

pelo Instituto de Relíquias Culturais e Arqueologia da Província de Shandong. A descoberta foi anunciada pelo periódico chinês Wenwu em 2014 e o mesmo artigo foi traduzido para o inglês e publicado no periódico Chinese Cultural Relics (Relíquias Culturais Chinesas). De acordo com os pesquisadores, a tumba era utilizada para enterrar aristocratas de um Estado rival àquele em que ela estava localizada. A estrutura foi quase totalmente saqueada, estando em grave estado de deterioração. Junto com as peças também foi descoberto um esqueleto, provavelmente de uma das pessoas que saqueou a tumba, acreditam os arqueólogos. Arqueólogos encontraram um jogo de tabuleiro que não é jogado há 1.500 anos dentro de uma tumba de mais de 2.300 anos na China, informou o site Live Science na última segunda-feira (16/11). Foram encontrados um dado de 14 lados feito de dente de animal, dos quais 12 estão numerados de um a seis e os outros dois lados estão em branco, e 21 peças retangulares pintadas com números e uma placa de cerâmica - decorada com dois olhos, nuvens e trovões - que servia de tabuleiro. Os artefatos correspondem a um jogo chamado “Bo” ou “Liu Bo”.


um olhar Médicos trocam remédios por aulas de surf no combate a doenças crônicas Na cidade de Biarritz, no litoral francês, está acontecendo um lindo movimento para tornar os tratamentos médicos mais eficientes e prazerosos POR ANA DRUMONT

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onforme noticiado pelo jornal britânico The Telegraph, alguns médicos têm trocado a prescrição de medicamentos por receitas que indicam atividades físicas a seus pacientes. Em sua maioria, esportes ao ar livre, como surf, principalmente pelo contato com o mar. Esta iniciativa faz parte do esforço médico em melhorar a qualidade de vida de seus pacientes ao

mesmo tempo em que reduz a dependência do uso de drogas para combater certas enfermidades. Atualmente, o projeto ainda está em fase piloto, mas já conta com 20 médicos que podem prescrever cursos de até 12 semanas em diferentes modalidades, como surf, stand up paddle, natação, caminhada, entre outros. O esporte é definido de acordo com a doença, gravidade e condições dos pacientes. Segundo

Nicolas Guillet, um dos criadores da proposta, em seis meses já é possível perceber uma grande diferença. Além da saúde melhorar, ao terminar o período de tratamento, a maioria dos pacientes opta por continuar praticando o esporte. Para exemplificar, Guillet cita o caso de uma mulher de 40 anos que sofria com intensas dores nas costas e já havia até passado por cirurgia há dez anos. Para ela indicaram aulas de Stand Up

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Paddle e seis meses depois, ela diz que passou por uma verdadeira revolução, com as dores quase desaparecendo. Especialistas garantem que o contato com o mar é “incrivelmente terapêutico” e pode ajudar a combater dores crônicas, depressão, diabetes, obesidade, doenças cardíacas e evitar uma série de mortes causadas pela inatividade física. Conforme noticiado pelo jornal britânico The Telegraph, alguns médicos têm trocado a prescrição de medicamentos por receitas que indicam atividades físicas a seus pacientes. Em sua maioria, esportes ao ar livre, como surf, principalmente pelo contato com o mar. Esta iniciativa faz parte do esforço médico em melhorar a qualidade

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de vida de seus pacientes ao mesmo tempo em que reduz a dependência do uso de drogas para combater certas enfermidades. Atualmente, o projeto ainda está em fase piloto, mas já conta com 20 médicos que podem prescrever cursos de até 12 semanas em diferentes modalidades, como surf, stand up paddle, natação, caminhada, entre outros. O esporte é definido de acordo com a doença, gravidade e condições dos pacientes. Segundo Nicolas Guillet, um dos criadores da proposta, em seis meses já é possível perceber uma grande diferença. Além da saúde melhorar, ao terminar o período de tratamento, a maioria dos pacientes opta por continuar praticando o esporte. Para exemplificar, Guillet cita o

caso de uma mulher de 40 anos que sofria com intensas dores nas costas e já havia até passado por cirurgia há dez anos. Para ela indicaram aulas de Stand Up Paddle e seis meses depois, ela diz que passou por uma verdadeira revolução, com as dores quase desaparecendo. Especialistas garantem que o contato com o mar é “incrivelmente terapêutico” e pode ajudar a combater dores crônicas, depressão, diabetes, obesidade, doenças cardíacas e evitar uma série de mortes causadas pela inatividade física. Esta iniciativa faz parte do esforço médico em melhorar a qualidade de vida de seus pacientes ao mesmo tempo em que reduz.


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