Devo usar roupa adequada para me manter quente no inverno. No mar faz sempre mais frio do que em terra. No verão tenho que me proteger dos raios solares.
Nunca devo esquecer o colete. Na escola de vela, a segurança está em primeiro lugar.
Devo transportar o material com cuidado para não o estragar. Barco, vela, leme e patilhão devem todos ter o mesmo número.
Entendo as explicações sobre os exercícios que vou fazer no mar e quais as regras de segurança.
Antes de entrar na água, descubro a direcção do vento através das bandeiras, dos fios de lã ou sentindo o vento nas orelhas.
Observo também o estado do mar na baía e na rampa.
Raul Medina Duarte / EANC
O bote do professor é o primeiro a entrar na água e o último a sair. 2
Aprendi a remar e a governar o Optimist.
Já sei o que fazer com a cana do leme para curvar para um ou outro lado.
Sento-me afastado da cana do leme para que a possa mover livremente.
Já me consigo equilibrar sem cair à água. Começo a sentir-me à vontade dentro do Optimist.
No regresso à rampa tenho cuidado para que o patilhão e o leme não batam no fundo.
Todo o material é lavado com água doce e. . .
arrumado com cuidado no devido lugar. Não me esqueço de fechar os coletes para que não caiam. No final fazemos o balanço da actividade e esclarecemos todas as dúvidas. Durante a semana treino os nós e na próxima aula tenho que trazer mais uma grande dose de boa disposição !!
Raul Medina Duarte / EANC
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Já sei que barlavento é o lado donde sopra o vento e sotavento o lado para onde vai o vento.
Para vante significa para a frente enquanto que para ré significa para trás.
Estou amurado a estibordo quando o vento sopra por estibordo.
Orçar é aproximar a proa da direcção do vento. Tenho que empurrar a cana do leme. Raul Medina Duarte / EANC
Bombordo é o lado esquerdo do barco e estibordo o lado direito, (quando estamos virados para a proa).
Já aprendi mais alguns nomes da vela.
Estou amurado a bombordo quando o vento sopra por bombordo.
Arribar é afastar a proa da direcção do vento. Tenho que puxar a cana do leme. 4
O nó de oito é usado para evitar que um cabo se escape de um moitão.
O nó direito é usado para unir dois cabos ou dois chicotes (extremidades) com a mesma bitola (perímetro).
O lais de guia que serve para quase tudo, usa-se principamente para amarrar uma embarcação, para prender um cabo a um moitão ou a um olhal. Tem a grande vantagem de, mesmo molhado, ser fácil de desatar.
Um verdadeiro marinheiro nunca deixa os cabos em desordem. Eis uma maneira de arrumar um cabo. Raul Medina Duarte / EANC
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Antes de aparelhar tenho que colocar o Optimist aproado ao vento.
Passo a escota no moitão mais a vante, de ré para
Depois de colocar o mastro tenho que o fixar à bancada com um nó direito.
Depois no moitão da retranca de vante para ré.
Não me posso esquecer de fazer um nó de oito para que a escota não se escape.
Raul Medina Duarte / EANC
Começo por fixar a escota ao moitão da retranca com um lais de guia.
Depois no moitão mais a ré, de vante para ré.
Tenho que prender o vertedouro…
A escota não deve ficar torcida.
e a boça também.
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Antes de entrar tenho que observar o estado do mar na rampa.
Devo transportar o opti aproado ao vento, …ou quase.
Antes de sair verifico a direcção do vento e antecipo as manobras que vou fazer: Com a vela toda folgada colocar e prender o patilhão e ajustar o boom-jack. Para sair vou para o limite da rampa, empurro o opti e salto
Um colega segura o opti, sempre pela proa, enquanto vou arrumar o carrinho e coloco o leme.
No regresso ainda afastado da rampa verifico a direcção do vento para planear o regresso. Já perto da rampa tiro o patilhão, folgo a vela para parar o opti e aproo ao vento. Um colega volta a ajudar-me para eu tirar o leme e ir buscar o carrinho.
De través, entre duas bóias, é a primeira mareação que aprendo a navegar (o vento entra pelo través do Optimist). Começo pelos oitos fazendo dois bordos B junto às bóias e só depois bananas fazendo um bordo B e uma cambadela C. Para fazer um bordo tenho que orçar empurrando a cana do leme. Para cambar arribo puxando a cana do leme. Raul Medina Duarte / EANC
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Já sei o que fazer com a cana do leme para curvar para um ou outro lado.
Controlar o leme agarrando na extensão é ainda difícil. Para caçar, puxo a escota até à mão do leme e vou agarrá-la mais à frente.
Sento-me a meio do optimist para manter o equilíbrio longitudinal e para poder mover o leme livremente.
Uso o meu peso para manter o equilíbrio lateral do optimist. Para dar o seu máximo rendimento o barco deve navegar direito, sem adornar para barlavento ou para sotavento e sem sobrecarregar a proa ou a popa. Erros a evitar ! Este optimist está sobrecarregado à popa. Este laser está muito adornado para sotavento.
Raul Medina Duarte / EANC
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Amurado a bombordo início o bordo avançando o pé mais a ré e empurrando a cana do leme. O barco orça ou seja, a proa aproxima-se do vento.
vou rapidamente para o outro lado mantendo a cana do leme e a escota nas mesmas mãos.
Quando a retranca vem baixo-me.
Quando ela passa, levanto-me e…
Sento-me virado para vante,controlando o leme atrás das costas. Quando a proa do barco aponta para onde quero ir endireito o leme. Agarro a cana do leme com a mão da escota e a mão do leme que ficou livre vai agarrar a escota.
A viragem de bordo vista de outro ângulo.
Sigo o novo rumo amurado a estibordo.
Raul Medina Duarte / EANC
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Avanço o pé mais a ré.
Viro a extensão para sotavento.
Arribo, puxando a extensão, e aguardo que a retranca venha.
Inclino-me para que a retranca passe por cima da cabeça.
Mal a retranca passa levantome rapidamente e passo para o outro lado equilibrando o Opti.
A mão da escota vem agarrar também no leme.
A mão do leme vai para a escota.
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Sento-me na outra borda virado para vante e colocando o leme a meio e controlando-o atrás das costas.
Feita a troca, sento-me correctamente, oriento a vela e sigo o meu novo rumo.
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Quando viramos, é fundamental manter a calma e evitar cair em cima da vela ou retranca.
Se o optimist ficar de lado, basta subir para cima do patilhão e usar o peso do corpo para o endireitar. Nesta fase, a proa tem que apontar para o vento.
Se o optimist ficar completamente virado, então temos que subir para cima do casco, puxar o patilhão para fora e,
Antes de subir, viro a proa ao vento.
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de costas para o vento, apoiar os pés na borda, puxar o patilhão usando o peso do corpo para endireitar o optimist.
Só mais um esforço e… só falta tirar toda a água com o vertedouro.
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Já sei parar o “Opti” aproando ao vento, isto é, virando a proa para o vento. Consigo mesmo ficar parado junto a uma bóia.
Já percebi que, mesmo navegando de través, para parar o “Opti” só tenho que folgar completamente a vela.
Tenho três maneiras de sair da posição de aproado ao vento: A primeira é deixar o barco andar para a ré empurrado pelo vento. Consoante a posição do leme, ele descai para bombordo ou estibordo, (repara que ele descai para onde a cana do leme aponta).Quando ele estiver de través é só caçar a vela e seguir.
A segunda é puxar a cana do leme com força para que o Opti rode. Quando ele estiver de través é só caçar a vela e seguir. Raul Medina Duarte / EANC
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A terceira é empurrar a retranca e o leme para o mesmo lado para que o Opti rode. Depois é só caçar a vela e seguir.
É impossível navegar a menos de ± 45° com a direcção do vento. Fico aproado ao vento. Navego à bolina quando o vento entra pelas amuras do Optimist. Navego de través quando o vento entra pelo través do Optimst. Navego a um largo quando o vento entra pelas alhetas do Optimist. Navego à popa quando o vento entra pela popa do Optimist. Raul Medina Duarte / EANC
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Navego de través quando o vento entra pelo través do optimist. Desloco-me perpendicularmente ao vento.
Navego à bolina quando o vento entra pela amura do optimist. Desloco-me avançando em relação à direcção do vento.
Navego a um largo quando o vento entra pela alheta do optimist.
Para me deslocar do ponto A ao ponto B, a barlavento, vou ter que navegar à bolina, fazendo vários bordos. É assim que navego contra o vento.
Raul Medina Duarte / EANC
Navego à popa quando o vento entra pela popa do optimist. Navego na direcção do vento.
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O meu optimist anda mais depressa se a vela estiver bem orientada em relação ao vento isto é, se fizer um ângulo correcto com o vento. Esse ângulo varia consoante a mareação em que estou a navegar. Por exemplo, se estiver a navegar de través:
Vela bem orientada – o opti Vela demasiado caçada – o opti anda devagar.
Vela demasiado folgada. Bate junto à testa. O opti anda devagar quase parando.
Caço a escota (puxo-a) e a vela aproxima-se do eixo do optimist, ou
folgo a escota e a vela afasta-se do eixo do optimist.
Já aprendi que uma vela bem orientada está o mais folgada possível sem bater, portanto o que faço é:
FOLGO, FOLGO ATÉ COMEÇAR A BATER, CAÇO UM POUCO ATÉ DEIXAR DE BATER. Devo fazer isto sempre que altero o rumo, após um bordo ou cambadela, ou quando o vento muda de direcção E ESTAR SEMPRE COM MUITA ATENÇÃO À VELA ou seja , o meu olhar deve alternar entre o rumo que estou a seguir, a vela e os barcos à minha volta. Raul Medina Duarte / EANC
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Não posso navegar em todas as direcções mas posso ir para qualquer sítio, seja qual for a direcção do vento.
Já sei que navegar contra o vento é impossível. A direcção mais próxima da do vento em que consigo navegar, é a das setas mais largas. Na direcção das setas tracejadas é impossível, o opti
Assim, para me deslocar do ponto A para o B, não posso ir directamente, tenho que fazer vários bordos e ir em ziguezague. Devo tentar avançar o mais possível em relação ao vento (navegar na direcção das setas largas – bolina cerrada).
Retranca na alheta
À bolina vou com a escota caçada até a retranca ficar por cima da alheta e trabalho só com o leme.
Se a vela começa a bater, arribo um pouco só até deixar de bater (já que não posso caçar mais).
Mas tenho que tomar atenção, se arribo demasiado não avanço nada em relação ao vento. Ando muito para o lado e pouco para a frente. Tenho que fazer muitos bordos para chegar a B e demoro mais tempo.
Então como é que sei se vou ou não muito arribado?
Retranca na alheta
Raul Medina Duarte / EANC
Fácil ! Orço, orço até a vela bater, arribo um pouco até deixar de bater. E vou fazendo isto regularmente. 16
Os indicadores informam-me se a vela está demasiado caçada ou demasiado folgada e o que fazer para a orientar correctamente.
SOTAVENTO BARLAVENTO ORÇAR OU
SOTAVENTO BARLAVENTO
SOTAVENTO BARLAVENTO
MANTER
ARRIBAR OU CAÇAR A ESCOTA
FOLGAR A ESCOTA
Para não me esquecer uso o seguinte: SOF – se o indicador de Sotavento levantar, Orço ou Folgo BAC – se o indicador de Barlavento levantar, Arribo ou Caço.
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Jรก sei o nome das principais partes dum Optimist.
Chegou o momento de aprender mais alguns nomes do Optimist.
Raul Medina Duarte / EANC
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Estou a ficar um verdadeiro marinheiro. O Optimist jĂĄ nĂŁo tem segredos para mim.
Raul Medina Duarte / EANC
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ESCOLA DE ACTIVIDADES NÁUTICAS DE CASCAIS ANO LECTIVO 200_/200_
NOME:___________________________________________
IDADE:________
OBJECTIVOS A ATINGIR 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
Conhece e aplica as regras de segurança da escola Usa sempre colete de segurança Usa roupa adequada às condições atmosféricas Anda sempre calçado Sabe transportar lavar e arrumar o material colaborando com os colegas Sabe executar o nó de oito Sabe executar o nó direito Sabe executar o lais de guia Sabe executar a volta de cunho Sabe arrumar um cabo Identifica a direcção do vento Conhece os termos náuticos utilizados para identificar o aparelho Conhece os termos náuticos utilizados para identificar posições Sabe aparelhar o optimist Sabe arribar Sabe orçar Sabe como proceder após um viranço Sabe como proceder após um viranço Sabe fazer um bordo Sabe fazer oitos em torno das bóias (vento de través) Sabe aproar ao vento Sabe aproximar e sair de uma bóia Sabe cambar Sabe marear a vela Sabe fazer bananas em torno das bóias (vento de través) Sabe navegar a um largo Sabe navegar à popa Sabe navegar à bolina Sabe fazer triângulo em torno das bóias Conhece os sinais de largada de uma regata Conhece as regras de prioridade em regata
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S / N