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Ghil Brandão

Ator, diretor e professor de teatro, mestre em História pela UFC, com a dissertação “A festa de Maracatu: cultura e performance no maracatu cearense”, e doutor em Artes pela UFMG, com tese sobre o Teatro Radical Brasileiro.

O anjo nu

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A noite brilha e te afaga como mãe nua... Deslizas entre os dedos e os sonhos... Sonhos de céu construindo constelações azuis em teus olhos. Beijo teu corpo... Tua pele de Eros, desmanchando-se em perfumes... Mãos estendidas - serpentes percorrendo o infinito do teu corpo. Sonho em teus braços e deixo-me envolver como um pássaro selvagem. Tua beleza me anuncia e me faz atingir o céu e o inferno do prazer. Navego... Estendo-me no ar e danço trezentos tangos do prazer. Risco traços e refaço as geometrias dos teus músculos estendidos na planura de minhas mãos. Cavalo alado sorrindo como uma criança em liberdade para o além de teus olhos oceânicos.

Mateus, o santo-demônio nascendo do fogo e da terra. O Macho... A Mulher... Mateus, a montanha nua respirando a beleza das alturas. A Criança... O Homem... Mateus - Trem percorrendo os caminhos da madrugada em sombra e luz.

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