REQUALIFICAÇÃO URBANA | SETOR INDUSTRIAL | GAMA - DF ALUNA: RAYANA M. A. S. CARVALHO CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO CENTRAL APPARECIDO DOS SANTOS | UNICEPLAC | TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO Orientação: Mariana Bomtempo
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO CENTRAL APARECIDO DOS SANTOS | UNICEPLAC TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO
REQUALIFICAÇÃO URBANA SETOR INDUSTRIAL DO GAMA - DF
ALUNA: RAYANA MAYARA ABREU SOARES DE CARVALHO
ORIENTAÇÃO: MARIANA BOMTEMPO
BRASÍLIA / 2019 3
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Introdução
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Requalificação Urbana
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Histórico Legal
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SUMÁRIO
Localização Linha do Tempo
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Estudos de caso
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Como está?
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Programa de Necessidades
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Por que Requalificar?
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Proposta
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Referências Bibliográficas
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“As vezes, fico observando como uma gota de melado vai juntando as formigas. Ou como, num bar ou armazén de um bairro bem pobre, a luz e a animação atraem pessoas. Mas são principalmente as pessoas que atraem pessoas. O homem é ator e espectador desse espetáculo diário que é a cidade.” Jaime Lerner (2005)
AGRADECIMENTOS A meus pais e irmãos, que me apoiaram e me ajudaram em todo caminho, e não me deixaram desistir. Aos meus colegas de turma, super queridos, que tornaram as minhas noites muito mais divertidas, levarei boas lembranças desses 5 anos. Aos professores, que se propõem a transmitir esse conhecimento tão precioso, verdadeiros mestres, sem vocês nada disso seria possível. Em especial quero agradecer a Andrea, pelas aulas maravilhosas de THAU, verdadeiras viagens no tempo, ao Targino pela paciência sem limites para explicar rsrs, e a minha queridissíma orientadora Mariana, que faz todas as aulas com tanta paixão e dedicação, e que mesmo sem querer me motivou e me inspirou nessa jornada. Aos meus amigos, pela paciência nos meus momentos de ausência, estou de volta \o/ Ao meu parceiro de vida, pelos dedos colados em várias maquetes interminavéis. As maravilhosas Ercília, Denise, Dani e Paola, por todo o conhecimento passado no período de estágio. 7
INTRODUÇÃO
desenho da cidade está pronto e há interesse no processo de desindustrialização das cidades. “Uma nova forma de atuação no plano urbano associada à cultura urbana e à capacidade de atração e desenvolvimento sustentável dos territórios, tendo em vista a regeneração dos tecidos físicos e sociais.” (DUALIBI; ROSIN, 2013 p. 7). Corrobora com as definições anteriores o conceito de Moreira (2007), a autora diz que, requalificação abrange os aspectos econômicos, sociais e ambientais, ações e medidas que vão da infraestrutura a adequação de serviços e equidade. Enquanto a revitalização/renovação abrange os aspectos mais econômicos e ambientais, com caráter local e pontual. Para este projeto o termo requalificação será o adotado.
O trabalho tem como objetivo desenvolver uma proposta de requalificação urbana para o Setor Industrial do Gama, local que atualmente encontra-se com vários espaços ociosos devido aos processos de desindustrialização pelo qual têm passado cidades do mundo inteiro nas últimas décadas. Lidar com espaços urbanos e suas transformações é um grande desafio a ser enfrentado pelas cidades, seja decorrente do desenvolvimento ou por força política, econômica, cultural, as áreas urbanas tem crescido de forma acelerada (BORTOLI; SBARDELOTTO, 2014). Atualmente 54% da população mundial (ONU, 2018), e mais de 84% da população brasileira vivem em ambientes urbanos (EMBRAPA, 2017), o que reforça a importância de estudar, entender e propor alternativas para melhorar a qualidade de vida urbana. É necessário, portanto, segundo Araki (2010 p. 187) intervir por meio de requalificação, a fim de gerar “espaços que cumpram a função social, recuperar a continuidade urbana e
promover um desenvolvimento sustentável”, de forma a não expandir as manchas urbanas das cidades já existentes, promovendo uma densidade com qualidade. Para melhor entendimento deste estudo é necessário apresentar a diferença entre renovação e requalificação urbana. Renovação urbana segundo Peixoto (2009) é a alteração de locais ou edifícios que permite a mudança de funções, a admissão e/ ou substituição de antigos elementos por novos, a mudança de estilo e/ou implantação desses, a adequação de uma nova concepção de cidade, ou a novas necessidades. Além de permitir a demolição de construções tipologicamente ou morfologicamente desadaptadas, substituindo por um novo modelo urbano adaptado às novas necessidades culturais e sociais contemporâneas. Requalificação urbana de acordo com Dualibi; Rosin (2013), é uma maneira de intervir onde o
De acordo com Jacobs (2011) é essencial que os planejadores urbanos façam um diagnóstico das condições capazes de gerar as diversidades que estão faltando, que podem ser: a carência de usos principais combinados, ou se as quadras são muito extensas/profundas, ou se existe uma mistura precária de idades, ou tipos de edifícios não condizem com a necessidade local, ou se a densidade de pessoas é baixa. Somente após esse diagnóstico, é possível agir sobre os aspectos que faltam, e propor a melhor solução possível. Ainda sobre os aspectos do planejamento urbano, segundo Del Rio (1990), uma das maneiras mais usuais de se realizar o planejamento urbano é através do zoneamento, trata-se dos tipos de usos permitidos e sua ocupação, incluindo gabaritos, afastamentos, e coeficientes de aproveitamento. O autor ainda salienta que, o desenho urbano pode ser realizado através da análise do uso do solo, configuração espacial, circulação viária e estacionamento, espaços livres, percurso de pedestre, atividades de apoio e mobiliário urbano, com o intuito de que a qualidade urbana se dê pelo tratamento de suas partes. No Distrito Federal, Freitas (2013) afirma que Brasília teve em seu planejamento a previsão da implantação de áreas industriais, locadas distantes do centro político-administrativo, não poluentes, e que não foram efetivamente implantadas. A principal área industrial em Brasília é o Setor de In-
dústrias e Abastecimento e o Setor Complementar de Indústrias e Abastecimento. Além disso, em diversas Regiões Administrativas encontram-se setores industriais, como no Gama, em Ceilândia, em Taguatinga e em Sobradinho. Entretanto, muitas dessas áreas hoje encontram-se subutilizadas uma vez que a economia de Brasília se estabeleceu predominantemente sobre os setores terciário e quaternário. A área industrial localizada na Região Administrativa do Gama, denominada Setor de Industria, foi a escolhida como objeto de estudo e preposição deste trabalho. O Gama é localizado a 30 km do Plano Piloto de Brasília, entre duas importantes rodovias federais (BR-060 e BR-040) ligadas pela DF-290, conhecido como a capital do Entorno, é polo econômico e geográfico para cidades goianas vizinhas: Novo Gama, Valparaíso, Cidade Ocidental, Luziânia e Santo Antônio do Descoberto (CODEPLAN, 2018).
em um projeto de requalificação urbana, está o fomento da diversidade, Jane Jacobs (2011, p. 103) afirma “a diversidade é natural as grandes cidades”, essa se encontra no fato de que há muitas pessoas próximas, com gostos, habilidades, obsessões e carências diferentes. As cidades brasileiras devem abrigar a diversidade do seu povo nos aspectos econômicos, sociais, culturais e raciais. Um exemplo desse organismo público para interações sociais para Casula, Maria (2017) são os espaços públicos, locais onde a história acontece bem como as manifestações culturais. JUSTIFICATIVA Intervir em áreas já existentes é complexo, devese analisar a legislação vigente, os desejos da população, os possíveis impactos ambientais e urbanos, bem como o patrimônio cultural existente, afim de criar
novos espaços, melhores, que gerem a interação humana e urbana. No caso da requalificação urbana do Setor Industrial do Gama, é uma área com grande potencial de adensamento, muito conectada ao seu entorno, e com mais de 40% dos lotes vazios e subutilizados, o que justifica a realização de uma proposta de requalificação para esse bairro, com base nos conceitos e estudos mais recentes de requalificação urbana. OBJETIVO O objetivo desse trablho e propor um projeto para potencializar os pontos fortes do Setor Industrial do Gama e indicar ações de melhoria para as oportunidades e pontos fracos, com o objetivo de requalificar o Setor de Indústria. Torna-lo um espaço com maior qualidade urbana e para a população, e propor soluções para o adensamento de forma sustentável.
O Setor Industrial do Gama perdeu sua vitalidade ao longo dos anos, e atualmente encontra-se com poucas industrias, muitos lotes vazios e áreas ociosas com pouco investimento. O Gama teve seu Plano Diretor Local alterado em 2006 com base nas diretrizes de uso e ocupação do solo do Estatuto da Cidade - Lei Federal n 10257/2001 (FERREIRA, 2014). Foi proposto a alteração de uso e ocupação do setor, porém as obras que deram entrada na Administração Regional, não continham o Estudo de Impacto e Vizinhança que é um instrumento do Estatuto da Cidades considerado obrigatório para o caso das obras que ocorreram no local. Os Estudos de Impacto e Vizinhança são fundamentais pois, é no solo urbano segundo Romero (2013) que se realizam os processos sociais, que modelam a vida de um povo, afetando as relações sociais e a produção. Além disso, os grandes empreendimentos realizados geram sobrecarga das infraestruturas urbanas e dos equipamentos existentes prejudicando o entorno imediato e a qualidade de habitabilidade dos novos e antigos moradores. Dentre os diversos aspectos a serem considerado Imagens: Vista aérea do Gama
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REQUALIFICAÇÃO URBANA
cisam ser ocupados. Quando, porém, os vazios, edificados ou não edificados, são frutos do abandono ou da especulação imobiliária, acabam se tornando espaços desocupados e/ou subutilizados, e, muitas vezes, estão próximos a áreas centrais, em meio a uma malha consolidada e provida de infraestrutura. Assim, áreas vagas constituem verdadeiros desperdícios, tanto do ponto de vista econômico, quanto do ambiental e do social.” A requalificação urbana com o objetivo de gerar novos usos, é abordado no estudo de Dualibi; Rosin (2013) onde afirma-se que as intervenções para readequar, revitalizar e valorizar os espaços podem contribuir para a melhoria do entorno como um todo, com a implementação de novos equipamentos, geração de desenvolvimento social e melhoria nas condições econômicas. As transformações urbanas no final do século XX são objeto de estudo de Dezen-Kempter (2009), com a mudança econômicas, houve-se mudanças também na estrutura das cidades para poder comportar a nova realidade humana, essas mudanças são notadas principalmente nas regiões portuárias e industriais. O autor defende que devese preservar a identidade e o patrimônio industrial dessas regiões, pois trata-se de bens patrimoniais e culturais da sociedade. Segundo Varques (2005), as áreas obsoletas, também abordada na literatura como browfields, termo que significa áreas em desuso, ociosas, abandonadas ou subutilizadas, cujo redesenvolvimento é dificultado, mas que possuem um potencial latente para reuso, já é bem difundido
nos Estados Unidos e Europa, e pouco conhecido no Brasil. Ainda segundo Vasques (2005), outros nomes são empregados para designar essas áreas, como espaços opacos, espaços residuais, espaços de reconversão, pontos negros, áreas degradadas, paisagem estragada, cicatrizes/fraturas urbanas, cinturão de ferrugem, espaço de inércia, terrenos vagos (resultantes da desindustrialização), rugosidades, e diversos outros, não há consenso na literatura para determinar um termo. Segundo Araki (2010, p. 189) vazios urbanos são:
“Nem todos os vazios necessariamente representam um problema. Podem ser um respiro, uma praça, e, neste sentido, estão para a arquitetura assim como o silêncio está para a música, ou seja, fazem parte do conjunto e não pre-
Contudo há aspectos comuns quando se trata desses termos, o uso anterior dessas áreas ou propriedades sofrem abandono e degradação, porém há possibilidade de adequá-los a um novo uso (VASQUES, 2005). O autor também afirma que as brownfiels são associadas geralmente a regiões industriais, porém podem ser empresas/áreas comerciais, todo tipo de infraestrutura de transporte, ou residenciais abandonados e degradados. Áreas industriais são consideradas aquelas cuja principal atividade econômica era a industrial. Algumas regiões e cidades foram fortemente marcados por essas atividades e tiveram seu processo de mudança de uso alcançado sem grandes problemas e com sucesso, ou seja, houve a mudança do uso industrial, para outras atividades econômicas. Entretanto, outras cidades ou regiões passaram por uma estagnação, provavelmente econômica, nesse processo e apresentam muitas áreas obsoletas ou brownfields (VASQUES, 2005). É preciso manter a dinâmica das cidades a fim de evitar a permanência dessas áreas e incorporá-las rapidamente ao tecido urbano com planejamento, devolvendo a elas funções não industriais
de acordo com Vasques (2005). No início dos anos 60 e em contraponto às reformas promovidas por Robert Moses em Nova York, Jane Jacobs (2001) fez uma crítica ao urbanismo moderno, ao planejamento urbano e às reurbanizações que aconteceram à época, período este da construção de Brasílía que também seguiu os preceitos modernistas da Carta de Atenas. A autora defende a mescla de usos e usuários, bem como idades diferentes das edificações, para Jacobs (1961) as zonas urbanas malsucedidas sofrem da falta de usos mistos. Requalificações urbanas têm sido tema de projetos e discussões por todo o mundo, autores abordam diferentes aspectos que devem ser observados pelos planejadores urbanos. Alvares (2006), por exemplo, trata das revitalizações em centros urbanos na América Latina, em seu estudo de caso sobre Puerto Madero em Buenos Aires alerta sobre a gentrificação causado pelos processos de revitalização e o cuidado que se deve ter para não replicar determinados tipos de soluções projetuais. Os chamados vazios urbanos segundo Leite, Awad (2012) devem ser reaproveitados, retornar a densidade e investimentos para resgatar a vocação original, o projeto urbano devolve funções além de embelezar o território e reorganiza-lo. No planejamento urbano e nos projetos de requalificação, devem ser observados, além dos critérios abordados anteriormente, de acordo com Romero (2013) a morfologia do tecido urbano, a forma, as ruas, os lotes, o gabarito, o tamanho dos espaços públicos, a orientação dos ventos, tipo de pavimentação, barreiras e orientação solar para que se crie microclimas confortáveis aos pedestres e moradores da região. Considerando o planejamento urbano em uma escala menor, Jacobs (1961) diz que as calçadas e ruas são os elementos mais importantes de uma cidade, se estas forem interessantes a cidade também será, a segurança urbana é umas das funções fundamentais desses dois elementos, a cidades que falha nesses quesitos, geralmente falha em outros.
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HISTÓRICO LEGAL
O Estatuto da Cidade, Lei n 10.257/2001 “estabelece diretrizes gerais para a política urbana, normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo e do bem-estar dos cidadãos, e do equilíbrio ambiental” (ESTATUTO DA CIDADE, 2001, p.1). É um marco na legislação urbanística brasileira que possibilita a participação popular e o crescimento urbano equilibrado (FERREIRA, 2015). O Estatuto da Cidade traz instrumentos para o planejamento urbano. Dentre eles o parcelamento e edificação compulsórios; IPTU progressivo no tempo; a desapropriação pelo valor venal, e a operação urbana consorciada. Além disso o Estatuto diz que a propriedade urbana precisa cumprir uma função social. O Estatuto também prevê a utilização de planos diretores locais como instrumentos de ordenação e direcionamento territorial. Em 2006 o Plano Diretor do Gama é aprovado afim de aplicar as diretrizes previstas no Estatuto da Cidade. O PDL traz alterações importantes para o Setor Leste Industrial (2006 p. 6 e 7): “Art. 60. As quadras QI 1 a QI 7 do Setor Leste serão objeto de projeto urbanístico especial, com vista à definição de faixas de servidão para livre acesso de pedestres, bem como à criação de praças e áreas de estar. § 1º A flexibilização dos usos nas quadras QI 1 a QI 7 do Setor Leste fica condicionada à aprovação do projeto urbanístico especial, que definirá os instrumentos jurídicos e urbanísticos a serem aplicados, em consonância com o disposto no Capítulo I do Título V desta Lei Complementar. § 2º Os lotes sobre os quais incidirão os instrumentos jurídicos e urbanísticos serão definidos em legislação específica.” “Art. 65. O potencial construtivo das quadras QI 2 a QI 7 do Setor Leste terá coeficiente de aproveitamento 3,0 (três). § 1º O proprietário do lote poderá requerer o aumento do coeficiente de aproveitamento para até 6,0 (seis), mediante a elaboração do Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV. § 2º Fica o aumento do potencial construtivo previsto neste artigo sujeito ao pagamento da Outorga Onerosa do Direito de Construir - ODIR.” Com base nos artigos acima o uso e ocupação do solo do Setor de Indústria é flexibilizado, a proposta é potencializar o adensamento populacional
através do aumento de potencial construtivo, verticalização das edificações e a extensão de usos em regiões específicas da cidade (FERREIRA, 2014). Foi proposto no PDL da cidade a alteração do uso dos lotes do Setor de Indústria para habitação multifamiliar, após essa alteração aumenta a especulação imobiliária e a entrada de pedidos de alvará de construção na administração local, que por omissão desta são aprovados sem o Estudo de Impacto e Vizinhança (Art 36 e 37), instrumento básico para reduzir os impactos na malha urbana previsto no Estatuto da Cidade, esses pedidos de alvará sofrem intervenção do Ministério Público (Recomendação n 12/2010 – PROURB) , que questiona a falta do Estudo de Impacto e Vizinhança (FERREIRA, 2014). Recentemente o Distrito Federal teve a Lei Complementar n 948/2019 também denominada Lei de Uso e Ocupação do Solo – LUOS-DF aprovada, a LUOS “estabelece os parâmetros de uso e ocupação do solo para lotes e projeções na macrozona urbana do DF, é um instrumento complementar de políticas de ordenamento territorial, expansão e desenvolvimento urbano” (LUOS, 2019, p.1). Nessa lei encontra-se os objetivos e princípios, bem como os parâmetros de uso e ocupação do solo para a RA II – Gama, além dos critérios de coeficiente de aproveitamento, alturas máximas e básicas, afastamentos, taxa de permeabilidade, uso de marquises, subsolo, tratamento de divisas, etc. Vale ressaltar que a LUOS/2019 revoga as disposições contrarias do PDL/ 2006 (LC 728/2006). Os parâmetros de uso e ocupação do solo para o Setor de Industria definidos pela LUOS /2019 são (anexo I): • CSIIR 1: Comercial, Prestação de Serviços, Institucional, Industrial e Residencial, onde são obrigatórios os usos comercial, prestação de serviços, institucional e industrial, simultaneamente ou não, e admitido o uso residencial desde que este não ocorra voltado para o logradouro público no nível de circulação de pedestres, localizado em áreas de maior acessibilidade dos núcleos urbanos, localizados em áreas internas de núcleos urbanos.
simultaneamente ou não, e permite o uso residencial, desde que este não ocorra voltado para o área pública no nível de circulação de pedestres, localizado em áreas de maior acessibilidade dos núcleos urbanos. • CSIIR 2 NO: Não obrigatório - Residencial, comercial, institucional, prestação de Serviços, industrial e residencial, onde são obrigatórios os usos comerciais, prestação de serviços, institucional e industrial, simultaneamente ou não, e permite o uso residencial, desde que este não ocorra voltado para o área pública no nível de circulação de pedestres, localizado em áreas de maior acessibilidade dos núcleos urbanos. • CSII 2: Industrial, prestação de serviço, comercial, e institucional, onde são permitidos, simultaneamente ou não, os usos industriais, prestação de serviços, institucional e comercial, proibido, portanto o uso residencial. • PAC 2: Postos de abastecimento e lubrificantes obrigatório. CIDADE, 2001, p.1). É um marco na legislação urbanística brasileira que possibilita a participação popular e o crescimento urbano equilibrado (FERREIRA, 2015). O Estatuto da Cidade traz instrumentos para o planejamento urbano. Dentre eles o parcelamento e edificação compulsórios; IPTU progressivo no tempo; a desapropriação pelo valor venal, e a operação urbana consorciada. Além disso o Estatuto diz que a propriedade urbana precisa cumprir uma função social. O Estatuto também prevê a utilização de planos diretores locais como instrumentos de ordenação e direcionamento territorial. Em 2006 o Plano Diretor do Gama é aprovado afim de aplicar as diretrizes previstas no Estatuto da Cidade.
• CSIIR 2: Residencial, comercial, institucional, prestação de Serviços, industrial e residencial, onde são obrigatórios os usos comerciais, prestação de serviços, institucional e industrial, 13
LOCALIZAÇÃO
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MAPA DISTRITO FEDERAL
O Gama Região Administrativa do Distrito Ferderal, faz parte da Unidade de Planejamento Territorial Sul. Oficialmente instituída em 10 de outubro de 1964 a RA II, possui 276,34 km2, sendo apenas 15,37 km2 de área urbana e 260,97 km2 em área rural (TERRACAP, 2010). Com a forma que lembra uma colmeia, um traçado diferente das
RA projetadas até aquele momento, seu formato peculiar, deixou espaços vazios em sua malha urbana (BRAGA, 2018). Com grandes áreas vazias, boa oferta de infraestrutura urbana e de equipamentos públicos em área urbana já consolidada, a RA II – Gama foi selecionada a partir de levantamento sobre áreas com potencial de adensamento (BRAGA, 2018). Boa par-
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MAPA GAMA
te da população do entorno se desloca para o uso dos equipamentos e serviços oferecidos pelo Gama (GUERRA, 2011). O setor da indústria do Gama tem sua origem na concepção do planejamento urbano da cidade, possui 528 lotes (GUERRA, 2011). Em 2009 o PDL aprova o Projeto Especial do Setor Leste Industrial do
SETOR INDUSTRIAL DO GAMA
Gama, que transforma em área mista a região, prevendo a revitalização do setor, possibilita a incorporação de empreendimentos comerciais, habitacionais, industriais, serviços e institucional (GUERRA, 2011).
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1965
1975
Onze anos após inauguração oficial, o Setor de indústria já possui uma maior quantidade de lotes ocupados, bem como o Setor Sul.
O primeiro registro encontrado foi em 1965, cinco nos após a inauguração da cidade, já se nota o traçado urbano delimitado, o centro da cidade, setor de Indústria, com pouca ou nenhuma ocupação e Setor Sul e Setor Leste com diversos lotes vagos.
LINHA DO TEMPO
1986
O registro seguinte é em 1975, 10 anos após, verifica-se um número maior de construções por todo o Gama, em especial no setor de indústria e no centro da cidade, muitos lotes do Setor Sul ainda vagos.
1995
2009
2019
Foto aérea de 2009, possível notar as construções em altura no setor de indústria, e a ocupação da região destinada ao ProDF, próxima a saída do Gama. A cidade cresce verticalmente também no Setor Central, e a expansão para fora da área urbana originalmente delimitada é percebida.
No registro de 1995, nota-se o aumento da densidade no setor de indústria e no centro da cidade, a ocupação da região da Vila Roriz ao norte da cidade é iniciada.
Aumento significativo das construções em altura no período de 10 anos, no Setor de Industria e Setor Central. Aumento das construções próximas a saída do Gama, ProDF.
Fonte: Geoportal e SICAD, 2019
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HIGH LINE PARK
ESTUDOS DE CASO
Uma antiga linha de trem elevada, construída para transporte de carga, em 1930, a ferrovia industrial West Side, cruzava as regiões de Meatpacking, West Chelsea e Midtown West, três bairros na ilha de Manhattan em Nova York. Desativada nos anos 80, ficou esquecida durante muitos anos, e seus trilhos foram ocupados por vegetações rasteiras, como um grande jardim elevado (NEW YORK, 2019).
Operations e o escritório de arquitetura Diller Scofidio + Renfro (CILENTO, 2009), a proposta da equipe vencedora transforma a infraestrutura existente em parque público elevado, o High Line Park (CILENTO, 2009). Segundo Amanda Burden, ex-diretora do departamento de Planejamento Urbano de Nova York, o High Line Park é o espaço público mais contestado da cidade, o interesse financeiro na região, tenta vez ou outra torna-lo uma área comercial, com lojas, ou contestam sua existência, por “não ornar” com o entorno. O projeto começou a ser executado pela prefeitura de Nova York em abril de 2006, e inaugurada a primeira etapa do projeto ou Seção 1, foi aberta ao público em 2009. Dividido em mais duas etapas, a seção 2 foi entrega ao público em 2011, e a Seção 3 inaugurada em 2014. O parque tem 2,5 km, 8m de altura que atravessa três bairros poucos visitados pelos turistas, esses bairros eram ocupados por industrias e empresas de transporte, hoje é ponto turístico, bastante visitado por chamar atenção com o contraste entre o verde e os arranha-céus de Manhattan, com mais de 500 espécies de plantas, possui mais de uma dúzia de acessos, cada uma delas possui algum atrativo, que leva o usuário a explorar e permanecer no local (CILENTO, 2009).
Cogitou-se demolir a linha do trem, entretanto moradores e urbanistas da região se uniram e criaram uma associação asem fins lucrativos, a Friends of the High Line, realizaram uma campanha para transformar a linha do trem em parque urbano, preserva sua história e estrutura (NEWYORK, 2019). Um concurso de ideias nomeado de Designing the High Line foi realizado em 2003, para atender as reinvindicações dos moradores, com a participação de 720 equipes de 36 países, os ganhadores do concurso foram o escritório do paisagista James Corner Field
O local hoje se expandiu devido a popularidade do parque, possui em seu entorno café restaurantes e galerias de arte, e é exemplo de transformação de zonas industriais obsoletas, oferece uma nova maneira de conhecer a
cidade. Vale ressaltar a importância do envolvimento da comunidade local para a realização dessa revitalização, foi a principal incentivadora, participando ativamente de todo o projeto. A opção por não demolir o parque, e decidir pela reforma e preservação, leva a decisões projetuais da exposição de alguns trechos dos trilhos e os guarda-corpos em Art Deco, esses elementos passam por uma cuidadosa restauração (PUC RIO). A estrutura adotada no trilho é semelhando a utilizada para telhados verdes, com o assentamento de várias camadas que favorece a drenagem e previne a erosão do solo. Muitas das espécies foram fornecidas por produtores locais num raio de 100 km, afim de evitar maiores gastos. A sustentabilidade norteia todas as decisões de projeto (PUC RIO). O acesso ao parque, é realizado por 12 escadarias, algumas com elevadores e banheiro (PUC RIO). O High Line Park contribui para o tema de revitalização de áreas urbanas, a importância de espaços públicos, preservação do patrimônio e história local, para a diversidade social, bem como o uso de espaços obsoletos e vazios urbanos. O projeto impulsionou o desenvolvimento da região, trouxe vitalidade para os bairros, a ocupação das edificações existentes, novas construções, novas ofertas de emprego e lazer. Em uma cidade onde a oferta de terrenos é escassa, aproveitar áreas em que já existe infraestrutura é fundamental para a sustentabilidade da mesma (PUC RIO).
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ESTUDOS DE CASO
PUERTO MADERO Puerto Madero foi o primeiro porto de Buenos Aires, construído em 1889, próximo ao centro administrativo, da Casa Rosada e do eixo rodoferroviário (URBAN-REGENERATION, 2019), possuía além das funções portuárias, silos e frigoríficos (VITRUVIUS, 2019). O porto se torna insuficiente para demanda em pouco tempo – duas décadas depois, além de ser um dos portos com as operações mais caras do mundo, outro fator que leva ociosidade é a ineficiência logística, o rio da Prata é raso para as embarcações devido ao grande acumulo de sedimentos. Com a modernização dos navios, que ficaram cada vez maiores, torna-se inviável o uso do porto, o que levou a construção de um Porto Novo nos anos 1911 a 1919 (GIACOMET, 2008). Puerto Madero ficou abandonado por mais de 50 anos, apesar da proximidade com o centro histórico da cidade (CPM, 2019). Em 1918 com o objetivo de reurbanizar a região, a prefeitura começa o projeto de construção de um passeio público ao longo da costa, com praças e escadarias junto ao leito do rio, recebeu o nome de Costanera Sur; o local funcionou até 1950 como praia pública, a poluição do local impossibilitou seu uso (CPM, 2019). Em 1991 o Distrito se torna área de proteção patrimonial Antigo Puerto Madero (CPM, 2019), as rigorosas normas dessa lei, tornam possível manter intacta as características do porto. A localização privilegiada, e a possibilidade de aumentar a malha urbana, levou a um novo projeto para uso da área, uma iniciativa público-privada busca a recuperação de 170 hectares, formado por galpões e diques, novos elementos urbanos foram acrescentados a área, conectando com a área central da cidade e as vias principais (GIACOMET, 2008) Diferentes tipologias arquitetônicas são adotadas. O projeto inclui a criação de avenidas e ruas, novas áreas de infraestrutura e serviços, restauração dos antigos galpões, parques e pontes (CPM, 2019). A requalificação de áreas portuárias e industriais obsoletas e subutilizadas, tem-se tornado
um tema recorrente nas politicas publicas e no urbanismo contemporâneo, o caso Puerto Madero revelou que o uso de espaços obsoletos, promove a “revalorização e transformação visual da rua e do vazio urbano” (GIACOMET, 2008 p. 74). A revitalização de Puerto Madero gera um novo polo gastronômico, comercial e empresarial, com supermercados, bares, pubs, shoppings, teatro, apartamentos e escritórios. No período de 25 anos, o local se torna uma das áreas mais modernas e dinâmicas de Buenos Aires, a valorização repercute nos bairros vizinhos como La Boca e San Telmo (GIACOMET, 2008)
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PORTO MARAVILHA - RIO DE JANEIRO
ESTUDOS DE CASO
A Operação Urbana Consorciada – OUC da região do Porto do Rio de Janeiro, conhecido como Porto Maravilha, foi instituída pela Lei 101/09 com o objetivo de promover transformações urbanísticas estruturais, valorização ambiental e melhorias sociais, recuperação dos patrimônios histórico e cultural da Região Portuária do Rio de Janeiro (PORTAL GEO RIO, 2017). A região de intervenção abrange 5 milhões m2, o projeto busca trazer o conceito de que o centro da cidade pode ser lugar de moradia, trabalho e diversão, com o foco em melhorar as condições habitacionais e atrair novos moradores para região, a projeção era que em 10 anos o adensamento demográfico atual de 32 mil habitante chegue em 100 mil habitantes na região da Gamboa, Saúde, Santo Cristo, Centro, Caju, Cidade Nova e São Cristóvão (PORTO MARAVILHA, 2019). Contrata-se então a Concessionária Porto Novo via licitação, para fiscalizar e gerenciar, bem como prestar serviços públicos municipais até 2026, é a maior parceria público-privada realizada no Brasil. Algumas das obras contratadas foi a demolição do elevado da Perimetral com 4790 m, além de obras de infra estrutura urbana como iluminação, drenagem, água, esgoto, telecomunicações, arborização, mobiliário urbano, etc. (PORTO MARAVILHA, 2019). Com a demolição do Elevado da Perimetral, foi necessária a criação de novos sistemas viários, para tal foi projetado as vias Expressas e Binário do Porto, 17 km de ciclovia, e novas áreas de pedestres, a expansão do metrô, teleférico e a implantação do VLT na região, valoriza a ideia de morar perto do trabalho, a acessibilidade e a integração entre os diferentes modais (PORTO MARAVILHA, 2019).
Algumas obras já foram realizadas, como a requalificação da Praça XV, a Orla Conde e a Praça Mauá, e é possível ver o antes e depois das regiões. Além das obras da Praça Mauá, Praça XV e Orla Conde, o eixo entre rodoviária e a Cidade do Samba receberam em menor grau investimentos na região. Há 77 empreendimentos licenciados, sendo 48 residenciais de habitação de interesse social e 29 de empreendimentos públicos operacionais e culturais. (WERNECK; NOVAES; SANTOS JUNIOR, 2018), entretanto 37 não foram iniciados, 20 estão concluídas e funcionando. A desaceleração econômica do país impactou a modalidade de desenvolvimento imobiliário do Porto Maravilha. Dentro do projeto há também o Plano de Habitação de Interesse Social Porto Maravilha (PHIS PM), que tem como meta a construção de mais de 10 mil unidades habitacionais, reforma de aproximadamente 2500 residências de interesse social, e a criação de Áreas de Especial Interesse Social (AEIS) nos vazios urbanos, entretanto não foi colocado em prática (WERNECK; NOVAES; SANTOS JUNIOR, 2018). A premissa inicial de que a requalificação da área do Porto do Rio de Janeiro seria custeada por iniciativa privada, não se sustenta, já que segundo Werneck; Novaes; Santos Junior (2018), há necessidade de investimentos públicos para voltar a ter atração imobiliária no local, que se concentrou em pontos segmentados, de maior relevância cultural e empreendimentos de médio e alto padrão. É relevante ressaltar também que há o risco de gentrificação de uma região portuária, tradicionalmente e culturalmente afrodescendente.
23
DEPOIS
ANTES
RESIDENCIAL COMERCIAL MISTO INDUSTRIAL
1187
COMO ESTÁ?
Q.1
EXTREMAMENTE ALTA ALTA
MÉDIA BAIXA INEXISTENTE
Q.2 Q.3 Q.4
Q.7
Q.5 Q.6
DENSIDADE
VENTOS PREDOMINANTES 1152
LOTE OCUPADO
LOTE SUBUTILIZADO LOTE VAGO
Pouca vegetação existente, não nativa, com preominancia de mangueiras e jamelão. Topografia com inclinação de 2% ao longo de todo o terreno.
A maior extensão do terreno é sentido norte – sul, com ventos predominantes a leste. Os gabaritos a serem propostos para as edificações das quadras 7 e 1 devem ser pensados de modo que não haja barreiras para a ventilação predominante, conforme Quanto maior o contraste de alturas entre os edifícios melhor as condições climáticas e de ventilação, GIVONI (1998) diz que edifícios altos com um amplo espaço aberto entre eles terão condições de ventilação melhor que edifícios baixos com pouco espaço entre si.
RESIDENCIAL COMERCIAL MISTO INDUSTRIAL
EXTREMAMENTE ALTA
EQ. PUBLICO URBANO EQ. PÚBLICO COMUNITÁRIO VAZIO ABANDONADO / APARENTEMENTE ABANDONADO
ALTA
Com relação a topografia o terreno possui um desnível de aproximadamente 30 m ao longo de 2,4 km, inclinação de 0,2% em média para o terreno, sentido nordeste – sudoeste, conforme figuras 42 a 46. A baixa inclinação do setor favorece o caminhar pelas ruas e o tráfego de bicicletas. A drenagem pluvial também é beneficiada já que há um baixo risco natural para erosões, assoreamentos e deslizamentos. O custo com a execução de obras é beneficiado, pois não LOTE OCUPADO há necessidade de grandes terraplanagens e muros de LOTE SUBUTILIZADO arrimo. Posto
LOTE VAGO
CONVEXIDADE
Posto
USO E OCUPAÇÃO
ANÁLISE BIOCLIMÁTICA E VEGETAÇÃO EXISTENTE E CURVAS DE NÍVEL
TRAJETÓRIA SOLAR
EQ. PUBLICO URBANO EQ. PÚBLICO COMUNITÁRIO VAZIO ABANDONADO / APARENTEMENTE ABANDONADO
MÉDIA BAIXA INEXISTENTE
BARREIRAS VISUAIS E ESPACIAIS PERMEABILIDADE VISUAIS E ESPACIAIS
O Setor de Indústria tem predominância de lotes com uso comercial, vazios e aparentemente abandonados. Observa-se que o uso industrial é pouco explorado, as poucas indústrias que existem são predominantemente de alumínio e metalúrgica, porém a presença de autopeças e serviços automotivos também é alta. Há quinze prédios residenciais exclusivos, lotes com uso misto, igrejas, casas de festas infantil e adulto, restaurantes de pequeno e médio porte, padarias, equipamentos públicos urbanos e comunitários,
ALTISSÍMA ALTA MÉDIA
TERMINAL BRT
ACESSO GAMA / SANTA MARIA E ENTORNO GO
RODOVIÁRIA
BAIXA BAIXISSÍMA
CALÇADAS EXISTENTES
ACESSO CENTRO DO GAMA
N
INSTITUIÇÕES DE ENSINO
AXIALIDADE
PRINCIPAIS VIAS DE ACESSO
ACESSO GAMA BAIXA PILOTO ALTISSÍMA PLANO BAIXISSÍMA ALTA MÉDIA
ESCOLA CLASSE ENSINO FUNDAMENTAL FACULDADE / UNIVERSIDADE ESCOLA TÉCNICA
(PÚBLICA)
(PÚBLICA)
ESCOLA CLASSE
como o parque infantil, correios, mercados, postos ENSINO de gasolina, cartório, escolas e academias. Entre o FUNDAMENTAL comércio há também lojas de roupas, e clínicas. As FACULDADE / edificações existentes oscilam de um a vinte pavimenUNIVERSIDADE tos. ESCOLA TÉCNICA O uso misto do setor é seu ponto forte, diversas atividades podem ser integradas no local.
acessibilidade e integração dentro do complexo urbano. ESCOLA PRIVADA Há um equilíbrio na integração das vias. CRECHE
(PÚBLICA)
(PÚBLICA)
As vias com mais axialidade são as vias externas do setor, seguidas pelas vias em amarelo, verde, azul escuro e azul claro. Quanto mais alta a axialidade, maior o potencial de atração de fluxos, permeabilidade,
ENSINO MÉDIO
(PÚBLICA)
Os espaços LAZER permeáveis do mapa traduzem as possibilidades de transitar dos pedestres, e a permeabilidade SAÚDE visual, quanto mais áreas permeáveis e sem barreiras, maior a capacidade de atrair pessoas e de movimentação. Não é o caso dos espaços do setor de indústria, que apesar de grandes espaços vazios, há muitas barreiras visuais e espaciais (em preto), há muitos lotes vazios e abandonados, porém esses são cercados, impedindo a permeabilidade visual e caminhabilidade
ESCOLA PRIVADA CRECHE ENSINO MÉDIO LAZER SAÚDE
(PÚBLICA)
CALÇADAS DEGRADADAS CALÇADAS EM BOM ESTADO CALÇADAS INEXISTENTES MAPA DE FOTOS
do pedestre e o poder de atração de pessoas para os espaços. A densidade do setor é praticamente inexistente, com poucos pontos, distantes entre si de áreas residenciais e uso misto. A área mais densa é o residencial Gammagiore, seguida em amarelo pelas outras áreas residências do setor, com a presença de condomínios residenciais fechados acima de quinze pavimentos. Os lotes possuem três tamanhos distintos: 140x20m / 75x20m e 17x10m.
10
25
1
2
5
6
9
10
14
11
15
N
4
3
N
7 5 3
16 4
15
2
1 13
8
7
12
13
10 6 12 8 9
16
11 14 27
etários. No caso dos imóveis urbanos, os interesses da sociedade se refletem na ordenação da cidade, definida pelo Plano Diretor. Assim, a propriedade urbana cumpre sua função social quando seu uso é compatível com a infraestrutura, equipamentos e serviços públicos disponíveis, e simultaneamente colabora para a se-
54% LOTES
gurança, bem estar e desenvolvimento dos usuários, vizinhos e, por fim, da população como um todo. É, portanto, condição para efetivar o Direito à Cidade.”(PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2017)
27% LOTES SUBUTILIZADOS
N
19% LOTES INSTRUMENTOS DO ESTATUTO DA CIDADE
PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU UTILIZAÇÃO
PRAZOS
POR QUE REQUALIFICAR?
“A função social, presente na Constituição Federal de 1988, é princípio norteador do direito de propriedade no Brasil. De acordo com ele, todo bem, seja móvel ou imóvel, rural ou urbano, deve ter um uso condizente com os interesses da sociedade, e não apenas com os interesses dos propri-
ESTATUTO DA CIDADE
1 ANO APRESENTAR O PROJETO
2 ANOS INICIAR AS OBRAS
IPTU PROGRESSIVO NO TEMPO
EM CASO DE NÃO CUMPRIMENTO
PRAZO DE 5 ANOS PARA DAR USO AO LOTE (no max. 15% sobre valor) do imóvel)
5 ANOS PARA CONCLUIR
EM CASO DE NÃO CUMPRIMENTO
DESAPROPRIAÇÃO COM PAGAMENTO DE TÍTULOS
EQUIPAMENTOS PÚBLICOS
PODER PÚBLICO EM CASO DE NÃO CUMPRIMENTO
PRAÇAS E PARQUES
HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL
Maior parte dos lotes possui mais de anos de venda por licitação ou direta. Fonte: TERRACAP
29
CSIIR 2 CSIIR 2 NO PAC 2 CSIIR 1 CSII2 INST EP
USOS PROPOSTOS PELA LUOS/2019
AINDA NO ÂMBITO LEGAL...
N
EXEMPLO DE USOS POSSÍVEIS: Concessionárias, oficinas de serviços automotivos, supermercados, padarias, açougues, fábrica de sorvetes e polpas de frutas, fábrica de vinhos e cer-
QUADRA
UOS
1 2A6 7
CSIIR2 CSIIR 2 NO CSIIR 1
FAIXA ÁREA (M2) 500 A 3500 250 A 18.000 350 A 5000
ALTURA MÁXIMA (M) 15,50 A 54,00 12,00 A 36,5 15,50 A 22,50
Para esse trabalho o uso proposto na LUOS/2019 será mantido, com ajustes.
vejas, confecções, cinema, escolas, clínicas, áreas de assistência social, produção espetaculares de música, circo, dança, teatro, museus, academias, igrejas, correios, hotéis, restaurantes, cafés, bares,
bancos, cartórios, loteamentos, discotecas, danceterias, boliche, parques temáticos, lavanderia, habitação multifamiliar e unifamiliar.
Com a nova legislação, haverá um aumento de densidade no setor.
POR QUE AUMENTAR A DENSIDADE? Segundo Araki (2010 p. 187) intervir por meio de requalificação, a fim de gerar “espaços que cumpram a função social, recuperar a continuidade urbana e promover um desenvolvimento sustentável”, de forma a não expandir as manchas urbanas das cidades já existentes, promovendo uma densidade com qualidade. Altas densidades aumentam os investimentos públicos (infraestrutura, serviços e transporte) além de que, permitem a utilização eficiente da quantidade de terra urbana disponível, aumenta a vitalidade urbana, aumenta a oferta de empresas para os consumidores; facilita o acesso aos comércios; gera maior empregabilidade e reduz o trânsito
COMO AUMENTAR COM QUALIDADE?
ESCALA HUMANA
• Melhoria viária; • Melhoria dos espaços públicos existentes; • Ampliação da rede de serviços; • Otimização dos investimentos em infraestrutura; • Melhoria do paisagismo; • Melhoria da iluminação, mobiliário e segurança. • Incentivo ao caminhar e pedalar; • Redução do tráfego de veÍculos; • Incentivo ao transporte coletivo; • Diversidade de usos.
• Fachadas ativas; • Espaços curtos, lógicos, e hierarquicamente claros; • Curtas distâncias para percorrer a pé; • Ruas iluminadas e arborizadas;
(RAGAZZO; LIMA, 2015).
16
31
DIAGNÓSTICO
Para o desenvolvimento do programa de necessidade utilizou-se a legislação vigente, revisão bibliográfica e os estudos de caso. Serão apresentadas propostas para potencializar o uso do Setor de Indústria, crias espaços que valorizem
o pedestre e o transporte público urbano. Verifica-se a necessidade de uma pesquisa qualitativa com a comunidade, para verificar as demandas da população.
Foi realizada uma análise SWOT do setor, com o objetivo de trabalhar estrategicamente nos pontos de maior necessidade.
PROGRAMA DE NECESSIDADES
Propor uso para lotes vazios e subutilizados
Qualificação de calçadas e caminhos de pedestre
Propor usos fora do horário comercial
Propor alteração do trecho viário
Tratamento dos espaços públicos existentes
Mapa de uso e ocupação do solo
33
PROPOSTA
“Ruas, praças, parques: os espaços públicos são essenciais ao bom ambiente urbano.” Jaime Lerner (2013)
Com relação aos uso e ocupação, o setor tem como característica e ponto forte o uso misto. Para se aumentar a densidade, e ter qualidade no ambiente urbano, propõe-se a escolha de alguns lotes, hoje vazios e subutilizados, para o uso de equipamentos públicos, habitação social, praças e parques, afim de que haja diversidade no setor.
Os lotes destinados a Habitação Social foram selecionados pela próximidade com as vias de transporte público, e locados posteriormente os lotes destinados as escolas e creches, o mais próximo possivel. Os lotes para praças e parques foram selecionados próximos a escolas, creches e habitação
Uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) também é destinada ao setor, verificou-se durante as pesquisas que o Gama não possui nenhuma UPA. No mapeamento realizado dos Postos de Saúde próximo ao setor, verifica-se que não há, e portanto um lote é destinado a essa finalidade.
PARQUES / PRAÇA
ESCOLA
HIS
INST.
PROPOSTA | USO E OCUPAÇÃO
N
INST.
INST. INST.
INST.
USOS PROPOSTOS
Habitação de Interesse Social - HIS
Institucional (Sugestão de uso: Segurança Pública)
Parques / Praças
Institucional (Sugestão de uso: Assistência Social)
Institucional (Sugestão de uso: Saúde)
Institucional (Sugestão de uso: Educação) 16
35
PROPOSTA | USO E OCUPAÇÃO
• Para novas edificações sugere-se que sejam, construidas de forma escalonada, esse modelo construtivo favorece a penetração do sol nos andares mais baixos, nas edificações ao redor e principalmente na rua. A norma deverá ser utilizada para edificações acima de pavimentos.
• Fachadas ativas para que a cidade se torne viva, segura, sustentável e saudavel. • Propõe-se também proibir o remembramentos de lotes essa estratégia é adotada para promover um melhor adensamento da região.
Figura: Afastamentos propostos na LUOS Uberlândia - MG
• Outra estratégia é incentivar a troca da Outorga Onerosa pela construção/ doação de apartamentos para Habitação Social, mincentivando a diversidade nas edificações.
Figura: Exemplo de edificio projetado utilizando o afastamento escalonado (ARCOWEB, 2019)
Para aumentar a mobilidade do setor, ciclovias e vias cicláveis são propostas, com o objetivo de tornar as ruas multimodais. “Ruas multimodais contribuem para cidades mais eficientes”, favorece o comércio
e o uso público, aumenta a qualidade de vida e a melhora da economia local, pois pessoas que caminham ou pedalam consomem mais no comércio (GUIA GLOBAL DE DESENHO DE RUAS, 2018).
Áreas de compartilhamento de bicicletas e bicicletários são propostos ao longo das vias.
CICLOVIA
VIA CICLÁVEL
PROPOSTA | CICLOVIAS
N
CICLOVIAS E VIAS CICLÁVEIS
37
A criação de uma via central no Setor Induatrial para receber o fluxo de transporte público, bem com pontos de para-
N
PROPOSTA | MOBILIDADE URBANA
O transporte público é um dos fatores que deve ser pensado no processo de requalificação.
da, locados preferencialmente ao final / inicio de cada quarteirão. Reduzindo assim as distâncias caminhadas pelos usuários.
PARADAS PROPOSTAS VIA ÔNIBUS
VIAS PROPOSTAS E PARADAS DE ÔNIBUS
18
Criar conecções no sentido Leste/ Oeste do Setor Industrial é proposto para gerar maior intergração e conectividade com o restante dos bairos da cidade do Gama.
Para a criação dessas vias, sugere-se a utilização de lotes vazios e subutilizados.
VIAS PROPOSTAS
PROPOSTA | VIAS
N
VIAS LESTE-OESTE
39
FOTO DA VIA HOJE
ANTES
PROPOSTA | VIAS
N
ESCALA GRÁFICA
DEPOIS 9.00 PRAÇA
ESTACION. / ACESSO
4.30 ÁREA VERDE
10.00
7.00
LEITO CARROÇAVEL
ÁREA VERDE/ CICLOVIA
7.00
LEITO CARROÇAVEL
2.00
8.00
ÁREA VERDE
CALÇADA
A proposta para a Av. Sayonara é ampliar a circulação de pedestres, com a criação de calçadas, e também a criação de ciclovia ao centro da avenida.
VIA SAYONARA 1
5
10
20 41
PROPOSTA | VIAS
ANTES
N
DEPOIS
3,50
3,00
7,00
3,00
calçada
faixa flexivel
leito caroçavél
faixa flexivel
3,50 calçada
Essas vias são de transição entre as vias principais. A proposta é que contenha calçadas, arborização, mobiliário urbano, locais para estacionamento e bicicletário. Tornando-a mais convidativa aos pedestres.
VIA COLETORA 1
5
10 43
ANTES
N
DEPOIS
3,5
7
3
faixa fllexível
calçada
leito caroçavél
3
3,5
faixa fllexível
calçada
A via escolhida para a passagem de transporte público, é a via central que corta todo o Setor de Industria. A proposta é que haja calçadas, faixas féxiveis, em que será possível o uso de parklets, mobiliario urbano, arborização e paradas.
VIA PARQUE + ÔNIBUS 1
5
10 45
PROPOSTA | VIAS
ANTES
N
DEPOIS
ZONA DE FACHADA
4.00
FAIXA LIVRE
4.00 CALÇADA
FAIXA SERVIÇO
2
7.00 LEITO CARROÇAVEL
4.00 ESTACIONAMENTO
7.00
6.00 CANTEIRO CENTRAL/ CICLOVIA
ÁREA VERDE
LEITO CARROÇAVEL
Tornar essa via caminhavél e de fácil acesso para os clientes do comércio local, para que eles possam transitar sem ter que disputar espaço com os carros estacionados. A proposta é deslocar o estacionamento do comercio em frente as lojas para o canteiro central, e criar faixas de serviço, zona de fachada e faixa livre. A via completa possui 34 m de largura.
VIA AMBEV 1
5
10
47
PROPOSTA || VIAS VIAS PROPOSTA
ANTES
N
DEPOIS
3,50
2,00
3,50
VIA COMPARTILHADA
CANTEIRO CENTRAL
VIA COMPARTILHADA
Os lotes e ruas dessa área do Setor de Industria são menores, favorece a circulação compartilhada de pedestres, ciclistas, motociclistas e automovéis. A faixa central abriga estacionamento, mmobiliário urbano e arborização.
VIA COMPARTILHADA 1
3
5 49
PROPOSTA | VIAS
ANTES
N
DEPOIS
3,10
3
3,60
5,6
calçada
ciclovia
faixa flexivel
leito caroçavél
1,5
3,20 calçada
A via de atividades 2, recebe as ciclovias, nessa via não há circulação de transposrte público, e o ciclista e pedestre ficam protegidos pela faixa fléxivel. Priorizar ciclistas e pedestres é o objetivo dessa via.
VIA DE ATIVIDADES + CICLOVIA 1
3
5 51
PROPOSTA | CRUZAMENTOS
N
VIA ATIVIDADES
VIA COLETORA
CONCRETO MOLDADO IN LOCO
PISO DRENANTE
53
VIA ATIVIDADES
55
N
VIA COLETORA
VIA PARQUE
VISTAS VIA PARQUE
57
VIA PARQUE
59
VIA COMPARTILHADA
N
VIA PARQUE
VIA COLETORA
VIA PARQUE
61
VIA PARQUE
VIA COLETORA
63
65
POTENCIAL CONSTRUTIVO
VOLUMETRIA
EDIFICAÇOES EXISTENTES ACIMA DO POTENCIAL CONSTRUTIVO ATUAL
67
A CIDADE INVISÍVEL, 2013. Revitalização da Zona Portuária e Movimento Turístico em Barcelona. Disponível em: <https://acidadeinvisivel.wordpress. com/2013/04/08/revitalizacao-da-zona-portuaria-e-movimento-turistico-em-barcelona/>. Acesso em 09 de junho 2019. ALVARES, Helena S. Revitalização de centros urbanos na América Latina: estudo de caso em Puerto Madero, Buenos Aires. 2006. Disponível em: <http://www. trentoengenharia.com.br/site-novo/wp-content/uploads/2016/02/ALVARES-H.-Revitalizac%CC%A7a%CC%83o-de-centros-urbanos-na-Ame%CC%81rica-Latina. pdf>. Acesso em 26 de mar 2019. ARCO WEB. 2019 https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/fgmf-arquitetos-edificio-kenneth-butler-sao-paulo ARAKI, Felipe Asato. Redesenvolvimento urbano, uma proposta para qualificação de antigas áreas industriais na Mooca e no Ipiranga. USJT. n3. 2010. P.187. BRAGA, Luília. Moradia na cidade: estratégias de ocupação dos vazios urbanos para produção de habitações de interesse social. 2018. 42 p. Monografia apresentada no final do curso de graduação de arquitetura e urbanismo. UNICEPLAC, Brasília. BORTOLI, Fábio; SBARDELOTTO, Gustavo. Renascimento da urbanidade em áreas industriais degradadas: um novo uso para antigas moradias de aluguel – projeto Vila Flores Porto Alegre RS. In: III Encontro da associação nacional de pesquisa e pós-graduação em arquitetura e urbanismo: arquitetura, cidade e projeto: uma construção coletiva. São Paulo: 2014.
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