INTERPRETAÇÃO TURÍSTICA NA CATEDRAL METROPOLITANA DE BRASÍLIA: ESTUDO DE CASO

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FACULDADE DE TURISMO Estudo de Caso Professora Responsável Ana Zerbini Alunos Participantes Adriana da Cunha Lima Laércio de Araújo Leite Neto Rayana Mayara Abreu Soares de Carvalho Silvia Marina Zanfolin Brasília, outubro de 2005

INTERPRETAÇÃO TURÍSTICA NA

CATEDRAL METROPOLITANA DE BRASÍLIA ESTUDO DE CASO


“Eu quando fiz a catedral, não queria fazer uma Catedral como as outras, belíssimas, escuras lembrando o pecado. Eu queria fazer uma Catedral diferente, eu fiz uma galeria escura e uma nave aberta para o espaço. E a Catedral ficou bonita. Era a procura da terra com os espaços infinitos”.

Oscar Niemeyer

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SUMÁRIO SUMÁRIO............................................................................................................3 LISTA DE FIGURAS............................................................................................5 Figuras.................................................................................................................5 Gráficos................................................................................................................6

1. INTRODUÇÃO...............................................................................................7 1.1. TEMA E PROBLEMA.............................................................................7 1.2. OBJETIVOS...........................................................................................7 1.3. METODOLOGIA.....................................................................................8 1.3.1 Metodologia de avaliação..............................................................8 1.4. ESTRUTURA DA PESQUISA................................................................9

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.........................................................................................11 2.1. TURISMO.............................................................................................11 2.1.1. Interpretação Turística............................................................12 2.2. BRASÍLIA.............................................................................................13 2.2.1. Catedral Metropolitana...........................................................14 2.3. INTERPRETAÇÃO TURÍSTICA NA CATEDRAL METROPOLITANA DE BRASÍLIA......................................................................................16

3. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS...............................................19 3.1. LEVANTAMENTO DE DADOS............................................................19 3.1.1. Físico........................................................................................19 3.1.2. Projetos....................................................................................25 3.1.3. Histórico...................................................................................26 3.1.4. Atividades e Comportamento.................................................28 3.1.5. Público e Satisfação...............................................................30 3.2. ANÁLISE DE DADOS...........................................................................40 3.2.1. Situação Atual da Catedral Metropolitana.............................40 3.3. INDICATIVOS PARA INTERPRETAÇÃO............................................42 3


4. CONCLUSÃO..............................................................................................44 4.1. LIMITAÇÕES DA PESQUISA..............................................................44 4.2. SUGESTÕES PARA ESTUDOS FUTUROS........................................45

BIBLIOGRAFIA.................................................................................................46 APÊNDICES......................................................................................................47 APÊNDICE A: Questionário aplicado.....................................................47 APENDICE B: Tabulação dos dados coletados na aplicação do questionário.......................................................................................................49 APENDICE C: Tabulação dos dados coletados na análise de comportamento..................................................................................................63

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LISTA DE IMAGENS FIGURAS

Figura 1: Brasília e seu desenvolvimento (Fonte: Internet)..............................13 Figura 2 : Parte externa da Catedral Metropolitana (Fonte: Internet)...............14 Figura 3: Catedral em 1966 (Fonte: Livro Brasília)..........................................15 Figura 4: Parte interna da catedral com vista para os vitrais e os anjos (Fonte: Arquivo Pessoal)................................................................................................16 Figura 5: Foto da Construção da Catedral (Fonte: Arquivo Público do DF).....18 Figura 6: Planta interna da Catedral (Fonte: Arquivo pessoal).........................20 Figura 7: Vitrais da Marianne Peretti (Fonte: Internet)......................................21 Figura 8: Evangelistas (Fonte: Brasília Convention Buereau)..........................22 Figura 9 : Obras do Athos Bulcão (Fonte: Arquivo Pessoal)............................22 Figura 10: Anjos (Fonte: Arquivo Pessoal).......................................................23 Figura 11: Obras do Di Cavalcanti (Fonte: Arquivo Pessoal)...........................24 Figura 12: Catedral com os sinos ao lado (Fonte: Internet)..............................25 Figura 13: Construção da Catedral (Fonte Arquivo público do DF)..................26 Figura 14: Construção da Catedral (Fonte Arquivo público do DF)..................27 Figura 15: Replica da Piéta de Michelangelo (Fonte: Arquivo pessoal)...........29 Figura 16: Capela (Fonte: Arquivo Pessoal)....................................................30 Figura 17: Vitrais danificados (Fonte: Arquivo Pessoal)...................................40 Figura 18: Lixo na entrada da Catedral, abandono do patrimônio (Fonte: Arquivo Pessoal)................................................................................................41

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GRÁFICOS Gráfico 1: Referente ao sexo do visitante.........................................................31 Gráfico 2: Referente ao local onde residem os entrevistados..........................31 Gráfico 3: Referente ao Bairro ou Cidade Satélite onde o visitante reside......32 Gráfico 4: Referente á transporte que usaram para chegar á Catedral..........32 Gráfico 5: Referente ha existência de alguma pessoa que o acompanhava na visita à Catedral.................................................................................................33 Gráfico 6: Referente á média de idade dos entrevistados................................33 Gráfico 7: Referente a escolaridade.................................................................34 Gráfico 8: Referente a renda............................................................................34 Gráfico 9: Referente a conhecer ou não a catedral.........................................35 Gráfico 10: Referente à assiduidade................................................................35 Gráfico 11: Referente a atividade praticada na Catedral..................................36 Gráfico 12: Referente a locais visitados dentro da Catedral............................36 Gráfico 13: Referente ao que mais chama atenção dos visitantes..................37 Gráfico 14: Referente a conhecimento da história da Catedral.......................37 Gráfico 15: Referente a locais onde encontrou informações sobre a catedral.............................................................................................................38 Gráfico 16: Referente ao estado de conservação...........................................38 Gráfico 17: Referente ao principal problema da Catedral...............................39 Gráfico 18: Referente ao que é necessário para melhorar a catedral.............39.

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CAPÍTULO 1 1. INTRODUÇÃO

Neste capítulo são delimitados o tema e o problema da pesquisa, ressaltando sua importância e expondo o objetivo e a estrutura do trabalho.

1.1 TEMA E PROBLEMA

O tema deste estudo se refere à Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida de Brasília.

O problema é caracterizado pela análise da situação atual de uso da Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida de Brasília para o turismo visando indicar parâmetros para sinalização turística do referido espaço.

O tema aborda, desta forma, a formulação de indicativos, baseados em uma análise comportamental e outra de satisfação, de onde, e para que, é necessário sinalizar e informar ao visitante da Catedral seus atrativos e história.

1.2 OBJETIVOS Esta pesquisa objetiva estruturar a Catedral Metropolitana de Brasília para o turismo, realizando estudos necessários para viabilizar projetos interpretativos do patrimônio construído. Para tanto, foi criada uma metodologia de avaliação da Catedral.

Objetiva-se, com este estudo de caso, realizar uma análise contínua e paralela durante todo o processo sobre a metodologia utilizada, o que possibilitará adequações em próximas aplicações. Acredita-se que, desta forma, é possível alcançar uma proximidade maior ao turismo qualificado na cidade.

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1.3 METODOLOGIA

Considerando-se o critério classificação de pesquisa proposto por Vergara (2004), quanto aos fins e quanto aos meios, tem-se. a) quanto aos fins – trata-se de uma pesquisa de investigação intervencionista, pois pretende interferir na realidade estudada, para modificá-la, como as questões de superestrutura e a implantação da sinalização turística. b) Quanto aos meios – trata-se de pesquisa, ao mesmo tempo, documental e estudo de caso incluindo pesquisa de campo. Classifica-se como pesquisa documental, pois se recorrera ao uso de documentos do arquivo publico do Distrito Federal. A pesquisa é também estudo de caso, porque foi analisado o estado atual da Catedral, tendo um aprofundamento no seu caractere potencial turístico, detalhando seu espaço físico e problemas.

1.3.1 Metodologia de avaliação

MAPA DO EIXO MONUMENTAL Levantamento da planta ou mapa referente ao considerado eixo monumental de Brasília

CATEDRAL DE BRASÍLIA LEVANTAMENTO FÍSICO Plantas da situação (em relação aos arredores), localização (orientação solar, limites, vias, etc.) configuração (planta-baixa, fachada e corte) e imagens atuais e antigas. LEVANTAMENTO DE PROJETOS Projetos de restauro reabilitação, revitalização, de estruturação para o turismo, reforma etc.

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LEVANTAMENTO HISTÓRICO História de sua construção, estórias do povo, antigas e atuais. LEVANTAMENTO DO PÚBLICO, DEFINIÇAO DO CLIENTE E DO QUE ELE QUER. Pesquisa de satisfação, necessidades e percepção que a população visitante (turistas, residentes, fieis, etc.) tem sobre o monumento. INDICATIVOS PARA A INTERPRETAÇÃO DO PATRIMÔNIO Análise sobre o sistema de informações, locais, objetos, ou seja, de todo o sistema de interpretação que possibilite o processo de conhecimento sobre o monumento. Estes indicativos servirão de base para criação de toda a nova programação visual a ser criada para a Catedral.

1.4 ESTRUTURA DA PESQUISA

1. INTRODUÇÃO

Neste capítulo são delimitados o tema e o problema da pesquisa, ressaltando sua importância e expondo o objetivo e a estrutura do trabalho.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Neste capítulo é discutido primeiramente o que é turismo e turista, fazendo assim uma revisão de diversos conceitos. Discute-se também Brasília, seu histórico e a Catedral Metropolitana, bem como esta se localiza na cidade e seu histórico. Destaca-se a discussão principal deste estudo, a interpretação turística na Catedral.

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3. INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS

Neste capitulo se refere à análise dos dados coletados na aplicação dos questionários e na análise de comportamento, assim como uma análise da situação atual da Catedral Metropolitana de Brasília.

5. CONCLUSÃO

Neste capitulo refere-se às resoluções encontradas para o problema inicial, as limitações que os pesquisadores tiveram durante a realização da pesquisa, e indicações para realização futura de outros projetos.

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CAPÍTULO 2

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Neste capítulo é discutido primeiramente o que é turismo e turista, fazendo assim uma revisão de diversos conceitos. Discute-se também Brasília, seu histórico e a Catedral Metropolitana, bem como esta se localiza na cidade e seu histórico. Destaca-se a discursão principal deste estudo, a interpretação turística na Catedral.

2.1 TURISMO Segundo Hermam Von Schullern zu Schattenhofen (1911), um dos primeiros teóricos do turismo, define turismo como o “conceito que compreende todos os processos, especialmente econômicos, que se manifestam na afluência, permanência e regresso do turista, dentro e fora de um determinado município, país ou Estado”.

Em 1929, Robert Glucksmann, define turismo como “a superação do espaço por pessoas que afluem a um lugar onde não possuem lugar fixo de residência”.

Já Artur Bormann definiu: “Turismo é o conjunto de viagens cujo objetivo é o prazer, motivos comerciais ou profissionais ou outros análogos, e duarante os quais a ausência da residência habitual é temporária. Não são turismo os viagens realizadas para deslocar-se ao lugar de trabalho”.

Schwink (1929) considerou o turismo como: “movimento de pessoas que abandonam temporariamente o lugar de sua residência permanente por qualquer motivo relacionado com o espírito, seu corpo ou sua profissão”.

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O conceito adotado pela Organização Mundial do Turismo (OMT, 1994) pode ser utilizado para identificar tanto o turismo entre países como o turismo dentro do próprio país. Dentre as definições de turismo há alguns elementos comuns que se encontram em todas elas, que são: (1) há sempre um deslocamento físico de pessoas; (2) o turismo não implica necessariamente alojamento no destino; (3) a estada no destino nunca é permanente; (4) o turismo compreende tanto a viagem como todas as atividades realizadas anteriormente em função da intenção de viajar, e as atividades realizadas durante a permanência no destino escolhido; (5) o turismo compreende também todos os produtos e serviços criados pra satisfazer as necessidades dos turistas.

No documento ONU/OMT (1994), o visitante é a unidade básica da estrutura proposta e é definido como “qualquer pessoa que viaje a um lugar que não seja aquele de seu meio habitual por um período de menos de 12 meses e cuja finalidade ao viajar seja alheia ao exercício de uma atividade remunerada”.

Para este estudo utilizaremos os conceitos da OMT/ONU (1994).

2.1.1 Interpretação Turística

Segundo o mini dicionário Aurélio interpretar é (1) ajuizar a intenção, o sentido de, (2) explicar ou declarar o sentido de, (3) Explicação.

Segundo Murta (2002), interpretar é “acrescentar valor à experiência do visitante”, para isso é necessário informar o visitante o valor daquele local, seja ele cultural, natural ou patrimonial.

Com base nisso a interpretação do patrimônio busca desenhar uma rede de descobertas para o visitante, valorizando atrações naturais e culturais em sítios turísticos. A principal questão da interpretação é estabelecer uma comunicação efetiva com o visitante, mantendo importantes interfaces com o turismo, a preservação e o desenvolvimento das comunidades locais. Investir em interpretação significa agregar valor ao produto turístico. 12


2.2 BRASÍLIA

Brasília, a capital do Brasil, está situada no Distrito Federal, dentro do estado de Goiás e é o verdadeiro coração do Brasil. O Distrito Federal tem uma população de cerca de dois milhões de habitantes e ocupa uma área de 5814 km2. A cidade, que está a 1100 metros acima do nível do mar, conta com uma arquitetura moderna e foi planejada nos mínimos detalhes. Idealizada pelo então presidente Juscelino Kubitschek e projetada pelos arquitetos Lucio Costa e Oscar Niemeyer. O objetivo era criar uma nova capital para o Brasil. No dia 21 de Abril de 1960 Brasília tornou-se a capital do Brasil, sucedendo o Rio de Janeiro.

Figura 1: Brasília e seu desenvolvimento (Fonte: Internet)

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O Comitê do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) aprovou a inclusão de Brasília como Patrimônio Cultural da Humanidade no dia 7 de dezembro de 1987, uma decisão inédita, pois Brasília a única cidade no mundo construída no século XX considerada patrimônio, todas as outras cidades que receberam os títulos eram centenárias ou milenares.

A decisão da Unesco, ao lado do decreto 10.829 tem a função de evitar que o projeto original de Brasília seja desrespeitado, a preservação definida neste decreto abrange apenas o Plano Piloto.

Visto de cima, o plano-piloto da cidade lembra o formato de um avião, muitos preferem dizer que é um pássaro de asas abertas, embora a concepção de seu urbanista (Lúcio Costa) tenha previsto o formato de uma cruz, que sinaliza posse.

2.2.1 Catedral Metropolitana de Brasília

Figura 2 : Parte externa da Catedral Metropolitana (Fonte: Internet).

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A catedral é um dos pontos turísticos mais famosos e visitados de Brasília. Além de ser um templo religioso, possui um conjunto de obras de arte que foram reunidas durante sua construção e feitas por artistas de renome internacional. Em 12 de setembro de 1958 foi lançada a pedra fundamental da Catedral Metropolitana de Brasília, que é uma expressão do gênio artístico do arquiteto Oscar Niemeyer. Teve sua estrutura pronta no ano de 1960, onde aparecia somente a área circular com colunas de concreto, e em 31 de maio de 1970 a Catedral foi inaugurada de fato, já nesta data com os vidros externos transparentes.

O Pároco da Catedral é o Mons. Marcony Vinícius Ferreira, primeiro padre nascido e ordenado em Brasília, por estar situada na Esplanada dos Ministérios, a Catedral não apresenta uma comunidade fixa, grande parte dos fiéis que a freqüentam é composta por turistas e por pessoas que trabalham na Esplanada.

Figura 3: Catedral em 1966 (Fonte: Livro Brasília)

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Figura 4: Parte interna da catedral com vista para os vitrais e os anjos (Fonte: Arquivo Pessoal).

2.3 INTERPRETAÇÃO TURISTICA NA CATEDRAL METROPOLITANA DE BRASÍLIA

O indivíduo que visita a Catedral se depara com um objeto qualquer, seja uma escultura, sua edificação, deve ter acesso a todas as informações possíveis

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para se educar, dar importância, ter conhecimento sobre, e, inevitavelmente entender sobre a importância da conservação daquele lugar. Os instrumentos utilizados para dar conhecimento sobre um local qualquer e seus objetos constituintes são diversos, entre eles podemos citar os mapas, as sinalizações, os livros temáticos como, por exemplo, o guia turístico, ou os próprios guias de turismo. Em paralelo, no entanto, acredita-se ser necessário serem aplicados outros instrumentos como o de preservação, conservação e restauro, quando se tratar de patrimônio histórico.

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Figura 5: Foto da Construção da Catedral (Fonte: Arquivo Público do DF)

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CAPÍTULO 3 3. INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS

Neste capitulo se refere à análise dos dados coletados na aplicação dos questionários e na análise de comportamento, assim como uma análise da situação atual da Catedral Metropolitana de Brasília.

3.1 LEVANTAMENTO DE DADOS

3.1.1 Físico

O Partido arquitetônico valoriza a forma escultórica, destacando-se enquanto marco visual, o que é reforçado pela escala monumental do local onde está implantado e pela homogeneidade do conjunto dos edifícios dos Ministérios.

Esse contraste também pode ser notado na simplicidade da planta baixa e na complexidade da solução estrutural e volumétrica do edifício; uma planta circular de 70m de diâmetro da qual se elevam 16 pilares de seção parabólica que pesam 90 toneladas, cujos interstícios são vedados por uma rede de caixilhos poligonais, que produzem um vitral em seu interior. O interior da Catedral é todo revestido de mármore carrara de cor branca, somando, no total, 500 toneladas desse material.

Bem como em outros edifícios monumentais da cidade, o acesso a catedral é desvinculado da via pública por uma rampa que atinge o subsolo, nível onde se desenrolam as atividades religiosas. O volume visível é a sua cobertura. Complementam o conjunto, o campanário e o batistério são em forma ovóide .

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1

1

2

9

8 1-Capela 2-Altar 3-Loja 4-Parede 5-Obras Athos 6- Obras DC 7-Confessionario 8-Escultura 9-Santo 10-Vitrais 11-Anjos 12-Bancos 13-Cruz 14-Evangelistas 15-Sinos 16-Espelho D´Agua 17-Batisterio 18-Flores 19-Tel. Publico 20-Bancos 21-Venda de Agua

11 13 16

12

3

6

10

5

7

4

17

Figura 6: Planta interna da Catedral (Fonte: Arquivo pessoal)

Obras que compõem a Catedral Metropolitana de Brasília:

Vitrais Autor: Marianne Peretti Localização: Cobertura da Nave Descrição: Vitral composto por 16 peças em fibras de vidro em tons de azul, verde e branco, inseridas entre os pilares de concreto que formam a estrutura do edifício. Cada peça insere-se em um triângulo com 10m de base e 30 de altura.

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Figura 7: Vitrais da Marianne Peretti (Fonte: Internet)

Evangelistas Alfredo Ceschiatti (1918/1989) Localização: Praça de acesso ao Edifício. Descrição: Esculturas em bronze com três metros de altura representando os evangelistas Marcos, Mateus, Lucas e João. Estas quatro esculturas, realizadas com auxílio do escultor Dante Croce, estão dispostas na praça da Catedral de modo a relembrar num novo contexto, os adros das igrejas barrocas e a estabelecer um diálogo entre as arquiteturas modernas e coloniais brasileiras . Segundo seu próprio depoimento, o autor estudou profundamente as Escrituras de modo a representar as características raciais e intelectuais de cada um dos profetas (1968).

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Figura 8: Evangelistas (Fonte: Brasília Convention Buereau)

Obras do Athos Bulcão Autor: Athos Bulcão Localização: nave principal Descrição: Dez pequenos trabalhos em acrílico sobre mármore representando cenas da vida da Virgem Maria (1970)

Figura 9 : Obras do Athos Bulcão (Fonte: Arquivo Pessoal)

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Anjos Autor: Alfredo Ceschiatti (1918/1989) Localização: Interior da Nave. Descrição: Três esculturas em duralumínio representando anjos, suspensos por cabos de aço no centro da nave. As dimensões e peso das três peças são de 2,22m de comprimento e 200kg a média e 4,25 e 300 kg a grande. Esta obra foi realizada com a colaboração do escultor Dante Croce (1970).

Figura 10: Anjos (Fonte: Arquivo Pessoal)

Via Sacra Autor : Di Cavalcanti (1987∕ 1976) Localização: Parede externa da loja no interior da Nave. Descrição: Quinze óleos sobre tela, medindo aproximadamente 0,60m x 0,60m cada um descrevendo os passos da paixão, incrustados, de modo intercalado, no revestimento de mármore da parede (1970)

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Figura 11: Obras do Di Cavalcanti (Fonte: arquivo Pessoal)

Sinos São quatros sinos localizados ao lado da Catedral Metropolitana de Brasília. As peças são em bronze e foram confeccionadas na oficina Pereira e Saragosa, na Itália. Os Sinos foram doados por imigrantes e pelo governo espanhol. A construção foi inaugurada no dia 12 de outubro de 1977. Os sinos receberam os nomes de Nossa Senhora da Santana e Nossa Senhora do Pilar e são conhecidos pelos nomes: Santa Maria, Nina, Pinta e Pilarica. Eles são sustentados por uma torre de concreto e pesam 3700 kg, 1900 kg,1000 e 700Kg, respectivamente.

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Figura 12: Catedral com os sinos ao lado (Fonte: Internet)

3.1.2 Projetos

Foi encontrado um projeto de Diogo Fagundes Pessoa e João Carlos Teatini de S. Clímico, cujo objetivo final é propor um programa de mantenimento preventivo para a estrutura da Catedral. O trabalho foi baseado nos documentos existentes e depoimentos dos profissionais envolvidos, direta ou indiretamente, com as fases construtivas dessa obra de arte.

Em 1998, um protocolo foi assinado visando uma segunda reforma, iniciada em 2000. Os vitrais foram restaurados com vidros especiais de Milão, que receberam uma película de climatização, a qual possibilitaria a passagem de luz, mas não de calor. O espelho d'água foi novamente impermeabilizado e exaustores foram colocados para melhorar a ventilação dentro do templo. As 16 colunas de concreto foram repintadas e as fissuras no piso, entre as pedras de mármore, foram restauradas. As instalações hidráulicas e elétricas dos banheiros e da secretaria também foram reparadas.

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Cumpre ressaltar que as duas intervenções citadas atenderam, apenas, a requisitos estéticos ou funcionais da edificação, não abordando aspectos essenciais de durabilidade estrutural. Não foram verificadas as condições dos aparelhos de apoio de neoprene e a geometria das peças, o estado das armaduras quanto à corrosão, com a realização, por exemplo, de testes de carbonatação do concreto, etc. O aspecto aparente da estrutura pode ser considerado favorável; no entanto, um estudo mais profundo é essencial para garantir uma durabilidade compatível com a importância do monumento.

3.1.3 Histórico

Figura 13: Construção da Catedral (Fonte Arquivo público do DF)

Construída em homenagem à Padroeira de Brasília e do Brasil – Nossa Senhora Aparecida. Uma das obras mais admiradas do arquiteto Oscar Niemeyer, constitui-se um marco da Arquitetura e Engenharia brasileira, com uma estrutura inovadora e ousada, que, na época, afirmou a competência e ousadia dos profissionais brasileiros no cenário mundial.

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A pedra fundamental foi benta em 12/9/58, quando ocorreu o início das obras. A primeira missa foi celebrada em 21/4/63. Em 1967, foi colocada sob a proteção do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Foi sagrada e inaugurada em 31/5/71. A Catedral de Brasília foi construída no período de 1959 a 1970: na primeira fase, de seis meses, foi feita apenas a estrutura da nave principal (1959-60), e a conclusão do restante de 1969-70, envolvendo o espelho d’água, batistério, campanário, interior da nave, vitrais, sacristia, rampa, etc. Conforme Brito et al (2000), “Niemeyer procurou uma forma compacta e límpida, composta por 16 montantes de concreto que, ao invés de se unirem em teto, arco ou ogiva, convergindo para uma abóbada protetora e invertida, se opõem, ao contrário, num gesto violento de tensão, como o de duas mãos estendidas com os dedos abertos num espasmo de súplica. Outros a comparam com a coroa de espinhos de Cristo na Paixão. Representa algo inteiramente oposto à serenidade ascética do Gótico ou ao contentamento erótico do Barroco”. Apresenta-se como um volume único, capaz de surgir com a mesma pureza, seja qual for o ângulo de visão, pela planta circular e a estrutura que se lança ao céu em uma série de elementos hiperbólicos. O partido arquitetônico valoriza a forma escultórica, um marco visual reforçado pela escala monumental do sítio onde está implantada e pela homogeneidade do conjunto de edifícios da Esplanada dos Ministérios.

Figura 14: Construção da Catedral (Fonte Arquivo público do DF)

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O primeiro anteprojeto previa 21 pilares, com 40m de altura, e um anel de concreto na base, de 70m de diâmetro, apoiado no chão e servindo de fundação.

O número de pilares foi reduzido para 16 por razões estéticas, ficando o diâmetro da base com 60m e a altura de. No topo, uma coroa serve de apoio para garantir a amarração e rigidez, permitindo a iluminação pelo alto. Por uma questão de estabilidade, essa coroa ficou situada bem abaixo do topo, atenuando a leveza e transparência da estrutura. É notável o contraste da simplicidade da planta baixa com a complexidade da solução estrutural e volumétrica do edifício.

3.1.4 Atividade e Comportamento

Foi realizada uma análise do comportamento do público que visita a Catedral Metropolitana de Brasília, durante uma semana, no período do dia 21/09/2005 à 27/09/2005, entre às 14:00 e 15:00 horas.

Na parte externa da Catedral, verificou-se que os Apóstolos evangelistas Marcos, Mateus, Lucas e João (esculturas em bronze de Alfredo Ceschiatti, auxiliado por Dante Croce) são os atrativos mais visitados, atraindo 34% do público.O Campanário, que é composto por quatro grandes sinos doados pela Espanha ,possui pouco mais de 1%do publico. O espelho d’água e o passam quase que imperceptíveis pelas pessoas ,atraindo 6% .O Batistério ,com seu formato ovóide 0,4%, respectivamente .E importante ressaltar que esses atrativos citados chamam atenção pelo seu conjunto ,mas não individualmente. Os outros pontos observados passam despercebidos pelas pessoas, exercendo pouca atratividade conforme pode ser verificado no Apêndice C.

No interior, foram observados 13 atrativos, dentre os quais pode-se perceber que os vitrais (de Marianne Perreti) e os anjos centrais suspensos da laje do teto, causam maior impacto, atraindo respectivamente, 10% e 12% do público. 28


Figura 15: Replica da Piéta de Michelangelo (Fonte: Arquivo pessoal).

A parede acústica também é de grande interesse dos visitantes atraindo cerca de 14 %. O altar ,doado pelo Papa Paulo VI , atrai um número menor de pessoas ,9%. Concluiu-se que grandes atrativos, como a “Anunciação a Maria” de Athos Bulcão, a Via Sacra de Di Cavalcanti, a primeira réplica da Pietá de Michelangelo e a réplica do Santo Sudário passam despercebidas pelo público, em decorrência da falta de informação.

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Figura 16: Capela (Fonte: Arquivo Pessoal)

3.1.5 Público e Satisfação

A pesquisa foi realizada do dia 21 numa quarta-feira ao dia 27 numa terçafeira de setembro de 2005, com aplicação de questionários no interior Catedral Metropolitana de Brasília.

No total foram aplicados 140 questionários, havia dois entrevistadores, responsáveis por preencherem dez unidades cada ao dia, das 14:00 as 15:00 horas.

De acordo com os resultados obtidos através dos questionários que estão no Apêndice B, conclui-se que, que o público da Catedral é em sua maioria do sexo feminino com 52%

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53% 52% 51% 50% F

49%

M

48% 47% 46% 45% Total

Grรกfico 1: Referente ao sexo do visitante.

Os Estados de origem dos questionados com maior percentual registrado foram Minas Gerais com 13% e Sรฃo Paulo com 12%.

SP

14%

PI SC

12%

GO PE 10%

PR ES

8%

MA RJ MG

6%

MT RS

4%

PA AC

2%

RO RN AM

0% Total

CE

Grรกfico 2: Referente ao local onde residem os entrevistados.

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Os residentes do Distrito Federal em sua maioria são da Asa Norte e da Asa Sul ambos com 6%. Ao analisar os resultados pode-se perceber que o percentual de visitantes do Distrito Federal é baixo. 6%

Asa Norte Asa Sul Vicente Pires

5%

Gama Ceilândia Taguatinga aguas Claras

4%

Santa Maria Guará Recanto das Emas

3%

Cruzeiro Sudoeste Samambaia

2%

Estrutural Park Way Octogonal

1%

Paranoá Candangolândia Garande Colorado

0% Total

Núcleo Bandeirante

Gráfico 3: Referente ao Bairro ou Cidade Satélite onde o visitante reside.

Quando questionados sobre qual meio de transporte usaram para chegar à Catedral, a maior parte das pessoas entrevistadas disseram ter vindo de carro próprio com 42% e transporte público com 19%. 45% 40% 35% A Pé

30%

Transporte Público carro proprio

25%

Transporte Fretado 20%

Carro de amigos/familia Outros

15%

Transporte do hotel

10% 5% 0% Total

Gráfico 4: Referente á transporte que usaram para chegar á Catedral .

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Ao serem questionados com quem vieram 42% responderam com turistas, e 28% com familiares locais. 45% 40% 35% 30% Sozinho 25%

Com turistas Familia local

20%

Outros 15% 10% 5% 0% Total

Gráfico 5: Referente ha existência de alguma pessoa que o acompanhava na visita à Catedral

Em média a idade dos entrevistados situa-se entre 30 e 40 anos com 25% dos entrevistados. 30%

25%

Ate 20

20%

de20 a 30 de 30 a40

15%

de 40 a 50 de 50 a 60

10%

Acima de 60

5%

0% Total

Gráfico 6: Referente á média de idade dos entrevistados.

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Quanto à escolaridade 35% declaram ter ensino superior completo. 35% 30% Sem escolaridade 25%

Ensino Fundamental Completo Ensino Fundamental Incompleto

20%

Ensino Médio Completo Ensino Médio Incompleto Ensino Superior Completo

15%

Ensino Superior Incompleto Pós-Graduação Completo

10%

Pós-Graduação Incompleto 5% 0% Total

Gráfico 7: Referente a escolaridade.

Ao responderem quanto à renda familiar 21% afirmaram ter renda maior que 15 salários mínimos. 25%

20% Sem Renda de 1 a 3 sm

15%

de 3 a 5 sm de 5 a 10 sm 10%

de 10 a 15 sm Acima de 15 sm

5%

0% Total

Gráfico 8: Referente a renda.

Dos entrevistados 61% dizem já conhecer a Catedral.

34


70% 60% 50% 40%

sim nao

30% 20% 10% 0% Total (%)

Gráfico 9: Referente a conhecer ou não a catedral.

Quanto à freqüência 16% dizem ter outras, ou seja, não há regularidade em suas visitas. 30%

25%

Anualmente

20%

Mensalmente Quinzenalmente

15%

Semanalmente Diariamente

10%

Outros

5%

0% Total (%)

Gráfico 10: Referente à assiduidade.

35


Ao serem questionados que atividade vieram praticar no local 74% disseram vir a passeio. 80% 70% 60% 50% Passeio/Turismo 40%

Missa Outros

30% 20% 10% 0% Total (%)

Grรกfico 11: Referente a atividade praticada na Catedral.

Os locais da Catedral que as pessoas mais conhecem sรฃo: a igreja com 96%, com 49% a loja e a capela com 33%. 120%

100%

Igreja

80%

Lojinha Capela

60%

Sacristia Outros

40%

Batisterio

20%

0% Total (%)

Grรกfico 12: Referente a locais visitados dentro da Catedral.

36


Para os entrevistados o que mais se destaca é a arquitetura do local com 36% das opiniões e em segundo os anjos com 30%. 40% Vitrais 35%

Anjos Capela

30%

Arquitetura Nossa senhora

25%

Falta de Manutenção Sinos

20%

Obras de Arte Santo Sudario

15%

Altar Entrada

10%

Evangelistas 5%

Parede Acústica Luminosidade

0% Total (%)

Gráfico 13: Referente ao que mais chama atenção dos visitantes.

Quando questionados sobre a história da Catedral 83% diz desconhecer.

90% 80% 70% 60% 50%

Sim Não

40% 30% 20% 10% 0% Total (%)

Gráfico 14: Referente a conhecimento da história da Catedral.

37


Quanto às informações 32% dos entrevistados dizem já ter as encontrado em jornais e revistas. 45% 40% 35%

Internet Tv

30%

Jornais/Revistas Guias/Informativos

25%

Livros 20%

Amigos Outros

15%

Lista telefonica Cursos

10% 5% 0% Total (%)

Gráfico 15: Referente a locais onde encontrou informações sobre a catedral.

Ao serem questionados sobre o estado de conservação 39% responderam ser regular. 45% 40% 35% 30%

Péssimo Ruim

25%

Regular 20%

Bom Muito Bom

15% 10% 5% 0% Total (%)

Gráfico 16: Referente ao estado de conservação.

38


39% dos entrevistados apontaram os vitrais quebrados como o principal problema da Cátedra, e 24% disseram faltar manutenção. 35% 30% Vitrais Abandono

25%

Informação ventilação

20%

Limpeza Estacionamento

15%

Manutençào Bancos

10%

Arquitetura Mendingos

5% 0% Total (%)

Gráfico 17: Referente ao principal problema da Catedral.

Quando questionados sobre o que fariam para melhorar este espaço 33% falaram em manutenção e restauração, e 16% em informações e guias.

35% Restauração/Manutenção 30%

Limpeza Estacionamento

25%

Informação Loja

20%

Bancos 15%

Terceirizar serviços Segurança

10%

Ventilação Cobrar Entrada

5%

Mais Missas 0% Total (%)

Gráfico 18: Referente ao que é necessário para melhorar a catedral.

39


3.2 ANÁLISE DE DADOS

3.2.1 Situação Atual da Catedral Metropolitana

Os vitrais que tanto encantam os turistas estão prestes a despencar. A pintura de Di Calvacanti precisa de restauração, que só pode ser feita na Bahia. As goteiras persistem. O mármore carrara está amarelando. A Catedral, um dos cartões postais de Brasília, é um poço de problemas. Não adianta ser considerado um dos monumentos mais visitados do Distrito Federal para convencer as autoridades e a iniciativa privada a liberar verbas. A falta de recursos para manutenção deixa a obra de Oscar Niemeyer degradada, cinco anos depois de passar por uma reforma estrutural.

Os vitrais internos Instalados em 1988 para ornamentar o interior da catedral e conter a claridade interna, os vidros não resistem a grandes variações de temperatura. Quebram com freqüência e nunca foram trocados. Existe problema de impermeabilização dos vidros externos, as rachaduras estão por todo o teto da Catedral. São pelo menos mil metros quadrados de vidros.

A empresa responsável pela reforma é chamada sempre que há vazamento. A garantia do trabalho feito é de dez ano.

Figura 17: Vitrais danificados (Fonte: Arquivo Pessoal)

40


De acordo com o Monsenhor Marcony Vinicius Ferreira, não há dinheiro previsto para a obra.

A Mitra Arquidiocesana de Brasília, responsável pela conservação da Catedral, não tem recursos suficientes para sequer manter as obras. A manutenção mensal custa cerca de R$ 10 mil. O dinheiro obtido com doações, vendas de produtos religiosos e taxas de batismo e casamento, serve para pagar salário de funcionários, contas de água e luz e compra de material de limpeza.

Figura 18: Lixo na entrada da Catedral, abandono do patrimônio (Fonte: Arquivo Pessoal).

Se ligar o ar-condicionado e o sistema de ventilação artificial, a conta de energia sobe para R$ 5 mil. “Pensamos em pedir isenção da CEB” afirma o monsenhor Marcony. Por falta de uso, os equipamentos podem se deteriorar.

41


Todos estes detalhes são notados pelos turistas que ali passam e não somente pelos funcionários da Catedral, segundo a pesquisa o que os visitantes mais notam é a falta de conservação dos vitrais (32%) a falta de manutenção (24%), ventilação (12%) e a falta de informação turística (8%) da mesma.

3.3 INDICATIVOS PARA INTERPRETAÇÃO

Com base em toda a pesquisa bibliografia e de campo acredita-se ser necessário a sinalização turística na Catedral Metropolitana de Brasília, a sua inexistência gera uma impressão negativa no visitante, bem como a não valorização deste patrimônio e das suas obras de artistas de renome internacional que se encontram na mesma.

Para que esta impressão seja modificada é necessário informar ao visitante a história e a importância destas obras e principalmente da própria Catedral, até mesmo em função da preservação do patrimônio cultural, agregando valor a mesma.

Esta sinalização deve conter informações sobre a Catedral, assim como das obras que a ornamentam, seria interessante ter informações especificas dirigida ao público infantil e ao público adulto.

Há também a necessidade desse espaço fornecer não somente informações sobre a Catedral, mas um mural interativo com informações de todos os pontos turísticos de Brasília, como também outras opções de lazer na cidade.

Este tipo de informações e sinalização deveria ser aplicado em todos os atrativos turísticos de Brasília, para que o turismo na cidade pode ser qualificado.

Senti-se a necessidade também de uma educação patrimonial nos residentes em Brasília e no DF, já que são poucos os que visitam a Catedral e conhecem

42


a sua histรณria, sendo os residentes os que levam - em grande maioria - os visitantes a Catedral

43


CAPÍTULO 4 4. CONCLUSÃO

A situação atual de uso da Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida de Brasília é nociva tanto para o país, por ser um Patrimônio Cultural da Humanidade, quanto para o

turismo, pois o visitante se depara com o

abandono e a falta de conservação do lugar, o que pode resultar no desencantamento com o destino turístico Brasília.

Esta edificação é o local que mais recebe visitantes na cidade de Brasília, cerca de 500 por dia (dados com base em caderno de visitas da própria Catedral) o que reafirmar a importância da revitalização do monumento e a implantação de sinalização e informação, pois quem ali visita desconhece a sua história e importância conforme comprovado nesta pesquisa (APÊNDICE B).

É necessário difundir de forma escrita e visual o grande valor dos locais e das obras de arte que ornamentam a Catedral, pois para a maioria das pessoas que a visitam passam despercebidos, daí a importância das placas de sinalização, mapas, painéis, roteiros, panfletos, formação de guias, e aumentar o conhecimento e a informação da população local, que na maioria das vezes vai visitá-la levando turistas. Estas são medidas que certamente contribuirão para o sucesso da Catedral como atrativo turístico.

4.1 LIMITAÇÕES DA PESQUISA

No decorrer da pesquisa houve dificuldade

na busca de informações,

principalmente em locais públicos pela falta de interesse em fornecer informações sobre a Catedral.

A planta da Catedral foi de difícil acesso.

44


Os funcionários da própria Catedral apesar de educados, não ofereceram muita informação por falta de interesse no estudo.

4.2 SUGESTÕES PARA ESTUDOS FUTUROS

Se sugeri a realização de pesquisa deste nível ou mais ampla nos outros monumentos de Brasília, para se desenvolver o turismo qualificado na cidade.

A aplicação do projeto de sinalização deve ser feita juntamente com a revitalização da Catedral, assim como deve haver uma intervenção conjunta na edificação

entre

profissionais

de

marketing,

arquitetura,

patrimônio,

historiadores, turismo, infra-estrutura, restauração, publicidade, comunicação visual, jornalismo, cultura etc. A integração de instituições responsáveis: governos federal e distrital, organismos não-governamentais, comunidade etc. também são de fundamental importância.

45


BIBLIOGRAFIA

ARPDF, CODEPLAN, DEPHAN. Relatório do plano piloto de Brasília. Brasília: GDF, 1991 COSTA, Lucio. Brasília, cidade que inventei. DIAS, Reinaldo. Introdução ao turismo. São Paulo, SP: Atlas, 2005 GAUTHEROT, Marcel. Brasília. São Paulo, SP: Kosmos, 1966 MURTA, Stela Maris. Interpretar o patrimônio: um exercício do olhar. UFMG, 2002 Correio Brasiliense. Brasília: 19/04/2005 Correio Brasiliense. Brasília: 30/10/2004 Correio Brasiliense. Brasília: 17/05/2005 Jornal de Brasília: 04/01/1993 Jornal do Brasil: 04/08/1993 IPHAN ARQUIVO PÚBLICO DO DF MINISTERIO DA CULTURA SECRETARIA DE TURISMO DO DF www. catedral.com.br www.niemeyer.org.br www.setur.df.gov.br

46


APร NDICE A: Questionรกrio aplicado.

47


APÊNDICE B: Tabulação dos dados coletados na aplicação do questionário.

48


APÊNDICE C: Tabulação dos dados coletados na análise de comportamento.

49


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