Revista Renovação - Edição 108 - Janeiro/Fevereiro de 2018

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Revista Renovação. Edição 108 . Jan/Fev 2018

REVISTA

EDIÇÃO ESPECIAL COM OS PRINCIPAIS MOMENTOS DO ENCONTRO NACIONAL DE FORMAÇÃO 2018


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Revista Renovação . Jan/Fev 2018

Nesta Edição

Pregações

14 Carta à igreja de

05 Eu Sou aquele que É, que era e que virá, o Todo Poderoso

Laodiceia

16 Rumo ao Jubileu de Ouro da RCC

08 Cartas às igrejas de Éfeso e Esmirna

10 Cartas às igrejas de Sardes e Filadélfaia Pérgamo E Tiatira

26 Vamos orar pelo Brasil

27 Oração pela nação brasileira

Santa Missa 20 Missas alimentam

carismáticos para a missão

12 Cartas às igrejas de

Especial

Noite Carismática 24 Noites de carismas, oração e alegria no Espírito

Workshops 28 Workshop “retornando ao primeiro amor”

33 Workshops oferecem formação, partilha e escuta profética no ENF 2018

EXPEDIENTE Publicação Oficial da Renovação Carismática Católica do Brasil Editada pelo Escritório Nacional da RCC do Brasil ANO 19 - Edição Nº 108: Jan/Fev 2018

Jornalista Responsável: Lúcia Volcan Zolin - DRT/SC 01537

Projeto Gráfico, Design e Diagramação: Priscila Carvalho Venecian

Redação: Evandro Dias, Lara Coelho, Leonardo Souza, Maria Mariana

E-mail: dpto.comunicacao@rccbrasil.org.br

Revisão: Mari Spessatto Fotos: Airton Rocha, Cristina Lima, Daniel Reis, Fernando Reis, Franciany Duarte, Gustavo Barcelos, Jefferson Chalegre, Jesus Rocha, Paulo Filipe Maria, Renato de Oliveira / Arquivo RCCBRASIL

ESCRITÓRIO ADMINISTRATIVO DA RCCBRASIL Rodovia Presidente Dutra, Km 46,5, sentido Rio de Janeiro, s/n, Bairro dos Marques CEP 12.615-000 Canas/SP Tel.: (12) 3151-4155

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Editorial Revista Renovação . Jan/Fev 2018

ENF 2018: JESUS BATENDO ÀS NOSSAS PORTAS Milhares de carismáticos se reuniram em Cachoeira Paulista (SP) para o Encontro Nacional de Formação de Coordenadores e Ministérios. Para quê? Para ouvir as batidas de Jesus às portas do coração de cada um, entender a mensagem que Ele tem para nós e sair de lá como um povo bem disposto para servir nos Grupos de Oração dos quatro cantos do país. O ENF 2018 (de 24 a 28 de janeiro) bateu recorde de participantes: cerca de 13 mil inscritos. Registrar esse momento histórico em nossas páginas é uma tarefa de muita responsabilidade para a Revista Renovação. Em suas 44 páginas, trazemos registros de profecias, advertências, consolo e o amor de Deus, copiosamente derramado durante todo o evento. Percorrendo as igrejas de Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia, as pregações do palco central apontaram em que é necessário nos converter e como agradar a Deus, verdadeiramente. Nos 18 Workshops, muita formação, direcionamento e trabalho motivaram os carismáticos. Tudo isso resumido aqui, porque essa graça para a Renovação Carismática Católica não foi finalizada no último dia do evento, mas é estendida ao longo de 2018 para todos os Grupos de Oração da nossa nação. Nas Santas Missas, bispos que acompanham o Movimento reforçaram o que é necessário para esse tempo de crescimento e graça da RCC. Também, foi no ENF2018 que os carismáticos receberam a visita de Jim Murphy, o novo presidente do Serviço Internacional para a Renovação Carismática (ICCRS). Assim, foi possível compreender, em nível mundial, o que Deus espera de nós. Além disso, o tema do ano “Eis que estou à porta e bato” (Ap3, 20) é destaque dessa edição. Também, conversão sincera, a temática de preparação das comemorações dos 50 anos da RCC no país. A presidente do Conselho Nacional, Katia Roldi Zavaris, convida a todos os carismáticos a se prepararem para a grande festa jubilar da presença da RCC aqui no Brasil. É muito importante que todos se preparem, a partir do convite da presidente, disposto em nossas páginas! Seria impossível colocar de forma plena tudo o que aconteceu nesses memoráveis dias. Você pode conferir mais acessando rccbrasil.org.br/enf ou visitando o nosso canal do Youtube (yotube.com/rccbrasil) e redes sociais oficiais do Movimento. Mais que relembrar esse grande evento, a Revista Renovação quer atualizar a graça de Deus para você e para o seu Grupo de Oração por meio desta edição. Se você não foi no ENF, essa graça chegará de forma totalmente nova na sua vida. Você que foi ao evento, prepare-se para essa leitura! Deus deseja falar com você, tocar novamente o seu coração ao passar de cada folha que segue. Jesus bate às portas, abra seu coração para que entre o Rei da Glória! Uma santa e abençoada leitura! Vem, Espírito Santo! Revista Renovação


Pregação Revista Renovação . Jan/Fev 2018

“EU SOU AQUELE QUE É, QUE ERA E QUE VIRÁ, O TODO PODEROSO” (cf. Ap 1, 8) O tema da RCC para o ano de 2018 nos convida a abrir a porta do coração para Jesus. Aquilo que São João falou às setes Igrejas, Ele também fala a nós, hoje!

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primeira pregação do ENF 2018 teve como tema “Eu sou Aquele que é, que era e que virá, o Todo Poderoso” (cf. Ap 1,8) e foi ministrada pelo Pe. Antônio José, assessor espiritual do Conselho Nacional da RCCBRASIL.

antes de olhar para nossas Igrejas, vamos olhar para Jesus, Aquele pode mudar toda essa realidade!”, explicou. E enfatizou: “O importante é que, mesmo que tenhamos que lidar com problemas, não tiremos os olhos de Jesus”.

Já no início, padre Antônio conduziu um breve momento de oração e declarou: “Jesus se manifesta a cada filho, a cada filha. Neste ENF, nós vamos ver o Rei da Glória, nós vamos ver Aquele que batiza no Espírito Santo”.

Diante desse contexto, quando nos deparamos com as dificuldades do cotidiano, o padre ressaltou que é fundamental que continuemos crendo em Jesus, porque Ele vai dar a solução que precisamos. Ele afirmou: “Nós aprendemos na RCC algo que o Papa Francisco sempre nos lembra: a oração de Louvor, remédio quando nosso coração está preocupado de maneira exagerada”. De modo profético e cheio de esperança, o padre continuou, dizendo: “Quando você estiver passando por algo complicado na vida pessoal, no Grupo de Oração, lembre-se que você pode levantar os olhos e olhar para Jesus!”.

O sacerdote explicou que cada uma das sete mensagens apresentadas no livro do Apocalipse é como se fosse uma radiografia que Jesus tira dessas Igrejas, mostrando em que elas estão fortes e no que precisam ser aperfeiçoadas. Porém, o livro do Apocalipse, antes de começar a falar de como estão as Igrejas, faz-nos olhar para Jesus. “É como se São João quisesse dizer: nós vamos ter que falar de coisas sérias, lidar com alguns problemas, algumas coisas precisam mudar, mas

Referindo-se às dificuldades que precisamos enfrentar, Pe. Antonio enfatizou que o segredo para que

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Pregação Revista Renovação . Jan/Fev 2018

uma pessoa seja liberta é que ela conheça Jesus. “Se eu tenho Jesus, Ele vai ser o bastante. Independentemente das circunstâncias que eu estou vivendo, se eu sei que Ele é Jesus, a preocupação vai embora”. E continuou: “A gente não sabe como vai ser amanhã, mas a gente sabe quem estará com a gente amanhã: ‘Eis que estarei convosco todos os dias até o fim dos tempos’ (Mt 28, 20)”. Referindo-se ao capítulo 1º do livro do Apocalipse, Pe. Antonio José explicou que João não fala o nome de Jesus, mas dá características da pessoas Dele: “Quem é Jesus? Jesus é Aquele que nos ama.

“Quando você estiver passando por algo complicado na vida pessoal, no Grupo de Oração, lembrese que você pode levantar os olhos e olhar para Jesus!” Isso não vai mudar nunca - o apóstolo não colocou o verbo no passado para dizer que isso não muda!”. O pregador afirmou: “O Espírito Santo nunca faz a gente olhar para dentro e ver o que precisa ser mudado, para nos desanimar, mas para dizer: ‘Aqui tem um novo canteiro de obras, vamos trabalhar!’”.

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Em seguida, o pregador chamou a atenção para o versículo 6, do capítulo 1 de Apocalipse, especialmente na palavra “sacerdotes” e disse que o sacerdote é alguém que serve o amor de Deus para seus irmãos. Desse modo, referiu-se aos

servos da RCC, espalhados pelos Grupos de Oração de todo o Brasil, pedindo: “Não deixem de servir, de alimentar as pessoas que Ele coloca ao seu lado com o Amor de Deus”. E explicou que ser sacerdote não é um emprego; ser sacerdote é identidade. Deve-se ser a todo tempo, não apenas com o microfone na mão ou no táxi, mas também na fila, em casa, no trabalho, em toda e qualquer oportunidade, e reforçou: “Aonde quer que seja, eu sou Sacerdote, servo do Amor de Deus”.

cura o chão; ou quando temos uma alegria muito forte, procuramos o chão. Assim, questionou-nos: “Quando Jesus se manifesta, qual tem sido a reação da gente?”

O pregador disse que não podemos perder essa vontade de transbordar o Amor de Deus e que, quando vamos ao Grupo de Oração e encontramos todos os irmãos (agradáveis ou não), devemos pensar como Jesus: “Esses daí são os convidados do meu Pai, não podemos deixar faltar nada para eles, somos os garçons, os servos. Esse meu irmão foi honrado com o convite do Pai: eu sou o garçom, eu vou servir a Ele o que vem do Pai”.

O padre explicou que é necessário nos arrepender de todas as vezes que esquecemos quem Jesus é e quem nós somos diante do Senhor. Assim, explicou o padre, arrependimento significa que, diante de Jesus, a pessoa se reconhece pecador e que alguma coisa precisa mudar, “Não há vida com Jesus sem arrependimento”.

Ainda meditando a passagem de Apocalipse, capítulo 1, Pe. Antonio disse que Jesus é o Sol do meio-dia, que passa no meio dos sete candelabros; e disse que cada Grupo de Oração da RCC é um desses candelabros que servem para iluminar. “Jesus mesmo acendeu esses candelabros para que o povo que andava nas trevas visse luz; o Brasil não vai continuar em trevas, porque esses candelabros vão iluminar nossa Nação”, profetizou. Referindo-se ao versículo 17, do capítulo 1 do livro de Apocalipse, o pregador explicou que, quando Jesus se manifesta, João olha e cai no chão como ‘morto’, e que, assim também, quando nosso coração passa por uma dificuldade muito grande, o corpo da gente pro-

Para responder a essa pergunta, Pe. Antonio citou a passagem do Evangelho de São Lucas, capítulo 5, versículos 4 e seguintes, para dizer do grande arrependimento que tomou conta do coração de Pedro. O padre falou que, nas Cartas às Igrejas, a palavra “arrependimento” também se repete insistentemente.

O pregador seguiu, dizendo: “O arrependimento é uma oração que não pode ser enganosa, precisa ter um arrependimento sincero (...). Arrependimento não é simulado, é obra do Espírito Santo: ou é genuíno ou não acontece”. Em seguida, exclamou: “Quando Jesus encontra o nosso coração quebrado, arrependido, Ele não só não se afasta da gente, mas começa a contar com a gente”. Por fim, disse que “arrependimento não é tristeza contínua, mas a certeza de que podemos voltar sempre para Ele”.


Festa do Jubileu de Ouro no Brasil Revista Renovação . Jan/Fev 2018

8,00

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Pregação Revista Renovação . Jan/Fev 2018

CARTAS ÀS IGREJAS DE ÉFESO E ESMIRNA Com o que você tem ocupado o seu tempo? Onde você encontra vida? Nas atividades para o Senhor, no serviço do Ministério ou se relacionando e amando o próprio Senhor? Essa pregação foi um convite a não arrefecer o primeiro amor.

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onforme direcionamento dado ao Conselho Nacional, em 2018, a Renovação Carismática Católica irá meditar e rezar as sete cartas às igrejas, transcritas no Livro do Apocalipse (Ap 2-3). No ENF, todas as mensagens às igrejas foram tema das pregações do palco central do evento. Para começar, Jim Murphy, presidente do Serviço Internacional da Renovação Carismática Católica (ICCRS), pregou sobre as duas primeiras igrejas narradas no livro bíblico: Éfeso e Esmirna. Antes de abordar a mensagem das cartas escritas às cidades de Éfeso e Esmirna, o americano apresentou o contexto histórico no qual essas igrejas estavam inseridas. Ele explicou que Éfeso era, depois de Roma e Alexandria, a terceira maior cidade do império romano. Apesar de ser uma cidade rica, uma das mais importantes da região, Éfeso era também uma cidade muito imoral, onde havia um monumento dedicado à deusa Ártemis (os romanos a chamavam de Diana). Jim explicou que nessa cidade havia muita magia, feitiçaria, promiscuidade sexual e idolatria a Ártemis e que de todas essas coisas o povo de Éfeso se orgulhava.

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Continuando a explanar as características da cidade, Jim Murphy citou o capítulo 19 do livro dos Atos dos Apóstolos, que narra a história de Paulo chegando a Éfeso e ajudando a formar ali uma Igreja. Posterior-

mente, Policarpo se tornou o bispo da cidade de Esmirna. Assim, em Éfeso, segundo o pregador, havia uma atmosfera mundana, mas, também, uma atmosfera cristã e essas duas se colidiam, gerando até momentos de perseguições a cristãos. Já Esmirna, continuou explicando Jim Murphy, localizava-se ao norte de Éfeso. Cidade bonita, mas não tão grande como Éfeso, Esmirna era famosa pela medicina, ciência e intelectualidade. O pregador comentou que havia rivalidades entre Éfeso e Esmirna, pois ambas queriam o favor do Império Romano. Como Éfeso adorava deuses romanos, Esmirna, desenvolveu o culto ao próprio Império e, diante disso, o pregador explicou que os cristãos tinham problemas nas duas cidades, pois não adoravam a esses deuses. Jim ainda acrescentou outro problema da cidade de Éfeso que era a existência de falsos profetas que causavam confusão na igreja primitiva. Depois dessa apresentação histórica, o americano leu a passagem bíblica que mostra a mensagem de Jesus para essas igrejas, transcritas no livro do Apocalipse, capítulo 2, 01-11. “Conheço tuas obras, teu trabalho e tua paciência: não podes suportar os maus, puseste à prova os que se dizem apóstolos e não o são e os achaste mentirosos. Tens perseverança, sofreste pelo meu nome e não de-


Pregação Revista Renovação . Jan/Fev 2018

sanimaste. Mas tenho contra ti que arrefeceste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, donde caíste. Arrepende-te e retorna às tuas primeiras obras” (Ap 2,2-5). Ao relacionar a passagem com o povo de hoje, o presidente do ICCRS alertou: “Como fazer tudo certo e nos afastarmos do primeiro amor? Isso pode acontecer, amigos, acontece todo o tempo! Talvez, em Éfeso, eles se focavam em fazer o certo e, sem perceber, perderam o coração”. Jim citou ainda três diferentes perspectivas que estudiosos bíblicos sugerem como interpretação desse texto. Uns dizem que a igreja perdeu o amor inicial por Jesus, outros citam o amor inicial uns pelos outros (fraterno) e a terceira perspectiva é de que as pessoas perderam o amor pelo estilo de vida cristã. “Não importa como interpretemos o que o Senhor disse. Ele queria dizer que algo está errado, está faltando e é preciso recuperar. As pessoas poderiam dizer- o que mais o Senhor quer de nós? Estamos fazendo tudo certo, nada de errado. O que o Senhor quer dizer quando afirma que perdemos o amor? Estamos aqui, somos fiéis... O desafio, amigos, é que às vezes fazemos algo muito bem, organizado, de maneira muito profissional e conseguimos resultados muito bons, mas, pouco a pouco nosso coração se afasta do que amávamos no início para outras coisas. Às vezes estamos ocupados fazendo coisas para Deus e não ficamos com Deus. Este é um grande perigo para todos nós”. O americano recordou como os carismáticos se comportavam no início da caminhada e questionou se mantemos o ardor de ou-

trora: “Eu lembro da RCC há quase 50 anos, não era organizada como hoje. Mas, as pessoas estavam loucamente apaixonadas por Jesus. Não sabíamos o que estávamos fazendo e cometemos muitos erros, mas, amávamos Jesus! Às vezes eu me preocupo se aquilo que era um caso de amor agora se tornou nossa profissão. Somos muito bons no que fazemos hoje. Contudo, ainda amamos Jesus ou amamos o trabalho que fazemos para Jesus?”, questionou. Ao destacar o versículo 5 (Lembra-te, pois, donde caíste. Arrepende-te e retorna às tuas primeiras obras), Jim advertiu que esse arrependimento não se trata de condenar-se, mas de mudar a direção com a ajuda do Espírito Santo, “o Espírito Santo não nos condena, mas mostra coisas que precisamos enxergar. O primeiro passo é pedir ao Espírito Santo que ilumine nosso coração”. Assim, o pregador recomendou que cada um pedisse, clamasse para que o Espírito Santo mostrasse, levasse ao arrependimento e à conversão de vida. “Quais eram nossas primeiras obras? Tínhamos muito tempo para estar com Jesus. Passávamos tempo lendo sua Palavra. Voltávamos à missa, confissão, sacramento, nos reuníamos. Nós falávamos sobre Jesus e sobre nossa amizade com Ele.”, relembrou o americano. “Lembrem que o motivo pelo qual nos apaixonamos por Jesus não foram as coisas que nós fizemos, mas aquilo que Ele fez por nós. Ele nos deu o amor primeiro e nos dará o amor de novo”, salientou. Com relação à Esmirna, o pregador destacou a mensagem do Senhor, avisando sobre as tribulações e sofrimentos, mas o Senhor

fez uma promessa que estaria junto com o povo, mesma promessa que faz a cada fiel também nos dias atuais. “A promessa é que as perseguições não serão para sempre, mas o Senhor dará força e protegerá aquele que permanecer fiel. Ele dará a coroa como de um atleta”, encorajou o pregador. Para finalizar o momento, uma palavra de profecia:

Há uma competição da qual vocês precisam participar. Os adversários são fortes, mas eu sou mais forte. Se ficarem comigo eu darei a vitória e vocês usarão a coroa da vitória. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último. Estive morto e vivo, sou vitorioso e vou trazer vocês para a vitória. Chamem por mim, se apoiem em mim. Quando estiver difícil, quando doer, quando tiverem medo, clamem por mim, eu, vitorioso, concederei a vocês a vitória. Nenhuma arma forjada contra vocês prosperará. Vocês são meu povo. Eu caminho convosco, fortaleço, corrijo, ajudo e os defendo. A vitória não é de vocês sozinhos, mas, é a minha vitória, meu triunfo e a minha glória que

partilho convosco”.

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Pregação Revista Renovação . Jan/Fev 2018

CARTAS ÀS IGREJAS DE SARDES E FILADÉLFIA Robusta, bela e fortificada por fora, porém, vazia e morta por dentro. Frágil, pequena, simples e modesta exteriormente, contudo, cheia de vida interior. A que tipo de Igreja você se compara?

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eila Souza, presidente do Conselho da Renovação Carismática do Distrito Federal, foi uma das pregadoras do ENF 2018. No início da pregação, com o tema Cartas às Igrejas de Sardes e Filadélfia, Keila apresentou duas imagens no telão.

A primeira imagem mostrava uma igreja muito bonita, imponente e robusta. A imagem nos levava a lembrar de igrejas imponentes que conhecemos. A pregadora convidou os participantes a se imaginarem entrando nessa Igreja. “O que pensamos ao imaginar o interior desta Igreja? Quebrando nossa expectativa, o seu interior é vazio, desleixado, há ausência de vida. Assim era a Igreja da região de Sardes”, informou. Ao apresentar a segunda imagem, havia uma igreja bonita, mas bem simples. “O interior desta Igreja é lindo, cuidado e com muito esmero. Ao entrar, você vê algo que toca o seu coração. Assim era a igreja da Filadélfia.”

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Como foi destacado ao longo de todas as pregações do ENF, Keila também afirmou que o livro do

Apocalipse é um livro de revelações. Deus se revela ao povo, reafirmando a fé nas promessas de vida em Jesus. O Apocalipse vem consolar todas as perseguições sofridas. Na sequência, a pregadora destacou algumas informações a respeito da carta à Igreja de Sardes, relatada no livro de Apocalipse 3,1-6. Sardes foi a primeira Igreja a receber a pregação do Evangelho, mas também foi uma das primeiras a abandonar a fé. Vivia maus costumes e imoralidades. Concluindo, então, era um Igreja que aparentava estar viva, mas estava morta. Segundo Keila, o Senhor se apresenta na mensagem como aquele que “tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas” (Ap 3,1). O número sete na Bíblia é o número da perfeição e plenitude. A região de Sardes precisava ser plena do Espírito novamente. Nesse sentido, a pregadora fez uma comparação com a vida dos filhos de Deus: “Deus quer nos dar a plenitude do Espírito. Ele vem a nós porque sabe que precisamos Dele.


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Ele nos diz: ‘Eu te guardo, Eu volto meu olhar para ti, mesmo vendo que você abandonou a fé, Eu não te abandonei”, afirmou. Keila lembrou a igreja bonita, representada na imagem do telão. A Igreja imponente por fora, mas que não tem nada por dentro. Ela é considerada viva, mas está morta. “Quando não vivemos a plenitude do Espírito, estamos vivendo a morte interior. Quando estamos vivendo plenos do Espírito, o pecado vai sendo disseminado do nosso interior”, destacou Keila. O

“Quando não vivemos a plenitude do Espírito, estamos vivendo a morte interior” pecado reside quando não buscamos mais a Deus, mas buscamos a nossa própria vontade. Nossa vida deve ser coerente, não há possibilidade de viver algo exteriormente se não há vida interior. É preciso viver uma constante luta para dizer sim à palavra de Deus. “Não podemos viver algo incoerente, quando busco meu nome e minha própria fama ao invés de exaltar o nome de Jesus” levantou. Ao final da reflexão sobre a carta de Sardes, Keila Souza comentou sobre a necessidade de nossos Grupos de Oração terem santos. “Nos Grupos de Oração não precisamos de mestres, mas sim de santos. Nós seremos os santos dos Grupos de Oração. Não sei o quanto de vida há no seu interior, mas o pouco que existe é o suficiente para consolidar e fortalecer o que

está prestes a morrer”, declarou. Enfaticamente, a pregadora disse que, onde não há coerência com a Palavra de Deus, não há vida. “O vencedor é aquele que lutou até o fim, pois não há vitória sem luta e esforço”. A Igreja Filadélfia: a igreja que se abriu à graça

A respeito da Igreja da Filadélfia, Keila Soares destacou o versículo que diz: “apesar de tua fraqueza, guardaste a minha palavra e não renegaste o meu nome” (Ap 3,8). A Igreja da Filadélfia é aquela que não é tão atraente exteriormente, mas ao observar o interior constituía-se como algo que agradava aos olhos do Senhor. De acordo com a mensagem, o povo guardou a palavra do Senhor e Ele também os guardará no momento da tribulação que virá.

“Ao encontrarmos Jesus, encontramos a chave que dá sentido a nossa existência” Segundo Keila, o povo era fraco e ainda assim guardou a palavra do Senhor. A pregadora relacionou a imagem da igreja com os dias atuais, com o povo enfraquecido: “São os fracos que têm guardado a palavra de Deus, porque esses contam com a ação do Espírito. Contam com a plenitude do Espírito, porque se reconhecem dependentes. Quem gastar tempo no confessionário, gastar tempo em sua oração, se reconhecer dependente, encontrará o cuidado do Senhor”, recomendou ela.

Finalizando as reflexões a respeito da carta à Igreja de Filadélfia, Keila ressaltou a alegria pelo fato de o Senhor não ter desistido de seu povo e assim ter colocado diante de cada um uma porta de graças que não há ninguém que poderá fechá-la. Ao saber disso, deve-se compreender que é pelo nome de Jesus que se abre uma porta repleta de graças: “Jesus é aquele que possui a chave da porta dos tesouros de Deus para nós. Ao encontrarmos Jesus, encontramos a chave que dá sentido a nossa existência”, afirmou. Reconhecer-se como fraco e necessitado é também um passo importante no encontro com Jesus: “É preciso um testemunho verdadeiro. Não devemos mais viver uma vida em que aparentamos algo que não somos. O nosso interior deve ser revelado a Jesus. É preciso dizer a Ele onde residem suas fraquezas, porque é lá que você se encontrará com o Senhor”, ponderou Keila. Como última mensagem, a pregadora nos lembrou sobre algo que muitos têm esquecido: não sabemos o que o Senhor é capaz por nós: “Você, eu, a Renovação Carismática ainda não vimos tudo de Deus. O Senhor tem muito a nos ensinar. Ele tem muito para aqueles que o amam verdadeiramente”.

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CARTAS ÀS IGREJAS DE PÉRGAMO E TIATIRA No início de sua pregação, Leandro Rabello, diretor da Escola Nacional de Formação de Líderes e Missionários da RCC do Brasil, convidou os participantes a observarem uma imagem construída no palco que representava como era a vida dos primeiros cristãos. Eles eram torturados, tratados com violência, mas não tiravam seus olhares da cruz de Cristo. Os primeiros cristãos, mesmo sofrendo perseguições, eram fiéis. Mesmo sofrendo, estavam sob a proteção de Deus. Fiéis até o fim, esse é o convite! Fidelidade até o fim!

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ando continuidade às pregações do evento, no sábado pela manhã (27), esteve presente Leandro Rabello, diretor da Escola Nacional de Formação de Líderes e Missionários da RCC do Brasil. A pregação teve como tema “Cartas às Igrejas de Pérgamo e Tiatira”. O tema está entre as sete mensagens às Igrejas do livro do Apocalipse. Segundo Leandro, “Apocalipse significa revelação. Revelar e trazer luz àquilo que está escondido. Este livro não é para nos desanimar nem tirar nossa esperança. Não é para ter medo. O Apocalipse deve gerar em nós coragem e principalmente esperança”, afirmou. Pérgamo, região que não renegou Jesus

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Iniciando, Leandro proclamou a primeira parte de sua pregação, a Mensagem à Pérgamo, no livro de Apocalipse 2,12-17. A palavra “pérgamo” significa casado,

compromisso de um matrimônio. A Igreja de Pérgamo era a igreja que vivia uma realidade de incoerência. Eles viviam a idolatria a diversos deuses, somada à crença em Jesus. Havia também cultos à divindades com figuras de animais, porém seguiam Jesus mesmo praticando imoralidades em sua comunidade. No livro do Apocalipse, já no primeiro versículo, Jesus é apresentado como aquele que tem uma espada afiada de dois gumes. É Ele que tem o poder em suas mãos e autoridade para julgamentos. Durante a pregação, a partir deste versículo, Leandro relembrou uma catequese realizada pelo Papa Bento XVI, em 05 de setembro de 2012, em que dizia: “Jesus tem a Igreja na sua mão — fala-lhe com a força penetrante de uma espada afiada e revela o esplendor da sua divindade”. O pregador esclareceu como Jesus se dirige à Pérgamo: aquele que traz a verdade, a apresenta de forma pene-


Pregação Revista Renovação . Jan/Fev 2018

trante e é quem tem o poder. A respeito do versículo seguinte, em que é citado o “trono de Satanás”, Leandro Rabello exorta: “Precisamos ter muito cuidado, queridos irmãos, de não interpretar de forma errada a Palavra de Deus. Não podemos falar apenas aquilo que achamos. É preciso estudo. O que dizer sobre o ‘trono de Satanás’ citado? Ele se refere ao templo construído em honra a Zeus Salvador (principal divindade da época). Além disso, o ‘trono de Satanás’ pode não ser um lugar, mas sim referência à ideologia que havia em Pérgamo. A ideologia em viver de forma oposta à fé cristã, idolatrar deuses. Onde Satanás habita há cegueira espiritual, mentira religiosa também. Em Pérgamo, o anticristo era mais evidente que o próprio Cristo”, explicou Leandro. Leandro recordou que é comum nas cartas às Igrejas um elogio e uma exortação ao povo que escuta. O pregador ressaltou o quanto a região de Pérgamo conservou o nome de Jesus e não renegou a fé, mas ainda assim, pessoas da comunidade cultuavam ídolos e prestavam banquetes a eles. A partir do versículo 16, Leandro destacou o conselho dado ao povo: “Arrepende-te”. Dando continuidade a sua pregação, Leandro Rabello ressaltou o que seria dado aos vencedores, aqueles que permanecessem fiéis: “será dado o maná escondido e lhe entregarei uma pedra branca, na qual está escrito um nome novo” (Ap 2, 17). Esclarecendo este trecho, o pregador disse “O maná é o alimento do povo do deserto e Jesus é este pão vivo que desceu do céu. Aquele que se alimenta desse pão viverá eternamente e desfrutará da vida eterna. Este é o primeiro prêmio aos fiéis. Também serão

recompensados com uma pedra branca. Na época, aqueles que seriam julgados recebiam uma pedra, que poderia ser escura (culpado) ou branca (inocente). Então, os que permanecerem fiéis, serão julgados, mas serão eximidos de toda culpa. Os habitantes de Pérgamo seriam inocentados e admitidos na vida celeste”, disse, finalizando assim a carta a Pérgamo. Carta a Tiatira, região que o Senhor cuida com o olhar

Dando continuidade, o pregador seguiu com a leitura da mensagem à Igreja de Tiatira (Apocalipse 2,18-29). Essa foi a quarta igreja a receber uma mensagem. Tiatira está no centro das sete igrejas e lá existiam problemas comuns a todas as outras. A eles, Jesus foi apresentado como aquele “que tem os olhos como chamas de fogo e os pés semelhantes ao fino bronze” (Ap 2,18). Nesse sentido, Leandro ressaltou que Jesus é aquele que discerne tudo com o poder do seu olhar. “O ídolo tem pés de barro, mas Jesus tem pés de bronze. O poder está sobre Ele”, afirmou. O pregador seguiu apresentando características da Igreja de Tiatira, dizendo que Jesus a elogiou por seu amor, fidelidade, generosidade, paciência e persistência. Mesmo perseguidos, eram firmes em seu propósito de seguir o Cristo. Ao invés de esfriarem, a fé deles aumentava cada vez mais. O pregador lembrou o quanto no início da vida carismática há ânimo e empolgação para participar de todas as atividades, mas o quanto isso muda com o decorrer do tempo. Os fiéis parecem perder a vontade de se doar e também o amor ao que fazem.

No entanto, Leandro lembrou que há prêmios para aqueles que perseverarem até o fim, destacando que esta é a única carta que explica quem são os vencedores: são aqueles que vão praticar as obras de Jesus até o fim. Nesse momento, o pregador compartilhou algo que o Senhor falou a seu coração, durante a preparação para a pregação: “Em um mundo de tantos erros, há um grupo de vencedores. E este grupo está aqui no ENF. Há um grupo de pessoas que estão perseverando até o fim. Não dá para ser persistente somente quando se está em uma coordenação. É preciso ser até o fim. Aquele que perseverar até o fim será salvo. O desânimo é o câncer da perseverança. Que o Senhor tenha misericórdia de nós para que nos livre dessa doença”, proclamou. Concluindo a pregação, Leandro incentivou todos a refletirem, relembrando a imagem inicial da pregação. “Nós já conhecemos a história dos primeiros cristãos. Eles foram perseguidos, mas foram fiéis. Nós, hoje, podemos ser os últimos cristãos, ainda continuamos a ser perseguidos, mas isso não deve ser sinal de tristeza, e sim de esperança. As perseguições são as mesmas. Mudamos as vestes, mas assim como os primeiros cristãos, devemos ter uma mensagem de esperança de que seremos cuidados pelo Senhor”, afirmou.

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CARTA À IGREJA DE LAODICEIA Maria Beatriz Vargas partilhou com a família carismática a carta em que consta a passagem tema do ano do Movimento. Laodiceia era uma igreja que não dependia de ninguém. Por essa igreja, Jesus quer nos ensinar que com Ele teremos a verdadeira riqueza e cura de toda cegueira.

A

pregação de Maria Beatriz Vargas, coordenadora nacional do Ministério de Pregação, teve como base a última carta escrita às igrejas do Apocalipse: à Igreja de Laodiceia. Nessa carta, consta o tema de reflexão da RCC para o ano de 2018, mas não se trata apenas de um versículo, e sim de todo um contexto. Os cristãos estavam perdidos, desanimados na caminhada e perdendo a paciência, já questionando: “Até quando, Senhor?”. A resposta de Deus são as cartas para as sete igrejas: Jesus Cristo é o Senhor da história. Diante de uma vida atribulada, podemos afirmar: “Dentro do tempo das perseguições, existe o tempo de Deus”, disse Beatriz.

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A palavra está no livro de Apocalipse 3, 14-22. O “Amém” àquele que tem a primeira e última palavra sobre todas as coisas. Ele é a testemunha fiel e é a verdade. Jesus tem em sua boca somente palavras verdadeiras. Jesus fala à Laodiceia, mas também nos fala, hoje.

Segundo a pregadora, Laodiceia era muito próspera e referência bancária e industrial na época. A cidade possuía uma lã de cor negra, lustrosa, especial para fazer roupas. Era uma região de referência na área médica, também, com tratamento para os olhos. Assim, por não depender de nenhuma outra região, Laodiceia se acomodou: não era quente nem fria, era morna (cf. Ap3,15). A água que abastecia a região era morna. Não se podia tomar a água assim que chegava à região. Jesus faz uma comparação da fé de Laodiceia com a temperatura da água: morna. O povo de Laodiceia produzia lã para vestimenta, mas Jesus os via nus. Faziam também colírios para o tratamento dos olhos, mas, Jesus dizia que, na verdade, eram cegos. Por pensarem não precisar de ninguém, eram considerados miseráveis. Em todas as outras cartas, há um elogio e uma exortação, mas para a Igreja de Laodiceia, Jesus não fez nenhum elogio. “Aqui


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se demonstra uma grande misericórdia do Senhor. Para cada problema, há uma solução vinda do Senhor. No versículo 18, o Senhor diz o que devemos fazer para não sermos mornos: ‘compres de mim ouro provado ao fogo, para ficares rico; roupas alvas para te vestires, a fim de que não apareça a vergonha de tua nudez; e um colírio para ungir os olhos, de modo que possas ver claro” (cf. Ap3,18), proclamou Beatriz. Em seguida, a pregadora deu um testemunho do que significa comprar ouro de Jesus: “Uma mulher, líder em seu país, estava em reunião com demais lideranças. Lá se encontrava outra mulher que a acusava de diversas formas. Sem entender, rezou pedindo a Deus uma ajuda do que fazer. Naquele momento, o Senhor a fez lembrar que, ao ser acusado, Jesus ficou em silêncio. Assim, ela também o fez. Em casa orou e decidiu perdoar aquela mulher. Ela percebeu que o inimigo de Deus poderia usar daquele momento para destruir seu Ministério. Ela pedia que a inocência dela viesse à tona sem precisar falar nada. Após um tempo (anos) e ainda em oração, elas se encontraram em um Grupo de Oração. Durante a oração de perdão, a acusadora se levantou e foi até aquela mulher, pedindo perdão por tudo o que havia falado”, concluiu Beatriz.

pensamentos que a desviam do Senhor, vindo em sua mente: “Sempre que percebo um pensamento que não vem de Deus, como criticar alguém e deixar a velha natureza vir à tona, eu digo assim: ‘Pai, não me deixes cair em tentação’ e começo a louvar a Deus. Pego um atributo do Senhor e começo a louvar em cima daquilo que tenho vivido. O louvor faz com que venha até nós um ouro puro”, testemunhou. Deus morre e ressuscita para que possamos levantar junto com Ele. O colírio é o Espírito Santo. O que Ele faz é nos dar a graça de enxergar o amor de Deus por nós.

“O louvor faz com que venha até nós um ouro puro” Encerrando a pregação, Beatriz observou o versículo 20, que é tema da RCC. Jesus deseja entrar porque não há mais medo de nada: “Quando Jesus entra em nosso coração, nós entendemos o amor de Deus. Para sermos vencedores junto com Jesus e sentarmos no trono, nós precisamos olhar para Jesus e ver nele o exemplo de como vencer as tribulações, sofrimentos e batalhas. Precisamos enxergar o mal que está por trás das situações. Ser vencedor com Jesus é derrotar o mal”, finalizou.

Com isso, a pregadora ressaltou que ainda existe ouro em nós sob muitas camadas de sujeira. Para esse ouro vir à tona, é preciso sermos vigilantes! Beatriz também deu um testemunho pessoal de quando percebe

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RUMO AO JUBILEU DE OURO DA RCC Em sua pregação, a presidente do Conselho Nacional disse que a RCC do Brasil está em preparação para viver, no ano de 2019, a festa dos 50 anos de chegada ao país. “Será um ano de comemoração, mas também de festa espiritual”, declarou.

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o sábado (27/01) pela manhã, no Centro de Evangelização, com milhares de carismáticos reunidos de todo o Brasil, a Presidente do Conselho Nacional da RCCBRASIL, Katia Roldi Zavaris, trouxe importantes direcionamentos em sua pregação, com o tema: “Rumo ao Jubileu de Ouro, em 2019”.

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A presidente explicou que, para nos prepararmos bem para essa grande celebração, já no ano passado, na Festa do Jubileu de Ouro da RCC no mundo, realizada na Canção Nova (Cachoeira Paulista - SP), foi lançado o Triênio preparatório. O Triênio indica que a cada

ano devemos nos aprofundar em uma palavra-chave. “O Senhor nos tirou de um lugar e nos colocou em outro: é tempo da maturidade espiritual”, proclamou Katia. Assim, a presidente recordou duas profecias dadas ao Conselho Nacional, no ano passado. Em janeiro de 2017, o Senhor falava ao Conselho: “Meus filhos, não tenham medo! Não tenham medo do caminho que Eu coloco diante de vocês, Eu caminho com vocês e sempre caminharei convosco. É uma estrada nova que Eu coloco diante de vocês! Não tenham medo, pois Eu caminharei com vocês. Sigam neste novo ca-


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minho, pois tenho inúmeras surpresas para vocês. Venham Comigo nessa estrada que Eu coloco diante de vocês!”. Diante dessa profecia, Katia motivou a todos: “Nós já estamos nesse caminho, já começamos essa estrada nova!”. Em seguida, trouxe a segunda profecia dada ao Conselho Nacional: “Meus filhos, eu estou derramando sobre vós uma nova porção do meu Espírito, eu vos capacito para ser aquilo que eu vos chamo a ser”. E nos dizia Katia: “Glorificado sejas! Eu tomo posse. Eu quero ser aquilo que o Senhor quer para a RCC”, finalizou. TRIÊNIO PREPARATÓRIO PARA O JUBILEU DE OURO DA RCCBRASIL A presidente da RCCBRASIL falou sobre o Retiro realizado pelo Conselho Nacional na Terra Santa, em maio de 2016, e disse que, nessa ocasião, o Senhor deu à RCC do Brasil um caminho espiritual, que foi traçado nos passos de Jesus, e que esse itinerário está registrado no livro “Vede como eles se amam”. Disse, ainda, que foi nesse livro que o Conselho Nacional se inspirou para a preparação para o Jubileu de Ouro da RCCBRASIL. “Celebrar um Jubileu é tempo de retorno às origens, tempo de bênçãos e graças especiais”, afirmou a presidente, explicando que essa preparação se dá em três etapas (2017, 2018 e 2019). PENTECOSTES PERENE Citando a passagem do Evangelho de São João, capítulo 14, versículo 16 (“E Eu rogarei ao Pai e

Ele vos dará o Paráclito, para que fique eternamente convosco”), Katia falou da 1ª etapa, que tem como palavra-chave “Pentecostes Perene”, vivida no segundo semestre de 2017. Porém, ela lembrou a todos que “Pentecostes é perene, é eterno, é para sempre” e, portanto, essa temática deve ser vivida a todo tempo. “Nós, carismáticos, somos chamados a viver sob a ação de um derramamento contínuo do Espírito Santo: Pentecostes Perene!”, enfatizou.

“O Espírito Santo é aquele que mata a sede da nossa alma. Diante de qualquer dificuldade, desânimo, invoque o Espírito Santo” “O Espírito Santo é aquele que mata a sede da nossa alma. Diante de qualquer dificuldade, desânimo, invoque o Espírito Santo”, disse a presidente. Ainda falando sobre esta etapa preparatória do “Pentecostes Perene”, Katia disse que a RCC precisa ser rosto e memória de Pentecostes na Igreja e recordou que a Beata Elena Guerra ensinou que quando pedimos “vem”, o Espírito Santo vem. A presidente enfatizou: “É sempre Pentecostes para quem O invoca” (...) “Enquanto o mundo cristão não for batizado no Espírito Santo, não terá acabado vossa missão. Renovação Carismática Católica do Brasil, nossa missão está apenas no começo!”, conclamou.

CONVERSÃO SINCERA Katia explicou que a 2ª etapa de preparação para o Jubileu de Ouro da RCC do Brasil deve ser vivida neste ano de 2018 e tem como palavra-chave “Conversão Sincera”. Segundo a presidente, esse é um tema que o Senhor pede desde 2015 e este é um tempo oportuno para vivê-lo, pois “Jubileu é tempo de rever a nossa vida, fazer a ‘faxina interior’ necessária”. A pregadora disse que o Senhor nos deu como tema do ano de 2018: “Eis que estou à porta e bato” (Ap 3, 20a) e nos pede conversão sincera. Desse modo, é como se o Senhor nos dissesse: “Eu vou te ajudar! Se você abrir a porta, Eu caminharei convosco, Eu vou ajudar você. Vocês não estão sozinhos, Eu caminharei com vocês! Não tenhais medo!”. Katia partilhou que o período jubilar é também um tempo de decisão: “Devemos desejar uma vida autêntica no Espírito Santo de Deus”, exortou a presidente, afirmando que esse é o apelo e o desejo de Deus para a RCC do Brasil.

“Devemos desejar uma vida autêntica no Espírito Santo de Deus” “Ou somos de Deus, ou somos de Deus! Ou temos vida no Espírito, ou temos vida no Espírito! – não há outro caminho para nós!”. Nesse sentido, reforçou Katia, em comunhão com a Igreja, nesse Ano do

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Laicato, nós, Renovação Carismática Católica, precisamos pedir vida renovada, regenerada, transformada; genuína e autêntica vida no Espírito; vida de santidade! Para tanto, a presidente do Conselho Nacional reforçou que devemos “quebrantar o nosso coração com arrependimento”, na certeza de que Jesus está ao nosso lado. “Nossos pecados não afastam o Senhor de nós, mas é preciso reconhecer nossos pecados e, humildemente, os apresentar a Jesus(...). A vida no Espírito é vida sempre mais transbordante, coração expandido. Enchei-vos do Espírito Santo! É possível abrir mais espaço para o Espírito Santo em nossa vida!”, ensinava Katia. Neste ano de 2018, “o Senhor insiste conosco: vida lapidada, trabalhada, santificada pelo Espírito Santo: Eu desejo conversão sincera”, resumiu. A Presidente do Conselho Nacional pediu que os Grupos de Oração do Brasil convoquem seus Núcleos para Vigílias, momentos de reflexão e escuta, para colherem do coração de Deus quais atitudes práticas precisam ser tomadas, visando a conversão sincera. “Passemos a nossa vida a limpo, vamos mudar de atitudes! Não queremos apenas que se pregue sobre conversão sincera, neste ano, mas que a RCC do Brasil se converta sinceramente! Não tenham medo!”. COMUNHÃO FRATERNA Katia citou, ainda, que a 3ª etapa de preparação para a grande festa de celebração do Jubileu

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de Ouro da RCC no Brasil, no ano de 2019, terá como palavra-chave “Comunhão Fraterna”, que será aprofundada no próximo ano. Mas já antecipou: “O coração que deixou Jesus entrar vai transbordar de amor pelos irmãos”. Por fim, a presidente disse que o Senhor lhe pedira que O anunciasse como o Deus que está vivo: “Minha filha, me anuncie como Jesus vivo! Eu sou o Deus vivo e verdadeiro!”.

“O coração que deixou Jesus entrar vai transbordar de amor pelos irmãos” Assim, a pregadora continuou: “Sabe qual vai ser o resultado da nossa conversão sincera? O Senhorio de Jesus na minha e na sua vida!”. Mais adiante, questionou: “Qual o propósito da RCC, do Batismo no Espírito Santo? É nos apaixonarmos por Jesus e reconhecermos que Ele é o Senhor!”. Em seguida, Katia convidou todos os sacerdotes presentes para que se posicionassem na parte superior das arquibancadas e ficassem ao redor de todo o espaço do Centro de Evangelização da Canção Nova, formando uma grande tenda de oração, ou seja, um grande Cenáculo. Neste momento, Katia pediu a todos que olhassem para o alto das arquibancadas e contemplassem a presença de Jesus no meio de nós - “Os Sacerdotes agem ‘in Persona Christi’. Jesus está vivo e quer nos tocar através deles!”, concluiu ela.

Desse modo, Katia pediu para que os sacerdotes impusessem as mãos sobre o povo presente e Dom Alberto Taveira, Assessor Eclesiástico da RCC do Brasil, conduziu um momento de oração sobre todos os carismáticos brasileiros. “Que saia daqui uma legião de apóstolos levando a graça da RCC, apóstolos do Batismo no Espírito Santo”, proclamou Dom Alberto.


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MISSAS ALIMENTAM CARISMÁTICOS PARA A MISSÃO As Santas Missas do Encontro Nacional de Formação convidaram os carismáticos ao amor à Palavra, retorno ao primeiro amor e à missão. Os bispos celebrantes relembraram o papel do Movimento e usaram a Palavra de Deus como impulso para conduzir os participantes à missão de levar Cristo aos outros.

se ano do Laicato. A celebração foi presidida por Dom Alberto Taveira, assistente eclesiástico da RCCBRASIL e contou com a participação de cerca de 150 padres participantes do ENF.

Ser amigos da Palavra

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“Sejam Amigos da Palavra de Deus”, foi o convite especial de Dom Orlando Brandes, Arcebispo de Aparecida (SP), à família carismática na homilia da Missa de abertura do Encontro Nacional de Formação (ENF), na quarta-feira (28), no Santuário Nacional de Aparecida. Ele iniciou a homília lembrando que a Renovação Carismática Católica tem muito a realizar e ensinar nes-

Dom Orlando reconheceu as semeaduras do Movimento em levar os fiéis à leitura orante da Palavra. “Vocês semearam há muito tempo, até de forma inédita na Igreja Católica, o amor, o conhecimento e a vivência da Palavra de Deus”. De acordo com o Arcebispo, nossas paróquias e Grupos precisam ser aprofundados na Palavra. O bispo citou que, providencialmente, na liturgia da Missa de abertura do ENF 2018, o Mestre faz uma verdadeira formação com os discípulos e lhes apresenta os três inimigos da Boa Nova: o Demônio, a desistência e a preocupação. “Um celular pode nos afastar da Palavra de Deus [...]. Precisamos sempre recomeçar, não desanimar e não nos deixar dispersar pelas preocupações do dia a dia”.


Santa Missa Revista Renovação . Jan/Fev 2018

Para o arcebispo, a intimidade com a Palavra vem da ação do Espírito Santo, mas também da leitura orante, que precisa e deve ser diária. “Precisamos fazer todos os dias uma experiência pessoal da Palavra de Deus e nisso vocês são mestres. A CNBB nos pede, há muitos anos, o que a RCC já realiza. Ensinar a lectio divina ao nosso povo católico do Brasil, que precisa ser mais bíblico, inclusive nós, bispos e padres”, comentou.

Deixar-se encontrar por Cristo “O Senhor não quer o trabalho de vocês, não quer o que vocês sabem fazer. Quer o que vocês vivem com Ele”. A exortação de Dom Henrique Soares da Costa, bispo da Diocese de Palmares (PE), marcou a segunda missa do ENF 2018, no dia 25 de janeiro (quinta-feira), cuja liturgia festejou a conversão de São Paulo. O presidente da celebração lembrou como o nosso encontro com o Senhor se assemelha ao do apóstolo. Dom Henrique ressaltou que nenhum cristão marcou tanto a Igreja como Paulo, que não foi escolhido por merecimento, assim como cada um de nós. “Não fomos nós que alcançamos o Cristo, a gente só vai alcançar o Senhor lá no final (no céu). Ele já nos alcançou, nos conquistou, nos seduziu e encantou nosso coração”. Segundo o bispo de Palmares, mesmo batizados, chega um momento em que fazemos uma experiência pessoal com Jesus. “Cada um tem uma história, o momento em que o Espírito Santo explode em nós com uma experiência viva, apaixonante por Cristo”. O bispo lembrou que o encontro de Paulo com o Senhor deixou o apóstolo cego, porque espiritualmente Paulo sempre foi cego. Sobre essa cegueira, o bispo comparou: “Há muita gente boa que não é cristã, inclusive em outras religiões. Mas somente em Jesus os nossos olhos se abrem. Somente n’Ele há a verdadeira Luz, que faz cair nossas escamas”.

No final, Dom Henrique deixou um pedido: “Voltem sempre ao primeiro amor. Nunca tirem os olhos de Cristo. O exemplo de São Paulo nos mostra o que Deus pode fazer através de um homem. Imaginem o que Deus pode fazer através de vocês! Quanta conversão e bem Ele pode fazer se formos fiéis como São Paulo”.

Conhecer, amar e anunciar Jesus Na liturgia do dia, os apóstolos Timóteo e Tito, formados por Paulo, são enviados para formar o povo de Deus. “Não é necessário sermos doutores para falar de Deus. É preciso que o amemos de coração. Conhecer, amar e O adorar para testemunhá-lo”, foi a mensagem de Dom José Aparecido, bispo auxiliar de Brasília que presidiu a missa de sexta-feira (26), no ENF2018. A celebração contou, também, com as presenças de Dom Alberto Taveira e Dom Derek Byrne. Para Dom José, só foi permitido reunir o grande número de pessoas presentes no evento porque elas se permitiram ser atingidas pelo amor de Cristo. Porque, comprometidas com Ele, aceitaram ser enviadas por Ele. “A liturgia não poderia ser tão oportuna quanto a de hoje. Porque precisamos dar testemunho de que o Evangelho não só transforma nosso coração, mas nos transforma em verdadeiros adoradores, prova do amor de Deus derramado em nossas vidas”. “Não vendemos ideias, nós apresentamos alguém que quer orientar a nossa vida para uma felicidade eterna”, continua o bispo, após exortar que a Palavra de Deus precisa ser conhecida e saboreada. Dom José exortou para que nos lares dos participantes não haja bíblias apenas como enfeite, mas envelhecidas, riscadas e com as folhas caindo de tão lidas. “Se conhecermos a Palavra, conhecemos Jesus”. O bispo lembrou que “os santos convencem mais

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que os mestres e se as pessoas do nosso tempo estão inclinadas a escutar os mestres é porque talvez esses mestres sejam santos”. De acordo com o pastor, não há verdade que mereça ser ouvida, se ela não vier acompanhada de uma vida que faça o bem, como o exemplo do mestre Jesus.

Destinatários e portadores da mensagem da salvação

Confiança e santidade são características do servo A Santa Missa de sábado (27) trouxe a figura de Davi, o líder escolhido por Deus, que caiu nas suas tentações, mas foi capaz de reconhecer as transgressões cometidas e voltar para o Senhor. A Missa foi celebrada por Dom Derek John Christopher, bispo da diocese de Primavera do Leste-Paranatinga (MT). A celebração votiva à Nossa Senhora trouxe um convite ao mergulho na misericórdia do Pai. O bispo reforçou a importância da missão, quando falou que os participantes foram chamados a anunciar a misericórdia de Deus, lembrando o constante pedido do Papa. “Francisco nos convida a sermos uma igreja em saída, avançando à outra margem para anunciar a Palavra de Deus”. Dom Derek recordou que, no Evangelho, Jesus repreende os apóstolos a confiarem Nele. “Nós também precisamos confiar. Lembrar que Ele às vezes nos convida a um passo a mais: colocar tudo em Suas mãos e esperar a Sua vontade, não apenas a nossa, como Jesus no Getsemani confiou no Pai”. O bispo explicou que é possível confiar em Deus se cada um não esquecer do seu chamado à santidade.

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A homilia foi concluída com um convite a tomar Nossa Senhora como exemplo e acreditar que a santidade é possível. “Nós, com a graça de Deus e com a ajuda da nossa Mãe, podemos chegar a sermos santos e santas”.

O ENF 2018 foi encerrado com a celebração da Santa Missa, presidida por Dom Alberto Taveira, assessor eclesiástico da RCC do Brasil, no domingo (28). O bispo apresentou Jesus como o modelo perfeito para o ser humano. Dom Alberto ressaltou a figura de Jesus nas Sagradas Escrituras como a autoridade que ensina o serviço modelo do lava-pés. “Olhando para nossa história, mas, mais do que tudo, olhando para Jesus, queremos ouvir o que o Espírito Santo nos diz! Também nós recebemos, sendo batizados, a missão profética, real e sacerdotal. Neste ano, dedicado na Igreja do Brasil à missão dos leigos, desejamos tomar posse de nossa missão. Como Jesus com seus primeiros discípulos, somos também chamados, consagrados e enviados”, advertiu. Assim como as pregações no palco central, o bispo apontou as sete igrejas do Apocalipse na celebração e destacou de que forma o Senhor fala com seu povo, hoje, através dessas cartas. O bispo destacou que é missão de todo aquele que se encontrou com o Cristo levar a palavra de Deus a todas as pessoas: “Assumimos a tarefa de correios, estafetas, portadores da mensagem de salvação. São Paulo pode dizer-nos, hoje, ‘Vós é que sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos. Todo o mundo sabe que sois uma carta de Cristo, redigida por nosso intermédio, escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, os corações’ (2 Cor 3,2-30). Ousamos tomar posse de duas tarefas, destinatários e portadores da mensagem! E os correios devem ser corredores, não podem perder tempo!”


Festa do Jubileu de Ouro no Brasil Revista Renovação . Jan/Fev 2018

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Noite Carismática Revista Renovação . Jan/Fev 2018

NOITES DE CARISMAS, ORAÇÃO E ALEGRIA NO ESPÍRITO

No final da quinta e sexta-feira (25 e 26 de janeiro) do ENF 2018, os carismáticos de todo o Brasil se reuniram para render graças ao Senhor, com toda a alegria e entusiasmo, que são frutos do Batismo no Espírito Santo.

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Na quinta-feira (25), animados pelos missionários Ana Lúcia e Cassiano, da Comunidade Canção Nova, os carismáticos de todo o Brasil, reunidos no Centro de Evangelização da Comunidade Canção Nova, em Cachoeira Paulista, louvaram a Deus, com muita música, clamando “Chuva de Graças” e muito fogo do Espírito Santo!

e o missionário Márcio Todeschini, ambos da Comunidade Canção Nova, conduziram um grande momento de oração, clamando o Espírito Santo!

Enquanto do lado de fora caía chuva, dentro do Rincão todos eram encharcados por uma chuva de bençãos! Pe. Adriano Zandoná

Muitas curas e libertações foram proclamadas nesse momento de oração, na certeza da voz do Senhor que ecoava, dizendo: “Vem

Pe. Adriano partilhou a visualização de um túmulo e Jesus retirando a tampa desse túmulo, dizendo: “Hoje é o dia da sua Ressurreição! Vem para fora!”.

para fora! Eu te ressuscito!”. Em seguida, Pe. Adriano proclamou, profeticamente: “Uma nova geração de padres carismáticos está se levantando e esses padres estão aqui, em nosso meio. Deus está batendo na porta do coração! Nova geração de pregadores, músicos, religiosas; famílias santas, carismáticas! Jovens chamados ao celibato! Deus está derramando sobre nós uma nova unção sobre seu Ministério, sobre sua vocação. Não tenham medo!”.


Noite Carismática Revista Renovação . Jan/Fev 2018

Na noite de sábado (27), última noite de ENF, a alegria tomou conta dos corações e a Noite Carismática foi uma grande ação de graças ao Senhor! Na primeira parte, a cantora e missionária católica Eliana Ribeiro levou os carismáticos a um grande momento de louvor. Ao som de “Chuva de Graças”, “Enviai”, “Teus Passos”, entre outras canções que marcam a caminhada dos Grupos de Orações, todos clamaram “eu quero ser inflamado pelo Fogo do Céu”. Assim, um novo canto no Espírito encheu o Centro de Evangelização. Finalizando sua participação, Eliana Ribeiro chamou a Equipe Nacional de Dança e Teatro, do Minis-

tério de Música e Artes da RCCBRASIL, para apresentarem o “Flashmob Nacional”.

cam a caminhada dos carismáticos: “Cante em paz”, “Um novo caminho” etc.

Em seguida, Flavinho e Márcio Pacheco, cantores e missionários católicos, deram início à segunda parte dessa noite de louvor, cantando outras canções que estão sempre presentes na vida dos carismáticos, a cada semana, nos Grupos de Oração: “Coração Adorador”, “Deus é Dez”, “Quero Louvar-te”, entre outras.

Em seguida, Cosme, missionário e cantor católico, de forma alegre e divertida, animou a todos e a alegria contagiava ainda mais. Ninguém podia (e nem conseguia ficar parado) diante de tanta alegria! “Já chegou, já chegou, o Espírito Santo já chegou”, para formar o “Exército de Cristo” e “tudo o que era torto, Jesus endireitou”.

Em seguida, Raquel Caperjani, cantora e membro da Comunidade Recado, clamou o Espírito Santo, com “Deixa a luz do Céu entrar”. Depois, junto com Luiz Carvalho, Fundador da Comunidade Recado, cantaram outras canções que mar-

Já caminhando para o fim dessa belíssima noite de ação de graças e de muita alegria, Olívia Ferreira levou os carismáticos a proclamar que “O Senhor é Rei” e tomarem posse da missão de “Sentinela da Manhã”.

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Especial Revista Renovação . Jan/Fev 2018

VAMOS ORAR PELO BRASIL! Durante o ENF 2018, foi lançada a a Campanha de Oração pelo Brasil. A Campanha é formada pela motivação às práticas espirituais em intenção das eleições de 2018. Todos os Grupos de Oração devem estar unidos em prol da oração pelo país por meio da Campanha. Acesse e saiba mais: www.rccbrasil.org.br/acaopelobrasil

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Na tarde de sábado (27), o coordenador nacional do Ministério de Fé e Política, Sérgio Zavaris, conduziu um momento de oração pela nação brasileira, no palco do Centro de Evangelização, no ENF 2018. O coordenador partilhou sobre a importância da oração por parte dos carismáticos. Diante da crise que o país enfrenta (crise econômica, ética, de valores...) o coordenador conduziu uma oração que você também é convidado a orar com toda a RCC do Brasil. Leia a Oração na página ao lado.


Especial Revista Renovação . Jan/Fev 2018

ORAÇÃO PELA NAÇÃO BRASILEIRA

S

enhor Jesus, envia teu Santo Espírito sobre toda a nação brasileira e sobre todos os cidadãos, sobre a Renovação Carismática Católica e sobre todos os milhões de habitantes deste país.

Tem misericórdia do povo sofrido que se encontra nas periferias da sociedade. Nós te pedimos, Senhor, que envies sobre nós o Espírito Santo, dando-nos a unção necessária para enxergarmos o que cada um é capaz de fazer, em sua própria medida e em sua esfera de atuação. Que sejamos testemunhas da ética em nossa vida particular e testemunhemos tudo o que aprendemos com a nossa santa e amada Igreja. Sabemos que a santidade precisa ser traduzida em ações no cotidiano: na fila do banco, no trabalho, na família, na rua e em todos os ambientes que visitamos. Nós te pedimos esta graça da santidade e que sejamos testemunhas de um novo tempo! Nós te pedimos que esta nova mentalidade alcance todo o povo brasileiro, inclusive as autoridades constituídas, os gestores de instituições e órgãos públicos. Que a cegueira em seus olhos possa cair e ser removida. Que eles enxerguem todo o mal que existe e que ele fique tão claro, como a nudez de Adão e Eva diante de Deus no Jardim do Éden. Que eles, nossos gestores e autoridades, queiram retratar-se e fazer o bem para esta nação. Que possamos testemunhar, no dia a dia, os valores do Evangelho, como uma verdadeira avalanche de santidade, alcançando a todos, para que o exemplo converta mais pessoas do que nossas palavras. Concede-nos a graça de ser não apenas um país próspero, com imensas riquezas naturais, mas uma nação que seja sinal para o mundo inteiro, na fé, conduta, caráter, postura, ética e zelo pela lei que criamos. Permite-nos, Senhor, enxergar com clareza o que devemos falar e em que devemos influir. Que o Espírito Santo ilumine nossas mentes e coloque brilho nos nossos olhos! Amém!

27 (Oração espontânea conduzida por Sérgio Zavaris, coordenador nacional do Ministério Fé e Política, durante o ENF 2018)


Workshops Revista Renovação . Jan/Fev 2018

WORKSHOP “RETORNANDO AO PRIMEIRO AMOR” Na tarde de quinta-feira (25/01), deu-se início às atividades dos Workshops. Porém, nesse primeiro momento, todos os Ministérios foram convidados a permanecer unidos, no Centro de Evangelização, para receberem algumas formações juntos, com temas em comum para todos os Ministérios.

Ensino 01:

GRUPO DE ORAÇÃO, A ALMA DA RENOVAÇÃO!

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O Workshop iniciou-se com um forte momento de oração, conduzido por Marizete Nunes Nascimento, coordenadora Nacional do Ministério de Oração por Cura e Libertação. Marizete convidou todos a erguerem mãos santas para louvar o Senhor e enfatizou que Jesus Cristo é o fundamento da RCC. “Não estamos aqui por causa de nossos Ministérios e serviços, mas por causa de Jesus Cristo, Aquele que nos deu a Salvação”.

Vinícius Simões, presidente do Conselho Estadual do Rio de Janeiro, ministrou o primeiro ensino desse Workshop, com o tema: “Grupo de Oração, a alma da Renovação”.

Por fim, o Senhor trouxe duas palavras de ordem: Vigilância e Sobriedade; e realizou curas e milagres no meio de nós, já no início do ENF 2018.

Vinícius disse que “embora os serviços sejam muitos, um só é o Espírito de Deus” que realiza todas as coisas. Ele enfatizou que os Grupos de Oração são “uma


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linda estratégia de Deus para evangelização de seus filhos”. Referindo-se às Cartas do Apocalipse, que citam “sete candelabros”, o pregador comentou que os Grupos de Oração são “muitos candelabros levantados no mundo inteiro para tornar a iluminar, para fazer Jesus conhecido e amado entre todos”. Vinícius explicou que os Grupos de Oração são uma “linda estratégia de Deus para favorecer e possibilitar um encontro pessoal com Jesus”. Citando o Documento de Aparecida, disse que os Grupos de Oração são verdadeiramente aqueles “espaços calorosos de oração”, relatados pelos bispos. Disse, ainda, que nos Grupos de Oração devemos “redescobrir Pentecostes não como conceito, mas como experiência viva e verdadeira, que transforma vidas”. Ele convidou todos a agradecerem a Deus pelos seus Grupos de Oração. Vinicíus enfatizou que somos chamados a bendizer os nossos Grupos de Oração e disse que frases como “Isso aqui já foi bom, agora já não é mais a mesma coisa” devem ser eliminadas de nosso meio. “Devemos proclamar palavras de bênçãos sobre os 13.000 Grupos de Oração, que são candelabros acesos e nos quais o Senhor nos enraizou”. Disse, também, que o Grupo de Oração é lugar para que as pessoas vejam Jesus. “Grupo de Oração é lugar onde a gente não apenas vê Jesus, mas toca nas chagas de Jesus e aí recebemos o Espírito Santo”. Em seguida, o pregador convidou a todos a “passear” por conceitos e definições que a RCC e conceituados autores têm dado para o

Grupo de Oração, a fim de ampliar nossa visão sobre esse importante espaço, que é a alma da RCC.

ros de santos, lugar de pessoas que levam Deus a sério em sua vida. “Santos no mundo, mas santos!”.

Vinícius disse que, nos inícios da RCC, foi o Cardeal Leo-Jozef Suenens que definiu o Grupo de Oração como alma da RCC, explicando que é o ânimo onde se gera a vida da RCC.

Vinícius recordou, ainda, nessa “caminhada” de resgate daquilo que temos aprendido e ensinado sobre os Grupos de Oração, que, no ENF 2016, Ano da Misericórdia, o Senhor inspirou que os Grupos de Oração eram oásis de misericórdia, lugar de experiência com um Deus que se deixa encontrar, um Deus que perdoa e que nos acolhe. “No meio do deserto do mundo, existe um oásis!”.

Anos mais tarde, a RCC apresentou a definição de que o Grupo de Oração é a célula fundamental da RCC, é o rosto da RCC, onde a RCC mostra toda sua vitalidade; e o pregador enfatizou: “O Grupo de Oração é o coração pulsante da RCC: a RCC não vive de encontros, mas do Espírito Santo derramado semanalmente em cada Grupo de Oração”. Ainda mais à frente, definiu-se o Grupo de Oração como um tesouro de Deus. “Um bem precioso que o Senhor nos deu, um tesouro carregado em vasos de barro (cada um de nós)”, explicou Vinícius. Mais recentemente, nos anos de 2009/2010, o Senhor falou à RCC em profecia, dizendo que “os meus Grupos de Oração são portas abertas que ninguém pode fechar”; e, ao recordar essa profecia, Vinícius exortou: “Nós não estamos em tempo de fechar Grupos de Oração, mas de abrir mais e mais. Onde tem Coca-Cola, deve existir Grupo de Oração [referindo-se à grande abrangência da Coca-Cola, que chega aos lugares mais afastados do país]”. Atualmente, a RCC declarou que o Grupo de Oração é o Amor de Deus em ação, porque Ele ama as ovelhas e derrama Seu Amor. No ENF de 2014, Monsenhor Jonas Abib disse, profeticamente, que os Grupos de Oração são celei-

No Congresso Nacional de 2016, em Aparecida, aprendemos que os Grupos de Oração são como hospitais de campanha, lugares de socorro imediato, tratamento, cura intensiva, onde se aplica o remédio acertado. Por fim, no ano de 2017, ano do Jubileu de Ouro da RCC no mundo, o Senhor nos recordava a mais clara e direta de todas as definições: “O Grupo de Oração é Cenáculo de Jerusalém nos dias de hoje, onde vemos o cumprimento da promessa de Deus”. Nesse sentido, Vinícius, citando a palavra do livro dos Atos dos Apóstolos, capítulo 1, versículo 4, recordou-nos que Jesus faz uma promessa e uma exigência aos apóstolos: a promessa de que seriam batizados no Espírito Santo; e a exigência de que não se afastassem de Jerusalém. Desse modo, atualizando essa palavra para a RCC, Vinícius conclamou: “Não se afastem de seus Grupos de Oração. Lutem pelo seu Grupo de Oração, mesmo quando as coisas não estiverem indo bem”. E, citando a passagem do Evangelho de São Lucas, capítulo 5, da “pesca

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milagrosa”, conclamou: “Lancem de novo as redes no seu Grupo de Oração. Não desistam! Não desanimem!”. Após esse “reavivar” das profecias, conceitos e definições sobre o que é o Grupo de Oração, ao longo da história, o pregador apontou seis elementos essenciais, que aparecem em comum nos escritos de diversos autores que escreveram sobre Grupo de Oração ao longo dos anos e que devem estar presentes nos Grupos de Oração da Renovação Carismática Católica:

Em nossos Grupos de Oração, a Palavra de Deus deve ser o centro de uma pregação ungida, que nos leve a uma experiência com Jesus. Pela Palavra, devemos mudar sentimentos e mentalidade. A Palavra de Deus é matéria espiritual para criar novas realidades. A pregação inspirada carrega uma força de vida e recriação, vem acompanhada de raios de salvação, sinais e prodígios.

01 – LOUVOR

03 – EXERCÍCIO DOS CARISMAS

Fomos criados para o Louvor da Glória de Deus. Reconhecer que Deus é Deus gera humildade e nos faz reconhecer a nossa pequenez. No Louvor, somos convidados a esvaziar-nos de nós mesmos, para que Jesus seja o centro da nossa oração.

Os dons são inseparáveis do doador, os dons são o Espírito Santo em ação. Joseph Ratzinger, num de seus escritos, afirma: “os carismas não são coisa da Igreja Primitiva, mas uma realidade viva, queimando hoje”. E alertou-nos Vinícius: “Seu Grupo de Oração pode e deve ser carismático”.

O inimigo não aguenta um povo que reconhece quem Deus é. No Credo, rezamos: “O Espírito Santo é Poder na mão do Pai”. Quando louvamos, o Louvor “cutuca” a mão do Pai e, então, Ele derrama o Espírito Santo sobre nós. O pregador alertou-nos, ainda, sobre o uso excessivo do microfone nos Grupos de Oração, que faz com que tenhamos participantes passivos, em que apenas o dirigente reza no microfone e a assembleia permanece em silêncio. “É preciso que todos louvem e aprendam a louvar em nossos Grupos de Oração”. O Louvor é uma prática que começa em casa e deve ser um estilo de vida para nós. 02 – PALAVRA DE DEUS

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A Palavra de Deus transforma o homem. Precisamos rezar com a Palavra.

Citou, ainda, uma fala de Maria Eugênia de Gongora (Sheny), Presidente do CONCCLAT, na qual ela dizia: “se lutamos tanto para que a Igreja se carismatizasse e isso aconteceu, precisamos, agora, olhar nossa casa, porque talvez tenhamos perdido nossa identidade de carismáticos”. 04 – GENUÍNO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

Vinícius enfatizou que o Batismo no Espírito Santo produz frutos de conversão, transforma vidas e nos capacita a dar uma resposta de amor a Deus. Citou o livro “Batismo no Espírito Santo”, organizado pelo ICCRS (Serviços Internacionais de Renovação Carismática Católica), no qual

são apresentados frutos do genuíno Batismo no Espírito Santo. E exortou-nos: “Por vezes, vocês têm feito de vossos Grupos de Oração um local de entretenimento: dançam, pulam, cantam, reencontram os irmãos, mas não são impactados pela força do Alto e não são verdadeiramente batizados no Espírito Santo”, finalizou. Batismo no Espírito Santo não é automático, requer arrependimento, corações escancarados. Muitas coisas são boas e até criativas, mas nem tudo tem nos conduzido ao genuíno Batismo no Espírito Santo; por vezes, fazemos uma experiência de ambiente, mas não de sentido. 05 – VIDA COMUNITÁRIA

Os Grupos de Oração devem ser lugar de acolhimento eficaz, propiciar um ambiente agradável para uma vida fraterna, para uma experiência comunitária. O pregador lançou alguns questionamentos para nos ajudar a avaliar esse elemento em nossas realidades: “Nossos Grupos de Oração têm sido comunidades de amor? Lugar do perdão e festa? Será que temos sido uma comunidade que atrai pelo amor? Ou será que nossos Grupos e Núcleos têm sido um Santo Sinédrio, onde julgamos e condenamos o irmão, ao invés de acolhê-lo, perdoá-lo e amá-lo?”. 06 – LIDERANÇA COM ALTO NÍVEL DE COMPROMETIMENTO

As lideranças de nossos Grupos de Oração precisam, cada dia mais, tomar consciência da responsabilidade que possuem em favor do povo de Deus. Liderança que seja feita de “garçons”, pesso-


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as dispostas e comprometidas em servir o irmão, em ofertar o melhor de Deus para aqueles que vêm aos nossos Grupos. Liderança que leva as pessoas para Deus! Servos que sejam “pau para toda obra” no Grupo de Oração.

Após apontar esses seis elementos, concluindo seu ensino, Vinícius apresentou uma pirâmide da hierarquia da RCC, na qual os Grupos de Oração são o topo, o mais importante, aquilo que deve ter toda atenção. Em seguida, vêm

os Conselhos Diocesanos, que são a instância de unidade com as bases. Depois, os Conselhos Estaduais e, na base, o Conselho Nacional, como alicerce, apoio, sustentação para aquilo que deve ser vivido no topo, que são os Grupos de Oração.

Ensino 02:

BATIZADOS NUM SÓ ESPÍRITO PARA FORMARMOS UM SÓ CORPO petáculo. Precisa, antes de tudo, gerar mudança de vida!”. Nesse sentido, disse que é fundamental que avaliemos a nós mesmos e os nossos Grupos de Oração, com as seguintes perguntas: “A sua vida muda radicalmente a cada semana no seu Grupo de Oração? Você é uma pessoa nova, você volta do Grupo de Oração transformado?”. O segundo ensino deste Workshop, com a presença de todos os Ministérios juntos, foi ministrado por Vicente Gomes, presidente da Comissão Nacional de Formação da RCCBRASIL, com o tema: “Batizados num só Espírito para formarmos um só Corpo”. Vicente explicou que, apesar desse ser um tema sempre trabalhado em nosso meio, cada vez que se volta ao que é essencial, se volta aprofundando. Assim, citando a passagem do livro dos Atos dos Apóstolos, capítulo 2, versículos de 1 a 4, o pregador apontou algumas características dos apóstolos e de Maria no Cenáculo: - Jesus ordenou-lhes (ordem dada é ordem cumprida), portanto, eram obedientes; - Perseveravam em oração (fé expectante e oração de concórdia); - estavam não só em união, mas numa reunião, portanto unidade. Nesse contexto, o Espírito Santo desceu de repente sobre eles: “não dá para controlar/esquematizar o Espírito Santo”, enfatizou Vicente. Em seguida, Vicente trouxe o seguinte questionamento: “Como você pode testemunhar que foi/ está sendo batizado no Espírito Santo? Pentecostes não foi um es-

Vicente explicou que o Batismo no Espírito Santo gera unidade e nos chama ao serviço. O servo é uma testemunha de Jesus Cristo vivo e ressuscitado, alguém que fez a experiência com o Senhor e quer contá-la, compartilhá-la com outros. Citando a passagem de I Coríntios 12, 12, o pregador explicou que a RCC é uma parte desse grande Corpo, do qual Cristo é a cabeça e sem esta o corpo não se move. Falou sobre o serviço que todos prestam em prol do Grupo de Oração e enfatizou: “Sem o Grupo de Oração, não há razão para a existência dos serviços, pois eles existem em razão do Grupo de Oração”. Olhando para a realidade do Grupo de Oração, Vicente chamou cada coordenador nacional de Ministério, formando um grande “Núcleo de Serviço”, para mostrar que todos os Ministérios só existem e funcionam para que o Grupo de Oração seja mais saudável, maduro e cumpra com seu propósito, que é de proporcionar um encontro pessoal com Jesus Cristo, a partir do Batismo no Espírito Santo.

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WORKSHOPS OFERECEM FORMAÇÃO, PARTILHA E ESCUTA PROFÉTICA NO ENF 2018 Em 2018, uma tarde do Encontro Nacional de Formação para Coordenadores e Ministérios (ENF) foi reservada para o Workshop comum a todos os Ministérios (confira na página 28 ). Os 18 Workshops de Ministérios aconteceram no dia 26 de janeiro (sexta-feira), durante o período da manhã e à tarde. Neles, foram meditadas as atividades de cada Ministério e serviço específico no Movimento para o ano de 2018. Os Workshops foram momentos de muita formação, partilha e escuta profética para os participantes.

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MINISTÉRIO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

Jersey Simon, coordenador nacional do Ministério de Comunicação, iniciou o workshop, que reuniu cerca de 200 comunicadores, com a pregação “Ampliando a visão sobre a Comunicação”. Jersey comentou sobre a comunicação ser um Ministério novo, mas chamado a gerar unidade e evangelizar através dos meios de comunicação. A segunda formação foi ministrada por Giancarlo Souza, membro do núcleo nacional e responsável pela equipe de formação do Ministério, o qual ressaltou a importância e necessidade da formação aos comunicadores. Foram partilhadas algumas propostas para a formação dos comunicadores até 2019: cursos do IEAD RCCBRASIL, Escola Nacional de Comunicação (ENACOM) e manuais formativos sobre comunicação. Foi lançado o Congresso Online #CompartilhaAí, que será realizado entre os dias 07 e 08 de abril, já com inscrições abertas. E, por último, o lançamento do site rccbrasil.org.br/comunicacao um espaço de Comunicação destinado a todos do Movimento. À tarde, aconteceu um bate-papo sobre Fake news, com a participação de Adriana Ferreira (professora da Faculdade Canção Nova e coordenadora da Rádio e TV Canção Nova) e Bruno Maffi (jornalista, especialista em Comunicação Organizacional, Assessor da RCC Paraná e escritor). Eles partilharam que o antídoto para Fake news não são as estratégias, mas as pessoas. Todos têm a obrigação de combater notícias falsas.

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Como último momento no workshop, Gustavo Huguenin (designer e social media) trouxe orientações de como gerenciar as Redes Sociais. Alertou sobre a necessidade de alguns pontos de reflexão como organização, planejamento, missão nas redes e definir conteúdo e ações a serem trabalhados durante as campanhas, entre outros pontos.

MINISTÉRIO PARA CRIANÇAS

Felipe Felizardo, coordenador estadual do Ministério de Pregação do Estado da Paraíba, iniciou o momento de formação com o tema: “Crescer em estatura, graça e sabedoria diante de Deus e dos homens”. O coordenador destacou que os servos desse Ministério não são apenas “tios” e “tias”, mas possuem uma maternidade e paternidade espiritual. Em seguida, Márcia e Ivaldo Almeida, coordenadores estaduais do Ministério no Distrito Federal, exortaram para uma incessante busca por Deus e para uma vida submissa a Sua vontade, com simplicidade e docilidade. Katia Roldi Zavaris, presidente do Conselho Nacional da RCCBRASIL, destacou que “somos responsáveis pelos corações das crianças para que se movam no mesmo pulsar de Jesus Cristo! Com o coração cheio do Espírito, devemos testemunhar a alegria e a honra em servir ao Senhor”. Depois, Jersey Simon, coordenador Nacional do Ministério de Comunicação, lançou o desafio de evangelizar neste tempo cada vez mais tecnológico: “o que estamos fazendo para buscar, lá fora, as crianças que não conhecem Jesus? Aquelas crianças que não vêm até nós?”. Na exposição “Leve sua Ideia”, grande surpresa deste ano, os evangelizadores de todo Brasil trouxeram para partilhar os materiais confeccionados por eles. A troca de experiências proporcionou um clima de união e fraternidade. Aconteceu também a formação e vivência de Grupo de Oração para crianças e de AdolesSantos, com a realização de um Grupinho com a Linguagem Brasileira de Sinais (LIBRAS), uma ação inclusiva dentro do Ministério. Finalizando, a coordenadora nacional do Ministério para crianças, Anabelly Medeiros Lopes, pediu para abraçarmos, com todo amor e zelo, a missão: “a evangelização não se encerra quando o Grupo de Oração para Crianças acaba, ela precisa continuar com a nossa oração e em todos os momento que o Senhor nos convidar”.


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MINISTÉRIO CRISTO SACERDOTE

MINISTÉRIO PARA AS FAMÍLIAS

Durante o ENF 2018, o Ministério Cristo Sacerdote se reuniu para seu momento de formação, no qual estiveram presentes aproximadamente 200 Ministros Ordenados (Diáconos, Sacerdotes e Bispos). Há algum tempo, o Ministério tem trabalhado suas atividades fundamentadas no tripé: Fraternidade Sacerdotal, Formação Teológica e Missão, as quais foram desenvolvidas durante o workshop.

O workshop contou com cerca de 450 pessoas. A primeira pregação teve como tema: “Educação dos Filhos”. Valdo Braga e Sandra Calixto, coordenadores nacionais do Ministério, falaram que cada pessoa é um braço do grande candelabro que é o Grupo de Oração. Eles destacaram o ensinamento da Igreja de que “os pais são os principais e primeiros educadores de seus filhos” (CIgC §1653).

Na parte da manhã do dia 26, junto com os seminaristas, os dois primeiros eixos foram trabalhados pelo Bispo da Diocese de Palmares (PE), D. Henrique Soares. Ele destacou a experiência da espiritualidade monástica para com o amor à Sagrada Escritura para alimentar o desejo de Deus e o amor a Jesus. Logo em seguida, foi aberto um período para perguntas e respostas.

Na segunda pregação, “O amor no matrimônio”, Dom José Aparecido, bispo auxiliar de Brasília, explicou que todos passam por dificuldades, mas que a beleza do matrimônio na RCC é poder testemunhar que o Evangelho não é vão. O bispo falou, também, sobre a Exortação Apostólica Amoris Laetitia, no Capítulo IV (O Amor no Matrimônio) e sobre o início do Hino da Caridade (I Coríntios 13).

À tarde, trabalhando o eixo “Missão”, foram desenvolvidas três atividades: A primeira delas foi a formação dada pelo Pe. João Marcelo dos Santos, pároco da Paróquia São Francisco de Assis e diretor espiritual da RCC no estado do Espírito Santo, abordando a identidade presbiteral: natureza e missão dos Ministros Ordenados na Renovação Carismática. Em seguida, Pe. Alberto Gambarini, pároco do Santuário Nossa Senhora dos Prazeres, de Itapecerica da Serra (SP), fez uma reflexão sobre a importância do Batismo no Espírito Santo e conduziu um momento de oração pedindo a graça da efusão do Espírito Santo. Para encerrar, Pe. Cláudio Peters, diretor espiritual e coordenador do Ministério Cristo Sacerdote no Estado de Santa Catarina, fez uma partilha acerca da importância e vivência da fraternidade sacerdotal.

Depois, André Antonieti, coordenador do Ministério no estado de São Paulo, destacou na pregação que teve como título “Eis que estou à porta e bato”, que Deus desejava colocar os membros do Ministério em missão, indo ao encontro das famílias que precisam de apoio. Na quarta pregação, “Atuação do Ministério no Grupo de Oração”, novamente Valdo e Sandra falaram com os presentes sobre as inspirações de Deus para o Ministério, além de apresentaram os pilares que serão trabalhados em 2018: – Visita de Consagração dos Lares ou Visita de Nossa Senhora – Visita de Atendimento a Casais – Encontros para as Famílias – Formação para os Servos

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MINISTÉRIO DE FÉ E POLÍTICA

MINISTÉRIO DE FORMAÇÃO

No Workshop, aconteceu o lançamento do Curso de Doutrina Social da Igreja com ênfase em Ciências Políticas, parceria entre RCCBRASIL e a PUC-Rio, com as aulas inaugurais sendo ministradas durante o workshop.

O Ministério de Formação apresentou abordagens profundas e muito úteis para as coordenações do Ministério de todas as instâncias e para os formadores. O dia começou com muitas orações, louvor, escuta e oração pedindo uma nova efusão do Espírito Santo.

A primeira aula foi dada pelo Pe. André Rodrigues (Arquidiocese do Rio de Janeiro), com a disciplina Gênese da DSI: Fontes Remotas I, na qual foi abordado o tema das Bases Bíblicas da Doutrina Social da Igreja. Já na parte da tarde, após a oração inicial, deu-se sequência às aulas com o Prof. João Cláudio Rufino, coordenador da Comissão de Reflexão Teológica da RCCBRASIL, com a disciplina Princípios da Doutrina Social da Igreja, na qual foram abordados os princípios da DSI e a introdução aos mesmos. Ao final da tarde, Sérgio Zavaris, coordenador nacional do Ministério Fé e Política, falou sobre os direcionamentos e questões primordiais do MFP. Sérgio relembrou o tripé de ação do Ministério – Formação; Evangelização do Meio Público; e Eleições. O coordenador salientou a importância do protagonismo eleitoral ser promovido no meio do povo de Deus. Para Sérgio, é fundamental que o Ministério esteja mobilizado em oferecer orientações aos membros da RCC quanto à importância do voto, estimular o debate sobre as pautas que acontecem no cenário político brasileiro e aprofundar os estudos da Doutrina Social da Igreja: “A RCC tem um papel muito importante na participação da política de nosso país e não pode abdicar desta responsabilidade sob pena de incorrer no pecado de omissão”, finalizou o coordenador nacional.

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No primeiro ensino, foi destacado que as formações devem apresentar a verdade, pois o homem é salvo à medida que a conhece. Porém, a verdade não pode ser compreendida sem a ajuda do Espírito Santo. Para atender a essas duas necessidades, os formadores precisam ministrar os ensinos com clareza e didática. Por isso, os encontros de formação devem ser ‘carismáticos’ para que o Espírito Santo atue nos formando. Em seguida, foi apresentado o Plano de Ação do Ministério para 2018, com as atividades essenciais para que cada coordenação saiba o que promover na sua realidade, a fim de garantir um processo formativo eficaz. Após o almoço, aconteceu uma reflexão sobre a relação entre elementos-chave da nossa espiritualidade e sua importância para uma formação eficaz. Entre outras coisas, foi abordada a necessidade de vivermos a vida no Espírito para que possamos viver a verdade. No último ensino, atendendo às solicitações de esclarecimentos sobre Grupo de Perseverança (GP), este tema foi abordado com muitas explicações e também com o testemunho de um formador que é responsável pelo GP do seu Grupo de Oração. No final do workshop, houve um momento de respostas às perguntas apresentadas pelos participantes ao longo do dia.


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MINISTÉRIO DE INTERCESSÃO

MINISTÉRIO JOVEM

A primeira formação teve como tema: “Intercessores chamados a viverem um Pentecostes perene.” A formação foi ministrada por Vinicius Simões, presidente do Conselho Estadual da RCC do Rio de Janeiro, que proclamou que o exercício do Ministério de Intercessão precisa ser robustecido pelo Espírito, pois só pessoas transbordantes do Espírito Santo são eficaz na oração.

Cerca de 600 jovens lideranças carismáticas participaram do workshop. A coordenadora nacional do Ministério Jovem, Daniele Almeida, apresentou a moção que norteará as ações do MJ em todo país em 2018 e 2019: “Apóstolos e guardiões da identidade” - com referência bíblica de I Timóteo 4, 12-16.

A segunda formação foi realizada pelo o assessor espiritual do Conselho Nacional da RCCBRASIL, Padre Antônio José, com o tema: “Intercessor, torna-te quem tu és!”. O padre chamou ainda os intercessores de “executores dos sonhos que estão no coração de Deus”. A terceira formação foi ministrada por Josirene Franca, coordenadora nacional do Ministério de Intercessão e teve como tema: “Pastoreio: um serviço de amor na intercessão”. Proclamando que a nossa referência de Pastor é “Jesus” (Jo 10,11). No quarto momento, foram pontuados os trabalhos voltado para as três dimensões do Ministério: Espiritualidade, Pastoreio e Formação. E ainda as ações a serem realizadas como o Dia Nacional de Intercessão Profética, Mobilização Nacional de Oração, Rede Nacional de Intercessão, a Jornada de Intercessão (que seria realizada visando a oração pelas necessidades mais urgentes) e o retorno as Vigílias de Adoração ao Santíssimo Sacramento. O momento seguinte foi à oficina de Escuta Profética, quando os intercessores realizaram, sob a condução do Espírito Santo o ciclo carismático e se seguiu o momento de escuta e partilhas. No último ensino, Josirene falou sobre: “Intercessores em ordem de batalha”.

Em seguida, foram apresentados os demais eixos de trabalho desenvolvidos no triênio 2017-2019: Unidade - Pe. Alcindo Saraiva, assessor espiritual da RCC do Piauí, mostrou a necessidade da vivência da Palavra de Deus como Movimento. Ele falou sobre a importância de promover a unidade com a Igreja em suas expressões e espaços como a Pastoral Juvenil e Setor Juventude. Formação Integral - Pe. Antônio Prado (Pe. Toninho), assessor nacional da Comissão Episcopal para a Juventude da CNBB, abordou a importância e os principais aspectos da formação integral para a juventude. No mesmo espaço, falou sobre o Sínodo dos Bispos 2018, que será dedicado aos jovens, a pedido do Papa Francisco. Formação Ministerial - Wiliam de Paula, membro no núcleo nacional do MJ, reforçou nesse tema a importância da organização do MJ para servir nos Grupos de Oração. O tema ainda foi destacado com duas formações voltadas para a base do Movimento. A primeira, ministrada pelo articulador do MJ na região Sudeste e coordenador estadual do Ministério em São Paulo, Adriano Gonçalves, que falou sobre como trabalhar com os jovens nos Grupos de Oração mistos. O segundo momento sobre a mesma temática tratou de como o MJ atua junto aos Grupos de Oração Jovem. O tema foi abordado pelo articulador na região Norte, Israel Freitas.

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MINISTÉRIO UNIVERSIDADES RENOVADAS

MINISTÉRIO DE MÚSICA E ARTES

A primeira reflexão foi conduzida por Mário Lúcio Ferreira, presidente do Conselho Estadual da RCC Minas Gerais. Mário refletiu sobre a renovação do encontro pessoal com Cristo e sobre a necessidade de uma conversão sincera.

As pregações do workshop foram baseadas nos pilares que nortearão a formação dos artistas neste ano: Evangelização e intimidade.

Luan Carlos Oliveira, coordenador do MUR na Arquidiocese de Mariana (MG), deu continuidade falando sobre maturidade e protagonismo. “O Senhor nos chama a um tempo de crescimento”, afirmou Luan, ressaltando que maturidade é sinônimo de santidade. A coordenadora do MUR no estado de São Paulo, Laura Galvão, falou sobre a virtude da esperança e o amor à missão. Ela ressaltou que, para manter essa virtude, é preciso retomar às direções de dadas ao Movimento. A reflexão sobre a fé e a razão ficou por conta de Carlos Eduardo Fernandes, membro do MUR do estado de São Paulo. Ele destacou que a vocação acadêmica solicita uma busca plena pela verdade e que o diálogo entre a fé e a razão é necessário para a missão do MUR. “Corremos o risco de negligenciar o ser acadêmico”, afirmou o pregador. Milena Mária, coordenadora nacional do MUR, encerrou as atividades do dia destacando as palavras Ressurreição, Misericórdia e Esperança e, mais uma vez, a busca pela maturidade. Ela abordou a importância da vida de oração e pediu: “amem a Palavra de Deus!”. Ainda durante o workshop do MUR, João Lucas Vieira, coordenador do Ministério no estado da Bahia, apresentou a apostila “MUR: Identidade e Missão”, lançada em 2017.

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Na primeira pregação, Marici Cabral, assessora nacional de comunicação do Ministério, falou sobre a postura missionária, a importância de se ter consciência de que o chamado vem de Deus e que é preciso que se reconheça o lugar de servos, sem apegos a títulos e cargos. No segundo momento, Alexandra Frugério, assessora nacional de dança e teatro, pregou sobre a ousadia e qualidade, destacando que é preciso se ter uma arte bela, atrativa, para que a mensagem possa ser ouvida. Isso se consegue com dedicação, esforço e estudo. A terceira pregação, de Isabel Pimenta, integrante do Ministério, ajudou a despertar o desejo missionário, a necessidade de se ir a todos os corações, sendo a mão do Senhor que está à porta e bate. Ela destacou que os servos devem ir onde o Senhor envia, e que Ele confirmará o Seu chamado com sua ação poderosa. Disse também que todos devem cuidar do Cristo crucificado para que as pessoas acreditem no Ressuscitado. Para finalizar, Juninho Cassimiro, ex-coordenador nacional do Ministério, pregou sobre a intimidade com o Senhor, a exemplo de Maria Madalena, que permaneceu fiel na cruz, e depois buscou incessantemente encontrar o Senhor que foi colocado no túmulo, mas não estava mais lá. Disse isso lembrando que essa deve ser a postura de todos: buscar sem desanimar. Também foi partilhado que neste ano o Ministério de Música e Artes propõe a realização das Escolas Regionais ou Diocesanas de música e artes, com momentos de formação e oração em conjunto e específicos.


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MINISTÉRIO DE ORAÇÃO POR CURA E LIBERTAÇÃO

Marizete Nascimento, coordenadora Nacional do Ministério, fez a primeira pregação sobre as unções recebidas no batismo, destacando que, pelo Batismo, a pessoa participa no sacerdócio de Cristo, na sua missão profética e real. Assim, ela falou sobre a: -Unção sacerdotal (santificar) - participar do mesmo sacerdócio de Cristo. -Unção profética (evangelizar) - pelos dons do Espírito Santo, cada um exerce seu serviço para a edificação da Igreja e construção do Reino de Deus. -Unção real (servir) - o reinado de Cristo no mundo consistiu em servir. Depois, Christiane Gonçalves, médica e coordenadora do Ministério no Amapá, falou sobre as várias mudanças no comportamento sexual, físico e psicológico das pessoas. Na pregação “A desconfiguração dos filhos de Deus, padre Pedro Paulo Alexandre, sacerdote exorcista, da Arquidiocese de Florianópolis (SC), explicou os três princípios inegociáveis da Doutrina da Igreja (respeito à vida humana, matrimônio natural e educação como direito dos pais) que vão de encontro com realidades presentes na sociedade hoje, como a ideologia de gênero, aborto e eutanásia. A terceira pregação “Configurar-nos a Cristo pelo amor” foi ministrada por Padre Antônio José, da Arquidiocese do Rio de Janeiro. O padre explicou que Jesus não conta com pessoas infalíveis, mas com aqueles que o amam profundamente. Um exemplo disso foi a atitude que o Senhor teve em relação a Pedro e aos demais apóstolos. Mesmo depois de ser deixado, Jesus quis continuar contando com eles após a ressurreição. O Workshop foi encerrado com uma Oração de Cura Interior, ministrada pelo Padre Jefferson Silva, do Estado Piauí.

MINISTÉRIO DE PREGAÇÃO

A programação do workshop contemplou a formação dos pregadores, as necessidades pastorais e a espiritualidade. A primeira pregação “Verbalização”, referente ao novo capítulo anexado à Apostila 2 do Ministério, foi ministrada por Leandro Rabello, coordenador estadual da Pregação no Rio de Janeiro e diretor da Escola de Líderes e Missionários. A pregação apontou vários elementos que fazem parte da comunicação da mensagem, além da própria mensagem falada. João Cláudio Rufino, filósofo e teólogo, mestre em Teologia Bíblica, coordenador da Comissão de Reflexão Teológica, deu uma aula sobre o livro do Apocalipse, sua estrutura e conteúdo. Jim Murphy, presidente do ICCRS, Serviço Internacional da Renovação Carismática Católica, falou sobre como discernir os temas de pregação, estar atentos à inspiração do Espírito, valorizar a Palavra, e sobre como fazer um roteiro de pregação. Quanto ao aspecto pastoral, Maria Beatriz Spier Vargas, coordenadora Nacional do Ministério, falou sobre o que constitui o serviço de pregação no Grupo e deu orientações sobre como aplicar as apostilas e planejar as formações do Ministério. Vinícius Simões, presidente do Conselho Estadual da RCC Rio de Janeiro, falou sobre “Seminário de Vida no Espírito”, destacando seu conteúdo e aplicação, uma vez que o SVE é de responsabilidade do Ministério de Pregação. Katia Roldi Zavaris, presidente do Conselho Nacional, contemplou o aspecto espiritualidade, falando sobre os rumos aos quais o Espírito tem nos conduzido neste tempo jubilar.

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PROFISSIONAIS DO REINO

MINISTÉRIO DE PROMOÇÃO HUMANA

Os Profissionais do Reino (PDR) são um serviço que tem o desafio de evangelizar o vasto mundo do trabalho, por meio do Batismo do Espirito Santo. Busca-se, com as atividades, a transformação concreta da sociedade, construindo a sonhada Civilização do Amor!

O Ministério de Promoção Humana (MPH) iniciou suas formações recebendo seus participantes (cerca de 600 participantes) com muito amor e alegria. O grupo demonstrou, por meio do abraço verdadeiro, sorriso sincero, olhar acolhedor e ambiente bem preparado, o quanto nosso Senhor esperou por todos.

O workshop, conduzido pelos membros da Comissão Nacional de Profissionais Justo e Carolina Alvarez e Claudia Cunha, contemplou três momentos: 1) Oração, escuta profética e BES - momento de profunda experiência com o Espirito Santo e de abastecimento dos servos; 2) Reflexão sobre o chamado a ser profissional do reino dentro da RCC no Brasil. A atividade foi iniciada por uma vídeo-formação, empregando o curta metragem The Dam Keeper (O guardião da represa), que levantou as seguintes provocações: o que é vocação? O que é Reino de Deus? Que valores os PDRs precisam desenvolver para construir esse Reino? Evangelização e santificação do mundo do trabalho, como fazer? Esse momentos foi enriquecido com o Documento 105 da CNBB e com as Cartas Labore Exercens e Lumen Gentium sobre o papel do leigo e do trabalho para a construção da Civilização do Amor. 3) Apresentação do planejamento dos PDR para 2018, contemplando as palavras Rhema deste ano: Isaías 42, 1-7; e Isaías 41,8-10; bem como a definição da missão, valores, objetivos e principais ações concretas a serem desenvolvidas pelos grupos.

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Este momento intenso de convivência fraterna, vivência comunitária da espiritualidade, formação e abastecimento foi finalizado com uma oração de envio. Apesar de serem pouco mais de 20 pessoas, de todas as regiões do Brasil, 25% destas desconheciam esse serviço e saíram do workshop extremamente tocadas pelo Senhor e motivadas a iniciarem grupos em suas realidades locais, visto que este foi um momento intenso de revelação divina, de confirmação do chamado e da vocação de todos que ali estavam a serem PROFISSIONAIS DO REINO.

Ao longo das atividades, foram abordadas quatro temáticas. A primeira Formação, “Somos Templos do Espírito Santo”, trabalhou o equilíbrio em todas as dimensões da pessoa humana, seguida de um momento oracional, clamando ao Espírito Santo, que habita em todo batizado. Houve um clamor para que o Espírito adentrasse em todos os espaços da vida de cada um, conduzindo à profundidade da vida que se edifica na rocha que é Cristo. A segunda Formação, “O Rosto de Deus é Misericórdia”, proporcionou reflexão profunda sobre o Ano do Laicato, o Dia do Pobre e o Acolhimento de Todos. A terceira Formação, “O MPH no Grupo de Oração”, enfatizou o trabalho com o Tripé da RCC. Esta formação aponta que, à luz da Parábola do Filho Pródigo, a Acolhida é o Abraço do Pai, o Pastoreio são as vestes novas e a Vivência Fraterna é a festa. A quarta temática foi subdividida em dois momentos: O primeiro foi um trabalho em grupo. Nele, coordenadores estaduais tiveram a oportunidade de exercer o pastoreio, conhecendo suas “ovelhas” e partilhando experiências. No segundo momento, foram repassadas orientações sobre o Projeto “Abraço do Pai”, que serão ações sociais e de evangelização realizadas pelos Grupos de Oração durante o ano de 2018. O Projeto visa atender pessoas que apresentam alguma vulnerabilidade social oferecendo alimentação, roupas, remédios, atendimento com profissionais na área da saúde, jurídica, assistência social, etc e, ao mesmo tempo, evangelizar, apresentando Jesus como Senhor e Salvador, tudo fundamentado na caridade sincera e na fraternidade autêntica. É um encontro que contará com todas as forças vivas da RCC local.


Workshops Revista Renovação . Jan/Fev 2018

MINISTÉRIO PARA SEMINARISTAS

O Workshop para Seminaristas reuniu seminaristas que comungam de nossa espiritualidade e nela encontram forças para viverem o seu chamado ao sacerdócio. Na parte da manhã, os participantes receberam Dom Henrique Soares, bispo de Palmeiras (PE), juntamente com o Ministério Cristo Sacerdote, quando os dois workshops participaram juntos. Dom Henrique falou sobre a vida sacerdotal, seus desafios e a meta que é a santidade. O bispo destacou que o padre é chamado a ser um homem de oração, de comunhão com o seu presbitério na vivência da fraternidade sacerdotal e, acima de tudo, um homem segundo o coração de Deus. Sobre a vida fraterna, exortou: “A experiência cristã sempre é comunitária. Deus não faz aliança comigo e sim com o seu povo. No presbitério, a mística da comunhão nos é dada pelo sacramento da ordenação. Não viverei o meu sacramento em plenitude, se não viver a comunhão com minha ordem”. Em sua segunda colocação, Dom Henrique levou os participantes a refletirem sobre a importância da vida espiritual do padre. “Triste do padre que em seu Ministério perder o desejo de Deus, a capacidade de olhar para Jesus nos olhos. Somos chamados primeiro a ser, antes que fazer”, exortou. Na parte da tarde, Dom José Aparecido, bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília, em sua pregação, destacou que na caminhada vocacional é fundamental dar tempo à espiritualidade que impulsiona a responder o chamado de Nosso Senhor. Por fim, o Workshop foi concluído com partilhas e oração.

NOVAS COMUNIDADES

Costumeiramente, os Workshops das Novas Comunidades, no Encontro Nacional de Formação, têm se dedicado a refletir sobre as diferentes características de expressão presentes nos variados tipos de Comunidades de perfil carismático existentes na Igreja, em relação ao Movimento Eclesial da Renovação Carismática Católica. Especialmente para deixar claro que, em que pese a realidade de que se pode viver a experiência carismática em distintas maneiras, nada justifica a vivermos em conflito. Em 2018, foi pensado: por que, ao invés de nos dedicarmos à reflexão sobre nossas “diferenças”, não nos dedicamos àquilo que temos em comum? E assim foi que, de maneira muito participativa e proveitosa, o Workshop tratou, neste ano, de considerar aquilo que é essencial a toda a pentecostalidade católica presente na Corrente de Graças de Renovação à qual todos pertencemos : a identidade carismática! Animados por essa intenção, o dia foi dedicado a rever a história e a origem em comum, considerando especialmente o que, na vigília do Pentecostes de 2004, afirmou o Santo Papa João Paulo II : “Desejo que a espiritualidade de Pentecostes se difunda na Igreja como um renovado impulso de oração, de santidade, de comunhão e de anúncio...”. Ou seja, independentemente das diferentes espiritualidades particulares que animam as diversas realidades eclesiais, a espiritualidade de Pentecostes – que é própria da Igreja - deve ser acolhida como “patrimônio comum” por todos os que dela participam (mormente das que se apresentam como “carismáticas”...).

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Workshops Revista Renovação . Jan/Fev 2018

WORKSHOP COORDENADORES DE GRUPOS DE ORAÇÃO, DIOCESE E CIDADES

A primeira formação “Coordenador como presença do Reino de Deus”, foi ministrada pelo presidente do ICCRS, Jim Murphy, que apresentou o coordenador do Grupo de Oração como protagonista em levar o Reino de Deus àqueles que vão aos Grupos. “Nós falamos da grande missão da RCC, da majestade de Deus, mas como podemos conectar tudo isso com a Glória de Deus? Nós devemos ser o reino de Deus palpável na terra! Nomes, cargos e funções não significam nada, pessoas precisam ser tocadas, ouvidas,

Santuário Mãe de Deus São Paulo-SP

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com a nossa compaixão. Instâncias superiores não significam nada na RCC sem os coordenadores nos Grupos de Oração. Eles são a RCC palpável, nos milhares de Grupos. O papel de Coordenador é tocar o Reino de Deus”, explicou Jim Murphy. “O Dom do Discernimento para o Coordenador” foi a formação de Claudio Steula, coordenador nacional do Ministério de Formação. Claudio ressaltou a importância desse dom nas tomadas de decisões que a função exige: “se um (a) coordenador (a) for dócil ao Espírito, Ele o inspirará nas escolhas que deve fazer para que sua coordenação seja fecunda” destacou. Luiz Virgílio Néspoli, membro da Comissão Nacional de Formação da RCCBRASIL ministrou “O Perfil do Coordenador nas Sagradas Escrituras”. Apontando alguns personagens bíblicos inspiradores para a coordenação do Grupo, Virgílio falou sobre a importância de saber dialogar, superar conflitos e enfrentar outros desafios da coordenação. O formador destacou, também, a paternidade e autoridade do coordenador.


Workshops Revista Renovação . Jan/Fev 2018

Uma novena de nove meses, na qual acompanhamos diariamente a gestação e as experiências vividas por Nossa Senhora. Essa é a maravilhosa caminhada rumo ao nascimento de Jesus que milhares de pessoas vivem todos os anos com o livro “9 meses com Maria”. A obra, escrita pelo Pe. Luís Erlin, convida-nos a viver a experiência de, com a Mãe de Jesus, gestar o Filho de Deus em nossas vidas. Milhares de pessoas já fizeram essa novena e alcançaram uma graça. Prepare-se para iniciar, no dia 25 de março, esse caminho de amor e fé ao lado de Maria. A graça que você tanto deseja poderá ser alcançada com essa novena!

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