Revista Renovação. Edição 110 . Mai/Jun 2018
REVISTA VAMOS SER SANTOS NO MUNDO ATUAL pág.08 ANO NACIONAL DO LAICATO NA IGREJA DO BRASIL pág.11 A CRUZ E O PUNHAL”, UM LIVRO QUE TESTEMUNHA O PODER TRANSFORMADOR DO ESPÍRITO SANTO pág. 22 O GRUPO DE ORAÇÃO E SUA MISSÃO DE LEVAR AS PESSOAS À SANTIDADE ENCARTE
Revista Renovação .Mai/Jun 2018
Nesta Edição
Espiritualidade
Especial
Institucional
06 “O Espírito Santo foi derramado”
14 Estamos comprometidos em compartilhar verdade e comunhão?
20 Todos os estados brasileiros são chamados a viver Semeando a Vida no Espírito
08 Santos no Céu, santos nos altares e... santos em casa?
Especial 11 Ano Nacioal do Laicato 13 Capelinha se torna símbolo do Jubileu da RCC no Brasil
Eventos 16 Coordenadores diocesanos se reúnem em Retiro Espiritual 19 O coração da juventude carismática já bate mais forte!
Testemunho 21 De Saulo a Paulo
Sugestão de Leitura 22 ‘A Cruz e o Punhal’: uma volta às nossas origens
EXPEDIENTE Publicação Oficial da Renovação Carismática Católica do Brasil
Jornalista Responsável: Lúcia Volcan Zolin DRT/SC 01537
ESCRITÓRIO ADMINISTRATIVO
Editada pelo Escritório Nacional da RCC do Brasil
Redação: Julianne Batista, Maria Mariana Revisão: Mari Spessatto
Rodovia Presidente Dutra km 46,5, sentido Rio de Janeiro, no bairro dos Marques, s/n
Fotos: Arquivo RCCBRASIL
Canas/SP
Projeto Gráfico, Design e Diagramação: Priscila Carvalho Venecian
Tel.: (12) 3151-9999
ANO 19 - Edição Nº 110: Mai/Jun 2018
E-mail: dpto.comunicacao@rccbrasil.org.br
DA RCCBRASIL
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Editorial Revista Renovação . Mai/Jun 2018
É O ESPÍRITO SANTO QUE FAZ OS SANTOS Com uma frase simples, curta e muito objetiva, a Beata Elena Guerra nos ensina como conseguiremos alcançar a graça da santidade: é o Espírito Santo que faz os santos, dizia a beata. A edição 110 da Revista Renovação traz até você, caro leitor, esse rico ensinamento da Apóstola do Espírito Santo. Nesta edição, apresentamos o poder da graça santificante dada pelo próprio santificador da humanidade, que é o Espírito Santo de Deus. Nestas páginas, membros do Movimento partilham o constante desafio de sobreviverem à grande tribulação deste mundo e conquistar a vida eterna com as suas vestes lavadas e alvejadas no sangue do Cordeiro (cf. Ap 7,14). Vamos abordar o derramamento do Espírito Santo sobre a Igreja, em Pentecostes e nos dias de hoje, como graça para o desempenho de uma vida autenticamente cristã, em especial sobre os homens e mulheres chamados a fazer a diferença como leigos, na Igreja e na sociedade. Tudo isso à luz de dois importantes documentos recentemente apresentados pelo Papa Francisco e pela CNBB: a Exortação Apostólica Gaudete et exsultate e o Documento Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade (Doc. 105), respectivamente.
O Papa Francisco, através dessa Exortação, faz ressoar a chamada à santidade, procurando encarná-la no contexto atual e reforçando que o protagonista desta santidade em nós é o Espírito Santo. É o mesmo Espírito derramado em Pentecostes como cumprimento da promessa de Jesus para seus discípulos (cf. At 1, 8) e que santifica os crentes para serem verdadeiras testemunhas do Evangelho. Os artigos desta edição trazem, primeiramente, essa perspectiva do Pentecostes, não apenas o evento histórico narrado no livro dos Atos dos Apóstolos (cf. At 2, 01-13) , mas aquele que se renova a cada dia na Igreja e no coração dos que creem. A edição, também, faz um grande apelo à perseverança no Espírito e pretende reanimar você, leitor, a viver o que o Senhor pediu à RCCBRASIL em 2018: a busca pela conversão sincera. Leia, mergulhe e deseje essa grande graça que Deus tem para todos nós, que Deus tem para a sua vida! Que esta edição traga frutos de santidade para você e para os seus! Uma santa e abençoada leitura Revista Renovação
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Palavra da Presidente Revista Renovação . Mai/Jun 2018
Katia Roldi Zavaris
Presidente do Conselho Nacional da RCCBRASIL Grupo de Oração Vida Nova
SER SANTO É UM CHAMADO DE DEUS Amada Família Carismática, Nesta edição, nossa revista traz como reflexão principal o tema da santidade, o qual é um dos frutos da ação do Espírito Santo em nós. Como sabemos, a santidade é um assunto muito importante para todo cristão. Fala-se muito sobre a santidade. Ela está impregnada em nossas pregações. Sempre nos reportamos a ela como uma necessidade imperativa para a nossa vida carismática nos dias de hoje. Ser santo é um chamado de Deus para cada um de nós. “Antes, como é Santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos, também vós, em todo o vosso proceder. Pois está na Escritura: ‘Sereis santos porque eu sou santo’. Se invocais como Pai aquele que, sem discriminação, julga a cada um de acordo com as suas obras, vivei no temor o tempo de vossa permanência como migrantes. Tende consciência de que fostes resgatados da vida fútil herdada de vossos pais, não por coisas perecíveis, como a prata ou o ouro, mas pelo precioso sangue de Cristo, cordeiro sem defeito e sem mancha.” (1Pd 1, 15-19). Na medida em que nos aproximamos de Deus, o Espírito Santo nos molda e nos ensina a enxergar as coisas como Deus enxerga. E isto nos permite distinguir entre o certo e o errado. “Dar-vos-ei um coração novo e em vós porei um espírito novo; tirar-vos-ei do peito o coração de pedra e dar-vos-ei um coração de carne. Dentro de vós meterei meu espírito, fazendo com que obedeçais às minhas leis e sigais e observeis os meus preceitos” (Ezequiel 36, 26-27). O Espírito Santo foi enviado por Jesus Cristo sobre a Sua Igreja, sobre todos os homens, para torná-los capazes de viver a vida nova que Jesus conquistou para eles. O Espírito Santo é o paráclito, aquele que segura a
nossa mão, que nos consola, que é o defensor de nossas causas e que nos direciona para que nos conformemos a Cristo. Nós necessitamos do Espírito Santo para viver a santidade. “Todos na Igreja, quer pertençam à hierarquia, quer sejam por ela dirigidos, são chamados à santidade. (...) O Senhor Jesus, mestre e modelo divino de toda perfeição, a todos e a cada um de Seus discípulos, de qualquer condição, pregou a santidade de vida, de que Ele mesmo é o autor e consumador” (Lumem Gentium 39, 40). Santos são os homens e mulheres que, atendendo ao apelo de Deus para si e sendo dóceis à ação do Espírito Santo, tornam-se como setas que apontam para Jesus. Aliás, a via da santidade não é inacessível a nenhum de nós, pois este caminho só nos é impossível enquanto não decidimos trilhá-lo. Efetivamente, é um caminho exigente. Entretanto o mesmo se torna único quando o Espírito Santo de Deus se faz presente em nós. Ele nos renova a cada dia, nos dá força, sabedoria e parresia para decididamente escolhermos Jesus e não voltarmos atrás. “Peçamos ao Espírito Santo que infunda em nós um desejo intenso de ser santos para a maior glória de Deus; e animemo-nos uns aos outros neste propósito. Assim, compartilharemos uma felicidade que o mundo não poderá tirar-nos” (Gaudete Et Exsultate, 177). Que Nossa Senhora de Pentecostes interceda por nós, junto a Jesus, para que sejamos dóceis e obedientes ao chamado à santidade. Unidos no amor de Jesus e Maria, um abraço para todos.
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“O ESPÍRITO SANTO FOI DERRAMADO” A quem se destina o dom da efusão do Espírito?
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os tempos do Antigo Testamento, o caráter pessoal do Espírito Santo não havia ainda sido revelado. A expressão Espírito poderia então estar sendo usada em alusão ao Pai como também ao Verbo – ambos, espírito e santos que são. Era o Espírito entendido mais como uma energia, uma manifestação, uma unção de Deus... Mas os profetas já faziam referências a essa realidade divina (que iria ser revelada por Jesus como uma Pessoa, especialmente nos capítulos 14, 15 e 16 do Evangelho de João) através de símbolos, ou de metáforas. E um dos principais símbolos usados pelos profetas para referir-se ao Espírito Santo era o da água. Assim o fizeram, por exemplo, Isaías (44,3), Ezequiel (36,25-27) e Joel (3,1-2). Já no Novo Testamento, Jesus também se serve dessa metáfora ligando o Espírito à água na conversa com Nicodemos (cf. Jo, 3,3-5), com a samaritana (cf. Jo 4,10-14) e na Festa dos Tabernáculos (cf. Jo 7,37-39). Ou seja, a ideia de que o Espírito Santo seria em algum momento derramado (isto é: dado) era corrente entre o povo de Deus. E Jesus contempla essa esperança e esse anseio do coração dos homens quando, no dia de sua Ascensão, afirma que vai “cumprir a promessa de seu Pai” e que “desceria sobre os fiéis o Espírito Santo – agora já revelado como uma Pessoa Divina (cf. At 1, 5-8). E no dia do derramamento do Espírito naquela festa de Pentecostes, Pedro se serve da profecia de Joel para confirmar que aquilo que está acontecendo é o cumprimento da promessa: “Acontecerá, nos últimos dias – é Deus quem fala -, derramarei do meu Espírito sobre todo ser vivo...” (At 2,16-17, sobre Jl 3,1-2).
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Nós – os que nascemos depois daquele primeiro
e histórico “Pentecostes cristão” -, somos por demais privilegiados. A partir daquele Pentecostes, descortina-se para todo o povo uma possibilidade de relacionamento com o Espírito como nunca fora possível antes. O Espírito é dado. Torna-se dom para nós. Dom de “habitação”. Deus – Pai e Filho – fazem-se dom para nós na Pessoa–dom do Espírito (cf. Rm 8, 9). Doam, de um modo que é próprio a cada um deles, o Dom do Espírito! Cirilo de Alexandria dizia: “Havia nos profetas uma iluminação riquíssima do Espírito Santo. Mas nos fiéis não há somente esta iluminação: é o próprio Espírito que habita e permanece em nós. Somos chamados o templo de Deus, coisa que jamais foi dita dos profetas” (in Comentário ao Evangelho de João, 5,2, PG 73, 757 A). “Pelo dom da graça, que vem do Espírito Santo, o homem entra numa ‘vida nova’, é introduzido na realidade sobrenatural da própria vida divina e torna-se ’habitação do Espírito Santo, templo vivo de Deus’ (cf. Rm 8, 9; I Cor 3, 16; 6,19). Com efeito, pelo Espírito Santo, o Pai e o Filho vêm a ele e fazem nele a sua morada”cf. Jo 14,23 (São João Paulo II, in Dominum et Vivificantem, 58). Haverá presente – dom! – mais sublime que este? Receber o primeiro Dom que o Pai deu ao Filho, e o primeiro Dom que o Filho deu ao Pai? Saber que Ele, além de ser o Dom de Deus (do Pai e do Filho) para nós, é o próprio Doador que nos contempla com incontáveis dons? O apóstolo Paulo faz significativa associação entre o “derramamento” e o dom do Espírito: “... pois o amor de Deus já foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5,5). Que coisa estupenda! Consideremos ainda que é “nisto que reconheceremos que estamos nele e Ele em nós, por nos ter dado o seu Es-
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pírito” (1 Jo 4,13). E ainda que essa “é a prova de que somos filhos: Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho” (Gl 4,6), “penhor de nossa participação em sua herança” (2 Cor 1,22; Gl 4,7). Se nos perguntarmos qual o principal propósito de Deus em nos dar o seu Espírito, por certo poderemos responder: pela efusão do Espírito somos habilitados a ser o que Deus mais espera de nós: que sejamos santos! (cf. Lv 11,4; I Ts 4,3; I Pd 1,15-16, por exemplos). O horizonte para o qual deve tender todo caminho pastoral é a santidade” (São João Paulo II, in Novo Millennio Ineunte, 30). Não sem propósitos, dizia São João Paulo II à Renovação Carismática na Itália: “A Igreja e o mundo têm necessidade de santos, e nós somos tanto mais santos quanto mais deixamos que o Espírito Santo nos configure com Cristo. Eis o segredo da experiência regeneradora da “efusão do Espírito”, experiência típica que caracteriza o caminho de crescimento proposto pelos membros dos vossos Grupos e das vossas Comunidades” (L’Osservatore Romano, 30/03/2002). Não fora com a consciência de que a contínua efusão do Espírito pode e quer levar todo o povo de Deus à santidade, Papa Francisco não teria pedido à Renovação Carismática (em 01/06/2014) que compartilhássemos com todos na Igreja a graça do batismo no Espírito Santo. (Obviamente, o Papa não está insinuando querer que todos na Igreja pertençam à Renovação Carismática, mas seguramente quer que todos cheguemos à santidade...). E, a quem se destina esse dom da efusão do Espírito? Dizia Pedro aos atônitos expectadores do derramamento inicial que a promessa era “para os presentes, seus filhos, e todos os que ouvissem de longe a
Palavra do Senhor nosso Deus (At 2, 37 -39). A promessa é para todos. Do lado aberto do Redentor jorram para o deserto (cf. Is 32,15) da vida de todo ser humano que vive sem Sua graça, “rios de água viva” (cf. Jo 7,37-39). E quais as condições para recebê-lo? Incrível, mas... nenhuma! Temos acesso agora ao Reino da Graça. Não é possível comprar ou merecer o Dom. Ele não é uma espécie de recompensa destinada a uns poucos privilegiados, que alcançaram um especial grau de santidade. Não. É Dom gratuito, destinado a todos para os quais Deus queira conceder... Converter-se, orar com afinco, pedir com fé expectante e esperar pelo Dom pode, sim, muito ajudar a nossa natureza a abrir-se e a preparar-se para a sua recepção. Mas nada disso empana o caráter de graça do Dom. A vontade soberana de Deus deseja que todos os que O anseiam o recebam. Mas...e as “exigências” apresentadas por Pedro aos que lhe perguntavam “o que fazer” (cf. At 2, 37-39), então? Ora, eles tiveram os corações compungidos pela pregação de Pedro. Isto é, foi o próprio Espírito que os levou a abrirem-se para Ele mesmo: sua fé, arrependimento e desejo de O receber já foram, em si, Sua obra e seu dom. Na casa de Cornélio (cf. At 10, 24-48), Pedro pregava no poder do Espírito quando “ o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviram a (santa) palavra”). Sem exigências... E São Boaventura ajuda-nos neste entendimento quando concisamente afirma: “Sobre quem vem o Espírito Santo? Vem onde é amado, onde é convidado, onde é esperado” (in Sermão para o IV Domingo depois da Páscoa, 2 – Quaracchi, IX, p. 311). Podemos mesmo dizer que a Renovação Carismática tem ajuda-
do a resgatar, a popularizar, a “socializar” esse conceito de “dom”, que por muito tempo foi visto em alguns setores do catolicismo romano e do cristianismo protestante como alguma coisa que apenas se recebia mediante certas condições. Ora, que espécie de dom de graça seria esse que só poderia ser dado mediante o preenchimento de certas exigências? Derramando gratuitamente do Seu Espírito, Deus inaugura uma nova (e última) era da Revelação: a era do Espírito! Ele, que primeiro foi dom para o Filho, “depois da partida de Cristo virá diretamente – é a sua nova missão para consumar a obra do Filho. Deste modo, será Ele quem levará a realização plena à nova era da história da salvação”. (cf. Dominum et vivificantem – DeV n. 22). É Ele quem nos revela o Cristo ressuscitado, e capacita-nos por seus dons carismáticos e de santidade a dar testemunho de Jesus (cf. Apostolicam Actuositatem, 3), colocando-nos no caminho certo para o encontro definitivo com o Pai. O derramamento não tem fim. Pentecostes – ou o nosso batismo pessoal - não esgotam o que o Espírito tem para as nossas vidas, para a vida da Igreja e para o mundo. O Catecismo da Igreja Católica ensina-nos: “Tendo entrado de uma vez por todas no santuário do céu, Jesus Cristo intercede sem cessar por nós como mediador que nos garante permanentemente a efusão do Espírito” (667). Quem tiver sede, pois, que venha, e beba desta “Fonte de Vida”, até que rios de água viva jorrem e transbordem de sua própria existência. Amém!
Por Reinaldo Beserra dos Reis Membro permanente do Conselho Nacional da RCCBRASILL Grupo de Oração Elena Guerra
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SANTOS NO CÉU, SANTOS NOS ALTARES E... SANTOS EM CASA? A santidade é um convite para todos. É o Espírito Santo que nos dá força para abandonar a vida de pecado e trilhar o caminho rumo ao céu.
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ma jovem virtuosa, que decidiu não constituir família para cuidar de sua mãe idosa, teve autoridade moral para corrigir o Papa; um médico, que amava surfar, dedicava seus dons ao cuidado dos pobres; um casal, que vivendo as dificuldades e alegrias do matrimônio, soube educar suas filhas para o Céu. Muito provavelmente você conhece a história de santa Catarina de Sena, do servo de Deus Guido Schäfer e dos Sr. e Sr.ª Martin, pais de santa Teresinha do Menino Jesus. Mas você sabe o que todos eles tinham em comum? A graça de viverem a santidade nas coisas comuns do dia a dia.
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O chamado à santidade faz parte da identidade do cristão. Cristo o ordenou (cf. Sermão da Montanha em Mateus e Lucas) e os apóstolos Pedro e Paulo o reforçaram ao longo de suas cartas. Nos primeiros séculos do cristianismo, rapidamente, os cristãos martirizados por defenderem a fé começaram a ser honrados com o título de “santos”. Nos períodos sucessivos da história, o ideal de santidade passou a ser a fuga do mundo para se dedicar somente a Deus. Quantas e quantas pessoas abandonaram seus projetos de vida e entraram em mosteiros, conventos e seminários, abraçando a vida monástica, religiosa e sacerdotal? No Concílio Vaticano II (1962-1965), a Igreja relembrou a todos os cristãos, sejam eles sacerdotes, religiosos ou leigos, que o chamado à santidade
é para todos, sem exceção! “Todos os fiéis, seja qual for a sua condição ou estado, são chamados pelo Senhor à perfeição do Pai, cada um por seu caminho” (Constituição Dogmática Lumen Gentium, 11). Após 54 anos desta bela proclamação, o papa Francisco quis retomar esta temática, publicando sua última exortação apostólica, Gaudete et Exsultate (Alegrai-vos e Exultai). O papa está convencido que o remédio para os males deste mundo, que agoniza em violência e egoísmo, é o mesmo que Jesus ensinou, há dois mil anos: a santidade de vida de cada um dos cristãos. Por este motivo, o pontífice inicia sua exortação refletindo que cada um tem um caminho próprio de santificação. De fato, os santos que já estão no Céu e sobre os nossos altares, além de serem nossos intercessores e amigos, são nossos modelos. O exemplo de suas vidas nos anima a caminharmos rumo à Pátria Celeste também. O papa Francisco insiste que estes modelos de santidade não devem, no entanto, “bloquear” a criatividade do Espírito Santo, autor da santidade, no interior de cada fiel. Segundo o papa, a santidade é um chamado e ao mesmo tempo um caminho, uma via a ser percorrida ao longo de toda a nossa vida, com atos concretos que demonstrem que estamos progredindo.
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Neste ponto, retomamos os exemplos que abriram esta reflexão, daqueles quatro santos que, sendo todos leigos, souberam viver a santidade no cotidiano de suas vidas, sendo fermento, sal e luz para a realidade em que se encontravam. A exortação apostólica, no número 14, exemplifica muito claramente os caminhos da santidade que podem ser percorridos por cada pessoa que se dispõe à graça do Senhor: “És uma consagrada ou um consagrado? Sê santo, vivendo com alegria a tua doação. Estás casado? Sê santo, amando e cuidando do teu marido ou da tua esposa, como Cristo fez com a Igreja. És um trabalhador? Sê santo, cumprindo com honestidade e competência o teu trabalho ao serviço dos irmãos. És progenitor, avó ou avô? Sê santo, ensinando com paciência as crianças a seguirem Jesus. Estás investido em autoridade? Sê santo, lutando pelo bem comum e renunciando aos teus interesses pessoais”. Este documento é um verdadeiro passo-a-passo de como viver a santidade no mundo atual, e sua leitura é imprescindível para todo cristão. O caminho da santidade
Toda a vida de santidade deriva do dom do batismo. É através deste sacramento que nós adquirimos um organismo espiritual, que potencializa a cada de um nós a alcançar a bem-aventurança eterna. O batismo planta no coração do homem uma semente que é regada pelas virtudes que ligam o ser humano a Deus (fé, esperança, caridade); que é alimentada pelos demais sacramentos da Igreja (confirmação, eucaristia, penitência, unção dos enfermos, matrimônio e ordem); que é
potencializada com os dons infusos (sabedoria, conselho, entendimento, fortaleza, ciência, piedade e temor) e com os dons carismáticos; e que se transforma em uma árvore frondosa, carregada de frutos de santidade (amor, alegria, paz, paciência, gentileza, bondade, fidelidade, mansidão, temperança...). O segredo para alimentar esse organismo espiritual é um só: a oração. E a oração, sendo também um dom, deve ser pedida. Aliás, a Renovação Carismática Católica já aprendeu, há muito tempo, que não é possível orar como convém sem antes pedir a presença do próprio autor da oração, o Espírito Santo! Santo Hilário, bispo do século IV, no seu Tratado sobre a Trindade, ensina que o Espírito de Deus é derramado sobre todos em abundância, mas cada um o recebe de acordo com o seu desejo e o seu merecimento.
O segredo para alimentar esse organismo espiritual é um só: a oração Em outras palavras: quem deseja muito, mas merece pouco, receberá muito, por um certo tempo. Estas são as pessoas que, encontrando-se com o amor misericordioso de Deus, apesar de todos os seus pecados, recebem uma grande porção do Espírito Santo, que lhes dá força para abandonar a vida de pecado e trilhar o caminho da santidade. Ao contrário, quem deseja pouco, mas merece muito, receberá pouco. Estas são as pessoas que
já abandonaram a vida de pecado, fazem orações, penitências e jejuns, mas ainda não saíram de si mesmas para o encontro do outro, através da caridade e do apostolado junto aos irmãos. Podem chegar a viver uma espécie de pelagianismo, confiando mais nas próprias obras de justiça do que na graça de Deus, e mais cedo ou mais tarde retornarão para os estágios anteriores da vida espiritual. Frequentemente se queixam de aridez espiritual e podem ter presunção ou desespero diante das dificuldades. E aqueles que desejam muito e merecem muito, receberão cem vezes mais. Estas são as pessoas que, avançando no caminho de santidade, clamam dia e noite a presença do Senhor em suas vidas, entregam suas vontades a Ele, se dedicam ao apostolado junto àqueles que fazem parte do seu convívio. Não pedem o martírio, mas estão prontas para suportarem as calúnias e perseguições que serão frutos deste apostolado. São tão dependentes de Deus, como crianças, que o Senhor lhes dá a assistência especial dos seus dons. Aqui podemos ver claramente Catarina, Guido e o casal Martin. E você, onde se encontra no caminho da santidade? Que a exortação do papa Francisco alcance os ouvidos e o coração de cada participante dos nossos Grupos de Oração, e que a força do Espírito Santo impulsione todo o povo de Deus para o cotidiano da santidade, para a santidade em casa! Deus abençoe!
Por Padre João Paulo Veloso Arquidiocese de Palmas – TO
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ANO NACIONAL DO LAICATO
Neste artigo, você é convidado a refletir sobre a presença dos cristãos leigos e leigas na Igreja e no mundo. Qual é o nosso papel e dignidade no mundo onde habitamos? Nós, Igreja do Brasil, estamos celebrando o Ano Nacional do Laicato, em comemoração aos 30 anos do Sínodo Ordinário sobre os Leigos (1987) e da Exortação Apostólica Christifideles Laici, de São João Paulo II, sobre a vocação e missão dos leigos na Igreja e no mundo (1988). Para tanto, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou o Documento 105, cujo tema é “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade”, sendo o lema “Sal da Terra e Luz do Mundo (Mt 5,13-14).” Antes, porém, de apontarmos para algumas reflexões fundamentais que tal Documento nos propõe, convém realçarmos o que o Concílio Vaticano II nos ensina sobre o laicato: os leigos, enquanto consagrados a Cristo e ungidos no Espírito Santo, têm uma vocação admirável e são instruídos para que os frutos do Espírito se multipliquem neles cada vez mais abundantemente. Pois todos os seus trabalhos, orações e empreendimentos apostólicos, a vida conjugal e familiar, o trabalho de cada dia, o descanso do espírito e do corpo, se forem feitos
no Espírito, e as próprias incomodidades da vida, suportadas com paciência, se tornam em outros tantos sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por Jesus Cristo (cf. 1 Ped. 2,5) ... E deste modo, os leigos, agindo em toda a parte santamente, como adoradores, consagram a Deus o próprio mundo (Constituição Dogmática Lumen Gentium 34). Ensina-nos, ainda: É própria e peculiar dos leigos a característica secular. (...) Por vocação própria, compete aos leigos procurar o Reino de Deus tratando das realidades temporais e ordenando-as segundo Deus. Vivem no mundo, isto é, em toda e qualquer ocupação e atividade terrena, e nas condições ordinárias da vida familiar e social, com as quais é como que tecida a sua existência. São chamados por Deus para que, aí, exercendo o seu próprio ofício, guiados pelo espírito evangélico, concorram para a santificação do mundo a partir de dentro, como o fermento, e deste modo manifestem Cristo aos outros, antes de mais pelo testemunho da própria vida, pela irradiação da sua fé, esperança e caridade. Portanto, a eles compete, es-
pecialmente, iluminar e ordenar de tal modo as realidades temporais, a que estão estreitamente ligados, que elas sejam sempre feitas segundo Cristo e progridam e glorifiquem o Criador e Redentor. (Lumen Gentium 31). Nesse sentido, o Documento 105 da CNBB descreve os leigos como sujeitos na Igreja e no mundo. Este termo “sujeito” me parece bastante caro: ao nos socorrermos da Gramática de Língua Portuguesa, vemos que SUJEITO é aquele que é responsável por realizar uma ação, exerce uma função essencial na frase. Portanto, qualificar o leigo como sujeito eclesial significa enxergar nele maturidade e coerência de fé, amor profundo à Igreja, espírito de serviço aos irmãos, seguimento comprometido a Jesus Cristo Senhor do tempo e da história e parresia para anunciar e testemunhar o Evangelho. Da mesma forma, o leigo, como sujeito no mundo, é corresponsável com o clero pela evangelização deste mesmo mundo, não podendo, em hipótese alguma, se furtar à sua missão batismal. Nesta corresponsabilidade,
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aliás, o Documento aponta que não é evangélico pensar que os clérigos sejam mais importantes e mais dignos, sejam “mais” Igreja do que os leigos, pois esta dignidade não vem de funções, mas da graça batismal. Todos somos importantes na Igreja e chamados a recobrarmos cada vez mais a consciência e urgência de nossa missão como fermentos na massa, como homens e mulheres comprometidos com a Cultura de Pentecostes, única capaz de gerar a Civilização do Amor. O Documento ressalta que Jesus foi verdadeiramente sujeito de sua vida e ministério e é modelo para todo cristão, chamado a ser sujeito livre, responsável, capaz de opções, de decisões e de um amor incondicional. Portanto, somos chamados a ser sujeitos de nossa vida e de nossa missão, conscientes de nossa dignidade e capazes de nos doarmos generosamente ao serviço do Senhor, à comunhão eclesial, ao amor, decidindo-nos pela santidade, primeiro fruto do genuíno batismo no Espírito Santo.
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Santidade é uma tônica do Documento 105, considerando-se tratar-se da vocação universal do cristão. Os leigos somos chamados a viver a santidade no mundo, evitando todo tipo de fuga da realidade, bem como oposições entre fé e vida, Igreja e mundo, sagrado e profano, não no sentido de misturar as coisas, mas sendo verdadeira luz no mundo em que invariavelmente vivemos. Onde os leigos se santificam? No cotidiano, nas relações, na vida familiar, profissional, social, eclesial, etc.. Disso não podemos e não devemos fugir. Para cultivar a santidade, é fundamental alimentar a vida interior, isto é,
a intimidade com Deus, a oração, uma vida no Espírito (Catec. 1699), tomando por modelo Maria. Afinal, “a santidade de vida torna a Igreja atraente e convincente, pois os santos movem e abalam o mundo” (Doc. 105, n. 116). Como leigos, somos chamados a viver e testemunhar a comunhão na diversidade dos rostos, carismas, funções e ministérios existentes, pois esta diversidade potencializa a missão da Igreja e é sinal visível da poderosa ação do
todos somos importantes na Igreja e chamados a recobrarmos cada vez mais a consciência e urgência de nossa missão como fermentos na massa Espírito Santo, que responde criativamente aos desafios de cada momento histórico. Portanto, Deus nos chama à missão, mas não sem nos capacitar com diversos dons, carismas e ministérios que visam o bem comum e a missão evangelizadora, devendo tais carismas ser acolhidos com reconhecimento por parte de quem os recebe e valorizados por todos na Igreja, pois são riquezas e disposições dadas por Deus para o bem dos homens e edificação do Corpo. Este testemunho de vivência da comunhão na diversidade deve abranger, inclusive, as nossas relações com irmãos e irmãs de outras denominações cristãs como, aliás, o Papa Francisco tanto tem exortado à RCC, qua-
lificando-a, inclusive, como porta para o diálogo ecumênico na Igreja. Devemos esse testemunho ao mundo!
o leigo é chamado a transitar do ambiente eclesial ao mundo civil para também aí ser sal, luz e fermento Por fim, é de se asseverar que este leigo comprometido com o Evangelho é cristão e igualmente cidadão. Ser cristão e ser cidadão não podem ser vistos de maneira compartimentada. O cristão leigo, sujeito eclesial, expressa o seu ser Igreja não só na paróquia ou no Grupo de Oração, mas na vida profissional e social, nas opções éticas e morais, na política, na família... O leigo é chamado a transitar do ambiente eclesial ao mundo civil para também aí ser sal, luz e fermento. É dever de todo o povo de Deus assumir o compromisso sociopolítico transformador, que deve nascer do amor apaixonado por Jesus e do seguimento a Ele e à Sua Palavra (cf. Doutrina Social da Igreja); não de ideologias diversas, de extremismos, de rebeliões, pois o Espírito de Deus aí não está. Nesse sentido, juntamente com nossos Pastores, os leigos somos verdadeiras sentinelas, sinais da presença e da ação de Deus na Igreja e no mundo, anunciadores da Boa-Nova da salvação, profetas e embaixadores de Cristo, vigias incansáveis do Reino de Deus. Por Vinícius Rodrigues Simões Presidente do Conselho estadual do Rio de Janeiro Grupo de Oração Jesus Senhor
Especial Revista Renovação . Mai/Jun 2018
CAPELINHA SE TORNA SÍMBOLO DO JUBILEU DA RCC NO BRASIL A Renovação Carismática Católica do Brasil agora tem um símbolo das comemorações pelos 50 anos de chegada do Movimento ao país. Trata-se de uma Capelinha que foi especialmente criada para levar as celebrações jubilares por todo o Brasil. O lançamento oficial da Capelinha foi no dia 29 de abril, durante o II Encontro Nacional para Coordenadores Diocesanos, em Aparecida (SP). Na ocasião, a presidente do Conselho Nacional da RCCBRASIL, Katia Roldi Zavaris, entregou a Capelinha aos presidentes dos Conselhos Estaduais da RCC.
Sobre a capelinha, Katia proclamou: “Que esse símbolo recorde a cada Grupo de Oração que o Espírito Santo está sempre pronto para se derramar sobre todos os corações. Que Ele, por meio desse símbolo, possa inundar os corações dos carismáticos do Brasil”. Para que todos os Grupos de Oração do Brasil vivam essa moção e esse tempo de unidade, a Capelinha pode ser impressa em qualquer quantidade. Porém, não é permitido alterar nenhum aspecto da arte. Apenas o nome do Grupo de Oração ou diocese pode ser acrescentado. É possível fazer o download no Portal da RCCBRASIL.
A ideia é que a Capelinha seja replicada e chegue a todas as dioceses e assim, em todos os Grupos de Oração. Na Capelinha, o Espírito Santo é o ponto principal e central. De um lado, há a figura de Nossa Senhora Aparecida e, do outro, a figura da Beata Elena Guerra. Quando fechadas, as portas da capelinha estão cobertas por flores, significando a nova primavera que o Movimento está vivendo. Na parte de trás, foi colocada a oração completa do Veni Creator.
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Espiritualidade Especial Revista Renovação . Mai/Jun 2018
ESTAMOS COMPROMETIDOS EM COMPARTILHAR VERDADE E COMUNHÃO? Todo mundo em algum momento já ouviu a expressão Fake News. Talvez, pensando que este é mais um daqueles termos passageiros do “mundo da internet”, você ainda não tenha parado para refletir sobre o assunto. Mas aqui vão dois bons motivos para dedicar alguns minutos a este artigo: fake news é coisa séria, e diz respeito à todos nós. Compartilhar notícias falsas (significado literal de fake news) pode ser algo destrutivo e até mesmo um contra testemunho.
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O Papa Francisco dedicou o 52º Dia Mundial das Comunicações - celebrado em 13 de maio - para que todos os fiéis da Igreja reflitam sobre o tema “A verdade vos tornará livres (Jo 8, 32). Fake news e jornalismo de paz”. O Santo Padre começa sua mensagem recordando que “no projeto de Deus, a comunicação humana é uma modalidade essencial para viver a comunhão”. A indústria das notícias falsas vai contra este princípio. Não busca o bem, tampouco a unidade; ao contrário, procura dividir, enganar e manipular as pessoas fazendo circular notícias falsas, distorcidas e até adulteradas. Empresas de tecnologia, cumprindo interesses escusos, difundem este tipo de informação, principalmente em sites e mídias sociais como o Facebook, Twitter e WhatsApp.
É uma preocupação da Igreja, chamada a anunciar a verdade que liberta, isto é, Jesus Cristo. Mas também preocupa autoridades à medida que afeta a vida em sociedade. Nos processos eleitorais dos EUA, da França e no referendo sobre a saída da Inglaterra da União Europeia foi comprovado o bombardeio de notícias falsas e o impacto dessas na decisão dos eleitores. Há um risco que o mesmo aconteça aqui no Brasil. O Papa Francisco, na Mensagem, fala sobre a responsabilidade pessoal de cada um na comunicação da verdade. Muitas vezes, por termos fácil acesso às novas tecnologias - potencializadas pelo uso dos celulares smartphones - banalizamos a comunicação. O WhatsApp é um exemplo de que hoje em dia todos podem se comu-
nicar, mas nem sempre agimos sob a ação do fermento da Unidade. Estamos em muitos grupos e conectados a muita gente. Mas estamos comprometidos com a verdade e a comunhão?
nem sempre agimos sob a ação do fermento da Unidade. Estamos em muitos grupos e conectados a muita gente. Mas estamos comprometidos com a verdade e a comunhão? Francisco também nos alerta a redescobrir o valor do exercício do bom jornalismo para a sociedade. Neste aspecto, fica uma dica
Espiritualidade Especial Revista Renovação . Mai/Jun 2018
valiosa para não compartilhar fake news: checar a fonte, conferir de onde a notícia vem. A imprensa ainda é uma importante garantia de acesso à informação confiável. O site, o link (endereço) é confiável? Se a notícia for de um veículo conhecido, já é um bom começo!
uma pessoa ou mesmo da Igreja. Se pergunte sempre: essa mensagem vai gerar comunhão na comunidade? É para a unidade do Corpo de Cristo, do Grupo de Oração? Caso a resposta seja sim, pode ser
bom compartilhar. Na dúvida, não compartilhe e peça ao Espírito Santo sabedoria! Por Jersey Simon Coordenador Nacional do Ministério de Comunicação Social Grupo de Oração Sagrados Corações
Outra boa dica é duvidar sempre. Isso mesmo, seja cético (a) quanto ao que você lê, não acredite em tudo. Até mesmo com relação à Igreja. Muitas informações parecem corretas, mas às vezes são “ataques” ao Santo Padre, à Igreja e ao próprio Cristo. E a data de publicação da notícia? Muitas delas estão circulando como se fossem novas, quando, na verdade, são notícias antigas compartilhadas para gerar conflito em determinado contexto. Se até aqui está tudo certo, pode ser bom compartilhar a notícia, mas ainda é preciso saber quais efeitos essa informação vai gerar.
outra boa dica é duvidar sempre. Isso mesmo, seja cético (a) quanto ao que você lê, não acredite em tudo Você já ouviu falar do “princípio do fruto”? Pois é algo que deveria ser praticado por todos os Cristãos. Jesus disse que “pelo fruto se conhece a árvore” (cf. Mt 12,33). Portanto, é preciso refletir quais os frutos que uma ação nossa pode gerar. No caso do compartilhamento de uma mensagem nas redes sociais, é preciso refletir se a difusão da informação pode agredir alguém, denegrir a imagem de
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Eventos Revista Renovação . Mai/Jun 2018
COORDENADORES DIOCESANOS SE REÚNEM EM RETIRO ESPIRITUAL Evento foi realizado em Aparecida, de 28 de abril a 1º de maio Foram dias de profunda reflexão e intimidade com o Senhor. De 28 de abril a 1º de maio, a RCCBRASIL promoveu em Aparecida/SP o Encontro Nacional para Coordenadores Diocesanos. As atividades, realizadas no Seminário Redentorista Santo Afonso, foram especialmente pensadas para que os participantes fizessem uma verdadeira experiência com o Espírito Santo e voltassem reavivados para suas dioceses. Além dos diocesanos, o encontro também contou com a presença de todo o Conselho Nacional e dos coordenadores estaduais dos Ministérios de Formação e Pregação. A animação do encontro foi feita pelo Ministério de Música Kharis, da Arquidiocese de São Paulo (SP). As atividades tiveram início após o almoço do sábado (28).
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A presidente do Conselho Nacional, Katia Roldi Zavaris, juntamente com Leandro Rabello, diretor da Escola Nacional de Formação, realizou o primeiro momento de partilha sobre como Deus a fez rezar nos últimos meses trazendo
a imagem de uma planta chamada Antúrio. Ao pesquisar as características botânicas da flor, foram observados vários direcionamentos que o Senhor queria dar aos coordenadores diocesanos. Ainda no sábado (28) o, o padre Salvista Helder Pio sjs conduziu a única pregação do dia, que teve como tema: “Não temas! Eu sou o primeiro e o último, e o que vive”. Norteado pela passagem de Apocalipse 1,17b, ele abordou toda a história da salvação da humanidade, por meio de Jesus Cristo, aquele que existe desde o princípio até o fim e é, portanto, o Vivente, que morreu, desceu à Mansão dos Mortos - para devolver à vida a todos que ali estavam – e ressuscitou! Importância e carisma da coordenação
No domingo (29), fazendo parte da programação do encontro, Luiz Virgílio Néspoli, membro da Comissão Nacional de Formação da RCCBRASIL, pregou o tema: “Eu te constitui Sentinela na casa de Israel”. A partir de Ezequiel 33. 7,
ele levou os coordenadores a refletirem sobre a imensa importância desse chamado. João Claudio Rufino, coordenador da Comissão de Reflexão Teológica da RCCBRASIL, falou sobre as dimensões do carisma da coordenação. Orientado pela maior liderança do Antigo Testamento, que é Moisés, o pregador destacou que o coordenador é aquele que tem coragem de ir para águas mais profundas, de fazer aquilo que os outros não fazem. Humildade, pastoreio e obediência
Já na segunda-feira (30/04), na pregação “Pilares de sustentação da autoridade espiritual”, Vinícius Simões, presidente do Conselho Estadual da RCC do Rio de Janeiro, explicou o significado de autoridade, que não se assemelha com o cargo ocupado, mas foi dada por Deus pelo sacramento do Batismo e pela graça de estado, graça esta que o Senhor distribui para aqueles que Ele mesmo escolheu para algum período especial, por exem-
Eventos Revista Renovação . Mai/Jun 2018
plo, para um período de coordenação de diocese. A presidente do Conselho Nacional da RCCBRASIL, Katia Roldi Zavaris, fez a segunda pregação do dia, quando meditou o quanto é honroso servir o Senhor. A pregação teve como tema “Quanta vida eu tiver, eu lhe darei”. Assim, ela destacou a importância do cuidado de pastor e as características para pastorear bem as dioceses que Deus confiou a cada um dos participantes e, principalmente, viver o que Deus espera desse tempo de coordenação: “Tudo deve ser feito na oração e deve ser confirmado por Deus. A Renovação Carismática Católica é aquela que vive sob a ação do Espírito Santo e tem vida Nele”. Leandro Rabello conduziu uma pregação, ainda na segunda-feira, com o tema: “Cingi-vos todos de humildade, pois Deus resiste aos soberbos” (1Pd 5.5b). Ele contextualizou sua fala pela Exortação Apostólica do Papa Francisco sobre quais características Deus não quer de nós: mediocridade, superficialidade e indecisão. Mas, ao contrário, quer que sejamos pessoas incríveis, profundas e decididas. Por meio de várias dinâmicas, o pregador explicou que Deus resiste aos soberbos, mas dá a graça a quem se curva, se abaixa e aprende a ser humilde verdadeiramente, não apenas em palavras, mas com atitudes concretas. Maria Ivone Ranieri, presidente do Conselho Estadual da RCC no Estado do Paraná, aprofundou sobre a profecia recebida por Patti Gallagher Mansfield no Jubileu de Ouro da RCC no mundo, em Roma, em 2017. Ela levou os presentes a
refletirem sobre cada trecho e sobre o que o Senhor quer para esse tempo. “Precisamos erguer os olhos e verdadeiramente olhar para o céu. Temos um campo de trigo pronto para a colheita e nós não precisamos temer, pois mesmo que escureça, o Senhor nos fala que teremos a lua para nos alumiar. Quem é obediente é porque escutou a voz de Deus e para isso precisamos ter intimidade com Ele. O tempo é agora! Não poderemos fazer depois o que o Senhor nos pede nesse tempo de coordenação”, alertou.
mos liberdade para aderir ou não o plano de amor de Deus. A imagem de Deus só se expressará em nós se soubermos amar a Deus e aos outros”, alertou a pregadora. Padre Marcelo Rossi, cantor, compositor e reitor do Santuário Mãe de Deus (Santo Amaro-SP), presidiu a Santa Missa de encerramento do Encontro Nacional. Depois de dias de reavivamento espiritual, os coordenadores voltaram para suas dioceses fortalecidos para a missão que Deus tem para a RCC de todo o Brasil.
Peregrinação e consagração
No último dia do encontro, na terça-feira (01), os participantes saíram em caminhada até o Santuário Nacional de Aparecida. A presidente do Conselho Nacional, Katia Roldi Zavaris, e seu esposo Sérgio Zavaris foram à frente e, em um ato bastante simbólico, conduziram todo o povo que rezava o Santo Terço. Em um clima de piedade e unidade, cada região do país ficou responsável pela contemplação de um mistério do Terço. Já na basílica, os carismáticos se consagraram à Nossa Senhora Aparecida, em um ato de fé em frente à imagem. A última pregação do encontro foi conduzida por Maria Beatriz Vargas. Com o tema “Amamos porque Deus nos amou primeiro”, da 1ª Carta de São João, ela fez uma grande reflexão sobre todas as consequências que nossos atos têm no mundo e na vida das outras pessoas. “Nossa vida tem um propósito e, ao nos criar como somos, Deus tinha em mente qual seria o designo para a nossa vida. Cada um dos nossos dias foi prefixado. Mas te-
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Institucional Revista Renovação . Mai/Jun 2018
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Eventos Revista Renovação . Mai/Jun 2018
O CORAÇÃO DA JUVENTUDE CARISMÁTICA JÁ BATE MAIS FORTE! Cheia de expectativa e gratidão a Deus, a Renovação Carismática Católica do Brasil se prepara para o maior encontro da juventude carismática, o Encontro Nacional da Jovens (ENJ 2018) Um momento que toda a juventude carismática aguarda está prestes a acontecer, vem aí o Encontro Nacional de Jovens, o ENJ 2018! Muito esperado por todos os jovens da Renovação Carismática, o ENJ é um evento que deixa marcas no Ministério Jovem Nacional. São marcas de avivamento espiritual, manifestação da presença e obra do Espírito Santo e cumprimento das promessas de Deus para a vida da juventude do Movimento. O grande direcionamento para as atividades do Encontro é a moção do MJ Brasil nesses últimos anos: “Apóstolos e Guardiões da Identidade”, que consiste na inspi-
ração dada por Deus ao Ministério em resguardar e zelar pela identidade carismática da juventude no seio da Igreja Católica Apostólica Romana. No encontro, serão trabalhados, também, o tema do ano de 2018 vivido por toda a RCCBRASIL, a passagem do livro de Apocalipse 3,20 “Eis que estou à porta e bato” e a moção “Corações em fogo”, inspiração dada à Secretaria de Jovens do Conselho Carismático Católico Latino-americano. Dentre as temáticas e moções, o Encontro será marcado pela celebração dos 30 anos de organização de um trabalho específico com a juventude da RCC aqui no país e período jubilar do Movimento (2017- 50 anos
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da RCC no mundo e 2019- 50 anos da RCC no Brasil). Depois de quatro anos, esse evento está sendo muito esperado por jovens de todas as regiões do país e, segundo a coordenadora nacional do Ministério Jovem, Daniele Almeida, os participantes viverão grandes graças nos dias do evento: “O ENJ 2018 é muito estratégico por parte do coração de Deus. Será um evento muito profético!”, ressaltou a coordenadora. Você é jovem? Inscreva-se agora mesmo e não perca essa grande oportunidade! Divulgue esse encontro no seu Grupo de Oração e Diocese!
E-MAIL PARA CONTATOS departamento.eventos@ rccbrasil.org.br
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Institucional Revista Renovação . Mai/Jun 2018
TODOS OS ESTADOS BRASILEIROS SÃO CHAMADOS A VIVER SEMEANDO A VIDA NO ESPÍRITO Um só projeto, um só povo, uma só missão. Com o projeto unificado de arrecadação da RCCBRASIL, o Semeando a Vida no Espírito, todos os carismáticos são convidados a somarem suas forças e reunir parte do recurso de cada um para que a vida financeira do Movimento esteja saudável na busca de realizar a vontade do Senhor em todas as atividades que a Renovação Carismática Católica do Brasil tem pela frente. As contribuições para a Sede Nacional do Movimento e para as demais atividades da RCCBRASIL se encontram, agora, em um só projeto, pois unidos e com a força que vem do Espírito Santo podemos muito mais! PARTICIPAÇÃO DOS ESTADOS BRASILEIROS
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Todos os estados da nação brasileira são convidados a participarem do projeto, que visa ao bem do Movimento em todo o território nacional. Pensando em esclarecer todas as dúvidas e apresentar a unificação das colaborações dos proje-
tos institucionais da RCCBRASIL, a Comissão Nacional de Arrecadação da RCCBRASIL, juntamente com o Escritório Nacional, está realizando em 2018 visitas aos Conselhos Estaduais do país, apresentando todos os projetos institucionais da Renovação Carismática Católica em nível nacional. Nas visitas, além da proposta de unificação dos projetos de arrecadação, são apresentados o destino das colaborações de todos os carismáticos e o balanço financeiro mensal do Movimento em nível nacional, entre outras pautas. Já foram visitados o Pará, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Amazonas, Paraíba, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí, Acre, Rondônia e Amapá. Os demais estados serão visitados de acordo com o calendário das reuniões dos Conselhos Estaduais. Das visitas, os frutos colhidos são a unidade dos estados para o desenvolvimento da RCC no Brasil e o esclarecimento de diversas questões acerca da arrecadação do Movimento.
Como sua diocese e Grupo de Oração podem ajudar na divulgação do projeto?
• É muito importante a motivação do (a) coordenador (a) diocesano (a) e do (a) coordenador(a) de Grupo de Oração nas reuniões de Conselhos e de Ministérios. • Nos eventos, é recomendável a divulgação do projeto. • Procure o Semeador mais próximo a você e conheça o manual de formação dos voluntários e os materiais de divulgação. Participe desse projeto no seu estado, seja um contribuinte da RCCBRASIL e vamos unidos viver a fraternidade entre nós!
ENTRE EM CONTATO CONOSCO E SAIBA MAIS: (12) 3151-9999 (12) 98138-2000 rccbrasil@rccbrasil.org.br www.rccbrasil.org.br
Testemunho: A RCC naInstitucional minha vida Revista Renovação . Mai/Jun 2018
DE SAULO A PAULO Sou Matusalém Alves de Oliveira, 37 anos, natural de Manaus, Amazonas, onde moro. Casado e pai de um filho. Membro do Grupo de Oração Celebrando Pentecostes, da RCC na Arquidiocese de Manaus. Quando era pequeno, com a morte de meu avô, minha família, antes unida, pois morávamos todos juntos, se separou. Minha mãe, mãe solteira e sete filhos para sustentar, não tinha mais o apoio que sempre teve. Sofremos muito! Até meus 18 anos eu era um belo jovem, mas me transformei em um monstro sem piedade! Fui causa de tristeza e martírio para toda família. Usuário de droga, tornei-me um perigo. Não pertencia a nenhuma gangue e sozinho era temido até pelos bandidos mais antigos e experientes. Odiado por muitos, cheguei a receber três facadas na porta de casa. Muitas madrugadas, guerreava com a polícia e fui preso em diversas. Tenho amigos daquela época que estão na penitenciária até hoje. Minha mãe nunca desistiu de mim! Pela força de suas orações, certa vez, no dia de Pentecostes, senti o desejo de ir à celebração. Observei e absorvi toda bênção daquele dia! Certamente foi um batismo no Espírito Santo que eu não conhecia, pois daquele dia em diante fui aos poucos me tornando uma pessoa melhor. O desejo de continuar bandido foi morrendo, meus olhos se abriram! Queria ajudar outros jovens. Assim, contribui para fundar a Pastoral da Juventude na Comunidade.
Ajudei os jovens, mas continuava com sede de conhecimento. Então, a RCC entrou em minha vida. Nunca esquecerei: era uma sexta-feira. Cheguei à Igreja cedo para encontrar-me com os jovens. Um grupinho de pessoas do Grupo de Oração estava rezando diante da Cruz; me viram e pediram para orar por mim. Deixei! E daquele momento em diante me senti mais forte para exercer a minha missão com os jovens. A oração me revigorou. Foi uma nova efusão no Espírito Santo. No ano de 2001, em uma certa reunião do Conselho de Pastoral da comunidade, presenciei quando os membros do conselho determinaram que o Grupo de Oração acabaria naquele dia. Fiquei muito triste vendo a situação, pois, afinal, fui revigorado depois daquela oração que eles fizeram por mim aos pés da Cruz. Mas surpreendentemente aconteceu algo que eu nunca pensaria. Ali, diante de todos, foi-me dada a missão de reabrir o Grupo! Levei em frente e tornei-me o segundo coordenador. Foi a salvação para a minha vida. Hoje sou um homem renovado! A cada dia, mesmo nas dificuldades e tentações, busco sempre dar passos para a santidade. Sirvo meu Senhor como membro do Ministério de Formação, estou formador para honra e glória do Senhor Jesus!
Por Matusalém Alves de Oliveira Grupo de Oração Celebrando Pentecostes Arquidiocese de Manaus (AM)
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Projetos de Leitura Sugestão Revista Renovação . Mai/Jun 2018
‘A CRUZ E O PUNHAL’: UMA VOLTA ÀS NOSSAS ORIGENS Editora RCCBRASIL relançou o clássico do pastor americano David Wilkerson do, houve momentos de encontros de grande significado e profundidade em Roma, com a participação de irmãos de comunidades pentecostais de várias partes do mundo. Em 2019, a Renovação Carismática Católica do Brasil celebrará 50 anos da chegada no Movimento no país. Neste tempo festivo em que vivemos a preparação para o Jubileu, os carismáticos ganharam um grande presente e que deve ser muito comemorado. Recentemente, a Editora RCCBRASIL lançou o clássico livro ‘A Cruz e o Punhal’, uma edição especial feita com muita atenção às questões teológicas da fé católica, e que conta com apresentação do assessor eclesiástico da RCCBRASIL e arcebispo de Belém do Pará, Dom Alberto Taveira, e prefácio de Patti Gallagher Mansfield.
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O livro do pastor americano David Wilkerson foi lançado no Brasil pela primeira vez pela Editora Betânia. Na apresentação da edição especial lançada pela RCCBRASIL, Dom Alberto explica que no ano de 2017, nas comemorações dos 50 anos da RCC no mun-
Diante disso, Dom Alberto ressalta a importância de, novamente, promover a leitura de ‘A Cruz e o Punhal’ dada a imensa importância testemunhal e espiritual que a obra assegura. “Ao apresentar esta nova edição, manifesto a certeza de que fará bem a tanta gente. Todo o texto, de forte conotação testemunhal, é plenamente atual e pode servir de grande estímulo aos Grupos de Oração e a todos os membros da Renovação Carismática Católica, tanto para crescente abertura aos carismas quanto para a incidência transformadora na sociedade”, declarou. Da mesma forma, Patti Gallagher Mansfield, uma das participantes do Retiro de Duquesne, menciona sua grande alegria pela reedição brasileira, devido a sua incrível experiência com o livro, ainda em sua juventude, antes mesmo de passar pela experiência do batismo no Espírito Santo na Universida-
de de Duquesne. “Irmãos e irmãs, leiam este livro! Leiam com ânsia e desejo. Abram seus corações sem limites ao Senhor, pois “Ele dá o Espírito sem medida” (cf. João 3.34). Vocês, brasileiros, são tão criativos ao evangelizar! Que esta nova edição do livro A Cruz e o Punhal traga consigo um novo derramamento do Espírito Santo”, motiva Patti. O pastor David Wilkerson, autor de “A cruz e o punhal”, começou seu ministério de evangelização enquanto jovem. Ao ler uma notícia publicada pela Revista Life acerca de menores infratores integrantes da gangue ‘Dragões’ da cidade de Nova Iorque, David se sentiu impelido a iniciar um trabalho de evangelização a fim de combater os assassinatos cometidos pela gangue e para o resgate espiritual desses jovens infratores. Criou o Teen Challenge (Desafio Jovem) para desenvolver sua missão. VOCÊ PODE ADQUIRIR PELO SITE: www.rccshop.com.br OU ENTRE EM CONTATO CONOSCO: (12) 3151-9999