Revista Renovação. Edição 122 . Mai/Jun 2020
REVISTA ESPERANÇA, DOM DO ESPÍRITO SANTO pág.12 A ÚLTIMA PALAVRA VEM DO SENHOR! pág.11 MANTENDO A CHAMA DE PENTECOSTES ACESA pág. 06 GRUPO DE ORAÇÃO: LUGAR DE VIDA FRATERNA ENCARTE
Revista Renovação . Mai/Jun 2020
Nesta Edição
Espiritualidade
Testemunho
Projeto
06 Mantendo a chama de Pentecostes acesa 08 A âncora da alma
17 Através do Grupo de Oração, senti a presença do Espírito Santo em minha vida
23 Precisamos de sua fidelidade para continuar evangelizando
Especial
Notícias
11 A última Palavra vem do Senhor!
18 Unidos como Igreja, pelo bem de todos
24 2020 tem mais eventos esperando por você
12 Esperança, dom do Espírito Santo
Sugestão de Leitura
14 A oração, lugar de encontro com Deus
22 Um livro para quem deseja um encontro profundo com as Sagradas Escrituras
Especial
Institucional
15 Os frutos do Espírito Santo na convivência familiar
23 Já colocou os Congressos Online da RCCBRASIL na sua agenda?
26 Escritório Nacional da RCCBRASIL segue trabalhando pela evangelização
EXPEDIENTE Publicação Oficial da Renovação Carismática Católica do Brasil Editada pelo Escritório Nacional da RCC do Brasil ANO 21 - Edição Nº 122: Mai/Jun 2020
Jornalista Responsável: Jersey Simon Ferreira Registro Profissional 0034836/RJ
ESCRITÓRIO ADMINISTRATIVO
Redação: Gabriel Jorge, Pedro Whately, Rayssa Ferreira
Rodovia Presidente Dutra km 46,5, sentido Rio de Janeiro, no bairro dos Marques, s/n
Revisão: Laura Galvão Fotos: Arquivo RCCBRASIL, Shutterstock Projeto Gráfico, Design e Diagramação: Priscila Carvalho Venecian E-mail: dpto.comunicacao@rccbrasil.org.br
DA RCCBRASIL
Canas/SP
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Editorial Revista Renovação . Mai/Jun 2020
NA ESPERANÇA, JÁ FOMOS SALVOS Enquanto preparamos esta edição da Revista Renovação, a humanidade experimenta um período de incerteza e sofrimento. Enfrentamos no mundo inteiro um “inimigo invisível” chamado pelos cientistas de Covid-19. Mas como é próprio do nosso Deus transformar um mal em bem, Ele mesmo nos inspirou proclamar a você, e com você, nosso leitor(a), que o mal e a morte não têm a última Palavra. A última palavra é do Senhor, que ressuscitou! Refletir sobre este período difícil da humanidade não é um tipo de “alarmismo”, mas uma oportunidade de oferecer aos carismáticos do Brasil uma resposta verdadeiramente cristã diante da história. Neste tempo, que expõe a fragilidade do homem e “dos seus programas”, conforme pregou o Papa Francisco na bênção extraordinária “Urbi et Orbi”, devemos reafirmar a nossa confiança no Senhor, pois “na Esperança, já fomos salvos” (cf. Rm 8, 24). Esperança é a palavra que nos conduzirá em cada artigo desta edição. Saber que “não recebemos um espírito de medo” (Rm 8, 15)
nos dá coragem de prosseguir. Como então lidar com o medo, sentido até mesmo por nosso Senhor Jesus Cristo? É preciso recordar a promessa de Deus para nós: “em todas essas coisas, somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou” (Rm 8, 37). Nesta Edição, propomos um mergulho na Palavra de Deus, tomando por itinerário o livro de Romanos, capítulo 8. Todo ele oferece profundas reflexões à luz da fé. O próprio Espírito Santo, que nos abre à Esperança, é quem nos guiará neste caminho. Aliás, no mês em que celebramos Pentecostes, o Senhor nos convida a permanecer em Jerusalém, recordando que “eles (os discípulos do Senhor) perseveravam unanimemente em oração juntamente com Maria (cf. At 1,14). Queremos que você aproveite esta Edição, e que através dos artigos e conteúdos exclusivos, acolha a força do Espírito, a esperança e a coragem que o Senhor nos dá! Excelente leitura! Revista Renovação
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Amado(a) irmão(ã), a sua colaboração para a Renovação Carismática Católica do Brasil possibilita a realização de muitos trabalhos missionários em todo Brasil. Essa grande ação evangelizadora é desenvolvida semanalmente em quase 15 mil Grupos de Oração. Sua fidelidade fortalece o Grupo de Oração e potencializa o propagar da experiência do Batismo no Espírito Santo a mais pessoas. Continuamos contando com você. Muito obrigado! Caso você deseje colaborar com a RCCBRASIL, entre em contato conosco. Ajude-nos também divulgando esta obra. (12) 3151-9999, (12) 98138-2000, cadastro@rccbrasil.org.br .
Palavra do Presidente Revista Renovação . Mai/Jun 2020
Vinícius Rodrigues Simões
Presidente do Conselho Nacional da RCCBRASIL Grupo de Oração Jesus Senhor
“O DEUS DA ESPERANÇA VOS ENCHA DE TODA A ALEGRIA” Querida Família Carismática, graça e paz! A Escritura assim nos diz: “E a esperança não engana!” (Rm 5,5a). É que a nossa esperança é concreta, alcançável, palpável: é o próprio Jesus. Com Ele podemos dialogar sempre; Nele podemos descansar; a Ele podemos recorrer na certeza de que não seremos confundidos; a Ele devemos escutar, pois é um Deus próximo, que sempre se comunica com Seu povo; Em Jesus fomos reconciliados com o Pai, por Sua morte e ressurreição fomos salvos da ira, resgatados da morte eterna, foi-nos obtido o acesso ao céu; Nele somos mais que vencedores (cf. Rm. 8,37)! Na Carta Encíclica Spe Salvi (sobre a Esperança Cristã), o Papa Bento XVI assim escreve: “A ‘redenção’, a salvação, segundo a fé cristã, não é um simples dado de fato. A redenção é-nos oferecida no sentido de que nos foi dada a esperança, uma esperança fidedigna, graças à qual podemos enfrentar o nosso tempo presente: o presente, ainda que custoso, pode ser vivido e aceito se levar a uma meta; se esta meta for tão grande que justifique a canseira do caminho” (n. 1). Portanto, como cristãos, somos chamados a caminhar neste mundo como homens e mulheres de esperança, nutridos por uma alegria interior que o mundo e as diversas circunstâncias da vida não nos podem
roubar. Somos enviados a ser sinais de esperança no mundo, fecundando com germens de vida as estruturas de morte que encontramos em diversas situações. Testemunhemos, pois, a nossa esperança ao mundo, esperança esta que não é ilusória, mas bem real. Como nos ensina Bento XVI, “quem tem esperança vive diversamente; foi-lhe dada uma vida nova” (Spe Salvi, 2), uma vida cheia de sentido, que precisa se tornar fermento na sociedade, a partir de um testemunho eloquente e coerente. De igual modo, conforme nos ensina São Pedro, devemos responder, sempre com serenidade e respeito, a quem vier nos pedir a razão de nossa esperança (Cf. I Pd. 3, 15). Ora, isto denota para nós a dimensão da evangelização, do anúncio profético, oportuna e inoportunamente. Cada um de nós, portanto, como Igreja, é convidado a ter “fogo no coração, palavra nos lábios e profecia no olhar” (Papa São Paulo VI). Desejo que “o Deus da esperança vos encha de toda a alegria e de toda a paz na vossa fé, para que pela virtude do Espírito Santo transbordeis de esperança!” (Rm 15,13). Veni Sancte Spiritus!
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Espiritualidade Revista Renovação . Mai/Jun 2020
MANTENDO A CHAMA DE PENTECOSTES ACESA Mesmo em tempos difíceis, o Espírito Santo se manifesta em nós de modo criativo, nos ensinando de modo pessoal e comunitário como devemos agir.
“E
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m todas essas coisas somos mais que vencedores” (Rm 8, 37). Este trecho da Sagrada Escritura é uma fonte de inspiração para nós. Olhando para o nosso dia a dia, em meio a tantos problemas e dificuldades, somos impelidos pelo Espírito a aprender com o apóstolo Paulo que, inspirado pelo mesmo Espírito, outrora escreveu aos Romanos. Olhando de modo mais atento para o capítulo oito da carta de São Paulo aos Romanos, podemos fazer um caminho muito propício para nós neste tempo: acreditar que o Espírito dá a vida; ser por Ele conduzidos; somos herdeiros de Deus; ter a certeza de que a glória futura não
se compara os sofrimentos da presente vida; saber que o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; nada é capaz de nos separar do Amor de Deus, por isso, somos vencedores. Os tempos são difíceis: diariamente recebemos diversas notícias ruins; fomos convocados a viver um tempo em isolamento, em algumas situações, ficamos em casa sem poder trabalhar. Não pudemos realizar as Reuniões de Oração dos nossos Grupo de Oração, bem como os encontros de formação; nossos eventos foram adiados; “agendas paradas”; ficamos presencialmente afastados dos Sacramentos. Contudo, em meio a tudo isto, somos convidados a manter a chama de
Pentecostes acesa. O Espírito Santo, quem dá a vida, está conosco, não estamos sozinhos, Ele vem em auxílio à nossa fraqueza. Diante deste cenário, precisamos cultivar cada vez mais, através da oração pessoal, da leitura orante da Palavra e do Santo Rosário, a presença do Espírito Santo em nós. Ele não nos abandona e está sempre disposto a nos conduzir. Estamos limitados para algumas coisas, porém, em nossa casa - a igreja doméstica -, no nosso interior, podemos sim, e devemos rezar cada vez mais. Clamemos mais ainda pelo Espírito Santo neste tempo. Tem sido um tempo oportuno para exercer a fé carismática, expectan-
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te, antes mesmo de ver a intervenção de Deus, já louvá-Lo, pois, Ele é Deus e isto basta. Louvá-Lo também, pois, o Amor Dele para conosco é eterno e, nada e ninguém é capaz de nos separar deste Amor. Por fim, louvar, pois, no tempo Dele, Ele agirá e, sendo Deus, Ele é sempre capaz de tirar um bem maior a partir de um mau.
O Espírito Santo, quem dá a vida, está conosco, não estamos sozinhos, Ele vem em auxílio à nossa fraqueza Manter a Chama acesa na dimensão comunitária
Enquanto Grupo de Oração, também somos convidados a manter a chama de Pentecostes acesa. Não podemos nos encontrar pessoalmente, devemos evitar aglomerações, porém, é possível, a partir das redes sociais, manter o contato com os nossos irmãos. Existem ferramentas que possibilitam reuniões virtuais, estas podem ser utilizadas para as reuniões de núcleo, bem como para reuniões com os servos. Como é importante em nossos grupos de mensagens, com os servos e assembleia, partilharmos um pouco da Palavra, alguma moção que Deus colocar em nosso coração, motivar os irmãos a rezar ainda mais, propagando paz e esperança. Outras ferramentas nos permitem transmissões ao vivo. Estas podem ser utilizadas para as reuniões de oração do Grupo de Oração, semanalmente, onde podemos lou-
var ao nosso Deus, pregar a Palavra e clamar por um poderoso Batismo no Espírito Santo. Ele não se limita ao tempo nem ao espaço, Ele não se aprisiona. Podem também ser feitas lives oracionais, ajudando os irmãos a buscarem cada vez mais a presença de Deus. Sabemos que nenhuma destas atividades virtuais substituem a vida comunitária, tampouco os Sacramentos, porém, por ora, podemos utilizar destas ferramentas. Quando motivamos e convidamos os irmãos ao uso das ferramentas virtuais para manter a chama de Pentecostes acesa, não estamos propondo a aplicação do processo formativo da Renovação Carismática Católica do Brasil. Este processo deve ser tão somente aplicado de forma presencial. Ele insere o irmão na comunidade, ajuda no discernimento de Ministérios de novos servos (daqueles que são chamados ao serviço), proporciona partilha, entre outras coisas. Portanto, a aplicação do processo formativo da RCCBRASIL de forma virtual iria comprometê-lo em alguns pontos. Uma outra observação importante neste sentido é uma atenção ao número excessivo de lives. É interessante que cada membro participe virtualmente daquilo que o seu Grupo de Oração, sua “Comunidade de Amor”, está realizando. Outra necessidade para este tempo é ajudar os irmãos mais necessitados que estão ao nosso redor. Como consequência do isolamento, é possível que mais irmãos possam precisar de nossa ajuda material. Precisamos ligar para nossos irmãos, ouvi-los, rezar com eles e, sendo preciso e possível,
ajudá-los também em suas necessidades materiais. Estamos em um tempo em que, mesmo à distância, nossos líderes devem pastorear com afinco as ovelhas que o Senhor lhe confiou.
Outras ferramentas nos permitem transmissões ao vivo. Estas podem ser utilizadas para as reuniões de oração do Grupo de Oração Não devemos desesperar diante das dificuldades, que são grandes, sim, contudo, não são maiores do que o nosso Deus. Ele é eterno, sabe de tudo, está no controle de tudo. Ele tem o Nome que está acima de todos os nomes, Ele é Senhor. “Tenho para mim que os sofrimentos da presente vida não têm proporção alguma com a glória futura que nos deve ser manifestada” (Rm 8, 18). Podemos até sair feridos desta batalha, inclusive, com algumas “perdas”, porém, com uma visão espiritual, sairemos desta guerra vitoriosos, pois “em todas essas coisas somos mais que vencedores” (Rm 8, 37). Convido-te a rezar com todo o capítulo oito da carta de São Paulo aos Romanos. Nossa Senhora de Pentecostes, rogai por nós! nós!
Beata Elena Guerra, rogai por
Por Frederico Mastroangelo Simões Marques
Coordenador Estadual da RCC Bahia Grupo de Oração Imaculado Coração de Maria
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Espiritualidade Revista Renovação . Mai/Jun 2020
A ÂNCORA DA ALMA É preciso deixar o Espírito Santo nos educar para a esperança em Jesus Cristo. Desse modo, lançamos fora todo medo e insegurança. Reconhecemos quem é o Senhor da nossa vida!
A
Palavra de Deus, na Carta aos Hebreus, afirma que carregamos em nossa alma uma âncora, cujo nome é ESPERANÇA. Veja o que diz a Sagrada Escritura: “Esperança esta que seguramos qual âncora de nossa alma, firme e sólida, e que penetra até além do véu, no santuário onde Jesus entrou por nós como precursor, Pontífice eterno, segundo a ordem de Melquisedec” (Hb 6, 19-20).
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Em tempos de tumulto e agitação sentimos, vez ou outra, que somos levados pelos ventos que fazem a alma naufragar. Sabemos que os últimos meses foram marcados por más notícias, num verdadeiro bombardeio sobre nossa
mente e coração. A insegurança, o medo, a impressão de falta de controle podem gerar uma série de problemas, tanto psíquicos quanto espirituais. Sucumbir à depressão, ao pânico ou a revolta não é algo impossível; não se culpe por isso! Contudo, nosso Deus, médico dos corpos e das almas, tem um bálsamo e um remédio para todos esses males. Se você se sentiu naufragar na tempestade de informações e más notícias, renove hoje sua esperança! Através dela, agarre-se em Deus com todas as suas forças. Para além das densas nuvens da tormenta, nossa âncora está firmada no trono do Todo Poderoso, que governa o céu e a terra e jamais perde o controle das situações. Mas, o que é “ter esperança”? Certamente é preciso distinguir a esperança cristã das muitas expectativas que criamos a respeito de pessoas, situações e projetos particulares. É verdade que podemos nos decepcionar com pessoas e sonhos sobre os quais nos lançamos intensamente. A esperança, contu-
do, “não decepciona” (Rm 5,5), pois ela vem de Deus e nos impulsiona para Deus, que tem propósitos de paz e salvação para nós (Jr 29, 11). O Catecismo da Igreja Católica (§ 1817) explica que a esperança “é a virtude teologal pela qual desejamos como nossa felicidade o Reino dos Céus e a Vida Eterna, pondo nossa confiança nas promessas de Cristo e apoiando-nos não em nossas forças, mas no socorro da graça do Espírito Santo”. Portanto, quem vive de esperança sabe que 1) a última palavra é do Senhor; 2) as promessas de Cristo não podem ser alteradas pelas circunstâncias; 3) não contamos somente com nossas forças, mas com o poder do Espírito Santo. Como podemos exercitar a virtude da esperança? Eis algumas propostas do Catecismo da Igreja Católica: No parágrafo 274, o Catecismo afirma: “Nada é mais adequado para consolidar nossa fé e nossa esperança do que a convicção profundamente gravada em nossas almas de que nada é impossível a Deus”. Isso significa que devemos renovar continuamente nossa confiança na
Espiritualidade Revista Revista Renovação Renovação .. Mai/Jun Jan/Fev 2020
onipotência do Senhor: Ele é capaz de levar a cumprimento todas as suas promessas e projetos, mesmo em meio às maiores adversidades. No atual momento da humanidade, nos deparamos continuamente com o sentimento da nossa impotência. Todos percebemos que não temos o controle das situações em nossas mãos. Como cristãos, devemos reconhecer isso com realismo e espírito de fé: nossa incapacidade não deve nos amedrontar, mas sim nos lançar nos braços do Pai onipotente, cujos propósitos eternos para nós não podem ser destruídos nem mesmo pela morte. O parágrafo 1820 do Catecismo nos mostra que aprender a esperar em Deus traz muitos benefícios para nossa alma. A esperança:
• é arma que nos protege no combate da salvação; • traz alegria mesmo na provação; • fortalece-nos para perseverarmos até o fim, na certeza de alcançar as alegrias da eternidade. Temos um grande desafio pela frente: não perder jamais a esperança! Em tempos de adversidade, isso significa não abrir mão de acreditar que as decisões que regem todas as coisas vêm do coração do Pai. O Catecismo nos lembra que a esperança se expressa e se alimenta na oração. Veja que palavras lindas: “O Espírito Santo... nos educa a orar na esperança. Especialmente os salmos, com sua linguagem concreta e variada, nos ensinam a fixar
nossa esperança em Deus: ‘Esperei ansiosamente pelo Senhor, Ele se inclinou para mim e ouviu o meu grito’ (Salmo 40, 2)” (Catec § 2657).
O Espírito Santo... nos educa a orar na esperança Os homens e mulheres da esperança são pessoas que oram, que proclamam palavras de confiança em Deus e se renovam ao recordar as preciosas promessas que Ele nos fez. Sabemos que a ansiedade e a curiosidade nos fazem ficar muito atentos às notícias da televisão e da internet. Contudo, percebemos que o acúmulo de informações, nem sempre verídicas e muitas vezes repetidas, pode fazer muito mal ao nosso espírito. Situações emergenciais exigem respostas rápidas: como cristãos, sabemos que a melhor resposta às crises é a oração e a busca de Deus. Portanto, vigiemos para não sermos passivos diante das notícias; nossa atitude deve ser de intercessão e confiança. Contagiar com Esperança
Em sua visita ao Brasil, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, durante a visita ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida, o papa Francisco fez um grande convite ao povo brasileiro: “Sejam luzeiros de esperança! Tenham uma visão positiva sobre a realidade. O cristão não pode ser pessimista! Se estivermos verdadeiramente enamorados de Cristo e sentirmos o quanto Ele nos ama, o nosso coração se incendiará de tal alegria que contagiará quem estiver ao nosso lado”. Nesse tempo de tanto sofrimento, somos convocados por
Deus para realizarmos outro tipo de contágio: o contágio da esperança. Isso não significa que devamos menosprezar sentimentos ou sofrimentos de quem quer que seja. Pelo contrário! Assim como Jesus, cada cristão deve ser capaz de sentir compaixão de seu irmão, ou seja, deve ser capaz de sofrer ao lado dos que sofrem. Mas, temos algo a oferecer para colocar sobre as feridas do coração de quem está ao nosso lado! Lembre-se de que a palavra “evangelho” significa “boa notícia”. Num tempo de tantas notícias ruins, os cristãos têm uma maravilhosa notícia a dar: Jesus passou pela cruz e ressuscitou!
Cada cristão deve ser capaz de sentir compaixão de seu irmão A missão que nos foi confiada por Jesus continua de pé, também em tempos de pandemia e quarentena: “anunciai o Evangelho a toda criatura!” (Mc 16). Talvez, mais do que nunca, precisamos encher a terra com a boa notícia que vem de Deus. Os corações dos homens estão sedentos de uma palavra de esperança que traga motivação para as lutas de cada dia. Somos chamados a ajudar nossos irmãos, a olhar novamente para o céu e a acreditar que, além das nuvens, temos uma âncora firme que não permitirá o nosso naufrágio: a esperança que colocamos em Jesus, o Salvador. Por Padre Antonio José Assessor espiritual do Conselho Nacional da RCCBRASIL
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Espiritualidade Revista Revista Renovação Renovação .. Mai/Jun Jan/Fev 2020
A ÚLTIMA PALAVRA VEM DO SENHOR! Diante dos medos e inseguranças devemos, pela graça do Espírito Santo, proclamar quem é o Deus de todas as coisas!
“N
ão recebestes um espírito de escravos, para viverdes com medo” é o que nos diz São Paulo na sua carta aos Romanos (Rm 8,15); nos lembrando que, o Espírito Santo que nos foi dado é um Espírito que nos liberta de toda e qualquer prisão, de qualquer escravidão. O medo é um sentimento inerente ao ser humano. Jesus expressa sentimento de medo quando sua morte, e morte de cruz, estava próxima e, no entanto, o medo não o escravizou, não o paralisou diante da missão de salvar a humanidade. Estamos diante, com certeza, de uma das maiores provações que já enfrentamos nos últimos séculos. O mundo inteiro com medo da mesma ameaça, do inimigo invisível que cercou a humanidade, ceifando muitas vidas, “arrancando” tristemente mães, pais, filhos, profissionais de saúde de suas famílias, sem ao menos terem tempo para se despedirem com dignidade. Diante de fatos reais e das diversas falsas informações que chegam aos nossos ouvidos, e levando em conta que o medo está ligado diretamente ao nosso instinto de sobrevivência, não podemos esquecer que recebemos uma graça especial em nosso batismo, que nos faz compreender que somos filhos de Deus e que, ainda que tudo pareça
obscuro, temos à nossa frente o Senhor que é a nossa luz e salvação e que nunca nos abandona! Logo que começamos a viver este tempo difícil, em sua homilia diária, na Casa Santa Marta, no dia 26 de março, nosso querido Papa Francisco entoava essas palavras, introduzindo à celebração eucarística: “Nestes dias de tanto sofrimento, há tanto medo. O medo dos anciãos, que se encontram sozinhos, nas casas de repouso ou no hospital ou na casa deles e não sabem o que pode acontecer. O medo dos trabalhadores sem emprego fixo que pensam como prover o alimento a seus filhos e vêem a fome chegar. O medo de tantos agentes sociais que neste momento ajudam a sociedade a seguir adiante e podem pegar a doença. Também o medo – os medos – de cada um de nós: cada um sabe qual é o próprio. Rezemos ao Senhor a fim de que nos ajude a ter confiança e a tolerar e vencer os medos”. Estas palavras do Santo Padre podem se unir às da bênção Urbi et Orbi, que aconteceu no dia seguinte, 27 de março, em que ele nos diz: “estamos todos no mesmo barco”, servindo-se da passagem da tempestade acalmada, extraída do Evangelho de São Marcos. Francisco também nos interpela com as palavras de Jesus: “Perché hai così paura?...” “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” (Mc 4, 40), nos encora-
jando a encontrarmos na força da fé, como dom recebido no batismo, o caminho para enfrentarmos estes desafios iminentes. Sim! A fé e a esperança são os caminhos seguros para atravessarmos “este mar que se fechou” à nossa frente. Não permitamos que o medo nos torne incrédulos e cegos. Portanto, resistamos às vozes que nos impedem de enxergar o “mar se abrir”, para que possamos passar com segurança este tempo. Deus quer que confiemos absolutamente Nele para que todo o medo perca a força e seja expulso de nossas vidas. Acreditemos que os planos de Deus para nós estão acima de toda ameaça. Ele nos quer santos e fiéis para que possamos anunciar destemidamente seu Santo nome ao mundo inteiro! Nos lancemos nos braços Daquele que tem a última palavra, que não se cansa de nos amar e de enviar seus anjos para nos guardar. Cultivemos nossa fé e a dos irmãos, buscando incessantemente “as coisas do Alto” que suprem todas as necessidades de nossas almas e que nutrem os nossos corações com amor e verdade, para que a única voz que nos conduza seja a do Espírito Santo, paráclito e consolador! Por Luciana Nunes Secretária-Geral do Conselho Nacional da RCCBRASIL Grupo de Oração Água Viva
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ESPERANÇA, DOM DO ESPÍRITO SANTO Com Cristo deixamos de ser reféns das circunstâncias e dificuldades da vida, a seu exemplo passamos a ordenar para o amor todo sofrimento, dando um novo sentido a tudo que possa acontecer.
O
Papa emérito Bento XVI, em sua carta encíclica sobre a esperança cristã, diz que devemos nos indagar se, para nós, o encontro com Jesus Cristo, o Deus vivo, o Senhor de todos os senhores, poderá transformar a nossa vida a ponto de a nossa esperança ser mais forte do que os sofrimentos que temos que enfrentar.
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O encontro com Jesus deve transformar, a partir de dentro, a vida e o mundo. E quem tem o poder de transformar a partir de dentro é o Espírito Santo que foi derramado em nossos corações e que atua com poder extraordinário, iluminando a nossa compreensão de que, em Jesus Cristo, nós vivemos uma vida nova sobre a qual o
pecado e a morte não têm a última palavra. “Vós, porém, não viveis segundo a carne, mas segundo o Espírito, se realmente o Espírito de Deus habita em vós” (Rom 8, 9). Pela encarnação de Cristo, a concepção de mundo fica invertida, deixamos de ser escravos das circunstâncias da nossa vida, “não são os elementos do cosmo, as leis da matéria que, no fim das contas, governam o mundo e o homem, mas é um Deus pessoal que governa o universo; as leis da matéria e da evolução não são a última instância, mas razão, vontade, amor: uma pessoa. E se conhecemos essa pessoa e ela nos conhece, então verdadeiramente o poder inexorável dos elementos materiais deixa
de ser a última instância; deixamos de ser escravos do universo e de suas leis, então somos livres. O céu não está vazio. A vida não é um simples produto da casualidade da matéria, mas em tudo há uma vontade pessoal, há um Espírito que em Jesus se revelou como amor. A certeza de que existe aquele que, mesmo na morte, me acompanha e com o seu bastão e com seu cajado, me conforta, de modo que não devo temer nenhum mal, esta é a nova esperança que surge no coração do crente” (Spe Salvi § 5 - 6). Às vezes, na história da humanidade, parece que tudo está desgovernado. Isso acontece em tempos de guerra, de pandemias, de grandes catástrofes naturais e de devastadoras catástrofes pessoais, quando parece que perdemos o
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chão debaixo de nossos pés. É em horas assim que devemos clamar ao Espírito Santo pelo dom da esperança, não uma esperança qualquer, mas a grande esperança que é como uma rocha sob os nossos pés e nos dá a certeza de que, aconteça o que acontecer, o amor de Deus estará conosco, que Ele tem um plano de salvação para a nossa vida que vai se realizar, se permanecermos nele, suportando pacientemente as provas, esperando na presença de Cristo, com Cristo presente.
Pela encarnação de Cristo, a concepção de mundo fica invertida, deixamos de ser escravos das circunstâncias da nossa vida Nós podemos sempre esperar, ainda que, pela nossa vida ou pelo momento histórico que estamos vivendo, aparentemente não tenhamos motivo para esperar. Não está em nossa capacidade humana eliminar os sofrimentos da nossa vida ou do mundo, mas podemos pedir ao Espírito Santo que revele ao nosso coração, a partir de dentro, que Deus nos ama tanto que pessoalmente entra na história fazendo-se homem e sofre conosco, tomando sobre si na cruz nossos pecados e carregando com os nossos sofrimentos, para nos tornar filhos de Deus, resgatados, redimidos, salvos. Nós sabemos que este Deus existe e que esse poder “que tira o pecado do mundo” está presente no meio de nós. Por isso, podemos enfrentar qualquer situação com a força da esperança que provém da fé.
Jesus conseguiu levar a sua missão até o fim porque deu sentido ao sofrimento, Ele sofreu com infinito amor e nós podemos fazer o mesmo, oferecendo os nossos sofrimentos, os dissabores e as agruras da nossa vida pela conversão do mundo. São Paulo diz que “a criação aguarda ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus”. A nossa esperança cristã sempre nos leva ao outro, não é um ato isolado de fé, mas é esperança para nós e para os outros. A esperança na manifestação daquele que tira o pecado do mundo e que transforma as trevas em luz deve ser a âncora da nossa alma e deve justificar o dom da nossa própria vida, deve dar sentido à nossa vida. De nada adiantaria recebermos do Espírito Santo o dom da esperança, se ele não transformasse efetivamente a nossa vida e a vida das pessoas ao nosso redor. Muitos pensaram que a verdade, a justiça, a bondade e a esperança que Jesus representava tivessem morrido com Ele na cruz, mas Ele ressuscitou e nos deu o seu Espírito; por isso, a cada manhã, quando um cristão cheio do Espírito desperta para viver mais um dia, despertam com ele a verdade, a justiça, a bondade e a esperança que o próprio Espírito, o amor de Deus derramado nos nossos corações, aí plantou. O livro do Apocalipse, por duas vezes, nos fala da grande esperança que está reservada aos filhos de Deus: “Porque o Cordeiro, que está no meio do trono, será o seu pastor e os levará às fontes das águas vivas; e Deus enxugará toda lágrima de seus olhos” (Apo 7,16); “Ao mesmo tempo, ouvi do trono uma grande voz que dizia: ‘Eis
aqui o tabernáculo de Deus com os homens. Habitará com eles e serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles. Enxugará toda lágrima de seus olhos e já não haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor, porque passou a primeira condição’” (Apo 21, 3-4). Um dia estaremos diante do Trono de Deus, revestidos de glória e não haverá mais lágrimas ou sonhos partidos, frustrações e mágoas, as pequenas desesperanças da vida estarão esquecidas e compreenderemos que tudo está certo, que tudo tinha um propósito na nossa vida e, então, cantaremos um eterno aleluia, eternamente na presença do nosso Rei. Nesse dia, nós veremos a Deus como Ele é, porque o nosso coração estará totalmente limpo do pecado e, finalmente, compreenderemos o quanto custou a Jesus Cristo nos levar de volta para casa, nos levar de volta ao nosso Pai. Não nos deixemos derrotar, portanto, pelos sofrimentos da vida presente, não deixemos que as circunstâncias da nossa própria vida, ou as do mundo em que vivemos, nos derrotem. Mas, vivamos de tal modo, que a nossa vida testemunhe em quem colocamos a nossa esperança, oferecendo nossa vida e orações para que o mundo seja salvo, pedindo o batismo no Espírito para o mundo todo, a fim de que aqueles que vivem desesperados e sem Deus possam também receber a consolação e a esperança, o dom do Espírito Santo que renova todas as coisas. Vem, Espírito Santo, e renova a face da terra! Por Maria Beatriz Spier Vargas Coordenadora Nacional da Comissão de Formação da RCCBRASIL Grupo de Oração Magnificat
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A ORAÇÃO, LUGAR DE ENCONTRO COM DEUS Manter vivo o nosso diálogo diário com Deus é beber todos os dias do manancial da Salvação.
Do Monte das Oliveiras, os discípulos voltaram para Jerusalém (Cf. At 1,12). Nas Sagradas Escrituras o monte é lugar de encontro com Deus, lugar de oração. Local onde, pela fé, vemos e tocamos a Deus. Santo Tomás diz que “na oração a alma é elevada a Deus”. E isto não se dá pelo simples esforço humano, mas porque Deus se antecipa em nos procurar e o faz pela via da oração. “A oração, saibamos ou não, é o encontro da sede de Deus com a nossa. Deus tem sede que tenhamos sede dele”, afirma o Catecismo da Igreja Católica (§ 2560).
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Dias antes da crucificação de Jesus, no mesmo monte das Oliveiras, os discípulos o escutaram dizer: “aquele que perseverar até o fim será salvo” (Mt 24,13). “Vigiai e orai” (Mt 26,41). Entretanto, com a exceção de João, os discípulos abandonaram a Jesus. Quantas vezes, eu e você, também subimos o monte, pela fé, vemos e tocamos a Deus, mas ante as intempéries da vida: decepções, desemprego, doenças etc, julgamos estar tudo acabado. Não há quem escape, precisamos orar sem nunca desistir (Cf. Lc 18,1), pois a oração é
o alimento de nossa alma, como nos garante Santo Afonso de Ligório. Assim como a alma dá vida ao corpo, também a oração mantém a vida da alma (São João Crisóstomo) e sem oração não há salvação (Santo Agostinho).
Se não perseverarmos na oração, ficaremos à margem de nós mesmos, no lago de Tiberíades, exercendo o velho ofício de antes do encontro com Cristo Sim, é tempo de travessias, como nos diz Fernando Pessoa em seu poema. Tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas que já têm a forma do nosso corpo e esquecer os caminhos que sempre nos levaram aos mesmos lugares. “É tempo de travessia”. E se não ousarmos fazê-la, teremos ficado para sempre à margem de nós mesmos. À luz da Sagrada Escritura, ouso acrescentar à fala do poeta: se não perseverarmos na
oração, ficaremos à margem de nós mesmos, no lago de Tiberíades, exercendo o velho ofício de antes do encontro com Cristo (Cf. Jo 21). Os discípulos voltaram do Monte das Oliveiras, lugar de oração, para Jerusalém, lugar de missão, conscientes de que perigos os aguardavam. No entanto, estavam decididos a orar, a insistir sem desistir, até que a promessa do Pai se cumprisse e recebessem o Espírito Santo. Todos eles perseveravam unanimemente na oração com Maria (Cf. At 1, 14). Maria que, aos pés da cruz, entregou seu Filho e gerou a humanidade em seu coração, ensinava aos discípulos a confiança absoluta em tudo que Jesus havia dito. A presença materna de Maria no cenáculo da nossa Jerusalém é alívio e colo, mas também é força na oração perseverante para aqueles que desejam confiar a Jesus todas as suas preocupações, sabendo que Ele tem cuidado de nós (Cf. 1 Pd 5,7) e jamais nos abandonará. Por Keila Souza Presidente do conselho da RCC Distrito Federal Grupo de Oração Sagrado Coração de Maria
Especial Revista Renovação . Mai/Jun 2020
OS FRUTOS DO ESPÍRITO SANTO NA CONVIVÊNCIA FAMILIAR A vivência mais próxima entre os membros de uma família permite que muitas virtudes sejam exercitadas pela graça do Espírito. A família é um projeto de Deus e Ele quis permanecer no seio familiar por meio de Jesus, Seu Filho e Nosso Senhor. Ao longo da história da humanidade ocorreram situações diversas que dizem respeito à vivência saudável dentro e fora das famílias. Em 2020, experimentamos o tempo do isolamento social, em detrimento da manutenção de nossa saúde, devido à pandemia, e se faz necessário algumas práticas. A fim de refletirmos acerca dos frutos do Espírito Santo na convivência familiar, tomemos Gálatas 5, 22-23: “...o fruto do Espírito é caridade, alegria, paz, paciência, bondade, benignidade, fidelidade, mansidão, temperança”. Aos poucos, procuremos identificar quais frutos encontramos em nossa família. O Catecismo da Igreja Católica (§ 1832) diz que esses “frutos do Espírito são perfeições que o Espírito Santo forma em nós como primícias da glória eterna”. Voltando o olhar para o interior de nossas casas, necessitamos enxergar o impulso que o amor de
Deus, que já foi dado pelo Espírito Santo a cada um de nós, quer proporcionar tornando-nos mais livres e solidários uns para com os outros, vivendo assim intensamente o que o próprio Jesus deseja: “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amo”. Estamos de fato convivendo mais com nossos familiares e as relações tornam-se cada vez mais próximas, assim, temos a oportunidade de ouvir mais, conhecer mais, sentir mais, partilhar sobre a nossa história e nossas origens. Tempo em que nossos laços de afetividade têm sido fortalecidos e notoriamente a nossa família está envolvida num belo processo de maturidade. Podemos alcançar a experiência maravilhosa do amor, tendo como base o respeito, a alegria, a paciência e outras virtudes. Muitos estão se reencontrando com os seus papéis dentro do seio familiar, pais assumindo o protagonismo de serem os educadores e responsáveis diretos pela transmissão da fé aos seus filhos, por conseguinte, os filhos estão encontrando referenciais saudáveis nas práticas familiares.
O texto do Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 1305 assevera que: “Por estarmos em comunhão com Ele, o Espírito Santo torna-nos espirituais, recoloca-nos no Paraíso, reconduz-nos ao Reino dos Céus e à adoção filial, dá-nos a confiança de chamarmos Deus de Pai e de participarmos na graça de Cristo, de sermos chamados filhos da luz e de termos parte na vida eterna”. Por fim, notamos que a convivência familiar saudável gera em nossos corações frutos de esperança: “Nada temas, porque estou contigo, não lances olhares desesperados, pois eu sou teu Deus, eu te fortaleço e venho em teu socorro, eu te amparo com minha destra vitoriosa” (Isaías 41, 10). A nossa esperança deve estar em Jesus Cristo, portanto, erga-se e deixe o Senhor te sustentar diuturnamente. De fato, é pelo poder do Espírito Santo que os filhos de Deus podem dar frutos, inclusive, na convivência familiar. Por Valdo Braga Coordenador Nacional do Ministério para as famílias Grupo de Oração Maná
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Institucional Revista Renovação . Mai/Jun 2020
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Testemunho: A RCC naInstitucional minha vida Revista RevistaRenovação Renovação. Mai/Jun 2020
ATRAVÉS DO GRUPO DE ORAÇÃO, SENTI A PRESENÇA DO ESPÍRITO SANTO EM MINHA VIDA A minha história de esperança encontrada no Grupo de Oração aconteceu há um ano, no dia 10 de maio de 2019. Toda minha família e eu estávamos passando por um momento muito difícil, pois minha irmã tinha feito uma cirurgia delicada, teve alta após um mês, e com uma semana retornou para o hospital. Ela teve complicações e não conseguiam descobrir o porquê de sua infecção. Vivemos longe um do outro, mas somos uma família unida e estamos sempre juntos, então essa doença foi como se tivéssemos adoecido juntos também. Eu muito desesperada ia todos os dias, no horário de almoço, à igreja pedir por ela. Naquela semana, minha irmã estava muito triste, pois não descobriam o que tinha e já não aguentava mais tanta medicação. Se não reagisse naqueles dias, iriam fazer um exame muito agressivo e ela estava com medo. Na sexta-feira, dia 10 de maio de 2019, eu fui à igreja do Rosário, pela noite, fazer minha súplica a Deus e pedir também que Nossa Senhora intercedesse por ela. Naquele momento, acontecia um terço para o qual fui convidada a participar. Mas eu, muito emocionada, pedi ajuda pois não conseguia rezar. Então, quando acabou, eu contei o que estava acontecendo com minha irmã e fui convidada a participar do “Grupo de Oração Nossa Senhora do Rosário”. Meu Deus! Maravilhas o Senhor fez em minha vida naquela noite! Eu nunca havia participado de um Gru-
po de Oração, foi uma experiência incrível. Quando terminou, fui correndo ligar pra minha irmã para contar a bênção que tinha acontecido. Eu já falava com uma voz de confiança de que ia dar tudo certo. Eu saí do Grupo de Oração com fé que a cura dela iria acontecer. E como Deus nunca faz a obra pela metade, aquele fim de semana foi só bênçãos. No domingo, era Dia das Mães, fomos todos para o hospital visitar minha irmã e foi nesse dia que começamos a receber as boas notícias. O médico falou que ela não precisava mais fazer o exame agressivo e que a infecção tinha começado a diminuir. Naquela mesma semana, ela teve alta. Eu sou muito grata a tudo que Deus fez em nossas vidas. Eu sempre fui católica, já frequentava as missas aos domingos, mas faltava alguma coisa para que eu me aproximasse mais de Deus e o Grupo de Oração me completou, pois através dele eu senti a presença do Espírito Santo em minha vida. Se hoje eu me sinto mais fortalecida, eu agradeço aos ensinamentos que tive no Grupo de Oração. Minha gratidão por cada palavra, cada sorriso, cada abraço, cada oração, por tudo! Eu sou muito feliz por fazer parte da família do Grupo de Oração Nossa Senhora do Rosário. Por Juciléa Alves Duarte Grupo de Oração Nossa Senhora do Rosário Diocese de Petrópolis (RJ)
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Institucional Especial Revista Renovação . Mai/Jun 2020
UNIDOS COMO IGREJA, PELO BEM DE TODOS De circunstâncias difíceis podem brotar grandes gestos de amor para com o próximo, testemunhos de esperança e verdadeira fé expectante. Queremos te contar essa boa notícia para aquecer o coração e te dizer que “Não somos, absolutamente, de perder o ânimo” (Hb 10,39).
Em 2020, um cenário atípico atingiu o mundo todo, alterando o dia a dia, levando as pessoas ao recolhimento em seus lares e mudando as rotinas. Uma realidade que traz desafios, porém, jamais será capaz de roubar a esperança do cristão. Nesta perspectiva, a RCCBRASIL se encheu de criatividade, fruto do Espírito Santo, para estar ainda mais presente na vida dos carismáticos e de todo povo de Deus, proporcionando de modo online materiais de formação, momentos de espiritualidade e orientações pastorais. A seguir, você pode conferir algumas dessas iniciativas.
ADORAÇÃO
Do início da quarentena até a Semana Santa, adoramos ao Senhor, louvamos o Seu Santo Nome, com o auxílio de muitos sacerdotes que se disponibilizaram a nos ajudar a rezar. Foram realizadas transmissões na página do Facebook da RCCBRASIL, às 10h.
GRUPO DE ORAÇÃO
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Iniciado no final do mês de março, às terças e quintas-feiras nos unimos online para o nosso Grupo de Oração que é transmitido ao vivo, às 22h, pelo Facebook e ministrado pelos membros do Conselho Nacional. É uma oportunidade para nutrirmos nosso momento de oração comunitário: rezamos, louvamos a Deus, partilhamos a Palavra, clamamos o Espírito Santo sobre nós e nossos lares. É o próprio Senhor que multiplicou Grupos de Oração e, ao mesmo tempo, nos fez um!
CONGRESSO ONLINE
Como forma de dar suporte e esperança às pessoas neste tempo, tivemos o Congresso Nacional Querigmático Online. Aprofundamos nossa experiência pessoal com o Amor de Deus, por meio da Palavra e do Batismo no Espírito Santo. Foi um verdadeiro lançar-se no colo do Pai, durante o período de 1º a 03 de maio. Tenha acesso às reprises das pregações com o QR code na página.
Sugestão deEspecial Leitura Revista Renovação . Mai/Jun 2020
JORNADA NACIONAL DE INTERCESSÃO
Unidade da Igreja
A Jornada levantou uma nação de intercessores em favor do mundo. Durante os meses de março a junho, as orações foram intensificadas e muitos assumiram os postos de sentinelas pela vida do povo de Deus. Essa proposta foi motivada pelo Ministério de Intercessão, porém direcionada a todos. Ela aconteceu de 20 de março a 12 de junho.
A RCC do Brasil tem reiterado o compromisso da unidade com a Igreja, em comunhão com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e com o Papa Francisco, propagando suas respectivas orientações e mantendo o vínculo através da oração, por meio do Portal e das redes sociais do Movimento.
UMA CORRENTE DO BEM ESPALHADA POR TODO O BRASIL
A empatia tem sido um diferencial dentro do Movimento neste período. Muitos carismáticos têm se organizado para abraçar o país com uma rede de caridade e oração. PROMOVENDO A FORMAÇÃO
Os carismáticos tiveram a oportunidade de aprofundar seu conhecimento sobre o Batismo no Espírito Santo, Mariologia e a aulas de alguns Ministérios, tudo de forma gratuita durante os meses de abril e maio. Também foram oferecidos subsídios para esse tempo, como um Guia para realizar um Grupo de Oração Online, proposta de estudo bíblico, entre outros materiais.
PODCAST
Em março deste ano, lançamos mais uma forma de evangelização da RCCBRASIL. Começamos a disponibilizar conteúdos para Spotify e Deezer: o Podcast #SegueaPalavra. Um novo meio para estarmos mais próximos de cada carismático e de levarmos a evangelização a mais corações, de uma forma prática e acessível à Palavra de Deus.
O Ministério de Promoção Humana da Diocese de União da Vitória (PR) promoveu a campanha “Ajude uma Família nessa Páscoa – Doe amor, carinho e refeição”. Cerca de 125 famílias e 500 crianças foram contempladas. A ação, movimentada pelos coordenadores e servos dos Grupos de Oração da RCC, arrecadou alimentos e doces, além da distribuição de vale refeição, proporcionando um almoço de Páscoa digno às famílias carentes. A iniciativa também esteve em sintonia com a Campanha da Fraternidade desse ano: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10, 33), dando o testemunho da igualdade e da dignidade que o Senhor, em sua liberdade de amor, pede aos cristãos.
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Notícias Especial Revista Renovação . Mai/Jun 2020
a partir da arrecadação de alimentos entre os membros do Grupo de Oração e na porta de supermercados do bairro.
O núcleo do Grupo de Oração Santo Inácio de Loyola, da Arquidiocese de Goiânia, localizado no Conjunto Riviera, em Goiânia (GO), no dia 02 de maio de 2020, colocou em prática uma inspiração dada pelo Senhor. A “Carreata do amor” foi uma ação de “visita” aos irmãos do Grupo de Oração, uma maneira simples e segura de demonstrar de modo concreto o pastoreio, o cuidado e o amor por cada um, além das orações que são constantes.
O Ministério de Promoção Humana da Diocese de Tubarão articulou a doação de alimentos juntamente com a ajuda dos Grupos de Oração, de amigos de outros Movimentos e de grupos de jovens. Foram entregues mais de 60 cestas básicas, grandes e completas, incluindo proteínas, para todas as regiões da diocese. Além de angariar alimentos, foram recolhidos materiais de higiene e limpeza, para ajudar entidades da região, como a “Fraternidade O Caminho” e pastorais da Igreja.
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O Grupo de Oração Fraternidade Água Viva, da Paróquia Santa Paula Frassinetti, da Arquidiocese de Fortaleza, promoveu a ação solidária para a distribuição de cestas básicas às famílias em situação de desemprego. Iniciativa realizada
A Diocese de Cajazeiras realizou uma Trezena ao Espírito Santo, por intercessão da Beata Elena Guerra, pelo fim da pandemia. O encerramento dos dias de oração foi com 24h de louvor ao Espírito Santo, por meio de algumas lives através do Instagram. A princípio, não havia o intuito de arrecadar alimentos, apenas realizar momentos de oração e espiritualidade. Porém, algumas pessoas começaram a ter o desejo de fazer doações e vários quilos foram recebidos e destinados às famílias carentes da cidade. Já o Grupo de Oração Adorai, pertencente à Paróquia Nossa Senhora das Mercês, em Cuité, Diocese de Campina Grande (PB), neste período, realizou lives com a oração dos Terços Mariano e da Misericórdia e com a realização da Reunião de Oração. Além de promover mensagens de edificação no Instagram, Facebook e grupos de Whatsapp, também criou uma biblioteca digital com livros e uma categoria de filmes religiosos e para a família, tudo em um drive para ajudar e incentivar as famílias a ficarem em casa.
Alguns Grupos de Oração do Rio Grande do Norte se organizaram e fizeram ações solidárias para arrecadar alimentos e ajudar de maneira financeira a quem precisasse. Já o Ministério de Promoção Humana, da Arquidiocese de Natal, arrecadou 2,4 toneladas de alimentos não perecíveis, convertidos em cestas básicas. Foram atendidas 120 famílias de Natal, grande Natal e de outras cidades mais distantes na Arquidiocese.
Notícias Revista Renovação . Mai/Jun 2020
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Sugestão de Leitura Revista Renovação . Mai/Jun 2020
UM LIVRO PARA QUEM DESEJA UM ENCONTRO PROFUNDO COM AS SAGRADAS ESCRITURAS A leitura orante da Palavra de Deus é vida e alimento para nossa alma. Verdadeiro maná que Deus distribui a todos os pequeninos que clamam por Ele.
ções; em tempos de alegria é uma fonte inesgotável de vida, é a vida em abundância que Jesus disse em João 10, 10. Nesta edição da Revista Renovação, estamos meditando sobre a esperança, tão importante para os cristãos. Por isso, trazemos uma dica para você se aprofundar ainda mais na vivência dessa virtude, o livro “Leitura Orante da Bíblia – Passo a Passo”. Nós conversamos com o autor, Padre Eduardo José dos Santos Ribeiro, sjs, do Instituto Missionário Servos de Jesus Salvador (Salvistas). Ele nos conta a importância de se nutrir com a Palavra de Deus e como este livro irá te ajudar nesse caminho. Revista Renovação: Como as Sagradas Escrituras podem ser uma rica fonte de esperança para o povo de Deus?
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Padre Eduardo José: Ela é uma fonte de esperança, porque tudo cria e recria, tudo foi feito pela Palavra de Deus, ela é consolo e nos leva ao louvor, nos devolve a nós mesmos, restaura a esperança em nós. Ela é uma resposta certeira em tempos de adversidades e tribula-
Revista Renovação: Como as histórias narradas pela Bíblia podem ensinar a passar com bom ânimo e fé pelas adversidades?
Padre Eduardo José: Na Bíblia, podemos contemplar pessoas em situações de tribulações, de perseguições de guerra, de incompreensões e de mentiras, tudo o que faz parte da vida humana, tudo o que vai ao encontro daquilo que o homem vive no seu dia a dia. Então, olhando para os personagens bíblicos, podemos nos apegar a Deus quando perdemos tudo, quando não temos em quem nos apoiar. Vemos na Palavra pessoas que só se apoiaram em Deus, o seu socorro. Revista Renovação: O que torna os textos sagrados tão vivos, de modo que muitos testemunham como o meio em que Deus lhes fala?
Padre Eduardo José: A própria pessoa de Jesus vivo e ressuscitado. Nele é o cumprimento do Antigo e do Novo testamento. A Palavra
é eficaz porque não volta sem produzir os seus efeitos, como vai nos dizer o profeta Isaías. Revista Renovação: Por que a Lectio Divina é um método tão eficaz para se nutrir da Palavra de Deus?
Padre Eduardo José: Porque é um método da Igreja, um método antigo, grandes santos o usaram para mergulhar nos segredos da Palavra de Deus. Ela nos leva a conhecer a Sagrada Escritura, que leva ao autoconhecimento, que leva ao conhecimento de Deus pela oração e intimidade. Revista Renovação: Em seu livro, como é proposta a leitura orante da Bíblia?
Padre Eduardo José: Eu começo por 50 encontros pessoais com Jesus. A melhor maneira de conhecer a Sagrada Escritura é através do encontro pessoal com Ele. Então, eu trago 50 personagens que tiveram um encontro com Jesus. Começo pelo Novo testamento, para que tenhamos uma experiência com Jesus vivo, Ele que dá a razão e sentido para a Sagrada Escritura. Depois, seguimos para o Antigo Testamento.
Eventos Revista Renovação . Mai/Jun 2020
JÁ COLOCOU OS CONGRESSOS ONLINE DA RCCBRASIL NA SUA AGENDA? Espiritualidade, formação e renovação esperam por você
Em 2020, a RCCBRASIL vai realizar diversos Congressos Online. Eles têm a missão de promover formação específica dos Ministérios da RCC e aprofundar temas da espiritualidade carismática e da Doutrina da Igreja. A plataforma, onde são realizados os eventos, permite que o conteúdo seja acessível a todos e encurte as distâncias. Além disso, permite que os diversos Ministérios reúnam e congreguem os servos em tempos tão difíceis. Os eventos online deste ano começaram com o Congresso Nacional Querigmático, realizado durante os dias 1, 2 e 3 de maio, com mais de 40 mil inscritos. Foram três dias repletos de oração, louvor, pregações e momentos celebrativos. Todo esse conteúdo foi disponibilizado para todos os participantes inscritos, que ainda podem acessar o material de forma gratuita. Os congressos da RCCBRASIL são uma oportunidade para crescer no conhecimento do Movimento, mas também como Igreja. Eles são pensados e organizados especialmente para os membros dos Grupos de Oração, para se aprofundarem no Ministério para o qual foram chamados a servir.
As datas dos Congressos de 2020 já foram divulgadas, para que você possa se organizar e viver bem cada um deles. Para se manter informado, fique atento ao Portal da RCCBRASIL e às nossas redes sociais. Então, coloque na sua agenda: - 12 a 14/06 Congresso do Ministério de Pregação Online - 17 a 19/07 Congresso do Ministério de Formação Online - 21 e 23/08 Congresso de Promoção Humana Online - 18 a 20/09 Congresso do Ministério para Crianças e Adolescentes Online - 23 a 25/10 Congresso do Ministério Jovem Online - 28 e 29/11 Encontro de Reflexão Teológica Online Datas sujeitas a alteração
Mais informações: www.congressosonlinerccbrasil.com . Tel. (12) 3151-9999 WhatsApp (12) 98138-3000 . E-mail: congressosonline@rccbrasil.org.br
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Projeto Revista Renovação . Mai/Jun 2020
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Projetos Revista Renovação . Mai/Jun 2020
PRECISAMOS DE SUA FIDELIDADE PARA CONTINUAR EVANGELIZANDO Mesmo em meio a tempos difíceis, a evangelização não pode parar, é o Espírito Santo quem nos enche de coragem e viva esperança para prosseguir! Sabemos que não estamos sozinhos nessa empreitada conduzida pelo próprio Senhor, somos muitos espalhados por todos os cantos do país, homens e mulheres que ofertam sua vida na oração e também na partilha. Nesse caminho de comunhão, é preciso haver confiança e transparência. Por isso, hoje queremos partilhar com você algumas realidades do Projeto Semeando a Vida no Espírito e do Escritório Nacional da RCCBRASIL. O isolamento social implementado em quase todas as cidades do país alterou drasticamente a atividade econômica. Com isso, também estão sofrendo as iniciativas que dependem da ajuda generosa de colaboradores. Portanto, hoje pedimos que nos ajude, da maneira como puder, para que as atividades missionárias e evangelizadoras da RCCBRASIL continuem!
Como posso ajudar?
Grande parte da contribuição do Projeto Semeando a Vida no Espírito é realizada via boleto bancário. Devido a esse tempo de isolamento social, muitas pessoas não podem sair de suas casas para realizarem a contribuição. Como solução, indicamos que os pagamentos sejam realizados pelo Débito Direto Autorizado (DDA), um serviço gratuito oferecido pelos bancos que permite que todos os boletos sejam recebidos eletronicamente. Isso traz grande praticidade no dia a dia, pois, além de evitar filas, você não corre o risco de esquecer a data da contribuição, o que te ajuda a manter sua fidelidade. Caso, nesse momento você se encontre impossibilitado de fazer tal procedimento, pedimos que mantenha a sua contribuição pela opção de depósito, transferência bancária ou cartão de crédito. Entre em contato agora pelo WhatsApp (12) 98138-2000
Para cartão de crédito, acesse www.rccbrasil.org.br/doacao Como fazer o Débito Direto Autorizado
Ao colaborar, você mantém:
É muito simples! Para ativar esse serviço, basta acessar seu banco pelo computador ou aplicativo. Desse modo, você pode agendar os pagamentos ou fazê-los de forma automática.
Programa de TV, Missões, Escritório Nacional, Grupos de Oração etc
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ESCRITÓRIO NACIONAL DA RCCBRASIL SEGUE TRABALHANDO PELA EVANGELIZAÇÃO Colocar tudo a serviço do Senhor, fazer das nossas mãos as Dele, fazer do trabalho uma oferta de amor. Tudo com Ele, por Ele e para Ele! Confiantes, prosseguimos com a evangelização.
As atividades do Escritório Nacional não pararam mesmo em meio aos desafios presentes no primeiro semestre de 2020. As palavras de São Josemaria Escrivá nos dizem muito nesse tempo: “Trabalhemos, e trabalhemos muito e bem, sem esquecer que a nossa melhor arma é a oração”. E essa é a nossa convicção, sabemos para quem trabalhamos e sabemos que Ele caminha conosco! Nesse período, certas adaptações foram necessárias em nosso funcionamento. Alguns funcionários mantêm a rotina de trabalho em suas casas (home office), outros permanecem no escritório. A Loja RCCBRASIL continua levando os produtos de evangelização a cada casa através da internet. O IEAD tem proporcionado formação aos Grupos de Oração, através dos cursos e congressos online e com diversos materiais gratuitos. As redes sociais e o Portal mantêm seus conteúdos atualizados, notícias sobre o Movimento e a Igreja, campanhas de oração e orientações da presidência, um meio para ficar mais próximo de cada carismático. Augusto dos Reis Ferreira, gerente geral do Escritório Nacional da RCCBRASIL, explica que as atividades
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nesse período foram ajustadas, adaptando a rotina de trabalho dos funcionários para manter o suporte aos Grupos de Oração. Tudo para que a evangelização continue. Também foram intensificados os materiais de formação sendo oferecidos mais congressos e cursos, além dos produtos de evangelização da Loja que continuam chegando às casas dos carismáticos. Augusto reforça a convicção de toda a RCC neste tempo: “Temos como certo: ‘o Senhor é o nosso Pastor e nada nos faltará’ (Salmo 22). Com Cristo somos mais que vencedores, pois Ele mesmo disse: ‘No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo’ (João 16, 33). O Senhor está conosco!”. Portal www.rccbrasil.org.br IEAD www.ieadrccbrasil.com.br/ (12) 3151.9999 / (12) 98138.3000 LOJA www.rccshop.com.br/ (12) 3151.9999 / (12) 98257-0028
Institucional Revista Renovação . Mai/Jun 2020
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Revista Renovação. 122 . Mai/Jun 2020
REAVIVANDO A
CHAMA
GRUPO DE ORAÇÃO: LUGAR DE VIDA FRATERNA “Oh, como é bom, como é agradável para irmãos unidos viverem juntos” (Sl 132,1) Sendo a imagem e semelhança do Deus Trino, que é a perfeita comunidade de amor, o homem é chamado, desde a sua criação, a viver em comunidade. Por isso, Deus criou homem e mulher, formando assim a família, primeira comunidade humana. Em meio a essa comunidade, o Senhor passeava todos os dias, “à brisa do dia” (Gn 3,8). O homem, porém, pecou, quebrando a unidade com Deus e, consequentemente, a harmonia da vida comunitária. Desde então, tornou-se difícil para os homens viver em comunidade, pois havia em seus corações uma profunda resistência ao amor, à abertura, à doação e ao serviço, valores próprios da comunidade trinitária. Com a redenção operada por Jesus Cristo, a descida do Espírito Santo em Pentecostes e o surgimento da Igreja, a vida comunitária torna-se novamente possível. E não só possível, mas uma realidade inerente à vida cristã. Tanto que o pró-
prio Jesus, às vésperas de Sua morte, ora ao Pai, expressando o Seu maior desejo: “que eles sejam um, como nós somos um” (Jo 17,22). Assim sendo, irmãos, devemos também nós, impelidos pelo mesmo Espírito, buscar a vida fraterna de tal maneira que se torne um desejo diário, um chamado de amor, uma missão dada por Jesus e sonhada por Ele antes de ir ao encontro do Pai. Em sua vida cotidiana, Jesus foi modelo de acolhimento, de compaixão e atenção pelo outro, de compreensão, correção e de perdão. Em tudo Ele foi modelo para nós. Justamente para que cada um dos filhos de Deus tivesse Nele o seu maior exemplo de Amor pelo próximo. A vida fraterna, que é antes um projeto divino do que humano, existe para que possamos mais plenamente irradiar o nosso carisma para o mundo, levando a verdadeira Paz, o próprio Cristo, aos corações mais necessitados.
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Encarte Reavivando a Chama Revista Renovação . 122 . Mai/Jun 2020
A Renovação Carismática Católica tem como identidade a graça do Batismo no Espírito Santo e foi por esta experiência do derramamento do Amor de Deus que os apóstolos tiveram sua vida totalmente transformada no dia de Pentecostes. A tristeza se transformou em alegria, o medo se transformou em coragem, a angústia em paz, a falta de fé em esperança e o individualismo em comunhão fraterna. Isso porque sobre cada um deles foi derramado o amor de Deus pelo Espírito Santo que nos foi dado, conforme diz São Paulo em Romanos 5,5. Sendo o Grupo de Oração a célula principal da Renovação Carismática Católica, precisamos torná-lo um ambiente favorável para experimentarmos, de uma maneira concreta, o terceiro elemento da nossa identidade: a Vida Comunitária. Mas essa vida fraterna, que é sempre uma graça, não se vive sem uma autêntica vida de oração. É no encontro com Deus, fonte de toda caridade, que aprendemos a amar-nos mutuamente. À medida em que vamos descobrindo e experimentando o amor de Deus por nós, mais queremos amá-lo e também amar nossos irmãos, a quem Ele tanto ama. O Amor Philia
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Era com essa bela palavra que os antigos gregos definiam o amor dos filhos por seus pais, o amor de um irmão ao outro, de um amigo por outro amigo, o amor entre os cidadãos... Ou seja, philia é o Amor Fraterno. É o amor que Jesus nos ensinou quando disse: “amai-vos uns aos outros” e que Deus nos concedeu para unir toda a terra, pois esta é a vontade de Dele. Infelizmente, nem todos têm ouvidos e coração abertos às palavras divinas. Mas sabemos que o amor fraterno é o caminho para nossa salvação, para uma vida em paz e cheia de felicidade. A vida na Igreja seja ela em que instância for (pastoral, movimentos, serviços, vida consagrada) tem como chamado a vida fraterna, onde o amor, o respeito, a atenção, a caridade são partes importantes, pois tudo isso é bíblico e precisamos viver à luz do Evangelho. Os nossos Grupos de Oração têm buscado cada vez mais atender a este pedido de Nosso Senhor Jesus Cristo de vivermos como irmãos. Isso agrada seu coração e nos faz bem, não só espiri-
tualmente, mas também fisiologicamente e psicologicamente. Amar é um ato que nos faz ser mais saudáveis nesta vida, é via de cura interior. Sabemos que nas relações de convivência precisamos estar bem com Deus, conosco mesmos e com o outro. Mas então, como conviver bem com os outros? Vamos destacar aqui alguns pontos essenciais para uma vida fraterna saudável e cheia da graça de Deus. 1. Reconheça que o seu irmão é um filho amado por Deus assim como você. Somos todos filhos muito amados por Deus, criados à imagem e semelhança Dele. Quando Jesus nos fala em Mateus 25,40: “Todas as vezes que fizestes isso a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizeste”, Ele vem nos relembrar que seja quem for, pobres, ricos, presos, maltrapilhos, enfermos, peregrinos, e tantos outros irmãos espalhados neste mundo, todos precisam ser amados, uma vez que há um Deus que neles habita, mas que muitas vezes encontram-se desfigurados pelo contexto social do qual fazem parte. Por isso, é preciso que nossos olhos vejam além da nossa própria natureza física, é necessário também ver o outro com os olhos da alma, ver com o coração. Quando descobrimos que Deus habita no outro com o mesmo amor que habita em nós, nossa postura muda, pois um coração cheio do Amor de Deus tem sede em fazer com o que outro também sinta esse amor para que, cheios desta graça, sejamos uma comunidade cristã tão sonhada por Jesus. Olhar para o outro e perceber que Deus ali habita faz com que eu ame o Senhor no irmão sendo ele quem for. Os seres humanos têm jeitos diferentes, pensam diferente, têm culturas diferentes, mas isso não pode nos fazer ter atitudes contrárias ao Evangelho que nos pede para ver o Cristo que está no outro. Portanto, a postura de um católico batizado no Espírito Santo deve ser a de “semear a Civilização do Amor entre a humanidade”, como disse nosso tão querido São João Paulo II. 2. Faça momentos de partilhas com seu(s) irmão(s), sejam da família ou do Grupo de Oração. Falar de si mesmo para alguém requer um
Encarte Reavivando a Chama Revista Renovação . 122 . Mai/Jun 2020
certo tempo, mas a vida no Espírito, a presença no Grupo de Oração, de maneira perseverante, têm nos feito romper algumas barreiras tais como: timidez, desconfiança, medo de ter a vida exposta, os traumas etc., tantas coisas nos fazem ficar em silêncio e com isso continuamos sofrendo com nossas dores particulares. A partilha, como já dizia Frei Elias Vella em seu livro “A cura através do amor”, é também uma grande fonte de cura, às vezes, tão valiosa como uma oração. Segundo ele, nem sempre a cura começa pela oração, mas sim, pela partilha sincera e espontânea. A nossa família torna-se um celeiro de amor quando cada um compreende e respeita o outro e acima de tudo confia um no outro. Mas, para isso, Deus precisa ser o centro da nossa casa, a razão de tudo entre nós. Às vezes, para muitos de nós, o Grupo de Oração será uma grande ponte do amor de Deus para vivermos em harmonia com nossa própria família. Pois lá, somos restaurados, lapidados, exortados, curados, perdoados e, assim, aprendemos, como discípulos que somos, que Deus tem sua pedagogia para nos ensinar, que não nascemos para viver na solidão. 3. Aprenda a escutar o outro da maneira certa Quantas vezes fomos convidados a ouvir o outro, mas não damos a devida importância, porque não temos tempo devido à correria da vida? Quantos irmãos podem ter saído do Grupo de Oração simplesmente porque não foram até lá só para receberem curas físicas, mas sim, para receber um pouco de amor, alguém que pudesse ouvi-los, enxugar suas lágrimas, alguém capaz de olhá-los nos olhos e falar que ele(a) é muito amado(a) e especial para Deus, como lemos no livro do nosso amado irmão Vinicius Simões “Eu te constituí sentinela na casa de Israel”. Ouvir o irmão deve ser, para nós carismáticos, um ato profundo de amor e respeito, temos que ter a percepção que hoje é o outro que precisa ser ouvido, mas amanhã poderá ser eu o necessitado. A verdadeira promoção humana nos ensina que o homem promovido na sua dignidade é aquele capaz de se colocar à disposição para também promover o outro, e vimos isso acontecer com tantos que foram promovidos através da cura, através de um olhar de misericórdia do Senhor ou até mesmo
de uma profunda partilha entre amigos. Portanto, é necessário que, em tempos como este em que estamos vivendo, o nosso coração esteja aberto e disponível para ouvir aquele irmão quando o mesmo nos procurar. 4. A vida fraterna nos leva a experimentar o Perdão Uma das grandes graças do Batismo no Espírito Santo é o reconhecer-se pecador, capaz de suplicar o perdão de Deus para viver uma vida nova. A Palavra de Deus em Atos 2, 37-38 vai nos dizer “Ao ouvirem essas coisas, ficaram compungidos no íntimo do coração e indagaram Pedro e os demais apóstolos: ‘Que devemos fazer, irmãos?’ Pedro lhes respondeu: ‘Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados e recebereis o dom do Espírito Santo’”. Portanto, todos nós sabemos que uma das condições para viver essa corrente de graça é o nosso profundo arrependimento. O perdão é algo que requer de nós três ações verbais: pedir, dar e receber. Cada um deste verbos causa em nós curas profundas pois, Deus nos chama todos os dias a amá-Lo sobre todas a coisas, bem como ao próximo. E a Palavra de Deus é bem clara quando nos diz em 1Jo 4,20 “Se alguém disser: “Amo a Deus”, mas odeia seu irmão, é mentiroso. Porque aquele que não ama seu irmão, a quem vê, é incapaz de amar a Deus a quem não vê”. O verbo perdoar traduz-se em doar-se mais, amar mais, portanto quando perdoamos, estamos doando mais amor, estamos nos permitindo amar mais. Não é admissível que, entre nós irmãos de Grupo de Oração, vivamos a infelicidade de cultivar a mágoa e o rancor, ao invés de vivermos a graça do amor e do perdão. Perdoar é uma ordem vinda do Senhor, pois por nós seu sangue foi derramado na cruz, justamente para nos redimir dos nossos pecados, vindos desde a desobediência de Adão e Eva na criação do mundo. Se perdoamos, entramos num profundo kairós e nos tornamos mais felizes, pois a comunhão fraterna se constrói quando eu percebo que sou limitado e que o outro é sinal de Deus para mim, mesmo com seus defeitos, com suas diferenças, com formas diferentes de pensar e agir. Enfim, nada disso pode ser obstáculo para não nos amar-
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mos, afinal de contas, os apóstolos também se estranharam de vez em quando, mas algo maior os unia, o amor verdadeiro experimentado por cada um deles em Pentecostes. E isso deve nos bastar, como diz São Paulo. Sendo assim, devo lhes dizer que quem ama, perdoa.
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5. A vida Fraterna nos leva a viver a caridade (Partilha) São Paulo ao escrever sua carta em 1 Coríntios 13 nos fala sobre a “Excelência da Caridade”, que mais nos parece uma bela canção do qual somos convidados, não a cantar, mas sim, viver, e de uma maneira simples e autêntica. Sendo ela a maior das virtudes, se faz necessário entender que todo amor falado precisa ser transformado em ações, uma vez que pelas nossas atitudes é que seremos julgados e não pelas quantidades de pregações ou formações que damos semanalmente em nossa vida de Igreja, participando da corrente de graça. Sabemos que Pedro, Paulo, João, Maria, mãe de Jesus, e tantos outros não se limitavam a somente falar do amor, mas eles tiveram atitudes concretas de como viver o amor verdadeiro. Maria preocupou-se com o vinho nas bodas de Caná, sinal de que estava atenta às coisas da cozinha para que nada faltasse aos convidados, isso foi um gesto concreto de amor. Pedro, após sua pregação profética, cheia do Espírito Santo, consegue converter milhares de pessoas e, com isso, muitos deles passaram a viver de uma maneira nova como podemos ver em Atos 4,32 “A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém dizia que eram suas as coisas que possuía, mas tudo entre eles era comum”. Entre eles havia a mais perfeita “koinonia” (comunhão). Nestes tempos de Pandemia, a palavra solidariedade tem sido apresentada diariamente através das mídias. Graças a Deus, muitos têm feito doações que ajudarão milhares de pessoas porém, sabemos que tudo que temos em excesso, de fato, não é nosso, mas sim do outro e, por isso, para ele precisa ser entregue. Muitos não têm esta visão e continuam sem ter atitude alguma de partilha. O Senhor na Santa Ceia nos deixa um lindo modelo de partilha, pois Ele mesmo, ao repartir o pão, demonstra para nós que onde há partilha, há
amor verdadeiro, amor gratuito, amor sem pedir nada em troca. É este amor que deve nos envolver, o amor da partilha dos bens, que não escolhe a quem se vai doar, mas simplesmente se doa pela mão direita, sem que a mão esquerda veja. Quando doamos, não precisamos de propagação, de mídia, nem mesmo que o outro saiba, a única coisa que precisamos é estar com o coração em paz por termos feito o que Jesus nos ensinou “Amai-vos (doai-vos) uns aos outros, como eu vos tenho amado” (Jo 15,12).
Considerações Finais Encontramos na Santíssima Trindade o modelo perfeito desta comunhão de amor, bem como a fonte inesgotável da nossa vida fraterna. “Inseridos no seio da Trindade, por meio do Coração traspassado de Cristo, Nela contemplamos o Amor do Pai, bebemos do poder e da unidade do Santo Espírito. Sabemos que a unidade com Deus e com nossos irmãos é um caminho seguro de santidade e é esse caminho que queremos trilhar, com a graça de Deus e o auxílio de tantos santos, que souberam tão bem cumprir o mandato do Senhor. Não nos cansemos de fazer o bem, pois quando experimentamos o amor de Deus, através do Batismo no Espírito Santo, nosso coração não se cansa de querer acolher, conviver, partilhar, ajudar, anunciar e, acima de tudo, ser testemunha desta graça através de uma vida Santa e Cristã e é por isso que, nestes tempos, somos convidados a RESGATAR nossa identidade através de uma vida fraterna mais sólida e cheia da presença de Deus.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Bíblia Ave-Maria. BENTO XVI, Encíclica DEUS É AMOR, editora Paulus e edições Loyola, São Paulo 2008. ROSSI, PADRE MARCELO, Philia, editora globo, São Paulo 2015. VELLA, FREI ELIAS, A cura através do Amor, editora Palavra & Prece, São Paulo 2012. COMISSÃO NACIONAL DE FORMAÇÃO, Módulo Básico: Identidade da Renovação Carismática Católica, editora RCCBRASIL, São Paulo 2013. SIMÕES, VINICIUS RODRIGUES, Eu te Constituí Sentinela na Casa de Israel, editora RCCBRASIL, São Paulo 2020.