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CONSTRUIR A COMUNHÃO
Queridos irmãos e irmãs, a paz de Cristo!
Em sua Catequese, no dia 25 de setembro de 2013, o Papa Francisco nos ensinou: “Deus nos doa a unidade, mas nós mesmos façamos esforço para vivê-la. É preciso procurar, construir a comunhão, educar-nos à comunhão, a superar incompreensões e divisões... O nosso mundo precisa de unidade, está em uma época na qual todos temos necessidade de unidade, precisamos de reconciliação, de comunhão e a Igreja é Casa de comunhão. Cada um se pergunte: faço crescer a unidade em família, na paróquia, na comunidade, ou sou um fofoqueiro, uma fofoqueira. Sou motivo de divisão, de desconforto? Mas vocês não sabem o mal que fazem à Igreja, às paróquias, às comunidades, as fofocas! Fazem mal! As fofocas ferem. Um cristão antes de fofocar deve morder a língua!”.
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Portanto, sendo a unidade um dom de Deus à Sua Igreja, há a necessidade de esforço para cultivá-la e mantê-la, a fim de que demos um testemunho sempre mais credível. Não podemos cair na fragmentação causada pelo egoísmo, orgulho, vaidade, interesses diversos daqueles tipicamente evangélicos. É preciso que estejamos predispostos à unidade e nos eduquemos à comunhão. Precisamos estar convencidos de que a unidade é o pressuposto para a construção de qualquer obra. O princípio da unidade deve reger todas as ações da Igreja e da RCC.
Para tanto, o Concílio Vaticano II evoca a necessidade de conversão do coração: “Os anseios de unidade nascem e amadurecem a partir da renovação da mente, da abnegação de si mesmo e da libérrima efusão da caridade. Por isso, devemos implorar do Espírito divino a graça da sincera abnegação, humildade e mansidão em servir, e da fraterna generosidade para com os outros. ‘Portanto - diz o Apóstolo das gentes - eu, prisioneiro no Senhor, vos rogo que vivais de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com paciência, suportando-vos uns aos outros em caridade, e esforçando-vos solicitamente por conservar a unidade do Espírito no vínculo da paz’ (Ef. 4, 1-3)” (Declaração Unitatis Redintegratio, 7).
Como cultivar e manter a unidade? Praticando a virtude da humildade, pois São Paulo nos diz: “que a humildade vos ensine a considerar os outros superiores a vós mesmos (Ef 2,3), isto é, fazendo kenosis, esvaziamento de si, renúncia de tudo o que considerou ser seu; nutrindo relacionamentos fraternos conduzidos pelo Amor de Deus, que é o próprio Espírito Santo, que tem por finalidade não somente reconciliar o homem com Deus, mas também reconciliar os homens entre si; buscando a mesma visão da comunidade cristã, pois um exército dividido perde totalmente o seu potencial; trabalhando para o crescimento do Corpo de Cristo, estabelecendo vínculos de cooperação, laços de fraternidade e de promoção do todo, numa só fé, num só batismo.
Que nossa Mãe, Maria Santíssima, a garantidora da Unidade dos discípulos no Cenáculo, interceda por nós e nos ensine a sermos Um para que o mundo creia!
Veni Sancte Spiritus!
Vinícius Rodrigues Simões
Presidente do Conselho Nacional da RCCBRASIL Grupo de Oração Jesus Senhor 5