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“LEVANTA-TE, VAI A NÍNIVE E ANUNCIA-LHE O QUE TE ORDENO!”
A quarta pregação do ENF foi ministrada por Vinícius Simões, Presidente do Conselho Nacional da RCCBRASIL
Apregação de Vinícius Simões, na tarde de sábado do ENF 2023, foi uma oportunidade para o Presidente do Conselho Nacional da RCCBRASIL destrinchar a Palavra norteadora e os novos três verbos de ação, inspiração de Deus para o novo triênio de sua gestão.
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Vinícius começou sua formação traçando um panorama sobre Éfeso e toda a situação degradante que atingia a cidade até chegar à passagem de Efésios 5, 8, em que São Paulo denuncia as obras das trevas. O pregador explicou que Éfeso era a terceira cidade mais populosa e mais importante do Império Romano naquele tempo. Uma cidade povoada por pessoas de muita cultura, entre eles judeus tradicionais, observadores da sua religião, e gentios. Nesse sentido da diversidade, São Paulo exorta: “Vocês foram chamados à reconciliação com Deus, a uma só fé, um só batismo, um só Espírito. Por isso, conservem a unidade do espírito pelo vínculo da paz”.
A partir desta contextualização, Vinícius começou a, de fato, a reflexão sobre o versículo de onde a Palavra norteadora foi retirada, Efésios 5, versículo 8: “Outrora éreis trevas, agora sois luz no Senhor. Comportai-vos como verdadeiras luzes”.
“Com estas palavras, São Paulo está nos dizendo que nós não podemos mais ter sociedade com as obras das trevas. Eu não posso, eu não devo ter um pé na igreja, servindo a Jesus, e outro pé no mundo”, exortou Vinícius.
Em seguida, o pregador disse que o ápice da exortação acontece quando São Paulo explica que o sono significa indiferença. “No versículo 14b, quando São Paulo nos dá o comando para ‘despertar’, ele está nos dizendo que está na hora de sairmos do estado de sonolência. “Fica esperto, retoma o estado de atividade espiritual, porque tu dormes, denuncia São Paulo”, disse o pregador que continuou, “o sono aqui é um estado de indolência, paz ilusória de torpor de indiferença ao ambiente ao nosso redor, um estado de mornidão espiritual. É o pecador satisfeito com o seu pecado.
Essa é a sonolência que São Paulo está denunciando.”
Com base nessa reflexão, Vinícius relembrou que a Bíblia fala sobre diversos tipos de sono, mas, em sua explanação, evidenciou apenas dois: o primeiro é o sono de São José, quando ele dormiu e sonhou com a vontade de Deus. Com o sonho, ele quis receber Maria por esposa porque ela concebeu por ação do Espírito Santo. José imediatamente se levantou e recebeu sua noiva novamente para constituir família com ela. “Esse é um sono positivo, um sono que é dado pelo próprio Deus”. O segundo é o sono de Sansão que, embriagado e inebriado pela beleza de Dalila, dorme indolente no seu colo e, por isso, perde a força que vem do Alto. “Tem a sua unção cortada quando seu cabelo lhe é retirado. Esse é o sono da embriaguez espiritual, a embriaguez de via doce e não a sóbria embriaguez do Espírito Santo. É o sono das ilusões ao nosso redor que tiram Jesus do centro do nosso coração.”
Vinícius chegou, então, ao eixo central da Palavra norteadora que é o momento do versículo em que São Paulo dá um outro comando: “Levanta-te! Isto é, fica de pé, coloca-te em ordem de marcha, inaugura um novo dia”. O pregador explicou que este ‘Levanta-te’ significa “reerga-se da sua queda original, pois Cristo já te salvou. Deixe o Espírito Santo recuperar em você a imagem de Deus, segundo a qual você foi criado”. E acrescentou que São Paulo ainda vai dizer ‘Levanta-te dentre os mortos’, frase que utilizou para explicar o significado de morte espiritual: “Muitas vezes, essa morte espiritual está travestida de orgulho, de soberba, de vai- dade, de achar-se o dono da verdade. Às vezes, a morte espiritual está travestida na forma de um vício, às vezes, na forma do julgamento e da maledicência contra os irmãos. É preciso reconhecer as mortes espirituais dentro de nós para que sejamos levantados dentre os mortos”, exortou ele.
O pregador destacou ainda que o versículo termina com a afirmação de que Cristo iluminará aqueles que se despertarem, levantarem e caminharem dentre os mortos: “a luz de Cristo se manifestará em você tal qual a luz do sol na lua”. Sobre isso, o Presidente do Conselho Nacional explicou que “se você levantar dentre os mortos, Cristo te transformará em um apóstolo que deixa rastros do perfume e da graça de Cristo por onde passa. Portanto, através desta Palavra norteadora, o Senhor nos convida a tomarmos posse da nossa condição de homens e mulheres salvos para a glória de Deus”.
A partir desse momento, Vinícius falou sobre a inspiração do Senhor que colocou em seu coração escrever um novo direcionamento, através dos verbos: levantar, ir e anunciar, ordenados para Jonas e para todos os carismáticos.
Quanto ao verbo levantar, ele explicou que significa recomeçar, reiniciar: “Precisamos reconhecer que a nossa fé precisa ser levantada pela graça de Deus neste ENF de 2023. A nossa fé, a nossa esperança no Senhor precisa ser levantada pela graça do Senhor. A graça de Deus precisa levantar uma nova mentalidade entre os cristãos, a mentalidade de Cristo”. Em especial, ele disse que a graça de Deus tem que fazer os carismáticos serem santos e ainda proclamou uma palavra de ordem: “não tenha medo de ser carismático 24h por dia!”.
Sobre o segundo verbo norteador do triênio ir, Vinícius explicou que a origem dele é fruto de um amor inimaginável de Deus que nos levanta e nos dignifica a sermos colaboradores Dele, afinal, Deus não precisa de nenhum de nós pois Ele é Onipotente. O pregador também recordou a palavra do Papa Francisco que ordenou: “Renovação Carismática Católica é tempo de sacudir a poeira e ir para frente com mais força!”. A pregação terminou com a explicação do terceiro verbo: anunciar, com a frase “Levantar-se pela graça de Deus, ir ao encontro das pessoas com a cultura do encontro e anunciar a Jesus”.
Aquinta pregação do ENF 2023 teve como tema “Então, um grande fogo se acendeu e maravilhou a todos”. A reflexão foi ministrada pelo Padre Antônio José, da Arquidiocese do Rio de Janeiro, que começou relembrando: “tudo o que o povo de Deus, na Antiga Aliança, viveu foi para que pudéssemos aprender e viver com excelência nossa vida”. Segundo o pregador, “aliança” quer dizer “relacionamento” e, assim sendo, fazer parte da Nova e Eterna Aliança é fazer parte desse relacionamento com Deus. No entanto, o sacerdote destacou que, em todo início de uma relação, ambos os envolvidos precisam aprender a conviver e a se relacionar. “No Antigo Testamento, Deus ensinou o povo de Israel a se relacionar com Ele, a aprender dEle, a compreendê-Lo”, explicou.
A partir desta reflexão, o pregador deu início a uma explanação aprofundada sobre o rito para se oferecer sacrifícios no templo, praticado no Antigo Testamento.