Revista Renovação - Edição 57 - Julho/Agosto de 2009 by Renovação Carismática Católica do Brasil

EDIÇÃO Nº 57

JULHO / AGOSTO 2009

EDITORIAL

PALAVRA DO PRESIDENTE

Juntos, sob o Senhorio de Jesus

Senhor Jesus, queremos ser teus discípulos!

COBERTURA DO XXVIII CONGRESSO NACIONAL: JESUS CRISTO É O SENHOR!

PREGAÇÕES Transcrição das pregações do XXVIII Congresso

ENTREVISTA Uma casa para a Renovação Carismática do Brasil

TESTEMUNHOS A história de conversão de Gloria Pólo

Consagração Solene Um país aos pés do Senhor Jesus

ADORAÇÃO E ORAÇÃO A RCC nunca mais será a mesma!

SANTAS MISSAS Missas marcam o XXVIII Congresso Nacional

PREGAÇÕES EVIDENCIAM A VIDA SOB O SENHORIO DE JESUS

RCC EM MISSÃO Ações concretas da RCC Brasil

NOITES CARISMÁTICAS Noites criativas no XXVIII Congresso Nacional

MOMENTO ESPECIAL: JUVENTUDE A SERVIÇO DA MISSÃO NA RCC

GRUPO DE ORAÇÃO Um Tesouro de Deus

SERVINDO COM ALEGRIA Voluntários doam sua vida para Evangelizar

NOTÍCIAS Encontro Nacionais e Internacionais

BRINCAR E REZAR V Congressinho do Ministério para Crianças

EVENTOS NACIONAIS ENJ 2009 e Encontro Nacional de Pregadores

CONSELHO NACIONAL CONSAGRA BRASIL A JESUS

Juntos, sob o Senhorio de Jesus

omo é bom e agradável para irmãos unidos viverem juntos (Sl 133, 1). Inspirados nos Salmos, podemos dizer: como é bom vivermos, como irmãos, na Renovação Carismática Católica! Viver – apesar das distâncias geográficas – juntos, unidos pela mesma fé, proclamando, pela ação do Espírito Santo, verdades que a Igreja, com ousadia, tem sustentado há dois mil anos. É confortador saber que somos milhões, ao redor do planeta, e que nossas comunidades (grupos de oração) são lugares onde a manifestação de Deus é visível. É bom ser expressão autêntica da Igreja, amar esta Igreja, amar o Papa e reconhecer que ele é Pedro e conduz com segurança a Barca de Cristo. Isso se torna mais significativo, quando nos damos conta de que vivemos num mundo que olha com desconfiança e até mesmo repúdio para tudo aquilo que seja proclamado como verdade ou que tenha caráter de eternidade. Numa época em que, infelizmente, até alguns grupos de cristãos têm dificuldades em dizer que Jesus é o Senhor e já não O anunciam declaradamente.

Por isso, um Congresso Nacional se reveste de um valor inestimável, porque neste evento podemos viver essa unidade de coração, de sentimentos, de uma forma mais explícita, afinal, um Congresso reúne irmãos do Brasil inteiro. Quando estamos juntos, nosso jeito de ser, nossa fé, nossa identidade ficam mais evidentes; há um grande derramamento de bênçãos!

foi vivida: Nossos joelhos se dobraram e nossas línguas confessaram, para a glória do Pai, que Jesus Cristo é o SENHOR! Que o Espírito nos dê a graça de perseverarmos até o fim! Tenha uma leitura abençoada! Lúcia Zolin

Publicação Oficial da RCC do Brasil Editada pelo Escritório Nacional da RCC do Brasil

ANO 10 - Edição Nº 57 JULHO/AGOSTO 2009

JORNALISTA RESPONSÁVEL Lúcia V. Zolin DRT/SC 01537

E o nosso Vigésimo Oitavo Congresso foi ainda mais especial, porque do começo ao fim pudemos viver sob o Senhorio Daquele que é sempre a razão de nos reunirmos: Jesus Cristo!

DESIGN GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO

Quem o acompanhou, presencialmente ou pelos meios de comunicação, pôde testemunhar as graças! Presentes de Deus que devem ser guardados em nossas memórias!

FOTOS

Quantas pregações e homilias ungidas! Quantos momentos marcantes, como o da manhã de sexta-feira (10), em que os jovens assumiram o compromisso de desgastar-se por Jesus, dentro da RCC! Ou, então, o último dia, em que cada estado foi consagrado ao Sagrado Coração de Jesus. Como esquecer-se do Grupão de Oração (que até nome ganhou), das músicas e orações ungidas? Do Congressinho, que reuniu nossos pequenos carismáticos. Certamente, o Congresso Nacional, que proclamou que o Filho do Deus Altíssimo reina Absoluto sobre tudo e todos, jamais será esquecido. Marcou nossa história! Podemos nos alegrar, porque no meio de uma multidão de carismáticos, de todas as idades e dos mais diferentes lugares do Brasil, a Palavra inspiradora de nosso Congresso

Sérgio Alexandre de Carvalho

Equipe Ministério de Comunicação Social Rodrigo Roncolato e José Luiz de Oliveira

E-MAIL

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As matérias publicadas são de responsabilidade de seus respectivos autores. Permitida a reprodução, sem alteração do texto e citada a fonte.

PALAVRA DO PRESIDENTE

PPregações 6

Palavras proféticas ecoaram durante os dias de Congresso através de pregações ungidas, que exaltaram o Senhorio de Jesus. A pedido da Revista Renovação, cada pregador escreveu um artigo sobre o tema abordado no Congresso. Certamente será uma leitura edificante. Aproveite!

Novo Pentecostes na RCC

O livro dos Atos dos Apóstolos, conhecido como o Evangelho do Espírito Santo, narra fatos realizados pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo, como curas, milagres, prodígios que esporadicamente se notava no antigo testamento. Jesus revolucionou o profetismo, sendo Ele profundamente conduzido pelo Espírito, desde seu nascimento, até sua morte. Passou pela sua vida pública fazendo o bem a todos, ensinando um novo jeito de se aproximar de Deus, pois Vicente Gomes Machado durante sua pregação não mais era um Deus no XXVIII Congresso Nacional

externo e, sim, Aquele que habita no coração do homem. Três fatos nos chamam a atenção: 1º - Jesus foi batizado por João, seu primo, e ali se manifesta a Santíssima Trindade, o Pai que dá o Espírito Santo, fonte de seu poder (Lucas 3, 21); 2º - Jesus é levado pelo Espírito Santo ao deserto para ser tentado, e todas as suas respostas são fundamentadas na Palavra de Deus, ou seja, a manifestação dos carismas dados pelo Espírito Santo (Lucas 4, 1-2); e 3º - Jesus, cheio da Força do Espírito Santo, volta para sua terra (Galiléia) para dar início a sua missão pública (sua fama divulgou-se por toda a região), conforme a profecia de Isaías no capítulo 61, versículo 1 e 2 (Lucas 4, 14-30). O que tudo isso tem a ver com Pentecostes? Observamos que a missão dos apóstolos só se daria se todos fossem como Jesus, cheios do Espírito Santo. A promessa de Jesus é que nos daria outro Paráclito (consolador, advogado) para que ficasse conosco até os últimos dias, e assim fazer-se cumprir as obras de Deus na vida da humanidade. Os apóstolos foram homens simples que mudaram a história porque se deixaram ser conduzidos pelo Espírito Santo.

O capítulo 2 dos Atos dos Apóstolos narra a história de Pentecostes (“chegado o dia de Pentecostes”), mas podemos atualizar essa Palavra na nossa vida e dizer: “Chegando o dia do ‘meu’ Pentecostes”. “Estavam todos reunidos no mesmo lugar”. Que lugar é esse para nós hoje? Nós, da Renovação Carismática Católica, precisamos entender que é o Grupo de Oração. Essa é uma ordem de Jesus: “Permaneçam unidos esperando o cumprimento da promessa”; “João batizou com água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo”; “não se afastem de Jerusalém” (Grupo de Oração). Esta ordem de Cristo é contrária à grande tentação de dispersão do povo de Deus, fruto da falta de pastoreio e a constante disputa por privilégios e poder (teologia da prosperidade). Quando tudo está muito bom é fácil, mas nos momentos difíceis existe a tentação de dispersão, de voltar para casa, de achar que não vale mais continuar no caminho de Deus. Encontramos muitas pessoas que querem ser pastoreadas, mas não querem pastorear. No entanto, Nosso Senhor Jesus ensinou com palavras e atos concretos, lavando os pés dos discípulos, amando seus inimigos, cuidando do povo pobre e humilde. Infelizmente, muitos de nós ficamos somente nas palavras. Os problemas enfrentados por nós hoje não são diferentes da época dos apóstolos. O Espírito não age onde há divisão. “... De repente veio do céu um ruído como se soprasse um vento impetuoso...”, essa descrição do livro dos Atos dos Apóstolos é intrigante, pois fala de ruído e vento impetuoso. Podemos entender que o Espírito Santo é livre e age como, onde e quando Ele quer. Para algumas pessoas Ele vem como ruído, brisa leve, manso. E em outros, vento impetuoso, fogo devorador, tempestade. O mais importante é ficarmos todos cheios do Espírito, da plenitude, do “Pleró”. Saber

que estamos cheios do Espírito é fundamental para entendermos o que é Batismo no Espírito Santo (Efusão); deixar-se ser conduzido por Ele, tornar-se testemunha e mártire, apóstolos da efusão Espírito Santo. Um exemplo é a Beata Elena Guerra, mulher que assumiu seu apostolado com a própria vida. Nossos Grupos de Oração são campos férteis da Efusão do Espírito, lugar propício para a experiência de Pentecostes. Não podemos abandonar o Espírito Santo ou fazermos qualquer coisa sem depender Dele. O barulho dos nossos Grupos de Oração (Ruído de Pentecostes) atrairá famílias inteiras, jovens que estão nas drogas, homens e mulheres que precisam mudar radicalmente suas vidas e só com a força do Espírito Santo tudo isso será possível. Gostamos muito de estar na companhia de pessoas ungidas. Aprendemos muito com elas. Os discípulos aprenderam muito com o Mestre, Jesus Cristo, pela experiência. Certa vez, muitos estavam deixando Jesus, porque achavam sua pregação muito dura. Cristo perguntou aos discípulos se eles o deixariam também. Pedro disse: “A quem iríamos, Senhor? Só Tu tens palavras de vida eterna”. Eles experimentavam de Jesus a graça de Deus, ninguém mais poderia dar a eles o que precisavam. Pedro aprendeu com Jesus e tinha coragem de ir além, questionava, indagava, fez experiências incríveis com o Messias. O grande apóstolo acreditava no Senhor. Porém, quando o Mestre é preso, ele O nega. Depois o apóstolo é perdoado e vê o Senhor subir ao céu. E agora, o que fazer sem Jesus? Esperar o cumprimento da promessa. Pedro e os demais recebem o Espírito Santo de forma diferente, não mais para algum fato isolado, e sim para ficar conosco até o final dos tempos. Temos também palavras de vida eterna para oferecer àqueles que têm sede de Deus. O Espírito Santo é fonte

Congressistas ouviram atentamente as palavras do pregador

de água viva. Os apóstolos, após receberem o Espírito Santo, saíram do cenáculo para conquistar o mundo para Jesus, anunciar o Reino de Deus, com essa força sobrenatural de Pentecostes. Em sua primeira pregação, Pedro, vê realizar o maior milagre na vida de qualquer homem, a conversão (Atos 2, 37-41). Agora é a nossa vez. O Senhor nos diz: “vocês acreditam nas minhas Palavras? Eu derramo sobre vocês o meu Espírito.” Deixemos que essa Palavra se cumpra em nossas vidas, viemos para incomodar! Uma pessoa cheia do Espírito Santo incomoda o pecado! Por isso, precisamos atualizar o Pentecostes em cada reunião de oração. O que é maravilhoso na RCC e na Igreja é que tem lugar para todo mundo, principalmente no Grupo de Oração. Quando somos batizados no Espírito, acontece a manifestação dos carismas, em especial a língua de fogo. Não deixe de orar em línguas, pois um dos fenômenos sobrenaturais do Pentecostes é a língua de fogo. Existe uma língua de fogo para repousar sobre nossa cabeça. Jesus tem um novo Pentecostes para nossa vida hoje. Só podemos pregar, cantar, louvar pelo Espírito Santo, e todo aquele que é batizado é uma criatura nova! Atualizemos hoje o grande fenômeno de Pentecostes em nossas vidas, e entremos no discipulado permanente, como São Paulo. Deixemos o Espírito Santo nos conduzir. Acertar mais e errar menos, tornar nossas missões frutíferas, não correr em vão, fazer discípulos de nosso Senhor Jesus Cristo. Amém!

Vicente Gomes Machado Coordenador RCC Goiânia

VALENTIA MISSIONÁRIA E

COMBATIVIDADE PROFÉTICA Membros do Conselho Nacional da RCC rezaram juntos pedindo uma nova efusão do Espírito Santo aos congressistas e oraram por cada uma das regiões do Brasil.

Sem nenhuma pretensão de nos apresentarmos como vítima, podemos dizer que a Renovação Carismática viveu, na Igreja Católica – praticamente pelas quatro décadas de sua existência – sob um quase que permanente regime de desconfiança. Sob suspeita! (Há, obviamente, instâncias e circunstâncias que podem ser entendidas como exceções a essa afirmação; mas, ainda assim, quase todas essas realidades resvalam mais no limiar da tolerância do que na plena e convincente aceitação do Movimento tal qual ele se constitui...). Esse “fechamento” (de muitos naipes) em relação ao movimento produziu, sob certo ponto de vista, efeitos bastante benéficos: apreço pela formação de sua liderança, estudos renovados sobre a pessoa e a obra do Espírito Santo na perspectiva de economia de salvação, resgate de valores carismáticos e pentecostais genuinamente católicos, produção

de considerável acervo literário sobre nossas raízes e nossa identidade pentecostal, e uma consciência cada vez mais clara sobre o nosso papel nessa estratégia de Deus para esses tempos da Igreja... Foi inevitável, nesses tempos, pautar nosso comportamento por um constante estado de defesa e de justificativa da nossa pretensão de sermos “carismáticos”, e católicos!!! Hoje, porém, somos todos chamados a dar um passo além de nossos redutos, de nossas “trincheiras” de nossas muralhas de defesa. É tempo – e a realidade o demonstra! – de passarmos dessa fase pronunciadamente apologética (que até aqui vivemos) e nos dedicarmos, com acentuado impulso e determinada valentia missionária, a uma definida militância apostólica, motivados por tudo aquilo que constitui a identidade com que fomos vocacionados por Deus... No dizer do

cardeal Stanislaw Rilko, “é tempo de pormos em tela de juízo esse ‘cristianismo cansado’ que, ainda que conte com muitos batizados, revela-se um cristianismo de fachada, cheio de implicações e confuso. A essa Igreja de tranquila conservação, devem os movimentos lançar o desafio de uma Igreja missionária valentemente projetada para nossas fronteiras, e ajudar a pastoral paroquial e diocesana a recuperar a combatividade profética e o impulso necessário. Em nossos tempos, a Igreja tem grande necessidade disso. Deve ela se abrir a esta novidade do Espírito”... Em 1975, na primeira vez que o papa Paulo VI se reuniu com representantes da Renovação Carismática, o hino de laudes daquele dia trazia uma frase de Santo Ambrósio que dizia: “Bebamos com alegria da abundância sóbria do Espírito”. Disse então Paulo VI aos presentes que essas palavras podiam ser o programa da Renovação Carismática: fazer reviver na Igreja a época de entusiasmo e de fervor espiritual que

tornou tão vibrante a fé dos primeiros cristãos... A experiência a que denominamos batismo no Espírito (eixo de nossa identidade) tem-se revelado um meio simples e eficaz de se colocar em prática esse programa, pois é uma graça que muda a vida das pessoas (crentes, não-crentes, descrentes, praticantes ou não...). Quando nos apercebemos que a maioria de nossas atividades não são de fato o resultado de uma escuta profética e do direcionamento e da condução do Espírito Santo; quando nos damos conta de que, mais que atividade carismática, temos nos dedicado por vezes a um mero ativismo religioso, que confia mais em nossas próprias forças e prescinde da assistência e do operar do Espírito, é hora de tomarmos consciência da enorme tarefa que ainda nos cabe, e valorizarmos o nosso carisma original. É hora de lutarmos por difundir a espiritualidade e a cultura de Pentecostes – as únicas, segundo João Paulo II, capazes de estabelecer no mundo a civilização do amor. É tempo de tornar o Espírito Santo (com sua obra) mais conhecido e amado, para que se restaure em nossas vidas e

na vida da Igreja e do mundo a soberania do Senhorio de Jesus Cristo, para a glória do Pai! Não precisamos do Espírito para fazer muitas coisas que fazemos na Igreja. Mas nunca será possível haver evangelização sem darmos ao Espírito o protagonismo em nossas ações evangelizadoras. Isto é, sem nos deixarmos por Ele ser possuídos e conduzidos (cf. Paulo VI, E.N. 75). Como aquele punhado de cristãos da Igreja nascente ante o colosso do império romano de então, também hoje a reivindicação da verdade é considerada arrogante e subversiva aos interesses de muitos, e a defesa de preceitos éticos emanados do Evangelho é considerada retrógrada e opressiva. Hora de militância apostólica! Hora de valentia missionária! Hora de combatividade profética! Hora de dizermos como o apóstolo, diante das forças que também hoje tratam de amedrontar e sufocar o cristianismo: “Tudo posso naquele que me dá força!” (Fp 4, 13)....

Reinaldo Beserra dos Reis: “ É hora de lutarmos por difundir a espiritualidade e a cultura de Pentecostes”.

De mãos dadas, os participantes receberam a oração do Conselho Nacional e uniram-se aos carismáticos de todo o Brasil em um forte clamor ao Espírito Santo.

Reinaldo Beserra Reis Coordenador Estadual da RCC São Paulo

Através do Congresso Nacional, Jesus nos deu a oportunidade de atualizar a proclamação de que Ele é o Senhor de nossas vidas. Para realizar essa atualização podemos nos embasar na fala da Igreja pela boca do papa Paulo VI, quando disse, em 1975, aos líderes da Renovação Carismática Católica, “ore para que por meio da efusão do Espírito Santo o testemunho de seus participantes seja perfeito, e possam proclamar na autenticidade de suas vidas diárias que Jesus Cristo é o Senhor”. Através dessa fala, podemos nos questionar como estamos vivendo o Senhorio de Jesus em nossa vida diária. É importante refletir sobre isso, porque, ao proclamar que Ele é o Senhor estamos dando liberdade a Ele de domínio sobre nossa vida; também estamos unindo nossa vida àquilo que Jesus é, e sabemos que Ele é Senhor. Ninguém sem a ação do Espírito Santo consegue fazer esta proclamação na autenticidade de sua vida. Se neste tempo Jesus nos pede para retomar ao Senhorio d’Ele em nossa vida, é sinal que ainda há áreas de nossa vida onde Ele ainda não é Senhor. Percebamos que Jesus está nos trazendo de volta a nossas origens. Quantos de nós talvez já pregaram sobre esse tema, já disseram ter Jesus como seu Senhor, mas a moção do tema deste Congresso nos leva a mergulhar profundamente em nós mesmos e avaliar nossa vida: Jesus é o meu Senhor?

Apoiados na carta de São Paulo aos Filipenses 2, 5ss “Jesus aniquilouse a si mesmo, assumiu a condição de escravo e assemelhou-se aos homens... humilhou-se ainda mais, tornou-se obediente, até a morte e morte de cruz... Deus exaltou o nome que está acima de todos os nomes, para ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos, e toda língua confesse para glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor. Podemos deixar esta palavra nos nortear porque o próprio apóstolo Paulo nos dá o grande exemplo de quem viveu o Senhorio de Jesus em sua própria vida, ele se encontrou com o Senhor e se deixou ser conduzido por Ele, porque este encontro provocou uma mudança total em sua vida, de perseguidor passa a ser perseguido. Paulo O assume como Senhor na autenticidade de sua vida e dá testemunho disso, este é o desejo de Jesus para nós neste tempo. Quem assume o Senhorio de Jesus assume toda dimensão da vida de Jesus. Por isso, não podemos ter medo da cruz. Como RCC, temos um profetismo para viver, uma unção profética, isso só vai acontecer a partir do momento que assumir Jesus Cristo como meu Senhor. Então, este é o momento de deixar evoluir em nós o Senhorio de Jesus. Não é a normalidade do mundo que deve crescer em nós e sim a divindade de Deus que quer crescer em nós. A vontade de Deus para nós é a santidade, e como ser santo sem deixar Jesus ser o Senhor?

com a verdade. Então, assumir o Seu Senhorio é assumir a verdade. Irmãos, se alguém tiver que ficar escandalizado conosco, com o nosso testemunho de vivência no Senhorio de Jesus, que fique! É importante lembrar que o que nos impede de verdadeiramente tê-lo como nosso Senhor é o pecado. Se com tua boca confessares que Jesus Cristo é o Senhor, e se em teu coração creres que Jesus Cristo é o Senhor, serás salvo (Rm 10, 9). Irmãos, é neste tempo ávido de esperança, cheio de discursos pedindo justiça, emprego, valorização, que nós somos convocados a anunciar Cristo Crucificado, a anunciar com nossa boca que Jesus é o nosso Senhor. Enquanto eu não proclamar com minha vida que Jesus é o Senhor, reinará em meu coração a solidão, a tristeza, a angústia. É momento de evangelizar usando o instrumento de nossa vida, esta evangelização será eficaz se Jesus Cristo for o meu Senhor. Quem vive esse profetismo vive a nossa essência que é o batismo no Espírito Santo, e este Espírito Santo nos leva a dar sequência à ação salvífica de Jesus. Outro ponto muito importante, é ver que na palavra de Deus não encontramos nenhuma citação onde os demônios proclamem que Jesus é o Senhor. No entanto, encontramos citações deles assumindo que Jesus é o Filho de Deus, que é o santo dos santos, mas nunca que é o Senhor. Dizer que Jesus é o Filho de Deus, ou o santo dos santos não muda nada o que os demônios são, agora, dizer que Jesus é o Senhor é submeter-se ao Seu governo, é deixar que Jesus governe, domine sua vida e isso eles não vão fazer, mesmo porque o demônio já negou Jesus. A proclamação “Jesus é o Senhor” implica uma decisão em nossa vida, e toda decisão sempre tem uma renúncia. Quando digo Jesus é o Senhor, nego qualquer outro Senhor. Nesta frase há um poder sobrenatural que pode mudar toda situação de nossa vida. É Ele quem vai reinar, vai decidir, dou liberdade para Ele agir. Aqueles que decidem por Jesus como Senhor não se deixam governar pelo dinheiro, pela fama, pela moda, seguem a cultura da vida de Jesus. Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida! Não podemos nos esquecer que ainda neste ano Jesus está nos pedindo um comprometimento

Lucimar Maziero

Coord. Nacional da Comissão de Formação

Pode uma nação nascer em um dia?

Neste ano de 2009, a RCC tem experimentado um verdadeiro derramamento de graças da parte do Senhor. Percebemos que desde o Encontro Nacional de Formação, em Luziânia/GO, muitas têm sido as manifestações do poder de Deus em nosso meio. Naqueles dias de Encontro, diante das promessas que o Espírito inspirava para a RCC do Brasil, uma passagem bíblica, começou a mover nossas intenções, na qual, em profecia, o próprio Deus questiona se uma nação inteira pode nascer em um dia (Is 66, 8b). Fazendo uma analogia com tudo o que a RCC já viveu, desde seu surgimento, e diante de todos os desafios que ainda temos, também nos perguntamos: “pode uma nação nascer em um dia?”

vela que a morte de Jesus nos resgatou da queda original, pois pesou sobre Ele os nossos pecados. Deus tem poder para trazer à existência coisas que não existem. Há poder na cruz de Cristo!

Cremos que a resposta vem da própria cruz do nosso salvador.

Existem, portanto, tempos, momentos especiais na vida dos filhos de Deus, da Sua Igreja, de concretização e sonhos, realizações, feitos e ações destemidas.

A cruz se tornou foco da pregação de Paulo, pois o apóstolo viu, encerrado nela, o profundo mistério da salvação. Aquilo que Jesus alcançou na cruz, aquilo que Ele conquistou, nos foi dado como herança. Somos herdeiros de suas bênçãos e graças! Fomos restaurados em nossa dignidade de filhos de Deus. Com uma teologia bem distante da teologia da prosperidade, sabemos que a conquista realizada por Jesus, através da cruz, é também direito nosso, nossa herança. Quando falamos no poder de Deus, este mistério da cruz nos re-

Jesus, ao restaurar nossa comunhão com o Pai, quis, também, nos presentear com a continuidade de levar às gerações seguintes a pregação do Evangelho. A ordem mais importante que Ele nos deu foi esta: “Ide a todas as nações e pregai o evangelho” (Mc 16,15). A respeito disso, precisamos ter uma visão ampliada. Em João, no capítulo 14, Jesus prometeu-nos a presença permanente do Espírito Santo. De tal forma, que todos os que viessem a crer Nele realizariam obras iguais ou maiores que as Suas.

Pregar, anunciar, ensinar às nações é um propósito muito elevado. E nossos propósitos se tornam elevados quando estão relacionados com aquilo que Deus está mandando fazer. Nesse sentido, precisamos estar atentos ao mover do Espírito Santo, para onde Ele está caminhando.

O papa João Paulo II viu neste período de intensa atividade carismática uma nova primavera para a Igreja. Em encontro recente do ICCRS (Serviço Internacional Monsenhor Jonas Abib, da Comunidade Canção Nova, da RCC), nossa presidente, assistiu à pregação acompanhado de Dom Alberto Taveira. Michelle Moran, nos convidou a refletir sobre isso, lembrando-nos que na primavera ainda nos é proporcionada uma chuva que possibilita o crescimento da planta: “derramarei sobre a vossa terra a chuva em seu tempo, a chuva do outono e a da primavera e recolherás o seu trigo, o seu

vinho e o seu óleo” (Dt 11, 14).

A RCC cresceu expressivamente e tem visibilidade. O Espírito Santo, entretanto, tem suscitado em nossos corações o desejo, o clamor, por esta chuva própria da primavera, que proporciona um novo tipo de crescimento, gerando frutos. A chuva vem de Deus, que abençoa as plantas. Esperar em Deus é uma condição! Não se trata de uma espera passiva, não! A parábola dos talentos, no Evangelho de Mateus 25, nos ensina isso. Deus está forjando homens e mulheres talentosos, que sabem sofrer e esperar Suas demoras; que trazem consigo uma fé expectante, atentos ao mover do Espírito, para onde Ele quer guiar nossas nações, nosso Brasil, nossos estados e regiões. A mão de Deus pode mover-se a nosso favor, sim, pois Ele tem poder! Nossa nação tem vocação e chamado grandes, apesar do desânimo que muitos sentem, diante de tantas coisas negativas que acontecem, como por exemplo a violência e a pobreza que ainda assolam nosso país. No livro de II Crônicas, contudo, temos uma orientação precisa sobre uma condição para que o poder de Deus se manifeste: “se o meu povo, sobre o qual foi invocado o meu nome, se humilhar, se procurar minha face para orar, se renunciar ao seu mau procedimento, escutarei dos altos dos céus, e sararei a sua terra” (II Cr 7, 14). A RCC é um Movimento que traz este vigor, a planta é bonita, vistosa. E você está pessoalmente convidado: venha juntar-se a este exército de homens e mulheres! Venha participar de nossos retiros, conheça um Grupo de Oração; venha fazer uma experiência com Jesus Vivo que um dia transformou nossas vidas!

Nós não precisamos pedir licença para ser aquilo que somos: Renovação Carismática Católica! Estamos vivendo tempos proféticos, e deste nosso Movimento também devem brotar frutos vistosos para colaborarem com a liderança de nossa nação. Não só no âmbito religioso, mas também nos altos escalões da vida do país: devemos estar presentes na economia, política, ciência, etc. Levantemo-nos! Estamos semeando uma nova cultura, um modo de

viver neste mundo. Jesus disse: “levantai vossos olhos e vede os campos que já estão brancos para a ceifa”. Diante da missão que temos, precisamos formar um povo combativo, profético, forte e aguerrido. Dessa forma, nestes tempos que estamos vivendo, poderemos crer e testemunhar que “sim, uma nação pode nascer em um dia”.

Marcos Volcan

Presidente do Conselho Nacional da RCC

UMA CASA PARA A RENOVAÇÃO CARISMÁTICA DO BRASIL Durante sua pregação o presidente da RCC, também deu uma boa notícia a todos os presentes: a Renovação Carismática ganhou um terreno para construir sua sede. Nessa breve entrevista Marcos nos explica a importância dessa aquisição. para a construção da nossa sede. Essa história será contada com mais detalhes em outras ocasiões. Por ora, compartilho essa etapa mais recente: após recebermos a proposta da Prefeitura, a apresentamos ao Conselho Nacional em uma reunião que antecedeu o Congresso. Depois de uma avaliação e discernimento, os conselheiros presentes aprovaram, por unanimidade, a construção de nossa sede nesta região do Vale do Paraíba. R: Presidente, ter uma sede era um sonho antigo do Movimento, que finalmente está prestes a ser concretizado. Como isso aconteceu? Marcos Volcan: Há aproximadamente quatro anos, lançamos de forma oficial, uma idéia que já não era tão nova, ou seja, a de construirmos uma sede nacional para a Renovação Carismática Católica do Brasil. De lá para cá, muitas possibilidades surgiram. Algumas pessoas, sensibilizadas, ofereceram terrenos para este fim. Entretanto, por diversas razões as ofertas não se adequavam às nossas necessidades. Ter este terreno era muito importante, pois nos últimos anos a RCC se organizou para poder dar passos no sentido de construir a sua sede. Nosso Escritório Administrativo, através dos diversos setores, ganhou uma boa experiência: adquiriu equipamentos, adotou sistemas para informatização de nossos trabalhos, reformulou seus departamentos financeiro e comercial e desenvolveu uma nova forma de comunicação. Tudo isso nos dá a segurança de que estamos mais maduros e estruturados para uma missão tão grande. Durante o Congresso Nacional, tivemos a grata oportunidade de comunicar, oficialmente, que uma área de 90 mil metros quadrados nos foi disponibilizada pela Prefeitura de Canas/SP

R: Já há uma perspectiva a respeito do começo da Construção? Marcos Volcan: Temos, agora, diante de nós uma grande tarefa, que exigirá um envolvimento da RCC de todo o Brasil. Um grupo composto por arquitetos e engenheiros já fez um primeiro esboço da planta. Em nossa próxima reunião do Conselho Nacional, em outubro, deveremos conversar e tomar as decisões relativas à construção para, então, desencadear uma ampla campanha de mobilização de recursos para este fim. Louvamos a Deus, pois não se trata apenas de uma construção, mas de uma casa para a Renovação Carismática Católica do Brasil. Estamos convictos de que este local representará e promoverá ainda mais a unidade e identidade de nosso movimento, colaborará com a implantação da Cultura de Pentecostes, ajudará a guardar nossa história e formará nossos membros. Um lugar de bênçãos, onde nos reuniremos e contaremos a nossos filhos e a todos os que ali estiverem as maravilhas do Senhor. Estamos certos de que com as orações e determinação de todos que pertencem à RCC, e com a intercessão de Maria, haveremos de superar os novos desafios. Nossa sede, para glória do Senhor Jesus, haverá de concretizar-se!

O QUE FALTA ÀS TRIBULAÇÕES DE CRISTO, COMPLETO NA MINHA CARNE Racionalmente, não concebemos a ideia de sofrer, moral ou fisicamente. No Evangelho, vemos a figura de Pedro que se amedronta com o fato do sofrimento. Esse mesmo Pedro, que recebeu elogios de Jesus, negou o sofrimento (Mt 16). Notamos que Jesus aproveita nessa ocasião e dá um grande ensinamento aos discípulos e a todos nós: “Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” (Mt 16, 24). Lembro-me que há 17 anos, num retiro, eu via as pessoas aproximandose do altar, onde estava o Santíssimo, para ali ajoelharem-se e declararem publicamente que Jesus era o Senhor de suas vidas. Relutei muito e confesso que foi muito difícil eu dar aquele passo decisivo em minha vida. Eu estava certo de que aquela decisão era pra valer! Quanta alegria... e, depois, também a cruz. Há um ano e 10 dias, eu e minha esposa entramos na UTI do Hospital para liberar o corpo de nossa filha Talita, de 12 anos, que adoeceu e faleceu em apenas seis dias. Foi acometida de uma insuficiência hepática aguda, com edema cerebral. Para espanto dos amigos que estavam lá, entramos naquela UTI cantando “Deus enviou seu filho amado...”.

Já testemunhei em algumas ocasiões que tenho problemas de saúde, já estive à beira da morte, com várias cirurgias, inclusive. Minha esposa tem graves problemas de saúde. Também nossa filha Karoline, que hoje tem 20 anos, é aluna da APAE. Não escreve, não lê e toma, permanentemente, medicamentos fortíssimos. Nas tribulações, nos sofrimentos, nas lágrimas, eu me submeto a Deus. Olhando para minha trajetória de cruz, eu olho para tantos irmãos que também tanto sofrem. O sofrimento passa a ser salvífico quando sabemos tirar proveito dele: não adianta sofrermos murmurando ou cheios de autopiedade, não adianta sofrer por sofrer. Para nós, cristãos, o sofrimento é alimento para nossa espiritualidade. Engana-se aquele que diz assumir o Senhorio de Jesus, querendo viver só nas delícias e nas consolações de Deus! Quem se rejubila no mundo, já antecipou sua recompensa. Santa Rosa de Lima dizia “Fora a cruz, não existe outra escada por onde subir ao céu.” Assim sendo, consola-me saber que a cruz não entra no céu, mas fica do lado de fora. Não adianta corrermos atrás de doutrinas de retribuição ou teologia que só falam de gozo e da prosperidade financeira. Na Igreja, aprendemos

uma doutrina pascal, ou seja, precisamos também nós passarmos “pela paixão – morte – e ressurreição”. O Catecismo da Igreja Católica (2015) nos fala que o caminho da perfeição passa pela cruz. Jesus estabeleceu o seu domínio, do alto da cruz donde nasceu a igreja. Portanto, olhemos para a cruz porque Cristo é o modelo para todos os que sofrem. Amados, convido-os a refletirem sobre os mártires. O que os motivou a darem suas vidas pelos seus ideais? Eles tiveram a coragem de, por exemplo, “desafiar Roma” e declarar publicamente JESUS CRISTO É NOSSO REI E SENHOR! E por essa causa é que eram martirizados e se submetiam a dor e terríveis torturas com alegria, porque faziam tudo na força sobrenatural do Espírito, sem a qual ninguém pode dizer “Jesus Cristo é o Senhor”. Para nós, cristãos, que cremos, há uma esperança! Jesus Cristo carregou a cruz por nós, morreu e ressuscitou e já nos deu vida nova e vida em abundância. Saiamos, pois, do nosso comodismo e vamos anunciar com testemunho de que Jesus Cristo é a verdadeira esperança. Corramos porque há muitas pessoas que contam conosco.

Onazir Conceição Conselho Nacional da RCC-BR

Testemunho de Gloria Polo Na tarde de quinta-feira, os congressistas silenciaram para ouvir o incomum testemunho da colombiana Gloria Polo. Ela falou sobre sua comovente experiência de conversão. Gloria relatou o acidente que sofreu 14 anos atrás: Em maio de 1995, em Bogotá, ela foi atingida por Gloria Polo durante seu testemunho um raio, seu corpo foi queimado por dentro e por fora. Os médicos não acreditavam que ela pudesse sobreviver. A colombiana conta que, neste estado inconsciente, teve um encontro com Jesus. Ela diz que viveu uma espécie de julgamento de todos os seus atos aqui na terra. Nesse estado, Gloria pôde ver claramente todos os pecados que já

havia cometido. Algumas vezes, a colombiana se emocionava ao narrar o que havia vivido. Um desses momentos foi quando falou sobre os abortos que incentivou outras jovens a fazer. Gloria Polo contou que, ao fim desse julgamento, estava para ser condenada à morte eterna, quando clamou por piedade ao Senhor e recebeu d’Ele uma segunda chance. Ela também recebeu uma ordem: teria que mudar radicalmente de vida e testemunhar aos outros sua experiência. Logo após, Gloria saiu do coma e teve uma recuperação milagrosa, surpreendendo a medicina. Cumprindo a ordem recebida, Gloria, hoje, percorre o mundo dando seu testemunho, denunciando a gravidade do pecado contra os mandamentos e alertando as pessoas sobre a necessidade de uma verdadeira conversão.

A história dE conversão de Gloria Polo tocA os corações dos congressistas Acompanhe algumas partilhas: Sônia Aguiar Fontanete, de Três Rios (RJ): “Cumprir os dez mandamentos é a porta estreita pela qual Jesus nos convida a entrar. Eu achei que foi a pura realidade”, considerou. De Coxim (MS), o padre Sergio Marcom destacou: “Eu já havia lido esse livro sobre seu testemunho e essa pregação veio somente para fortalecer esse amor que Deus tem para cada um de nós.”

O grupo de baianos de Salvador resumiu tudo em uma só voz: Salvação!

A coordenadora arquidiocesana de Belo Horizonte (MG), Maria Cecília, disse: “Me senti muito tocada. Isso aconteceu com ela em 1995, já tem O casal gaúcho da cidade de Passo Fundo, 14 anos e continua emocionando do mesmo jeito. Eu creio que vamos Valdomiro e Lourdes Martins, também ficou pensar mais no amor ao próximo, em não pecar e em valorizar Nossa emocionado. “Tudo me tocou o coração Senhora”. diante do sofrimento dela em seu acidente com o raio. Eu chorei”, confessou Valdomiro Obs.: O DVD e CD do testemunho de Glorio Polo estão à e Lourdes complementou: “O que mais me disposição em nosso portal. Quem desejar adquiri-lo pode acessar www.rccbrasil.org.br ou telefonar para (53) 3227 0710. tocou foi o seu encontro com Jesus e a transformação na sua vida”.

Consagração Solene: Um país aos pés do Senhor Jesus Sábado de manhã. Coordenadores estaduais entram no palco com as bandeiras de seus respectivos estados. No centro havia um grande mapa do Brasil. Tinha início um dos momentos mais esperados do Congresso, o momento em que a RCC consagraria o país inteiro ao Senhor Jesus. Beatriz Vargas e Ironi Spuldaro, membros do Conselho Nacional, conduziram este momento e explicaram que se tratava de uma Consagração Solene, “um compromisso assumido diante de testemunhas”. As siglas dos estados estavam coladas no mapa, mas encobertas por um papel. Cada coordenador (ou representante) tinha a tarefa de retirar o papel. Quando todos concluíram, o presidente da RCC, Marcos Volcan, colocou sobre o mapa uma imagem do Sagrado Coração de Jesus. A inspiração de se fazer uma consagração ao Sagrado Coração surgiu em uma Missa celebrada na reunião do Conselho nos dias que antecederam o Congresso. Padre Flávio Jr., coordenador do Ministério para Sacerdotes recebeu uma profecia, na qual o Senhor pedia essa consagração ao Seu Coração.

Dom Alberto confirmou a moção, lembrando que tratava-se de algo providencial, já que o Papa Bento XVI quis dar início ao ano sacerdotal exatamente no dia do Coração de Jesus. E explicou o que significava esse gesto de proclamação solene do Senhorio de Jesus: “Todas às vezes que você proclama que Jesus Cristo é o Senhor, você vai permitindo que essa entrega ocupe espaços do seu coração. Se porventura, pelas limitações e pelo pecado, nós queiramos tomar posse de algum espaço em nosso coração de novo, com nossa resposta, nossa consagração, nossa palavra, nosso sim, ao dizer ‘eu me consagro’, com a Renovação dizendo nós nos consagramos e, nós que somos brasileiros, temos a coragem, a ousadia,

a firmeza, de com a bandeira dos nossos estados, dizer que esta terra pertence ao Senhor Jesus Cristo, que Ele é o Senhor desta terra, nós estamos exercendo um direito nosso: direito de dar esta terra a quem já é dono dela , proprietário, como eu dizia ontem (na homilia), a terra do nosso coração tem dono e a terra do nosso Brasil tem dono, pertence ao nosso Senhor Jesus Cristo!” Beatriz leu uma profecia dada à Renovação Carismática: “Desejo renovar em vossos corações a confiança em mim. Derramo sobre vós a taça da minha Graça e da minha Justiça. Toda tibieza vai desaparecer na fornalha ardente do meu coração.” Ela também proclamou: “Sobre cada um de nós, sobre a RCC, derrama-se a graça de Deus, a Justiça de Deus, que nessa fornalha ardente, a qual estamos nos consagrando, dela é que nos vem toda a força do seu amor, e o Espírito Santo vai nos sustentar durante toda a nossa vida.” Em seguida, de joelhos perante a imagem, cada conselheiro, com a bandeira de seu estado, o consagrou ao Senhor. Por fim, Marcos Volcan apresentou a bandeira do Brasil, diante do Coração de Jesus. Foi um momento de forte comoção. Todos oraram fervorosamente e cantaram, proclamando o Senhorio de Jesus. O que aconteceu na sequência não poderia ser diferente, um grande momento de efusão do Espírito Santo. Era a Renovação cheia do Espírito dizendo, cantando, rezando, proclamando mais uma vez que Jesus Cristo é o Senhor. 10 de Julho: uma data que deve ficar marcada em nossa memória. Após a consagração, as federações unem suas bandeiras em um grande momento de efusão do Espírito Santo, proclamando o Senhorio de Jesus em seus estados e sobre a nação brasileira.

Confira ou reviva este momento, acessando o portal da RCC: www.rccbrasil.org.br

MMomento de silêncio, adoração e oração

Durante o Congresso Nacional, foram diversos os momentos de oração, louvor, adoração. Um povo de braços erguidos, coração contrito, proclamou a grandeza Daquele que é a razão da nossa existência. Línguas confessaram o Senhorio de Jesus, joelhos se dobraram diante Dele. Certamente nossas vidas nunca mais serão as mesmas. A RCC nunca mais será a mesma!

SSantas MMissas

Todos os dias os participantes do Congresso Nacional puderam viver a unidade de forma mais completa através da Celebração Eucarística. Além das presenças de Dom Alberto Taveira e Dom Azcona, havia sacerdotes do Brasil inteiro.

MISSA DE ABERTURA

A Celebração de abertura foi presidida por Dom Alberto Taveira. Durante a homilia, ele aconselhou todos a aproveitarem cada segundo do Congresso. O diretor espiritual da RCC lembrou que todos estavam naquele Congresso com o objetivo de experimentar o seguimento de Jesus: “Começando pelo Bispo, até os que estiverem aqui pela primeira vez, todos estamos na mesma barca como discípulos de Nosso Senhor Jesus”, afirmou.

Em vários momentos ele apresentou questionamentos à assembleia: “O que se faz em um Congresso Nacional?”, e respondeu: “Muita Palavra de Deus, escuta da Palavra, Palavra proclamada, Palavra acolhida, Palavra vivida nos testemunhos que vamos ouvir uns dos outros. Estamos reunidos aqui convocados pela Palavra. Congresso se realiza com oração. (...) esses dias têm que ser como um grande Grupo de Oração, um Grupão”, animou. Dom Alberto ainda pediu que durante os dias de Congresso houvesse, em abundância, o exercício dos carismas: “O Batismo no Espírito Santo é o coração da graça chamada Renovação Carismática Católica. Estamos aqui para pedir e acolher esse Dom, sempre renovado, que nunca se repete, porque Deus é sempre novo, sentir-se-á bem aqui quem estiver aberto para a ação do Espírito Santo de Deus”, disse isso, lembrando que João Paulo II recomendou que a RCC acolhesse os carismas. O Bispo comentou que cada um que ali estava trazia sua história, seus defeitos e suas qualidades, e que o importante era a postura que cada um assumiria, permitindo que Jesus ocupasse todos os espaços, deixando o Senhorio de Jesus ir acontecendo. Sobre o Evangelho do dia (Mt 9, 32-38), lembrou que Jesus disse que era preciso rezar, pedindo mais operários para a messe. “O que é esta messe? É o trabalho que faz com que os homens e mulheres se confron-

tem com Deus.” E lançou um desafio: “Eu quero provocar para todos que estamos aqui presentes, nos tornemos operários da messe do Senhor. (...) Discípulos, missionários, operários, gente de garra, que bota o sangue em tudo aquilo que faz, se assim for, abriremos espaços para que o Senhorio de Jesus aconteça e ocupe muitos corações”. “Você veio aqui para que Jesus seja

Ainda falando soo Senhor de sua vida”. bre o Senhorio, lembrou: “A sua vida deve ser ocupada pelo Senhorio de Jesus, Aquele diante do qual todo joelho se dobra. (...) O que é necessário ainda fazer para que as terras do seu coração sejam ocupadas por esse Senhorio de Jesus? É só Nele que encontramos a liberdade, a felicidade plena só se encontra Nele. Quando você faz a oblação da sua liberdade para o seguimento de Jesus, você se torna mais gente, mais homem, mais mulher, se torna feliz, realizado”. Dom Alberto ainda exortou todos a buscar a confissão, principalmente daqueles pecados que impedem que Jesus seja de fato o Senhor. “Por que você veio aqui?”, perguntou, finalizando a homilia. “Você veio para que o Senhor lhe dê um novo ardor, novo impulso, (...) faça a experiência da oblação, da entrega da sua vontade, liberdade, agora, não no sábado, no fim do congresso!” E continuou: “Você veio aqui para que Jesus seja o Senhor de sua vida”.

QUARTA-FEIRA Na quarta-feira, os congressistas participaram da Missa do Clube da Evangelização da Canção Nova, presidida por Dom Alberto Taveira e co-celebrada por Dom Azcona, da prelazia do Marajó e demais sacerdotes que faziam parte do Congresso.

Para ilustrar a limitação da ação do mal, Dom Alberto começou sua homilia citando a história de José do Egito. “Deus é capaz de tirar o bem de qualquer mal que possa ser feito. Deus até utiliza as brechas de nossas fraquezas para entrar bem dentro do nosso coração”. “Quem é o Senhor da história?”, perguntou. “É Deus. Estamos proclamando nesses dias com toda força: ‘Jesus Cristo é o Senhor’! Ele é o Alfa e o Ômega; Primeiro e Último, é o Senhor da história e a última palavra a ser pronunciada na história, quando o Senhor voltar, essa última palavra vai ser pronunciada por Deus”. E reforçou: “O mal não tem o mesmo peso, valor do que o bem. O maligno não tem uma força maior, nem igual, a Deus. Ele é o Senhor da história, da vida. E Ele tem o poder sobre as forças da natureza, sobre as enfermidades, sobre a história. Mas é misteriosa a Sua presença”. Dom Alberto falou sobre acontecimentos que não entendemos e que dão a impressão que Jesus “dorme na barca”, e que, no entanto, tem um sentido salvífico. “Deus é o Senhor das nossas vidas. Deus vai conduzindo a história. (...) Ele continua conduzindo misteriosamente numa estrada de salvação”. E continuou: “Para que o verbo de Deus se fez carne? Para justamente entrar nessa his-

Sacerdotes impõem as mãos sobre os participantes do Congresso

tória de salvação. Mas Deus nos surpreende.” E exemplificou com algumas atitudes de Jesus, não esperada para o Messias, como entrar em Jerusalém em um burrinho, comer com pecadores, lavar os pés dos discípulos, tocar pessoas - que naquela época eram consideradas impuras - e escolher homens simples e falhos para serem seus seguidores. Citou a fraqueza de alguns discípulos (negação de Pedro, traição de Judas, dúvidas de Tomé, interesse por cargos de João evangelista), dizendo que parecia que Jesus tinha um defeito: “Péssimo gosto para escolher seus discípulos.” Depois de dizer isso, fez uma observação: “Vou corrigir, o que acabei de dizer, Deus não tem um péssimo gosto, Deus tem um gosto apurado. Porque todos nós, os apóstolos - inclusive Judas nós somos tocados pelo infinito, pela eternidade do amor de Deus por nós. Você foi amado por amor de preferência , por amor escandalosamente grande, foi amado profunda e seriamente”. Mas, quem experimenta esse Amor deve assumir um compromisso sério, explicou: “Todos nós recebemos uma missão de não deixar o mundo, as pessoas, os corações, a vida do mesmo tamanho. (...) Nós somos muitíssimos ricos, ainda que pobres de dinheiro; todos que aqui se encontram têm muito a oferecer!” E pediu a todos que assumissem a responsabilidade de nadar contra a correnteza, tendo coragem, força e ousadia para ser diferente. “Cristão que faz a experiência da RCC não tem o direito de ser água parada. Há de ser fonte, fonte!”, alertou.

que aqueles homens antes frágeis, pecadores, inseguros, em Pentecostes, ao receber a efusão do Espírito Santo, se tornaram corajosos, fortes e ousados até o martírio e salientou que os seguidores de Jesus devem ter uma paixão: O Reino de Deus! “Não o meu reino, não o reino das minhas manias, dos meus gostos pessoais, não o reino do meu dinheiro, não o reino da corrupção, não o reino da mentira, mas ‘O Reino’, Reino de Deus, da Verdade, da Justiça, do Amor, da graça!” Na sequência pediu que todos pensassem sobre os dons recebidos do Senhor. “Tudo que você recebeu Dele faz parte do tesouro da Igreja. Essa riqueza não de coisas matérias, mas de bens espirituais a serem postos em comum para construir o reino de Deus, para que a Igreja se espalhe e cresça”. Para finalizar ele pediu que todos entregassem os dons que tinham nas mãos dele, e explicou a razão desse pedido: Para quê? Para que nós proclamemos quem é o Senhor do que você recebeu. Tudo que você tem pertence a Ele e deve servir para a gloria Dele e deve servir para construir o Reino de Deus. Proclame o Senhorio de Deus sobre o que você tem, não seja proprietário de nada, se não você vira água parada. Deixe que tudo circule, tudo seja posto à disposição do Senhor e da sua Igreja. É um outro passo nessa história do Senhorio de Jesus que estamos percorrendo nesses dias”, concluiu.

Voltando a falar sobre o comportamento dos apóstolos, recordou

Marineide B. Soares, coord. estadual do Piauí e ao lado Pe. Roger da comunidade Canção Nova

Dom Azcona durante a Celebração Eucarística

QUINTA-FEIRA A Missa de quinta-feira foi presidida pelo Bispo da Prelazia do Marajó, Dom José Azcona. Partilhando as dificuldades da Ilha do Marajó, o Bispo fez uma referência ao livro do Gênesis que descreve o assassinato de Abel: “Hoje nós não temos nos importado com nossos irmãos assim como Caim não se importou com Abel! Onde está o teu irmão?”, questionou, chamando a atenção sobre a responsabilidade de todos os cristãos com o sofrimento no mundo. Principalmente em relação à injustiça social. Como de costume, D. Azcona lembrou o valor da cruz, e criticou a tendência que tem predominado em muitos meios de se anunciar o

Evangelho sem a cruz de Cristo. Dom Azcona incentivou toda a Renovação Carismática Católica do Brasil a voltar às origens do Pentecostes, quando os apóstolos pregavam com manifestações visíveis do poder do Alto, com milagres, sinais e prodígios. Profético, como sempre, denunciou autoridades que têm tentado implantar a cultura de morte em nosso país, principalmente através de leis e iniciativas que vão contra os valores do Evangelho.

SEXTA-FEIRA

Após a Homilia, Dom Azcona conduziu o momento das preces pedindo ao Espírito Santo que suscitasse na Renovação Carismática Católica mártires e profetas, e que renovasse os prodígios de Pentecostes, e que fosse derramado o Dom do Amor sobre toda a RCC.

O Bispo também falou do que significa declarar o Senhorio de Jesus: “Dizer que Jesus é o Senhor, ser discípulo dele, significa dizer a você mesmo e a quem quer que interesse: ‘essa terra do meu coração tem dono! Ele é o Senhor! Ele é o proprietário! Quando a Virgem Maria recebeu o anúncio do Anjo e disse ‘eis aqui a serva do senhor’, ela perdeu toda a possibilidade de decidir qualquer coisa fora do plano de Deus’”.

Dom Alberto Taveira presidiu a Santa Missa da sexta-feira. Sua homilia foi centrada no tema “discípulos missionários”. O Bispo começou falando sobre a importância do testemunho de vida: “As pessoas desejam seguir mais quem é testemunha do que quem é mestre, e quando seguem os mestres é porque esses mestres também dão testemunho.” E questionou: “Alguém tem vontade de percorrer o rastro que você deixa? (...) Aquele que é discípulo de Jesus se encontra com a luz e não tem medo dessa luz, deixa que as trevas sejam iluminadas. Deixando-se iluminar, essa pessoa se torna também como o Evangelho pede: luz, sal, fermento. Essa pessoa marca os lugares, as outras pessoas e os acontecimentos.”

Ainda falando sobre a importância do testemunho, lembrou que aquele que segue Jesus não suja suas mãos com a iniquidade, nem usa as mesmas armas do mundo, mas esclareceu que ser reto não significa ser tolo e que a simplicidade deve estar aliada à inteligência e à prudência. Por isso aconselhou todos a serem competentes em tudo que fizerem e disse que pediu a Jesus - como uma graça especial da Missa que estava sendo celebrada - a perseverança para todos, sem exceção, até o fim: “Queremos ter a alegria de um dia no céu podermos olhar uns para os outros, dizendo ‘valeu aquela Missa para podermos perseverar até o fim. Povo de discípulos, povo de escuta da Palavra, povo de missionários, povo de inteligência, de coração, de sobriedade, de retidão. É este o povo que a RCC é chamada a formar, conduzido nada menos do que pelo Espírito Santo de Deus”.

E, na sequência, explicou as condições para quem deseja ser, de fato, discípulo: “É deixar tudo, colocar em segundo plano a sua vida, a sua família, seus afetos, os seus bens, a sua própria vida. O discípulo se dispõe a derramar o seu próprio sangue, como Nosso Senhor Jesus Cristo.”

Após a homilia, Dom Monsenhor Jonas Abib: devemos ser sal e luz no mundo Alberto chamou os padres da Canção Nova para que orassem. Monsenhor Jonas Abib encerrou este momento pedindo que todos fossem de fato sal e luz, num mundo de trevas.

Robério Cavalcante da Ponte, coordenador estadual do Ceará e Taciano S. Nascimento, coord. estadual da Bahia

MISSA DE ENCERRAMENTO O Congresso Nacional foi encerrado com a Santa Missa, presidida por Dom Alberto Taveira. Em vá rios momentos ele relacionou a vida da RCC com a do Santo que celebrava-se naquele dia: São Bento. Aos membros da RCC, deixou uma missão: a vida de comunhão dentro do Grupo de Oração e a busca constante de formação. Dom Alberto começou a Liturgia recordando os apóstolos, lembrando que aqueles homens, antes temerosos, ao receberem o Espírito Santo se transformaram “em pregadores ardorosos da Palavra”. Salientando, em seguida, que hoje somos nós os escolhidos por Jesus, e que Ele nos deu responsabilidades. Aos que sentem medo diante da missão, consolou: “O Senhor não nos abandona. No nome de Jesus podemos vencer tudo. O mandato foi dado também a nós, de irmos até os fins da terra. Não nos faltam referências e modelos.” Ao dizer isso, Dom Alberto citou como modelo São Bento, patrono da Europa, falando rapidamente sobre a experiência do Santo. Com menos de vinte anos, São Bento resolveu se isolar para viver seu “embate pessoal de descoberta de Deus”. “Ele ensinou que nada deve antepor a Cristo. Nada antepor é dizer ‘Jesus Cristo é o Senhor!’ Que nada passe a frente Dele, nenhuma outra coisa seja preferida no lugar de nosso Senhor Jesus Cristo. São Bento viveu uma experiência de soli-

O Arcebispo aconselhou que ninguém dão - não de afastamento - mas de solidão habitada por Deus. E isso é que faz sentido. Essa solidão deixasse para a “última hora” para fazer seu experimentada por São Bento é digna! Essa soli- “confronto com Deus”: “Quem, neste Congresdão habitada por Deus, atraiu outras pessoas e a so, não fez isso, gastou tempo e dinheiro. Quem veio aqui para passear, volta triste para família cresceu!”, casa. explicou. ‘Pode-se construir Pode voltar preenchido de Deus, uma nação num dia’, feliz da vida, aquela pessoa que levou a E seguiu: perguntava o Marcos sério. (...) ‘Pode-se construir uma nação “Quando você (em sua pregação), e descobriu a graeu pergunto: pode se num dia’, perguntava o Marcos (em ça da Renovação construir um homem e sua pregação), e eu pergunto: pode se construir um homem e uma mulher num Carismática Catóuma mulher num dia, dia, num Congresso? Sim, a construção lica, certamente num Congresso? Sim, acontece quando você experimenta essa você teve que dar a construção acontece profunda realidade da efusão do Espírito um passo pessoal, quando você experiSanto. e não serão poucos menta essa profunda E o primeiro fruto é você proos momentos na realidade da efusão do clamar o Senhorio de Jesus e essa prosua vida em que Espírito Santo. clamação realiza a sua existência. Volte você será chamado a se defrontar com o seu Senhor. Afinal o que você quer, o que você procura, aonde você quer chegar? Essa resposta é pessoal! Muita gente vai passar toda sua existência sem se confrontar com essa pergunta!”

para casa com a marca desse encontro pessoal com o Nosso Senhor”, ensinou. “Você precisa ter coragem de levar esta experiência do chamado do Senhor, do toque da sua graça em sua vida”, completou Dom Alberto.

acolhe quem está bem, quem está mal, gente começando, com formação, e isso é muito bonito”. E reforçou a vocação do Movimento: “Seguir a Jesus e proclamar o Senhorio Dele, vivendo em comunidade. Sejam a porta da catequese, da formação, especialmente para muitos jovens e adultos. Chame as pessoas para a Igreja, por favor! Vocês vão encontrar muita gente que não recebeu os Sacramentos. Pessoas que estão sem o Batismo, Eucaristia, Crisma. (...) Gente que nunca leu a Bíblia, que vai precisar de você, de sua palavra, testemunho. (...) O medo se vence porque caminhamos juntos em comunidade. A busca sincera pela formação: RCC como eco da Palavra de Deus e Palavra da Igreja para chegar aos mais distantes.

Na sequência, falou sobre a importância de vivermos o seguimento a Cristo em comunidade, dando como exemplo, dentro das realidades da Igreja, a RCC: “Uma das coisas que mais me impressionam na Renovação é que ela é uma graça coletiva comunitária. A comunidade básica da RCC se chama Grupo de Oração. Não tenha medo do seu Grupo, não fuja dele, não queira ser carismático estrela, seja carismático comunhão! Para isso foi a experiência de São Bento! Logo, muitas pessoas uniram-se a ele. A experiência da Igreja também é comunitária, é de crescimento no relacionamento com os outros. Superar o isolamento, ter com quem partilhar, para que você vença seus defeitos pessoais, suas manias. Para purificar essa rede de relacionamentos da RCC, do ciúme, das invejas, dos interesses”, exortou. Na continuidade, deixou uma missão para quem participou do Congresso: “Não se isole, descubra a força da comunhão, a força do Grupo de Oração, do relacionamento”. Dom Alberto ainda pediu que todos buscassem constante formação. Ao dar essa tarefa, disse que considerava a RCC como a “porta mais aberta dentro da Igreja”, por acolher pessoas de todos os jeitos: “A RCC

E concluiu, voltando a referir-se a São Bento. “O resumo do carisma beneditino está em duas palavras ora et labora - reza e trabalha! Rezar e trabalhar! A RCC tem uma vocação de oração, nossos grupos de oração, não são grupos de discussão, estudo, são, em primeiro, lugar de oração profunda. RCC, intensifique sua vida de oração, especialmente a sua vida com a Bíblia e a partir da Bíblia! É o nosso tesouro! (...) No primeiro dia (de Congresso) o Evangelho nos pedia operários para a messe. E é assim que eu quero terminar, pedindo a vocês, que vieram, para concretizar a belíssima consagração que fizemos há pouco. Que todos saiam daqui como operários, como trabalhadores, servidores, com espírito apostólico, com coragem, não gente desanimada. E que você saiba glorificar ao Pai do céu, proclamando na sua vida, comportamento e palavras este Senhorio de Jesus. Deus nos reuniu para proclamar de novo que ‘Ele é o Senhor’, Ele já é o Senhor, mas era preciso que O acolhêssemos de novo. E a Renovação, voltando às suas fontes, possa sair deste Congresso com novo vigor, nova disposição para servir a Jesus Cristo, glorificar ao Pai e deixar-se conduzir pela ação do Espírito Santo. Programe sua vida com essas perspectivas de missão que o Senhor nos suscitou no dia de hoje”, disse, finalizando a homilia. Sacerdotes durante celebração da Santa Missa de encerra mento do XXVIII Congresso Nacional

Todos os dias, a exemplo do que ocorreu no Encontro Nacional de Formação, em Luziânia/GO, foram apresentados projetos que mostram ações concretas de evangelização da RCC Brasil. Projetos que estão sob a responsabilidade do Escritório Nacional

RCC EM MISSÃO: Celebrando Pentecostes Na manhã de quarta-feira, Reinaldo Beserra, Ironi Spuldaro e Lázaro Praxedes apresentaram uma série de atividades desenvolvidas pela Renovação Carismática Católica, cuja finalidade é difundir no mundo a Cultura de Pentecostes. “Nós temos uma tarefa que nos diferencia, a de ser rosto e memória de Pentecostes”, lembrou Reinaldo. E questionou: “O que nós estamos fazendo para ser sinal de Pentecostes neste mundo?” Reinaldo Beserra passou a falar da vida da beata Elena Guerra, explicando o papel que a beata teve na retomada da devoção ao Espírito Relíquias da Beata Elena Guerra acompanham a caravana.

Santo. Elena escreveu ao Papa Leão XIII, sob inspiração de Jesus, pedindo que o Sumo Pontífice incentivasse o culto ao Espírito. As cartas escritas por ela ao Papa foram traduzidas para o português e publicadas pela editora da RCC Brasil. As relíquias de Elena Guerra foram introduzidas no palco. Essas relíquias estão percorrendo o Brasil através do Projeto Celebrando Pentecostes em sua diocese. Uma caravana que está visitando, como o nome indica, dioceses do Brasil. Lázaro Praxedes, coordenador do Ministério de Pregação, faz parte desta caravana e nos explica, no texto abaixo, qual a proposta desta iniciativa: Na Vigília de Pentecostes, em 29 de maio de 2004, o papa João Paulo II, dirigindo-se à Renovação Carismática, disse: “Graças ao movimento

As lideranças da RCC Brasil apresentaram a vida da Beata Elena Guerra e sua importância no movimento carismático

Carismático Católico tantos cristãos, homens e mulheres, jovens e adultos, têm redescoberto Pentecostes como realidade viva e presente em sua existência cotidiana. Desejo que a espiritualidade de Pentecostes se difunda na Igreja, como um renovado salto de oração, de santidade, de comunhão e anúncio”. O Projeto Celebrando Pentecostes em sua diocese nasceu com este propósito: difundir a

Participantes do XXVIII Congresso Nacional participam de momento de oração

espiritualidade de Pentecostes, levando assim um grande avivamento espiritual a todas as dioceses do Brasil.

Neste momento inicial do projeto, fazem parte da “Caravana Celebrando Pentecostes”: Reinaldo Beserra, Marcos Volcan, Ironi Spuldaro e Lázaro Praxedes. Acompanhada das relíquias da Beata

Elena Guerra, esta caravana tem percorrido várias dioceses do Brasil, proporcionando a todos que têm participado dos eventos realizados nas dioceses momentos intensos de oração, formação, pregações, conhecimento dos projetos da RCC Brasil e, acima de tudo, uma experiência única e pessoal com Jesus Cristo ressuscitado através do Batismo no Espírito

Santo. São numerosos os testemunhos de graças alcançadas nas dioceses que sediaram o projeto, entre elas: Caxias do Sul, Vitória da Conquista, Governador Valadares e São José do Rio Pardo. Os principais assuntos que têm sido abordados são: Identidade e História da RCC Brasil, Importância da Beata Elena Guerra para o pen-

tecostalismo, Unidade, O Senhorio de Jesus, Importância do uso dos carismas, Grupo de Oração, Projetos de Evangelização da RCC e muito mais. Para mim, tem sido uma grande alegria fazer parte desta caravana, pois, de fato, tenho visto este texto da Sagrada Escritura se cumprir: “Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou, tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam”. Cada diocese, com sua particularidade, está sendo impactada pela graça de Deus. Sou testemunha das curas, conversões, unção, quebra de barreiras que impediam a unidade, e muitas outras graças que Deus tem realizado.

Lázaro Praxedes

Coordenador Nacional do Ministério de Pregação

Caso sua diocese queira sediar este projeto, entre em contato com o Escritório Administrativo da RCC Brasil pelo telefone: (53) 3227-0710.

RCC EM Missão: MISSÃO Marajó Muitas pessoas se emocionaram ao conhecer, através de um vídeo apresentado no fim da manhã de quinta-feira, o trabalho que a RCC está desenvolvendo na Ilha do Marajó, no Pará.

A Coordenadora da Comissão de Comunicação da RCC Brasil, Lúcia Zolin, apresentou um vídeo que mostra a dura realidade enfrentada pelos marajoaras

Em abril deste ano, uma equipe do Escritório Nacional da RCC passou uma semana na cidade de Breves, na Ilha do Marajó, onde a RCC Brasil tem uma base missionária para fazer a gravação. A reportagem, feita pela coordenadora da Comissão de Comunicação, a jornalista Lúcia Zolin, mostrou a realidade de pobreza em que vive boa parte dos moradores da periferia do município e nas comunidades ribeirinhas. O vídeo também registrou atividades dos missionários da Renovação Carismática (confira acessando o portal da RCC www.rccbrasil.org.br). Foi uma produção feita sem recursos, com equipamentos amadores, mas que apesar disso consegue revelar a situação de miséria em que vivem nossos irmãos, e porque a presença da Renovação naquelas terras é tão importante.

O bispo da Prelazia do Marajó, Dom José Azcona, participou deste momento de apresentação e, ao falar sobre a missão, mencionou os ensinamentos de Jesus: “Quando ajudamos os mais necessitados, o Senhor sempre nos responderá, pois ‘cada vez que fizestes o bem a algum dos meus pequeninos, foi a mim que o fizestes’”, lembrou. “Jesus é Rei no pobre, no pequeno, no abandonado. Ali, Ele é Rei. Ali, Ele é o Senhor”, continuou.

As missionárias do Projeto Amazônia, Eloisa e Virtes, partilharam no Congresso sobre a experiência no Marajó.

As dificuldades enfrentadas pelos marajoaras - entre elas a falta de sacerdotes -, o relato dos missionários e a forma como a RCC está ajudando a transformar a vida daquele povo, comoveram os participantes, que acompanharam atentamente cada cena do vídeo. Ao final da apresentação do vídeo, todos cantaram a música Alma Missionária, canção rhema do projeto e todos foram convidados a assumir um compromisso com aqueles irmãos tão abandonados. “O Marajó precisa da RCC. Ajude com coração e alegria, sem pena, nem constrangimentos, com o coração, melhor, dê o seu coração. Entregue seu coração, porque não vai faltar o pão na sua mesa”, disse Dom Azcona, fazendo um apelo aos congressistas para ajudarem o Projeto Amazônia. “Precisamos de coração aberto, doar-se por si mesmo, pela missão, pelo projeto que está no coração do Pai e que vive como verdade no coração dos filhos e filhas d’Ele”. As missionárias Virtes Romani e Eloisa Paveukiewicz, que participaram do Congresso, falaram sobre a experiência no Marajó: “Apenas três missionários (no começo), mesmo sem recursos financeiros, e o Senhor fez maravilhas. Hoje temos seis missionários e podemos ampliar nossa missão. Faço um grande apelo a você que tem a oportunidade de receber Jesus Eucarístico, de comungar uma vez por semana. Eles esperam 365 dias para receber Jesus. Faltam sacerdotes, faltam leigos que ajudem. Nós temos um projeto chamado João Batista, mas precisamos de um barco para visitar os ribeirinhos mais distantes. Está acontecendo o Pentecostes naquela comunidade e tenho a certeza que vai atingir toda a Ilha do Marajó”, testemunhou, emocionada, Virtes.

Para obter mais informações sobre a missão entre em contato conosco pelo e-mail: missao.marajo@rcc brasil.org.br, ou pelo fone (53) 3227-0710

Resultado da Campanha O Escritório Nacional, através do Portal da RCC e de boletins eletrônicos, lançou uma campanha de arrecadação destinada às pessoas que iriam participar do Congresso. A finalidade era arrecadar donativos para o Marajó. Num gesto concreto de amor, muitos irmãos corresponderam ao apelo e levaram algum tipo de doação para o Congresso. Foram arrecadadas mais de 50 caixas com doações de brinquedos, roupas, calçados, materiais de higiene e até instrumentos musicais. O sucesso da campanha foi tamanho que será possível organizar uma brinquedoteca para as crianças atendidas pelos missionários. Que o Senhor abençoe a todos que colaboraram.

Na manhã de sexta-feira, o Diretor Executivo do Escritório Nacional, Márcio Zolin, apresentou o projeto que tem por finalidade dar sustentação aos projetos de evangelização da Renovação Carismática, o Eu Amo a RCC.

Márcio Zolin começou falando sobre a importância do Grupo de Oração e de todos cultivarem os sonhos de Deus: “Não há como dizer ‘sim’ ao chamado missionário, se não tivermos o sonho de Deus gravado em nossos corações”. E lembrou que o Grupo de Oração é mais um ambiente de missão: “Não tem como falar da missão, sem falar do Grupo de Oração, porque toda missão nossa parte do Grupo de Oração. Nós precisamos acreditar que o nosso Grupo é lugar de missão; e, mais ainda, que os milagres de Deus estão acontecendo e podem acontecer no nosso Grupo”, incentivou o diretor.

te, mas não assumiram, ainda, um compromisso, de fato, com o Movimento. Os efetivos são todos que participam ativamente, frequentam grupos todas as semanas e estão envolvidos com a Renovação, de uma forma muito concreta. Há uma estimativa de que, hoje, no Brasil, haja em torno de 10 milhões de membros afetivos e um milhão de membros efetivos. São, aproximadamente, 20 mil grupos de oração.

Márcio apresentou estatísticas que dão uma noção sobre a realidade da RCC. Ele diferenciou os membros “afetivos” dos “efetivos”. Afetivos seriam todos aqueles que simpatizam com a Renovação, participam de eventos, vão aos grupos eventualmen-

Foi, então, que Zolin explicou a proposta do Projeto Eu amo a RCC. Este Projeto foi lançado durante o Encontro Nacional de Formação, em Luziâ-

“Eu faço uma pergunta para você que está aqui, e para você que está em casa: que membro você é ? Afetivo ou efetivo?”, questionou.

O presidente do Conselho Nacional e o coordenador nacional do Ministério Jovem seguraram juntos a bandeira do Brasil

nia/GO, este ano (para mais informações acesse o portal da RCC: www.rccbrasil.org.br, ou ligue para o Escritório Nacional, (53) 3227-0710). A ideia é unir carismáticos do Brasil inteiro que assumam o compromisso com os trabalhos de evangelização da Renovação, efetivamente. E animou: “O Senhor quer suscitar uma geração de homens e mulheres, um exército, que se levante para lutar pela RCC, que tenha coragem de bater no peito e dizer ‘eu sou RCC, eu amo meu Grupo de Oração!’”. Ao dizer isso, leu a Palavra rhema do Projeto: “Eis o que diz o Senhor a Ciro, seu ungido, que ele levou pela mão para derrubar as nações diante dele, para desatar o cinto dos reis, para abrir-lhe as portas, a fim de que nenhuma lhe fique fechada. Irei eu mesmo diante de ti, aplainando as montanhas, arrebentando os batentes de bronze, arrancando os ferrolhos de ferro” (Is. 45, 1-2). “Esta passagem, Deus deu não somente para o Escritório Nacional! Essa Palavra é para toda a RCC, para todas as coordenações estaduais, diocesanas, de grupos. É para cada um de nós! O Senhor deu essa Palavra quando estávamos na frente do Santíssimo, chorando as necessidades que enfrentávamos naquele momento. A Renovação precisava dar passos, mas não conseguia por dificuldades financeiras. Em muitas

que, ao longo dos anos, têm se doado para a evangelização e estão a serviço da Renovação : “A juventude é uma resposta à fidelidade de vocês, temos aqui uma juventude que ama a Renovação, e nós queremos nos desgastar por esse Movimento, onde tivemos a graça de conhecer Jesus.” Enquanto a juventude se aproximava, o Ministério de Música cantava a música “Aonde mandar, eu irei”. “Aonde mandar eu irei! Essa é a nossa resposta, essa é a nossa resposta à Igreja....(...) nós não vamos recuar!”, proclamou Márcio.

Coordenadores estaduais subiram ao palco para receberem, de seus jovens, as bandeiras dos estados brasileiros, simbolizando o compromisso da juventude carismática com o Movimento

realidades nossos coordenadores não têm conseguido cumprir sua missão, e têm estado com seus olhos fora do foco, que é a evangelização, a difusão da Cultura de Pentecostes, porque não conseguem cumprir o seu chamado, justamente, pela falta de recursos”, explicou. No aspecto financeiro, o projeto prevê a mobilização de 1.000 (mil) pessoas que se comprometam por um ano com um pagamento de R$ 100,00 (valor mínimo). Esses recursos têm como destino o Escritório Nacional e os Escritórios estaduais, para os serviços e projetos de evangelização. Até a data do Congresso, 41 por cento dos carnês já haviam sido distribuídos.

O presidente do Conselho, Marcos Volcan, segurando a bandeira do Brasil, explicou a moção daquele momento: “Porque amamos o Senhor, amamos nossa nação, e é bom amar nosso país num tempo que tantas coisas o desprestigiam. Somos um povo que tem civismo, que ama essa nação, que não ama só pelos seus valores culturais, mas pelos valores da fé.

Ao falar sobre a questão financeira, Márcio fez questão de esclarecer que esse comprometimento é importante, porque os recursos são necessários, mas que amar a Renovação Carismática, não se limita a contribuições em dinheiro: “Comprometimento não depende apenas de nossos recursos, mas significa colocar as nossas vidas a serviço da Renovação. O Senhor está te chamando, porque Ele não quer que fiquemos de cabeça baixa, escondidos, pedindo licença para ser Renovação Carismática. O Senhor quer que tenhamos a coragem de também depositarmos a nossa vida, a nossa juventude, apresentarmos os dias que temos de nossa vida, para que Deus, através de nós, cumpra essa missão”.

Nossos pais chegaram e plantaram uma bandeira. Somos conhecidos como a Terra de Santa Cruz, e nós não aceitamos que dilapidem os bens que foram plantados por homens e mulheres de fé.

O diretor do Escritório também citou o presente que a RCC ganhou do Senhor, terreno na cidade de Canas, no Vale do Paraíba/SP, para a construção da sede do Movimento (que vai viabilizar o tão sonhado Centro Nacional de Formação). E pediu o envolvimento de todos para que a obra, de fato, se concretize. “Isso só vai acontecer se assumirmos nosso lugar: Nós estamos tomando posse da terra prometida, fincando nossos pés na terra e nós não vamos recuar, nós vamos avançar como um imenso exército de apóstolos da efusão do Espírito Santo”, disse, referindo-se não somente ao terreno, mas a todo trabalho de evangelização da Renovação.

A seguir foi levantado um grande louvor ao Senhor pela nação brasileira. E, ao som da canção que convida à missão, bandeiras dos estados coloriam o palco. Uma cena que vai ficar gravada no coração de quem a presenciou.

A seguir, jovens com bandeiras de seus estados foram chamados a subir no palco e entregá-las aos coordenadores estaduais, simbolizando o comprometimento da juventude carismática com o Movimento. Márcio explicou que o grande número de jovens comprova que Deus honrou a fidelidade de todos aqueles

Essa geração de carismáticos ama o Brasil, os valores da fé, ama sua Igreja, suas raças, ama os povos que aqui estão e vieram de todos os cantos do mundo e que formam suas diferentes etnias. Somos uma nação rica em recursos, rica em homens e mulheres que é o melhor que temos, que são nossas gentes.”

Se você quiser conferi-la ou revê-la, acesse o portal da RCC: www.rccbrasil.org.br. Um grande louvor ao Senhor tomou conta do Centro de Evangelização, enquanto as bandeiras eram seguradas pelos coordenadores

Celebrando Pentecostes ao vivo Na noite de quinta-feira (09), houve a apresentação, ao vivo, diretamente do Congresso Nacional, do programa Celebrando Pentecostes. O programa foi apresentado por Lázaro Praxedes e Ironi Spuldaro. Eles receberam vários convidados que falaram sobre as atividades que a RCC está desenvolvendo por todo o Brasil. O programa foi animado pelo Ministério de Música Eterna Aliança, de Pelotas/RS, e pelo cantor Eros Biondini. O programa teve quase duas horas de duração, e, além das partilhas, foi marcado por momentos de oração e proclamação do Senhorio de Jesus.

Lázaro Praxedes, Beatriz Vargas e Ana Cássia Pandolfo - Ao lado, juventude participa do programa ao vivo

Noite CARISMÁtica

Música Muitos ministros de música da RCC estiveram presentes no Congresso Nacional, participando do evento, ou servindo através do talento que Deus lhes deu, como na noite artística. O Ministério Raio de Luz, de Maringá/PR, ficou com a missão de conduzir a música durante todo o Encontro.

Já o Ministério Eterna Aliança, de Pelotas/RS serviu, ministrando as músicas no programa Celebrando Pentecostes, ao vivo e, também, nos programas que foram gravados. O Eterna Aliança gravou a música tema do Congresso: Jesus é o Senhor. Todos os direitos foram cedidos à RCC. A todos os músicos fica o agradecimento. Sem dúvida a presença de vocês deu o tom da unção que marcou esse Congresso. Deus seja louvado pelo Dom de todos vocês! Ministério Raio de Luz anima o XXVIII Congresso Nacional Momentos que animaram a última noite do XXVIII Nacional da RCC Brasil

A última noite do Congresso Nacional 2009 foi artística, com shows de bandas da RCC do Rio de Janeiro e São Paulo e apresentação de dança do Ministério Raio de Luz, de Joinville (SC); além do show de Eros Biondini e dos membros da Canção Nova, Ricardo Sá, Pe. Cleidimar e Nelsinho Corrêa. O Ministério de Música Eterna Aliança cantou a música tema do Congresso, Jesus é o Senhor, que foi composta por Leonardo Vergara, guitarrista da banda. O animado público, de aproximadamente duas mil pessoas, acompanhou as apresentações no “Rincão do meu Senhor”, na sede da Comunidade Canção Nova.

GGrupo de Oração Tesouro de Deus: Grupo de Oração no XXVIII Congresso

Foi realmente uma grande inspiração de Deus termos na programação do XXVIII Congresso da RCC do Brasil um Grupo de Oração, pois o G.O é a célula fundamental da RCC. É a Renovação em movimento. O Grupo aconteceu na noite de quinta-feira, 08, no Centro de Evangelização da Canção Nova, no qual participaram mais de mil pessoas. Formamos uma equipe, que chamamos de “Núcleo do Grupo de Oração”, que foi composta por mim, Kátia Roldi Zavaris, Lucimar Maziero, Rogério Soares e Vicente Neto. Reunimo-nos e escutamos o que o Senhor queria para a noite em que seria realizado o Grupo de Oração. Ele nos inspirou, inclusive, com o nome do grupo para aquela noite, que foi: “Tesouro de Deus”. Iniciamos o grupo com grande animação, júbilos e louvores, pedindo um grande derramamento do Espírito Santo, o qual nos inundou

com a sua Graça e Esperança, realizando uma autêntica renovação na vida de todos os participantes. O Senhor nos havia inspirado o Salmo 31, principalmente os versículos de 8 a 11, e assim nos aprofundamos na oração, tendo como suporte a canção “Mostra-me, Senhor, os Teus Caminhos”. Em seguida, tivemos a pregação que foi fundamentada na palavra de Romanos 5, 5 que trata da esperança que não nos engana, pois já podemos experimentar em nossos corações o Espírito Santo que nos foi dado. É uma esperança que nos traz a certeza da vitória, pois foi adquirida para nós, por Jesus Cristo crucificado. Então, não há o que temer, não há com o que desanimar, pois o Cristo em que esperamos e cremos é o Único e o Senhor de todas as realidades. Após a pregação, tivemos uma profunda oração de entrega e libertação, onde Deus se

manifestou poderosamente. Ao final do grupo, após os louvores e agradecimentos, pedimos alguns testemunhos e um deles foi de uma senhora que teve a cura do ouvido direito. Tivemos, também, no dia seguinte, o relato de um irmão que dizia que, enquanto voltava para o hotel, após o G.O, naquela noite, pessoas comentavam sobre o que haviam experimentado, e acabou ouvindo um deles dizer que “a experiência de Deus que teve aquela noite no G.O foi profunda” e que “era tudo o que ele precisava ouvir e experimentar naquele Congresso”. Nós, do núcleo do Grupo de Oração Tesouro de Deus, agradeceremos e louvaremos a Deus eternamente por aquela noite, na qual vimos a manifestação da Sua Glória e O tocamos de forma Única.

Kátia Roldi Zavaris Conselho Nacional da RCC-BR

Servindo com alegria

Enquanto irmãos do Brasil inteiro viviam as graças do Congresso, cerca de 80 pessoas trabalhavam intensamente para garantir o bem-estar de todos. Voluntários que serviram no congressinho, cuidando das crianças, intercedendo, fazendo a cobertura do evento na sala de imprensa, trabalhando na feira carismática, na recepção, enfim, divididos entre as diversas tarefas necessárias para o bom andamento do evento. Equipes que serviram gratuitamente, por amor ao Senhor, aos irmãos e à RCC. Muitas pessoas também disponibilizaram recursos e bens, como carros. A organização do Congresso foi coordenada pelo Escritório Nacional da RCC Brasil, através de seus funcionários. Uma equipe catarinense ficou responsável por toda a infraestrutura. A estes irmãos, fiéis, trabalhadores, novamente o agradecimento, e o pedido ao Senhor que os recompense por tanta dedicação. Eles são, certamente, exemplos para todos nós!

Servos do Ministério de Comunicação Social fazendo a cobertura do evento

Feira Carismática, a serviço da evangelização 30

Numa área de mais de 1800m², localizada próxima ao Rincão do Meu Senhor, os congressistas puderam visitar os 70 estandes com materiais e artigos religiosos de editoras, distribuidoras, camisarias e comunidades. Na sua 4ª edição, a Feira Carismática recebeu cerca de 15 mil pessoas entre participantes do Congresso e visitantes da Canção Nova.

Durante a realização da feira, aconteceram lançamentos de livros e CDs com a presença de autores e escritores nos estandes. Nesta edição, foi oferecida uma estrutura de sonorização para que tanto os usuários quanto os expositores pudessem acompanhar toda a programação do Congresso (pregações, testemunhos e missas).

Estandes da RCC Brasil foram alguns dos mais visitados durante a Feira

Lideranças da RCC participam de Formação em Alagoas O encontro aconteceu nos dias 06 e 07 de junho e deu início a um período voltado para a formação no Estado. O tema central foi o Grupo de Oração. O encontro estadual contou com a presença de lideranças e servos das três dioceses do estado. A moção “Jesus Cristo é o Senhor!” também serviu de base para reflexão das lideranças. A ex-coordenadora da RCC no Espírito Santo, Kátia Roldi, foi a pregadora do encontro e durante os dois dias exortou os alagoanos a reacenderem a chama da RCC no estado. Kátia, que também tem atuado na missão da RCC Brasil junto à RCC dos Estados Unidos, partilhou um pouco das experiências dessa missão, bem como do período em que esteve à frente da coordenação do conselho em seu estado.

Durante a preparação para o encontro, o Senhor exortava os alagoanos da RCC a viverem a realidade partilhada entre os primeiros cristãos, citada nos Atos dos Apóstolos e clamava: “Sede um só coração e uma só alma”. Nesse sentido, uma reunião entre os conselhos estadual e diocesanos das três dioceses foi conduzida pela pregadora do evento. Ali ela destacou a importância de que todas as lideranças estabeleçam as metas para o movimento, acolham as moções de Deus para a RCC, a partir das que são dadas ao Conselho Nacional e estejam sempre em unidade na linguagem e nos métodos. O evento contou ainda com a presença da coordenadora da RCC de Pernambuco, Harriet Pereira.

RCC do Brasil participou da Conferência Amor em Ação na Coréia do Sul A Renovação Carismática Católica do Brasil esteve presente na Conferência Amor em Ação, em Hel Kkottongnae, na Coréia do Sul. Um grupo de 14 pessoas, representando diversos estados brasileiros, participou do evento, são eles: Marcos Volcan, Maria Beatriz Vargas, Ildoara Fernandez Rad, Daiane Trentin e Mariani, do Rio Grande do Sul; Luiz César e Alex Sandro , do Paraná; Pedro Silva e Pedro Moreira, de Santa Catarina; Reinaldo Beserra, de São Paulo; João Paulo, do Rio de Janeiro; Taciano Nascimento, da Bahia; Victor Hugo, do Ceará; e Elza, do Mato Grosso do Sul.

do pela comunidade católica coreana. A comunidade Kkottongnae é composta por religiosos e leigos, e foi especialmente selecionada para sediar esta Conferência internacional por ser um local onde o cuidado com os pobres e os frutos do Espírito Santo são visíveis, em abundância. Kkottongnae foi fundada em 1976, pelo Pe. Woong Oh Jin, tendo como carisma especial o “amor em ação”. Durante a Conferência, os participantes tiveram a oportunidade de trabalhar com os membros da comunidade a serviço dos pobres.

A conferência teve início no dia primeiro de junho e terminou no dia nove. O evento foi Após a Conferência, ocorreu uma peregripatrocinado pelo ICCRS - Serviço Internacional nação a vários locais, na Coréia do Sul, entre da Renovação Carismática Católica e organiza- eles está o santuário dos Mártires Coreanos.

Kátia Roldi foi a pregadora do encontro

Projeto Celebrando

Pentecostes chega à Diocese de são João da Boa Vista As cidades de Farroupilha, no Rio Grande do Sul; Vitória da Conquista, na Bahia; e Governador Valadares, em Minas Gerais já receberam a caravana do celebrando. Agora foi a vez de São José do Rio Pardo, em São Paulo, acolher a 4ª edição do Celebrando Pentecostes em sua Diocese. O evento aconteceu dias 01 e 02 de agosto e foi realizado no Ginásio do Tartarugão. Paralelo ao evento, aconteceu, também, o Celebrando Pentecostes para as crianças. As atividades para os pequeninos foram desenvolvidas ao lado do Ginásio Tartarugão, na Faculdade de Educação Física Euclides da Cunha (FEUC).

II Retiro Nacional do Ministério Encontro Nacional de Jovens - 2009 para Religiosas e Consagradas Ministério Jovem se prepara para o ENJ 2009 O Ministério Jovem vai realizar seu Encontro Nacional nos dias 30 e 31 de outubro e primeiro de novembro. Estão sendo esperados 15 mil jovens do Brasil e até do exterior. Estão confirmados para o ENJ 2009 os pregadores: Ironi Spuldaro (RCC/PR), Padre Roger Luiz (Canção Nova), Lázaro Praxedes (Coordenador Nacional do Ministério da Pregação/MG), Odilon Nunes (Núcleo Nacional do MJ) e o Coordenador Nacional do Ministério Jovem, Márcio Zolin.

A animação fica por conta da Banda Ciros (ES), Eros Biondini (MG), Cosme (RJ), além do lançamento do CD da Banda Santuário. Esse ano o evento terá uma novidade, além dos shows no palco principal a galera poderá louvar a Deus com shows no trio elétrico. Com o tema “Jovens Sentinelas da Manhã: Apóstolos da efusão do Espírito Santo”, o ENJ 2009 promete ser um marco na história da juventude do Brasil, constituindo em nosso país uma juventude sentinela da manhã. O ENJ 2009 terá missas, shows, animação, pregações, adoração, tendas eletrônicas e de louvor simultâneas, momentos proféticos, teatros, entre outros. “O ENJ 2009 vai marcar a juventude brasileira e o Ministério Jovem Nacional. Com certeza a graça será derramada, muitos serão curados e o Senhor se manifestará prodigiosamente”, afirma Simone Lopes, coordenadora estadual do Ministério Jovem do Espírito Santo. As inscrições para o evento já estão abertas. Para garantir sua inscrição basta acessar os sites enj.rccbrasil.org.br ou www.ministeriojovem-es.com e seguir as instruções. A taxa de inscrição do ENJ é de R$40,00, mas fazendo sua inscrição até o dia 13 de setembro, você paga apenas R$25,00. Não fique de fora desse grande encontro que vai transformar a juventude brasileira, pois um novo exército começa a se levantar no Brasil, são os jovens Sentinelas da Manhã!!! Rubens Borges - Equipe de Organização ENJ 2009

O evento que ocorre de 14 a 17 de setembro, terá como pregadora a Madre Maria José do Espírito Santo, fundadora das Carmelitas Mensageiras do Espírito Santo. Segundo Ir. Rejane dos Santos, coordenadora nacional do Ministério para Religiosas e Consagradas, “o encontro será um momento de vivenciarmos um novo Pentecostes”. Valor da inscrição: 187,00 (incluindo as refeições e hospedagem) Atenção: Vagas limitadas para 100 pessoas. Informações: Ir. Rejane (38) 8402-5691 ou com Ir. Célia (15) 3221-0789

Encontro Nacional de Pregadores 2009 Com o tema: “Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho” e lema: “Pregando com sinais e prodígios”, o Ministério de Pregação, da Renovação Carismática Católica, realizará de 15 a 18 de outubro o Encontro Nacional de Pregação. O evento acontecerá no Parque de Exposições de Brasília/ DF e será destinado a todos os pregadores do Brasil. Estão confirmadas as presenças de: Marcos Volcan, Presidente do Conselho Nacional da RCC; Ironi Spuldaro, membro do Conselho da RCC; Lázaro Praxedes, coordenador nacional do Ministério de Pregação; Dercides Pires, ex-coordenador do Ministério de Pregação; Vicente Gomes, coordenador da Arquidiocese de Goiânia; da equipe nacional do Ministério de Pregação; dos coordenadores estaduais do Ministério de Pregação e de pregadores reconhecidos em todo o Brasil.

Informações pelo telefone: (53) 3227.0710 ou pelo site: http://pregacao.rccbrasil.org.br/