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NESTA EDIÇÃO
Janeiro/Fevereiro 2012 ...........................................
PARA CONSTRUIR
A CULTURA DE PENTECOSTES: O que os primeiros cristãos têm a nos ensinar
planejamento pessoal de vida. Você já tem o seu?
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nossa profissão a serviço da civilização do amor
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sede nacional conheça o novo projeto de arrecadação para a construção da nossa casa
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Editada pelo Escritório Nacional da RCC do Brasil
espiritualidade você tem um coração grato a deus?
Publicação Oficial da RCC do Brasil
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AINDA NESTA EDIÇÃO 04 Editorial: viver como jesus ensinou 05 Palavra do Presidente: DA MISSÃO PARA O PASTOREIO 09 cristãos de hoje: que marcas deixaremos? 13 compromissados com a vida 14 esta é a vontade de deus: a vossa santificação 16 avaliação gerais dos congressos estaduais 21 Notícias
ANO 13 - Edição Nº 72 Janeiro/Fevereiro 2012 JORNALISTA RESPONSÁVEL Lúcia Volcan Zolin - DRT/SC 01537 REDAÇÃO Ana Cássia Pandolfo Flores Thiago Bergmann Araújo FOTOS Arquivo RCCBRASIL DESIGN E DIAGRAMAÇÃO Priscila Carvalho Ricardo Silva E-MAIL redacao@revistarenovacao.com.br
ESCRITÓRIO ADMINISTRATIVO DA RCC BRASIL Praça Vinte de Setembro, 482- Centro CEP 96015-360 Caixa Postal 002 - Pelotas / RS Tel.: (53) 3227.0710
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EDITORIAL
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Cultura de Pentecostes: Viver como Jesus ensinou Cultura de Pentecostes: eis uma expressão realmente significativa para nós. Temos pensado, pregado, escrito a esse respeito. Muito já avançamos na compreensão deste termo, que é ao mesmo tempo um chamado, afinal somos convocados a difundir essa Cultura. Como? Bem, certamente não apenas por meio da formulação de teorias, de belas palavras. Definições nos ajudam a descrevê-la; pregações nos motivam, inspiram; no entanto, não garantem, por si só, a sua consolidação. Entender é importante, falar a respeito também, porque nos “provoca”, incentiva, nos leva a uma autoavaliação sobre nossas atitudes individuais e comunitárias. Porém, não basta entender. É preciso viver! A primeira edição da Revista Renovação de 2012 tem justamente o propósito de nos levar a uma reflexão sobre as nossas vidas. Estamos no comecinho do ano e a intenção é que todos que lerem as páginas a seguir sintam-se motivados a ter um estilo de vida que irradie a Cultura de Pentecostes. A capa já traz alguns elementos intimamente ligados com essa forma de vida: santidade, humildade, amor, partilha, alegria, oração, justiça, acolhimento. Sem isso, jamais viveremos de fato uma cultura que nos remeta a Pentecostes. E quem foi que nos ensinou esses valores? Foi Jesus Cristo! 4
Ele, o Filho do Altíssimo, nos instruiu a respeito de como deveríamos viver. Está escrito nos Evangelhos. Está escrito nos demais livros do Novo Testamento por aqueles que o seguiram e o conheceram com tanta intimidade. O Senhor nos deu orientações muito claras de como devemos conduzir nossa vida aqui. Basta pensar nas bem-aventuranças, nas suas parábolas, naquilo que Ele falou sobre amor, perdão, doação... Sim, Jesus Cristo nos ensinou a viver bem a vida. E o melhor: vida que não se consome, porque Nele somos herdeiros do Reino dos Céus. Por meio de Jesus Cristo, o nosso destino é o Céu. A Cultura de Pentecostes se faz, se consolida à medida que colocamos em prática os ensinamentos de Jesus. Se amarmos como Ele amou. Nós, que somos cristãos, podemos fazer belos encontros, rezar pelas pessoas, cantar, gravar CDs e DVDs; podemos fazer pregações entusiasmadas, montar os melhores palcos; podemos dispor dos melhores e mais modernos recursos, ter programas de rádio ou TV; podemos estar na internet das mais variadas formas ou fazer tantas outras coisas; mas, parafraseando São Paulo, se não vivermos o que Jesus Cristo ensinou, estaremos apenas fazendo barulho, como “o címbalo que retine” (1Cor 13). Se não amarmos como Cristo amou,
não estaremos dando testemunho de um cristianismo autêntico. Até poderemos chamar a atenção, mas não teremos força, nem moral para transformar nossa sociedade. É preciso que sentemos aos seus pés e aprendamos com Ele, mesmo no corre-corre desta sociedade pós-moderna. É preciso que olhemos mais para Jesus e levemos mais a sério o que Ele disse, mesmo aquilo que parece difícil demais diante de nossa fraqueza humana. Se desejarmos com todo o nosso coração estarmos configurados a Jesus, certamente teremos êxito, pois Ele prometeu que não nos deixaria sós. É o Santo Espírito que vem em socorro de nossas fraquezas, que faz com que as palavras de Jesus comovam nossos corações e nos convençam. É Ele que nos leva ao arrependimento e nos faz desejar a santidade. A nós, cabe com humildade pedir, pedir e pedir e ter a disposição em obedecer. Pensemos sobre isso, peçamos ao Senhor o auxílio necessário e, juntamente com os irmãos de caminhada, renovemos neste ano o compromisso de mostrar ao mundo um cristianismo autêntico. Que sejamos testemunhas vivas de que a Cultura de Pentecostes não é uma utopia. Tenha uma leitura abençoada!
Lúcia V. Zolin Coord. Nac. da Comissão e Ministério de Comunicação Grupo de Oração Divina Misericórdia @luciavolcanz
PALAVRA DO PRESIDENTE
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DA MISSÃO PARA O PASTOREIO... No ano que passou, a RCC investiu em uma temática missionária: “Por causa da Tua Palavra, lançaremos as redes” (cf. Lc 5,5). Teve, com isso, o objetivo de destacar um elemento que julgamos importante e que, ao ser evidenciado, deve contribuir para que nossa caminhada como Movimento eclesial produza mais frutos, motivando membros e instâncias de coordenação da RCC a promoverem ações e projetos que evangelizem. Neste ano que começa, colocamos em destaque uma outra temática, a do pastoreio: “Apascenta as minhas ovelhas” (cf. Jo 21,17). Mais uma vez, portanto, desejamos promover a unidade do Movimento, orientados pela ordem que o Senhor Jesus deu a Pedro para que cuidasse do seu rebanho. Inspiramo-nos, assim, a um trabalho que acentuará o pastoreio na RCC. Um ano dedicado a um zelo especial por todas as pessoas que participam de nossos Grupos de Oração, que frequentam nossos eventos ou que, de diversas formas, procuram na RCC uma experiência comunitária de vida cristã. É importante frisar que, ao focarmos nossas ações em torno destes temas anuais, não estamos deixando no passado aquilo que já foi trabalhado. Não podemos deixar cair no esquecimento elementos importantes de nossa vida carismática eclesial ou mesmo fundamentos ainda não tematizados, mas que fazem parte de necessidades que se entrelaçam. Na realidade, devido a tantas urgências da vida cristã, fica difícil estabelecer o que realmente é prioritário. Portanto, ao destacarmos uma temática
anualmente, é preciso que fiquemos atentos para não considerarmos como secundários aspectos que são vitais para nossa caminhada. Sendo assim, neste ano de pastoreio (2012), não percamos de vista que a missão de evangelizar jamais pode ser colocada em segundo plano (2011), que a Palavra de Deus alimenta nossa fé (2010) e que esta se fundamenta no Senhorio de Jesus (2009). O mesmo podemos dizer a respeito de todos os temas já tratados e os que ainda trabalharemos. Em vista deste ano que começa, desejamos a todos irmãos e irmãs as mais ricas bênçãos de nosso Deus. Teremos pela frente uma bela jornada, de muitas atividades. Neste momento que escrevo para vocês, estamos em plena preparação para o Encontro Nacional de Formação (ENF), que a cada ano tem crescido em participação. Em julho, realizaremos um dos eventos mais importantes dos últimos anos, que acontecerá junto com o XXX Congresso Nacional da RCC, o I Encontro Mundial de Jovens do nosso Movimento, a ser realizado em Foz do Iguaçu/ PR. Os continentes se encontrarão aqui no Brasil para nos prepararmos com um belo retiro mundial em vista de 2017, quando a RCC comemorará 50 anos de vida. Uma data muito importante e que será antecedida por muito trabalho para o qual todos nós somos convocados. Por isso, eu o (a) convido a participar cada vez mais da vida de nosso Movimento em sua realidade, no seu Grupo de Oração, espaço privilegiado de missão e pastoreio.
Peço, também, que você mantenha-se atualizado (a) a respeito de atividades que estamos desenvolvendo em todo país. São informações que podem ser encontradas nesta revista e em outros instrumentos de comunicação que dispomos, como o nosso site, informativos e redes sociais. Isso é importante para que mantenhamos os vínculos de unidade, a fim de que, mesmo separados geograficamente, sejamos “uma só alma e um só coração” (At 4,32), como convém àqueles que se sentem chamados a viver e a difundir a Cultura de Pentecostes. Fraternalmente, Marcos Volcan Presidente do Conselho Nacional da RCCBRASIL Grupo de Oração Divina Misericórdia @marcosvolcan
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CAPA
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OS PRIMEIROS CRISTÃOS
E A CULTURA DE
PENTECOSTES
Por Rogério Soares Presidente do Conselho Estadual da RCC São Paulo Grupo de Oração Kénosis @RogerioSoares1
Temos ouvido repetidamente em nossos encontros e eventos carismáticos falar sobre Cultura de Pentecostes. As palavras do beato João Paulo II dirigidas à RCC em 2004, na Itália, permanecem ecoando em nossos ouvidos e coração, desafiando-nos a cada dia buscar uma melhor compreensão do significado dessa expressão que já entrou para o vocabulário carismático no Brasil e no mundo. Muitos têm buscado compreender o alcance da expressão Cultura de Pentecostes a fim de poder corresponder não somente ao desejo deste papa beato, mas, sobretudo, porque entendem que nessa expressão pode estar contida toda uma profecia para a RCC em seu apostolado. Nesse sentido, também nós queremos colaborar para que se possa ampliar a visão da RCC sobre seu papel profético de ser no mundo rosto e memória de Pentecostes. Para iniciar nossa reflexão, comecemos por uma análise objetiva do termo cultura. Para Clifford Gertz, trata-se de “um padrão de significados transmitidos historicamente, incorporado em símbolos, um sistema de concepções herdadas, expressas em formas simbólicas por meio das quais os homens comunicam, perpetuam e desenvolvem seu conhecimento e suas atividades em relação à vida.”1 Esse sistema de concepções pode ser herdado, ou seja, 6
a forma como os humanos vivem e se organizam, com seus costumes e tradições, pode ir ao longo do tempo se perpetuando ou adequando-se a novas visões de mundo. Não precisamos de muito esforço para perceber que no cristianismo há “um sistema de concepções” a partir da Encarnação do Verbo e do testemunho de Jesus e, posteriormente, da experiência vivida pela comunidade cristã que, na força do Cristo ressuscitado e impelida por seu Espírito, interage com os costumes culturais e sociais da época. Com a herança dos ensinamentos de Jesus e com o derramamento do Espírito em Pentecostes, surge um novo sistema de concepções que irá se configurar naquilo que podemos nomear como Cultura de
Pentecostes.
Ao olhar para o Novo Testamento, podemos verificar que quando a promessa do Paráclito se cumpriu na vida dos seguidores de Jesus (cf. At 2), novos costumes foram sendo introduzidos na práxis grupal. Dessa experiência pentecostal, fruto da intervenção divina tanto na vida de cada fiel quanto na vida comunitária dos primeiros cristãos – além da conversão interior – resultou uma nova forma de agir e de comportar-se socialmente.
A ação do Espírito na vida dos primeiros cristãos
Com a vinda do Espírito Santo em Pentecostes, a Igreja nascente vê emergir um novo sistema de concepções acerca da fé, das leis morais e rituais. “A concepção da Lei (Tôráh) como uma obrigação sagrada decorrente da aliança é única em Israel e fundamental na concepção do Antigo Testamento a respeito da sociedade [...] e da história como sucessão de eventos determinados pela atitude do homem em face da lei. Para um judeu, buscar a observância da lei era sinônimo de busca da perfeição.”2 Paulo discute essa questão defendendo que “o homem se torna justo não pelas obras da lei mas pela fé em Jesus Cristo”3 (Gl 2,16). Para Paulo, a lei é “interiorizada e, no Espírito, cada um pratica toda a lei: trata-se agora da lei de Cristo” e não mais da lei de Moisés. Para o Novo Testamento, os mandamentos estão concentrados na lei do amor a Deus (Jo 10,18; 12,25; 13,34; 15,12) e ao próximo (Mt 22,34-40; Mc 12,28-34; Lc 10,25-28). Porque “o amor de Deus foi derramado aos corações pelo Espírito que nos foi dado” (Rm 5,5), a perfeição da vida cristã torna-se imaginável e possível. O Espírito-Amor acolhido e colocado em prática ajuda a forjar um novo ethos, remodela os costumes (comunhão fraterna, partilha dos bens e socorro aos pobres) e renova os ritos (fração do pão e orações) (cf. At 2,42). Uma nova lei pode ser ensina-
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da – didaqué – e apreendida, transmitindo assim novos comportamentos que irão ajustando a comunidade a uma neo-cultura fundamentada nesse mesmo amor. O costume inicial na Igreja de Jerusalém, por exemplo, de colocar tudo em comum, partilhando os próprios bens e distribuindo entre os necessitados, serve-nos como sinal de que há uma ação objetiva resultante da ação do Espírito na comunidade. Esse novo comportamento dos cristãos, no entanto, não significa um afastamento ou separação absoluta do mundo em que vivem. O testemunho encontrado na Carta a Diogneto, por exemplo, logo no segundo século da era cristã, quando os traços de uma emergente cultura cristã estão ainda sendo delineados, podem corroborar nessa percepção: “Os cristãos, de fato, não se distinguem dos outros homens, nem por sua terra, nem por língua ou costumes. Com efeito, não moram em cidades próprias, nem falam língua estranha,
nem têm algum modo especial de viver. [...] Vivem em cidades gregas e bárbaras, conforme a sorte de cada um, e adaptando-se aos costumes do lugar quanto à roupa, ao alimento e ao resto, testemunham um modo de vida social admirável e, sem dúvida, paradoxal. [...] Casam-se como todos e geram filhos, mas não abandonam os recém-nascidos. Põem a mesa em comum, mas não o leito; estão na carne, mas não vivem na carne; moram na terra, mas têm sua cidadania no céu; obedecem as leis estabelecidas, mas com sua vida ultrapassam as leis; amam a todos e são perseguidos por todos; são desconhecidos e, apesar disso, condenados; são mortos e, desse modo, lhes é dada a vida; são pobres, e enriquecem a muitos; carecem de tudo, e têm abundância de tudo; são desprezados e, no desprezo, tornam-se glorificados; são amaldiçoados e, depois, proclamados justos; são injuriados, e bendizem;
são maltratados, e honram; fazem o bem, e são punidos como malfeitores; são condenados, e se alegram como se recebessem a vida[...].” 4
Como bem observou o historiador A. G. Hamman, “os cristãos levam a vida cotidiana das pessoas de seu tempo. Residem nas mesmas cidades, passeiam pelos mesmos jardins, frequentam os mesmo lugares públicos...” 5 Há, no entanto, um conjunto de elementos que vão moldando uma cultura fortemente marcada pela ação do Espírito na vida da comunidade. Além dos dons e carismas presentes na vida da comunidade (cf. 1Cor 12;14), que servem como instrumentos eficazes para uma evangelização que procura transformar toda uma sociedade (dimensão espiritual – falaremos disso numa próxima oportunidade), queremos aqui destacar alguns elementos importantes que ajudam a moldar a Cultura de Pentecostes, sobretudo em sua dimensão social.
Alguns elementos distintivos da Cultura de Pentecostes Amor - O testemunho dado pelos
1 - GEERTZ, Clifford. A interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: LTC, 2008, p. 66. 2 - MACKENZIE, John L. Dicionário Bíblico (DB). São Paulo: Paulinas, 1983, p. 541. 3 - COLLIN, Matthieu. Lei. In: LACOSTE, Jean-Yves. Dicionário Crítico de Teologia (DCT). São Paulo: Paulinas; Loyola, 2004, p. 1000. 4 - PADRES APOLOGISTAS. Carta a Diogneto. São Paulo: Paulus, 1995, p. 22-23. 5 - HAMMAM. A. G. A vida cotidiana dos primeiros cristãos (95-197). São Paulo: Paulus, 1997, p. 6. 6 - THEISSEN, Gerd. A religião dos primeiros cristãos: uma teoria do cristianismo. São Paulo: Paulinas, 2009, p. 31. 7 - Ibid., p. 98. 8 - Ibid.
cristãos, de amor a Deus, ao próximo e também ao inimigo, deixa desconcertados aqueles que não fazem parte desse grupo. “No cristianismo, o amor ao próximo, em continuação com as tendências judaicas, é estendido ao amor ao inimigo, ao estrangeiro e ao pecador.” 6 Renúncia ao status - Observamos também o valor fundamental da renúncia ao status. “Tem a ver com a relação entre os que se acham em posição elevada e os que se acham em posição inferior.” 7 O cristão deve “renunciar a toda ostentação, imposição ou posse de uma condição superior”, superando assim os “limites entre superiores e inferiores.” 8 Nesse sentido, para uma autêntica Cultura de Pentecostes, deve-se renunciar a todo tipo de status, e a melhor forma de provocar essa mudança na sociedade é começar pelo testemunho dentro da própria comunidade em que a pessoa está inserida. 7
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Renúnca à idolatria - Outro
ponto que percebemos no início da era cristã é a resistência a toda forma de idolatria advinda do paganismo, sobretudo as impostas pelos imperadores que acabaram levando muitos cristãos ao testemunho máximo do martírio. Outras questões relevantes foram colocadas por A. G. Hamman e que precisamos aqui também nos perguntar: “Como viver em um mundo no qual a estrutura religiosa do cristianismo é provocação? Como viver a fé sem desafiar as crenças e os ritos tradicionais da casa, da rua e da cidade? Como apelar para outra cidade, sem se ver acusado de deserção e ameaçado de ostracismo?” 9 Quando os novos convertidos, batizados e inseridos na vida da Igreja, iniciavam no grupo cristão, uma nova forma de relações e comportamentos, seja no âmbito da família cristã ou da comunidade, lhes era apresentada, fazendo-se necessário uma adequação de vida a essa nova postura ética e religiosa. Obviamente, não se tratava de um código fechado de comportamento imposto como padrão único para o fiel. Também esses novos fiéis deveriam tornar-se sujeitos dessa nova cultura, remodelando-a constantemente a partir de seu modo de viver e ser em sociedade. Quando os convertidos eram iniciados no grupo cristão, podiam ouvir a estranha proclamação de que, com sua veste, tinham “despido o velho homem”, que estava dividido naquelas formas, “vestindo” em seu lugar o “novo humano, Cristo”, em quem “não havia nem escravo nem livre, nem judeu nem grego, nem varão nem mulher” (Cl 3,9-11; Ef 4,2224; Gl 3,27s). 10 É possível perceber nos primeiros dirigentes de comunidade, sobretudo nas comunidades paulinas, um empenho ostensivo no esforço de criar nova realidade social. 11 “Eles elaboraram e defenderam uma posição distintiva de crenças [...], prepararam normas e modelos de advertência e recomendação morais e de controle social, que, apesar de muitos lugares-comuns tirados do discurso moral da cultura mais ampla que pudessem conter, ainda assim no conjunto 8
constituíam um ethos distintivo.” 12 Mas, vivendo na cidade, como o cristão deveria comportar-se diante das estátuas dos deuses? E em seu ofício de artesão, poderia ele construir ídolos ou trabalhar num templo pagão? Poderia ele participar das festas com os pagãos, ou das refeições, jogos e divertimentos? 13 O amor à Verdade e a fidelidade ao ensinamento do Evangelho levaram muitos cristãos aos tribunais e até mesmo ao martírio.
Viver a Cultura de Pentecostes hoje Ao olhar para alguns dos muitos testemunhos deixados pelos primeiros cristãos, e na intenção de encontrar as raízes que moldam a Cultura de Pentecostes, vemos abrir-se diante de nós um caminho que parece ser novo, mas que na verdade já foi percorrido por um número incontável de fiéis que não tiveram medo, ao longo da história, de encher as cidades com a doutrina de Cristo. Pessoas que foram tocadas pela experiência do encontro pessoal com Jesus e no poder do Espírito arriscaram suas próprias vidas para implantar o Reino de Deus, a civilização do amor. A Cultura de Pentecostes – em sua dimensão social – é, por assim dizer, consequência natural do testemunho cristão na sociedade, na força do Espírito. Mais que uma estratégia bem formulada ou algum novo conjunto de doutrinas e normas, a vivência das verdades reveladas em Cristo e impressas na consciência moral do homem, e a força do Espírito revelada pela experiência de Pentecostes ajudam a estabelecer e moldar uma atual Cultura de Pentecostes. Eis o nosso chamado!
9 - Ibid. 10- MEEKS, Wayne A. O mundo moral dos primeiros cristãos, p. 103. 11- Cf. ibid., p. 163. 12- Ibid. 13- Cf. HAMMAM. A. G. A vida cotidiana dos primeiros cristãos (95-197), p. 85.
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Cristãos de hoje: que marcas deixaremos
na história? Por Lúcia V. Zolin Coord. Nacional da Comissão e do Ministério de Comunicação Social da RCCBRASIL Grupo de Oração Divina Misericórdia @luciavolcanz
É fato: os primeiros cristãos marcaram a história da humanidade. Em Pentecostes, inaugurou-se uma nova forma de se viver, surpreendente para os padrões da época. Com que palavras bonitas foram descritos aqueles homens e mulheres da primeira hora do cristianismo:
“Eles estão na carne, mas não vivem segundo a carne; moram na terra, mas têm sua cidadania no céu; [...] amam a todos e são perseguidos por todos; [...] são mortos e, desse modo, lhes é dada a vida; são pobres, e enriquecem a muitos; carecem de tudo, e têm abundância de tudo; são desprezados e, no desprezo tornam-se glorificados; são amaldiçoados e, depois, proclamados justos; são injuriados, e bendizem; são maltratados, e honram; fazem o bem, e são punidos como malfeitores; são condenados, e se alegram como se recebessem a vida” (carta a Diogneto, n. 5). 1
Sim, nas origens, aqueles que eram “autenticamente” cristãos davam esse tipo de testemunho, tanto que muitos estudiosos, que se dedicam a analisar a vida das primeiras comunidades cristãs, atestam que a mensagem evangélica, a fraternidade vivida nos grupos e o testemunho de santidade, indo até o martírio, levaram muitos a aderirem à nova religião. Era uma novidade de vida que cativava! 2
Na sequência desse texto, o autor diz: nisso? Pois também os pecadores “Em poucas palavras, assim como a amam aos que os amam. [...] Amai, alma está no corpo, assim os cris- porém a vossos inimigos, fazei bem tãos estão no mundo”. Os cristãos e emprestai, sem esperar nada em troca; e grande será a vossa recomdavam vida ao mundo! pensa, e sereis filhos do Altíssimo; E com quem aprenderam a ser assim? porque ele é benigno até para com Com o Senhor Jesus, claro! Sim, os cristãos, verdadeiramente fiéis, estavam configura- os ingratos e maus” (Lc 6,26-36). Na sequência, Jesus diz: “Sede midos a Jesus Cristo. Os da primeira geração sericordiosos, como também vosso tiveram a oportunidade de aprender pela Pai é misericordioso”. Ele associa
convivência com o Mestre. Ouviram os ensinamentos dos lábios do Senhor. Viram como Ele agia. Já os cristãos das gerações seguintes tinham por base a Doutrina propagada pelos apóstolos. E o que o Senhor ensinou? Instruções realmente desafiadoras a todos que se propõem a segui-Lo verdadeiramente. Vejamos alguns exemplos do que os evangelistas relatam e comparemos com o texto acima. Ele disse: “Amai a vossos inimigos, fazei
bem aos que vos odeiam, bendizei aos que vos maldizem, e orai pelos que vos caluniam. Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, não lhe negues também a túnica. Dá a todo o que te pedir; e ao que tomar o que é teu, não lho reclames. Assim como quereis que os homens vos façam, do mesmo modo lhes fazei vós também. Se amardes aos que vos amam que mérito há
essa grande lista de ações ao próprio agir de Deus, que “faz surgir o seu sol sobre os maus e sobre os bons, e faz chover sobre os justos e sobre os ímpios” (Mateus 5, 45-48). Nessa passagem de Mateus, Jesus diz com clareza que devemos ser perfeitos, como perfeito é o nosso Pai Celestial. O Senhor está nos dizendo que devemos ser imitadores da natureza de Deus que é misericordiosa, que é perfeita. O cristianismo trouxe isso ao mundo. Em Jesus conhecemos quem é Deus de um modo que até então não se ouvira falar, e o que Ele quer de nós, seus filhos. Temos parâmetros para vivermos uma vida segundo o coração de Deus. Dos seguidores de Jesus, o que se espera é que busquem viver conforme a vida de Deus. Nada menos do que isso! 1 - PADRES APOLOGISTAS. Carta a Diogneto. São Paulo: Paulo, 1995, p. 22-23. 2-Cf. HAMMAM. A. G. A vida cotidiana dos primeiros cristãos (95-197),
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A lei do homem novo “Amai-vos uns aos outros assim como eu vos amei”, eis o novo e revolucionário mandamento trazido por Jesus Cristo. Jesus, o Filho, não apenas foi testemunha do amor de Deus para com os homens. Ele disse qual deveria ser a meta de nossas vidas. São Paulo também nos exorta nesse sentido, ao nos ensinar que devemos ter os mesmos sentimentos que estavam em Jesus Cristo (cf. Fl 2,5). Aos efésios também fez semelhante recomendação: “Sejais, pois, imitadores de Deus, como filhos queridos, e vivei no amor, como também Cristo vos amou e por nós sacrificou-se a sim mesmo a Deus” (Ef 5,1). “É um convite a caminhar no mesmo mundo que Cristo amou, com caridade, com a mesma disponibilidade de Jesus para doar-se a si mesmo, oferecendo-se em sacrifício a Deus”.3 É o amor que não se limita a discursos, belas palavras: “[...] esta imitação de Deus, esta identificação com Cristo, com o consequente amor recíproco, não são sentimentos cultivados no recesso do coração, mas em ação concreta”.4 E este amor profundo pelas almas “estimula o sentido do mútuo perdão, a solicitude pelos pobres, a efetiva caridade diante de qualquer necessidade”, ou seja, de todos aqueles que de nós precisarem por qualquer razão que seja. 5 Não há espaço para que reproduzamos aqui tudo o que o Novo Testamento nos ensina a esse respeito. Mas qualquer um que leia com abertura de coração o que os apóstolos deixaram registrado a respeito dos ensinamentos do Senhor terá de admitir que de nós é exigido muito. A nossa própria salvação está vinculada à obediência à Palavra de Jesus. Será com base Nela que seremos julgados. Teremos amado o suficiente? Agido como verdadeiros imitadores de Deus, de modo que ouçamos as maravilhosas palavras de Jesus: “Vinde benditos do meu Pai”? Para qual lado seremos mandados? Para a direita ou para a esquerda? (cf. Mt 25,3140). Eis algo muito sério! É desafiador viver como Ele ensinou? 10
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Claro que sim! Podemos até dizer que é bastante difícil. Mas quando Jesus prometeu que seria fácil? Ele mesmo disse que a porta que nos conduz ao Céu é estreita. Aliás, Ele também disse que para o homem é impossível salvar a si mesmo. Mas a Deus não! É por isso que não podemos desanimar. Não estamos sozinhos. É o Santo Espírito que nos dá condições ao seguimento de Jesus. O mesmo Espírito que esteve sobre Pedro, Paulo, João, Tiago... Que fez destes homens testemunhas, que os impulsionou. É o mesmo Espírito que recebemos em nosso Batismo e que experimentamos de forma inesquecível por meio do Batismo no Espírito Santo.
Agora é a nossa vez: viver com Ele viveu! Diante de tudo isso que temos refletido, desde o texto anterior do Rogério Soares, nesta edição, podemos parar e pensar um pouco sobre a nossa vida. Já vimos que há muitos registros históricos sobre os primeiros cristãos que revelam que eles eram seguidores de Jesus verdadeiramente. Mas o fato é que Pedro, João, Tiago - e tantos outros anônimos - estão na glória, e que hoje é a nós que cabe a tarefa que um dia, no passado, foi deles: difundir os ensinamentos de Jesus. Mas... e se alguém observar e retratar o nosso estilo de vida, como irá nos descrever? Que imagem passamos aos que nos conhecem, convivem conosco? Como nós, cristãos deste começo do terceiro milênio, seremos retratados na história? Que marcas deixaremos? Estamos sendo a alma do mundo? Aquela voz que ecoou nas montanhas e planícies da Palestina há dois mil anos continua a falar ao coração de seus seguidores? Pauta seus comportamentos? Nossos pensamentos, sentimentos, ações são parecidos com os de Jesus Cristo? Em quem nos espelhamos? Qual o papel dos Evangelhos em nossa vida? Eles guiam nosso agir? O que Jesus ensinou, nós buscamos fazer? Temos nos esforçado para isso? É necessário que façamos essa autoa-
valiação com total realismo, porque temos o compromisso de dar testemunho de vida. Assim como foi no passado, esse é um dos eficazes meios de evangelização (Evangelli Nuntiandi, n. 41). Pregar, mas não viver conforme o que se fala é ser falso profeta, nos ensina a Didaqué.6 Só seremos “rosto e memória de Pentecostes” se mostrarmos ao mundo a face do cristianismo autêntico. Somente se vivermos conforme os ensinamentos de Jesus, poderemos reimplantar uma cultura que já esteve fortemente presente na humanidade: a “Cultura de Pentecostes”. De acordo com autor da Carta a Diogneto, os cristãos daquela época era típicos cidadãos desta terra, porém viviam com a plena consciência de pertencerem ao céu. Entendiam-se como peregrinos. Tinham a fé alicerçada na certeza da ressurreição. E nós? Temos vivido bem nossa vida aqui, porém conscientes de que estamos em peregrinação? Que nosso destino é a Jerusalém Celeste? Temos levado as pessoas a desejarem o céu? A sonhar com a ressurreição? A almejar ver o Senhor face a face? Sobre isso há muito que se pensar. Assunto para a próxima edição. Até lá! 3 - Giussani, Luigi. Em busca do rosto do homem. Sel Editora, pg. 69. 4 - Idem 5 - Idem 6 - Documento considerado como sendo das primeiras comunidades cristãs, também conhecido como “Instrução dos Apóstolos”.
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AGENTES DE UMA NOVA CULTURA PLANEJAMENTO DE VIDA PESSOAL E CULTURA DE PENTECOSTES O Beato João Paulo II, dirigindo-se aos membros da Renovação Carismática na Itália, a 14 de março de 2002, deu-nos um mandato, que se tornou célebre no nosso meio carismático, mas que precisa ser cada vez mais refletido e aprofundado: “No nosso tempo, ávido de esperança, fazei com que o Espírito Santo seja conhecido e amado. Assim ajudareis a fazer que tome forma aquela ‘Cultura do Pentecostes’, a única que pode fecundar a civilização do amor e da convivência entre os povos”. A tomada de consciência desse mandato é algo fundamental para nós, RCC. São palavras determinantes para a vida daqueles que estão inseridos em nosso Movimento. Sabemos o quanto era cara para João Paulo II a expressão “Civilização do Amor”, tão usada durante o seu pontificado. Mas o que mais nos intriga é a relação que o papa estabelece entre Civilização do Amor e Cultura de Pentecostes! Ele chega a afirmar que a Cultura de Pentecostes é a única - portanto não há outra - capaz de fecundar a Civilização do Amor. Sendo assim, a contribuição da RCC é fazer com que o Espírito Santo seja conhecido e amado. Esse é o nosso papel, a ordem que recebemos da Igreja. É o que temos feito desde o começo e continuaremos a realizar. No entanto, ao falarmos de cultura, devemos pensar em costumes sendo estabelecidos, atitudes e comportamentos afirmados, nas formas de organização de um povo, numa identidade própria, em territórios determinados e períodos específicos. Em outras palavras, cultura é a maneira de pensar e agir de um povo. Dessa forma, abre-se para nós a necessidade de reconhecermos que a experiência do Espírito Santo assume uma dimensão espiritual e social. Espiritual, porque transforma a vida daquele que experimenta a efusão do Espírito. Social,
porque esse sujeito renovado pelo Espírito se deixa possuir e conduzir por Ele, a fim de impactar o mundo à sua volta com seus comportamentos e atitudes. Ao iniciarmos a caminhada de um novo ano, cabe fazermos uma reflexão de como tem sido a nossa prática cristã na Igreja e na sociedade. Estou me deixando renovar pelo Espírito Santo a ponto de minha vida estar contribuindo para o incremento de uma nova cultura? Minha vida moral condiz com o homem novo? Como está a vida comunitária nos nossos grupos e comunidades? Estamos dando um testemunho atraente de fraternidade? E como vai a nossa comunhão com outras expressões eclesiais? No seio familiar, nossos comportamentos são de homens e mulheres renovados pelo Espírito? Os consagrados e sacerdotes se questionem: a experiência de efusão do Espírito está me permitindo viver de maneira nova meu ministério, vocação e a dar um testemunho de vida alegre e de total dedicação à Igreja? Com base naquilo que constatarmos, façamos o nosso planejamento pessoal, reconhecendo virtudes, trabalhando fraquezas, em vista de contribuirmos melhor para o estabelecimento de uma nova cultura. Pois a organização da nossa vida pessoal é algo fundamental para que essa Cultura se expanda, já que o Espírito Santo é um Espírito de “ordem” e não de confusão. E também porque é a partir de nossas realidades humanas que essa Cultura vai se estabelecer, e não de outra forma. Planejar a vida de oração, os estudos, o serviço apostólico, a vida e convivência familiar, profissional, social e
Por Fernando dos Santos Gomes Coordenador Estadual do Ministério Jovem - SP Grupo de Oração Javé Chammá
o lazer é demonstração de responsabilidade com a nossa vida e com missão que o Senhor nos confiou. Sugerimos que, de acordo com cada assunto analisado, escrevamos um pequeno plano com os seguintes itens da ilustração abaixo. Depois de preenchidos, tais pontos devem ser constantemente avaliados para que seja constatado em que aspectos houve avanços ou regressões. Que ao fazermos o nosso planejamento pessoal de vida, coloquemos toda a nossa diligência e empenho a fim de que a Civilização do Amor seja uma realidade em nossos dias!
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CAPA
Vida
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profissional e
testemunho cristão
Por Felippe Ferreira Nery Coordenador Nacional do Ministério Universidades Renovadas GOU Nos Braços do Pai @FelippeNery_RCC
Em que medida o apostolado influencia a nossa vida? Como testemunhamos o Batismo no Espírito Santo - vivenciado por nós de maneira tão real – nas atividades diárias, em especial na vida profissional? O trabalho é um dom, é uma “tarefa confiada por Deus aos homens1”, por meio dele realizamo-nos como seres humanos2. Assim, o primeiro efeito que a Graça do Espírito deve gerar em nós é uma profunda gratidão e amor pelo ofício que temos, seja ele qual for. Infelizmente, muitas pessoas não conseguem contemplar a dádiva que é trabalhar. Uns reclamam do trabalho, do salário e são insatisfeitos; outros, desmotivados, não conseguem cumprir suas tarefas e não dão testemunho de zelo e compromisso com sua profissão. Como cristãos, temos que ser diferentes: devemos agradecer a Deus por este dom e olhar para o nosso ofício como uma grande oportunidade de servi-Lo e testemunhá-Lo. Além disso, somos chamados a trabalhar com amor verdadeiro3 em cada atividade, pois somente assim daremos o melhor de nós em nossa profissão, teremos
motivação e empenho suficientes para trabalhar com dedicação. Seremos profissionais destacados e daremos, assim, um bom testemunho de Cristo! De igual modo, é necessário ter cuidado com uma cultura de ativismo profissional que tem crescido no mundo. Frequentemente, vemos pessoas que se acumulam de atividades profissionais e deixam outros bens importantíssimos em segundo plano: família, relacionamento pessoal, vida de oração. Não podemos nos conformar a essa realidade, mas com o auxílio da Graça lutar para transformá-la4. O trabalho não é um fim em si mesmo. Há um texto do século II, que diz: “o que a alma é no corpo, isso são os cristãos no mundo”5. Semear a Cultura de Pentecostes no mundo profissional implica em viver essa afirmação! Não podemos permitir que a profissão seja o nosso foco e, de tal modo maçante, que nos tire a força para seguir no caminho de Jesus. O trabalho não é e não pode ser pedra de tropeço para nós, mas, ao contrário, é dom de Deus e espaço, também, para a vivência e testemunho do Evangelho. Devemos ser Profissionais do
1 - Youcat: Catecismo Jovem da Igreja Católica, nº 44. 2 - Laborem exercens, nº 9 3 - A Beata Teresa de Calcutá ensina que Deus não nos julgará pelos atos que fizemos, mas pelo quanto de amor colocamos neles. 4 - Cf. Rm 12, 2 5 - Carta a Diogneto, um dos primeiros escritos sobre os cristãos. 6 - São José Maria Escrivá. Ele ensina como o trabalho é local para a vivência do Cristo, meio para alcançar a santidade. 7 - Youcat, nº 139 8 - Paul Claude, poeta e dramaturgo francês. 9 - Cf. Mt 5,16
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Reino, sal e luz onde estivermos, servidores que olham seu trabalho como ambiente de amor e serviço ao próximo, de missão e anúncio! “Deus não te arranca do teu ambiente, não te tira do mundo, nem do teu estado, nem das tuas ambições humanas nobres, nem do teu trabalho profissional... mas, aí, quer-te santo!”6 A Igreja ensina que a missão dos leigos é fazer com que as pessoas ao seu redor conheçam e amem a Cristo e que devem cunhar com a sua fé a sociedade.7 Somos chamados à santidade no trabalho, a sermos profissionais que não fazem somente suas tarefas, mas que são compromissados com a construção da Civilização do Amor. Será que, hoje, temos conseguido cumprir essa missão? Para implantar a Cultura de Pentecostes temos que ser a alma do mundo, mostrar com a nossa vida e trabalho, nas pequenas e grandes atitudes, que a Graça e o Amor de Deus são reais e transformam as realidades. “Viva de tal maneira que te perguntem por Cristo!”8. Que em nosso ambiente de trabalho possamos dar um grande testemunho do Senhor, plantando sementes de Pentecostes diariamente! Que brilhe a nossa luz diante dos homens para que vejam nossas boas obras e glorifiquem o Pai que está nos Céus!9
CAMPANHA
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COMPROMISSADOS COM A VIDA
Por Marizete Martins Nunes do Nascimento Presidente da Associação Servos de Deus em Goiânia-GO Membro do Ministério de Promoção Humana da RCCBRASIL Grupo de Oração COMVIVE
A coleta de um milhão de assinaturas pela vida, contra a legalização do aborto no Brasil, foi concluída para ser encaminhada ao Congresso Nacional, mostrando a vontade popular em prol da vida desde a sua concepção no ventre materno. Os carismáticos empenharam-se, em cada canto do país, coletando assinaturas nos Grupos de Oração, nos Encontros de Oração e Formação, nos Seminários de Vida no Espírito Santo, nos Congressos Diocesanos, Estaduais e Nacionais da Renovação Carismática Católica. Trabalho de formiguinhas, que exigiu de cada colaborador muita perseverança e entusiasmo, não se curvando perante as dificuldades e questionamentos surgidos. Foi a primeira manifestação popular coordenada pelo Movimento. Percebemos que não foi fácil a sua conclusão, mas verificamos, em nosso povo, a capacidade de mobilização tanto pela vida, como por outros direitos da sociedade brasileira que estão ameaçados. Por isso, precisamos efetivar este trabalho levando ao conhecimento dos deputados federais e senadores a vontade da coletividade, para que não sejam impostas ao povo ideologias partidárias, leis iníquas ou interesses de corporações, em um país com dimensão continental, com muitos eleitores com educação alicerçada em princípios cristãos.
Em um país democrático, a vontade do povo deve prevalecer. A luta deve prosseguir, pois a vida continua sendo ameaçada. Leis querem restringir a sociedade de suas obrigações por um meio ambiente sustentável e equilibrado para as presentes e futuras gerações. Algumas minorias fazem muito barulho para regulamentar iniquidades, impondo à sociedade brasileira antivalores que destroem a família. Os idosos são desvalorizados; abandonando-os em asilos, se despreza toda a experiência adquirida por eles. Os portadores de deficiências não têm seus direitos respeitados pela sociedade, tendo em vista que as leis não são implementadas e a maioria dos cidadãos age como se fosse ilesa a situações idênticas por acidentes ou enfermidades. A política deixa de investir no bem comum, defendendo interesses corporativos em detrimento da vida no planeta. A vida é ameaçada cotidianamente com leis de trânsito não cumpridas pelos cidadãos, com o patrimônio público dilacerado pela corrupção, com orçamentos exíguos em prol da saúde e da educação da população brasileira, com profissionais da saúde impossibilitados de trabalhar dignamente por falta de condições mínimas, o que gera mortes prematuras de pessoas em filas nos hospitais aguardando atendimento. A maioria da população não tem acesso à escola
pública de qualidade, sendo privada de ingressar na universidade, vivendo do subemprego, sem direitos garantidos, tornando-se massa de manobra dos poderosos, sem voz e sem vez. Portanto, apenas iniciamos nosso povo na ação democrática, ensaiando-o para novas manifestações populares, visando demonstrar ao Poder Público que este está a serviço do povo naquilo que ele precisa e não naquilo que os dirigentes imaginam necessitar. Com a manifestação do povo, o Governo tem maior capacidade de servi-lo, aplicando verbas públicas naquilo que realmente é interesse da coletividade. Porém, é bom frisar que nossas manifestações públicas devem ser sempre pacíficas e permeadas pelo amor a Deus e ao próximo, sem afrontas e agressões, para que realmente tenhamos coerência entre a fé que professamos e a fé vivenciada em nossas atitudes do dia-a-dia. Encontremos em nossa espiritualidade pentecostal – Cultura de Pentecostes - o equilíbrio entre o intimismo e o ativismo para que tenhamos os subsídios necessários para o exercício de uma cidadania pacífica e consciente dos direitos e deveres garantidos pela Constituição Brasileira.
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ESPIRITUALIDADE REFLEXÃO
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Esta é a vontade de Deus: a vossa
santificação (I Ts 4,3a) Por Onazir Conceição Coordenador Nacional do Ministério de Cura e Libertação Grupo de Oração Rainha da Paz
Por ocasião da beatificação de Madre Paulina, o papa João Paulo II disse: “Mais uma vez vos digo: o Brasil precisa de Santos, de muitos Santos! A Santidade é a prova mais clara, mais convincente da vitalidade da Igreja em todos os tempos e em todos os lugares”. E ele disse também: “A Igreja existe para a santificação dos homens em Cristo. É essa santidade que ela deve levar também aos homens do mundo secularizado para que não se profanizem. Por isso ela ensina também que santidade não é ‘alienação’, mas uma maior familiaridade com as realidades mais profundas de Deus. [...] Essa atitude não significa fuga do terreno, mas sim condição para uma entrega profunda aos homens. Porque quem não aprende a adorar a vontade do Pai, no silêncio da oração, dificilmente conseguirá fazê-lo quando sua condição de irmão lhe pedir renúncia, dor ou humilhação. [...] A santidade se prova na vida do dia a dia, no trabalho em favor dos irmãos, como fruto da união com Deus” (Homília na Celebração da Missa de beatificação de Madre Paulina, em 18 de outubro de 1991). Diante dessas palavras, observamos que a santidade requer mudanças profundas em nós. Precisamos permitir que o Senhor toque os nossos corações, gerando uma busca de conversão permanente.“O aspecto mais sublime da dignidade humana está na vocação do homem à comunhão com Deus”(Catecismo da Igreja Católica, n. 27). Essa comunhão com Deus é um cha14
mado à santidade, sem a qual o homem não pode viver a vida divina. “Procurai a paz com todos e ao mesmo tempo a santidade, sem a qual ninguém pode ver o Senhor” (Hb 12,14). Falando do nosso chamado, o Apóstolo Paulo faz uma sistemática repetição no início de três de suas epístolas. Aos romanos ele diz na saudação: “A todos os que estão em Roma, chamados a serem santos” (Rm 1,7). Aos coríntios, ele repete: “Aos fieis santificados em Cristo Jesus, chamados à santidade” (1 Cor 1,2); e aos efésios: “Bendito seja Deus [...] que nos escolheu em Jesus Cristo antes da Criação do mundo para sermos santos e irrepreensíveis diante de seus olhos” (Ef 1,4). Temos, da parte de São Paulo, ainda: “Vivei uma vida digna para a qual fostes chamados” (Ef 4,1). E ainda: “Quanto à fornicação, à impureza, sob qualquer forma, ou a avareza, que disto nem se faça menção entre vós, como convém a santos” (Ef 5,3). Como vemos, a vocação à santidade é para todos e ninguém está dispensado de buscá-la. São Domingos Sávio, o jovem santo que morreu aos 15 anos, dizia com convicção: “Se eu não conseguir a santidade, nada terei feito neste mundo”. Na conquista da santidade, o Apóstolo Paulo diz que precisamos “resistir até o sangue na luta contra o pecado” (Hb 12,4). Então, haveremos de enfrentar sofrimentos, provações e tantas adversidades que Deus
permite que nos atinjam, afim de nos santificar; é o que a Igreja nos ensina. Não poderíamos falar de santidade, sem uma genuína consciência da necessidade de conversão. E essa é para todos os dias, em todos os lugares e inclui nosso modo de viver, nossa conduta, nossos relacionamentos, nossos negócios e, principalmente, uma maior medida de amor ao nosso Senhor Jesus Cristo. Um dia, ouvi alguém dizer: “A maior vergonha dos nossos dias é que a santidade que apregoamos é anulada pela impiedade do nosso viver”. Podemos verificar que muitas vezes há um divórcio entre o que pregamos e o que vivemos. Há um hiato entre o sermão e a vida, entre a fé e as obras. Não vivemos o que pregamos e pregamos o que não praticamos. Nada há mais deformado do que uma ortodoxia gelada, morta, desprovida de piedade. Muitos cristãos o são apenas de rótulo. Por fora, ostentam o nome de cristãos, mas por dentro são mundanos. Como podemos viver nos deleitando com pecados que levaram Jesus à cruz? Como podemos levar uma vida impura e sem santidade? A ausência de santidade é a causa dos nossos fracassos e a razão pela qual não contemplamos os grandes feitos de Deus, que poderiam traduzir-se em prodígios e milagres no nosso meio. Que o Espírito de Pentecostes nos ajude a sermos verdadeiras testemunhas de santidade para que o mundo creia!
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ESPIRITUALIDADE REFLEXÃO
LOUVOR À GLÓRIA DE
DEUS
Por Maria Beatriz Spier Vargas Secretária Geral do Conselho Nacional da RCCBRASIL Grupo de Oração Magnificat
A glória de Deus, explica o Catecismo da Igreja Católica, é a própria manifestação e comunicação de seu amor e de sua bondade, pois Deus, num transbordamento do próprio ser, manifesta a sua perfeição fazendo todo o ser criado participar da sua bem-aventurança. Cria todas as coisas, portanto, não para aumentar a Sua glória ou para adquirir nova felicidade, mas para manifestá-los. As diferentes criaturas, queridas no seu próprio ser, refletem, cada uma a seu modo, um raio da sabedoria e da bondade infinitas de Deus. Nós somos predestinados no amor de Deus para fazer resplandecer a sua maravilhosa graça e somos escolhidos em Jesus Cristo para servirmos à celebração de sua glória (cf. Ef 1). Assim, louvar a Deus é reconhecer a sua bondade, o seu amor, sua perfeição, sua sabedoria, sua vontade perfeita, livre e soberana e rejubilar-se por poder participar do seu ser, por saber que Deus, infinitamente maior do que todas as suas obras, possuindo uma grandeza incalculável, mesmo assim, está presente no mais íntimo de suas criaturas. Deve ter sido isso o que Maria, a mãe do Salvador e nossa, sentiu ao dizer: “Minha alma glorifica ao Senhor, o meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador” (Lc 1, 46-47). Com todo seu ser, com sua consciência e vontade, Maria se alegra no Senhor e reconhece na sua própria vida e nos desígnios de Deus que “tudo é muito bom”(cf. Gn 1, 31).
Devemos aprender com nossa Mãe Maria a ter esse espírito de humildade e de respeito pela glória de Deus, guardando no coração, na alma, no espírito, em todo o nosso ser a alegria de se saber participante da própria natureza de Deus. Maria tinha a consciência de que todas as coisas e acontecimentos se ordenam para cumprir a vontade perfeita e soberana de Deus. Louvar a Deus é reconhecer no mais íntimo de nós que somos capazes de doar-nos livremente, entrar em comunhão com Ele e oferecer-lhe uma resposta de fé e de amor. Foi isso que Maria fez, reconheceu-se na sua dignidade de filha de Deus, querida por Ele, e por isso alegrou-se e foi capaz de doar-se por amor. Assim, sempre que damos uma resposta de fé e de amor a Deus, estamos manifestando concretamente o nosso louvor. Com isso, todo o nosso ser se alegra, somos inundados da alegria do Espírito, que gera em nós o louvor, o reconhecimento do amor de Deus por nós e do seu plano de amor para a nossa vida. Outra maneira de manifestar concretamente o nosso louvor a Deus é cultivando uma atitude de gratidão a Ele. Em uma de suas recentes catequeses, o Papa Bento XVI nos incentiva: “devemos considerar mais frequentemente como nos acontecimentos da nossa vida o Senhor nos protegeu, guiou, ajudou e, assim, louvá-Lo por tudo o que fez por nós. Devemos estar atentos às coisas que Deus nos dá”. O Santo Padre também
nos alerta a ficarmos menos centrados nos problemas e dificuldades e mais nas coisas boas que vêm do Senhor. Essa atenção ao bem em nossa vida se converte em gratidão e a gratidão gera em nós a alegria. Todos nós devemos ter uma reserva de alegria e uma lembrança do bem para nos ajudar a atravessar os momentos difíceis de nossa vida. Voltando a citar Nossa Senhora, deve ter sido essa lembrança do bem, essa alegria advinda do reconhecimento da bondade e providência de Deus que a sustentou aos pés da cruz. Aprendemos também com Jesus a cultivar um coração agradecido a Deus Pai e ficarmos confiantes no seu amor e na sua providência. Na segunda multiplicação dos pães, por exemplo, Jesus toma os sete pães e dá graças (cf. Mc 8,6). A seguir, o texto diz que Ele pega também os peixes e os abençoa. Dar graças e abençoar são sinônimos no texto bíblico. Queremos que a nossa vida, a vida de nossos filhos, a nossa casa, nossa missão, sejam abençoadas? Jesus nos ensina como: através da ação de graças, agradecendo a Deus o que temos, ainda que seja pouco. A ação de graças abençoa e o que é abençoado cresce. Nesse novo ano, cultivemos um coração agradecido e confiante, respondamos com fé e amor a todos os acontecimentos, abençoemos a nossa vida e a de todos os que queremos bem!
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O que dizer dos Congressos Estaduais de 2011? Um projeto ousado e desafiador: levar a dinâmica de um Congresso Nacional para todos os estados do Brasil. Durante as quatro últimas edições da Revista Renovação, foi possível acompanhar alguns fatos sobre os Congressos Estaduais, dentro deste formato adotado em 2011. Para finalizar a cobertura dessa importante movimentação da RCC no Brasil, pedimos que os coordenadores que estavam em exercício durante a realização dos congressos partilhassem o que foi mais marcante em seu estado. Confira!
O ano de 2011 foi de grandes bênçãos. O nosso congresso com a presença do Conselho Nacional gerou muita unidade e proporcionou crescimento para o nosso povo em Brasília. Herculano Marinho
No Congresso, nós tivemos uma grande renovação das nossas lideranças. A graça de Deus veio mais uma vez nos colocar no foco, deixar mais claro qual é a nossa meta, a nossa missão e para onde estamos caminhando. Kellen Pinheiro Eler
No congresso, conseguimos reunir a liderança e passar a eles uma visão única da Renovação, um direcionamento único. Depois confeccionamos material escrito, vídeo e áudio para que esse conteúdo chegue a todos os Grupos de Oração. José Carlos Paulli
Presidente do Conselho Estadual do Acre
Deus foi de uma benevolência muito grande. Aqui, a RCC teve um impulso em todas as dioceses. O Congresso Estadual excedeu a nossa expectativa e nós estamos esperando muitos frutos no estado. Maria Alice Martins
Presidente do Conselho Estadual de Alagoas
O Congresso Estadual foi uma celebração de toda a nossa comunidade carismática e mostrou que 2011 foi um ano de muita alegria. O evento foi um momento alto na nossa caminhada, um grande avivamento do nosso estado. Dário Antônio de Araújo
Presidente do Conselho do Distrito Federal
Presidente do Conselho Estadual do Espírito Santo
O novo formato do Congresso Estadual foi uma experiência inovadora que nos ensinou muito. Tivemos a presença de todas as dioceses no evento o que foi muito positivo. Roberto Ricardo de Sousa
Presidente do Conselho Estadual de Goiás
O Congresso superou todas as expectativas. Todos nós tínhamos grandes expectativas sobre como seria esse evento, e foi uma maravilha, muito bem organizado, melhor do que nós esperávamos. Francisco Alves Camelo
Presidente do Conselho Estadual do Amapá
Presidente do Conselho Estadual do Maranhão
A realização do nosso Congresso teve muitas dificuldades, mas a graça do avivamento pessoal e dos Grupos foi maior. O encontro deu novo ânimo para o estado, com lideranças motivadas e com vontade de se comprometer. Irlanda Bindá de Araújo
No ano que passou, preparamos um alicerce para o tempo de reconstrução que já começou. O Congresso foi profético, trouxe uma visão ampliada daquilo que a Renovação está vivendo no Brasil para dentro do estado. Cristiane Coelho de Oliveira
Na Bahia, a moção de “lançar as redes” nos levou a outra dimensão da missão. No Congresso, foi possível perceber no olhar das pessoas que elas saíram dali com a certeza da missão e com um amor profundo pelo Grupo de Oração. Taciano Souza do Nascimento
Posso dizer que o Congresso foi um clamor para a RCC do estado. Isso porque nós estávamos meio pacatos, vamos dizer. O encontro foi momento de revigorar, de restaurar, de abundância para o nosso estado. Elza Gomes de Araújo
O Congresso Estadual nos trouxe uma temática voltada para a formação de liderança e os líderes estavam ali, comprometidos. A Palavra chegou aos corações dos nossos irmãos, por isso, o estado do Ceará viveu um ano dedicado à missão. James Apolinário de Almeida
Para nós, o Congresso foi confirmação da promessa de Deus que 2011 seria um ano para revigorar a RCC. Vimos uma Renovação Carismática unida e um estado envolvido com o Movimento. Rogério Rosa
Presidente do Conselho Estadual do Amazonas
Presidente do Conselho Estadual da Bahia
Presidente do Conselho Estadual do Ceará
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Presidente do Conselho Estadual do Mato Grosso
Presidente do Conselho Estadual do Mato Grosso do Sul
Presidente do Conselho Estadual de Minas Gerais
CAPA CONGRASSOS ESTADUAIS
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A presença do Conselho Nacional veio para enriquecer nosso Congresso. Com boa participação de todas as dioceses, o encontro foi uma grande graça para o estado do Pará. Mário Lúcio Souza
Foi possível sentir o poder de Deus no Congresso. O povo vem dizendo que foi um dos melhores congressos que já tivemos. Para nós, isso é um estímulo e também a certeza de estarmos fazendo o que Deus quer. Darlen Macedo Vaz
A presença do Conselho Nacional fez com que os projetos da RCC ficassem mais claros e, por isso, mais viáveis de acontecer aqui no estado. O encontro reuniu mais pessoas do que era esperado e pudemos sentir o acolhimento do Conselho. Felippe Felizardo da Silva
O nosso Congresso superou as expectativas. A nova dinâmica cumpriu seus objetivos , pois a formação atingiu as lideranças e o encontro atraiu muitos membros de Grupo de Oração que nunca tiveram oportunidade de ir a um evento nacional. Márcio Antônio Duarte
O Congresso nos mostrou a sede que o nosso povo tem de formação e de querer fazer o melhor para Deus. Podemos ver a ação do Espírito nesse novo formato de encontro e já estamos colhendo frutos daquilo que foi vivenciado nesses dias. Luiz César Martins
O Congresso Estadual foi uma grande bênção. A aproximação com os membros do Conselho e do Escritório Nacional foi muito importante. A unidade da RCC é uma graça. Francisco Simeão Lira
Presidente do Conselho Estadual do Paraná
Presidente do Conselho Estadual de Roraima
A formação e a presença do Conselho Nacional incentivaram e direcionaram o povo do estado. Principalmente para os servos, coordenadores de Grupos de Oração e das dioceses, o Congresso foi um grande impulso. Harriet Pereira de Farias
O Congresso Estadual superou nossas expectativas. Conseguimos reunir em torno de duas mil pessoas e valorizamos muito a formação de sexta-feira, específica para as lideranças. Pedro Manuel da Silva
Presidente do Conselho Estadual de Pernambuco
Presidente do Conselho Estadual de Santa Catarina
O Congresso foi uma bênção e teve ótima participação. Na sexta-feira, uma expressiva parcela da liderança foi reunida e nos demais dias estava lá um povo sedento, cheio de alegria e ardoroso para ouvir a Palavra de Deus. Carlos César de Sales
Foi uma grande maravilha ver cerca de cinco mil pessoas no nosso Congresso. Saímos de lá muito animados com tudo o que aconteceu e estamos motivados, sobretudo, para aquilo que serão os frutos missionários para o estado de São Paulo. Rogério Soares
Presidente do Conselho Estadual do Piauí
Presidente do Conselho Estadual de São Paulo
O Congresso foi um divisor de águas para nós. Cerca de quatro mil pessoas estiveram presentes. Experimentamos o poder de Deus e muitos servos testemunham que agora entendem melhor a proposta do Movimento. Ricardo Emílio de Souza
2011 foi tempo de redescobrir, de reavivar a chama de nossa identidade a partir da moção de lançar as redes. O Congresso foi um momento de viver a dinâmica carismática, de reanimar a fé dentro do nosso estado. Luciano Mattos
Presidente do Conselho Estadual do Pará
Presidente do Conselho Estadual da Paraíba
Presidente do Conselho Estadual do Rio de Janeiro
A nova dinâmica do Congresso Estadual foi muito bem acolhida no estado. O encontro marca o início de um novo tempo, tempo de um povo mais consciente da espiritualidade carismática. Aldir Paulino Pires
Presidente do Conselho Estadual do Rio Grande do Norte
Presidente do Conselho Estadual do Rio Grande do Sul
Presidente do Conselho Estadual de Rondônia
Presidente do Conselho Estadual de Sergipe
Foi fantástica a experiência de ter um Congresso Nacional dentro do evento estadual e o povo estava com grande expectativa, pois muitos nunca tinham ido a um encontro com o Conselho Nacional. Maria Nilva Ribeiro da Silva
Presidente do Conselho Estadual do Tocantins
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IEAD
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“SOMOS PARTE DE UMA A quase cinquentenária trajetória de um movimento eclesial dinâmico, vigoroso e que desperta interesses e curiosidades. Com o intuito de oferecer subsídios para que a identidade e a missão da Renovação Carismática seja cada vez mais compreendida, o Instituto de Educação a Distância (IEAD) da RCCBRASIL lançou o curso “História da RCC” em maio de 2011. As aulas - recheadas de fatos históricos, fundamentos bíblicos e magisteriais - são ministradas por Reinaldo Beserra dos Reis, pioneiro da RCC no Brasil e atual assessor para Novas Comunidades do Movimento, que enriquece grande parte dos conteúdos com seus relatos pessoais. Confira um pouco mais de toda essa riqueza na entrevista a seguir Revista Renovação: O curso, como o nome já indica, trata da História da RCC na Igreja; mas qual seria o objetivo principal de colocar este curso no ar? Reinaldo Beserra – Primeiramente, poderíamos dizer que ampliar a visão a respeito do significado do Movimento em que participo certamente contribui para o fortalecimento do meu sentimento de pertença e me leva a perceber de modo mais adequado qual o meu papel nesse processo, nessa graça. Conhecer melhor a identidade dessa expressão eclesial, na qual me foi dado viver e manifestar a minha religiosidade, consolida a minha própria identidade e aprofunda – enquanto experiência de sentido – a minha satisfação quanto às demandas pessoais de fé. Dizia João Paulo II que um Movimento alcança melhor os seus objetivos próprios e serve melhor a Igreja se na sua organização interna e nos seus métodos de ação souber dar um lugar importante a uma séria formação religiosa 18
dos seus membros. “Neste sentido – dizia ele – todas as associações de fiéis na Igreja têm o dever de ser, por definição, educadoras da fé”. (Catechesi Tradendae, 70). E, por outro lado, a Renovação Carismática tem também – ela mesma, hoje, uma consciência mais clara de sua pertinência no universo religioso da Igreja Católica, de sua utilidade, de sua vocação, de sua missão. Disponibilizar essas informações para os seus membros pode, além do valor histórico que isto traz em si, aliviar a pressão de sobre quem rotineiramente vive sob suspeita, como um “cristão de segunda categoria”, na consideração de não poucos... Temos, como todo grupamento humano, inconsistências e contradições, mas também resgatamos para a vida da Igreja inegáveis valores. Saber que não estamos fora da grande estratégia de Deus para se enfrentar os dramáticos desafios deste tempo de pós-modernidade faz bem ao nosso moral, ao nosso ânimo. O nosso povo merece conhecer isso...
Revista Renovação: O curso é destinado apenas aos líderes
e participantes da RCC ou pode ser virtualmente frequentado por outros católicos, estudiosos ou interessados no assunto? Qual a importância dele em outros contextos? Reinaldo Beserra – Obviamente, sem querer ser um curso de “proselitismo carismático”- pois ele é direcionado primordial, mas não exclusivamente, para os participantes do Movimento , ele é de enorme utilidade para os que tenham interesse em conhecer a RCC “a partir de dentro”. Digo isso porque, frequentemente, aparecem no mercado literário análises e interpretações sobre o Movimento feitas por pessoas que o conhecem apenas de “ouvir falar”, ou porque leram em outras fontes que tampouco conhecem o Movimento – exceto de um ponto de vista acadêmico – ou ainda por alguns que o conheceram anos atrás, e falam dele hoje como se nós nos tivéssemos estagnado naquelas realidades de outrora. Claro que não estamos, no curso, analisando nos-
IEAD
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ESTRATÉGIA DE DEUS” sos defeitos, mas damos mostras daquilo que nos fundamenta – e que vai além de simples “análises sociológicas”. Apresentamos o Curso eu (ex-presidente do Conselho da RCC, e que acompanho o Movimento há 42 anos) e Marcos Volcan, teólogo, crescido na RCC, e seu atual Presidente no Brasil.
Revista Renovação: O curso oferece informações históricas seguras a respeito da implantação da RCC no Brasil e no mundo? Quais são as suas fontes? Reinaldo Beserra – Procuramos, tanto quanto possível, bem fundamentar nossas exposições, oferecendo – como material de apoio – textos complementares e sugestões bibliográficas que possam aumentar o rigor histórico do que estamos tratando. Lamentavelmente, muitas coisas dos inícios do Movimento no Brasil não tiveram registro adequado. A forte resistência – às vezes de caráter mais ideológico do que teológico ou eclesial – ao nascente Movimento pode ter contribuído para essa desatenção, esse descaso para com sua história. Como estive presente em seus primórdios aqui no Brasil, estamos tratando – eu e Marcos Volcan – de ir estabelecendo essas informações testemunhais dentro de um critério histórico-científico para uma futura publicação. Certamente sempre haverá a possibilidade de absorvermos de alguma fonte novas luzes sobre essa história. E toda contribuição, de qualquer viés, será sempre bem-vinda.
Revista Renovação: O Papa Bento XVI participou como teólogo do começo da RCC?
Reinaldo Beserra – O então Cardeal Ratzinger foi um dos consultores que colaboraram, num momento crítico e importante da vida do Movimento, da elaboração do que ficou conhecido como “Documento de Malines”, ou “Orientações Teológicas e Pastorais para a Renovação Carismática Católica (Edições Loyola), organizado pelo teólogo americano Killian McDonnel sob a supervisão do Cardeal Suenens – um dos expoentes do Concílio Vaticano II. (Colaboraram também René Laurentin, Walter Kasper, Michael Hurley, Avery Dulles, Salvador Carrillo, Albert de Monleón, Verônica O’Brien, Yves Congar, entre outros). Diga-se de passagem que o Movimento nunca teve dificuldades de aceitação da parte de nenhum dos Pontífices que o acompanharam (Paulo VI, João Paulo II e o atual, Bento XVI), em que pese suas sempre louvadas – e seguramente inspiradas – recomendações de prudência, de inserção e absoluta comunhão eclesial, mas também de preservação da identidade do Movimento e suas demais expressões. E o mesmo podemos dizer da crítica teológica, por cujas severas análises a RCC passou sem maiores dificuldades vide, por exemplo, além dos já citados, o histórico de nomes como Karl Rhaner, Francis Sullivan, Raniero Cantalamessa, Carlos Aldunate, Heribert Mühllen.
Revista Renovação: Na sua opinião, no que implica o fato do curso estar sendo oferecido na modalidade de educação a distância? Reinaldo Beserra – Como costumamos dizer: “é uma grande bênção“ termos chegado a esse momento de nossa história com uma capacidade – inclusive técnica! – de ofe-
recer ao nosso povo, por um recurso tão eficiente, ágil e abrangente, esse conteúdo a que poucos até hoje tiveram acesso, assim dessa forma didática e concatenada. Detalhes de nossa história e de nossa identidade que permaneceram por décadas dispersos em dezenas de livros ou em testemunhos particulares começam agora a configurar-se num contexto de conjunto que dá um novo e mais consistente sentido à nossa pretensão de querermos ser “apóstolos da devoção e da efusão do Espírito Santo”. É uma graça muito especial que Deus está dando para nós nestes tempos da história da Igreja.
Revista Renovação: Por fim, o que o senhor falaria aos coordenadores de grupo, servos, lideranças e simpatizantes da RCC sobre esse curso? Reinaldo Beserra – Creio que o que respondi até aqui já se constitua num direto convite a quantos queiram crescer no conhecimento e no entendimento dessa graça. Mas ressalto a todos os nossos servos e líderes, nas mais distintas instâncias: procurem saber mais, para melhor servir o nosso povo, como dizia Santo Inácio de Loyola. Não se contentem com “visões parciais” do Movimento, e nem permaneçam na superfície do entendimento da vontade de Deus para as suas vidas. Rechacem a mediocridade. Permitam que também pela formação o Espírito Santo os capacite a assumir com zelo e responsabilidade pastoral a tarefa de liderar e conduzir outros à meta do próprio Cristo: salvar o mundo pelo operar e pelo poder do Espírito para que o Pai seja glorificado. Assim seja! 19
REFLEXÃO NOTÍCIAS
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Identidade visual:
marcados pela
Unidade A identidade visual de uma organização, na opinião dos especialistas, é um de seus principais patrimônios. É por meio dela que uma instituição transmite visualmente seus valores e torna-se reconhecida pelos seus públicos. A marca bem implantada e unificada gera o fortalecimento da identidade. Com base nesse fato, integrantes do Ministério e da Comissão de Comunicação Social propuseram ao Conselho Nacional, na reunião de novembro de 2011, a adoção de uma identidade visual unificada para a Renovação Carismática Católica do Brasil, para ser utilizada em todas as suas instâncias. A partir de agora, apesar de não ser obrigatório, a orientação é que todos usem a mesma logo. A ideia é que o Movimento, por meio de sua marca, seja facilmente identificado, independentemente de onde ele se encontre. Somos um único Movimento, movidos pelo mesmo Espírito Santo, pertencentes à mesma Igreja, seguindo o mesmo Senhor Jesus. Assim, queremos apresentar uma mesma imagem, uma mesma identidade carismática. O Ministério de Comunicação também apresentou a proposta de uma nova assinatura visual, com leves alterações nos elementos iconográficos. A mudança mais radical ficou por conta da nova fonte, mais sóbria e limpa que a anterior. Além disso, a aplicação da marca foi regulamentada através do Manual de Identidade Visual, disponível para download no Portal RCCBRASIL, assim como a nova logomarca. 20
1 - Evolução da marca
A representação gráfica da RCC possui três elementos que caracterizam a sua identidade: a cruz, a pomba e a chama. A conjunção deles traduz a Missão do Movimento conforme está descrito em nosso Planejamento Estratégico:
“Fazer discípulos de nosso Senhor Jesus Cristo (cruz) evangelizando o povo de Deus no Brasil (chamas), a partir da experiência do Batismo no Espírito Santo (pomba).”
A pomba A figura da ave, largamente difundida na arte cristã, representa a experiência do Batismo no Espírito Santo e a prática dos carismas, já que a pomba é um do símbolo da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade. A pomba era uma das imagens com menos legibilidade na antiga marca. Com a adição de contornos e suavização nos efeitos visuais, ela tornou-se mais visível em fundos brancos, por exemplo. A chama A figura estilizada de chama ou língua de fogo representa um novo Pentecostes em nossa terra de missão: o Brasil. A língua de fogo ou chama está relacionada ao acontecimento bíblico de Pentecostes. Na representação, ela se movimenta rumo ao céu, mostrando a atitude de quem se deixa guiar pelo Espírito. A imagem segue a mesma, apenas teve suas cores definidas.
II – Entenda melhor A cruz
Recorda-nos o sacrifício de amor de Jesus que redimiu cada homem e mulher. “A linguagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas para os que foram salvos, para nós, é uma força divina” (1Cor 1,18). Na nova marca, a cruz teve suas linhas reforçadas e o gradiente de cor suavizado, destacando as suas formas.
O que é um Manual de Identidade Visual? É um documento técnico, contendo um conjunto de recomendações, especificações e normas essenciais para a utilização de uma marca, com o objetivo de preservar suas propriedades visuais e facilitar a sua correta propagação. Traz as suas variações oficiais e estabelece algumas normas de uso. Veja o manual da nova marca da RCCBRASIL no site www.rccbrasil.org.br.
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Um selo para a Nossa Casa A palavra selo evoca muitos significados. O mais corriqueiro deles pode ser o de selo postal, pequeno pedaço de papel adesivo, geralmente retangular, usado em correspondências. A palavra selo tem ainda o sentido de confirmação, autenticidade: selo de qualidade, selo de sustentabilidade, selo de responsabilidade social. Na bíblia, também encontramos passagens em que a figura do selo é usada para conferir autoridade. Neemias e os chefes do povo firmaram com seus selos a aliança que fizeram de viver sob a lei e os mandamentos de Deus (cf. Ne 10). No livro de Ester, o edito real promulgado em favor dos judeus recebe o selo que o torna irrevogável (cf. Est 8,8). Já São Paulo, ao se dirigir aos coríntios, afirma ser a própria comunidade o selo que confirma o seu apostolado (cf. I Cor 9,2). Autenticidade e confirmação também são elementos importantes para a construção
da Sede Nacional da RCC. Uma obra coletiva, financiada apenas por doações, precisa encontrar respaldo em seus colaboradores. Sabe-se que quem investe nessa proposta, dá mais que uma ajuda financeira, acredita no sonho de termos uma casa que será lugar de referência para a espiritualidade carismática. A nova campanha para a construção de Nossa Casa vem carregada desses significados. A partir de janeiro de 2012, todos que sonham com a edificação da Sede Nacional são convidados a adquirir e a divulgar os selos da construção: dois modelos de adesivo estampados com o tema do ano da RCC e com a imagem de Nossa Senhora de Pentecostes. Por ser um produto simples e de valor acessível, a expectativa é que um grande número de pessoas se envolva nessa campanha, potencializando o avanço da obra e fortalecendo o sentimento de pertença. Afinal, esse é o significado do selo: confirmar, dar aval, ratificar
que essa construção não é um desejo só das coordenações ou comissões do Movimento, mas de milhares e milhares de carismáticos espalhados pelo Brasil, que amam a Renovação Carismática e, por isso, investem no seu futuro.
Como adquirir Para adquirir seu selo, basta procurar a coordenação do seu Grupo de Oração. Todos os membros do Movimento também são convidados a colaborar na venda de selos. Assim, o sonho da Nossa Casa pode se tornar cada vez mais conhecido.
Partilha Seguindo o princípio da partilha proposto pelo projeto Atos 4,32, todos os recursos arrecadados com a venda dos selos serão partilhados com as instâncias estaduais e diocesanas da RCC.
Peregrinação para a Terra Santa com o Conselho Nacional Séculos de história e belas paisagens: uma combinação que pode ser encontrada em diversos lugares do mundo. Entretanto, há elementos que só o destino da próxima peregrinação da RCCBRASIL pode oferecer. Locais onde o próprio Jesus passou, onde aconteceram os principais fatos da nossa fé. Em novembro de 2012, você pode viver essa experiência junto com o Conselho Nacional. Serão 10 dias de viagem pela Terra Santa. A programação inclui visitas ao Monte Tabor, Caná da Galiléia, Cafarnaum, travessia do Lago de Tiberíades, rio Jordão, Monte das
Bem-Aventuranças, Bethânia, Jericó, Basílica da Natividade, Monte das Oliveiras, Muro das Lamentações, Santo Sepulcro, entre outros. Para cada lugar visitado está previsto um momento de espiritualidade ministrado por lideranças da RCC do Brasil. As inscrições para o grupo já estão abertas. O pacote inclui bilhetes aéreos internacionais, hospedagem, alimentação, traslados, guias, taxas de embarque, seguro saúde e de bagagem. Informe-se sobre valores e condições de pagamento pelo telefone (53) 3227 – 0710 (com Maria Teresa). 21
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Mobilização Nacional de Oração: todos a postos Uma intercessão que não será interrompida nunca! Serão 24 horas de constante oração sem cessar, todos os dias. Essa é a proposta de um projeto que tem início em janeiro. Saiba do que se trata e prepare-se para fazer parte desta iniciativa que certamente irá trazer muitas bênçãos.
Desde 2010, os membros da Renovação Carismática têm sido incentivados a buscar ainda mais intensamente a intimidade com Deus através das práticas espirituais. Esta é a proposta do Projeto Amigos de Deus. Depois da primeira fase do projeto, em que as práticas eram trabalhadas em forma de campanha com os Grupos de Oração, agora os carismáticos estão sendo convocados a participar de uma grande mobilização de oração. A intenção é que, durante todo o ano
de 2012, a RCC se articule de tal forma que se faça intercessão ininterrupta pela vida do Movimento e de seus membros. Para tanto, cada estado vai ficar responsável por um dia do mês no qual se organizará da melhor forma possível para que a oração não seja interrompida e para que um maior número de pessoas se envolva na iniciativa. Ao falar sobre a Mobilização, o coordenador nacional do Ministério de Intercessão, Luiz César Martins, reforça a importância profética da adesão pessoal nesses tempos de reconstrução “O Senhor está nos concedendo este tempo de reparação no qual cada um de nós precisa dar uma resposta bem concreta no sentido de iniciar um projeto de vida que nos levará a uma conversão sincera e progressiva. Sabemos, no entanto, que o nosso combate espiritual sempre provoca uma reação do inimigo e, por isso, precisamos estar aler-
tas e em posição de batalha. Não podemos, de forma nenhuma, dar qualquer chance ao maligno e, portanto, é imprescindível que a nossa mobilização ofereça resistência àquele que investe contra os filhos de Deus”, explica. Já imaginou que grande bênção? Carismáticos do país inteiro se movimentando para, em unidade, exercer uma das características mais marcantes da nossa identidade, a oração ardorosa e profética. Além de um exercício de unidade e comprometimento, a Mobilização Nacional de Oração também será uma forma de pastoreio, pois, em todas as horas do dia, haverá irmãos apresentando a Deus as nossas necessidades pessoais e dos nossos Grupos de Oração e ministérios. Mais informações, cronograma e esquema de oração estão no Encarte desta Revista.
Juntos para celebrar!
O ano de 2012 trará muitos motivos para nos alegrarmos. O primeiro deles é o de reforçarmos a certeza de fazer parte do rebanho do Senhor, de estar num redil de amor, liberdade e graça. E esse grande rebanho estará reunido para duas grandes festas que acontecem num mesmo lugar! Foz do Iguaçu, um dos principais pontos turísticos do Brasil, será a sede para o grande encontro dos carismáticos do Brasil e do mundo. Entre os dias 10 e 15 de julho, 22
nesse local serão realizados o Congresso Nacional da RCCBRASIL e o Encontro Mundial de Jovens da RCC. O evento mais tradicional do Movimento no Brasil chega a sua 30ª edição. São muitos anos de partilhas: pregações, momentos fraternos, escuta profética, oração e espiritualidade. Um verdadeiro encontro da família carismática brasileira. E o nosso país também terá a graça de sediar a primeira edição do Encontro Mun-
dial de Jovens da RCC, um encontro entre as diversas expressões juvenis do nosso Movimento. Oportunidade para as nações declararem que colocam a sua esperança em Jesus! Motivos para celebrar não faltam! O que talvez ainda esteja faltando é a sua inscrição... Acesse o nosso Portal (www.rccbrasil.org.br) e garanta o seu lugar nesta grande festa! Vamos celebrar juntos!
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