Revista Mundo Motor - Edição 2 | Novembro 2015

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Ano 1 | Edição 2 | Novembro 2015

Mercedes O superesportivo requintado da

BOAS NOVIDADES

As picapes de 2016, Onix, BMW Série 7 e HR-V

RODAS NA

ESTRADA

Uma viagem de carro por cidades de Minas Gerais




Ed i to r i al

Foto: Faelo Ribeiro

Ano 1 | Edição 2 | Novembro 2015

Coordenação Eder Mota

Eder Mota Diretor da Realiza Editora

“C

omo será o amanhã? Responda quem puder...” A pergunta do samba-enredo de João Sérgio, composto em

1978, nunca foi tão atual. Principalmente quando nos referimos ao setor automotivo. No Espírito Santo, o segmento enfrenta inúmeros desafios e todos se perguntam como será o 2016. Nós, da Revista Mundo Motor, somos bastante otimistas e acreditamos na recuperação do setor. Mantemos os pés fincados no chão e estamos atentos à realidade que nos cerca, é verdade, mas cremos que 2016 será diferente. Afinal, como Charles Darwin sentenciou, não são os mais fortes que sobrevivem, e sim aqueles que melhor se adaptam às mudanças. E se há uma coisa que estes tempos difíceis ditaram foi

Comercial

João Paulo Motta Garbini, Rita Damasceno e Wander Castro

Jornalista responsável

Ariani Caetano (MTB-ES 2420)

Projeto gráfico e diagramação Link Editoração

Impressão

GSA Gráfica e Editora

Tiragem

7 mil exemplares

Distribuição

Gratuita e dirigida em postos de combustível da Grande Vitória e mailing da Realiza Editora

www.revistamundomotor.com.br /mundomotorrevista @revistamundomotor A Revista Mundo Motor é uma publicação trimestral da Realiza Editora. É proibida a reprodução total ou parcial de textos, artigos, fotos, ilustrações e anúncios, por qualquer meio, sem prévia autorização do editor. Todos os direitos reservados.

A Revista Mundo Motor é um produto da

exatamente a necessidade de mudança. Mudar, reinventar-se, inovar. Tudo isso é não só necessário, mas também urgente. Avaliar estratégias, reconsiderar o modelo de gestão, repensar o posicionamento no mercado são atitudes que devem ser tomadas pelas empresas que querem crescer em meio à crise. Nós queremos. E desejamos que o segmento que representamos queira também.

(27) 3314-5117 | (27) 3024-3355 www.realizaeditora.com.br | contato@realizaeditora.com.br Avenida Leitão da Silva, 141, Edifício Braga, sala 306, Bento Ferreira, CEP: 29050-605, Vitória/ES Se beber, não dirija. Use sempre o cinto de segurança.


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NA CIDADE, SOMOS TODOS PEDESTRES.

Reservamos o direito de corrigir possíveis erros de digitação. Fotos ilustrativas.


S umá r i o

8

Conta-giros Notícias do mercado

Hacth O mais vendido

Sedã Mais tecnológico impossível

Suv Jovial, sedutor e nacional

Teste Drive Superesportivo de design requintado

Entrevista Transporte: uma necessidade e vocação no ES

Perfil Automóveis, motos e caminhões

GPS Minas é “tudibão”

Claquete Licença para destruir carros

Gastrô Carnes de personalidade

18 22 26 30 36 40 46 52 54



C o nta -Gi r os

As picapes que vão estar

nas ruas em 2016

O

ano vai embora, mas deixa de

O anúncio do Toro, da Fiat, foi a gran-

presente muitos lançamentos

de surpresa do ano. A própria montadora

na categoria de utilitários. En-

já adiantou que o modelo chega para unir

quanto Fiat e Renault apre-

o melhor de dois mundos. Com 4,915 me-

sentaram suas picapes, outras montadoras

tros de comprimento, ele tem capacidade

atualizaram suas versões, que chegam ain-

para levar uma tonelada de carga com até

da mais robustas, tecnológicas e com de-

cinco pessoas a bordo e com o conforto de

sign renovado.

um automóvel de luxo.

Fiat Toro

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R e v i s t a

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M o t o r


Co n ta-G iro s

Renault Duster Oroch

Já a Oroch, também primeira picape da

controle de oscilação de reboque, nas ver-

Renault, veio com a proposta de criar um

sões SRV e SRX, sendo a única picape da

novo segmento, já que combina as funções

categoria com o item. Nos quesitos técni-

de uma verdadeira picape de cabine dupla

cos e de conforto, a Nova Hilux traz trans-

com o espaço, dinâmica e conforto de um

missão automática de seis velocidades para

SUV. Assim, ela se posiciona entre os mo-

todas as versões, exceto a Standard, que

delos compactos e médios, para uso com-

está disponível no modo manual; botão se-

binado de trabalho e lazer. Com quatro por-

letor de tração, ao invés da tradicional ala-

tas e cinco lugares, ela traz suspensão tra-

vanca, e ar-condicionado central para os

seira multilink em todas as versões e dirigi-

passageiros do banco de trás.

bilidade aprimorada para oferecer uma condução precisa e segura como a de um car-

Toyota Hilux

ro de passeio, tanto com a caçamba vazia quanto carregada. Outra boa novidade do final do ano foi a chegada da oitava geração da Toyota Hilux, que veio com motorização mais potente, com 177 cavalos, e equipada com motor 2.8l e 45,9 kgfm de torque, contra 36,7 kgfm do modelo de 2015. Com rodas de liga leve aro 17 para as versões intermediárias e aro 18 para a topo de linha, o modelo ganhou um

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C o nta -Gi r os

Chevrolet S10

A S10, por sua vez, recebeu a chance-

usinada e frisos cromados na base dos vi-

la High Country, famosa em modelos Che-

dros das portas. Além disso, a picape es-

vrolet nos Estados Unidos. Para isso, a pi-

treia com cabine dupla, motor 2.8 turbo-

cape ganhou uma série de itens, como fa-

diesel, transmissão automática de seis

róis em cromo escurecido com projetor,

marchas e tração 4x4, que é comandada

aplique no para-choque dianteiro, estri-

por um seletor eletrônico no console cen-

bos laterais, rodas aro 18 com superfície

tral da cabine. Fechando a lista, a Nissan Frontier chegou à linha 2016 com reforço no pacote de equipamentos da versão SV Attack 4x4, nas opções com câmbio manual de seis velocidades e automática de cinco velocidades. A versão, que ganhou a opção automática no ano-modelo anterior, passa a contar agora com uma central multimídia integrada com o sistema de navegação e câmera de ré, além de outras funcionalidades que

Nissan Frontier

trazem conforto, segurança e entretenimento a bordo.

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Co n ta-G iro s

Apesar da crise...

O

ano não foi tão ruim para as

trimestre dos veículos das marcas BMW,

montadoras. Muitas delas

Mini e Rolls-Royce aumentaram 6,9%, para

chegaram a registrar aumen-

545.062 unidades (2014: 509.669 unida-

to no lucro em comparação

des), estabelecendo um novo recorde para

ao ano de 2014. A Nissan Motor Co., por

o período. Com a ajuda de condições co-

exemplo, anunciou resultados positivos

merciais favoráveis, as receitas do grupo

para o primeiro semestre do ano fiscal de

subiram 14%, para € 22,34 bilhões (2014:

2015, até 30 de setembro, e reportou for-

€ 19,60 bilhões). Só a marca BMW regis-

te aumento de lucro operacional e cresci-

trou uma nova alta no volume de vendas no

mento contínuo da receita. A forte deman-

terceiro trimestre, atingindo 463.739 uni-

da por novos produtos na América do Nor-

dades (2014: 433.145 unidades; + 7,1%).

te e Europa Ocidental, combinada com os

O volume de vendas para o período de

benefícios da disciplina na utilização dos

nove meses do ano cresceu em 5,8%, para

recursos e custos e a correção do iene em

1.395.780 unidades (2014: 1.319.492 uni-

relação ao dólar americano, contrabalan-

dades). As vendas da marca foram impul-

çaram a queda de condições de merca-

sionadas por diversos modelos, com des-

do no Japão e vários mercados emergen-

taque para os modelos da linha BMW X,

tes. Assim, o lucro operacional subiu para

bem como as Séries 2 e 4.

395 bilhões de ienes no período, represen-

Também no terceiro trimestre de 2015,

tando uma margem de 6,7% sobre a recei-

a Fiat Chrysler Automobiles (FCA) repor-

ta líquida, que aumentou 15,3%, para 5,93

tou receita líquida de € 27,5 bilhões, re-

trilhões de ienes para o período. Só a Nis-

presentando um crescimento de 17% na

san vendeu 2,62 milhões de veículos glo-

comparação com o mesmo período do ano

balmente no período, um aumento de 1,3%

passado. As vendas globais da FCA totali-

na análise ano a ano.

zaram 1,1 milhão de unidades entre julho e

O BMW Group atingiu novos recordes

setembro, em linha com o terceiro trimes-

em termos de volume de vendas, receitas e

tre de 2014. O bom desempenho da Jeep

lucratividade no terceiro trimestre de 2015.

continuou em todo o mundo, com as ven-

Esses indicadores de performance tam-

das crescendo 27%. Assim, o lucro líqui-

bém melhoraram no período de nove me-

do ajustado ficou em € 303 milhões, com-

ses, com novos recordes estabelecidos em

parados com € 230 milhões no mesmo tri-

cada caso. As vendas mundiais no terceiro

mestre de 2014.

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C o nta -Gi r os

Obrigatoriedade A Proteste Associação de Consumidores,

Trânsito (Denatran) para que todos os car-

após a realização de testes, comprovou a

ros saiam de fábrica com esse sistema a par-

importância de o controle eletrônico de es-

tir de 2017. Nos Estados Unidos e na União

tabilidade constar como obrigatório nos car-

Europeia, esse item já é obrigatório, e na Ar-

ros brasileiros para a redução de acidentes.

gentina será item de série em 2018. Quem

Por isso, está coletando assinaturas para

quiser colaborar pode acessar a campanha

pressionar o Departamento Nacional de

no site proteste.org.br/carrosobcontrole.

Avaliação e preparação

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para 2016

Com 20 concessionárias de automóveis no

em Vitória e participaram cerca de 80 pes-

Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janei-

soas. O objetivo foi promover o alinhamen-

ro, o Grupo Águia Branca reuniu profissionais

to entre esses profissionais, que atuam com

das áreas de financiamento, consórcios, segu-

realidades diferentes e vivem situações par-

ros e acessórios para avaliar resultados e se

ticulares que podem ser compartilhadas na

preparar para 2016. O encontro foi realizado

busca pela melhoria dos processos.

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Co n ta-G iro s

Macan

renovado A Porsche está atualizando o Macan. A grande novidade é que o sistema Porsche Communication Management (PCM) agora também vem no modelo. Seus destaques são a navegação de rota em tempo real, operação simplificada e um hotspot wi-fi integrado. A Porsche também está oferecendo faróis full-LED como uma opção para todos os modelos do SUV esportivo. Esses novos faróis ajudam o motorista com feixe de cor semelhante à luz do dia e, ao mesmo tempo, maior amplitude. Já para o Macan Turbo, a marca está oferecendo, pela primeira vez, pacotes de exteriores e interiores. O Macan, aliás, é o grande best-seller

Porsche a alcançar mais de 190 mil veículos

da marca. Em 2015, foram cerca de 70 mil

vendidos nos dez primeiros meses do ano,

unidades comercializadas, o que ajudou a

ultrapassando o número de 2014.

Cuidado com

a maresia Sim, ela pode prejudicar o carro, assim como

da Contauto, Jovani Lazzarini, as peças

o sol prejudica a pele que é exposta a ele

mais prejudicadas são as do conjunto de

sem proteção. Formada por minúsculas go-

escapamento. Em carros mais antigos, as

tas de água salgada que ficam em suspen-

rodas de ferro podem enferrujar e não segu-

são no ar, essa brisa, que é rica em cloreto

rar mais o ar dos pneus. O desgaste ocorre

de sódio e cloreto de magnésio, penetra nas

com o passar do tempo, quando não é fei-

frestas do veículo. Aí, evapora-se a água e

ta a limpeza correta, o que inclui lavar com

os sais permanecem, provocando a oxida-

regularidade e fazer o polimento e cristali-

ção dos materiais feitos de metal.

zação da pintura, que protegem o carro por

De acordo com o gerente de pós-venda

um período determinado.


C o nta -Gi r os

Dica de

leitura

São muitas as memórias deixadas por Ayr-

admiradores. Em “100 Senna”, livro lan-

ton Senna, seja para quem acompanhou e

çado pela editora Arte Ensaio em parceria

torceu pelo maior piloto de Fórmula1 que o

com o Instituto e organizado pelo escritor

Brasil já teve, seja para entusiastas do au-

Celso de Campos

tomobilismo que só conheceram a trajetó-

Jr., 100 objetos

ria do esportista postumamente. As maio-

relativos à vida

res referências estão em seus feitos nas

pessoal e profis-

pistas. No entanto, um acervo de lembran-

sional do piloto

ças concretas também guarda muitas histó-

são retratados em

rias de Ayrton entre capacetes, macacões,

mais de 300 pági-

livros e troféus.

nas, acompanha-

Sob os cuidados da família e do Institu-

dos por fotogra-

to Ayrton Senna, esses “tesouros” do pilo-

fias da vida e da

to agora estão ao alcance de todos os seus

carreira do piloto.

Seguro para

adultos e crianças

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O Honda HR-V (veja mais sobre ele na pá-

adequada para o tórax dos ocupantes. Na

gina 26) conquistou classificação máxima

região dos joelhos, a estrutura do veículo

nos testes de segurança da Latin NCAP,

não apresenta pontos críticos, e a carro-

com cinco estrelas em relação à proteção

ceria foi considerada estável, capaz de su-

dos ocupantes adultos e também para pro-

portar carga adicional. O modelo também

teção de crianças, no banco traseiro. De

atende os requisitos do teste de impac-

acordo com o programa de avaliação, no

to lateral. Já no banco traseiro, a fixação

teste de impacto frontal, as cabeças do

para assentos do tipo Isofix para crianças

motorista e do passageiro do banco dian-

de 1 ano e 6 meses a 3 anos de idade foi

teiro foram bem protegidas pelos airbags

capaz de prevenir um movimento exces-

frontais. Ambos os cintos de segurança,

sivo para frente durante o impacto, ofe-

equipados com pré-tensionadores e limi-

recendo boa proteção para os dois mane-

tadores de carga, oferecem a proteção

quins infantis durante os testes realizados.

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Co n ta-G iro s

Já limpou o

ar-condicionado?

Com os dias cada vez mais quentes, o ar-

A falta de limpeza, além de afetar o

condicionado do carro nem é mais desli-

desempenho do aparelho, oferece risco à

gado. Mas para assegurar a eficiência do

saúde, e os usuários podem desenvolver

equipamento e um ambiente bem refrige-

ou ter problemas respiratórios agravados,

rado, sua higienização deve ser realizada

como rinite e asma. Mesmo os carros que

a cada seis meses, e os filtros, trocados.

saem de fábrica com os filtros antiácaros

“O prazo para substituição vai depender

devem passar por revisão permanente.

do tempo de exposição a ambientes poluí-

Outro sinal de que o filtro precisa ser tro-

dos, mas, em geral, a troca é feita por vol-

cado, segundo Rodrigues, é a dificuldade

ta dos 10 mil quilômetros”, comenta o coor-

de ventilação, exigindo do ar-condiciona-

denador de Qualidade da Tai Motors, Gilce-

do velocidades maiores para resfriar o car-

mar Rodrigues. O mau cheiro no automó-

ro. O sistema também precisa passar por

vel é um dos primeiros indícios de que o fil-

higienização, que é feita com um produto

tro está sujo, e é resultado do acúmulo de

que elimina fungos e bactérias acumula-

ácaros, fungos e bactérias.

dos na tubulação.

Novo

408

Com uma notável evolução de projeto, o

acendimento automático dos faróis e do

novo Peugeot 408 chega ao mercado com

limpador do para-brisa indexado à veloci-

novas rodas de 17 polegadas, aspecto ro-

dade do veículo, bancos com revestimen-

busto e acabamento diamantado na ver-

to parcial em couro e sensor de estaciona-

são topo de linha (Griffe). A traseira man-

mento traseiro, entre outros.

tém o equilíbrio em volume com o para-choque inteiramente redesenhado para sugerir maior elegância e dinamismo para o veículo. As novas lanternas completam a evolução da traseira: elas trazem iluminação em LED de nova geração, conferindo sofisticação ao sedã. Entre as comodidades que foram agregadas ao sedã estão retrovisores externos elétricos, vidros elétricos sequenciais com sistema antiesmagamento,

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Nova sede

e novo T4 A Trilha Vitória Troller já iniciou suas atividades na nova sede, com localização privilegiada e muito mais conforto, na Av. Norte Sul, em Jardim Camburi. A loja ganhou uma oficina mais ampla com itens sustentáveis, como o reaproveitamento de água da chuva, por exemplo, e um grande showroom, com modelos e acessórios da marca. É lá que está, por exemplo, o Troller T4, modelo off-road, mas que foi reformulado para ficar mais confortável e leve. Ele está mais alto, a carroceria cresceu e o interior está mais parecido com o de um automóvel de passeio. Além disso, o T4 ganhou nova mecânica e deixou de usar o motor 3.0 16v 4 cilindros MWM-Internacional de 165 cv e 38,7 kgfm para ser impulsionado pelo bloco 3.2 20v 5 cilindros Duratorq da Ford de 200 cv e 47,9 kgfm de torque máximo. Houve ainda a troca do câmbio manual de cinco marchas por um novo com seis. Já o sistema de tração mantém os modos 4x2, 4x4 High e 4x4 Low, com acionamento eletrônico. Além da força extra, esse novo motor, segundo a Troller, é até 10% mais eficiente no consumo.

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Fotos: © GM Corp

H atc h

O mais

Vendido S Modelo da Chevrolet conquistou a preferência do consumidor em vários meses consecutivos.

18

ó em outubro, fo-

segundo ano consecutivo,

série na linha 2016, como

ram 11,1 mil uni-

o carro usado da Chevrolet

volante multifuncional com

dades negocia-

mais bem avaliado do mer-

teclas de controle de áu-

das em todo o

cado nacional, com depre-

dio e telefone nas versões

país. No acumulado do ano

ciação de apenas 7,6% após

equipadas com o sistema

(até 31 de outubro), foram

um ano de uso. O que fez do

multimídia Chevrolet My-

mais de 98 mil unidades co-

Onix todo esse sucesso em

Link (LT, LTZ e Effect). Essa

mercializadas, tendo sido

vendas e o que há de novo

tecnologia proporciona mais

apontado como o modelo

em sua versão 2016?

segurança ao motorista, e

de maior valor de revenda

A começar, mais itens

as teclas do controle de

do Brasil. Também foi, pelo

estão sendo oferecidos de

áudio ficam posicionadas

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Hatch

Volante multifuncional com teclas de controle estrategicamente na extre-

automática de seis veloci-

Distribution) nas quatro ro-

midade do raio direito do vo-

dades). Mas é no quesito co-

das, airbag duplo e cintos de

lante, bem ao alcance dos

nectividade que ele se des-

segurança dianteiros com

dedos, o que evita que ele

taca mesmo. Com tela de

ajuste de altura também es-

desvie o foco de atenção.

sete polegadas sensível ao

tão presentes em todos os

Também na linha 2016, o

toque (touchscreen), o sis-

modelos, que trazem ainda

volante do veículo traz novo

tema multimídia permite ao

a comodidade do ar-condi-

acabamento em cinza Very

usuário executar suas mú-

cionado e das travas e vi-

Dark Sleek Silver. Outra

sicas, fotos e vídeos, além

dros elétricos com contro-

novidade é a opção de cor

de conectar à internet atra-

le remoto na chave.

Cinza Graphite para a car-

vés do smartphone.

Em relação à parte me-

roceria do Onix. Vermelho

Desde a versão 1.0 LS

cânica, a linha 2016 man-

Peper, Preto Global, Pra-

(de entrada), o Chevrolet

tém a consagrada família

ta Switchblade, Azul Sky

Onix também conta com di-

de propulsores Flex Fuel

e Branco Summit comple-

versos itens de conforto e

SPE/4 (Smart Performan-

tam a lista.

segurança. Destaque para

ce Economy 4 cylinders),

O modelo da Chevrolet

a direção hidráulica, o ban-

caracterizada pelo siste-

possui nove configurações

co do motorista com regu-

ma de injeção sequencial

diferentes entre acabamen-

lagem de altura e o painel

com ignição independente

to (LS, LT, LTZ ou Effect),

com conta-giros e velocíme-

por cilindro – cada um ali-

motorizações (1.0 ou 1.4)

tro digital. Freios ABS com

mentado por uma bobina

e transmissão (manual ou

EBD (Electronic Brake Force

individual da mesma classe

19


H atc h

das utilizadas no Chevrolet

etanol e 98 cavalos com ga-

mantém a marcha em uso

Camaro –, o que resulta em

solina, ambos a 6.000 rpm.

mesmo quando o motoris-

menos trabalho ao motor e

Destaque também para

ta alivia o pé do acelerador,

redução no desperdício da

a opção de transmissão au-

conferindo maior controle e

energia por ele gerado.

tomática de seis velocida-

estabilidade do veículo. So-

Com alta densidade de

des (nos modelos com mo-

ma-se a isso a opção Acti-

potência, o modelo 1.0 do

torização 1.4), a GF6 de se-

ve Select, que permite que

Chevrolet Onix entrega 80

gunda geração, que conta

o próprio condutor realize

cavalos quando abasteci-

com o sistema adaptativo

as trocas de marcha a seu

do com etanol e 78 cava-

de trocas de marcha, mó-

modo, por meio dos contro-

los com gasolina, sempre a

dulo de controle integrado

les localizados na alavanca

6.400 rpm, enquanto o mo-

– que elimina cabos entre o

de transmissão, conferindo

delo 1.4 entrega 106 cava-

módulo e a transmissão – e

mais esportividades à con-

los quando abastecido com

freio motor, dispositivo que

dução do veículo.

FICHA TÉCNICA Câmbio manual de 5 marchas ou automática de seis 6 velocidades Porta-malas 280 litros

Direção hidráulica

Tanque 54 litros

Motorização 4 cil. 1.0 ou 1.4, 8v

Dimensões Comprimento: 3.930 mm Largura: 1.964 mm Altura: 1.484 mm

Pneus 185/65 aro 14 ou 185/65 aro 15

20

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M o t o r

Rodas aço estampado ou alumínio



S e dã

Mais tecnológico

impossível

O aguardado e novíssimo BMW Série 7 desembarcou na Europa em outubro e deve chegar ao Brasil em março de 2016.

A 22

sexta geração do sedã de luxo

sistema iDrive e de estacionamento com

BMW Série 7 chega para redefi-

controle remoto. Head-Up Display, serviço

nir o conceito de alto luxo, sub-

de informação de tráfego, assistente de di-

linhando uma experiência única

reção e proteção ativa contra colisão, além

de condução com uma série de itens inova-

de Surround View e Panorama View com vi-

dores de eficiência e segurança. Com car-

sualização 3D tornam o sedã referência em

roceria feita em fibra de carbono reforçada,

luxo e inovação.

o modelo traz em seu interior, por exemplo,

Os poderosos faróis BMW Laserlight

funções como teto Sky Lounge iluminado e

que equipam o BMW i8 agora estão dis-

carregadores de smartphones por indução.

poníveis também no novo BMW Série 7,

Ao volante, o motorista conta com uma

que conta ainda com um projeto de ilu-

série de recursos de assistência, como

minação precisamente configurado para

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M o t o r


S edã

conferir uma maior sensação de exclusi-

optar por uma condução confortável ou de

vidade na cabine.

alta eficiência, ajustando as configurações

O design do BMW Série 7 é uma au-

do carro às característica do estilo de dire-

têntica vitrine do caráter do carro. Propor-

ção e mesmo à rota. Além disso, outra fun-

ções harmoniosas, um design de superfí-

cionalidade do BMW é o controle por ges-

cie fortemente controlado e linhas preci-

tos. Os movimentos das mãos são detec-

sas compõem seu estilo. Além disso, há a

tados por sensores e permitem controlar o

fusão entre materiais requintados e pre-

volume do som e aceitar ou rejeitar chama-

cisão artesanal, evidenciada pela funcio-

das telefônicas, por exemplo. Há também a

nalidade sofisticada dos elementos de co-

opção de configuração de um gesto especí-

mando e de visualização.

fico com uma escolha individual de função.

Com relação ao motor, o modelo está dis-

Também fez parte do pacote um carregador

ponível com motorização V8 atualizada de

de smartphone integrado no console cen-

seis cilindros em linha variantes e transmis-

tral que permite o carregamento indutivo

são Steptronic de oito velocidades. A mon-

pela primeira vez em um carro.

tadora alemã revela que haverá ainda uma

E as inovações não param por aí. O novo

versão híbrida, com motor de quatro cilin-

BMW Série 7 é o primeiro carro de produ-

dros e mais um elétrico.

ção em série do mundo que os proprietá-

Mas o que impressiona mesmo é a quan-

rios serão capazes de manobrar sem nin-

tidade de inovações disponíveis no modelo.

guém ao volante. A opção de estaciona-

Entre as novidades está a possibilidade de

mento por controle remoto permite aos motoristas acessar estacionamentos aperta-

Controle por gestos e carregamento de smartphones por indução

dos com facilidade. O condutor conta ainda com assistente de direção e controle de pista, proteção contra colisão lateral e funções de advertência de tráfego. Enquanto

23


S e dã

isso, o assistente de engarrafamento – que

em alguns modelos. Esse pacote inclui ar-

envolve condução semiautomática – pode

condicionado automático com controle de

ser usado em qualquer tipo de estrada, e o

quatro zonas, bancos com função massa-

Cruise Control Active, com função Stop &

geadora, console traseiro com mesa do-

Go, só requer que o motorista pressione um

brável, suportes para copos e sistema de

botão para incorporar restrições de veloci-

comando de toque, por meio de um tablet

dade detectados pela função de informa-

de sete polegadas que permite ao usuá-

ção de velocidade máxima.

rio controlar seu conforto e reproduzir ar-

Se isso tudo ainda for pouco, há ainda o opcional Executive Lounge, disponível

quivos de áudio e vídeo, jogar ou navegar na internet.

FICHA TÉCNICA

Motorização V8, 32v

Câmbio automático de 8 marchas

dIREÇÃO elétrica

Aceleração 0 a 100 km/h em 4,4 segundos

Dimensões Comprimento: 5.090 mm Largura: 1.900 mm Altura: 1.460 mm Peso (Kg): 1.870

24

R e v i s t a

M u n d o

Velocidade máxima: 250 km/h

M o t o r

Pneus 245/40 R20 (dianteira) e 275/35 R20 (traseira)



S U V

Jovial, sedutor

e nacional Com design marcante, novo SUV da Honda destaca-se pela robustez, espaço interno, segurança e dirigibilidade.

26

R e v i s t a

M u n d o

I

naugurando a nova gera-

de valores exclusivos para

ção de SUVs da Honda, o

o mercado brasileiro.

HR-V reúne a robustez e

A primeira característi-

a imponência de um utili-

ca que impressiona é a es-

tário esportivo com o toque

portividade do design da ca-

pessoal de um coupé e a ver-

bine, com console central

satilidade de uma minivan.

elevado e painel de instru-

Desenvolvido sob a filoso-

mentos moderno e de fácil

fia “Máximo para o homem,

leitura, transmitindo a sen-

mínimo para a máquina”, o

sação de um cockpit. En-

modelo reúne em seu inte-

tre os itens de série, o mo-

rior sofisticação, conforto,

delo traz ar-condicionado,

versatilidade e grande es-

freio de estacionamento

paço para os passageiros

com acionamento eletrôni-

e carga, uma combinação

co, vidros elétricos com um

M o t o r


S UV

toque para subida/descida

mãos da direção ao atender

a CVT (Continuously Variab-

e sistema de áudio com CD

uma chamada.

le Transmission – Transmis-

Sob o capô, o HR-V é equi-

são Continuamente Variá-

O sistema multimídia

pado com o propulsor i-VTEC

vel). Esse câmbio também

também conta com uma en-

1.8 SOHC, que adota o siste-

foi adotado nas versões EX

trada HDMI, que permite o

ma Flex One. Essa tecnolo-

e EXL, sendo que o sistema

espelhamento de dispositi-

gia dispensa o tanque auxiliar

conta com conversor de tor-

vos para a reprodução de áu-

para partida a frio, garantin-

que e elasticidade de giro, o

dio e vídeo (quando o veículo

do um acionamento do mo-

que melhora a tração em bai-

estiver com o freio de esta-

tor de forma rápida e segu-

xas velocidades, proporcio-

cionamento acionado), duas

ra, além de performance com

nando uma resposta mais rá-

entradas USB e CD player.

economia de combustível.

pida, aceleração linear e eco-

player e entrada USB.

No display, é possível ain-

O motor i-VTEC 1.8 gera

nomia de combustível. A ver-

da a reprodução de imagem

potência máxima de 139 cv a

são top de linha ainda possui

da câmera de ré, incluindo a

6.300 rpm e torque de 17,44

paddle shift e sete marchas

função de guia dinâmica, na

kgfm a 5.000 rpm com a uti-

simuladas, para uma condu-

qual a linha de guia acompa-

lização de etanol – quan-

ção mais dinâmica.

nha a rotação do volante. To-

do abastecido com gasoli-

E para garantir perfor-

das as versões do HR-V são

na, são 140 cv a 6.500 rpm

mance com segurança, toda

equipadas com HFT (Hands

e 17,34 kgfm a 4.800 rpm.

a linha HR-V traz, de série, o

Free Telephone) por meio de

Além da opção de transmis-

controle de tração/estabili-

comandos no volante, evi-

são manual com seis veloci-

dade VSA (Vehicle Stability

tando que o motorista se

dades (exclusiva para a LX), a

Assist) e o sistema de direção

distraia ou precise tirar as

versão de entrada conta com

MA-EPS (Motion Adaptive

Freio de estacionamento eletrônico (EPB) e sistema Brake Hold de série

27


S U V

Electric Power Steering). Esse dispositivo

freio de estacionamento eletrônico (EPB)

interpreta o movimento do motorista favo-

e sistema Brake Hold de série. Com essa

recendo ou enrijecendo o esterço da dire-

tecnologia, se o motorista acionar o freio e

ção quando o carro começa a sair da traje-

mantiver o carro parado por um longo perío-

tória em uma curva, auxiliando na retoma-

do, como em um congestionamento, o con-

da do controle do veículo.

trole elétrico do freio de estacionamento é

O modelo é equipado ainda com o HSA

automaticamente ativado.

(Hill Start Assist), assistente de partida em

O SUV traz ainda, na versão EXL, retro-

rampa, também são itens de série os pneus

visores com rebatimento elétrico e a fun-

215/55 R17, as rodas de 17” com design es-

ção Tilt Down, que ajusta para baixo auto-

portivo (nas versões com câmbio CVT) e o

maticamente o espelho retrovisor direito

sistema de freios a disco nas quatro rodas

quando o motorista engata a marcha à ré.

com ABS (antitravamento) e EBD (distribui-

O HR-V possui três anos de garantia, sem

ção de frenagem). Aliás, o HR-V é o primei-

limite de quilometragem e está disponível

ro veículo com produção nacional a trazer

em sete opções de cores.

C

M

FICHA TÉCNICA

Y

CM

MY

Câmbio manual de 6 velocidades ou automática do tipo CVT

Direção com assistência elétrica progressiva (EPS)

CY

CMY

K

Tanque 51 litros Porta-malas 431 litros acima da tampa do assoalho (mais 6 litros abaixo)

Motorização 1.8l 16v SOHC i-VTEC Flex One

Dimensões Comprimento: 4.294 mm Largura: 1.772 mm Altura: 1.586 mm

Peso 1.740 kg

Pneus 215/55 R17

28

R e v i s t a

M u n d o

M o t o r

Rodas liga leve 17” (CVT) ou aço 17” (MT)


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T este

D r i ve

Super esportivo de design requintado

30

R e v i s t a

M u n d o

M o t o r


T est e

Capaz de ir DE 0 a 100 em 3,8 segundos e atingindo até 310 km/h, AMG GT S tem

Drive

A

presentado aos brasileiros no Salão do Automóvel de São Paulo de 2015, o novo AMG GT S chega ao Espírito Santo

em novembro como um dos superesportivos de maior destaque da Mercedes-Benz.

desempenho

Seu motor AMG 4 litros V8 biturbo com 510

de carro de

cv, inteiramente novo, reforça a performan-

corrida e

ce característica da marca AMG. O novo GT

conforto de

combina comportamento dinâmico e de-

carro de rua.

sempenho de primeira classe nas pistas de corrida com uma suprema praticidade para o uso diário, além de apresentar um excelente nível de eficiência. Com uma relação favorável entre potência e peso – 3,22 kg por cv –, o Mercedes AMG GT S junta-se aos melhores de seu segmento, batendo de frente com o Porsche 911.

31


T este

D r i ve

Superesportivo em sua forma mais pura Com relação ao design, o novo Mercedes AMG GT S é um superesportivo em sua for-

32

envolvente ao habitáculo, graças à posição baixa do banco.

ma mais pura. Impossível não ser capturado

O novo motor de alto desempenho do

por sua aparência, que confere ao cupê um

cupê entra em ação ao toque de uma te-

ar requintado e autoconfiante. O longo capô,

cla. O motor, desenvolvido especialmen-

com suas linhas acentuadas, a cabine des-

te para o GT, é o mais novo membro da fa-

locada bem para trás, as grandes rodas e a

mília Blue Direct e proporciona potência,

imponente traseira criam um visual único.

desempenho de automobilismo esporti-

O design interno também chama a aten-

vo, construção leve e, ao mesmo tempo,

ção. Proporções esportivas e baixas criam

alta eficiência e compatibilidade ambien-

uma sensação única de espaço. O “design

tal. E para quem adora um ronco de mo-

de aviação”, marca registrada dos automó-

tor, ele traz o característico som dos mo-

veis esportivos da Mercedes-Benz, foi rees-

tores V8 da marca.

tilizado. A ênfase extrema na largura do pai-

Com 3.982 cc de cilindrada, o V8 utili-

nel, que cria a impressão de uma poderosa

za tecnologias já presentes no motor 2 li-

asa, domina o cockpit do GT. Quatro aber-

tros do A 45 AMG, CLA 45 AMG e GLA 45

turas de ventilação centrais e as aberturas

AMG – atualmente o motor produzido em

individuais à esquerda e à direita nas extre-

série mais potente do mundo. Além disso,

midades do painel reforçam essa ideia, e o

o AMG 4 litros V8 biturbo atende aos pa-

GT se impõe como uma genuína máquina

drões de emissão Euro 6, inclusive quanto

esportiva, integrando o motorista de forma

ao nível de emissões particuladas.

R e v i s t a

M u n d o

M o t o r


T est e

Drive

No que diz respeito à transmissão de

da transmissão esportiva AMG Speedshift

força do novo GT, a Mercedes AMG deci-

DCT 7 foram desenvolvidas ainda mais para

diu por uma combinação de motor diantei-

aplicação no novo superesportivo. Graças à

ro entre-eixos e uma transmissão de sete

maior amplitude de relações das marchas, a

marchas com dupla embreagem posicio-

margem de torque do motor V8 turbo pode

nada junto ao eixo traseiro, configuração já

ser usada de forma otimizada.

consagrada no SLS AMG. A eficiência, ve-

E para personalizar o modo de dirigir, o

locidade e precisão das trocas de marchas

motorista pode ajustar individualmente o GT com o sistema AMG Dynamic Select. Vários modos são disponíveis: “C” (Eficiência Controlada), “S” (Sport), “S+” (Sport Plus) e “I” (Individual). O programa manual “Race”, reservado exclusivamente para o GT S, ajusta de forma ideal a estratégia de trocas da transmissão de dupla embreagem às necessidades do uso na pista de corridas. Já pressionando a tecla “M”, o motorista pode ativar o modo manual da transmissão a partir de qualquer modo de direção selecionado.

Ajuste de direção com sistema

AMG Dynamic Select

33


T este

D r i ve

Na carroceria, a combinação de ma-

Como cereja do bolo, e não menos im-

teriais foi a mais inteligente possível. O

portante do que outros ingredientes, a se-

chassi, incluindo o habitáculo e a carro-

gurança ativa e passiva do AMG GT foi pen-

ceria, é feito de liga leve, a tampa do por-

sada no mais alto padrão. O modelo adota

ta-malas é de aço e a plataforma diantei-

numerosos sistemas de assistência já co-

ra, de magnésio. A carroceria pesa 231 kg,

nhecidos do novo Classe S. O equipamen-

e o baixo peso foi um dos três objetivos

to de série inclui o Adaptive Brake (freios

fundamentais durante o projeto e desen-

adaptativos), Attention Assist (alerta de

volvimento do cupê – os outros dois fo-

atenção) e sistema de monitoramento da

ram ótima resistência e baixo centro de

pressão dos pneus. Os sistemas de segu-

gravidade. O resultado é que o motorista

rança de série incluem também, além dos

desfruta de um automóvel com máximo

cintos de segurança de três pontos com

dinamismo e que responde com precisão.

tensores e limitadores de força, airbags

A estrutura espacial em alumínio também

frontais, laterais para tórax e pélvis e air-

proporciona a base para uma excepcional

bags de janela e de joelhos para o motoris-

segurança passiva.

ta e passageiro da frente.

Mercedes AMG GT S

Cilindrada 3.982 cm³ Potência 510 cv a 6.250 rpm Torque máx. 650 Nm a 1.750-4.750 rpm Aceleração 0-100 km/h 3,8 s Velocidade máxima 310 km/h

34

R e v i s t a

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M o t o r



En t r evi sta

Transporte: uma vocação e necessidade

no Espírito Santo Rodovias deficientes, mobilidade urbana comprometida e falta de integração multimodal. Muito são os desafios para o setor de transportes.

S

Por Ariani Caetano / Fotos: divulgação

egundo o presidente da Federação das Empresas de Transportes do Espírito Santo (Fetransportes), José Antônio Fio-

rot, a vocação logística do estado chega a ficar até mais acanhada por não haver rodovias adequadas ao sistema, prejudicando o transporte de mercadorias. Já em âmbito urbano, ele revela ser preciso pensar em uma rede integrada e multimodal para melhorar a qualidade do transporte de passageiros. Confira mais nesta entrevista exclusiva à Revista Mundo Motor.

Quando o elo entre indústria e comércio é rompido, não há transporte, e isso afeta o segmento” JOSÉ ANTÔNIO FIOROT PRESIDENTE DA FETRANSPORTES 36

R e v i s t a

M u n d o

M o t o r


E n t revista

▶ A CNT divulgou recentemente um

benefício venha rápido. A própria pesqui-

estudo1 sobre as rodovias brasileiras

sa mostra esses números.

que apontou que 64,5% da extensão avaliada no Espírito Santo têm alguma

▶ Acha que pelo fato de o trecho da BR-

deficiência. De que forma isso impacta

101 que passa pelo Espírito Santo ser

o setor de transportes no estado?

privatizado vai haver alguma melhoria

Em vários aspectos, como na demora da

nas condições dessa via em curto prazo?

entrega do produto semiacabado, no cus-

Com certeza. A rodovia pedagiada traz ônus

to do frete e na manutenção dos veículos,

para o segmento, encarece mais o setor,

por exemplo. Nós temos uma estado de vo-

mas, ao mesmo tempo, proporciona melhor

cação logística, então per-

desempenho. Esse é mais

demos muito na competiti-

um custo que os empresá-

vidade, justamente por não

rios têm que pagar. Há de-

termos as rodovias adequa-

senvolvimento e segurança,

das ao sistema. Faltam investimentos do governo, falta olhar mais para esse segmento e focar na manutenção e duplicação da maior parte das rodovias. Com canteiro central, você melhora o rendimento do sistema, dá mais garantia e segurança para o motorista e à população, porque haveria menos acidentes.

Quando existe um sistema de integração modal eficiente, os passageiros ganham mais acesso à cidade

mas seria muito melhor para o segmento se o próprio governo fizesse esse papel. ▶ Além das condições das estradas, que outros fatores atrapalham o desenvolvimento do setor de transportes no estado? E como a Federação tem trabalhado para atenuar isso? Hoje o que mais atrapalha, e

▶ E como está o Espírito Santo na

isso é notório, é a situação crítica pela qual

questão rodoviária comparando-o

estamos passando. A indústria fabrica e não

a outros estados da federação?

tem consumo, o mercado parou. Se a eco-

Nós estamos atrasados. É só você comparar

nomia para de girar, atrapalha mais ainda

com as rodovias de São Paulo, por exemplo.

o setor. Quando o elo entre indústria e co-

Lá você tem aproveitamento de autopista

mércio é rompido, não há transporte, e isso

e mais segurança. No nosso estado temos

afeta o segmento. O setor de transportes

muitos projetos, mas temos que tirá-los do

vivenciou uma queda de 35 a 45% no Bra-

papel e colocá-los em prática para que o

sil inteiro neste ano. Nós esperamos que a

1 Veja a Pesquisa CNT de Rodovias 2015 completa no site da Revista Mundo Motor: www.revistamundomotor.com.br.

37


En t r evi sta

partir de março possa haver

mais ágeis, e o transporte vai

transporte coletivo. É pre-

um sinal positivo, aliás ne-

fluir muito mais rápido. Curi-

ciso pensar em uma rede

cessitamos que haja essa

tiba é um exemplo, um mo-

integrada e multimodal que

reação. Enquanto Federa-

delo do que queremos que

atenda às necessidades de

ção, estamos sempre ouvin-

seja implantado aqui.

deslocamento dos pontos

do nossos sindicatos e le-

de origem aos de destino.

vamos as mensagens para

Quando existe um sistema

as entidades nacionais, a

de integração modal eficien-

Confederação Nacional do Transporte (CNT) e a Associação Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (ANTC). Entendemos que esse trabalho de sinergia e convergência de ideias e opiniões pode fazer a diferença no momento de crise. ▶ Saindo das estradas e vindo para as vias urbanas, quais são os desafios que precisam ser vencidos para melhorar a mobilidade urbana

No nosso estado temos muitos projetos, mas temos que tirá-los do papel e colocá-los em prática para que o benefício venha rápido”

na Grande Vitória?

38

te, os passageiros ganham mais acesso à cidade, pois há conectividade entre os diversos bairros. Pensar o transporte de maneira correta e intermodal sempre resultará em um bom trânsito. Para isso, contudo, a função do planejamento é essencial. Um projeto integrado tem que manter o foco na inovação, na maximização da capacidade e do nível de conforto dos serviços de transportes. A integração precisa ser feita para que o usuário consiga dinamizar a via-

A gente vê no dia a dia o

▶ O senhor considera

gem de maneira que econo-

aumento da população, e o

possível trabalhar a

mize tempo.

transporte de passageiros

integração dos modais em

fica prejudicado. Em todos

áreas urbanas, de modo

▶ Como as empresas

os grandes centros é as-

a melhorar a circulação

e a Fetransportes

sim. As ações estão corre-

de todos? Como isso

têm trabalhado para

tas, como a criação do BRT,

poderia ser feito?

minimizar os impactos

que vai ajudar muito. Ele será

Sim. Defendo que para pen-

da poluição causada pelo

fundamental, vai fazer com

sar mobilidade urbana é pre-

setor de transportes?

que os coletivos circulem

ciso ir muito além da im-

Aqui na Fetransportes de-

em vias preferenciais, sejam

plantação de sistemas de

senvolvemos, em parceria

R e v i s t a

M u n d o

M o t o r


E n t revista

com a CNT, o Programa Am-

resultados desse programa

operacionalização do Des-

biental do Transporte – Pro-

são muito bons. Entre julho

poluir. Nossa participação

grama Despoluir. Consegui-

de 2014 e junho de 2015 fo-

no Fórum de Entidades e

mos minimizar os efeitos da

ram realizadas 26.717 aferi-

Federações (FEF) nos per-

poluição através dos testes

ções de fumaça em todo es-

mitiu, ao longo dos anos,

de fumaça preta, uma ava-

tado, e esse número repre-

participar ativamente das

liação veicular que nossos

senta uma economia apro-

principais discussões que

técnicos realizam trimestral-

ximada de 14,3 milhões de

envolveram os setores de

mente em veículos movidos

litros de diesel. E aliado ao

produção – transportes, co-

a diesel e cujo objetivo é jus-

ganho econômico, essas

mércio, indústria, agricultu-

tamente analisar o nível de

empresas também deixa-

ra, além do movimento em-

poluentes que tais veículos

ram de emitir 856 tonela-

presarial Espírito Santo em

estão emitindo no meio am-

das de material particula-

Ação. Também focamos na

biente. Caso os testes mos-

do no meio ambiente.

maior qualificação dos pro-

trem que eles estão emitin-

fissionais do setor através

do mais do que o permitido,

▶ O senhor está se

da criação do projeto Cur-

os veículos precisam passar

despedindo da Federação.

sos Gratuitos, realizado em

por uma manutenção e a se-

Qual o grande marco

parceria com o Sest/Senat.

guir fazem um reteste. Para

da sua gestão e quais

se ter uma ideia, ao aderir ao

são suas expectativas

Despoluir, as empresas do

para o setor?

setor têm a seu dispor uma

Posso dizer que nossa ges-

inspeção veicular periódica

tão foi baseada em quatro

que proporciona maior efi-

grandes pilares: gestão in-

ciência e qualidade na ma-

terna, qualificação (através

nutenção preventiva e cor-

do Sest/Senat), meio am-

retiva dos veículos. E esse

biente e articulação. Ges-

trabalho gera redução de

tão interna porque nos úl-

consumo de óleo diesel, já

timos três anos mantive-

que veículos aferidos conso-

mos nossa administração

mem menos. Consequente-

sempre coesa e de acordo

mente, isso contribui na re-

com as principais deman-

dução de custos operacio-

das do setor. Com relação

nais, no controle das emis-

ao meio ambiente, conside-

sões de poluentes e na me-

ro que estamos mantendo

lhoria da qualidade do ar. Os

um belo trabalho através da

39


P e rfi l

Revenda da Contauto em Vila Velha

Automóveis, motos e caminhões

Com 44 anos e genuinamente capixaba, Grupo Contauto conta com nove revendas no Espírito Santo.

F 40

undada em 1971 por Apolo Rizk, a

Além de ser uma revenda de destaque

Contauto foi uma das primeiras dis-

dentro da marca Ford, a Contauto é um gru-

tribuidoras Ford no Espírito Santo.

po empresarial forte, reconhecido e tradi-

Sua primeira loja foi inaugurada na

cional no Espírito Santo, fruto da carreira

Avenida Carlos Lindemberg, em Vila Velha,

empreendedora da família Rizk. Ao longo

e hoje já são quatro concessionárias de au-

de sua trajetória, o grupo recebeu diversos

tomóveis, também nos municípios de Vitória,

prêmios empresariais e do ramo automoti-

Serra e Guarapari. Atualmente como grupo

vo que reconhecem os investimentos para

empresarial, conta ainda com uma revenda

atender com excelência seus clientes, que

de caminhões Ford, na Serra, e quatro lo-

são muito fiéis à marca.

jas da Moto Vena, revenda da marca Hon-

O grupo empresarial é presidido por

da, localizadas em Vitória, Vila Velha, Do-

Apolo Rizk desde sua fundação. Um dos

mingos Martins e Marechal Floriano.

filhos, Apolo Figueiredo Rizk, é o diretor

R e v i s t a

M u n d o

M o t o r


Perf il

comercial e de Marketing do grupo, e outro, Gabriel Chalouri Rizk, dirige a Motor Vena, que foi constituída em 1988, com sua primeira loja instalada na Avenida Marechal Campos, em Vitória. De acordo com Apolo Figueiredo Rizk, em todos estes anos de atuação do grupo, o que seu viu foi uma evolução muito grande do mercado automobilístico capixaba. “As concessionárias acompanharam as novidades das montadoras e há mudança também no perfil dos clientes. Estes exigem produtos com segurança e tecnolo-

Procuramos fazer com que o cliente realmente se encante com nossos produtos, pois sabemos que o carro zero é o sonho de muita gente.”

Apolo Figueiredo Rizk e o pai Apolo Rizk, do grupo Contauto

Gabriel Chalouri Rizk dirige as quatro lojas da Moto Vena

gia, o que engloba um melhor rendimento,

Segundo o diretor comercial do grupo, o

acústica, aerodinâmica e consumo de com-

melhor atendimento e o comprometimento

bustível. Destaco principalmente o quesi-

com o mercado e clientes exigem do Grupo

to segurança, que o brasileiro aprendeu a

Contauto e seus colaboradores ainda mais

exigir. A Ford já havia identificado essa de-

aprimoramento. “Procuramos fazer com que

manda e há muito tempo vem aprimorando

o cliente realmente se encante com nossos

esse item em seus veículos com novas tec-

produtos, pois sabemos que o carro zero é

nologias”, afirma.

o sonho de muita gente.”

41


M e mó r i a

X12

O sonho brasileiro Quem não se lembra dela? A Gurgel foi, incialmente, o sonho do engenheiro João Augusto Conrado do Amaral Gurgel, mas depois passou a ser o de todos os brasileiros.

P

ena que tudo durou apenas 27

O Xavante X12 tinha chassi feito de um

anos. A fábrica foi inaugurada em

material chamado pela marca de plasteel,

1969 e fechada em 1996, tempo

uma união de titânio e aço, e logo foi enco-

no qual a Gurgel produziu cerca

mendado em grande escala pelo Exército

de 30 mil veículos genuinamente brasileiros.

Brasileiro, o que deu um grande impulso à

Tudo começou com a fabricação de karts e

montadora nacional. A versão civil do mode-

minicarros para crianças, ainda no começo

lo também foi muito bem aceita, e a Gurgel

dos anos 60. O primeiro carro da Gurgel foi

começou a fazer muito sucesso no Brasil,

o Ipanema, um bugue que utilizava motor

principalmente porque no momento o país

Volkswagen. Como ele era usado principal-

tinha restrições à importação de veículos,

mente em terrenos hostis, a marca decidiu

e outros modelos similares de montadoras

apostar nesse segmento e criou o Xavante

internacionais ficavam muito caros.

XT, depois o Xavante XTC e o X12, o principal produto da fábrica brasileira.

42

R e v i s t a

M u n d o

M o t o r

A Gurgel chegou até a apresentar modelos de carros elétricos, como o Itaipu E150


Memó ria

e o monovolume E400, mas que não vinga-

promovida pelo governo de Fernando Col-

ram por causa do alto custo das baterias e

lor de Melo prejudicou a Gurgel. Com a isen-

pouca autonomia, o que fez a marca des-

ção de IPI dos carros com motor menor do

continuar sua produção nesse segmento.

que 1.000 cm3, chegaram ao Brasil muitos

No final dos anos 70, a Gurgel produ-

modelos com preços mais baixos do que o

zia dez carros por dia e exportava 25% de

do BR-800 e muito mais recursos, como o

sua produção. Em 1979, a montadora che-

Uno Mille, da Fiat. Até a produção do X12

gou a expor seus carros no Salão do Auto-

caiu drasticamente. Sem apoio do gover-

móvel de Genebra. Nessa época foram ex-

no, a empresa pediu concordata em 1993,

portados aproximadamente 4 mil carros

declarada falida em 1994 e fechada oficial-

para mais de 40 países. Mas, apesar da boa

mente em 1996.

aceitação dos carros no mercado interna-

Seus últimos modelos foram o Super-

cional, o Exército continuava seu principal

mini 1995, o minicarro urbano Motomachi-

cliente, mas agora adquirindo não só o X12,

ne, as últimas versões do Tocantins (o an-

mas também o furgão X15.

tigo X12) e o Carajás.

Em 1980, a Gurgel tinha em seu portfólio dez modelos, com motores a gasolina ou a álcool. Nessa década também surgiu o jipe Carajás, o maior carro da montadora e o primeiro com motor dianteiro. Em 1988, foi lançado o BR-800, criado a partir do conceito de carro econômico nacional e projetado para ser o mais barato do país, vendido a um preço médio de US$ 7 mil. A década de 90 parecia promissora para a empresa, mas a abertura de mercado

Supermini

João Augusto e a frota da Gurgel

43


L u xo

Para poucos

e exigentes

Não basta ter um Bentley Bentayga, tem que ter um que vem com o relógio suíço Breitling Mulliner Tourbillon.

O

autoproclamado SUV mais rápido, potente o luxuoso do mundo Bentley Bentayga traz em seu interior o opcio-

nal mais caro do mundo: o Breitling Mulliner Tourbillon, uma versão de painel do relógio de pulso de mesmo nome. Feito em ouro sólido (branco ou rosé), com mostrador em madrepérola ou ébano negro e incrustado com oito diamantes, o

relógio é, na verdade, uma joia, cujo preço é praticamente igual ao do carro. Se o SUV da Bentley custa cerca de 200 mil euros, estima-se que só o preço do relógio fique na casa dos 150 mil euros. De acordo com a Bentley, o relógio mecânico tem o mecanismo mais complexo jamais produzido. Para funcionar, ele demanda um suporte rotativo que gira a caixa delicadamente em intervalos regulares. A engrenagem é tão intrincada que é capaz de praticamente zerar a influência da gravidade no balanço do relógio.

44

R e v i s t a

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G P S

Minas é

“tudibão” História, cultura, arte, belezas naturais,

arquitetura, gastronomia... Viajar pelas cidades mineiras é encontrar tudo isso e muito mais.

M

inas Gerais é um estado

de nove cidades do estado. Numa viagem

de graça. Suas cidades têm

descompromissada e desprovida de pre-

uma aura diferente. A Revis-

conceitos, encontramos lugares que só

ta Mundo Motor colocou as

nos dão vontade de voltar – e o mais bre-

rodas na estrada e foi conferir os atrativos

ve possível.

1. Santa Bárbara

(Santuário do Caraça)

E

ste lugar é chamado de “porta do céu” não é à toa. É exatamente essa ideia que ele nos transmite logo em sua entrada. Acessado pela BR262 e depois pela MG-436, o santuário é patri-

mônio histórico, ambiental e cultural. Em seus mais de 12 mil hectares, há um núcleo histórico e muitas trilhas para os viajantes mais aventureiros. Hospedar-se no santuário é possível mediante reserva prévia. O luxo passa longe de suas dependências, onde o visitante precisa inclusive recolher seus pratos depois das refeições, mas é ideal para acalmar o espírito e se preparar para a viagem. Além disso, um dos principais atrativos do Santuário do Caraça são os lobos-guará, que chegam de mansinho e sem se assustar todas as noites, no portão da Igreja de Nossa Senhora Mãe dos Homens, onde são recebidos com generosas porções de carne.

46

R e v i s t a

M u n d o

M o t o r


G PS

2. Catas Altas

M

unicípio vizinho a Santa Bárbara, Catas Altas vale

a parada apenas para apreciar a Serra do Caraça. Em frente à igreja matriz, é possível contemplar a montanha em todo o seu esplendor, cores e nuances.

3. mARIANA

D

e Catas Altas, vamos a Mariana, a primeira vila, cidade e capital mineira. Foi uma das principais produtoras de ouro na

época colonial. Ainda hoje a atividade extrativa é forte na cidade, e é possível comprar pedras preciosas no comércio popular. Mariana, como toda cidade colonial mineira, destaca-se pelas igrejas barrocas e outras construções de arquitetura colonial,

exemplar do órgão Arp Schnintger, o único

como a Casa de Câmara e Cadeia, que fun-

construído pela manufatura alemã que se

cionou também como casa de fundição do

encontra fora da Europa. Na saída da cida-

ouro e senzala. Bem em frente a ela, des-

de, visite a Mina da Passagem, a maior mina

tacam-se a Igreja de São Francisco, onde

de ouro aberta à visitação, onde é possível

há trabalhos de Manuel da Costa Athayde

descer, num trolley, a 120 metros de pro-

(Mestre Athayde) e de Aleijadinho, e a Igre-

fundidade. De lá foram retiradas 35 tone-

ja de Nossa Senhora do Carmo, que abri-

ladas de ouro durante seu funcionamento,

ga a padroeira da cidade. Na Catedral Ba-

que teve início no século 18. Hoje, só há na

sílica Nossa Senhora da Assunção, há um

mina atividade turística.

47


G P S

4. Ouro Preto

V

izinha a Mariana, Ouro Preto re-

ida a alguns do melhores restaurantes da

vela importantes surpresas em

cidade: Contos de Réis (típica comida mi-

suas ladeiras e ruas de pedra.

neira), Bené da Flauta e Casa do Ouvidor.

São quase 20 igrejas e mais de

dez museus, que guardam a história da própria cidade, mas também do Brasil colonial, do passado escravocrata, da arte sacra etc. Estar em Ouro Preto é reviver um passado rico não só de ouro. Na cidade está um dos conjuntos mais completos de arte barroca do mundo, com destaque para as igrejas de São Francisco de Assis, toda projetada e construída por Aleijadinho; de Nossa Senhora do Carmo, e de Nossa Senhora do Pilar, que, dizem, é a segunda com maior quantidade de ouro em seu interior no Brasil, atrás apenas de uma igreja baiana. Também vale a visita o Museu da Inconfidência, bem na Praça da Tiradentes, e uma

5. Congonhas

E

sta cidade mineira é um grande centro de peregrinação. É nela que está o Santuário do Bom Jesus do Matosinhos, com os

12 profetas entalhados em pedra sabão, trabalho de Aleijadinho. Desde 1985, o santuário é patrimônio da humanidade e constitui uma das maiores realizações do barroco brasileiro.

48

R e v i s t a

M u n d o

M o t o r


G PS

6. São João Del Rei

P

equena e rica, São João Del Rei possui uma vasta herança colonial, materializada em suas igrejas e outras construções da épo-

ca. A Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar é parada obrigatória e impressiona pela conservação dos trabalhos em madeira e ouro no altar-mor e nos altares laterais. Já a Igreja de Nossa Senhora do Carmo é um contraponto maravilhoso: portaria ricamente decorada e interior sem o douramento comum às igrejas coloniais. O co-

material. Também não deixe de fazer o pas-

mércio de cobre é tradição em São João

seio de Maria Fumaça até Tiradentes. São

Del Rei, e muitas são as lojas dedicadas à

12 quilômetros, passando por fazendas cen-

venda de produtos confeccionados nesse

tenárias, rios e montanhas.

7. Tiradentes

T

iradentes é um caso à parte. Não há como não se apaixonar por esta cidade. Andar em suas ruas de pedra é ter sempre a sensação de es-

tar no século errado. Além disso, a cidade é reduto dos artistas. Por isso é tão comum encontrar por lá galerias de arte, como o de Oscar Araripe e Sérgio Ramos. O distrito de Bichinho, a poucos quilômetros da

conhecer: o Museu do Automóvel, inaugu-

sede, também é famoso por abrigar ateliês

rado em 2006 e cuja coleção é composta

de artistas menos grifados, mas imensa-

por cerca de 50 veículos restaurados ad-

mente talentosos, que produzem principal-

quiridos desde 1976. A noite de Tiradentes

mente móveis em madeira e ferro. Aliás, na

é especial, e ótimos restaurantes oferecem

estrada para Bichinho encontra-se um mu-

uma gastronomia de primeira, como o An-

seu que os apaixonados por carro precisam

gatu, o Tragaluz e o Atrás da Matriz.

49


G P S

8. Brumadinho

(Inhotim)

A

poucos quilômetros de Belo Ho-

ativa de visitação. São dezenas de gale-

rizonte, Brumadinho abriga o

rias e obras em exposição, entre mostras

Instituto Inhotim, um complexo

temporárias e acervo permanente. Um dia

museológico de arte contem-

apenas é insuficiente para conhecer toda

porânea com uma série de pavilhões, ga-

a riqueza artística que Inhotim oferece.

lerias, obras de arte e esculturas expostas

Então, reserve dois dias para essa visi-

ao ar livre. Lá, o espectador é convidado a

ta. Ou a faça em um dia só e tenha certe-

percorrer jardins e paisagens, perdendo-

za de que vai precisar voltar a esse lugar

se e encontrando-se, numa experiência

muito em breve.

9. Belo Horizonte

A 50

capital mineira é o lugar perfei-

com jiló e levar para casa um “tiquinho” de

to para terminar e coroar o pas-

cada doce que encontrar) e terminar co-

seio. Lá, você pode começar

nhecendo a Praça da Liberdade e seu ro-

o dia conhecendo o Mercado

teiro cultural. Ou ainda aproveitar a Feira

Central e toda sua agitação, aromas e sa-

Hippie aos domingos e conhecer a região

bores (a boa é pedir uma porção de fígado

da Pampulha.

R e v i s t a

M u n d o

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C l aq u ete

Aston Martin DB10

Jaguar C-X75

Licença para destruir...

Carros Seu nome é Bond, James Bond. O agente secreto mais charmoso do mundo entrou em ação novamente no recém-lançado “007 contra Spectre”.

E 52

m mais um filme da série, James

Especialmente para Bond, a Aston Mar-

Bond, ainda interpretado pelo lou-

tin produziu o DB10, em um lote de apenas

ríssimo Daniel Craig – há rumo-

dez carros. Sete deles foram destruídos du-

res de que ele não encarnará no-

rante as filmagens, um “prejuízo” que che-

vamente o agente –, viaja por países como

garia a 37 milhões de euros. Em explosões

Itália, Áustria, México e Marrocos e, claro,

de veículos, incluindo outros modelos, fo-

destrói muitos, muitos carros – e é só por

ram gastos o equivalente a R$ 85 milhões.

isso que ficamos com raiva de Bond, afinal,

A destruição foi tanta que a produção que-

o filme é considerado por muitos o melhor

brou o recorde de extermínio de carros em

dos quatro com Craig.

“007 contra Spectre”.

R e v i s t a

M u n d o

M o t o r


Cl aq u et e

Land Rover Defender

Range Rover Sport SVR

Além de Aston Martin, a Jaguar Land Rover também tem carros participando da nova aventura de James Bond: Jaguar C-X75, Range Rover Sport SVR e Land Rover Defender. O primeiro é dirigido pelo inimigo de Bond e percorre as ruas de Roma em altíssima velocidade, em sequências que foram filmadas durante toda uma noite para aparecerem no filme durante quatro segundos. Já a Range Rover Sport SVR e o Defender foram utilizados nas filmagens na Áustria.

Mais três Quem é fã de “Velozes e furiosos” e lamentava o fim da saga pode voltar a comemorar. É que para marcar seu fim, vem aí uma trilogia. Quem fez o anúncio foi o próprio Vin Diesel, que protagoniza e produz os filmes desde 2008. A continuação da história já foi aprovada pela Universal Pictures e a previsão é de que o primeiro filme dos três seja lançado em 2017.

53


G a str ô

Bife de chorizo, a especialidade da casa

Carnes de

personalidade

D

esde setembro de 2015, um res-

Bifes ancho e de chorizo, sandubas de costela, pernil e bacon, linguiças mineiras e de fabricação própria. Tudo isso pode ser degustado num novo cantinho da Praia da Costa.

taurante na Praia da Costa tornou-se uma espécie de reduto dos amantes da carne. Nele,

os cortes argentinos e uruguaios são verdadeiros protagonistas, em combinações mais do que provadas e aprovados pelos frequentadores da casa. Também pudera. O gado hermano é criado em pastos planos e provém do cruzamento de raças europeias, resultado numa carne mais suculenta e marmorizada. No Alcides Carnes y Tragos, os bifes ancho e de chorizo fazem a alegria dos carnívoros de plantão. Ambos são servidos

54

R e v i s t a

M u n d o

M o t o r


G ast rô

acompanhados de farofa de alho crocante,

kobe. Isso sem falar nas recentes linguiça

chimichurri, molho criollo ou barbacã (estes

e lombo defumados, vindos diretamente do

dois tradicionais no Uruguai) e um purê de

interior de Minas Gerais. De fabricação pró-

batata frito. Sazonalmente, ainda aparecem

pria do restaurante, há a linguiça apimenta-

outros cortes, não menos nobres, como o

da, que é a estrela do choripan, o tradicional pão com linguiça argentino. Entre os hambúrgueres, há sandubas feitos com costela bovina moída, pernil suíno e bacon moído. E em meio a tanta proteína, duas opções podem ser degustadas pelos vegetarianos: hambúrguer de berinjela com tomates grelhados na parilla, queijo e chimichurri e de abobrinha com ricota,

Empanadas também estão no cardápio

sour cream, chips de maçã verde e teriaki. Tendo a carne como a alma do negócio, a casa é comandada por Alcides Silva Jr. e Jader Arruda. O restaurante surgiu da paixão de Alcides por carne. Ele, que já teve um pequeno comércio de quibes, queria fazer uma comida sem barreiras, onde pudesse usar todo o bacon que desejasse. Conseguiu, e agora oferece todas essas delícias pra gente.

Choripan, o tradicional pão com linguiça argentino

SERVIÇO

Alcides Carnes y Tragos Parilla argentina, opções vegetarianas, drinks internacionais e espírito vila-velhense De quarta a domingo, das 19 às 23 horas Sugestões da casa: bife de chorizo e hambúrguer de bacon Hambúrguer de porco também pode ser degustado (ou devorado)

Rua Inácio Higino, 108, Praia da Costa, Vila Velha/ES

55


M e rc ado

Números que trazem

grandes desafios

Pelo terceiro ano consecutivo, as vendas do setor automotivo do Espírito Santo se retraíram (veja na tabela). Depois de uma queda de 9,1% em 2013 e de 5,25% em 2014, o ano de 2015 aponta para queda mais acentuada em todo o setor.

Quantidades comercializadas Ano

Autos / Com. leves

Cam. / Ônibus

Motos

Implementos

Total

2012

77.780

5.030

36.304

3.347

122.490

2013

73.330

5.847

29.725

3.368

112.270

2014

70.010

5.530

27.512

3.621

106.673

2015 (*)

37.900

2.158

19.941

2.749

62.645

O * Jan-out 2015

56

fraco resultado da economia

Como não sabemos quando a crise aca-

do país imprimiu sua marca

bará, e se não ocorrerem mudanças rápi-

fortemente no segmento. Além

das no cenário econômico do país, fazen-

disso, há uma inflação em alta,

do com que o consumidor recupere a con-

com consequente diminuição do crescimen-

fiança para continuar a investir na aquisi-

to da demanda real, associada à restrição

ção de um novo veículo, este ano sinaliza

de crédito por parte dos bancos e juros al-

uma queda de 30%.

tos. O desemprego em alta também teve um

O cenário político conturbado dificulta a

peso muito forte na contração do mercado.

tarefa de traçar metas de médio prazo. Mas

R e v i s t a

M u n d o

M o t o r


Mercad o

(PIB), a manutenção dos resultados positivos do agronegócio e as exportações favorecidas pela desvalorização do Real poderão elevar o nível de confiança, tanto do empresário quanto do consumidor, rever-

▶ Prestar muita atenção nos custos, no caixa e nos estoques. ▶ Ajustar a estrutura à nova realidade para manter a saúde do negócio. ▶ Investir em qualidade, treinamento

tendo o grande cenário de instabilidade e

e engajamento da equipe como pilar

apresentar em 2016 um crescimento, ain-

para enfrentar o novo momento.

da que de forma moderada. Os ajustes e as dificuldades pelas quais estamos passando em 2015 são de natureza conjuntural e necessários para voltarmos a ter uma economia saudável e retomar uma rota de crescimento a partir de 2017 e 2018. O governo precisa agir com rapidez, dando exemplo de austeridade, combatendo sem tréguas a corrupção e cortando as despesas de custeio da máquina pública. De ou-

▶ Aumentar a produtividade, a inovação, a revisão de processos e a criatividade. ▶ Identificar e apostar o máximo em cada oportunidade. ▶ Adaptar novas tecnologias, conectividade e interação pessoal com os clientes. ▶ Aumentar esforços nos pontos de

tra forma, será muito difícil, interna e exter-

oportunidades, como nas vendas de

namente, recuperar a confiança no cresci-

consórcios, de veículos seminovos

mento do país.

e serviços de reparação, que

O ajuste é essencial, mas precisa vir acompanhado de um programa consistente de incentivo a investimentos na economia, aquele que gera emprego e preserva o consumo das famílias. O descompasso dessas ações pode comprometer as conquistas de ascensão social e o futuro de várias empresas. Apesar de todo esse cenário, não se deve

são medidas para ganhar competitividade. A recuperação virá, porém

Foto: Cloves Louzada

alguma melhora no Produto Interno Bruto

de forma lenta e gradativa, o que exigirá de todos semear uma visão e atuação muito profissional em todas as ações de operação da empresa.

desesperar, mas sim buscar maneiras de suportar e até a possibilidade de ultrapassar a crise. É preciso tempo para aprender, inteligência para buscar o caminho e cora-

José Francisco Costa

gem para superar os desafios. Por isso, mi-

diretor executivo

nhas sugestões são:

do Sincodives

57


M obi l i dade

U rb ana

O modal

bicicleta

A possibilidade de utilização do veículo bicicleta

como um modal de transporte tem assumido um papel importante no planejamento das políticas de mobilidade, principalmente nos grandes centros urbanos.

S

ão Paulo, a capital, tem realiza-

mar. Essas concentrações urbanas apre-

do obras de construção de no-

sentam características próprias eviden-

vas ciclovias/ciclofaixas, inclu-

ciadas pela crescente dificuldade dos ci-

sive em uma das mais importan-

dadãos em se locomoverem com seguran-

tes vias urbanas, que é a Avenida Paulista.

ça, rapidez e conforto.

A cidade do Rio de Janeiro, ampliando o seu

A inclusão da bicicleta como modal de

sistema, constrói uma ciclovia que vai ligar

transporte merece algumas observações

a praia do Leblon ao bairro de São Conra-

importantes. São públicos e notórios os

do, com um trajeto que se projeta para o

benefícios da bicicleta nos projetos de mo-

Foto: Cloves Louzada

bilidade sustentável. É um veículo de baixo custo, econômico, não poluente, flexível nos deslocamentos e que proporciona grande benefício à saúde dos usuários. Os planos de mobilidade urbana devem considerar a integração dos modais, priorizando a melhoria das condições gerais de deslocamento dos usuários. No projeto do sistema cicloviário é necessário atender dois aspectos fundamentais: a integração com o Paulo Lindoso Engenheiro especialista em trânsito e diretor do Instituto Brasileiro de Estudos do Trânsito (Ibetran) ibetran.es@gmail.com

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R e v i s t a

M u n d o

M o t o r


Mo bil idad e

Urban a

sistema de transporte existente e a possibi-

arteriais (que ligam bairros) ou de trânsito

lidade dos deslocamentos independentes.

rápido (sem interseções em nível), há ne-

No primeiro aspecto, consideramos que

cessidade da construção de ciclovias (se-

em uma viagem de longa distância uma par-

gregadas fisicamente com separadores de

te dela (em média até 8 km) será realizada

concreto) ou ciclofaixas, que são demarca-

utilizando a bicicleta, que será estacionada

das com a pintura de faixas no piso da via.

provisoriamente em paraciclos, e essa via-

Para aqueles que utilizam a bicicleta

gem será complementada com outro modal,

como um veículo de transporte é importante

ônibus, trem, metrô, lancha etc.

sempre considerar que está utilizando um

No segundo aspecto, estamos conside-

veículo frágil, que não possui equipamen-

rando a segregação de espaços próprios

tos eficazes de segurança ativa e, principal-

para o deslocamento com bicicletas. Como

mente, que os condutores dos veículos de

ainda vivemos em um país com baixo ní-

maior porte, via de regra, não respeitam as

vel de educação para o trânsito, em deter-

normas gerais de circulação e conduta pre-

minadas vias urbanas classificadas como

vistas na lei do Código de Trânsito Brasileiro.


A

v i a

é

de

todos

Olhe o

carro!

A fragilidade individual aprisionada no cotidiano de uma cidade (nas calçadas, nas faixas de travessia e no tempo do semáforo destinado às pessoas) é de uma opressão que resiste de forma contagiante nas vias públicas.

E

nquanto as pessoas recusam

Em vez de cultuarmos o ser humano

subjetivamente os seus gestos

com “olhe o pedestre!”, pelo contrário, nos

de liberdade, o regime da sobre-

submetemos à cultura do automóvel, que

vivência nos impõe a submissão

nada mais significa do que ser aceito so-

à cultura do “olhe o carro!”.

cialmente. Há uma profunda falta de harmonia sentida no cotidiano de quem anda pelas ruas e experimenta o sentimento de humilhação provocado pelo vício social herdado dos tempos da máquina à vapor, que Foto: Cloves Louzada

soava um comum “olha o trem!”. O trem, diferente do automóvel, não possui um sistema de frenagem instantâneo, requer um tempo maior, que precede a necessidade de frear para que tal ação seja bem-sucedida. Também pudera, trata-se de uma máquina muito, mas muito maior. O sentimento de ser objeto dessa cultura nos ilude e nos impede de ver a desintegração dos valores. A indiferença das

Dora Moreira Estilista de bicicletas e blogger dorinha.moreira@gmail.com www.vixcyclechic.com 60

R e v i s t a

M u n d o

M o t o r


A

via

é

d e

to d o s

pessoas quando estão dentro de um car-

Sem percepção de espaço público, o ho-

ro é muito grande, tudo se passa como se

mem limitou-se a se adaptar, e a lei do mais

uma brutal desumanidade proporciona-

forte continua prevalecendo. Seria isso o ve-

da pelo isolamento e falta de esperança

lho “interesse pessoal” mostrando as garras

nos outros fizesse instalar nos motoris-

para cima do bem-estar coletivo de novo?

tas a correia da submissão humana fren-

Não podemos subestimar as dicoto-

te ao veículo. O homem vira máquina, re-

mias que regem a conduta das pessoas e

primindo a sua condição natural e prece-

temos que lutar firmemente para impedir

dendo uma tanto mais uma absurda abne-

que as injustiças continuem sendo promo-

gação da existência dos iguais. Ou seja, o

vidas nas nossas ruas e também virem lei

carro é um ilustre veículo que serve para

no mundo em que vivemos. Porque aqui

nos direcionar para longe uns dos outros.

se mata e se morre!

MUITO MAIS QUE UM

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P i s c a-al erta

E se a Puma

voltasse?

E

nsaios para isso já há, pelo menos para a marca retornar com a produção de veícu-

los de corrida. A ideia dos idea-

lizadores desse projeto é fabricar 25 carros de competição e criar uma nova categoria, mesclando velocidade e regularidade e sendo disputada em dupla. O modelo projetado para isso teria carroceria de fibra de vidro e motor 1.6 turbo com injeção direta e câmbio manual de cinco marchas. A volta da Puma tem como slogan algo de bastante impacto: “Nas pistas nascemos, pelas pistas voltaremos!”.

62

R e v i s t a

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