O jornal que fala a sua língua Toronto - Mississauga - Oakville - Ajax - Whitby - Kitchener - Ottawa - Montreal - Vancouver | Edição 130 Ano 09/ de 19 a 25 de fevereiro de 2019 | www.jornalnorthnews.com | facebook.com/jornalNorthNews / $ 1,50
Black History
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Cultura e resistência
angolana no Canadá No mês da história negra da América do Norte, o Jornal North News foi conversar com membros da comunidade angolana, que foram os primeiros povos lusófonos a chegarem no Canadá, por volta de 1600. Atualmente, segundo registros do Consulado, há, no país, cerca de 10.000 angolanos no Canadá, com maior incidência na província de Ontário. Páginas
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02 Tráfego
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Fechamentos de pista durante a noite na Lake Shore Boulevard começam nesta próxima semana Pelo menos uma pista no sentido oeste permanecerá sempre aberta para reduzir o impacto no tráfego
S
e você pretende dirigir em Lake Shore Boulevard East à noite em breve, preste atenção. A cidade está iniciando o fechamento de pistas durante a noite. De acordo com a prefeitura de Toronto, de 19 de fevereiro a 7 de março, as faixas oeste do Lake Shore Boulevard East entre Cherry e Jarvis Streets terão fechamentos intermitentes durante a noite, para permitir que as equipes instalem plataformas de acesso para trabalhos futuros na parte inferior do prédio, via Gardiner Expressway. Pelo menos uma pista no sentido oeste permanecerá sempre aberta para reduzir o impacto no tráfego.
Os fechamentos intermitentes de faixas de rolagem de 15 minutos ocorrerão de hora em hora, durante a noite, das 22h às 5h, exceto nas noites de sexta e sábado. Nos dias 25 e 26 de fevereiro e 4 e 5 de março, uma pista completa será fechada das 22h às 5h, em vez dos fechamentos alternados. Enquanto os bloqueios de pista estiverem em vigor, serão afixados sinais para apoiar a viagem segura de todos os usuários da via, incluindo pedestres e ciclistas. Depois de 7 de março, serão necessários mais fechamentos de pista no Lake Shore Boulevard East entre as ruas Cherry e Jarvis. A prefeitura diz que é assim que as equipes podem con-
tinuar instalando plataformas de acesso na parte de baixo da Gardiner Expressway e realizar outros reparos. Prevê-se que uma série de encerramentos de pista continue até dezembro e possa ocorrer durante o dia e/ou durante a noite. Os detalhes ainda não estão disponíveis, mas o tempo e o impacto deste trabalho serão comunicados com antecedência. “A seção da Gardiner Expressway entre Jarvis e Cherry Streets está chegando ao fim de sua vida útil e é a prioridade número um no Plano Estratégico de Reabilitação Gardiner Expressway da cidade de Toronto, que aborda as necessidades imediatas e de longo prazo de reabilitação
da via expressa. para garantir que ele permaneça em condições seguras e operacionais”, disse a prefeitura em um comunicado. A primeira fase dos principais trabalhos de reabilitação na Gardiner Expressway oriental começará neste verão e o projeto deverá estar concluído no início de 2021. O trabalho substituirá toda a plataforma de concreto e vigas de aço da via expressa entre as Ruas Jarvis e Cherry, substituirá a rampa leste na rua Jarvis e a rampa oeste na rua Sherbourne, reabilitará a rampa oeste que leva a Yonge, Bay. e York Streets, bem como fazer outras melhorias. Detalhes completos sobre o trabalho em Lake Shore estão disponíveis no site da prefeitura.
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Prefeitura e Província assinam acordo de upload do metrô da TTC
A
Lei de Saúde do Canadá impede o faturamento privado de serviços de saúde necessários
prefeitura de Toronto e o governo de Ontário concordaram com os termos de referência para discutir o upload do metrô da TTC para a província. De acordo com a prefeitura, os termos de referência orientarão como alinhar melhor as responsabilidades de trânsito entre as duas partes. “Estou muito feliz por termos acordado com a Prefeitura de Toronto um Termo de Referência conjunto que, em sua essência, compartilha objetivos e princípios, para guiar uma discussão sobre como os dois níveis de governo podem funcionar melhor juntos para alcançar eles”, disse Doug Ford em um comunicado. “Nos comprometemos com uma conversa deliberada e baseada em fatos com a prefeitura em nosso plano de upload.”
A prefeitura diz que ambas as partes compartilham objetivos que incluem “a implementação acelerada de projetos prioritários de expansão; a integração de serviços de trânsito em todos os modos e agências (TTC, Metrolinx, outras agências de trânsito 905); a modernização e melhoria do sistema de metrô existente, assegurando ao mesmo tempo que o sistema seja mantido em bom estado de conservação; a continuidade do serviço seguro e confiável para todos os residentes que dependem dele para mobilidade; e um modelo de financiamento sustentável e previsível a longo prazo para o sistema de trânsito existente e as futuras necessidades de trânsito.” Ford disse que a manutenção e o investimento necessários no sistema de metrô foram adiados por muito tempo.
“É hora de agir e acelerar as coisas”, disse ele. O documento de nove páginas mostra várias opções que incluem a província que deseja assumir a propriedade do sistema de metrô. “O modelo ‘upload’ proposto, no qual a Província assumiria a propriedade e a responsabilidade pela infraestrutura do metrô da cidade, incluindo a construção e manutenção de linhas de metrô novas e existentes, enquanto a responsabilidade pelas operações do dia-a-dia, incluindo relações trabalhistas, permanece com a prefeitura”, diz o documento. Em sua declaração, Ford disse que “com um upload, nosso governo pode cortar a burocracia para iniciar novos projetos e terminar a construção mais rapidamente”. O prefeito John Tory disse que as
discussões entre o pessoal da Prefeitura e a província continuarão agora guiadas pelos termos de referência aprovados. “Eu continuo a acreditar firmemente que quaisquer ações tomadas em relação ao nosso sistema de metrô precisam ser no melhor interesse do povo de Toronto, incluindo passageiros e funcionários de trânsito, e que Toronto deve ser completamente envolvido e totalmente consultado como Ford indicou anteriormente seria o caso”, disse Tory. “O Conselho da Cidade deu ao City Manager uma direção clara em dezembro que, sujeita a condições claras, a participação da prefeitura neste exercício é a melhor maneira de proteger nosso sistema de TTC”. Quanto às regras de engajamento, o acordo diz que será transparente,
mas também que “todas as pessoas designadas pelas partes para participar do processo de revisão e engajamento serão consideradas obrigadas pelas obrigações de confidencialidade”. A conselheira Kristyn Wong-Tam chama as contradições nos termos de referência de “ultrajantes”. “No mês passado, a província disse que não divulgaria seus relatórios. Os representantes provinciais e municipais assinaram o acordo para manter “suas conversas confidenciais”, enquanto prometiam “transparência”, disse ela em um tweet. O conselho municipal de Toronto orientou o seu gestor da cidade, Chris Murray, a prosseguir com os termos de referência acordados e a apresentar um relatório ao conselho municipal no primeiro trimestre de 2019, com um relatório de progresso.
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04 Transporte
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TTC acaba de lançar mapas de metrô e streetcars atualizados
Um documento de 22 de janeiro, também obtido pelo NDP, mostra uma nova estrutura para os serviços de saúde na província
N
Imagem: Divulgação/TTC
avegar no TTC do subsolo está prestes a se tornar muito mais simples, pois novos mapas de metrô estão sendo lançados e incluem toda a rede ferroviária da cidade. Os novos mapas mostram rotas de bondes, além das linhas de metrô, por isso, mesmo que você não consiga acessar seu aplicativo do Google Maps no subsolo, saberá onde transferir.
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06 Segurança
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Mulher culpada por ataque terrorista na Canadian Tire é condenada a 7 anos de prisão Ela também já havia tentado viajar para a Síria para se juntar ao ISIL, e uma das acusações resultou desse incidente
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quatro acusações relacionadas a terrorismo depois de atacar trabalhadores com um taco de golfe e uma faca de açougueiro, enquanto estava envolta em uma bandeira ISIL em junho de 2017. Ela também já havia tentado viajar para a Síria para se juntar ao ISIL, e uma das acusações resultou desse incidente. A juíza Maureen Forestell disse que a doença mental da mulher de 34 Foto: Divulgação anos teve um papel sigma mulher consi- dores em uma loja da Ca- de prisão. nificativo no ataque e em derada acusada de nadian Tire em Toronto Rehab Dughmosh foi suas tentativas de se junatacar trabalha- foi condenada a sete anos considerada culpada por
tar a militantes do Estado Islâmico na Síria. O juiz disse que a doença mental de Dughmosh, provavelmente esquizofrênica, a tornou vulnerável a crenças extremistas. Dughmosh não é representada por um advogado, mas a pessoa apontada pelo tribunal para ajudá -la disse que ela mostrou melhora significativa ao longo do tempo e não considera mais ideias suicida ou homicida. *Com informações de CityNews
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Cidade 07
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Usuários do PRESTO podem obter descontos como novos membros do Bike Share Toronto Segundo o relatório, 49,37% da população da cidade é solteira
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Black History: cul af
No mês da história negra da América do Norte, o Jornal North New
Cota Gil e Carla Neto dando o Kandando, o abraço aconchegante, forma de cumprimento típico da Angola Foto: Sabrina Quariniri
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ltura e resistência fricana no Canadá
ws foi conversar com membros da comunidade angolana, que foram os primeiros povos lusófonos a chegarem no Canadá, por volta de 1600
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m meio a cantos, danças e sorrisos, um forte kandando (abraço) de cumprimento, ouve-se os dialetos kimbundu e umbundu ao fundo, em um ambiente repleto de kilando kilo (alegria). Assim acontecem os encontros dos angolanos no Canadá, que fazem questão de bater no peito e mostrar pra quem quiser ver de onde vieram. A população afro-canadense é composta por indivíduos de diversos lugares do mundo, incluindo os Estados Unidos, a América do Sul, o Caribe, a Europa e a África. E, como a maioria dos descendentes do povo africano, o sangue escravo também corre nas veias dos negros que vivem no Canadá. Os angolanos, um dos primeiros povos lusófonos a chegarem no país, por volta de 1600, têm em comum com os brasileiros não apenas as alegrias e os costumes, mas também a língua, advinda do mesmo fruto de colonização. Por causa da Guerra Civil Angolana (1975), que tomou a nação e devastou o país por questões políticas, muitos habitantes deixaram a Angola por não terem mais acesso à saúde, educação e outras questões básicas de sobrevivência, além de (sobre) viverem em meio a um campo de batalha. Gil Ventura, de 59 anos, popularmente chamado de Cota Gil - título dado aos integrantes mais velhos da comunidade angolana -, por conta do conflito armado, pediu refúgio a Portugal em 1981, onde viveu por 12 anos e casou-se. Por volta de 1990, escreveu uma carta à Embaixada cana-
Por: Sabrina Quariniri dense e conseguiu imigrar para o país. Assim que botou os pés em terras canadenses, percebeu que o país passava por uma crise econômica. E, como a maioria dos angolanos que vieram para o Canadá, seja como escravos ou como refugiados da guerra, Cota Gil teve de iniciar trabalhando na limpeza, no comércio e na mecânica, até, anos depois, conseguir emprego em sua área de formação - operador de Computer Numeral Control (CNC). De acordo com o Consulado Angolano, a comunidade angolana de Ontário teve sua primeira Assembleia Geral em 7 de Maio de 1989 no First Portuguese Community Centre, Toronto. Esta reunião teve como objetivo encaminhar, auxiliar e acomodar o povo angolano que estava imigrando para o país, durante o final dos anos 1980 e princípio dos anos 1990. Atualmente, segundo registros do Consulado, há, no país, cerca de 10.000 angolanos no Canadá, com maior incidência na província de Ontário.
Cultura e resistência As principais dificuldades do povo angolano no Canadá giram em torno da adaptação e readequação da identidade. Os angolanos, no geral, vivem uma diáspora. Mesmo sem intenções de regressar a Angola, muitos continuam mantendo fortes ligações com seu país de origem. E essa preservação dos laços culturais torna os angolanos um povo único. Gil Ventura e Carla Neto, são
presidente e vice-presidente da Assembleia Angolana, que discutem e estudam formas de como a comunidade angolana se integra no sistema canadense, além da preservação da cultura e identidade. Carla Neto, de 50 anos, é assistente social e saiu da Angola para Portugal em 1987. Nesta época, seu pai foi para o Brasil como refugiado político pela Convenção de Genebra. Mas, como o país cedeu à pressão da Angola, o pai teve de refugiarse no Canadá. Carla chegou ao país com 17 anos, foi para Ottawa, onde não havia muitos angolanos, tampouco Embaixada e Consulado Angolano. Tempos depois, mudou-se para Toronto onde encontrou alguns angolanos, porém, à época, a comunidade angolana ainda não havia firmado suas raízes. Cota Gil conta que, desde que chegou, alguns angolanos e cabo-verdenses se reuniam, em locais alugados, para tirar o estresse e o cansaço do trabalho pesado da semana em festas africanas. “Nós nos reuníamos, levávamos nossa comida, vestíamos nossa roupa típica, preservávamos o nosso orgulho e matávamos a fome de estarmos juntos”, lembra. Hoje em dia, essas mesmas festas acontecem aos fins de semana, porém, agora, os angolanos têm seus locais próprios de encontro, como é o caso do Luanda House. João Joaquim, de 46 anos, um dos primeiros fundadores de um espaço angolano em Toronto,
afirma que os angolanos preservam sua identidade não somente na forma de se vestir, de falar e em seus cardápios próprios, mas também quando realizam palestras com o intuito de resgatar as suas origens. Carla Neto acredita que, por mais que o Canadá seja um país multicultural e que, teoricamente, abraça todas as culturas, o racismo existe e é aparente no país. “O racismo existe aqui. É só ver como a comunidade indígena, que sempre esteve aqui (no Canadá), é tratada. Não resgatam a história indígena e muito menos conhecem a sua língua”, explica. Carla Neto acredita que o racismo está incrustado no tecido social. E, para ela, os mecanismos de punição não funcionam porque as políticas são racistas. Cota Gil afirma que “é mais fácil um negro viver no canadá, do que na Europa. Lá, nós ainda somos vistos como o preto”. Gil considera que existe racismo no Canadá, mas que as leis são bem exercidas em relação ao assunto e isso faz com que as pessoas racistas sintam medo de exercerem preconceito. João Joaquim garante que, como negro, é impossível afirmar que não exista preconceito racial ou que nunca presenciou um caso de racismo. “No Canadá, a estrutura política bane este ato em todos os sentidos. Porém, o preconceito que existe é individual. Existem pessoas preconceituosas que mancham o sistema em seu todo”. Porém, apesar de todas as dificuldades enfrentadas, o povo
angolano é um povo feliz, que nunca tira o sorriso do rosto. “A principal característica do povo oprimido é sorrir, é falar, é cantar e dançar. É dividir suas alegrias e tristezas”, enfatiza Carla Neto. João Joaquim afirma que, mesmo que os angolanos estejam a tanto tempo no Canadá, ainda é um povo que não tem voz ativa. E, para ele, um mecanismo que ajudaria a tapar as lacunas existentes e promover o povo seria dissipar os valores culturais dos negros. “A escravatura trouxe para América mais de 12 milhões de Africanos e, consequentemente, a África nunca foi indenizada por isso. Não estou a dizer que não existem negros bem enquadrados no Sistema Canadiano. Me refiro a políticas que ajudem a promover e dar mais voz ao negro. Muitos jovens acreditam que os negros vêm parar aqui porque os líderes africanos são incompetentes”. Ambos os entrevistados saíram de seu país de origem contra a sua vontade. Chegaram ao Canadá e, desde sempre, lutam para manter viva a identidade angolana, sentem orgulho de pertencer e mostram para quem quiser ver de onde vieram. Cota Gil, que vive há quase 30 anos no Canadá, diz que sente falta de seu país, que queria ter a situação que vive no Canadá na Angola, mas sente-se feliz ao caminhar nas ruas e ver que não está sozinho. “Dá uma alegria enorme quando saio para fora e vejo que não estou só. Quando saio às ruas, me sinto na África”, finaliza. Leia a matéria completa pelo site: www.jornalnorthnews.com
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Espaço 11
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Astronauta canadense tira foto incrível do corredor Toronto-Montreal do espaço Distância entre Toronto e Quebec City é de 798 km, mas a partir do ponto de vista de Saint-Jacques, parece estar a poucos centímetros de distância
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mente estão próximas. Em dezembro, David Saint-Jacques tornou-se o nono astronauta canadense a ser lançado no espaço e o primeiro desde Chris Hadfield em 2013. Saint-Jacques, acompanhado das tripulantes Anne McClain, da NASA, e Oleg Kononenko, da Roscosmos, Foto: Divulgação ma foto postada no David Saint-Jacques mostra agência espacial russa, vai Twitter pelo astro- como as grandes cidades da passar mais de seis meses nauta canadense costa leste do Canadá real- a bordo do laboratório es-
pacial em órbita, apoiando ciência de classe mundial e operações de tempo crítico. Além de operar o Canadarm2 e realizar tarefas de manutenção, o nativo de Quebec, de 48 anos, tirou uma foto maravilhosa do corredor Toronto-OttawaMontreal-Quebec City e compartilhou nas redes sociais, dando ao mundo virtual uma perspectiva espetacular de quão perto nós
realmente somos de grandes alturas. A distância entre Toronto e Quebec City é de 798 km, mas a partir do ponto de vista de Saint-Jacques, parece estar a poucos centímetros de distância. A foto foi postada na página do astronauta no Twitter, cheia de detalhes sobre a jornada do astronauta e as atualizações da Agência Espacial Canadense.
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12 Brasil
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Cultura: Diretor brasileiro apresenta filme que retrata Brasil futurista e evangélico O
Filme, que foi projetado dentro da seção Panorama, a segunda em importância do festival, pretende dar resposta a estas perguntas do ponto de vista de uma mulher, precisou o diretor
cineasta brasileiro Gabriel Mascaro apresentou nesta quarta-feira no Festival Internacional de Cinema de Berlim (Berlinale) seu filme “Divino Amor”, um filme sobre uma mulher que experimenta a ambivalência entre corpo e a religião em um contexto de burocracia e controle biopolítico. Segundo explicou Mascaro em entrevista coletiva, o Brasil está vivendo atualmente mudanças radicais na sociedade e a religião, sobretudo a evangélica, em suas distintas variantes, está tendo cada vez mais influência. “Devemos refletir urgentemente sobre o que isso quer dizer”, afir-
mou, ao mesmo tempo que chamou de “conservador, populista e nacionalista” o projeto liderado pelo novo presidente, Jair Bolsonaro, que tem como lema “o Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”. O filme, que foi projetado dentro da seção Panorama, a segunda em importância do festival, pretende dar resposta a estas perguntas do ponto de vista de uma mulher, precisou o diretor. No Brasil de 2027, Joana, funcionária e membro da seita evangélica Divino Amor, oferece tratamento aos casais à beira do divórcio mediante rituais sexuais nos quais ela participa com seu marido. No entanto, a relação e a fé de
Joana, interpretada por Dira Paes, sofrem diante do desejo de ser mãe. Para a personagem de Joana, Mascaro se inspirou nas tradições bíblicas e nos tantos casos de mulheres que foram mártires cristãs e levaram vidas em pecado e sexualidade nos quais o erotismo definia-se de maneira religiosa. Há mulheres na história que conciliaram êxtase e religião, algo que a princípio parece ser contraditório, ressaltou. Joana assume seu corpo “como forma de se comunicar com Deus”, é uma “postura radical” que adota “em nome de Deus”, como tantas outras coisas que são feitas “em nome de Deus”, afirmou a atriz.
“A sua fé a cega”, se entrega a Deus para que realize o sonho de ser mãe, e ao mesmo tempo Joana representa esta “ambivalência entre corpo e religião”, acrescentou. Neste filme, Mascaro tentou, além de apresentar imagens contrárias ao homem alfa, porque na Bíblia, afirmou, “a infertilidade sempre está associada à mulher”. O filme aborda, além disso, o tema do controle “biopolítico do corpo” que Mascaro não vê distante, e que na sua história situa em uma sociedade na qual a família continua sendo o centro. Assim, no filme, passar por um scanner equivale a revelar por exemplo o estado civil ou uma
gravidez, e todos os dados pessoais das pessoas se resumem em um código de barras. Ao mesmo tempo, no filme o diretor tentou “unir burocracia e religião em uma unidade indivisível”, ou seja, acercar polos opostos, afirmou. Segundo Mascaro, “a burocracia pode ser uma alternativa à religião através da igualdade e da transparência”, algo que na realidade caberia esperar precisamente da religião, acrescentou. Para Paes, filmes como “Divino Amor” são necessários na atual situação política no Brasil, porque além de fornecer muitos elementos artísticos fortes, é “valente”.
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14 Mundo
Trump anuncia declaração nacional para construir muro www.jornalnorthnews.com - De 19 a 25 de fevereiro/2019
Construção ficará na fronteira entre EUA e México O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou hoje (15) que vai declarar ainda nesta sexta-feira “emergência nacional” para financiar o muro na fronteira com o México. Em entrevista coletiva concedida no jardim da Casa Branca, ele disse que assinaria a declaração ao “voltar ao Salão Oval”. O norte-americano lembrou que o muro foi uma promessa de campanha. Mas que sua determinação é motivada pela “necessidade” de conter a insegurança na regição fronteiriça. “Temos grande quantidade
de drogas entrando no nosso país e muito vindo pela fronteira sul”, ressaltou. Trump elogiou a atuação dos militares na regição fronteiriça. “Conseguimos demantelar duas caravanas que estavam entrando no país”, disse. Segundo ele, os militares trabalham intensamente para impedir a entrada de imigrantes ilegais.“[A declaração de emergência nacional] já foi assinada muitas vezes antes e deu aos presidentes o poder. [Eles] assinaram em casos bem menos importantes. Estamos falando
de uma invasão do nosso país com drogas, tráfico humano e com todo tipo de criminosos e gangues”, disse. No pronunciamento, Trump afirmou que sabe que a medida será alvo de reações e disputada na Justiça, inclusive na Suprema Corte. No entanto, ele disse que está convencido que espera ganhar as ações. Ontem (14) o Congresso norte-americano aprovou a proposta de orçamento, impedindo uma nova paralisação no país. Trump queria incluir cerca de US$ 2 bilhões para a
construção do muro. Porém, há divergências políticas em torno da construção. Segundo Trump, há muros como o que ele quer construir em El Paso, no Texas, e que funcionam. “Muros funcionam 100%”, destacou. Segundo ele, este é apenas um exemplo. “Todo mundo sabe que esses muro funcionam.” De acordo com o norte-americano, gostaria de ver “uma grande reforma da imigração, não apenas um muro”. Trump fez a declaração na presença da imprensa e de gru-
pos de famílias de vítimas de imigrantes, segundo ele, ilegais. Ele citou nominalmente uma senhora que perdeu a filha e outra que o marido foi assassinado. Segundo o presidente, há uma grande quantidade de drogas letais entrando nos Estados Unidos. Ele lembrou que o “mercado”consumidor dos Estados Unidos é “gigantesco”. “Nós temos uma vinvasão de drogas e de pessoas, isso é inaceitável”, disse. “Nós queremos interromper o fluxo de crogas e criminosos no nosso país.”
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