Criança é de Rua
NÃO
Campanha nacional mobiliza São Luís
Acontece
Capacitação
Destaque
Organizações recebem assessoria em gestão
Formação de Educadores Sociais
Organizações discutem captação de recursos
Pág. 2
Pág. 3
Pág. 4
2
BALANÇO DA REDE
Assessoria em gestão é oferecida a organizações sociais
Assessora Leila Menezes no Instituto Mariana
Proporcionar um trabalho mais qualificado às organizações sociais. Esta foi a proposta da Assessoria em Planejamento e Gestão que a Rede Amiga da Criança por meio do Projeto Disseminando a Cultura de Redes Sociais, com patrocínio da Petrobras, disponibilizou a 10 organizações. O serviço é um apoio institucional para o desenvolvimento e/ou aprimoramento
do histórico institucional, missão, visão, eixos estratégicos, entre outros. Desde abril de 2015, cinco assessoras foram contratadas para dar cobertura às instituições: Centro Comunitário Cultural e Eclesial da Vila Passos, Centro Educacional Profissionalizante do Maranhão (Cepromar), Clube de Mães Santa Luzia, Desafio Jovem do Maranhão, Escola Comunitária
Educando Jardim de Infância Pequeno Aprendiz, Grupo de Dança Afro Malungos, Instituto Centro Comunitário do Bairro de Fátima, Instituto Mariana, Instituto Santa Clara e Projeto de Educação Alternativa Descobrindo o Saber. A assessora Eunice Fernandes, que é assistente social, fala sobre a experiência: “A assessoria proporcionou esse processo de construção da missão e visão. No planejamento, viram suas necessidades, visualizaram suas organizações e escutaram os usuários.” O Cepromar e o Peads já possuíam missão e visão, que foram reformulados com a ajuda de educadora social Eliane Cruz. Gisella Mathiote, do Cepromar, fala sobre o que significa a assessoria: “Esse trabalho é um valor agregado à instituição, é uma forma de validar o trabalho que fazemos com a comunidade.”
Encontro integrativo do PROJUR
O PROJUR realizou um encontro integrativo na Casa dos Combonianos, praia do Olho D’água, no sábado 25 de abril. O evento teve o objetivo de conversar de maneira descontraída e lúdica sobre protagonismo juvenil com os adolescentes.
Foi realizada uma gincana do conhecimento, em que o grupo pode testar seus conhecimentos sobre os mais diversos assuntos relacionados à participação social. Após o almoço, foi possível aproveitar a praia para fazer jogos e momentos lúdicos.
BALANÇO DA REDE
Educação social
O educador social é um profissional do Sistema de Garantia de Direitos que tem contato diário com as crianças e adolescentes. Buscando o aperfeiçoamento de 30 educadores da Rede Amiga da Criança, o Projeto Disseminando a Cultura de Redes Sociais, com patrocínio da Petrobras, promoveu a Formação Básica de Educadores Sociais. O evento aconteceu em dois módulos, nos dias 30/03 a 1º/04, e nos dias 22 a 24/04, na sede da Central Única dos Trabalhadores do Maranhão, em São Luís. O primeiro módulo foi facilitado por Humberto da Silva Miranda, professor do Departamento de Educação da Universidade Federal Rural de Pernambuco e coordenador do Programa Escola de Conselhos de Pernambuco. Maria Eliene Santos Araújo, da Pastoral do Menor, explica que aprendeu sobre direitos humanos e como se posicionar como educadora social. “Nós como educadoras e educadores somos representantes sociais, mas as nossas falas às vezes não condizem com aquilo que a gente defende. Precisamos alinhar isso”, enfatiza ela. A coordenadora do Instituto Formação, Lídia Vasconcelos, facilitou o II Módulo da Formação. Foram trabalhadas histórias de vida e matriz FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças), que fizeram os participantes refletirem sobre sua atuação e se ver como colaborador em potencial para sua organização social. Maria de Fátima Sousa Vieira, do Centro de Cultura Negra do Maranhão confessa que esta
3
em pauta
formação a surpreendeu. “Principalmente, nesse segundo módulo porque eu pude participar mesmo,
dar minhas opiniões. E eu vou levar essa prática para os meus alunos”, planeja a educadora.
4
BALANÇO DA REDE
De olho no desenvolvimento institucional
Participação da representante da ABCR, Ana Flávia Godoi
Mais de 60 pessoas participaram dos dois módulos do curso Captação de Recursos para Organizações Sociais, realizados dias 11, 12 e 13 de março e 8, 9 e 10 de abril, respectivamente, no auditório Casa do Poeta, no Convento das Mercês. Os participantes tiveram a oportunidade de conhecer e exercitar diferentes metodologias para a elaboração de projetos, e a facilitadora Lyara Apostólico, da Roda de Projetos, analisou individualmente todos os projetos elaborados durante o curso ou propostas que as organizações trouxeram para aperfeiçoar tecnicamente. Já no segundo módulo, Ana Flávia Godoi trouxe o know-how da Associação Brasileira de Captadores de Recursos enfatizando a necessidade de as organizações investirem em desenvolvimento institucional para fazer uma mo-
Lyara Apostolico, da Roda de Projetos, também colaborou com o evento
bilização de recursos mais estratégica. Ela também compartilhou ferramentas e técnicas para atrair e reter parceiros. O evento proporcionou ainda o encontro entre pessoas que trabalham com captação de recursos em diversas linhas como cultura, empreendedorismo social, gênero, tecnologia, entre outras, e assim fomentar a discussão sobre a criação de um Núcleo da ABCR
no Maranhão, de forma a facilitar o acesso a formações e trocas de experiências. O curso foi promovido pela Rede Amiga da Criança por meio do Projeto Disseminando a Cultura de Redes Sociais, patrocinado pela Petrobras. O evento teve como parceiros o Convento das Mercês, a Associação Brasileira de Captadores de Recursos e a Rede Leitora Terra das Palmeiras.
5
BALANÇO DA REDE
Aperfeiçoamento Após esta injeção de ânimo e conhecimento, quatro representantes da Rede Amiga da Criança foram a São Paulo participar do Festival ABCR, realizado entre os dias 5 e 7 de maio. Este é o maior evento do gênero no Brasil e contou com mais de 500 participantes e uma programação com palestras e cases nacionais e internacionais. “Foram experiências enriquecedoras. Agora tenho uma visão mais ampla sobre captação de recursos dentro de um contexto de desenvolvimento institucional. Com a consciência de que é preciso primeiro se organizar internamente, conquistar a credibilidade comunidade e investir na visibilidade das ações para
atrair parceiros externos”, conta a gestora do Instituto Santa Clara, Maria Raimunda da Silva, que participou das capacitações em São Luís e São Paulo.
A edição de 2016 do Festival ABCR será em São Paulo, entre os dias 04 e 06 de maio. Mais informações serão divulgadas em www.captacao.org.
Ajude a tecer a Rede
Você sabia que pode contribuir para que as crianças maranhenses tenham uma melhor qualidade de vida ao apoiar a Rede Amiga da Criança? É muito fácil. Conheça algumas ideias para captadores de recursos voluntários: q Organize eventos beneficentes como café, almoço, brechós, torneios esportivos, gincanas, atividades colaborativas. O valor arrecadado pode ser revertido para apoiar um projeto específico, ou diversas ações da Rede Amiga.
q Já ouviu falar em aniversário solidário? É uma ótima oportunidade de seus amigos presentearem e fortalecerem uma causa em que você acredita; q Outro lugar interessante para angariar fundos é no seu ambiente de trabalho. A Rede Amiga pode ser eleita como a organização de caridade do ano da empresa onde você trabalha, por exemplo. q Voluntariado traz para organizações recursos como tempo e profissionalismo, que são impor-
tantes para fazerem as coisas acontecer em nossos projetos e organizações. Você pode fazer doações de qualquer valor a qualquer tempo ou ser um doador mensal, nos seguintes dados: CPVC Adolescentes, Agência: 29726, Conta Corrente: 35859-2, Banco do Brasil. Quer conhecer mais: visite www.redeamigadacrianca.org. br e contate desenvolvimento@ redeamigadacrianca.org.br.
6
BALANÇO DA REDE
Encontro de Famílias
No dia 29 de maio foi realizado o Encontro com Famílias, no Casa de Retiro Oásis, em São Luís, como mais uma ação do Projeto Disseminando a Cultura de Redes Sociais, patrocinado pela Petrobras e apoiado pelo Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. A atividade mobilizou mais de 20 pessoas e foi mediada pela psicóloga Margarete de Jesus. O evento teve como objetivo dar voz a representantes de famílias que tem crianças e
adolescentes atendidos em projetos sociais da Rede Amiga da Criança. A partir de dinâmicas e questões orientadas foram sistematizados respostas e relatos dos participantes que contribuirão para o aperfeiçoamento do trabalho social com famílias.
Foi possível identificar como as famílias percebem os serviços, os programas de distribuição de renda, que resultados e impactos eles tem na vida delas. E também verificar quais as fragilidades e potencialidades no que diz respeito aos vínculos familiares. A Rede Amiga tem feito reflexões sobre o atendimento a famílias com realização de seminários com poder público e organizações da sociedade civil, e agora com a escuta de grupo representativo das próprias famílias atendidas.
Experiência da Rede Amiga colabora em projeto de educação integral A experiência de 15 anos da Rede Amiga da Criança contribuiu para a implantação de projeto piloto de rede de educação integral em São Luís. O projeto foi discutido no I Encontro sobre Educação Integral e Rede de Atendimento à Infância, Adolescência e Juventude, com iniciativa da Fundação Itaú Social, parceria técnica do Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável (Cieds) e apoio da Prefeitura de São Luís. O evento aconteceu dia 2 de junho, em São Luís. O Cieds é a instituição que coordena o projeto e também facilitou o Encontro em que foram discutidas ideias para construir um plano de ação contando com uma rede de organizações do território que apoiem a implementação do modelo de educação integral. A proposta é que o plano esteja totalmente sistematizado no
prazo de 90 dias. Em um segundo momento, serão identificadas potenciais organizações que façam interlocução entre possíveis financiadores e as organizações de base comunitária, para que a ação chegue na ponta, à criança e ao adolescente. O projeto deve funcionar por três anos com o apoio do Cieds. Depois desse período, espera-se que a Rede de Educação Integral conquiste sustentabilidade
e possa funcionar a partir de um modelo de governança estabelecida com os próprios recursos da cidade local. A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Neuza Ribeiro, que integra a Rede Amiga, tem a seguinte avaliação: “Essa discussão é mais ampla do que as ações já realizadas, porque irá sistematizar as atividades a serem desenvolvidas com o público”.
7
BALANÇO DA REDE
Organizações se mobilizam contra situação de rua
Crianças em situação de rua parecem fazer parte da paisagem das cidades brasileiras. A fim de mostrar que esta realidade é inaceitável, foi realizada a Ação Nacional Criança Não é de Rua no dia 23 de julho em 18 cidades do Brasil. Em São Luís, o evento aconteceu na Praça Deodoro, às 15h. A ação é organizada pela Campanha Nacional Criança Não é de Rua e, na capital maranhense, foi coordenada pela Rede Amiga da Criança. A Ação teve como objetivo dar visibilidade à violação de direitos de crianças e adolescentes, além de fomentar uma política pública para crianças em situação de rua. Em São Luís, a programação intercalou falas de representantes de organizações sociais e públicas e de crianças e adolescentes. Também tiveram apresentações culturais como rodas de Capoeira da Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social (Semcas) e Pastoral do Menor (Pamen), grupo de per-
cussão do Centro de Cultura Negra do Maranhão e peça teatral encenada pelo Projur. Houve também um ato simbólico em que educadores sociais deitaram sobre papelões no chão, simulando crianças e adolescentes que utilizam o papelão como cama. Afonso Barros, representante da Plan e integrante do Colegia-
do da Rede Amiga, fala sobre o avanço na mobilização das organizações para atos como esse e que os adolescentes deram um verdadeiro exemplo de participação. “Foi emocionante ver e ouvi-los [os adolescentes] falando para outros jovens sobre a importância de a sociedade lutar para garantir pelo menos as leis que já nos foram asseguradas”, revela.
Em 2015, além de sair às ruas, participantes da Ação Nacional Criança Não é de Rua escreveram uma carta ao Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), exigindo o funcionamento imediato do Grupo de Trabalho com a finalidade de formular e propor estratégias de articulação de políticas públicas e serviços para o atendimento e para a promoção, proteção e defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes em situação de rua. O Conanda deliberou na assembleia de novembro de 2014 e publicou no Diário Oficial da União de 12 de maio de 2015, a resolução
nº 173 que dispõe sobre a instituição do referido Grupo de Trabalho e, passados oito meses, o GT de Crianças e Adolescentes em Situação de Rua ainda não se reuniu. A boa notícia é que, após receber as solicitações, o Conanda agendou para o dia 11 de agosto a primeira reunião. “A Campanha deseja celeridade nos trabalhos do GT para que brevemente o país venha a contar com a elaboração de uma política nacional específica para esta parcela da população, suas famílias e comunidades”, comenta o secretário nacional adjunto da Campanha Nacional Criança Não é de Rua, Adriano Ribeiro.
8
BALANÇO DA REDE
Expediente Comunicação Rede Amiga da Criança: Dicy Rocha, Ivana Braga e Rodrigo Oliveira Fotos: Arquivos Rede Amiga da Criança Editoração e Impressão: 360º Gráfica e Editora
Rede Amiga da Criança (55 – 98) 3222-8468 E-mail: rede@redeamigadacrianca.org.br www.redeamigadacrianca.org.br Rua Direita, s/n, Centro (Praia Grande) CEP: 65010-160. São Luís/MA/Brasil.
Seja consciente! Não jogue este impresso em via pública.
mapa geográfico