17 minute read
4. Análise de Microambiente
4.1. Empresa
Leite Moça é uma das mais importantes marcas de leite condensado do Brasil, sendo produzida no interior de São Paulo. Pertencente a Nestlé S.A, a mesma é considerada uma marca guarda-chuva, que possui diversos produtos levando seu nome.
Advertisement
A história do leite condensado começou em 1856, de uma observação do americano Gail Borden, ao tentar desidratar o leite comum, onde descobriu que, antes de transformar-se em leite em pó, o produto virava leite condensado.
A invenção dele só foi valorizada quando estourou a Guerra Civil Americana, onde vendeu leite em pó e leite condensado para as tropas seguido da venda dos produtos no mercado. Mas foi somente em 1867, que surgiu a primeira indústria criada especialmente para a produção comercial do leite condensado.
O proprietário da empresa Anglo Swiss Condensed Milk, George H. Page, iniciou na cidade Cham, na Suiça, a fabricação de leite condensado, utilizando o leite de boa qualidade produzido no país.
Rapidamente o produto fez sucesso na Europa, principalmente entre as mulheres, que reforçavam a alimentação de seus filhos dando-lhes o energético e açucarado leite condensado.
A Sociedade Nestlé, iniciou a fabricação de leite condensado logo em seguida, tornando-se concorrente direta da ASCM, concorrência essa que teve seu fim em 1905 numa fusão que deu origem a Nestlé & Anglo Swiss Condensed Milk Co.
Com o nome LA LAITIÉRE, que significa “vendedora de leite”, ao ser exportado para outros países, foi necessário adaptar o nome a algo equivalente no idioma de cada região para onde o produto foi levado, mas sempre associando à figura da camponesa típica com seus baldes de leite. Em espanhol, por exemplo, foi adotada a marca LA LECHERA, e na língua inglesa MILKMAID.
Os primeiros carregamentos de leite condensado chegaram ao Brasil em 1890 como uma alternativa ao leite fresco, cujo abastecimento era problemático. O produto era vendido nas drogarias e, inicialmente, comercializado com o nome de MILKMAID (chamado assim pela falta de uma palavra equivalente em português). Os brasileiros tinham dificuldade para pronunciar o nome em inglês e passaram a chamar o produto de “leite da moça”, referindo-se à ilustração da camponesa em seu rótulo. A princípio utilizado como bebida (reconstituído com água obtinha-se o leite já adoçado), o leite condensado podia ser armazenado por muito tempo, o que era importante em períodos de escassez.
Quando a Nestlé abriu sua primeira fábrica no país, em 1921, na cidade de Araras, em São Paulo, e começou a produzir o produto, optou pela solução lógica de utilizar uma designação criada espontaneamente pelos consumidores brasileiros: LEITE MOÇA.
4.2. Fornecedores
Segundo o Guia Exame, a Nestlé S.A, é uma das 69 empresas com melhor Gestão de Fornecedores no Brasil. E dentre eles, estão produtores agrícolas, empresas de embalagem e envasamento entre outras, que contribuem para a produção do leite condensado Moça.
Pensando nas boas práticas sustentáveis dessa cadeia de produção e fornecimento, a Nestlé executa o programa Boas Práticas na Fazenda (BPF), que inclui visitas de orientação técnica, auditorias, processo de verificação, atendendo a leis e normas vigentes no país. O BPF inclui indicadores ambientais, sociais e de direitos humanos e faz parte das avaliações de qualidade e eficiência dos produtores de leite.
4.3. Tendência Tecnológica
Olhando para marca, observamos um interesse em acompanhar esse novo desejo de um público que é first digital, bem como tornar seus processos mais tecnológicos. O resultado desta aspiração é o aplicativo NesPlay, que conecta as famílias com brincadeiras e receitas de fácil adesão.
Pensando não somente em crescimento econômico, mas em “crescimento sustentável”, a Nestlé, por meio da tecnologia, reutiliza a água de suas fábricas, para a produção de outros produtos, e é comprometida a reduzir 35% da água utilizada para cada tonelada de produto produzido.
No Brasil, há duas fábricas que não usam água durante a produção. O líquido utilizado por essas fábricas vem de um lugar pouco provável para algumas pessoas: do leite.
A fábrica de cápsulas Nescafé Dolce Gusto, em Montes Claros (MG), não usa leite na produção, mas a fábrica vizinha, responsável pela produção de Leite Moça, a abastece com água retirada do leite, sendo essa, extraída por meio de um processo de vaporização e condensação. Esta água é suficiente para usar na fábrica de leite e ainda sobra para a fábrica de cápsulas.
E com esse processo, em 1 ano, mais de 66 milhões de litros de água potável deixaram de ser retirados da natureza.
4.4. Concorrentes
Segundo Kotler: "concorrentes são empresas que atendem às mesmas necessidades dos clientes".
De modo geral, a concorrência é composta por empresas que oferecem ou poderão oferecer produtos com benefícios semelhantes aos de sua organização, mesmo que estes se apresentem fisicamente diferentes.
Realizamos uma análise dos três principais players de leite condensado no Brasil, além de Leite Moça, sendo eles: Italac, Itambé e Piracanjuba. Neste estudo, verificamos e concluímos que os concorrentes indiretos e diretos são os mesmos, já que as marcas produzem leite condensado e outros produtos lácteos.
Quando olhamos para os principais concorrentes de Leite Moça, temos em 1º lugar a marca Italac. A marca produz leite condensado desde 2006, sendo considerada no ano de 2016 uma das maiores indústrias de laticínios do país, segundo a 4º edição do ranking Brand Footprint da Kantar. A marca com qualidade e um preço mais acessível (R$3,99 - valor médio), tem superado em números Leite Moça e ganhado destaque no país.
Na 2ª posição temos Piracanjuba. Oriunda de Goiana, iniciou sua produção de leite condensado no ano de 2008, entrando num mercado liderado por uma marca já consolidada e por isso, demorou a ganhar relevância. Foi só no ano de 2015, em uma campanha com a atriz Bruna Marquezine, que a marca Piracanjuba conseguiu de fato holofote e sendo assim, mostrar sua competência nacionalmente. Com um preço acessível (R$3,74 - valor médio) e a forte presença no mercado zero lactose, tem feito a marca ganhar notoriedade e conquistar os consumidores.
Em 3ª lugar, se encontra a marca Itambé. Considerada uma das maiores e mais antigas produtoras e laticínios no Brasil, a Itambé demorou a iniciar sua produção de leite condensado, acontecendo somente no ano de 2009. Com um preço mais próximo ao de Leite Moça (R$4,99 - valor médio), Itambé tem conquistado uma parcela de consumidores que já conheciam e confiavam nos outros produtos da marca e se arriscam a experimentar o seu leite condensado.
Em 2018, o instituto Kantar Worldpanel realizou um estudo para entender a penetração de Leite Moça no mercado atual, com a chegada de novos players na categoria de leite condensado. No gráfico abaixo desenvolvido pelo instituto, podemos acompanhar a maturidade de cada concorrente referente ao mercado.
Em relação ao shared of mind, Leite Moça, que no ano anterior ocupava o segundo lugar, caiu para terceiro perdendo seu posto para Piracanjuba.
Enquanto Moça tem perdido penetração, os concorrentes crescem muito acima da média da categoria, mostrando força. E quando avaliada esta força de penetração de mercado, percebe-se que a embalagem cartonada tem sobressaído em relação a lata.
A embalagem no formato lata segue em retração, enquanto cartonado fica cada vez mais forte em volume.
5. Análise de Macroambiente
5.1. Demográfico
A fim de entender quem é o consumidor brasileiro com suas respectivas características e suas prováveis escolhas, realizamos um mapeamento para descobrir e identificar quem é o cliente de leite condensado e como ele se configura diante ao cenário nacional.
Um dos cenários apontados em uma pesquisa do IBGE para o ano de 2020, é que o Brasil ultrapasse os 209 milhões de habitantes, tornando-se um país velho, com um maior número de idosos e menor número de crianças.
Para o mercado de Leite Condensado, um país com uma população mais velha é um ponto positivo pois neste público encontra-se maior fidelização as marcas.
O resultado de um país velho deve-se ao novo pensamento das novas gerações, que desejam cada vez menos ter filhos, optando por animais ou até mesmo abdicar de ambos.
Entende-se que esses novos pensamentos vêm redefinindo o conceito de família e o Brasil passa a ter uma população com novos perfis e consequentemente novas necessidades, demandadas por este novo público. Nos dados abaixo, o Censo Demográfico realizado pelo IBGE demonstra o crescimento destas famílias:
Podemos definir o perfil de consumidores de leite condensado no Brasil são homens e mulheres, na faixa etária de 25 a 50 anos, pertencentes as classes A, B e C que vão ao mercado pelo menos uma vez ao mês.
Reunindo informações de pesquisas realizadas pelos institutos Naveg e K Pesquisas, podemos observar a porcentagem de cada grupo em relação aos demais:
5.2. Tecnológico
Sabemos o quanto tecnologia é uma das forças que mais afeta a sociedade e consequentemente uma marca. É grande responsável por gerar empregos e tornar processos mais rápidos e práticos, trazendo economia para as marcas.
No mercado produtor de leite condensado, a tecnologia, tem automatizado processos e consequentemente diminuindo o tempo de produção. Desde a extração do leite, por métodos menos agressivos e mais eficazes, a produção do produto condensado.
Quando olhamos para a tecnologia no mercado do doce, percebemos que a expansão tem ocorrido de forma rápida. O consumidor tem cada vez menos tempo e deseja as coisas com cada vez mais facilidade. As empresas têm olhado pra isso estão renovando este mercado com soluções docemente tecnológicas.
5.3. Econômico
O ano de 2020 começou com grande expectativa, de mudanças no setor econômico, com uma projeção de avanço variável entre 2,5 a 3%, segundo o Ministério da Economia. O que deixaria a lenta recuperação dos dois últimos anos (2018 e 2019).
Mas desde dezembro de 2019, surgiram rumores de um vírus que poderia trazer reflexos a economia mundial. O vírus rapidamente passou de um problema de saúde pública para um problema econômico
E no Brasil não foi diferente, com uma economia que já vinha enfrentando dificuldade a mais de 10 anos, a pandemia de COVID-19 agravou ainda mais o cenário ao obrigar o fechamento dos comércios, eventos e locais de grande aglomeração
O cenário econômico sofreu grande impacto e tem assustado os brasileiros, e o resultado deste medo atinge diretamente o comercio de alimento, devido ao temor de um desabastecimento vivido recentemente na greve de caminhoneiros de 2018 e ao longo prolongamento de isolamento social. O desfecho de tais temores, resultou numa corria desenfreada aos supermercados para estocar produtos e alimentos.
Com o intuito de amenizar a situação econômica e ajudar os brasileiros, o governo federal criou o "Programa de Auxílio Emergencial”, bem como a liberação de saque do FGTS.
Com a crise, as pessoas deixaram de comprar produtos que consideram supérfluo, mas com a necessidade de se ficar em casa, a comida não entrou na lista e continua sendo um dos itens que não sai das compras do brasileiro. No estudo realizado pela Elo, podemos perceber que apenas dois nichos do segmento econômico possuem crescimento, supermercados e farmácias
Utilizando a ferramenta Stilingue, observamos que nas conversas atuais nas redes sociais os assuntos: doce e leite condensado, aparecem diretamente conectados a quarentena. Sendo um dos termos de pesquisa que tiveram maior crescimento no período de crise e assim, concluímos que leite condensado e Leite Moça sempre tem espaço no mercado
Fonte: Stilingue. (Período de pesquisa: FEV. – MAR/2020)
5.4. Sociocultural
Quando falamos de ambiente sociocultural, uma das análises de comportamento cultural que podemos levar em conta é o consumo de açúcar como forma de prazer, tradição e indulgencia, e analisando em escala mundial, o Brasil ocupa a 4 posição no ranking de consumo de açúcar, segundo a pesquisa realizada pelo instituto SUCDEN, em 2014
Em pesquisa feita pela EMPRAPA, em 2013, observou-se que nos últimos 50 anos houve uma adição de aproximadamente 200g de açúcar, isso equivale a 5 colheres de sopa a mais no consumo diário de açúcar do brasileiro, açúcar este, que é consumido por produtos industrializados e não somente in natura. A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é que apenas 10% dos alimentos consumidos por dia, venham do açúcar, mas os brasileiros em contrapartida, consomem 16,3%.
Para um país que o consumo de doce é um dos maiores do mundo, é natural que a maioria destes doces tenham uma matéria prima, como o leite condensado, responsável por inúmeras receitas como o típico brigadeiro e pudim
Só em 2018 a categoria vendeu 261 mil toneladas, representando um valor real de BRL 2,5 bilhões, segundo a Associação Brasileira de Supermercados.
Para um país onde o consumo de açúcar e leite condensado são topo do ranking fica mais fácil vender, mas é necessário ter responsabilidade social quanto a busca de alternativas para amenizar e conscientizar sobre o uso excessivo
5.5. Natural
Com as novas legislações vigentes em detrimento ao meio ambiente, vários setores passaram a ter dificuldades em suas atividades e tiveram que se adequar diante ao novo cenário.
E os produtores de leite enquadram-se neste grupo, onde as diversas exigências ambientais aumentaram seus custos de produção e consequentemente refletiram no valor de venda
Outro fato recente, traz um novo elemento competitivo ao mercado. A partir de maio de 2019, entrou em vigor uma nova legislação para a categoria de leite condensado, em que se tornam necessárias algumas mudanças nos rótulos das embalagens de todos os produtos da categoria comercializados em território nacional. As principais mudanças são: a adição da porcentagem de gordura na parte frontal do rótulo, a denominação legal passa a conter também “integral, semidesnatado ou desnatado”, de acordo com seu teor de gordura e quantidade de sólidos lácteos.
Seguindo uma tendência de consumo e produção sustentável, as empresas do ramo de leite condensado passaram a partir do ano de 2009, a produzir seus produtos em embalagem cartonada (longa vida ou tetra pak), que diminui a proliferação de micro-organismos nos alimentos, fazendo com que por consequência não precisem de conservantes. Por outro lado, a produção da embalagem cartonada, tem como matéria prima as árvores (extração de celulose), gerando maior desmatamento e por consequência faz com que as empresas consumidoras da embalagem e produtoras destas, necessitem de ações de reflorestamento. E por possuir em sua composição outros materiais além do papel, a caixa longa vida, tem maior dificuldade em seu processo de reciclagem
Quando falamos de custo benefício, a embalagem longa vida permitiu que as marcas ofertassem a um novo público e com preços acessíveis, produtos, como leite condensado antes considerado um item de luxo que agora faz parte da lista de compras das classes C e D.
A embalagem longa vida traz economia na produção e venda final, porém olhando para um viés de sustentabilidade, a reciclagem da mesma e o desmatamento para confecção tornam o processo avesso aos preceitos da marca, portanto consideramos falar em nossa comunicação, somente sobre o produto em lata.
6. Análise de SWOT
Tendo em vista as análises feitas nos capítulos anteriores, a análise de SWOT apontou os resultados abaixo:
- Força
• Produto sinônimo de categoria;
• Praticidade de utilização;
• Distribuição em larga escala e a nível nacional;
• Marca guarda-chuva com derivação de produtos.
- Fraqueza
• Valor muito superior a concorrência;
• Imagem de produto antigo (de avó);
• Bem de consumo não prioritário;
• Considerado um produto superestimado.
- Oportunidade
• Alto consumo de açúcar no Brasil;
• Isolamento social gerando maior procura por receitas;
• Aproximação das pessoas/famílias pós crise;
• Crescimento no mercado de doces gourmet.
- Ameaça
• Aumento na procura por produtos saudáveis;
• Crescimento do movimento vegano no Brasil;
• Aumento no número de pessoa com intolerância a lactose;
• Crise econômica;
• Concorrência com valor inferior.
7. Pesquisa
7.1. Objetivo
Conhecer o público consumidor de leite condensado no Brasil, levantando informações que corroborem na tomada de decisões e estratégias para a campanha.
7.2. Metodologia
Para obter as informações necessárias, aplicamos o método de pesquisa quantitativa, que nos trouxe informações preliminares sobre o público, sua renda, e consumo
Pesquisa quantitativa foi realiza por meio de formulário de preenchimento online, com questões descritivas e objetivas, coletadas no período de 27/03/2020 a 03/04/2020, obtendo 413 respostas, entre homens e mulheres de 18 a 75 anos, pertencentes as classes A, B, C e D, das regiões Sudeste, Sul e Nordeste
• Idade
Para iniciarmos a nossa pesquisa, a primeira pergunta realizada foi a idade dos participantes. Como apresentamos na análise de macroambiente, no tópico demográfico, a idade é um fator importante para entendermos a taxa de maturidade do nosso consumidor perante o produto
No gráfico apresentado acima, podemos perceber que parte dos nossos respondentes possui uma média de idade mais jovem.
Ao analisarmos as respostas de gênero, queremos identificar o responsável pelas compras de sua respectiva família e posteriormente direcionar os nossos esforços para atingir este público. De acordo com os dados coletados, a maioria dos responsáveis pelas compras realizadas é do gênero feminino
Com o objetivo de caracterizar e definir o consumidor de leite condensado, a terceira pergunta foi focada em responder o estado civil dos participantes da pesquisa.
Este resultado nos apresenta uma visão social e de sociedade que buscamos aplicar nos materiais de Leite Moça, tendo a sua maioria como solteiro, alinhamos a nossa linha de pensamento apresentada no começo da análise de macroambiente, tópico demográfico.
• Região
Ao realizarmos a pergunta de qual localidade o respondente se encontrava, queríamos entender qual o alcance de comunicação que a marca possuía, se era sinônimo de categoria em todas as regiões do Brasil ou apenas nos polos econômicos.
Além disso, a pergunta alinhada com questões de frequência de consumo e a utilização de Leite Moça, serviu para entendermos onde perdemos parcela de mercado para a concorrência.
O resultado apresentado, por mais que tenha sido em sua grande maioria para a região Sudeste, nos poucos que responderam as demais regiões, podemos ver que Leite Moça não é unanimidade entre os consumidores.
• Estado
Esta pergunta minuciou o que buscamos na questão anterior, ela nos auxilia a definir quais serão as praças utilizadas nas ações propostas.
• Share of mind
Com o objetivo de entender a abrangência da marca, realizamos a pergunta que alinhada com as questões anteriores, nos permite uma visão da penetração de marca de Leite Moça.
Segundo o que os dados nos apontam no gráfico abaixo, Leite Moça ainda se encontra como líder de segmento quando analisamos o shared of mind
• Frequência de consumo
As duas últimas perguntas realizadas para os participantes são referentes a frequência de consumo, que nos permitiu fazer uma análise em cima da utilização de leite condensado e se o produto é classificado como dispensável na compra mensal
Nos dados apresentados acima, o produto leite condensado é um produto essencial na casa dos brasileiros, como mostra a nossa pesquisa de economia apresentada na análise de macroambiente. Porém ao verificar os resultados de Leite Moça, podemos ver uma crescente utilização anual/semestral do produto.
7.3. RECOMEDAÇÕES
A partir dos dados obtidos na pesquisa e o levantamento das informações e dados secundários apresentados anteriormente, a agência compilou algumas recomendações para a produção da campanha a ser desenvolvida para o ano de 2021.
Visando conquistar esse novo target, classe C e D, será necessária uma nova abordagem, menos elitizada e com uma linguagem mais popular
Ainda falamos de um público com forte presença no digital, não somente pela classe social, mas também pela faixa etária, sendo assim, utilizar o meio como ferramenta de comunicação se faz primordial.
Pensando também numa ótica de pluralidade social, observamos um alto potencial de compra nas novas famílias, sendo elas, casais solteiros, homoafetivos ou mesmo unipessoal.
Nossa recomendação, é explorar na comunicação este novo momento que abre espaço para estas novas famílias, mostrando engajamento, e diversidade como ideais da marca
8. Planejamento de marketing
8.1. Objetivos de marketing
Conquistar novo target - classe C e novos públicos (novas famílias gays, pais separados, união estável etc.) é o nosso objetivo de marketing.
8.2. Objetivo de comunicação Desassociar a marca a pessoas mais velhas, consumo apenas em datas comemorativas e famílias tradicionais.
8.3. Objetivo de campanha
Nesta campanha, foi necessário traçar alguns objetivos, sendo eles:
• Retomar a relevância da marca, bem como estar presente em novos lares via novos formatos.
• Promover crescimento sustentável da marca.
• Gerar maior rentabilidade a partir da oferta do produto em lata.
• Tornar Leite Moça uma opção para o dia a dia.
• Queremos que, através do portfólio de Moça, o consumidor perceba o produto como uma opção para o dia a dia e não somente para datas especiais ou para receitas complexas, não só se restringindo ao pudim do Ano Novo. Pode servir para fazer o bolo de caneca do meio da semana, a cobertura indulgente da salada de fruta das quintas-feiras, uma vitamina na segunda, o brigadeiro para o Netflix do fim de semana.
8.4. Segmentação
8.4.1.
Local
Ao analisar a marca e o consumo de leite condensado, percebemos que o produto possui uma regionalização. Mesmo sendo sinônimo de categoria e tendo a sua qualidade realçada, percebemos que em algumas regiões a marca perde parcela de mercado para concorrência e por isso, definimos as regiões Sul, Sudeste e Nordeste como ponto focal da nossa campanha.
8.4.2. Público-alvo
Para entender quem é o consumidor de Leite Moça e o seu perfil de compra, é necessário que levemos em consideração algumas tendências envolvendo a sociedade, a economia e consumo de alimentos pós COVID-19.
A primeira tendência que nos influenciou para direcionar a campanha foi o estudo realizado pelo IBGE apontado na análise de macroambiente, nele é podemos ver que o país tem se tornado mais velho com o passar das décadas e esse envelhecimento da população, também se deve as novas gerações que tem redefinido o conceito de família e criado novos perfis.
Outra tendência que a nossa campanha deve aderir, é a criação de ações inclusivas as causas LGBTQI+, que segundo a análise feita pela consultoria norte americana Out Leadership, em 2017, o este público é responsável por 10% da riqueza produzida no país
E com base nos materiais pesquisados e nas análises realizadas anteriormente, podemos captar algumas frequência e similaridades em uma parcela da sociedade, tendo assim, o nosso público alvo:
• Gênero: Feminino e Masculino.
• Classe: A, B e C.
• Idade: 25 a 39 anos.
8.4.3. Conteúdo de Interesse do público-alvo
Para entender o consumidor, precisamos entender quais conteúdos ele consome, listamos alguns deles e características aderentes ao nosso target:
• Empático;
• Amante de memes;
• First digital – 100% conectado;
• Engajado em causas sociais;
• Comprador por influência;
• Ansioso;
• Aberto a novas experiências;
• Novas famílias.
Fazendo um contraponto com o que levantamos na análise de macroambiente, o público apontado tem consumido os assuntos que são pertinentes ao mercado e sendo assim, seguem uma tendência digital e colaborativo com a sociedade.
8.5. Produto comunicacional
8.5.1. Produto
O Leite Moça é um dos produtos de maiores sucessos da empresa Nestlé, tanto que hoje, é considerado uma marca guarda-chuva por possuir inúmeras derivações de sucesso, como: Mocinha, Leite Moça Festa etc.
Atualmente, o leite condensado produzido pela Leite Moça possui um maior reconhecimento no mercado e dos consumidores do alimento, além disso, alinhado com a sua tradição é o mais antigo e tradicional do segmento, presente em inúmeras receitas de famílias brasileiras.
8.5.2.
Preço
Podemos encontrar o produto nas versões cartonadas, e na mais popular, a lata, nos valores de R$4,50 a R$6,00, variável de acordo com a região. Além disso, o Leite Moça é vendido na embalagem econômica, de 5kg, no valor entre R$50,00 a R$65,00.
8.5.3. Praça
Por ser um produto tradicional, o brasileiro já está acostumado a encontra Leite Moça em todos os cantos do Brasil. Mas segundo as nossas pesquisas, o produto possui maior penetração de mercado na região Sudeste.
8.5.4. Promoção
Ver campanha - página 48.
8.6. Buy Persona
Entendendo que a as famílias mudaram e consequentemente o consumidor de Leite Moça também mudou, a partir dos dados da pesquisa quantitativas realizada, traçamos para campanha novos perfis de Moça.
Estado civil: Solteira
Profissão: Enfermeira
Localização: Zona Norte - SP
Renda: R$1.500 a R$3.500
Aspirações: Seu maior sonho é a conquista da casa própria.
Patrícia é mãe de dois gatos, e passa grande parte do seu tempo no hospital.
Concilia sua vida profissional a sua pós EAD.
Um de seus maiores hobbies é cozinhar, e para complementar sua renda, Patrícia faz bolos de pote para vender no hospital, aliando seus hobbies a uma necessidade.
Tensões: Uma de suas maiores tensões é o medo de não conseguir se manter financeiramente e precisar voltar para sua cidade natal.
Estado civil: União estável
Profissão: Publicitário
Localização: Zona Leste - SP
Renda: R$7.500 a R$9.500
Aspirações: Seu maior sonho é adotar uma criança.
Concilia a rotina de trabalho com sua pós-graduação
Tem como hobbie a leitura.
Adora viajar pelo brasil com seu companheiro.
Aos fins de semana Bruno gosta de correr no Parque do Carmo e curtir programas noturnos com seus amigos na Região da Zona Leste.
Tensões: Suas maiores tensões são o ambiente político atual e a repressão social pela sua opção sexual.