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Consideração final Emilly Campos....................................................................56
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Já no modo participativo, isso se daria de forma contrária, onde contamos inteiramente com a participação direta do documentarista nos planos de gravações, em conversas diretas com os entrevistados. Seria uma relação um tanto íntima, ao comparar com o modo descrito anteriormente. Um exemplo disso é o documentário: Casas Marcadas, dos jovens diretores: Alessandra Schimite, Adriana Barradas, Ethel Oliveira, Ana Clara Chequetti, Juliette Lizeray e Carlos R. S. Moreira. Nele, a equipe de documentaristas exerce participação direta no processo de gravação, aparecendo nas entrevistas e conversas a todo momento.
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No modo reflexivo, temos uma espécie de relacionamento direto com o cineasta, em que a sensação será de conversa direta com o espectador. Trata de realismo físico, psicológico e emocional por meio de técnicas de montagem de evidências. Filosofando com minha avó, dirigido pelo direto Eduardo Ximenes apresenta uma reflexão filosófica sobre a vida, com imagens belíssimas do universo entre os pensamentos sobre a vida de uma senhora de idade.
E, o último modo descrito por Bill Nichols, o performático. Ele não é caracterizado apenas como um modo de documentário com histórias irreais e imagens planejadas para causar no espectador ou o sentimento que o documentarista quer que ele sinta.
O modo performático também levanta questões sobre o que é conhecimento, porém a subjetividade tem peso maior do que a construção de argumento lógico e linear. A combinação do real com o imaginário de acordo com a complexidade emocional do cineasta torna muitas vezes o documentário autobiográfico e paradoxal, visto que “ os documentários recentes tentam representar uma subjetividade social que une o geral ao particular, o individual ao coletivo e o político ao pessoal. ” (Idem, ibidem: Pág. 171)
