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Capítulo IV - Edição.......................................................................................................55

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O modo expositivo é um modo argumentativo de discurso que apresenta estética subjetiva. O que é apresentado em produções desse modo sempre se encaixa na visão do documentarista, e no discurso que ele constrói. Por exemplo, no documentário: Blackfish: Fúria Animal (2013), da diretora Gabriela Cowperthwaite.

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O filme expõe os maus tratos sofridos pelos animais que compõem os espetáculos do SeaWorld. Nele, a diretora constrói, através de depoimentos, imagens e dados, uma forte exposição â cultura de tortura no famoso parque, e deixa claro seu posicionamento contra o que está sendo mostrado.

É um dos mais difundidos e o que o público mais reconhece como documentário devido ao uso constante de seus elementos em noticiários de TV. Neste modo, os fragmentos do mundo histórico são concatenados numa estrutura mais retórica e argumentativa. A perspectiva do filme é dada pelo comentário feito em voz ’ off e as imagens limitam-se a confirmar a argumentação narrada. (NICHOLS, 2005, Pág. 148)

O modo observativo trata se de uma forma de tentar não interferir na realidade que se pretende abordar. Seria, basicamente, ligar a câmera em um ambiente, deixá-la no local, e voltar somente para recolher o material. Nichols usa como uma forma de fácil entendimento o exemplo de olhar por um buraco de fechadura. Este modo seria basicamente isso, segundo ele. O filme Juízo, da diretora Maria Augusta apresenta esse modo ao buscar captar a realidade tal como ela é, sem interferência alguma. Isso se mostra na falta de movimento de câmera e na quase inexistência de trilha sonora, com o intuito de passar realidade ao que está sendo narrado.

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