CONSIDERAÇÕES FINAIS

Militar, seja por falta de policiamento, operação inadequada e divisão errada das torcidas.

As torcidas organizadas são mal enxergadas pela Polícia Militar, o processo de elitização do futebol brasileiro dentro dos estádios faz com que os órgãos responsáveis não autorizem a volta das torcidas mandantes.

A questão dos conflitos não pode ser analisada de uma forma desconectada da violência da própria sociedade brasileira.

O que faz a polícia militar e o MP ainda manterem os jogos dessa forma, são os dados do 2° Batalhão de Choque da PM, responsável pela segurança de grandes eventos, inclusive de partidas.

Nos 44 clássicos antes da medida, entre os dias 22/04/2015 a 03/04/16, houve 16 confrontos entre torcidas, após a implementação da torcida única, no 1° período, 04/04/16 a 30/04/2017, o número de conflitos caiu para 8, uma redução de 50%.

De acordo com a corporação, o número de espectadores também aumentou de 1.073.838 saltou para 1.425.779, resultando em um crescimento de 33%. O efetivo policial interno diminuiu em 34%, enquanto o efetivo policial externo caiu 23%. Antes havia 14.178 policiais, após a proibição o número baixou para 10.042.

As escoltas de caravana de torcedores tiveram um abate de 57%. Antes da medida

foram realizados 157 acompanhamentos, depois da implementação foram feitos 68.

As medidas tomadas pelos órgãos responsáveis trouxeram melhorias, mas visto como a festa do futebol, enfraquece o direito dos torcedores pois somente uma pequena parte que se envolve em confusão, enquanto a grande maioria é impedida de ir a outros estádios, e prestigiar e até perde a oportunidade de conhecer um novo estádio.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Ainda que os dados acima elencados denotem uma considerável diminuição no número de casos de brigas entre torcidas rivais, estes, como também podemos perceber, não são suficientes para zerar o número de conflitos. Sendo assim, fica evidente que a possibilidade física de confrontos advinda da existência de 2 torcidas corrobora para a tomada pela violência, mas que de todo não significa a única justificativa para tal.

Haja visto que o número de confrontos se perdurou pelo tempo, entende-se que a intenção em brigar, independentemente da existência de torcida única ou não, é fator tão considerável quanto este primeiro. E além disso e já por fim, fica evidente, também, pelos números apresentados, que é somente uma pequena minoria está a participar de tal tipo de evento. Dessa forma fica abalado o direito da maioria, pois somente uma pequena parte que se envolve em confusão, enquanto a grande maioria é impedida de ir a outros estádios, e prestigiar e até perde a oportunidade de conhecer um novo estádio. Jogos com torcida única está longe de ser a solução para o problema de violencia entre torcidas rivais. Além de medidas mais eficientes, que deverá punir CPF e não CNPJ,