Revista Integração Ed.100

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REDE LA SALLE

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ISSN 1982-3991

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Projeção de um dos jogos pedagógicos da Rede La Salle

ANO XXXVII - MAIO DE 2008 - N.º 100

Matéria de capa:

Aprendizagem no processo de formação docente

Entrevista com os educadores Irmão Alvimar D´Agostini e Ana Poppe Colégios Lassalistas jubilares no ano de 2008

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Expediente

Colégios Lassalistas Jubilares em 2008

Editorial ANO XXXVII – Nº 100 MAIO DE 2008

Diretor Presidente Marcos Antonio Corbellini

Diretor Administrativo Jardelino Menegat

Diretor de Educação e Pastoral Paulo Fossatti

Diretor de Formação ns in

Revisão 2

CANOAS

Ivan José Migliorini João Angelo Lando Ana Paula Diniz Adriana Beatriz Gandin

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Hugo Bruno Mombach 4065 DRT-RS

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Setor de Marketing da Rede La Salle Rua Honório Silveira Dias, 636 Porto Alegre-RS - Brasil - 90550-150 Fone: +55 (51) 3358-3600 Fax: +55 (51) 3343-2322 marketing@delasalle.com.br

Editoração Roberto Monte Maior de Oliveira

Ctp, Impressão e Acabamento Algo Mais - Gráfica e Editora Os artigos são de responsabilidade dos seus respectivos autores.

PROVÍNCIA LASSALISTA DE PORTO ALEGRE

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www.lasalle.edu.br

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Comissão Editorial

Jornalista Responsável

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João Angelo Lando

Redação e Expediente

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João Angelo Lando

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Diretor Secretário

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Paulo Lari Dullius

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Comissão Editorial

A Revista Integração é o orgão oficial de comunicação das Comunidades Educativas da Província Lassalista de Porto Alegre (Reg.Esp.Matr.N.º170), com tiragem de 2.500 exemplares e circulação quadrimestral.

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A edição número 100 da Revista Integração trata de um assunto importante para a Rede La Salle: a formação continuada dos profissionais que atuam na área da educação. Uma edição que ressalta a preocupação das pessoas em educar e a necessidade de reciclar os conhecimentos para transmitir idéias de maneira atualizada. Para marcar este momento, um novo projeto visual está sendo apresentado para que a atenção de todos os leitores seja renovada. Os nomes das seções tiveram pequenas alterações para garantir que a linguagem seja atualizada, facilitando o melhor entendimento das informações que serão passadas. “Sou Lassalista” é uma seção criada para trazer a opinião, os depoimentos dos diferentes públicos da Rede La Salle. Os colégios jubilares serão homenageados com textos escritos pelas direções para que todas as comunidades da Rede La Salle saibam a importância do espaço conquistado pela Educação Lassalista durante os mais de 100 anos de presença no Brasil. A entrevista mostra que todos precisam aprender com a vida e com tudo o que é oferecido no cotidiano. Durante o ano de 2008 todas as edições abordarão o conhecimento a partir de diferentes ângulos. O segundo número abordará o ato de aprender dos alunos, as dificuldades que os alunos e os educadores enfrentam nesse momento em que o acesso as informações é fácil e diversificado, e os males que esse acesso pode gerar. A última edição do ano, distribuída para as Famílias Lassalistas, fará um apanhado dos temas anteriores para enfocar detalhadamente o conhecimento de maneira ampla, incluindo todas as partes responsáveis na transmissão e captação de conhecimento.

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Sou Lassalista

Índice

Depoimentos de alunos, professores e colaboradores lassalistas sobre sua vivência na Rede La Salle

Cultura Conheça a peça de teatro “Exército de Sonhos”

Eventos 10. Recepção aos calouros do Unilasalle Canoas 11.Inauguração das reformas na Escola La Salle Pão dos Pobres 12. Via Sacra representa a Identidade Católica Lassalista

Centenário 13. Acompanhando gerações no centro de Porto Alegre 14. Grande importância na sociedade caxiense 15. Contribuição para o crescimento da cidade

Rede Materiais pedagógicos digitais sob medida

Experiências 17. Biblioteca - Espaço de incentivo à leitura e valorização da vida 18. Educação Musical - La Salle Caxias lança projeto diferenciado 19. Pré-Missão Jovem - Um projeto que promove o desenvolvimento social 20. Obras Assistenciais - Campanha divulga Responsabilidade Social da Rede La Salle 21. Conselhos do Leitor - Alunos de Canoas participam de grupos de produção textual

Capa A aprendizagem no processo de formação docente

Diário de Classe Breves relatos de atividades desenvolvidas nos Colégios Lassalistas

Artigos 34. Mediação Pedagógica 36. Exponha-se a uma quantidade maior de livros 38. O ato de aprender brincando Ludoteca - Um novo olhar pedagógico 39. Os novos desafios no ato de aprender 40. O gesto de aprender e ensinar na escola

São João Batista de La Salle É La Salle conhecido hoje?

Entrevista 05

Entrevista com o Diretor do Colégio La Salle Canoas, Ir. Alvimar D´Agostini e com a Vice-diretora e Supervisora Pedagógica do Colégio La Salle São João, Ana Poppe

Canal Aberto Zeladores da Marca A importância de uma Campanha Institucional

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Nossos Ícones Indica uma página na internet ou um e-mail.

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Referências bibliográficas ou mesmo indicações de leituras que digam respeito à matéria em pauta.


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Revista Integração

REINVENTAR-SE ao longo do tempo Ir. Ivan José Migliorini Reinventar-se ao longo do tempo. Esta foi a pauta corajosa e perseverante da Revista Integração nos seus 36 anos de existência. Do seu inventário de múltiplas expressões, merece destaque, também, a agora marca histórica de 100 edições. Por feliz coincidência, em 2008, Integração circula seu nº 100, nos 100 anos de fundação das instituições lassalistas: Colégio La Salle Dores, de Porto Alegre, Colégio La Salle, de Canoas e Colégio La Salle Carmo, de Caxias do Sul, para as quais é também destinada. Celebrar esta centésima edição é evocar o passado, responder ao presente e projetar o futuro. Chegar ao seu nº 100 é sinal que o produto é bom. Nas suas mais de 11.000 páginas, o pensar, o sentir e o proceder das Comunidades Educativas Lassalistas. Aproveitando este aniversário de 100 edições, apresentamos uma breve retrospectiva da evolução da Revista, já que fomos testemunhas de parte desta caminhada, desde 1975, participando em momentos distintos da Comissão Editorial, em 54 edições e 19 anos de serviços. Parabéns à Integração por mais esta conquista e que continue, ao longo do tempo, com sinais tangíveis de sua marca, a produzir em campo fértil semeaduras de vida e esperança.

1971

NOVEMBRO - Encontro das CELs - Comunidades Educativas Lassalistas, Província Lassalista de Porto Alegre, na Colônia de Férias do Grêmio Sargento Expedicionário Geraldo Santana, em Tramandaí - RS. No Encontro, foi sugerida a criação de uma Revista de divulgação.

1991

1972

MARÇO - Conselho Provincial Lassalista autoriza a criação da Revista Integração, de conteúdo pastoral-pedagógico.

2000

MAIO - Edição nº 1 - Lançamento da Revista Integração Órgão de Intercomunicação das Comunidades Educativas Lassalistas, da Província Lassalista de Porto Alegre. Redação: Departamento Pastoral-Pedagógico. Seções básicas: artigos, notícias e resenha bibliográfica. Formato: 15 x 20, em preto e branco, impressão no Departamento 3M, Livraria Santo Antônio Pão dos Pobres. Circulação quadrimestral.

1975

MARÇO - Edição nº 8 - A partir de sugestão do Encontro das APMs Associações de Pais e Mestres, realizado em maio de 1974, a Integração, nº 8, é apresentada com nova diagramação, formato 15 x 20, capa colorida, miolo preto e branco, em offset, com inserções comerciais para seu custeio. Redação: Departamento Pastoral-Pedagógico. Seções: Catequese, Educação, Filosofia, Lassalianismo, Administração, Experiências, Notícias, Colégios e Bibliografia. Tiragem: variável, conforme assinaturas das CELs. Impressão: Gráfica Dom Bosco.

1981

JULHO - Edição nº 24 Término das inserções comerciais. Mantença da Revista: apenas pelas assinaturas das Comunidades Educativas Lassalistas.

1982

NOVEMBRO - Edição nº 28 - Impressão na Gráfica Editora La Salle. Continua a capa colorida e seu miolo, agora, formatado em linotipia.

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2003

OUTUBRO - Edição nº 58 - Editoração eletrônica, em offset. Redação: Comissão Educação-Escola.

JULHO - Edição nº 79 - Nova diagramação, ainda no formato 15 x 20, agora, totalmente em cores. Seções: matéria de capa, reportagem, artigos, experiências pedagógicas, legislação, destaques. Entre os textos, inserções de boxes com variadas informações ligadas à linha editorial. Redação: Comissão Educação-Escola. Arte Gráfica: EML Design. Impressão: Gráfica Editora La Salle.

MARÇO - Edição nº 85 - Ano XXXII Novo lay out, com mudanças estruturais no seu formato, 20 x 30, papel couché, toda em cores, com valorização da qualidade formal, sem desmerecer a sua linha editorial. Novas Seções: Entrevista (matéria de capa), Cultura, Eventos, Troca de Experiências, Rede La Salle, Recordando, Artigos, Diário de Classe e Canal Aberto. Projeto Gráfico e Editoração: Setor de Comunicação e Marketing. Redação: Comissão de Educação e Pastoral. Impressão: Algo Mais Artes Gráficas e Editora. Tiragem: 15.000 exemplares e circulação quadrimestral. Distribuição: Comunidades Educativas Lassalistas.

2008 MAIO - Marca histórica da

Edição nº 100


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Entrevista

Ir. Alvimar D´Agostini e Ana Poppe

Por Cíntia Miguel Jornalista

Desde o nascimento somos desafiados a abrir os olhos, a enxergar um novo mundo, a mudar concepções, a voltar atrás, a refazer, a reconhecer o que é essencial... Tudo porque o ato de aprender é um processo que acompanha o ser humano em toda a sua vida. É vivendo e aprendendo que colocamos à prova nossa capacidade de interação e intervenção com o mundo. Desta forma, podemos notar que a aprendizagem é um processo contínuo, capaz de transformar a sociedade, a tecnologia, a ciência, a saúde e, principalmente, a nós mesmos. E este processo que nos desafia a caminhar só se constrói com o outro, ou seja, com as pessoas que escolhemos para partilhar e comungar idéias, saberes, desafios, projetos... Isso se verifica nas reflexões do escritor e biólogo Humberto Maturana, que afirma que “o educar se constitui no processo em que a criança ou o adulto convive com o outro e, ao conviver com o outro, se transforma espontaneamente...”. A aprendizagem não pode ser vista como uma simples acumulação de conhecimentos e muito menos como algo que está pronto para ser consumido. Tratase de essência construída no dia a dia,

APRENDENDO COM A VIDA através das relações. A família, a escola e a sociedade são as grandes orientadoras dos atos educativos que temos hoje. A Revista Integração convidou dois educadores da Rede La Salle para trocar idéias sobre o ato de aprender, com desdobramentos para os processos educativos que desafiam a escola particular da atualidade. O Ir.Alvimar D'Agostini é diretor do Colégio La Salle Canoas e tem sua formação básica na Filosofia e Mestrado e Doutorado em Educação. Já Ana Poppe é

A aprendizagem não pode ser vista como uma simples acumulação de conhecimentos e muito menos como algo que está pronto para ser consumido. Vice-diretora e Supervisora Educativa do Colégio La Salle São João, Pedagoga, Pósgraduada em Psicopedagogia e Supervisão Escolar. A entrevista vai apresentar os destaques de uma conversa sobre inovação, tecnologias, motivação para educar, recursos pedagógicos. Assim, as páginas a seguir são um convite à leitura para aqueles e aquelas que vêem a educação como um caminho cheio de possibilidades.

A escola é detentora de um período da formação humana alicerçada em uma organização formal, mas isso é pouco para quem deseja preparar crianças e adolescentes para um mundo que exige constante atualização. O período escolar termina com o ensino médio para alguns e com o ensino superior para outros, mas a vida exige outras respostas e aprendizagens de todos nós. Mente aberta. Vontade de arriscar. Dizer não ao não. Esses são requisitos básicos para professores que desejam acompanhar os desafios da educação contemporânea. E ah... como diz Philippe Perrenoud, é importante que esses saberes sejam construídos e contextualizados, pois, aí sim os conteúdos de aula não ficarão somente nos cadernos. RI - O QUE IMPULSIONA O ATO DE APRENDER? IR. ALVIMAR - O ato de aprender acontece em todo o período da vida da pessoa. Nós, seres humanos, pelo simples fato de estarmos vivos, já estamos aprendendo alguma coisa. O ser humano se distingue de outros seres vivos principalmente pela sua capacidade de aprendizagem. Eu considero que o ato de aprender é uma constante na vida do ser humano e que acontece em todas as circunstâncias, no dia-a-dia, nos relacionamentos, no estudo, no trabalho. O ato de aprender não é só para quem estuda. Revista Integração • Maio 2008

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Entrevista ANA - Aí entra o momento da interação com o outro. No relacionamento e interação com o outro, a pessoa está aprendendo. Não é necessário ir formalmente para a sala de aula ou para a escola para que haja aprendizagem. IR. ALVIMAR - Poderíamos, talvez, observar uma criança e quantas aprendizagens que ela faz pelo simples contato, pela interação que exerce com a mãe, por exemplo. A mãe é uma mediadora da aprendizagem, mas a criança aprende sozinha também, à medida em que ela vai mexendo, tocando, correndo, se movimentando. A vida é uma constante aprendizagem. Enquanto vivemos, aprendemos...até o último dia.

Ana - Dentro da prática da escola, temos um ideal, aquilo que gostaríamos e de certa forma esperamos das famílias. Às vezes, a família delega toda essa parte da aprendizagem para a escola, como se ela não fizesse parte do processo. As pessoas aprendem e aprendem também para mostrar às outras pessoas. E, se a criança não tiver, desde pequena, para quem apresentar o que ela aprendeu, o resultado é muitas vezes a desmotivação. Cada vez mais a família está delegando a aprendizagem, não só a formal, mas a aprendizagem como um todo para a escola.

RI - E NA ESCOLA, QUEM SÃO OS ENVOLVIDOS NA APRENDIZAGEM? ANA - Toda a Comunidade Educativa faz parte desse processo. Para que um aluno possa aprender, necessitará ter um bom ambiente, uma sala adequada, limpa, organizada. É uma engrenagem que contribui para o aspecto da aprendizagem na sala de aula. Agora, tem o aspecto do vínculo que, principalmente nas crianças, não podemos descaracterizar. A empatia e o vínculo amoroso com o professor, sobretudo nas séries iniciais, faz muito sentido para a aprendizagem. Aí vem a questão da aprendizagem pelo afeto que nós, como escola lassalista, não podemos deixar de ver principalmente nas relações do professor com o aluno. IR. ALVIMAR - Quando se fala em aprendizagem, poderíamos fazer uma distinção entre aprendizagem consciente e aprendizagem inconsciente ou aprendizagem espontânea, natural que ocorre na informalidade ou aquele ato de aprender consciente, formal, estruturado. A escola trabalha no campo do ato de aprender estruturado, ou seja, uma das grandes funções do trabalho da escola é sistematizar os conhecimentos, os conteúdos, a realidade e torná-la mais visível de modo sistematizado. Já a aprendizagem espontânea, inconsciente é algo natural da vivência, da informalidade, do dia-a-dia. A escola trabalha com este lado mais estruturado, mais organizado. Nesse contexto, no ato de aprendizagem intencional, o afeto é muito importante e o papel do mediador faz essa diferença. A realidade, o mundo do conhecimento é algo complexo, com muitas facetas e o professor tem a função de tornar essa realidade mais clara, visível e compreensível. Por isso o professor tem a função de motivar para que o aluno possa aprender de modo mais fácil e prazeroso. RI - COMO OCORRE A PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NA APRENDIZAGEM FORMAL DO ESTUDANTE?

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Inovação requer tomar consciência, dar-se conta de que a realidade muda constantemente, que a realidade é dinâmica e que há pluralismos de informações Ir. Alvimar D´Agostini

Ir. Alvimar - A família e a escola possuem um papel complementar no ato de aprender. Uma instância complementa a outra até mesmo porque nós, muitas vezes, exigimos dos alunos que em casa também continuem a sua formação. Na realidade, no dia-a-dia, encontramos algumas dificuldades em fazer esse meio campo, ora porque os pais trabalham e porque não podem, ora porque a escola também não pode. Os ritmos da família e da escola são diferentes, diversificados e são poucos os momentos em os dois organismos conseguem encontrar espaços e momentos para trabalharem juntos. RI - A EDUCAÇÃO QUE TEMOS HOJE PODESE CHAMAR DE “EDUCAÇÃO PARA A VIDA”? POR QUÊ? Ana - Há algum tempo, a escola ficava com o objeto da aprendizagem formal, com o currículo, com o conteúdo e não se trabalhava essa questão de uma formação mais integral, não se educava para a vida. A

escola, por todo um movimento de sociedade, de núcleo familiar, já incorporou outras aprendizagens como parte do seu cotidiano. Muitas vezes, em conselhos de classe, acabamos usando muito mais tempo para discutir questões do contexto da família, para entender, para ver, para ajudar a criança ou o adolescente nas suas aprendizagens, do que falando das dificuldades da aprendizagem em si. RI - ESSA MUDANÇA SOCIAL E CULTURAL MUDA TAMBÉM O LUGAR DAS ESCOLAS PARTICULARES. VEMOS RECENTEMENTE NO ENEM QUE O ENSINO PÚBLICO ESTÁ MELHORANDO NO RS. ASSIM, QUAL O ESPAÇO DA ESCOLA PARTICULAR HOJE? Ir. Alvimar - A escola particular sempre foi uma opção de formação, uma opção livre que as famílias fazem juntamente com seus filhos e ela tem o papel de colaborar na formação do indivíduo. E não é só formação em termos de conhecimento cognitivo, é uma formação muito mais ampla. A escola não pode simplesmente ficar alheia ao ENEM, ao vestibular, porque nós estamos nesse contexto e mesmo nessas circunstâncias, a formaçao integral que envolve o todo do ser humano deve ser priorizada. O ato de aprender é isso. Não aprendemos só cognitivamente, mas nós aprendemos fazendo, aprendemos brincando, aprendemos nas relações entre as pessoas, com nossos sentimentos. Através da educação, estudamos questões sobre o nosso corpo, sobre os movimentos, a afetividade, a sexualidade. Isso é muito mais integral que aquilo que muitos vestibulares e exames nacionais avaliam. Ana - O papel da escola vai muito além da aprendizagem. Não conseguimos avaliar o relacionar-se com o outro, a cordialidade, a questão da solidariedade, o entendimento do outro, perceber o outro com as suas individualidades... isso não cai nos exames de nenhum processo avaliativo. Com certeza, essas questões o jovem, a criança, o aluno leva para a vida toda. Eu acho que o papel da escola é este também. Não dá para nos fixarmos somente na questão do conhecimento. RI - QUAL O PAPEL DA ESCOLA EM UM UNIVERSO VOLTADO PARA O DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIAS E ACESSO ÀS INFORMAÇÕES? Ir. Alvimar - Quando nós falamos de tecnologia, entramos na questão dos recursos, das metodologias da aprendizagem. As tecnologias colaboram muito para facilitar o ato de aprender. Hoje a pessoa pode aprender a fazer muitas coisas com recursos que no passado não tínhamos. Então hoje nós somos


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Entrevista privilegiados, podemos proporcionar certas aprendizagens de modo muito mais rápido, exatamente porque o ser humano desenvolveu uma gama de recursos que nos facilitam isso. Nas escolas, vemos muitas vezes que o aluno já não se preocupa em memorizar certos conteúdos porque simplesmente a informação está disponível. No entanto, o ato de aprender também é importante porque as pessoas criam memória. As tecnologias estão aí para tornar mais fácil a aprendizagem e elas podem ser utilizadas de muitas formas para o processo de aprendizagem se tornar mais prazeroso, interativo. Tudo vem para facilitar.

Ir. Alvimar - O professor é desafiador quando, por exemplo, ele torna os conteúdos dinâmicos, agradáveis, quando ele simplesmente não faz o aluno reproduzir as aprendizagens. Esse é o grande papel do professor: ser mediador e, sendo mediador, desafiar os alunos a buscarem mais, não dar respostas prontas, mas fazer com que o aluno busque, se interesse, perceba um sentido para aquele conteúdo, que vale a pena aquela aprendizagem, que vai ser útil.

RI - QUANDO SE PERCEBE QUE UMA ESCOLA ESTÁ EM BUSCA DE PROCESSOS INOVADORES? Ir. Alvimar - A palavra inovação chama à atenção para o fato de que a escola também precisa de adaptar aos tempos atuais. Há mudanças constantes, novas tecnologias aparecem e a escola não pode ignorar isso. A escola tem que se modernizar também, porque o próprio mundo é dinâmico, a própria sociedade é dinâmica e a escola precisa estar atenta para essa realidade. Por outro lado, a inovação também está nas coisa simples, no fato de fazer a rotina sempre de um modo diferente, mais agradável, cuidando pequenas coisas. Isto também é ser inovador. Não é simplesmente uma parafernália tecnológica. Ana - Não adianta nos atermos muito às novas tecnologias e esquecer do principal que é a interação do professor com o aluno. Eu me questiono muito o que seria realmente inovação. Precisamos começar a buscar o uso de tecnologias, de recursos, de metodologias que favoreçam uma atualização pedagógica. No entanto não podemos virar escravos do mercado, porque existe toda uma questão mercadológica por trás de tudo isso. RI - PHILIPPE PERRENOUD FALA EM SUAS OBRAS QUE A ESCOLA PRECISA RELACIONAR OS SABERES DE FORMA COMPLEXA E DESAFIADORA. VOCÊS ACREDITAM QUE A EDUCAÇÃO PRIVILEGIA E AGUÇA A CURIOSIDADE DO EDUCANDO? Ana - Eu percebo que o professor que consegue mexer com o aluno é aquele que faz o estudante ter o desejo de voltar para a sala de aula. É aquele que faz com que o aluno não fique contando o tempo para que termine a aula, o período, a tarde, o turno... É aquele que consegue provocar e deixar aquele gostinho de quero mais, de ficar na sala, de poder chegar em casa e abrir um livro e ir além.

Ir. Alvimar - Todos nós somos diferentes e temos necessidades diferentes. Assim todos os alunos possuem necessidades especiais. O outro não aprende por mim, mas ele me desafia, ele me ajuda, é um mediador para que eu aprenda. Eu também penso que cada caso é um caso. Dentro de uma sala de aula temos alunos com histórias diferentes, alguns mais rápidos, outros menos rápidos. Essa questão de necessidades especiais está muito ligada ao ritmo de aprendizagem de cada um. Assim, é importante que as escolas analisem situação por situação, caso por caso: por vezes, as necessidades de um aluno são muito diferentes daquilo que a escola tem e pode oferecer. E aí a escola não estaria sendo responsável por este aluno, não o estaria ajudando. Da mesma forma, algumas escolas, talvez, não poderiam aceitar os alunos muito inteligentes, pois não estariam adaptadas para alguém que já esteja à sua frente. RI - QUE HABILIDADES O PROFESSOR PRECISA DESENVOLVER PARA ACOMPANHAR TODOS ESSES DESAFIOS DA EDUCAÇÃO ATUAL?

Não adianta nos atermos muito às novas tecnologias e esquecer do principal que é a interação do professor com o aluno Ana Poppe

RI - EM UM CONTEXTO DE INSERÇÃO DE ESTUDANTES PORTADORES DE NECESSIDADES EDUCACIONAIS NAS ESCOLAS, COMO DEVE SER ACOMPANHADO O ATO DE APRENDER? Ana - Não podemos querer que todos, ao mesmo tempo, cheguem ao mesmo nível de conhecimento. O desafio ainda está em trabalhar com os professores para que eles possam entender que existe este tempo diferenciado para as crianças com necessidades especiais. Lembro-me do que o Irmão Paulo Fossatti, Diretor de Educação e Pastoral da Rede La Salle, colocou na abertura do ano letivo, no La Salle Dores: hoje trabalhamos com outro tipo de necessidade, com outro tipo de carência nas nossas escolas particulares, que é o aluno carente de afeto, de acompanhamento... e, para isso, temos que fazer também um atendimento especial. Mas tudo é uma aprendizagem. Creio que as escolas estão aprendendo a respeitar esse tempo. Há toda uma questão pedagógica, a questão do ambiente, de ter uma sala especial, uma classe. A escola precisa estar imbuída desse espírito.

Ana - Em primeiro lugar, comprometimento. Tu tens que estar comprometido com aquilo que fazes. E entra também a questão da responsabilidade e poder estar disponível ao outro para atender tudo isso que conversamos sobre aprendizagem. Talvez o papel do professor fosse bem mais simples se fixado somente na transmissão do conhecimento, da questão acadêmica e curricular. Mas entra todo o lado da formação, da pessoa. Ir. Alvimar - Vou usar duas palavras para sintetizar essa gama de características do professor atual. Ele deve ser um grande profissional, estar muito bem preparado, com conhecimento da sua área. E deve também ser um grande ser humano, exatamente contemplando essas questões de relacionamento, de afetividade, de educação de valores. Em resumo é necessário ser um grande profissional e um grande ser humano. RI - E COMO A ESCOLA APRENDE? Ir.Alvimar - As próprias instituições são agentes de aprendizagem. A escola como um todo precisa estar constantemente atenta para as demandas, exigências e novos conhecimentos que são produzidos. É necessário aliar o trabalho com a formação continuada. Ana - A instituição aprende quando se autoavalia, quando pára para ver o que está bem, o que precisa ser melhorado, fortalecendo o diálogo entre todos os segmentos da escola. Revista Integração • Maio 2008

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Sou Lassalista Inspiração nos ideais educativos lassalistas Eliane Lucia Roman é colaboradora lassalista desde 1985 e trabalha na Secretaria do Colégio La Salle Xanxerê, em Santa Catarina. Formada em Informática e pós-graduada em Gestão de Pessoas, afirma que se sente realizada e orgulhosa por pertencer à Rede La Salle. “Busco inspiração nos ideais educativos lassalistas, desempenhando meu trabalho com dedicação e ética, me aperfeiçoando continuamente e procurando cumprir não somente minha função, mas contribuir sempre mais”. Para Eliane, ser Lassalista representa o desafio de formar gerações mais jovens, através da valorização do relacionamento humano, fazendo da escola Eliane Lucia Roman um ambiente harmônico onde há respeito aos outros, vivência da fé e La Salle Xanxerê, SC presença de Deus. Ela conta que iniciou no La Salle com 23 anos e foi contratada como bibliotecária. Na época, nenhum setor do Colégio era informatizado. “Uma das secretárias solicitava constantemente o meu auxílio para trabalhos de secretaria.Me sentia feliz em poder ajudar”, recorda ela.

Amor à primeira vista Ela define sua relação com a Rede La Salle como amor à primeira vista. Quando era criança, a professora do Colégio La Salle Núcleo Bandeirante-DF, Izôlda Manoela Barbosa Moura, ficou encantada com a filosofia da escola e destaca que sempre sonhou em estudar lá. “Comecei a trabalhar bem próximo à escola, até que um dia decidi que era ali que queria trabalhar”. A professora conta que foi até o diretor e falou sobre seu desejo. Na semana seguinte foi contratada como recepcionista. “Meu sonho de criança se tornava realidade. Aprendi muito aqui e trabalhei em vários setores até chegar à regência de sala de aula, meu laboratório vivo”. Hoje, Izôlda se sente realizada e considera que ser lassalista é respeitar o próximo e ter fé na educação. “É desenvolver ações comunitárias, por meio da educação. É partilhar conhecimento e valores. É acreditar que, por meio da educação, é possível mudar a vida de um ser humano”. A professora, que é formada em pedagogia e psicopedagogia, está há sete anos no La Salle Núcleo Bandeirante. Izôlda Manoela Barbosa Moura La Salle Núcleo Bandeirante, DF

Momentos marcantes no Colégio “Um Lassalista não é apenas mais um no mundo, mas sim um cidadão que pode e deve fazer a diferença”. Essa é a opinião da aluna do Colégio La Salle Esteio, Daniela Lima Gomes, 13 anos. Ela estuda na instituição desde os 4 anos e hoje está na 8ª série do Ensino Fundamental. Daniela se define como uma menina que tem muito para aprender. “Aproveito todos os momentos para tirar um aprendizado. Sei muitas coisas sobre a vida, só que tenho muitas dúvidas e tenho que encontrar as respostas”. A estudante afirma que cresceu muito desde que está no Colégio e que se fortaleceu bastante como pessoa. Ela lembra de momentos marcantes proporcionados pelo La Salle. “Tenho momentos muito marcantes como a Páscoa Jovem. Lá encontrei pessoas sensacionais e aprendi muitas coisas sobre a vida e sobre Jesus. Era como estar com minha família, de tão bem que me senti”.

Daniela Lima Gomes La Salle Esteio, RS

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Teatro

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Cultura

O Exército de Sonhos Por Maria Elisa Schuck Medeiros Vice-diretora do Colégio La Salle Canoas - RS

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iante de um cenário totalmente globalizado, em que situações de descaso com a vida estão muito presentes, entendemos que o mundo de hoje requer pessoas que assumam integralmente suas responsabilidades. Precisamos fazer do espaço escolar um local de mobilização, de sensibilização para questões ligadas à formação da cidadania, contribuindo para a qualidade de vida, especialmente de nossas crianças e jovens, através da pedagogia lassalista, de fé e solidariedade. As demandas de educação já sinalizam para a construção de um amplo projeto que prepare jovens não apenas para um mercado de trabalho, mas que transforme-os em pessoas realmente capazes de valorizar a vida, através do cuidado com a mesma. As perguntas que seguidamente temos são: o que fazer? Como fazer? Com que meios? Podemos começar com múltiplas formas de sensibilização para a defesa da Vida. Hoje, temos uma necessidade muito presente em nosso mundo de conscientizar as crianças, os jovens e também os adultos sobre as questões relacionadas aos acidentes de trânsito. Quantas pessoas diariamente perdem a vida por atos imprudentes no trânsito? Essa é uma causa urgente nas nossas escolas.

Por isso indicamos, para fazer essa conscientização dos jovens sobre os acidentes de trânsito e a preservação da vida, a peça de teatro “Exército de Sonhos”. Exército de Sonhos é uma produção gaúcha, voltada para estudantes de 8ª série e Ensino Médio. O texto é do roteirista Eduardo Cabeda e a direção de Ângela Gonzaga, tia de Thiago, cuja morte em acidente de trânsito originou a Fundação Thiago de Moraes Gonzaga. O elenco é composto por quatro atores, todos jovens, uma exigência de Diza Gonzaga, mãe de Thiago e presidente da Fundação. A peça foi construída através de fatos reais. A história, muito bem interpretada pelos atores, procura mostrar situações semelhantes às que os jovens vivenciam, seus sonhos, suas irreverências diante da vida e suas noites de festas. Mostra também que um sonho de uma vida linda pode acabar instantaneamente, quando deixamos de escutar a voz da consciência e dizemos sim para tudo o que nos oferecem, para não ser ridicularizados ou até mesmo excluídos pelo grupo, acreditando que nada vai acontecer (cultura de super-herói). A ênfase dessa história está no perigo real de ingerir bebida alcóolica e dirigir, e essa mensagem é muito bem compreendida pelos jovens.

Contato com o Vida Urgente - 3231.0893 vidaurgente@vidaurgente.com.br

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Eventos

Recepção aos calouros do Unilasalle Canoas Por Raquel Guimarães Assessora de Imprensa do Unilasalle Canoas-RS

Os novos acadêmicos do Unilasalle Canoas-RS para o primeiro semestre de 2008 foram recebidos com um show da banda Chimarruts, contratada exclusivamente para animar o início do ano letivo da Instituição. O alto astral marcou o show na noite de 6 de março. O evento reuniu em torno de 3.500 pessoas no pátio da Instituição. Em mais de uma hora de show, a banda manteve os alunos no pátio até a última música. A festa transcorreu em clima de alegria e descontração. Para a Reitoria, a contratação de uma banda de nível nacional foi a forma de demonstrar a importância do acadêmico para a administração da instituição, que com a recepção festeja a escolha pelo Unilasalle feita pelos novos alunos na hora do vestibular. No palco com todos os recursos de áudio e iluminação estruturado no pátio

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central, a banda gaúcha que hoje é sucesso em todo o país mostrou novos e velhos sucessos, num show super produzido. A reitoria do Unilasalle convidou os calouros do primeiro semestre a substituir o trote por uma atividade na área de responsabilidade social, trocando alimentos não-perecíveis por camisetas.

Muitas novidades A volta às aulas no Unilasalle, neste início de semestre, foi marcada por novidades resultantes de grandes investimentos por parte da Instituição.

Os acadêmicos puderam ver obras que vão desde a renovação das fachadas, passando por reforma nos banheiros, ampliação da área da biblioteca, renovação das estações de trabalho A volta às aulas foi marcada por nos laboratórios de informática, salas novidades resultantes de grandes de aula com climatização e mobília investimentos por parte da Instituição. diferenciada para os cursos de mestrado e pós-graduação, duplicação dos geradores de energia O total de doações arrecadadas elétrica, acabando com os riscos de foi de 668 quilos de alimentos paralisação das aulas por cortes no encaminhadas para o Banco de Alimentos fornecimento, inauguração do Centro de Canoas, que tem a presidência exercida Poliesportivo, que oferece estrutura para os pelo Unilasalle. alunos e para a comunidade, aquisição de microônibus para a realização de atividades A proposta da Instituição é acadêmicas, até a reforma total do salão de proporcionar aos novos acadêmicos a atos, que será concluída em maio. comemoração da entrada na vida universitária, exercitando seu lado social.

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Eventos

Inauguração das reformas na Escola La Salle Pão dos Pobres Por Tiago Schmitz Setor de Marketing da Província Lassalista de Porto Alegre-RS

No dia 26 de março, em solenidade marcada para às 16h, a Rede La Salle reinaugurou os espaços da Escola Assistencial La Salle Pão dos Pobres. Desde o início de 2008, esta importante instituição de Serviço Educativo aos Pobres foi totalmente incorporada pelos Lassalistas. A Escola atenderá os órfãos da Fundação O Pão dos Pobres, também administrada pela Rede La Salle, bem como alunos carentes da região do bairro Cidade Baixa. O prédio foi totalmente reformado e conta com 10 salas de aula, ludoteca, biblioteca, laboratório de informática, laboratório de ciências, setor pedagógico, setor administrativo, sala dos professores e sanitários. A capacidade de atendimento da Escola Assistencial será de 450 alunos. A Escola La Salle Pão dos Pobres fica localizada na Rua da República, 801 - Porto Alegre/RS.

Por que o Pão dos Pobres? Desde 1916, os Lassalistas fazem parte da Fundação O Pão dos Pobres. A partir de 2008, além de oferecer os Irmãos para administrarem a Fundação, a Rede assume a responsabilidade econômica e

Salle Santo Antônio, La Salle São João) e duas escolas totalmente gratuitas (La Salle Esmeralda e La Salle Pão dos Pobres).

financeira da Escola, como forma de ampliar sua responsabilidade social no município de Porto Alegre, por ter sido o município que acolheu os Irmãos fundadores em 1907. Assim, Porto Alegre terá três escolas lassalistas pagantes (La Salle Dores, La

A Rede La Salle se dedica ao atendimento de crianças e jovens menos favorecidos, através das obras educativas que mantém em várias cidades do Brasil. Estes locais cumprem um importante papel, proporcionando educação humana e cristã de qualidade e, principalmente, gratuita. Também são desenvolvidos projetos em escolas inseridas nos meios populares. Ao todo são 10 instituições da Rede dedicadas a este fim. Revista Integração • Maio 2008

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Eventos

Via Sacra representa a Identidade Católica Lassalista Por Camila Arocha Assessora de Comunicação do Colégio La Salle Canoas-RS

Quem chega ao Colégio La Salle e ao Unilasalle, em Canoas, pela Rua XV de Janeiro tem a certeza de que está entrando em um lugar privilegiado. Por todo o caminho até a chegada no pátio central é possível acompanhar obras de arte que representam a Via Sacra percorrida por Jesus Cristo, a Gruta de Lourdes e a representação do Calvário. As obras, que foram criadas há mais de 60 anos pelo Ir. Julio, juntamente com o escultor espanhol Bartolomeo Lull já passaram por três restaurações. No dia 04 de março, data de fundação do Colégio La Salle Canoas, foram entregues as últimas restaurações, comandadas pelo Ir. Renato Koch com a colaboração do artista plástico Paulo Joaquim que se dedica à instituição há mais de trinta anos. Segundo o Ir. Renato Koch, a Via Sacra representa as quatorze estações tradicionais do devocionário da época Barroca até os dias de hoje. Ir. Renato

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também é responsável pela restauração da Capela São José que fica dentro do Colégio. Além de artista plástico, Irmão Renato também se dedica à música erudita e é membro do setor de arte da Comissão Arquidiocesana de Arte Sacra Porto Alegre.

Conjunto arquitetônico As quatorze Estações retratadas na Via representam os episódios mais marcantes na Paixão e Morte de Cristo. Esta tradição reproduz a Via Dolorosa, ou seja, o percurso feito por Jesus desde o Tribunal de Pilatos até o Calvário em Jerusalém. São as últimas horas na vida de Jesus Cristo e foram montadas em quadros individuais em forma de cruz francesa, formando uma série de monumentos ao longo do bosque. As obras foram cuidadosamente retiradas e guardadas por Ir. Renato que, juntamente com Paulo Joaquim, retirou o mofo e refez as partes quebradas e danificadas. “Esse trajeto nos ajuda a percorrer com as crianças e

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adolescentes um caminho espiritual e a compreender melhor a vida de Jesus e o amor que teve por nós” comenta a coordenadora da Pastoral do Colégio e catequista, Marli Zangalli Guilardi. Passando pela Gruta de Lourdes que foi inteiramente reformulada em Pedra de Arenito, encontra-se o Calvário onde foram criados dois espaços para aulas de catequese e celebrações religiosas. O espaço em torno de Cristo, Maria e João possui um semicírculo para aulas com até trinta pessoas. “Os Colégios Lassalistas como colégios confessionais têm o dever de oportunizar à comunidade educativa o conhecimento dos fundamentos da fé cristã e a participação em atos litúrgicos”, considera Marli.


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Centenário

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Por Juliane Penteado Assessora de Comunicação do Colégio La Salle Dores

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no centro de Porto Alegre

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Acompanhando gerações

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Os cem anos de trajetória de uma das mais tradicionais escolas de Porto Alegre foram marcados por momentos importantes. O ponto de partida para a instalação do “Dores” foi a criação de uma escola na paróquia de Nossa Senhora das Dores. O então Colégio Nossa Senhora das Dores foi fundado no dia 3 de fevereiro de 1908 como escola masculina e uma turma de 27 alunos. Em função do aumento da população escolar, em 27 de janeiro de 1909 abrem-se as atividades do Colégio na Rua Riachuelo, n° 124 e 126 (atual nº 800), sob a direção do Ir. Fabiano Clemente. Nos anos seguintes, a estrutura física do colégio foi ampliada e passou por melhorias para atender as necessidades geradas pelo crescimento. O Colégio já se chamou Ginásio Nossa Senhora das Dores e, nos anos 40, intensificou sua relação com a cidade através da realização de desfiles em datas comemorativas. Foi na década de 40, também, a construção a atual fachada do prédio da Rua Riachuelo, quando mais uma vez a escola trocou de nome. Na década de 50, iniciou a formação da Banda Marcial Dorense, uma das maiores expressões culturais estudantis da época. Alcançando seu auge na década de 60, a banda se apresentou em muitos eventos importantes de Porto Alegre e do Estado como os Jogos Mundiais Universitários e o Desfile da Legalidade. A adoção do regime misto na escola ocorreu no início da década de 70. No final da década de 70, iniciou-se a construção do Ginásio de Esportes, década também marcada pelo funcionamento dos cursos técnicos na escola. Nos anos 90, a Província reforça o conceito de escola lassalista e o Colégio Nossa Senhora das Dores passa a se chamar Colégio La Salle Dores. O comprometimento com a qualidade, o aprimoramento pedagógico constante, o conforto, a segurança e um ambiente saudável para convivência fazem com o La Salle Dores tenha um lugar especial nas lembranças de quem teve ou tem alguma ligação com o colégio. Hoje, o Colégio oferece formação nos níveis educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e turno integral. São cerca de 800 alunos engajados num projeto de educação cristã que visa a formação integral do ser humano e é fiel à obra de São João Batista de La Salle.

Alguns momentos marcantes

1908

1910 Colégio tem aumento expressivo no número de alunos

1948 Construção do atual prédio da instituição

“O Colégio La Salle Dores continua com a mesma filosofia e empenho que os Irmãos Pioneiros. Os cem anos são uma garantia da importância histórica do La Salle Dores, ao mesmo tempo em que são um desafio para mantermos vivo o carisma que motivou tantos Irmãos, professores, funcionários, alunos e famílias que por aqui passaram” Ir. Olavo José Dalvit

1960

1970

Um marco na cultura gaúcha foi a criação da Banda Marcial

Primeira turma mista de alunos dorenses

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Centenário

Grande importância na sociedade caxiense Por Ir. Valter Zanatta Vice-Diretor do Colégio La Salle Carmo

Em quatro de fevereiro iniciou-se o centenário do La Salle Carmo. Uma entidade educacional, com 100 anos de existência , com certeza, deixa marcas profundas em uma sociedade. Se isso não acontecer, em vão foi o trabalho e comemorar o centenário nessas condições seria uma “ falsidade ideológica”. Mas, dentro da história do La Salle Carmo, na sua caminhada educacional e pedagógica, a influência dele em Caxias do Sul e região foi e é notória e de grande importância, porque a presença tornou-se constante na sociedade nos inícios do século passado e até hoje. Em 1908, quando aqui chegaram os seis Irmãos pioneiros, a pedagogia lassalista foi implantada com a marca européia em sua origem e com todo o vigor. Basta ver o currículo de então. Além do ensino tipicamente lassalista, a Escola, então denominada Nossa Senhora do Carmo, implantou, criou e construiu grupos, todos eles voltados, de certa maneira, à sociedade caxiense. Muitos, embora não mais presentes na Escola como tal, foram transferidos para a Sociedade e persistem até hoje, beneficiando a sociedade no seu todo. Para detalhar o que o Carmo de então realizou e como fez parte da Comunidade, é interessante nomear algumas delas. A SCAN ( Sociedade Caxiense de Amparo aos Necessitados), foi fundada em 1935. Hoje é uma instituição independente. Em 1936, ex-alunos do Carmo compram terreno no Bairro de São Pelegrino, onde começa a “ Escola La Salle Gratuita aos Pobres”. De 1934 até 1940, funciona na Escola o Círculo Operário Caxiense, fundado pelo padre jesuíta Clemente Brentano. Hoje, tal organização possui sede própria, farmácia, ambulatório, clínica médica e

odontológica, hospital e planos de saúde. Até 1947, alguns Irmãos foram secretários da referida entidade. Quanto ao ensino propriamente dito,¸já em 1915 foi introduzido o Ensino Comercial. Este curso solidificou-se na década de 1930. Contadores, economistas que hoje atuam em diversos setores da sociedade, passaram pela Escola. A Escola Técnica de Comércio foi e continua sendo um marco para a cidade de Caxias e região. Hoje, cursos profissionalizantes, não menos eficientes, são realizados em um ano. O Ensino Médio, implantado em 1953, tem caráter pioneiro em Caxias e também no interior do Estado. Famosos e também de não menos importância foram os Grupos da JEC, de onde surgiram pessoas de liderança na política e outros setores da sociedade. O Escotismo (1938), a Organização de grupo de Bandeirantes ( 1980). Hoje funcionando em sede própria e fora da Escola. A Banda Marcial, famosa na cidade e região, foi fundada em 1958. A história do La Salle Carmo é a história de Caxias. A cidade contava com 33 anos quando o então Colégio Nossa Senhora do Carmo nasceu. Os seus caminhos são quase paralelos. Com certeza, a cidade deve muito a esta Instituição, pois ela deu à sociedade homens empreendedores, cidadãos conscientes, criativos e lassalistas, nos campos da economia, indústria, política, religião, na carreira militar; não só nesses campos , mas também na vida comum dos cidadãos comuns, pois a educação e a filosofia lassalista, herança dos pioneiros Irmãos, ergueram do nada a Escola pujante que é hoje.

Dependências do Colégio em 1938

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Contribuição para o crescimento da cidade

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Por Camila Arocha Assessora de Comunicação do Colégio La Salle Canoas

Desde seu princípio, o La Salle Canoas buscava dar fácil acessibilidade aos seus estudantes, permitindo os deslocamentos de seus alunos de forma mais segura e prática. O que mudou de cem anos para cá foi a ampliação das possibilidades de chegar ao Colégio de modo mais rápido e fácil. No início, o trem a vapor era um dos principais meios de transporte, havendo uma antiga estação bem aos pés da Escola, uma verdadeira facilidade. O Colégio fica a cem metros da estação Canoas/La Salle da Trensurb. Além do fácil acesso do trem, que leva aproximadamente trinta minutos de Porto Alegre ao Colégio, outros transportes são freqüentemente utilizados pelos alunos, como por exemplo, as linhas de ônibus com terminais próximos ao Colégio. Localizado no Centro da quarta cidade mais populosa do Estado, o La Salle Canoas tem mais de 15% dos seus alunos vindos de outros municípios como Esteio, Nova Santa Rita, Sapucaia do Sul e Porto Alegre que se unem à maioria dos alunos que são moradores dos bairros de Canoas e principalmente do Centro da cidade. Conforme aponta o Ir. Diretor Alvimar D'Agostini as modificações do Colégio acompanharam o desenvolvimento da cidade. “O desenvolvimento de qualquer cidade está diretamente ligado à educação dos cidadãos. A educação é a base e o princípio do desenvolvimento econômico, cultural e social de qualquer região. Nós, Irmãos Lasalistas, temos orgulho de ter construído nossa história junto a Canoas”, afirma D'Agostini. Com a chegada dos Irmãos Lassalistas em Canoas, em 1908, houve a aquisição de terras para a construção de escolas. Existiam poucas edificações e uma enorme área de plantio. Com as mudanças gradativas desse quadro e com a cidade tornando-se mais urbanizada, o Colégio também foi sendo ampliado. Ao longo dos anos, prédios com mais salas de aula, laboratórios e bibliotecas foram se erguendo no coração da cidade. Um exemplo do acompanhamento do Colégio ao crescimento da cidade é a construção do Centro Poliesportivo, inaugurado no mês passado e que atenderá alunos Lassalistas e também a comunidade. Outro aspecto importante na história dessa instituição centenária foi a transferência de propriedades dos Irmãos à comunidade. Dentre essas, a área do Capão do Corvo, que foi entregue à cidade em 1980, sendo transformado em Parque Municipal Getúlio Vargas e que hoje é utilizado por famílias e esportistas.

1908

1910 Colégio tem aumento expressivo no número de alunos

Neste ano o Colégio La Salle está comemorando 100 anos de vida. É uma data que poucas instituições têm o privilégio de celebrar. Uma das principais razões, no meu ponto de vista, foi a existência de um ideal, constantemente renovado, atualizado e concretizado, de Irmãos e outros Lassalistas, de disponibilizar educação para a comunidade local e regional. - Ir. Diretor Alvimar D' Agostini

Evolução no Centro de Canoas

1930

1950

1970

Construção do atual prédio da instituição

Um marco na cultura gaúcha foi a criação da Banda Marcial

Primeira turma mista de alunos dorenses

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Rede La Salle

Materiais pedagógicos digitais sob medida Por Diego Silva Gerente da Parmênia Empreendimentos

As tecnologias da informação e da comunicação estão cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas, especialmente crianças e jovens. Os métodos tradicionais de ensino buscam, cada vez mais, apoio em ferramentas tecnológicas, visando a tornar a prática de ensino mais atrativo e próximo desta realidade tecnológica que vivemos. Algumas editoras já iniciaram essa trajetória ao criarem espaços na web, associando o uso de materiais como CD ou DVD, ao material tradicional e impresso utilizado no ensino. No entanto, cada rede de ensino possui suas origens, peculiaridades e demandas, muitas vezes não atendidas. O projeto, demandado pela Direção de Educação e Pastoral da Rede La Salle, de construção de um material digital de ensino religioso, está sendo viabilizado junto a uma empresa de tecnologia que formou uma equipe multidisciplinar, contemplando também o conhecimento lassalista. Assim, foi possível permitir e viabilizar o casamento da alta tecnologia com ambientes atrativos de hipermídia que atendam aos princípios filosóficos, antropológicos e epistemológicos presentes na Proposta Educativa Lassalista. Com um trabalho realizado sob a análise de um contexto pedagógico e social, foi possível criar espaços para se contar a história do fundador, São João Batista de La Salle, e os princípios religiosos, num formato que surpreende os alunos. Foi feita a inserção de mídia visual e áudio, em um ambiente programado para permitir a multidisciplinaridade através de jogos

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pedagógicos, dentro de um contexto de diversão e aprendizagem que segue a filosofia Lassalista. O projeto de buscar profissionais de mercado e especialistas em suas áreas de tecnologia e gestão, aliando-os às questões e às necessidades pedagógicas, é possível de ser realizado nas diversas áreas do conhecimento. Pioneiro na área do ensino religioso, esse tipo de projeto pode desvendar o potencial para o desenvolvimento de muitas outras oportunidades pedagógicas da própria Rede. Os materiais digitais pedagógicos, elaborados sob medida, constituem-se em uma nova perspectiva de ferramenta pedagógica extremamente relevante e necessária. Isto se deve à forma personalizada com que são desenvolvidos, atendendo as características e especificidades da infância e da adolescência. Assim, além de estruturarem-se nos princípios de educação da instituição que o utiliza, os materiais também agregam um novo valor que se torna um importante diferencial a ser percebido pelo aluno. Colaboração - Adriana Beatriz Gandin Assessora Educacional da Rede La Salle

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Experiência

BIBLIOTECA Espaço de incentivo à leitura e valorização da vida Silvana Corrêa da Silva Bibliotecária do Colégio La Salle Dores - Porto Alegre/RS

Sensibilizar para as diversas manifestações culturais e fomentar o hábito da leitura é uma forma de promoção da vida. Assim, a biblioteca escolar deve servir de apoio pedagógico para as diversas atividades desenvolvidas no cotidiano escolar. É um local para se aprender, para se obter respostas às nossas necessidades de informação e, principalmente, um local prazeroso que permite o desenvolvimento da criatividade, da imaginação e do senso crítico. Tornar este lugar prazeroso e atrativo para o aluno não é tarefa fácil em nossa sociedade, pois os meios de comunicação exercem um apelo muito forte aos nossos educandos. Assistir televisão não pode ser comparado com a atividade da leitura. A televisão nos condiciona a sermos um agente passivo, enquanto o livro permite a nossa inserção nas pequenas lacunas deixadas pelo autor, lacunas, estas preenchidas pela nossa imaginação. A partir da necessidade de conquistar o leitor, criou-se um projeto de incentivo à leitura junto aos alunos da Educação Infantil e alunos de 1º ano à 5ª

série do Ensino Fundamental do Colégio La Salle Dores. Esse projeto está composto por duas etapas, primeiramente a Hora do Conto, atividade que permite o desenvolvimento da imaginação, inteligência e liberdade, ampliando seu universo de leitura, pois a leitura é a possibilidade de acesso a outros conhecimentos que garantirão ao educando seu desenvolvimento integral. A Hora do Conto é realizada semanalmente na biblioteca. A dramatização é feita com o auxílio de materiais diversos, variando a cada sessão. No decorrer deste projeto notou-se uma grande mudança de hábitos: o interesse pela leitura, a busca constante por novos títulos, o aumento do fluxo de alunos e pais na biblioteca, bem como a valorização aos serviços prestados pela bibliotecária, destacando seu envolvimento nos processos pedagógicos. A segunda etapa do projeto surgiu pela necessidade de mostrar aos pais as possibilidades de trabalhar a literatura de maneira informal auxiliando no processo de

ensino-aprendizagem. Assim, surgiu o Sarau Literário, atividade que integra música e literatura em um momento para os familiares. Desta forma, estamos conscientizando alunos, pais e professores da importância da biblioteca na formação de leitores, bem como, propondo um trabalho de interação entre biblioteca e comunidade, pois se acredita que a biblioteca escolar deva trabalhar com alunos e professores e não para alunos e professores. Não é suficiente ensinar a ler, fazse necessário ensinar a gostar de ler. A biblioteca deve ser vista de modo menos formal, não apenas como um local onde se emprestam livros, mas um espaço de difusão cultural que tenha atrativos, despertando o interesse, a curiosidade e formação de hábitos. Iniciativas como esta têm a intenção de promover o bem-estar do educando, pois a vida deve ser agradável em todos os seus aspectos e toda a atividade que fizermos empenhando nosso amor pelo ser humano levará à medidas eficazes de promoção da vida.

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Experiência

EDUCAÇÃO MUSICAL La Salle Caxias lança projeto diferenciado Tiago Schmitz Setor de Marketing da Província Lassalista - Porto Alegre/RS

Com o objetivo de auxiliar de forma significativa na aprendizagem, proporcionando a auto-expressão e valorização individual e coletiva, o Colégio La Salle Caxias lançou um projeto inovador de Educação Musical. Com atividades curriculares e extracurriculares, a proposta coloca a instituição em posição de destaque no contexto educacional da cidade, já que oferece aos educandos uma formação consistente e diferenciada, através da progressão e da abrangência dos estudos musicais, contemplando não só a música erudita, mas principalmente a música tradicional brasileira. Nas atividades em sala de aula, cada turma dispõe de um período semanal, com duração de 50 minutos, ministrados pelas professoras e regentes Cristiane Ferronato e Denise Tomazzoni Lucca. As aulas de musicalização compreendem atividades com conteúdos específicos para cada série desenvolvidos progressivamente. Já o trabalho musical extracurricular, sobretudo nas atividades coletivas desenvolvidas pelo Coro e pela Orquestra Experimental, pretendem ajudar na formação do caráter dos jovens, cumprindo um papel socializador fundamental.

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Método Carl Orff Carl Orff (1895-1982) - foi um dos mais importantes compositores do século XX. Dentre as suas inúmeras obras, destaca-se a cantata Carmina Burana. A maior contribuição do músico alemão, no entanto, deve-se à sua influência na pedagogia da música. Em 1925, criou um centro de educação musical para crianças e leigos, a Günlter Schule, em Munique, onde, juntamente com Gunild Keelman, desenvolveu as bases para o que hoje é internacionalmente conhecido como “Música e Movimento na Educação”. Com uma visão que valoriza as dimensões emocional e relacional, a Pedagogia Musical Orff caracteriza-se por ser uma abordagem de educação musical para crianças que visa a desenvolver a sensibilidade e a estética para a prática da música e da dança, estimular a sociabilização por meio destas atividades e valorizar o silêncio e a quietude como elementos indispensáveis para o desenvolvimento da concentração.

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O Colégio La Salle Caxias terá as seguintes atividades musicais: - Coro Infantil do Colégio La Salle Caxias - Coro Juvenil La Salle Caxias - Coro La Salle Caxias (ex-alunos, pais e colaboradores)

- Oficina de Musicalização Infantil (crianças de 5 a 10 anos)

- Oficina de Prática Instrumental para o Ensino Fundamental e Médio - Oficina de Prática de Instrumentos Sinfônicos - Oficina de Percussão Orff - Oficina de Flauta Doce - Violão (professores da Rede La Salle) - Orquestra Experimental do Colégio La Salle Caxias - Programa Concertos Didáticos


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Experiência

PRÉ-MISSÃO JOVEM Um projeto que promove o desenvolvimento social Por Danielle Ferazzo Corrêa Ex-aluna do Colégio La Salle Niterói e Ir. Maurício Perondi Coordenador do Setor de Pastoral da Província Lassalista de Porto Alegre/RS

Entre os dias 20 e 22 de março aconteceu, na Vila Santa Marta, periferia da cidade de São Leopoldo, a Pré-Missão Jovem Lassalista. Participaram jovens e assessores que já tiveram uma caminhada maior na pastoral dos Colégios da Rede La Salle. Esta foi a primeira etapa de um processo mais amplo da Missão Jovem que será realizada ao longo do ano, principalmente no período do Natal. Um dos principais objetivos foi realizar uma pesquisa sócio-antropológica com os moradores e lideranças do local a fim de averiguar as principais necessidades daquela comunidade. As entrevistas ajudaram muito a perceber as necessidades do local, com perguntas diversas sobre o cotidiano no bairro, como disse Clarissa Dreon, de Canoas - RS: "A pesquisa (conversa) foi bem produtiva, pois assim tivemos um contato maior com as pessoas do bairro, que se dispuseram a contribuir com o grupo e isso foi muito estimulante". O desejo é de que os Lassalistas assumam, de modo gradativo, um projeto concreto para auxiliar no desenvolvimento desta Vila. Além da

pesquisa, os missionários também estiveram na Escola Santa Marta, onde conversaram com as crianças, entregaram doces e material escolar, participaram da celebração de lava-pés realizada na comunidade e da Procissão da Via Sacra, na Sexta-feira Santa.

A partir das atividades realizadas, foram percebidos vários aspectos significativos, além de ser uma experiência marcante para todos, Nesta procissão também participaram os jovens lassalistas que estavam em Nova Santa Rita fazendo o retiro da Páscoa Jovem. Depois desse momento foi realizado um encontro entre os dois grupos, onde cada um partilhou como estava sendo a sua experiência. A partir das atividades realizadas, foram percebidos vários aspectos significativos sobre a comunidade, além de ser uma experiência marcante para todos, como falou a jovem Tânia Mascarello de São

Miguel do Oeste - SC, que em sua primeira pré-missão destacou: “Foi algo único, no final parecia que éramos todos uma grande família, estou muito ansiosa pra chegar o dia da missão em dezembro”. Um dos aspectos mais marcantes da Pré-Missão foi a hospedagem dos jovens e assessores na casa das famílias da Vila, pois estes cederam suas casas sem saber quem iriam receber, o que demonstrou um sentimento de confiança mútua entre todos: “Com certeza dormir na casa do pessoal da comunidade foi uma experiência muito significativa, além de importante. Podemos vivenciar a situação real do local e também criar vínculos verdadeiros com o pessoal de lá”, comentou Glaziéle Ongaratto, também de Canoas - RS. De toda essa jornada ficou o entusiasmo para seguir em frente, as expectativas para dezembro e, principalmente, a motivação e o sonho de transformação, de dar continuidade ao processo iniciado e não perder o sentimento de luta que está presente em cada missionário.

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Experiência

Escola Agrícola, em Xanxerê-SC, é uma das obras mantidas pela Rede

OBRAS ASSISTENCIAIS Campanha divulga Responsabilidade Social da Rede La Salle Tiago Schmitz Setor de Marketing da Província Lassalista - Porto Alegre/RS

A Província Lassalista de Porto Alegre PEÇAS - As peças de divulgação destacam a mantém obras assistenciais por todo o missão lassalista de “promover o Brasil. São doze em todo o território desenvolvimento integral da pessoa e a nacional, envolvendo mais de 200 transformação da sociedade através da colaboradores e beneficiando cerca de 10 educação humana e cristã, solidária e mil pessoas por ano. Essas unidades participativa”. Também explicam o que é ser proporcionam, gratuitamente, um ensino de Lassalista, com enfoque para a educação qualidade para Em sua missão de educar, a além das fronteiras da pessoas de baixa sala de aula e para a Rede La Salle continua fiel formação humana. “Ser renda, nos níveis de Educação Infantil e à sua vocação, primando Lassalista é ensinar Ensino Fundamental, pelo desenvolvimento integral da c o m q u a l i d a d e , é além dos diversos pessoa e pela transformação assumir a educação c u r s o s d e como um processo da sociedade. qualificação integral, progressivo e profissional. Com o objetivo principal de contínuo de crescimento das pessoas e das divulgar este importante trabalho de comunidades”. Os materiais ainda responsabilidade social, a Direção de destacam três diferentes projetos Educação e Pastoral, juntamente com o desenvolvidos em algumas das Obras: Setor de Marketing, desenvolveu a criação Formação de Educadores Populares e de um vídeo, cartazes e folderes para que Líderes Comunitários, do Centro colaboradores, alunos e famílias lassalistas Educacional La Salle, de Presidente Médiciconheçam as obras assistenciais mantidas MA; Noções Básicas de Marcenaria, da pela Província Lassalista de Porto Alegre e Escola La Salle Hipólito Leite, de Pelotassaibam mais sobre os diferenciais do RS; e os Cursos Livres de Formação Serviço Educativo aos Pobres da Rede La Profissional, do Centro de Assistência Salle. Social La Salle, de Canoas-RS.

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Para ver as peças e ter acesso aos materiais acesse o site www.lasalle.edu.br no menu Conexão


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Experiência

CONSELHOS DO LEITOR Alunos do La Salle Canoas e La Salle Niterói participam de grupos de produção textual Por Tiago Schmitz Setor de Marketing da Província Lassalista de Porto Alegre/RS

Definir pautas, discutir temas importantes da sociedade, ler e exercer a prática de produzir notícias e reportagens geralmente são tarefas atribuídas à profissão de jornalistas de redação. Mas, nos Colégios La Salle Canoas e La Salle Niterói alunos de diferentes níveis de ensino estão participando de um projeto diferenciado de produção textual e liderança juvenil. Desde 2005, o Conselho do Leitor é composto por um grupo de estudantes do Colégio La Salle Canoas. Na época, a equipe foi selecionada para que os jovens da Instituição discutissem temas relevantes e auxiliassem na produção do Informativo Lassalinho, uma publicação interna dirigida aos pais e alunos. A publicação trouxe inovações e entrevistas com diversas personalidades gaúchas, além de assuntos relevantes para o público jovem. A partir de 2007, o Lassalinho passou a se chamar Jornal do La Salle Canoas e começou a ser encartado no Jornal Zero Hora, principal veículo impresso da Região Sul do Brasil. Foi nesse momento que a responsabilidade da equipe editorial

aumentou, pois o veículo passou a circular em toda a Região Metropolitana de Porto Alegre e, além de ser focado nos pais e alunos, ganhou leitores externos. Hoje, o Conselho do Leitor é coordenado pela jornalista Camila Arocha e supervisionado pela Coordenação Pedagógica da Instituição. O Conselho do Leitor desenvolve o senso crítico e cultural nos estudantes, além da liderança juvenil e coletividade. No Colégio La Salle Niterói o Conselho Editorial Estudantil surgiu em 2006 com intenção de ser um canal de comunicação jovem que trata do ambiente escolar. A equipe, chamada Tá Ligado!, envolve alunos dos Ensinos Fundamental e Médio que se reúnem uma vez por semana para discutir as pautas e planejar as edições, também encartadas em Zero Hora. No projeto são proporcionadas aprendizagens relacionadas aos meios de comunicação com objetivo de preparar e incentivar a compreensão dos estudantes acerca do mercado de trabalho. Questões técnicas como a formação e a preparação para o trabalho em equipe, o

Equipe do Tá Ligado! em encontro de integração

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desenvolvimento de habilidades, a formação humana e o sentimento de pertença também são desenvolvidos. Neste ano, além do informativo impresso, os jovens criaram um blog com atualização semanal. O layout é o mesmo do jornal e o endereço é http://taligado.lsn.zip.net/. Lá as pessoas podem comentar à vontade e mandar dicas para a equipe do Colégio. O Tá Ligado! é coordenado pela assessora de comunicação, Vivian Rejane Piber Donaduzzi e supervisionado pela Coordenação Pedagógica.

Revista Integração • Maio 2008

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A aprendizagem no processo de formação docente Tiago Scmitz Setor de Marketing, Sede Provincial, Porto Alegre

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e Paulo Freire afirmava que entre educador e educandos não há mais uma relação de verticalidade em que um é o sujeito e o outro objeto, mas sim que ambos são protagonistas do conhecimento, São João Batista de La Salle, nos meados de 1700, já pensava na formação de seus mestres para que fossem profissionais dedicados e competentes, através de seu “Guia das Escolas”. Com a rápida proliferação das informações na sociedade atual, a capacidade de aprender e se (re)adaptar às novas situações e contextos se tornou fundamental. A Revista Integração conversou com especialistas no assunto e apresenta algumas práticas desenvolvidas nas instituições da Rede La Salle. Formar o professor sempre foi um dos empreendimentos mais importantes de La Salle. Para a doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e integrante da Comissão de Educação da Rede La Salle, Dirléia Fanfa Sarmento, La Salle demonstrou ser um educador com um pensamento e posturas inovadoras dentro do contexto de sua época. “Sua concepção também é atual no que se refere à necessidade do professor possuir uma formação integral, sendo esta entendida no sentido de prepará-los nas suas dimensões pessoal e profissional”. Conforme ela, este enfoque na pessoa do

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professor como ponto de partida para sua constituição profissional busca resgatar a totalidade da pessoa humana. “O professor não nasce pronto, mas vai constituindo sua identidade docente no decorrer de seu percurso profissional”. Para Dirléia, que também é professora e coordenadora dos Cursos de Extensão do Unilasalle Canoas/RS, a formação humana é um processo contínuo. “O professor, enquanto construtor de si mesmo, precisa estar aberto para buscar novas aprendizagens e ampliar suas experiências e conhecimentos”. Uma das grandes dificuldades encontradas no magistério é a articulação entre a teoria e a prática. “Não podemos assegurar que a construção de um corpo teórico por parte do professor garanta que o mesmo consiga nortear e traduzir em sua ação pedagógica tais conhecimentos”, considera. Ela explica que já se tornou senso comum a idéia de que “na teoria tudo é muito bonito” e cita o conceituado escritor Donald Schön, um dos autores que teve maior peso na difusão do conceito de reflexão sobre o campo da formação de professores. “O fazer pedagógico deve ser orientado pelo conhecimento na prática, pela reflexão da prática e pela reflexão sobre a reflexão sobre a prática. Sem dúvida, um professor que chega a este patamar terá uma prática pedagógica diferenciada”, avalia.


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Além de presencial, o PEC passou a ser desenvolvido a distância pelo ambiente virtual do TelEduc

Revista Integração • Maio 2008

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Capa A Educação Lassalista está direcionada para a formação é necessário que o professor se constitua num pesquisador, de uma pessoa consciente de suas capacidades, detentora de revise suas posturas e reflita constantemente sobre o seu fazer senso crítico, transformadora de sua realidade e criadora de uma pedagógico, analisando se a mesma está atendendo ou não as nova sociedade. “Percebo que os Lassalistas investem na demandas contextuais de seus alunos”, reflete. Segundo ela, é formação humana, haja vista a existência de políticas e necessário assegurar ao professor espaços e tempos coletivos programas de formação tanto para os Irmãos quanto para os para a partilha de experiências, e articulação entre múltiplos leigos, que se efetivam em diferentes espaços e tempos. Talvez saberes e o planejamento em conjunto. “Simplesmente adotar seja este um dos fatores que contribuem para que a Rede La Salle novos procedimentos e técnicas não é indício de que o professor tenha um potencial em termos de recursos humanos”. Dirléia seja inovador. Apesar de o termo inovação nos remeter à idéia de entende que, para defender uma formação integral do professor, é algo novo, ela não implica, necessariamente, em algo inédito, preciso ter presente a urgência de propiciar uma educação original”. integral para o aluno. “Esta educação possivelmente se efetivará A educadora ressalta que práticas educativas na prática se tivermos como meta o desenvolvimento cognitivo, inovadoras pressupõem a existência de um projeto pedagógico afetivo-emocional, ético e moral, estético e sócio-cultural inovador e de uma gestão educativa que incentive, defenda e auxiliando o aluno a se tornar um cidadão responsável”. Para auxilie na construção das condições necessárias para haver tal tanto, a professora considera que a problematização, o incentivo inovação. Com a crescente valorização e a transitoriedade do à pesquisa, o diálogo, a co-responsabilidade nos processos de conhecimento, Dirléia acredita que, neste cenário, o professor ensino e aprendizagem, a busca pela precisa aprender a ser um gestor autonomia cognitiva, o cultivo dos do próprio conhecimento e investir Percebo que os Lassalistas valores cristãos e a construção de na (re) construção de um corpo de investem na formação humana regras coletivas são pontos saberes que lhe permita com políticas e programas fundamentais a serem perseguidos. desenvolver estratégias de auto“Precisamos ter como meta uma aprendizagem, gerenciar de formação tanto para educação que viabilize a construção situações de conflito, ter os Irmãos quanto para os de uma consciência planetária, flexibilidade para atuar em conforme aponta Morin em conceitos leigos. Talvez seja este diferentes contextos e saber como interdependência, incluir e lidar com a complexidade um dos fatores que contribuem solidariedade, justiça social, direitos e a diversidade, enfrentando para que a Rede La Salle humanos, paz, esperança, situações adversas presentes na desenvolvimento e relação tenha um potencial em termos de docência. “Enquanto professores, sustentável”. talvez a aprendizagem mais recursos humanos Ela ainda relaciona urgente que precisamos ter é questões ligadas ao protagonismo Dirléia Fanfa Sarmento - Doutora em Educação sobre como mantermos acesa a coletivo, tanto na formação docente chama da esperança, da crença quanto no fazer pedagógico cotidiano. Para Dirléia, o professor em nós mesmos como educadores e do nosso papel e significado enquanto um ator social não é um ser isolado, mas faz parte de para a vida daqueles que nos são confiados”. uma coletividade juntamente com outros profissionais.“A excelência na educação se constrói a partir da adesão e do Exemplo de Aprendizagem no dia-a-dia comprometimento daqueles que estão à frente dos processos e práticas educativas. Aqui incluo todos os colaboradores de uma Vivenciar a aprendizagem. Assim como afirma Dirléia, a comunidade educativa, independente do seu nível funcional”. educação lassalista prima pela formação humana e continuada. Um bom exemplo disso é o Programa de Educação Continuada Inovação Pedagógica (PEC) que nasceu para motivar educadores a continuar se aperfeiçoando. Desenvolvido pelo Colégio La Salle Medianeira desde 2006, contempla a proposta pedagógica da Rede La Salle As tecnologias do mundo moderno fizeram com que as da formação integral e continuada, através do estudo pessoas deixassem a leitura de livros de lado. A prática da leitura permanente, da pesquisa e da investigação. “Na Proposta é algo crucial para a aprendizagem do ser humano, pois é através Educativa e no Projeto Pedagógico da Rede La Salle, a opção pela dela que as pessoas podem enriquecer seu vocabulário, obter formação permanente dos educadores é condição para a conhecimento, dinamizar o raciocínio e a interpretação. eficiência e a eficácia da implementação de qualquer projeto “Possivelmente, um professor que desenvolveu o gosto pela educativo”, lembra a professora Neusa Scheid, coordenadora do leitura se constituirá num incentivador de seus alunos para que projeto. A educadora conta que o programa teve como ponto de eles também venham a apreciá-la e utilizá-la para novas partida a constatação de que os professores estavam aprendizagens ou até mesmo para o lazer”, afirma Dirléia. distanciados do ato de aprender. “Eles estavam concentrados Conforme a professora, a leitura é uma das vias para se apenas em como ensinar e o objetivo era que não perdessem a chegar à inovação na educação. “Para que as práticas educativas dimensão de como o aluno aprende”, justifica Neusa. sejam inovadoras, além de um instrumental teórico-metodológico

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Professores em atividade formativa no La Salle Medianeira

O ATO DE APRENDER

Outra meta perseguida era a de desenvolver uma atitude investigativa por parte dos educadores. “A intenção é que eles se acostumem a pesquisar, detectando problemas, procurando na literatura educacional, na troca de experiência com os colegas e na utilização de diferentes recursos, formas de entender e gerir os desafios que a prática docente atual demanda”, explica. Com esse propósito, a coordenadora organizou encontros mensais, sempre aos sábados, para proporcionar a participação do maior número possível de docentes. A intenção era que a qualificação deles deixasse de ser feita de forma isolada, como em palestras ou encontros pontuais. A partir do estudo de referenciais teóricos atuais, essenciais para situar o educador na dinâmica do ensino e da aprendizagem, se propôs uma reflexão da prática pedagógica docente. Com leitura de textos, debates e trabalhos em grupo, os professores iniciaram um processo de atualização e autoconhecimento que os ajudou a refletir sobre sua prática e postura em sala de aula. “Eu saí da universidade com a idéia de que meu papel era repassar os conhecimentos acadêmicos adquiridos. Vi que a prática era bem diferente, pois na relação com o aluno você aprende muito, há troca de saberes, de sentimentos e emoções e isso tudo interfere na aprendizagem”, declara a professora Simone Jaeschke. Ela destaca que o PEC mudou seu modo de dar aulas. “Hoje eu adapto os materiais pedagógicos que utilizo em sala de aula e as provas às necessidades de cada turma, pois cada uma tem características distintas e sinto que quanto mais individualizado esse processo melhor”, observa. Outra experiência que auxiliou os professores nesta mudança de atitude foi a confrontação com seu próprio jeito de lecionar. Uma das tarefas propostas, que se mostrou reveladora para eles, foi gravar uma de suas aulas e analisá-la, fazendo uma auto-avaliação. “A gente se enxergou melhor. Eu, particularmente, percebi que falava muito mais que os alunos e a partir daí passei a dar mais oportunidades deles se manifestarem em sala de aula”, conta Ana Cristina, que considera o PEC um programa que lhe fornece conhecimento, didática e recursos para melhorar como educadora.

O professor mediador não se limita a aplicar teorias ou técnicas de ensino, mas ser professor mediador exige criatividade, experiência, paciência e tempo. O professor aprende a ser professor pelo exercício do magistério e pela busca constante do conhecimento, mas para isto é preciso assumir uma postura de abertura do ensinar e do aprender com seus colegas professores, bem como com seus alunos. Ir. Jardelino Menegat Diretor Administrativo da Rede La Salle O ato de aprender, constantemente torna-se transformador, na medida em que o amor e a sabedoria juntos podem ser a força de uma educação para o pensar, ao despertar no indivíduo a busca pelo conhecimento e aprendizagem investigativa de uma forma prazerosa, em um processo dialógico, onde os conceitos e conteúdos filosóficos serão construídos e discutidos na união entre família e escola. Iderlane Cristina Bonfim Macedo Gomes Professora do Colégio La Salle, Núcleo Bandeirante/ DF Como forma primeira de expressão do conhecimento, a fala deve ser estimulada, assim como a leitura. A percepção de que se pode falar sobre um assunto e encontrá-lo expresso em diferentes gêneros textuais estimula o interesse por outras formas de passar aos outros o conhecimento adquirido. Escrever é pensar e por isso se torna importante dominar a língua padrão escrita, adequá-la aos diferentes gêneros, usá-la com criatividade em todas as situações mostrando competência lingüística. Inez Pasqualina Tortelli Coord. Pedagógica do Colégio La Salle Canoas /RS

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Capa O programa também foi incluído nas Jornadas Pedagógicas anuais do Colégio, proporcionando uma maior motivação e oportunidade de intercâmbio entre os educadores. No início deste ano, o programa deu um passo à frente na busca de garantir mais espaço de ação dos professores, principalmente para aqueles que ainda sentiam dificuldade em acompanhar os encontros por conta de outros compromissos. Além de presencial, o PEC passou a ser desenvolvido à distância pelo ambiente virtual do TelEduc, disponibilizado através do Unilasalle, Canoas/RS. No TelEduc, os professores foram reunidos em um grupo de discussão, o que proporcionou uma socialização das reflexões e uma troca de experiências em tempo mais real. “Facilitou o repasse de textos e informações e podemos acompanhar também a produção dos colegas”, afirma a professora Ana Cristina Fritzen. Dessa forma, os educadores podem tirar dúvidas sobre os trabalhos mais rapidamente, o que antes só era possível nos encontros mensais ou, informalmente, nos diálogos pelos corredores ou sala de professores. O PEC virtual possibilitou ainda a inserção mais ativa de outros educadores que ainda tinham participação restrita nos encontros presenciais. “Alguns que quase não se manifestavam nos encontros presenciais passaram a participar ativamente no ambiente virtual e com contribuições significativas”, declara Marlete Gut, que é uma das formadoras do PEC virtual. Desde janeiro, a modalidade on-line do programa vem fazendo crescer o diálogo entre os educadores. Além do bate-papo pelo computador, eles sentem-se animados em comentar o texto uns dos outros quando se encontram na escola. Tanto nos encontros presenciais, quanto nos grupos de discussão on-line, o PEC

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garante o espaço e o tempo necessários para que os educadores possam socializar suas pesquisas, estudos, reflexões e inquietações acerca da temática eleita como prioridade para aquele momento. No final deste ano, o objetivo é organizar um livro com as conclusões obtidas. Os educadores são avaliados conforme seu grau de interatividade com o programa. A participação individual deve ser de, no mínimo, 75% dos encontros presenciais. No TelEduc cada participante deve, no mínimo, ter três acessos com participações mensais. Ao final de cada ano letivo é fornecido um certificado de 80h (32h correspondentes a oito encontros presenciais de 4h cada um, mais 48h de estudos individuais e participação no grupo de discussão on-line). Após dois anos de caminhada, outros resultados também serviram para testar a eficiência do PEC. O principal deles foi a motivação docente. Neusa já relatou o programa em eventos da Rede La Salle, como o ENEB de Carazinho e de Canoas e o CILE, realizado em 2007 em Niterói, no Rio de Janeiro. Com o programa socializado, alguns professores sentiram-se animados a empreenderem seus projetos, apresentando suas pesquisas de pós-graduação em eventos. “Após esses dois anos do PEC, já se percebe um comprometimento maior de cada um dos educadores com sua formação continuada”, conta a coordenadora, que será uma das painelistas do Fórum Lassalista, no dia 17 de maio. Com o título PEC: Vivência de Aprendizagens, Neusa espera motivar programas semelhantes em outras escolas da Rede La Salle, para que a qualificação docente seja uma experiência cada vez mais proveitosa e prazerosa aos educadores. Colaboração no conteúdo sobre o Programa de Educação Continuada (PEC) - Silvia Dewes


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Homenagem na Câmara

Novos Laboratórios O Colégio La Salle Santo Antônio possui novos espaços para as experiências práticas da área de Ciências da Natureza e Matemática. Dois novos e modernos Laboratórios foram organizados nos meses de janeiro e fevereiro para proporcionar aos estudantes melhores condições de realizar experimentos nas diferentes disciplinas. Os espaços contam com instalações modernas e arrojadas. O Laboratório de Ciências da Natureza já está sendo suporte para comparações de células animais e vegetais, através dos microscópios, experiências químicas, verificação de termometria, estudos de rochas, além de outras aprendizagens dos Ensinos Fundamental e Médio. Já o Laboratório de Matemática está sendo suporte para facilitar, através do concreto, as abstrações do aprendizado da disciplina.

Colégio La Salle Santo Antônio - Porto Alegre/RS

A Câmara de Vereadores de Caxias realizou, na noite do dia 10 de abril, Sessão Solene em homenagem aos 100 anos do Colégio La Salle Carmo. A cerimônia foi proposta pelo Vereador Francisco Spiandorello/PSDB e pela Vereadora Geni Peteffi/PMDB. Na homenagem diversas pessoas prestigiaram o evento; entre as autoridades estavam o deputado federal, Ruy Pauletti/PSDB, a deputada estadual Marisa Formolo/PT, o reitor da Universidade de Caxias do Sul, Isidoro Zorzi, o exprefeito Mário Vanin, entre outros. Irmão Bonifácio Mathias, de 89 anos, foi uma das personalidades mais lembradas pelos presentes. Aos 21 anos, ele veio morar em Caxias e lecionar no Carmo, onde atuou por 45 anos como professor. Para ele esse tempo todo foi dedicado à educação dos jovens. O diretor do Colégio La Salle Carmo, Ir. Olir Fachinello, agradeceu a homenagem recebida frisando que a Instituição contribuiu para o desenvolvimento de Caxias do Sul, oferecendo uma educação cristã de qualidade. Ele ainda agradeceu a todos os que participaram desses cem anos.

Colégio La Salle Carmo - Caxias do Sul/RS

Em Defesa da Vida O que significa escolher a vida, proposta de reflexão deste ano da campanha da Fraternidade? Para os estudantes do Colégio La Salle Medianeira, essa opção vai muito além de preservar a natureza e os animais. Através de textos, desenhos e painéis, eles manifestaram sua opção pela vida defendendo um mundo mais justo, onde os direitos humanos são respeitados e as relações mais fraternas. Nas séries iniciais o assunto coloriu as salas de aulas. No 2º ano e na 3ª séries, os estudantes confeccionaram painéis com desejos de paz, amor e amizade em meio a pinturas de paisagens e muita natureza. Dedicação, Família, Hospitalidade, Vida e Amor foram algumas das palavras que as crianças do 2º ano estamparam em barquinhos de papel coloridos com tinta que foram afixados em um painel de fundo azul simbolizando o mar. “Essas são as palavras que eles querem levar para o mundo”, resume a professora Ana Cristina Fritzen. Na 4ª série, por exemplo, desenhos retratando o planeta e a desejada união entre as pessoas em sua defesa, encheram as paredes de vida.

Colégio La Salle Medianeira - Cerro Largo/RS www.revistaintegracao.com.br

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Mingau para aprender As turmas da Pré-escola do Colégio La Salle Canoas estão aprendendo através de histórias infantis as diferentes constituições familiares. As professoras Adriana Lima Nunes e Cecília Stern Sallaberry, utilizaram os livros do Nemo para fazer alusão a famílias formadas apenas pelo pai e o filho, a história da Cachinhos dourados e a família Urso para retratar famílias com pai, mãe e filho e também a história do Tigrão, personagem da Disney, para falar sobre as pessoas que têm como família apenas os amigos. “Partindo dessas histórias vamos mostrando para os pequenos as diferentes constituições familiares para que eles não se sintam diferentes e saibam que independente da formação familiar, todas são especiais e todos são amados por seus familiares”. Para concluir o trabalho as professoras trouxeram para a sala de aula a história “Uma família parecida com a da gente” da autora infantil Rosa Amanda Straus. Representando a importância de compartilhar e de preservar as amizades, os alunos também prepararam mingau de morango e de chocolate para compartilhar na sala de aula.

Colégio La Salle Canoas/RS

A Escrita e o Número Com o objetivo de privilegiar o trabalho com as diferentes dimensões do desenvolvimento humano, os alunos do 1º ano do Ensino Fundamental da Escola La Salle Esmeralda estão descobrindo dados históricos sobre a evolução da humanidade até os nossos dias. Desta forma, a professora Mayling, da turma 11, acredita que através da história da escrita e do número possa proporcionar importantes aprendizagens respeitando o desenvolvimento biopsicossocial das crianças, integrando-os no mundo letrado de maneira lúdica e prazerosa.

Troca de Livros No dia 26 de abril, alunos do Colégio La Salle Caxias tiveram a oportunidade de reciclar suas leituras, sem nenhum custo, na 1ª Feira de Troca de Livros Infantis e Gibis, trocando títulos já lidos por outros de seu interesse. Promovida pela Associação de Pais e Mestres e pelas Bibliotecas do Colégio La Salle Caxias, a iniciativa foi realizada com a dupla finalidade de estimular ainda mais nas crianças o gosto pela leitura e comemorar o Dia Nacional do Livro Infantil (18 de abril), data instituída em homenagem ao nascimento de Monteiro Lobato. Aproximadamente 2600 livros infantis e gibis usados, em bom estado de conservação, foram doados pelos alunos da Creche à 6ª série do Ensino Fundamental, que receberam cupons para serem trocados no dia da Feira por outros livros infantis. Durante o evento, que também recebeu doações de livrarias da cidade (Maneco, Rossi, Paulus e UCS), houve sessões de contação de histórias com a contadora Elaine Pasquali Cavion. Os livros que não foram trocados serão encaminhados à Associação Centro de Promoção do Menor Santa Fé (ACPMen).

Colégio La Salle Caxias do Sul/RS

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Arte e Vida Com o objetivo de ocupar parte do tempo dos alunos no turno inverso e também despertar as habilidades, talentos e gosto pelo belo, a Escola La Salle Esmeralda está oferecendo Curso de Artesanato. Coordenados pela professora Norma Freitas, os encontros acontecem em três dias da semana, no turno da tarde e contam com a participação de 30 pessoas, incluindo mães. Uma das principais metas do curso é a reciclagem e o reaproveitamento de materiais, favorecendo o desenvolvimento da criatividade e a participação da comunidade.

La Salle Esmeralda - Porto Alegre/RS


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Praticando a Matemática

Questões ambientais Atendendo aos anseios dos alunos em abordar questões que possam ser tratadas no vestibular, O Colégio La Salle São João está desenvolvendo, com turmas da 3ª série do Ensino Médio, um trabalho com compostos orgânicos. A atividade, coordenada pela professora Ildanice Mansan, é trabalhada no Laboratório Multidisciplinar, envolvendo também questões de Eletroquímica. Segundo a professora, como são atividades diretamente ligadas a questões de saúde, uma etapa foi dando origem à outra e se multiplicando até que chegaram sugestões como a coleta seletiva do lixo eletrônico no Colégio (lâmpadas, celulares, pilhas, fones de ouvido e outros).

A matemática faz parte do nosso dia-a-dia, no entanto aprendêla, para alguns, nem sempre é uma das tarefas mais fáceis. Pensando nisso, a professora de matemática do Colégio La Salle Manaus, Patrícia de Paula Pereira, proporcionou aos alunos do 6º ano, situações práticas onde pudessem trabalhar o raciocínio lógico e a observação, dando significado ao conteúdo da disciplina. A prática consistia em utilizar noções de medidas e geometria, conteúdo ministrado em sala de aula. Após a teoria, os alunos foram a campo medindo áreas da escola, com o conhecimento prévio sobre geometria, unidade de medidas de comprimento, área e perímetro. Com auxílio de folhas de jornal e munidos de fita métrica, trena e régua, começaram a pôr em prática todo o conhecimento adquirido na aula de matemática, a fim de estabelecer relações entre área e perímetro. Utilizando as folhas de jornais como figuras geométricas em forma de quadrados e retângulos, os alunos anotaram as medidas para trabalhar as escalas. O exercício foi praticado em vários ambientes da escola, como escadas, sala de aula e quadras.

Somando-se às inúmeras ações propostas pelo grupo, foi planejada, também, a vinda da mãe de uma aluna, funcionária do Departamento Municipal de Lixo Urbano (DMLU), para conversar com os alunos sobre o assunto.

Colégio La Salle São João - Porto Alegre/RS

La Salle Manaus/AM

Pequeno Gourmet Durante o terceiro trimestre de 2007, com os estudos realizados sobre alimentação saudável, o Colégio La Salle Esteio desenvolveu o projeto Pequeno Gourmet com as turmas de 3ª série do Ensino Fundamental. A idéia surgiu como forma de transformar hábitos de ingestão de alimentos gordurosos e pouco nutritivos feitos no recreio, por outros mais saudáveis. Para isto, as professoras trabalharam com os alunos a importância de uma alimentação saudável e balanceada, a função dos alimentos construtores, reguladores e energéticos no organismo e os processos de conservação dos alimentos industrializados. Também foi feita uma análise dos lanches trazidos e consumidos diariamente. “Realizamos, também, atividades com tabelas alimentares, leitura e diálogo, pesquisas em rótulos de produtos alimentícios e transformação de receitas pouco nutritivas em pratos e lanches saudáveis”, contam as professoras Fabiane Vieira da Silva e Sibele Ariane Paulos. As turmas também desenvolveram receitas que foram apresentadas em sala de aula e elaboraram um livro com dicas de alimentação e receitas.

Colégio La Salle Esteio/RS

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Encontros Esportivos No dia 12 de abril, o Colégio La Salle Dores realizou o primeiro dia de jogos dos Encontros Esportivos do Centenário Dorense. Na data, o Colégio recebeu a presença dos alunos da Escolinha de Futsal do Petrópolis Tênis Clube. A exemplo da série de jogos realizados em alusão ao Centenário da Rede La Salle no ano passado, o Colégio está promovendo esta atividade em comemoração à importante passagem na história da Instituição. O campeonato comemorativo visa à integração dos alunos dorenses com estudantes de outras escolas. Os Encontros seguem até novembro com jogos nas modalidades de futsal, basquete, vôlei e handebol.

Colégio La Salle Dores - Porto Alegre/RS

O Corpo e o movimento Durante este ano, a Escola Fundamental La Salle Hipólito Leite retomou o projeto das aulas de dança com o intuito de oportunizar um espaço para o desenvolvimento das habilidades dos alunos. São cinco grupos nas categorias infantil e juvenil. Em março, começaram as atividades com o grupo infantil. As aulas são ministradas pelo Ir. Jeime Gonçalves Viana e pelo coreógrafo Wilson, ex-aluno da escola.

Melhora na infra-estrutura

Educar para a Vida A partir de estudos realizados sobre os Direitos da Criança e do Adolescente, a turma do 1º ano do Ensino Fundamental do Colégio La Salle Carazinho conheceu o Projeto Yacamin, desenvolvido na cidade e com a sede gestora na própria escola. A palavra, em tupi-guarani, quer dizer Pai de todas muitas estrelas e este é um dos objetivos do programa, ser pai e mãe de muitas crianças, ajudá-las a crescer, a sonhar e criar expectativas de um futuro mais humano e feliz. Os alunos foram questionados sobre o porquê de algumas crianças estarem ali tendo aula de informática. Conforme a professora Francine Bohne Ritta, algumas crianças diziam que ali era a sala dos sonhos, outras a do soninho, como é conhecida a sala dos alunos do turno integral que tiram um cochilo na escola.

Colégio La Salle Carazinho/RS

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A Escola La Salle Hipólito Leite realizou várias melhorias em suas dependências. Alguns espaços foram totalmente reformados para o ano letivo com melhorias nas salas de aulas, novos laboratórios de informática e de aprendizagem múltiplas, ampliação da biblioteca, novas salas para os serviços de Coordenação Pedagógica e de Orientação Educacional, criação de uma sala para atividades diversas, bem como a implantação do 1º ano com infra-estrutura adaptada aos pequenos. Conforme a direção da Instituição, todas estas melhorias colaboraram muito para o atendimento dos 960 alunos.

La Salle Hipólito Leite - Pelotas/RS


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Diário de Classe

Todas as Nações Os alunos das 7ª séries do Ensino Fundamental do Colégio La Salle Canoas tiveram muito trabalho para montar a Feira das Nações que envolvia as disciplinas de Ciências e Geografia. Sob a coordenação da professora Luciane Escobar os estudantes usaram muita criatividade para apresentar pratos típicos e seus valores nutricionais, além de se caracterizarem de acordo com os países que representavam. Os estudantes trouxeram informações sobre as origens, costumes e tradições de diversas nações que participaram das Olimpíadas. “Pude notar que através da pesquisa sobre os alimentos os alunos compreenderam a importância da boa alimentação”, comenta a professora. Essa atividade também teve como objetivo desenvolver o trabalho em equipe e o companheirismo entre as turmas.

Combate à Dengue Desenvolvendo atividades de conscientização sobre a Dengue (doença infecciosa transmitida pelo mosquito aedes aegypti), os alunos do Turno Integral do Colégio La Salle São João trabalharam, durante a semana de 31 de março a 4 de abril, realizando pesquisas e confeccionando cartazes. Na sexta-feira, 4 de abril, juntamente com suas professoras eles organizaram um mural, exposto nas dependências do Turno Integral com cartazes, recortes de jornais, desenhos e pinturas, com informações sobre índices da doença no País, medidas de precaução e outras informações sobre o mosquito transmissor. O trabalho deverá ainda resultar num teatro, que já está sendo pensado pelos estudantes.

Colégio La Salle São João - Porto Alegre/RS

Colégio La Salle Canoas/RS

Blog do Tá Ligado! Além de auxiliar na produção dos conteúdos para o Jornal do La Salle Niterói, encartado em Zero Hora, a Comissão Editorial Estudantil Tá Ligado, lançou em abril a versão on-line da publicação impressa. No endereço, os estudantes postam conteúdos de interesse jovem e mantêm os leitores atualizados sobre o dia-a-dia da equipe. A intenção é que, a partir de agora, os estudantes tenham mais uma maneira de ficar por dentro das atividades que ocorrem no Colégio. Tá Ligado! - O Projeto da Comissão Editorial Estudantil visa a oportunizar aos alunos momentos de protagonismo através do incentivo ao desenvolvimento de lideranças. Deixe seu comentário no BLOG da galera! Http://taligado.lsn.zip.net/

Colégio La Salle Niterói - Canoas/RS

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Revista Integração • Maio 2008

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Diário de Classe

Turno Integral cresce 50% O Tempo Integral do La Salle Santo Antônio teve aumento superior a 50% no ano de 2008, comparando com os dados referentes a 2007. Um dos fatores desse acréscimo é o atendimento no turno da tarde para os estudantes de 4ª e 5ª séries do Ensino Fundamental. Outros motivos estão relacionados à segurança e tranqüilidade das famílias em deixar os filhos em um único espaço de convivência e aprendizagem. Desde 2003, a proposta do Tempo Integral era oferecida somente no turno da manhã para estudantes de Educação Infantil a 4ª série que freqüentavam o turno regular de aulas à tarde. Com o novo serviço, o Colégio adaptou ambientes educativos para melhor atender às famílias. Com um acompanhamento pedagógico constante, as crianças contam com atividades diferenciadas no Tempo Integral, entre elas Iniciação Esportiva, Informática, Inglês, Natação, Patinação, Dança, Capoeira, Hora do Descanso, Hora do Brinquedo, Hora dos Temas Escolares, entre outros diferenciais.

Colégio La Salle Santo Antônio - Porto Alegre/RS

Solidariedade na Páscoa

Centenário no 1º ano

O Projeto da Páscoa no Colégio La Salle Esteio é realizado todos os anos, desde 2003, com os alunos de 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental. Em 2008, nas aulas de Ensino Religioso e Educação Artística, os alunos e as professoras confeccionaram cartões e cestas que foram entregues no Asilo Betel, na cidade. “Foi um passeio muito legal, as histórias contadas pelos idosos foram tristes e legais, mas fomos lá para levar carinho e amor para eles”, destaca a aluna Débora, da 7ª série. Conforme as professoras organizadoras do projeto, a transformação da consciência e da sensibilidade dos jovens se reflete em suas atitudes no meio em que vivem. A intenção do Colégio foi oportunizar, através de projetos solidários, o espírito fraterno aos alunos, favorecendo a escolha de atitudes concretas para um mundo mais digno e humano.

Para engajar as crianças nas comemorações dos cem anos do Colégio La Salle Dores, as professoras das turmas de 1º ano do Ensino Fundamental Ana Maria, Liliane, Ulânia e Nara iniciaram o ano letivo realizando um trabalho baseado na história “E agora? É hora de ir para a escola”. Durante a realização dos trabalhinhos, os alunos tiveram a oportunidade de contar como se sentem em fazer parte da “Família Dorense” e suas expectativas para 2008. “Gosto muito dos meus colegas e quero aprender a ler e escrever”, afirma o motivado aluno Guilherme Martins Spetch.

Colégio La Salle Dores - Porto Alegre/RS

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Colégio La Salle Esteio/RS


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Diário de Classe

Exposição de Artes

Projeto Conviver Relacionar-se de forma positiva nos vários grupos que pertencemos não é fácil. A cada etapa da vida as relações acontecem em ritmo e intensidade diferenciados; por vezes não sabemos lidar com tantos sentimentos ao mesmo tempo e as relações podem ficar “tumultuadas”. Pensando que as relações no ambiente escolar podem adquirir mais qualidade é que o La Salle Niterói está realizando, através do Setor de Orientação Educacional e do Setor de Coordenação de Turno, o PROJETO CONVIVER. Este projeto tem por objetivo convidar os alunos de primeiro ano do ensino fundamental a terceira série do ensino médio, a criar um espaço de reflexão sobre o ambiente escolar e o grupo que está inserido, tendo como foco principal o respeito mútuo, a construção da cidadania e as relações de ajuda.

O trabalho artístico se mostra de acordo com o estilo de cada um. Com este objetivo, o Colégio La Salle Peperi está incentivando os estudantes a mostrarem seus talentos, através da realização de diferentes trabalhos. O material produzido é exposto na escola para apreciação dos colegas. Desta forma é oportunizada a possibilidade da leitura ampla, de diversidade de temas e elementos, tendo como objetivo a ampliação de conhecimentos intelectuais, formais, vivenciais e apreciação estética. Os estudantes dos anos iniciais e anos finais do Ensino Fundamental e 1ª série do Ensino Médio fizeram pesquisas para descobrir o estilo de cada um. A exposição foi organizada pela professora de Artes Marines Andres Schons.

No mês de março os setores de SOE e SCT deram início ao projeto proporcionando aos alunos a possibilidade da coautoria dos PRINCÍPIOS de cada turma; entende-se como princípio, preceito e regras. Após esse momento os regentes de cada turma trabalharam os princípios de maneira a reforçar sua importância e os mesmos também são mencionados durante o conselho de classe participativo.

Colégio La Salle Niterói - Canoas/RS

Colégio La Salle Peperi - São Miguel do Oeste/RS

Semana da Cidadania Enfrentar o empobrecimento social que exclui jovens dos meios de comunicação, do convívio familiar, do mercado de trabalho e do acesso a educação e à cultura motivou estudantes do Colégio La Salle Medianeira, integrantes dos grupos da Pastoral da Juventude Lassalista, a interpretarem a problemática de uma forma diferente através do teatro. Durante a semana, considerada a Semana da Cidadania em todo o país, eles chamaram a atenção dos colegas realizando intervenções cênicas na escola. O objetivo foi motivá-los a construir ações que os levassem a acreditar que a vida vale a pena. Nas salas de aula ou mesmo pelos corredores, os grupos personificaram, através de vestimentas e representações gestuais, os espaços que mais afetam o jovem na sua vivência social. “Não é apenas a pobreza que exclui o jovem da sociedade, mas a violência, a falta de perspectivas e a alienação da mídia, que molda nosso senso crítico”, destaca a estudante Roberta Schreiner, do 2º ano do Ensino Médio.

Colégio La Salle Medianeira - Cerro Largo/RS

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Revista Integração • Maio 2008

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Artigos

MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA Ir. José Kolling Diretor da Escola La Salle Hipólito Leite - Pelotas/ RS

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terminologia “mediação pedagógica” implica em abordagens diversas e distintas. Os termos não possuem um significado e sentidos únicos. Há diversas correntes e abordagens sobre este tema e que muitas vezes são divergentes na compreensão e forma de explicitação. Assumo como base a compreensão que nos apresentam Gutiérrez e Castillo (1999), que entendem por “mediación pedagógica el tratamiento de contenidos y de las formas de expressión de los diferentes temas a fin de hacer posible el acto educativo, dentro del horizonte de una educación concebida como participación, creatividad, expressividad y relacionalidad”. Emprego o termo “pedagógico” com o sentido a tudo o que se refere e contribui ao ato educativo. Pois pedagógico

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é todo esforço de estabelecer uma ponte entre as diversas áreas do saber e a prática humana. O ato educativo é sempre uma relação entre seres humanos e estes com seu espaço que por sua vez se relaciona com as aprendências. E há “relações que não são significativas, são sem sentido, pois o sentido é sempre relacional” (Guiérrez e Castilho (1999). O que quer também dizer, que nem todo ato educativo é pedagógico, mas nele sempre há aprendizagem, pois todas as nossas aprendizagens se dão de forma mediada. Assim, quanto mais ricas e diversas mais significativas serão nossas experiências de aprendizagem mediada. Para favorecer e ampliar as aprendências desenvolvem-se, cada vez mais, tecnologias e dinâmicas relacionais distintas. E o pedagógico tem a ver com o uso desses recursos bem como as

modalidades de nossa relação presencial ou não com os aprendizes. A dimensão pedagógica está diretamente vinculada à capacitação humana, que se apresenta cada vez mais complexa. Esta capacitação urge, pois o uso e o manuseio das tecnologias, que a criatividade e inteligência humanas permitiram criar e desenvolver até o momento, são estímulo para a recriação e reinvenção contínua de novas relações e aprendizados. A partir do horizonte que me move, e dos pressupostos das minhas crenças é possível inferir uma visão e uma compreensão de vida, de humano e de universo mais complexos, sistêmicos, interconectados e interdependentes, onde o homem é encarado como sujeito histórico ativo, que atua, interage modifica o seu contexto, ao mesmo tempo em que é por este modificado.


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Artigos Creio que algumas idéias da grande produção de Vygotsky, iluminam e ajudam compreender nossa temática, em sua perspectiva histórico social, ao nos apresentar que a aquisição do conhecimento se dá pela interação do sujeito com o meio. E, uma idéia central de sua concepção sobre o desenvolvimento humano como processo histórico social é o conceito de mediação. Apresenta que, enquanto sujeito do conhecimento, o homem não tem acesso direto aos objetos, mas tem um acesso mediado, através dos recortes do real, operado pelos sistemas simbólicos de que dispõe. Neste sentido apresenta a construção do conhecimento como uma interação mediada por várias relações, ou em outros termos, o conhecimento se constrói não por uma ação direta do sujeito sobre a realidade, mas pela ação mediada de outros sujeitos. Assim, o “outro social” pode apresentar-se por meio de objetos, por meio da organização do ambiente, do mundo cultural em que vive este sujeito.

que as funções mentais superiores são socialmente formadas e culturalmente transmitidas. Assim a cultura fornece ao sujeito os sistemas simbólicos de representação da realidade, ou em outros termos, o universo de significações que lhe permitem construir a interpretação do mundo real. Para Vygotski o desenvolvimento cognitivo é produzido pelo processo de internalização da interação social com os elementos (materiais) fornecidos pela cultura, de modo que este processo se constrói de fora para dentro. Ou seja, a atividade do sujeito relaciona-se ao domínio dos instrumentos de mediação, inclusive sua transformação, por uma atividade mental.

Significa também a implicação de cada um, em um processo ativo e requer a responsabilidade, a disciplina, o desejo pessoal, uma vontade decidida para a própria aprendência. A interaprendizagem nos desafia a apropriação do que nos é apresentado pela mediação dos materiais, recursos tecnopedagógicos e pelas interações, partilhados com os outros, com o grupo e com os educadores. Ela implica uma condição ativa de protagonismo de cada um. Requer que cada aprendente rompa com uma atitude de passividade, de conformidade, de receber tudo pronto, tão comum hoje.

A interaprendizagem provoca uma ruptura com o hábito da simples leitura como decodificação de mensagens e textos e, estes, como acúmulo de informações e dados. Emprego o termo “pedagógico” Pede uma atitude crítica e reconstrutiva das mensagens, das informações com as com o sentido a tudo o que se refere e contribui ao ato educativo. quais interage. Precisa desenvolver uma Pois pedagógico é todo esforço de a t i t u d e e u m a c a p a c i d a d e d e comunicação, mas, sobretudo, de uma estabelecer uma ponte entre leitura diferente. Implica-nos uma as diversas áreas do saber compreensão e uma leitura crítica do e a prática humana. ambiente social e cultural em que estamos inseridos. Nesta perspectiva, o sujeito não é apenas ativo, mas interativo, porque forma BIBLIOGRAFIA conhecimentos e se constitui a partir de GUTIÉRREZ P., F.; PRIETO C., D. La mediación relações intra e interpessoais. Afirma ainda, pedagógica: apuntes para una educación a que é na partilha, nas trocas ou nas distancia alternativa. 6. ed, Buenos Aires: conversações com outros sujeitos, portanto Ciccus. 1999. no social, e consigo próprio, que vai ________. Pedagogia del aprendizage . internalizando conhecimentos e se vai Guatemala: Save de Children Noruega, 2004 constituindo a própria consciência.

Afirma que é a linguagem que fornece os conceitos, as formas ou as categorias de organização do real, a mediação do sujeito e o objeto do conhecimento. E é também pela linguagem

Nesta perspectiva, este autor dá ênfase muito significativa à linguagem como sistema simbólico, também como uma função psicológica superior e que depende de um processo de aprendizagem. E estas funções psicológicas superiores (linguagem, memória, pensamento...) são construídas ao longo da história social do homem, em sua relação com o mundo. De modo que estas se referem a processos voluntários, ações conscientes, mecanismos intencionais e dependem de processos de aprendências.

Nesta dinâmica das interações, das trocas que se pode afirmar com Gutiérrez e Prieto, da importância da autoaprendizagem e da interaprendizagem. A autoaprendizagem significa que é um processo pessoal, único, próprio de cada um e que não depende dos fatores exógenos. Não há um iluminado externo que possa determinar a aprendizagem interna.

________. Ecopedagogia y ciudadania planetaria. Costa Rica: Editorialpec, 1997

VYGOTSKI, Lev Semiónovic. Teoria e Método em Psicologia. São Paulo: Martins Fontes, 1999. ______. Problemas del Desarrollo de la Psique. In: Obras Escogidas. Madrid: Visor Dis, 1995. T.3 ______. A Construção do Pensamento e da Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2000

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Artigos

Exponha-se a uma quantidade maior de livros Ir. César Meurer Diretor do Colégio La Salle Medianeira, Cerro Largo/RS

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incapacidade de leitura. Se os nossos enunciados democráticos nos fazem desejar a igualdade, a experiência de leitura soa como saudável desigualdade, como expressou o pensador ao dizer-se diferente dos estudantes simplesmente por ter lido mais. A quantidade de livros lidos contribui significativamente para o desenvolvimento de pessoas que se apóiam antes na persuasão do que na força, que praticam a paciência e acabam distintas como sendo de caráter razoável.

Um dos modos de promover o desenvolvimento integral da pessoa e a transformação da sociedade através da educação é incentivando que estudantes e educadores exponham-se a uma quantidade maior de livros.

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á tempos uma professora universitária descreveu seu trabalho como ler livros e contá-los aos alunos. O relato foi marcante, pois era nítido tratar-se de algo muito prazeroso. Outro mestre, num daqueles envolventes debates do intervalo, declarou preferir dialogar com pessoas que leram A Montanha Mágica, de Thomas Mann. Uma terceira declaração plástica, profunda e recente vem de um estudante extraordinário: tudo o que aprendi somente terá valor se eu continuar aprendendo. Hölderlin, o grande poeta de Heidegger, escreveu que somos uma conversa que aos poucos torna-se uma cantiga, evidenciando que conversar previne o emagrecimento moral e intelectual da pessoa. Tacitamente, esses exemplos desconexos sugerem o propósito deste texto. Um dos modos de promover o desenvolvimento integral da pessoa e a transformação da sociedade através da educação é incentivando que estudantes e educadores “exponham-se” a uma quantidade maior de livros. Carlos Novaes apontou que a roda da civilização teve de passar por uma longa noite para que o ser humano saísse da sombra e, começando a adquirir consciência dos seus direitos, se aventurasse ao papel de protagonista de sua própria existência. Há pouco protagonismo na sombra, assim como há pouco a ser feito com as letras nas penumbras impostas pela distância e pelo cerceio do tempo. A história do esquecimento das aventuras de protagonista bem poderia ter um capítulo sobre as letras engavetadas e sobre o estranho sentido que liga o diálogo à leitura e a incapacidade de diálogo à

Conjeturo que a quantidade de livros lidos é inversamente proporcional à quantidade de certezas. Refiro-me àquelas certezas que supostamente elevam a uma posição além da perspectiva e do entendimento intersubjetivo. Belo quadro da inutilidade: sei tudo e nada abala minhas certezas... nem mesmo a televisão, minha companhia preferida desde as primeiras horas do dia. A comunicação barata inunda e sufoca a memória, em vez de alimentá-la e estabilizála. A uniformidade produzida alimenta a conformidade e a outra face da conformidade é a intolerância, como observa o sociólogo polonês Zigmunt Bauman. Ler não nos torna mais racionais, se entendermos racionalidade no sentido de captar a realidade das coisas. Nenhuma área do conhecimento da ciência natural à teologia, incluindo literatura, arte, política e filosofia possui acesso privilegiado à realidade. Assim, a exposição a textos de cientistas, de teólogos, de poetas, de historiadores, de filósofos (e outros tantos quanto for possível) permite compreendermos a linguagem como ferramenta mais ou menos útil, de acordo com o propósito. Para o propósito de descrever uma força e um movimento, o vocabulário da física é o mais adequado. Se o propósito é mobilizar pessoas em torno de um projeto comum, então o vocabulário da política talvez seja o mais útil. Para a introspecção e a reflexão, seria de pouca utilidade manter a linguagem da física, sendo o vocabulário da religião (ou outro) mais útil para esse propósito. Assim como não há linguagem que acesse a realidade, não há vocabulário que seja melhor independente do contexto.


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Artigos

Parada da Leitura, em abril, no Colégio La Salle Santo Antônio

A exposição a uma quantidade maior de livros gera dúvidas acerca da idéia corrente de que a linguagem tem uma relação representacional para com o mundo, no sentido de a palavra representar a coisa. Os que confiam nessa idéia corrente falam freqüentemente da evidência dos sentidos para dizer que a mesa, a árvore ou a parede existem realmente. O que temos sobre a existência da mesa, da árvore, da parede, da justiça, de Deus, de nós mesmos e do que mais quisermos é sempre um conjunto de sentenças que acreditamos serem verdadeiras. Crenças, portanto. A relação da linguagem com o mundo é meramente causal, e não representacional. As palavras não representam as coisas, no sentido de haver algo chamado linguagem um esquema que organiza ou ajusta-se com um conteúdo chamado mundo. Uma vez que tenhamos nos exposto a livros de Aristóteles e de Galileu (um exemplo aleatório), temos condições de inferir que não há meio de traduzir aspectos importantes do vocabulário do primeiro em partes importantes do vocabulário do

segundo. Assim, não há meio de argumentar contra Aristóteles com o vocabulário de Galileu, nem o inverso. Disso decorrem duas possibilidades: (a) tanto as afirmações de Aristóteles quanto as de Galileu precisam ser tomadas como verdadeiras e, por conseguinte, a palavra “verdade” precisa ser relativizada aos vocabulários ou (b) a coerência interna tanto de Aristóteles quanto de Galileu não intitula suas visões como verdadeiras, já que somente a coerência com nossos pontos de vista poderia fazer isso. Isso é suficiente para demonstrar a plausibilidade da sugestão de que a leitura problematiza beneficamente as nossas certezas. Interpreto os exemplos do primeiro parágrafo como dizendo a mesma coisa: exponha-se a uma quantidade maior de livros sem descrever-se como o Perseguidor da Iluminação. Não abuse de livros que recomendam sínteses em unidades maiores e dê uma chance aos que foram escritos com o propósito de ajudar a dramatizar a existência. Soa um tanto autobiográfico recomendar Nietzsche como o melhor remédio para males como

realidade-aparência, essência-acidente,... o alemão foi contundente ao sugerir que pensar assim equivale a contentar-se com metáforas gastas que perderam a sensualidade. A terrível dor socrática de saber-se ignorante é uma conseqüência previsível em casos de exposição prolongada a livros. Suspeito, no entanto, que ela pode ser condição para estabelecer a convicção na sociedade enquanto a forma redimida do homem.

OBRAS CITADAS A montanha mágica, de Thomas Mann Cidadania para principiantes, de Carlos Novaes Das coisas que aprendi, de Moacir Orth Friedensfeier, de Friedrich Hölderlin Globalization: The Human Consequences, de Zigmunt Bauman Über Wahrheit und Lüge im außermoralischen Sinne, de Friedrich Nietzsche

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O ato de aprender brincando Ludoteca: Um novo olhar pedagógico Janara de Jesus Machado Pedagoga e psicopedagoga do Colégio La Salle, de Manaus/AM

brincadeira e o jogo são atividades que sempre existiram em nossa sociedade, pois é algo que faz parte da natureza humana e, na idade infantil, é uma atividade privilegiada. Na verdade se constitui como uma linguagem, pois é através da brincadeira que a criança muitas vezes expressa seus medos, suas alegrias, sua realidade e seus desejos. É brincando que manifesta suas potencialidades e, assim, através de experiências, vai aprendendo e amadurecendo com segurança. Dessa forma, a brincadeira infantil está muito mais relacionada a estímulos internos que a condições exteriores. Atualmente, a relação da brincadeira com o ensino-aprendizagem tem sido muito estudada, comprovando que através dela disseminamos valores, conceitos, hábitos e atitudes. Assim, brincando, as crianças não apenas aprendem, mas recriam, experimentam, interagem e se comunicam estimulando as relações cognitivas. Com objetivo de estreitar a relação da brincadeira com o ensino formal e tornála parte da rotina da escola, a Ludoteca do

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Colégio La Salle Manaus foi criada em 1997 buscando atender uma necessidade das crianças de terem um espaço pedagogicamente projetado. Com material lúdico especialmente preparado de acordo com as fases de desenvolvimento infantil, oportunizando o desenvolvimento das múltiplas inteligências da criança e o enriquecimento de sua socialização. A Ludoteca não se resume na criação de um espaço de brincadeiras. Ela foi projetada para atender também uma demanda educativa. Toda a sua estruturação espacial e pedagógica, desde a escolha de brinquedos até a elaboração dos projetos que foi baseada no Sistema ESAR de classificação dos brinquedos. Um Sistema desenvolvido em Quebec (Canadá) pela psicopedagoga Denise Giron, inspirado na psicologia e nas ciências documentais fundamentadas em estudo de Piaget, Freud, Erikson, Winnicott e Parten. Portanto, “ao oferecer um espaço para a criança experimentar e escolher o brinquedo, qualquer brinquedo, qualquer brinquedoteca ou ludoteca incentiva a autonomia e desenvolve a capacidade crítica” (Nylse H. S. Cunha). Partindo deste

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pressuposto as brincadeiras de imaginação e reprodução do dia-a-dia ou de sua fantasia (casinhas, teatro, cantinhos do médico, do dentista, do salão de beleza); brincadeiras de acoplar ou de encaixe com blocos grandes e pequenos para exercitar tanto a imaginação quanto a coordenação motora da criança fazem parte do contexto da ludoteca. Os jogos de regras, de memória e quebra-cabeça, são muito procurados pelas crianças. As visitas são realizadas através de agendamentos semanais para a Educação Infantil e quinzenais para o Ensino Fundamental até o 4º ano. Por se tratar de um ambiente privilegiado onde a criança se sente a vontade para se expressar, oferece aos pedagogos e educadores recursos para intervir em caso de apoio pedagógico. É portanto, um espaço de aprendizagem significativa, de descobertas onde a realidade se mistura com o simbólico para que assim possa se descobrir e descobrir o outro, onde o pedagógico busca trabalhar o real e o emocional, desenvolvendo técnicas que possam intervir no processo ensino aprendizagem positivamente.


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Artigos

Os novos desafios no

ATO DE APRENDER 1

Sandra Mara Garmus 2 Monaliza Zucchi 3 Fabiano de Melo Almeida 4 Elizandra Fiorin Soares

vontade de aprender. E, ainda, percebe-se que a partir das atividades realizadas e o acompanhamento na auto-estima, os alunos estão gostando das leituras em voz Colégio La Salle Peperi, São Miguel do Oeste/SC alta, sempre participam e têm paciência em esperar o colega ler, mesmo quando este lê baixo e com dificuldade (considerando que novo modelo de educação, essa dificuldade faz parte da fase do apresentado pela lei 9394/96, desenvolvimento de cada um). O que tem define o ensino fundamental de contribuído para o melhoramento no nove anos, trazendo novos desafios processo de aprender é o bom para nós, professores das séries iniciais, relacionamento da turma. As crianças que já desafiando-nos a buscar novas cobram uma das outras quando há um compreensões e procedimentos ao ato de colega lendo, usando da seguinte frase, ensinar. como exemplo: “Vamos escutar, cada um Com o início do ano escolar e tem o sei jeito e o seu tempo de ler”. É muito frente às oportunidades e expectativas para significativo, enquanto educadora, ouvir trabalhar com uma turma do 2º ano do esse comentário dos alunos, já que o Ensino Fundamental de nove anos, novas processo de alfabetização é construção de perspectivas surgiram e outras formas de conhecimento, como temos, “[...] não existe ensinar se fizeram necessárias. No grupo de um mundo real, único, preexistente à alunos que atuo há uma heterogeneidade, atividade mental humana (...) o mundo das alunos alfabetizados e outros em processo aparências é criado pela mente”. (BRUNER, inicial de alfabetização. Diante dessa 1988 a, 103 in SACRISTÁN & GÓMEZ, 1998, realidade uma situação problema se 59). apresenta: Como trabalhar com as Mesmo, trabalhando de forma diferenças em meio a tantas necessidades inclusiva, já que todos acompanham os e diferenças, sendo uma única educadora? mesmos conteúdos, vimos a necessidade Inicialmente, foi necessário de proporcionar ao educando em processo construir atividades direcionadas às de alfabetização, momentos para trabalhar realidades de aprendizagem apresentadas suas dificuldades de forma particular. em sala de aula, sem promover a exclusão, o Estamos utilizando os momentos da Hora que tem sido um desafio já que uma das do Conto, que acontecem quinzenalmente, características da turma é a dificuldade em para tirar as dúvidas destes alunos, respeitar as diferenças. Foi preciso, além de promover a leitura e centralizar a alfabetizar, trabalhar a auto-estima dos alfabetização. Esse momento tem a alunos em processo de alfabetização e a duração de uma aula e os alunos trabalham questão dos limites e direitos individuais a questão da leitura com a Monaliza (auxiliar com toda a turma, além de continuar o de biblioteca), enquanto que outro grupo de processo normal de conteúdos. Assim, a alunos fica com a professora titular para o necessidade de promover a questão dos aprofundamento do processo e valores tem sido fundamental no processo compreensão de palavras. de alfabetização. Os alunos com O desafio está em realizar um dificuldades demonstram que não se trabalho vislumbrando a participação e o sentem mais envergonhados, estão interesse do grupo e na descoberta do participando das aulas e demonstram prazer em realizar atividades que

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contribuíam para as novas descobertas da leitura e da escrita. Hoje é possível perceber que gostam das aulas, pois estão tendo a oportunidade de esclarecer suas dúvidas e utilizar material diferenciado. Oportunizar leituras, bem como o questionamento a respeito dessas leituras, permite o aprimoramento dos alunos no que se refere a buscar conhecimento, e interesse por pesquisas. Junto a esses momentos de prazer e descobertas estão os encontros e vivências com a natureza, de brincadeiras durante as aulas que, atribuídos ao prazer e ludicidade, também contribuem com o processo de ensinoaprendizagem. Sendo assim, é importante que o processo de ensinar esteja vinculado à compreensão do que é a educação, sua finalidade, seus desafios, suas articulações e, principalmente, o nosso aluno, que nos coloca em situação de pesquisadores, realizando novas buscas de como ensinar e para quem ensinar, vencendo os limites dos nossos medos, procurando sermos o melhor enquanto educadores.

1 - Professora Titular da turma do 2º ano do Ensino Fundamental de 9 anos; 2 - Auxiliar de Biblioteca e responsável pela hora do conto; 3 - Responsável pelo setor de informática; 4 - Coordenadora Pedagógica do turno vespertino.

BIBLIOGRAFIA ANTUNES, Celso. Alfabetização moral em sala de aula e em casa, do nascimento aos doze anos. Coleção fascículo na sala de aula. Petrópolis: Vozes, 2001. SACRISTÁN, J. Gimeno & GÓMEZ, A . I. Pérez. Compreender e transformar o ensino. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.

Revista Integração • Maio 2008

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Artigos

ensinar e aprender na escola O gesto de Fabiana Schumacher D'Ávila Orientadora Educacional do Colégio La Salle São João, Porto Alegre/ RS

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ato de aprender não é uma mera acumulação de conhecimentos, mas uma interação de saberes vividos em sala de aula, onde professores e alunos articulam-se pela busca do conhecimento sendo necessário colocar esse conhecimento à disposição do maior número de pessoas, possibilitando a criação de potencialidades, criando uma atmosfera de investigação, colaboração e reflexão crítica, e permitindo uma aprendizagem contínua, permanente e autônoma. Aprendemos em diferentes contextos e de diferentes maneiras. Possuímos estilos de aprendizagem diferentes e esse conhecimento não pode ser ignorado pelo professor. Sabe-se que não há uma forma única de aprender. Assim, a criação de uma consciência do fato de que algumas estratégias funcionam e outras não, para os diferentes aprendizes, é de suma importância para uma aprendizagem mais eficaz. Pensemos como nossos alunos precisam aprender os conteúdos do currículo para utilizá-los na extraordinária tarefa de viver. Se eles perceberem o sentido desses conteúdos para sua vida, agora e no futuro, ficarão mais abertos e dispostos a realizar as atividades de aprendizagem. Um aluno emocionalmente envolvido pelo conteúdo aprende mais. Como afirma Elvira Lima: “Temos uma genética própria da espécie que determina os tempos de amadurecimento. Aprendemos conforme o corpo e o cérebro ficam aptos para isso.” O cérebro cresce e se modifica durante toda a vida. Esse desenvolvimento é mais rápido nos primeiros anos de vida e na adolescência, e mais lento na fase adulta e na velhice. Sem concentração, o cérebro não armazena nada, aí a necessidade do professor criar situações interessantes para ensinar, o que vai fazer com que o aluno associe o aprendizado ao prazer, atingindo um nível maior de concentração. Mais proveitoso em sala de aula é provocar boas emoções, aliando a sensação de prazer ao conhecimento. Para aprender com prazer é preciso que o professor procure valorizar sempre as maiores habilidades e somente depois mostre os pontos que necessitam ser

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aprimorados; é importante não chamar atenção do aluno na frente dos colegas; isso é expor e causa constrangimentos. Elogiar o desempenho do aluno sempre que ele se esforçar para realizar a tarefa, mesmo que essa não seja executada com o sucesso esperado. Antes valia o ensinar, mas hoje a ênfase está no aprender, onde o professor deixa de ser aquele que passa as informações para virar quem, numa parceria com crianças e adolescentes, prepara todos para que elaborem o seu conhecimento. Em vez de despejar conteúdos, ele agora pauta o seu trabalho no jeito de fazer os alunos desenvolverem formas de aplicar esse conhecimento no dia-a-dia. O principal papel dos professores é desafiar os conceitos já aprendidos; é despertar a “sede de aprender” e isso significa dizer que quanto mais sabemos, mais temos condições de aprender. E aprender é fruto do esforço que precisa ser a busca de uma solução, de uma resposta que nos satisfaça e nos reequilibre. Segundo Lino de Macedo, “para aprender as crianças precisam saber comparar, ordenar, classificar, efetuar trocas, cooperar, praticar regras, interpretar, antecipar, calcular, resolver problemas, explicar, argumentar, concluir, tomar decisões, tomar consciência, abstrair generalizar, enfim, realizar e compreender”. Tais conhecimentos são essenciais à aprendizagem escolar e valem para a vida. Quando nos preocupamos mais em dar respostas do que fazer perguntas, estamos evitando que o aluno faça o necessário esforço para aprender, ocorrendo, assim, uma acomodação cognitiva, impedindo o aluno de realizar o exercício de uma aprendizagem significativa. Lembremo-nos que as crianças podem aprender muito mais do que acreditamos; elas têm competência para viver, ouvir, interrogar, comunicar e atribuir sentidos e significados às próprias experiências individuais e coletivas. São aprendizes curiosos e isso é ampliado ou estragado ao longo do tempo. Aí está a grande responsabilidade do professor em

ser o mediador e o colaborador, auxiliando o aluno no que for preciso, dando-lhe segurança no aprendizado, proporcionando condições para o aprender qualitativo, dando lugar à construção do conhecimento, pois o ser humano que vai para a escola não leva apenas sua dimensão intelectual, sua mente; ele vai como um todo em busca de crescimento físico, intelectual e afetivo. Aprender o que é amor, afeto, respeito, justiça também é educação. E é através da aprendizagem nas relações com os outros que construímos os conhecimentos que permitem o nosso desenvolvimento mental. Vigotsky defendia que “na ausência do outro, o homem não se constrói homem”. Essa interação é imprescindível na sala de aula, estimulando os alunos a trocarem idéias e opiniões.Para Crippa, “a admiração, o temor, a curiosidade, a busca, o esforço, a coragem e o amor tanto devem estar presentes no gesto de aprender como jamais devem ausentar-se do gesto de ensinar”.

Leitura Complementar: ANTUNES, Celso. Novas maneiras de ensinar, novas formas de aprender. Porto Alegre: Artmed, 2002. ASSMANN, H. Reencantar a Educação: rumo à sociedade aprendente. Petrópolis: Vozes, 1998. FULLAN, Michael e HARGREAVES, Andy. A escola como organização aprendente. Porto Alegre: Artmed, 2000. TIBA, Içami. Ensinar Aprendendo: como superar os desafios do relacionamento professor-aluno em tempos de globalização. São Paulo: Gente, 1998. VIGOTSKI, Liev Semionovich. A formação social da mente. 6 ed São Paulo: Martins Fontes, 2000. WERNECK, Hamilton. Ensinamos demais Aprendemos de menos. Petrópolis: Vozes, 1987.


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São João Batista de La Salle

É La Salle

conhecido hoje? Irmão Edgard Hengemüle

1. Já mais de uma vez devemos ter ouvido de gente que fez o curso de Pedagogia dizer que durante o mesmo não ouviu referência a La Salle. E terá ouvido a pergunta que naturalmente se segue: Por que o Patrono do Magistério não é mais conhecido e falado, especialmente no meio acadêmico? Uma tentativa de resposta pode ser dada em vários níveis. 2. O grande historiador da educação Paul Monroe diz que a obra educativa de La Salle lhe garantiu um lugar importante na História da Educação. Examinando-se os autores que tratam desta História, verifica-se que aproximadamente três terços deles se referem a ele em seus textos, consagrando-lhe desde alguma referência até capítulos inteiros. Mas na França, país onde ele nasceu, há uma questão que contribuiu para que não fosse devidamente conhecido. É que, sobretudo no passado moderno, a França marcou presença forte no pensamento e na prática da educação. E, por muito tempo, travou-se ali uma luta em torno da questão de saber a quem cabia a primazia na implantação da escola primária popular. Um grupo, de orientação decididamente laical, fazia nascer tal escola como projeto da Revolução Francesa, momento em que o ensino passou a figurar entre as atribuições oficiais. De trás disso, estava, em realidade, uma luta ideológica contra a Igreja Católica, instituição a ser de todas as maneiras denegrida. Afirmar a educação do povo como obra da Revolução

era forma de ignorar todas as iniciativas da Igreja, praticamente a única a preservar a cultura ocidental milenar e a preocupar-se com a educação do povo durante a Idade Média e no período do Antigo Regime francês. Disso resultou que, por longo período, as leituras históricas da educação fossem fortemente ideológicas, unilaterais, dependendo da ala em que estava quem escrevia. Alfred de Cilleuls redigiu, por exemplo, em 1898, uma obra ao mesmo tempo narrativa e polêmica, de nada menos de 790 páginas, propondo-se a destruir a legenda que para ele era a versão laica sobre a origem da escola popular. E aí entra La Salle de cheio. Ele viveu antes da Revolução Francesa. E era não só católico, mas também sacerdote da Igreja Católica. Desconhecê-lo, desconsiderá-lo ou falar negativamente dele era desconhecer, desconsiderar, falar mal da instituição religiosa a que pertencia. Ao examinar os livros de História da Educação da França, percebe-se que é sobretudo a partir de 1950 que uma objetividade maior passa a comandar a confecção dos textos, com uma consideração maior, por exemplo, pelo contexto histórico, pelo qual, no conjunto, os educadores e pedagogos foram, em cada momento, o que então podiam ser. Haja vista, por exemplo, a História da Educação na França do século XVI ao XVIII que Roger Chartier escreveu com D. Julia e M-M. Compère.

www.revistaintegracao.com.br

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3. Ao interior do Instituto lassaliano, até a metade do século passado, nem todas as obras de La Salle tinham sido impressas e faltava-lhes estudo crítico. Essa lacuna começou a ser sanada particularmente a partir de 1956, ano em que o Capítulo Geral Lassalista criou os chamados Estudos Lassalianos, que já publicaram mais de 60 volumes dos Cadernos Lassalianos, com obras todas sobre La Salle e estudos sobre ele. Disponibilizados, em francês, para muitas bibliotecas de universidades, são subsídios que possibilitam uma presença mais ampla e rica de La Salle nos tratados sobre a História da Educação. Basta ver a “História da educação no século XVII”, de Ruy A. da Costa Nunes, professor da USP, e “O aparecimento da escola moderna”, de Maria L. Spedo Hilsdorf, também professora dessa universidade, e que se valeu de elementos do texto de Nunes para compor o que escreveu sobre La Salle. 4. Entre nós, apenas agora está sendo providenciada a tradução da Obra Completa de La Salle e, depois da tese de doutorado do Irmão Henrique Justo, que é de 1952, só bem recentemente tem sido feitos e publicados estudos de caráter mais acadêmico sobre o Patrono do Magistério. 5. E há ainda o fato de o conhecimento de La Salle depender particularmente dos próprios lassalistas. Do interesse que eles têm em estudá-lo e em divulgá-lo. Revista Integração • Maio 2008

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Canal Aberto

Zeladores da Marca

A importância de uma Campanha Institucional Setor de Marketing da Rede La Salle

Pesquisa, oportunidade de mercado, estratégia e inovação são alguns dos preceitos básicos de uma Campanha Institucional. Estes esforços conjuntos podem-se dar através do uso de diferentes canais de comunicação que farão com que a marca seja vista pelo público interno (funcionários, diretores, clientes) e pelo público externo (clientes potenciais, sociedade e concorrentes). O cuidado com a marca faz parte da estratégia de grandes empresas. Não é à toa que a Coca-Cola, que mantém campanhas de divulgação, ano a ano, desde a década de 1950, detém a marca de maior valor do mundo. E seguem este mesmo padrão, outras grandes marcas do mercado globalizado como MC Donald´s , General Eletric, Disney e outras brasileiras como Itaú e Havaianas. Isso nos mostra que não basta a marca ser vista apenas uma vez para que uma Campanha Institucional seja eficiente. É preciso que os públicos-alvo se identifiquem com a marca e entendam para que ela existe. Portanto, se faz necessário escolher veículos de comunicação que passem credibilidade e que contemplem as necessidades de divulgação da marca. Uma campanha institucional serve para divulgar as características de uma marca para seus públicos, tornando-a forte, percebida e entendida a ponto de ser escolhida diante das opções oferecidas no mercado. Zelar pela marca precisa ser uma preocupação constante para que qualquer forma de comunicação a torne vista de maneira positiva. A identidade visual é o primeiro fator a ser zelado, para manter as características específicas que a identifiquem (cor, forma, letra,

Confira outras peças da campanha no site:

www.muitomaisqueumcolegio.com.br

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www.lasalle.edu.br

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estilo, símbolos). E é aí que entra o papel dos “zeladores” da marca, função freqüentemente destinada aos setores de marketing das instituições para dar seriedade as características da marca e fazer com que todos os envolvidos se sintam importantes no zelo por ela. Uma empresa que zela pela marca e a torna importante para seus públicos está com parte da campanha institucional garantida, já que a motivação estará entranhada nos funcionários, diretores, clientes e será percebida pelos concorrentes e clientes potenciais. Em 2007, a Província Lassalista de Porto Alegre deu o primeiro importante passo para fortalecimento da marca LA SALLE com a Campanha Institucional veiculada durante o período de matrículas. Com o conceito “Rede La Salle – Muito mais que um Colégio” as peças circularam em diversos veículos de mídia e, também, em materiais de relacionamento dentro das instituições lassalistas. Neste ano, para que a Rede La Salle ganhe força é necessário um trabalho contínuo de divulgação da marca. Para tanto, os projetos executados estão tendo seqüência com uma segunda etapa de Campanha Institucional, no período de maio e junho, e com a Campanha de Matrículas, de setembro a dezembro. O material conta com fotos de alunos lassalistas de diferentes colégios, em todos os níveis de ensino da Educação Básica da Rede. O planejamento de mídia contempla televisão, jornal, rádio, internet, frontlight, outdoor, busdoor, além de diversas peças de relacionamento com o público-interno. Fortalecer a marca e contribuir para o crescimento da educação lassalista no Brasil são os principais objetivos dos zeladores da marca.


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Expediente

Colégios Lassalistas Jubilares em 2008

Editorial ANO XXXVII – Nº 100 MAIO DE 2008

Diretor Presidente Marcos Antonio Corbellini

Diretor Administrativo Jardelino Menegat

Diretor de Educação e Pastoral Paulo Fossatti

Diretor de Formação ns in

Revisão 2

CANOAS

Ivan José Migliorini João Angelo Lando Ana Paula Diniz Adriana Beatriz Gandin

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Hugo Bruno Mombach 4065 DRT-RS

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Setor de Marketing da Rede La Salle Rua Honório Silveira Dias, 636 Porto Alegre-RS - Brasil - 90550-150 Fone: +55 (51) 3358-3600 Fax: +55 (51) 3343-2322 marketing@delasalle.com.br

Editoração Roberto Monte Maior de Oliveira

Ctp, Impressão e Acabamento Algo Mais - Gráfica e Editora Os artigos são de responsabilidade dos seus respectivos autores.

PROVÍNCIA LASSALISTA DE PORTO ALEGRE

P:\CLIENTES\La Salle Provincia\03918 - La Salle_Revista\Pdf´s - Alta\1° pROVA\03918 Capas Integracao 100.cdr quinta-feira, 15 de maio de 2008 15:33:26

www.lasalle.edu.br

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Comissão Editorial

Jornalista Responsável

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João Angelo Lando

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João Angelo Lando

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Diretor Secretário

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Paulo Lari Dullius

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Comissão Editorial

A Revista Integração é o orgão oficial de comunicação das Comunidades Educativas da Província Lassalista de Porto Alegre (Reg.Esp.Matr.N.º170), com tiragem de 2.500 exemplares e circulação quadrimestral.

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A edição número 100 da Revista Integração trata de um assunto importante para a Rede La Salle: a formação continuada dos profissionais que atuam na área da educação. Uma edição que ressalta a preocupação das pessoas em educar e a necessidade de reciclar os conhecimentos para transmitir idéias de maneira atualizada. Para marcar este momento, um novo projeto visual está sendo apresentado para que a atenção de todos os leitores seja renovada. Os nomes das seções tiveram pequenas alterações para garantir que a linguagem seja atualizada, facilitando o melhor entendimento das informações que serão passadas. “Sou Lassalista” é uma seção criada para trazer a opinião, os depoimentos dos diferentes públicos da Rede La Salle. Os colégios jubilares serão homenageados com textos escritos pelas direções para que todas as comunidades da Rede La Salle saibam a importância do espaço conquistado pela Educação Lassalista durante os mais de 100 anos de presença no Brasil. A entrevista mostra que todos precisam aprender com a vida e com tudo o que é oferecido no cotidiano. Durante o ano de 2008 todas as edições abordarão o conhecimento a partir de diferentes ângulos. O segundo número abordará o ato de aprender dos alunos, as dificuldades que os alunos e os educadores enfrentam nesse momento em que o acesso as informações é fácil e diversificado, e os males que esse acesso pode gerar. A última edição do ano, distribuída para as Famílias Lassalistas, fará um apanhado dos temas anteriores para enfocar detalhadamente o conhecimento de maneira ampla, incluindo todas as partes responsáveis na transmissão e captação de conhecimento.

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REDE LA SALLE

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ISSN 1982-3991

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Projeção de um dos jogos pedagógicos da Rede La Salle

ANO XXXVII - MAIO DE 2008 - N.º 100

Matéria de capa:

Aprendizagem no processo de formação docente

Entrevista com os educadores Irmão Alvimar D´Agostini e Ana Poppe Colégios Lassalistas jubilares no ano de 2008

www.lasalle.edu.br P:\CLIENTES\La Salle Provincia\03918 - La Salle_Revista\Pdf´s - Alta\1° pROVA\03918 Capas Integracao 100.cdr quinta-feira, 15 de maio de 2008 15:15:40

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