Revista Integração Ed. 96

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VIII Encontro Internacional das Universidades Lassalistas A missão da educação superior lassalista

REDE LA SALLE DE EDUCAÇÃO ANO XXXV - NOVEMBRO DE 2006 - Nº 96 www.lasalle.edu.br

Rede La Salle na Feira do Livro

De 08 a 15 de janeiro de 2007

Portal Rede La Salle A Entidade Familiar e a Escola Entrevista com Cesar Santos Moreira, Maristela Susin, e Mary Anabel De Duera Rodriguez “Escola e Família: parcerias? E então...”

IALU AIUL

International Association of Lasallian Universities Asociación Internacional de Universidades Lasallistas Association Internationale des Universitès Lasalliennes

Canoas/RS - Brasil

Matéria de capa:

FAMÍLIA E ESCOLA UNIDAS PARA EDUCAR

2003-2004-2005

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EDITORIAL A Revista Integração, neste seu 3º número de 2006, tem seu foco na missão educadora da família e da escola. Em suas páginas, artigos, experiências e direcionamentos práticos com o objetivo de colaborar com a família e a escola para que possam melhor realizar sua missão. O dever de transmitir a vida e educála é tarefa própria dos pais. A família é a primeira escola de formação do caráter e das virtudes sociais e morais. Aos pais cristãos também lhes cabe a educação da fé de seus filhos. E, hoje, por causa das aceleradas mudanças pelas quais passa a nossa sociedade, a família vê-se envolvida num contexto multifacetado, com linguagens e propostas nem sempre éticas e congruentes à sadia orientação dos pais. Contudo, tanto para a família quanto para a escola, o presente e o futuro são desafios que exigem ações oportunas, comportamentos ressignificados e uma melhor adequação aos novos tempos. E a Escola Lassalista pode dar a sua contribuição, valendo-se de sua larga experiência na educação humana e cristã da juventude. Desde as suas origens a Escola Lassalista desenvolve qualificada parceria com a preocupação dos pais, colaborando com seu jeito pedagógico de

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bem educar. La Salle afirma em suas Meditações: “Um dos principais deveres dos pais e das mães é educar cristãmente seus filhos... Porém, a maior parte deles andam ocupados com o cuidado da família, com ganhar o sustento necessário para si e seus filhos, não podendo aplicar- se a ensinar-lhes devidamente... Sendo assim, a Providência de Deus coloca em lugar dos pais e das mães, pessoas bastante instruídas e zelosas que ensinam às crianças o conhecimento de Deus e de seus mistérios, com todo o cuidado e aplicação possíveis (Med. 193, 2). Diz mais:

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“Passando o dia inteiro nessas escolas, os alunos aprendem a ler, a escrever e a religião. Sempre assim ocupados, estarão em condições de serem empregados no trabalho, quando seus pais a isso os quiserem aplicar” (Med. 194,1). Outrossim, o Projeto Pedagógico Lassalista, nos seus conteúdos e processos que perpassam o conhecimento, as relações mútuas e o comprometimento com o social, respalda a família e a escola aos seus objetivos. Projeto que garante as dimensões do estudo, do lazer, da espiritualidade e da formação ampla, dentre outros. Nosso jovem estudante, atraído por vários modelos e utopias, precisa de um direcionamento firme que lhe mostre o mapa de percurso de sua vida. E enquanto o aprendido lhe dá vida, será sempre uma aprendiz de humanidade, para além da simples exigência curricular. Melhor ainda quando pais e professores se unem para potenciar a mútua colaboração. Uma boa leitura e, para logo mais, alvissareiros dias de 2007, ano do Centenário da Presença Lassalista no Brasil. Ir. Ivan José Migliorini

REFLEXÃO

EXPEDIENTE

ANO XXXV – Nº 96 NOVEMBRO 2006 A Revista Integração é o órgão oficial de comunicação das Comunidades Educativas da Província Lassalista de Porto Alegre (Reg.Esp.Matr.N.º170), com tiragem de 15000 exemplares e circulação quadrimestral. Provincial Ir. Marcos Antonio Corbellini Diretor Administrativo Ir. Jardelino Menegat Diretor de Educação e Pastoral Ir. Paulo Fossatti Diretor de Formação Ir. Edgar Genuino Nicodem Secretário Provincial Ir. João Angelo Lando Comissão Editorial Ir. Ivan José Migliorini Ir. Olavo José Dalvit Ir. João Angelo Lando Ana Paula Diniz Jornalista Responsável Hugo Bruno Mombach 4065 DRT-RS Redação e Expediente Setor de Comunicação e Marketing da Província Lassalista de Porto Alegre Rua Honório Silveira Dias, 636 Porto Alegre-RS - Brasil - 90550-150 Fone: +55 (51) 3358-3600 Fax: +55 (51) 3343-2322 marketing@delasalle.com.br Editoração Ana Paula Diniz Capa Raffaella Poglia Freitas Souza, aluna da Educação Infantil do Colégio La Salle Santo Antônio, fotografada por Elias Eberhardt. Produção Gráfica e Distribuição Algo Mais - Artes Gráficas Os artigos são de responsabilidade dos seus respectivos autores.

10 Mandamentos para a PAZ na Família

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Tenha fé e viva a Palavra de Deus, amando o próximo como a si mesmo. Ame-se, confie em si mesmo, em sua família e ajude a criar um ambiente de amor e paz ao seu redor. Reserve momentos para brincar e se divertir com sua família, pois a criança aprende brincando e a diversão aproxima as pessoas. Eduque seu filho através da conversa, do carinho e do apoio e tome cuidado: quem bate para ensinar está ensinando a bater. Participe com sua família da vida da comunidade, evitando as más companhias e diversões que incentivam a violência. Procure resolver os problemas com calma e aprenda com as situações difíceis, buscando em tudo o seu lado positivo. Partilhe seus sentimentos com sinceridade, dizendo o que você pensa e ouvindo o que os outros têm a dizer. Respeite as pessoas que pensam diferente de você, pois as diferenças são uma verdadeira riqueza para cada um e para o grupo. Dê bons exemplos, pois a melhor palavra é o nosso jeito de ser. Peça desculpas quando ofender alguém e perdoe de coração quando se sentir ofendido, pois o perdão é o maior gesto de amor que podemos demonstrar.

Famílias Lassalistas em atividades no Colégio La Salle São João, de Porto Alegre-RS e no Colégio La Salle, do Núcleo Bandeirante-DF.


ÍNDICE 4.ENTREVISTA

NOSSOS ÍCONES:

Maristela Susin, Cesar Santos Moreira e Mary Anabel De Duera Rodriguez “Escola e Família: Parcerias? E Então...”

Nome do fotógrafo responsável pela imagem. Arquivo da PLPOA, significa que a fotografia não continha identificação, sendo considerada do Arquivo da Província Lassalista de Porto Alegre.

9.CULTURA Livros e Sites

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Indica uma página na internet ou um e-mail. Referências bibliográficas ou mesmo indicações de leituras que digam respeito à matéria em pauta.

10.EVENTOS 10. Assembléia da Missão Educativa Lassalista 10. Rede La Salle: 100 anos no Brasil 11. II Simpósio Internacional de Jovens Lassalistas 12. Rede La Salle na Feira do Livro 12. La Salle Esteio Lança Ensino Médio

13.RECORDANDO “Encarregados da Parte dos Pais”

14.REDE LA SALLE

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Centro Educacional La Salle - Manaus-AM

15.TROCA DE EXPERIÊNCIAS 15. Portal Rede La Salle 17. Mudanças: Famílias participam de atividades pedagógicas 18. Grammy La Salle Canoas 2006 19. I Chá dos Avós

20.CAPA

CONHEÇA A REVISTA INTEGRAÇÃO:

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26.DIÁRIO DE CLASSE 26. Colégios de Porto Alegre criam Cartão La Salle de descontos 26. Moacyr Scliar visita o La Salle Niterói 26. Debate e eleições simuladas no Encontro da Cidadania, realizado na Pastoral La Salle Manaus 27. La Salle Dores participa da Feira de Miniempresas 27. Feira de Integração Cultural do La Salle São João exibe cultura inglesa e espanhola de diferentes países 27. Mães do La Salle Canoas preparam atividades para o Dia da Criança 28. La Salle Niterói promove Mostra de Conhecimento 28. La Salle Santo Antônio é premiado em Eventos Científicos 29. Alunos exibem curtas do projeto “Arte em Cena” 29. La Salle Dores participou da Corrida Pela Vida 30. Campeonato de leitura entre as quartas séries no La Salle Manaus 30. La Salle São João realiza II Festival de Folclore e Cultura Popular 30. Alunos do La Salle Canoas participam de Intercâmbio Cultural 31. 23ª Edição da Feira do Livro La Salle Santo Antônio envolve comunidade 31. Jornadas de Formação promovem valores humanos e cristãos

32.ARTIGOS 32. Família e Escola Uma Aliança em Questão 33. A Entidade Familiar e a Escola 35. Quanto Vale Sua Experiência Profissional? 36. Espiritualidade e Cuidado na Educação

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38.CANAL ABERTO A Importância da Gestão do Processo de Comunicação

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ENTREVISTA: Pessoas envolvidas em temas interessantes e importantes no meio educacional. CULTURA: Livros, filmes, peças teatrais, eventos, sites etc. EVENTOS: Eventos significativos na Rede La Salle. TROCA DE EXPERIÊNCIAS: Relatos de ações e estudos que sirvam como experiência positiva. REDE LA SALLE: A cada edição, uma página de destaque para uma de nossas instituições. RECORDANDO: Imagens e textos de assuntos que nos remetam ao passado da história lassalista. CAPA: Temas educacionais atuais amplamente abordados. ARTIGOS: Temas educacionais e atuais de livre escolha, escritos por quem trabalha com educação na Rede La Salle. DIÁRIO DE CLASSE: Breves comentários de acontecimentos/experiências interessantes vividos pelas instituições lassalistas. CANAL ABERTO: Mensagens recebidas, dicas e orientações sobre comunicação. REFLEXÃO: Uma frase, uma poesia, um texto, uma fábula, uma imagem... Para pensar e refletir.

Família e Escola Juntas para Educar

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ENTREVISTA Maristela Susin, Professora de Educação Artística, mãe da aluna Fulvia Dani, 6 anos, que freqüenta a 1ª série do Ensino Fundamental; Sr. Cesar Santos Moreira, Cirurgião-dentista, pai de Rafael Lobato Moreira, 16 anos, estudante da 2ª série do Ensino Médio, ambos do Colégio La Salle Carmo, de Caxias do Sul e Mary Anabel De Duera Rodriguez, Orientadora Educacional e Vice-diretora do Colégio La Salle, de Caxias do Sul.

ESCOLA E FAMÍLIA: PARCERIAS? E ENTÃO... Por Cíntia Miguel Kaefer Jornalista

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Família e Escola. Escola e Família. Parceiras ou parceiras. Esta é uma das principais conclusões da entrevista da última edição da Revista Integração 2006. A conversa com a Srª Maristela Susin, mãe da aluna Fulvia Dani, 6 anos, que freqüenta a 1ª série do Ensino Fundamental e com o Sr. Cesar Santos Moreira, pai de Rafael Lobato Moreira, 16 anos, estudante da 2ª série do Ensino Médio, ambos do Colégio La Salle Carmo, de Caxias do Sul, apresenta questões relevantes sobre a participação das famílias no processo educativo escolar. E, para ampliar a conversa com a Professora de Educação Artística Maristela e com o Cirurgião-dentista Cesar, a entrevista contou também com a participação de Mary Anabel De Duera Rodriguez, Orientadora Educacional e Vice-diretora do Colégio La Salle, de Caxias do Sul, que trouxe reflexões acerca das inovações pedagógicas que norteiam o dia-a-dia dos educadores lassalistas.

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Maristela é mãe representante de turma e Cesar é tesoureiro da Associação de Pais e Mestres há aproximadamente cinco anos e eles apresentam, na conversa, um outro olhar sobre a escola de seus filhos, um espaço, segundo eles, que deve trabalhar mais a formação humana. A entrevista ainda traz outros anseios dos pais como a segurança pessoal dos filhos, o desenvolvimento de valores éticos e a postura pró-ativa frente às situações. Aliado a isso, estão questões pertinentes que a escola discute na atualidade, como a interdisciplinaridade, a gestão educacional, a formação e a valorização dos educadores, entre outros aspectos. A entrevista mostra uma certeza muito grande: a escola entra na vida das pessoas diretamente, sejam alunos, pais ou educadores. E isso engloba uma série de sentimentos, desejos e inquietações oriundas de diferentes estruturas familiares e de variados momentos vivenciados pelas organizações de ensino.

da qualidade das relações que estabelece, se prepara e humaniza para a convivência social. Afeto e limites permitem adquirir um código de valores e de conduta (segundo Tânia Zagury) que vão ter continuidade em outras organizações sociais, principalmente Revista Integração - Qual é a função da na escola. família no processo educativo? CESAR - A partir do momento em que você RI - Qual é a missão educadora da tem os filhos, a partir daquele momento em escola na formação das crianças e que você é pai ou mãe, a tua jovens? responsabilidade fica proporcionalmente MARISTELA - Eu acho que a escola é um extensa. A criança nasce, é aquela festa complemento da família. Nós temos que toda, olha que bonitinho, parecido com o procurar uma escola que seja mais ou pai, parecido com a mãe. Mas é um novo menos parecida com os valores que você ser, é uma outra vida, que basicamente vai quer passar para seu filho. Tem muitos pais viver em um lar, e esse lar vai nortear os que responsabilizam a escola, ou melhor, princípios de uma sociedade conforme delegam para a escola a base familiar da a q u e l e c a s a l e s t á e m b u t i d o . A criança. E eu não concordo com isso de responsabilidade é muito grande, porque a forma alguma. Faz dois anos que a minha família é a célula inicial de uma sociedade. filha está no Carmo e ela não gosta de sair Nós colocamos sempre a culpa dos de lá. Eu sempre saio do Colégio às 19 problemas em cima desses órgãos, sendo horas, às vezes eu chego a sair 20h ou que o início fundamental é a família: pai e 20h30min, porque ela fica lá. Ela ama mãe educando seus filhos. É uma aquele Colégio. Ela é uma pessoa que responsabilidade que nós temos sobre aquela criança, sobre a educação e sobre o retorno da sociedade, sobre o futuro do ser humano em si. Ufa! Como conciliar tudo isso? A solução é fazer parcerias, entre escola e família, que segundo Mary Anabel, são um dos poucos espaços emocionais existentes na atualidade.

ANABEL - A família vem mudando na sua constituição, mostrando uma pluralidade de estruturas na contemporaneidade. Devido a esta pluralidade, os papéis de autoridade se modificam, criando uma diversidade de conseqüências na função da família como organização social. Se considerarmos que cabe a esta instituição “a tarefa de estruturar o sujeito em sua identificação, individualismo e autonomia...” (Isabel Parolin), afirmamos que independente das diferentes formas de constituição do grupo familiar, é necessário que ocorra a vivência sócio-afetiva na sua dinâmica diária. À família corresponde mostrar o funcionamento da sociedade ensinando a arte da convivência, oferecendo cuidados e suporte material para necessidades biológicas, culturais e emocionais. Nesta organização, o ser humano se constitui como sujeito, a partir

Maristela Susin gosta de falar, ela conhece todo mundo. Conversa com o diretor, conversa com o porteiro, todo mundo a conhece, ela é bem comunicativa. Eu gosto do Carmo, porque eu chego lá e pergunto onde é que está a minha filha e todo mundo sabe onde ela está. Um dia eu cheguei no Carmo e o


ENTREVISTA

CESAR - Em Caxias, o La Salle Carmo e todas as entidades do La Salle são muito bem respeitadas, com muitos exemplos de pessoas que passaram por lá, e também pelo fato de ser religioso. Ali nós temos confiança, existe uma segurança em você colocar teu filho lá, pois eles vão

Cesar Santos Moreira ter os princípios religiosos. Os princípios religiosos, seja qual for a religião, ensinam o respeito mútuo, ensinam uma determinada moral. Nós, como seres humanos, precisamos de alguma coisa no que acreditar e isso tudo faz com que tenhamos orientações. No caso, até onde vão os valores da ética e da moral? É a religião que nos passa essa segurança e nos dá segurança até para ir para frente. ANABEL - Uma das situações que estamos vivendo hoje é que o grupo familiar tem muitos formatos, muitas modalidades de constituição. Isto vem

sendo muito debatido por quem está estudando Sociologia, Psicologia porque uma parte acredita que de acordo como seja essa constituição familiar, a criança ou o jovem ficam mais ou menos felizes. E isso reflete na sua aprendizagem. Com isso se está chegando um pouco à conclusão que cada um é feliz com a família que tem, conforme as interações que tenha com essa família, conforme a vivência afetiva, sócio-afetiva. Então a família não perdeu seu papel. A família continua sendo a base da estrutura do sujeito. Estrutura de que? De personalidade, valores, de princípios, de conduta, de comportamento, quer dizer, a família é que vai estruturar como ele pensa, como ele sente, como ele age nos primeiros anos de vida, e vai deixá-lo “pronto” (entre aspas, porque acho que nunca se está pronto) para outras organizações. A escola é a seguinte. Hoje se entra muito cedo nas escolas e nas organizações sociais de educação. É uma geração diferente, com uma informação extremamente intensa, o estímulo vem desde cedo, com uma rotina ampliada. O dia-a-dia desta criança está com uma série de atividades que também estimulam suas necessidades. Isso resulta em um jovem e uma criança diferentes para a escola educar. Isso hoje nos preocupa e nós temos que refletir. Nós não podemos só pensar que a escola vai continuar a informar, mas já tem uma função diferente, porque o aluno já vem muito informado, vem muito social, muito pronto em alguns comportamentos. Então à escola vai caber aprofundar, construir conhecimento e informações, vai ter que se adequar a essa geração que vem e, a partir do que vem culturalmente desta geração, construir. Então é mais difícil o papel da escola hoje. Hoje quem vem já traz uma bagagem de casa, de valores e de conhecimento. A escola tem 1500 famílias, 1500 educandos, 1500 formas de cultura, de valor, de sentimentos, de formação familiar. Aí você tem que administrar esse volume respeitando a sua forma de pensar educação. MARISTELA - Com o novo diretor do La Salle Carmo, Ir. Álvaro Luiz Wermann, podemos ver que ele está dando uma abertura muito grande para os pais se expressarem e conversarem. Ele deixa a porta aberta para os pais. Só que na APM, nas reuniões que têm, são poucos pais que participam, que vão, que discutem. Eu tento conversar com alguns pais, dizer olha, se você não está gostando de alguma coisa, se você acha que tem que melhorar de uma certa forma a escola,

participa. O diretor está ali presente, ele está ali para te escutar, para ouvir novas propostas, novas idéias. A família tem que participar também da escola. Se a escola tem que mudar certas coisas para adequar a esse novo formato, ela precisa da ajuda. ANABEL - Justamente é isso que eu

Mary Anabel De Duera Rodriguez acredito. Tânia Zagury trabalha muito com orientação, mais de pais do que de educadores, e justamente ela fala em parceria sem conflito, ou seja, você vai na escola, contribui, questiona (contribuir também é questionar, para ter qualidade), e está próximo, está junto. CESAR - Complementando o que a Anabel estava falando, sob o ponto de vista da escola, a sociedade hoje premia, ou muitas vezes os pais premiam, os filhos com presentes, com adornos, com enfeites. Hoje, nós vivemos em um mundo capitalista, onde o lucro está embutido em todos nós. O salário não é lucro. O salário que nós recebemos é justo, retribuição pelo trabalho. Mas a sociedade visa ao lucro. Caxias é uma cidade essencialmente industrial, uma cidade que foi forjada por imigrantes italianos que vieram de uma outra região para construir a vida ali. Nós estávamos conversando na viagem que a população italiana gosta de comer bem e gosta de ganhar dinheiro. Dizendo assim, o que se quer? Se quer o lucro. Esse lucro pode apresentar uma satisfação pessoal de se adquirir um automóvel melhor, uma casa na praia, um apartamento melhor, onde você vai distribuir aquele lucro junto com sua família. Hoje eu acredito que cada vez mais a parte financeira está interessando mais a todas as pessoas diretamente ou indiretamente. Ou seja, se eu tenho meu filho, eu vou colocar meu filho em uma

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porteiro estava ensinando a minha filha, dizendo assim “não é assim que se faz com os colegas, entende?” Ele estava chamando a atenção da minha filha. Provavelmente existam pais que achariam ruim. Eu fui lá e disse “que bom!”. Dei os parabéns a ele e disse “é assim que eu gosto”. Se a minha filha faz alguma coisa de errado, tem algum comportamento que não é correto, eu gosto que a escola continue o que eu estou ensinando em casa, fortifique aquele lado. Não importa quem seja. Se ela está fazendo algo errado, ela tem que ser chamada à atenção. Então, eu me sinto muito feliz com a escola. Eu disse para o diretor um dia: para mim, é a minha segunda casa. A minha filha se sente super bem nessa escola, e isso me traz uma segurança. Sinto-me feliz porque ela conhece mais o Colégio do que eu.

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ENTREVISTA escola particular, que seja religiosa, porque a escola particular nos dá uma segurança melhor e, religiosa, melhor ainda. Mas só que ela custa caro, ela custa mais caro. Então o que acontece: nós como pais temos que estar trabalhando cada vez mais para podermos satisfazer nossos “brinquedos”, que é ter o carro novo e a casa nova, e essas coisas todas. Então o que acontece: (o ideal seria que todos os filhos fossem planejados), aquela criança já nasce sobre o estereótipo “x”. A maior parte dos filhos vem ao mundo depois do carnaval, depois do natal, depois de uma festa. No mundo de hoje, pela busca incessante do consumo, onde está embutida a nós a televisão, o rádio, a internet, as crianças absorvem isso, e então nós temos que estar dedicando mais horas do nosso tempo para o trabalho, para nós termos situação financeira para podermos sustentar nossos filhos. Então aí é que vem o que a Maristela estava dizendo, que, muitas vezes, nós fazemos reuniões dos pais, em uma escola que tem 1000 alunos, e sobra espaço em uma mesa. RI - A que se deve esta ausência dos pais? CESAR - Esses dias eu vi uma reportagem na Zero Hora que falava do amor, que nós temos que pregar o amor. O amor é uma coisa que Cristo deixou quando morreu por nós e, de vez em quando, o pessoal não entende mesmo o que é amor. Amor não é só marido e mulher, homem e mulher, mas o amor é ter o respeito, é contribuir voluntariamente.

família. A família é representada pela mãe ou pelo pai, porque você se separa, mas continuam sendo pai e mãe. Você não muda, isso nunca vai mudar. Então essa responsabilidade, esse amor aos filhos, esse amor à escola, esse amor aos professores, esse amor à sociedade, não podem deixar de existir. O que é a violência? É o reflexo de famílias, ou melhor, de filhos que não tiveram famílias. RI - Como resolver esta situação? CESAR - Não adianta a gente aumentar presídios e etc. Eu sempre falo que nós temos que pagar muito bem os professores. Porque é ali que o teu filho vai ter o complemento do teu ensinamento em casa. Esse tipo de profissional tinha que ser o mais valorizado. Imagina um juiz ganhando de R$ 20.000 a R$ 30.000 e um professor ganha R$ 500,00. Então, ele tem que dar aula no La Salle e em mais duas escolas, e no final de semana fazer mais um plantãozinho para conseguir um salário razoável. O professor tinha que estar com a cabeça boa para poder receber os alunos todo dia com felicidade, com alegria. Não é uma análise só financeira, mas nós precisamos também sobreviver. O professor precisa sobreviver, ele precisa se instruir. As escolas têm que investir nos professores, têm que investir na formação dos professores. Aí é que vamos ter segurança também com nossos filhos. Uma escola moderna não é aquela que está cheia de computadores, mas é aquela que está investindo na formação dos professores, porque são eles os agentes formadores.

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ANABEL - É se importar com os outros.

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CESAR - É se importar com os outros, é se importar com a escola, é se importar com teu filho e com a escola que está lá com teu filho. Ela vai ficar com a criança durante parte do tempo, daquele tempo que tu não pode, que tu está trabalhando. É a escola que vai estar lá, educando e cuidando. Então, quando a escola chama para uma reunião, primeira coisa: os pais tinham que estar lá correndo. De noite ou a qualquer hora. O consumismo está tão grande que os pais não tem nem tempo para os filhos, nem tempo para ajudar e colaborar com a escola nesses grandes desafios. Mas também, acredito que o ser humano é muito complexo. Você casa um certo tempo, se separa, não deu certo. Então o filho fica. Daqui a pouco a mãe casa com outro e o pai casou com outra, e têm outros filhos. Hoje existe muito esse perfil, mas eu acho que nunca tem que deixar de existir a

Nós estamos trazendo professores formadores, psicólogos e trabalhando em cima disso: como educar os filhos na visão tanto dos professores como dos pais. Na minha opinião, se eu fosse sintetizar tudo, eu acho que a escola teria que ser o local onde a criança e o adolescente conseguem se sentir seguros no mundo, onde todos os ensinamentos passados na escola complementassem os ensinamentos da família. Ele sairia dali uma pessoa segura, formada psicologicamente, humanamente, socialmente. Essa seria a função primordial da escola. Mas isso só vamos conseguir se estivermos valorizando o professor. ANABEL - O professor que está diretamente envolvido é um agente formador por excelência. É ele quem vai ver o detalhe, a questão, o gesto; vai interpretar, vai observar e vai agir

tecnicamente a partir dele. Vai se aproximar, vai procurar o subsídio, vai ver o porquê do interesse ou não, e vai ver o porquê da tristeza ou não de quem está à sua frente. A escola tem que investir no professor porque ele é o principal agente em contato direto com os alunos, mas tem que ter uma infra-estrutura, com especialistas na própria equipe. E que trabalhem juntos: o especialista, o professor, os pais e o jovem. RI - Como a escola acompanha as etapas de evolução da criança e do adolescente? CESAR - A escola tem que falar a fórmula x, y e z. Por exemplo, quando um aluno não estava se comportando na sala de aula até anos atrás, era usado a palmatória. Hoje o jovem já não gosta de estudar, já não tem concentração e é difícil ficar sentado para o quadro negro, falando na fórmula tal. Então a escola tem que se modernizar, tem que estar atenta ao que o adolescente e a criança vivem. Eu até cheguei a dizer para um professor de Física, no início desse ano: na tua matéria, você se importa em dar só 25% do que você pretende dar o ano todo, mas 25% bem dado e que eles captem, e em cima disso você ensina também princípios, limites, educação. É isso que nós queremos. É isso que eu quero para meu filho. Ele poderá sair de lá sem saber muito bem fórmulas de matemática e biologia. A escola, para mim, seria aquela que passa valores. Outeiral falou em uma entrevista, “é mais importante que o professor escute o aluno do que ele passe de ano. Se ele não aprendeu nesse ano, aprenda no ano que vem. Mas para depressão, para as drogas pode não haver uma segunda chance. Se ele não for escutado hoje, pode não haver recuperação”. É isso que eu quero, é isso que é a escola moderna. ANABEL - A pessoa que só reproduz não tem lugar hoje no mercado. Não tem iniciativa, não tem capacidade de aprender sempre, não tem capacidade de conviver e ter valores, de forma ética com postura e cidadania. Hoje se precisa conjugar o conhecimento com a ética do comportamento, com a postura de cidadão de intervir na sociedade, de participar, de agir, porque hoje ninguém que é passivo consegue se sair bem. Só temos que iniciar bem isso na estrutura escolar. Temos que achar um meio para conseguir ter tempo para ambas as coisas. CESAR - Eu acho que realmente seria muito bom é a escola integral, com inúmeras atividades que deveriam ter no


ENTREVISTA

ANABEL - Ouvi dizer que a escola privada também está chegando a isso, ao perfil do professor conforme a faixa etária. A exigência acadêmica continua, mas a contratação é dentro de um perfil para qual trabalha. Um professor do Ensino Médio tem um perfil muito diferente do professor de Educação Infantil ou Séries Iniciais. Realmente há uma preocupação quanto à administração da escola. O sistema educativo tem dificuldades porque as escolas não mudam todas ao mesmo tempo. A rede privada tem um perfil, a rede pública tem outro perfil. Alguns professores possuem uma postura mais dinâmica do que outros, uns caminham muito bem dentro de sua profissão, outros em ritmo mais lento, porque a formação básica dos professores ainda é anterior. Esse ano instauramos o sistema de sondagem com as turmas. Por um período a gente sonda o aspecto afetivo, emocional e psicomotor do aluno. A partir daí se consegue ver o heterogêneo daquela

turma, se há pessoas muito maduras emocionalmente, algumas pessoas muito intelectualizadas, muito estimuladas, muito formadas, mas que socialmente não conseguem interagir. Como eu faço a mediação, como orientador? Como eu trago para mim aquele que não está socializado, mas que é muito competente intelectualmente? E o que está no seu oposto, que é muito social, muito interativo, que tem uma liderança evidente, é seguro de si mesmo, autoestima boa, mas foi pouco preparado em termos de estimulação? E eu tenho que tentar aliar estas formas diferentes, que formam um grupo. Porque é daí que a escola vem, você tem um grupo, tem que se trabalhar o coletivo. Isso na verdade é exigido do profissional que está na sala de aula: saber lidar com eles, com todos. Agora na prática, claro, que o professor vai ter uma facilidade particular de lidar com uma característica ou com outra. MARISTELA - Quando eu estava grávida, eu dizia “qualquer coisa para meu filho está bom”. Mas quando eu vi minha filha, eu digo “eu quero do bom e do melhor para ela”. Então a gente vai atrás, a gente procura. O que eu posso oferecer a mais para meu filho? O que ele pode ter mais no currículo, na vida, de aprendizado, o que ele pode aprender mais? Porque eu sei que tudo que minha filha aprender agora nessa fase, ela vai captar, ela vai aprender, porque quando a gente chega na fase adulta, adolescência, vai para a universidade, o tempo começa a ser mais limitado, você não tem mais tempo para tantas coisas. Agora sim é época de aprender... RI - Quais os paradigmas que precisam ser recuperados pela escola? ANABEL - No Colégio La Salle, em

MARISTELA - Eu acho que a escola precisa colocar mais na prática suas idéias e não ficar tanto na teoria, para a criança ter gosto, prazer em estudar, em aprender, de ir para a escola não porque é uma obrigação, mas porque realmente ela goste de estar lá, de discutir com o professor, de ascender. CESAR - Esse gostar se define como uma abertura. É a chave. É a chave para você aprender. Nós queremos é que nosso filho se sinta bem, no mais amplo que isso possa ser. O bem-estar físico, psíquico e mental, isso é o que nós devemos primar para nossa criança, nosso adolescente. Eu acho que paradigma da educação é reforçar a visão dessa educação integrada, seja do conhecimento propriamente dito, do conhecimento do corpo. Vamos dar uma força para os professores de Educação Física, para essas crianças serem saudáveis. Temos que estimular o corpo, a alma e todas as manifestações do ser humano, seja com o teatro, a música, a dança. Eu acho que os paradigmas são esses, não existe muita novidade. Acho que o mundo está com novidade e a escola não pode perder. Acho que basicamente é não esquecer que o mundo está andando, não parou. RI - Que espaços hoje existem lá no Carmo que ajudam na reflexão do processo educativo?

INTEGRAÇÃO . NOVEMBRO . 2006

Ana Paula Diniz

turno posterior ou no turno contrário de aula. Nós temos 1001 exemplos de escolas inglesas, americanas, que tem tempo integral. Mas por quê? Por que eles estão dando mais matemática que as outras? Não. Estão formando, estão dando esporte, estão cuidando do corpo. Toda a sociedade asiática, incluindo a Tailândia, a China, o Japão e as Coréias, todos esses povos calcaram seu crescimento em cima da educação. É a fórmula mais antiga que existe e eu não entendo como o pessoal não valoriza isso aqui. A escola tem que estar vivendo o presente da idade do aluno. Ele tem 8 anos, teria que ter uma equipe formada nos conteúdos para essa faixa etária.

Caxias, a Multifeira deixou de ser uma apresentação de trabalhos passiva e está sendo montado, com os alunos, material interativo, onde ele aplica conhecimentos de física, de química, ecologia, usa de materiais alternativos. Isso vem vindo há uns 6 ou 7 anos em um processo de modificação interna. Cada escola tem um caminho, tem uma forma e tem um tempo. Conforme a faixa etária você tem que aplicar o conhecimento no dia a dia. A aplicação do conhecimento é material integrado, de pesquisa e de prova. Hoje estamos organizando um material da 1ª série do Ensino Fundamental integrando as disciplinas. Quando você consegue relacionar o número, com a dissertação, a narrativa, a história, a linguagem e consegue também expressar isso pelo corpo, você está desenvolvendo harmonicamente. É complicado chegar sempre a isso, mas você pode fazer um instrumento trimestral sim, que é o que nós estamos tentando. Primeiramente temos que contratar um perfil de professor, preparar a formação continuada, estabelecer uma metodologia pedagógica consistente e aí começar a trabalhar. É uma caminhada.

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ENTREVISTA MARISTELA - A APM se modificou, com o apoio do novo diretor, está começando a se mostrar mais, começando a falar, está mostrando o que muitos pais não sabiam. CESAR - Estes sistemas de palestras é uma preocupação do Colégio junto com a APM. Eu acho que as várias festas que se fazem, comemoração da festa junina, homenagens aos pais, são eventos que possibilitam esta reflexão. Mas eu acredito que tem que ampliar, estamos no caminho. A Direção e os pais através das entidades representativas é quem são os agentes de mudança. Falta ainda muito mais coisa pela frente. Nós gostaríamos de ter mais cursos para os pais, que os filhos se relacionassem com outras escolas, com intercâmbios. Esse movimento enriquece.

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RI - Por que vocês consideram importante ter um filho em uma escola lassalista? MARISTELA - Minha filha é específica, ela é muito comunicativa e se ambientou super bem com todos. Ela teve uma boa acolhida no Colégio. Não existe distância com o Diretor, com a Professora da minha filha, com qualquer professor que está lá. Eu brinco com as professoras da 2ª e da 3ª séries, para saber com quem minha filha vai estudar. É uma coisa assim muita gostosa, eu consigo ter este relacionamento com todos na escola, é uma abertura, é uma amizade, eu estou entregando a minha filha lá e ela está sendo muito bem recebida. Todos os outros professores de outras faixas cumprimentam a minha filha, é um ambiente muito familiar.

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CESAR - Eu diria que a experiência que eu tive como adolescente foi em escolas religiosas. A religião é algo que norteia, o homem precisa do alimento da alma. As escolas religiosas seguem determinados objetivos ou determinadas orientações pedagógicas dentro da moral, dentro da ética, com uma maior disciplina e uma maior responsabilidade com os nossos filhos do que uma escola particular sem vínculo nenhum com ambiente religioso. Os pais se sentem mais seguros em colocar os filhos em uma escola com esse perfil do que colocar os filhos em uma escola particular propriamente dita. RI - Que recado vocês deixam para os pais da Rede La Salle de Educação?

MARISTELA - Olha, aquele recadinho assim: não basta ser pai, tem que participar! Não pode simplesmente largar o filho na escola e pronto, ela que resolva todos os problemas. Tem que participar da escola e tem que gostar da escola em que está seu filho.Trocar de escola, será que é esta a solução? Por que não tentar melhorar? Tem uma colega minha que diz assim: não adianta você decidir que vai morar em Porto Alegre, pois seus problemas vão para Porto Alegre junto, vão na mala. O pai tem que ser presente na vida do filho. Todo dia eu pergunto para a minha filha: e aí como foi a escola? Foi bom? O que aconteceu? Conta um pouco para mim, está com problema nisso, está com problema naquilo?. Outeiral diz que você tem que dar 5 ou 10 minutos de atenção para seu filho por dia, quer dizer, você parar para o seu filho e olhar no olho.

ANABEL - A missão formativa é de ambas as organizações. Tem que parar para pensar no que é específico da família, o que é específico da escola, como nós conversamos, e como se complementam. Por isso, a parceria. A escola e a família são hoje um dos poucos espaços emocionais, onde a vivência sócio-afetiva acontece, numa faixa etária fundamental. Então se não se complementam tanto em ser este espaço de diálogo e de orientação educativa, realmente haverá um vazio na formação adulta depois. Para mim isto é fundamental, um espaço emocional na ação educativa de ambas as organizações.

CESAR - Os pais devem valorizar cada vez mais o tempo em que o filho está na escola. Os pais têm que valorizar e incentivar os professores e a direção da escola para um ensino cada vez mais humano. Os pais não podem só querer comprar o uniforme novo, mas tem que ver quem está dentro do uniforme, que são os seus filhos. A família tem que estar junto com os seus filhos, cada vez mais, porque a sociedade futura é resultado da família e da escola, dos pais e da escola de hoje. Nós temos que trabalhar juntos, temos que ter atividades e contribuir para que todo mundo cresça: pais, filhos e escola.

MARISTELA - Os pais precisam deixar cair a ficha. Nossos filhos passam metade do dia em uma escola. Temos que pensar nisso...

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ADOLESCENTES: QUEM AMA EDUCA! Içami Tiba 304 páginas Editora: Integrare Não está nada fácil para os pais e educadores lidarem com os adolescentes de hoje, muito mais informatizados, globalizados e independentes que os do passado, Adolescentes precoces e tardios são produtos dessa galopante evolução tecnológica e social. Neste livro, o reconhecido mestre em educação apresenta toda a sua experiência clínica, de maneira organizada, clara e objetiva, para ajudar todos aqueles que convivem e/ou lidam com adolescentes. AMOR, FELICIDADE & CIA. Içami Tiba 144 páginas Editora: Gente A proposta deste livro é oferecer ao leitor uma compilação dos principais temas que têm povoado o dia-a-dia de milhões de famílias ao longo de três décadas. É uma reunião de diversos textos, abordando temas como: ética, aprendizado, afetividade, conflitos familiares, amor, felicidade, liberdade, prazer, drogas, autoridade, limites e é claro, o relacionamento pais e filhos. ESCOLA SEM CONFLITO: A PARCERIA COM OS PAIS Tania Zagury 260 páginas Editora: Record Em que escola matricular seus filhos? Como se relacionar com coordenadores, diretores e professores? Como tornar o seu filho um bom estudante? Estas e muitas outras dúvidas são esclarecidas neste novo e fundamental livro para pais e educadores. Neste novo trabalho, Tania fundamenta e orienta pedagogicamente os pais tanto em relação à escolha da escola, quanto em relação à avaliação segura e permanente da instituição escolhida.


CULTURA

LIVROS FILHOS BRILHANTES, ALUNOS FASCINANTES Augusto Cury 143 páginas Editora: Academia de Inteligência

No livro Pais brilhantes, professores fascinantes, o autor falou com os pais, professores, psicólogos, pedagogos, médicos, sobre o mundo dos jovens. Agora, através do livro Filho brilhantes, alunos fascinantes, chegou a vez de falar com os próprios jovens sobre a mente deles, seus conflitos e desafios. Em cada capítulo há histórias de jovens e adultos que foram feridos pela vida, rejeitados socialmente, desacreditados, portadores de conflitos, mas conseguiram encontrar força na fragilidade e dignidade na dor.

A ARTE DE BRINCAR Adriana Friedmann 212 páginas Editora: Vozes Uma coletânea que reúne mais de 200 brincadeiras tradicionais, daquelas que brincavam os pais e avós na rua, na praça e sem muitos brinquedos. Atualmente, quando a televisão e o computador, os videogames e o consumo estão tão presentes na vida das crianças, este livro torna-se uma contribuição para uma infância mais saudável e criativa.

PULSO FORTE E CORAÇÃO QUE AMA Prof. Hamilton Werneck 120 páginas Editora: DP&A editora

O livro trata dos entraves que permanecem nas comunidades educativas impedindo o crescimento pessoal e o estabelecimento de valores para o indivíduo. O autor apresenta soluções para práticas que precisam ser superadas, algumas abolidas e outras transformadas.

BRINQUEDO LINGUAGEM E ALFABETIZAÇÃO Nilze Helena Silva Cunha 128 páginas Editora: Vozes

CAMINHOS PEDAGÓGICOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL Roberta Gaio e Rosa G. Krob 232 páginas Editora: Vozes

O livro traz os instrumentos mais eficazes para a estimulação do desenvolvimento infantil: os brinquedos. Sendo a forma mais natural de expressão das crianças, o brinquedo desafia, motiva a aprendizagem porque propicia ludicidade e o lúdico pressupõe liberdade para agir e para experimentar, sem medo de errar.

A obra traz uma reflexão sobre as possibilidades do ser humano, para além das possíveis deficiências que seu corpo possa abrigar, e no diálogo com as diferenças contidas nas várias áreas de conhecimento. O livro mostra o sentido da diferença e o modo de lidar com ela em sala de aula, a partir da ampliação do conceito de igualdade.

LUCAS (Coleção Fala Menino!) Luís Augusto Gouveia 29 páginas Editora: MEC C o m o q u a l q u e r c r i a n ç a , Lu c a s desenvolveu um modo bem próprio de se expressar. Só que, muitas pessoas, não conseguem entender direito, e chegam a pensar que ele é mudo... Talvez porque ainda não se sensibilizaram o bastante para um tipo de linguagem mais eficiente e universal: a do coração! Vamos experimentar?

- FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL - www.bn.br Além de clássicos, oferece parte do acervo de Obras Raras da Instituição, como a História da Província Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil..., de Pero de Magalhães Gandavo, de 1576, e a Gramática de Língua Portuguesa, com os mandamentos da santa madre igreja, de João de Barros, em edição de 1539. - DOMÍNIO PÚBLICO - www.dominiopublico.gov.br/ Vasto acervo, de Allan Kardec a José Saramago, incluindo livros de sociologia e filosofia, de autores com Marx e Kant. - BIBLIOTECA VIRTUAL DO ESTUDANTE DE LÍNGUA PORTUGUESA www.bibvirt.futuro.usp.br Clássicos da literatura brasileira, de Machado de Assis a Corpo Santo. - BIBLIOTECA VIRTUAL DE LITERATURA - www.biblio.com.br Livros de domínio público, incluindo autores portugueses, como Florbela Espanca. - BIBLIOTECA DIGITAL DE TESES E DISSERTAÇÕES DA UFGRS www.biblioteca.ufrgs.br/bibliotecadigital/ É possível consultar trabalhos acadêmicos da UFGRS. Oferece também links para bibliotecas virtuais de outras universidades.

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SITES

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EVENTOS

ASSEMBLÉIA DA MISSÃO EDUCATIVA LASSALISTA Adriana Beatriz Gandin Assessora da Direção de Educação e Pastoral Sede Provincial, Porto Alegre-RS.

Miriam Oliveira

A Assembléia da Missão Educativa Lassalista – AMEL – ocorreu no período de 16 a 18 de outubro, no Recanto Medianeira, em Veranópolis. Reuniu 68 educadores, dentre eles, representantes das Comunidades Educativas e da Sede da Província Lassalista de Porto Alegre. O Presidente da AMEL-2006, Irmão Provincial Marcos Antonio Corbellini, em seu pronunciamento de abertura, saudou os presentes, reforçando a importância da Assembléia, no sentido de concretizar a determinação da Proposição 24 do XI Capítulo Provincial: “Promover, anualmente, a Assembléia da Missão Educativa Lassalista (AMEL), constituída de Irmãos e de Colaboradores Lassalistas, com o objetivo de avaliar e planejar a missão educativa lassalista”. O Tema Central da AMEL 2006 foi: Comunidade e Missão, conforme a Proposição 22 do XI Capítulo Provincial: “Tomar a comunidade e a missão, assim como outras questões selecionadas por este Capítulo, como temas para os retiros, encontros, fóruns e assembléias dos próximos quatro anos”. Nessa perspectiva, os participantes trabalharam com empenho e envolvimento nas seguintes tarefas: · Avaliação e implementação das proposições do XI Capítulo Provincial e das metas do Plano de Governo 2006, referentes a Missão Educativa Lassalista.

· Análise da programação do Centenário da Presença Lassalista no Brasil, que será comemorado no ano de 2007. · Eleição de dois representantes dos Colaboradores lassalistas para o Conselho Administrativo da Sociedade Porvir Científico, “ad experimentum” até a próxima AMEL. Ao final da Assembléia, o Presidente da AMEL-2006 agradeceu a participação e o envolvimento de todos, pediu comprometimento nas decisões tomadas e afirmou a importância dos participantes serem portadores e multiplicadores, em suas Comunidades Educativas, das proposições definidas.

REDE LA SALLE: 100 ANOS NO BRASIL www.revistaintegracao.com.br

Ana Paula Diniz Setor de Comunicação e Marketing Sede Provincial, Porto Alegre-RS.

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O ano de 2007 entrará para a história lassalista. Serão 100 anos da presença no Brasil. Em comemoração, serão realizadas várias atividades integrando as Províncias Lassalistas de Porto Alegre e de São Paulo. Diversos materiais terão como tema o Centenário, como por exemplo: Agendas e Calendários, Revista Integração, Revista Comunicação (destinada aos Irmãos Lassalistas), brindes, 8º Encontro das Universidades Lassalistas, Encontro Interprovincial de Jovens e IV Congresso Internacional Lassalista de Educação. Uma logomarca foi criada para identificar todas as atividades da Rede La Salle no ano 2007, símbolo que reúne elementos como o escudo lassalista, o lettering La Salle e o mapa nacional, com objetivo de tornar marcante a passagem dessa data histórica.


EVENTOS

II SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE JOVENS LASSALISTAS Irmão Maurício Perondi Equipe de Pastoral, Sede Provincial, Porto Alegre-RS.

A Província Lassalista de Porto Alegre teve a representação de seis participantes: Laís dos Santos Boneli (estudante do C.E.B. La Salle Niterói), Mariane Jaeschke (estudante do Colégio La Salle Medianeira), Juliana Jaeschke (ex-aluna do Colégio La Salle Medianeira), Luciane dos Santos Boneli (mãe da jovem Laís), Ir. Maurício Perondi (Coordenador do Setor de Pastoral da Província) e Ir. Moacir Paulo Orth (atualmente estudante da temática Pastoral Juvenil, em Roma).

“O Simpósio deixou para mim um grande aprendizado, uma bela experiência de vida e muita história para contar. Os jovens que lá estiveram presentes, com certeza foram muito bem escolhidos por suas Províncias; receptivos, carinhosos, educados e alguns engraçados, fiquei triste quando terminou, porque à medida que o tempo passava aumentava o clima de amizade entre o grupo. Parabenizo os Irmãos Lassalistas por esta iniciativa em formarem grupos de jovens em suas escolas, pois estes jovens são pequenas luzes que brilham, contribuindo para iluminar a escuridão em que muitos se encontram”. (Luciane dos Santos Boneli mãe da Laís) “O objetivo do Simpósio foi refletir sobre a nossa identidade lasssalista, compartilhar experiências sobre como os jovens vivem a missão lassalista no mundo e obter uma resposta

Estes breves relatos dos participantes nos apontam para a riqueza que foi esta experiência. As decorrências do Simpósio já estão sendo trabalhadas em nossa Província. Algumas destas foram abordadas no 17º Encontro de Jovens Lassalistas, ocorrido no dia 16 de setembro, no Colégio La Salle Medianeira, de Cerro Largo-RS. Outro passo importante será o aprofundamento destas temáticas no Encontro Interprovincial de Jovens, que acontecerá em setembro de 2007, em Toledo-PR. Este encontro reunirá jovens e assessores das escolas lassalistas de todo o Brasil, também como parte da programação do Centenário Lassalista. A partir de trabalhos como estes, afirmamos que o crescimento e o amadurecimento da juventude é uma das grandes preocupações da Rede La Salle, pois acreditamos que a nossa missão é bem preparar os jovens a fim de que sejam protagonistas de suas vidas. Arquivo PLPOA

Abaixo seguem alguns depoimentos das participantes do simpósio: “Esta grande e bela oportunidade de participar do Simpósio, me deu uma visão muito mais ampla da grande rede à qual pertencemos. É muito interessante perceber os ideais lassalistas presentes em diferentes culturas. É maravilhoso saber que a identidade lassalista, que se faz na fé, na fraternidade e no serviço, se mantém sempre viva no coração dos jovens lassalistas, apesar das fronteiras, da política e da guerra em diversas partes do mundo”. (Laís dos Santos Boneli)

baseada nos valores que herdamos de São João Batista de La Salle para os novos métodos educativos que o mundo nos chama a enfrentar... Também tivemos a oportunidade de ir até a cidade de Assis, onde nasceu São Francisco de Assis. Ouvimos sua história e fizemos reflexões. Visitamos também sua Basílica e a Capela onde está sua tumba. Lá fizemos uma celebração, que foi um momento marcante e inesquecível... . Foi maravilhoso poder compartilhar a nossa realidade e conhecer outras, sentir que todos lutamos por um mundo melhor. Afinal, sonho que se sonha juntos não é apenas um sonho, é a realidade que acontece”. (Mariane e Juliana Jaeschke)

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No período de 25 a 31 de julho aconteceu o II Simpósio Internacional de Jovens Lassalistas, em Roma, na Itália. O evento acontece de quatro em quatro anos e, nesta edição, contou com a participação de aproximadamente 150 jovens e assessores, de 35 países. O tema debatido foi “Missão Possível: um sonho partilhado”. Esse Simpósio tinha como objetivo partilhar o compromisso dos jovens na Missão Educativa Lassalista, a partir das seguintes perspectivas: -Nossa identidade lassalista; -Nosso compromisso com os mais necessitados; -Nossa vinculação com o Instituto desde o ponto de vista da associação; -Nossa resposta aos desafios educativos; -A contribuição dos Jovens Lassalistas na Assembléia Internacional sobre Missão e Associação.

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EVENTOS Sidisley Rafael de Souza

REDE LA SALLE NA FEIRA DO LIVRO Ana Paula Diniz Setor de Comunicação e Marketing, Sede Provincial, Porto Alegre-RS. a

A 52 Feira do Livro de Porto Alegre iniciou as atividades no dia 27 de outubro; já no primeiro fim de semana registrou um grande fluxo de visitação. A Rede La Salle está representada na Feira pelos Colégios La Salle Dores, La Salle Santo Antônio e La Salle São João, com exposição de livros, e pelo UNILASALLE, de Canoas-RS. Os momentos de integração têm sido o destaque do estande da Rede, onde crianças de diferentes faixas etárias e níveis sociais brincam e desenham orientadas pelos representantes das Comunidades Educativas. Um ambiente agradável foi criado para propiciar esses momentos em que familiares das crianças

descansam, conhecendo as edições da Revista Integração e os livros escritos por alunos e professores das escolas. Desde já, a Rede La Salle agradece a presença das famílias e convida as que ainda não visitaram a participar. O estande está próximo aos veículos de comunicação na área central da Feira.

LA SALLE DE ESTEIO LANÇA ENSINO MÉDIO Adriana Braga de Matos Babot Diretora da Escola de Ensino Fundamental Tricentenário La Salle, de Esteio-RS.

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Foi uma cerimônia conduzida pelo Ir. Roberto Ademir Konzen que, logo após o Hino Nacional, convidou três pessoas para fazerem seus discursos, nessa ordem: Professora Adriana Braga de Matos Babot, Diretora da Escola; Ir. Paulo Fossatti, Diretor de Educação e Pastoral da Província Lassalista de Porto Alegre; e a Senhora Magela Lindner Formiga, Secretária de Educação e Esporte do Município de Esteio. Ficou muito claro no discurso dessas pessoas a satisfação em anunciar que a partir do próximo ano a Escola passará a oferecer um Ensino Médio de qualidade, e que já conta com o apoio do Centro Universitário La Salle - UNILASALLE, de Canoas-RS, manifestado pelos professores e pelo Reitor, Ir. Ivan José Migliorini.

ESTEIO

O evento, reuniu aproximadamente 500 pessoas entre pais, alunos e demais convidados, e aconteceu no ginásio da escola, que estava lindamente decorado e ficou com um toque ainda mais acolhedor graças à presença significativa dos alunos de oitava série do Ensino Fundamental que, com muita alegria e cordialidade, receberam os convidados.

Arquivo LS

No dia 31 de agosto, a Escola Fundamental Tricentenário La Salle, que a partir do próximo ano passará a se chamar: Colégio La Salle Esteio, fez o lançamento oficial do Ensino Médio para a Comunidade local.

Em seguida, para comemorar esse momento histórico, assistimos a uma bela apresentação do MUSICAL UNILASALLE, abrilhantando ainda mais essa noite tão especial. Todas as pessoas que assistiram à apresentação levaram alimentos não perecíveis, doados para a Paróquia Sagrado Coração de Maria, de Esteio-RS. O evento também contou com presenças muito importantes como: alguns ex-diretores da Escola, Irmãos de outras Comunidades Educativas e Religiosas, representantes da Prefeitura Municipal, Imprensa, Igreja, bem como representantes de escolas municipais, estaduais e particulares de Esteio e Sapucaia do Sul.


RECORDANDO

ENCARREGADOS DA PARTE DOS PAIS Irmão Edgard Hengemüle

Os autores da História da Educação que falam de La Salle e da sua escola pouco se referem à relação desta com a família da qual vêm seus alunos. E, contudo, há textos lassalianos que são até surpreendentemente ilustrativos com relação a este tema. Neles, o Fundador das Escolas Cristãs maneja temas como: o compromisso dos pais de educarem seus filhos e os empecilhos existentes para isso; a escola enquanto instituição que exerce papel suplente com relação à família; o que a escola lassaliana pede dos pais, e o esforço que ela realiza para ajudá-los a serem fiéis à sua própria vocação educativa. O primeiro que La Salle destaca é que a educação é dever fundamental dos pais com relação a seus filhos. Interessante observar que, ao estudar esta questão em seus catecismos, o Padroeiro dos Educadores, seguindo um modo de ver de sua época, liga a educação que os pais devem dar aos filhos à obrigação que eles têm de garantir a estes o alimento. Em outros termos, de acordo com tal doutrina, o compromisso dos pais de alimentar seus filhos incluía “educá-los segundo sua condição”. Mas o nosso educador e pedagogo de Reims observa que muitos pais da classe popular do século XVII não cumprem esse dever. Não instruem os filhos na religião e nos rudimentos do saber profano, ou por não estarem preparados para fazê-lo pessoalmente, ou por não disporem de tempo para se dedicarem a essa tarefa. Outros tampouco os matriculam na escola popular, e isso ou porque não têm consciência da importância desta, ou por julgarem que não vale a pena enviá-los a ela, uma vez que não ensina aos filhos dos artesão e pobres o que estes realmente necessitam, ou, ainda, pela necessidade premente em que se encontram de fazer com que seus pequenos os ajudem no trabalho. Em cima dessas afirmações e observações, e a partir de sua visão de fé, La Salle não acha, em primeiro lugar, que sejam os pais que colaboram com a escola, mas que é a escola que colabora com eles. Para ele, o professor não é só a pessoa “instruída e zelosa” que a Providência de Deus destinou a preencher o vazio deixado por pais despreparados ou sem tempo para educarem seus filhos. O mestre é uma pessoa à qual os próprios pais confiam os filhos para que os supra naquilo que não podem fazer. Exerce uma tarefa “de que está encarregado da parte dos pais e das mães” de seus discípulos. No relativo ao contato com os pais, La Salle insiste em que estes sejam convencidos das vantagens de manterem seus filhos na escola. Na matrícula, quer que sejam eles preferentemente os que apresentam o candidato; que informem detalhadamente sobre a realidade do filho, para que a escola possa dar-lhe uma atenção adaptada; convida-os a municiarem o aluno de todos os materiais necessários para a sua vida escolar; e acena para momentos oportunos de diálogo com o mestre de seu filho. Em outros momentos, lembra-lhes que a função de suplência da escola é realmente de suplência, não de substituição, e ajuda-os a se educarem como pais, recusando-se, por exemplo, a fazer, com relação a seus filhos, aquilo que a eles cabe fazer. Um acréscimo: nesta relação família-escola, é significativo o fato de La Salle apresentar os bons pais como inspiração para os mestres lassalianos, ao dizer a estes que, em sua relação com os alunos, devem aliar “a firmeza de pai” à “ternura de mãe”.

INTEGRAÇÃO . NOVEMBRO . 2006

“Deveres do cristão”, volume 1, p. 124. “Meditação” 193 “para o Tempo do Retiro”, segundo ponto. “Meditação” 199 “para o Tempo do Retiro”, primeiro ponto. “Meditação” 101 “sobre as principais festas do ano”, primeiro ponto.

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REDE LA SALLE

MANAUS O LA SALLE MANAUS, desde fevereiro de 1982, vem sendo, no rigor da palavra, uma estrela lassalista nessa imensidão do Amazonas. Às vésperas dos seus 25 anos, já antecipamos nosso reconhecimento a dois fundadores: Ir. Alberto Knob, o pesquisador do terreno, e o então Ir. Roque Rigoni, o construtor e primeiro Diretor. No interior desse terreno de quase quatro hectares, com 12.961m² de área construída, vem se consolidando, desde sua fundação, uma proposta educativa que se aproxima de uma escola ideal, pelo grau de coerência das práticas pedagógicas com o Projeto Educativo da Rede La Salle. O tripé clássico do saber CIÊNCIAS, LETRAS E ARTES constitui a espinha dorsal do nosso currículo escolar. E a filosofia lassalista expressa esses mesmos conceitos compreendendo o ser humano como uma unidade constituída de três dimensões: a fisica, a psíquica e a espiritual, dotado de potencialidades que comandam seu agir, a inteligência, o afeto e a vontade. O LA SALLE MANAUS traduz essa compreensão de educação e de ser humano através de uma complexa trama de estruturas, ações, rotinas e eventos, tais como: nove escolinhas de formação esportiva: futsal, futebol, basquete, vôlei, natação, xadrez, ginástica olímpica, judô e musculação; seis escolinhas de formação artístico-cultural: coral, banda, teatro, dança, teclado e violão; lassalíada; gincana cultural; simulados; mostras didáticas semestrais de teatro, dança e música; taças La Salle de vôlei e basquete; semana da cultura; feira do conhecimento; coroação de Nossa Senhora; Via Sacra na escola; torneios internos de natação e judô; projeto Natal da Vida; festa junina do La Salle e do Lassalinho; manhãs esportivas bimestrais; aulas de reforço; celebrações eucarísticas por turma; missa semanal da Comunidade Educativa com comemoração dos aniversariantes; campanhas de solidariedade; projeto de responsabilidade social; catequese de Primeira Eucaristia e Crisma; retiros do educador lassalista, e muitos outros.

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Por trás dessa diversidade de oportunidades educativas, estão alguns elementos que convém explicitar:

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- Dos quase 2.500 alunos, 1751 participam das escolinhas de esportes e cultura, dando a nítida sensação de que, na tarde/noite há uma outra escola em funcionamento nas oito quadras esportivas, sete salas especializadas e duas piscinas; - Em termos de resultados, pelo quarto ano consecutivo o La Salle é campeão geral dos Jogos Escolares do Amazonas. Com isso, a Rede La Salle garantiu visibilidade nos JEB's de Brasília, em outubro, nas modalidades de basquete, vôlei, xadrez, natação e judô; - Os eventos culturais e esportivos listados acima alcançam um bom grau de qualidade e quantidade graças à existência e ao bom trabalho desenvolvido pelas Luciana Severo escolinhas; - A participação e o comprometimento dos pais nessa pluralidade de atividades é também um elemento a destacar. - Há uma vigilância para que o currículo garanta um equilíbrio entre as várias dimensões de desenvolvimento de nossas crianças e jovens: acadêmica, cultural, social, artística, esportiva, religiosa; - Apesar de oferecermos um currículo diversificado e rico, ainda permanece o desafio de conseguirmos um bom grau de motivação e interesse pelo estudo por parte de um significativo número de alunos. Para finalizar: com a abertura da Unilasalle, criamos ainda melhores condições para que a marca La Salle possa ser mais uma parceira efetiva na construção de um modelo de desenvolvimento regional compatível com a preservação da floresta amazônica, a maior biodiversidade do planeta. Ir. Antônio Cantelli Diretor do Centro Educacional La Salle Manaus Arquivo LSManaus

No próximo número: La Salle Núcleo Bandeirante, Distrito Federal - DF.


TROCA DE EXPERIÊNCIAS

PORTAL REDE LA SALLE Ana Paula Diniz Setor de Comunicação e Marketing, Sede Provincial, Porto Alegre-RS.

O uso da internet tem sido cada vez mais intenso. Algumas pesquisas recentes têm demonstrado, de maneira concreta, o crescente uso desta ferramenta na sociedade: - Em média, 11,4 milhões de pessoas acessaram a web de casa, e o tempo de navegação ficou em 15 horas e 14 minutos, o que colocou o Brasil na liderança do ranking mundial (Ibope/ /Netratings, Abr/2005); - O número de pessoas físicas que acessam os bancos pela Web saltou de 10,6 milhões, em 2003, para 16,2 milhões, em 2004, um crescimento de 53%. O volume de transações bancárias pela internet passou de 700 milhões, em 2000, para 3,9 bilhões em 2004 (Febraban/FGV, jun/2005); - O percentual das transações realizadas pela internet no total dos negócios dos bancos passou de 3,7% para 13% (Febraban/FGV, jun/2005); - 47,1% dos jovens declararam que o tempo que passam assistindo televisão diminuiu desde que começaram a utilizar a web. Para os jornais, o número foi de 41% e para as revistas, 30,5%. Os dados são consistentes com

pesquisas similares realizadas nos Estados Unidos, Inglaterra e Espanha. Cerca de 48% "sempre" utilizam a web para buscar notícias em geral e 30% "sempre" utilizam a rede para buscar informações culturais, mesmo percentual verificado para busca de informações sobre emprego e mercado de trabalho. Público da pesquisa: 420 jovens brasileiros entre 16 e 24 anos. (ESPM/Dotz, Mai/2005). Para uma rede de ensino, o posicionamento na internet representa um importante canal de comunicação com alunos, responsáveis, professores e comunidade. Mas, mais importante que a ferramenta é o conteúdo que deve ser verificado, atualizado e disponibilizado. Com base nestas informações, a Direção da Província Lassalista de Porto Alegre viabilizou o desenvolvimento de um portal com informações de todos os estabelecimentos lassalistas, disponibilizando os recursos de informática necessários para isto. As instituições da Província Lassalista de Porto Alegre, até então, estavam posicionadas na internet de diferentes maneiras. Algumas com sites automatizados, outras com sites estáticos, além das que ainda não haviam investido em um.

Cíntia Miguel Kaefer

Tiago Schmitz

INTEGRAÇÃO . NOVEMBRO . 2006

Na gestão provincial de 2006 a 2009, uma das motivações é a necessidade de uma maior integração das

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TROCA DE EXPERIÊNCIAS

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stituições de dialmente para in un m o ad iliz ut o Term no Brasil m ensino superior ue ss po e qu es içõ os institu podem ser utilizad ensino. Apenas as ereço. Os demais nd be su te es . ar is iliz cia podem ut e empresas comer zações, associações ni ga or s rsa ve di r po

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unidades lassalistas, visando fortalecimento da rede de escolas e a racionalização de seus processos e recursos. Com a integração dos sites das escolas em um único portal, temos em linhas gerais, a padronização visual e estruturação de navegação dos sites, uma vez que todas as instituições são acessadas pelo mesmo endereço e terão funcionalidade similar. O Portal compartilha a visão proposta no XI Capítulo Provincial de uma rede de instituições que pertencem a uma mesma filosofia, e não um conjunto disperso de escolas, com o desenvolvimento de um portal automatizado que permita reunir as principais informações da Rede La Salle e de suas unidades.

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A estrutura do Portal tem uma página inicial para acesso às escolas e instituições de ensino superior. A partir deste acesso, cada instituição tem seu ambiente próprio, com informações, imagens e características da estrutura local da escola ou faculdade.

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Além do acesso principal para as instituições lassalistas, o portal terá a função de ser um repositório eletrônico sobre educação lassalista, contendo material que pode ser referenciado sempre que necessário em outros documentos, como informações institucionais e textos sobre o fundador. A parte mais importante, representando o verdadeiro motivo de visitação ao Portal, é o conteúdo estático e o dinâmico. A estrutura base do Portal está fundamentada em parte institucional da Rede La Salle e ambiente das escolas. A implantação envolveu a definição de conteúdos e distribuição padronizada dos mesmos, porém respeitando particularidades. Características institucionais da Rede, como informações sobre a marca, ganharam um caráter

centralizado para os públicos poderem perceber igualmente a grandeza lassalista, uma rede de educação presente em mais de 80 países e em todas as regiões do Brasil. Implantar o Portal foi uma tarefa trabalhosa que contou com a união de todas as Comunidades Educativas Lassalistas, tarefa que partiu de um apoio, da identificação de necessidades e do envolvimento concreto da Direção Provincial. No dia 15 de outubro de 2006, o Portal da Rede La Salle foi lançado para o mercado em comemoração ao Dia do Professor. Concretizou-se, então, o ideal de criação de um canal de integração. Agora, alunos, responsáveis, professores e direções possuem uma ferramenta de consulta que possibilita participar da realidade, não apenas da escola, como de outras unidades distribuídas nacional e internacionalmente. A Rede La Salle abre as portas para vocês no endereço www.lasalle.edu.br. “Eu gosto de usar a internet pra complementar os conteúdos passados pelos professores na sala de aula ou pra trabalhos. Acho que o novo portal do La Salle ficou mais organizado, principalmente em relação às informações de eventos que aconteceram e irão acontecer. Elas estão melhor dispostas do que no site antigo.” - Romeu Guimarães Carneiro, 8ª série, 15 anos, aluno do Centro Educacional La Salle, de Manaus-AM. “Gostei muito do portal porque ajuda a conhecermos o trabalho das outras escolas da Rede. A barra de links padrão facilita a navegação já que conseguimos chegar rapidamente aos conteúdos de qualquer uma das escolas. O lay-out, além de muito bonito, valoriza bastante as notícias e as fotos.” - Alex Isotton dos Santos Professor do Colégio La Salle Niterói, Canoas-RS.


TROCA DE EXPERIÊNCIAS

MUDANÇA: FAMÍLIAS PARTICIPAM DE ATIVIDADES PRÓPRIAS NO COLÉGIO Cíntia Miguel Kaefer Assessora de Comunicação, Colégio La Salle Santo Antônio, Porto Alegre-RS.

Além disso, o Colégio disponibiliza diariamente, das 17h30min às 20h, a pista atlética para caminhadas e outros exercícios físicos. Desta forma, a área de 2 20.000m do La Salle Santo Antônio contribui significativamente para a saúde física e mental das pessoas envolvidas diretamente no processo educativo escolar. Segundo o Coordenador do Núcleo de Esportes, Prof. Alberto Molnar, as atividades proporcionam a integração dos pais com a Comunidade Educativa. “Além disso, os momentos de lazer oportunizam qualidade de vida e o cuidado com a saúde”, salienta. O La Salle Santo Antônio ainda conta, pelo terceiro ano consecutivo, com Oficinas de Educação Física para pessoas da terceira idade. A ação é fruto da parceria do Colégio com a Pastoral da Saúde da

Esta participação das famílias nas atividades esportivas está intrinsicamente ligada a outros investimentos que o Colégio vem realizando. Um ponto favorável é o estacionamento interno, que traz segurança e conforto aos pais que podem deixar seu carro no espaço do La Salle Santo Antônio. Agregado a isso está o aumento das atividades extracurriculares para as crianças e adolescentes, principalmente no final da tarde. Assim, os estudantes participam de coral, danças, capoeira, judô, futsal, vôlei, basquete ou colocam a conversa em dia com os colegas enquanto esperam seus pais sairem das aulas.

Cíntia Miguel Kaefer

Nas terças e quintas-feiras, das 20h às 21h30min, o Ginásio de Esportes tem suas quadras lotadas com a participação de pais e mães em equipes de vôlei misto e futsal masculino. Nestes mesmos dias, das 18h30min às 19h30min, mães e professoras se encontram para realizar aulas de ginástica localizada e jump, fruto de uma parceria do Colégio com a academia conveniada Rota do Corpo. A Sala de Ginástica conta com estrutura própria com espelhos e outros equipamentos que possibilitam a prática de exercícios. Desde 2005, o Colégio também conta com aulas de Dança de Salão. Atualmente, um grupo de 60 pais e mães participa diretamente destas atividades.

Paróquia Santo Antônio. Os encontros ocorrem semanalmente, nas terças e quintas-feiras. Palestras e aulas práticas com relaxamento, alongamento e caminhadas orientadas na pista atlética da Instituição fazem parte da programação. Algumas Senhoras que participam do Grupo são avós de estudantes antonianos.

INTEGRAÇÃO . NOVEMBRO . 2006

No Colégio La Salle Santo Antônio, em Porto Alegre, algumas atitudes estão mudando: os alunos estão, muitas vezes, esperando seus pais para ir embora da escola para casa. Esta alteração na lógica escolar se deve ao fato da instituição ter se tornado, ao longo dos últimos anos, um importante espaço de construção de relacionamentos e de opções para uma permanência maior na Comunidade Educativa, tanto para os alunos, como para os pais. O projeto de inserção das famílias em diferentes atividades começou intensamente em 2004 e se estende até os dias atuais.

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TROCA DE EXPERIÊNCIAS

GRAMMY LA SALLE CANOAS 2006

Faltavam poucos minutos para as 20 horas quando as professoras de Língua Estrangeira Moderna do Colégio La Salle entraram no palco para dar início ao Grammy La Salle 2006. Cantando a música Pretty Woman, elas contagiaram os presentes e abriram caminho para as 29 apresentações musicais que seguiriam na noite da sexta-feira, dia 20 de outubro.

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O primeiro show ficou por conta de Larissa Trevisol e Cassio Menezes, da 2ª série do Ensino Médio, que dançaram ao som de Do you only wanna dance?. Mas o público foi ao delírio com a apresentação dos estudantes da 5ª série do Ensino Fundamental, que cantaram a música Welcome to My Life, da banda Simple Plan. Com o Salão de Atos lotado, a aluna Vanessa Ertel emocionou ao interpretar a música Because of You, da cantora norte-americana Kelly Clarkson.

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Já as turmas da 3ª série do Ensino Médio prepararam apresentações divertidas e repletas de coreografias. A turma 23C dançou ao som do mix de músicas em espanhol e inglês Everybody/Carnavalera. La Bomba foi a canção da 23B e Macho Man/It´s raining Man o som da turma 23A. O Grammy La Salle 2006 também teve Rebelde, Shakira, Maná e Madonna nas suas apresentações musicais e culturais. O evento contou com mais de 200 estudantes em palco cantando e dublando canções em inglês e espanhol.

Apresentações dos professores também aconteceram na noite. Alunos e professores do Colégio se organizaram desde maio para a realização do evento. Para o momento, eles produziram o material de decoração que retratou o Oscar. A arte dos convites foi desenhada pela aluna Camila De Boni, da 3ª série do Ensino Médio. O Grammy La Salle é tradicional na instituição e acontecia anualmente até 2001. Foi resgatado em 2005 e é coordenado pelas professoras de Língua Estrangeira Moderna Carla Lampert e Mara Bandeira. Além das apresentações artísticas, bandas de alunos do Colégio participam do evento. Nesta edição, cada estudante recebeu ingressos para amigos e familiares. Para entrar no Grammy, os convidados trouxeram um quilo de alimento nãoperecível e o material arrecadado será doado para uma instituição de caridade.

Tiago Schm itz

Tiago Schmitz Assessor de Comunicação e Marketing, Colégio La Salle, de Canoas-RS


TROCA DE EXPERIÊNCIAS

I CHÁ DOS AVÓS Professoras Andresa, Cristiane, Ellen, Izôlda, Jaqueline e Vanessa Educação Infantil, Colégio La Salle, do Núcleo Bandeirante-DF.

Os avós exercem um papel muito importante dentro da família e correspondem às expectativas quanto à educação dos filhos de seus filhos, agindo com afetividade e domínio dos desafios do mundo contemporâneo e fazendo uso de recursos modernos como a informática para auxiliar seus netos.

As turmas demonstraram muito entusiasmo pelas atividades propostas, contribuindo para o sucesso do projeto com dedicação e participação. Foi possível perceber que o aprendizado não ficou somente na teoria, mas que todos levaram consigo uma bonita lição para a vida, respeitando e admirando os idosos. Essa experiência inovadora possibilitou construir e reconstruir conceitos que enriqueceram a ação educativa. Diante disso, não serão medidos esforços para que a participação dos avós em aulas e outros eventos da escola aconteçam ao longo do ano, tais como Dia das Crianças e Cantata de Natal, dando continuidade ao trabalho realizado.

Arthur Tavares

A escola também é um lugar para ensinar e aprender cidadania. Pensando nisso, professoras de Educação Infantil e Alfabetização do Colégio La Salle, do Núcleo Bandeirante-DF, realizaram o I Chá dos Avós. O projeto foi realizado considerando a atual estrutura familiar que leva os pais a trabalhar fora durante o dia, tornando os avós a melhor opção na hora de escolher com quem deixar os filhos, pois possuem a confiança de seus pais.

Pesquisas sobre as músicas, as histórias, as comidas e as brincadeiras de quando os avós eram crianças. Todas essas atividades promoveram maior interação da criança com seus avós. Foram ressaltados aspectos relevantes que contribuem para o bem-estar do idoso, conscientizando as crianças da importância do respeito para com ele. O I Chá dos Avós teve início com a mensagem “A arte de ser avó”, de Raquel de Queiroz, acompanhada de uma homenagem das crianças a seus avós. Durante todo o Chá foi demonstrado o quanto os avós são pessoas admiráveis e importantes na vida das pessoas. Um momento foi reservado para falar sobre o Estatuto do Idoso, salientando a importância do seu conhecimento e distribuindo alguns exemplares para fins de estudo e orientação.

INTEGRAÇÃO . NOVEMBRO . 2006

Com a abordagem do tema “idosos” em sala de aula, foram ouvidos relatos das crianças sobre seus avós evidenciando que a imagem que a sociedade passa às crianças é que os avós são “velhos”. O Colégio começou, então, a refletir sobre a palavra “velho”, e a entender seu significado, assim como o significado da palavra idoso.

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CAPA

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Ana Paula Diniz Setor de Comunicação e Marketing, Sede Provincial, Porto Alegre-RS.

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Educar é muito mais do que ensinar a ler e a contar; educar envolve a formação de um caráter, de uma personalidade e este papel não é apenas da Escola. Família e Escola unidas como educadores, se complementam nesta dura tarefa de ensinar a bem-viver e a formar cidadãos que integram uma sociedade em mudança contínua. ESCOLA: “Espaço e tempo de fé, de conhecimento e de alegria”, segundo o Ir. Marcos Antonio Corbellini, Provincial da Província Lassalista de Porto Alegre. É neste ambiente que os educadores se integram, onde os ideais da educação acontecem.

FAMÍLIA: “Grupo de pessoas ligadas entre si por relações pessoais e patrimoniais resultantes do casamento, da união estável e do parentesco. São relações pessoais decorrentes do afeto, carinho, amparo, da convivência entre familiares, da vida matrimonial etc. (Art. Campanha da Fraternidade). “O conceito de família mudou e, com isso, muda o espírito do relacionamento entre adultos e jovens. A administração do poder já não pode mais existir, tem que haver a administração da autoridade. A diferença fundamental é que hoje não se pode mais pensar que quem é mais forte é quem educa, mas sim o mais desenvolvido, porque esse que é mais forte pode ficar mais fraco amanhã e esse que nada sabe hoje, amanhã poderá saber mais”, Içami Tiba, médico psiquiatra autor de livros para as famílias.


CAPA

FAMÍLIA E ESCOLA UNIDAS PARA

EDUCAR EDUCADOR: “O Educador Lassalista é um mediador, responsável pelo crescimento integral dos educandos e pela sua formação na arte do bem-viver. Caracteriza-se por ser um profissional competente, ético, pesquisador, zeloso e comprometido com a produção de conhecimento”, de acordo com a Direção de Educação e Pastoral da Província Lassalista de Porto Alegre. Educador, é todo aquele indivíduo envolvido no processo de educação, responsável pela construção do conhecimento e da personalidade. O objetivo geral da educação lassalista é alcançar a educação plena, onde os alunos passam por uma formação que visualiza o ser humano de maneira integral, buscando atingir o desenvolvimento físico, psicossocial e espiritual. A educação começa ao nascer, sendo a família a parte fundamental. Mesmo em mudança, as famílias não perderam sua relevância neste processo tão complexo de educar e é preciso garantir espaço de participação nas escolas para que as instituições família e escola se complementem concretamente. A presença dos responsáveis em reuniões, nas horas de confraternização no pátio, nas festividades e apresentações, são formas práticas e simples de participação no processo de educar. Utilizar os canais de comunicação existentes entre família e escola para garantir o registro de opiniões. Expressões-chave para bem-educar: - Respeito mútuo: estimular a percepção dos pontos positivos na relação escola-família. -Participação: divulgar as opiniões e críticas que possam auxiliar na melhoria do processo educativo como um todo.

- Consideração pelo próximo: a inclusão social deve ser meta de todos os envolvidos na educação para que haja entrosamento natural entre todas as crianças que convivem no ambiente escolar. É fundamental não perdermos e, mais que isso, cultivarmos a idéia de que o respeito é a base dos relacionamentos, levando em consideração que toda e qualquer sociedade é um conjunto de diferenças necessárias. A união das instituições, família e escola, serve para garantir uma educação que leva a conscientização de que cada pessoa é responsável por cumprir seu papel no desenvolvimento de uma sociedade cada vez melhor. Não basta criticar é preciso participar e fazer sua parte. Unidos pela formação de cidadão, de crianças e adolescentes respeitosos, participativos, acolhedores e com responsabilidades na sociedade.

INTEGRAÇÃO . NOVEMBRO . 2006

- Acolhimento: as escolas devem proporcionar momentos de trocas e confraternizações, enquanto que as famílias devem aproveitar os espaços oferecidos para participar.

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CAPA Denis Gerson Simões Auxiliar de Administração Escolar, Colégio La Salle São João, de Porto Alegre-RS Uma realidade que o Brasil não teve, pelo menos nos últimos dez mil anos, foi a de um inverno com grandes camadas de neve, que impossibilitasse as pessoas de saírem de suas casas. Todavia em muitos outros países essa precipitação é constante em períodos gélidos, obrigando muitas vezes que as famílias fiquem em suas residências por longos períodos, em ofícios domésticos e exercitando uma forçosa introspecção, como a formiga naquela fábula com a cigarra. Mas o que isso tem a ver com a escola?

coletivos. As doze qualidades do educador segundo La Salle, um norte de toda a Rede, são adjetivos não só pertinentes aos profissionais da educação, mas a todos os que educam, que ensinam e objetivam novos horizontes, mesmo que na espera de que o inverno acabe.

O exemplo da família condicionada em um pequeno espaço devido à ação do clima nos mostra, entre outras coisas, as relações pessoais em um microcosmo. Com a reclusão duradoura há a necessidade dos pais promoverem um ensino direto aos filhos, como que se constituísse uma pequena sala de aula dentro dos lares. Com uma prévia orientação dos mestres aos pais, essa clausura acaba propiciando uma grande simbiose entre a instituição educadora e os diversos núcleos familiares: a escola passa a se multiplicar ao invés de fechar as portas quando as condições são desfavoráveis.

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Deixando os exemplos distantes de lado e observando a escola normal brasileira, é possível perceber os muros psicológicos que se instituíram entre os educadores e os familiares, fruto de um processo de divisão de funções muito claro da sociedade contemporânea. Mas as crianças não são produtos de uma esteira de montagem, onde em cada ponto alguém acrescenta uma peça, se ausenta e deixa o sistema seguir até que o produto esteja pronto. Diferente dos modelos industriais, a formação cultural e a identidade social do jovem provêm da múltipla interação dos participantes desta trajetória, onde a instituição de ensino é um grande centro de cultura, com suas portas abertas para congregar a família, sendo um espaço de discussão para permitir não só o crescimento erudito científico como também crítico e popular.

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O pensamento de uma escola múltipla, como visto na Rede La Salle, que é alheio e distante dos objetivos da indústria da educação (que regimenta métodos praticamente fordistas para produzir alunos) e tem na família uma célula propulsora do crescimento cultural do jovem, constrói um diferencial que não se percebe nos resultados imediatistas, mas nas relações de vida. Pode-se, assim, apontar que entre tantas contribuições das instituições de educação confessionais à sociedade, possivelmente a valoração da ligação familiar com o processo educativo seja uma das mais significativas, por ser ponto alto na formação humanística da comunidade. A preservação de ideais voltados ao crescimento da pessoa humana, nos seus múltiplos sentidos, é uma bandeira claramente empunhada pelos lassalistas, que tem como fruto a constituição de centros de ensino que não só atuam como formador do pensamento científico, mas também preparam o homem para o convívio em comunidade. Junto aos jovens, o trabalho da escola vive tanto em sala de aula como dentro do lar, resultado claro da preocupação com os valores

Professoras Elizandra Fiorin Soares e Cleusa Lazarotto Colégio La Salle Peperi, de São Miguel do Oeste-SC A escola, assim como a família, caracteriza-se por ser formada por pessoa, para as pessoas e para o mundo. Cada um comporta em si suas necessidades materiais, espirituais e sociais. A pessoa é um ser em formação, na função a que se coloca, seja na condição de mãe, de pai, de filho, seja na condição de educador ou de aprendiz, de dirigente ou de gestor. Cada um está construindo sua identidade, buscando formar elos favoráveis à convivência e a própria constituição do Ser. Nessa inter-relação, tanto a família quanto a escola, carregam seus desejos e seus projetos que, necessariamente, precisam caminhar conjuntamente para construir projetos comuns que venham ajudar os educandos a serem protagonistas na escola e na sociedade. Entre a família e a escola, a parceria é imprescindível. Ambas constituem espaços formativos de construção de valores e da educação e formação da personalidade. Por isso é importante que ela aconteça de forma sincronizada e cooperada. É preciso reafirmar a função social da família como dimensão constitutiva do Ser e do caráter distintivo que penetra e plasma


CAPA

Há desafios e ações outrora corriqueiras, que hoje estão sendo difíceis de realizar, mas precisam ser resgatadas. Um desses desafios é a reestruturação da relação de diálogo entre escola e família. Por um período de tempo, as comunicações entre os espaços de formação educacional estiveram abaladas, o que podemos chamar de “carência de entendimentos”. De um lado a escola e suas concepções de formação integral do aluno, ancorada na vivência social. A formação do saber pela busca, pela descoberta, pela formação de hábitos e atitudes. De outro lado a família, para subsistir no mercado de trabalho, reduziu seu tempo de presença na vida escolar do aluno, delegando para a escola a formação de hábitos, de atitudes, de conhecimentos, de limites e, sobretudo, futura colocação no mercado de trabalho. Atualmente, a necessidade do diálogo se tornou desafiadora e a participação dos pais na vida escolar dos filhos retoma um velho questionamento: “Qual o papel da escola e qual o papel (missão) dos pais na educação dos filhos e educandos?” Para a comunidade escolar Lassalista, o papel da escola é definido pelo atendimento à realidade atual de educação, tendo consciência, como educadores, que o processo educativo deve ser permeado pela educação para a vida, partindo do conhecimento da condição humana e das possibilidades da ação do homem no mundo. Compartilhamos uma educação humanizadora, comprometida com o saber científico que transforme seu meio social e cultural agindo de forma ética e responsável. A principal ferramenta entre as duas instituições que promovem o desenvolvimento integral do aluno é o diálogo. Há um envolto de saberes e formações que precisam ser levantadas, discutidas e sistematizadas. A família é o primeiro espaço de convivência do ser humano. É nesse espaço de convivência que se configuram, se aprendem e incorporam valores éticos. É onde são vivenciadas experiências afetivas, representações, juízos e expectativas. A escola é um segundo espaço, o de aprendizagem, de sistematização de hábitos e atitudes, de consolidação dos valores recebidos do contexto familiar. É necessário haver a sincronia de ações entre escola e família para que façamos uma educação capaz de nutrir os alunos de saberes e de ações que sejam capazes de criar e recriar, de formar e transformar o mundo em que vivem com honestidade e sabedoria.

Irmão Olir Facchinello Diretor do Centro Educacional La Salle, de Sobradinho-DF

“A família permanece uma instituição social que não se pode nem deve deixar subsistir: é o Santuário da vida”. (João Paulo II).

Santuário quer dizer “lugar sagrado”. É ali que a vida humana surge. É missão da família, guardar, revelar e comunicar ao mundo o amor e a vida. “A salvação da pessoa e da sociedade humana estão intimamente ligadas à condição feliz da comunidade conjugal e familiar” (Gs,47). “A família é a célula originária da vida social”. (Catecismo C). “É a sociedade natural na qual o homem e a mulher são chamados ao dom de si no amor e no dom da vida” (CIC,2207). Desde que existe a humanidade existe a família, e ninguém jamais a pôde ou poderá destruir, pelo fato de que ela é divina: foi instituída por Deus. A família é o eixo da humanidade, é sua pedra angular. O futuro da sociedade passa inexoravelmente pela família. É ali que os filhos e os pais devem viver felizes. Quem não vivenciou o amor no seio do lar, terá dificuldade para conhecê-lo fora dele. A família é a comunidade na qual, desde a infância, se podem assimilar os valores morais, em que se pode começar uma educação para viver melhor em sociedade. “O ato de educar é o prolongamento do ato de gerar” (João Paulo II). Educar os filhos é a grande missão que Deus confiou aos pais. Portanto os pais são os primeiros educadores dos filhos. Michel Quoist dizia “que não é para si que os homens educam os seus filhos, mas para os outros e para Deus.” “Educar é colaborar com Deus, e que é na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais” (Coelho Neto). É preciso preparar os filhos para que entendam que a própria pessoa é a principal responsável por sua educação. Quem cultiva as suas qualidades sente a própria dignidade e valor da vida. De fato, educar é promover o crescimento e o amadurecimento da pessoa humana em todas as suas dimensões: psíquica, material, intelectual, moral e religiosa. Por isso educação não se aprende só na escola, mas principalmente em casa. “Os pais são os primeiros e principais educadores dos filhos e têm também, neste campo, uma competência fundamental: são educadores porque são pais” (João Paulo II). Por que o mundo de hoje se apresenta diante dos nossos olhos tão macabro? Por que tantos crimes? Por que tanta violência? Por que tanto estupro? Por que tanta droga? Por que tanto alcoolismo? Por que tanto assalto, homicídio, seqüestro, corrupção, fraudes, suicídios?... Uma das respostas pode ser esta: Porque as educações modernas, atéias, materialistas, consumistas, hedonistas, tiraram Deus do coração das crianças, dos jovens e principalmente dos adultos. Só se educa se tocarmos os corações das crianças. Por isso a família é o Santuário da Vida.

INTEGRAÇÃO . NOVEMBRO . 2006

cada momento da ação educativa da criança e do jovem, tornando-se parte fundante da sua própria identidade. A promoção de tal dimensão é o objetivo de toda a ação da comunidade educativa.

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CAPA PARCERIA FAMÍLIA E ESCOLA Sonia Maria da Silva Fraga Vice-diretora e Supervisora Educativa, Escola Fundamental La Salle Esmeralda, Porto Alegre-RS Vários educadores brasileiros afirmam que onde há uma parceria com os pais, equipe diretiva e os professores, há uma aprendizagem mais efetiva por parte dos estudantes. Concordamos com esta afirmativa, porém há uma conscientização bem clara dos docentes lassalistas do La Salle Esmeralda de que é necessário refletir, discutir e ter um olhar diferenciado para o aluno que, além do aspecto financeiro seja desassistido culturalmente, ou provenha de família que não reconhece o verdadeiro significado da educação.

Nossas famílias são notadamente cooperativas e atenciosas às solicitações da Escola, seja nas atividades para as quais são convidadas ou quando lhes é solicitado comparecimento para terem informações do desempenho do estudante. Esse chamamento não é só para falar de problemas, mas também para elogiar ou para juntos, escola e família, encontrarem formas de ajudar o educando em suas dificuldades.

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Sabemos que grande parte dos pedagogos e pesquisadores da educação atribuem à família a origem dos problemas disciplinares. Apontam o novo modelo familiar, no qual a mãe trabalha fora do lar, substituindo o pai no sustento da casa e ainda é encarregada da educação infantil, como causas prováveis do fracasso escolar ou pelo desajuste social do estudante. Neste sentido, nossa Escola fica atenta à realidade local, buscando estabelecer metas e projetos que venham amenizar ou resolver, dentro de sua área de atuação os vários problemas com os quais depara. A visita da Orientadora Educacional às famílias para conhecer e compreender a história de vida de cada um dos estudantes, é uma estratégia que vem dando excelentes resultados. Os pais a acolhem com cordialidade e muitos problemas são resolvidos após a troca de informações. Demonstram grande respeito pela Escola e por todos os seus componentes.

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Há uma boa relação de amizade entre os professores e os estudantes. A produção do saber é fortalecida por este vínculo afetivo. A educação é um processo longo e inacabado e há muito o que fazer e conseguir. É preciso que o sujeito tenha o desejo de construir uma aprendizagem que lhe possibilite compreender melhor o mundo e o entorno que o cerca. Como Escola de Serviço Educativo a Pobres temos a convicção da iluminação de La Salle nos momentos de angústia, de alegria e de compensações, pois o nosso trabalho é resposta concreta à missão confiada por nosso Fundador.

Através deste texto, a necessidade e a importância da família no contexto de ensino-aprendizagem, destacando as relações existentes entre os valores sociais e culturais que a família tem dado como modelo aos aprendentes e como eles interferem no processo de aprendizagem. Pensando-se em um trabalho sistêmico, não é permitido que recaia só sobre a escola a tarefa da aprendizagem.

Ir. Olavo José Dalvit

A nossa caminhada tem sido difícil, exigente e perseverante. A união, a coerência, o querer e o acreditar do grupo docente, ao longo dos 25 anos da presença lassalista na Vila Esmeralda, é que elevou a consciência familiar da comunidade de que a educação é inerente a toda a pessoa. Por isso, a necessidade de ser bem administrada e a conseqüente exigência de maior qualificação do ensino. Cresce ano a ano a procura de vagas na Escola.

Grupo de Pais Colégio La Salle Dores, de Porto Alegre-RS

A família deve também exercer o papel de mediador, possibilitando e auxiliando neste processo. Cabe a ela, que detém o poder da socialização, transmitir aos filhos sentimentos e valores em relação à escola e à aprendizagem, assim como é pertinente à escola (adulto educador) agregar a isto o conhecimento, também incrementando estes valores. A escola é um todo em si, a família é um todo em si e o aluno é um todo em si. Mas estes três formam parte de um todo maior, que é o processo educacional, a educação em si. Este processo, que é uma tríade entre escola, aluno e família, normalmente sofre influência externa. É difícil que a tríade se estabeleça de maneira isolada. Televisão, sociedade, política e violência são interferências externas. Mas é esta tríade que gera o processo educacional. O processo é equilibrado e funciona quando há harmonia entre estes três elementos. Quando um destes elementos está ausente da articulação, ou não está tão presente quanto os demais, ocorre um desequilíbrio e tende a haver algum problema no processo. Quem dá legitimidade para a escola conseguir passar aos alunos suas regras de convivência e de respeitabilidade é a família. Um segundo elemento importante é que a escola tem que ser o ponto de convergência de todas as famílias. Este é o grande desafio da escola hoje em dia. Numa tentativa de mesclar tradição e modernidade, o La Salle Dores abriu espaço para um grupo de pais e educadores. São encontros para debater, questionar e “estudar” uma nova formatação no conceito de limites. -Grupo GIRASSÓIS DA SOLIDARIEDADE - uma maneira tradicional de praticar solidariedade. Alunos, professores e Comunidade Educativa se articulam mensalmente e montam cestas básicas para doação. -Grupo de PAIS REPRESENTANTES - um elo de ligação mais estreito entre família e escola. A escola tem chamado pais para refletir e auxiliá-la na busca da qualificação do ensino dorense. Este tipo de encontro é fundamental para discutirmos o que queremos da escola e como esta deveria funcionar do ponto de vista da família. É uma troca efetiva de conhecimentos e idéias. É um momento em que marcamos presença na escola, em que nos tornamos mais íntimos do ambiente escolar.


CAPA MÃES DO LA SALLE DORES “Queremos que nossos filhos, além de terem um ensino de qualidade, também tenham uma boa formação espiritual. Que os valores sejam trabalhados. Que se tornem cidadãos honestos, solidários e que se preocupem com o todo. E, nesta aproximação com a escola, sentimos que o que desejamos aos nossos filhos também é preocupação da direção e professores do Colégio La Salle Dores.” - Neide Spinato “Os alunos formandos, que estão em contagem regressiva para o encerramento do ano, nos dão uma mostra do amor que eles têm pela escola. Na escola a gente é alguém, não somos um número.” - Anamaria Teixeira da Rosa

“Quando tu escolhes a escola para teu filho, o compromisso é muito grande. Onde esta escola é parecida com tua casa? A gente busca um diferencial. O grupo de pais representantes já deu certo. Sou facilitadora da turma de meu filho, as pessoas me ligam, colocam situações em que não estão confortáveis. Somos bem recebidos e nos antecipamos aos problemas. As questões são resolvidas e nos sentimos satisfeitos. Estar feliz na escola é muito importante.” - Tatiana de Mattos Moreira “Como os filhos não nascem com manual de instrução, e não existe curso de aptidão para ser mãe/pai, a escola serve de alicerce, sustenta o que ensinamos e ainda acrescenta. Só tem liberdade quem tem educação e conhecimento. Quem quer ter liberdade tem que ter conhecimento.” Carmem Jecy Machado Barros Xavier

MÃE DO LA SALLE CANOAS “Como mãe de alunos, tenho acompanhado o Colégio La Salle desde o ano de 1994. Nesse período, tenho percebido uma crescente preocupação da Escola em integrar às famílias no processo educacional. O Colégio identificou que no processo de formação de seus alunos, há uma necessidade de atuação conjunta entre família e escola. Para que isto aconteça, vejo que alguns procedimentos foram adotados, visando estreitar esses laços. Atividades são desenvolvidas para que os próprios pais venham até as salas de aula, transmitirem aos alunos suas experiências profissionais. Na Educação Infantil ocorrem teatros e brincadeiras realizados pelas famílias, e os “pequenos” têm exigido ainda mais a nossa presença. Tarefas de casa são elaboradas de forma que sejam executadas conjuntamente entre pais e filhos. Espaços, tais como a Feira da Família são viabilizados buscando aumentar esta relação escola-família. É emocionante e um privilégio, ver que nossos filhos apreciam e valorizam nossa participação junto ao La Salle. Cabe a nós como pais, estarmos sensíveis a este convite que nos é efetuado, para que esta integração torne-se uma realidade. Sinto-me feliz em poder participar deste processo e espero que todos possam aproveitá-lo. Tiremos o máximo proveito da oportunidade que nos é dada, de sermos co-autores nas decisões administrativas e pedagógicas do Colégio La Salle, o que facilita e favorece a formação de nossos filhos.” - Ângela Kazumi – mãe de quatro alunos.

Segundo a Coordenadora Pedagógica Lisete de Almeida Portela, a família e a escola são parceiros fundamentais no desenvolvimento de ações que favoreçam o sucesso escolar e social das crianças e adolescentes. O Projeto da Hora do Conto com as famílias, bem como os demais projetos realizados no La Salle Canoas e que demandam a participação efetiva da família, buscam promover uma interação convergente, complementar e sinérgica com pais, alunos e professores da instituição. São ações concretas como depoimentos, palestras, oficinas, pesquisas e demais momentos de integração. Essas iniciativas são estratégias de aproximação, de envolvimento e de coesão da família com o contexto escolar. Elas oportunizam vivências que possibilitam

INTEGRAÇÃO . NOVEMBRO . 2006

Desde o início do ano letivo de 2006, as crianças do Nível III da Educação Infantil do Colégio La Salle participam de horas do conto especiais com as famílias. Na atividade, que acontece uma vez por semana, mães trazem contos infantis com assuntos variados e apresentam para os pequenos em sala de aula. Temas como amizade, diferenças, inclusão, respeito, partilha, entre outros são trabalhados nas histórias. “O trabalho é muito rico e a mãe que vem é sempre surpresa”, conta a professora Vera Lúcia Pereira da Rosa, que idealizou a atividade. Segundo ela, o conteúdo das aulas na semana é baseado na história contada. Além da participação da família na escola, os alunos ainda levam temas de casa para serem feitos com os pais. “As famílias ficam mais amigas da escola e sabem o que estamos trabalhando em aula”, ressalta. Na Semana de Projetos foi a vez dos alunos apresentarem a hora do conto aos pais. No final do ano, a turma entregará um livro para as famílias sobre todas as histórias contadas. “O objetivo do trabalho é ter a presença dos pais em aula”, conclui Vera.

refletir a infância, provocando impactos positivos na vida dos educandos que vêem seus pais como protagonistas de um momento tão especial dentro da escola. O reforço emocional que emana dessa visão traz para a criança a perspectiva de parceria e unidade dentro de um mesmo propósito, que é educar. Os alunos sentem-se, com certeza, muito orgulhosos de seus pais. A participação deles está relacionada a maior consciência e engajamento das famílias no universo da aprendizagem, com enfoque social no desenvolvimento de atitudes favoráveis ao sucesso escolar dos filhos, e exige única e tão somente boa vontade para engajar-se e disponibilidade de comprometer um pouquinho do seu tempo em alguns momentos durante o ano.

Tiago Schmitz

Assessor de Comunicação do Colégio La Salle, de Canoas-RS, Tiago Schmtiz, descreveu o projeto da Hora do Conto que integra famílias da Educação Infantil através da presença das mães na elaboração de histórias e da participação nas aulas.

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DIÁRIO DE CLASSE COLÉGIOS DE PORTO ALEGRE CRIAM CARTÃO LA SALLE DE DESCONTOS Os Colégios La Salle Dores, La Salle Santo Antônio e La Salle São João firmaram parceria para a criação do Cartão La Salle de Descontos. O projeto surgiu a partir da experiência já obtida pelo La Salle Santo Antônio com o cartão de descontos Antônio's Card, desde o ano de 2004. Assim, todos os conveniados já existentes neste primeiro projeto passam a integrar a lista de conveniados do novo cartão. O projeto tem como objetivo firmar convênios com empresas de diferentes segmentos para proporcionar aos integrantes das Comunidades Educativas, sejam estudantes, pais ou colaboradores, descontos na aquisição de produtos e utilização de serviços. O cartão irá somar forças na criação de uma marca mais forte em Porto Alegre, além de possibilitar melhores e maiores parcerias no oferecimento de descontos à Comunidade Lassalista. O Cartão La Salle de Descontos começará a funcionar no início do ano letivo de 2007, disponibilizando aos beneficiados um guia de convênios com as primeiras instituições parceiras. Cíntia Miguel Kaefer, Assessoria de Comunicação, Colégio La Salle Santo Antônio, Porto Alegre-RS. MOACYR SCLIAR VISITA O LA SALLE NITERÓI

Émerson Vasconcelos

No mês de setembro o La Salle Niterói recebeu o imortal, da Academia Brasileira de Letras, Moacyr Scliar. O escritor palestrou e respondeu perguntas aos alunos de 5ª série do Ensino Fundamental ao segundo ano do Ensino Médio. Scliar, logo no início de sua fala, se disse honrado por estar mais uma vez em uma unidade da Rede La Salle que, segundo ele, sempre o recebeu muito bem. O imortal não se ateve a falar sobre os livros que os alunos leram. Seu discurso teve mais a ver com a importância da leitura e a forma como ele acredita que as pessoas devem valorizar os livros. Em certo momento o escritor usou como exemplo uma fala de sua mãe, que dizia que “em sua casa poderia até faltar comida, mas jamais poderiam faltar livros”, para explicar aos alunos onde teve origem sua paixão pela literatura. Como conselho ao aluno

Cristiano Glustack, que pediu a Scliar dicas de bons livros que pudessem enriquecer a formação dos estudantes além das necessidades para o vestibular, o escritor disse que o ideal é que as pessoas leiam muito, e leiam de tudo, para poder encontrar aquele livro ou aquele autor com quem melhor se identificam. No final do encontro Moacyr Scliar, sempre sorridente, concedeu uma entrevista ao Tá Ligado, informativo do La Salle Niterói, e autografou os livros de todos os alunos que os tinham em mãos. Émerson Vasconcelos, Assessoria de Comunicação, Colégio La Salle Niterói, Canoas-RS.

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DEBATE E ELEIÇÕES SIMULADAS NO ENCONTRO DA CIDADANIA, REALIZADO NA PASTORAL LA SALLE DE MANAUS O setor de Pastoral do La Salle Manaus realizou o Encontro da Cidadania, no dia 21 de setembro. Tendo o objetivo de colocar os alunos em contato com os candidatos a governo do estado, estiveram presentes ao debate de idéias os senhores Paulo de Carli (PDT) e Arthur Virgílio Neto (PSDB). Os alunos fizeram questionamentos sobre educação, saúde, Zona Franca de Manaus e o impasse da TV Digital. Na semana seguinte ao debate, os alunos participaram de uma Eleição Simulada, com o apoio do TRE, que instalou uma urna eletrônica no hall da escola. Os alunos que não puderam ter acesso à urna votaram em sala de Caroline Thomé, aula, com o método antigo das cédulas de papel. Assessoria de Comunicação, Centro Educacional La Salle, Manaus-AM. Arquivo LSManaus

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DIÁRIO DE CLASSE LA SALLE DORES PARTICIPA DA FEIRA DE MINIEMPRESAS O COLÉGIO LA SALLE DORES participou, na manhã do dia 07 de outubro, da Feira de Miniempresas no Shopping Iguatemi. Ao todo foram expostos 28 trabalhos de 24 escolas. A miniempresa Orievahc, dos alunos dorenses, expôs chaveiros que concorreram com produtos como velas de gel, almofadas, cestas, bijouterias e luminárias. O projeto da miniempresa oportuniza que os alunos tenham contato com todos os processos de uma empresa, desde a pesquisa até a produção e venda dos produtos. A estrutura organizacional das miniempresas é como a de uma empresa real, elas têm direção de marketing, finanças, recursos humanos, produção, acionistas e presidente. Juliane Penteado, Assessoria de Comunicação, Colégio La Salle Dores, Porto Alegre-RS.

Juliane Penteado

FEIRA DE INTEGRAÇÃO CULTURAL DO LA SALLE SÃO JOÃO EXIBE CULTURA INGLESA E ESPANHOLA DE DIFERENTES PAÍSES Na sexta-feira (1º de setembro), o La Salle São João realizou sua III Feira Anglo-Hispânica e II Mostra Cultural, durante todo o dia, no Salão Nobre do Colégio. A Feira de Integração Cultural, que acontece de dois em dois anos, na Escola, nesta terceira edição, exibiu a cultura de 14 países de língua inglesa e espanhola, sob a organização dos alunos da 1ª e 2ª séries do Ensino Médio, com a coordenação das professoras de Inglês e de Espanhol, Ivanise Martins e Adriana Ritter. Diversos estandes, ocupados pelos alunos, fornecerem aos visitantes muita cultura e informação. A Mostra Cultural, que aconteceu, a partir das 20h, teve recorde de público e exibiu apresentações artísticas de diversos grupos de danças. Nadia Leal, Assessoria de Comunicação, Colégio La Salle São João, Porto Alegre-RS.

Roguer Giordano

Na sexta-feira, dia 06/10, as atividades da Semana da Criança La Salle se iniciaram com homenagem das famílias para os aluninhos da Educação Infantil. Mães vestidas de criança, outras com fantasias de palhaço, prepararam pequenas peças teatrais que foram apresentadas no Salão de Atos. As crianças do Nível I, II e III estavam sorridentes ao ver suas mães no palco. A primeira apresentação foi das famílias do Nível I e II que associaram as letras do alfabeto aos nomes dos filhos. “Nossa intenção foi de passar a idéia de que aprender é divertido e alegre”, ressalta Edilene Bisinella, mãe da aluna Cecília, do Nível II. Depois, foi a vez da apresentação das famílias do Nível IIIB. Vestidas de criança e fantasiadas, as mães dançaram no palco ao som de músicas infantis. A última apresentação, das famílias do Nível IIIA, trouxe a alegria dos palhaços ao palco. A história era sobre o Palhaço Mentiroca e passava uma mensagem educativa sobre os cuidados no trânsito. Ainda no Salão de Atos, foram distribuídas guloseimas para os alunos. Segundo Edilene, este tipo de atividade com as famílias faz muita diferença. “Quanto mais a família participar da vida do filho na escola, mais ele vai aprender e ter prazer em estar em aula”. A Semana da Criança ainda tem brincadeiras, baile à fantasia, cachorro-quente, sorvete, algodão doce, e até sessões de cinema. Tiago Schmitz, Assessoria de Comunicação, Colégio La Salle, Canoas-RS. Envie seu “Diário de Classe” para marketing@delasalle.com.br

INTEGRAÇÃO . NOVEMBRO . 2006

Tiago Schmitz

MÃES DO LA SALLE CANOAS PREPARARAM ATIVIDADES PARA O DIA DA CRIANÇA

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DIÁRIO DE CLASSE LA SALLE NITERÓI PROMOVE MOSTRA DE CONHECIMENTO

Émerson Vasconcelos

A II Mostra de Conhecimento do La Salle Niterói, aconteceu no mês de outubro de 2006. O Evento foi aberto ao público externo e contou com a presença de mais de 700 alunos de escolas do bairro Niterói, em CanoasRS. Ao todo foram mais de 70 trabalhos em exposição, além de 5 palestras educativas e diversas apresentações culturais organizadas pelos alunos. Os alunos da Educação Infantil e das séries inicias do Ensino Fundamental produziram trabalhos baseados na cultura de diversos países, sendo que cada turma ficou responsável por pesquisar sobre uma nação. Já as séries finais do Ensino Fundamental e o Ensino Médio apresentaram trabalhos com temas variados, escolhidos pelos próprios alunos.

As palestras, todas com cunho educativo, também foram totalmente formuladas pelos estudantes e ministradas por eles. “Com as palestras o nosso objetivo é incentivar a pesquisa. Todos os palestrantes foram estimulados pelos professores a buscarem maiores informações sobre seus temas, inclusive com saídas de campo”, conta Niúra. Segundo a coordenadora do Projeto, professora Niúra Ramires Faria, o objetivo da mostra é fazer com que o aluno desenvolva o hábito de organização, observação, planejamento, criatividade, métodos e habilidades de pesquisa. “Este é o nosso principal propósito, além de valorizar o conhecimento produzido em nossa Comunidade Educativa”, esclarece a coordenadora. Émerson Vasconcelos, Assessoria de Comunicação, Colégio La Salle Niterói, Canoas-RS.

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LA SALLE SANTO ANTÔNIO É PREMIADO EM EVENTOS CIENTÍFICOS O Colégio La Salle Santo Antônio conquistou premiações em dois eventos da área de Ciências e Tecnologia, no mês de outubro. Na sexta-feira, 20 de outubro, o projeto Laguinho recebeu Menção Honrosa no 1º Salão UFRGS Jovem, em cerimônia realizada no Salão de Atos da Universidade. Ao todo, 129 trabalhos foram apresentados por Instituições de Educação Básica, e somente 14 foram premiados. Os Professores Fernando Medeiros e Suzana Zanotto, coordenadores do Projeto, participaram da premiação, juntamente com estudantes da 5ª e 8ª séries. O trabalho foi apresentado na UFRGS pelos alunos Bruno Gomes, Daniela Ruzzarin, Daniela Wecki e Vicente Ribeiro, da turma 151; Akira Kimura Gaudioso e Renata Delucis Hilal Necchi da turma 181; Augusto Lumertz Reck, Felipe Korndorfer dos Reis, Guilherme Dutra de Oliveira, Rafael Pompeu de Oliveira, Ricardo Perazzoni Jaeger e Vitor Hugo Constantino Scharndorf, da turma 182. O Projeto busca a recuperação das condições ambientais do Laguinho localizado na área do Colégio. Durante o mês, o Colégio foi comunicado sobre a classificação do estudante Vitor Dal Bó Abella, Turma 212, para a V Olimpíada de Química do Sul - 2006. A cerimônia ocorre no dia 16 de novembro, na Fundação Liberato, em Novo Cíntia Miguel Hamburgo. Kaefer, Assessoria de Comunicação, Colégio La Salle Santo Antônio, Porto Alegre-RS.

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Cíntia Miguel Kaefer


Silvia Dewes

DIÁRIO DE CLASSE ALUNOS EXIBEM CURTAS DO PROJETO “ARTE EM CENA” Os alunos do 2º ano do Ensino Médio tiveram uma noite de estrelas de cinema na segunda-feira. Diante de uma platéia formada por pais, professores, órgãos de comunicação e convidados, eles exibiram curta-metragens produzidos dentro do Projeto Arte em Cena, desenvolvido pela professora Carla Machado. Ao todo, foram seis filmes de 10 a 25 minutos de duração que abordaram temas diversos, desde adaptações de obras literárias, como Romeu e Julieta, de William Shakespeare, e O Seminarista, de Bernardo Guimarães. Dois roteiros fizeram uma paródia do filme Pânico 2 e de um dos episódios de A Grande Família. Problemas de Família e Um Criminoso em Nossa Casa trataram de questões atuais, como a violência e a desestruturação familiar. “Diante de problemas, o importante é não desistir, sempre deve haver esperança”, disse Elisa Valigura, atriz de Problemas de Família. No final das apresentações, foi servido um coquetel aos presentes. Como estrelas de cinema, os alunos também deram entrevistas e distribuíram autógrafos. Marlete, Assessoria de Comunicação, Colégio La Salle Medianeira, Cerro Largo-RS.

LA SALLE DORES PARTICIPOU DA CORRIDA PELA VIDA

Juliane Penteado

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INTEGRAÇÃO . NOVEMBRO . 2006

Uma manhã de domingo ensolarada, muita animação e energia. Esse foi o clima da 13ª Corrida pela Vida promovida pelo Instituto do Câncer Infantil. Junto a outras escolas, academias e participantes de todas as idades, o Colégio La Salle Dores marcou presença nesse evento que reuniu milhares de pessoas em torno de um nobre objetivo: destinar a verba arrecadada pela venda de camisetas ao tratamento de crianças com câncer. A Corrida pela Vida, que capta recursos para a causa do câncer infantil, mobilizou a Comunidade Educativa do La Salle Dores. Desde agosto, o colégio se preparou para participar desse evento que é uma exemplar iniciativa do Instituto do Câncer Infantil do Rio Grande do Sul. Durante os meses que antecederam a Corrida, as turmas da escola foram convidadas a substituir o uniforme pela camiseta do Evento. A ação é uma das formas que a instituição encontra de ser solidária com causas sociais e de incentivar que os educandos sejam cidadãos pró-ativos e conscientes. O La Salle Dores agradece a presença dos participantes e antecipa que no ano que vem tem mais. Juliane Penteado, Assessoria de Comunicação, Colégio La Salle Dores, Porto Alegre-RS.

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DIÁRIO DE CLASSE CAMPEONATO DE LEITURA ENTRE AS QUARTAS SÉRIES NO LA SALLE MANAUS As 4ª séries do La Salle Manaus estão envolvidas em um campeonato de leitura, que se estenderá até o final do ano letivo. A abertura da atividade contou com a palavra de apoio do Ir. Antônio Cantelli, e a explicação de como funcionar a competição: os alunos que mais emprestarem livros na biblioteca e mais confeccionarem fichas de leitura (indicações e propagandas de um livro que leram, que serão afixados em um mural) serão premiados. Caroline Thomé, Assessoria de Comunicação, Centro Educacional La Salle, Manaus-AM. Caroline Thomé

LA SALLE SÃO JOÃO REALIZA II FESTIVAL DE FOLCLORE E CULTURA POPULAR

Arquivo LSSJ

Uma verdadeira miscigenação de culturas, que teve origem na Mostra Cultural Gaúcha, tradicional na instituição, o II Festival LA SALLE SÃO JOÃO de Folclore e Cultura Popular, que aconteceu do dia 22 de setembro, das 17h às 21h30min, no pátio do Colégio, apresentou trabalhos de diferentes faixas etárias e diversas atrações ligadas aos povos formadores do Rio Grande do Sul. Um evento que procura promover a integração, não só de etnias, mas da comunidade em geral, neste ano também ofereceu aos presentes uma mostra gastronômica - com destaque às culinárias espanhola (preparo da PAELLA, ao vivo) e alemã - e ao tradicional churrasquinho, reportando às tradições gaúchas. Participações especiais de diferentes grupos folclóricos e apresentações dos alunos da Educação Infantil às Séries Iniciais abrilhantaram a Festa, depois da abertura oficial feita pela Banda Marcial São João. Nadia Leal, Assessoria de Comunicação, Colégio La Salle São João, Porto Alegre-RS.

No dia 23/10, os alunos da 8ª série do Ensino Fundamental do Colégio La Salle Canoas iniciaram um Intercâmbio Cultural para Argentina. A viagem internacional de estudos aconteceu pelo terceiro ano consecutivo e, durante cinco dias, cerca de cinqüenta estudantes viveram uma experiência diferente saindo da sala de aula para aprender sobre a cultura latina. Os jovens percorreram mais de 2500 quilômetros nesta viagem de estudos pela América Latina. Enriquecimento cultural, aperfeiçoamento da língua estrangeira e muito conhecimento são os principais objetivos do intercâmbio que saiu de Canoas em direção a Buenos Aires, capital da Argentina. O roteiro incluiu visitas à Casa Rosada, ao tradicional bairro da Recoleta, Obelisco, Teatro Colon, entre outros pontos históricos de Buenos Aires. Depois, os estudantes seguiram para a cidade uruguaia de Rivera. Um dos pontos mais importantes da viagem foi a integração entre os alunos do La Salle Canoas e do La Salle Buenos Aires, realizado no dia 25. O projeto é voltada aos estudantes de 8ª série, pois os conteúdos das disciplinas abordam assuntos referentes à América Latina e ao Mercosul, envolvendo desde Matemática até Educação Física. Acompanharam os alunos quatro professores e dois guias contratados. Tiago Schmitz, Assessoria de Comunicação, Colégio La Salle, Canoas-RS.

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Arquivo PLPOA

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ALUNOS DO LA SALLE CANOAS PARTICIPAM DE INTERCÂMBIO CULTURAL


DIÁRIO DE CLASSE 23ª EDIÇÃO DA FEIRA DO LIVRO LA SALLE SANTO ANTÔNIO ENVOLVE COMUNIDADE Entre os dias 18 e 20 de outubro ocorreu a 23ª edição da Feira do Livro do Colégio La Salle Santo Antônio. O evento teve como patronesse a escritora Jane Tutikian, além de contar com a presença de outros escritores gaúchos. Encontros, palestras, visitações, horas do conto, saraus literários rechearam a programação do evento em diferentes ambientes da Comunidade Educativa. As crianças da 2ª série do Ensino Fundamental aproveitaram o evento cultural e autografaram CDs com trabalho desenvolvido no Núcleo de Informática Educacional sobre a releitura da poesia Mapa do escritor Mario Quintana. Já os estudantes da 1ª série do Ensino Médio apresentaram a Mostra de Literatura de Cordel traços, textos e xilogravuras. Os trabalhos trazem textos inspirados em acontecimentos políticos e econômicos do Brasil, através de contato e análise de periódicos, como o jornal Zero Hora e a Revista Veja. Os versos de cordel têm relação direta com a literatura medieval, Cíntia Miguel foco de estudo da série, orientado pelas Professoras Neidi Oliveira e Miriam Viana. Kaefer, Assessoria de Comunicação, Colégio La Salle Santo Antônio, Porto Alegre-RS.

JORNADAS DE FORMAÇÃO PROMOVEM VALORES HUMANOS E CRISTÃOS

INTEGRAÇÃO . NOVEMBRO . 2006

Silvia Dewes

Cíntia Miguel Kaefer

Estudantes do La Salle Medianeira estão tendo a oportunidade de repensar os valores humanos nas Jornadas de Formação promovidas pela escola. As jornadas são encontros nos quais são abordadas temas importantes para o crescimento pessoal, como a amizade, o respeito e a convivência. Os encontros acontecem durante um dia inteiro no Balneário Cristal, localizado no interior de Cerro Largo. Além de reflexões, os alunos são estimulados a realizar atividades em grupo em um espaço privilegiado junto à natureza. A Jornada é planejada pela Supervisão Pastoral e pelo Serviço de Orientação Educacional a partir de sugestões de cada turma e do professor regente, que indicam os conteúdos a serem desenvolvidos. Durante o dia, as reflexões são intercaladas com atividades que exigem a cooperação e o espírito de equipe. Todas as turmas do Ensino Médio e quatro do Ensino Marlete, Fundamental já participaram da experiência. Assessoria de Comunicação, Colégio La Salle Medianeira, Cerro Largo-RS.

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ARTIGOS

FAMÍLIA E ESCOLA UMA ALIANÇA EM QUESTÃO Eloísa de Ávila Diretora do Colégio La Salle, Carazinho-RS. Buscando analisar as relações entre a família e a escola, podemos destacar que em tempos e espaços histórico-sociais diferentes, é possível verificar mudanças sociais e culturais, porém na Modernidade, percebe-se que as famílias sofrem mudanças notáveis, apresentam novas configurações na sociedade contemporânea e constituem-se de diferentes maneiras.

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Surgem outros tipos, diferentes dos modelos tradicionais da família nuclear de pai, mãe e filhos; enfim, podemos destacar mudanças de configurações familiares a partir de influências sociais, culturais e econômicas. Para analisar as relações da família com a escola, faz-se necessário identificarmos os dispositivos de aliança apontados pela Pedagogia Lassalista, por Narodowski ( 2001):

nos de observações que fazemos, buscando perceber como elas são comprometidas nesse processo educativo. O funcionamento adequado da instituição escolar se estabelece a partir de um mecanismo de aliança entre o professor e os pais dos alunos. Com essa crença, nossa sociedade, discursa sobre a necessidade de aliar as forças da família e da escola, porém há a possibilidade de pensarmos que pouco ou quase nada se efetiva em termos de aliança, pois por um lado a Escola desenvolve seu trabalho e por outro a família segue sua forma de vida, “distante” da vida regrada da escola.

Nessa constituição dos professores como substitutos dos pais, nos deparamos com discursos que fazem prevalecer sobre o papel dos professores como educadores, Em termos gerais, La Salle ampliando significativamente seu papel contribui para perpetuar a na responsabilidade sobre a tradição que imagina o intelectualidade para muito além, aos professor como substituto dos pais. aspectos afetivo-sociais, o que os torna, O dispositivo de aliança cada vez mais comprometidos com a escola-família deve instalar-se, formação das crianças, jovens e à luz da pedagogia lassalista, adolescentes. Essa tradição vem em um contrato entre mestres fortalecendo o discurso do professor e pais, contrato praticamente como aquele que tem o compromisso de explícito. acompanhar todo o desenvolvimento do seu aluno. A tal ponto que a conduite estabelece um ritual perfeitamente limitado onde se A partir de análises pessoais e dicas da define a aliança: revista Nova Escola de junho/julho “O Irmão Diretor não receberá nenhum 2006, podemos pensar e sugerir algumas aluno que não seja apresentado pelo pai alternativas para aliar a família e a escola ou a mãe com a qual reside, ou parente de em prol da educação: idade razoável tendo certeza de que vem por parte dos pais.” PAPEL DA ESCOLA (Conduite: p.241 in Narodowski) Para a escola podemos destacar a Com essa referência destacamos que a importância de conhecer a família dos presença do dispositivo de aliança família- alunos, a sua realidade, buscando escola é apontado por São João Batista de integrá-los. A escola procura conhecer e La Salle e até os nossos dias, discutimos a saber aceitar as diferentes configurações necessidade da família aliar-se à escola e familiares, sabendo que a escolha de especialmente buscamos alternativas de valores são da família, desde que esses envolver os pais na vida estudantil de seus n ã o a p r e s e n t e m d a n o s a o filhos. desenvolvimento da criança. Caso contrário, a escola pode ser a promotora Podemos pensar nessa trajetória, valendo- de qualidade de vida e educação.

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Um cuidado importante é que a Escola precisa verificar as reais necessidades das famílias, antes de planejar palestras ou outros momentos de formação, a fim de corresponder às reais necessidades dos alunos e suas famílias. Compreendemos que a escola deve ter muitos canais de comunicação entre os pais e professores, seja através do diálogo ou de comunicação escrita, pode oferecer caixas de sugestões, emails para contato, ou os meios que viabilizem a comunicação rápida e eficiente. Ressalta-se a necessidade dos professores e funcionários da escola estarem bem orientados para estabelecerem bons vínculos de comunicação e receberem bem as famílias na escola, mostrando o funcionamento da mesma para que os pais estejam cientes da proposta educativa.

Vale destacar, o quanto a escola precisa ressaltar aspectos positivos, sobre as conquistas dos alunos, procurando superar o velho hábito de chamar a família na escola só para reclamar do aluno, mas poder valorizar o crescimento, a fim de aprimorar a auto-estima de todos. Os professores devem valorizar a participação da família nas tarefas de casa, mas precisam evitar a sobrecarga de atividades, tendo consciência dessa participação como momentos de incentivo. PAPEL DA FAMÍLIA Para as famílias, também podemos destacar algumas formas de estabelecer bons laços com a escola: A família precisa estar de acordo com a proposta Educativa, ser consciente dos princípios da escola e aprovar a forma desta instituição, caso contrário, não apostará no sucesso e estará prejudicando os vínculos do aluno com a Escola, pois é


ARTIGOS

A auto-estima e a auto-confiança da criança na escola estão intimamente ligadas ao comprometimento e conhecimento que a família tem em relação à sua Escola. Nesse sentido, é necessário ter abertura de diálogo com a Escola, deixando sempre os professores cientes das reais situações de seus filhos; no caso de algum problema, devem comunicar a escola, para que a mesma possa agir adequadamente e assim corresponder às expectativas. Os familiares devem observar as necessidades dos estudantes antes de sair de casa. A família tem um papel muito importante, por isso ao sair de casa é muito bom que deseje ao filho(a) que tenha um bom dia ou uma boa tarde de estudos. Quando este desejo é afetivo, aproxima as pessoas, transmitindo segurança, o que é imprescindível para o crescimento e desenvolvimento de todos. A família precisa estabelecer boa comunicação, conhecendo os professores de seus filhos, não precisa esperar ser chamada à escola para tomar conhecimento sobre o desempenho estudantil, mas pode buscar saber sobre o aproveitamento escolar. Quando a família percebe problemas escolares, deve procurar resolver diretamente com o professor e seu filho, somente em último caso deverá recorrer a outros, pois com o diálogo é possível sanar grande parte das dificuldades, esclarecendo fatos e dúvidas, reestruturando as possibilidades de crescimento e desenvolvimento. A família precisa acreditar e expressar sua credibilidade na Proposta Educativa da Escola, para que sua percepção expresse afetividade e desperte expectativas bem positivas em relação aos estudos. Assim deseja-se que a família e a escola, possam estabelecer uma aliança para unificar ações em prol da educação. BIBLIOGRAFIA NARODOWSKY, Mariano. Infância e Poder: conformação da Pedagogia Moderna. São Paulo: Editora da Universidade São Francisco, 2001.

REVISTA NOVA ESCOLA. Junho/Julho, 2006.

A ENTIDADE FAMILIAR E A ESCOLA Geraldo Recktenvald Professor do Curso de Direito e Coordenação do Núcleo de Prática Jurídica do Centro Universitário La Salle - UNILASALLE, Canoas-RS. “A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado” (Art. 226, caput, da Constituição Federal). A par de qualquer outra qualificação ética, moral ou religiosa, o Estado leigo destaca a entidade familiar com certa prioridade para o Casamento, reconhecendo de pleno direito a União Estável, bem como os grupos familiares constituídos por um dos pais e os filhos. Esta é a norma jurídica leiga, desprovida de qualquer princípio, pois estabelece o mínimo ético, tratando a todos de forma igual, independentemente de religião, moral ou trato social. Não somos obrigados a nos conduzirmos nos limites mínimos legais, mas podemos agir muito acima da fria letra da lei, é o que nos diferencia das pessoas sem qualquer motivação religiosa ou ética, nos dando uma condição sublime de liberdade. 1. Uma família em transformação A família dentro da sociedade, encontra-se em constante evolução, acompanhando a ciência e os costumes, criados a partir dos novos conhecimentos, afastando-nos cada vez mais do grupo familiar quase intocável do século XX, constituído sempre pelo casamento formal e religioso, até o advento da Lei N° 6.515/77. Mesmo com forte oposição da Igreja Católica, o Estado Brasileiro admitiu o divórcio dando oportunidade aos novos entes familiares, mais expostos e em conseqüência mais liberais. A exagerada oposição da Igreja aos novos mandamentos da Lei secular, nos dá a impressão de certa incapacidade ou até fragilidade em relação aos exemplos que deveríamos dar ao mundo. O divórcio na lei estatal não obriga os cristãos casados a se divorciarem, nem uma futura descriminalização do aborto, a praticarmos o abominável ato. A Igreja precisa urgentemente acreditar com mais veemência em seus ensinamentos e na capacidade dos seus fiéis, com bons exemplos e credibilidade, influenciar os descrentes.

2. Escola Cristã: parceira e ombro amigo As novas janelas que se abrem para a família, exigem mais atenção dos pais, que cada vez mais procuram parcerias para a condução dos filhos, achando nas escolas cristãs um confiável apoio, cobrando muitas vezes destas o que eles deveriam ter-lhes passado pelo exemplo e amor familiar. Parceiro é ombro amigo e não substituição da responsabilidade familiar, é complementação da educação e não um mundo totalmente estranho ao vivido no lar. Os princípios básicos são da responsabilidade da “célula mater” e não dos grupos sociais maiores. Na escola, os professores, em sua grande maioria esmeradamente preparados, não substituem os pais, especialmente quando as famílias se desunem pelas separações, cada vez mais freqüentes, sem levar em conta a sorte dos filhos, causando-lhes traumas de difíceis superação, em especial, quando a imaturidade paterna e materna fazem deles instrumentos de vingança mútua, abominável prática nas separações litigiosas. 3. A dura realidade Numa avaliação preliminar realizada pelo Núcleo de Prática Jurídica do Curso de Direito, do UNILASALLE, em Canoas, de um universo de 1.200 (mil e duzentos) casos pesquisados e atendidos na área do direito de família, (separações, divórcios, ações de alimentos, reconhecimentos de paternidade e guarda de menores) constatou-se que em 23% dos casos atendidos, os pais eram casados formalmente; 57% mantinham união estável,(não impedidos de se casarem); os demais eram frutos de relação eventuais ou de concubinato, (impedidos de se casarem formalmente). Os filhos, oriundos destas relações, em todos os casos, aparecem em terceiro plano nas prioridades. Primeiro, era tratada a liberação dos pais apartando-se; depois discutia-se a divisão dos bens e por último se lembravam dos filhos, quem ficava com

INTEGRAÇÃO . NOVEMBRO . 2006

preciso transmitir segurança às crianças, quanto ao ambiente de estudo.

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ARTIGOS eles e quanto o outro alcançaria a título de alimentos. Como é moda, defendido inclusive por algumas sociólogos e educadores, geralmente os pais se decidem pela guarda compartilhada quando os filhos ficam um tempo com a mãe e outro período com o pai, sem um identidade, divididos entre pai e mãe. Esta forma pode servir para maiores de 14 anos, mas é desaconselhada e extremamente prejudicial, especialmente para a vida escolar, para crianças entre 3 e 12 anos. Nesta idade, a criança deve morar com a mãe ou com o pai e visitar ou ser visitada pelo outro. Cabe, também, ter identidade, rotina e disciplina, caso contrário terá essas mesmas atitudes de falta de comando e responsabilidade na Escola, sendo por nós educadores considerado “aluno problema”, enviado para o SOE e para a Psicóloga da instituição, que geralmente não conhecem a criança fora do ambiente da Escola, faltando-lhes preciosa argumentação para uma ajuda integral, que possa auxiliar na restauração do desenvolvimento equilibrado e produtivo, tanto em relação às tarefas e o aprendizado, como no crescimento ético moral, com princípios sólidos para a vida.

A Constituição Brasileira, um tanto permissiva e leiga, não se preocupou com os efeitos da possibilidade de facilmente resolver os problemas dos conviventes, separando-os, relegando os demais membros da família, para planos e soluções posteriores, quando sequer estavam preparados para a separação.

5. Responsabilidade ampla A educação dos filhos é de responsabilidade dos Pais, da Escola, do Estado e Sociedade em geral, cada qual com sua intensidade, sendo o amor paterno insubstituível e fundamental, ligado pela genética, enquanto as demais entidades, auxiliares na plena formação dos princípios orientadores da personalidade, que se molda na c o n v i v ê n c i a f a m i l i a r. U m a v i d a equilibrada na família, facilita a assimilação do processo ensinoaprendizagem, como uma decorrência natural, já um desequilíbrio emocional na relação familiar, desestabiliza o próximo passo que é a Escola, levando os envolvidos: criança, pais, professores e demais membros da comunidade

educativa, com maior ou menor intensidade, a não cumprirem seu mister integralmente, ou mesmo a fracassarem de forma contundente. 6. À guisa de conclusão Quanto mais os pais assumirem os seus filhos, exigindo-lhes limites e obediência, com formação sólida, fundada em bons exemplos, em princípios éticos e morais convincentes, mais sã será a sociedade. E quanto mais desestruturada estiver a família, mais problemas na escola, tanto na pública quanto na particular. Os reflexos da desestabilidade e violência cada vez mais presentes em nossas escolas, repercutem na sociedade, que com a fraca atuação do Estado, dandonos um grande sensação de impunidade, põe em risco o futuro próximo. Só com forte retomada dos princípios e valores éticos, morais e cristãos, se reverterá gradativamente o estado atual. O futuro ainda está em nossas mãos, uma retomada da credibilidade da família, através de uniões sérias e duradouras, dando confiança e força aos seus membros, em especial aos filhos. Desejamos que a credibilidade dos ensinamentos da família tenham continuidade na Escola, principalmente na Escola Cristã, que ainda é vista como modelar. Assim, a sociedade civil, receberá cidadãos livres e de pensamento positivo, que influenciarão a todos que com eles conviverem. Onde o mal será vencido pelo bem e não pela força do aumento de penas aos infratores, mas pela sua recondução ao pacífico convívio social. Como professor, pai, cristão e advogado, creio nas instituições sérias e nos profissionais que nelas atuam, como único caminho que nos levará a resgatar a credibilidade no ser humano.

4. Pais e Educadores, eternos modelos A família, independentemente de sua composição, junto com a Escola, oferecem experiências de vida para as crianças em progressiva evolução para uma estrutura adulta e para o profissional. Sem bons exemplos, princípios sérios, não

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Arquivo PLPOA

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O objetivo da pesquisa que se desenvolve no UNILASALLE, anteriormente citada, é comparar os efeitos das dissoluções familiares quanto aos filhos, “quais mariscos entre o mar e o rochedo”, não estando nunca preparados para verem seus pais separados. Como as separações são uma realidade, até preocupante, pais, escolas, igrejas e todos os grupos sociais organizados devem interagir para minimizar os danosos efeitos causados às crianças, nos conturbados processos de desagregação familiar.

se forma uma pessoa equilibrada e segura. É na convivência observativa que os pequenos elegem seus modelos a serem seguidos. Se vivem em ambientes de desconfiança, medo, agressões verbais e físicas, tornam-se revoltados e agressivos, sem confiança e sem limites. Não se educa ninguém com oferta de recompensas, tais como presentes, ou mesmo dinheiro. O que realmente auxilia na formação integral e integrada das crianças é o exemplo de amor, fidelidade e confiança fundados na credibilidade e na fé, onde família e Escola interagem, não se opondo, mas confirmando uma, os princípios legados por outra. Dentro deste harmonioso entendimento, as demais experiências na vida da criança, do jovem e do adulto, dentro da sociedade e da profissão, facilitam o bom exemplo e uma evolução de respeito, honestidade e solidariedade, que tornará o mundo mais humano e responsável, diferente da nossa realidade atual em que a competição, muitas vezes inescrupulosa, nos leva à prática de ações opostas ao que se espera de um verdadeiro cristão.


ARTIGOS

QUANTO VALE SUA EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL? Irmão Jardelino Menegat Diretor Administrativo da Província Lassalista de Porto Alegre

Com o movimento de mudanças, o desafio da concorrência, além de outros que a sociedade nos impõe, traz a permanência e a rotatividade dos profissionais para uma análise mais aprofundada. Em geral, observa-se em empresas com alto grau de satisfação em seus funcionários, baixa rotatividade.

Na verdade, é igualmente importante a atitude das pessoas. Ela faz toda a diferença. Não importa o tempo em que as pessoas estejam ligadas à empresa. A atitude constante de aprendizado, de encarar as mudanças e de aquisição e renovação de competências imprimem um diferencial às pessoas. Cada um de nós pode alcançar, com profissionalismo e vontade, competências que, ainda, não possui.

Em um passado não muito distante, porém, um profissional não pensava em deixar a empresa em que ingressava, chegando à aposentadoria após ter passado por apenas uma ou, no máximo, duas instituições. Essa realidade já um pouco distante, ainda é regra no Japão, onde há a vigência do emprego de longa duração nas grandes empresas. Quanto maior a empresa, maior a permanência do funcionário nela. A discussão sobre o tempo ideal de permanência em uma empresa deve ser tratada sob vários ângulos. Trabalhar durante muitos anos em uma mesma instituição pode ser uma experiência enriquecedora, se soubermos aproveitar as inúmeras situações e desafios colocados como oportunidades de crescimento e de amadurecimento pessoal e profissional. Possuir experiências diversificadas em várias instituições pode agregar muito e trazer contribuições importantes, desde que haja verdadeiro comprometimento com o foco institucional, e os profissionais sejam capazes de analisar os processos existentes nela. É comum encontrarmos profissionais inteiramente comprometidos com a instituição com apenas um ou dois anos na instituição.

vezes, há vários anos. De que maneira poderemos fazer melhor o que estamos fazendo hoje? Estar em contínua atualização profissional é condição para construirmos nosso futuro em um mundo em transformação. Somos diariamente tentados a cair em “armadilhas”, na sua maioria, impostas por nós mesmos: falta de tempo, condições, recursos...

Sob o ponto de vista da seleção de pessoas para uma determinada função, há certo consenso sobre a idéia de que o profissional precisa ter um currículo composto de experiências diversificadas. No entanto, a ética profissional é tão importante quanto outras características que nos tornam pessoas, em qualquer ambiente em que estivermos, como o respeito, a humildade, a honestidade, e principalmente, responsabilidade pelas ações que desenvolvemos.

DUTRA, Joel Souza. Gestão de Pessoas. São Paulo, Atlas, 2002.

Até que ponto somos capazes de olhar nossos êxitos e derrotas profissionais, de forma abrangente, tirando lições - a serem aprendidas e até ensinadas?

JÚLIO, Carlos Alberto (org.). Liderança e Gestão de Pessoas: autores e conceitos imprescindíveis. São Paulo: Publifolha, 2002.

Há pessoas que ingressam em uma empresa, e resistem ao aperfeiçoamento profissional ao máximo, pois acham que conseguem dar conta de tudo apenas com o curso superior concluído, muitas

LEITE, Luiz Augusto Mattana da Costa e outros. Consultoria em Gestão de Pessoas, Rio de Janeiro, FGV Editora, 2005.

No entanto, encarar com seriedade a formação continuada nos leva a ampliar conhecimentos, a aperfeiçoar práticas e a exercitar o desafio de estarmos abertos ao novo. O profissional que quer ser bem sucedido busca aprendizado constante, especializações várias e, está sempre pronto a encarar novos desafio,s e a superá-los.

BIBLIOGRAFIA

INTEGRAÇÃO . NOVEMBRO . 2006

São profissionais que chegam com extrema vontade de fazer a diferença. Da mesma maneira, profissionais mais antigos mostram comprometimento diferenciado com as questões da instituição, sendo capazes de atuar dentro da missão, da visão e dos princípios institucionais, ajudando, assim, na construção da história institucional.

Ana Paula Diniz

Hoje, mais do que em outras épocas, há necessidade de atualização contínua dos conhecimentos e das práticas como forma de acompanhamento da evolução dos tempos e da garantia do bom desempenho profissional. Até quando seremos capazes de nos manter atualizados, e, profissionalmente, em condições de atender às exigências da sociedade de hoje?

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ARTIGOS

ESPIRITUALIDADE E CUIDADO NA EDUCAÇÃO Irmão Paulo Lari Dullius Centro Universitário La Salle - UNILASALLE, Canoas-RS.

A minha reflexão consistirá em definir os termos básicos do título (Espiritualidade e Cuidado na Educação, ) e fazer algumas reflexões sobre o conjunto deste conteúdo. Deter-me-ei mais na questão da espiritualidade por considerar que esta se constitui no tema central do texto.

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O cuidado revela uma sadia vigilância antropológica. Vigilância sobre a vida, vigilância sobre o amor. Cuidar do ser, de cada uma de suas características e promovê-las até sua autonomia e maturidade; dar condições de manter-se assim adulto e realizado consigo, com os outros e com Deus.

Os seres vivos tendem a desenvolver o cuidado consigo e com os outros. Isso se pode ver melhor quando animais adultos cuidam de seus filhotes em questão de comida, higiene, segurança. Animais desenvolvem rituais de cuidado, especialmente quando estão com saúde. Animais que não se cuidam ou não cuidam de seus filhotes são animais doentes. Hoje a falta de cuidado entre os seres humanos, num sentido amplo, indica alguma forma de doença diretamente ligada às pessoas, ou na dimensão de desatenção ao outro. Todos somos testemunhas de alguma forma de falta de cuidado. Na mesma proporção em que falta o cuidado, sobretudo com as crianças, os idosos e os pobres, certamente se realiza alguma forma de doença pessoal e social. Entre estas estruturas de cuidado ou falta de cuidado podemos citar as instituições educativas. Filon de Alexandria define os terapeutas como sendo os cuidadores da arte de viver. Sua antropologia, a de Filon, inclui a dimensão espiritual como o pleno desenvolvimento da saúde do homem. A própria leitura bíblica nele se converte na arte de interpretá-las para ajudar aos demais a encontrarem o sentido de sua

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vida. Assim, efeitos e afetos modificam-se em direção a um melhor ou pior acordo com o sentido que se dá a um sofrimento, a um evento, a um sonho ou a um texto sagrado. Os acontecimentos são o que são. Mas o que se faz deles depende do sentido que se lhes dá. Os terapeutas são os interpretadores da vida para lhes dar saúde, e jogá-la para frente segundo o Deus que está no profundo de cada pessoa e é um referencial inspirador de cuidado e de crescimento. Todo educador, toda instituição educativa têm esta missão de instaurar e manter o cuidado do sentido de viver. A espiritualidade é uma sistematização da área e da dimensão espiritual, da intencionalidade última e profunda, da finalidade primeira da própria existência do ser humano. Ela está na mais profunda estrutura humana para se responsabilizar pela unificação, pelo sentido amplo da vida. Toda dispersão, toda ruptura, toda separação deixa suas marcas negativas no ser humano. Todo esforço de unidade constitui-se na maior nostalgia do ser humano; é uma nostalgia do divino. Esta dimensão tem uma função essencialmente educativa, pedagógica. Consiste em cuidar da pessoa em todos os sentidos. Por isso, o conteúdo e o processo da espiritualidade denotam e mostram o estágio e a profundidade do sentido da vida. Uma espiritualidade infantil, uma ideologia excludente podem ser pseudo-cuidados porque mantêm as pessoas e os grupos na dependência infantil e não auxiliam no crescimento integral. A Bíblia cristã nos afirma que o Espírito de Deus pairava sobre as águas. Esta imagem retrata bem o que se quer dizer com o Espírito que cuida. Pairar significa uma qualidade positiva de vigilância, de cuidado, de intencionalidade positiva. Esta intencionalidade tem um sujeito e um objeto relacional: Deus e o ser humano. Um ser humano frágil, aberto ao infinito e à perfeição, mas ao mesmo tempo finito.

É o encontro desproporcional entre um amor infinito e um amor finito. A vigilância se dá de forma mais direta sobre esta fragilidade, esta finitude vivida como um conjunto da pessoa humana e em cada momento de seu processo de crescimento. Evidentemente, há momentos na vida em que a pessoa está mais exposta e frágil e precisa de um cuidado dos que já possuem mais sabedoria. Pede-se que educadores possuam mais sabedoria e a queiram passar com amor e alegria às novas gerações. É este o papel do cuidado na educação. Na fragilidade se concretiza a possibilidade da desumanização, e que pode, também, com o tempo, comprometer a qualidade de sua espiritualidade. Falta de cuidado, pouca objetividade no desenvolvimento positivo das características humanas compromete a visão geral da vida e da humanidade. Em vez de desenvolver uma pedagogia do cuidado pode, ao contrário, transformar-se em destruidor dos fracos e desamparados. A espiritualidade, assim, se converte de vigilância em cuidado pelo ser em suas diferentes formas e realidades. Este cuidado que é inspirado pela espiritualidade, inicia com a própria pessoa enquanto dialoga consigo, com sua história, com o transcendente. Neste diálogo, integra sua memória, compreende-se a si mesma e à sua finalidade de viver, e se reconcilia consigo, celebra a sua vida e seu sentido e se transforma numa memória feliz da integração e do cuidado por si e pelos demais. Há momentos na condição humana que necessitam mais cuidados. A educação acontece mais especificamente nestes momentos, considerando especialmente a idade existencial dos passos de uma heteronomia a uma autonomia existencial.


ARTIGOS

Em nossa visão antropológica assumida em nosso Projeto Educativo, explicitada pela visão cristã de pessoa e de educação, a espiritualidade coordena e sintetiza nossos objetivos e nossos processos pedagógicos. Uma sadia espiritualidade constitui-se num dos principais cuidados educativos. Num mundo mais pragmático e mais

individualista e imediatista, a espiritualidade está chamada a vigiar pela integralidade antropológica, pela continuidade e identidade de todas as pessoas, independente de sua cultura, gênero e credo religioso. A espiritualidade vigia e cuida pela própria imagem de Deus; cuida para que formas antropomórficas de Deus não deturpem o verdadeiro cuidado humano; cuida para que a imaturidade humana não crie falsos deuses nem permita que a magia religiosa afaste o ser humano e os diversos grupos de um crescimento autêntico para a integração e harmonia interior. Deus é sempre o Deus de amor que respeita a liberdade e a responsabilidade humanas na construção da humanização. A espiritualidade modelada no próprio Jesus Cristo, em seu modo de ser, sua forma de escutar o Pai e fazer sua vontade, esta espiritualidade integradora fez com que Jesus fosse o grande vigilante, o grande “cuidador”, o grande “pedadogo” do cuidado. As afirmações que seguem, extraídas dos Evangelhos, confirmam este cuidado: “Não quero que nenhum naqueles que me deste, Pai, se perca”. “Quando estiver erguido na cruz atrairei todos a mim”. “Ainda hoje estarás comigo no

paraíso”. “Eu orei por vocês para que não caiais em tentação”. “Quando eu tiver subido ao Pai, prepararei uma morada para vocês”. “Eu sou o bom pastor. Eu conheço minhas ovelhas. Eu dou a minha vida por minhas ovelhas” “Eu levo as ovelhas para boas pastagens”... Assim, também, a promessa e o envio do Espírito Santo é entendido como cuidado e como ato de amor: “O Espírito Santo vos ensinará todas as coisas”. “Eu estarei convosco até a consumação dos séculos”. “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância”. Podemos aplicar o apelativo de “cuidador” a São João Batista de La Salle, sobretudo ao instituir mestres que cuidem das crianças sem educação e 'abandonadas' a elas mesmas pelos pais. Em seus princípios pedagógicos, verificados em expressões tais como “firmeza de pai e ternura de mãe”, “vós sois os embaixadores de Deus junto a vossos alunos”, “sois os anjos da guarda de vossos alunos”, nestas e outras formas pode-se ver o cuidado pelos alunos, inspirado e alicerçado numa espiritualidade sólida. O mesmo, dentro de sua especificidade, se poderia dizer de tantas outras pessoas e educadores, sejam eles pais ou profissionais do ensino e da educação. O cuidado, o zelo revelam a ternura de Deus para com cada ser humano e se reveste desta saúde ampla e integradora. A espiritualidade coordena esta visão do cuidado, mas se estende a cada uma das dimensões e manifestações humanas. A saúde da humanidade passa pelo cuidado; este é exercido de forma maravilhosa por uma espiritualidade integradora. A sabedoria de Deus que cuidou de seu povo desde seu início até hoje, cuidou também de toda a humanidade enviando o seu Filho a este mundo, e continua cuidando da humanidade por sua presença onipresente. A nós cabe viver com gratidão por este cuidado. Dele emerge o compromisso de sermos cuidadores dos fracos, dos indefesos, de todos, enfim. Promovendo-os somos os cuidadores e os educadores daqueles que recorrem a nós, construindo a civilização do cuidado, da ternura e do amor.

Arquivo PLPOA

INTEGRAÇÃO . NOVEMBRO . 2006

A história da humanidade é testemunho do zelo pelo qual a espiritualidade estruturada em princípios éticos, em liturgias, em orações, em ritos, em visão antropológica... deu e continua dando e sendo um cuidado pela humanidade. Mostra ainda que a espiritualidade continua sendo uma das formas mais honestas, sinceras e objetivas de cuidado pelo ser humano. Todos nós sabemos como certos rituais religiosos e certas orações ajudam os demais. Como, através de preces, podemos expressar nos bons desejos sobre os que precisam, como tudo isso mostra nossa vontade de cuidado e de bem querer. Nossa vigilância e cuidado na educação é uma espécie de prece, de oração em relação àqueles que precisam crescer com proteção e cuidado. Às vezes é preciso fazer a pergunta: Como seria a humanidade sem o cuidado outorgado pela espiritualidade? Certamente seria bem mais pobre e com muito mais falta de sentido.

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CANAL ABERTO

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO Juliane Penteado, Assessora de Comunicação, Colégio La Salle Dores, Porto Alegre-RS. A fidelização de alunos e famílias é, sem dúvida, uma preocupação constante dos gestores da área de educação. Assim, o gerenciamento do processo de comunicação e marketing em instituições de ensino cada vez mais se desponta como atividade estratégica. Canais de comunicação como jornais, revistas, site e murais são fundamentais para estabelecer um diálogo com o público, mas é crucial que esse processo seja efetivo, ou seja, que ultrapasse o seu objetivo primeiro, que é a simples emissão de mensagens, e realmente seja capaz de estabelecer uma comunicação eficaz entre a instituição e os seus públicos, mobilizando-os. Surge aí a necessidade de se fazer uma boa gestão do sistema de comunicação. Ansiosos por resultados imediatos, muitos gestores investem tempo, dinheiro e esforços em projetos que nem sempre surtem o efeito esperado, quando que ações de relacionamento são potencialmente capazes de construir vínculos mais estáveis e duradouros. Para isso é preciso se aproximar o máximo possível do público a quem se deseja comunicar, conhecer suas preferências, opiniões e anseios. À comunicação organizacional cabe a missão de agregar valor aos serviços oferecidos pela organização e satisfazer as necessidades do cliente. Contudo, as ações de comunicação não devem ser encaradas meramente como algo que auxilia na divulgação, mas sobretudo como esforços que, a longo prazo, geram resultados e cooperam

para a consolidação de uma imagem favorável da instituição perante a opinião púbica. Viabilizar que a comunicação com os públicos de interesse seja eficaz, observando os feedbacks, e preparando-se para atender às demandas e expectativas dos alunos e famílias já deixou de ser desafio ou diferencial, é um requisito para as instituições que desejem ser competitivas. Hoje em dia é impossível dissociar competitividade de gestão estratégica. Ainda assim, muitas empresas resistem à implantação do modelo a por desconhecerem a necessidade de adotar um padrão baseado fundamentado numa visão sistêmica e fundamentado em conhecimento e informação. Muito se discute sobre gestão estratégica, quando fazer gestão é um processo mais objetivo do que se imagina, o qual só tende a otimizar o processo de trabalho. Fazer gestão é pensar diferente; é observar as coisas que deram e que não deram certo, identificando problemas e dectando oportunidades de crescimento. Gestão do processo de comunicação, por exemplo, significa sistematizar ações continuamente. Um exemplo claro é o das matrículas, pois elas não começam no final de cada ano, ao contrário disso, devem começar no início do ano através da fidelização de alunos e famílias e administração do relacionamento com a comunidade.

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1. O material deve ser ent

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uinte formato: tar use 2. Textos devem ter o seg 1.500 caracteres). Para con , onde o máximo deve ser sse Cla de a) Digitados no Word rio Diá ão seç a eres (exceto para b) No máximo 5.000 caract dades, Estatísticas. prie grafo. Pro o, uiv Arq o Word: menu icadas com nome do fotó separadas do texto e identif as iad ail para contato. env e-m e ser iva em cat dev s Edu c) Imagen nome da Comunidade go, car el, sáv pon res a) , para d) No início: nome do( clusões, etc.) Se necessário objetivos, justificativa, con com o, tod jeto pro o ie env alísticos (não 3. Os textos devem ser jorn do. cita soli á ser , nto me aprofunda . los à linguagem jornalistica com a finalidade de ajustáos rad alte ser o erã pod as ail 4. Títulos, textos e legend gens serão recebidas no e-m pessoa que escreveu. As ima is da ina nas orig ape fias não gra o, foto text as do as podem ser enviad ns sobre o conteúdo da, age ain , /im Ou fias . gra ção olu foto ie res Env alta , 5. ato JPG .br e devem estar em form marketing@delasalle.com . ting rke Ma falta ao Setor de Comunicação al que não for incluído por os encaminhados. O materi text os , não ou r, lica pub br erva-se o direito de to Alegre - www.lasalle.edu. 6. A Comissão Editorial res Província Lassalista de Por da Site no o zad bili oni de espaço será disp

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O fechamento da próxima Revista Integração será no dia 02/01/2007 Envie sua colaboração para marketing@delasalle.com.br


EDITORIAL A Revista Integração, neste seu 3º número de 2006, tem seu foco na missão educadora da família e da escola. Em suas páginas, artigos, experiências e direcionamentos práticos com o objetivo de colaborar com a família e a escola para que possam melhor realizar sua missão. O dever de transmitir a vida e educála é tarefa própria dos pais. A família é a primeira escola de formação do caráter e das virtudes sociais e morais. Aos pais cristãos também lhes cabe a educação da fé de seus filhos. E, hoje, por causa das aceleradas mudanças pelas quais passa a nossa sociedade, a família vê-se envolvida num contexto multifacetado, com linguagens e propostas nem sempre éticas e congruentes à sadia orientação dos pais. Contudo, tanto para a família quanto para a escola, o presente e o futuro são desafios que exigem ações oportunas, comportamentos ressignificados e uma melhor adequação aos novos tempos. E a Escola Lassalista pode dar a sua contribuição, valendo-se de sua larga experiência na educação humana e cristã da juventude. Desde as suas origens a Escola Lassalista desenvolve qualificada parceria com a preocupação dos pais, colaborando com seu jeito pedagógico de

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bem educar. La Salle afirma em suas Meditações: “Um dos principais deveres dos pais e das mães é educar cristãmente seus filhos... Porém, a maior parte deles andam ocupados com o cuidado da família, com ganhar o sustento necessário para si e seus filhos, não podendo aplicar- se a ensinar-lhes devidamente... Sendo assim, a Providência de Deus coloca em lugar dos pais e das mães, pessoas bastante instruídas e zelosas que ensinam às crianças o conhecimento de Deus e de seus mistérios, com todo o cuidado e aplicação possíveis (Med. 193, 2). Diz mais:

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“Passando o dia inteiro nessas escolas, os alunos aprendem a ler, a escrever e a religião. Sempre assim ocupados, estarão em condições de serem empregados no trabalho, quando seus pais a isso os quiserem aplicar” (Med. 194,1). Outrossim, o Projeto Pedagógico Lassalista, nos seus conteúdos e processos que perpassam o conhecimento, as relações mútuas e o comprometimento com o social, respalda a família e a escola aos seus objetivos. Projeto que garante as dimensões do estudo, do lazer, da espiritualidade e da formação ampla, dentre outros. Nosso jovem estudante, atraído por vários modelos e utopias, precisa de um direcionamento firme que lhe mostre o mapa de percurso de sua vida. E enquanto o aprendido lhe dá vida, será sempre uma aprendiz de humanidade, para além da simples exigência curricular. Melhor ainda quando pais e professores se unem para potenciar a mútua colaboração. Uma boa leitura e, para logo mais, alvissareiros dias de 2007, ano do Centenário da Presença Lassalista no Brasil. Ir. Ivan José Migliorini

REFLEXÃO

EXPEDIENTE

ANO XXXV – Nº 96 NOVEMBRO 2006 A Revista Integração é o órgão oficial de comunicação das Comunidades Educativas da Província Lassalista de Porto Alegre (Reg.Esp.Matr.N.º170), com tiragem de 15000 exemplares e circulação quadrimestral. Provincial Ir. Marcos Antonio Corbellini Diretor Administrativo Ir. Jardelino Menegat Diretor de Educação e Pastoral Ir. Paulo Fossatti Diretor de Formação Ir. Edgar Genuino Nicodem Secretário Provincial Ir. João Angelo Lando Comissão Editorial Ir. Ivan José Migliorini Ir. Olavo José Dalvit Ir. João Angelo Lando Ana Paula Diniz Jornalista Responsável Hugo Bruno Mombach 4065 DRT-RS Redação e Expediente Setor de Comunicação e Marketing da Província Lassalista de Porto Alegre Rua Honório Silveira Dias, 636 Porto Alegre-RS - Brasil - 90550-150 Fone: +55 (51) 3358-3600 Fax: +55 (51) 3343-2322 marketing@delasalle.com.br Editoração Ana Paula Diniz Capa Raffaella Poglia Freitas Souza, aluna da Educação Infantil do Colégio La Salle Santo Antônio, fotografada por Elias Eberhardt. Produção Gráfica e Distribuição Algo Mais - Artes Gráficas Os artigos são de responsabilidade dos seus respectivos autores.

10 Mandamentos para a PAZ na Família

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Tenha fé e viva a Palavra de Deus, amando o próximo como a si mesmo. Ame-se, confie em si mesmo, em sua família e ajude a criar um ambiente de amor e paz ao seu redor. Reserve momentos para brincar e se divertir com sua família, pois a criança aprende brincando e a diversão aproxima as pessoas. Eduque seu filho através da conversa, do carinho e do apoio e tome cuidado: quem bate para ensinar está ensinando a bater. Participe com sua família da vida da comunidade, evitando as más companhias e diversões que incentivam a violência. Procure resolver os problemas com calma e aprenda com as situações difíceis, buscando em tudo o seu lado positivo. Partilhe seus sentimentos com sinceridade, dizendo o que você pensa e ouvindo o que os outros têm a dizer. Respeite as pessoas que pensam diferente de você, pois as diferenças são uma verdadeira riqueza para cada um e para o grupo. Dê bons exemplos, pois a melhor palavra é o nosso jeito de ser. Peça desculpas quando ofender alguém e perdoe de coração quando se sentir ofendido, pois o perdão é o maior gesto de amor que podemos demonstrar.

Famílias Lassalistas em atividades no Colégio La Salle São João, de Porto Alegre-RS e no Colégio La Salle, do Núcleo Bandeirante-DF.


VIII Encontro Internacional das Universidades Lassalistas A missão da educação superior lassalista

REDE LA SALLE DE EDUCAÇÃO ANO XXXV - NOVEMBRO DE 2006 - Nº 96 www.lasalle.edu.br

Rede La Salle na Feira do Livro

De 08 a 15 de janeiro de 2007

Portal Rede La Salle A Entidade Familiar e a Escola Entrevista com Cesar Santos Moreira, Maristela Susin, e Mary Anabel De Duera Rodriguez “Escola e Família: parcerias? E então...”

IALU AIUL

International Association of Lasallian Universities Asociación Internacional de Universidades Lasallistas Association Internationale des Universitès Lasalliennes

Canoas/RS - Brasil

Matéria de capa:

FAMÍLIA E ESCOLA UNIDAS PARA EDUCAR

2003-2004-2005

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