A Cultura Alimentar Paraense e a Perspectiva Sustentável dos Produtos Regionais

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A Cultura Alimentar Paraense e a Perspectiva Sustentável dos Produtos Regionais Regina Teixeira, Marcelly Lima, Brena Araújo, Ana Ferreira, Denise Malcher, Nívia Reis, Renato Silva, Conceição Gomes e Victória Belo


INSTITUTO CAMPINENSE DE ENSINO SUPERIOR LTDA Presidente Jânyo Janguiê Bezerra Diniz Vice-Presidente Joaldo Janguiê Bezerra Diniz

UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA Reitora Maria Betânia de Carvalho Fidalgo Arroyo Diretor da Unidade Éden Fernando Batista Ferreira Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão Ana Maria Albuquerque Vasconcellos Coordenadora Acadêmica Daniela Teixeira Escola de Negócios Regina Cleide Figueiredo da Silva Teixeira Coordenação Técnica Maria Leonice Silva de Alencar

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Laurena Costa CRB2/ 1519

362.7086 Teixeira, Regina; Lima, Marcelly; Araújo, Brena; T266p Ferreira, Ana; Malcher, Denise; Gomes, Maria; Reis,

Nívia; Silva, Renato; Belo, Victória. A Cultura Alimentar Paraense e a Perspectiva Sustentável dos Produtos Regionais – Belém, Universidade da Amazônia, 2023. 43 f.; 21 x 30 cm. 1. Cultura Paraense. 2. Gastronomia Paraense. I. Título.


ÍNDICE

APRESENÇÃO

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Esse Rio é Minha Rua

6

CONHEÇA UM POUCO DE BELÉM

7

No Meio do Pitiú

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SABORES PARAENSE

9

açaí

9

Lenda do açaí

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Bacuri

11

Macaxeira

12

Maniva

12

Tucupi

13

Castanha-do-Pará

14

Pupunha

15

Cupuaçu

16

Tucumã Guarana Cacau Chicória Paraense Jambu Sabores de Amor

17 18 19 20 21 23

GASTRONOMIA PARAENSE

24

Lembranças

25

Maniçoba

26

Caruru

27

Pato no tucupi

27

Vatapá

28

Tacacá

28

Torta Maria Isabel e Bombons Regionais

29

Belém Pará Brasil

30

SUCOS E BEBIDAS REGIONAIS DOPARÁ

31

Sucos de Frutas do Pará

31

Cupuaçu

32

Tucumã

32

Açaí

33

Bacuri

33

Guaraná

33

Cachaça de jambu

34

Aluá

35

Licores de Frutas Regionais

36

Poemas

37

TEM MUITO MAIS PARA CONHECER

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Referências consultadas

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Apresentação O direito à alimentação é uma condição cidadã social fundamental, de acordo com a emenda n°64 do art. 6° da Constituição Federal brasileira de 1988. Todas as pessoas têm o direito ao acesso regular e adequado a alimentos nutritivos, a fim de atender suas necessidades básicas, esse direito pressupõe uma alimentação adequada, tanto do ponto de vista de quantidade, como de qualidade; garantindo, assim, a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) e o direito à vida, interpretado pelo projeto como o acesso à riqueza material, cultural, científica e espiritual, produzida pela espécie humana. Esse direito é assegurado por lei e se tornou um instrumento importante, impondo responsabilidades ao Estado para a efetivação da alimentação adequada de todos os cidadãos. Isto posto, a fim de garantir o direito dos cidadãos, faz-se necessário evidenciar a gastronomia sustentável. Isso pode ocorrer por meio da inserção de práticas sustentáveis, principalmente em cozinhas comerciais, trazendo melhorias para a população em forma de benefícios ambientais e econômicos, diretos como: redução no desperdício de alimentos, diminuição na geração de resíduos, proteção de espécies em perigo de extinção e valorização da agricultura familiar são exemplos da adoção de práticas sustentáveis. Vale ressaltar outra vantagem que é o potencial educativo; uma experiência gastronômica sustentável gera reflexões sobre como o alimento é produzido, comercializado e consumido, despertando consciência sobre o impacto no estilo de vida atual do meio ambiente. Dentro desse contexto, visando garantir que os cidadãos tenham comida suficiente, é importante considerar a sustentabilidade na produção desses alimentos, isso implicando em práticas agrícolas que não comprometam o meio ambiente e nem prejudiquem as gerações futuras. Um exemplo disso é a agricultura familiar, cujas famílias cultivam seus próprios alimentos em pequenas roças, promovendo a diversidade de cultivo e reduzindo a dependência de produtos agrícolas industrializados. Nesse sentido, observa-se um reflexo desse modelo na gastronomia paraense, caracterizada pela utilização de ingredientes regionais, na maior parte das vezes sustentáveis, em sua culinária. A diversidade de ingredientes na culinária paraense reflete a riqueza da biodiversidade amazônica e incentiva a conservação desses recursos. Promover a educação alimentar é crucial para garantir que as pessoas façam escolhas saudáveis e sustentáveis em relação à comida e isso inclui ensinar sobre preparo de alimentos e a importância da diversidade alimentar. A cultura alimentar paraense, assim como diversas outras, têm suas características específicas que a tornam vasta em sua composição. Essa cultura de sabores paraenses tem raiz indígena, europeia e africana, tendo construído um vasto cardápio regional inigualável. Apresentando uma culinária típica rica com a presença de pratos e frutas que o povo paraense tem em suas refeições cotidianas.

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Em relação ao tema - Cultura Alimentar Paraense e a Perspectiva Sustentável dos Produtos Regionais - nosso grupo tem como objetivo central desenvolver um livro eletrônico, trazendo o contexto das frutas e comidas típicas regionais, ressaltando suas singularidades, componentes, diversidades e benefícios como um todo para a total compreensão, de quem é fornecedor e consumidor, de sua riqueza natural. Este e-book visa contribuir com a divulgação da cultura e culinária paraense, visando também questões ambientais, culturais e políticas sociais que podem ter um impacto significativo na sociedade. A importância de abordar a culinária como tema, no contexto local, é justamente a informação que pode ser oferecida a população local e aos turistas sobre pratos típicos e, também, de frutas do bioma amazônico. Divulgando, assim, não apenas a nossa cultura, como também informações úteis à sociedade que citam, por exemplo, os benefícios medicinais e as vitaminas essenciais a nossa saúde que podem ser adquiridas através desses produtos. Desta forma, o e-book apresenta, de antemão, o empenho em desmistificar o conceito infundado de sustentabilidade que perdura até os dias atuais, cuja caracterização é atrelada, em forma de senso comum, somente ao pilar ambiental. Isso ocorre por não haver interesse midiático, e de grandes empresas em educar a sociedade de massa acerca do uso consciente dos recursos naturais, bem como preservar o bem-estar das gerações futuras, contribuir com a redução de custos e materiais tóxicos a longo prazo e garantir maior qualidade e vida útil dos produtos oferecidos; sendo assim, comercializase uma pseudo ideia de sustentabilidade como sendo um processo danoso, custoso e sem importância. Em contrapartida, o conceito criado por Elkington (2001), critica pontualmente o comportamento das organizações em focar estritamente no resultado de suas vendas, logo, perdendo de vista o impacto negativo causado no meio ambiente nessa execução, e acabando por negligenciar a saúde e segurança de milhares de pessoas. Tal conceito é denominado como Triple Bottom Line ou Tripé da Sustentabilidade, no qual é estabelecido três pilares: social, ambiental e econômico, e que para ser sustentável uma empresa deve ser financeiramente viável, socialmente justa e ambientalmente responsável. Para o leitor ter uma melhor percepção da cultura alimentar paraense, este e-book foi todo ilustrado com imagens capturadas no google imagens, possibilitando aos autores fazerem compilações de imagens e compor uma memoria visual. Todas as informações contidas no e-book são decorrente de pesquisas de conteúdo. O ebook foi desenvolvido utilizando análise de conteúdo, através de técnicas de análise das comunicações, que emprega procedimento sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, ou seja, encontrar assuntos usando ferramentas de palavra-chave, sugestões da busca Google e assuntos usando mídias sociais, e assim, obter ideias de conteúdo por benchmarketing.

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Esse Rio é Minha Rua Esse rio é minha rua Minha e tua, mururé Piso no peito da lua Deito no chão da maré Pois é, pois é Eu não sou de igarapé Quem montou na cobra grande Não se escancha em puraqué Rio abaixo, rio acima Minha sina cana é Só de pensar na mardita Me alembrei de Abaeté BIS Pois é, pois é... Eu não sou de igarapé Quem montou na cobra grande Não se escancha em puraqué Me arresponde boto preto Quem te deu esse piché Foi limo de maresia Ou inhaca de mulher? BIS Pois é, pois é... Eu não sou de igarapé Quem montou na cobra grande Não se escancha em puraqué compositor paraense Paulo André Barata

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Conheça um pouco de Belém O Município de Belém de acordo com o censo de 2022, apresenta uma população de 1.303.389 pessoas, assim, é preciso fortalecer cada vez mais a cultura alimentar paraense, compreendida como a gastronomia regional paraense. De acordo com Silva, 1994, baseado no conceito de sustentabilidade centrado no conceito do triple bottom line focado no equilíbrio entre o ambiental, econômico e social. Observa-se que então, a necessidade da cultura gastronômica paraense, seja cada vez mais vista como uma cadeia de valor e fator de desenvolvimento econômico do Município de Belém. Desta forma, se compreende, a importância da gastronomia paraense como fundamental para a divulgação e consolidação da cultura paraense na formatação da cadeia produtiva do turismo no cenário nacional e internacional. De acordo com Decreto Nº 1.570, de 29 de junho de 2016, publicado no DOE Nº 33.159, de 30/06/2016, foi Instituído o Programa de Desenvolvimento Sustentável do Estado do Pará – Pará 2030, que gerou o Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável do Estado do Pará 2030, no qual é evidenciada a importância da gastronomia paraense e sua relação direta com o turismo, sendo assim, elencada como uma das cadeias produtivas presente no plano estratégico, viabilizando oportunidades de criação de valor para a cadeia produtiva turismo e gastronomia. Portanto, a área de realização do projeto é o território do município de Belém, que se apresenta o dividido nos seguintes distritos administrativos, que podem ser observados no Mapa do Município de Belém a seguir: Mapa 01: Município de Belém e sua Divisão Administrativa

Para fins de operacionalização das atividades municipais como administrativas, fiscais e de ocupação e uso do solo, é configurado em distritos constituído pelas seguintes áreas:

Belém - DABEL Guamá - DAGUA Sacramenta - DASAC Entroncamento - DAENT Benguí - DABEN Icoaraci - DAICO Outeiro - DAOUT Mosqueiro - DAMOS. Fonte: Prefeitura Municipal de Belém.

Secretaria Municipal de Coordenação Geral do

Planejamento e Gestão. Anuário Estatístico do Município de Belém. Belém – Pará, 1998.

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No meio do Pitiú Canção de Dona Onete A garça namoradeira Namora o malandro do urubu Eles passam a tarde inteira Causando o maior rebu Na doca do Ver-o-Peso No meio do Pitiú, no meio do Pitiú Eu fui cantar carimbó Lá no Ver-o-Peso Urubu sobrevoando Eu logo pude prever Parece que vai chover Parece que vai chover Depois que a chuva passar Vou cantar carimbó pra você No meio do Pitiú, no meio do Pitiú... (Coro) Urubu malandro Foi passear lá no Marajó Comeu de tudo Mas vivia numa tristeza só Urubu lhe perguntou "O que se passa, compadre? " "Tô com saudade da minha branca Do Ver-o-Peso, da sacanagem Lá eu sou pop star No meio da malandragem Fico bem na foto Na entrevista e na reportagem" No meio do Pitiú, no meio do Pitiú... (Coro) (Fala: "Alô, pessoal da pedra! Alô barqueiros Todas as pessoas que trabalham com esse peixe maravilhosos do meu Pará, que tem esse nome tão bonito, dessa Pedra do Ver-oPeso! Pitiú dos nossos peixes, da água doce! ")

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Sabores Paraenses O Estado do Pará apresenta uma diversidade de frutas nativas, hortaliças, pato regional, peixes, camarão seco e caranguejo direto do mangue, que traz para o cenário atual uma culinária com raízes na cultura indígena e influência da cultura portuguesa e africana. O Estado do Pará apresenta uma cultura alimentar dita como a parte rica da cozinha amazônica, pois é considerada por Rodrigues (2000) como sendo “fina e exótica e para ser saboreada, exige isenção de qualquer tipo de preconceito alimentar”. A Capital Paraense recebeu o título de Cidade Criativa da Gastronomia pela Unesco, este título é muito importante para os paraenses, pois insere Belém no circuito das cidades turísticas com sendo uma das cidades brasileiras e do cenário mundial que apresenta uma gastronomia com ingredientes exóticos e regionais de sabores ímpares. Cabe então, destacar algumas das delícias da cultura alimentar paraense como: açaí, bacuri, castanha-do-pará, cupuaçu, cacau, pupunha, tucumã, tucupi, jambu, chicória paraense e pimentas de cheiro.

Açaí O açaí tem uma cor Roxa que se compara com a cor de um vinho tinto escuro, essa característica do açaí deve ser observada pelos apreciadores. Fruto conhecido pelas suas propriedades energéticas, é considerado pela população amazônica como uma das iguarias mais populares. Vamos conhecer as propriedades do açaí! • É um fruto rico em minerais como cálcio, ferro, potássio e magnésio; • É fonte de vitaminas A, B1, B2, B6, C, D, E e K, e com elevado teor de fibra; • Rico em aminoácidos, antioxidantes e antocianinas, pigmentos flavonoides que atuam diretamente no combate ao envelhecimento precoce e até mesmo na prevenção de alguns tipos de câncer, e fundamental para pessoas anêmicas ou desnutridas. • Cada 100 gramas de açaí puro contêm 58 calorias e se for consumido em quantidade e frequência adequados torna-se uma opção saudável de alimentação. O açaí é utilizado como um suco que pode ser consumido com farinha ou farinha de tapioca, também pode ser usado na gastronomia paraense para elaboração de pratos salgados, doces, sorvetes e da maneira que a criatividade permitir.

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O açaí é uma fruta típica da região amazônica, cultivada e produzida principalmente no estado do Pará. O açaizeiro, que é a palmeira que dá o fruto do açaí, pode crescer até vinte metros de altura e produzir cerca de três a quatro cachos de açaí por ano. Além dos frutos, as folhas, raízes e troncos do açaizeiro também são utilizados pela população local. Há uma variedade de benefícios em consumir açaí, incluindo melhora da função da memória, aumento de energia, diminuição do risco de doenças cardiovasculares e melhora da função intestinal. O açaí é uma rica fonte de proteínas, vitaminas (B1, C e E), minerais e fibras, entre outros. A maior parte da gordura presente no açaí são gorduras monoinsaturadas (60%) e poli-insaturadas (13%), que ajudam a reduzir o LDL (colesterol ruim) e a melhorar o HDL (colesterol bom).

Lenda do açaí A lenda do açaí é uma lenda indígena que tem origem na Região Norte do Brasil. Diz a lenda que, nessa região, havia uma tribo cujo número de habitantes era bastante elevado. Por esse motivo, cada dia estava se tornando mais difícil conseguir uma quantidade de mantimentos suficiente para alimentar a todos.

Essa tribo indígena vivia no local onde hoje é a cidade de Belém, no estado do Pará. Itaki, então cacique da tribo, se viu obrigado a tomar uma decisão um tanto radical e que deixou todos preocupados e chocados. Como forma de controlar o número de habitantes, o cacique decidiu que todas as crianças que nascessem a partir de determinada data deveriam ser sacrificadas. Para ele, essa seria uma maneira de conter o aumento populacional de sua tribo. Um dia, a medida drástica acometeu a própria família de Itaki.

Sua filha Iaçã deu à luz uma criança que logo teve de ser sacrificada para fazer valer as decisões do próprio avô. Iaçã sofreu demais com a morte da filhinha. Diz-se que ela passou dias e dias sem sair de sua oca, sofrendo e chorando sem parar por vários dias e noites. Assim, Iaçã elevou os seus pensamentos a Tupã, divindade indígena, e pediu a ele que fizesse com que seu pai encontrasse outra maneira de resolver a questão da provisão de alimentos, sem que fosse necessário o sacrifício das crianças.

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Bacuri Fruto oriundo da Amazônia, é encontrado no período da safra em abundância no Estado do Pará. O bacurizeiro (Platonia insignis Mart.) é uma espécie arbórea de dupla aptidão (madeira e fruto), o fruto é o bacuri. O fruto é comumente usado na preparação de sucos, sorvetes, compotas e como ingrediente em receitas culinárias e ainda na indústria de cosméticos com a manteiga de bacuri que é capaz de recarregar a energia das células, nutrir e promover o bem-estar da pele. Além disso, o bacuri é usado à nível fitoterápico na medicina tradicional. O bacuri como óleo é um remédio utilizado contra picadas de aranhas, cobras e ainda, para tratamento contra dor de ouvido, reumatismo, artrite e problemas de pele. A casca do Bacuri é muito utilizada para tratar problemas de dores de cabeça, infecções e dor de estômago. De acordo com estudos realizados por pesquisadores o bacuri apresenta diversos benefícios que são:

Antioxidantes: rico em antioxidantes, como vitamina C, que ajudam a combater os radicais livres e previnem o envelhecimento precoce e doenças relacionadas ao estresse oxidativo. Fonte de vitaminas e minerais: A fruta é uma boa fonte de vitaminas, como vitamina A, B1, B2, B3 e C, e minerais, como ferro, potássio, fósforo e cálcio. Ajuda a manter a saúde do sistema digestivo: contém fibras solúveis e insolúveis que ajudam a manter a saúde do sistema digestivo, melhorando a digestão e o funcionamento do intestino. Propriedades anti-inflamatórias: Algumas pesquisas sugerem que a fruta pode ter propriedades antiinflamatórias, o que pode ser útil no tratamento de artrite e colite. Contribui para a saúde cardiovascular: a fruta é uma boa fonte de potássio, um mineral que é importante para a saúde cardiovascular. O potássio ajuda a controlar a pressão arterial e reduz o risco de doenças cardíacas.

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Macaxeira A macaxeira é um alimento rico em substâncias importante como: potássio, fibras, ferro, zinco e vitamina C. É um alimento que combate a diversas doenças no coração. O potássio responsável por regular o intestino, vasos sanguíneos e artéria, previne anemia, alivia os sintomas da artrites, previne o câncer fortalecer os cabelos devidos a presença de fibra e amido. As vitaminas da macaxeira são fontes de energia, além disso possuem um alto teor de carboidratos 30g, por isso contribuem para prática de atividades físicas de alta intensidade. É muito presente na culinária paraense a macaxeira frita, o tradicional bolo nas festas juninas e na farinha do Pará.

Maniva

A maniva é a folha moída da mandioca, conhecida cientificamente como (Manihot esculenta Crantz), sendo na culinária paraense o ingrediente principal de um dos pratos regionais do Estado do Pará que é a maniçoba. É importante ressaltar que a maniva possui um elevado nível de cianeto que é uma substância tóxica para o corpo humano. Assim, sua preparação requer que seja cozida por no mínimo sete dias ininterruptamente para a retirada do veneno. As folhas da mandioca, depois de colhidas, são moídas e cozidas, gerando a maniva. O processo de cozimento transforma as folhas moídas em um tipo de pasta que tem uma coloração verde escura e um cheiro bastante peculiar. Este cozimento é fundamental, pois a maniva malcozida for consumida poderá ocasionar os seguintes sintomas: mal-estar, dores de cabeça, e vômitos. A folha da mandioca, é uma excelente fonte de proteínas, vitaminas, fibras e minerais. Atualmente é usada na produção de suplementos alimentares para combater a fome e usado também na região norte por mulheres gestante, pois acreditam que esta folha, devido ser fonte de vitaminas podem auxiliar na produção do leite materno.

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Tucupi O tucupi é derivado da mandioca brava, que é descascada, ralada espremida em tipiti (peça indígena, e uma espécie de espremedor)

ou

peneirada

para

separação do líquido da massa, que que é utilizada na produção da farinha. O líquido

fica

em

descanso

para

decantação e temos a goma. A utilização do tucupi é decorrente de seu sabor característico e único, que o faz ser usado em molhos de pimentas e diversos pratos tradicionais do Pará, e principalmente no tacacá e no pato no tucupi. As vantagens nutricionais do tucupi

são:

fonte

de

provitamina

A,

substância que dá origem a Vitamina A, que é extremamente importante para os cuidados da visão e dos ossos e tem uma quantidade antioxidantes.

significativa Possui

também

de baixas

calorias, ou seja, cerca de 36 kcal para cada 100 g.

A coloração amarelada do tucupi é proveniente

dos

pigmentos

betacarotenos presentes na mandioca amarela.

O tucupi é riquíssimo em

carotenoides, que são pigmentos que vão do amarelo ao vermelho vivo, que possui propriedade antioxidante, que é imprescindível na inibição de radicais livres. O Tucupi é o ouro paraense, o seu caldo amarelado é adorado e instiga grandes chefs

da

gastronomia

paraense,

brasileira e internacional.

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Castanha-do-Pará Castanha-do-Pará é a semente de uma castanheira típica da floresta amazônica, ela possui um alto valor protéico e calórico, além de fibras cálcio e ferro, inclusive a castanha-doPará é uma das maiores árvore da Amazônia chegando atingir entre 30 e 40 metros de altura. A castanha-do-Pará possui um nome típicamente brasileiro, sendo chamada no exterior de castanha do Brasil ainda que o seu maior exportador mundial seja a Bolívia, respondendo por aproximadamente 40% da produção mundial. Segundo especialistas, essa semente pode ser consumida em sua formas natural ou torrada, além também serem empregadas na fabricação de farinha, biscoitos, bombons e óleo extraído dessa iguaria, também pode ser utilizado nas indústria de cosméticos, muito popular pelo aroma marcante. As propriedades desse fruto proporcionam efeito antienvelhecimento devido as vitaminas, A, B e E, o fruto também é responsável pela produção de colágeno e ajuda a manter pele firme das glândulas que são responsáveis pela produção de hormônio, assim como a semente também conter ômega 3 e zinco. A Castanha do Pará trás grandes benefícios para a saúde que são: Boa para o coração Protege o cérebro Bom para a tireoide Melhora a imunidade Saúde dos ossos

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Pupunha A pupunha é uma palmeira, perene, originária da região tropical das Américas, no norte do Brasil seus frutos são bastante consumidos por ter grande poder nutritivo, seu sabor e massa são saborosos, a indicação de comer é cozida acompanhada com uma xícara de café podendo ter outros acompanhamentos. A fruta pupunha é da agricultura familiar, o que estimula o cultivo, potencializando possibilidades econômicas, os frutos da pupunheira abastecem o mercado da entressafra que acontece entre o mês de julho e dezembro. Na região amazônica onde é cultivada para produção, está cada vez mais presente e crescente a sustentabilidade econômica e ambiental, alguns estados como, Paraná, Santa Catarina e São Paulo, tem interesse por este fruto devido o palmito, (conhecido popularmente como miolo) para consumo. Da pupunha pode-se produzir farinha, que na gastronomia local é utilizada no preparo de nhoque, purês, pães e em pratos a base de farinha de pupunha, sendo pouco calórica e rica em fibras, que ajudam a manter a sensação de saciedade por mais tempo, a pupunha não pode ser consumida no seu estado natural, pois contém a presença do ácido oxálico em que ao consumido provoca indigestão. Esse fruto apresenta a seguinte composição nutricional: Energia 164 kcal, Proteínas 2,5 g, Lipídios 9,2 g, Carboidrato 21,7 g, Fibra 8,9 g, Cálcio 28 mg, Vitamina C 35 g, Fósforo 31 mg, Retinol 1500 mg. Ela pode várias em suas cores, sendo vermelhas ou amarelas, assim como sua massa, cada cacho dessa iguaria contém entre, 50 e 100 frutos e pesa cerca de 3 Kg ao todo.

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Tendo esse fruto uma grandiosa riqueza, apresentando

em

sustentabilidade

econômica

colocando

referência

em

destaque

a

e

ambiental

dessa

fruta

a

gastronomia vindo a ser mais consumida na mesa dos paraenses e agradando o paladar de quem

experimenta

futuramente

esse

rico

fruto,

que

será degustado mundo á fora,

devido o seu sabor inigualável e ainda, com vários benefícios para a manutenção de uma vida saudável. Então,

escolha

como

você

irá

preferir

degustar e guarde essa memória afetiva de sua viagem a capital Belenense e aos demais municípios do Estado do Pará.

Cupuaçu O cupuaçu é uma fruta nativa da região amazônica. O cupuaçu é uma árvore de médio porte, encontrada principalmente no estado do Pará, região norte do país. A fruta é encontrada em mercados e feiras das cidades paraenses, e na cozinha é encontrada em diversas sobremesas e sumos de frutas. Recentemente, a polpa também tem sido utilizada na indústria cosmética como ingrediente de cremes e shampoos. O Cupuaçu possui muitas propriedades nutricionais, é uma fruta rica em antioxidantes, vitaminas, minerais e possui alto teor de gorduras saudáveis, o que ajuda a manter a capacidade da sociedade de regular os níveis de açúcar no sangue. A fruta é também uma excelente fonte de energia e, graças à pectina, ajuda nos níveis de açúcar no sangue e, graças às substâncias antioxidantes que contém, reduz os efeitos causados ​p elos radicais livres, prevenindo assim o stress oxidativo e combatendo vários tipos de doenças crónicas e doenças degenerativas. • vitaminas: C, B1, B2 e B3 • Minerais: Cálcio, Ferro, Zinco e Magnésio.

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Tucumã A fruta Tucumã é proveniente de uma palmeira Amazônica de ocorrência natural dos Estados do norte do Brasil, sendo eles: Amazonas, Pará, Acre e afins. A folhagem da referida palmeira é longa, comparando-se a dimensão das folhas de um coqueiro, porém se diferenciando ao possuir espinhos em grande quantidade em toda sua região aérea. O tucumã é fruto de polpa fibrosa e carnosa, rica em vitamina A e de sabor adocicado, enquanto que sua casca, comprovadamente, tem propriedades de combate a diferentes linhagens de bactérias que podem provocar uma série de sintomas nos seres humanos. Além disso, o caroço desse fruto é comumente utilizado no artesanato, na preparação de anéis, pulseiras e brincos, e suas folhas oferecem uma fibra resistente o suficiente para serem usadas como cestarias, na criação de balaios e na obtenção de linhas.

Se antes o tucumã era visto como uma praga pelo nativos por ter seu crescimento em Palmeiras de caule espinhoso, sem nenhum tratamento ou cultivo especial, esses espinhos acabavam por machucar animais e danificar máquinas. Agora, com a descoberta de bioativos com propriedades importantes no fruto, a valorização desse sebtornou muito mais evidente em meio a comunidade que possui maior acesso a ele. Além de ser matéria base para fabricação de alguns produtos de beleza, ele é muito bem apreciado na culinária nortista, podendo ser achado de vários jeitos, como: Saladas Tapiocas X-caboquinho ou in natura (sanduíche típico de Manaus) Sucos Geleias Doces Vitaminas E pode ser encontrado para consumo em mercados municipais e feiras de frutas e verduras das cidades da região Amazônica.

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Guaraná Guaraná (Paullinia cupana) é uma planta nativa da Amazônia, encontrada no Brasil, no Peru, na Colômbia e na Venezuela. O guaraná foi originalmente cultivado como planta medicinal pelo povo Sateré-Mawé do Brasil, que continua liderando a colheita sustentável dessa planta. O fruto maduro do guaraná tem o tamanho aproximado de um grão de café e assemelha-se a um olho humano, com uma casca vermelha que envolve uma semente preta coberta por um arilo branco. As sementes da planta, geralmente utilizadas para fins medicinais, têm até três vezes a quantidade de cafeína que os grãos de café. As sementes também são ricas em taninos e nos estimulantes teofilina e teobromina. Por isso, o guaraná é eficaz para diminuir a fadiga, aumentar o estado de alerta mental e promover a perda de peso. Comercialmente, a planta do guaraná é utilizada na fabricação de xaropes, barras, pós, refrigerantes e bebidas energéticas, que prometem combater o cansaço físico e mental. Por suas incríveis propriedades terapêuticas, as tribos amazônicas utilizam o fruto há séculos para combater diversos males. O guaraná contém uma gama impressionante de estimulantes, como cafeína, teofilina e teobromina. O guaraná também possui antioxidantes, como taninos, saponinas e catequinas. Alguns dos benefícios para a saúde 1. Aumenta a disposição Um estudo de 2011 com pacientes com câncer de mama submetidas à quimioterapia sistêmica e um estudo de 2018 com pacientes com doença renal crônica constataram que a ingestão de guaraná reduzia significativamente a fadiga, em comparação com a ingestão de um placebo. 2. Combate os radicais livres O guaraná é rico em compostos que possuem propriedades antioxidantes, que neutralizam moléculas potencialmente prejudiciais chamadas radicais livres. Essas moléculas podem interagir com partes de suas células e causar danos relacionados ao envelhecimento, doenças cardíacas, câncer e outras complicações de saúde. 3. Melhora a concentração O guaraná é mais conhecido como ingrediente em bebidas energéticas populares. É uma excelente fonte de cafeína, que ajuda você a manter o foco e a energia mental. 4. Auxilia na perda de peso A cafeína presente no guaraná é capaz de acelerar o metabolismo em até 11% num período de 12 horas. Um metabolismo mais rápido significa que seu corpo queima mais calorias em repouso. Além disso, estudos em tubos de ensaio descobriram que o guaraná pode suprimir genes responsáveis pela produção de células de gordura, além de promover genes que a retardam.

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Cacau O estado do Pará é um dos maiores produtores de cacau do Brasil. Fruto do cacaueiro naturalizada na Amazônia, o cacau varia do verde ao roxo e do amarelo ao laranja, suas sementes ovóides recobertas por uma polpa mucilaginosa de cor branca, com um sabor adocicado, mas o principal produto comercializado é a sua semente. O cacau é muito conhecido por ser matéria prima para a fabricação do chocolate, entretanto não é a única utilização desse fruto, suas sementes são usadas para a produção de cacau em pó e manteiga de cacau. O cacau e um ativo rico em vitaminas como A, B1 e E, e minerais importantes como Ferro, Magnésio e Zinco, por isso contribui tanto para a nutrição dos tecidos cutâneos e consequentemente para a saúde e a vitalidade da pele e cabelos, também e um ativo anti-inflamatório auxiliando assim no tratamento facial, assim trazendo benefícios para a pele, como isso se observa muito o fruto empregado na indústria farmacêutica e cosmética. A polpa do cacau é bastante utilizada e consumida na fabricação de geleias, licores, vinhos e suco. A casca do fruto também não fica de fora, sendo aproveitada na fabricação de alimentos para gado. Quando se pensa no chocolate, principal matéria prima do cacau, pode-se criar a ideia de ser algo maléfico para a saúde. Entretanto, o que poucos sabem é a série de benefícios que esse fruto tem. Dentre esses benefícios temos a sua capacidade antioxidante, antiinflamatória e cardioprotetora. O cacau se destaca por possuir substâncias que diminuem a agregação de plaquetas, reduzindo assim a formação de coágulos. No entanto, é válido ressaltar que o consumo do produto tem que ter teor de cacau apresentado, a fim de aproveitar as propriedades do fruto.

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Chicória paraense A Chicória e facilmente encontrada em toda a região Amazônica, pelo seu aroma característico de “coentro” e utilizada como erva aromática em diversos pratos da culinária paraense. Conhecida cientificamente como Eryngium foetidum, ou coentro-bravo, no Estado Pará é conhecida como chicória ou chicória do Pará, coentro-do-Pará e coentrão, pela semelhança do aroma a este outro condimento. A hortaliça é comercializada em feiras e supermercados da cidade, trata-se de uma planta alimentícia não convencional.

A chicória pela sua versatilidade é uma planta que pode ser consumida crua em saladas, usada para fazer chás e muito usada na gastronomia paraense em diversos pratos regionais como o tacacá, vatapá, caruru, peixes e pato no tucupi. A chicória (Cichorium intybus L.) é uma planta rica em fibras, betacaroteno, vitamina C, potássio e vitamina K, proteínas, gorduras, carboidratos, minerais e luteína + zeaxantina. Da chicória não se perde nada, é utilizado das folhas e as raízes. A chicória possui propriedades que auxiliam em uma vida saudável, pois favorece um tratamento natural para os seguintes sintomas.

Auxilia no processo de emagrecimento Previne doenças cardiovasculares Alivia sintomas de estresse e ansiedade Melhora a digestão e combate a prisão de ventre Auxilia no tratamento de problemas no fígado ou no intestino. Previne dores musculares e nas articulações Melhora a aparência da pele e dos cabelos Fortalece o sistema imunológico Evita a diabetes Mantem a saúde dos olhos Melhora o funcionamento dos rins Preveni o envelhecimento precoce

Fortalece os ossos

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Jambu O jambu possui propriedades terapêuticas e sensação gustativa similares, encontrado no bioma Amazônico, caatinga, cerrado e mata Atlântica, a espécie Acmélia Ciliata, (jambu) é nativa do Brasil, é uma comporte de 2 a 4 cm de altura. E, possui caule que pode ficar em posição semirreta ou rastejante, é carnoso, sem pelos e possui tonalidade vinácia.

O agrião-do-Pará (jambu) ainda é usado na medicina para auxílio de tratamentos contra dor de garganta, febre, reumatismo, problemas digestivo, eczema e malária como aponta alguns estudos feito com a substância espitantol encontrado no jambu, confirmada atividade anti-inflamatória, analgésica, larvicida, antimicrobiana, afrodisíaco, anteansiolítico, antemutagênico, antinocipeptiva.

Na culinária paraense o jambu é muito popular em toda região norte, onde na gastronomia está presente suas folhas e flores, fazendo parte de pratos típicos acompanhando em muitas receitas com outros produtos como; tucupi, chicória, camarão, e outros, que se compõem em acompanhamento ou pratos requintados com pato no tucupi, e diversos outros exemplo como o tacacá e o vatapá, o jambu está presente na gastronomia paraense em caldos, sopas, massas, saladas, e como temperos, não esquecendo de citar a cachaça de jambu, apreciada por muitos e elogiada por transmitir sensações ao beber. O bom paladar de apreciar esta culinárias se dá a dedicação nos preparos desses pratos típicos podendo ser adquiridos por todos encontrados nos resultantes paraenses e em suas redondezas.

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As flores do jambu ainda são utilizadas em coquetéis, compotas e salgados. Suas propriedades são ricas em ferro e vitamina C, a cada 100 gramas de ramo de folhas são encontrados mais de 80% de

água,

carboidratos,

lipídios,

proteínas, ferro, vitaminas, sais minerais e fibras. O jambu é um tempero típico, e faz muito

sucesso

na

gastronomia

paraense, deixando os pratos mais ricos e saborosos trazendo um gosto de cultura e tradição, suas possibilidades de

aumento

em

rendimento

sustentável já são esperados devido a grandeza em sua repercussão

nesse

mundo

vendo

assim

econômicos

na

gastronômico,

rendimentos

gastronomia paraense, já que na região Amazônica ele se destaca em todas as mesas fazemos assim hospitaleiro para turistas e visitantes de todos os lugares, podendo apreciar esse produto tão valioso e rico em todos os aspectos, presente no dia-a-dia dos paraenses, no se faz prevalecer também a cultura local e sua ancestralidade.

O jambu floresce o ano inteiro, é uma planta clima quente e úmido, pode ser cultivado em meia sombra também ou solo argiloso, sua colheita depois do plantio pode ser feita de 70 á 90 dias, a folha do jambu pode ser colhido em forma de maço de aproximadamente 150 á 200 gramas. Em meio a este mundo com diversas dimensões o jambu e, erva medicinal, acompanhamento culinário, temperos e bebidas, visto como é amplo a sua utilização deixando a todos cada vez mais curiosos a descobrir o que se tem mas a oferecer está folha em meio suas flores, tendo o privilégio de ser adquirida pelo ano todo na região paraense isso é plausível sem dúvidas.

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Sabores de Amor Poetisa Brena F. Araújo

Ah, sonho meu. Nessa linda noite venho untar o que se perdeu; Já não sinto mais vida, de mim escorreu foi esvaída. Mas meu amor por ti sobreviveu;

Matuta em minha mente. O fato da gente não conhecer a nossa origem peculiar; Da Terra arada para plantar a mandioca. E da rede armada desfrutar;

Como dói o peito. É tão doloroso linda doca em ti não mais andar; Amar, sob o encontro das águas. Sentir tua brisa, na luz do luar. Ouvir o quebrar de ondas. Em minha canoa estou a remar; Pescar peixe sempre foi nostálgeante. Mar aberto em perigo constante. Com meu bom velejador para de volta me levar;

Dos pés descalços; Do banho costante. Dos comidas típicas, maniçoba, caruru, pato no tucupi e tacacá; Tudo foi um processo de fusão. Desde do nosso famoso pirão, foi herdado pode acreditar;

Ah, minha doce cidade. Em meu peito não cabe a saudade; Que tenho de em ti caminhar. De correr para o ver-o-peso; E nas barracas de esquinas, tomar o meu tacacá; O açaí no fim do dia não poderia faltar; Junto com camarão e a farinha baguda; Que na minha boca dançava como pipoca na panela a estalar. Os tempos que passei por lá foram inesquecíveis.

Ah, que saudade dessa cidade. Não estou mais no meu Pará; Hoje velho me despeço do mundo. Sem conseguir caminhar na minha; doca querida. Que tanto me pego a pensar; Hoje ela é apenas um sonho. Do qual não desejo acordar; Minha cidade querida. Tens costumes ricos para; proporcionar. Hoje meu peito arde de em ti; pensar. Estou partindo agora; Mas nunca vou deixar de te amar.

Lembro-me também que quando jovem; Viajava para o sítio da minha avó para "descansar"; Adorava nas árvores me pendurar; Comer frutas direto do pé. Até sentir que não iria mais aguentar; E bem no fim do dia. Pedir permissão à Iara para no rio me banhar; Minha infância foi boa.

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Gastronomia Paraense A gastronomia paraense ao longo dos anos tem sido reconhecida tanto no Brasil como no exterior como uma cultura alimentar de sabor exótico e de memória sensorial degustativa de paladar impar. Desde 2015 tem o título de “cidade Criativa da Gastronomia”. Assim caro leitor, venha viajar na trilha de sabores paraenses que você encontra na cidade de Belém. Você poderá saborear da gastronomia paraense em diversos locais que vão desde as barraquinhas presentes nas diversas feiras públicas existentes nos bairros de Belém, até as lanchonetes, bares, doceiras e restaurantes espalhados na Região Metropolitana de Belém. Temos os bairros da Campina, Cidade Velha, Batista Campos, Nazaré, Umarizal, Marco,, Icoaraci (Vila sorriso) e muitos outros onde é possível degustar da gastronomia paraense, também, curtir um pouco da cultura musical paraense que o ritmo brega, visitar as nossas Escolas de Samba e muito mais. Belém, tem seus encantos e que devem ser explorados antes e depois de degustar de nossos sabores exóticos. Então, segue a dica de pontos turísticos para visitação: Theatro da Paz, Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, Mercado Ver-o-Peso, Forte do Presépio, Complexo Feliz Lusitânia, Estação das Docas, Complexo Turístico Ver-o-Rio, Mangal das Garças, Bosque Rodrigues Alves, o Museu Paraense Emílio Goeldi, Parque da Residência e o Parque Estadual do Utinga. No mapa a seguir apresentamos algumas dicas de onde saborear as delícias paraenses.

Mapa 02: Pontos de venda da culinária regional paraense.

Fonte: Google Maps, 2023.

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Lembranças Poeta Ivandi Silva Teixeira

Ao te ver, revejo e sinto o teu cheiro maravilhoso e inconfundível. A minha memória afetiva resgata a ritualística quase mística na busca pelo flavor e ponto certo. Adicionando com amor e afeto folhas, verduras, legumes e proteínas diversas. Finalmente, no sétimo dia, eis que estás pronta e irradias em tua massa cremosa e saborosa o resplandecer de um novo Círio. Oh maravilhosa maniçoba!

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Maniçoba De origem indígena, o prato apresenta uma peculiaridade curiosa sobre seu preparo, há quem diga que ela necessita precisamente de um cozimento prolongado durante sete dias, para que ninguém tenha problemas de saúde devido o veneno que a planta contém, pois, a maniva (folha de mandioca) possui um ácido chamado cianídrico (HCN) que é venenoso para o consumo, a extração do ácido necessita desse cozimento. Esse prato é tipicamente consumido em festividades como o círio, tradicional festa católica. Entre as vendas de comidas típicas a maniçoba se faz sempre presente.

Mesmo sendo considerado um prato altamente calórico e rico em gorduras, dependendo de seus ingredientes e acompanhamentos a maniçoba também pode apresentar um alto valor nutritivo, algumas das vitaminas e minerais presentes nos ingredientes utilizados, são ferro, cálcio, vitamina B12 e vitamina C. Uma porção média dessa iguaria pode fornecer cerca de 500 a 700 calorias, dependendo dos ingredientes utilizados e do tamanho da porção.

Por si só a maniçoba é um prato sustentável oriundo da mandioca que aproveita-se, a raiz e onde se encontra uma grande quantidade de amido, cálcio, fósforo e vitamina C. E consumida de diversas formas, como em bolos, cozida ou frita, bem como usada na fabricação de polvilho. A rama da mandioca (a parte do caule) pode ser triturada e adiciona em rações equinas e bovinas já que seu valor proteico pode chegar a ter até 28%. E suas folhas (a maniva) são usadas na manipulação da iguaria gastronômica paraense Maniçoba.

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Caruru O Estado do Pará é conhecido pela sua rica culinária que une diversos ingredientes regionais, um dos pratos típicos da região é o caruru paraense, que tem como principal ingrediente o quiabo e o camarão seco. O caruru é um alimento rico em proteínas, vitaminas e minerais, como ferro e cálcio. Além disso, o quiabo é um vegetal rico em fibras e grande auxiliador no controle do colesterol no sangue. Outra característica do prato é o teor de vitaminas A e C, que ajuda na visão, no bom funcionamento do sistema imunológico e antioxidante que previne o envelhecimento precoce. Para quem está a procura de perder peso, o caruru é uma ótima sugestão pelo seu baixo teor calórico, sendo uma opção mais saudável.

Pato no tucupi No estado do Pará, encontra-se um dos pratos mais representativos da culinária amazônica: o pato no tucupi. Este prato, que combina sabores e ingredientes da região, é muito apreciado por moradores e turistas que visitam o estado. O tucupi é o caldo amarelo extraído da raiz da mandioca brava. Depois, é cozido até que a acidez seja reduzida e o caldo adquira um sabor azedo. O tucupi é um ingrediente muito utilizado na culinária amazônica, e é a base do pato no tucupi.

Para preparar o prato, o pato é cozido com cebola, alho, sal e pimenta-do-reino e depois é desfiado. O tucupi é aquecido e adicionado ao pato desfiado, e em seguida é adicionado o jambu, uma erva típica da região que tem um sabor adstringente e é conhecida por causar uma sensação de formigamento na boca. O pato no tucupi é um prato muito saboroso e representativo da culinária amazônica. Além disso, é um prato muito nutritivo, pois o pato é uma fonte de proteína e o tucupi contém muitas vitaminas e minerais.

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Vatapá O vatapá tem influência da culinária africana trazida pelos negros escravizados, a partir do século XVI. O vatapá é uma comida típica brasileira, de aparência cremosa e amarelada, é um prato muito comum nos estados da Bahia e Pará. Porém, se diferenciam nas receitas. O vatapá paraense é uma receita de sabor único, comum em aniversários e festas em família. No Pará, durante os meses juninos e do círio, o vatapá é um dos pratos típicos mais consumidos, junto com o pato no tucupi.

Feito com camarão seco, trigo, azeite de dendê e leite de côco. O prato inteiramente e feito a base de camarão, mas para quem é alérgico ao fruto do mar existe também uma receita feita com frango, o creme é servido com acompanhamentos, como jambu, arroz, farinha e maniçoba. Por xícara o vatapá possui: 663 kcal gordura 58.79g Proteínas 16,14g Fibras 4g

Tacacá O Tacacá, prato típico do Norte do Brasil, altamente apreciado pela comunidade situada pela extensão da região Amazônica e conceituado em demais partes do Brasil, tem origem predominantemente indígena, apesar de ter sofrido modificações decorrentes do processo de colonização, permanece sendo um dos alimentos regionais com menor influência cultural de outros povos. Seus insumos todos provindos da terra são extremamente valorizados culturalmente, socialmente e historicamente e é preparado da seguinte maneira: Através da mandioca se extrai o tucupi, um caldo cítrico forte aromatizado e fervido com chicória e alfavaca Com a tapioca misturada na água se faz a goma, comumente utilizada para engrossar o caldo Após cozimento é acrescentado folhas de jambu, uma planta classificada como não convencional que gera sensação de dormência e formigamento nas regiões de contato Por fim, acrescenta-se o camarão seco e é servido em uma cuia com o auxílio de um palito de dente, do jeitinho nortista

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Torta Maria Isabel e Bombons Regionais Da polpa do cupuaçu pode ser feito diversos

doces,

conhecidos,

dentre

pode-se

os

mais

destacar

o

bombom de cupuaçu e a torta Maria Isabel. Ambos doces são feitos da polpa do cupuaçu, a maria isabel é uma sobremesa típica de Belém, feita com intercaladas camadas de pão de ló e creme de cupuaçu, coberta de coco e doce da fruta. Vale ressaltar a riqueza que

o

cupuaçuerio

proporciona

tem,

resultados

o

fruto

econômicos,

social e ecológico para a população paraense. Se há algo que os paraenses adoram são os doces regionais. Bombons de chocolate recheados com frutas típicas paraenses ou castanha do Pará, são um dos doces mais buscados por turistas e paraenses que viajam para fora do estado.

Com

um

sabor

incomparável,

essas

delícias podem ser achadas em todos os pontos turísticos do estado e é comum encontrá-las em potes com papéis coloridos que diferenciam os sabores de cada cor. Há

combinações

exóticas

como

tucumã, uxi e jambu ou os tradicionais cupuaçu,

graviola,

bacuri,

açaí

com

tapioca, castanha-do-pará, taperebá e coco.

Essas

deliciosas

sobremesas

artesanais se tornar o ganha pão de muitas famílias paraenses

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Belém Pará Brasil Mosaico de Ravena Composição Edmar da Rocha Vão destruir o Ver-o-Peso Pra construir um Shopping Center Vão derrubar o Palacete Pinho Pra fazer um Condomínio Coitada da Cidade Velha Que foi vendida pra Hollywood Pra se usada como albergue No novo filme do Spielberg Quem quiser venha ver Mas só um de cada vez Não queremos nossos jacarés tropeçando em vocês A culpa é da mentalidade Criada sobre a região Por que é que tanta gente teme? Norte não é com M Nossos índios não comem ninguém Agora é só Hambúrguer Por que ninguém nos leva a sério? Só o nosso minério Quem quiser venha ver Mas só um de cada vez Não queremos nossos jacarés tropeçando em vocês Aqui a gente toma guaraná Quando não tem Coca-Cola Chega das coisas da terra Que o que é bom vem lá de fora Transformados até a alma Sem cultura e opinião O nortista só queria fazer Parte da Nação Ah! Chega de malfeituras Ah! Chega de tristes rimas Devolvam a nossa cultura! Queremos o Norte lá em cima! Por quê? Onde já se viu? Isso é Belém! Isso é Pará! Isso é Brasil!

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Sucos e bebidas regionais do Pará Chegou o momento em que vamos conhecer alguns sucos e bebidas feitos a partir de frutas regionais, a explosão de novos sabores será um momento sensorial alimentar, com muita expectativa garantida.

Sucos de frutas do Pará. Afinal, qual o benefício dos sucos? Estes, além de ricos em água, são considerados fontes importantes em vitaminas, fibras e minerais. Então o hábito de consumi-los em sua rotina alimentar, proporciona o melhor funcionamento intestinal, controla os níveis de glicemia e colesterol, além de viabilizar ao ser humano ter pele, unhas e cabelos mais bonitos e fortalecidos.

O Estado do Pará com sua grande diversidade de frutas regionais, apresenta um cardápio de sucos totalmente variado, que faz o paraense possuir na sua cultura alimentar uma rica infinidade de sabores naturais e saudáveis. O turista oriundo do cenário nacional e internacional que visitar os municípios e a capital do Pará, irá desfrutar de sucos com sabores exóticos. Para lhe ajudar a encontrar onde saborear estes sucos, veja o recorte do mapa: Mapa 03: Pontos de venda de sucos de frutas regionais paraense.

Fonte: Google Maps, 2023.

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Cupuaçu Seu suco feito da polpa do fruto, e, é costumeiramente encontrado nas lanchonetes, bares e restaurantes da cidade de Belém. Uma jarra pequena de suco feito com 100 gramas de polpa tem em média: • 48 calorias - kcal • 1,6 fibras (g) • 0,04 vitamina. b1 (mg) • 0,0 gorduras (g) Além disso, o suco apresenta diversos benefícios à saúde, por ter: • Alto teor de magnésio, devido os seus grandes

minerais

alcalinos,

favorecendo que o magnésio auxilie no funcionamento do coração, do sistema digestivo e do cérebro. • Alto teor de Manganês, pois favorece a oxigenação do sangue e auxilia na formação da hemoglobina. • Alta quantidade de flavonoides, que viabiliza e aumenta o fluxo de sangue e oxigênio para o cérebro.

Tucumã É mais fácil encontrá-la na região norte em forma de suco, também conhecido como vinho de tucumã. Aproveitar os benefícios do suco de tucumã para a sua saúde é fundamental, pois este fruto

é

rico

em

nutrientes

fundamentais para o funcionamento do organismo. Este

fruto

auxilia

no

combate

a

diabetes, devido ao seu alto teor de ômega 3. Além deste ponto crucial, combate

infecções

por

fungos

e

bactérias, ajuda a baixar o colesterol, estimula a circulação do sangue e ajuda a evitar o câncer. Então, não deixe de inserir na sua rotina alimentar este suco!

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Açaí O suco de açaí, tornou-se uma febre entre os adeptos da cultura da saúde. No Estado do Pará e na região amazônica, o fruto do açaizeiro faz parte da cultura alimentar do nortista, por seus altos valores nutricionais e ter vitamina C e fibras. Além, de ser, um excelente antioxidante, ter

alta

concentração

de

cálcio,

vitaminas, carboidratos, complexo B e elevado teor de proteínas.

Bacuri O suco de bacuri é uma excelente fonte de vitaminas, tais como: Vitamina C; Vitamina B; Vitamina A Além destes benefícios apresenta proteínas e minerais como: Cálcio; Fósforo; Ferro; Potássio; Zinco.

Guaraná O

suco

de

guaraná

é

altamente

energético,

assim,

aumentando

disposição

dos

adeptos

a

desta

maravilha. Inserir o suco de guaraná na rotina alimentar

é

um

hábito

saudável

e

favorece o emagrecimento devido ter um efeito termogênico, ou seja, atua no o estímulo do metabolismo, algo que resulta em um processo mais eficiente de queima de calorias e gorduras.

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Cachaça de Jambu A Cachaça de Jambu foi criada pelo cachacista Leonardo Porto, proprietário da Meu Garoto, sendo assim, o pioneiro na produção de cachaça

de

jambu

em

todo

o

Brasil. Leonardo resolveu fazer a alquimia

de

misturar

os

ingredientes, cachaça branca e o jambu, utilizando da flor, talos e folhas,

através

da

técnica

de

infusão. Assim, o ponto alto da cachaça de jambu é o efeito da dormência.

Quem

degusta

jambu

tem

a

uma

cachaça

de

experiência

ímpar, pois sente os lábios e a língua tremerem suavemente e em seguida ficarem anestesiados por um tempo, proporcionando a degustação de uma explosão de sensações.

Portanto, para usufruir da experiência sensorial

do

alimento

resultado

da

interação

que

é

o

entre

o

alimento, neste caso, a cachaça de jambu e o seu degustador, este deve absorver

pequenos

goles,

deixando

alguns segundos sobre a língua, para depois deixar o líquido envolver toda a boca para que gradativamente sinta a explosão do sabor e a dormência, que devido as propriedades do jambu é considerada um potente anestésico afrodisíaco.

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Aluá O Pará é o maior produtor de abacaxi de acordo com os dados do IBGE. O abacaxi é a estrela na fabricação do aluá, essa bebida fermentada tem origem afro-indígena, foi produzida pelos

indígenas

do

Brasil

e

não

continha açúcar em sua composição, exceto

que

alcoólico,

possui

mas

maior

com

o

teor

passar

do

tempo trouxe novas modificações à bebida

até

chegar

à

receita

que

conhecemos

hoje.

A

origem

da

palavra “Aluá” aponta para diferentes origens: uma delas é africana, que vem de “al”, que significa água na língua dos Hausas, nativos da Costa da Mina, região africana de origem de muitas pessoas escravizadas. É feito a partir da fermentação de grãos de milho

ou

arroz,

com

menos

frequência, mas na região amazônica é feito a partir da casca do abacaxi.

É

tradicionalmente

fermentado

em

recipientes cerâmicos, por ser uma bebida obtida pela fermentação natural da fruta, em

sua

composição

microrganismos

contém

potencialmente

probióticos que ao passarem pelo intestino humano,

auxiliam

na

saúde

do

consumidor, pois produzem substâncias importantes como aminoácidos essenciais, ácidos graxos de cadeia curta, vitaminas B e vitamina K, que são essenciais para o sistema imunológico e funções fisiológicas das células intestinais. O Aluá é uma bebida tradicional que tem benefícios probióticos, é barata, feita com diversas frutas cultivadas em diferentes regiões do Brasil, está disponível para grande parte da população brasileira e é considerado brasileiro.

o

primeiro

refrigerante

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Licores de Frutas Regionais As frutas regionais do Estado do Pará com todos os seus benefícios para a saúde, também

proporcionam

a

gastronomia

paraense a elaboração de deliciosos licores e sabor impar. Estes mantém todos os nutrientes e vitaminas de suas frutas. O licor artesanal vem ao longo dos tempos ganhando adeptos de produtos regionais com uma pegada regional e caseira. É uma bebida que já conquistou o seu espaço no mercado de bebidas alcoólicas. Produzido em pequena escala de forma rústica, com ingredientes

selecionados

de

qualidade,

essa bebida é conhecida por seus diversos sabores incomparáveis. Então, o licor artesanal, assim como, o licor industrializado, reduz o risco de derrames e ataques

cardíacos,

combate

o

envelhecimento precoce, ajuda a controlar a pressão arterial, etc. Não esqueça que é um cálice após o almoço e o jantar! A ingestão de licor, de forma, moderada devido ao seu teor álcool tem a capacidade de dilatar a parede das veias e artérias, elevar a temperatura corpórea e ainda, facilitar o fluxo sanguíneo, e assim, prevenir coágulos e doenças, como trombose. Deguste os deliciosos licores das frutas regionais e tenha uma excelente experiência sensorial marcante através do paladar, e assim, criar uma memória gustativa, Aproveite os sabores regionais do Pará e aproveite

para

levar

de

presente

para

alguém muito querida e especial. E como não poderia ser diferente leve uma de cada para você degustar e ter aquele momento de

memória

gastronômica

e

afetiva

do

Estado do Pará e da sua Capital Belém.

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Poemas Da poetisa Rosângela Darwich

A cidade tem patas e asas e quando mergulha respira debaixo da água. O céu que amanhece a cidade é feito de flores, esta floresta. Os faróis anoitecem as ruas e os passantes de todas as épocas recolhem conjuntamente o azul. ...............................................................

Passava das onças aos tigres, passava das cobras às cores das araras e o dia era muito como as árvores. Museu de histórias, sonhei com os bichos de volta à floresta, com os dias que chamamos de nossa vida. Museu no centro da cidade é o lugar mais úmido do mundo. Cidade que joga sombras sobre as árvores, quando tuas luzes se apagam brilham os olhos dos peixes.

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Tem muito mais para conhecer Caro leitor, o município de Belém do Pará, tem aproximadamente 505,8231 km² sendo esta área formada por duas regiões sendo uma continental (173,7864 Km²), que corresponde a (34,36%),

e outra insular (332,0367 Km²), que

corresponde a (65,64%), formada por 43 ilhas; informações estas obtidas através de

imagens

de

satélite

LANDSAT

TM-5,

que

possibilitam

apresentar

geograficamente a distribuição das ilhas no município da seguinte maneira físico-espacial: Ilhas do Norte: Esta área é formada por 15 ilhas, sendo que 6 destas não apresentam

denominação

específica

(sem

nome).

As

demais

são

denominadas de: Mosqueiro, Pombas, Maracujá, Papagaio, Maruim I, Maruim II, Canuari, Conceição, São Pedro. Ilhas do Centro Leste: Esta área é composta por 3 ilhas que são denominadas de: Caratateua (Outeiro ou Barreiras), Santa Cruz e Viçosa Ilhas do Extremo Oeste: Esta área apresenta 17 ilhas, sendo que existem 5 destas

sem

denominadas

denominação

específica

(sem

de:

Cotijuba,

Coroinha/Nova/Croinha,

Tatuoca,

Urubuoca/Paquetá-Açu,

Fortim/Barra,

Papagaios/Urubuoca/Jararaca,

nome).

Fortinho,

Cruzador,

As

demais

são

Jutuba,

Patos/Nova/Mirim,

Barra/Patos/Jararaquinha,

Redonda/Jararaca/Longa, Ilhas do Sul: Esta área é constituída por 8 ilhas, sendo que apenas 1 ilha não apresenta denominação específica (sem nome). As demais são denominadas de: Patos, Cintra/Maracujá, Marineira/Combú, Murutura/Murutucu, Paulo da Cunha/Grande, Poticarvônia/Ilhinha, Negra. É importante ressaltar que uma mesma ilha pode conter mais de um nome segundo as instituições nelas interessada. Além deste aspecto, é de extrema importância enfatizar que as áreas das ilhas podem apresentar medidas discrepantes para menor, uma vez que estas sofrem a influencia do fenômeno das marés. Fato este que pode levar na preamar as ilhas apresentarem uma supressão dos valores reais dessas medidas. Dentre estas ilhas as mais conhecidas e que apresentam equipamentos e produtos turísticos são as ilhas de Mosqueiro, Outeiro, Cotijuba, das Onças e Combu. Aproveite as dicas e curta um pouco da Região amazônica e aproveite para saborear um açaí, tacaca, vatapá, caruru, maniçoba e tapioquinha das barracas da praça principal de da ilha de Mosqueiro. É a sua oportunidade de saborear a maravilhosa e exótica culinária paraense feita pelas diversas cozinheiras paraenses e ao mesmo tempo curtindo a beleza da natureza amazônica. Esperamos que você caro leitor aproveite as dicas e divirta-se!

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A gastronomia paraense é o que apresentamos neste e-book, a busca por ter uma culinária sustentável, ou seja, uma gastronomia criativa e sustentável, este é um conceito amplamente implementado pelos chefs populares da cidade grandes da capital paraense. Também se tem observado que este conceito vem sendo difundido por profissionais do Brasil e do mundo todo. Assim, a gastronomia paraense é repleta de técnicas e hábitos oriundos dos indígenas e incorporados tanto por grandes chefs, como pelas cozinheiras e cozinheiros paraenses, com a finalidade de transformar a culinária paraense regional em uma gastronomia de alto padrão, sem esquecer os pressupostos da sustentabilidade e ser cada vez mais responsável, em relação ao equilíbrio ambiental, social e econômico. O pensar sustentável se faz presente nas técnicas de produção da maniva, da farinha, dos doces, bombons regionais e no cultivo de frutas, hortaliças e legumes utilizados para elaborar os diversos pratos, sucos e etc.. Com a finalidade de diminuir impactos ambientais

provocados

no

segmento

gastronômico,

seja

pelo

combate

ao

desperdício de alimentos na produção das iguarias paraenses, pelo uso de ingredientes locais ou por várias outras medidas como se observa com a utilização da macaxeira como produto e seus subprodutos que são utilizados para elaboração de vários outros produtos ingredientes presentes na gastronomia paraense. Este e-book é fruto de atividade extensão dos acadêmicos do Curso de Direito da Universidade da Amazônia, como “Atividade Prática Interdisciplinar de Extensão I”. Assim, caros leitores, esperamos que tenham gostado da leitura e estejam com vontade de saborear da gastronomia paraense.

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Referências BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, [2023]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/ Constituiçao.htm. Acesso em: 03 set. 2023. BRASIL. Decreto Nº 1.570, de 29 de junho de 2016. dispõe sobre a Institui o Programa de Desenvolvimento Sustentável do Estado do Pará – Pará 2030 e dá outras providências. Diário Oficial do Estado do Pará, Belém, PA, v. 126, n. 33.159, p. 5. 30 jun. 2016. BRASIL. Constituição (1988). Emenda constitucional nº 64, de 4 de fevereiro de 2010. Dispõe sobre a alteração no art. 6º da Constituição Federal, para introduzir a alimentação como direito social. Diário Oficial da União, Brasil, Brasília, DF, p 1. 05 fev. 2010. BRASIL. Constituição (1988). Emenda constitucional nº 64 de 4 de fevereiro de 2010. Diário Oficial da União, Brasil, Brasília, DF, p 1. 05 fev. 2010. Disponível em https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc64.htm. Acesso em 01 set 2023. CINBESA. Distritos Administrativos De Belém. Prefeitura Municipal de Belém. 2019. Disponível em: http://www.belem.pa.gov.br/app/c2ms/v/?id=18&conteudo=4762. Acesso em: 03 set. 2023. Decreto Nº 1.570 de 29 de junho de 2016. Programa de Desenvolvimento Sustentável do Estado do Pará – Pará 2030. Disponível em https://www.semas.pa.gov.br/legislacao/normas/view/492. Acesso em 03 set 2023. Digital, Agrishow. Tucumã: conheça o novo ouro da Amazônia. Redação Agrishow, 27 out 2023. Disponível em https://digital.agrishow.com.br/tendencias/tucumaconheca-o-novo-ouro-da-amazonia. Acesso em 10 nov 2023. ELKINGTON, J. Cannibals With Forks: The Triple Bottom Line. Century Business. New Society Publishers. GabriolaIsland BC: Canada, 2001. IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Demográfico 2022. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pa/belem/panorama; Acesso em: 01 set. 2023. MORAIS, Walaci. Qual melhor vatapá. Gastronomia paraense, 2022. Disponível em: https://www.gastronomiaparaense.com/post/qual-o-melhor-vatapa. Acesso em: 11 de nov. 2023.

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PARCEIROS - UNAMA



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