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3 IV Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária ‘Defesa Agropecuária e Sustentabilidade’
ANAIS Editado por: Eudes de Arruda Carvalho Regina Sugayama Giliardi Anício Alves Suely Xavier de Brito Silva
Belém - PA 2014
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IV Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária ‘Defesa Agropecuária e Sustentabilidade’ - Anais/ Editores Eudes de Arruda Carvalho et al. -- Belém. SBDA Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária. 2014. 222 p., 14.8 x 21 cm. Outros editores: Regina Lúcia Sugayama, Giliardi Anício Alves, Suely Xavier de Brito Silva. Vários autores. 1. Agricultura. 2. Pecuária. 3. Defesa Agropecuária. 4. Saúde Animal. 5. Sanidade Vegetal. 6. Inspeção de produtos. 7. Insumos agropecuários. 8. Sustentabilidade. Prefixo Editorial: 68630 Número ISBN: 978-85-68630-02-0
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Entidades Realizadoras
Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária (SBDA) Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (FAEPA) Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARA) – Governo do Estado do Pará Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)
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Entidades Apoiadoras Associação Brasileira de Exportadores de Gado (ABEG) Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA) Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC) Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (ABIPECS) Associação Brasileira dos Defensivos Genéricos (AENDA) Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (ANDAV) Associação Nacional de Defesa Vegetal (ANDEF) Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará (CREA-PA) Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Minas Gerais (CRMV-MG) Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Pará (CRMV-PA) Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (EMATER-PA) Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA)
7 Fórum Nacional de Executores da Sanidade Agropecuária (FONESA) Grupo Cultivar de Publicações (GRUPO CULTIVAR) Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) Companhia Paraense de Turismo (PARATUR) Portal Beefpoint (BEEFPOINT) Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) Serviço Social da Indústria (SESI) Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (SINDAG) Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (SINDAN) Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (SINDIRAÇÕES) União Brasileira de Avicultura (UBABEF) Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) União Nacional dos Fiscais Agropecuários (UNAFA) União Nacional da Indústria e Empresas da Carne (UNIEC) Comissão Executiva de Planejamento da Lavoura Cacaueira (CEPLAC) Secretaria de Estado de Agricultura (SAGRI) – Governo do Estado do Pará Secretaria de Estado de Pesca e Aquicultura (SEPAQ) - Governo do Estado do Pará Embrapa Amazônia Oriental - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
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Comissão Organizadora
Conselho Diretor Mário Moreira Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARA) mariomoreira@adepara.pa.gov.br Andrei Gustavo Leite Viana de Castro Superintendência Federal de Agricultura do Pará (SFA/PA) andrei.castro@agricultura.gov.br Carlos Fernandes Xavier Federação de Agricultura e Pecuária do Pará (FAEPA) presidencia@faepanet.com.br Evaldo Ferreira Vilela Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária (SBDA) evaldovilela@gmail.com
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Conselho Executor Heloisa Helena Batista de Figueiredo Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARA) heloisabatista@ig.com.br Sálvio Carlos Freire da Silva Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARA) diop@adepara.pa.gov.br Ivaldo Santos de Santana Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARA) ivaldo@adepara.pa.gov.br Milton Leite Alves da Cunha Superintendência Federal de Agricultura no Pará (SFA/PA) milton.cunha@agricultura.gov.br José Magid Waquil Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária (SBDA) jmwaquil@gmail.com Maria de Lourdes Martins Minssen Federação de Agricultura e Pecuária do Pará (FAEPA) nekaminssen@faepanet.com.br Eloísa do Amparo do Carmo Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARA) eloisadocarmo@yahoo.com.br Maria Íris Sampaio de Melo Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARA) gdtec@adepara.pa.gov.br
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Comissão técnico-científica Aliomar Arapiraca da Silva Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC) aliomararapiraca@gmail.com Ana Gabriela Polaro Serra Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARA) agpserra@globo.com Carlos Alexandre Mendes Santos Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARA) amendes21@hotmail.com Eloísa do Amparo Rodrigues do Carmo Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARA) eloisadocarmo@yahoo.com.br Eudes de Arruda Carvalho Embrapa Amazônia Oriental eudes.carvalho@embrapa.br Flávia Cunha Rodrigues Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARA) Adepara.pesa@gmail.com Flávia Oliveira Rodrigues Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARA) flaviavetcer@gmail.com Heloisa Helena Batista de Figueiredo Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARA) heloisabatista@ig.com.br
11 Hilma Lúcia Tavares Dias Universidade Federal do Pará (UFPA) hilmads@hotmail.com Joelson Araújo de Souza Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARA) souza1399@yahoo.com.br José Magid Waquil Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária (SBDA) jmwaquil@gmail.com Katherine S. Barbosa Fragoso Superintendência Federal de Agricultura no Pará (SFA/PA) Katherine.fragoso@agricultura.gov.br Liliana do Socorro Pereira Bem Bom Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARA) lilianabembom@ig.com.br Maria de Lourdes Martins Minssen Federação de Agricultura e Pecuária do Pará (FAEPA) nekaminssen@faepanet.com.br Maria Íris Sampaio de Melo Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARA) gdtec@adepara.pa.gov.br Maria Teresa de Jesus Santos Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARA) veterinária_maria@hotmail.com Marivaldo Rodrigues Figueiro Embrapa Amazônia Oriental marivaldo.figueiro@embrapa.br Moisés Moreira dos Santos Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC)
12 moises.santos@gmail.com Natália Inagaki Albuquerque Embrapa Amazônia Oriental natalia.albuquerque@embrapa.br Sérvulo M. Rangel Brandão Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARA) servulos7@gmail.com Suely Xavier de Brito Silva Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) sukabrito@hotmail.com Susiclay de Barros Neto Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARA) susi@adepara.pa.gov.br Wagner Andersen Xavier da Conceição Superintendência Federal de Agricultura no Pará (SFA/PA) wagner.xavier@agricultura.gov.br Wilson Emílio Saraiva da Silva Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARA) wemilio@gmail.com Wilson José de Mello e Silva Maia Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) wilson.maia@ufra.edu.br Zila Cristina Bacelar Sidônio Superintendência Federal de Agricultura no Pará (SFA/PA) zila.cristina@agricultura.gov.br
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Revisores dos resumos Alessandra de Jesus Boari Embrapa Amazônia Oriental alessandra.boari@embrapa.br Alessandra Keiko Nakasone Ishida Embrapa Amazônia Oriental alessandra.ishida@embrapa.br Aliomar Arapiraca da Silva Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC) aliomararapiraca@gmail.com Aloyseia Cristina da Silva Noronha Embrapa Amazônia Oriental aloyseia.noronha@embrapa.br Eudes de Arruda Carvalho Embrapa Amazônia Oriental eudes.carvalho@embrapa.br Fábio de Lima Gurgel Embrapa Amazônia Oriental fabio.gurgel@embrapa.br Heloisa Helena Batista de Figueiredo Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARA) heloisabatista@ig.com.br Hilma Lúcia Tavares Dias Universidade Federal do Pará (UFPA) hilmads@hotmail.com
14 José Magid Waquil Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária (SBDA) jmwaquil@gmail.com Katherine Sharlene Barbosa Fragoso Superintendência Federal de Agricultura no Pará (SFA/PA) katherine.fragoso@agricultura.gov.br Marivaldo Rodrigues Figueiro Embrapa Amazônia Oriental marivaldo.figueiro@embrapa.br Natália Inagaki Albuquerque Embrapa Amazônia Oriental natalia.albuquerque@embrapa.br Roberto Mitsuo Takata InovaDefesa rmtakata@gmail.com Ruth Linda Benchimol Embrapa Amazônia Oriental ruth.benchimol@embrapa.br Sérvulo M. Rangel Brandão Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARA) servulos7@gmail.com Suely Xavier de Brito e Silva Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) sukabrito@hotmail.com Wagner Andersen Xavier da Conceição Superintendência Federal de Agricultura no Pará (SFA/PA) wagner.xavier@agricultura.gov.br Walkymário de Paulo Lemos Embrapa Amazônia Oriental walkymario.lemos@embrapa.br
15 Wilson Jos茅 de Melo e Silva Maia Universidade Federal Rural da Amaz么nia (UFRA) wilson.maia@ufra.edu.br
16 Relatores Ana Cristina Pinheiro Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARA) cristinapinheiro_21@hotmail.com Alessandra Keiko Nakasone Ishida Embrapa Amazônia Oriental alessandra.ishida@embrapa.br Aura Rita Castro Silva Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARA) auravet52@gmail.com Aloyseia Cristina da Silva Noronha Embrapa Amazônia Oriental aloyseia.noronha@embrapa.br Dário Lisboa Fernandes Neto Embrapa Amazônia Oriental darioneto@gmail.com Euclides Holanda Cavalcante Filho Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARA) euclidesholanda@yahoo.com.br Larissa Coelho Marques Embrapa Amazônia Oriental laracoel@gmail.com Luiz Carlos Cordeiro Guamá Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARA) luisccg@yahoo.com.br Márcia Batista Penna Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARA) dramarciapenna@hotmail.com
17 Rafael Moyses Alves Embrapa Amazônia Oriental rafael-moyses.alves@embrapa.br
Roberto Batista Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARA) bf.roberto@gmail.com Rogério Ferreira Lourenço Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARA) rflourenco@yahoo.com.br Rosa de Fátima Feliz Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARA) fafa.feliz@yahoo.com.br
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Monitores Amanda de Sousa Matos Embrapa Amazônia Oriental amanda_smatos@hotmail.com Angela Maria de Sousa Embrapa Amazônia Oriental agro_angela@yahoo.com.br Carina Melo da Silva Embrapa Amazônia Oriental carinamelosilva@hotmail.com Carla Samara dos Santos Ferreira Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) carlaferreira.agro@gmail.com Daniellen Costa Protázio Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) daniellenprotazio@gmail.com Dímison Garcia Blanco Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) dimison2008@hotmail.com Érika de Paula Ramos das Mercês Embrapa Amazônia Oriental erikarmerces@hotmail.com Hellen Oliveira de Oliveira Embrapa Amazônia Oriental hellenoliveira17@gmail.com
19 Joseani Castro da Silva Embrapa Amazônia Oriental josi_any@yahoo.com.br José Leandro Barbosa da Silva Universidade Federal do Pará (UFPA) leandrobarbosavet@hotmail.com
Joyce Solange Ferreira de Oliveira Embrapa Amazônia Oriental j.sfoli@gmail.com Juliane Silva da Costa Embrapa Amazônia Oriental juliane_silvacosta18@yahoo.com.br Juscelino Gonçalves Palheta Embrapa Amazônia Oriental juscegoncalves@hotmail.com Laís Carvalho Macambira Embrapa Amazônia Oriental lais.macambira@gmail.com Leandro Carvalho da Silva Embrapa Amazônia Oriental l.carvalho22@hotmail.com Leopoldo Augusto Moraes Universidade Federal do Pará (UFPA) lamleo_7@hotmail.com Milena Tappembeck Embrapa Amazônia Oriental milena_tappembeck@hotmail.com
20 Odimar Ferreira de Almeida Embrapa Amazônia Oriental odimar_almeida14@hotmail.com Rafael Monteiro Melo Universidade Federal do Pará (UFPA) rm.medvet@gmail.com Rosa do Ano Conceição Embrapa Amazônia Oriental rosadoanoconceicao@hotmail.com Roberto de Faria Espinheiro Universidade Federal do Pará (UFPA) rfaria87@hotmail.com Samara do Rosário Medeiros Embrapa Amazônia Oriental samarafun16@hotmail.com Silvia Mara Coelho do Nascimento Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) silviamara.ufra@hotmail.com Suellen da Gama Barbosa Monger Universidade Federal do Pará (UFPA) suellenmonger@veterinaria.med.br Taciane Almeida de Oliveira Universidade Federal do Pará (UFPA) taciane.ao@gmail.com Thaissa de Paula Farias dos Santos Embrapa Amazônia Oriental thaissa_hillsong@hotmail.com Valéria Dias da Conceição Embrapa Amazônia Oriental valeriasandalo@hotmail.com
21 Victor Alexandre Nascimento Silva Universidade Federal do Parรก (UFPA) victor.vet@live.com
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Homenageados da IV CNDA
Carlos Fernandes Xavier Empresário agropecuarista e brasileiro. Possui formação técnica em Sindicalismo pelo Instituto Sindical Brasileiro - SP e formação empresarial pelo CEDIN/Feira de Santana - BA, além de especialização em Crédito Rural pelo Banco Central do Brasil/ Uruçuca - BA. É também técnico em Contabilidade pelo Instituto Técnico/Itabuna - BA, e ainda estudou Ciências Econômicas pela Faculdade de Economia/Itabuna - BA. Já exerceu atividades de pecuária de corte, pecuária de leite e reflorestamento na Fazenda Santa Alice, Fazenda Mirabela I, Fazenda Mirabela II, em Paragominas - PA, e foi fundador de associações e cooperativas no Pará e de mais 90 sindicatos de produtores rurais em todo o estado. Foi deputado constituinte do estado do Pará e teve importantes projetos apresentados, como o ICMS ecológico, 2ª entrada de Belém e integração ferroviária Norte/Sul-Belém – projeto PRODIAT. Foi membro integrante do CONDEL - Conselho Deliberativo da SUDAM; representante titular da CNA - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, no CODEFAT e junto ao Conselho Fiscal do SEBRAE Nacional; vice-presidente de Secretaria da CNA - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (1998/2005); vice-presidente da Junta Comercial do Pará; participou na elaboração do projeto de grãos instalado na região do Nordeste paraense; criador e membro do Conselho Paraense do Agronegócio e fundador do IDEFAM - Instituto de Desenvolvimento Florestal da Amazônia. Atualmente é presidente da Comissão da Amazônia Legal da CNA - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil; membro suplente representando a CNA junto ao Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador - CODEFAT; vice-presidente do Conselho Fiscal do SEBRAE Nacional; vice-presidente da CNA - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil; fundador e vice-presidente do IAP - Instituto Alerta Pará. Como presidente da FAEPA, tem a missão de defender os interesses dos sindicatos filiados e dos produtores rurais, em tudo quanto possa concorrer para a prosperidade da categoria que representa; propor soluções alternativas para as questões relativas às atividades agropecuárias, com vistas à melhoria da qualidade de vida e geração de emprego e renda para o setor para elevar o bem estar sociocultural dos produtores rurais.
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Evaldo Ferreira Vilela Mineiro de Campo Belo, formou-se em Agronomia pela Universidade Federal de Viçosa. É Mestre em Entomologia pela USP e PhD em Ecologia pela Universidade de Southampton, Inglaterra. Realizou pós-doutoramentos nas Universidades: da Califórnia-Berkeley (EUA), de Nuremberg-Erlangen (Alemanha) e Tsukuba, Japão. É Pesquisador 1A do CNPq, com mais de cem artigos científicos referenciados e 38 mestres e doutores orientados. Foi membro do Fundo Setorial do Agronegócio do MCT. Atua em Comitês de Assessoramento do CNPq, da CAPES e da FINEP. É membro do Conselho Curador da FAPEMIG e membro da SBPC. Foi Diretor da Fundação Arthur Bernardes de Apoio a UFV (1994 a 1999) e Reitor da UFV de 2000 a 2004. Integra, ainda, os Programas de Pós-graduação em Entomologia e em Biologia Animal da UFV, e de Parasitologia da UFMG. Atualmente, é Secretário Adjunto de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais, presidente da Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária – SBDA -, membro da Academia Brasileira de Ciências e da Academia Brasileira de Ciência Agronômica.
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Moisés Moreira dos Santos Décimo segundo filho dos 14 nascidos do casal Manoel Bispo dos Santos e Maria Moreira dos Santos, servidor do Ministério da Agricultura. Nasceu em Fordlândia, em 1954, com um ano de idade, foi residir em Belterra, pela transferência do pai e posteriormente, para Belém-PA, onde cursou Engenharia Agronômica, tendo concluído o curso na então Faculdade de Ciências Agrárias do Pará, em 11.12.1976. Casado com a Sra. Jeanine Pawlaski Moreira tendo dois filhos formados em Direito e uma neta. Mestre em Agronomia-Fitotecnia pela Universidade Federal do Ceará e servidor desde 1977 da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC). Foi Superintendente da CEPLAC/MAPA no Estado do Pará, Secretário de Estado de Transporte do Estado do Pará, Representante do Governo do Estado do Pará no Conselho da Autoridade Portuária do Estado do Pará, Secretário Adjunto de Transporte do Estado do Pará, Superintendente Federal do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento no Estado do Pará, Presidente do Fórum Nacional dos Superintendentes Federais de Agricultura, Membro do Conselho de Administração do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária no Estado do Pará – Fundepec, Membro do Conselho de Administração da EMATER-Pará, Chefe de Gabinete da Vice-Prefeitura de Belém, Presidente do Conselho do Fundo Ver-O-Sol, Secretário Municipal de Economia da Prefeitura Municipal de Belém, Presidente do Conselho do Trabalho e Desenvolvimento Econômico de Belém, Membro do Conselho de Administração da Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém-CODEM, Membro do Conselho de Administração da Companhia de Transporte do Município de Belém, Diretor Geral da Secretaria Municipal de Economia da Prefeitura de Belém, Assessor Parlamentar da Câmara Federal, Chefe da Divisão de Agrologia da CEPLAC – Departamento Especial da Amazônia, Diretor Adjunto / Diretor interino do Departamento Especial da Amazônia, Chefe da Divisão Executiva de Pesquisa da CEPLAC – Departamento Especial da Amazônia, Chefe da Estação Experimental de Altamira, Chefe da Estação Experimental de Alta Floresta. Recebeu comenda por Serviço Relevante Prestado à Nação, conferido pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.
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Wandenkolk Pasteur Gonçalves Deputado Federal, Engenheiro agrônomo, funcionário de carreira da EMATER-PA e brasileiro. Formado em engenharia agronômica, pela Faculdade de Ciências Agrárias do Pará, possui Mestrado em Extensão Rural pela Universidade de Santa Maria – RS. Foi Deputado Estadual Constituinte, Deputado Federal por dois mandatos, Diretor-Presidente da EMATER-PA, Secretário Executivo de Agricultura (SAGRI – PA), Secretário Especial de Estado do Governo do Estado do Pará, Secretário Extraordinário de Estado, Governo do Estado do Pará e funcionário de carreira da EMATER há mais de 30 anos. O deputado federal Wandenkolk foi relator do regimento interno da Assembleia Constituinte estadual, além de ser Subrelator Geral da Constituição Estadual. Ocupou os cargos de Presidente da Comissão da Ordem Econômico e Social da Constituição Estadual de 1989, Relator da Comissão de Política Agrícola, Agrária e Fundiária da Constituição de 1989, Presidente da Comissão de Divisão Territorial e Administrativa da Assembleia. Na Câmara dos Deputados foi primeiro vice-presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Presidente da Subcomissão de Intermediação de Conflitos Agrários no Brasil, Presidente da Comissão Especial que aprovou aposentadoria para os garimpeiros e membro da Comissão Especial que irá analisar o novo Marco Regulatório da Mineração. Foi membro efetivo da Comissão Regional das Estatísticas Agropecuárias em Altamira, membro do Conselho Técnico Administrativo da EMATER – PA, membro titular do Conselho de Administração do Fundo e Desenvolvimento Agrário do Estado do Pará, membro da Comissão Estadual do Álcool do Estado do Pará, Membro da Comissão Executiva do Sistema Brasileiro de Assistência Técnica e Extensão Rural, Presidente do Conselho de Administração da CEASA, Conselheiro junto ao Conselho Estadual de Defesa do Consumidor, Representante do Conselho Estadual de Assistência Social, Conselheiro junto ao Conselho Estadual de Meio Ambiente, Conselheiro junto ao Conselho Administrativo do SENAR, Presidente do Programa Nacional de Agricultura Familiar.
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Programa Técnico-científico Sessões Magnas DIA 1º DE OUTUBRO DE 2013 GRANDE AUDITÓRIO ‘PORTAL DA AMAZÔNIA’ 15h. [Palestra] Erradicação da mosca-da-carambola e reconhecimento como área livre de febre aftosa com vacinação – impacto da melhoria de status sanitário para o agronegócio do Pará e do Brasil Moderador: Mário Moreira (ADEPARA) Palestrante: Wandenkolk Pasteur Gonçalves (Deputado Federal) 16h. Intervalo
16h30. [Painel] A política de defesa agropecuária versus a logística brasileira no século XXI Moderador: Wagner Andersen Xavier da Conceição Prelecionista: Kátia Abreu (CNA) Debatedores: Antenor Nogueira (FONESA) e Hildegardo de Figueiredo Nunes (Secretário de Agricultura do Estado do Pará)
18h. Apresentação cultural
19h. Sessão solene de abertura
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Palestras, Mesas-redondas e Paineis
EIXOS TEMÁTICOS
1. Defesa Agropecuária e Sustentabilidade
2. Políticas para o fortalecimento da Defesa Agropecuária
3. Pesquisa, tecnologia e inovação – o suporte da Defesa Agropecuária
4. Defesa Agropecuária em cadeias de produção animal
5. Defesa Agropecuária em cadeias de produção vegetal
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DIA 2 DE OUTUBRO DE 2013 Horário 8h-10h
Sala Mangal das Garças Produção de alimentos e sustentabilidade
10h30-12h
Sistema catarinense de produção segregada de suínos livres de ractopamina para exportação de carne à China e União Aduaneira
15h-16h
Discutindo a defesa agropecuária para os animais aquáticos e seus produtos
16h30-18h
Sala Estação das Docas O serviço brasileiro de Defesa Agropecuária
Sala Ver o Peso Inovação Tecnológica e Defesa Agropecuária
Sala Teatro da Paz Evolução do PNEFA frente ao PHEFA e os impactos internos e externos Panorama da pecuária de corte e seu potencial para a exportação de carne versus exportação de gado vivo
Sala Círio de Nazaré Os desafios do controle biológico na Defesa Agropecuária As pragas introduzidas e seu impacto na fruticultura brasileira
Tecnologias inovadoras para diagnose de pragas e doenças
A questão do bem-estar animal no Brasil
Situação atual da fiscalização de sementes e mudas no Brasil
Defesa agropecuária e sua interface com a pesquisa, a extensão e o fomento
Os desafios da União, Estados e Municípios para garantir a oferta de alimentos de origem animal seguros
Helicoverpa
A Lei de Acesso à Informação e suas implicações para Defesa Agropecuária
Situação das barreiras interestaduais de fiscalização de trânsito agropecuário Relação entre a redução populacional de abelhas e o uso de Defensivos Agrícolas
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DIA 3 DE OUTUBRO DE 2013 Horário 8-10h
Sala Mangal das Garças Sistemas de alerta na Defesa Vegetal: Estações de Pré-aviso
Sala Estação das Docas A proteção do patrimônio agropecuário: a quem cabe essa missão?
10h30-12h
Agroecologia e produção orgânica
15h-16h
Otimização de recursos agropecuários: considerações relacionadas ao uso e proteção de recursos hídricos Produtos artesanais: uma alternativa de geração de renda para a pequena propriedade
Educação Sanitária: uma ferramenta indispensável para o fortalecimento da defesa agropecuária Panorama geral dos estabelecimentos de préembarque (EPE’s) de gado vivo para exportação no Brasil
16h30-18h
Programas oficiais de monitoramento de resíduos e contaminantes em alimentos
Sala Ver o Peso II Encontro de Mestrados Profissionais em Defesa Agropecuária
Sessão de lançamento de livros
Sala Teatro da Paz Atuação da defesa/inspeção em todas as esferas frente aos requisitos sanitários para exportação de produtos de origem animal à União Aduaneira Análise de risco e análise de custo / benefício aplicadas a programas de saúde animal Sistemas de vigilância epidemiológica em saúde animal
Raiva e encefalopatias
Sala Círio de Nazaré Situação de produtos agrotóxicos no Brasil: regulamentação e uso
Ameaças fitossanitárias
O futuro da cacauicultura brasileira frente às principais ocorrências fitossanitárias
30 DIA 4 DE OUTUBRO DE 2013
Horário 8h-10h
10h30-12h
Sala Mangal das Garças O exercício da sustentabilidade no desenvolvimento das atividades agropecuária e florestal
Sala Estação das Docas Implementação e fortalecimento da carreira de fiscal agropecuário
Sala Ver o Peso Fauna de interesse zootécnico na Amazônia como alternativa à pecuária tradicional Premiação dos melhores trabalhos apresentados nas sessões de pôsteres e sessão de encerramento da IV CNDA
Sala Teatro da Paz Sanidade avícola
Sala Círio de Nazaré Desafios fitossanitários no âmbito do programa nacional de palma de óleo
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Eixo Temático 1 – Defesa Agropecuária e Sustentabilidade [Palestra] Produção de alimentos e sustentabilidade Moderador: Austrelino Silveira Filho (EMBRAPA) Thomas Eckschmidt (Paripassu). O desafio de alimentar o Planeta segundo a lógica da sustentabilidade Eduardo Daher (ANDEF). Competitividade, sustentabilidade versus entraves ao agronegócio [Mesa-redonda] Agroecologia e Produção Orgânica Moderadora: Sílvia Ligabó (SINDAG) Marta Parry (MAPA). A defesa do consumidor perante a conformidade orgânica Matheus Mazon Fraga (CIDASC). Verificação da qualidade de produtos orgânicos Sílvio Valença Varejão (ADAGRO). Resultados de análises de resíduos de agrotóxicos em produtos oriundos de feiras de produtos orgânicos em Pernambuco [Palestra] Otimização de recursos agropecuários: considerações relacionadas ao uso e proteção de recursos hídricos Moderadora: Rosirayna Rodrigues Remor (ADERR) Palestrante: Jonathan Stuart Ready (UFPA) [Mesa Redonda] Produtos Artesanais: uma alternativa de geração de renda para a pequena propriedade Moderadora: Katherine Fragoso (MAPA) Judi Nóbrega (MAPA). Aspectos legais dos produtos artesanais Leonora Guedes (Mosaico). Projeto sustentabilidade à mesa - SESI Beatriz de Assis Junqueira (MAPA). Indicação geográfica como estratégia para agregação de valor a produtos agroindustriais artesanais [Mesa Redonda] O exercício da sustentabilidade no desenvolvimento das atividades agropecuária e florestal Moderador: Luiz Paulo Albarelli (IBAMA) Adalberto Veríssimo (IMAZON). Amazônia no século XXI: desafios e oportunidades para o desenvolvimento sustentável Justiniano de Queiroz Netto (SEPMV). Programa Municípios Verdes: a experiência do Estado do Pará
32 Paulo Christo (EMBRAPA). Possibilidades e desafios da integração lavoura-pecuáriafloresta
Eixo Temático 2 – Políticas para o Fortalecimento da Defesa Agropecuária [Mesa Redonda] O Serviço Brasileiro de Defesa Agropecuária Moderador: Andrei Castro (MAPA) Inácio Afonso Kroetz (ADAPAR). SUASA – Contexto atual e perspectivas Paulo Emílio Torres (ADAB). Importância das Equipes de Emergências Sanitárias dos Programas Nacionais de defesa agropecuária Ernesto Nascimento Viegas (MAPA). Suportes laboratoriais de agentes patogênicos: Evolução da Rede de laboratórios [Palestra] Situação das barreiras interestaduais de fiscalização de trânsito agropecuário Moderador: Ângelo Pallini Filho (UFV) Palestrante: Ricardo Hillman (MAPA) [Mesa Redonda] A Proteção do Patrimônio Agropecuário: a quem cabe essa missão? Moderadora: Joana Baia Brito (MAPA) Oscar Rosa (MAPA). O papel da defesa agropecuária na proteção do patrimônio agropecuário e florestal brasileiro: competências compartilhadas Carlos Franz (MAPA). Desafios no trânsito agropecuário na Amazônia como barreira sanitária nacional Rogéria Conceição (MAPA). Estratégias durante os grandes eventos a serem realizados no Brasil [Mesa Redonda] Educação Sanitária: uma ferramenta indispensável para o fortalecimento da defesa agropecuária Moderadora: Fernanda Albuquerque (AGED) Clóvis Thadeu Rabelo Improta (CONESCO). Situação atual do PROESA: possibilidades para a implantação de trabalho educativo como parte das atividades de Defesa Agropecuária
33 Maria Antonieta Martorano Priante (ADEPARA). Educação Sanitária: casos concretos no Estado do Pará Gilson Sales (IMA). Educação Sanitária: casos concretos no Estado de Minas Gerais [Mesa Redonda] Programas oficiais de monitoramento de resíduos e contaminantes em alimentos Moderador: Luis Eduardo Pacifici Rangel (MAPA) Leandro Diamantino Feijó (MAPA). Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes de produtos de origem animal e vegetal e sua contribuição para a saúde pública Carlos Alexandre Oliveira Gomes (ANVISA). Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos Eliany D’Ávila (IDAF-ES). Programa Estadual de Análise de Resíduos de Agrotóxicos [Mesa-redonda] Implementação e fortalecimento da carreira de fiscal agropecuário Moderadora: Maria Patrícia Ferreira (STAFPA) Wilson Roberto de Sá (ANFFA Sindical). Avanços da carreira de fiscal federal agropecuário Francisco Saraiva (UNAFA). Situação dos fiscais estaduais nas Unidades de Federação
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Eixo Temático 3 – Pesquisa, Tecnologia e Inovação: o Suporte da Defesa Agropecuária [Mesa-redonda] Inovação tecnológica e Defesa Agropecuária Moderador: Sálvio Carlos Freire (ADEPARA) Cleber Soares (EMBRAPA). Rede de Centros de Inovação em Insumos para Saúde e Nutrição Animal - RCIISNA: ações para modelar uma ideia em rede Evaldo Ferreira Vilela (UFV). Projeto InovaDefesa [Mesa Redonda] A Lei de Acesso à Informação e suas implicações para Defesa Agropecuária Moderador: Guilherme Minssen (FAEPA) José Silvino da Silva Filho (MAPA). A Lei 12.527 e suas implicações para Defesa Agropecuária José Carlos da Silva Neto (Grupo Quali). Segurança na elaboração, transmissão e armazenamento documentos digitais em atendimento à Lei de Acesso à Informação Roberto Faria de Sant’Anna (ANDEF). Lei de Acesso à informação x Segredo industrial: uma contradição? [Mesa Redonda] Tecnologias inovadoras para diagnose de pragas e doenças Moderadora: Erivânia Camelo de Almeida (ADAGRO) Márcio Sanches (EMBRAPA). Avanços na diagnose de fitovírus e fitoplasmas quarentenários Renê Santos (Gencore). Monitoramento de Bactérias em Produtos, Líquidos e Ambientes através da Fluorimetria Jorge Raimundo Lins Ribas (ADAB). Técnica de sedimentação espontânea (Hoffman, Pons e Janer ou Lutz) enquanto ferramenta diagnóstica de parasitas em moluscos bivalves [Palestra] Defesa agropecuária e sua interface com a pesquisa, a extensão e o fomento Moderador: Geraldo Tavares (SAGRI) Palestrante: Lúcia Maia (IICA) [Mesa Redonda] Fauna de interesse zootécnico na Amazônia como alternativa à pecuária tradicional Moderador: Jefferson Pinto de Oliveira (ADEPARA)
35 Paulo Bezerra Neto (NPC Fauna). Potencial e uso econômico da fauna silvestre na Amazônia - Implantação de cadeias produtivas Palmira Francisca Gonçalves Ferreira (SEMA) Legislação para criadouros de fauna silvestre - mudanças e inovações em nova gestão Natalia Inagaki de Albuquerque (EMBRAPA). Produção do caititu (Tayassu tajacu Linnaeus 1758) (Pecari tajacu Jacq) em cativeiro – Resultados de sistema intensivo de produção
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Eixo Temático 4 – Defesa Agropecuária em Cadeias de Produção Animal [Mesa-redonda] Evolução do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa frente ao Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA) e os impactos internos e externos Moderador: José Naranjo (PANAFTOSA/OPS) Plínio Leite (MAPA) Décio Coutinho (CNA) Rosirayna Remor (ADERR) [Painel] Panorama da Pecuária de corte e seu potencial para a exportação de carne versus exportação de gado vivo Moderador: Gláucio Galindo (ADEPARA) Prelecionista: Luciana Cherr Ribeiro (MAPA) Debatedores: Carlos Xavier (FAEPA), Daniel Freire (ABEG) e Francisco Victer (UNIEC) [Palestra] Sistema catarinense de produção segregada de suínos livres de ractopamina para exportação de carne à China e União Aduaneira Moderador: Edson Ladislau (CRMV-PA) Palestrante: Jader Nones (CIDASC) [Palestra] A questão do bem-estar animal no Brasil Moderador: Marivaldo Figueiró (EMBRAPA) Palestrante: Liziè Buss (MAPA) [Mesa Redonda] Discutindo a defesa agropecuária para os animais aquáticos e seus produtos Moderador: Jorge Raimundo Lins Ribas (ADAB) Armando José Romaguera Burle (SINPESCA). Trânsito interestadual de pescado como matéria-prima: discutindo o Ofício Circular 23/2005 e suas implicações na cadeia produtiva e na proteção da saúde do consumidor Eduardo de Azevedo Pedrosa Cunha (MPA). Estruturação do SVO em animais aquáticos: ações do governo federal e responsabilidades dos executores de sanidade agropecuária Henrique César Pereira Figueiredo (UFMG). Diagnóstico oficial em defesa sanitária de animais aquáticos
37 Pedro M. Sesterhenn (CIDASC). Controle higiênico-sanitário de moluscos bivalves e criação de um sistema de alerta sanitário em Santa Catarina [Mesa Redonda] Os desafios da União, Estados e Municípios para garantir a oferta de alimentos de origem animal seguros Moderador: Renato Nunes (IMA) Judi Nóbrega (MAPA). SISBI: Novas diretrizes, entraves e perspectivas Paulo Emílio Torres (ADAB). Atuação dos serviços estaduais (SIE) Rodrigo Heitor. Atuação dos serviços de inspeção municipais (SIM) e necessidade de integração dos serviços [Painel] Atuação da defesa/inspeção frente aos requisitos sanitários para exportação de produtos de origem animal à União Aduaneira Moderadora: Glauciane Ribeiro de Castro Pires (AGRODEFESA) Prelecionista: Ari Crespim dos Anjos (MAPA) Debatedoras: Susi Barros (ADEPARA) e Janice Elena Ioris Barddal (MAPA) [Mesa-redonda] Análise de risco e análise de custo / benefício aplicadas a programas de saúde animal Moderadora: Daniella Soares de Almeida Bueno (INDEA) Jorge Madeira Nogueira (UnB). Análise de custo / benefício de estratégias de controle da febre aftosa Diego Viali dos Santos (SEAPA-RS). Análise de risco quanto ao ingresso do vírus da febre aftosa no Rio Grande do Sul [Palestra] Sistemas de Vigilância Epidemiológica em Saúde Animal Moderador: Benjamim Nauhm (EMBRAPA) Palestrante: Vítor Salvador Picão Gonçalves (UnB) [Palestra] Panorama geral dos estabelecimentos de pré-embarque (EPE’s) de gado vivo para exportação no Brasil Moderador: Sérgio Monteiro (IMA) Palestrante: Luciana Cherr Ribeiro (MAPA) [Mesa-redonda] Raiva e encefalopatias Moderador: Paulo Henrique Pereira de Moraes (SEAPEC) Elaine Sena (MAPA). Análise da situação da raiva em herbívoros no Brasil Ellen Elizabeth Laurindo (MAPA). A ocorrência de raiva dos herbívoros no Paraná considerando as aeras de risco para a doença no Estado
38 Francisco Décio de Oliveira Monteiro (UFPA). Estudo preliminar descritivo da raiva em animais de produção no estado do Pará, 2008 – 2012 Gislaine Raquel Santos (UNESP). Perfil epidemiológico da raiva em herbívoros no período de 2010 a 2011 no estado do Pernambuco [Mesa-redonda] Sanidade Avícola Moderador: Robson Cerqueira (UFRB) Bruno Pessamilio (MAPA). Desafios na implementação das normas de Biosseguridade na avicultura não industrial Marcos Santos Prinz (ADAB). Monitoramento de doenças de notificação obrigatória em sítios de pouso de aves migratórias na Bahia Priscila Belleza Maciel (CIDASC). Atendimentos à notificação de mortalidade de aves em Santa Catarina no primeiro semestre de 2013
Eixo Temático 5 – Defesa Agropecuária em Cadeias de Produção Vegetal [Mesa Redonda] Os desafios do controle biológico na Defesa Agropecuária Moderador: José Magid Waquil (SBDA) Aldo Malavasi (MoscaMed). Métodos atuais de Controle Biológico e seu papel na Defesa Agropecuária Wilson de Melo Maia (UFRA). Controle biológico da mosca-negra, Aleurocanthus woglumi Rose Monnerat (EMBRAPA). Bioinseticidas microbianos para controle de pragas [Mesa-redonda] As pragas introduzidas e seu impacto na fruticultura brasileira Moderador: Túlio Oliveira (AENDA) Carlos Artur Franz (MAPA). Pragas quarentenárias de fruteiras com recente detecção no Brasil: Danos econômicos e sócio ambientais Maria Júlia Signoretti Godoy (MAPA). Programa Nacional de Erradicação da Mosca da Carambola Sílvio Luiz Rodrigues Testasecca (MAPA). Avaliação das ações de erradicação da Cydia pomonella à luz do Acordo de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias [Palestra] Situação atual da fiscalização de sementes e mudas no Brasil Moderador: Getúlio Moreno (IDARON)
39 Palestrante: André Felipe Carrapatoso Peralta da Silva (MAPA) [Mesa-redonda] Relação entre a redução populacional de abelhas e o uso de Defensivos Agrícolas Moderadora: Ana Maria Mitidiero (CIDASC) Sílvia Ligabó (SINDAG) Luís Eduardo Pacifici Rangel (MAPA) Kênia Godoy (IBAMA) [Mesa-redonda] Helicoverpa Moderador: Walkymário Lemos (EMBRAPA) Suely Xavier de Brito (ADAB). O estado de emergência fitossanitária de Helicoverpa sp. na Bahia e a prática de Defesa Agropecuária Thiago Mastrangelo (UNICAMP). Identificação e diversidade genética de populações de Helicoverpa armigera no Brasil Mário Tomazela (CDA). Política de combate à Helicoverpa armigera e outras pragas quarentenárias no estado de São Paulo [Mesa-redonda] Situação de Produtos Agrotóxicos no Brasil: Regulamentação e Uso Moderador: Nataniel Diniz Nogueira (IMA) Luís Eduardo Pacifici Rangel (MAPA) Ana Maria Vekic (ANVISA) Kênia Godoy (IBAMA) [Mesa-redonda] Ameaças fitossanitárias Moderador: Luís Carlos Ribeiro (ANDEF) Marcelo Lopes da Silva (EMBRAPA). Pragas com risco de Introdução no Brasil, com ênfase na Fronteira Norte Edson Tadeu Iede (EMBRAPA). Principais pragas florestais de importância quarentenária para o Brasil Norton Polo Benito (EMBRAPA). Insetos e ácaros quarentenários interceptados na Estação Quarentenária de Germoplasma Vegetal [Mesa-redonda] O futuro da Cacauicultura brasileira frente às principais ocorrências fitossanitárias Moderador: Marco Aurélio Leite Nunes (UFRA)
40 Wagner Xavier da Conceição (MAPA). Plano de contingência e medidas de prevenção para a Monilíase do Cacaueiro – Instrução Normativa Nº 13 Paulo Sérgio Bevilaqua Albuquerque (CEPLAC). Riscos de introdução e medidas de contenção da monilíase do cacaueiro na Amazônia Catarina Mattos Sobrinho (ADAB). Ações de defesa para prevenção e controle da monilíase do cacaueiro na Bahia Milton Leite Alves da Cunha (MAPA). Ações da defesa agropecuária frente à ocorrência do Conotrachelus humeropictus no estado do Pará Getúlio Moreno (IDARON). Levantamento de propriedades produtoras e inspeção de plantas de cacau e cupuaçu quanto à ocorrência de monilíase no estado de Rondônia [Mesa-redonda] Desafios Fitossanitários no Âmbito do Programa Nacional de Palma de Óleo Moderadora: Alessandra Boari (EMBRAPA) Ricardo Tinocco (AGROPALMA). Desafios Fitossanitários no Âmbito do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel Eudes de Arruda Carvalho (EMBRAPA). Doenças fúngicas no contexto da expansão do cultivo da Palma de Óleo Jefé Leão Ribeiro (MAPA). Análise de Risco na importação de sementes de Palma de Óleo [Mesa-redonda] Sistemas de alerta na Defesa Vegetal: Estações de Pré-aviso Moderadora: Lucieta Guerreiro Matorano (EMBRAPA) Osmar Volpato (CIDASC). Sistema de estações de pré-aviso bioclimático – Banana/ SC Antônio Wander Rafael Garcia (Fundação Procafé). Sistema de estações de aviso fitossanitário – Café/ MG
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Resumos dos Trabalhos Apresentados Cadeias de produção animal A legislação como ferramenta de vigilância para Anemia Infecciosa Equina (AIE) no Estado do Rio Grande do Sul (RS) The rules as a surveillance tool for Equine Infectious Anemia (EIA) in the State of Rio Grande do Sul (RS) Gustavo Nogueira Diehl, Secretaria da Agricultura Pecuária e Agronegócio Gabriela Maura Cavagni, Secretaria da Agricultura Pecuária e Agronegócio A anemia infecciosa eqüina (AIE) é uma doença mundial incurável que acomete eqüídeos. A Instrução Normativa nº. 45/2007 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) preconiza emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) mediante exame negativo para AIE para trânsito interestadual de animais desta espécie. No RS, a Resolução 001/1997 expandiu essa exigência para todos os eqüinos em trânsito intraestadual. Porém não havia punições para o responsável que transitasse com animais sem essa documentação e, somente transitavam com exame negativo animais de maior valor zootécnico ou destinados a eventos oficiais. Com a publicação do Decreto Estadual nº. 50.072/2013, instituiu-se a aplicação de multa a quem infringir esse trâmite. Assim, os registros de cadastros de produtores de eqüinos no Sistema de Defesa Agropecuária (SDA) aumentaram 126% em relação ao ano anterior. O número de GTA emitidas para esta espécie passou de 2.422 no mesmo período do ano passado para 15.602 neste ano. Isto demonstra o empenho do Serviço Veterinário Oficial (SVO) e dos criadores em cumprir e se adequar a nova legislação. O número de exames de AIE executados após a publicação do decreto também aumentou 357%, e com isso, já foram diagnosticados 35 novos focos da doença até o momento. Correlacionando o trânsito com a vigilância ativa para a doença, podemos concluir que o SVO necessita ferramentas para que a legislação sanitária seja cumprida e também para que os criadores atendam suas exigências. Palavras-chave: trânsito, exame negativo, GTA
42 Cadeias de produção animal A bioquímica muscular, a maciez da carne e o melhoramento das raças zebuínas. Muscle biochemistry, meat tenderness and genetic improvement of zebú breeds. Fernando José Gondim Peixoto, Embrapa
A baixa maciez da carne zebuína restringe seu acesso a importantes mercados. Tal característica é atribuída a uma comparativamente maior atividade muscular da Calpastatina. Esta proteína interfere no processo de proteólise post morten prejudicando o amaciamento da carne. Existem diferenças bioquímicas entre os tipos de fibras que constituem 95% da massa muscular. A composição percentual das fibras oxidativas e glicolíticas influencia a qualidade das carnes e explicam sua variação. Inovações tecnológicas contribuem para a melhoria da qualidade da carne, e conhecer a tipologia muscular do gado Zebú é indispensável para se entender as razões de sua “dureza”. Incentivos aplicados à produção de carne zebuína de qualidade contribuem para o melhoramento bovino e o desenvolvimento da pecuária de corte nacional. A insuficiente habilitação de propriedades brasileiras para exportação de carne de qualidade para a Europa resulta no incompleto cumprimento do acordo comercial via cotas Hilton (10.000 ton./ano), e é resultado do desinteresse dos produtores em arcar com os custos da rastreabilidade. O desejável sucesso dos programas privados de pagamento de prêmio por qualidade pressupõe diferenciada remuneração para o “Boi Europa”, que poderia/deveria obter melhor remunerar de suas carcaças rastreadas, caso houvesse o atrelamento do programa SISBOV/MAPA ao mecanismo das “Cotas Hilton”, operacionalizado pelo MDIC. Desta forma, a rastreabilidade configurar-seia como um mecanismo retroalimentor do sistema, sendo construído intra elos e em duplo sentido na cadeia, não só oferecendo ao consumidor garantia de qualidade, mas também ao produtor garantia de melhor e justa remuneração de suas carcaças tipificadas e exportadas. Sem uma compensatória justificativa financeira não haverá suficiente adesão à rastreabilidade e consequente baixa habilitação de propriedades para a exportação. Um programa nacional de incentivo à produção de carne de qualidade tanto para a exportação como para o consumo interno deve incorporar o atributo extrínseco da rastreabilidade. A desejada e necessária disseminação da adesão à rastreabilidade bovina patrocinada pelo
43 MAPA, e exigida pelos mercados que melhor remuneram, é fator determinante de acesso a esses mercados. Entretanto, a adesão ao SISBOV e a consequente aprovação como ERA (Estabelecimento Rural Aprovado) impõe altos custos ao produtor que se queixa da falta de garantia de justa remuneração futura. A habilitação para exportação é concedida à propriedade (ERA), enquanto as cotas aos frigoríficos. Um mecanismo de redistribuição/compensação das cotas “Hilton” entre as ERAs poderia servir de instrumento “harmonizador” da cadeia, favorecendo o total cumprimento da cota brasileira de 10.000 toneladas e fomentando a seleção genética das raças zebuínas. Uma aliança mercadológica envolvendo ministérios (MAPA e MDIC) e entidades representativas de produtores e indústria (CNA , ABIEC...) pode contribuir para a melhoria das relações comerciais intra cadeia produtiva, aumentar a habilitação de propriedades para a exportação e fomentar o melhoramento das raças zebuínas, e poderia ser incluída na agenda de discussões, em curso, para a criação do Conselho Nacional da Carne Bovina. Os efeitos advindos de Inovações tecnológicas à montante e inovações institucionais à jusante, sobre a cadeia da carne bovina, contribuiriam para a construção dessa aliança. Um desafio nacional. Palavras-chave: Fibras musculares, gado zebu, pecuária de corte, cotas Hilton, rastreabilidade bovina. Fomento: Fundação Eliseu Alves - Embrapa
44 Cadeias de produção animal A aplicação da legislação como instrumento de auxílio às ações de defesa sanitária animal relacionadas à Febre Aftosa The implementation of the rules as a tool to support the actions of animal health related to Foot-and-Mouth Disease Gabriela Maura Cavagni, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio - SEAPA Grazziane Maciel Rigon, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio - SEAPA Fernando Henrique Sauter Groff, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio - SEAPA
A febre aftosa é uma doença altamente contagiosa, de grande relevância e rápida difusão, que afeta animais biungulados domésticos e silvestres, acarretando grandes perdas econômicas e impacto social. O Estado do Rio Grande do Sul (RS) possui a condição livre de febre aftosa com vacinação, realizando a imunização compulsória de todos os bovinos e bubalinos nos meses de maio e naqueles menores de 24 meses em novembro. A Lei Estadual nº. 11.099/98 institui o Programa de Erradicação da Febre Aftosa no Estado do RS e prevê a aplicação de penalidades a quem descumprir suas orientações. O presente estudo visa demonstrar a aplicação dessas sanções efetivadas pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO), relativas à legislação, nos últimos três anos. Sendo assim, de 2010 a 2012 foram aplicadas 22.355 infrações, que totalizaram R$ 7.454.154,19. Os motivos mais frequentes destas infrações são devido a não declaração de rebanhos suscetíveis, não comprovação da execução da vacina contra a febre aftosa nos prazos estipulados e por trânsito de animais sem a documentação zoossanitária obrigatória. Podemos concluir, desta maneira, que para desenvolver ações de defesa sanitária animal é importante possuir uma base legal que permita a penalização de irregularidades e coíba práticas ilegais. O respaldo legal tem auxiliado o sistema de vigilância no Estado na prevenção da doença, demonstrando a importância da aplicação da legislação para aumentar os índices de imunidade do rebanho gaúcho. Palavras-chave: penalidades, vacinação, vigilância
45 Cadeias de produção animal AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DE QUEIJOS TIPO COLÔNIA PRODUZIDOS EM ESTABELECIMENTOS COM INSPEÇÃO ESTADUAL NO RIO GRANDE DO SUL EVALUATION OF THE CHARACTERISTICS OF COLONIAL CHEESE PRODUCED IN ESTABLISHMENTS WITH STATE INSPECTION IN RIO GRANDE DO SUL Juliane Webster de Carvalho Galvani, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (SEAPA) Daniela Lopes de Azevedo, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (SEAPA)
A avaliação dos processos de fabricação, de composição e de rotulagem (PFCR) de produtos de origem animal é atribuição da Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Estado do Rio Grande do Sul. Dada à falta de regulamento técnico para fixação de identidade e qualidade do queijo tipo colônia, buscou-se apurar as características dos PFCR registrados pelas 33 empresas com inspeção estadual fabricantes desse produto, conduzindo-se um estudo observacional e descritivo em que foram avaliados os dados dos memoriais descritivos (MD) de PFCR registrados. O uso do leite pasteurizado acrescido de coalho, cloreto de sódio e fermentos ocorreu em 96,97% dos casos e, o de aditivos, em apenas 15,16%. A pasteurização rápida foi citada em 99,7% dos MD analisados. Em 87,88% das empresas utiliza-se salmoura elaborada na concentração de 20% (30,30%) para imersão dos queijos por 24hs (36,36%). A etapa de secagem é ignorada em 57,57% dos MD avaliados, enquanto que a maturação ocorre por 20 dias (54,54%). Os produtos são estocados em câmaras na temperatura de 0 a 8ºC (60,60%). Observou-se o uso de rótulos impressos (54,54%) sobre embalagem de polietileno termo-encolhível (63,63%). O peso descrito oscilou entre 0,2 a 5,0 Kg, com prazo de validade de 90 dias (57,58%). Os resultados indicam que há variação nos PFCR observados. Estudos da caracterização do queijo tipo colônia permitirão definir sua identidade com conseqüente regulamentação. Palavras-chave: processos de fabricação; composição; rotulagem
46 Cadeias de produção animal Estudo preliminar descritivo da raiva em animais de produção no estado do Pará, 2008-2012 Preliminary descriptive study of livestock rabies in Pará state, 2008-2012 FRANCISCO DECIO DE OLIVEIRA MONTEIRO, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (PPGSAAM) SALVIO CARLOS FREIRE DA SILVA, AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DO PARA (ADEPARA) ELVIRA COLINO, AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DO PARA (ADEPARA) GLÁUCIO ANTONIO DA ROCHA GALINDO, AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DO PARA (ADEPARA) VALÍRIA DUARTE CERQUEIRA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (PPGSAAM) ISIS ABEL BEZERRA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (PPGSAAM) Casos de raiva em animais de produção são considerados eventos-sentinela para ocorrência da raiva em humanos. A vigilância epidemiológica eficaz garante sucesso aos programas de controle e prevenção da doença. A reunião dos dados obtidos pela agência de controle de raiva em herbívoros possibilita o entendimento global da distribuição da doença numa região. O objetivo do presente estudo consiste em caracterizar a ocorrência da raiva em herbívoros no estado do Pará, entre 2008 e 2012. Com informações dos formulários de investigação de doenças de propriedades que notificaram casos de síndromes neurológicas nesse período foi criado um banco de dados no software SPSS® v20.0, para análise descritiva de cada variável isoladamente. As associações entre os resultados dos testes (biológico e sorológico) e as variáveis do formulário foram avaliadas pelo teste χ2. Uma análise preliminar revelou que entre os anos 2008 e 2012 foram notificados 296 casos de síndromes neurológicas em animais de produção, em sua maioria bovina (80,8%). Dentre as amostras válidas, 27,7% foram positivas para raiva, com maior número de casos em 2008 (n=19). As maiores frequências de notificação se deram nas Regionais (ULSA’s) de Redenção e Paragominas, onde também foram registrados mais casos positivos (20,6% e 19,0%, respectivamente). Os animais acometidos estavam relacionados com a principal atividade da propriedade (83,1%). Nessas, 47,8% criavam animais de corte e 87,7% não apresentavam
47 criação tecnificada. Outras análises vêm sendo realizadas, inclusive com a inserção de outros anos de observação. Dessa forma é possível contribuir com o monitoramento da circulação viral no estado em prol de uma análise mais objetiva e comunicação das descobertas à vigilância. Palavras-chave: análise descritiva, vigilância, investigação epidemiológica Fomento: CNPQ
48 Cadeias de produção animal EVOLUÇÃO DOS INDICADORES AGROPECUÁRIOS NO MUNICÍPIO DE BRASIL NOVO - PARÁ NO PERIODO DE 2004 A 2007 EVOLUTION OF AGRICULTURAL INDICATORS IN THE CITY OF BRASIL NOVO - PARÁ DURING THE PERIOD OF 2004 TO 2007 Susiclay Barros Neto, ADEPARA Andréa Ferreira Nobre, ADEPARA/UNESP Ana Julia Silva e Alves, FAO Giovani Luidy Girardeli, ADEPARA Gláucio Antonio da Rocha Galindo, ADEPARÁ Luzia Helena Queiroz, FMVA-UNESP O Brasil detém o maior rebanho bovino comercial do mundo, com 215 milhões de cabeças, entretanto, a taxa de desfrute brasileira é menor do que a de países como os Estados Unidos e Austrália. Para que os profissionais da área de Defesa Sanitária possam exercer suas funções adequadamente, é necessário conheçam os principais sistemas produtivos existentes e suas inter-relações econômicas e sanitárias. Com o objetivo de melhor caracterizar o sistema produtivo do município de Brasil Novo, de acordo com seus indicativos agropecuários, foram utilizados os dados de trânsito animal obtido do Mapa de Movimentação Animal do Estado para calcular a taxa de abate, a diferenciação por gênero e a finalidade de destino. Para cálculo da taxa de natalidade foram usados os relatórios das etapas de vacinação contra Febre Aftosa do município de Brasil Novo. Em relação à porcentagem de animais transportados, segundo a finalidade, observou-se no período de estudo, um aumento na porcentagem de trânsito para abate (45,5% para 65,2%) e uma diminuição considerável para reprodução (27,1% para 7,6%). A taxa de crescimento do rebanho também passou de 8,2 em 2004 para -6,2 em 2007, assim como a taxa de natalidade no primeiro semestre do ano que teve diminuição de 50%. A taxa de abate de animais passou de 9,5 em 2004 para 29,7 em 2007 e este crescimento foi principalmente devido à exportação para países não pertencentes à União Europeia. A venda de animais aptos à reprodução para abate somada ao fato de que poucas propriedades do município utilizam alguma técnicas reprodutiva, levam a concluir que tende a haver uma diminuição da exportação de animais e carne no município, devido à redução de animais no plantel.
49 Palavras-chave: Taxa de abate, taxa de desfrute, trânsito animal, produção animal Fomento: Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará
50 Cadeias de produção animal Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Rio Grande do Sul: Um case de sucesso Animal Health Development Fund of Rio Grande do Sul state: A success story André Mendes Ribeiro Correa, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul Antônio Augusto Rosa Medeiros, Secretaria de Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul Ildara Nunes Vargas, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul Bernardo Todeschini, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Rogério Kerber, Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal Diego Viali dos Santos, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (FUNDESA) foi criado no ano de 2005, com a finalidade complementar ações de defesa sanitária animal no Rio Grande do Sul. Por tratar-se se um fundo privado possui uma maior agilidade na tomada de decisões e liberação de recursos, quando comparado com fundos administrados pelo Estado. Além do aporte financeiro aos contribuintes, no caso de uma emergência sanitária, o FUNDESA apoia o desenvolvimento de diversas ações de defesa sanitária animal, promovendo a capacitação de servidores do serviço veterinário oficial do Rio Grande do Sul (SVO-RS), auxiliando na realização de estudos epidemiológicos e investindo em melhorias estruturais e administrativas junto ao SVO-RS. No ano de 2012 o FUNDESA utilizou R$ 2,7 milhões para, em conjunto com o SVO-RS, promover o desenvolvimento da Defesa Sanitária Animal. Destaca-se o inquérito epidemiológico para determinar a prevalência de Epididimite Ovina (B.ovis), possibilitando um diagnóstico de situação que culminou com a formatação do Programa Estadual de Sanidade Ovina e o Acordo de Cooperação Técnica entre a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e o SVO-RS, o qual permitiu o desenvolvimento, implantação e capacitação de ferramentas epidemiológicas para a utilização na defesa sanitária animal. A parceria entre o FUNDESA e o SVO-RS resulta em avanços para o fortalecimento do sistema de
51 defesa sanitária do Estado, sendo um modelo de gestão a ser seguido por outros Estados e a União. Palavras-chave: SEAPA, MAPA, FUNDESA
52 Cadeias de produção animal A importância da aproximação entre o Serviço Veterinário Oficial e a Universidade The importance of the relationship between Official Veterinary Service and the University Diego Viali dos Santos, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul André Mendes Ribeiro Correa, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul Antônio Augusto Rosa Medeiros, Secretaria de Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul Ivo Kohek Jr, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul Bernardo Todeschini, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Luis Gustavo Corbellini, Universidade Federal do Rio Grande do Sul O Serviço Veterinário Oficial (SVO) no Brasil, ao contrário de diversos países desenvolvidos, possui bastante dificuldade em trabalhar em conjunto com a Universidade. Tal situação muitas vezes decorre das diferenças entre os objetivos do SVO e aqueles dos pesquisadores das Universidades, no que tange a Defesa Sanitária Animal. A fim de superar esse problema, no ano de 2012 o SVO do Rio Grande do Sul e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com o apoio do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (FUNDESA) selaram um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) visando o desenvolvimento, implantação e capacitação de ferramentas epidemiológicas a serem utilizadas pelo SVO. Entre os resultados desse ACT, nesse primeiro ano, estão o andamento de análises de risco de interesse para o SVO e as assessorias nos desenhos amostrais para determinar a prevalência e fatores de risco de doenças de interesse na Defesa Sanitária Animal do RS. Além disso, foram publicados cinco artigos científicos frutos de diversas análises de dados realizadas pela Universidade, as quais também serviram para direcionar a vigilância realizada pelo SVO, aumentando sua efetividade. O ACT prevê que em 2014 todos os médicos veterinários do SVO-RS sejam capacitados, a fim de harmonizar os procedimentos de rotina. Conclui-se que a aproximação do
53 SVO-RS e a universidade é de extrema importância, trazendo benefícios para ambos os lados e, portanto, deve ser estimulada em todos Estados e na União. Palavras-chave: UFRGS, MAPA, SEAPA Fomento: FUNDESA
54 Cadeias de produção animal Análise de risco quanto ao ingresso do vírus da febre aftosa no Rio Grande do Sul Risk analysis concerning the introduction of the FMD virus in Rio Grande do Sul Diego Viali dos Santos, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul André Mendes Ribeiro Correa, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul Fernando Henrique Sauter Groff, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul Bernardo Todeschini, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Cláudio Wageck Canal, Universidade Federal do Rio Grande do Sul Luis Gustavo Corbellini, Universidade Federal do Rio Grande do Sul A Análise de Risco é uma ferramenta preconizada pela Organização Mundial de Saúde Animal para que os países membros utilizem em operações de comércio internacional a fim de buscar um nível adequado de proteção para a sanidade de seus rebanhos bem como auxilia a tomada de decisões. No início de 2012, o Serviço Veterinário Oficial do Rio Grande do Sul em conjunto com o Laboratório de Epidemiologia Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul iniciou uma Análise de Risco, com previsão de término em dezembro de 2014, para estimar os riscos de introdução do vírus da febre aftosa (VFA) no RS. Inicialmente, e após revisão da literatura e análise dos focos de febre aftosa ocorridos de 1996 até 2012, foi construída a árvore de cenários com a análise dos caminhos mais prováveis do possível ingresso do vírus no estado. Esse estudo servirá para dar suporte técnico aos tomadores de decisão na determinação de medidas de mitigação para minimizar o risco da introdução do VFA no estado. Adicionalmente, o trabalho dará suporte à deliberação sobre a suspensão da vacinação, objetivando a evolução da atual condição sanitária pelo reconhecimento internacional como zona livre de febre aftosa sem vacinação, e abrindo assim novos mercados para os produtos gaúchos de origem animal. Palavras-chave: SEAPA, MAPA, UFRGS Fomento: FUNDESA
55 Cadeias de produção animal MEDIDAS DE CONTROLE PARA ANEMIA INFECCIOSA EQUINA NA REGIÃO AMAZÔNICA CONTROL MEASURES FOR EQUINE INFECTIOUS ANEMIA IN THE AMAZON REGION Susiclay Barros Neto, ADEPARA Andréa Ferreira Nobre, ADEPARA/UNESP Flavia da Cunha Rodrigues, ADEPARA Giovani Luidy Girardeli, ADEPARA Gláucio Antonio da Rocha Galindo, ADEPARÁ Luzia Helena Queiroz, FMVA-UNESP Os equídeos introduzidos na região são utilizados como animais de tração, para as atividades da fruticultura e de tropa, para condução do rebanho bovídeo e em atividades de lazer da população. O exame para Anemia Infecciosa Equina (AIE) preconizado pelo Programa Nacional de Sanidade de Equídeos (PNSE) é exigido apenas para os animais destinados aos certames enquanto que aqueles destinados às atividades diárias de trabalho são dispensados dos testes. O objetivo desse trabalho foi avaliar a positividade para AIE no município de Brasil Novo (PA) com o intuito de estabelecer estratégias que permitam a manutenção dos equídeos positivos mediante manejo adequado. Foram analisados os cadastros do município, junto à Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará, nos anos de 2007 e 2008, atualizados por meio da declaração de rebanho durante as campanhas de vacinação contra Febre Aftosa. Os exames foram feitos pelos proprietários para emissão de Guia de Trânsito Animal e uma cópia permaneceu arquivada no escritório de defesa do município. O número de equídeos cadastrados nos anos de 2007 e 2008 foi 3606 e 3999, respectivamente. A porcentagem de positividade foi de 6,5% e 10% em 2007 e 2008, respectivamente, com consequente aumento da incidência de 1,4/1.000 em 2007 para 2,8/1.000 em 2008. Este aumento mostra que o PNSE não está alcançando o controle da doença e, considerando que não há obrigatoriedade de sacrifício dos animais positivos, sugere-se a elaboração de projetos de educação sanitária na área de estudo, além dos animais positivos permanecerem em baias teladas com raio de distância de 200 metros entre os rebanhos.
56 Palavras-chave: anemia infecciosa equina, controle, barreira Fomento: Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará
57 Cadeias de produção animal SISTEMA CATARINENSE DE PRODUÇÃO SEGREGADA DE SUÍNOS LIVRES DE RACTOPAMINA PARA EXPORTAÇÃO DE CARNE À CHINA E UNIÃO ADUANEIRA SANTA CATARINA'S SEGREGATED SYSTEM FOR THE PRODUCTION OF RACTOPAMINE-FREE SWINE FOR EXPORT TO CHINA AND CUSTOMS UNION Sabrina Geni Tavares, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina Amanda Costa Xavier, Universidade Federal de Santa Catarina Jader Nones, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina
A abertura ou manutenção de novos mercados importadores de carne suína representam um grande passo para garantir a estabilidade para a suinocultura catarinense, setor que nos últimos anos passou por diferentes momentos de crise diante do alto custo de produção e da oscilação dos preços pagos aos produtores. Considerando estes aspectos, o objetivo deste trabalho foi relatar as atividades que estão sendo desenvolvidas pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC) com o intuito de adequar parte das granjas comerciais de suínos catarinenses às exigências impostas pelos mercados da China e União Aduaneira (Rússia, Bielorússia e Cazaquistão). Tais procedimentos, estabelecidos com base nos acordos internacionais divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), foram publicados através da Instrução de Serviço (IS) nº 003/2013. De acordo com esta IS, as granjas de terminação de suínos devem comprovar por meio documental e de práticas de autocontrole, a produção destes animas através de um sistema segregado livre de ractopamina. Além disso, dentre outros requisitos, faz-se necessário identificar individualmente os animais com o código oficial da propriedade. Tanto para adesão, quanto para manutenção destas granjas neste sistema de produção, fiscalizações por amostragem são rotineiramente realizadas pela CIDASC. Até o momento, 257 granjas, pertencentes as integrações de três empresas produtoras de alimentos da região, fazem parte deste sistema de produção segregada. Apesar dos desafios, a execução deste trabalho tem permitido fornecer as garantias necessárias e exigidas pelos mercados da China e União Aduaneira, o que tem contribuído para manutenção das exportações de carne suína catarinense destinada a estes países.
58 Palavras-chave: Santa Catarina, exportação, carne suína Fomento: Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC)
59 Cadeias de produção animal DIAGNÓSTICO DO TRÂNSITO DE CARANGUEJOS NO MARANHÃO NOS ANOS DE 2011 E 2012 DIAGNOSIS OF CRABS IN TRANSIT MARANHÃO YEARS 2011 AND 2012 ROSIANE DE JESUS BARROS, AGÊNCIA ESTADUAL DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MARANHÃO MICHELLE LEMOS VARGENS, AGÊNCIA ESTADUAL DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MARANHÃO ADRIANO MENDES MOURA, AGÊNCIA ESTADUAL DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MARANHÃO HERLANE DE OLINDA VIEIRA, AGÊNCIA ESTADUAL DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MARANHÃO CELIA MARIA DA SILVA COSTA, AGÊNCIA ESTADUAL DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MARANHÃO VALTER MARCHAO COSTA FILHO, AGÊNCIA ESTADUAL DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MARANHÃO Os pescados são fontes de proteína animal de excelente valor nutricional, responsáveis pela alimentação de bilhões de pessoas. No Brasil, a extração de crustáceos sustenta comunidades costeiras nutricional e financeiramente. Objetivando diagnosticar fontes produtoras, fluxo do trânsito e mercados fornecedores, foi realizado levantamento por ano, municípios de origem e destino da emissão da Guia de Trânsito Animal - GTA e fluxo de veículos em Barreira Zoofitossanitárias, junto a Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão AGED/MA, no período de 2011 a 2012. Em 2011, foram emitidas 180 GTA originadas em São Luís, Carutapera e Cândido Mendes, para 243.081 caranguejos destinados aos estados do PA, DF e ES. Em 2012, foram emitidas 200 GTA originadas em Carutapera, Cândido Mendes e São Luís, para 241.700 caranguejos, destinadas aos estados do PA, CE e DF. No período, a Barreira de Pirangi, Araioses/MA, registrou maior ingresso de caranguejos. Em 2011, ingressaram 24.395.000 caranguejos do CE e PI. Em 2012, ingressaram 19.879.500 caranguejos do RN e PI. No comparativo do período, houve aumento de 22,97% na saída de caranguejos e uma diminuição de 31,59% no ingresso destes. O quantitativo de animais expedidos (693.906) em relação aos dados de entrada (60.385.620)
60 caracteriza o estado como mercado consumidor de caranguejo, sendo o PI, CE e RN, seus principais fornecedores e São Luis, Carutapera e Cândido Mendes suas principais fontes produtoras. Palavras-chave: crustáceo, guia de transito animal, barreira sanitária
61 Cadeias de produção animal sistema construtivo modulado para agroindústrias de processamento de produtos agropecuários Module Constructive System For Product Processing Agronomy Industry Rigoberto Neide Pontes, Agencia de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas Erivan Santos Oliveira, Agencia de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas ADS João Bosco Menezes de Aquino, Agencia de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas Matheus Reis, Agencia de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas Alvaro Luiz Freitas, Agencia de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas , Resumo do projeto “sistema construtivo modulado para agroindústrias de processamento de produtos agropecuários”. Nos estados da região amazônica apenas uma pequena parcela da produção dos produtos da biodiversidade recebem agregação de valor e, o que é mais grave, grande parte nem são coletadas, extraídas ou capturadas e se perdem por falta de estruturas de beneficiamento e armazenagem, não obstante o grande potencial de mercados local, regional, nacional e, até, internacional. O principal motivo dessa situação é o alto investimento necessário para a construção de empreendimentos para a agregação de valor dos produtos agropecuários, principalmente porque a maioria dos municípios dos estados da região amazônica está localizada em regiões distantes e isoladas, com acesso apenas por via aérea e fluvial o que dificulta e encarece a aquisição de materiais de construção (cimento, tijolo, areia etc), maquinas e equipamentos necessários para a construção de agroindústrias. O principal objetivo desta proposta é apresentar um inovador sistema construtivo para implantação de micros, pequenas e médias agroindústrias de processamento de produtos agropecuários, tanto de origem animal como vegetal, demonstrando as principais características e as vantagens comparativas em relação ao sistema construtivo convencional empregado na construção de entreposto de pescado, agroindústria de processamento de polpa de frutas, casa de mel, casa de farinha, abatedouro de pequenos animais e outros empreendimentos voltados para
62 agregar valor à produção do setor primário. O projeto da agroindústria modulada está fundamentado no uso de módulos montados a partir de contêineres que são equipamentos utilizados no transporte de alimentos perecíveis, os quais antes de entrarem na composição do layout passam por intervenções e adaptações para receberem os setores e dependências da planta processadora projetada. O lauyout operacional é definido a partir do arranjo de um conjunto de módulos/containeres, em conformidade com a atividade, produtos a processar e a capacidade de manipulação e estocagem. Na planta processadora da agroindústria modulada estão previstos todos os setores e dependências recomendadas pelas normas de inspeção industrial sanitária de produtos agropecuários, como, pro exemplo, o caso de entreposto de pescado: no bloco industrial estão previstos a área de desembarque e recepção de matéria prima, câmara de espera, silo de gelo, salão de manipulação/processamento (com pé-direito de 4,0m e teto em isopaineis ou mesmo PVC em toda sua extensão), túnel de congelamento, sala e depósito de embalagem, câmara(s) de estocagem, ante-câmara de expedição e demais dependências de apoio e anexos como gabinete de higienização, áreas para lavagem de monoblocos e utensílios da produção,etc e, também, são previstos as dependências que fazem parte do bloco social. Todos os módulos/conteineres que compõem o layout operacional ficam abrigados sob um galpão de estrutura metálica pré-moldada. A concepção construtiva da agroindústria modulada é fundamentada na utilização de contêineres que são equipamentos de alta resistência e durabilidade visto que são construídos (vigas, colunas e as chapas das paredes externas) de material de aço carbono e possuem sistema de engate que permite empilhamentos de mais de 100 toneladas de peso e que normalmente são submetidos à exposição de sol e chuva nos convés de navios cargueiros em viagens de longa duração entre continentes, o tempo de vida útil estimado pelos fabricantes para este tipo de equipamento é de mais de 20 anos expostos as condições de uso extremos. Os módulos/contêineres utilizados no projeto são do tipo denominado “reefer” (maquinário de refrigeração acoplado), de 40’/HC (12,0m de comprimento, 2,43 de largura e altura de 2,80m), cuja estrutura interna - paredes, teto e piso - são todas revestidas com chapas de aço inox, isoladas termicamente com poliuretano e externamente todo revestido em chapa de aço carbono pintada com tinta epóxi na cor branca. Nos módulos em que funcionarão câmara de espera, silo de gelo e câmaras de estocagem, os contêineres mantêm
63 toda estrutura original visto que o maquinário de refrigeração (thermo king) que vem acoplado permite o controle de temperatura de 0ºC à -28ºC, e o módulo onde vai funcionar o túnel de congelamento pode ser utilizado um tipo de contêiner moderno cujo equipamento possibilita alcançar a temperatura até -40ºC ou instalar um maquinário frigorífico (compressor e forçador de ar) próprio para túnel de congelamento ou então utilizar o sistema de armário congelador de placas que substitui o túnel de congelamento convencional. Vale ressaltar que as intervenções e adaptações projetadas incluem a instalação de divisórias de isopaineis e portas frigoríficas nos módulos que se fizerem necessário. Os demais módulos, que não precisam de refrigeração serão utilizados contêineres tipo “reefer” sem o maquinário de refrigeração mas mantendo toda a estrutura original onde internamente as paredes, teto e piso são revestidos em aço inox e isolamento térmico em poliuretano e com as devidas intervenções e adaptações que permita o fluxo operacional das atividades que serão desenvolvidos em cada setor e dependências distribuídos nos módulos / contêineres que compõem o layout operacional da planta processadora. Vale registrar que os pontos de encontro verticais entre os contêineres são devidamente vedados com chapas de inox arredondadas para evitar a entrada de insetos e pequenos animais, assim como também serão fixados chapas de inox arredondadas no encontro horizontal da base inferior dos módulos/contêineres e o piso do salão de processamento e as demais áreas que recebem piso em korodur. As principais características e vantagens comparativas da concepção construtiva modulada em relação ao sistema de construção convencional - que exige fundações, concreto, alvenaria, câmaras frigoríficas em placas de isopaineis e enormes e pesadas máquinas e equipamentos de frio – são os seguintes: baixo custo de implantação (pode ficar 1/3 abaixo do custo de investimento do sistema construtivo tradicional); curto tempo de implantação e funcionamento (entre 60/90 dias, dependendo do tamanho da agroindústria, enquanto no sistema convencional leva em torno de 12 / 15 meses); fácil manutenção/operação/troca de equipamentos e facilidade de ampliação e, até mesmo se for necessário, a mudança de local da estrutura do estabelecimento, visto que a logística de transporte de contêineres é realizada com grande rapidez e facilidade e, por fim, layout operacional, materiais e equipamentos em consonância com as exigências e recomendações das legislações sanitárias e ambientais. É um sistema construtivo apropriado para implantação nas
64 propriedades rurais, nos municípios do interior e comunidades ribeirinhas. O projeto foi concebido e desenvolvido inicialmente em pranchas, plantas e maquetes e, posteriormente, foram realizados experimentos com os diversos modelos de containeres de 20 e 40 pés, com e sem refrigeração, que foram disponibilizados pela empresa GREVILLE de Santos / São Paulo e, em Manaus, foram realizados as intervenções e adaptações em cada módulo/contêiner em conformidade com o layout projetado para a montagem de duas unidades demonstrativas de agroindústrias moduladas para processamento de pescado que foram instaladas, em 2010/2011 com o apoio da Agencia de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas - ADS, e colocadas em funcionamento durante as Feiras Agropecuária de Manaus (EXPOAGRO) e na cidade de Boa Vista Roraima (EXPOFER), inclusive fabricando filés e polpa (CMS) de peixes regionais e outros produtos com alto valor agregado. Como resultados destes experimentos, atualmente encontra-se em construção uma agroindústria modulada para processamento de pescado no município de Rio Preto da Eva / AM, com capacidade para processar e congelar até 08 toneladas/dia e com capacidade de armazenagem estática de até 60 toneladas, com aprovação inicial do Serviço de Inspeção Estadual – SIE / AM. O projeto foi aprovado e liberado os recursos por meio do Ministério de Desenvolvimento Agrário – MDA em convenio firmado com a 12ª Região Militar da Amazônia e recentemente o exercito firmou parceria com a Prefeitura de Rio preto da Eva para concluir a obra, equipar e gerir o empreendimento que pretende incentivar e apoiar a produção de pescado da piscicultura e da pesca artesanal visando produzir produtos para fornecer para unidades militares da região e incluir o picadinho de peixe (CMS) na merenda das escolas de sua jurisdição e dos municípios vizinhos. Portanto, é neste contexto que submetemos à analise e discussão a referida proposta no âmbito da IV Conferencia Nacional de Defesa Agropecuária visto que projeto enquadra-se na temática do evento. Um melhor entendimento da concepção construtiva da proposta pode ser visualizado nas plantas (baixas / cortes / fachadas, maquete 3D) que poderemos enviar na versão digitalizada caso a comissão que vai analisar os resumos considere necessário. . Palavras chaves: concepção construtiva de agroindústria, empreendimento agroindustrial modulado, sistema de construção inovador para agroindústrias.
65 Fomento: Agencia de Desenvolvimento Sustentรกvel do Amazonas ADS
66 Cadeias de produção animal PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA RAIVA EM HERBÍVOROS NO PERÍODO DE 2010 A 2011 NO ESTADO DE PERNAMBUCO, BRASIL Epidemiology profile of rabies in herbivores in the 2010-2011 period prescribed in the State of Pernambuco, Brazil. Gislaine Raquel Santos, UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JULIO DE MESQUITA FILHO") - UNESP Glaucenyra Cecília Pinheiro da Silva, UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JULIO DE MESQUITA FILHO" - UNESP Adolorata Aparecida Bianco Carvalho, UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JULIO DE MESQUITA FILHO" - UNESP Daniel Friguglietti Brandespim, UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO Luiz Antônio Mathias, UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JULIO DE MESQUITA FILHO" - UNESP
A raiva é uma enfermidade infecciosa de evolução aguda causada por um vírus que compromete principalmente o Sistema Nervoso Central (SNC) e possui a capacidade de infectar todos os mamíferos inclusive o homem, e, por isso, é considerada uma antropozoonose. A raiva rural é responsável por causar grandes perdas econômicas à pecuária nacional sendo endêmica em todas as regiões do Brasil. Reconhecendo a importância da Raiva no cenário nacional e a necessidade de conhecimento da realidade dessa enfermidade em herbívoros no Estado de Pernambuco, objetivou-se com este trabalho traçar o perfil epidemiológico do vírus da raiva, nos anos de 2010 e 2011. Foi realizado um estudo retrospectivo dos casos positivos de raiva em herbívoros no Estado de Pernambuco do referido período por meio de consulta aos arquivos do Laboratório de Análises Agropecuárias (LANAGRO), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Nesse período foram encaminhados ao laboratório 141 amostras com suspeita clínica, dessas 67 (2010) e 74 (2011). Das amostras suspeitas 68 foram confirmadas, sendo 39 (58%) em 2010 e 29 (39%) em 2011. Observou-se um aumento do número de notificações nesse período e um decréscimo dos casos confirmados. A taxa de incidência sofreu variações, no entanto, a curva epidêmica demonstra uma linha de tendência regressiva. Esses dados demonstram que houve um aumento nas
67 notificações e uma diminuição na positividade das amostras. Essas alterações provavelmente ocorreram devido a melhoria do sistema de vigilância agropecuária e as ações mais efetivas. Palavras-chave: Lyssavirus, bovino, epidemiologia Fomento: CAPES
68 Cadeias de produção animal A importância da operação litoral para a saúde pública: ações de fiscalização e barreiras sanitárias The importance of coastal operation to public health: surveillance practices and health barriers Gabriela Maura Cavagni, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio SEAPA/RS Rodrigo Nestor Etges, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio - SEAPA/RS Grazziane Maciel Rigon, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio SEAPA/RS
A operação litoral compreende ações fiscalizatórias e de barreiras sanitárias intensivas realizadas nos meses de verão em todo o litoral do Estado do Rio Grande do Sul (RS). Tem por objetivo coibir a fabricação, a manipulação e o transporte de produtos de origem animal impróprios para o consumo ou que possam oferecer perigos à saúde da população. As ações se dividem em estabelecimentos e propriedades que abatem e/ou manipulam produtos sem registro em órgão oficial de inspeção e em fiscalização por barreiras fixas e volantes nas principais vias de acesso ao litoral. Para cargas vivas é solicitada documentação obrigatória para trânsito e para os produtos são verificadas irregularidades tais como: temperatura inadequada, produtos sem inspeção sanitária, produtos com prazo de validade vencido, deteriorados, sem embalagem e mal acondicionados, entre outros. No ano de 2013 foram fiscalizadas 176 propriedades e estabelecimentos e realizadas 237 barreiras. Nestas atividades, 4.546 veículos foram vistoriados, totalizando 176.838 animais vivos e mais de 5 milhões de quilos de produtos de origem animal fiscalizados. Deste total, 682 animais estavam irregulares e mais de 75 mil quilos de produtos foram apreendidos por estarem em condições impróprias. Podemos concluir que estas ações tem sido de grande importância para a manutenção da sanidade de todos os produtos de origem animal consumidos pela população do litoral gaúcho durante os meses de veraneio. Palavras-chave: produtos de origem animal, cargas vivas, atividades, população, impróprios
69 Cadeias de produção animal Atendimentos à Notificação de Mortalidade de Aves em Santa Catarina no Primeiro Semestre de 2013 Notification Calls to Bird Mortality in Santa Catarina in the First Half of 2013 Priscila Belleza Maciel, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina - CIDASC Lucia Correia, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina - CIDASC Êndrio de Elesbão Souto, UFSC Fábio de Carvalho Ferreira, CIDASC
No Brasil as diretrizes para a vigilância e as ações de prevenção e controle em saúde animal são determinadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e executadas, em Santa Catarina, pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (CIDASC). Ao recebimento da notificação de mortalidade em aves, o serviço veterinário oficial (SVO) realiza o atendimento, para fundamentar ou não a suspeita, através da investigação epidemiológica, exame clínico, necropsia, e caso necessário, colheita de amostras. O objetivo deste trabalho foi analisar os registros de ocorrências de suspeitas de doenças respiratórias/nervosas das aves através do Sistema Continental de Vigilância Epidemiológica (SivCont) e do banco de dados do Programa Estadual de Sanidade Avícola, no primeiro semestre de 2013. No período foram realizados 492 atendimentos à notificação de mortalidade em aves, com abertura de Formulário de Investigação Inicial (Form-In), em 102 municípios, representando 34,81% dos municípios catarinenses. Sendo que, em três atendimentos foram realizadas colheitas de amostras de sangue, suabes de traquéia e cloaca e fragmentos de órgãos e, enviadas o Laboratório Nacional Agropecuário (LANAGRO), em Campinas – SP, todas com resultado negativo para Influenza Aviária e Doença de Newcastle. Os registros das atividades de vigilância, contando com serviços veterinários estruturados, capacitados e aptos para detecção e adoção precoce de medidas de controle e erradicação de doenças, são fundamentais para a comprovação da sensibilidade e eficiência do sistema de vigilância em sanidade animal.
70 Palavras-chave: Defesa Sanitária Animal, Vigilância, Investigação Epidemiológica, Aves, Santa Catarina. Fomento: CIDASC
71 Cadeias de produção animal INFLUENCE OF HEALTH EDUCATION IN REDUCE OF DEFAULTS BETWEEN THE STEPS OF VACCINATION AGAINST FOOT AND MOUSE DISEASE IN THE MUNICIPALITY OF MEDICILÂNDIA - LEGAL AMAZON INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO SANITÁRIA NA DIMINUIÇÃO DOS INADIMPLENTES ENTRE AS ETAPAS DE VACINAÇÃO CONTRA FEBRE AFTOSA NO MUNICÍPIO DE MEDICILÂNDIA – AMAZÔNIA LEGAL Andréa Ferreira Nobre, ADEPARA Susiclay Barrros Neto, ADEPARA Flávia da Cunha Rodrigues, ADEPARA Giovani Luidy Girardeli, ADEPARA Ana Julia da Silva Alves, FAO Luzia Helena Queiroz, UNESP A febre aftosa é uma doença de notificação compulsória e a sua ocorrência altera o status sanitário da região afetada, pois implica na adoção de barreira sanitária para o comércio dos produtos e subprodutos de origem animal. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da educação sanitária sobre a emissão de Guia de Trânsito Animal e sobre a alteração no número de proprietários inadimplentes para o programa de vacinação contra febre aftosa no município de Medicilândia, Pará. Foram utilizados os dados sobre os eventos de educação sanitária, provenientes da Unidade Local de Sanidade Agropecuária do município no ano de 2006, os dados sobre a quantidade de Guias de Trânsito de Animais provenientes do Mapa de Movimentação Animal do Estado e os dados de inadimplentes obtidos do relatório de campanha de vacinação contra Febre Aftosa das etapas de maio e novembro de 2006. Foram realizadas 49 palestras a produtores, agentes comunitários de saúde e alunos do ensino fundamental e médio, com um total de 1208 ouvintes. Os temas abordados foram sobre a febre aftosa, o PNEFA (etapas de vacinação, comprovação da vacinação) e a importância da guia de trânsito animal na rastreabilidade de doenças. Observou-se um aumento de 124,07% na emissão de GTA após as palestras e o número de inadimplentes entre as etapas diminuiu em 66,22%. Conclui-se que a educação sanitária é uma importante ferramenta como estratégia de um programa sanitário de controle e erradicação de doenças. O aumento de emissão de GTA implica num maior controle da movimentação de animais e
72 diminuição do risco de disseminação de doenças. Houve um aumento significativo no número de propriedades com animais vacinados e consequentemente diminuição de recursos para a realização de vacinação oficial. Palavras-chave: PNEFA, educação sanitária e bovídeos Fomento: ADEPARA
73 Cadeias de produção animal A Relevância da Sanidade Animal em Distintas Tipologias de Produtores no Município de São Luiz Gonzaga – Rio Grande do Sul La Relevancia de la Salud Animal en Diferentes Tipologías de Productores en São Luiz Gonzaga - Rio Grande do Sul IVAN JACSON PREUSS, Universidade Federal da Fronteira Sul FABIANA MATZE DA SILVA, Universidade Federal da Fronteira Sul
O município de São Luiz Gonzaga no Rio Grande do Sul apresenta uma pecuária bovina com 970 propriedades e um rebanho de 49.465 bovinos. A pesquisa buscou elaborar e qualificar tipologias de produtores rurais ligados à atividade de bovinocultura e a relevância das questões sanitárias no desenvolvimento da atividade. Utilizou o Sistema de Defesa Agropecuária da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio e a aplicação de um questionário em 83 propriedades escolhidas aleatoriamente entre as localidades do município para o desenvolvimento da pesquisa. Definiram-se três tipologias de produtores: Tipologia I de 1 a 30 bovinos representa 74,23% das propriedades, 20,10% do rebanho bovino, finalidade principal como leite ou subsistência, o tratamento e/ou controle das enfermidades e parasitas acontece quando existe ocorrência. Tipologia II de 31 a 100 representa 16,49% das propriedades, 17,56% do gado com finalidade basicamente de corte, a questão sanitária já é tratada mais preventivamente. Tipologia III mais de 100 bovinos, representa 9,28% das propriedades, 62,34% do rebanho com a finalidade corte, tipo de exploração mais presente é o ciclo completo, a questão sanitária é tratada como preventiva. Assim identificou que há uma concentração de gado na tipologia III, e muitas propriedades com finalidade de subsistência. Na questão sanitária, percebe-se que a maioria das propriedades não atuam na prevenção das enfermidades e parasitas. O consumo próprio é freqüente em todas as propriedades, mas a maioria não faz idéia de como sejam as lesões por tuberculose, brucelose, hidatidose e cistecercose. Com estas tipologias e suas caracterizações, pode-se estar construindo metas e diretrizes de fomento a sanidade animal. Palavras-chave: bovinocultura – tipologias – sanidade animal
74 Fomento: Secretaria da Agricultura, Pecu谩ria e Agroneg贸cio - SEAPA
75 Cadeias de produção animal RELATO DE CASO DE FOCOS DE PESTE SUÍNA CLÁSSICA NOS MUNICÍPIOS DE AFUÁ E CHAVES - ARQUIPÉLAGO DO MARAJÓ, ESTADO DO PARÁ, 2009. CASE REPORT OF FOCI OF CLASSICAL SWINE FEVER IN THE MUNICIPALITIES OF Afua AND KEYS - THE ARCHIPELAGO MARAJÓ, PARA STATE, 2009 Flávia da Cunha Rodrigues, ADEPARA Eloísa do Amparo Rodrigues do Carmo, ADEPARA Adriano Marcos de Carvalho Villar, ADEPARA Marcelo Biehalls Roloff, ADEPARA Nelson Rodrigo da Silva Martins, UFLA Priscilla Rochele Barrios, UFLA Relatam-se as ações emergenciais frente aos focos de Peste Suína Clássica (PSC), ocorridos nos municípios de Afuá e Chaves, arquipélago do Marajó, no estado do Pará. A realidade e peculiaridade locais, como condição sócia econômica dos criadores, acessibilidade às propriedades e modo de criação dos animais, definiram as estratégias de atendimento e as tomadas de decisão. Foi realizado o atendimento imediato à notificação, coleta de material suspeito de PSC e encaminhamento ao laboratório oficial. O resultado laboratorial foi positivo para PSC. As ações de saneamento frente à confirmação dos focos resultaram no sacrifício sanitário de 44 animais no município de Afuá e 200 no município de Chaves. O estado é considerado área endêmica. Entretanto, devido às características dos municípios na região relacionada ao manejo, não foi autorizada a vacinação contra PSC pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Durante o saneamento, o plano de ação e cadastramento e a sistematização da vigilância epidemiológica e controle de trânsito, puderam subsidiar a formatação e re-estruturação do serviço de defesa na área mencionada, conforme as orientações do MAPA. Palavras-chave: Suínos, combate a foco, PNSS, notificação obrigatória, vigilância epidemiológica, plano de ação Fomento: ADEPARA, MAPA, UFLA, CNPQ
76 Cadeias de produção animal Ocorrência Da Anemia Infecciosa Equina no Estado Do Pará Recurrence Of Equine Infectious Anemia In the State Of Para's Adriana Martins Galvão, ADEPARÁ Débora Oliveira Daher, UFLA
O Pará possui um plantel Equídeo considerável. Por tratar-se de animais, na sua grande maioria, de trabalho e, portanto, essenciais em propriedades que exploram a pecuária bovina, principalmente de corte, apresentam uma perspectiva de crescimento muito grande nos próximos anos, acompanhando proporcionalmente o crescimento do rebanho bovino. O Programa de Sanidade Equídea implementa medidas importantes para evitar que as doenças alcancem maiores dimensões no Estado principalmente no combate e prevenção e erradicação da Anemia Infecciosa Equina e de outras enfermidades dos equídeos. O presente trabalho teve como objetivo demonstrar a incidência de casos da Anemia Infecciosa Equina no Estado do Pará, onde a doença se mostra endêmica e de difícil controle. Foram analisados 9.229 resultados de exames sorológicos de A.I.E. realizados de janeiro de 2008 a dezembro de 2010. Os dados são provenientes dos laboratórios CDV (Maranhão), LAPAM e LABVET (Pará), além de exames enviados pelo LANAGRO/PA e pela Superintendência Federal da Agricultura/MAPA. Os animais submetidos aos exames são oriundos de propriedades localizadas em diversos municípios do Pará e não foram levados em consideração a idade, o sexo e a raça dos animais. A análise dos resultados dos exames demonstrou alta prevalência da A.I.E. no Pará (40,52%), indicando que a doença está amplamente disseminada em todo o Estado. Esse resultado era esperado, visto que o Pará tem as características geoclimáticas favoráveis à multiplicação dos insetos hematófagos vetores da doença. A prevalência da doença foi predominante nos meses de janeiro (22,34%) a maio (24,35%), que são meses com alto índice pluviométrico, o que contribui para a proliferação de mosquitos. Nos meses de setembro a novembro ocorrem vários eventos agropecuários, o que justifica um aumento na realização dos exames e por consequência do número de casos (19,27%) e (19,03%), respectivamente. Concluise que o aumento da ocorrência dos casos de A.I.E. no Pará ao longo do período
77 estudado pode ser justificado pela ausência de sacrifício de animais positivos e por uma politica sanitária deficiente. Palavras-chave: Defesa Sanitária Animal. Doença infecto-contagiosa. Equideocultura. Notificação Obrigatória. Sacrifício Sanitário. Fomento: CNPq/ MAPA ADEPARÁ UFLA
78 Cadeias de produção animal A EPIDEMIOLOGIA DA RAIVA HUMANA E EM HERBÍVOROS NOS FOCOS DE AUGUSTO CORRÊA, ESTADO DO PARÁ EM 2005 THE EPIDEMIOLOGY OF HUMAN AND HERBIVORES RABIES ON FOCUSES AT AUGUSTO CORREA, PARA STATE IN 2005 Elvira Catarina Valente Colino, ADEPARÁ Edna Lopes, UFLA
A Raiva é uma das zoonoses de maior importância para a saúde pública, sendo sua notificação obrigatória estabelecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). A doença apresenta evolução drástica e letal e ainda um elevado custo socioeconômico. Dessa forma, o presente trabalho pretende estabelecer uma relação entre aspectos referentes à alteração ambiental e à ocorrência da raiva em herbívoros e humanos, nos focos do município de Augusto Corrêa, no ano de 2005. Para isso, foi realizada uma investigação epidemiológica na região, com aplicação de questionário em 320 propriedades, construindo-se um banco de dados no programa Excel e o mapeamento dos focos para delimitar o raio de ação. A análise de imagens de satélite fornecidas pelo SIPAM – Serviço de Proteção da Amazônia, foi feita com a intenção de visualizar o desmatamento na região nordeste do Estado, além de análise das estatísticas municipais realizadas pelo IDESP-PA – Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social do Pará sobre o desenvolvimento agropecuário no Município, para nos dar a ideia do crescimento desse seguimento na região dos focos. Os resultados encontrados mostraram que as agressões por morcegos hematófagos sempre ocorreram na zona rural do município. No entanto, observou-se que as alterações ambientais, ocorridas principalmente nos três anos que antecederam o aparecimento dos focos, e a queda drástica dos rebanhos existentes em 2004, podem ter desencadeado o aumento das agressões principalmente a humanos, onde 525 pessoas foram agredidas no período de até um ano do aparecimento do foco. Além disso, se observou no mesmo período que 265 animais foram atacados por quirópteros hematófagos, sendo, 33,58% aves domésticas, 31,32% suínos; 28,3% bovinos; 6,42% equídeos e 0,38% cães. Consequentemente a circulação do vírus rábico foi evidente, havendo15 óbitos humanos e 167 mortes de animais com sintomatologia compatível, apurado na
79 investigação, e mais 15 herbívoros domésticos mortos com confirmação laboratorial pelo serviço oficial. A utilização de tecnologias de geoprocessamento mostrou-se de grande valia no auxílio dos serviços de Vigilância em Saúde e de Defesa Agropecuária. Dessa forma, foi possível a localização e visualização por meio da análise de imagens de satélite e o mapeamento dos focos e áreas de risco, norteando as ações de profilaxia e controle. Palavras-chave: Zoonoses. Circulação do vírus rábico. Ciclo Silvestre. Geoprocessamento. Fomento: CNPQ/MAPA/SDA/UFLA/ADEPARÁ
80 Cadeias de produção animal Research antibodies against Leptospira sp. in caititus (Tayassu tajacu) bred in captivity in Para State, Brazil Pesquisa de anticorpos anti-Leptospira sp. em caititus (Tayassu tajacu) criados em cativeiro no estado do Pará, Brasil Natália Inagaki de Albuquerque, Embrapa Amazônia Oriental-Embrapa Roberto de Faria Espinheiro, Instituto de Ciências Biológicas, UFPA Suely Regina Kato Mogami Bonfim, Faculdade de Medicina Veterinária, UNESP Maria Luiza Lopes, Instituto Evandro Chagas, IEC/SVS/MS Diva Anelie Guimarães, Instituto de Ciências Biológicas, UFPA, Hilma Lúcia Tavares Dias, Instituto de Ciências Biológicas, UFPA, The creation of peccary is a development that in addition to ecologically correct, has zootechnical interest, since it has high reproductive efficiency and high growth rate. However, a major problem for the development of this building relates to the health of animals, since many infectious diseases cause economic losses and offer some risk to other animal species and man. Leptospirosis is a zoonosis that affects both man and domestic animals and wild especially in tropical countries. Due to the absence of reports of this disease in wild animals in northern Brazil, this study aimed to investigate the presence of serovars of leptospirosis in collared peccaries. We collected 125 blood samples from peccaries adults of both sexes and maintained in a farm in the town Belém in scientific laboratory Biomolecular Technology, Federal University of Pará, the samples were subjected to microscopic agglutination test (MAT) using a collection of live antigens that included 21 Leptospira. Screening was performed at 1:100 dilution and the presence of agglutination sera were titrated in a series of geometric dilution ratio of two. Of the total of 125 samples, 32 (25.6%) were positive for serovars Cynopteri (69%), Copenhageni (46%) Whitcombi (23%), Butembo (20%) and autumnalis (15%). The 100 title was most frequent among the samples with reagents 100% of the animals presenting this titration. The results of this research suggest that the same group of peccaries created and maintained in captivity, is exposed to infection with Leptospira. Palavras-chave: caititu, leptospirosis, Belém
81 Cadeias de produção animal O desenvolvimento do módulo de eventos agropecuários no Sistema de Defesa Agropecuária (The events module development in the Agricultural Defense System) Gabriela Maura Cavagni, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio - SEAPA Eduardo Nemoto Vergara, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio SEAPA
O Sistema de Defesa Agropecuária (SDA) é um software cuja função é servir de ferramenta de apoio na gestão dos complexos processos de controle compreendidos na defesa sanitária animal do Estado do Rio Grande do Sul (RS). As demandas impostas ao Serviço Veterinário Oficial (SVO) relacionadas à aglomeração de animais e eventos agropecuários determinaram a necessidade de um correto e ágil processamento das informações, de forma a proporcionar registros auditáveis, com a implementação de um módulo exclusivo no SDA. Assim, o objetivo deste trabalho é quantificar os dados relacionados aos eventos com aglomeração de animais no RS, demonstrando informações difíceis de obter através dos meios tradicionais até então disponíveis. Desde a implantação do módulo, ocorrida em maio de 2013, já foram registrados 712 eventos, nos quais participaram 187.099 animais, de mais de 15 espécies. Foram identificadas 291 entidades promotoras de eventos e cadastrados em torno de 333 estabelecimentos aptos para a realização de eventos agropecuários. Através do módulo, podemos observar, em tempo real, todos os eventos no Estado, sendo possível o acompanhamento pelo SVO de 100% das movimentações animais realizadas para tal finalidade. É possível a manutenção e atualização dos cadastros dos promotores, responsáveis técnicos e também dos locais de eventos de aglomerações. Podemos concluir que essa ferramenta é imprescindível para a consolidação de um sistema de vigilância oficial eficiente no RS. Palavras-chave: aglomeração de animais, informações sanitárias, cadastros, promotores
82 Cadeias de produção animal A ocorrência de raiva dos herbívoros no Paraná considerando as áreas de risco para a doença no estado The occurrence of rabies of herbivores in Paraná considering risk areas for the disease in the state Ellen Elizabeth Laurindo, Serviço de Saúde Animal - Superintendência Federal de Agricultura no Paraná (SFA-PR) Elzira Jorge Pierre, Agência de Defesa Agropecuária do Paraná - ADAPAR Guilherme Basseto Braga, Universidade de São Paulo - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia Bruno Meireles Leite, Departamento de Saúde Animal - Divisão de Epidemiologia Ivan Roque de Barros Filho, Universidade Federal do Paraná - Programa de Pós Graduação em Ciências Veterinárias
A raiva é caracterizada por uma encefalomielite aguda fatal nos animais e nos seres humanos, sendo uma zoonose de distribuição mundial. O vírus da raiva pertence a família Rhabdoviridae e ao gênero Lyssavirus, sendo transmitido aos herbívoros domésticos principalmente pelo morcego hematófago Desmodus rotundus. Dentro do programa de controle da doença numa região, além do monitoramento e controle das populações do morcego hematófago, a investigação epidemiológica das notificações recebidas, atuação em focos e perifocos e estímulo à notificação de síndromes nervosas tem grande relevância. Outra ferramenta importante é a identificação de áreas de maior risco para a ocorrência da raiva, o que permite que o Serviço Veterinário Oficial (SVO) reforce as ações de controle nessas regiões. O Paraná é considerado um estado endêmico para a raiva, tendo em média 115 casos de raiva em herbívoros e suínos notificados por ano, entre o período de 2000 a 2012. Em 2011, 306 amostras de Sistema Nervoso Central (SNC) de herbívoros domésticos que apresentavam síndromes neurológicas foram analisadas, e 106 (34,6%) foram positivas para a raiva. Em 2010, o Departamento de Saúde em parceria com Laboratório de Epidemiologia e Bioestatística da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram uma metodologia qualitativa para a estimativa do risco de ocorrência de focos de raiva em herbívoros no Brasil buscando a determinação de
83 modelos de risco para a raiva, o que poderia permitir uma otimização da alocação de recursos humanos, físicos e financeiros para o controle da doença. Essa metodologia foi utilizada no Paraná, e a partir dela observou-se que 93% dos municípios foram identificados como de algum risco para a ocorrência da doença. A distribuição espacial dos casos demonstrou que 82,4% deles ocorreram em municípios considerados de risco elevado e médio para a doença. Além disso, 60,9% da vigilância de síndromes nervosas em herbívoros foi realizada em municípios considerados de risco elevado e médio, comprovando que o mapeamento de risco para a raiva é compatível com a distribuição da doença no estado do Paraná. Assim, o mapeamento de risco para a raiva se mostrou eficaz no Paraná, e poderá ser utilizado no planejamento de ações para controle da doença no estado nos próximos anos. Palavras-chave: Lyssavirus, Sistema Nervoso Central, Desmodus rotundus
84 Cadeias de produção animal VIGILÂNCIA PARA DOENÇAS VESICULARES EM SANTA CATARINA NO PERÍODO DE 2010 A 2012 SURVEILLANCE FOR VESICULAR DISEASES IN SANTA CATARINA 2010 TO 2012 Renata Gonçalves Martins Meditsch, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – CIDASC Cláudia Scotti Ducioni Matos, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – CIDASC Marcos Vinícius de Oliveira Neves, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – CIDASC
O Brasil, atualmente possui uma vasta região reconhecida como livre de febre aftosa com vacinação. Santa Catarina é o único estado do Brasil livre de febre aftosa sem vacinação, reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) desde 2007. Tendo em vista a conquista do status sanitário de Santa Catarina, os esforços para sua manutenção baseiam-se em ações estratégicas para prevenir o reingresso do vírus em seu território, bem como de aprimorar sua capacidade para uma rápida detecção e reação frente a uma re-introdução da doença. Entre as principais atividades da vigilância em saúde animal podemos destacar a vigilância passiva, que constitui importante ferramenta para a comprovação da eficiência e agilidade do serviço oficial. O presente estudo tem como objetivo analisar os atendimentos a suspeitas de doenças vesiculares pelo serviço veterinário oficial no período de 2010 a 2012, registrados no Sistema Continental de Vigilância Epidemiológica (SIVCONT) e Formulários de Investigação (FORM-Ins). Das 66 notificações recebidas, 55% foram oriundas de proprietários, 24% de terceiros e 21% da vigilância. Todas as suspeitas foram descartadas e os principais diagnósticos encontrados foram traumatismo e pododermatite. Noventa e sete por cento das notificações foram atendidas em até 12 horas. Os resultados obtidos permitem avaliar positivamente a capacidade de resposta do serviço oficial, bem como a participação e comprometimento da comunidade local no processo de vigilância. Palavras-chave: febre aftosa, notificação, síndrome vesicular.
85 Fomento: CIDASC - Companhia Integrada de Desenvolvimento AgrĂcola de Santa Catarina
86 Cadeias de produção animal MONITORAMENTO DO SÍTIO DE POUSO DE AVES MIGRATÓRIAS DE CACHA PREGO (BAHIA) PARA A ENFERMIDADE DE NEWCASTLE. MIGRATORY BIRDS LANDING SITES MONITORING AT THE CITY OF CACHA PREGO (BAHIA) FOR NEWCASTLE DISEASE. Marcos Santos Prinz, Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia Marialice Rocha Guimarães Rosa, Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia Maíra Pessoa Jornane Barbosa Santos, Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia Jorge Raimundo Lins Ribas, Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia Rui Ferreira Leal, Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia Robson Bahia Cerqueira, Universidade Federal do Recôncavo Baiano A Enfermidade de Newcastle é causada pelo Paramyxovírus do gênero Avulavirus. Existem diversos sorotipos, sendo o APMV-1 considerado o mais patogênico, este é propagado através de aves silvestres migratórias para criatórios de subsistência. Foram coletadas pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) 151 amostras de soro sanguíneo, swab de cloaca e traquéia em aves domésticas, no sítio de pouso de aves migratórias de Cacha Prego, município de Vera Cruz. Este sítio fica próximo a dois importantes polos avícolas no estado (Alagoinhas e Feira de Santana) e periodicamente é monitorado pelo órgão estadual de defesa agropecuária. Estas foram encaminhadas para o Laboratório Nacional Agropecuário (LANAGRO) de São Paulo. Todas as amostras foram negativas aos testes laboratoriais de Reação de Imunoadsorção Enzimática (ELISA) e Reação em Cadeia de Polimerase (PCR), confirmando a importância do monitoramento periódico, como forma de prevenir a entrada do vírus no País. Vale ressaltar ainda que, caracterizar e monitorar o sistema de vigilância epidemiológica frequentemente, incluindo projetos educativos, como forma de subsidiar o serviço de Defesa Agropecuária da Bahia quanto à prevenção da introdução do Paramyxovirus (APMV-1), assegurando dessa forma o desenvolvimento da cadeia produtiva avícola da Bahia e do Brasil.
87 Palavras-chave: Epidemiologia, Defesa Sanitária Animal, DNC, Diagnóstico Laboratorial Fomento: Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia
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Cadeias de produção animal A study of anti-Leptospira sp. antibodies in farm livestock of Para State, Brazil Aglutininas anti-Leptospira sp. em rebanhos bovinos do estado do Pará, Brasil. Roberto de Faria Espinheiro, Instituto de Ciências Biológicas, UFPA Suely Regina Kato Mogami Bonfim, -Faculdade de Medicina Veterinária, UNESP Natália Inagaki de Albuquerque, Embrapa Amazônia Oriental-Embrapa Maria Luiza Lopes, Instituto Evandro Chagas, IEC/SVS/MS Silvio Arruda Vasconcellos, -Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, USP, Evonnildo Costa Gonçalves, Instituto de Ciências Biológicas, UFPA Bovine Leptospirosis has a worldwide distribution, occurring at any age and in both sexes, and the tropical and sub-tropical regions are more favorable to infection. By leptospirosis be disseminated throughout the country presenting incidences vary according to the region, this study aimed to analyze blood samples from cattle raised in northern Brazil. Samples were collected from 5787 adult cattle of various breeds, both sexes of 370 herds of 97 municipalities in the state of Pará, Brazil. Blood was collected aseptically and after obtaining serum specimens were examined in microscopic agglutination test (MAT) using a collection of live antigens covering 21 Leptospira. Screening was performed at 1:100 dilution and the presence of agglutination sera were titrated in a series of geometric dilution ratio of two. Positivity was considered for the sera presented titers equal to or greater than 100. The results obtained in this study showed that the vast majority of cattle examined had antibodies against Leptospira, the total number of samples analyzed, it was found that 3920 (67.7%) cattle were reagents and all municipalities assessed with a reagent flocks showed positive frequency of between 45 and 90%. There was a higher percentage for the serovar Hebdomadis 58.3% (3373/5787) followed by Hardjo 40.6% (2349/5787), Andamana 36.1% (2089/5787), Grippothyphosa 31% (17939 / 5787), Brastilava 29.3% (1695/5787), Wolffi 25.4% (1469/5787), Shermani 12% (694/5787), Butembo 7.6% (439/5787), 6.4% Pomona (370/5787) and Icterohaemorrhagiae 5.3% (306/5787) with titles 800-3200. According to sex, there was a higher percentage of samples reagents serovar Hebdomadis in males, while
89 in females the most frequent was serovar Hardjo. The high frequency in herds evaluated showed leptospirosis as natural infection in flocks of Parรก. Palavras-chave: bovine, leptospirosis, MAT
90
Cadeias de produção animal A serological survey to determine the commonly occurring serovars of Leptospira sp.in herds buffaloes in the Para State, Brazil Inquérito sorológico para determinar sorovares mais comuns de Leptospira sp. em rebanhos bubalinos do estado do Pará, Brasil. Hilma Lúcia Tavares Dias, Instituto de Ciências Biológicas, UFPA Roberto de Faria Espinheiro, Instituto de Ciências Biológicas, UFPA Natália Inagaki de Albuquerque, Embrapa Amazônia Oriental-Embrapa Suely Regina Kato Mogami Bonfim, Faculdade de Medicina Veterinária, UNESP Evonnildo Costa Gonçalves, Instituto de Ciências Biológicas, UFPA Délia Cristina Figueira Aguiar, Instituto de Ciências Biológicas, UFPA The state of Pará has the largest buffalo herd effective and also stands as one of the priority states regarding biodiversity to be inserted in the Brazilian Amazon. Despite this, there is no knowledge about infectious diseases present in buffalo herds in the region. The present study aimed to analyze blood samples from buffalo raised in northern Brazil. Samples were collected from 4444 adult buffaloes of various breeds and crossbreeds, male and female of 120 herds of municipalities in the state of Pará, Brazil. Blood was collected aseptically and after obtaining serum specimens were examined in microscopic agglutination test (MAT) using a collection of live antigens covering 21 Leptospira. Screening was performed at 1:100 dilution and the presence of agglutination sera were titrated in a series of geometric dilution ratio of two. Positivity was considered for the sera presented titers equal to or greater than 100. The results obtained in this study showed that the vast majority of buffaloes examined had antibodies against Leptospira. Of the total of 4444 samples, it was found that 3795 (85.4%) were buffalo reagents with a positive frequency of between 30 and 90%. The serovars most Harjo reagents were 65.2% (2901/4444), Autumnalis 47.7% (2121/4444), Butembo 41.5% (1845/4444), Hebdomadis 38.2% (1701/4444), Bratislava 27% (1200/4444), Serjroe 14.3% (638/4444), Wolffi 13.5% (603/4444), Pomona 4.9% (219/4444) and Patoc 4.1% (186/4444). There was no difference in the frequency of reactor animals according to race and sex. The high frequency in herds evaluated showed that leptospirosis is
91 widespread in the state of Parรก, requiring more information on the epidemiological aspects, for the implementation of effective preventive measures. Palavras-chave: buffalo, sorovars, leptospirosis
92 Cadeias de produção animal INFLUENCE OF HEALTH EDUCATION IN REDUCE OF DEFAULTS BETWEEN THE STEPS OF VACCINATION AGAINST FOOT AND MOUSE DISEASE IN THE MUNICIPALITY OF MEDICILÂNDIA - LEGAL AMAZON INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO SANITÁRIA NA DIMINUIÇÃO DOS INADIMPLENTES ENTRE AS ETAPAS DE VACINAÇÃO CONTRA FEBRE AFTOSA NO MUNICÍPIO DE MEDICILÂNDIA – AMAZÔNIA LEGAL ANDREA FERREIRA NOBRE, ADEPARA Susiclay Barrros Neto, adepara Flávia da Cunha Rodrigues, ADEPARA Giovani Luidy Girardeli, ADEPARA Ana Julia da Silva Alves, FAO Luzia Helena Queiroz, UNESP A febre aftosa é uma doença de notificação compulsória e a sua ocorrência altera o status sanitário da região afetada, pois implica na adoção debarreira sanitária para o comércio dos produtos e subprodutos de origem animal. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da educação sanitária sobre a emissão de Guia de Trânsito Animal e sobre aalteração no número de proprietários inadimplentes para o programa de vacinação contra febre aftosa no município de Medicilândia, Pará. Foram utilizados os dados sobre os eventos de educação sanitária, provenientes da Unidade Local de Sanidade Agropecuária do município no ano de 2006, os dados sobre a quantidade de Guias de Trânsito de Animais provenientes do Mapa de Movimentação Animal do Estado e os dados de inadimplentes obtidos do relatório de campanha de vacinação contra Febre Aftosa das etapas de maio e novembro de 2006. Foram realizadas 49 palestras a produtores, agentes comunitários de saúde e alunos do ensino fundamental e médio, com um total de 1208 ouvintes. Os temas abordados foramsobre a febre aftosa, o PNEFA(etapas de vacinação, comprovação da vacinação) e a importância da guia de trânsito animal na rastreabilidade de doenças.Observou-se um aumentode 124,07% na emissão de GTA após as palestrase o número de inadimplentes entre as etapas diminuiu em 66,22%. Conclui-se que a educação sanitária é uma importante ferramenta como estratégia de um programa sanitáriode controle e erradicaçãode doenças. O aumento de emissão de GTA implica num maior controle da movimentação de animais e
93 diminuição do risco de disseminação de doenças. Houve um aumento significativo no número de propriedades com animais vacinados e consequentemente diminuição de recursos para a realização de vacinação oficial.
Palavras-chave: PNEFA, educação sanitária e bovídeos Fomento: ADEPARA
94 Cadeias de produção animal IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO DE ESTOMATITE VESICULAR EM EQUINOS PARA O SERVIÇO VETERINÁRIO OFICIAL DO BRASIL IMPORTANCE OF DIAGNOSIS OF VESICULAR STOMATITIS IN EQUINE FOR VETERINARY SERVICE OFFICER OF BRAZIL Roberto Carlos Negreiros de Arruda, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Sonia Luisa Silva Lages, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Hélio Cordeiro Manso Filho, Universidade Federal Rural de Pernambuco
A Estomatite Vesicular (EV) é uma doença viral que afeta principalmente eqüídeos e bovinos, e ocasionalmente suínos, lhamas, alpacas, ovinos e caprinos (APHIS, 2012). É clinicamente indistinguível da febre aftosa, em biungulados, sendo portanto, no Brasil, uma doença de notificação e de atenção veterinária compulsórias independentemente da espécie acometida (Instrução Normativa nº44, de 2/10/2007 – BRASIL, 2009). Soma-se a isto o fato de que diversos países levantam embargos ao comércio de animais e seus sub-produtos oriundos de lugares onde ocorrem a EV, independentemente da espécie acometida. Uma das principais manifestações clínicas causadas pelo vírus da EV é a produção de lesões orais vesiculares, ulcerativas ou erosivas, achados comuns a diversas outras patologias na clínica de equídeos. O objetivo desse trabalho é auxiliar os médicos veterinários no diagnóstico de patologias orais em equídeos, com enfoque em estomatite vesicular. Utilizou-se de pesquisa de artigos para descrever a enfermidade bem como os episódios recentes presente no Brasil. A EV, endêmica apenas nas Américas, ocorre principalmente no período chuvoso, possui padrão de ocorrência com distribuição irregular, com variado grau de virulência a depender do sorotipo envolvido. A doença é auto-limitante e mostra-se com taxa de morbidade variável e baixíssima taxa de letalidade. No Brasil, observa-se ampla variação de prevalência clínica em eqüinos (0% a 66%), possuindo uma distribuição mais freqüente nas regiões centro-oeste e nordeste (LAGES, 2012). Os sinais mais observados são: lesões vesiculares na boca, lábios, gengivas, focinho, língua e coroa do casco (RIET-CORREA ET AL., 1996). Por meio de revisão de publicações científicas, Lages, 2012, identificou vinte e uma etiologias implicadas nas
95 ocorrências de lesões orais vesiculares, erosivas e ulcerativas em eqüinos. Logo, a investigação clínica e epidemiológica de casos suspeitos deve ser rigorosa. Entretanto, a realização de exames laboratoriais é imprescindível, visto que doenças vesiculares não permitem conclusão de diagnóstico baseado apenas na avaliação clínica. No Brasil, técnicas sorológicas (ELISA-CFL em amostras pareadas) e de isolamento viral estão disponíveis na rede de laboratório oficial – LANAGRO. Recentemente, relataram-se casos prováveis de doença vesicular em eqüinos nos Estados de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, porém em ambos a ocorrência de EV foi descartada apesar de sintomatologia clínica sugestiva (AMARAL et al.,2010; LAGES, 2012). Casos confirmados de EV devem ser comunicados pelo MAPA à Organização Mundial de Saúde Animal, países que mantém comércio com o Brasil, além das Unidades da Federação. O Serviço Veterinário Oficial deve estar permanentemente em estado de alerta, realizando ações contínuas de monitoramento e vigilância dos rebanhos, mesmo diante da ausência de evidências clínicas. É fundamental a troca de conhecimento e experiência com profissionais, visita a propriedades, e controle do trânsito e aglomerações de animais suscetíveis em todos os municípios sob atenção veterinária oficial.
Palavras-chave: doença vesicular, defesa agropecuária e atenção veterinária oficial Fomento: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
96 Cadeias de produção animal ANÁLISE RETROSPECTIVA DO TRÂNSITO INTERNACIONAL DE EQUINOS VIVOS NO AEROPORTO INTERNACIONAL DE VIRACOPOS – CAMPINAS –SP Retrospective study about the international traffic of live equines at the Internacional Airport of Viracopos- Campinas- SP Henrique Meiroz de Souza Almeida, Faculdade de Ciência Agrárias e Veterinárias FCAV / UNESP David Vey Attuy da Silva, Faculdade de Ciência Agrárias e Veterinárias - FCAV / UNESP Igor Renan Honorato Gatto, Faculdade de Ciência Agrárias e Veterinárias - FCAV / UNESP Maria Emilia Franco Oliveira, Faculdade de Ciência Agrárias e Veterinárias - FCAV / UNESP Luís Guilherme de Oliveira, Coordenadoria de Defesa Agropecuária - CDA / SAA-SP Karina Paes Bürger, Faculdade de Ciência Agrárias e Veterinárias - FCAV / UNESP O comércio internacional de equinos vivos gerou entre 1997 e 2009 U$ 4,4 milhões de receita para o país. Objetivou-se caracterizar as transações internacionais de equinos vivos no Aeroporto internacional de Viracopos, Campinas-SP, para fornecer informações sobre o comércio e riscos sanitários implicados. Foram analisados 817 processos de importação e 187 de exportação de equinos vivos, por via aérea, de janeiro de 2011 a julho de 2012, pertencentes ao arquivo do Serviço de Vigilância Agropecuária do Aeroporto Internacional de Viracopos. Os dados foram tabulados e analisados quanto ao número de animais transitados, principais procedências e destinos dos animais, finalidade do trânsito e situações problemáticas. O número de animais transitados foi de 1714 animais, sendo 12% para exportação e 88% de importação. Os principais destinos no exterior foram: Estados Unidos (EUA) com 44% dos processos de exportação em 2011 e também em 2012, e Bélgica com 6% em 2011 e 18% em 2012. Em relação às procedências, a principal foram os EUA com 60% dos processos de importação em 2011 e 56% em 2012, seguido da Bélgica com 28% em 2011 e 21% em 2012. Para finalidade, 68% das transações foram de animais para fins de reprodução, 31% para esporte e 1% outros fins. Houve sete casos de irregularidades, todos em importações, três por problemas de identificação do animal e quatro por problemas na documentação.
97 Os maiores parceiros foram os EUA e a Bélgica, as importações superaram as exportações. O uso para reprodução foi o motivo mais visado para o trâmite. A presença de irregularidades nos processos foi baixa e não houve casos de descumprimento das legislações sanitárias, indicando respeito pelos acordos bilaterais no comércio internacional de animais e baixo risco sanitário. Palavras-chave: defesa sanitária animal, equinos, trânsito internacional
98 Cadeias de produção animal PADRONIZAÇÃO DA TÉCNICA DE VIRUSNEUTRALIZAÇÃO PARA DETECÇÃO DE ANTICORPOS CONTRA VDVB EM SUÍNOS Standardization of the virus neutralization technique for detection of antibodies in swine BVDV Igor Renan Honorato Gatto, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - FCAV / UNESP - Campus de Jaboticabal Henrique Meiroz de Souza Almeida, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias FCAV / UNESP - Campus de Jaboticabal Andrea Souza Ramos de Medeiros, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias FCAV / UNESP - Campus de Jaboticabal Maria Emilia Franco Oliveira, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - FCAV / UNESP - Campus de Jaboticabal Samir Issa Samara, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - FCAV / UNESP Campus de Jaboticabal Luís Guilherme de Oliveira, Coordenadoria de Defesa Agropecuária - CDA/SAA-SP A virusneutralização é uma técnica utilizada na detecção de anticorpos contra os Pestivírus, podendo ser testado contra os diferentes vírus pertencentes à família (vírus da peste suína clássica, vírus da diarreia viral bovina, vírus da doença das fronteiras) e avaliados pela capacidade de neutralizar em maior ou menor intensidade, frente ao desafio. O objetivo foi verificar em qual concentração viral o teste oferece melhor resultado. Foram testadas 11 amostras de suínos em sistema extensivo de criação, provenientes de Jaboticabal e Guariba, ambas do estado de São Paulo. As amostras foram submetidas ao teste de virusneutralização, seguindo os protocolos do Manual of Diagnostic Tests and Vaccines for Terrestrial Animals, para o teste contra o Vírus da Diarrea Viral Bovina (VDVB), cada amostra foi testada em três diferentes concentrações virais, 50, 100 e 200 TCID50, na tentativa de observar a neutralização positiva e verificar qual das concentrações virais, a leitura e o valor diagnóstico são mais válidos e sensíveis. Duas das amostras foram positivas para VDVB, sendo ambas da mesma propriedade, quando testadas com suspensão viral de 50 TCID50, e uma amostra permaneceu positiva quando testada com suspensão viral de 100 TCID50, com títulos 1/10, contudo ambas as amostras foram negativas quando testadas com suspensão viral de 200 TCID50. De acordo
99 com os resultados, e as comparações realizadas, podemos concluir que o teste de virusneutralização para VDVB em suínos nesta ocasião, foi mais válido quando utilizado de uma suspensão viral contendo 50 TCID50, demostrando que em títulos mais baixos, a suspensão viral influencia diretamente na detecção dos anticorpos, pois à medida que submetemos as mesmas amostras positivas a concentrações virais mais altas, o resultado inverteu-se, mostrando-se negativo, elucidando que o titulo de anticorpos não foi suficiente para neutralizar concentrações virais maiores. Palavras-chave: suspensão viral, Pestivirus, anticorpos
100 Cadeias de produção animal Aglutininas Anti-Leptospira sp. em várias espécies de animais domesticos da região Amazônica, Brasil. Agglutinins Anti-Leptospira sp. in various species of domestic animals of the Amazon region, Brazil. Hilma Lúcia Tavares Dias, Instituto de Ciências Biológicas, UFPA Roberto de Faria Espinheiro, Instituto de Ciências Biológicas, UFPA Natália Inagaki de Albuquerque, Embrapa Amazônia Oriental-Embrapa Suely Regina Kato Mogami Bonfim, Faculdade de Medicina Veterinária, UNESP Maria Luiza Lopes, Instituto Evandro Chagas, IEC/SVS/MS Evonnildo Costa Gonçalves, Instituto de Ciências Biológicas, UFPA A leptospirose é uma doença infecciosa zoonótica que ocorre naturalmente em animais selvagens e domésticos, e acidentalmente em humanos. O presente estudo teve como objetivo determinar o status sorológico das várias espécies de animais da região amazônica, Brasil. Foram examinados 5.787 bovinos, 4.444 búfalos, 2.987 cavalos, 151 suínos e 436 cães encaminhados ao Laboratório de Tecnologia Biomolecular da Universidade Federal do Pará para realizar o diagnóstico de brucelose e leptospirose. O sangue foi colhido de forma asséptica e após a obtenção de amostras foram examinados no teste de soroaglutinação microscópica (SAM) com uma coleção de antígenos vivos que abrange 21 cepas de Leptospira sp.. A triagem foi realizada na diluição de 1:100 e na presença de aglutinação os soros foram titulados. A positividade era considerado quando os soros apresentaram títulos iguais ou superiores a 100. Verificou-se 85,4% de animais reagentes, com os búfalos apresentando positividade de (85,4%), seguidos por 75,7% de suínos reagentes, bovinos 67,7% e 45,1% e 40,2% para o canino e equino. Nos bubalinos foi detectado um percentual de positividade para sorovares Harjo, Autumnalis, Butembo, Hebdomadis, Bratislava, Serjroe, Wolfi, Pomona e Patoc. Com relação aos bovinos apresentaram freqüências mais altas para sorovares Hebdomadis, Hardjo, Andamana, Grippothyphosa, Brastilava, Wolffi, Shemani, Butembo, Pomona e Icterohaemorrhagiae. Os sorovares nos suínos que ocorreram com maior freqüência foram Icterohaemorrhagiae, Bataviae, Hardjo, Autumnalis, Butembo, Grippothyphosa, Panamá, Shermani e Australis. Em equinos foram observados os maiores percentuais os sorovares Icterohaemorrhagiae, Bratislava.
101 Butembo, Autumnalis e Copenhageni. Na análise de amostras de cães os sorovares encontrados foram Icterohaemorrhagiae, Canicola Copenhageni, Pyrogenes e Butembo. Conclui-se que a leptospirose é difundida em todas as espécies analisadas. Palavras-chave: leptospirose, anticorpos, sorologia.
102 Cadeias de produção animal Levantamento das ações do Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Bovina e Bubalina no Estado de Goiás Survey of the actions of the State Program for the Control and Eradication of Brucellosis and Tuberculosis, Bovine and Buffalo in the State of Goiás Glauciane Ribeiro de Castro Pires, Agência Goiana de Defesa Agropecuária AGRODEFESA Carla Giovanna Nunes de Farias Leite Coelho, Agência Goiana de Defesa Agropecuária - AGRODEFESA Antonio do Amaral Leal, Agência Goiana de Defesa Agropecuária - AGRODEFESA Willian Vilela Rocha, Agência Goiana de Defesa Agropecuária - AGRODEFESA
A Defesa Sanitária Animal no Estado de Goiás está a cargo da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (AGRODEFESA). Neste estudo, serão apresentados os dados oficiais referentes a vacinação de Brucelose em bezerras (3 a 8 meses de idade), exames realizados por médicos veterinários habilitados nos últimos cinco anos e as ações desenvolvidas pelo Estado no controle da Brucelose e Tuberculose Bovina. No ano de 2011, foram vacinadas contra Brucelose 1.663.367 bezerras, no ano de 2012, atingimos cerca de 90% de cobertura vacinal, num total de 1.949.168 bezerras. Foram realizados 154.759 exames de Brucelose em 3.896 propriedades e 116.111 exames de Tuberculose em 3.214 propriedades. Iniciamos no ano de 2013 o primeiro Estudo Epidemiológico da Tuberculose no Estado de Goiás, que tem como objetivo estimar a prevalência e distribuição geográfica de propriedades com bovinos reagentes à tuberculina, identificando os tipos de criação, práticas de manejo e fatores de risco que possam estar associados à presença da tuberculose no Estado. Para o estudo foram sorteadas 900 propriedades rurais, sendo 300 no estrato de corte (norte e nordeste), 300 no estrato de leite (sudeste e sul) e 300 no estrato misto (sudoeste e centro). O sorteio das propriedades foi realizado por amostragem aleatória sistemática no banco de dados da AGRODEFESA com 123.138 propriedades que se dedicam a pecuária e que possuem fêmeas bovinas adultas, sendo 30.723 no Estrato 1 (q=102), 42.913 no Estrato 2 (q=143) e 49.502 no Estrato 3 (q=165). Dependendo do resultado, Goiás poderá adotar uma nova estratégia de combate a tuberculose, podendo culminar com mudança do atual
103 status da doen莽a, com a consequente abertura de novos mercados ao agroneg贸cio goiano. Palavras-chave: AGRODEFESA, Levantamento, Tuberculose, Brucelose, Bovinos
104 Cadeias de produção animal AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE VACINAÇÃO CONTRA BRUCELOSE BOVINA ASSOCIADO AO STATUS SANITÁRIO PARA O PNEFA NO PARÁ – AMAZÔNIA ORIENTAL EVALUATION OF VACCINATIONPROGRAM AGAINST BOVINE BRUCELLOSIS ASSOCIATEDWITH THE HEALTH STATUS FOR PNEFA – EASTERN AMAZON ANDREA FERREIRA NOBRE, ADEPARA Susiclay de Barros Neto, ADEPARA Gilliard Costa Rodrigues, ADEPARA Flavia da Cunha Rodrigues, ADEPARA Giovani Luidy Girardeli, ADEPARA Luzia Helena Queiroz, UNESP O Estado do Pará foi dividido, segundo a Classificação de Risco para Febre Aftosa de 2010, em três áreas (I, II e III). Essa classificação norteia o comércio de animais e de produtos e subprodutos de origem animal dentro e fora do Estado. O objetivo deste trabalho foi avaliar se havia associaçãoentre o índice de vacinação contra brucelose preconizado pelo Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculosecom as áreas delimitadas pelo Programa Nacional de Erradicação contra Febre Aftosa. Os dados de vacinação do rebanho utilizados para a análise, consistiram do índice de vacinação do rebanho bovino de fêmeas entre 3 e 8 meses (porcentagem de vacinados/total existente). Devido à alta dispersão entre as médias a análise estatística foi feita pelo teste de Kruskal-Wallis e Teste de Dunn. Em 2008 a área 01 teve um índice de vacinação médio de 36,3% e as áreas 02 e 03 praticamente não diferiram entre si, com índices médios respectivamente 25,3% e 22,5%. Em 2009 a média no índices das áreas 01, 02 e 03 foram, respectivamente, de 55,9%; 33,7% e 34,2%. Em 2010 a área 01apresentou média de 58,3% e as áreas 02 e 03 de 31,8% e 18,1%, respectivamente. No ano de 2011 houve um aumento significativo no índice de vacinação em todas as áreas, observando-semédias de61,7%, 50,9% e 48,3% respectivamente. O estado como um todo teve um aumento na média dos índices de vacinação ao longo do tempo, mesmo com o imprevisto de falta de vacina B19 nos anos de 2010 e 2011.Concluise que houve associação entre os dois programas nacionais, consequente do aumento significativos dos índices de vacinação nas áreas 01 e 03, devidos à
105 mudança na classificação de risco da área 03 em 2010, que passou de alto risco para médio risco e à autorização para a exportação de gado em pé na área 01. Palavras-chave: índice de vacinação, controle e programas sanitários Fomento: ADEPARA
106 Cadeias de produção animal Diagnóstico clínico e laboratorial de raiva bovina no município de Goianésia, estado do Pará Clinical diagnostic and laboratorial bovine rabies in the municipality of Goianesia, state of Pará Ana Paula Vilhena Beckman Pinho, Adepará Dorgival Roberto Barbosa Filho, Prefeitura Municipal de Goianésia Eloisa do Amparo Rodrigues do Carmo, Adepará Maria Antonieta Martorano Priante, Adepará Lutero de Andrade Oliveira, Adepará Carla Crstina Guimarães de Moraes, UFPA Introdução:A raiva é uma enfermidade viral infecciosa, de notificação obrigatória, que afeta o sistema nervoso central de humanos e de quase todas as espécies de mamíferos domésticos e silvestres, causando encefalomielite fatal.Objetivos: Relatar a ocorrência de um caso de raiva em bovino no município de Goianésia, estado do Pará, com enfoque para o diagnóstico clínico e laboratorial.Material e métodos: O caso ocorreu em uma propriedade rural situada entre as coordenadas geográficas de 03º39’11.2”Latitude e 049º02’38.9” de Longitude. Após o produtor rural notificar na Adepará de Goianésia, que seu animal apresentava sinais clínicos compatíveis com doença nervosa, o mesmo solicitou o comparecimento da equipe técnica para realizar atendimento clínico de uma bezerra.Resultados:Foi realizado estudo epidemiológico da propriedade, onde se constatou espoliação de morcego no animal e não realização de imunoprofilaxia contra a raiva nos animais. Na anamnese e avaliação clínica, foi observado sinais clínicos de paralisia flácida dos membros posteriores, decúbito lateral direito, movimentos de pedalagem, tremores de cabeça, paralisia da língua, opistótono, nistagmo, presença de sensibilidade cutânea, fezes ressecadas e salivação moderada. Na necropsia foi observada disfagia neurológica por aspiração e moderada hiperemia das leptomeninges. Foi coletado o sistema nervoso central e enviado para o Laboratório Nacional Agropecuário no Pará-Lanagro, onde no exame de imunofluorescência direta obteve-se resultado negativo, porém no exame da prova biológica confirmou-se o diagnóstico de Raiva. Discussão: A ocorrência da raiva nesta propriedade pode ser justificada pela presença de morcegos hematófagos
107 provavelmente infectado pelo vírus rábico, além disso, pela ausência de imunidade vacinal dos animais. O proprietário foi orientado a realizar a vacinação de todos os animais e de todas as pessoas que tiveram contato direto com o animal acometido. Palavras-chave: notificação obrigatória, doença nervosa, Adepará Fomento: Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará
108 Cadeias de produção animal ESTRUTURAÇÃO DO PROGRAMA DE SANIDADE APÍCOLA EM SANTA CATARINA STRUCTURE OF BEE HEALTH PROGRAM IN SANTA CATARINA Ana Maria de Andrade Mitidiero, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina Marcos Vinicius de Oliveira Neves, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina João Manoel Bazeti Marques, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina Beatriz Machado Terra Lopes, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina - Laboratório Regional de Diagnóstico CIDASC
Assim como no mundo, desde 2007 os apicultores de Santa Catarina vêm registrando mortalidade das abelhas, porém o Serviço de Defesa Sanitária foi procurado somente no final de 2010. A partir do ano de 2011, após discussões entre a CIDASC e instituições parceiras, iniciamos a estruturação do Programa de Sanidade Apícola formando uma equipe de 41 Médicos Veterinários, sendo 2 em cada regional e 1 coordenadora. Após a aquisição de materiais e equipamento de proteção individual realizamos em 2011 o I curso teórico-prático de capacitação e num programa de educação continuada em 2012 realizamos o nível II, participamos (coordenadora e profissional do laboratório) de um curso na Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios -APTA/Pindamonhangaba/SP. Ainda em 2012 em parceria com a Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária e colaboração do órgão de extensão, organizamos e realizamos o I Workshop sobre Sanidade Apícola, onde foram apontadas as necessidades para a execução do programa, a fim de prevenir a ocorrência dos problemas relacionados às colmeias e, com isso, fortalecer a apicultura, tanto na produção de produtos apícolas, quanto na polinização. Dentre as necessidades está o cadastro dos apiários e o principal entrave é a falta de laboratório da rede oficial para análises diagnósticas dos principais patógenos de abelhas. Buscando suprir esta necessidade a CIDASC está ampliando o escopo do Laboratório Regional de Joinville. Palavras-chave: Serviço oficial, Abelha, Apicultura.
109 Fomento: CIDASC - Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina /Secretaria de Estado de Agricultura e da Pesca – SAR /SC Rural / Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento / Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária.
110 Cadeias de produção animal VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DO VÍRUS DA INFLUENZA AVIÁRIA EM AVES DOMÉSTICAS DOS SÍTIOS DE POUSO DE AVES MIGRATÓRIAS DE VERA CRUZ – BAHIA. EPIDEMIOLOGICAL VIGILANCE OF THE H5N1 VIRUS IN DOMESTIC BIRDS LOCATED ON MIGRATORY BIRDS LANDING SITES IN THE CITY OF VERA CRUZ- BAHIA. Marcos Santos Prinz, Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia Marialice Rocha Guimarães Rosa, Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia Maíra Pessoa Jornane Barbosa Santos, Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia Jorge Raimundo Lins Ribas, Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia Rui Ferreira Leal, Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia Robson Bahia Cerqueira, Universidade Federal do Recôncavo Baiano A Influenza Aviária altamente patogênica tem como agente etiológico o vírus H5N1. Por tratar-se de uma Zoonose de alto risco e de grande impacto econômico preocupa os especialistas em defesa sanitária animal e saúde pública em todo o mundo. Aves aquáticas silvestres e domésticas são reservatórios naturais e desempenham papel importante na introdução do vírus em novas áreas. Eles podem carrear o vírus por longas distâncias e eliminá-los nas fezes enquanto hospedeiros assintomáticos. O objetivo do trabalho foi avaliar os resultados laboratoriais no sítio de pouso de aves migratórias em Vera Cruz, Ba. Foram coletadas 151 amostras de soro, swab de traquéia e cloaca em 12 propriedades com criadores de aves de su,bsistência. As amostras foram enviadas para o Laboratório Nacional Agropecuário (LANAGRO) de São Paulo, e foram submetidas às técnicas de Sorologia de Influenza (AGP) e Reação em Cadeia de Polimerase em Tempo Real (RT-PCR), com resultado negativo para Influenza Aviária. Este monitoramento deve ser realizado com frequência com ação de vigilância epidemiológica em áreas consideradas de risco à introdução do H5N1. Tais estudos devem fornecer subsídios para a caracterização do risco de introdução da Influenza Aviária no Estado da Bahia. Palavras-chave: Epidemiologia, Defesa Sanitária Animal, H5N1
111 Fomento: AgĂŞncia Estadual de Defesa AgropecuĂĄria da Bahia
112 Cadeias de produção animal LEVANTAMENTO SOROEPIDEMIOLÓGICO DE LENTIVIROSES EM PEQUENOS RUMINANTES NO ESTADO DA BAHIA, NO PERÍODO DE JANEIRO DE 2012 A JULHO DE 2013. SERUM EPIDEMIOLOGYCAL UPDATE OF LENTIVIRAL ON SHEEP AND GOAT CATLE IN THE STATE OF BAHIA, FROM JANUARY 2012 TO JULY 2013. Marialice Rocha Guimarães Rosa, Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia Mariana Cordeiro Soares Silva, Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia Maíra Pessoa Jornane Barbosa Santos, Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia Marcos Santos Prinz, Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia Rui Ferreira Leal, Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia Jorge Raimundo Lins Ribas, Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia As lentiviroses de pequenos ruminantes são enfermidades multissistêmicas, causadas pelos vírus da artrite-encefalite caprina e Maedi-visna, pertencentes ao gênero Lentivirus. Acometem caprinos e ovinos de todas as idades, independentemente da raça, sexo, e tipo de exploração, entretanto as manifestações clínicas podem variar de acordo com a idade. Os prejuízos econômicos decorrentes destas infecções são significativos, principalmente pela diminuição gradativa da produção de leite, e ainda o descarte precoce dos animais infectados, para o controle e erradicação da enfermidade nas propriedades. O objetivo deste estudo foi diagnosticar o perfil soroepidemiológico das enfermidades no estado da Bahia, a partir do banco de dados do Laboratório de Sanidade Animal, da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia. Os dados foram analisados pelo software Epiinfo® 7.0. Das 212 amostras analisadas, cinco (2,36%) foram positivas no teste de Imunodifusão em gel de Agar. Houve associação significativa para as variáveis sexo (X²=1,7300) e idade (X²=4,7230). As fêmeas apresentaram um risco três vezes maior em relação aos machos, quanto a positividade. Sabe-se que o manejo intensivo, dispensado a animais jovens e fêmeas, contribui diretamente para a manutenção e transmissão das enfermidades no rebanho, corroborando com os resultados encontrados. Assim conclui-se que a
113 prevenção e controle devem ser direcionados principalmente para rebanhos onde há o predomínio das classes de maior risco. Palavras-chave: CAEV, MAEDI-VISNA, Defesa Sanitária Animal, Epidemiologia Fomento: Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia
114 Cadeias de produção animal TÉCNICA DE SEDIMENTAÇÃO ESPONTÂNEA (HOFFMAN, PONS E JANER OU LUTZ) ENQUANTO FERRAMENTA DIAGNÓSTICA DE PARASITAS EM MOLUSCOS BIVALVES SPONTANEOUS SEDIMENTATION METHOD (HOFFMAN, PONS E JANER OU LUTZ) WHILE DIAGNOSTIC TOOL OF OYSTERS Maíra Pessoa Jornane Barbosa Santos, Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia Andresa Araújo Ribeiro da Silva, Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia Marialice Rocha Guimarães Rosa, Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia Rui Ferreira Leal, Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia Isa Maria Sousa Trindade, Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia Jorge Raimundo Lins Ribas, Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia A técnica de sedimentação espontânea (HPJ) tem como objetivo a pesquisa de ovos/larvas de helmintos e oocistos de protozoários. É amplamente utilizada por ser de baixo custo e fácil execução. Os parasitas, principalmente protozoários são citados em diversos estudos, com responsáveis por causar grandes perdas econômicas na malacocultura mundial. Sua presença também pode representar um entrave à saúde publica. O diagnóstico destas enfermidades geralmente é feito através de técnicas histológicas ou moleculares, ambas mais laboriosas e dispendiosas do que a técnica de HPJ. A falta de padronização no monitoramento desses agentes atua de forma negativa ao crescimento da malacocultura no Brasil. Este trabalho sugere a técnica de sedimentação espontânea enquanto ferramenta para o monitoramento de parasitas em moluscos bivalves. Foram analisadas quatro amostras de 100 gramas de parte comestível de ostras, provenientes dos municípios de Santo Amaro e Taperoá. Estas foram levadas ao Laboratório de Sanidade Animal da ADAB. Cinco gramas foram maceradas e pesadas, sendo estas analisadas conforme o procedimento padrão para o processamento de fezes. Através desta técnica foi possível a observação de cistos de protozoários. Apesar do diagnóstico não ser definitivo, tal técnica pode ser utilizada por profissionais da defesa agropecuária na realização de inquéritos e enquanto ferramenta de triagem.
115 Palavras-chave: Defesa Sanitária Animal, Métodos de Diagnóstico Laboratorial Fomento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia
116 Cadeias de produção animal VERIFICAÇÃO DA TEMPERATURA DOS ALIMENTOS NOS BALCÕES FRIGORÍFICOS NO MUNICÍPIO DE MANAUS/AM CONTROL DE LA TEMPERATURA DE LOS ALIMENTOS EN EL MUNICIPIO DE MESAS REFRIGERADAS MANAUS/ AM. JACKSON ANGELO FERREIRA LIMA JUNIOR, FUNDACAO DE VIGILANCIA EM SAUDE Sergio Castelo Branco de Amorim, FUNDACAO DE VIGILANCIA EM SAUDE Willams Frazao de Oliveira, FUNDACAO DE VIGILANCIA EM SAUDE No ano de 2009 o Ministério da Saúde gastou Quinze bilhões de reais com o tratamento de pessoas intoxicadas ou com alguma infecção intestinal provocada pela ingestão de alimentos contaminados. Quase meio milhão de pessoas foi atendido, 6.320 não resistiram e morreram. Foi realizado no período de fevereiro a maio de 2013, com a coleta da temperatura nas seis zonas (norte, sul, leste, oeste, centro oeste e centro sul) do município de Manaus, através de dois técnicos da Gerencia de Produtos da Fundação de Vigilância em Saúde, os quais utilizarão o termômetro digital, sem contato, da marca “Minitemp”, modelo MT4, utilizou-se uma planilha que continha tópicos sobre as condições do equipamento e se o proprietário era conhecedor da legislação de acondicionamento de alimentos. Resultando que somente 3,5% dos equipamentos encontravam-se com a temperatura acima de 10°C, 65% dos equipamentos encontravam-se em bom estado de conservação e 8% dos comerciantes conheciam a legislação sobre acondicionamento de alimentos. Apesar da maioria dos equipamentos encontrados estarem dentro dos padrões de temperatura e preocupante que os proprietários desconhecem a legislação a qual estão submetidos, com misto teremos que realizar uma campanha para que os mesmo tomem conhecimento e melhorem cada vez mais o acondicionamento e a com qualidade dos alimentos fornecidos a população. Palavras-chave: Refrigeracao, temperatura, Risco
117 Cadeias de produção animal ANÁLISE DO MONITORAMENTO DE BOVINOS IMPORTADOS NO ESTADO DO PARANÁ E SUA IMPORTÂNCIA NA PREVENÇÃO DA ENCEFALOPATIA ESPONGIFORME BOVINA (EEB) Analysis of imported cattle monitoring in the State of Paraná and its importance in the prevention of bovine spongiform encephalopathy (BSE) Ellen E. Laurindo, Serviço de Saúde Animal - Superintendência federal de Agricultura no Paraná (SFA-PR) Elzira Jorge Pierre, Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapa) Área de Raiva dos Herbívoros Gláucia Frasnelli Mian, Universidade Federal de Lavras Ivan Roque de Barros Filho, Universidade Federal do Paraná - Programa de Pós Graduação em Ciências Veterinárias
A Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), comumente conhecida como “Doença da Vaca Louca”, é uma doença degenerativa fatal e transmissível do Sistema Nervoso Central (SNC) de bovinos, com longo período de incubação (média de 5 anos), caracterizada clinicamente por nervosismo, reação exagerada a estímulos externos e dificuldade de locomoção. O agente causador da EEB é denominado príon, uma proteína encontrada no tecido nervoso de animais infectados, e a principal via de transmissão é através da ingestão de alimentos contendo farinhas de carne e ossos provenientes de carcaças infectadas. Devido à ocorrência de EEB, em 1986 na Europa, os mercados mundiais consumidores de produtos de origem bovina vem constantemente atualizando requisitos sanitários para importá-los, visando garantir a inocuidade desses produtos quanto a EEB, doença considerada zoonótica. Uma das bases da política de prevenção dessa doença no Brasil está o controle da importação de ruminantes e o monitoramento de bovinos importados. Atualmente, no Paraná, há 18 bovinos importados de países considerados de risco para a EEB (países que tiveram casos autóctones da doença), que são monitorados bimestralmente pelo serviço veterinário oficial, e 1024 bovinos importados de países de não risco para a EEB, que são monitorados a cada 4 meses. Considerando as normativas vigentes sobre o monitoramento de bovinos importados de países de risco para a EEB, é possível afirmar que o Paraná executa essa ação de forma
118 eficaz. Importante destacar os gastos do Governo Federal para a realização do monitoramento de bovinos importados de países de não risco para a doença (R$ 19.698/ano), custo relativamente alto, além do comprometimento na execução das ações relativas a outros programas sanitário importantes. Observou-se a alta taxa de descarte de novilhas leiteiras importadas do Uruguai com idades entre 3 e 5 anos, evidenciando a necessidade de impor novas barreiras visando evitar a importação de bovinos de baixo valor zootécnico. Palavras-chave: Sistema Nervoso Central, Governo Federal, Países de Risco Fomento: CNPq/MAPA
119 Cadeias de produção animal AÇÕES DA EQUIPE DE SANIDADE APÍCOLA DE 2011 A 2013 EM SANTA CATARINA ACTIVITY OF HEALTH TEAM HONEY 2011 TO 2013 IN SANTA CATARINA Ana Maria de Andrade Mitidiero, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina Marcos Vinicius de Oliveira Neves, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina João Manoel Bazeti Marques, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina Beatriz Machado Terra Lopes, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina - Laboratório Regional de Diagnóstico CIDASC
A equipe de Sanidade Apícola de Santa Catarina é composta de 41 Médicos Veterinários, 1 na coordenação e 2 em cada regional. As ações da Sanidade Apícola iniciaram em 2011 com os atendimentos às notificações de 18 apiários. Recebemos 3 notificações em 2012 e 3 em 2013. Por não ter nenhuma suspeita do que vinha acometendo os apiários foram realizadas análises para vários patógenos. Mesmo com a recuperação das colmeias em 2012, monitoramos entre abril e junho de 2012, colhendo material das colméias que se apresentavam fracas e fortes em 2011. Os mesmos patógenos estavam presentes. Desde 2011 foram realizados mais de 500 exames no estado pelo laboratório da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios -APTA/SP e foram diagnosticadas: Varroa destructor, Nosema ceranae, Nosema apis, Acute Bee Paralysis Virus, Black Queen Cell Virus e Deformed Wing Vírus, não podendo atribuir a estes patógenos o problema que vinha ocorrendo, o diagnóstico continua inconclusivo . Em 2013 publicamos a Instrução de Serviço nº04/2013 para a padronização das ações em Sanidade das Abelhas. Com campanha de rádio e televisão e ofícios enviados às associações informamos sobre a importância do cadastramento dos apicultores e meliponicultores, para o planejamento das ações de educação sanitária, monitoramentos, atendimentos e sobre a importância da Guia de Trânsito Animal. Além de disponibilizar via sistema a possibilidade do produtor cadastrado emitir sua própria GTA.
120 Palavras-chave: Notificação, Abelha, Doença. Fomento: Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina CIDASC.
121 Cadeias de produção animal Monitoramento de resíduos de antimicrobianos e antiparasitários em leite no âmbito do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes – PNCRC do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA no período de 2008 a julho de 2013 Surveillance of antimicrobial and antiparasitics residues in milk on National Plan for Control of Residues and Contaminants – PNCRC of Ministry of Agriculture, Livestock and Food Supply – MAPA from 2008 to July of 2013 Júlia Pereira Rodrigues Borges, MAPA Anna Júlia Portz, MAPA Aline Maria Souza da Silva, MAPA Antonizete dos Reis Souza, MAPA Leandro Diamantino Feijó, MAPA
O uso inadequado de antimicrobianos e antiparasitários na pecuária leiteira constitui fator de risco para o desenvolvimento de resistência microbiana e parasitária, causando preocupação devido à redução da eficácia destas substâncias nos animais de produção e, possivelmente, em humanos. Dessa forma, faz-se indispensável o monitoramento de resíduos químicos em leite. Esse acompanhamento é realizado no Brasil pelo MAPA, por meio do PNCRC, instituído pela Instrução Normativa N° 42 de 1999. Desde 2004 o MAPA monitora a ocorrência de resíduos de produtos de uso veterinário no leite in natura, por meio do PNCRC, que dispõe de plano amostral baseado nas recomendações do Codex Alimentarius (CAC/GL 71-2009). As amostras são coletadas em propriedades rurais e estabelecimentos processadores de leite registrados sob a égide do Serviço de Inspeção Federal – SIF e são analisadas em laboratórios oficiais (LANAGROS) e credenciados pertencentes à Rede Nacional de Laboratórios. O PNCRC tem ampliado seu escopo analítico e aperfeiçoado sua metodologia de análise de resíduos químicos em leite ao longo dos anos. No período de 2008 a julho de 2013, foram analisadas um total de 1757 amostras, sendo 926 de antimicrobianos e 831 de antiparasitários. Foram detectadas 6 não conformidades, sendo 5 de Ivermectina e 1 de Oxitetraciclina, representando índice de não conformidade de, aproximadamente, 0,34%. O gerenciamento do risco da presença dessas
122 substâncias no leite é imprescindível para a elaboração de estratégias de mitigação de risco, considerando as características do sistema produtivo, corroborando, assim, a adoção de medidas para incentivar as Boas Práticas na utilização de produtos de uso veterinário, garantindo o consumo de leite inócuo. Palavras-chave: Controle de Resíduos, Leite, MAPA Fomento: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA
123 Cadeias de produção animal BETA-AGONISTAS: PLANO NACIONAL DE CONTROLE DE RESÍDUOS E CONTAMINANTES – PNCRC, DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO – MAPA VERSUS RESTRIÇÕES COMERCIAIS DE PAÍSES IMPORTADORES DE CARNE BOVINA DO BRASIL Beta Agonists: National Plan for Control of Residues and Contaminants – PNCRC of Ministry of Agriculture, Livestock and Food Supply – MAPA versus trade restrictions of importer countries of Brazil Beef. Aline Maria Souza da Silva, MAPA Anna Júlia Portz, MAPA Júlia Pereira Rodrigues Borges, MAPA Antonizete dos Reis Souza, MAPA Leandro Diamantino Feijó, MAPA
O PNCRC Animal é um plano oficial do MAPA que preconiza prover garantias de inocuidade química do sistema produtivo de alimentos de origem animal do Brasil. Por meio deste plano é monitorado o uso de ractopamina e zilpaterol, além de outras substâncias, na cadeia produtiva de bovinos; tendo sido realizadas, no período entre 2007 e 2013, 544 análises de ractopamina e 44 de zilpaterol. Estes são aditivos alimentares promotores de crescimento da classe dos Beta-agonistas que aumentam as taxas de lipólise e diminuem a atividade de enzimas lipogênicas, favorecendo o crescimento muscular. Com a publicação da Instrução Normativa nº 55/2011 do MAPA e a revogação da IN nº 10/2001, que também incluía na proibição as substâncias com atividade anabolizante desprovidas de caráter hormonal, houve a permissão de registro de Beta-agonistas e aprovação da comercialização de produtos de uso veterinário contendo essas substâncias. Porém, a inexistência temporária de um sistema implementado de produção segregada de bovinos pelo setor produtivo e as restrições ao uso de Beta-agonistas por mercados importadores, tais como União Aduaneira, China e União Europeia, mesmo após o estabelecimento de limites de tolerância pelo Codex Alimentarius (CAC/MRL 2-2012), ocasionaram a publicação do Ato Nº 1/2012 do MAPA, que suspendeu a importação e a comercialização desses produtos no país até ulterior deliberação. Dessa forma, é imprescindível que as empresas desenvolvam sistemas
124 de produção segregada a fim de comprovar o não uso destas substâncias e atender aos requisitos sanitários de mercados importadores específicos, garantindo, assim, a continuidade das exportações e a competitividade dos produtos pecuários brasileiros no agronegócio internacional. Palavras-chave: Controle de Resíduos, carne bovina, Betagonistas, MAPA Fomento: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA
125 Cadeias de produção animal TEOR DE FÓSFORO TOTAL EM CAMARÃO E CAUDA DE LAGOSTA DURANTE CONGELAMENTO TOTAL PHOSPHORUS CONTENT IN SHRIMP AND LOBSTER TAIL DURING FREEZING Ana Carolina Gomes de Albuquerque, Laboratório de Análises Físico-Química de Alimentos de Origem Animal e Água, Laboratório Nacional Agropecuário do Pará – LANAGRO/PA Fagner Sousa de Aguiar, Laboratório de Análises Físico-Química de Alimentos de Origem Animal e Água, Laboratório Nacional Agropecuário do Pará – LANAGRO/PA Valena Emanuellen Rodrigues Leão, Laboratório de Análises Físico-Química de Alimentos de Origem Animal e Água, Laboratório Nacional Agropecuário do Pará – LANAGRO/PA Sulema Mufarrej de Oliveira, Laboratório de Análises Físico-Química de Alimentos de Origem Animal e Água, Laboratório Nacional Agropecuário do Pará – LANAGRO/PA Fábio Willians Tavares de Souza, Laboratório de Análises Físico-Química de Alimentos de Origem Animal e Água, Laboratório Nacional Agropecuário do Pará – LANAGRO/PA Ricardo Carvalho Belizário, Laboratório de Análises Físico-Química de Alimentos de Origem Animal e Água, Laboratório Nacional Agropecuário do Pará – LANAGRO/PA Os fosfatos ocorrem naturalmente em todas as formas de vida e são utilizados como aditivos alimentares, principalmente em frutos do mar. No Brasil, não há legislação que descreva o limite de uso dos polifosfatos em pescados e derivados. Então, procurou-se determinar indiretamente o teor de polifosfatos através da variação do teor de fósforo total, uma vez que durante o armazenamento dos alimentos pode haver conversão de polifosfatos em fósforo. Amostras de camarão sem cabeça e cauda de lagosta foram acompanhadas por 14 dias através de metodologia normalizada (Instrução Normativa nº 25/2011 do Ministério da Agricultura). Teste de Tukey foi aplicado nos dados obtidos (α = 95%). Os resultados mostraram um aumento do teor de fósforo nas amostras de cauda de lagosta (0,68±0,08 a 1,32±0,07 g/kg), sendo que, estatisticamente, não há diferença entre o 7º e o 14º dia. Este comportamento refere-se, possivelmente, à conversão de polifosfatos em fósforo, caracterizando utilização ilegal de
126 polifosfatos nas caudas de lagosta. Nas amostras de camarão sem cabeça, o teor de fósforo diminuiu tenuamente no decorrer do tempo (1,71±0,01 a 1,43±0,04 g/kg), sendo todos diferentes entre si. Este fato, provavelmente, deve-se ao modo de descongelamento, o que pode ter causado lixiviação de alguns elementos hidrossolúveis e até mesmo a ação de enterobactérias que consomem fosfatos como fonte de energia. Para estas amostras não caracterizou-se uso ilegal de polifosfatos como aditivo. Palavras-chave: aditivos, pescados, armazenamento Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
127 Cadeias de produção animal ESTUDO SOROEPIDEMIOLÓGICO DE PESTE SUÍNA CLÁSSICA REALIZADO EM CRIATÓRIOS DE SUÍNOS DE SANTA CATARINA NO ANO DE 2012 SEROEPIDEMIOLOGICAL STUDY OF CLASSICAL SWINE FEVER CONDUCTED IN PIG FARMS OF SANTA CATARINA IN THE YEAR 2012 Jader Nones, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina Amanda Costa Xavier, Universidade Federal de Santa Catarina Sabrina Geni Tavares, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina
A Peste Suína Clássica (PSC) é uma doença infecciosa, produzida por um vírus RNA da família Flaviviridae, gênero Pestivirus. Esta enfermidade, considerada altamente transmissível, afeta suídeos de todas as idades e apresenta alta morbidade e mortalidade. Embora no Brasil 16 estados e os municípios de Guajará, Boca do Acre, Canutama e Lábrea do Estado do Amazonas são considerados livres da doença, conforme Instrução Normativa nº 26, publicada em 2013 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), ações com o intuito de comprovar a manutenção desta zona como livre de PSC, precisam ser constantemente realizadas. O objetivo deste trabalho foi demonstrar e documentar a ausência de atividade do vírus da PSC em criatórios catarinenses, visando aumentar a sensibilidade do sistema de vigilância ativa relacionado com esta enfermidade. Para tal, com base em um estudo amostral realizado pelo MAPA, foram colhidas 808 amostras de soro suíno oriundas de 320 criatórios catarinenses, os quais foram selecionados com base em critérios de risco previamente estabelecidos. Os soros colhidos foram analisadas pelo LANAGRO-MG, utilizando-se ensaios imunoenzimáticos (ELISA) e virusneutralização, sendo que todos os resultados laboratoriais obtidos não detectaram a presença de anticorpos contra o vírus da PSC. Estes dados, associado as demais ações de vigilância para a doença que são realizadas no Estado, permitem comprovar a ausência de circulação do vírus de PSC em Santa Catarina. Palavras-chave: Santa Catarina, estudo soroepidemiológico, peste suína clássica
128 Fomento: Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)
129 Cadeias de produção vegetal SECA DESCENDENTE EM BACURIZEIRO NO ESTADO DO PARÁ Die back in Platonia insignis in Pará State Solange da Cunha Ferreira, Universidade Federal Rural da Amazônia Alessandra Keiko Nakassone Ishida, Embrapa Amazônia Oriental Eudes de Arruda Carvalho, Embrapa Amazônia Oriental Walnice Maria Oliveira Nascimento, Embrapa Amazônia Oriental José Edmar Urano de Carvalho, Embrapa Amazônia Oriental
O bacurizeiro (Platonia insignis) é uma espécie frutífera da Amazônia com potencial de comercialização para todas as regiões do Brasil. No entanto, são escassas as informações sobre as doenças que ocorrem nesta cultura e dos respectivos danos causados. O presente trabalho teve como objetivo relatar a ocorrência da seca descendente em plantas de bacurizeiro no estado do Pará. Amostras de plantas apresentando sintomas de seca descendente foram coletadas no Campo Experimental da Embrapa Amazônia Oriental, e levadas ao Laboratório de Fitopatologia. Após o isolamento e cultivo em meio de cultura batata-dextrose-ágar (BDA), foi identificado o fungo do gênero Lasiodiplodia spp., o qual foi inoculado em mudas de bacurizeiro, por meio de sobreposição de disco micelial no caule, previamente ferido, e vedado com parafilme. Após 8 dias da inoculação, constataram-se, nas plantas inoculadas, os mesmos sintomas de seca observados em campo. Foi realizado o reisolamento do fungo e comprovada a patogenicidade de Lasiodiplodia spp. em plantas de bacurizeiro. A classificação no nível de espécie será realizada a partir da caracterização morfológica e molecular do isolado. Palavras-chave: Lasiodiplodia spp., frutífera amazônica, Postulado de Koch
130 Cadeias de produção vegetal Educational seminars for producers in preventing Moniliasis in Cocoa in the state of Pará. Seminários educativos para produtores na prevenção da Monilíase do Cacaueiro no estado do Pará Ana Karen de Mendonça Neves Belfort, ADEPARÁ Mauro Antonio Cavaleiro de Macedo Rodrigues, CEPLAC PAULO SERGIO BEVILAQUA DE ALBUQUERQUE, CEPLAC
O estado do Pará é o 2º maior produtor nacional de amêndoas de cacau e o 1º na produção de frutos in natura de cupuaçu, e de acordo com a IN 13/2012, está classificado como área de médio risco para entrada da monilíase (Moniliophthora roreri) que é considerada uma doença devastadora para os frutos do cacaueiro e cupuaçuzeiro. E por ser uma praga ainda não presente no Brasil, realizou-se um trabalho educativo junto aos produtores de cacau e cupuaçu, que teve por objetivo informar e conscientizar sobre os prejuízos e os riscos ocasionados pela monilíase caso venha a ser introduzida em nosso país. O trabalho foi realizado no ano de 2012 no estado do Pará nos municípios de Tomé-Açú, Rurópolis, Belterra, Uruará e Medicilândia, com a aplicação de questionários sócio-educativos, aulas teóricas e práticas. Os assuntos abordados foram: O que causa a monilíase do cacau; em qual situação não existe risco da monilíase entrar e se espalhar no Brasil; qual o principal prejuízo que a monilíase causa para os produtores; qual o sintoma característico do ataque da praga no cacaueiro e cupuaçuzeiro; de que modo o produtor pode colaborar para impedir a entrada e disseminação da monilíase no Brasil e quais as principais medidas de controle podem ser aplicadas, caso a monilíase entre no Brasil. Como resultado obteve-se 543 produtores capacitados e conscientizados sobre os prejuízos e os riscos ocasionados caso a monilíase venha a ser introduzida no Brasil.
Palavras-chave: Conscientizar, capacitar, produtores.
131 Fomento: ADEPARÁ, CEPLAC e MAPA
132 Cadeias de produção vegetal FUNGICIDAS NO CONTROLE ‘IN VITRO’ DE Lasiodiplodia spp. Fungicides for control of Lasiodiplodia spp. ‘in vitro’. Solange da Cunha Ferreira, Universidade Federal Rural da Amazônia Alessandra Keiko Nakasone Ishida, Embrapa Amazonia Oriental Eudes de Arruda Carvalho, Embrapa Amazonia Oriental Clenilda Bento Tolentino da Silva, Embrapa Amazonia Oriental
O fungo Lasiodiplodia sp. foi relatado associado a frutíferas cultivadas na região amazônica. Contudo, não há registros de produtos e nem autorizações para realizar testes com fungicidas em campo com estas culturas. O presente trabalho teve como objetivo avaliar os fungicidas tebuconazol a 0,02 % do ingrediente ativo (i.a); oxicloreto de cobre a 0,2352 % do i.a.; mancozebe a 0,3 % do i.a.; tiofanato metílico a 0,07 % do i.a. e ciproconazol+azoxistrobina a 0,08 % do i.a. e 0,02 % sobre o crescimento micelial ‘in vitro’ de Lasiodiplodia spp. Os fungicidas foram incorporados ao meio batata-dextrose-ágar (BDA) fundente e na testemunha utilizou-se o BDA sem fungicidas. Repicou-se um disco de 8 mm de diâmetro de micélio do fungo no centro de cada placa, as quais foram incubadas em câmara de crescimento à temperatura de 26 °C ± 2ºC e fotoperíodo de 12h. O delineamento experimental foi inteiramente ao acaso com 6 tratamentos e 4 repetições. O crescimento micelial foi mensurado diariamente, em dois sentidos perpendiculares, para o cálculo do índice de velocidade de crescimento micelial (IVCM). As médias do IVCM foram submetidas à análise de variância e comparadas pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. Os fungicidas tiofanato metílico, tebuconazol, ciproconazol+azoxistrobina e mancozebe inibiram totalmente o crescimento micelial de Lasiodiplodia spp. O fungicida oxicloreto de cobre reduziu em 23% o IVCM em relação à testemunha, diferindo estatisticamente entre si. Palavras-chave: controle químico, Platonia insignis
133 Cadeias de produção vegetal Occurrence and damage in cocoa and cupuaçu fruit, new insect-pest in Pará state: fruit-curculion, Conotrachelus sp. (Coleoptera Curculionidae). Ocorrência e danos provocados aos frutos de cacau e cupuaçu por uma nova espécie de inseto-praga no estado do Pará: broca dos frutos, Conotrachelus sp. (Coleoptera: Curculionidae). Mauro Antonio Cavaleiro de Macedo Rodrigues, CEPLAC Ana Karen de Mendonça Neves Belfort, ADEPARÁ Milton Cunha Leite, MAPA
As lavouras de cacau (Theobroma cacau) e cupuaçu (Theobroma grandiflorum) são de significativa relevância para os estados que compõe a Amazônia Brasileira, especialmente para o Pará, principal produtor nacional de cupuaçu e o segundo de cacau. A importância destas culturas deve-se ao fato de que delas se extrai uma gama de produtos, incluindo a indústria alimentícia, com destaque para a produção de chocolate e seus derivados, perpassando pela indústria farmacêutica e de cosméticos. O objetivo da ação foi realizar uma expedição rodo-fluvial para prospecção de uma praga, relatada atacando o cupuaçu na mesorregião do baixo Amazonas. Foram realizadas diversas inspeções em lavouras de cupuaçu e cacau dos municípios de Santarém, Belterra, Mojuí dos Campos, Aveiro, Fordlandia e Rurópolis. A ação ocorreu em lavouras de cacau e cupuaçu existentes ao longo da BR 163 no trecho de Santarém a Rurópolis, e nas localizadas as margens do Rio Tapajós no trecho de Santarém a Fordlandia. A expedição ocorreu em 2011 e foram encontrados cinco focos do inseto em lavouras de cupuaçu, sendo três nas margens da BR 163, propriedades localizadas nos kilometros 85, 87 e 143 da rodovia e dois focos nos municípios de Aveiro e Belterra, nas margens fluviais destes municípios, mais especificamente, em comunidades mais isoladas as margens do rio Tapajós. O inseto-praga provoca apodrecimento da polpa dos frutos decorrente, direta e indiretamente, da sua atividade de oviposição, alimentação larval e perfuração da casca para saída da larva de último instar para empupar no solo. A praga foi identificada como pertencente ao gênero Conotrachelus, da ordem Coleoptera, um gênero com representes entre as chamadas brocas dos frutos com alta capacidade de geração de prejuízos econômicos.
134 Palavras-chave: expedição, broca-dos-frutos, danos. Fomento: ADEPARÁ; MAPA
135 Cadeias de produção vegetal AUSÊNCIA DE Candidatus Liberibacter spp. EM Diaphorina citri NO ESTADO DO PARÁ Absence of Candidatus Liberibacter spp. in Diaphorina citri in Para State Alessandra Keiko Nakasone Ishida, Embrapa Amazônia Oriental Aloyséia Cristina da Silva Noronha, Embrapa Amazônia Oriental Kenny Bonfim de Arruda Carvalho, Embrapa Amazônia Oriental Lídia Lacerda, Universidade Federal Rural da Amazônia Eduardo Chumbinho de Andrade, Embrapa Mandioca e Fruticultura Francisco Ferraz Laranjeira, Embrapa Mandioca e Fruticultura Huanglongbing (HLB) dos citros é uma doença altamente destrutiva causada pela bactéria Candidatus Liberibacter spp. e transmitida por Diaphorina citri Kuwayama (Hemiptera, Liviidae). No Brasil, ocorre nos principais estados produtores de citros, sendo que o estado do Pará se encontra livre da doença. Murraya paniculata é uma planta ornamental conhecida como murta e pode ser hospedeira tanto da bactéria quanto do inseto vetor. O objetivo desse trabalho foi detectar a presença de Candidatus Liberibacter spp. em D. citri em associação com M. paniculata no estado. Amostras de insetos adultos foram coletadas em plantas de murta em residências e locais públicos nos municípios de Belém, Capitão Poço, Castanhal, Irituia, Igarapé-Açu e Santarém no período de 2011 a 2013. As amostras foram acondicionadas em microtubos contendo álcool 96º e enviadas ao Laboratório de Fitopatologia da Embrapa Amazônia Oriental onde foi realizada a detecção da bactéria através de NESTED-PCR. Todas as amostras analisadas foram negativas para o teste, indicando a ausência de Candidatus Liberibacter spp. em D. citri em associação com M. paniculata no estado do Pará. Palavras-chave: Citrus, huanglongbing, Murraya paniculata Fomento: Embrapa, FAPESPA
136 Cadeias de produção vegetal LEVANTAMENTO DE PRAGAS DE IMPORTÂNCIA QUARENTENÁRIA NO POLO CITRICOLA DO ESTADO DO PARÁ SURVEY OF QUARANTINE PESTS IN PARÁ STATE’S CITRUS HUB GLEICILENE BRASIL DE ALMEIDA, ADEPARA CARLOS ALEXANDRE MENDES SANTOS, ADEPRA RAIMUNDO ALESSANDRO DA SILVA CUNHA, ADEPARA
O Estado do Pará ocupa atualmente o 1º lugar em quantidade produzida (toneladas)de citros da região Norte e o 7º lugar na produção nacional. Dentre as pragas quarentenárias ausentes no Estado temos o Cancro Cítrico, Huanglongbing e Pinta Preta dos Citros e presente a Mosca Negra dos Citros. Para manter esse status, servidores da ADEPARA são capacitados para o reconhecimento da praga em campo. O presente trabalho teve como objetivo de realizar levantamentos fitossanitários constantes nos municípios de Capitão Poço, Garrafão do Norte, Irituia, Nova Esperança do Piriá e Ourém considerados polos citrícolas no Estado, contemplando propriedades comerciais, viveiros e plantios de citros, sem fins comerciais. Os levantamentos foram realizados por Fiscais Estaduais Agropecuários (FEA´s) e Agentes de Defesa Agropecuária (AFA´s) da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará - ADEPARA, sendo custeados pelo Convênio firmado entre MAPA e ADEPARA. Seguindo a IN nº 53 de 16 de outubro de 2008, os levantamentos de detecção da praga foram realizados semestralmente e os relatórios enviados para a SFA/MAPA. Os levantamentos fitossanitários ocorreram nos anos de 2008 a 2012 nos municípios supracitados, verificando-se a presença/ausência das pragas quarentenárias. Foram inspecionadas 198 propriedades. No ano de 2008 constatou-se a presença de mosca negra em 66,03% dos pomares, de 2009 em 94,92%, em 2010 o percentual foi de 82,61%, em 2011 foi de 100% dos plantios e em 2012 de 90,91% de pomares inspecionados. Em relação às outras pragas quarentenárias, o status de ausente permanece. A intensificação da fiscalização e vigilância nos postos de fiscalização e medidas de controle diminui a probabilidade de disseminação da praga para os outros Estados.
137 Palavras-chave: Palavras-chave: citros; praga quarentenรกria. Fomento: ADEPARA
138 Cadeias de produção vegetal OCORRÊNCIA DE Mahanarva spp. NO MUNICÍPIO DE CONCEIÇÃO DE ARAGUAIA, ESTADO DO PARÁ OCCURRENCE OF Mahanarva spp. IN IN THE MUNICIPALITY OF CONCEIÇÃO DE ARAGUAIA, PARA STATE JORGE LUIS CARVALHO SILVA, AGENCIA DE DEFESA AGROPECUARIA DO ESTADO DO PARÁ Rosa de Fátima F. Cavalcante, ADEPARA Maria Alice Alves Thomaz Lisbôa, ADEPARA
A ocorrência de cigarrinha-das-pastagens, em pastagens cultivadas no Pará, tem sido uma das principais causas para degradação dos pastos, ocasionando preocupação de técnicos e produtores rurais. O ataque da praga levou a ADEPARÁ, editar a portaria nº 4025/2011 de 21 de outubro de 2011, com a finalidade de recomendar medidas de defesa sanitária vegetal no cultivo de pastagens a serem adotadas pelos produtores. A identificação das espécies que ocorrem no município de Conceição do Araguaia – PA, e os meses de maior manifestação são fundamentais, para a estratégia de controle da população. O levantamento das espécies foi realizado semanalmente, na Fazenda América, com a coleta amostra de adultos e ninfas, no período de janeiro a setembro de 2012, em pastagem de Brachiaria brizantha cv. Marandu. O método utilizado para coleta da amostra do número de adultos de cigarrinhas-das-pastagens foi a rede entomológica tipo varredura, em 10 pontos bem distribuídos na área. Na contagem das ninfas foi usado um quadrado de ferro com 0,25 m de lado, arremessado, ao acaso, em vinte pontos da área. Observou-se que em Conceição do Araguaia, houve maior infestação da espécie Mahanarva spp, em pastagens de Brachiaria brizantha cv. Marandu, nos meses de janeiro e fevereiro de 2012. Palavras-chave: Brachiaria brizantha cv. Marandu, Mahanarva spp, Conceição do Araguaia.
139 Cadeias de produção vegetal INCIDÊNCIA DA CYDIA POMONELLA NO CONE SUL: AVALIAÇÃO E RECOMENDAÇÕES QUANTO AOS ACORDOS E BARREIRAS FITOSSANITÁRIAS INCIDENCE OF CYDIA POMONELLA IN CONE SUL: EVALUATION AND RECOMMENDATIONS ON THE AGREEMENTS AND PHYTOSANITARY RESTRICTIONS Silvio Luiz Rodrigues Testasecca, Universidade Federal de Viçosa
O aumento da produção brasileira de maçã, ocorrido nas últimas décadas, levou o país a ser considerado um dos principais produtores mundiais. A introdução de pragas quarentenárias pode ser considerada como consequência de um processo intensivo de produção. A Cydia pomonella, praga-chave da cultura, presente em praticamente todos países produtores, inclusive em tradicionais exportadores ao Brasil, como Argentina, Chile e Uruguai, foi detectada no início dos anos 90 em áreas urbanas do sul do Brasil. A organização da cadeia produtiva da maçã foi importante na efetivação de políticas públicas, por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento na implantação de estratégias de controle e erradicação da praga. Nesse sentido, o fechamento do comércio com a Argentina, principal exportador, a implantação de Sistema de Mitigação de Risco (SMR) naquele país, com a participação de Fiscais Federais Agropecuários em inspeções conjuntas na origem e a implantação de estratégias de monitoramento da praga e de erradicação de plantas hospedeiras no Brasil, contribuíram para a efetiva diminuição da praga no país, assim como a esperada alteração no status fitossanitário para praga ausente do país. Neste trabalho, foi realizado um levantamento de normas e procedimentos relativos à Defesa Sanitária Vegetal e entrevistas com participantes do processo, onde as respostas foram trabalhadas no software ALCESTE. Desta forma, procurou-se avaliar a percepção dos mesmos em relação às ações desenvolvidas no âmbito do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Cydia pomonella (PNECP), considerando aspectos ambientais, econômicos e sociais. Os resultados mostraram que a base legal está adequada às normas internacionais, necessitando poucas atualizações, e que o PNECP alcançou o objetivo da não introdução da praga no país. Conclui-se que há a necessidade da avaliação contínua do monitoramento da praga de forma a evitar sua reintrodução, mantendo a sustentabilidade do setor.
140 Palavras-chave: Cydia spp, Defesa Sanitária Vegetal, maçã, praga quarentenária, risco de introdução, controle e erradicação.
141 Cadeias de produção vegetal Ocorrência de Piper yellow mottle virus em jardins clonais de pimenta-do-reino no Estado do Pará Occurrence of Piper yellow mottle virus in clonal black piper gardens in the State of Pará ALESSANDRA DE JESUS BOARI, Embrapa Amazonia Oriental Késsia de Fátima da Cunha Pantoja, UNESP Cristiane Melo de Sousa, UNESP Ana Carolina Sonsim de Oliveira, UFRA
No Brasil, o estado do Pará é o principal produtor de pimenta-do-reino (Piper nigrum L.) com mais de 90% da produção. Os maiores estados produtores além do Pará são: Espírito Santo, Bahia, Minas Gerais, Maranhão, Ceará e Paraíba. Algumas doenças podem afetar a produção de frutos, dentre elas as viroses causadas por Cucumber mosaic virus (CMV) e Piper yellow mottle virus (PYMoV). Em recentes estudos realizados em lavouras de pimenta do reino verificou-se alta incidência de plantas infectadas por vírus, muitas delas compradas em viveiristas credenciados. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar os jardins clonais de pimenta-do-reino dos viveiristas quanto à presença de viroses. Foram coletadas 194 amostras de matrizes das cultivares Kottanadan, Guajarina, Cingapura, Pannyur, Apra, Kuthiravaly, Iaçará, Balankota e Bragantina, provenientes de 05 produtores distribuídos nos municípios de Mocajuba, Baião, São Francisco e Tomé-Açu no estado do Pará. Verificou-se o PYMoV em todas as propriedades avaliadas, mostrando assim, a importância da reestruturação do setor de produção de mudas de pimenta-do-reino no estado do Pará. Palavras-chave: PYMoV, propagação vegetativa, indexação Fomento: FINEP/CNPQ Cadeias de produção vegetal TRANSMISSÃO DE CUCUMBER MOSAIC VIRUS POR SEMENTES DE PIMENTA-DO-
142 REINO Seed transmission of Cucumber mosaic virus in black pepper ALESSANDRA DE JESUS BOARI, Embrapa Amazonia Oriental TAISE PEREIRA CARVALHO, UFRA CLENILDA BENTES TOLENTINO SILVA, EMBRAPA AMAZONIA ORIENTAL
A pimenteira-do-reino (Piper nigrum L.) tem grande importância sócio-econômica nos estados do Pará e Espírito Santo. A produção dessa cultura, propagada vegetativamente, pode ser afetada pelos vírus Cucumber mosaic virus (CMV) e Piper yellow mottle virus (PYMoV). Avaliar os meios de transmissão dos vírus é importante para o estabelecimento de estratégia de manejo. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a transmissibilidade do CMV por sementes. Foram coletados frutos de pimenteiras-do-reino infectadas por CMV dos cultivares Iaçara e Cingapura. Os frutos foram despolpados e as sementes lavadas em água corrente e colocadas para secar à sombra. Em seguida, foram semeadas em terra autoclavada. Depois de germinadas as mudas foram transplantadas em vasos contendo 2 litros de terra. As mudas foram avaliadas visualmente ao longo dos seis meses quanto a presença de sintomas de virose. Foram avaliadas por RY-PCR sete mudas da cv. Cingapura e três de Iaçara que apresentaram sintomas de virose como mosaico e redução do limbo foliar. Após seis meses foi feita a extração o ácido nucléico total da folha, seguida da realização da RT-PCR. Foi utilizado o par de primer específico para o CMV (CMV 1 (5' GCCGTAAGCTGGATGGACAA 3') e CMV 2 (5' TATGATAAGAAGCTTGTTTCGCG 3')). O produto da RT-PCR foi avaliado por eletroforese em gel de agarose 1% corado com GelRed e fotodocumentado. Seis mudas de Cingapura e três de Iaçara foram positivas para CMV. Diante do resultado recomenda-se a não utilização das sementes de pimenta-do-reino para formação de mudas. Palavras-chave: Pipier nigrum L., CMV, detecção Fomento: FINEP/CNPq
143 Cadeias de produção vegetal Potyvirus em patchouli no estado do Pará Potyvirus in patchouly in the State of Pará Alessandra de Jesus Boari, Embrapa Amazônia Oriental Evelyn Anly Ishikawa Hayashi, Univarsidade Federal da Amazônia Taise Pereira Carvalho, Universidade Federal da Amazônia Kenny Bonfim, Embrapa Amazônia Oriental Elliot Watanabe Kitajima, Depto Entomologia, Fitopatologia e Zoologia da ESALq
O patchouli (Pogostemon cablin Benth.), pertencente à família Lamiaceae, é uma planta medicinal e aromática muito utilizada para exploração de óleo essencial para perfumaria. Foram observadas plantas de patchouli com sintomas de mosaico e deformação foliar leve no horto de plantas medicinais da Embrapa Amazônia Oriental. Assim, visando à identificação do agente causal destes sintomas fez-se a purificação parcial seguido da extração do RNA viral, RT-PCR utilizando oligonucleotídeos PV1 e WCIEN específicos para o gênero Potyvirus, seqüênciamento parcial do seu genoma e observação de cortes ultrafinos do tecido foliar em microscopia eletrônica de transmissão (MET). Pelo MET foi detectada a presença de inclusões do tipo cataventos lamelares no citoplasma típicos de Potyvirus. Foram observadas partículas de Potyvirus a partir da purificação. A ocorrência de Potyvirus em patchouli foi confirmada por meio do RT-PCR. Por meio do sequenciamento genômico de parte da capa proteica e região não traduzida verificou-se a identidade nucleotídica de 66 e 68% com Soybean mosaic virus – SMV e Watermelon mosaic virus – WMV, respectivamente. Já a sequencia parcial de aminoácido da capa proteica a identidade de 90% com SMV. Sequenciamento de outra região genômica será necessária para identificação da espécie do potyvirus. Como o patchouli é uma espécie de propagação vegetativa será necessária a realização da limpeza clonal para obtenção de plantas livres de vírus. Palavras-chave: Pogostemon cablin Benth.; sequenciamento, virus Fomento: Embrapa Amazônia Oriental
144 Cadeias de produção vegetal Detecção e caracterização molecular de Begomovirus em feijão caupi no estado do Pará Molecular detection and characterization of Cowpea golden mosaic virus in cowpea in the state of Pará Alessandra de Jesus Boari, Embrapa Amazônia Oriental Evelyn Anly Ishikawa Hayashi, Universidade Federal da Amazônia Taise Pereira Carvalho, Universidade Federal da Amazônia Alessandra Keiko Nakasone Ishida, Embrapa Amazônia Oriental Kenny Bonfim, Embrapa Amazônia Oriental
O Pará se destaca como o maior estado produtor de feijão-caupi (Vigna unguiculata L.) na Amazônia Legal, sendo responsável por 37,6% da produção regional. Esta cultura tem grande importância sócio-econômica para pequenos produtores. Em lavoura no município de Capitão Poço-PA, observou-se alta incidência de plantas de caupi com mosaico dourado. Assim, este trabalho teve o objetivo de identificar o vírus que ocorre no caupi e compará-los com sequências genômicas com outros acessos disponíveis no banco de genes. Para isso realizou-se a extração do ácido nucléico total de folha infectada, Rollant Circle Amplification (RCA) e PCR. Para realizar o PCR foi utilizado o DNA proveniente do RCA diluído e os primers universais específicos para begomovirus (pALv1978 e pARc715) que amplificam fragmento de DNA correspondente a parte da ORF AC1 (Rep), a região comum e parte da ORF AV1 (CP). Após a realização da eletroforese o produto do PCR foi sequenciado. Foi observado o fragmento esperado de cerca de 1.300pb. A análise da sequência de 500 nucleotídeos do gene Rep e CP via Blastn e ClustalW mostrou 96% com o acesso (AF188708) denominado Cowpea golden mosaic virus (CGMV) e 85 a 89% com acessos de Bean golden mosaic virus (BGMV). Já a avaliação da CP mostrou 96% de identidade com CGMV e 83% com BGMV. Será necessário sequenciar todo o genoma deste begomovirus para definição da espécie. Este é o primeiro relato de Begomovirus infectando caupi no Pará. Apoio Financeiro: FINEP/CNPq. Palavras-chave: Vigna unguiculata; vírus sequenciamento
145 Fomento: Embrapa Amaz么nia Oriental
146 Cadeias de produção vegetal OCORRENCIA DA QUEIMA FOLIAR EM MUDAS DE DENDE CAUSADA POR Bipolaris sp Occurrence of leaf blight caused by Bipolaris sp. in oil palm nurseries in the State of Pará Taise Pereira Carvalho, Universidade Federal Rural da Amazônia Alessandra de Jesus Boari, Embrapa Amazônia Oriental Clenilda Bento Tolentino Silva, Embrapa Amazônia Oriental A cultura da palma de óleo tem se expandido no estado do Pará. Em viveiro do banco de germoplasma de palma de óleo da Embrapa Amazônia Oriental no estado do Pará foi observado alto índice plantas com queima foliar. A análise da sequencia de DNA tem sido utilizada para identificar e/ou auxiliar na identificação e caracterização de gêneros e espécies de fungos. Assim, objetivou-se identificar o agente causal da queima foliar de mudas de dendê via isolamento fúngico, extração de DNA, PCR e sequenciamento da região ITS. Para isso, tecidos de folhas de palma de óleo que apresentavam necrose foram plaqueados em meio ágarágua. Posteriormente, os fungos foram repicados para meio BDA e mantidos a temperatura ambiente. Após 10 dias foi feito a extração de DNA para realização do PCR utilizando os primers ITS4 e ITS5. Posteriormente, fez-se a limpeza do produto do PCR e o sequenciamento nucleotídico. No teste de postulado de Koch, mudas de dendê foram inoculadas por meio da deposição de discos da colônia fungica sobre as folhas previamente feridas e mantidas na câmara úmida. O produto do PCR sequenciado foi avaliado via programas Blast e ClustalW. Verificou-se que o isolado fúngico é Bipolaris sp., sendo que a árvore filogenética apresentou maior identidade com as espécies B. spicifera e B. papendorfii. O isolado foi patogênico às mudas de dendê. Palavras-chave: prospecção, Cochliobolus, Elaeis guineensis Jacq Fomento: FINEP/CNPq
147 Cadeias de produção vegetal LEVANTAMENTO FITOSSANITARIO EM PLANTIOS DE SOJA NA MICRORREGIÃO DE PARAGOMINAS, PARÁ. PHYTOSANITARY SURVEY OF SOYBEAN CROPS IN ZONE PARAGOMINAS, PARA STATE. JOSÉ DA COSTA BASTOS JUNIOR, AGENCIA DE DEFESA AGROPECUARIA DO ESTADO DO PARÁ MARIA ALICE ALVES THOMAZ LISBÔA, AGENCIA DE DEFESA AGROPECUARIA DO ESTADO DO PARÁ IVANI DO SOCORRO BENITO MALCHER, AGENCIA DE DEFESA AGROPECUARIA DO ESTADO DO PARÁ ADRA DAVID ANTONIO, AGENCIA DE DEFESA AGROPECUARIA DO ESTADO DO PARÁ JOYCE SOLANGE FERREIRA DE OLIVEIRA, UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZONIA EUDES DE ARRUDA CARVALHO, EMBRAPA AMAZONIA ORIENTAL O primeiro registro de produção de soja no Pará se deu na safra 1997/98, após os primeiros resultados de pesquisa na região. Na safra 2010/2011, a área cultivada na microrregião de Paragominas alcançou 63.148 ha. A soja, no entanto, pode ser acometida por inúmeros problemas fitossanitários que podem limitar sua exploração comercial, sendo imprescindível o monitoramento de pragas nos plantios. Este trabalho objetivou o levantamento fitossanitário dos plantios de soja da microrregião de Paragominas, na safra 2012/13. Equipes da ADEPARA inspecionaram 90 propriedades nos municípios de Paragominas, Ulianópolis, Dom Eliseu e Rondon do Pará. Foram realizadas amostragens de 20 plantas/ponto, sendo 5 pontos em área até 100 ha; 10 pontos de 101 a 500 ha; 15 pontos de 501 a 1000 ha; e 20 pontos em áreas uniformes de mais de 1000 ha. Foram constatadas as ocorrências de mosca branca (Bemisia tabaci raça b), falsa-medideira (Pseudoplusia includens) lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis), percevejo-marron (Euschistos heros) vaquinha (Diabrotica speciosa), lagarta-da-vagem (Spodoptera sp.), lagarta elasmo (Elasmopalpus lignosellus), antracnose (Colletotrichum dematium) e de mela (Rhizoctonia solani AG-1 IA). Não obstante, o maior problema fitossanitário foi a anomalia denominada “Soja Louca II (SL2)”, de etiologia não definida, observada em 23,33% das propriedades inspecionadas.
148 Palavras-chave: Inspeções de campo; pragas; soja. Fomento: MAPA/ADEPARÁ
149 Cadeias de produção vegetal FUNGICIDAS NA INIBIÇÃO DO CRESCIMENTO MICELIAL DE Thielaviopsis spp. ISOLADO DA PALMA DE ÓLEO. FUNGICIDES IN INHIBITING THE MYCELIAL GROWTH OF Thielaviopsis spp. ISOLATED FROM OIL PALM Silvia Mara Coelho do Nascimento, Universidade Federal Rural da Amazônia Eudes de Arruda Carvalho, Embrapa Amazônia Oriental Joseani Castro da Silva, Universidade Federal de Alagoas Juscelino Gonçalves Palheta, Universidade Federal Rural da Amazônia Joyce Solange Ferreira de Oliveira, Universidade Federal Rural da Amazônia Thaissa de Paula Farias dos Santos, Universidade Federal Rural da Amazônia A palma de óleo (Elaies sp.) é uma importante cultura para o estado do Pará e a área de cultivo encontra-se em franca expansão. Contudo, não há produtos registrados para o controle de doenças nesta cultura. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência de fungicidas na inibição do crescimento micelial de Thielaviopsis spp. isolado da palma de óleo. Avaliaram-se os fungicidas Tebuconazol+Trifloxystrobina (0,02 + 0,01%), Tebuconazol (0,02%), Ciproconazol+Azoxistrobina (0,008 + 0,02%), Mancozebe (0,3%) e Oxicloreto de Cobre (0,2352%) de i.a. Foi utilizado o método de incorporação do fungicida ao meio de cultura Batata-Dextrose-Ágar (BDA) para avaliação da inibição do crescimento micelial. O tratamento testemunha consistiu de disco de micélio cultivado em meio BDA, sem fungicidas. As placas foram incubadas à temperatura de 28 ± 2 ºC e fotoperíodo de 12 h, em delineamento inteiramente ao acaso, com 4 repetições. Após avaliações diárias, determinou-se o índice de velocidade de crescimento micelial (IVCM). Os dados foram submetidos ao teste de F a 5% e as médias comparadas pelo teste de Scott-Knott a 5%. Houve diferença significativa entre os tratamentos. Os fungicidas Tebuconazol+Trifloxystrobina, Tebuconazol, Ciproconazol+Azoxistrobina e Mancozebe inibiram em 100% o crescimento micelial de Thielaviopsis spp. O Oxicloreto de Cobre reduziu o IVCM do patógeno em 88,87%, diferindo estatisticamente da testemunha. Palavras-chave: Controle químico; Elaeis spp.; podridão de flechas.
150 Fomento: Embrapa Amaz么nia Oriental
151 Cadeias de produção vegetal INFLUÊNCIA DA PRESSÃO DO PATÓGENO NA RESISTÊNCIA DE CLONES DE Theobroma grandiflorum À VASSOURA DE BRUXA EFFECTS OF PRESSURE ON THE PATHOGEN RESISTANCE OF Theobroma grandiflorum CLONES TO WITCH´S BROOM DISEASE Rafael Moysés Alves, Embrapa Amazônia Oriental Odimar Ferreira de Almeida, Universidade Federal Rural da Amazônia Lilian Eduarda da Silva e Silva, Universidade Federal do Pará Hellen Oliveira de Oliveira, Universidade Federal Rural da Amazônia
O cupuaçuzeiro, Theobroma grandiflorum, é uma espécie alógama, perene, que tem a produção seriamente afetada pela vassoura de bruxa, causada pelo fungo Moniliophthora perniciosa. Este trabalho objetivou avaliar genótipos de cupuaçuzeiro em ambientes com diferentes pressões do patógeno. Três experimentos foram implantados em 2005 no município de Tomé Açu - PA, em áreas de produtores e na Base Física da Embrapa. A área do primeiro produtor era nova e isolada de outros plantios. No segundo produtor o experimento era circundado por um plantio de cupuaçuzeiro, no qual era empregada a poda fitossanitária para controle da doença. No experimento da Embrapa as plantas foram intercaladas com um antigo plantio, que se encontrava fortemente atacado, porém sem nenhum controle da doença. Foram utilizados 20 clones de cupuaçuzeiro, comuns aos três ensaios. As avaliações foram conduzidas no período de 2007 a 2013, sendo observado o número de ramas com vassoura de bruxa por planta como variável de resposta. Decorridos oito anos de campo, foi observado que, nas áreas dos produtores as taxas de infecção foram muito baixas, 10 e 15 %, respectivamente, enquanto no experimento onde existia forte pressão do patógeno, a taxa passou para 85%, havendo apenas 3 clones sem sintomas da doença. Esses resultados comprovam a necessidade de conjugar genótipos resistentes com outras práticas fitotecnias, como poda fitossanitária e/ou indução de resistência, para o controle integrado da vassoura de bruxa. Palavras-chave: Clones resistentes; Theobroma grandiflorum; vassoura de bruxa
152 Fomento: Embrapa
153 Cadeias de produção vegetal FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DE Deois incompleta (HEM., CERCOPIDAE) NO MUNICÍPIO DE MEDICILÂNDIA, PARÁ POPULATION FLUCTUATION OF Deois incompleta (HEM., CERCOPIDAE) IN THE MUNICIPALITY OF MEDICILÂNDIA, PARÁ STATE Rosa de Fátima Feliz Cavalcante, ADEPARA Jaime Edson Simon, ADEPARA Leandro C. da Silva, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e bolsistas PIBIC/CNPq da Embrapa Amazônia Oriental Mayara R. de Araújo, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e bolsistas PIBIC/CNPq da Embrapa Amazônia Oriental Walkymário de P. Lemos, Embrapa Amazônia Oriental
Objetivou-se avaliar a flutuação populacional de cigarrinha-das-pastagens, em Brachiaria brizantha cv. Marandu, e sua relação com as condições de pluviosidade no município de Medicilândia, onde foram realizadas amostragens de ninfas e adultos de cigarrinhas mensalmente, no período de abril de 2008 a junho de 2010. O levantamento populacional de ninfas foi feito com base na contagem do número de massas de espuma. Tal contagem foi realizada utilizando-se quadrado de ferro com 25 cm de lado, o qual foi arremessado, ao acaso, em vinte pontos da área. Para amostragem do número de adultos de cigarrinhas-das-pastagens empregouse rede entomológica tipo varredura. Tais amostragens foram conduzidas em 10 pontos bem distribuídos na área. Nesta pesquisa foi reportada apenas a ocorrência da espécie Deois incompleta Walker atacando as pastagens de Brachiaria brizantha cv. Marandu em Medicilândia. A maior ocorrência dessa espécie foi registrada nos períodos de maior precipitação pluviométrica (Dezembro a junho). No mês de janeiro de 2010 houve maior infestação de D. incompleta. É possível concluir que a pluviosidade contribui, significativamente, para aumento da população de D. incompleta em pastos de Brachiaria brizantha cv. Marandu na região da Transamazônica. Palavras-chave: Brachiaria brizantha cv. Marandu, Deois incompleta, Transamazônia.
154 Cadeias de produção vegetal ÓLEOS VEGETAIS INIBIDORES DO CRESCIMENTO MICELIAL DE Thielaviopsis spp. ISOLADO DA PALMA DE ÓLEO INHIBITORS VEGETABLE OILS OF MYCELIAL GROWTH OF Thielaviopsis spp. OIL PALM ISOLATES Silvia Mara Coelho do Nascimento, Universidade Federal Rural da Amazônia Eudes de Arruda Carvalho, Embrapa Amazônia Oriental Joseani Castro da Silva, Universidade Federal de Alagoas Juscelino Gonçalves Palheta, Universidade Federal Rural da Amazônia Joyce Solange Ferreira de Oliveira, Universidade Federal Rural da Amazônia Thaissa de Paula Farias dos Santos, Universidade Federal Rural da Amazônia Métodos de controle alternativo de doenças podem ser viáveis em sistemas agroecológicos e assumirem maior importância em cultivos convencionais na inexistência de produtos fitossanitários registrados, como é o caso da palma de óleo (Elaies sp.). Objetivou-se avaliar o efeito de óleos vegetais no crescimento micelial de Thielaviopsis spp. O experimento foi conduzido no Laboratório de Fitopatologia da Embrapa Amazônia Oriental. Avaliaram-se os óleos de hortelã (Mentha sp.), eucalipto (Eucaliptus spp.), mamona (Ricinus communis), andiroba (Carapa guianensis) e copaíba (Copaifera sp.) nas concentrações 1,5; 1,0; 5,0; 1,0 e 1,7%, respectivamente. Os tratamentos foram adicionados ao meio de cultura Batata-Dextrose-Ágar (BDA), vertido em placas de Petri. Discos de micélio de 6 mm de diâmetro foram repicados para o centro das placas de Petri. O tratamento testemunha consistiu de disco de micélio cultivado em meio BDA sem óleo. As placas foram incubadas à temperatura de 28 ± 2 ºC e fotoperíodo de 12 h, em delineamento inteiramente ao acaso, com 4 repetições. Avaliou-se o crescimento micelial diariamente e determinou-se o índice de velocidade de crescimento micelial (IVCM). Os dados foram submetidos ao teste de F a 5% e as médias comparadas pelo teste de Scott-Knott a 5%. Os óleos de hortelã 1% e eucalipto 1,5% inibiram completamente o crescimento micelial de Thielaviopsis spp. Os óleos de mamona, andiroba e copaíba reduziram o IVCM do fungo, diferindo estatisticamente da testemunha. Palavras-chave: Controle alternativo; Elaies sp.; podridão de flechas.
155 Fomento: Embrapa Amaz么nia Oriental
156 Cadeias de produção vegetal Defense actions and geographical delimitation of fruit-curculion Conotrachelus sp. (Coleoptera: Curculionidae) in Pará state, Brazil, Eastern Amazon. Ações de defesa e delimitação geográfica da broca dos frutos do cacau e do cupuaçu Conotrachelus sp. (Coleoptera: Curculionidae) no estado do Pará, Brasil, Amazônia Oriental. Ana Karen de Mendonça Neves Belfort, ADEPARÁ Mauro Antonio Cavaleiro de Macedo Rodrigues, CEPLAC Milton Cunha Leite, MAPA
O gênero Conotrachelus com mais 400 espécies descritas é de ocorrência neotropical e neoártica. No Brasil são contabilizadas aproximadamente 70 espécies. Entre as espécies do gênero algumas causam grandes prejuízos para a agricultura, entre elas C. nenuphar, praga da ameixa nos Estados Unidos, C. psidi, praga da goiabeira e C. humeropictus, praga do cacau e cupuaçu na Amazônia. No Pará a ocorrência do gênero foi registrada em plantio de Cupuaçu (Theobroma grandiflorum) no ano de 2011. A presença da praga no estado é extremamente preocupante por ser o Pará o segundo maior produtor nacional de cacau e o primeiro de cupuaçu. O presente trabalho tem por objetivo descrever as ações de inspeções realizadas pela Agência de Defesa Agropecuária do estado do ParáADEPARÁ. Após o registro do inseto no território paraense, foi Criado pela portaria conjunta SFA/ADEPARA 75/2011, o Grupo Estadual de Emergência Fitossanitária, para adoção de medidas técnicas específicas necessárias para prevenção, controle e erradicação da praga broca do cupuaçu e do cacau e a portaria conjunta SFA/ADEPARÁ 182/2012, que restringe o trânsito de frutos in natura de cacau e cupuaçu dos municípios com a ocorrência da praga sendo Santarém, Belterra, Aveiro e Mojuí dos Campos, para as áreas indenes do estado. Também foram realizadas quase 650 inspeções em lavouras de cupuaçu e cacau em todo o estado do Pará nos anos de 2011, 2012 e 2013, resultando na identificação de 82 focos. Atualmente estão sendo desenvolvidas ações de pesquisa, monitoramento e educação fitossanitária, que visam mitigar o avanço, conscientizar os produtores para os danos da praga na lavoura. Evitando-se principalmente a dispersão para áreas de produção intensiva de cacau.
157 Palavras-chave: Avanço, ações mitigadoras e inspeção fitossanitária. Fomento: ADEPARÁ e MAPA
158 Cadeias de produção vegetal INCIDÊNCIA DE Toxoptera citricida (KIRKALDY) EM POMARES CÍTRICOS NO ESTADO DO PARÁ Incidence of Toxoptera citricida (Kirkaldy) in citrus orchards in Para State Aloyséia Cristina da Silva Noronha, Embrapa Amazônia Oriental Alessandra Keiko Nakasone Ishida, Embrapa Amazônia Oriental Clécio Leandro G. Mendonça, 2Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará
Dentre as pragas que ocorrem nos citros destaca-se o pulgão-preto, Toxoptera citricida (Kirkaldy) (Hemiptera: Aphididae). O inseto causa danos diretos pela sucção contínua de seiva com o enrolamento de brotações e folhas novas, além do potencial para transmissão de agentes causadores de doenças. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a incidência do pulgão-preto em dois pomares cítricos, variedade Pêra, cultivados no sistema convencional, nos municípios de Castanhal e Capitão Poço-PA. O monitoramento foi realizado quinzenalmente no período de junho/2011 a agosto/2013. A incidência di inseto foi avaliada em 20 plantas selecionadas ao acaso e previamente marcadas. Durante o período avaliado T. citricida esteve presente nas duas áreas. Em Castanhal o inseto foi observado em todas as avaliações com incidência média de 32,88%, enquanto em Capitão Poço a incidência média foi de 32,09%. Menor incidência do inseto nas duas áreas ocorreu no período de setembro a dezembro de 2011 e 2012. Foi observada a presença de larvas de Pseudodorus clavatus (Fabricius) (Diptera: Syrphidae) predando pulgões. Palavras-chave: Citrus, predador, pulgão-preto Fomento: Embrapa, Adepará
159 Cadeias de produção vegetal MONITORAMENTO DA FERRUGEM ASIÁTICA DA SOJA NO ESTADO DO PARÁ MONITORING OF SOYBEAN RUST IN PARA STATE MARIA ALICE ALVES THOMAZ LISBÔA, AGENCIA DE DEFESA AGROPECUARIA DO ESTADO DO PARÁ JOYCE SOLANGE FERREIRA DE OLIVEIRA, UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZONIA RAIMUNDO DE MATOS SILVA, AGENCIA DE DEFESA AGROPECUARIA DO ESTADO DO PARÁ JORGE LUIS CARVALHO SILVA, AGENCIA DE DEFESA AGROPECUARIA DO ESTADO DO PARÁ SUELEM MOREIRA RIBEIRO, AGENCIA DE DEFESA AGROPECUARIA DO ESTADO DO PARÁ EUDES DE ARRUDA CARVALHO, EMBRAPA AMAZÔNIA ORIENTAL A ferrugem asiática da soja (FAS), cujo agente etiológico é o fungo Phakopsora pachyrhizi (Sydow & P. Sydow), é a mais importante doença foliar da cultura. Esta doença ocorre de forma sazonal no estado do Pará e, em alguns casos, apenas em caráter endêmico, principalmente devido ao vazio sanitário, controle químico de outras doenças e condições de ambiente. Contudo, há a necessidade do monitoramento constante devido ao elevado potencial destrutivo da FAS. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo monitorar a ferrugem asiática da soja no estado do Pará durante a safra 2012/13. Equipes de campo inspecionaram 337 propriedades rurais nos três pólos produtores de soja do estado: no Pólo Nordeste, Pólo Oeste e Pólo Sul. Foram inspecionadas 20 plantas/ponto, sendo 5 pontos de amostragem em área até 100 ha; 10 pontos de 101 a 500 ha; 15 pontos de 501 a 1000 ha; e 20 pontos em área uniformes de mais de 1000 ha. Foram realizadas avaliações em campo para diagnose visual e/ou testes com kit para diagnose. A ferrugem asiática foi diagnosticada em plantas de soja cultivadas no Pólo Oeste, nas coordenadas S 02º 40’ 40,8” W 059º 47’ 041”. Nesta safra a FAS foi confirmada com o kit para diagnose, no município de Mojuí dos Campos. Não houve registro da doença no Pólo Nordeste e no Pólo Sul do estado. Palavras-chave: Inspeções de campo; Phakopsora pachyrhizi; vazio sanitário.
160 Fomento: MAPA/ADEPARA
161 Cadeias de produção vegetal Curvularia spp. ASSOCIADO À VINCA NO ESTADO DO PARÁ Curvularia spp. ASSOCIATED WITH Catharanthus roseus IN PARA STATE Thaissa de Paula Farias dos Santos, Universidade Federal Rural da Amazônia Eudes de Arruda Carvalho, Embrapa Amazônia Oriental Ruth Linda Benchimol, Embrapa Amazônia Oriental
A Vinca (Catharanthus roseus L.) além de planta ornamental, é reconhecida pela sua importância econômica e/ou medicinal devido à presença de metabólitos secundários em seu látex. O objetivo deste trabalho foi relatar a associação de Curvularia spp. em Catharanthus roseus no estado do Pará. Amostras de folhas sintomáticas foram coletadas em canteiro ornamental na Embrapa Amazônia Oriental e encaminhadas ao Laboratório de Fitopatologia. Procedeu-se o isolamento indireto a partir de manchas foliares, em placas de Petri contendo meio de cultura ágar-água a 20%. As placas foram mantidas em câmara de crescimento tipo “Biological Oxygen Demand” (BOD) à temperatura de 28 ± 2 ºC e fotoperíodo de 12h. Após 3 dias, discos de micélio de 5mm de diâmetro foram repicados para o centro de placas de Petri contendo meio de cultura Batata-Dextrose-Àgar (BDA). Observou-se o crescimento micelial de coloração escura, com esporulação abundante após 10 dias de incubação. Foram confeccionadas lâminas para microscopia de luz e realizadas análises morfológica do fungo. As características da colôniade conidióforos e de conídios permitiram sua classificação como Curvularia spp. Palavras-chave: Catharanthus roseus, mancha foliar, doenças de ornamentais
162 Cadeias de produção vegetal COMPORTAMENTO DE PROGÊNIES DE CUPUAÇUZEIRO NO NORDESTE PARAENSE – SELEÇÃO PARA RESISTÊNCIA À Moniliophthora perniciosa PERFORMANCE OF CUPUASSU PROGENIES IN THE PARA STATE NORTHEAST SELECTION FOR RESISTANCE Moniliophthora pernicious Odimar Ferreira de Almeida, Universidade Federal Rural da Amazônia Rafael Moysés Alves, Embrapa Amazônia Oriental Lilian Eduarda da Silva e Silva, Universidade Federal do Pará José Raimundo Quadros Fernandes, Embrapa Amazônia Oriental
O Nordeste paraense oferece condições edafoclimáticas propicias para o desenvolvimento da cultura do cupuaçuzeiro. Entretanto há necessidade de desenvolver variedades adaptadas a essa região. Este trabalho teve por objetivo avaliar e selecionar progênies de irmãos completos de cupuaçuzeiro, quanto à resistência a M. perniciosa, para serem utilizadas no programa de melhoramento genético. O experimento foi instalado em uma propriedade produtora de cupuaçu, no município de S. Francisco do Pará. Era composto por 20 progênies de irmãos completos, no delineamento de blocos casualizados, com cinco repetições e três plantas na parcela. As avaliações foram conduzidas anualmente, no período de 2007 a 2013, sendo observado o número de ramas com vassoura de bruxa por planta como variável de resposta. Nos primeiros anos de avaliação, a taxa de infecção foi muito baixa, porém, na avaliação de 2012, 10% das plantas já apresentavam sintomas da doença, evoluindo para 20% na última avaliação. Em 2007 nenhuma progênie foi afetada. Nas cinco avaliações subsequentes 1, 3, 6, 14 e 15 progênies respectivamente, apresentavam pelo menos uma planta doente. Apenas uma progênie (progênie 28) manteve-se assintomática durante todas as avaliações. Quatro progênies (21, 23, 29 e 53) tiveram baixa taxa de doença ao longo das avaliações. Estas cinco progênies deverão compor ensaios de larga escala, antes da recomendação final aos produtores. Palavras-chave: progênies; Theobroma grandiflorum; vassoura de bruxa Fomento: Embrapa
163 Cadeias de produção vegetal AVALIAÇÃO E SELEÇÃO DE PROGÊNIES HÍBRIDAS DE CUPUAÇUZEIRO QUANTO À RESISTÊNCIA À Moniliophthora perniciosa EVALUATION AND SELECTION OF CUPUASSU HYBRID PROGENIES FOR RESISTANCE TO Moniliophthora pernicious Odimar Ferreira de Almeida, Universidade Federal Rural da Amazônia Rafael Moysés Alves, Embrapa Amazônia Oriental Lilian Eduarda da Silva e Silva, Universidade Federal do Pará José Raimundo Quadros Fernandes, Embrapa Amazônia Oriental
A hibridação entre genótipos contrastantes para características de alta produção de frutos e resistência às doenças é uma prática rotineira no programa de melhoramento do cupuaçuzeiro. A etapa seguinte é tentar identificar as plantas que agregaram as características dispersas nos parentais. Este trabalho teve por objetivo avaliar e selecionar progênies de irmãos completos de cupuaçuzeiro, quanto à resistência a M. perniciosa, para serem utilizadas no programa de melhoramento genético. Foram instalados três experimentos, em rede, no município de Tomé Açu. Cada experimento contou com 25 progênies de irmãos completos, no delineamento de blocos casualizados, com cinco repetições e três plantas na parcela. As avaliações foram conduzidas anualmente, no período de 2007 a 2013, sendo observado o número de ramas com vassoura de bruxa por planta como variável de resposta. Nos dois primeiros experimentos os percentuais de plantas atacadas não superam 4%, enquanto no outro ensaio chegam a 12%. Neste ambiente somente quatro progênies (16%) mantêm todas as plantas sem sintomas da doença, em contraste com os outros dois experimentos com 52 e 68% das progênies preservadas. As progênies 5, 11 e 19 mantiveram estabilidade nos três experimentos, sem apresentarem nenhuma planta com sintoma da doença. Também as progênies 21, 28 e 37 tiveram baixa taxa de infecção. Essas seis progênies deverão ser avaliadas em ensaios de larga escala, antes de serem recomendadas aos produtores. Palavras-chave: progênies; Theobroma grandiflorum; vassoura de bruxa
164 Fomento: Embrapa
165 Cadeias de produção vegetal OCORRENCIA DA QUEIMA FOLIAR CAUSADA POR Phomopsis sp. EM ARIÁ NO ESTADO DO PARÁ Occurrence of leaf blight caused by Phomopsis sp. on ariá in Pará State Taise Pereira Carvalho, Universidade Federal Rural da Amazonia Alessandra de Jesus Boari, Embrapa Amazônia Oriental Clenilda Bento Tolentino Silva, Embrapa Amazônia Oriental
Originária da América Central, a raiz da hortaliça Ariá (Calathea allouia Lindl.) é consumida na região Norte do Brasil. Em um plantio no município de Moju-PA foram observadas plantas com queima das folhas. A queima do limbo foliar se inicia da borda para dentro da folha, sendo comum o aparecimento do encharcamento do limbo foliar. Inicialmente fez-se o isolamento utilizando o meio ágar-água, seguido da multiplicação do isolado fúngico em meio BDA. Foram isolados os fungos Pestalotiopsis sp. e Phomopsis sp. Para realização do Postulado de Koch, cultivou-se o isolado em BDA durante 30 dias. Os picnídios de Phomopsis sp. obtidos das placas de BDA foram macerados e depositados sobre folha de plantas de ariá previaente feridas, e mantidas em câmara úmida. Enquanto que discos da colônia de Pestalotiopsis sp. foram depositados sobre as folhas previamente feridas e mantidas em câmara úmida. Após 20 dias observou-se a necrose das folhas inoculadas com Phomopsis sp., inclusive na borda das folhas. Foi feito o reisolamento do fungo e observou-se o Phomopsis sp.. Fez-se a extração do ácido nucleico, PCR usando os primers ITS4 e ITS5 seguido do sequenciamento. Comparando a sequencia com os acesso disponíveis no GenBank verificou-se que se trata do Phomopsis sp. Novos genes serão sequenciados para identificação da espécie do fungo. Palavras-chave: Calathea allouia Lindl.), sequenciamento, fungo Fomento: FINEP/CNPq
166 Cadeias de produção vegetal EPIDEMIA DE MANCHA FOLIAR EM VIVEIRO DE PALMA DE ÓLEO NO ESTADO DO PARÁ. EPIDEMICS OF SPOT FOLIAR IN NURSEY’S OIL PALM IN PARA STATE. Joyce Solange Ferreira de Oliveira, Universidade Federal Rural da Amazônia Eudes de Arruda Carvalho, Embrapa Amazônia Oriental Valéria Dias da Conceição, Universidade Federal Rural da Amazônia Ângela Maria de Sousa, Universidade Federal Rural da Amazônia Rosa Conceição dos Santos, Universidade Federal Rural da Amazõnia Rui Alberto Gomes Junior, Embrapa Amazônia Oriental A Embrapa Amazônia Oriental conduziu nos anos de 2012 e 2013 viveiros de palma de óleo (Elaies guineensis) de famílias tipo Dura Deli, que deverão servir como progenitores femininos em campos de produção de sementes. Mudas nestes estádios apresentam-se vulneráveis ao acometimento de diversos patógenos. Sendo assim, objetivou-se relatar epidemias de mancha foliar em viveiro de palma de óleo no Estado do Pará. Amostras de folhas sintomáticas foram coletadas em ambos os anos e encaminhadas ao Laboratório de Fitopatologia. Procederam-se análises em microscópios estereoscópico e de luz e verificou-se intensa esporulação do patógeno. Realizou-se o isolamento indireto a partir de lesões foliares em placas de Petri com meio de cultura ágar-água a 20%. As placas foram incubadas à temperatura de 28 ± 2 ºC e fotoperíodo de 12 h. Após 3 dias, discos de micélios de 5 mm de diâmetro foram repicados para o centro de placas de Petri de 90 mm contendo meio de cultura Batata-Dextrose-Ágar (BDA). Observou-se crescimento micelial aveludado, negro e brilhante na superfície da colônia, após 7 dias de incubação. Foram confeccionadas lâminas para microscopia de luz e ratificou-se a associação da fase anamórfica (Curvularia spp.) do fungo Cochliobolus. O isolado foi preservado para estudos adicionais. Em ambos os anos, a doença atingiu caráter epidêmico a partir do mês de maio, ocorreu de forma generalizada em toda a área do viveiro, em mudas com idade superior a 3 meses cultivadas sem irrigação. Palavras-chave: Doenças fúngicas; Elaeis guineensis; Curvularia spp.
167 Fomento: CNPq
168 Cadeias de produção vegetal Diagnóstico educativo aplicado aos caminhoneiros que trafegam nas barreiras sanitárias do Estado da Bahia: conhecimento e práticas quanto ao controle legislativo das pragas da bananeira de importância quarentenária Educational diagnosis applied to truck drivers who drive on the Sanitary Barriers in the state of Bahia: knowledge and practice regarding the legal control of plagues on the banana tree of quarantine importance CARMEN LUIZA MELO LIMA, AGÊNCIA ESTADUAL DE DEFESA AGROPECUÁRIA ADAB CATARINA COTRIM DE MATTOS SOBRINHO, AGÊNCIA ESTADUAL DE DEFESA AGROPECUÁRIA - ADAB
A bananicultura é uma das principais atividades agrícolas do país e o estado da Bahia é o segundo maior produtor nacional. Para garantir a produção, comercialização e consumo de banana é imprescindível o controle das pragas quarentenárias A-2, especialmente a Sigatoka-negra (Mycosphaerella fijiensis) e o moko da bananeira ( Ralstonia solanacearum, raça 2). A Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia vem realizando fiscalização do trânsito de produtos agropecuários, através das barreiras zoofitossanitárias, fixas e móveis, visando prevenir o ingresso dessas pragas no estado e conta com o respaldo da legislação fitossanitária federal e estadual vigente. O objetivo deste trabalho foi levantar a conduta dos caminhoneiros quanto ao controle legislativo das pragas da bananeira de importância quarentenária para a Bahia. Foram selecionadas três barreiras sanitárias do estado e realizado um diagnóstico educativo, onde os caminhoneiros foram entrevistados por um fiscal através de um questionário contendo 16 questões. Os resultados demonstram que estes caminhoneiros são homens jovens com idade entre 26 e 35 anos, com nível de escolaridade fundamental I, desconhecem a praga quarentenária moko da bananeira, as vias de disseminação das pragas Sigatoka-negra e moko, e o controle legislativo aplicado a ambas. Assim há necessidade da implantação de um projeto educativo sanitário junto a este público, visando conscientizá-los sobre os aspectos legislativos do controle e a importância de manter o território baiano livre destas pragas quarentenárias.
169 Palavras-chave: Musa spp., Pragas Quarentenรกrias A-2, Barreiras Fitossanitรกrias, Caminhoneiros
170 Cadeias de produção vegetal INCIDÊNCIA DA BACTERIOSE EM PLANTIOS DE MANDIOCA NO ESTADO DO PARÁ Incidence of bacterial blight in cassava plantation in Pará State Crislayne Azevedo, Almeida Alessandra Keiko Nakasone, Ishida Clenilda Tolentino Bento, Silva Aloyséia Cristina da Silva, Noronha Alessandra de Jesus, Boari Elisa Ferreira Moura, Cunha O presente trabalho teve como objetivo avaliar a incidência da bacteriose (Xanthomonas axonopodis pv. manihotis) em plantios de mandioca nos municípios de Castanhal, Terra Alta e Igarapé-Açu, PA. O levantamento da doença foi realizado no período de abril a agosto de 2013 em 19 áreas produtoras de mandioca. A incidência foi avaliada com base na sintomatologia da doença. Amostras de folhas com sintomas característicos foram coletadas, identificadas e levadas ao Laboratório de Fitopatologia da Embrapa Amazônia Oriental, onde foram realizados os testes de exsudação, isolamento do patógeno, teste de patogenicidade e PCR com primers específicos para X. axonopodis pv. manihotis. A bacteriose foi detectada em 47,37% das áreas visitadas, todas no município de Castanhal. Na técnica de PCR, os isolados de X. axonopodis pv. manihotis obtidos amplificaram fragmentos de DNA de 900 pb. A bacteriose está presente no município de Castanhal, constatando-se apenas os sintomas secundários da doença. Palavras-chave: Manihot esculenta, Xanthomonas axonopodis pv. manihotis Fomento: Embrapa
171 Cadeias de produção vegetal Brevipalpus phoenicis E PREDADORES PHYTOSEIIDAE EM CITROS NO ESTADO DO PARÁ Brevipalpus phoenicis AND PHYTOSEIIDAE MITES IN ORANGE ORCHARD IN PARA STATE Aloyséia Cristina da Silva Noronha, Embrapa Amazônia Oriental Alessandra Keiko Nakasone Ishida, Embrapa Amazônia Oriental Clécio Leandro Gomes de Mendonça, ADEPARÁ Josielma Monteiro de Oliveira, UFRA Camila Tavares Ferreira, UFRA
O município de Capitão Poço, localizado na mesorregião do Nordeste Paraense, se destaca como um dos principais produtores de laranja. Considerando a ocorrência da leprose dos citros (CiLV) bem como a presença do ácaro vetor Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Tenuipalpidae) nesse município, foi realizado o monitoramento de B. phoenicis e de predadores Phytoseiidae em pomares comerciais. Amostragens quinzenais foram realizadas em dois pomares de laranja, cultivos orgânico (com presença de leprose) e convencional (sem a presença de leprose), variedade ‘Pêra Rio’, no período de junho de 2011 a junho de 2013. Foram coletadas quatro folhas por planta, em vinte plantas por pomar. Em laboratório, os ácaros foram coletados, acondicionados em álcool 70%, montados em meio de Hoyer e identificados com auxílio de microscópio óptico e chaves específicas. Espécimes de B. phoenicis, em todas as fases de desenvolvimento, foram observados nos dois pomares. Foram coletados 89 ácaros Phytoseiidae (larvas, ninfas e adultos) pertencentes às espécies Amblydromalus sp., Amblydromalus peregrinus (Muma, 1955), Amblyseius sp., Amblyseius aerialis (Muma, 1955) e Iphiseoides zuluagai Denmark & Muma, 1972, com predominância das duas últimas espécies. A atuação dos fitoseídeos no controle B. phoenicis deve ser considerada, visto que no pomar em sistema orgânico a ocorrência da leprose é relevante dada à restrição do uso de inseticidas/acaricidas. Palavras-chave: Citrus, controle biológico, leprose Fomento: Embrapa, ADEPARÁ
172 Cadeias de produção vegetal Estudo descritivo dos resultados do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes - PNCRC – Vegetal do MAPA para as culturas agrícolas de Maça e Mamão nos anos-safra correspondentes ao período de 2006 a 2012 Descriptive study of results of National Plan for Control of Residues and Contaminants – PNCRC/ Plant of Ministry of Agriculture, Livestock and Food Supply – MAPA of Apple and Papaya on crop year 2006 to 2012 Karina Roberta Reis de Souza, MAPA Marcelo Cláudio Pereira, MAPA Leandro Diamantino Feijó, MAPA Aline Maria Souza Silva, MAPA
O Brasil destaca-se como um dos maiores produtores mundiais de frutas, passando nos últimos anos da condição de importador para auto-suficiente e exportador de mamão e maçã. Em 2006, o Brasil iniciou um programa de monitoramento dessas culturas e no ano de 2008, por intermédio da Instrução Normativa SDA N.º 42, de 31 de dezembro de 2008, foi oficializado O Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes em Produtos de Origem Vegetal, que estendeu o escopo sob monitoramento e o número de resíduos e contaminantes pesquisados. As amostras de maçã e mamão, monitoradas pelo PNCRC no período de 2006 a 2012, foram coletadas de acordo com as recomendações do Codex Alimentarius e as análises realizadas pela Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários, que é constituída pelos laboratórios oficiais do Ministério da Agricultura e pelos laboratórios públicos e privados credenciados. Neste período, foram analisadas 1050 amostras de maçã. Dessas, 1003 apresentaram-se conformes e 47 não-conformes. Igualmente, foram analisadas 910 amostras de mamão. Dessas, 843 conformes e 67 não-conformes. Em ambas as culturas, a maior parte das violações é devida ao uso de praguicidas não registrados no Brasil. Na cultura de maçã, 86,8 % das amostras não-confome são devidos ao uso de produtos sem registro, e na cultura de mamão este número é de 64,0%. Portanto, podemos inferir que o uso de praguicidas nas culturas e período mencionados apresenta baixo risco associado ao consumo. Pois, apenas 4,5% e 7,5% das amostras analisadas apresentaram-se violadas. E, ainda assim, a maioria das violações ocorreu devido ao uso de produtos não registrados, ou seja,
173 produtos para os quais o limite de tolerância é igual ao limite de desempenho do método analítico. Palavras-chave: Resíduos, Agrotóxicos, MAPA Fomento: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA
174 Cadeias de produção vegetal Estruturação de um Sistema de Informação Geográfica para Olericultura, JiParaná - RO. Estruturação de um Sistema de Informação Geográfica para Olericultura, Ji-Paraná - RO. Structuring a Geographic Information System for Olericulture, Ji-Paraná - RO. Vanessa Rolim Vieira, IDARON Alex Mota dos Santos, UNIR
O estudo apresenta um Sistema de Informação Geográfica (SIG) das olericulturas identificadas do município de Ji-Paraná, Estado de Rondônia, Amazônica Ocidental. A partir da estruturação do SIG realizaram-se análises espaciais de localização, padrão de distribuição e densidade. O procedimento metodológico consistiu-se em modelagem do Banco de Dados (BD) gerenciado pelo PostgreSQL com extensão PostGIS a partir de variáveis obtidas por um Boletim de Informação Cadastral (BIC) aplicado aos olericultores e obtenção de coordenadas geográficas por um sistema de navegação por satélite. Realizou-se ainda o Processamento Digital de Imagens (PDI) e para análise estatística espacial aplicou-se o Estimador de Densidade por Kernel. Como principais resultados destaca-se o fato de que o SIG tornou rápido e fácil a busca por dados e informações sobre as olericulturas estudadas, caracterizado como uma fonte primária e inesgotável. Os mapeamentos temáticos possibilitaram estabelecer diversos cenários que permitiram análises espaciais que comprovaram diversas dependências espaciais, das quais se destacam a dependência em relação à malha viária pavimentada, drenagens e áreas mais densamente povoadas. Identificou-se que 76% das olericulturas fazem uso de algum produto agrotóxico, que não possuem hábitos adequados de acondicionamento das embalagens dos defensivos agrícolas e que 73% dos olericultores não recebem assistência técnica. Recomenda-se o uso da base digital para o planejamento de políticas públicas e por órgãos estaduais nas áreas ambientais, de assistência técnica e de defesa agropecuária vegetal. Palavras-chave: Banco de Dados, análises espaciais, impactos socioambientais
175 Cadeias de produção vegetal Flutuação Populacional de Diaphorina citri Kuwayama (Hemiptera: Liviidae) e Monitoramento da Invasão de Candidatus Liberibacter spp. na Chapada Diamantina, Bahia Population fluctuation of Diaphorina citri Kuwayama (Hemiptera: Liviidae) and Monitoring of Candidatus Liberibacter spp. Intrusion Chapada Diamantina, Bahia ANTONIO CAMPOS LOPES, ADAB SUELY XAVIER DE BRITO SILVA, ADAB ANTONIO SOUZA DO NASCIMENTO, EMBRAPA RICARDO LOPES DE MELO, FAMAM / IF BAIANO CRISTIANE J BARBOSA, EMBRAPA LUCIANO DOS SANTOS LIMA, ADAB Huanglongbing dos citros (HLB) ocasionada pela bactéria Candidatus Liberibacter spp.é considerada a praga mais severa da citricultura mundial, em razão dos danos econômicos, da inexistência de tratamento curativo, e de sua rápida disseminação pelos pomares, afetando todas as variedades de citros. O HLB possui um vetor o psilídeo, o Diaphorina citri, que se apresenta amplamente distribuído por todo Brasil. O objetivo do trabalho foi estudar a flutuação populacional de D. citri e monitorar a invasão da bactéria na Chapada Diamantina. O trabalho se iniciou em fevereiro de 2011 com o acompanhamento quinzenal da flutuação populacional do inseto através da contagem de insetos capturados em armadilhas adesivas de cor amarela, instaladas em pomares localizados nos municípios de Bonito, Iaçu, Itaberaba, Lençóis, e Seabra. As armadilhas foram acondicionadas em caixilhos de madeira e encaminhadas ao Centro de Laboratórios da Agropecuária (CLA/EBDA). Foram também realizadas coletas quinzenais do inseto adulto com aspirador bucal, formando amostra composta com no mínimo 8 psilídeos, os quais foram acondicionados em ependoffs contendo álcool a 70%, identificando o local de captura e encaminhados ao laboratório de virologia da EMBRAPA/CNPMF. O índice Psilídeo Armadilha Mês (PAM) foi utilizado para determinar a densidade populacional de D. citri. Os dados revelaram a existência de D. citri em todos os municípios monitorados. Verificou-se maior densidade populacional nos municípios de Seabra e Lençóis, com 648 e 424 psilídeos capturados no período de 30 meses, com pico populacional observado no mês de fevereiro de 2013, que apresentaram
176 os maiores índices PAM, de 19,8 e 38,5, após precipitações totais no mês de janeiro de 2013 de 113,2mm e 255,4mm, respectivamente. Possivelmente em razão de uma grande quantidade de novas brotações e pela presença do hospedeiro preferencial, Murraya exótica (murtas). Não foi constatada a presença da bactéria causadora do HLB nos municípios monitorados. Palavras-chave: ameaça fitossanitária, huanglongbing, índice PAM
177 Cadeias de produção vegetal INCIDÊNCIA DA MANCHA AUREOLADA EM POMARES CÍTRICOS NO ESTADO DO PARÁ. Incidence of aleorate leaf spot in citrus orchards in Para State Alessandra Keiko Nakasone Ishida, Embrapa Amazônia Oriental Aloyséia Cristina da Silva Noronha, Embrapa Amazônia Oriental Clécio Leandro G. Mendonça, Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará Kenny Bonfim, Embrapa Amazônia Oriental Luana Cardoso de Oliveira, Universidade Federal do Pará Daniellen Costa Protazio, Universidade Federal Rural da Amazônia A mancha aureolada dos citros (Thanatephorus cucumeris) ocorre principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Nas folhas ocorrem lesões necróticas em anéis concêntricos e formação de um halo clorótico ao redor das lesões, ocorrendo intensa desfolha com a evolução dos sintomas, principalmente no período chuvoso. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a incidência da mancha aureolada em pomares cítricos cultivados nos sistemas convencional e orgânico nos municípios de Castanhal e Capitão Poço-PA. O monitoramento da doença foi realizado em um pomar localizado no município de Castanhal (cultivo convencional) e dois pomares no município de Capitão Poço (cultivo convencional e orgânico) com frequência quinzenal no período de junho/2011 a agosto/2013. A incidência foi avaliada com base na sintomatologia em 20 plantas selecionadas ao acaso e previamente marcadas. Durante o período avaliado, a mancha aureolada esteve presente em todas as áreas, com incidência média no cultivo orgânico de 76,92% e nos cultivos convencionais de 81,77% e 90,16% em Castanhal e Capitão Poço, respectivamente. Palavras-chave: Citrus, Thanatephorus cucumeris, cultivo orgânico Fomento: Embrapa
178 Cadeias de produção vegetal Diagnóstico de Wheat streak mosaic virus através de PCR em Tempo Real utilizando corante fluorescente SYBR-Green Wheat streak mosaic virus diagnosis through a SYBR-Green real time PCR test Thais Pereira Martins, Embrapa Recursos Geneticos e Biotecnologia Douglas Lau, Embrapa Trigo Graciela Truol, INTA - IPAVE Marcio Martinello Sanches, Embrapa Recursos Geneticos e Biotecnologia
O WSMV é transmitido pelo ácaro Aceria tosichella e está amplamente distribuído em regiões agrícolas do mundo causando danos de rendimento. Este patossistema vem sendo monitorado no Brasil, pois o vírus e o vetor estão presentes na Argentina e o vetor foi relatado no Brasil em 2006. A expansão da área de ocorrência do vetor gerou preocupações com o estabelecimento desse vírus no país. A PCR em tempo real (qPCR) é cada vez mais adotada em diagnósticos, porém para o WSMV existem apenas relatos de ensaios utilizando sondas Taqman, consideradas de custo relativamente caro. Devido a importância do monitoramento e a necessidade de aumentar a velocidade e a sensibilidade da análise, foram desenvolvidos ensaios de qPCR utilizando o corante fluorescente SYBR-Green. O par de primers utilizados, Sb104 e Sb105, são os mesmos da PCR convencional e amplificam uma região da proteína capsidial (CP) do vírus. Foram utilizados plasmídeos com o gene da CP de dois isolados coletados em Passo Fundo – Rio Grande do Sul e cDNAs de amostras de trigos sadios preparados com MMLVtranscriptase reversa (Invitrogen). A qPCR foi realizada com o kit SYBR Green Master Mix numa plataforma Rotor Gene 5plex HRM (Qiagen). Os plasmídeos com o gene da CP de isolados de WSMV foram eficientemente amplificados pelo método. Os cDNAs de trigos sadios não apresentaram amplificação. A análise da curva de melting mostrou presença de apenas um pico para os dois isolados. Palavras-chave: qPCR, trigo, WSMV, Aceria tosichella Fomento: Embrapa
179 Cadeias de produção vegetal Identificação Molecular da Praga Quarentenária para o Brasil, Bactrocera carambolae (Diptera: Tephritidae) Molecular Identification of the Quarantine Pest for Brazil, Bactrocera carambolae (Diptera: Tephritidae) Marcelo Lopes da Silva, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Fabrício Couto Mota, Universidade de Brasília Larissa Maria da Silva, Universidade Católica de Brasília Pollyana Cardoso, Universidade Católica de Goiás/IFAR
A comercialização e o intercâmbio de produtos agrícolas para os mais variados fins são desafios para segurança do agronegócio, devido à possibilidade de dispersão das pragas quarentenárias. Minimizar os riscos da introdução e disseminação de pragas quarentenárias é essencial para agregar valor aos produtos agrícolas e garantir a competitividade e a sustentabilidade do agronegócio brasileiro. As moscas-das-frutas são pragas que representam sérias ameaças a fruticultura mundial. No Brasil, a espécie Bactrocera carambolae é uma praga quarentenária de distribuição restrita e sob controle oficial. O desenvolvimento de técnicas que possibilitem a rápida identificação de B. carambolae torna-se fundamental para garantir a detecção preventiva da praga. A utilização de métodos moleculares permite a identificação rápida e acurada da fase larval, pois a morfologia do imaturo pode levar à confusão com outras espécies de moscas-das-frutas não quarentenárias. Com o auxilio das ferramentas disponíveis no sítio do National Center for Biotechnology Information (NCBI), foram desenhados cinco pares de primers para amplificação da região ITS e um para DNA mitocondrial de moscasdas-frutas. Na sequência, foi realizado PCR seguido de eletroforese em gel de agarose e foto documentação em transiluminador. Em todas as reações foram observadas diferenças no comprimento dos amplicons ou especificidade para Bactrocera, na utilização dos primers com os diferentes gêneros. Nos ensaios realizados com espécies variadas de Bactrocera diversos primers se mostraram eficazes para distinguir no mínimo duas espécies pela simples visualização em gel de agarose.
180 Palavras-chave: moscas-das-frutas, fruticultura, quarentena Fomento: Embrapa
181 Cadeias de produção vegetal IMPLANTAÇÃO E MANUTENÇÃO DO SISTEMA DE MANEJO DE RISCO (SMR) DA PRAGA MOSCAS-DAS-FRUTAS EM CULTIVOS DE MANGUEIRA NO VALE DO SÃO FRANCISCO / BAHIA. ESTABLISHMENT AND MAINTENANCE OF RISK MANAGEMENT SYSTEM (SMR) PEST-FLIES OF FRUIT CROPS-HOSE IN THE VALLEY OF SAN FRANCISCO / BAHIA. Maria Consuelo Andrade Nunes, ADAB Rita de Cássia Costa de Oliveira, ADAB Luiz Carlos Pereira da Silva, ADAB Jose Carlos Marques dos Santos, ADAB Itala Cruz Damasceno, Biofábrica Moscamed Brasil
A manga destaca-se como a principal cultura de exportação do Vale do São Francisco, tendo exportado 21.000 toneladas no ano de 2012, sendo a Bahia responsável por 70 mil deste total. O principal entrave fitossanitário que ameaça este panorama são as moscas-das-frutas: Anastrepha ssp e Ceratitis capitata, consideradas pragas quarentenárias de importância econômica, que causam danos diretos à produção, constituindo-se alvo de organizações nacionais e internacionais por parte dos países importadores de frutas in natura, exigindo controle efetivo da praga. Neste sentido o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, implementou por meio da Instrução Normativa (IN) Nº 20 de 13 de julho de 2010, o sistema para manejo de risco da praga (SMR) moscas-das-frutas em cultivos de manga (Mangífera indica). Ações de cooperação técnica entre a BMB que realiza o monitoramento, a ADAB e o MAPA nas atividades de fiscalização, possibilitou o reconhecimento do SMR, por meio da publicação da IN Nº 34 em 29 de setembro de 2011, para os municípios de Abaré, Casa Nova, Curaçá, Juazeiro, Sento Sé e Sobradinho no estado da Bahia. Nestes municípios no ano de 2011, estavam inscritos no Sistema 185 produtores, em 2012 este número foi de 133. Palavras-chave: Anastrepha ssp, Ceratitis capitata, Manga Fomento: ADAB
182 Cadeias de produção vegetal MONITORAMENTO DE Diaphorina citri (HEMIPTERA: LIVIIDAE) EM POMARES DE CITROS NO ESTADO DO PARÁ MONITORING OF Diaphorina citri (HEMIPTERA: LIVIIDAE) IN ORANGE ORCHARD IN PARA STATE Aloyséia Cristina da Silva Noronha, Embrapa Amazônia Oriental Alessandra Keiko Nakasone Ishida, Embrapa Amazônia Oriental Clécio Leandro Gomes de Mendonça, ADEPARÁ Kenny Bonfim de Arruda Carvalho, Embrapa Amazônia Oriental Camila Tavares Ferreira, UFRA Antônio Souza do Nascimento, Embrapa Mandioca e Fruticultura O psilídeo Diaphorina citri Kuwayama, agente transmissor da doença Huanglongbing (HLB) dos citros, ocorre praticamente em todas as regiões citrícolas do Brasil. Além de citros, a planta ornamental conhecida como murta (Murraya paniculata) também é utilizada como hospedeira para o inseto. O estado do Pará é considerado área livre do HLB, doença restrita aos estados de Minas Gerais, Paraná e São Paulo. Ações preventivas da doença envolvem o monitoramento do inseto vetor. Esse trabalho objetivou verificar a ocorrência de D. citri, com base em avaliações em pomares cítricos no Estado, como parte das atividades do projeto HLB BioMath. O monitoramento de D. citri foi realizado no período de junho/2011 a maio/2013 em três pomares de citros, variedade Pêra, de quatro a cinco anos de idade, localizados nos municípios de Castanhal (cultivo convencional) e Capitão Poço (cultivos convencional e orgânico). Avaliações quinzenais foram realizadas em vinte plantas previamente marcadas por pomar, com o registro do número de psilídeos observados em cinco ramos por quadrante de cada planta. Não foram observados psilídeos nas plantas das três áreas monitoradas. Nas propriedades com as áreas citrícolas avaliadas e às proximidades das mesmas não foi constatada a presença de M. paniculata. Palavras-chave: Citrus, greening, huanglongbing Fomento: Embrapa, ADEPARÁ
183 Cadeias de produção vegetal Diaphorina citri (HEMIPTERA: LIVIIDAE) EM Murraya paniculata NO ESTADO DO PARÁ Diaphorina citri (HEMIPTERA: LIVIIDAE) IN Murraya paniculata IN PARA STATE Aloyséia Cristina da Silva Noronha, Embrapa Amazônia Oriental Alessandra Keiko Nakasone Ishida, Embrapa Amazônia Oriental Camila Tavares Ferreira, UFRA Gleicilene Brasil, ADEPARÁ Antônio Souza do Nascimento, Embrapa Mandioca e Fruticultura Francisco Ferraz Laranjeira, Embrapa Mandioca e Fruticultura Diaphorina citri Kuwayama (Hemiptera, Liviidae) é vetor da doença Huanglongbing (HLB) dos citros, cujo agente etiológico é a bactéria Candidatus Liberibacter spp., que vive e se desenvolve no floema das plantas. A doença é considerada praga quarentenária para o estado do Pará. O inseto vetor além dos citros utiliza como hospedeiro a planta ornamental conhecida como murta (Murraya paniculata). O objetivo desse trabalho foi verificar a ocorrência de D. citri em associação com M. paniculata no Estado. No período de 2011 a 2013 foram realizadas coletas de insetos adultos em plantas de murta em residências e locais públicos. As coletas foram realizadas nos municípios de Belém, Capitão Poço, Castanhal, Igarapé-Açu, Irituia e Santarém. Os insetos, coletados com auxílio de aspirador e/ou diretamente em microtubos contendo álcool, foram acondicionados em álcool 70% e espécimes de cada coleta foram identificados por especialistas (Dr. Daniel Burckhardt – Naturhistorisches Museum e Dra. Dalva L. Queiroz - Embrapa Florestas). A espécie D. citri foi observada em todas as amostras, caracterizando a presença do psilídeo no Estado em quatro mesorregiões: Metropolitana, Guamá, Nordeste Paraense e Baixo Amazonas. Palavras-chave: Citrus, huanglongbing, murta Fomento: Embrapa, ADEPARÁ Cadeias de produção vegetal
184 Interceptações de pragas feitas pela Vigilância Agropecuária Internacional (VIGIAGRO) no porto de Santos, Brasil, de 2006 a 2008 Pest interceptions made by Surveillance International Agriculture (VIGIAGRO) in Santos port, Brazil, from 2006 to 2008 MARCIO MELEIRO, MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO DESIRÉE MARIA ESMERALDINO DA SILVA, MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
O porto de Santos teve aumento de exportações e importações no período de 2006 a 2008. A ampliação do comércio exterior aumenta o risco de introdução de pragas agrícolas e florestais. O registro de interceptações e sua sistematização permitem mapear o tipo de praga, a origem, taxonomia, o produto que poderão contribuir com a tomada de decisão das unidades ligada ao VIGIAGRO, no sentido de se aperfeiçoar as inspeções fitossanitárias. Foram consideradas interceptações de pragas os espécimes encaminhados pela Fiscalização Federal Agropecuária do VIGIAGRO no porto de Santos, de 2006 a 2008, e oficialmente identificados totalizando 209 interceptações. As pragas foram divididas em: praga quarentenária ausente (A1); praga quarentenária presente (A2); praga exótica (E); praga cosmopolita(C) e praga não identificada (NI). Foram analisados e relacionados às categorias de pragas: a origem, o produto a ela associada; ordem, família, gênero e as principais espécies interceptadas. A Índia foi o país que apresentou maior número de interceptações. Embalagens e suportes de madeira foram as com mais interceptações de pragas e a ordem coleóptera a mais identificada. As espécies de pragas A1 identificadas foram interceptadas em embalagens e suportes de madeira, indicando ser essa uma via de alto risco de introdução de pragas A1. As frutas pera - Pyrus communis L e maçã, - Malus domestica - apresentaram interceptações de pragas A2 Palavras-chave: inspeções, quarentenária, madeira Fomento: VIGIAGRO/SDA/MAPA
185 Cadeias de produção vegetal Identificação de Lagartas de Helicoverpa armigera (Hübner, 1805) (Lepidoptera: Noctuidae) da Bahia através da Técnica de DNA barcoding Identification of Helicoverpa armigera (Hübner, 1805) (Lepidoptera: Noctuidae) Larvae from Bahia Crops by DNA barcoding Technique Suely Xavier de Brito Silva, Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) / LAETIS/ CLA Thiago Mastrangelo, Universidade Estadual de Campinas/ Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética Clécio L. Santana Teles, ADAB José Harley Ramos, ADAB Orliz Santos Santana, ADAB Leonardo Tarcísio da Fonseca, ADAB Infestações pela mariposa exótica Helicoverpa armigera (Hübner, 1805) desencadearam uma crise fitossanitária no Brasil, provocando até o 1º semestre de 2013 prejuízos de R$ 1,7 bilhões somente no oeste baiano. A similaridade dos caracteres morfológicas das lagartas de H. armigera com outras espécies, principalmente Helicoverpa zea (Boddie), têm dificultado a identificação dessa praga no país. Este estudo descreve uma metodologia molecular por DNA barcoding para rápida identificação de lagartas de H. armigera. O DNA total das lagartas foi extraído através do método do fenol:clorofórmio. Para amplificação das sequências parciais do gene cytochrome c oxidase subunit I (COI) (região DNA barcode deste estudo) foram utilizados os primers e as condições de PCR descritos por LI et al. (2011) com modificações. Os produtos de PCR foram sequenciados no sequenciador ABI 3730xl DNA Analyzer, utilizando-se o kit ABI BigDye Terminator. O software MEGA 5.1 foi utilizado para calcular os valores de distância genética entre as sequências e para a análise de Neighbor-joining. A frequência e diversidade dos haplótipos, além da diversidade nucleotídica, foram estimadas através do programa Arlequin 3.1. O fragmento do gene COI (658 pb) foi sequenciado com sucesso para as amostras de lagartas da Bahia. A análise filogenética agrupou todos os espécimes da Bahia (bootstrap de 99%) em um clado de H. armigera. A distância genética entre H. armigera e H. zea variou de 2,5 a 5,5% e foi maior do que 10% em relação às demais espécies do gênero Helicoverpa. Os
186 valores de diversidade haplotípica e nucleotídica revelaram uma baixa variabilidade genética para as populações amostradas da Bahia, sendo identificados apenas 4 haplótipos diferentes, alguns dos quais são idênticos a haplótipos descritos na China e Tailândia. O método de identificação por DNA barcoding pode aumentar a acurácia dos sistemas de detecção de novas incursões dessa praga exótica no Brasil. Palavras-chave: praga quarentenária, método diagnóstico, lagarta da espiga
187 Cadeias de produção vegetal SERVIÇO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DETECTA COCHONILHA ROSADA DO HIBISCO NO ESTADO DA BAHIA, BRASIL EPIDEMIOLOGICAL SURVEILLANCE SERVICE FINDS HIBISCUS PINK MEALYBUG IN THE STATE OF BAHIA, BRAZIL Suely Xavier de Brito Silva, ADAB / CLA - Laboratório de Epidemiologia e Tecnologia da Informação Aplicada à Sanidade Maria Consuelo Andrade Nunes, ADAB / EBDA / CLA - Laboratório de Entomologia Leonardo Palmeira Guimarães, ADAB / CLA - Laboratório de Epidemiologia e Tecnologia da Informação Aplicada à Sanidade Ana Lúcia B. G. Peronti, Laboratório de Ecologia e Biologia Evolutiva da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) Cristiano Rodrigues Barreto, MAPA/SFA-Bahia Maria Clarice V. Dias, EBDA / CLA - Laboratório de Entomologia De origem asiática, a cochonilha rosada do hibisco, Maconellicoccus hirsutus Green (Hemiptera: Pseudococcidae) tem o status de praga graças aos danos diretos que promove a seus hospedeiros: encurtamento de nós, encarquilhamento de folhas e deformação de frutos; além de induzir a infestação por fumagina. Nas Américas foi internalizada em 1996 pela região do Caribe de onde se disseminou rapidamente para Estados Unidos, México e países ao norte da América do Sul. Até 2010, M. hirsutus constava da lisita de pragas ausentes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) do Brasil, quando foi detectada em Roraima, permanecendo sob controle oficial até 2012. A partir de então, a praga tem sido relatada em outras unidades da federação (UF’s). Em março de 2013, o serviço de vigilância epidemiológica da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) detectou a presença da cochonilha rosada do hibisco na região metropolitana de Salvador, Bahia, infestando plantas de ixória (Ixora coccínea), mussaenda (Mussaenda erythrophylla) e hibisco (Hibiscus rosa-sinensis L). A identificação taxonômica foi realizada pelo Laboratório de Ecologia e Biologia Evolutiva da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), a partir da observação microscópica das fêmeas montadas em lâminas. Considerando a relevância da fruticultura para o Brasil e em particular, para a Bahia, essa praga é uma ameaça à produtividade dos pomares de manga, pinha, graviola, citros, uva e cacau. Assim,
188 medidas de contenção da praga devem ser implementadas em nível nacional. Do MAPA espera-se a oficialização da praga nas UF’s de ocorrência. Aos órgãos estaduais de defesa agropecuária, intensificar o controle do trânsito de vegetais e implantar campanha educativa. Palavras-chave: Maconellicoccus hirsutus, fruticultura, defesa agropecuária
189 Cadeias de produção vegetal Evaluation of a real-time PCR test in phytoplasmas of quarantine importance for Brazil Avaliação de teste de PCR em tempo real para fitoplasmas de importância quarentenária para o Brasil Marcio Martinello Sanches, Embrapa Recursos Geneticos e Biotecnologia Michel Dollet, Cirad Phytoplasmas are wall-less bacteria of the class Mollicutes that inhabit plant phloem and insect vectors. There are several phytoplasmas of quarantine importance to Brazil that cause diseases in hosts like apple, coconut, grapevine, peach and pear. Since it is not possible to isolate and study phytoplasmas in pure cultures, molecular methods have been used for detection and diagnosis. The realtime PCR (qPCR) is a sensitive and very specific assay and its use has been increasing for routine diagnostics. There are qPCR tests described for phytoplasmas in literature, but they were developed for specific groups or they use TaqMan chemistry. In order to have a faster and cheaper assay for routine diagnosis, new methodologies for qPCR using SYBR green were developed. Plants infected with phytoplasmas of quarantine importance to Brazil had the DNA extracted in Cirad, France. These include samples with coconut lethal yellowing from Ghana, Tanzania, Mozambique, Cuba, Dominican Republic (group 16SrIV). Also, samples from Europe with Clover phyllody (group 16SrI), Flavescence dorée (group 16SrV), Stoulbur (group 16SrXII) and Apple Proliferation (group 16SrX). The SYBR Green Master Mix was used in a Rotor gene 5plex HRM platform (Qiagen) with the primers JH-F1, JHFall and JH-R (Hodgetts et al., 2009). The best result for phytoplasmas from group IV was with primers JH-Fall/JH-FR, while for the other groups with primers JHF1/JH-R. The melting analysis showed distinct peaks for the different groups or subgroups, except for the samples belonging to groups I and X. The genetic variability found in the melting analysis was confirmed by the sequencing of some qPCR products and the phylogenetic analysis. Palavras-chave: qPCR, Mollicutes, diagnosis Fomento: Embrapa
190 Cadeias de produção vegetal FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DE Deois incompleta WALKER (HEMIP., CERCOPIDAE) NO MUNICÍPIO DE URUARÁ, PARÁ POPULATION FLUCTUATION OF Deois incompleta WALKER (HEMIP., CERCOPIDAE) IN THE MUNICIPALITY OF URUARÁ, PARÁ STATE Rosa de Fátima Feliz Cavalcante, ADEPARA Pedro Paulo M. de Araújo, ADEPARA Mayara R. de Araújo, Embrapa Amazônia Oriental Leandro C. da Silva, Embrapa Amazônia Oriental Walkymário de P. Lemos, Embrapa Amazônia Oriental Cigarrinhas-das-pastagens (Hem., Cercopidae) em altos níveis populacionais comprometem áreas de pastos no Brasil. Assim, objetivou-se conhecer a flutuação populacional de Deois incompleta Walker em pastagens do município de Uruará, Pará. Entre janeiro de 2007 e outubro de 2008 foram realizados monitoramentos semanais de ninfas (massas de espuma) e adultos de cigarrinhas em B. brizantha cv. Marandu com seis anos de idade, adotando-se metodologia da Embrapa Gado de Corte (MS). O número de ninfas foi quantificado em quadrado de 25 cm de lado, arremessado, ao acaso, em vinte pontos da área. O número de adultos foi contabilizado com rede entomológica, utilizando-se dez redadas em dez pontos bem distribuídos na área. Nesta pesquisa constatou-se, apenas, presença de Deois incompleta associada à B. brizantha no município de Uruará. O número de massa de espuma e de adultos de D. incompleta variaram ao longo do ano, sendo janeiro o mês com maior incidência da espécie, 31,66 ± 12,47 massas de espuma/m2 e 7,52 ± 2,07 adultos/dez redadas. A partir desse mês esses valores foram diminuindo até a sua ausência (julho a setembro), que corresponde ao período seco naquele município. A partir do mês de outubro já se observou no pasto a presença de massas de espuma. As maiores ocorrências de imaturos e adultos de D. incompleta foram observadas no período chuvoso (dezembro a maio) da região, constatando que a pluviosidade influencia nos níveis populacionais desta praga na região da Transamazônica. Palavras-chave: cigarrinhas-das-pastagens, Brachiaria brizantha cv Marandu, Transamazônica.
191 Cadeias de produção vegetal ÓLEO DE COPAIBA NO CRESCIMENTO MICELIAL DE FUNGOS ISOLADOS DA PALMA DE ÓLEO. COPAIBA OIL AGAINST MYCELIAL GROWTH OF FUNGI ISOLATED FROM OIL PALM. Joyce Solange Ferreira de Oliveira, Universidade Federal Rural da Amazônia Eudes de Arruda Carvalho, Embrapa Amazônia Oriental Elaine Cristina Pacheco de Oliveira, Universidade Federal do Oeste do Pará Laís Carvalho Macambira, Universidade Federal Rural da Amazônia Érika de Paula Ramos das Mercês, Universidade Federal Rural da Amazônia Luana Cardoso de Oliveira, Universidade Federal do Pará A palma de óleo ou dendezeiro e seus híbridos (Elaeis sp.) é a principal espécie oleaginosa cultivada no estado do Pará. Há relatos de vários fungos associados a lesões em plantas, não havendo, porém, produtos registrados para o controle de doenças na cultura. Sendo assim, objetivou-se avaliar o efeito do óleo de copaíba no crescimento micelial de fungos isolados da palma de óleo. O experimento foi conduzido no Laboratório de Fitopatologia da Embrapa Amazônia Oriental em delineamento inteiramente ao acaso (DIC), com 3 repetições. Discos de micélio com 4 mm de diâmetro foram dispostos em placas de Petri de 90 mm contendo meio de cultura Batata-Dextrose-Ágar (BDA) com diferentes concentrações de óleo de copaíba (0; 0,25; 0,5; 0,92 e 2,0%) e o tratamento adicional com oxicloreto de cobre a 0,3%. Os tratamentos foram incubados à temperatura de 28 ± 2 ºC e fotoperíodo de 12 h. Avaliou-se diariamente o crescimento micelial em duas direções diametricalmente opostas e calculou-se o índice de velocidade de crescimento micelial (IVCM). As análises estatísticas foram realizadas em esquema fatorial 5x3+3. Observaram-se decréscimos nos IVCM dos fungos Pestalotiopsis spp. e Curvularia spp. com o aumento das concentrações do óleo de copaíba. A concentração de 1,718% do óleo determinou o menor IVCM para o fungo Thielaviopsis spp. O fungicida oxicloreto de cobre não inibiu o crescimento micelial do fungo Thielaviopsis spp. Palavras-chave: Controle alternativo; Copaifera spp.; Elaeis sp. Fomento: Embrapa Amazônia Oriental
192 Cadeias de produção vegetal RESISTÊNCIA HORIZONTAL DEMONSTRADA POR CLONES DE CUPUAÇUZEIRO À Moniliophthora perniciosa HORIZONTAL RESISTANCE TO Moniliophthora perniciosa DEMONSTRATED BY CUPUASSU CLONES Rafael Moysés Alves, Embrapa Amazônia Oriental Lilian Eduarda da Silva e Silva, Universidade Federal do Pará Odimar Ferreira de Almeida, Universidade Federal Rural da Amazônia Carolina Ramos dos Santos, Universidade Federal do Pará O cupuaçuzeiro é uma fruteira perene, nativa da região amazônica e com grande potencial de aproveitamento agroindustrial. Tem na doença conhecida como vassoura de bruxa (Moniliophthora perniciosa), o seu principal flagelo, responsável por perdas próximas a 100% da produção. Este trabalho teve por objetivo avaliar e selecionar genótipos de cupuaçuzeiro quanto à resistência à M. perniciosa, para incrementar o programa de melhoramento genético desenvolvido pela Embrapa Amazônia Oriental. Em 2005 foi implantado o experimento no município de Tomé Açu – PA, onde foi empregado o delineamento de blocos casualizados, com 25 tratamentos e cinco repetições, com três plantas na parcela. As avaliações foram conduzidas à campo, no período de 2007 a 2013, sendo observado, como variável de resposta, o número de ramas atacadas com vassoura de bruxa por planta. Os resultados demonstraram grande variabilidade para o caráter entre os clones estudados. Foi possível distinguir três grupos de clones. O primeiro foi constituído por 16% dos clones, com todas as plantas livres da doença (clones 22, 26 e 28). O segundo grupo (8%), representado pelos clones que apresentaram sintomas leves da doença, foi composto pelos clones 7 e 21. Enquanto os demais clones (76%) apresentaram alta susceptibilidade à M. perniciosa no ambiente testado. Clones dos dois primeiros grupos deverão ser utilizados no programa de melhoramento genético do cupuaçuzeiro, como novas prováveis fontes de genes de resistência a M. perniciosa. Palavras-chave: Clones resistentes; Theobroma grandiflorum; vassoura de bruxa Fomento: Embrapa
193 Cadeias de produção vegetal LEVANTAMENTO FITOSSANITARIO PARA HELICOVERPA ARMIGERA EM PLANTIOS DE SOJA NO ESTADO DO PARÁ FITOSSANITARIO SURVEY FOR HELICOVERPA ARMIGERA IN SOY PLANTATIONS IN THE STATE OF PARÁ MARIA ALICE ALVES THOMAZ LISBÔA, ADEPARA JORGE LUIS CARVALHO SILVA, ADEPARA PEDRO PAULO MOTA DE ARAÚJO, ADEPARA ADRA DAVID ANTONIO, ADEPARA PAULO VITOR NOGUEIRA, ADEPARA ALEXANDRE PINTO DE CARVALHO, ADEPARA A lagarta Helicoverpa armigera (Lepidoptera; Noctuidae), até pouco tempo, considerada uma praga quarentenária ausente no Brasil, é extremamente polífaga, e está causando danos significativos às lavouras de algodão, soja e milho, em algumas regiões do país. É uma lagarta com alto poder de destruição e de dispersão. Com base na emergência fitossanitária declarada através da Instrução Normativa SDA/MAPA nº.42, o disposto na Instrução Normativa nº.13, na Instrução Normativa nº.08, e na Instrução Normativa nº. 12, a ADEPARA publicou a Portaria nº 02885/2013, onde define as medidas de Defesa Sanitária Vegetal a serem adotadas visando à prevenção, contenção, controle e erradicação, no Estado. Contudo, há a necessidade de levantamento fitossanitário constante devido ao seu elevado potencial destrutivo. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo realizar levantamentos fitossanitários para detecção da ocorrência da praga no Estado do Pará. Equipes de campo inspecionaram propriedades agrícolas nos munícipios de Conceição do Araguaia, Redenção, Santa Maria das Barreiras, Rurópolis, Uruará, e Placas no período de abril/2013 a junho/2013. A amostragem foi realizada de forma direcionada para estruturas como brotos novos, flores e outras estruturas reprodutivas onde comumente a praga é encontrada, e na cultura de soja, utilizando o método do pano-de-batida. Observou-se que não houve ocorrência da praga nas 22 propriedades visitadas.Palavras-chave: inspeções de campo; Helicoverpa armigera. Fomento: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA PECUÁRIA E ABASTECIMENTO/ ADEPARA
194 Cadeias de produção vegetal LEVANTAMENTO DE PROPRIEDADES PRODUTORAS E INSPEÇÃO DE PLANTAS DE CACAU E CUPUAÇU QUANTO À OCORRÊNCIA DE MONILÍASE DO CACAUEIRO EM RONDÔNIA. SURVEY IN PRODUCING FARMS AND INSPECTION IN PLANTS OF COCOA AND CUPUAÇU REGARDING TO THE OCCURRENCE OF MONILIASIS IN COCOA PLANTS IN RONDÔNIA. Getulio Moreno, IDARON Rachel Barbosa da Silva, IDARON A monilíase do cacaueiro é uma doença causada pelo fungo Moniliophthora roreri que ataca frutos de cacau e cupuaçu afetando diretamente a produção. Ausente no Brasil ocorre em países vizinhos da região norte. Com o objetivo de confirmar Rondônia como livre da praga, implementar as ações de Contingência de Monilíase do Cacaueiro e orientar os produtores de cacau e cupuaçu, a Idaron-Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia realizou o 1° levantamento de áreas e inspeção de plantas para detecção da doença em Rondônia, seguindo o que recomenda a IN 13/2012 e o seu respectivo Manual. O trabalho iniciou com o treinamento do corpo técnico do órgão e posteriormente determinou-se a inspeção de 100% das propriedades com as culturas hospedeiras na região de fronteira com a Bolívia e de 10% das demais áreas de Rondônia. Foram cadastradas 2.255 propriedades, onde se identificou que a principal praga dos cultivos inspecionados é a vassoura de bruxa (Moniliophtora perniciosa). Os dados demonstram a pouca utilização de tecnologia de produção uma vez que os índices produtivos são baixos, sendo detectada uma quantidade representativa de áreas abandonadas que hospedam pragas e doenças e que não são acompanhadas pelos produtores. Concluiu-se que Rondônia é livre de monilíase do cacaueiro, tendo hoje sua defesa sanitária vegetal fortalecida pelo trabalho de educação sanitária que foi realizada paralelamente a atividade de monitoramento junto aos produtores rurais. Palavras-chave: defesa vegetal, moniliophthora roreri Fomento: IDARON
195 Cadeias de produção vegetal MONITORAMENTO DE PRODUTOS ORGÂNICOS NO ESTADO DE SANTA CATARINA MONITORING OF ORGANIC PRODUCTS IN SANTA CATARINA MATHEUS MAZON FRAGA, CIDASC PATRICIA ALMEIDA BARROSO MOREIRA, CIDASC MILTON LUIZ BREDA, CIDASC Este projeto tem como objetivo reconhecer algumas condicionantes dos sistemas de produção orgânica em Santa Catarina, usando como base a verificação da qualidade dos produtos orgânicos em relação às normas vigentes no tocante ao uso de agrotóxicos não autorizados para este tipo de produção, podendo-se assim identificar se os sistemas de produção orgânica estão aptos para a entrada no mercado de alimentos que promovam a saúde humana. O projeto será realizado ao longo de 5 anos (2012 à 2016) onde serão feitas 375 coletas/ano dividas entre a produção e o comércio e as mesmas serão realizadas por Fiscais Estaduais Agropecuários da CIDASC e analisadas por laboratório terceirizado acreditado pelo INMETRO. Durante o ano de 2012 foram coletadas 104 amostras na cultura da alface com índice de conformidade de 98,01%, 74 amostras na cultura da banana com índice de conformidade de 97,22 %, 44 amostras na cultura da cebola com 69,08 % de conformidade além de 31 amostras de maçã, 43 amostras de batata e 81 amostras de cenoura sendo que todas apresentaram 100% de conformidade. O Índice geral de conformidade para o ano de 2012 foi de 95,4%. Visando ampliar o espaçamento geográfico e a distribuição temporal das culturas de modo a impedir a repetição de produtores e produtos amostrados no mesmo ano, no ano de 2013 foram incluídas no programa as culturas brócolis, morango, pimentão, repolho, tomate, feijão e arroz, sendo as duas últimas somente coletas no comércio. Até o mês de junho de 2013 tivemos 16 amostras de alface com 93,75% de conformidade, 13 amostras de maçã com 92,3 % de conformidade, 17 amostras de cenoura com 94,11 % de conformidade, 16 amostras de repolho com 93,75% de conformidade, 16 amostras de tomate com 68,75% de conformidade além de 24 amostras de batata, 13 de banana, 17 de cebola, 8 de feijão, 18 de brócolis, 10 de arroz, 7 de morango e 11 de pimentão sendo que todas apresentam 100% de conformidade. O índice de conformidade geral para o ano de 2013 está em 95,16%. Os resultados das amostras que apresentam problemas são encaminhados para a
196 CPORG e para o MAPA que é o órgão responsável pela fiscalização dos produtos orgânicos. Após o envio das amostras ao MAPA e com apoio da CIDASC é feita a fiscalização in loco dos locais de produção para verificação das inconformidades que levam os produtos orgânicos a apresentarem resíduos de agrotóxicos. É possível observar significativa melhora nos resultados da cultura da cebola que no ano de 2012 apresentava baixo índice de conformidade e que no ano de 2013 não apresentou problemas até o momento, consequência das ações de fiscalização. Em 2013 a cultura do tomate tem apresentado baixo índice de conformidade, sugerindo a necessidade da realização de trabalhos focados para esta cultura, a fim de melhorar seus resultados para os anos subsequentes. Através deste programa de monitoramento espera-se a regularização dos problemas apresentados para que a agricultura orgânica se fortaleça e torne-se sinônimo de alimentos saudáveis, tornando-se mais uma opção para os pequenos trabalhadores rurais de Santa Catarina. Palavras-chave: MONITORAMENTO PRODUTOS ORGÂNICOS Fomento: BANCO MUNDIAL - CIDASC
197 Cadeias de produção vegetal FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DE CIGARRINHA-DAS-PASTAGENS (HEM., CERCOPIDAE) NO MUNICÍPIO DE ALTAMIRA, PARÁ POPULATION FLUCTUATION OF SPITTLEBUGS (HEM., CERCOPIDAE) IN THE MUNICIPALITY OF ALTAMIRA, PARÁ STATE Pedro Paulo Matos de Araújo, ADEPARA Rosa de Fátima F. Cavalcante, ADEPARA Leandro C. da Silva, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e bolsistas PIBIC/CNPq da Embrapa Amazônia Oriental Mayara R. de Araújo, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e bolsistas PIBIC/CNPq da Embrapa Amazônia Oriental Walkymário de P. Lemos, Embrapa Amazônia Oriental
Objetivou-se avaliar a flutuação populacional de cigarrinha-das-pastagens e a época de maior infestação das espécies no município de Altamira, Pará. A pesquisa foi conduzida em pastagens de Brachiaria brizantha cv. Marandu, onde foram realizadas amostragens de ninfas e adultos de cigarrinhas mensalmente, no período de março de 2007 a março de 2009. O levantamento populacional de ninfas foi feito com base na contagem do número de massas de espuma. Tal contagem foi realizada utilizando-se quadrado de ferro com 25 cm de lado, o qual foi arremessado, ao acaso, em vinte pontos da área. Para amostragem do número de adultos de cigarrinhas-das-pastagens empregou-se rede entomológica tipo varredura. Tais amostragens foram conduzidas em 10 pontos bem distribuídos na área. Nesta pesquisa foi reportada apenas a ocorrência da espécie Deois incompleta Walker atacando as pastagens de Brachiaria brizantha cv. Marandu em Altamira. A maior ocorrência dessa espécie foi registrada nos períodos de maior precipitação pluviométrica naquela região (Dezembro a junho). No mês de abril de 2007 houve maior incidência da espécie. A pluviosidade contribui, significativamente, para aumento da população de D. incompleta em pastos de Brachiaria brizantha cv. Marandu na região Transamazônica. Palavras-chave: Brachiaria brizantha cv. Marandu, Deois incompleta, Transamazônia.
198 Cadeias de produção vegetal REGISTRO DE CIGARRINHAS-DAS-PASTAGENS (HEM., CERCOPIDAE) EM DOIS MUNICÍPIOS DO SUDESTE PARAENSE REPORT OF SPITTLEBUGS (HEM., CERCOPIDAE) IN TWO MUNICIPALITIES FROM SOUTHEAST REGION OF PARÁ STATE Euclides Holanda Cavalcante Filho, ADEPARA Fábio Alan Q. Corrêa, ADEPARA Danielly B. Guinhazi, ADEPARA Francisco Cleyton C. Farias, ADEPARA Mayara R. de Araújo, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e bolsistas PIBIC/CNPq da Embrapa Amazônia Oriental Leandro C. da Silva, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e bolsistas PIBIC/CNPq da Embrapa Amazônia Oriental Na última década tem-se evidenciado ataques intensos de cigarrinhas-daspastagens (Hem.,Cercopidae) no Estado Pará. Esta pesquisa objetivou conhecer as espécies de cigarrinhas-das-pastagens em dois municípios (São Domingos do Araguaia e São Geraldo do Araguaia) do Sudeste do Pará. Foram realizados monitoramentos semanais de ninfas e adultos de cigarrinhas em B. brizantha cv. Marandu entre 2007 e 2008, seguindo metodologia da Embrapa Gado de Corte (MS). O número de massa de espumas (ninfas) foi quantificado em quadrado de 25 cm de lado, arremessado, ao acaso, em vinte pontos da área. Adultos foram quantificados com rede entomológica, através de dez redadas em dez pontos bem distribuídos nas áreas avaliadas. Nos municípios avaliados verificou-se a presença de cinco espécies de cigarrinhas: Notozulia entreriana (Berg), Deois flavopicta (Stal.), D. incompleta Walker, Mahanarva fimbriolata (Stal.) e Mahanarva spp. infestando B. brizantha cv. Marandu, sendo D. flavopicta e D. incompleta as mais abundantes. O número médio de adultos foi maior em São Domingos do Araguaia, variando entre 0,00 (período seco do ano) e 13,30 ± 2,94 adultos/dez redadas (período chuvoso). Já no município de São Geraldo do Araguaia este valor variou entre 0,00 e 1,46 ± 0,94 adultos/dez redadas. O mesmo padrão foi observado para o número máximo de imaturos, com 59,20 ± 7,19 e 20,16 ± 3,14 massa de espuma/m2, para São Domingos do Araguaia e São Geraldo do Araguaia, respectivamente.Palavras-chave: Brachiaria brizantha, Deois e Mahanarva.
199 Cadeias de produção vegetal CIGARRINHAS-DAS-PASTAGENS ASSOCIADAS À Brachiaria brizantha cv. MARANDU NO MUNICÍPIO DE RONDON DO PARÁ, PARÁ SPITTLEBUGS ASSOCIATED WITH Brachiaria brizantha cv. MARANDU IN THE MUNICIPALITY OF RONDON DO PARÁ, PARÁ STATE Wilson Emílio Saraiva da Silva, ADEPARA Rosa de Fátima F. Cavalcante, ADEPARA Mayara R. de Araújo, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e bolsistas PIBIC/CNPq da Embrapa Amazônia Oriental Leandro C. da Silva, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e bolsistas PIBIC/CNPq da Embrapa Amazônia Oriental Walkymário de P. Lemos, Embrapa Amazônia Oriental Objetivou-se conhecer e quantificar as cigarrinhas-das-pastagens associadas à Brachiaria brizantha cv. Marandu no município de Rondon do Pará, sudeste do Estado. Realizou-se monitoramento semanal de ninfas e adultos de cigarrinhas entre novembro de 2006 e setembro de 2008. Empregou-se a metodologia proposta pela Embrapa Gado de Corte (MS), onde o número de massa de espumas (ninfas) foi quantificado em quadrado de 25 cm de lado, arremessado, ao acaso, em vinte pontos da área. O número de adultos foi contabilizado com rede entomológica, utilizando-se dez redadas em dez pontos bem distribuídos na área. Foram registradas, pelo menos, cinco espécies distintas de cigarrinhas-daspastagens, listadas a seguir pelo nível de abundância: Mahanarva spp., Deois flavopicta (Stal.), D. incompleta Walker, Mahanarva fimbriolata (Stal.) e Notozulia entreriana (Berg). O gênero Mahanarva foi predominante no município, com até 91,53 ± 2,67% (dezembro/2006). Já N. entreriana foi registrada somente nos meses de março e abril de 2007. O pico populacional de imaturos e adultos das espécies de cigarrinhas ocorreu nos meses chuvosos (janeiro e dezembro), com queda considerável no período seco (junho a novembro), constatado pela ausência do inseto-praga neste período. Percebe-se, portanto, que a precipitação pluviométrica influencia, significativamente, a flutuação populacional das espécies de cigarrinhasdas-pastagens que infestam pastos de B. brizantha cv. Marandu no município de Rondon do Pará.Palavras-chave: Abundância, Mahanarva spp., Sudeste paraense
200 Cadeias de produção vegetal Taxa de utilização e critérios de escolha de sementes de soja no Estado de Santa Catarina Utilization rate and selection criteria of soybean seeds in the state of Santa Catarina Ricardo Miotto Ternus, CIDASC Milton Luiz Breda, CIDASC Géri Eduardo Meneghello, UFPEL/FAEM Mário Duarte Canever, UFPEL/FAEM
A cultura da soja (Glicine max), em razão da importância econômica que possui, é alvo de intensa atividade de pesquisa dirigida na busca de informações que proporcionem ganhos de produtividade. Neste contexto, o uso de sementes legais constitui-se em uma ferramenta de extrema importância para o agricultor. Porém, por razões diversas, muitas vezes os agricultores utilizam semente salva ou informal. Com o objetivo de avaliar a taxa de utilização de sementes de soja no estado de Santa Catarina, identificar os motivos que levam à utilização de semente legal ou ilegal, e visando nortear as ações de fiscalização e educação sanitária da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC), foi realizada uma pesquisa de levantamento com aplicação de 103 questionários, em usuários de sementes, nas diversas regiões produtoras do estado. Os dados foram coletados no período de 01/12/2012 até 29/03/2013 em 67 municípios catarinenses localizados nas regiões produtoras de soja. Os resultados obtidos mostram que: a taxa de utilização de sementes legais de soja em Santa Catarina nas três ultimas safras foram de 71,9, 73,4 e 79,6% respectivamente; a substituição de lotes com baixo vigor e com problemas sanitários são os principais critérios que fundamentam a decisão do usuário em optar pelo uso de sementes legais; e que o preço elevado das sementes legais aliado a uma produtividade aceitável são os critérios que determinam o uso das semente salva e informal no estado de Santa Catarina.
Palavras-chave: Glicine max;sementes legais;semente salva e informal
201 Cadeias de produção vegetal SITUAÇÃO ATUAL DO USO DE AGROTÓXICOS NA REGIÃO DA GRANDE FLORIANÓPOLIS CURRENT SITUATION OF THE USE OF PESTICIDES IN REGION FLORIANÓPOLIS MATHEUS MAZON FRAGA, CIDASC
Este Trabalho apresenta um estudo realizado sobre a situação atual do uso de agrotóxicos por meio de uma pesquisa com 93 agricultores de propriedades rurais que estão diretamente ligados à utilização de agrotóxicos. O questionário continha 43 perguntas e foi aplicado entre os meses de julho e dezembro de 2011 em treze municípios componentes da região da Grande Florianópolis em Santa Catarina. O estudo demonstrou que 76,3% dos entrevistados trabalham com o plantio de hortaliças, 60,2% respondeu que agrotóxico é um controlador de pragas, 89,2% disseram que buscam informações a respeito do produto com um técnico, mas 43,0% dos entrevistados disseram que nunca recebem visitas de um profissional habilitado e que o receituário agronômico é emitido no local da venda dos produtos. O receituário somente é recebido sempre por 46,2% dos entrevistados e 44,1% de todos os entrevistados nunca lêem o documento, já para a bula somente 12,9% nunca lêem. Quanto à participação em treinamentos, cursos e palestras, 64,5% dos entrevistados disseram que não participaram de nenhum tipo de atividade que envolvesse aplicação de agrotóxicos nos últimos cincos anos e dentre os que participaram, 78,8% citaram as empresas que comercializam agrotóxicos como as ministrantes dos referidos treinamentos ou cursos. Quanto ao uso de EPI´s, 8,6% dos entrevistados responderam que não usam nenhum tipo de EPI´s durante o preparo da calda e 5,6% não usam durante a aplicação do produto. Perguntados se conheciam e respeitavam o período de carência, 62,4% responderam que conheciam e sempre respeitavam e somente 4,3% dos entrevistados saberiam diferenciar um produto agrotóxico contrabandeado de um produto legal. Quando foi questionado se saberiam qual órgão deveriam procurar caso haja a necessidade de realizar uma denuncia, 63,4% disseram que não sabem qual órgão devem procurar. Rediscutir o meio rural, dando acesso aos produtores às tecnologias de informação que hoje estão disponíveis somente nas cidades, incentivar seu aperfeiçoamento melhorando o grau de instrução e conscientiza-los
202 dos benefícios em se produzir alimentos de maneira correta, mostrando-lhes as responsabilidades que lhes são cabíveis no caso de falhas, para assim preservar a sua saúde, a do consumidor e o meio ambiente. Por meio dos resultados desta pesquisa, observa-se que há grandes falhas em toda a cadeia produtiva, indústrias, governo, legislação, comércio, agricultores e que isto está levando a produção de alimentos com baixa qualidade, contaminação do meio ambiente e prejudicando a saúde de agricultores e porque não da sociedade como um todo. Ainda existem muitos produtores na região da Grande Florianópolis com uma ou mais práticas que levam ao uso incorreto de agrotóxicos e conseqüentemente a produção de alimentos de baixa qualidade. É sensível à ausência dos setores públicos e privados como promotores do uso correto de agrotóxicos e seus benefícios. O receituário agronômico do modo como é aplicado não atende aos objetivos para os quais foi criado. O armazenamento de agrotóxicos e o uso de EPI por nossos agricultores não estão sendo feito de forma adequada. Os agricultores diferenciar não sabem diferenciar um agrotóxico contrabandeado de um agrotóxico legal e não sabem qual órgão procurar no momento de realizarem denuncias ou buscarem seus direitos. Palavras-chave: USO AGROTÓXICOS FLORIANÓPOLIS Fomento: CIDASC
203 Cadeias de produção vegetal LEVANTAMENTO FITOSSANITÁRIO DOS CULTIVOS DE SOJA, MILHO E ALGODÃO: BASE PARA O MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS NO OESTE DA BAHIA, BRASIL. PLANT HEALTH SURVEY OF SOYBEAN CROP, CORN AND COTTON: THE BASIS FOR INTEGRATED PEST MANAGEMENT IN THE WEST OF BAHIA, BRAZIL. Carmen Luiza Melo Lima, ADAB Suely Xavier de Brito Silva, ADAB Crispiniano Carlos Silva Nunes, ADAB Orliz S. Santana, ADAB Fabiano Veloso Mássimo, ADAB Roberto Costa Lima Bomfim, ADAB De origem asiática, a Helicoverpa armigera (Hübner, 1805) (Lepidoptera: Noctuidae) caracteriza-se por ser altamente destrutiva, devido a suas características biológicas (polifagia, alta fecundidade, alta mobilidade local das lagartas e migração das mariposas) que lhe permite sobreviver em ambientes instáveis e adaptar-se a mudanças sazonais do clima. Até fevereiro de 2012 H. armigera tinha status fitossanitário de praga quarentenária A1 no Brasil. Entretanto, no primeiro semestre de 2013, surgiram focos de infestação pelo país, desencadeando uma crise fitossanitária. Então, no período de 03 a 11 de abril de 2013, para caracterizar a paisagem agrícola e definir as bases do manejo da praga, a Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) realizou um levantamento fitossanitário nos municípios Barreiras, São Desidério, Luis Eduardo Magalhães, Correntina (Rosário), Formosa do Rio Preto e Riachão das Neves. Foram visitadas 257 propriedades com cultivos de soja (612.586 ha), milho (119.257ha) e algodão (228.240 ha), aplicados 460 laudos fitossanitários. Das áreas cultivadas com soja, milho e algodão, 82,03%, 87,62% e 39,81% destinavam-se a variedades transgênicas, respectivamente e áreas de refúgio, menos de 5% para o milho. Na safra 2012/2013 registrou-se má distribuição e diminuição de até 50% no índice pluviométrico, além do que apenas 16% dos cultivos foram irrigados. Das ocorrências fitossanitárias, as mais frequentes foram Helicoverpa spp. (75%), Mosca Branca (58,04%), Spodoptera sp.(19,56%), Bicudo do Algodoeiro ( 3,91%) e Mofo Branco (0,86%). O controle químico de pragas foi ineficiente; as perdas de
204 produção variaram entre 15 a 30% e estiveram associadas às mudanças climáticas e às ocorrências fitossanitárias.
Palavras-chave: Helicoverpa armigera, emergência sanitária, MIP Fomento: ADAB
205 Cadeias de produção vegetal BIOGEOGRAFIA DE Maconellicoccus hirsutus Green (Hemiptera: Pseudococcidae) NO ESTADO DA BAHIA, BRASIL. BIOGEOGRAPHY OF Maconellicoccus hirsutus Green (Hemiptera: Pseudococcidae) IN THE STATE OF BAHIA, BRAZIL. Maria Consuelo Andrade nunes, ADAB Suely Xavier de Brito Silva, ADAB Fabiano Veloso Mássimo, ADAB Clécio Luiz de Santana Teles, ADAB Maria Aparecida C. Carvalho Almeida, ADAB Décio Luciano Rodrigues, ADAB De origem asiática, a cochonilha rosada do hibisco, Maconellicoccus hirsutus Green (Hemiptera: Pseudococcidae) tem o status de praga graças aos danos diretos que promove a seus hospedeiros: encurtamento de nós, encarquilhamento de folhas e deformação de frutos; além de induzir a infestação por fumagina. Nas Américas foi internalizada em 1996 pela região do Caribe de onde se disseminou rapidamente para Estados Unidos, México e países ao norte da América do Sul. Até 2010, M. hirsutus constava da lisita de pragas ausentes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) do Brasil, quando foi detectada em Roraima, permanecendo sob controle oficial até 2012. A partir de então, a praga tem sido relatada em outras unidades da federação. A Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) iniciou os levantamentos fitossanitários a partir da confirmação oficial (agosto, 2013), conforme Laudo de Diagnóstico Fitossanitário emitido pela AGRONÔMICA, laboratório credenciado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Foram aplicados 12 laudos fitossanitários e georreferenciadas propriedades rurais e localidades urbanas do extremo sul da Bahia, região de divisa com o Espírito Santo. A cochonilha rosada está presente em uma lavoura comercial de cacau (Theobroma cacao) e de café (Coffea canephora); e em hibiscos (Hibiscus rosa-sinensis L), cultivados em Mucuri (sede e Itabatã), Caravelas, Nova Viçosa (Posto da Mata), Ibirapuã e Itamaraju. Foram apreendidas e destruídas mudas, das quais 221 cítricas e 19 de hibiscos que estavam sendo comercializadas em hortos de Mucuri e Teixeira de Freitas. O cafeicultor importou material propagativo do Espírito Santo, possível área foco de dispersão da praga.
206 Palavras-chave: Cochonilha rosada do hibisco, dispersĂŁo, defesa agropecuĂĄria. Fomento: ADAB
207 Cadeias de produção vegetal Impactos das mudanças climáticas sobre a distribuição do ácaro vermelho das palmeiras, Raoiella indica, no Brasil Impacts of climate change on distribution of red palm mite, Raoiella indica, in Brazil Norton Polo Benito, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Denise Návia, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Manoel Guedes Corrêa Gondim Junior, Universidade Federal Rural de Pernambuco Emília Hamada, Embrapa Meio Ambiente Gabriela Garcia Marçal, Embrapa Meio Ambiente Thálita Carrijo de Oliveira, Universidade Federal de Lavras O ácaro vermelho das palmeiras, Raoiella indica Hirst, era regulamentado como Praga Quarentenária Ausente para o Brasil. Em 2009 este ácaro foi detectado em Boa Vista, Roraima, e, atualmente, sua distribuição é restrita aos estados de Roraima e Amazonas. São listadas como hospedeiras deste ácaro mais de 90 plantas, em sua maioria palmeiras, mas também musáceas, heliconiáceas, zingiberáceas e estrelitziáceas. No Brasil o ácaro vermelho das palmeiras foi encontrado em 16 plantas hospedeiras. Além de coqueiros e bananeiras, infestações foram observadas em outras palmeiras de importância econômica (pupunha, dendê, açaí), nativas (buriti) e diversas ornamentais. Estudos de dinâmica populacional de R. indica têm mostrado que as densidades populacionais deste ácaro estão correlacionadas com alta temperatura, baixa umidade relativa, baixa pluviosidade e fotoperíodos longos. O objetivo desse trabalho foi utilizar a ferramenta de Sistema de Informações Geográficas (SIG) para avaliar os impactos das mudanças climáticas no estabelecimento do ácaro no Brasil, baseando-se no cenário de emissões do Quarto Relatório do IPCC. Os mapas com as projeções mensais de áreas favoráveis à ocorrência do ácaro vermelho das palmeiras para os períodos de 1961-1990 e de 2071-2100 (cenário A2 do IPCC) foram elaborados empregando-se operações espaciais de expressão matemática e lógica. As regiões do Brasil foram classificadas seguindo uma distribuição de classes de favorabilidade climática ao desenvolvimento do ácaro. Os mapas de favorabilidade indicaram que muitas áreas no período presente observado (1961-1990) são favoráveis ao
208 estabelecimento do ácaro e nos períodos futuros estas áreas se tornarão mais favoráveis, ocorrendo um decréscimo de áreas desfavoráveis e pouco favoráveis. Palavras-chave: SIG, geoprocessamento, pragas quarentenárias, estabelecimento Fomento: Embrapa
209 Cadeias de produção vegetal INSETOS E ÁCAROS EXÓTICOS INTERCEPTADOS NA ESTAÇÃO QUARENTENÁRIA DE GERMOPLASMA VEGETAL, EMBRAPA RECURSOS GENÉTICOS E BIOTECNOLOGIA EM 2012 E 2013 INTERCEPTED EXOTIC INSECTS AND MITES AT THE PLANT GERMPLASM QUARANTINE STATION, EMBRAPA GENETIC RESOURCES AND BIOTECHNOLOGY IN 2012 AND 2013 Norton Polo Benito, Embrapa Helouise Montandon de Carvalho Rocha, Embrapa Francisco José Carvalho, Embrapa Ediney Alves Barreto, Embrapa Marcelo Lopes Silva, Embrapa Denise Návia, Embrapa A Estação Quarentenária de Germoplasma Vegetal (EQGV) da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia é uma das duas estações quarentenárias Nível 1 credenciadas pelo Ministério da Agricultura (MAPA). Na EQGV são realizadas análises fitossanitárias de material vegetal importado para pesquisa. No ano de 2012 e até julho de 2013 foram inspecionados 23.411 acessos, em sua maioria na forma de sementes e estacas. Neste trabalho são apresentadas informações sobre os insetos e ácaros exóticos interceptados na EQGV durante o ano de 2012 e 2013. As estacas foram analisadas através do exame direto e lavagem em solução de detergente e as sementes foram inspecionadas utilizando-se o exame direto e peneiramento. Os insetos e ácaros detectados foram preservados em lâminas de microscopia em meio de Hoyer ou Berlese e identificados ao microscópio óptico de contraste de fase e DIC (Nikon Eclipse 80i). O inseto Trogoderma variabile Ballion (Coleoptera: Dermestidae) foi interceptado em sementes de Gossypium hirsutum (algodão) provenientes do Texas/EUA, este gênero consta na lista de pragas quarentenárias editada pelo MAPA. Os ácaros exóticos interceptados foram: Brevipalpus tepicensis Baker & Tutle (Prostigmata: Tenuipalpidae) em estacas de Actinidia chinensis (kiwi), procedentes da Califórnia/EUA; Tyroborus sp. Oudemans, (Astigmata: Acaridae) em sementes de Crambe abyssinica (Crambe) procedentes da Holanda; e o ácaro quarentenário ausente (ver IN 52) Aculus schlechtendali (Nalepa,1890) (Prostigmata: Eriophyidae) em estacas de Malus sp. (maçã)
210 procedentes da França. Esses resultados reforçam a importância da inspeção entomológica e acarológica de todo material vegetal introduzido no Brasil. Palavras-chave: pragas interceptadas, inspeção acarológica, inspeção entomológica, segurança biológica Fomento: Embrapa
211 Outra APLICAÇÃO DO PROJETO FAZENDO EDUCAÇÃO EM ESCOLAS PÚBLICAS DA ZONA RURAL DA GRANDE ILHA DE SÃO LUIS, MARANHÃO IMPLEMENTATION OF THE PROJECT BY MAKING EDUCATION PUBLIC SCHOOLS IN RURAL BIG ISLAND OF SÃO LUIS, MARANHÃO ADRIANO MENDES MOURA, AGÊNCIA ESTADUAL DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MARANHÃO ROSIANE DE JESUS BARROS, AGÊNCIA ESTADUAL DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MARANHÃO FERNANDA AUGUSTA MARINHO DE ALBUQUERQUE, AGÊNCIA ESTADUAL DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MARANHÃO ANDREA FIRMINA MENDES COSTA TEIXEIRA, AGÊNCIA ESTADUAL DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MARANHÃO MICHELLE LEMOS VARGENS, AGÊNCIA ESTADUAL DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MARANHÃO NIVIA EVANGELISTA LIMA CARVALHO, AGÊNCIA ESTADUAL DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MARANHÃO A Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão - AGED/MA vem promovendo o Projeto “Fazendo Educação” objetivando proporcionar a alunos do ensino fundamental de escolas públicas da zonal rural, condição de agentes multiplicadores de informações e difusão das ações desenvolvidas pela Agência junto às famílias e comunidades. O Projeto foi dividido em duas fases. Na I etapa, foram selecionadas 07 escolas da grande ilha de São Luis, onde foram ministradas palestras sobre febre aftosa e agrotóxicos para 339 alunos. Nos meses de agosto e setembro de 2012, foram aplicadas entrevistas estruturadas, para identificação do público participante, análise do conhecimento adquirido e eficiência do projeto. Foi proposta produção de material educativo e artístico sobre os temas, utilizando recursos como teatro, paródias, cartazes, poesias, redações, com intervalo de 02 meses para elaboração e apresentação dos trabalhos. Na II etapa, houve a promoção de concurso com apresentação de trabalhos, onde deveriam ser utilizadas metodologias adequadas à realidade de cada escola, incentivando à criatividade, pesquisa e participação dos alunos. Em dezembro de 2012 foi realizada apresentação dos trabalhos das escolas participantes, premiando as 03
212 escolas de melhor desempenho com equipamentos eletrônicos e com medalhas simbólicas de ouro, prata e bronze os alunos participantes, além da divulgação das apresentações vencedoras em nível estadual nos eventos promovidos pela AGED/MA. Palavras-chave: alunos, ensino fundamental, defesa agropecuária
213 Outra OCORRÊNCIA DE RAIVA EM EQUÍDEOS NO ESTADO DE ALAGOAS: ESTUDO RETROSPECTIVO DE JANEIRO DE 2008 A JUNHO DE 2013 OCCURRENCE OF RABIES IN EQUINE IN THE STATE OF ALAGOAS: RETROSPECTIVE STUDY OF JANUARY 2008 TO JUNE 2013 Silvia Mayumi Tanaka, Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas ADEAL Luiz André Rodrigues de Lima, Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas - ADEAL Rosângela Maria Santos de Albuquerque, Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas - ADEAL
A raiva é uma enfermidade fatal causada por um vírus do gênero Lyssavirus, distribuída em quase todo o mundo. Na América do Sul, ela é transmitida por morcegos hematófagos, principalmente Desmodus rotundus. Em equídeos, sua apresentação clínica é variável, podendo ocorrer formas paralíticas e furiosas. Como na maioria dos casos existe probabilidade de exposição do homem, a falha na identificação da doença pode colocar sua vida em risco. O MAPA, através da IN nº 5/2002, estabeleceu vacinação para herbívoros domésticos e manejo/captura de morcegos como medidas de profilaxia e controle. Dada a evolução da equideocultura no cenário nacional, e ainda por se tratar de uma doença pouco estudada em equídeos, sobretudo no Nordeste brasileiro, a presente pesquisa teve como objetivo caracterizar a ocorrência natural de casos de raiva em equídeos no Estado de Alagoas. Durante o período de janeiro de 2008 a junho de 2013, a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (ADEAL) notificou 12 casos suspeitos de raiva, distribuídos em seis municípios. Informações sobre focos, constantes em Formulários de Investigação de Doenças (Form-In) foram inseridas no Sistema Continental de Vigilância Epidemiológica (SIVCONT). O diagnóstico laboratorial foi realizado no Lanagro-PE, pela técnica de Imunofluorescência Direta, sendo que 75% (9/12) dos equídeos analisados foram positivos e 25% (3/12) negativos. É importante destacar que o baixo número de casos de raiva registrados aliado a discreta distribuição espacial pelo território alagoano sugere que pode haver áreas silenciosas ou mesmo subnotificação. Diante desse cenário, faz-se
214 necessário aumentar as ações de vigilância epidemiológica e educação sanitária por parte dos serviços veterinários. Palavras-chave: Hidrofobia, equinos, Lyssavirus, Alagoas. Fomento: Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas - ADEAL
215 Outra A EXPANSÃO DA FRONTEIRA AGRICOLA EM BALSAS-MA E O USO DE AGROTÓXICOS. THE EXPANSION OF AGRICULTURAL FRONTIER IN BALSAS-MA AND USE OF PESTICIDES. Teresa Cristina Ferreira Santos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão-IFMA
A partir da década de 70, inúmeras famílias de agricultores chegaram ao município de Balsas, provocando mudanças na cidade. Atualmente, Balsas registra crescimento econômico significativo, com projeção nacional, em face da produtividade da soja e das possibilidades de sua distribuição nos mercados nacional e internacional. Cerca de 85% da soja produzida no Maranhão é destinada ao mercado externo e 15% ao mercado interno.(CASTRO;CASTRO, 2005) De acordo com Pires (1996) a ocupação agrícola do cerrado fez parte do processo amplo de modernização da agricultura brasileira, pois ofereceu oportunidade de expansão da fronteira agrícola, que enfrentava restrições no Centro-Sul e dificuldades de penetração na Amazônia. A localização geográfica do município de Balsas no Sul do Maranhão, na região do cerrado maranhense, com características próprias da região Centro-Oeste do Brasil, foi fator fundamental para implementação da monocultura da soja. Ademais, a distância do município a capital torna-se um fator preponderante, para a competitividade do produto, uma vez que, o fluxo de exportação da soja do Estado acontece pelo Porto do Itaquí, localizado na capital do Estado. Neste contexto, este trabalho tem como finalidade, mostrar como a fronteira agrícola de Balsas-MA ocasiona impactos sociais e ambientais. Para esta constatação, buscou-se informações com os produtores migrantes, agricultores familiares da área de Balsas-MA, a Agencia Agropecuária-AGED, detentora de competência de fiscalização agropecuária e o embasamento teórico através de artigos que tratam da expansão de fronteira agrícola. O modelo agrícola que se desenvolve no sul do Maranhão é baseado na monocultura e dependente de alta tecnologia, consequentemente de altos custos. Os produtores migrantes de Balsas/MA utilizam a racionalidade econômica pela utilização do pacote tecnológico: insumos agrícolas e máquinas. Analisando a situação do ponto de vista
216 de Miziara(2005), constata-se que os empresários capitalistas consideram a fronteira agrícola como área potencial onde podem alterar a variável econômica, nível de investimento associada ao padrão tecnológico, de acordo com seus interesses e possibilidades. Neste âmbito, ocorre investimentos, tanto que, na região de Balsas-MA, a média do custo utilizado na produção agrícola com fertilizantes chega a R$ 257,33, representando o maior custo em média, por hectare de soja plantado. Quanto ao uso de agrotóxicos, o custo médio por hectare está em R$ 226,00 para o segundo colocado, representando uma margem de custo significante, para a produção de 1 (hum) hectare. Podendo ocorrer, comprometimento com a lucratividade, tendo em vista que a resistência de pragas na monocultura pode aumentar o custo de produção, sendo este um dos problemas que afligem o produtor(GRAZIANO NETO,1980). Além disso, a fronteira agrícola pode ser percebida pela evolução do número de tratores, embora não seja este o único modo de percebê-la, pois a este estão associados insumos, fertilizantes etc.(MIZIARA, 2000). A fronteira agrícola de Balsas/MA demonstra essa associação, pela demanda por componentes essenciais a produtividade agrícola. Deste modo, o resultado da pesquisa revela que a expansão da fronteira agrícola em Balsas/MA, provocam problemas de ordem social, uma vez que, na ocorrência de aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas há substituição da mão de obra. Este fato revela-se por observação da proliferação da vila dos sem terras nos arredores dos grandes projetos agrícolas na região de Balsa-MA. Ademais, os dados da pesquisa mostram que na plantação de soja em Balsas/MA, 25% dos produtores fazem o manuseio dos agrotóxicos através da pulverização aérea/terrestre e 75% usam apenas a pulverização terrestre. A pulverização em sentido mais amplo pode estar causando problemas ambientais, como: contaminação de rios, contaminação das nascentes, contaminação do solo, e mesmo da saúde humana na região de Balsas/MA. Deste modo, pode-se inferir, pela utilização dos agrotóxicos, demonstrada tanto pelos produtores migrantes quanto pelo relato do trabalhador rural da área de baixão do município de Balsas-MA, pois em entrevista eles relatam: existe “[...] uma grande poluição nas águas que nós ‘bebemo’, porque até os peixes foram ‘se embora’. [...] os ‘colono’ descarrega ‘pra’ dentro dos nossos baixão e aquele adubo químico desce todo pra dentro dos nosso rio [...]”. Portanto, conforme essa assertiva há ocorrência de problemas ambientais no cerrado sul maranhense. Esta constatação reafirma a conclusão de Balsan (2006) de que a face
217 menos comentada quanto aos prejuízos desse sistema produtivo é a contaminação direta das pessoas pelos agrotóxicos. Nesse contexto, Ulrike (2004) reconhece que o monocultivo da soja, por sua baixa resistência natural a doenças e pragas, requer a aplicação de grandes quantidades de agrotóxicos. Dependendo do nível tecnológico, são aplicados de 5 a 10 litros de agrotóxicos por hectare. Assim, numa área de 18,5 milhões de ha de soja, são despejados de 92,5 a 185 milhões de litros de agrotóxicos a cada ano. A utilização desses produtos provoca prejuízos de ordem social e ambiental, pois cada porção de agrotóxicos derramada no meio ambiente acarreta um ataque mais forte e obriga o emprego de pesticidas mais potentes, que acabam por ficar sem efeito (BONILLA, 1992, p. 82). Isso representa a morte não só de microorganismos, mas também dos que manuseiam de forma direta e indireta esses produtos químicos. Cumpre ressaltar o alerta de Veiga (2007) quando diz que os agrotóxicos são compostos que possuem uma grande variedade de substâncias químicas ou produtos biológicos e que foram desenvolvidos de forma a potencializar uma ação biocida, ou seja, são desenvolvidas para matar, exterminar e combater as pragas agrícolas. A ilação deste trabalho mostra que a soja vai continuar avançando e deixando rastro de impactos socioeconômico e ambientais, pelas práticas agrícolas utilizadas, uma vez que a cultura da soja é exigente em produtos químicos e dependente de implementos agrícolas, que representam a soma de vultosos investimentos de capital. No que se refere aos agrotóxicos, percebe-se a fragilidade dos mecanismos da legislação referentes ao uso dos agrotóxicos na região de Balsas-MA. Palavras-chave: fronteira agrícola: monocultura; produtores migrantes.
218 Outra Identificação e diversidade genética de populações da praga Helicoverpa armigera (Hübner, 1805) (Lepidoptera: Noctuidae) do Norte e Nordeste do Brasil Identification and genetic diversity of Helicoverpa armigera populations (Hübner, 1805) (Lepidoptera: Noctuidae) from North and Northeast of Brazil Thiago Mastrangelo, UNICAMP
Infestações pela mariposa exótica Helicoverpa armigera (Hübner) desencadearam uma crise fitossanitária no Brasil, provocando até o 1º semestre de 2013 prejuízos de R$ 1,7 bilhões somente no oeste baiano. A similaridade dos caracteres morfológicos das lagartas de H. armigera com outras espécies, principalmente Helicoverpa zea (Boddie), têm dificultado a identificação dessa praga no país. Em julho de 2013, foi desenvolvida na UNICAMP uma metodologia molecular empregando DNA mitocondrial (mtDNA) para rápida identificação de lagartas de H. armigera. Como os limites genéticos entre H. armigera e H. zea ainda não foram estabelecidos pela falta de estudos de introgressão de mtDNA e hibridação entre as duas espécies, a viabilidade de se utilizar 3 genes nucleares também foi investigada. O DNA total das lagartas foi extraído através do método do fenol:clorofórmio. Para amplificação das sequências parciais dos genes estudados, foram utilizados os pares de primers COIF e COIR (Li et al. 2011) para o gene cytochrome C oxidase subunit I (COI), A-tLEU e B-tLYS para o gene cytochrome C oxidase subunit II (COII) (Liu & Beckenbach 1992), HibEfrcm4 e HibAlf para o gene elongation factor-1α (EF-1α), IDHdeg27f e IDHdegR para o gene isocitrate dehydrogenase (IDH), HibRPS5FF e HibRPS5FR para o gene ribosomal protein S5 (RpS5) (Wahlberg & Wheat 2008). As condições de PCR foram as mesmas descritas por LI et al. (2011), com modificações. Os amplicons foram sequenciados pelo ABI3730xl DNA Analyzer, utilizando-se o kit ABI BigDye Terminator. Todas as sequências foram obtidas com sucesso para as amostras de lagartas de Roraima, Piauí e Bahia. As 4 análises filogenéticas utilizadas (Neighbor-joining por Kimura two-parameters e uncorrected sequence divergences (p-distances), Bayesian inference e Maximum-likelihood) agruparam todos os espécimes do Norte e Nordeste em um único clado de H. armigera. As distâncias genéticas entre as amostras de H.zea de laboratório e H. armigera variaram entre 2-3%, e foram
219 maiores do que 3% em comparação com as outras 4 espécies de Helicoverpa (H.punctigera, H.gelotopoeon, H.assulta, e H.hawaiiensis), além de Spodoptera frugiperda e Heliothis virescens. Os DNA barcodes gerados pelo DnaSP.V5 software permitiram a visualização de 30 substituições nucleotídicas entre H.armigera e H.zea, havendo 14 caracteres diagnósticos que poderiam ser utilizados para discriminar as duas espécies. A maioria das amostras (76,9%) (haplótipos do gene COI) foi idêntica a haplótipos já descritos na China e Tailândia. Os fragmentos concatenados de COI+COII geraram 22 haplótipos diferentes, os quais foram compartilhados entre o Norte e Nordeste do Brasil. No geral, foi observada elevada diversidade haplotípica e baixa diversidade nucleotídica nas regiões analisadas. Os valores de pairwise FST não foram significativos, indicando que as populações de H.armigera estudadas não estão estruturadas no país. As distâncias genéticas entre H.armigera e H.zea obtidas com os 3 genes nucleares não foram maiores do que 2%, o que justifica a investigação de novos marcadores nucleares para diferenciação das duas espécies e seus híbridos. O uso de marcadores moleculares pode aumentar a acurácia dos sistemas de detecção de novas incursões dessa praga exótica no continente americano. Palavras-chave: DNA barcoding, diversidade genética, lagarta da espiga Fomento: FAPESP
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