Uma disponibilidade física ininterrupta por um preço que é acessível, respeitando as
preocupações ambientais (Agência Internacional de Energia)
Componentes: 1.Disponibilidade 2.Acessibilidade
3.Eficiência Energética 4.Sustentabilidade
O Índice de Segurança Energética Inteligente (ISEI) é um índice composto que relaciona o desempenho alcançado em seis dimensões influentes na segurança energética, nas vertentes económica, ambiental e geopolítica, a saber:
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Intensidade energética da economia
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Intensidade carbónica do sistema energético
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Energia primária de base renovável
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Electricidade «verde»
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Grau de dependência energética externa de combustíveis fósseis
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Grau de Desenvolvimento Energético
ISEI = ∑(IEe + ICse + EPR + ER) /4 * DE * DEn A Intensidade Energética da economia (IEe): indica a eficiência da utilização da energia para produzir valor acrescentado (Eurostat 2011, AIE 2011). É definido como o rácio entre o Consumo Final de Energia e o Produto Interno Bruto Intensidade Carbónica do sistema energético (ICse): a intensidade carbónica indica o grau de impacto ambiental proveniente da atividade humana. o rácio de emissões CO2 por Total de Energia Primária Consumida (TEP), de forma a medirmos o impacto ambiental gerado pelo sistema energético do Estado Para o presente trabalho, serão utilizados os dados fornecidos pela AIE; A Energia Primária de origem Renovável (EPR): a produção de energia primária é a extração de energia de uma fonte natural (Eurostat 2011, IEA 2011). A energia renovável inclui a hidroelectricidade, a biomassa, o vento, o sol, as ondas e a geotermia A Eletricidade de base Renovável (ER): agrega o total de eletricidade gerada a partir de fontes energéticas de base renovável (Eurostat 2011, IEA 2011).
A Dependência Energética (DE): a dependência energética mostra qual a intensidade das importações que um Estado tem de suportar para fazer face às suas necessidades energéticas. É calculada com base no rácio das importações líquidas e o consumo final de energia (Eurostat 2011, IEA 2011). O Desenvolvimento Energético (DEn): o desenvolvimento energético mostra o grau de modernidade das infra-estruturas energéticas e o grau de universidade de acesso a energia por parte da população. É tido em conta o cálculo do Índice de Desenvolvimento Energético realizado pela AIE.
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O Brasil apresenta o maior Índice de Segurança Energética Inteligente (ISEI) devido a uma matriz energética com uma elevada componente renovável nos biocombustíveis de produção endógena e auto-suficiência em hidrocarbonetos. Mas precisa de melhorar a eficiência e o acesso universal à energia.
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Os PALOP e Timor-Leste possuem um excelente potencial energético de base renovável que poderá ser alavancado por via da produção descentralizada (mini-centrais de biomassa integradas com solar e micro-eólicas), melhorando simultaneamente o acesso universal à energia (exemplos: Aldeia Solar em Angola e centrais solares em Cabo Verde).
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A produção de biocombustíveis sustentáveis pode ser um contributo importante para a melhoria do acesso universal à energia e a diversificação do sistema energético, simultaneamente dinamizando as economias locais (exemplos: etanol no Brasil, Jatropha em Moçambique). O território da Guiné-Bissau apresenta um enorme potencial neste domínio.
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Portugal, face ainda à não exploração de hidrocarbonetos, apresenta um ISEI com um desempenho assinalável devido sobretudo aos seguintes fatores: um acesso universal à energia de qualidade e um bom aproveitamento do seu potencial eólico e hídrico. Precisa de melhorar a sua intensidade energética e carbónica, bem como mitigar o seu elevado nível de dependência energética (81%)
•Existe um elevado potencial de cooperação científica, técnica, universitária, empresarial e diplomático no domínio da segurança energética da CPLP, dado que os perfis dos países da comunidade complementam-se em termos de necessidades e sinergias: » Portugal e Brasil poderão disponibilizar know-how técnico de elevado valor e agilizar a captação de recursos financeiros na UE para I&D e projetos de desenvolvimento » PALOP e Timor-Leste poderão beneficiar deste conhecimento para desenvolver as suas economias, aumentar o bem-estar da sua população, melhorar a produtividade dos seus recursos e aumentar o seu peso diplomático na cena internacional
Principais linhas de reflexão política • Melhorar as infra-estruturas de acesso e distribuição de serviços energéticos, sendo possível neste domínio estabelecer iniciativas de cooperação técnico-científica com Portugal, devido ao conhecimento e boas práticas portuguesas neste domínio • Ainda no capítulo do desenvolvimento energético, explorar o potencial das soluções descentralizadas de energia híbridas (renováveis integradas com gás natural e/ou diesel) para fornecimento energético a populações isoladas • Manter e aumentar a prospeção para a Exploração&Produção (E&P) de hidrocarbonetos não convencionais (deep off-shore, shale gas, oil shale) em território nacional, fomentando projetos de cooperação técnico-científica (formação avançada e I&D) nestes domínios com países da CPLP (p.e. Portugal, Angola, Moçambique e Timor-Leste)
Principais linhas de reflexão política • Manter e aumentar de forma sustentável (ambiental e economicamente) a introdução de energia primária renovável, bem como de eletricidade «verde»
• Aumentar a eficiência do sistema energético e de transportes, bem como melhorar a intensidade energética da economia, por via da utilização mais racional da energia e do uso do gás natural na mobilidade • Ainda no domínio dos transportes, fomentar a introdução de biocombustíveis sustentáveis, fomentando projetos de cooperação técnico-científica neste domínio com países da CPLP (Ex, projetos da Galp Energia em Moçambique Brasil) • Manter e aumentar a prospeção para a Exploração&Produção (E&P) de hidrocarbonetos não convencionais (deep off-shore, shale gas, oil shale) )
Principais linhas de reflexão política • Introdução de tecnologias avançadas na utilização da energia primária renovável (na sua maioria, material lenhoso e biomassa), para aumentar a eficiência do sistema energético sem agravar a sua intensidade carbónica nem a intensidade energética da economia. Por exemplo, na iniciativa Aldeia Solar (instalação de painéis solares nos pequenos povoados) estudar a introdução de sistemas descentralizados de produção de energia eléctrica híbridos, em que se utilize biomassa (lenha e resíduos agrícolas). Esta iniciativa também pode servir de fornecimento energético para instalação de novas indústrias. • Fomentar a produção de biocombustíveis sustentáveis para consumo interno e exportação, criando emprego sustentado a nível local, bem como estudar formas de utilização racional do gás natural • Melhorar as infra-estruturas de acesso e distribuição de serviços energéticos e aprofundar a exploração petrolífera e de gás não convencional
Principais linhas de reflexão política • Introdução de tecnologias avançadas na utilização da energia primária renovável (na sua maioria, material lenhoso e biomassa), para aumentar a eficiência do sistema energético sem agravar a sua intensidade carbónica nem a intensidade energética da economia. Estudar a introdução de sistemas descentralizados de produção de energia eléctrica híbridos (GPL, diesel), em que se utilize biomassa (lenha e resíduos agrícolas). Esta iniciativa também pode servir de fornecimento energético para instalação de novas indústrias. • Fomentar a produção de biocombustíveis sustentáveis para consumo interno e exportação, criando emprego sustentado a nível local, bem como estudar formas de utilização racional do gás natural – poderão ser desenvolvidas iniciativas de cooperação técnico-científica (formação avançada e I&D) nestes domínios com países da CPLP • Melhorar as infra-estruturas de acesso e distribuição de serviços energéticos e aprofundar a exploração petrolífera e de gás não convencional
Principais linhas de reflexão política • Introdução de tecnologias avançadas na utilização da energia primária renovável (na sua maioria, material lenhoso e biomassa), para aumentar a eficiência do sistema energético sem agravar a sua intensidade carbónica nem a intensidade energética da economia. Estudar a introdução de sistemas descentralizados de produção de energia eléctrica híbridos (GPL, Diesel), em que se utilize biomassa (lenha e resíduos agrícolas). Esta iniciativa também pode servir de fornecimento energético para instalação de novas indústrias. • Tendo em contas as condições climáticas húmidas e tropicais, fomentar a produção de biocombustíveis sustentáveis para consumo interno e exportação, criando emprego sustentado a nível local – poderão ser desenvolvidas iniciativas de cooperação técnico-científica (formação avançada e I&D) nestes domínios com países da CPLP • Melhorar as infra-estruturas de acesso e distribuição de serviços energéticos
Principais linhas de reflexão política • Introdução de tecnologias avançadas na utilização da energia primária renovável (solar, eólica, ondas, hídrica [STP]), para aumentar a eficiência do sistema energético sem agravar a sua intensidade carbónica nem a intensidade energética da economia. Estudar a introdução de sistemas descentralizados de produção de energia elétrica híbridos (GPL, Diesel), em que se utilize biomassa (lenha e resíduos agrícolas) e/ou solar. Esta iniciativa também pode servir de fornecimento energético para instalação de novas indústrias. • Tendo em contas as condições climáticas e insulares, fomentar a produção de biocombustíveis sustentáveis em mar, considerando as opções das micro-algas e macro-algas criando emprego sustentado a nível local – poderão ser desenvolvidas iniciativas de cooperação técnico-científica (formação avançada e I&D) nestes domínios com países da CPLP • Melhorar as infra-estruturas de acesso e distribuição de serviços energéticos
Rede Científica para a Segurança Energética CPLP
uma cooperação estratégica inovadora
em que todos ganham!