Design - Entendendo para depois criar

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Design Entendendo para depois criar



Design Entendendo para depois criar Renan Melgaço 1ª Edição


Sumรกrio


Apresentação

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Grid

pg. 10

pg. 12

Componentes Tipos

2

Cores

pg. 18

Cor-luz Cor-pigmento

3

Tipografia

pg. 24

Escolha de fontes Nomenclatura

Bibliografia

pg. 30

Glossário

pg. 32


Apresentação

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Este livro é de fácil leitura, estruturado como um guia, dividido em capítulos curtos e objetivos É indicado para aqueles que, repito, tem talento para o design, gosta do mundo que o envolve e muito além disso, é empreededor o suficiente para querer aprender mais e mais. Se você pretende mesmo estudar design ou já estuda, não é questão de desanimar, mas de saber agir corretamente dentro de uma realidade, que nem sempre é a que imaginamos ou a que nos passam na faculdade. É perfeitamente possível viver de design e viver bem, mas é preciso estar ciente de vários detalhes e dicas que o autor vai passando ao longo do texto, configurando um mini-guia sobre grid, cores e tipografia, fundamentos essenciais que todo o designer deve conhecer. Por essas e outras eu repito: Se quiser entrar para esta profissão, converse antes com quem já está no ramo ou leia esse livro.

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Grid

Componentes Tipos

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Definição Um grid é uma malha construída com diversos retângulos, usada para ordenar elementos gráficos. Segundo Derek Birdsall (apud Tondreau): “os grids são os elementos mais mal compreendidos e mal-utilizados no layout de páginas. Um grid é útil apenas se for derivado do conteúdo que ele pretende tratar.” Ou seja, só podemos partir para a criação de um grid após termos definido o tipo de projeto que estamos trabalhando. O grid sempre é construído após termos definido o conceito do trabalho, afinal, “o conteúdo determina a estrutura que o grid terá” (TONDREAU, 2009). As maiores vantagens de se usar grids em um trabalho é a clareza, organização e facilidade de distinção entre as diferentes informações contidas no layout (tanto na hora de criação pelo designer, quanto pelo usuário que consegue navegar com uma facilidade muito maior pelo trabalho

Componentes Margens: espaços negativos entre a borda da página e a área do conteúdo. As margens exercem grande influencia sobre o conceito trabalhado no projeto, e por isso seu tamanho deve ser muito em estudado. Podem servir tanto como área de descanso para os olhos, como para chamar a atenção para o conteúdo que elas enquadram.

Linhas de fluxo: alinhamentos horizontais no espaço. Não são linhas visíveis, mas são usadas para guiar o sentido de leitura do usuário pela página.

Zonas especiais: grupos de módulos que formam campos distintos. Esses campos servem para informações específicas do projeto (imagens, publicidade, etc).

Módulos: cada pequena unidade que compõe a malha. São espaçados uniformemente e permitem inúmeras possibilidades de composição.

Marcador: elementos que auxiliam na navegação pelo documento, como número de página, título de seção, etc.

Coluna: áreas verticais que contém texto ou imagens. As colunas podem ter o mesmo tamanho ou tamanhos variados, dependendo da informação que está sendo trabalhada e dos elementos gráficos a se dispor no layout.

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Tipos Grid de uma coluna: geralmente usado em textos corridos como relatórios e livros. O foco nesse tipo de grid é o texto.

Grid de duas colunas: pode ser utilziado quando temos grande volume de texto e precisamos apresentar conteúdos diferentes. As colunas podem ser iguais ou diferentes, dependendo do contexto.

Grid de múltiplas colunas: usualmente aplicados em sites e revistas, permitem uma flexibildiade muito maior que os anteriores. Combina colunas de larguras iguais ou diferentes (geralmente larguras diferentes).

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Grids modulares: permitem um controle mais refinado em trabalhos com grande número de informações, como jornais, calendários, etc. São compostos por uma combinação de colunas, que organizam o conteúdo em porções pequenas de espaço.

Grids hierárquicos: uma estrutura organizada em zonas de hierarquia, que muitas vezes é compostas por colunas horizontais

Livros recomendados Grid: construção e desconstrução, de Timothy Samara

Grid Systems, Raster Systeme, de Josef Muller-Brockmann

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Cores

Cor-luz Cor-pigmento

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Definição A cor faz parte do nosso mundo e está tão presente que muitos de nós já não dá tanta importância, tornou-se corriqueiro, algo que já é inerente ao ser. Desde o momento em que acordamos estamos em contato com as cores: ao nos depararmos com as cores do nosso quarto, ao escolhermos a roupa para vestirmos, quando saímos vemos os muros e outdoors da cidade nos invadindo de cores, ou mesmo se ficarmos em casa, tudo está repleto de cores. Mas, o que é a cor? Só podemos perceber as cores quando temos luz. Cor é luz. A luz emitida, seja pelo sol ou por uma lâmpada, contém todas as cores do arco-íris. A luz branca é constituída pela reunião de numerosas radiações coloridas que podem ser separadas. A cor é o resultado do reflexo da luz que não é absorvida por um pigmento. Assim podemos perceber que a cor é uma sensação provocada pela luz sobre nossos olhos. Podemos estudar as cores sob dois aspectos que estão diretamente relacionados, embora sejam aparentemente opostos: a cor-luz e a cor-pigmento.

Cor-Luz Você já viu um arco-íris? Ao incidir nas gotas de água da chuva os raios da luz solar se decompõem em várias cores. São radiações coloridas. Semelhante a um arco-íris temos um prisma comum, onde a luz branca é dividida em um espectro de cores. Essas cores — vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta — compõem o que é chamado de espectro visível da luz, que são freqüências do espectroeletromagnético (“luz”) que podemos ver a olho nu. O que nos dá um total de 7 cores. Porém, temos milhões de cores diferentes na transição de uma cor para outra. Estudos nos mostram a classificação das cores, são elas: primária, secundária e terciária. A qual gerará o círculo cromático e diante deste teremos também as cores complementares e análogas, além de muitos outros estudos e definições.

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Cor-Pigmento O pigmento é o que dá cor a tudo o que é material. Os homens primitivos descobriam as cores pela experiência. As pinturas rupestres eram feitas com os mais variados tipos de pigmentos naturais: plantas, terra, carvão, e até o sangue dos animais que caçavam. As técnicas de pintura se desenvolveram, se industrializaram e a tecnologia criou os pigmentos sintéticos. Cores "artificiais", feitas em laboratório, mas tão intensas e belas como as cores naturais que tentam imitar. Muitas tintas industrializadas ainda são feitas com pigmentos naturais, mas já existem pigmentos sintéticos de todas as cores. Os corantes também são pigmentos. A mistura de pigmentos altera a quantidade de luz absorvida e refletida pelos objetos. Cada um reflete somente a cor que não é absorvida. Por exemplo: o pigmento amarelo absorve da luz branca as cores azul violeta, azul cian, verde, vermelho alaranjado e vermelho magenta, e reflete somente a luz amarela, que é a cor que podemos ver. Seguindo os estudos de Newton, podemos classificar as cores pigmento inversamente a cor-luz, pois é assim que nossos olhos podem ver, perceber e misturar as tintas. Essa mistura de cor-pigmento é chamada de mistura subtrativa, por ser oposta a mistura aditiva que acontece com a cor-luz.

Livros recomendados O guia completo da cor - Tom Fraser e Adam Banks

Psicodinâmica das Cores em Comunicação - Clotilde Perez

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Tipografia

Escolha de fontes Nomenclatura

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Significado A tipografia (do grego typos — "forma" — e graphein — "escrita") é o processo de criação e feitura de tipos, quer metálicos, quer de fontes digitais. É o conjunto de práticas subjacentes à criação e utilização desímbolos visíveis relacionados aos caracteres ortográficos (letras) epara-ortográficos (tais como números e sinais de pontuação) parafins de reprodução, independentemente do modo como foramcriados (à mão livre, por meios mecânicos) ou reproduzidos(impressos em papel, gravados em um documento digital).

Composição e paginação Como no design gráfico em geral, o objetivo principal da composição e paginação é dar ordem estrutural e forma à comunicação impressa. A composição tipográfica deve ser legível, considerando o contexto em que o impresso é lido e os objectivos da sua publicação. A composição e paginação é realizada através da escolha adequada de fontes tipográficas, do layout de texto, a sensibilidade para o tom do texto e a relação entre texto e os elementos gráficos na página. Todos esses factores são combinados para que o layout tenha uma “ressonância” apropriada ao conteúdo abordado. No caso dos print media, os designers gráficos devem preocupar-se com a escolha do papel adequado, da tinta e dos métodos de impressão. Com o advento da computação gráfica, a tipografia digital ficou disponível para designers gráficos. Hoje qualquer um pode escolher uma fonte e compor textos. Mas essa democratização tem um preço, pois a falta de conhecimento e formação adequada criou uma proliferação de textos mal diagramados e fontes tipográficas mal escolhidas. O conhecimento adequado (know-how) do uso da tipografia é essencial para os designers que trabalham na composição e no design de comunicação, ou seja, na relação de texto e imagem. A tipografia é um dos pilares do design gráfico e uma matéria necessária aos cursos de design. Para o designer que se especializa nessa área, a tipografia revela-se um dos aspectos mais complexos e sofisticados do design gráfico.

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Escolha de fontes Os critérios a aplicar para uma selecção de fontes variam substancialmente, consoante se trate de uma Corporate Typography, de uma sinalética, de um layout de jornal, de uma campanha publicitária, etc. Quando da selecção de fontes para um dado trabalho tipográfico, vários aspectos devem ser considerados: A fonte pertence a uma família que proporcione todos os pesos e cortes necessários? A fonte pertence a um clã de fontes que proporcione variantes com e sem serifa? (Este aspecto é importante na escolha de uma Corporate Tipography. Aspectos históricos - lugar e ano de criação, autor, contextos em que foi utilizada desde sua criação. Aspectos técnicos: será que o set de glifos incluiu todos os diacriticos e sinais de pontuação necessários? Aspectos funcionais: legibilidade, que é a usabilidade das letras (design das letras, formas características, espaçamentos. Estética, relação entre os diferentes caractéres e cortes. Precisão do typeface design, definição de contornos, hints. Relacão com outras fontes utilizadas no mesmo documento. Aspectos de concordância (romano e itálico de uma mesma fonte).

Livros recomendados Tipo­gra­fia – Paulo Heitlinger

The Com­plete Manual of Typo­ graphy - James Felici

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Nomenclatura tipográfica Cada letra é composta por várias “partes”, que, juntas, completam o corpo de seu desenho tipográfico. Olho, altura, hastes, faz parte do vocabulário do tipógrafo e do designer.

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Bibliografia Grid CARUSONE, Antonio. The grid system. Disponível em: http://www.thegridsystem.org/. Acesso em 18 de abril de 2012.

SAMARA, Timothy. Elementos do design: guia de estilo gráfico. Tradução Edson Furmankiewkiewicz – Porto Alegre: Bookman, 2010.

TONDREAU, Beth. Criar Grids: 100 fundamentos de layout.Tradução Luciano Cardinali – São Paulo: Editora Blucher, 2009.

Cores "Teoria das cores" - Sâo Paulo: UDESC 2006. Internet: http://www.design.udesc.br/ Utilidade...das20Cores.pdf

MARINI, Fernanda. "Capítulo: Teoria das Cores - Apostila de Photoshop". Belo Horizonte, 2005.

MARINI, Fernanda, ORSATI, Lígia. "COR, muito além do fenômeno visual" São Paulo: Universidade Anhembi Morumbi ,2003.

ROCHA, Ana. "Criando memórias: Princípios básicos do scrapbooking". São paulo: Scrapping Mania,2005

SAMPAIO-RALHA, Jurema. A Teoria das Cores, 2006. Disponível na Internet em http://www.geocities.com/strani_felicita/distincao.htm

WORQx. Color Systems, 2006. Disponível na Internet em http://www.worqx.com/color/ color_systems.htm

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Tipo ADOBE. FontLab Studio 5, user’s manual for Windows. Adobe Systems, 2006. <http://www.fontlab.com>

ADOBE. OpenType user guide v36. Adobe Systems, 2007. <http://www.adobe.com/type/opentype>

RODRÍGUEZ, Daniel. Tipografía Digital: Propuesta de un nuevo sistema paramétrico para el diseño y la digitalización de alfabetos. Tese de doutoramento, Universitat de Barcelona, 2006.

VAL, Juan Martínez. Tipografía Práctica, usos, normas, tecnologías y diseños tipográficos en los inicios del siglo XXI. Ediciones del Laberinto, 2002. ISBN 84-8483-123-X

Analítico e semiótico da tipografia produzida por não-experts. Curitiba, 2008. 156p. Dissertação (Mestrado em Design) – Programa de Pós-Graduação em Design, Universidade Federal do Paraná – UFPR.

Brisolara, Daniela Velleda. 2008a. Princípios para a proposição de um modelo analítico da tipografia com abordagem semiótica. Anais do 8º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design – P&D Design 2008, São Paulo.

Cauduro, Flávio Vinícius. 1998. A prática semiótica do design gráfico. Verso&Reverso, n. 27, pp.63-84.

Cauduro, Flávio Vinícius. 2002. Design tipográfico e subjetividade. Anais do 5º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design – P&D Design 2002, São Paulo.

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Glossario Arte Final (Dg.) Trabalho artístico pronto para entrar na fase de produção gráfica, com as devidas indicações de áreas de cor, retículas, fotografias, ampliações, reduções, etc. Banner (Mk.) [ Ingl . ] Bandeirola. Peça promocional de papel, plástico ou tecido, impressa em diversos formatos, de ambos ou um só lado, contendo mensagens completas em cada unidade, ou distribuídas numa seqüência de várias bandeirolas. Na Internet, é uma das formas mais tradicionais de publicidade interativa – consiste em um anúncio (objeto gráfico) ou mensagem inserido numa página da Internet. Pode ter vários formatos, com preço variável. Quando se clica sobre ele, tem-se acesso a informações mais detalhadas, geralmente com links para outras páginas, inclusive de anunciantes. Boneca/boneco (Dg.) Esboço que dá uma idéia do aspecto que terá uma publicação ou qualquer outro trabalho gráfico, depois de impresso. Mostra o conteúdo e a disposição das páginas, servindo depois para orientar a montagem da edição. Caixa Alta (Dg.) O mesmo que letras maiúsculas, aplicadas em toda a extensão de determinado texto. Caixa Baixa (Dg.) O mesmo que letras minúsculas, aplicadas em toda a extensão de determinado texto. Corpo (Dg.) Dimensão das letras usadas em textos, representada por números que identificam a quantidade de pontos gráficos (unidade de medida). Design [Ingl.] Atividade criativa que estabelece as funções e qualidades de diferentes objetos, processos, serviços e sistemas, abrangendo todo seu ciclo de vida, preocupandose especialmente com a interação entre estes e seus usuários. É fundamental para a humanização inovadora de tecnologias e o intercâmbio econômico e cultural entre os povos. (Ver Desenho industrial, Interface). Designer [Ingl.] Profissional que atua em algum dos diversos campos do design (gráfico, de produto, de embalagem etc.). Para desempenhar sua atividade, leva em conta tanto as necessidades e peculiaridades dos usuários de seus produtos como as condições de produção e do mercado alvo.

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Esta edição, de que se fez 1 exemplar, foi composta e montada por RENAN MELGAÇO PEREIRA TORRES, seleção de cores e impressão pela COPIADORA RIOS.

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