REVISTA PONTO DE VISTA

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ABRIL 2020

PONTO DE VISTA NOVOS OLHARES PARA UM NOVO MUNDO

SHOW DE MÍMICA

A quarentena na janela e um show de mímica aproxima as pessoas!

A MODA É EMPREENDER

O TEMPO DO AMOR

Jovens estudantes do ensino médio desenvolvem marca de roupa boa, bonita e barata!

Casal comemora bodas de ouro assinando o divórcio!

@FILOSOFIADOSER


editorial ORGANIZAÇÃO: RENATA STORT PRODUÇÃO ESCOLA STAGIUM TEXTOS: ANDRÉ LUÍZ CAJAIBA | CAIO SANTANA CLÁUDIO ARAÚJO | EDUARDO FURTADO EDUARDO PESSOA | GIOVANNA MELO GIULIANNA CROCE | GIULLIA MARIAH GUILHERME ALVES | GUILHERME KEILLER ISABELLA SAITO | JULIA FONSECA KAUAN COSTA | LAURA DE CASTRO LAVÍNIA SOUSA | LEONARDO DE PAIVA LUCCAS ZAPAROLI | LUÍSA CALDEIRA MARCELLA DE FREITAS | MARIA EDUARDA MOURA | MARIA EDUARDA LAFFOT MARIA FERNANDA LOPES | MARIANA GOBATO MATHEUS MONTEIRO | SOPHIA OLIVEIRA TAINÁ PARENTE | YASMIN AMARAL YOHANNA MAFRA REVISÃO MIRIAM KEESSE IMAGENS WWW.UNSPLAH.COM

redes sociais @escolastagium @filosofiadoser


Em um beco após terminar seu relacionamento, segurando uma grade.Será que esta grade está dividindo o seu amor?Será que grades separam alguns amores ou alguns amores são as próprias grades? por Cláudio Araújo


para seus 3 milhões de seguidores!

Após a chegada do crepúsculo, John finalmente se libera da sua prisão.Um quarto que apenas trazia estresse e angústia, um quarto onde a única coisa que John via era um grande e curvo quadrado.Abaixo do quadrado um brilhante conjunto de teclas.

POR EDUARDO BATISTA G. FURTADO

E tanto o quadrado, quanto o conjunto de teclas ligados ao grande e brilhante gabinete. John ao sentar-se em sua cama, percebe que o trabalho que um dia por ele foi tão amado, se tornou uma prisão, pois John já não sabia o que trazer de novo para seus 3 milhões de seguidores!


O VÍCIO SÓ TE COMPENSA COM A TRISTEZA POR EDUARDO PESSOA MORENO


LANÇAMENTO

EMPRE ENDER Jovens criam nova marca de roupas a um preço mais acessível POR GIOVANNA MELO ROSSETO

Empresa fundada por três

arrumou emprego. Sabendo

amigos que resolveram fazer

disso, eles tiveram a

uma marca de roupas do zero,

inspiração de fazer roupas a

durante o Ensino Médio. A

preços bem acessíveis com

ideia surgiu quando eles

materiais bons, reduzindo

perceberam que a realidade

bastante o próprio lucro para

deles era como a de muitos

ajudar a todos. Em um ano a

jovens: a maioria está saindo

marca teve uma explosão de

da escola e indo para a

vendas e os donos já

faculdade, mas ainda não

pretendem construir uma loja física.


AMAR É [TAMBÉM] ESPERAR por Giulianna Andrea Croce

O ano era 1939. O início da Segunda guerra Mundial

O

ano era 1939. O início da Segunda Guerra Mundial. Lizzie era casada com Mark, que é do exército, e consequentemente foi convocado para a guerra. Um mês após sua partida, Lizzie descobriu que estava grávida e mal podia esperar para Mark voltar para dar a notícia e ambos criarem o filho deles.O ano era 1940. Não havia notícias de Mark, nem mesmo as piores.

O filho deles acabara de nascer com os mesmos traços do pai. Todas as tardes, Lizzie ficava na janela, na esperança de ver a uma longa distância o marido retornando para o lar e para seus braços.O ano era 1941, mas nada mudava. Todas as tardes, estava Lizzie à frente da janela esperando seu querido marido voltar.Até que, um certo dia, ela viu um homem com roupa de militar se aproximando.

Saiu correndo da janela para abrir a porta, com uma felicidade inimaginável. Todavia, não era seu marido e enfim ela recebeu notícias de Mark, porém as piores. Como de costume, todas as tardes ficava à janela, lembrandose de tudo que passaram juntos e observando seu filho Ross brincando no quintal.


POR GUILHERME HEINRIH KEILLER

UMA GAROTA SONHADORA e seu desafio agora era ainda maior Uma garota sonhadora que adorava andar de skate, seu sonho era competir em um torneio, ela treinava com seus amigos todos os dias e mesmo caindo algumas vezes sempre levantava com um sorriso. Um certo dia acabou sofrendo um acidente que tirou uma de suas pernas, desolada chorava e evitava falar sobre o ocorrido durante muito tempo. Sua família ficou sabendo de um torneio na cidade que aconteceria depois de duas semanas, sem contar a ela do torneio, seus pais tiveram uma ideia… No dia seguinte, lhe deram uma prótese de perna e a levaram para visitar um asilo. Chegando lá, ela viu vários idosos que na maioria precisavam de ajuda para levantar ou fazer tarefas que para ela eram simples como comer, por exemplo. Andando pelo local, ela viu um idoso bem elétrico que estava dançando e cantando em uma sala com várias pessoas assistindo, até que ela resolveu chegar mais perto e ao prestar mais atenção percebeu que ele também não tinha uma de suas pernas. Mesmo assim continuava tão feliz e ativo, provavelmente seguindo seu sonho.

Foi quando ela percebeu que não importava o que acontecesse quando se está disposto a seguir um sonho nada pode fazê-lo parar se você não olhar para trás. Ao final da visita viu seu pai com o skate na mão, ela deu um abraço em seus pais e foram até o parque vê-la andar pela primeira vez nesta nova experiência. Ela ficou sabendo do torneio e treinou mais do que o comum, afinal, o desafio agora era ainda maior. Passadas quase duas semanas era o dia do torneio, ela se preparou e de cabeça erguida quase não lembrava de sua perda, competiu e mesmo com todo seu esforço, chegou em segundo lugar, mas não deixava de sorrir no final do dia. Estava com seu amigo no parque e ele virou para ela e disse: Ëu admiro muito você, mesmo não tendo conseguido chegar em primeiro lugar, como era o seu sonho um dia, caindo várias vezes você sempre levanta com um sorriso¨. Ela sorrindo respondeu: Ëu acredito que os erros que cometemos e as cicatrizes que nós criamos são frutos de um esforço de algo que sempre sonhamos e que devemos nos alegrar por tê-los, pois eles são nossos maiores professores¨.


por Isabella de Oliveira Saito

UM NOVO OLHAR

AO VER ESSA IMAGEM, O QUE VOCÊ ACREDITA QUE ACONTECEU COM ESSE RAPAZ? Texto 1: Há dois anos, Mônica Garcia faleceu. Era uma mãe muito carinhosa, adorava lecionar, ajudava sempre que podia. Um certo dia, Mônica descobriu que tinha câncer de mama. Ficou abalada, mas sabia que iria resolver este problema. Contou para seu único filho, Pedro Garcia, disse que alguns dias atrás percebeu nódulos em suas duas mamas e assim que acabou a sua aula, foi ao médico. Pedro disse que faria tudo que fosse possível para salvar sua mãezinha. Ele ajudou, ia com sua mãe nas sessões de quimioterapia, cuidava de tudo para que ela não precisar se preocupar. Aproximaram-se muito, mas algo aconteceu. Ao receber sua carteira de habilitação, Pedro parou de dar atenção para sua mãe, só se importava com as festas que iria ter nas férias. Sua mãe, sem a ajuda necessária, não conseguia ir sozinha para o hospital e nem tinha a quem pedir ajuda. Seu caso foi piorando, até que em menos de dois meses Mônica foi a óbito. Desde então, Pedro fica se isolando e culpando-se pela morte de sua mãe.

Texto 2: Daqui a duas semanas será o aniversário da minha mãe, quero que seja uma grande comemoração, pois também fará um ano que ela superou o câncer. Foi um momento muito difícil, mas conseguimos. Nessa última semana estou indo a Campos para organizar a festa, ela quer que seja num ambiente aberto e agradável. Então, vou para esse lugar e imagino se ela iria gostar. Fico todo orgulhoso só de pensar na fantástica mãe que tenho e quero que esse dia seja perfeito para ela.

OS DOIS TEXTOS SÃO INTERPRETAÇÕES DE UMA ÚNICA IMAGEM, POSSUEM FATOS EM COMUM E DIFERENTES PONTOS DE VISTA, MAS O QUE IMPORTA É COMO VOCÊ A INTERPRETA.


Madrugadas e madrugadas Tudo começou quando eu estava em mais uma das minhas madrugadas, deitado na cama quentinho com minhas cobertas, assistindo Harry Potter quando ouço um barulho forte vindo do meu estômago, eu estava faminto. Já que eu estava morrendo de fome resolvi descer para comer algo, eu procurei nos armários, na geladeira, na mesa, enfim em todos os lugares e não encontrei nada. Eu já estava a ponto de surtar quando abri o congelador, vi um saco de batatas e logo pensei “eu não sei fritar”, mas eu estava com muita fome, então não custava tentar. Liguei o fogo, coloquei a panela com óleo, deixei um tempo e fui com uma espátula colocar a batata, só que eu não imaginava que respingariam daquela maneira. Fiquei morrendo de medo, então sentei no chão da cozinha, achei que tudo iria explodir e que realmente seria meu fim. Apenas abaixei a cabeça e esperei para ver se a morte chegaria.

POR JULIA FONSECA DE MIRANDA


18

ATTIC | JANUARY 2016

UM PADRÃO QUE MACHUCA POR LAURA DE CASTRO GARCIA

Quando pequenos Não ligamos para o que falam Se é feio ou bonito Certo ou errado Só pensamos em ser felizes Mas quando crescemos Duvidamos de tudo o que pensam Nos agarramos A esse padrão Que só nos algemam

Achamos que o tal padrão Nos trará felicidade E até fingimos que estamos felizes Mas lá no fundo nós sabemos Que tudo o que ele fez Foi nos deixar cicatrizes Até que enfim percebemos Que para sermos felizes Devemos ser apenas nós mesmos Os verdadeiros ficarão ao nosso lado E aqueles que forem embora Só farão parte do passado


LIBERDADE. ERA A SENSAÇÃO

quase como se o ânimo que antes a preenchesse, se esvaísse lentamente. Nada. Era a sensação. Sentia o nada? Ou não sentia nada? Não sabia. Não fazia diferença. Porque naquele momento era fácil, era simples, apenas

POR LAVÍNIA SOUSA OLIVEIRA

estar ali, sem precisar sentir. Não tinha caos, nem calmaria. A única coisa que

Ela acabara de chegar de um de seus passeios,

queria era sentir como se ainda visse as

sempre saia para caminhar logo cedo. Não havia

árvores a dançar e pensar como se

realmente um motivo, apenas gostava de tomar um

ainda caminhasse contra a corrente de

chá em sua grande caneca, sentindo a brisa matinal

vento frio antes do outono acabar.

batendo em seu rosto, admirando a calmaria antes do despertar da cidade, enquanto o cheiro da camomila e o calor da caneca quebravam o gelo dos ventos frios de outono. Ela caminhava e vislumbrava o balançar das folhas das árvores com o vento gelado. Liberdade. Era a sensação. Olhou para o céu e cegou-se com o primeiro raio de luz solar daquela manhã fria. Ao voltar pra casa, com os galhos secos que ela pegara, deixados pela partida da primavera, deitou-se em sua cama,

Olhou para o céu e cegou-se com o primeiro raio de luz solar daquela manhã fria


QUAL A ESCOLHA CERTA A SE FAZER? por Leonardo Paiva Isabela tem 17 anos e ao

Ou adiar todos seus planos

término do terceiro ano, se vê

acadêmicos e profissionais para

em uma situação complicada

permanecer na pequena cidade

em que deve fazer uma escolha

onde nasceu e continuar em seu

que afetará toda sua vida:

emprego como caixa para

Realizar uma prova, a qual sabe

cuidar da sua família que se

que será aprovada, e estudar

encontra em situação de

em uma faculdade no exterior

pobreza.

no curso que sempre quis;

SOBRE FAZER ESCOLHAS... ESTAMOS CONDENADOS A SER LIVRE!

A jovem vêm passando noites em claro se perguntando qual a escolha certa a se fazer.


A vida é uma só!

e sacrifícios devem ser feitos para ser feliz. por Luccas Zaparolli Ferreira Esse casal já namoravam desde a adolescência na escola, eles viviam falando que quando eles se casarem iriam comprar uma casa que tivesse uma vista para o pôr do Sol, uma casa simples, mas que tinha que ter uma vista para um horizonte. Quando eles cresceram e se casaram, a mulher meio que tinha

"nosso desejo está realizado" Decidiu fazer uma surpresa pra ela, falando que preparou uma viagem para o interior para conhecerem um parque que ela ia gostar demais, então ela aceitou. O marido levou-a para uma casa que

esquecido desse sonho e desistido, por causa do trabalho. Mas seu marido nunca

ficava em um lugar alto, era linda e tinha uma vista excepcional. Ela ficou sem entender, até que chegou o dono da casa

esqueceu, e estava trabalhando duro para conseguir dinheiro para comprar uma casa do gosto deles. Até que um dia o marido conseguiu o dinheiro, começou a visitar sites para ver casas que estavam à venda e

falando "a casa é sua" e foi embora. A mulher não entendendo nada ficou quieta, seguiu o marido, que a levou para o jardim da casa e falou: "Nosso desejo está realizado". Então a esposa se

a vista dava para o pôr do Sol. Ele conseguiu, achou uma no interior de uma

lembrou e abraçou-o diante aquela paisagem, dizendo obrigada e que era a

cidade vizinha.

esposa mais feliz do mundo.


A NOSSA IMENSIDÃO por Luísa Caldeira Silva

Às vezes nós só queremos entender o nosso propósito em determinadas situações, ficamos perdidos, não sabemos o que está acontecendo ao nosso redor e nem no nosso interior, ficamos literalmente perdidos no meio desse imenso oceano que é o nosso interino.Às vezes nós só queremos entender os nosso propósito em determinadas situações, ficamos perdidos,

não sabemos o que está acontecendo ao nosso redor e nem no nosso interior, ficamos literalmente perdidos no meio desse imenso oceano que é o nosso interino.Às vezes o que temos que fazer é só acalmar essa imensidão que está agitada e entrando em conflito consigo mesmo. Refletir o que está acontecendo e o que vai acontecer pode ajudar. Às vezes acalmar-se pode ser o segredo.

Às vezes acalmar-se pode ser o segredo. Às vezes...


SIM FAZ SENTIDO eu não deveria seguir uma vida tão objetiva desse jeito a resposta era só viver por Marcella de Freitas Justino

O homem era branco, um pouco alto, na sua idade ele já tinha feito e alcançado todos os seus objetivos. Tinha uma casa, amigos em que podia confiar e por aí vai... Porém, depois de alcançar tudo isso, ele começou a pensar - Por que continuar vivendo se não tenho mais nenhum objetivo? - Questionando-se frequentemente, tentava falar com alguém próximo, mas aparentemente todos já tinham alcançado um objetivo e que por algum motivo pareciam felizes. Por que? Por que só o homem de quem estamos falando não estava satisfeito? Será que ele tinha algum problema?

Depois de muito se questionar, ele decidiu agir e procurar algo para suprir seu vazio existencial. Ele nem sabia por onde começar, então chegou a pensar em tirar a sua vida pois questionava - Por que eu tenho que continuar existindo se eu não me sinto vivo?- Sim, que dúvida é essa que ele teve? Racionalmente, não valia a pena pensar nisso se viver é algo tão automático. Não precisamos pensar - por que temos que viver? É só viver? Ou será que não? Devemos morrer vivendo por alguém ou por alguma coisa? Isso tudo vale a pena? O homem se questionava cada vez entrando em algo mais profundo da sua consciência, que nem sabia que era possível.


A cada minuto que passava ele se desprendia mais da realidade e também de sua própria vida, fazendoo se sentir totalmente desesperado. Parecia que algo ruim estava dentro dele como uma sombra ou um verme, comendo-o por dentro. Como tirar esse desespero dele? O que faria ele voltar a ver sentido na sua vida? Ele decidiu perguntar a alguns amigos e familiares - O que faz com que você continue querendo viver? - Muitos deles responderam ¨Deus¨, mas esse homem era descrente de qualquer tipo de religião e logo eliminou essa opção.Um deles, disse que encontrou o sentido da vida para sair da caixa depois que descobriu o significado do amor, mas isso também não era o que ele estava procurando. Até seu tio, que era uma pessoa que o homem considerava muito inteligente disse - Bom, eu não penso muito nisso. Já pensei bastante e cheguei à conclusão que isso é uma verdade. Nós não sabemos o que realmente nos faz querer viver, isso sim que nos faz ser feliz, é admitir que não tem um sentido em tudo isso e o melhor da vida é não ter um motivo para vivê-la. Imagina se nós vivêssemos pra uma coisa só - hahaha - não precisamos pensar em um sentido só, vai lá e faça. Então quando estava sozinho em seu quarto ele pensou - SIM, FAZ SENTIDO, eu não deveria seguir uma vida tão objetiva desse jeito. A resposta era só viver... O homem continuou sem um sentido de vida ou objetivo, mas naquele momento achou uma motivação para continuar VIVO, distraindo-se e divertindo-se, sem pensar muito no que está por vir. Para assim encontrar um pouco de paz em sua curta e mísera vida de um ser humano qualquer.


VIDA EM CONSTRUÇÃO POR

MARIA

EDUARDA

DE

SOUZA

MOURA

Uma pessoa quando está apaixonada, deixa de viver apenas por si, ela começa a ter um motivo para estar ali. Que é querer o bem, querer proteger, querer ver sempre sorriso no rosto, de querer ajudar, compreender. Neste momento, estou diante de uma paisagem tão linda quanto ela. Com os movimentos das ondas sobre meu pensamento, esse cheiro que me reflete calmaria como o perfume que o aconchego dela me traz, o barulho do mar junto ao vento que traz lembranças de segurança, as cores tão vivas como eu preciso e quero estar por ela. Nessas pedras demonstram que é só o início de uma longa caminhada e construção de nossas vidas que seguiremos juntos. Se elas se desmontarem, nós vamos montar de novo e cada vez mais forte. É claro que uma hora elas trincam ou racham, mas se os dois continuarem de mãos dadas, ela não irá se destruir.


DUAS AMIGAS APREENSIVAS PARA O RESULTADO DO TESTE DE GRAVIDEZ DE AMBAS. QUERIAM MUITO ENGRAVIDAR AO MESMO TEMPO PARA QUE SEUS FILHOS CRESCESSEM JUNTOS. POR MARIA EDUARDA LAFFOT


ATRAVÉS JANELA Ele estava de quarentena, assim como todos os outros de sua cidade, não aguentava mais aquela situação, entediado, sem nada pra fazer. Ninguém sabia quando isso iria acabar, então todos os dias ele olhava pela janela esperando poder sair de casa. Até que ele teve uma grande ideia, ir na frente de sua janela e fazer um show de mímica, para seus vizinhos poderem brincar, mesmo sem sair de casa. A ideia deu muito certo, todos gostaram, tinha até horário marcado para a brincadeira começar. Como havia muitas pessoas na brincadeira, ele teve que ficar esperando a sua vez. POR MARIA FRNANDA LOPES MIRANDA MOURA


A Conexão Filosófica POR MARIANA XAVIER GOBATO

Quando voltei, me deparei com esta imagem, achei interessante e logo tirei a foto, só não imaginei que iria viralizar na internet” alegou Carolina Fernandes. “Carol conseguiu registrar um momento de grande reflexão em que eu não percebia nada ao meu redor… carros, pessoas, movimentos. Eu estava imerso nos

Antiga ponte localizada no centro de São

meus pensamentos o que tornou a imagem mais

Paulo, tornou-se um ponto famoso da

profunda e sensível”, relatou Carlos Martins.Ao postar

cidade ao ser fotografada

a imagem em redes sociais com um texto sobre

despretensiosamente por Carolina

questionamentos sobre a vida, as pessoas começaram

Fernandes, empresária e fotógrafa de 33

a divulgar seu texto juntamente com a imagem, que se

anos, amiga de Carlos Eduardo Martins,

tornou um dos símbolos dos pensamentos em meio ao

engenheiro e universitário de 34 anos

caos e correria de São Paulo. Depois da grande

que foi fotografado sentado na ponte.

viralização desta foto, muitos moradores e visitantes

Estávamos passeando pelo centro de SP,

de São Paulo começaram a tirar fotos com poses e

quando disse a Carlos que queria entrar

caretas filosóficas sentados à ponte e também criaram

em uma loja e ele me disse que ficaria do

a hashtag #correcorreSP onde várias pessoas postaram

lado de fora me esperando...

seus textos e pensamentos sobre a vida.


A seguir uma pequena parte do texto de Carlos: “Sentado à ponte, em um momento extremamente profundo conectado ao íntimo de meus pensamentos, me desconectei do ambiente que vivo por 24 horas. A cidade caótica em que vivo desde que vi a luz pela primeira vez. Comecei a me questionar ali mesmo, naquela ponte, o que me conectava ao meu eu. Será que a ponte que me conecta à vida é a mesma que me conecta a minha consciência? Logo entendi que pontes

A ponte que conecta pessoas ao pensamento

não são apenas conexões… Também são caminhos que podemos seguir para chegar em outro lugar, onde não

(para ter acesso ao texto completo

temos ponto de partida ou de chegada, não temos

de Carlos E. Martin acesse nosso

direção… Será que realmente sabemos para onde

site www.ojornalquestiona.com.br

seguimos ou desejamos seguir? Mas o que são lugares? Será que eu como pessoa sou alguém que

Atualmente, pela repercussão do

ocupa um espaço que ocupa um lugar? Será que EU sou

caso, a ponte que não tinha nome,

um lugar? Voltei à cidade caótica, observei aos

tornou-se conhecida pela

pedestres que andavam apressadamente na calçada, as

população por “ponte dos

pessoas carrancudas andando de um lado para o outro

pensamentos”, “ponte filosófica” e

como se estivessem mais do que atrasadas para um

até “ponte das lágrimas”, a cada dia

importante compromisso. Mas e a vida? Possivelmente

surgem mais e mais nomes e esta

grande parte dessas pessoas não estavam vivendo

ponte tão peculiar torna-se mais

naquele momento… Que aflição isto me causa!"

visitada pela população.


Nem tudo é o que parece

Joaquim não terminou o ensino médio e aos dezesseis anos teve que abandonar a escola para poder trabalhar, pois precisava ajudar os pais a pagar as contas. Começou a trabalhar em uma biblioteca local, onde conheceu Rosa.Cinco anos se passaram, Joaquim já não morava mais com os pais e Rosa agora era sua

POR MATHEUS MONTEIRO AMARAL

esposa. Alice estava completando seus três

Joaquim era um homem de meia idade, que

anos de idade e Joaquim agora era o dono da

vivia trabalhando, ele quase não parava em casa

biblioteca. Estava indo tudo bem na vida de

e praticamente não tinha tempo para conversar

Joaquim até que as contas começaram a

com sua esposa Rosa e sua filha Alice. A relação

apertar e ele estava desesperado, pois caso as

de Joaquim e Alice era péssima. Alice queria

coisas não melhorassem teria que fechar a

atenção do pai, mas Joaquim chegava cansado a

biblioteca. Joaquim já estava cansado.

noite e não tinha tempo.


Mas Joaquim ainda estava cansado.Seis anos se passaram e a vida de Joaquim ainda era a mesma. Alice agora estava com nove anos e a vontade de passar um tempo com o pai se foi.Alice e Joaquim não se viam mais. Joaquim ficava chateado, mas não tinha tempo para discutir, pois precisava trabalhar.Agora dezoito anos se passaram. Rosa e Joaquim já não estavam mais juntos e Alice, agora com vinte e sete anos era gerente de uma grande empresa e não tinha tempo para visitar seu pai, nem vontade.Joaquim, agora com quarenta e quatro anos, continuava pintando casas. Saia às 08:00, chegava às 23:00. Agora Joaquim não tem apenas um caderno, tinha vários. Sempre com páginas e páginas escritas.Um dia, Joaquim estava pintando uma casa, ela era grande, ficava em uma vizinhança boa, a brisa batia no pincel e pequenas gotas de tintas, ainda frescas, O maior medo de Joaquim era fazer com que sua

pintavam a pele rígida e machucada de

filha passasse pelas mesmas situações que ele. O

Joaquim. Enquanto pintava, ele olhou pela

homem fez o que pode para tentar salvar a

janela, um homem brincando com sua filha,

biblioteca, mas não foi o suficiente e infelizmente

sua expressão era séria, enquanto observava

ela teve que ser fechada. A única coisa que Joaquim

o sorriso genuíno da garotinha.Joaquim

ficou foi um caderno velho e meio empoeirado.Um

desceu, sentou-se na escada que havia em

tempo passou e Joaquim agora era pintor. Pintava

frente à casa, abaixou a cabeça e desabou em

cerca de quatro casas por dia. Saia às 08:00 da

lágrimas. Cada memória o fazia chorar mais.

manhã e voltava pra casa cerca de 23:00 da noite,

Enquanto chorava, sentiu uma mão em seu

Joaquim jantava sozinho, pois sua filha e mulher já

ombro e uma voz familiar chamou sua

estavam dormindo. Joaquim escrevia em seu

atenção. Joaquim levantou a cabeça e viu o

caderno, que pegou da biblioteca. Escrevia cerca de

que mais amava: sua filha.

uma hora toda noite, depois ele deitava na cama e dormia.


Ela sentou do seu lado e eles começaram a conversar mais do que qualquer momento em suas vidas.Joaquim chamou Alice para casa e quando chegaram, Joaquim pediu para Alice esperar no sofá da sala que ele iria subir para pegar uma coisa. Enquanto Joaquim estava lá em cima, Alice começou a olhar em volta e lembrar da época em que ali vivia e das coisas que fazia.Cinco minutos se passaram, Joaquim finalmente desceu com muitos cadernos em suas mãos, todos empoeirados mas a letra estava legível. Ele os entregou e quando Alice abriu os cadernos, uma lágrima escorreu em seu rosto e caiu na página, no caso não eram páginas, eram histórias.Durante anos, Joaquim escreveu inúmeros textos sobre Alice e como ele sentia muito por não ser um pai presente quando ela mais precisou, ao ler tudo isso, Alice olhou para Joaquim, com seus olhos cheios de lágrimas e o abraçou... um abraço que dizia mais que mil palavras.Joaquim finalmente descansou!

"a brisa batia no pincel e pequenas gotas de tintas, ainda frescas, pintavam a pele rígida e machucada de Joaquim"


está é Júlia, ela ficou totalmente sem reação ao ver que passou em sua faculdade dos sonhos. Sophia Oliveira Barros


Eles teriam decidido isso repentinamente ou já pensavam antes? O que realmente aconteceu foi que eles só se enganavam, eles não eram mais felizes, o amor tinha acabado há tempos, o casal não queria aceitar que não se amavam mais, eles estavam presos em um falso amor. Segundo o senhor Nilson os dias eram entediantes e mais longos ao lado de Amália. A questão não era que eles se odiavam, ou não se gostavam, e sim que eles só não se sentiam bem dentro de um relacionamento amoroso entre eles. A foto ao lado foi tirada no instante em que Nilson e Amália entram em acordo. Em entrevista para a revista SENTIMENTO, Amália diz que depois de cinquenta anos se sentiu livre de verdade, “Aquele abraço me deu uma sensação que não sentia há muito tempo, eu gosto do Nilson, mas agora ele é só meu amigo e pai dos meus filhos”. Nilson também conversou conosco e uma de suas frases nos marcou muito, “Amália fez parte

A felicidade de se libertar POR TAINÁ PARENTE DOS SANTOS

da minha vida e foi muito importante para mim, mas nós não estávamos mais felizes, era um relacionamento que não dava mais para continuar. Eu com setenta e sete anos saindo de um relacionamento de cinquenta

Seu Nilson e a senhora Amália eram um

anos, muita gente acha loucura e não

casal que já estavam juntos há cinquenta

entende o porquê, até mesmo eu fiquei em

anos, no dia que eles iriam comemorar as

dúvida, mas depois que acabou, não me

bodas de ouro decidiram se divorciar, um

arrependi, minha vida melhorou muito,

fato estranho, depois de tanto tempo

agora tenho uma verdadeira amiga ao meu

juntos, decidiram acabar com tudo. Qual

lado”.

seria o porquê dessa decisão?


SOBRE FAZER 15 ANOS POR YOHANNA ZORZETTO MAFRA

O nome da garota retratada na foto é Giovanna, hoje é seu aniversário de quinze anos. A menina acorda com as luzes do sol atravessando as brechas de sua cortina sobre a janela, logo quando desperta, sente o cheiro de panquecas, panquecas de chocolate. A porta de seu quarto está fechada, mas da mesma maneira, consegue escutar o som de seu pai abrindo a porta da sala, as inúmeras chaves presentes no chaveiro batendo entre si, chegando de uma caminhada matinal, com o cachorro latindo, feliz por sua chegada. Elae escuta seu pai cumprimentando sua mãe, que está na cozinha, fazendo as panquecas. Ao mesmo tempo, escuta seu irmão caçula bater na porta e entrar. Giovanna se esconde nos cobertores para brincar com o garoto.


TODAS ESSAS HISTÓRIAS SÃO FICTICIAS E FAZEM PARTE DE UMA AÇÃO DE ESTUDOS DE FILOSOFIA DA ESCOLA STAGIUM.

NESTA AÇÃO, OS INCRÍVEIS ESTUDANTES DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO, (RE)CRIARAM HISTÓRIAS CAPAZES DE DESCONSTRUIR O PADRÃO, O ÓBVIO E O PRÉ JULGAMENTO QUE NOSSOS OLHARES FAZEM, NO EXATO MOMENTO EM QUE OBSERVAM O OUTRO OU AS SITUAÇÕES. EXPRESSO MINHA ADMIRAÇÃO À ESSES JOVENS FILÓSOFOS QUE NOS ENSINAM A VER UM NOVO MUNDO. "O TIPO DE FILOSOFIA QUE ACREDITO, É A FILOSOFIA CAPAZ DE SER VIVA E QUE DIALOGA COM O PRESENTE, COM O AGORA". RENATA STORT PROFESSORA DE FILOSOFIA ESCOLA STAGIUM

redes sociais @escolastagium @filosofiadoser


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