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OUTUBRO 2018 - ANO XII - PREÇO CONTRIBUTIVO R$ 1,00
A AVALANCHE MÁRCIO FRANÇA
MONGAGUÁ PODERÁ SER FELIZI Página 2
Baixada de Fato 12 anos! Da edição impressa, 2 anos do Portal
A reviravolta de votos favoráveis a Márcio França no primeiro turno, contrariando as pesquisas eleitorais, mostra que o eleitor não sabe ao certo para onde definir o seu voto numa campanha com tantas ‘fakes news’ e propaganda subliminar nas redes sociais e que já vêm de anos. Foi um voto de disconformidade com o Sistema, de certo modo, uma vez que o cardápio principal parecera ser mais do mesmo: um do parafusado na cadeira, o PSDB de 20 anos na gestão estadual, e outro do velho PMDB, agora sem o P - até para não parecer o partido do presidente catapultado Michel Temer. As habilidades marqueteiras do agora governador Márcio França ajudaram bastante, colocando como vice uma ex-PM, em um momento de tanta insegurança pública, e num partido - PSB - já distante do socializante Miguel Arraes, e mais próximo ao liberalismo maçônico, que é a própria veia do candidato liberal-socialista. Como no personagem de “O Retrato de Dorian Gray”, de Oscar Wilde, a imagem do candidato Doria cada vez mais se transforma e deforma diante do espelho, se derrete... fazendo jus ao já popular apelido do mesmo, Doriana, a margarina. Isto porque, da farinhata ao fim da Cracolândia, - que nunca deu certo -, do súbito abandono da prefeitura de São Paulo às bravatas tragicô-micas contra a arte mural dos grafites, a credibilidade do ex-prefeito se derrete na mesma proporção que a imagem dos políticos em geral. E nada diferente da imagem do Skaf da Fiesp... Então, como encontrar algo de mudança através de tão patéticas imagens? Em conclusão, as habilidades e qualidades marqueteiras de França, combinadas com os defeitos já inocultáveis de Doria, conspiram para uma segunda avalanche francista no segundo turno. Desta vez não seria tão surpresa.
EX-OPERÁRIO RELATA AS TORTURAS COMETIDAS PELO ESTADO NA DITADURA
Stan. O movimento que teve início em Contagem surgiu da capacidade dos trabalhadores se organizarem num processo de resistência e avançavam no processo de resistência dentro das fábricas. Em Osasco, os trabalhadores não tiveram tempo de se organizarem, pois o exército impediu o avanço da organização, prendendo trabalhadores e no processo de enfrentamento utilizando-se da tortura. “ Essa é a forma principal de enfrentamento por parte do Regime Militar, o encarceramento e a tortura”, relata Stan. Quando indagado sobre as justificativas que o regime autoritário apresentava para agir de tal maneira , o ex-operário conta que não existia justificativa pois todos os dirigentes e líderes foram destituídos e os sindicatos foram ocupados por pessoas indicadas pelo regime. “Mesmo com toda a resistência liderada por José Ibrahim, não tinha negociação salarial, não tinha nada, o que a ditadura impôs a nós foi uma perseguição absurdamente destruidora que enfrentamos a duras penas , inclusive pagando com vidas.”
ESPECIA L
“Tive meu sogro preso e torturado , não quero que minhas filhas venham a crescer sob um regime de Ditadura Militar”. As palavras emocionadas ditas por Guilherme Boulos, no último debate presidencial antes do pleito realizado no dia 07 de outubro, revelam as mazelas de um regime que , embora aclamado por muitos, representa aquilo que há de pior quando o assunto é Liberdades e Direitos coletivos e individuais. Em entrevista ao jornal Baixada de Fato, o ex-operário Stanislau Skarmeta, mais conhecido como Stan, sogro do candidato à Presidência da República pelo PSOL , Guilherme Boulos, conta um pouco da experiência que viveu durante os “anos de chumbo”, bem como as consequências de ser um militante operário engajado nas lutas da classe trabalhadora contra o arrocho salarial ou salário de fome, nas décadas de 1970 e 1980. Stan conta que durante as greves de Osasco, entre 1967 e 1968, pode conhecer de perto a máquina repressiva do Estado contra a classe operária, sob comando de um regime militar.” “Os militares se juntam com os órgãos de repressão e começam a perseguir qualquer atividade dos trabalhadores nas suas reivindicações mínimas”, diz
CADERN O
Por Jasper Lopes, Rogério Ramos e Leonardo Silva - Baixada de Fato
#Retrospectiva
Páginas 5, 6, 7 e 8
A VIGOROSA RESSURGÊNCIA DA DEFESA AMBIENTAL NA BAIXADA
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OUTUBRO 2018 - ANO XII
#Oportunidades MONGAGUÁ PODERÁ SER FELIZI Uma lufada de ar fresco parece haver varrido Mongaguá a partir da reportagem do jornal de maior circulação regional, de que não apenas os dois principais candidatos de coligações envolvidas com os prefeitos e vice recentemente cassados pela Justiça Eleitoral estariam concorrendo nesta nova e excepcional eleição à prefeito da cidade. Um dos partidos, o PSDB, é o mesmo dos dois mandatários cassados recentemente e com grande repercussão a nível nacional, onde numa operação da Polícia Federal pelo desvio de dinheiro das merendas escolares, também se descobriu uma quantidade de milhões escondidos na parede da residência do então prefeito, Arthur Prócida - e que saiu algemado do episódio. Já a outra coligação, do PSB, tem como vice a esposa do também cassado ex-prefeito do DEM, o Paulinho da Paulumar. Até então pareceria que a eleição teria que ser resolvida entre os mesmos atores do cenário já desgastado de desmandos e corrupções. E como estas mesmas duas candidaturas, alimentadas por generosos apoios, são as que mantém uma legião de pessoas segurando bandeiras nas esquinas da cidade, se aparentava que tudo mudava para nada mudar. O que revelou a entrevista realizada pelo jornalista Sandro Thadeu, da Tribuna, é que, embora com uma campanha muito mais modesta, existiam outras candidaturas na cidade, e a que chamou a atenção foi a do jovem jornalista e microempreendedor, Fernando Felizi, do PT. Fernando logo avisa, em seu perfil no facebook: “Tenho 31 anos, nunca fui candidato e represento a renovação da política mongaguense. Faz tempo que nossa Cidade só aparece nas páginas policiais. Os outros candidatos são tudo farinha do mesmo saco: um candidato apoiou e é do mesmo partido do prefeito cassado por corrupção. O outro tem o apoio do vice-prefeito envolvido na máfia da merenda e também do ex-prefeito cassado pela Justiça Eleitoral. Vamos dar um basta! Tenho propostas para combater e prevenir a corrupção”. O que chama a atenção de alguns analistas é que, cansada já da velha e viciada política, a população vem procurando novas e jovens alternativas, sejam as que realmente renovam, outras nem tanto. O maior fenômeno na última eleição municipal da região, foi o da quase vitória, em São Vicente, de Kayo Amado, da REDE, tendo o professor Maykon Rodrigues, do PSOL, como vice. Ambos jovens e idealistas, mas muito preparados por ativismos ambientais e sociais, além de profundos estudos da realidade sócio-política. Outra revelação, anterior, foi a do professor Kenny, que
estourou em votos na cidade de Santos, embora não com propostas novas como as de São Vicente. Contando com apoio de núcleos municipais do PSOL de cidades vizinhas, o jovem Fernando Felizi se sente determinado a um governo de eficientes avanços econômicos e sociais, aliados a uma transparência e ética que realmente faltam no atual cenário político municipal. E como con-tra-ponto geracional, tem no experiente bacharel de Direito e ex-metalúrgico, Antonio Timóteo, um entusiasta da Economia Solidária e que tem dado importantes contribuições teóricas e práticas neste tipo de crescente economia em Mongaguá. Afirma o jornalista: “A criação de condições para estimular a geração de empregos e renda à população de Mongaguá, a fim de assegurar a qualidade de vida dos moradores, é a prioridade do candidato a prefeito pelo PT, o empresário Fernando Felizi”. “É preciso que o Município assuma de fato a vocação turística para gerar mais oportunidades de trabalho à população. Precisamos nos dedicar melhor a essa questão e criar um calendário de eventos”, diz Felizi. Ao que Fernando está se referindo aqui é de uma sintomática carência de lazer e cultura, não só em Mongaguá, como em várias cidades do litoral. Na vizinha cidade de Praia Grande, o candidato do PSOL também vem marcando esta falta de visão, pois as cidades turísticas não podem oferecer apenas a praia, dádiva da natureza.
Advogado
LUIZ GONZAGA FARIAS
Av. Cons. Nébias, nº 754 – Cj. 1521 - Santos, SP Edifício Helbor Offices Vila Rica
Telefones: (13) 3219-3549 / 3219-9116
e-mail: gonzagaf@bignet.com.br
Um calendário de eventos nos 12 meses do ano certamente atrairá mais turistas, como ocorre em várias cidades turísticas não somente do Brasil, como a nível internacional. O turismo deixa de ser sazonal e passa a ser perene, permanente. É comum verse também, nos feriados e fins-de-semana, pela tarde ou início da noite, constante tráfego de veículos destes turistas, que passam a manhã e parte do dia nas praias, mas depois se dirigem à cidade de Santos onde há muito maior oferta de cultura e lazer, deixando recursos econômicos em Santos que poderiam permanecer nas cidades de veraneio e com melhores praias do litoral. Como prioridade na gestão pretende atender as famílias de baixa renda, através de “um cartão com créditos que deverão ser gastos no comércio da Cidade, para fortalecer a economia local”. Caso vença, “valorizará o funcionalismo público, que passará a ser estatutário, e criará o Cartão do Servidor. A ideia é repetir o programa adotado em Cubatão em 2010, na gestão de Marcia Rosa (PT), na qual o beneficiário recebe uma quantia mensal para ser gasta no comércio local”. Fernando afirma também ser contra a contratação de pessoas para frentes de trabalho com menos de um salário mínimo, e favorável à realização de concursos. Outro ponto destacado na entrevista é o da necessidade da educação em tempo integral, e pretende revisar, “desde a concepção arquitetônica das escolas até a questão pedagógica”, e manter um maior diálogo com os educadores. Na saúde, pretende “agilizar os agendamentos de exames dos pacientes, investir pesado na saúde preventiva, viabilizar a reabertura da maternidade e transformar o antigo pronto-socorro de Agenor de Campos em um centro de especialidades”. Felizi ainda afirma pretender “rever o contrato de concessão dos ônibus municipais para exigir que mais de dois idosos possam ser passageiros em um único veículo e mudar os itinerários das linhas a fim de que possam adentrar os bairros”. E para diminuir as tarifas, uma das ideias é a de propaganda nos ônibus, a exemplo do que já acontece em outras cidades. É sua meta criar a Controladoria Geral do Município, para coibir “possíveis irregularidades e detectar casos de corrupção envolvendo servidores”. É de se notar aqui o caso recente, de alguns meses atrás, e mostrado pelas TVs da região, de uma espécie de depósito onde apodreciam materiais escolares, mochilas, uniformes, etc, que deveriam haver sido destinados aos alunos, em uma cidade totalmente carente de recursos. Em suas próprias palavras, “vejo Mongaguá com a perspectiva de esperança pela quebra
de algumas ‘algemas’ onde a população estava amarrada e entramos agora neste processo para apresentar um projeto alternativo ao que foi visto nos últimos 50 anos”, frisou ao jornalista Sandro Thadeu. UM NOVO TEMPO E APOIOS AMPLOS Felizi assevera querer que Mongaguá saia das páginas policiais e que se instale um novo tempo para a cidade, de sinceridade, paz e res-peito, com educação, saúde e geração de empregos. De fato, entusiastas da Economia Solidária na Baixada Santista, como o presidente de seu Fórum, Newton Rodrigues, que participou em várias experiências com o referente mundial, Paul Singer, e que acompanha o revigorante projeto de economia solidária através do palmito pupunha, na aldeia guarani de Aguapeú, em Mongaguá, é uma das autoridades no assunto que vê com bons olhos esta preocupação em seu Plano de Governo. Felizi também recebe apoio espontâneo do movimento EcoHumanista, através do ambientalista Jasper Lopes, presidente do PSOL de Praia Grande, e do dirigente bancário Sérgio Cabeça, com experiência de trabalho também na Caixa Econômica de Mongaguá. Jasper, coordenador do Coletivo Verde América, fundado em 1992, na Argentina, leva para Felizi o projeto anteriormente selecionado em Santos e Brasília, de ‘Injeção EcoCultural e Turística na Baixada Santista”, visando atrair inclusive o turismo internacional. Já o padre ortodoxo Tafarello, um dos introdutores da Eco-Sol ou Economia Solidária em Mongaguá, vê em Felizi uma esperança de maior qualidade de vida na cidade através da criação de renda, visando também o turista cada vez mais exigente e ávido de novidades.
Advogada
ELIANA LOPES BASTOS
OAB 85.396/SP
Rua D. Pedro II, Centro, Santos-SP
Telefone: (13)3219-5358
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OUTUBRO 2018 - ANO XII
#Presidentes 10 MOTIVOS PARA VOCÊ VOTAR (OU NÃO VOTAR) EM BOLSONARO OU HADDAD
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- Segurança Pública - É um dos problemas mais angustiantes do momento, e Bolsonaro aparece como o preferido no quesito “solução para a Segurança”. De fato, o governo petista errou muito em não dar uma resposta mais rápida a nível nacional e até foi lento em aceitar passivamente a célebre frase de que “os direitos humanos protegem bandidos”. Só que esta bandeira dos Direitos Humanos foi principalmente levantada na metade do século XX pela ONU e o próprio EUA, quando o assunto era países do bloco soviético. E a questão da Segurança Pública mesmo é responsabilidade do Estado, no caso de São Paulo faz mais de 20 anos nas mãos do PSDB e antes PMDB/PTB. O desaparelhamento da Polícia Civil e da inteligência preventiva tem sido criticado sim pelo campo popular que apoia neste segundo turno Haddad. Mas as esquerdas foram ruins em passar a mensagem. Com todos os defeitos, nos países distorcidamente socialistas do bloco chinês/soviético não havia criminalidade comum. Cuba é um dos países mais seguros do mundo para se caminhar até de madrugada, e há anos atrás Fidel Castro apoiou veementemente a pena de morte até para um general que foi seu antigo companheiro na revolução, mas que estava ocultamente tentando introduzir o tráfico de drogas na ilha de Cuba. E, ao contrário do que se divulga sem noção nenhuma, geralmente os cartéis de drogas, na Colômbia ou México, estão ligados a políticos de direita, segundo os especialistas. E a vereadora Marielle Franco, do PSOL carioca, assassinada recentemente, era a primeira em buscar apoio e assistência para as viúvas e filhos de PMs mortos, segundo depoimento delas próprias.
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- Emprego - Bolsonaro apoia e votou enquanto deputado - a nova legislação trabalhista de Temer, com praticamente o fim das aposentadorias, e outros aspectos já divulgados, que segundo o governo atual melhoraria a vida das pessoas e aqueceria a economia. Por outro lado, também muitos empresários e comerciantes afirmam, que, se bem economizarão ao princípio, a médio prazo a falta de dinheiro entre a população afetará a venda e o comércio no geral, incluídos os prestadores de serviços. Já Haddad pretende anular boa parte das reformas trabalhistas do governo Temer, voltando às da era lulista.
3
- Saúde - Bolsonaro pretende reduzir ao máximo a prestação de saúde pública e incentivar a privada, a exemplo dos EUA e Japão, por exemplo. Na verdade Temer já vem fazendo isto, chegando a colocar à frente do Ministério um homem vinculado aos Planos de Saúde. É verdade que o SUS brasileiro é um dos poucos a nível mundial a existir e prestar tanta assistência, embora a população venha reclamando da pouca assistência. Ocorre que nos países de primeiro mundo há bem menos pobreza e diferenças de classe social, até porque se ‘vitaminaram’ bastante durante seus períodos coloniais, juntando recursos naturais da África, Ásia e América
7
- Recursos Naturais - o Brasil possui três das reservas naturais mais importantes do mundo: o Pré-Sal, o Aquífero Guarani e as terras com nióbio (importantíssimo para a indústria da informática). A descoberta do Pré-Sal no governo Lula parece ter sido o estopim para um giro nas mídias e redes sociais, a partir de 2013, o que sucede amiúde com todos os países que descobrem petróleo, como a Nigéria, por ex., onde o governo democrático foi derrubado e substituído por um militar pró-americano depois da súbita descoberta de jazidas de petróleo. Assim como a privatização estrangeira dos campos de petróleo que iniciou o governo Temer, se pretende também leiloar o Aquífero Guarani. Esta desnacionalização prejudicará de forma irreversível o Brasil, e este é um ponto bastante criticável do candidato mais cotado para vencer.
8 Latina, o que os elevou a um inédito patamar de riqueza acumulada. Haddad pretende manter a saúde pública, que, aliás, o próprio governo militar também manteve.
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- Educação - A falta de Segurança nas salas de aula pesa muito também na avaliação da Educação, e neste quesito Bolsonaro, pelo menos no sentido comum, parece ter vantagem, pelo discurso da Segurança. Já o termo “Escola sem partido” foi uma invenção maliciosa das fake news, qualquer um de nós conhecemos professores de todas as opiniões políticas. É muito mais marcante, pelo poder da hierarquia, a Grande Mídia com partido, as Grandes Igrejas com partido ou forças militares com partido, onde se deve obediência vertical. Paulo Freire, por exemplo, já era muito famoso mundialmente antes de existir o PT, está para a Educação,assim como Einstein para a Física, Gandhi para o pacifismo, Pelé para o futebol, etc. Em qualquer país do mundo, de Cuba aos EUA, da Alemanha à Itália, da Argentina à Austrália, é estudado e (muito) reverenciado nas universidades e escolas de todos os tipos.
5
- Privatizar ou manter na mão do Estado brasileiro? - É emblemática a frase de que “a Petrobrás deu de presente ou custeou demais as instalações de Pasadena, nos EUA”. Portanto a tese de alguns, como do próprio Bolsonaro, é que tem que privatizar logo. E provavelmente alguma multinacional, norteamericana principalmente, ficará com a Petrobrás. Ou seja, se antes o ‘erro’ era ter facilitado as instalações para os norte-americanos, agora que seja deles de vez. É meio sem sentido isto. Na época que FHC privatizou a Companhia Vale do Rio Doce, o campo progressista
e de esquerda, incluído o que hoje está na campanha de Haddad, foi contra. O desastre da Samarco (que pertence à Vale) em Mariana, MG, que matou várias pessoas, devastou parte da região e destruiu por décadas o leito e margens do Rio Doce até o mar do Espírito Santo, e os dribles para não indenizar nem as vidas , nem as propriedades perdidas, comprovam que a privatização não é a melhor saída. E por falar em Petrobrás, o desastre da inglesa Britsh Petroleum, contaminando de forma irreparável o Golfo do México faz poucos anos, não prova que as privadas sejam melhores que as estatais, até porque quem as controla é regido pelo lucro.
6
- Meio Ambiente - Bolsonaro se apresenta como férreo defensor da pátria e da bandeira nacional, com seu verde e amarelo. E o verde acabou simbolizando ‘nossas matas, o azul nosso céu e nossa água, e o amarelo nossas riquezas’, como se ensinava nas escolas. Mas este é justamente o pior ponto do candidato, pois acusa a ‘indústria de multas do Ibama’ e que vai liberar a Amazônia para a agricultura (leia-se agronegócio). É tudo o contrário do que propunha e dava exemplo o Chico Mendes, com suas agroflorestas e reservas extrativistas. O Amazonas e a Mata Atlântica correrão sérios riscos. O governo petista tampouco foi dos melhores nesta área, pois deixou o deputado do PCdoB, Aldo Rebelo, propor e aprovar o novo Código Florestal que diminuiu bastante a proteção ambiental, e um dos resultados é a crise hídrica inédita em São Paulo. Mas saltaremos do ruim para o pior, neste caso, no governo Haddad, os movimentos ambientais pelo menos poderiam pressionar e lutar.
- Transporte Público - É uma das grandes dívidas sociais do governo anterior, criticado até pelo próprio amigo do presidente Lula, o Frei Betto, primeiro coordenador do Fome Zero. Bolsonaro tem entre seus colaboradores o folclórico Levy Fidelix, do ‘trem-bala’, certamente um projeto interessante. Mas vale lembrar também que o desmantelamento das ferrovias no Brasil foi durante o período da Ditadura, por pressão das “Seis Irmãs” petroleiras norte-americanas - entre elas, a Texaco. E que Paulo Guedes, multimilionário e dono, entre outras, dos Postos Ipiranga, e futuro ministro da Economia, não é o melhor fator para o retorno das estratégicas ferrovias, menos poluentes e mais econômicas, que desentupiriam bastante o trânsito nas cidades e rodovias.
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- Cultura - Se a Cultura ‘é a alma de um País’, neste ponto o candidato da dianteira é uma péssima opção, pois já prometeu quase extinguir este ministério e incentivos culturais. Vai na contra-mão de países bastante desenvolvidos, e a falta de recursos provoca, por exemplo, incêndios em museus, como ocorreu recentemente no museu do Rio, o mais importante do Brasil e um dos mais a nível mundial.
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- Paz Social - O que estava em pauta no cenário brasileiro até agora era somente a Segurança Pública quanto à criminalidade, o que já não era pouca coisa. Mas o que não estava bom, piorou, pois soma-se agora à insegurança pública, a insegurança social. Grupos de desajustados têm surgido e ganhado força, perseguindo, torturando e até matando mulheres, indígenas, negros, pessoas com outras opções de gênero. Até a Ku Klux Klan, a escória racista do sul dos EUA, apareceu dando palpite no Brasil. O que antes só se via nos filmes da Alemanha nazista, ou em certos países fundamentalistas árabes, começa a virar realidade no Brasil. Neste sentido, o candidato Bolsonaro prestou um grande desserviço à Nação, importante ponto contra. Conseguirá reverter este quadro uma vez no governo? A imagem do País piorou muito no Exterior.
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OUTUBRO 2018 - ANO XII
#Novos
#Artigo
FERNANDO FELIZI, DE MONGAGUÁ, PODERÁ SER O FENÔMENO EQUIVALENTE A KAYO AMADO, EM SÃO VICENTE?
O VERDADEIRO POSTO IPIRANGA DE BOLSONARO
Há dois anos atrás São Vicente vivia uma fase de ingovernabilidade parecida à de Mongaguá hoje. O desprestígio do PSB com a vitória do Billi, o posterior boicote à cidade, crise política e financeira local, por pouco não levou a uma vitória do novato Kayo Amado, da REDE, tendo o professor Maykon Rodrigues, do transparente PSOL, como vice. Foi 'por milésimas', como se diz popularmente, uma vez que a cidade estava cansada das velhas e viciadas políticas, e o novo com - capacidade - se fazia necessário. Dos 48.641 votos Kayo saltou agora, como candidato a deputado, a praticamente 55 mil votos, e será uma das maiores apostas para daqui a dois anos. Mas agora, e em Mongaguá, a situação é pior ainda para a velha política, pois um dos partidos principais, o PSDB, teve o prefeito recentemente cassado por dupla corrupção (a PF foi revistar sua casa pela questão de desvio de merenda escolar e encontrou uma falsa parede com milhões ocultos), e o outro candidato, do PSB, tem como sua vice, do DEM, justamente a esposa de outro prefeito anterior também punido pela Justiça. No caso, Fernando (liderança da Juventude do PT regional) também conta com o apoio de membros do PSOL (que só não saiu de vice por uma questão burocrática de tempo) e de cidades vizinhas. O Plano de Governo guarda muitas semelhanças com os de Kayo Amado/ Maykon Rodrigues (REDE/PSOL) de São Vicente e de Jasper/Pixoxó (PSOL) de Praia Grande, com ênfases na valorização dos Servidores Municipais, saúde, educação, meio ambiente e pleno emprego através da economia solidária e fortalecimento do 3º Setor através do forte apoio ao Turismo, eco-turismo e "Kayo Amado, candidato a prefeito pela REDE, e Maykon Rodrigues, vice pelo PSOL, deram um Cultura, como calendário de eventos permanentes e belo susto na última campanha municipal em São atração de visitantes internacionais. Vicente, e não entraram por milésimos.
FÁBIO MELLO DESPONTA COMO SURPRESA NO PSOL DA BAIXADA Por Marcos Galeano, B.F.: Emergente liderança e enérgico ativista tanto nas lutas de seu sindicato, dos Petroleiros, como na Frente Sindical Classista -um conjunto de sindicatos mais aguerridos e independentes da Baixada, que conta em suas fileiras com os Servidores Municipais de Santos (o ambientalista Flávio Saraiva, na dirigência), os Metalúrgicos (Gatto e Cascati-nha, atualmente), Judiciário Federal (Adilson Rodrigues, um dos líderes), do Judiciário Estadual (Michel Iório) e os próprios Petroleiros, Fábio Mello foi a grande surpresa no PSOL da região, pelo seu número de votos, acabando por confirmar o que já virou uma regra no PSOL da Baixada, onde candidaturas independentes de certa tutela da executiva de Santos terminam sendo as de maior densidade popular. Foi assim já em 2008, com a candidatura a prefeito pelo PSOL de Praia Grande, de Jasper Lopes, atingindo a marca de 6 % na intenção de votos, um record nas candidaturas ao Executivo no partido regionalmente. De modo mais destacado, de Adilson Rodrigues, em 2010, cuja votação na época foi de longe a mais expressiva, e agora, de Fábio Mello. Fundador do PSOL na região, tendo chegado a coordenar em Santos e São Vicente, atual presidente em Praia Grande, Jasper permaneceu boa parte do tempo independente e se alinha com o novo movimento Eco-Humanista. Já Adilson, cujo Sintrajud integra a Conlutas, tem em comum com Jasper o ativismo ambiental e indigenista, o que coincide, de certa forma, com o front de Fábio Mello na frente classista, onde estão Flávio Saraiva e Michel Iório, que junto com os primeiros são do movimento ambiental anti-Cava Subaquática. Fábio foi principalmente apoiado por uma corrente nova no PSOL da Baixada, a Resistência (ex-MAIS) da candidata pelo senado, Silvia Ferraro, e do escritor Valério Arcary. Já o Eco-Humanismo - juntamente com o professor Maykon Rodrigues, de São Vicente - e que obteve uma ex-pressiva votação como estadual - apoiou a reeleição de Ivan Valente a federal, um dos dois candidatos de fora da região que maior votação obtiveram aqui. O impacto do êxito eleitoral, independente e espontâneo, destas candi-daturas, revela-se maior ainda, se levarmos em conta a profissionalização de militantes e o forte apoio de estruturas por parte da executiva de Santos, mas que não consegue se cacifar adequadamente. Isto significa que o PSOL ainda consegue se manter como um partido vivo e dinâmico, não atado a amarras e camisas-de-força de mini-poderes.
Por Alex Solnik. Paulo Guedes não é somente o Posto Ipiranga de Bolsonaro para assuntos econômicos. É o Posto Ipiranga para todos os assuntos. Principalmente políticos. Paulo Guedes é o ideólogo do candidato da extrema-direita. E não está sozinho nessa empreitada. Seria maluquice e maluco ele não é. Não estão sós com a mão no bolso, ele e Bolsonaro e aqueles filhos e o pequeno PSL. Não é um Exército de Brancaleone. O PSL é apenas um detalhe. Um biombo. O grande partido que está por trás de Bolsonaro é o Instituto Millenium, do qual Guedes é um dos fundadores. Uma espécie de DIP sem Estado Novo. Uma espécie de Ministério de Propaganda da Direita à espera de um governo. E cujo objetivo é impor uma agenda ultraliberal ao Brasil. Financiado por grandes empresas de comunicação, como Globo, Abril, Estadão, Folha, corporações financeiras e bancos, o Millenium emprega, desde 2009, todos os meios de propaganda à sua disposição para demonizar a esquerda, em especial o PT e tornar a direita mais palatável. Através de artigos, colunas, palestras e produtos de consumo como bonés e camisetas com inscrições detonando símbolos da esquerda, como Che Guevara. E tem obtido sucesso. O Millenium é o seu verdadeiro Posto Ipiranga. O Instituto funciona como agregador de dezenas de outros institutos e blogs – MBL, Vempra Rua – todos com a mesma orientação ultraliberal, como o Instituto Mises, presidido pelo dono do verdadeiro Posto Ipiranga (ou melhor, do Grupo Ipiranga), Helio Beltrão Filho, cuja matriz fica nos Estados Unidos e que também é diretor do Millenium. Fazem parte do Millenium centenas de jornalistas – colunistas, repórteres, escritores – que enaltecem os valores e as ideias de direita, visando atingir os jovens. A lista é enorme. Vai de Nelson Motta a José Nêumane Pinto. Ser de direita era vergonhoso, agora ficou chic. Não havia jovens na direita, agora há muitos. Por trás de Paulo Guedes há uma forte estrutura, baseada em capitais internacionais ligados a múltiplos interesses – a mesma que
em 2013 quase derrubou a presidente Dilma colocando mais de 1 milhão de pessoas nas ruas contra ela – capitais que estão ávidos para comprar as estatais brasileiras na bacia das almas. Bolsonaro vem sendo preparado pelo Millenium há muitos anos para ser o primeiro presidente assumidamente de extrema-direita do país, com a missão principal de “manter a ordem”. Os financiadores, integrantes e simpatizantes do Millenium precisam de alguém que assegure a ordem porque a sua agenda é explosiva. Implementada, vai, inevitavelmente, provocar reações da população que terão de ser sufocadas com uso da força. Eles planejam vender todas as estatais brasileiras, como Guedes confirmou na entrevista de ontem à Globo News. Todo o patrimônio nacional, com o que pretende arrecadar 1 trilhão para abater a dívida de 3 trilhões. O que vai criar um enorme desemprego e previsíveis ondas de protesto. O estado tem 500 mil funcionários. Todos serão demitidos pelos novos donos. Imaginem o caos. Querem acabar com o ensino público e gratuito nas universidades. O que não será aceito pelos estudantes sem protestos. Mais confusão. Querem impingir uma reforma da previdência assassina do futuro. Mais protestos. Continuar com o teto de gastos públicos. Com a reforma trabalhista tal como está. Querem acabar com as despesas obrigatórias do orçamento nacional, como as com educação e saúde. Vão desidratar as verbas dos programas sociais. Bolsonaro não é candidato de si próprio ou do pequeno partido que o abriga, está a serviço de uma agenda de dilapidação total de toda a infraestrutura construída pelos brasileiros desde Getúlio. E empregará toda a repressão necessária para cumpri-la se chegar ao poder. Fonte: Blog do Garrone Alex Solnik é Jornalista, colunista do Brasil 247, que já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais “Porque não deu certo”, “O Cofre do Adhemar”, “A guerra do apagão” e “O domador de sonhos”
Marly Vicente da Silva é a presidente do Instituto Socioambiental e Cultural da Vila dos Pescadores. Ela é uma das lideranças da comunidade em Cubatão, área carente da cidade. Marly tem ficado à frente de um movimento que tenta paralisar a construção da cava subaquática. A obra, no leito navegável, pode acondicionar 2,5 milhão de metros cúbicos de sedimentos contaminados dragados no Canal da Piaçaguera, entre eles metais pesados. Essa cava fica ao lado da comunidade Quantas pessoas vivem na Vila dos Pescadores atualmente? Aproximadamente 30 mil habitantes. Quantos pescadores temos aí? Diretos e indiretos perto de 200. Vocês foram procurados por alguém para discutir a construção da cava subaquática? Não. Os pescadores sentiram alguma diferença com essa cava sendo construída? Sim. A comunidade que vive aqui também. O que vocês temem com esse cava tão perto da comunidade? O pescado ficou mais escasso e à noite sentimos forte odor de coisa podre. O que vocês já fizeram e tem feito para saber mais sobre essa cava é o que ela representa para a comunidade? Estamos nos organizando, buscando informações e esclarecendo à população local. Fizemos reuniões e au-
Vila dos Pescadores: Originou-se, na década de 1960, quando um grupo de pescadores artesanais se instalou no local, visando a exploração do Rio Casqueiro, fonte geradora de seu sustento. Alguns recursos básicos favoreceram o crescimento da vila, como a proximidade do bairro residencial do Jardim Casqueiro e da Via Anchieta. A partir de 1972, devido ao problema habitacional, verificou-se um crescente fluxo populacional nesta área. Esta situação agravou-se, quando a empresa santista de economia mista Progresso e Desenvolvimento de Santos S.A. (Prodesan) iniciou a execução de um aterro sanitário, em território santista situado na margem oposta do Rio Casqueiro, o que obrigou a população que ocupava essa área a se deslocar, vindo a instalar-se na então denominada Vila Siri. O núcleo está localizado nas proximidades do Jardim Casqueiro, ocupando uma área de 13 hectares entre o Rio Casqueiro e os trilhos da antiga Rede Ferroviária Federal ou E.F. Santos-Jundiaí (RFFSA), sendo limítrofe à Av. Bandeirantes, até proximidades do Viaduto 31 de Março. (http://www.novomilenio. inf.br/cubatao/bvpescad.htm)
Cava Subaquática Ou Lixão Químico Submarino? Por Jeffer Castelo Branco.
Está paulatinamente se consolidando no coração do estuário da Baixada Santista (entre Cubatão e Santos), um dos maiores lixões químicos submarinos que se tem notícia no Brasil. Chamam de ‘cava adequada’, um gigantesco buraco escavado para enterrar, sem qualquer tratamento, diretamente no fundo do faraônico buraco não impermeável, sedimentos contaminados com compostos químicos tóxicos, genotóxicos, mutagênicos, teratogênicos e carcinogênicos (leia-se produtos cancerígenos) Espera-se que a CETESB recobre a tempo os princípios de sua função,
ou seja, proteger o meio ambiente, e exija a adoção, sem demora, da melhor tecnologia e as melhores práticas disponíveis. Sendo que essa ação é imprescindível para melhoria ambiental contínua visando o Desenvolvimento Sustentável. E que o SPU (Serviço do Patrimônio da União) não permita a degradação do bem público em tela, pois a sua omissão tornará aquela parte do patrimônio público terra degradada, arrasada pela ação do homem. Ao longo do tempo, o material tóxico disposto neste lixão submarino poderá afetar a flora, a fauna marinha e toda a cadeia trófica, assim como o homem, que faz parte dessa cadeia biológica. *Jeffer Castelo Branco é presidente da ong ACPO (Associação Contra os Produtos Organoclorados e integrante da Rede Caiçara Ecossocialista)
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Por Glauco Braga. (Blog Santos em Off)
diências. Sabemos que os riscos são a destruição dos manguezais e a extinção da pesca artesanal. Já foram procurados por alguém da imprensa para discutir impactos na comunidade? Até o momento não. Eles foram convidados para participar da audiência e não compareceram. Qual é o maior receio das lideranças da comunidade com essa cava? Os impactos no meio ambiente e na população, já que os sedimentos são altamente tóxicos. Não somos contra o desenvolvimento, mas não queremos que Cubatão volte a ser o Vale da Morte. Já estiveram com algum politico? Qual? Não. Talvez, quem sabe, quando estiver perto das próximas eleições.
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Não queremos que Cubatão volte a ser o Vale da Morte”, diz Marly Vicente da Silva, liderança da Vila dos Pescadores
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cava subaquática é um buraco gigantesco com 400 metros de diâmetro e 25 metros de profundidade, maior que o estádio do Maraca-nã, aberto no meio do manguezal onde são depositados resíduos tóxicos retirados por dragagem do canal Piaçaguera em Cubatão. Esse material altamente contaminado produzido e disperso no estuário no tempo em que a cidade era conhecida mundialmente como “Vale da Morte” é mutagênico, cancerígeno e oferece riscos ao meio ambiente e a população da Região Metropolitana da Baixada Santista uma vez que a poluição não respeita fronteiras e é interligada por meio dos rios. A cratera esta localizada a 5 km do Centro de Cubatão, 5,5 km do Centro de Santos, a 3,2 km da área continental de São Vicente e a 8 km de Vicente de Carvalho e já pode ser vista pelo google maps: https://www.google.com.br/maps/@-23.910913,-46.3782267,932m/data=!3m1!1e3 Dada a gravidade do problema foi formado o “Movimento Contra a Cava Subaquática”, constituído por entidades, sindicatos, estudantes, pesquisadores, ativistas e representantes de partidos políticos que juntos atuam em duas frentes: 1 – Luta contra a cava já instalada no largo do Casqueiro (ver foto pelo google) 2 – Luta contra a instalação de novas cavas; Em quase 12 meses de trabalhos foram realizadas diversas reuniões, palestras, rodas de conversa, debates, manifestações e/ou audiên-cias públicas sobre essa questão nas cidades de Bertioga, Guarujá, Cubatão, Santos, São Vicente e Praia Grande. Abaixo os últimos eventos realizados: - 29/08 - Realizada uma audiência pública na Câmara Municipal de Praia Grande para a questão da cava subaquática e os seus impactos para a região. - 07/09 - Participação no Grito dos Excluídos; - 11/09 - Participação de uma reunião com integrantes do FAMA - Fórum Alternativo Mundial da Água – Núcleo SP que se colocaram a disposição do movimento e iniciaram uma série de articulações para apoiar a luta contra esse crime ambiental. A cava simboliza o desrespeito a preservação ambiental e mais um ataque ao modo de vida caiçara sobretudo dos pescadores artesanais da região. Por último, mas não menos importante, foi elaborada uma “Declaração de apoio ao Movimento Contra as Cavas Subaquáticas” que foi subscrito por candidatos dos mais diversos partidos A cava é cova. O autor é Leandro Silva Araújo, economista, especialista em Gestão Ambiental e membro da Coordenação Regional contra a Cava Subaquática
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Lideranças Da Baixada Marcam Presença No 1º Debate Contra A Cava Tóxica, Em Praia Grande Com uma revigorante diversidade de lideranças dos mais diversos setores da resistência eco-social da Baixada Santista, foi dado o pontapé inicial no debate e luta contra a implantação e finalização da cava Subaquática altamente tóxica que está sendo gradativamente instalada e acumulada no estuário de Santos, precisamente frente à Vila dos Pescadores, altura do Jardim Casqueiro, em Cubatão. Esta Cava, do tamanho do estádio de futebol do Maracanã, em forma cônica e de pirâmide invertida, prenuncia um desastre em proporções talvez maiores que o do distrito de Mariana, em Minas Gerais, onde o acúmulo de resíduos tóxicos em uma represa no alto do morro estourou e arrasou com zonas inteiras do Estado, matando pessoas, animais, e contaminando por décadas o leito e margens do Rio Doce, até o litoral do Espírito Santo. A empresa Samarco, através de suas influências políticas e judiciais, até agora não pagou um centavo de indenização, se é que vidas e fontes de renda de vidas dedicadas ao lugar têm preço. É interessante ressaltar que a Samarco pertence à erroneamente privatizada Companhia Vale do Rio Doce, e a mesma também é proprietária da VLI, responsável pela Cava de Santos. A diferença é que em Minas Gerais o lixo tóxico estava depositado na represa, já em Cubatão é no mesmo leito do estuário, na superfície da água inclusive, onde apenas uma fina e frágil cortina de felt dividiria os perigosos resíduos tóxicos do contato com o restante da água, onde os moradores e também pescadores de outras áreas pescam, e que, caso estoure essa fina cortina, esparramaria em minutos um lixo tóxico com mercúrio, chumbo, cádmio e elementos químicos muito piores que os da Samarco por todas as praias, rios, manguezais e nascentes das cidades da Baixada Santista, tornando impraticável inclusive a balneabilidade das praias e consequentemente o Turismo, principal atração e fonte
econômica da Região. Entre os palestrantes do debate estiveram Márcio Mariano, da ACPO (Associação Contra os Produtos Organoclorados), ou ‘pops’, associação esta integrada por ex-trabalhadores e vítimas da famigerada Rhodia, Mari Polachini, do Movimento Contra os Ataques à Natureza, e que é a principal liderança da luta do povo de Peruíbe contra a instalação de uma usina termoelétrica no município, Flávio Saraiva, presidente do SindServ, Sindicato dos Servidores Municipais de Santos e outrora importante liderança da Rede Caiçara Ecossocialista, e o cacique Gilson, da aldeia Paranapuã, de São Vicente, aldeia cuja praia é geograficamente depositária de lixo de correntes marítimas do mar e do estuário. O debate foi apaixonado e demorou quase três horas, devido também às pertinentes intervenções das lideranças presentes, como Marivaldo Lopes, presidente da Oscip IDEA e metalúrgico aposentado da antiga Cosipa e que deu testemunho de como já nos anos 70 as empresas faziam Cavas contaminantes menores e ilegais, Varella Júnior expôs a partir do pensamento holístico e da bio-política as suas críticas, e o dirigente petista e cutista, Chagas Lavor, a partir da questão da saúde. Outros presentes e referentes da região, Jeffer Castello Branco, também da ACPO e reconhecido internacionalmente, Jasper Lopes, da Verde América, Sérgio Cabeça, diretor do sindicato dos Bancários, da Intersindical e do mandato coletivo do deputado federal Ivan Valente (autor do PL contra os agrotóxicos e anteriormente contra a reforma do Código Florestal), João Domingos, da IDEA e CUT, Kayo Amado e Ronaldo Prudente, candidatos pela Rede, assim como dirigentes do PSOl, PT e anarquismo. No campo da arte, Rogério Ramos, diretor e ator de teatro, Fábio Piovan, da Vila do Teatro, Waldir Gonçalves, músico do Casa Rasta e Chiapas Livre, Luciana Jorge, também de Verde América, Mulheres em Luta e autora/ativista de projetos sócio-ambientais em Cubatão, Leonardo Silva, dirigente dos professores em luta em Praia Grande, além de escritores e outros membros da aldeia guarani de Paranapuã. Ao final houve um breve Sarau Eco-Humanista, ao som de violas, guitarras, percussão e muita cantoria.
Negada Licença Ambiental Para Termelétrica No Litoral De São Paulo A decisão da CETESB foi divulgada hoje. O empreendimento impactaria Terras Indígenas e Unidades de Conservação na Mata Atlântica, em São Paulo. Em comunicado publicado hoje (19/12) no Diário Oficial do Estado de São Paulo, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) tornou pública a conclusão pela inviabilidade ambiental do empreendimento Projeto Verde Atlântico Energias e indeferiu o pedido de Licença Prévia apresentado pela Gastrading Comercializadora de Energias S/A em abril de 2017. O projeto previa a implantação de usina termelétrica e terminal marítimo em Peruíbe, e também de gasoduto e linha de transmissão que cortariam o litoral até a região de Santos e Cubatão. A sua instalação resultaria em impactos a diversas terras indígenas e a áreas de proteção ambiental federais, estaduais e municipais localizadas no litoral de São Paulo em região de Mata Atlântica. A decisão da Cetesb é uma vitória para dos povos indígenas, organizações indigenistas e ambientalistas e da população da região que, desde o início de 2017, vinham denunciando as consequências negativas que a instalação do complexo traria para a região e a extrema rapidez do processo de licenciamento ambiental sem o necessário prazo para um debate amplo e participativo. Índios protestam contra a Termelétrica em audiência pública realizada na Alesp (Foto: Rede Brasil Atual) “Nhanderu que não permitiu que uma usina dessa grandeza viesse a prejudicar a Terra de seus filhos. Estou muito feliz. E agora sim, respirando aliviada”, afirmou Lenira Djatsy Oliveira, liderança da Terra Indígena Piaçaguera, uma das que seria impactada pelo empreendimento. O EIA/Rima foi protocolado e quatro audiências públicas chegaram a ocorrer sem apresentação pela empresa do Estudo do Componente Indígena previsto pela legislação para avaliação dos impactos específicos para os povos indígenas. Após manifestação das lideranças da TI Piaçaguera e da Comissão Pró-Índio de São Paulo, a Funai solicitou a Cetesb que nenhuma licença fosse concedida sem a prévia avaliação impactos. fonte:: http.comissaoproindio.blogspot.com.br MAIS NA PÁGINA 8
Crime Ambiental De Alckimin E Da Sabesp Contra O Rio Itapanhaú Por Movimento Bertioga para todos. Nós, como cidadãos bertioguenses, temos de manifestar nosso repúdio e cobrarmos responsabilidade do Executivo e do Legislativo de Bertioga sobre as obras de transposição do Rio Itapanhaú pretendidas pelo governo do estado e a Sabesp. Quem se colocar a favor dessa obra nefasta estará se colocando frontalmente contra o bem-estar e os interesses da cidade e seus moradores. Há alguns anos a população bertioguense recebe da Sabesp serviços básicos, essenciais, que são o fornecimento de água e saneamento, de péssima qualidade. Parte relevante da cidade não é beneficiada com rede de esgotos, e em períodos de alta temporada e feriados falta água em diversos bairros, por vários dias seguidos. Ora, como viver sem o abastecimento de água? Os investimentos locais da empresa estão muito aquém das necessidades da cidade. Todos os anos a empresa garante que não faltará água e que as obras para a ampliação da rede de esgoto serão feitas. Promessas vãs. A realidade, ano após ano, é a de falta de água – em alguns bairros chega a faltar por 5 dias seguidos -, e o esgoto corre em valas a céu aberto. O que nunca falta por parte da empresa são as justificativas falaciosas. Até quando seremos enganados e lesados? A Sabesp diz que não investe na infraestrutura da cidade porque não tem um contrato de concessão firmado com a prefeitura. Ora, e qual a desculpa sobre a falta de investimentos e planejamento para a cidade de São Paulo, que tem contrato com a empresa e ainda assim convive com a falta d’água? Agora, com a anuência do governo do estado, a Sabesp pretende transpor a água de um dos mais importantes rios do litoral paulista para o sistema do Alto Tietê. O licenciamento foi feito de maneira escusa, assim como é muito suspeita a autorização emitida pela CETESB, órgão comandado pela gestão Alckmin, o maior “entusiasta” na obra de transposição. A falta de pla-
nejamento e investimentos da Sabesp, assim como os interesses duvidosos, leva a soluções de curto prazo como esta, que podem ser irreversivelmente catastróficas. O Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente (Gaema) da Baixada Santista – promotores do Ministério Público responsáveis por processos ligados ao meio ambiente – coloca-se contra a transposição do rio sem o devido Estudo de Impacto Ambiental e questiona até a necessidade da obra. A reversão das águas do Itapanhaú pode causar um desequilíbrio ambiental relevante, acentuando os índices de salinidade da água nas áreas de manguezal e descompensando gravemente os ecossistemas locais. Além disso, é profundamente contraditório que se apropriem de um recurso tão importante da região, enquanto sistematicamente falta água nas casas bertioguenses. Nas audiências públicas sobre o tema, a população se manifestou contrária à reversão das águas do rio, mas não foi ouvida. É mais um caso onde os lucros serão privatizados em benefício dos investidores da Sabesp e os prejuízos serão socializados pela população local, isto é, todos nós. Devemos exigir do prefeito de Bertioga e dos vereadores que se posicionem claramente sobre o assunto. É um momento que exige coragem e dignidade dos políticos da cidade. Não podemos aceitar que extirpem um recurso tão importante da cidade, como é a nossa água, sem estudos adequados e sem garantias mínimas sobre nossa segurança socioambiental. Repito! Nós, como Bertioguenses, temos de lutar contra os interesses escusos do governo do estado e da Sabesp e garantirmos a preservação de nossos recursos. Temos de cobrar do prefeito e vereadores que cumpram com seus papéis de representantes da população de Bertioga. Ou lutam pelos nossos interesses e direitos ou estarão contra nós!
NÃO À TRANSPOSIÇÃO DAS ÁGUAS DO ITAPANHAÚ!
as águas do Rio Sertãozinho, um dos principais afluentes do Rio Itapanhaú, para o sistema do Alto Tietê, como parte do empreendimento “Obras de Aproveitamento da Bacia do Rio Itapanhaú para o Abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo”. A grande articuladora de todo o projeto é a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) que, deixou de ser uma companhia efetivamente do Estado, voltada ao interesse público e tornou-se uma organização com espírito e conduta de empresa privada –com foco exclusivamente no lucro. A Sabesp tem 49,7% de seu capital nas mãos de bancos e grandes investidores. Alckmin tem atuado como um “garoto propaganda” da empresa, em São Paulo e Nova York (veja a foto abaixo, do próprio governo do Estado). Segundo Julio Cerqueira Cesar, um dos maiores especialistas em saneamento do país e professor aposentado da Escola Politécnica da USP, “até 90, a companhia era comandada por engenheiros sanitaristas, depois disso a Sabesp aderiu ao lucro de corpo e alma. Deixou de se preocupar com seus usuários e passou a se preocupar com seus acionistas. Hoje quem comanda a Sabesp são economistas e advogados. O objetivo da empresa mudou. É para dar lucro para os acionistas.” A iniciativa Sabesp/Alckmin levou a
que tenham sidos realizados estudos de impacto ambiental aprofundados. A geóloga Célia Regina de Gouveia Souza, do Instituto Geológico, afirmou, por exemplo, que em nenhum parecer técnico dentro do processo de licenciamento e nem mesmo no próprio EIA/RIMA foi levado em consideração o tema elevação atual e futura do nível do mar, e nem os possíveis efeitos das mudanças climáticas na área; estudos e projeções recentemente efetuados para o município de Santos pelo professor J. Harari (IO–USP) mostram que o nível do mar tende a se elevar a uma taxa de 0,45 cm/ano nas próximas décadas e um dos efeitos dessa elevação será o aumento da intrusão da cunha salina nos sistemas fluviais. Caso haja alteração na vazão do rio deverão ocorrer impactos negativos profundos nestes ecossistemas. Impactos que vão desde o desequilíbrio na salinidade nas áreas de manguezal ao assoreamento na foz, com prejuízos à flora, fauna e às pessoas que vivem e trabalham na região. Mesmo a Fundação Florestal, órgão do próprio governo de São Paulo, questionou em Informação Técnica a suficiência amostral dos estudos e levantamentos realizados sobre a flora e a fauna. No estudo, questionam-se os efeitos negativos de uma estiagem induzida (redução de vazão) sobre as Unidades de Conservação da região. Mesmo com as deficiên-
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O governador Geraldo Alckmin e a Sabesp estão em plena ofensiva que coloca em risco a sobrevivência de um dos mais importantes santuários ecológicos do Estado de São Paulo. É um ataque violento ao município de Bertioga, que tem quase 90% de seu território de 482 km² (20% da Baixada Santista) protegido ambientalmente, com um total de 77,6% composto por Vegetação Natural[1]. É um dos maiores patrimônios ambientais de São Paulo, ameaçado pelo projeto de transposição das águas do rio Itapanhaú. O motivo alegado para a transposição é a crise hídrica 2014/2016 do Estado de São Paulo, uma das marcas da gestão Alckmin. Apesar de o governador repetir que ela está superada, a administração decidiu transpor
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Por Mauro Lopes
cias dos estudos ambientais apresentados, a Fundação Florestal destacou que, na região da planície costeira, o levantamento de dados primários em um dos pontos amostrados apontou que 64% das espécies encontradas constam na lista de espécies ameaçadas. Ao fim e ao cabo a responsável pelo parecer da Fundação Alckmin diante da Bolsa, em Nova York, foi demitida logo depois de garante lucros aos investidores emiti-lo e a presidência do órgão, vinculada a Alckmin, santuário providenciou outro parecer ecológico de Bertioga e desejam derrubar a favorável ao projeto. mata para construir mais e mais condomíEnquanto prepara-se para atacar mornios de luxo –o empreendimento mais cotalmente o Itapanhaú, a SABESP, segundo dados do Instituto Trata Brasil desperdiça nhecido é a Riviera de São Lourenço. É o modelo de desenvolvimento caem torno de 36% da água distribuída na pitalista predatório que marca o país, região da Grande São Paulo em função da na definição de frei Gilvander Moreira e má manutenção da rede, o que significa que caracteriza o projeto das elites para algo em torno de 1,26 bilhão de litros por dia Bertioga: “oásis de muito luxo, rodeados (contra os 216 milhões de litros que pretenpor povos empurrados para as periferias de retirar do rio). O GAEMA (Grupo de Atuação Especial ocupadas, onde está a força de trabalho de Defesa do Meio Ambiente), do Ministério que constrói a cidade – a força de trabaPúblico do Estado de São Paulo, questio- lho dos pobres é querida e necessária -, nou a isenção e a qualidade dos EIA/RIMA mas, discriminados e criminalizados, têm (Estudos de Impacto Ambiental/Relatório a dignidade humana violentada. Salvo rade Impacto Ambiental) e obteve uma limi- ras exceções, não temos cidades justas e nar suspendendo a ecológicas, mas cidades com desigualdaobra –a liminar foi des sócio-territoriais, onde 46% do povo cassada pelo con- constroem suas casas em regime de autoservador Tribunal construção de forma improvisada e como de Justiça de São joão-de-barro, um pouco a cada semana”. O resultado deste modelo pode ser Paulo (TJ-SP). Em sentido nos indicadores e, sobretudo, no Audiências Públicas, especialistas e cida- dia a dia da população pobre de Bertiodãos bertioguenses ga, hoje composta em sua maioria de micolocaram-se vee- grantes que chegaram do Nordeste para mentemente contra construir condomínios que, depois de a transposição do prontos, empregam-nos e a suas famílias rio, questionando como porteiros, faxineiras, jardineiros… sobre a qualidade e Os ricos moram nos condomínios de luxo, a abrangência dos os pobres foram em sua maioria empurimpactos ambien- rados para ocupações na beiradas das tais, mas não foram áreas protegidas (ou, em alguns casos, invasões nas próprias áreas) sem saneaouvidos. A CETESB mento básico e mínimas condições de in(Companhia Am- fraestrutura. Não é por outro motivo que o biental do Estado de Índice de Desenvolvimento Humano MuniSão Paulo), em tese cipal (IDH-M) de Bertioga (0,73 em 2010) responsável pelo meio ambiente no Estado, relega o município à 388ª posição dentre atua como braço do Palácio dos Bandeiran- os demais 645 municípios de São Paulo. O projeto de transposição do Itapates: aprovou a licença prévia da obra e está na iminência de liberar a Licença de Instala- nhaú e o modelo de desenvolvimento das ção, o que permitirá que seja iniciada sem elites da cidade pretendem liquidar com a grande riqueza de Bertioga, o fato de ser os estudos adequados. um verdadeiro santuário ecológico. “Se Se a dobradinha Sabesp/Alckmin ven- olharmos para o futuro, o que terá valor, cer, em alguns anos o rio e todo o santuário num planeta cada vez mais ameaçado: reque representa Bertioga poderão ser des- giões devastadas ou aquelas que consetruídos. Mas para Alckmin e os atuais diri- guirem preservar a natureza?”, questiona gentes da Sabesp isso não importa: até lá, o ambientalista Cadu de Castro, morador nem ele será governador nem os líderes da da cidade e um dos líderes do Movimento Sabes estarão na empresa. Para eles, vale Salvem o Itapanhaú. A disputa em torno do novo Plano Dia lógica de curtíssimo prazo das empresas de capital aberto, para as quais a vida se retor da Cidade é simbólica: embargado no Judiciário pelos ambientalistas, previa a resume a lucro nos balancos trimestrais. possibilidade de construção de torres de até Modelos de desenvolvimento – o 30 andares à beira-mar, mudando compleataque ao Itapanhaú está levando a uma tamente o perfil da cidade e aprofundando mobilização e união política inéditas em o ciclo “oásis de luxo/bolsões de miserabiBertioga. Até o prefeito Caio Matheus, do lidade”. O desafio para o futuro será o de PSDB, aderiu aos protestos. Mas a união aproveitar o potencial de um município com conquistada agora não esconde a luta por 90% de seu território protegido para um modistintos projetos de desenvolvimento e delo de turismo ecológico que pode atrair de visão de relacionamento com o planeta pessoas de todo o Brasil e do mundo, gerando empregos com maior renda e mudando e as pessoas. A elite local, que controla a vida política o perfil sócio-econômico da cidade –como no município, atua em sintonia com os in- de resto, um modelo bem sucedido em um teresses das empresas de construção civil sem-número de países e regiões do mundo. que, de fato, controlam o poder na cidade. Fonte: https://outraspalavras.net Elas opõem-se à condição de verdadeiro
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Transposição das águas do rio Itapanhaú, em Bertioga, representa a luta entre dois modelos de desenvolvimento e relação com o planeta e as pessoas
uma mobilização inédita na cidade de Bertioga, com repercussão em toda a Baixada Santista. Foi criado o Movimento Salvem o Itapanhaú que está organizando uma série de ações e manifestações –no próximo sábado, 27, haverá em Bertioga um ato de protesto contra o projeto. O rio Itapanhaú nasce em Biritiba Mirim, na região da Serra do Mar, e encontra o Oceano Atlântico por intermédio do Canal de Bertioga, percorrendo 40 quilômetros de ecossistemas frágeis como a mata atlântica, a mata paludosa, a mata alta de restinga e manguezais. Portanto, é parte integrante essencial destes ecossistemas. Na região de inserção do empreendimento ou sob sua influência, estão presentes oito áreas protegidas estratégicas para a manutenção do ecossistema: Área Natural Tombada- ANT; Parque Estadual da Serra do Mar – PESM; Parque Estadual Restinga de Bertioga – PERB; Terra Indígena Silveiras – TI; Reserva Particular do Patrimônio Natural -RPPN – Ecofuturo; Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPN – Hercules Florence; Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPN – Costa Blanca; e o Parque Municipal Rio da Praia – PMRP. Impactos – A transposição irá retirar do rio um volume de até 216 milhões de litros por dia, o que corresponde a 10% de sua vazão. O governo pretende fazer isso sem
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Alckmin Ataca Santuário Ecológico De São Paulo
Ordem Dos Advogados De Santos: Debate Sobre Projeto De Usina Termelétrica Na Cidade De Peruíbe
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Por Ailton Martins Foto: Bruna Azevedo
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“A Ordem dos Advogados do Brasil – Subseção Santos em conjunto com a Rede Caiçara Ecossocialista e o Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista realizarão debate intitulado: “A Usina Termelétrica de Peruíbe e seus impactos ambientais”, no dia 30 de outubro, a partir das 19:00 horas, à praça José Bonifácio, nº 55, cidade de Santos”. Usina termoelétrica Essa é a maior termoelétrica inserida em área urbana, com 161 MIL m², e com 4 chaminés de 120m por 7m de diâmetro soltando poluentes 24h/dia; entre dois bairros populosos. O projeto também prevê a construção de um Píer, a 10 km da costa, de 900 metros de comprimento, por 81m de largura, 17m de profundidade e 7m de altura. A usina produzirá energia que será enviada para outra cidade por meio de tubulações que percorrerão cinco cidades, cortando a mata atlântica: terras indígenas demarcadas, parques estaduais e áreas da marinha. Polêmica A construção de uma usina termoelétrica tem causado diversas discussões na região da Baixada Santista, principalmente na cidade de Peruíbe devido os impactos ambientais e sociais que irão causar caso o projeto for viabilizado. Vários questionamentos estão sendo levantados pela comunidade local e movimentos sociais/ambientalistas a respeito do impacto que poderá causar a efetivação deste projeto. Primeiro porque termoelétricas são consideradas no mundo inteiro as piores formas de gerar energia. Segundo porque o projeto ainda trás atrelado de forma independente a construção de quatro incineradores de lixo e, hoje, é sabi-
do de todos que incineradores são poluentes extremamente nocivos, pois os gases liberados no ar possuem dioxinas, isto é, substâncias químicas liberadas como subproduto industrial que podem causar diversos malefícios para o organismo. Ministério Público O Ministério Público montou uma equipe de procuradores para investigar o processo de licenciamento da usina. De acordo com o procurador da República, Antônio Daloia um dos motivos pelo qual o MP decidiu investigar o projeto, é devido a rapidez nos processos participativos da sociedade civil, e acrescenta que um projeto dessa magnitude que terá grande impacto sobre o meio ambiente e sobre a relação de vida de comunidades tradicionais: indígenas e caiçaras, um debate mais qualificado é necessário, isto é, é preciso que mais informações e condições de participação popular sejam garantidos para que deste modo a população decida de forma consciente e adequada. Porém não e o que tem ocorrido. Licenciamento Nesta semana foi divulgada a notícia que mesmo sem o licenciamento o projeto já foi levado à leilão, (entenda sobre o leilão nesta matéria) denotando que, independente dos questionamentos realizados pela população organizada que tem participado das audiência públicas e discutido radicalmente o projeto, a empresa responsável pelo projeto, a Gastrading, simplesmente, como tem demostrado, não possui interesse em qualificar as informações e debater o projeto. A última audiência pública que deveria acontecer em Peruíbe, por duas vezes foi cancelada devido as precárias condições dos imóveis locados pela empresa. Portanto, esse leilão sem o devido licenciamento também sinaliza que, o governo do Estado tentará a todo custo implantar a usina, com ou sem consulta popular. Uma frente parlamentar na Assembleia Legislativa de São Paulo foi criada e pretende pressionar todos os órgãos responsáveis pelo licenciamento, assim como o próprio Governo do Estado que tem comportado-se de forma antidemocrática, atropelando processos decisórios de participação popular.
Público Reage Contra Incineração De Lixo Na Praia Grande Uma grata surpresa na audiência pública sobre resíduos sólidos e destinação do lixo, onde algumas prefeituras mancomunadas com empresas pretendem sorrateiramente introduzir usinas incineradoras no já fragilizado meio ambiente da Baixada Santista, entre Praia Grande e São Vicente.nAmbientalistas e movimentos sociais como as cooperativas de catadores de recicláveis tomaram” de assalto” a audiência e mandaram forte o recado!
Resistência: Indígenas Da BS Lutam Por Terra, Respeito E Dignidade A percepção de grande parte da sociedade ‘civilizada’ sobre os povos indígenas ainda soa folclórica, como em achar que eles vivem sem roupas e sem acesso a tecnologia. Mas a verdade é que, apesar de sofrerem um processo de violação cultural, muitos desses povos tradicionais conseguem se manter firmes na luta por sobrevivência e permanência. É o caso de duas tribos de etnia Guarani, localizadas em São Vicente e Praia Grande, na região da Baixada Santista, SP. Ao todo, são quase 150 pessoas que sofrem com o descaso do poder público, proibições de uso da terra e dos recursos naturais, além do preconceito e descaso com sua cultura. Em São Vicente, a tribo Tekoa Paranapuã resiste há mais de 17 anos num espaço que foi, convenientemente, transformado em Parque Estadual após a sua chegada. É um local onde já foram instaladas escolas e até uma unidade da Febem (atual Fundação Casa) e que estava abandonado. Segundo o cacique, Gilson, são 23 famílias, com mais de 80 pessoas, que estão divididas em três núcleos no local. Por conta de uma decisão judicial, os indígenas não podem interferir no meio ambiente e até a entrada de pessoas para ajudar a tribo é bastante restrita. Foi assim que um grupo de pessoas mobilizados a partir do Sindicatos dos Trabalhadores do Judiciário Federal de SP (Sintrajud), do Judiciário Estadual de SP (Assojubs) e do coletivo Reinado da Coruja Xamanismo quase foram impedidas de entregar doações ao grupo. Contudo, após algumas negociações, foi permitida a entrada das 17 pessoas que compunham o coletivo. Segundo Adilson Rodrigues Santos, do Sintrajud, houve uma coleta de doações de roupas, mantimentos, brinquedos e outros itens, que foram destinados a três tribos da região: Rio Silveira (Bertioga), Paranapuã e Tekoa Mirim. Mais que as doações, há um esforço desomar forças na resistência, em especial no caso de Paranapuã, onde há um risco iminente de reintegração de posse e expulsão dos indígenas. Ele ressalta que no local já houve tribos indígenas, que foram expulsas em 1973. Já a tribo Tekoa Mirim está localizada em Praia Grande, há pouco mais de 3km da Rodovia Pe. Manoel da Nóbrega. Apesar de não sofrer com o isolamento forçado, como em Paranapuã, eles tampouco têm assistência do poder público para as suas demandas. Segundo o cacique, Edmilson de Souza (cujo nome guarani é Karai’Ere), o grande risco que os ameaça é a instalação de um aeroporto, que passaria por suas terras. Ele ressalta que estão no local há sete anos, vindos de Pariquera-Açu e movidos pela visão de seu pajé. E, por isso mesmo, ele e as outras 60 pessoas que vivem alí não irão deixar de lutar por esse lugar ancestral.
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OUTUBRO 2018 - ANO XII
#Artigo DOMINGO NA NOITE DA ELEIÇÃO NÃO TEVE ROJÕES EM PRAIA GRANDE
Por Jasper Lopes. Na noite do dia 7 de outubro, um tímido e fraco rojão estourou, e depois…nada. Um estranho e raro silêncio na cidade, quando em apuração de eleições é justamente o contrário. E os rojões foram guardados de volta. Mas, ao olhar-se o resultado das urnas na cidade, percebe-se claramente a amargura do grupo político dirigente. Mesmo tendo o prefeito quarto mais rico do Brasil (e que coordena a campanha do segundo mais rico, o Doria), com 25 anos ininterruptos no poder local, e um grandioso arsenal de como seduzir ou comprar o favoritismo do eleitor, assim mesmo a votação do estadual e genro, Cássio Navarro, seguiu caindo, com o agravante que não é nada certo ter a vitória de um novo governador tucano que possa ‘subir’ alguns deputados a Secretarias e assim alavancar o moço da suplência. Ainda por cima, o filho do político e novo desafeto vizinho, Caio França, teve uma expressiva votação
na cidade, isso sem contar a votação do pai a governador na Praia Grande, superior ao apadrinhado Doria. E pelo lado do deputado federal, Eduardo Xavier, a coisa fica pior ainda, pois sua candidatura foi um verdadeiro tubo de ensaio para ser o próximo ungido a prefeito, pois Mourão, depois do Roberto Francisco, parece confiar apenas em parentes, e como Eduardo Xavier é apenas parente indireto, poderia estar candidato a prefeito, ao contrário do genro ou da esposa do atual mandatário. Com o ungido – sem grau de parentesco – a experiência não foi frutífera. Com tantas reuniões com servidores e apoiadores – não poucas vezes constrangidos – , os parcos (neste caso) 8 mil e tantos votos (nem todos na cidade), ficam semelhantes, por exemplo, aos 7 mil e tantos do sindicalista petroleiro Fábio Mello (PSol), da região também, que concorreu sem nenhum recurso – salvo o da militância combativa – ou da advogada Débora Camilo (também do Psol, apesar que esta sim conta com certos recursos dos Bancários), com seus 6 mil e poucos votos. Com toda a máquina administrativa jogando peso, ficou claro que não é um futuro candidato confiável para a população. Tampouco se saíram bem candidatos vereadores-locais que ora são oposição, ora situação, como Vitrolinha e Avelino, também triturados pelo vendaval renovador eleitoral. Já na oposição progressista e democrática
Durante campanha passada, culto na igreja, Mourão junto com a vice. Será a próxima ungida, depois do naufrágio do Xavier? na cidade, embora com campanhas mais que modestas,e apoiando reeleição de deputados mais próximos e não da região, tanto os núcleos dirigentes do PT, que apoiarem respectivamente Vicentinho e Nilto Tatto, como o PSol, cuja página na cidade apoiava majoritariamente Ivan Valente, quanto o novato Fábio Mello, da região, tiveram seus deputados reeleitos. Mas talvez o maior problema que certamente passou a ser preocupante foi o fator do avassalador crescimento do bolsonarismo, principalmente na cidade de PG, onde o irmão já foi vereador e com uma tradição militar devido à Fortaleza do Itaipu. Esta crescente oposição que se ancora no polêmico candidato, é raivosa e belicista, mantém uma permanente metralhadora giratória no man-
datário local, até em questões de cunho pessoal, coisa que a oposição progressista não se permitia. Como prevíamos, o mandatário procuraria rapidamente se colar no Bolsonaro, até porque seu padrinho (político e pessoal), Michel Temer, já fez o mesmo dias atrás, deixando o Alckmin também na mão, o que certamente não contrariou o prefeito, mais ligado ao José Serra. O providencial banner, que agora ilustra a página do mandatário, com sua foto ladeada por Doria e Bolsonaro, é um salvo-conduto neste momento, mas caso o Doria se derreta no segundo turno, e os frenéticos bolsonaristas locais e do PSL consigam ancorar melhor no seu líder depois das eleições, a jogada do PSDB local pode se transformar em ‘Vitória de Pirro”, como dizia-se na civilização greco-romana.
#Sindical CHAPA 2: SERVIDOR UNIDO PARA RECUPERAR O SINDICATO
Por Adriano Roberto Lopes da Silva ‘Pixoxó’ Os trabalhadores municipais de Praia Grande, da ativa e aposentados, mudarão a cara e o caráter do sindicato, na eleição desta quinta-feira, 25 de outubro. Por mais de dez anos, a categoria e a chapa de oposição lutam pelo direito de escolher sua direção sindical, o que vinha sendo negado por uma diretoria, deposta em 2017, que tem medo das urnas.
Precisou a Justiça do Trabalho nomear dois interventores, há quase um ano, que por fim acabaram convocando a eleição desta semana, após muita insistência nossa. Infelizmente, do universo aproximado de 11 mil servidores, apenas 2.952 têm direito ao voto, pois a diretoria retirada, sem crédito e sem prestígio, não conseguiu aumentar o quadro de associados. Vencido o pleito, uma das nossas primeiras providências será uma intensa campanha de sindicalização, preparando a campanha salarial de 2019 com a força do funcionalismo. Somos servidores que, ao longo dos anos, não concordamos com os desmandos e intrigas em nossa entidade. Formamos um grupo, de várias secretarias, que tem o compromisso de lutar por todo o funcionalismo. Vamos batalhar por melhores salários e condições de trabalho. Queremos transparência. Queremos participação da categoria. O sindicato é uma entidade e é dever da diretoria ouvir as bases.
Somos a maior força trabalhadora da cidade, uma das maiores da baixada santista, e precisamos de um sindicato forte. O sindicato está fraco por falta de direção e credibilidade. O sindicato mantém as lutas com as mensalidades. Quem financia o sindicato são os trabalhadores e a eles a diretoria deve prestar contas. Faremos prestação de contas periódicas. Para um sindicato de luta, temos muito trabalho pela frente. A luta não terminara
após a eleição. Logo de cara, faremos uma auditoria e reformaremos o estatuto, com mais poderes e direitos aos associados. Pedimos aos companheiros e companheiras, antigos e novos, que deem o voto de confiança em nossa chapa. Garantimos, em agradecimento, que as lutas serão muitas e fortes. Adriano é o candidato da oposição, chapa 2, à presidência do sindicato
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CURSINHO POPULAR GRATUITO ATRAI JOVENS EM PRAIA GRANDE Da Redação BF: Foi dada a partida, neste sábado, do novo cursinho popular e gratuito para o Enem e vedtibular denominado Sambaqui, no Espaço Verde América, no Jardim Quietude, em Praia Grande. A aula inaugural contou com sala cheia de novos alunos e vários professores voluntários, e o cursinho é orientado por experimentados coordenadores que fizeram parte do tradicional e inovador cursinho Pimenta, de Guarulhos, na vanguarda dos aprovados no Enem a nível nacional. Inicialmente a primeira turma é aos sábados, das 9 às 16 horas, no espaço do Coletivo Verde América, na rua Santa Maria de Jesus, esquina com a rua Mílton Daniels, a principal do bairro Quietude, a três quadras da via Expressa Sul e do Quadradão de Eventos Jair Rodrigues. Os interessados podem dirigir-se diretamente ao local no sábado, ou entrar em contato com os coordenadores, a psicopedagoga Vera Oliveira (99701-0052) ou o educador popular Maurício Pietá (996451255).
OUTUBRO 2018 - ANO XII
#Trampo EM PRAIA GRANDE COMISSÃO MUNICIPAL DO EMPREGO DEFINE CURSOS PARA 2019
Por Aline Moraes. Escolha dos cursos se deu por conta da necessidade estudada em PG Como de costume, logo que o final de ano se aproxima, membros da Comissão Municipal do Emprego (CME) de Praia Grande se reúnem para traçar novas metas e solicitar possíveis cursos de capacitação para o Município. Nesta semana aconteceu o encontro, onde os membros discutiram dezenas de capacitações para trazer para a cidade, após análise, 13 opções foram enviadas para a Comissão Estadual do Emprego. As demandas reivindicadas durante a reunião são resultado de estudo no município envolvendo a Secretaria de Assuntos Institucionais (SEAI), o Posto de Atendimento ao Trabalhador do Município (PAT) e demais instituições que compõe a CME, além de pesquisas realizadas que mostram o quadro real das necessidades e possibilidades, de estímulo à empregabilidade em Praia Grande. “Com base na pesquisa que realizamos, tivemos um amplo panorama, onde nos deu uma melhor visão para discutirmos as necessidades e solicitar a possível vinda destes cursos para Praia Grande”, explicou o presidente em exercício do CME, Jasper Lopes Bastos. Os cursos de qualificação e/ou requalificação, foram escolhidos por ordem de prioridade e a sequência das escolhas são: 1º- Padeiro, confeiteiro, Pizzaiolo 2º- Açougueiro desossador 3º- Formação em Gastronomia e sushiman
4º- Eletricista de baixa, média e alta tensão 5º- Manutenção de celular 6º – Instalador de refrigeração e Ar condicionado 7º – Barman 8º – Banho e tosa 9º – Soldador mig e tig 10º – Pintura de Autos 11º – Gestor de Projetos Sociais e cooperativas 12º – Mecânica de motor 13º – Cuidador de Idosos A ideia é que, se for aprovado, cada categoria de curso abra 60 vagas para o ano de 2019, mas para que isso ocorra, a proposta foi encaminhada para aprovação da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho/Comissão Estadual de Emprego – CEE/SP. O objetivo com a vinda destes novos cursos para cidade é preparar, desenvolver e qualificar a formação de mão de obra em Praia Grande, atendendo a demanda dos empregadores que cresce a cada dia, possibilitando cada vez mais um atendimento especializado e de qualidade para os trabalhadores. Ata – Finalizando o encontro, foram transmitidos aos participantes os informes gerais e o trâmite de aprovação da ata da reunião anterior. Os encontros da CME são abertos aos integrantes de ONGs, associações de bairro, entidades educacionais, sindicatos e a população em geral.
Jasper Lopes, como presidente da CME municipal, o Donato Cutrone, presidente das CMEs estaduais e a Adriana Rodrigues, delegada da CME de PG
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OUTUBRO 2018 - ANO XII
#Paz CONHEÇA A PROFECIA DA TRIBO DO ARCO-ÍRIS Várias tribos indígenas tem profecias que falam de uma época em que a Terra estaria agonizando, próxima à destruição, quando então surgiria o que eles chamavam de “Tribo do arco-íris”, formada por pessoas de todas as raças que buscariam restaurar a sabedoria ancestral há tanto tempo esquecida pela civilização moderna. Acreditamos que este tempo está chegando. Abaixo, apresentamos as profecias e suas interpretações. “Quando o rio e o ar estiverem sujos, quando o ser humano houver se perdido completamente da linha da vida, quando os animais estiverem ameaçados, as ancestrais árvores cruelmente abatidas, quando a doença e a tristeza estiverem dizimando o povo vermelho, virá uma nova nação, uma nova tribo. Serão em grande número, surgirão de onde não se espera. Virão em muitas montarias, sua magia diferente, terão artes que desafiarão a compreensão. Serão de muitas cores, por isto essa Tribo será conhecida como Tribo do Arco-Íris, eles virão quando o fim parecer certo, eles virão e curarão a Terra.”
Profecia do Arco-Íris: ” Meu povo espera os Pahana, os Irmãos Brancos perdidos “das estrelas”, como fazem todos os nossos irmãos na Terra. Eles não são como os homens brancos que nós conhecemos agora, que são cruéis e avaros. Nós estamos esperando a vinda deles há muito tempo. Nós ainda esperamos os Pahana. ” ” Eles trarão com eles os símbolos, o pedaço perdido da tábua sagrada, guardada pelos anciões, dado a eles quando partiram, isso os identificará como nossos Verdadeiros Irmãos Brancos.” ” O Quarto Mundo terminará logo, e o Quinto Mundo começará. Os anciões sabem que em todos lugares foram cumpridos os Sinais durante muitos anos, e alguns ainda permanecem. ” ” Este é o Primeiro sinal: Nós fomos avisados da vinda dos homens brancos como os Pahana, mas não vivendo iguais aos homens de Pahana, e que roubarão a terra que não era deles. São homens que golpearão seus inimigos com paus de trovão. ” Interpretação: Vinda de homens brancos com armas de fogo ” Este é o Segundo Sinal:
Nossas terras verão o girar de rodas preenchidas de vozes. Interpretação: vagões de trem carregados de pioneiros ” Este é o Terceiro sinal: Uma besta estranha como um búfalo mas com grandes chifres longos, infestará a terra em grande número. Interpretação: referência do gado trazido pelo homem branco ” Este é o Quarto sinal: A terra será cruzada por serpentes de ferro .” Interpretação: trilhos da via férrea ” Este é o Quinto sinal: A terra será cruzada pela rede de uma aranha gigante.” Interpretação: cabos de telefone e de energia elétrica ” Este é o Sexto sinal: A terra será cruzada com rios de pedra ao sol que trarão ilusões aos olhos.” Interpretação: estradas concretas e os efeitos miragem produzindo por elas ao calor sol. ” Este é o Sétimo sinal: Você ouvirá falar do mar que aparecerá negro, e muitas coisas viventes morrerão por causa disto “. Interpretação: derramamento de óleo no oceano ” Este é o Oitavo sinal: Você
verá jovens brancos que usarão os cabelos longos como meu povo e procurarão as nações tribais para aprender sobre nosso caminho sagrado.” Interpretação: Referência ao movimento hippie dos anos sessenta e à nova onde de pessoas que buscam a sabedoria indígena ” E este é o Nono e Último sinal: Você ouvirá falar de uma coisa nos céus que cairá sobre a Mãe Terra com um grande estrondo. Aparecerá como uma estrela azul. Seguido isto, as cerimônias de meu povo cessarão.” Interpretação: plataforma espacial norte-americana Skylab que caiu para Terra em 1979. De acordo com o que se viu na Austrália, apareceu estar queimando azul.
”Estes são os sinais que mostram que a grande destruição está vindo. O mundo balançará para lá e para cá. O homem branco lutará contra outras pessoas em outras terras com os que possuem a primeira luz da sabedoria. Haverão muitas colunas de fumaça que incendiarão, como White Feather viu o homem branco fazer nos desertos longe daqui. Só os que vem causarão doença, e um grande número morrerá. Muitos do meu povo entendem as profecias e estarão seguros. Esses que ficarão e também vão morar nos lugares onde mora meu povo estarão seguros. Então haverá muito para reconstruir. E logo, logo após os Pahana voltarão. Eles trarão com eles
o amanhecer do Quinto Mundo. Eles plantarão as sementes da sabedoria deles nos corações das pessoas. Até mesmo agora as sementes estão sendo plantadas. Estes seguirão o “caminho” para o Aparecimento do Quinto Mundo. “Os Hopi também predisseram que o coração da terra Hopi seria desenterrado, grandes perturbações desenvolverão um desequilíbrio na natureza, para os Hopi a terra deles é sagrada, é a imagem microcósmica do planeta inteiro; será refletida qualquer violação da natureza nos Quatro Cantos da Mãe Terra e será ampliada para toda parte da Terra.” Fonte:http://sabedoria.indigena.tripod.com/profecia
#Cultura O POLÊMICO SHOW DE ROGER WATERS EM SÃO PAULO Por Daniel Cot. Fiquei aqui pensando se deveria ou não falar sobre o que aconteceu ontem no show do Roger Waters, as vaias de uma parcela (menor, diga-se de passagem) do público quando ele estampou no telão #elenão. Por ser algo divertido, decidi, sim, escrever. E vou me basear nos próprios álbuns e músicas que rolaram no show. Quem me conhece sabe que sou um GRANDE fã de Pink Floyd. Já ouvi e reouvi todos os álbuns algumas centenas de vezes. Estudo e analiso a obra da banda desde os meus 13 anos mais ou menos. Portanto, estou certo que posso falar sobre o assunto de forma bem profunda. Então vamos lá. A turnê Us + Them, tem como base 3 discos do Pink Floyd. O The Dark Side of the Moon, o Animals e o The Wall. Lançados respectivamente nos anos de 1973, 1977 e 1979. A essência do show é ser um manifesto pela resistência às barbáries que acontecem no mundo. Fome, tortura, guerras, assassinatos, exploração predatória de pessoas e recursos, enfim, tudo aquilo que oblitera vidas inocentes. Essa é uma temática recorrente na história da banda, que sempre se posicionou e escreveu sobre esses assuntos de forma bastante radical. Vamos então falar um pouco sobre esses três
álbuns e como a mistura deles fomentou a ideia da turnê. *The Dark side of the Moon*: O Dark Side é um álbum em que o Pink Floyd faz uma alegoria sobre as principais fraquezas e sentimentos reprimidos que a existência humana traz de forma intrínseca consigo. O disco trata de assuntos como tempo de vida, trabalho, loucura, dinheiro e como nos relacionamos no nosso âmago com essas coisas. É um disco extremamente complexo, pois ele não trata desses assuntos de maneira direta. Ele, na verdade, trata do sentimento humano em relação a esses assuntos. A própria ideia da icônica capa traz isso. Um feixe de luz branca (nossa vida) sendo dissecado por um prisma (o próprio disco) que mostra várias cores (nossos vários sentimentos em relação à vida). Meio arrogante e megalomaníaco, eu sei. *The Animals* O Animals é o disco mais incompreendido de toda discografia do Pink Floyd. É uma releitura do livro A revolução dos bichos do George Orwell. Se não leu ainda, leia. Vai te ajudar muito a entender algumas coisas que rolam por aí. O álbum é composto basicamente de 3 músicas. Dogs – cães que são uma representação da polícia e do exército, e como eles tiram sua liberdade por meio da força. Pigs – os porcos que são os governantes (RIP Bola
de Neve), que fala sobre como eles usam o poder para benefício próprio em detrimento da vida dos menores que eles. E Sheep – as ovelhas, que são as pessoas reprimidas pelos cães e pelos porcos. A grande diferença entre o livro e disco é que, ao contrário do livro, as ovelhas matam os cães e tomam o poder dos porcos. Por conta dessa mensagem, muita gente na época, mais conservadora, deu o apelido de Punk Floyd à banda. *The Wall* Talvez o álbum mais conhecido do Pink Floyd. Ele é na verdade uma ópera em forma de Rock. Vale a pena ver o filme, caso queiram. The Wall,
é a história de um menino que perde o pai na guerra, é superprotegido e mimado pela mãe, sua inspiração artística é suprimida na escola, sua sexualidade reprimida, sua esposa o abandona por um ativista dos direitos humanos. Com isso, ele perde a noção da realidade e se esconde atrás de uma ilusão. (o muro). Em sua ilusão, ele se torna um ditador autoritário que luta para vingar tudo aquilo que o fez sofrer durante sua infância/juventude. O problema é que em nenhum momento fica claro o que é realidade e ilusão. No final, o juiz (opinião pública) o sentencia a ser exposto (suas angústias internas e autoritarismo) a todos seus semelhantes.
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OUTUBRO 2018 - ANO XII
#Turismo
CUBA PREMIADA COM O TÍTULO DE “PAÍS MAIS SEGURO” NA FEIRA DE TURISMO DE MADRI Durante a Feira Internacional de Turismo de Madri, FITUR 2018, Cuba recebeu a honra de ser declarada “país mais seguro” – um título que orgulhosamente detém e que desmascara completamente certas alegações feitas recentemente pela administração de Trump que visam manchar a impecável reputação de segurança da ilha. Este reconhecimento prova que Cuba é um dos países mais seguros para os turistas visitarem, não apenas no Caribe, mas em todo o mundo. Madri celebrou sua famosa Feira Internacional de Turismo (FITUR 2018) em abril, onde Cuba recebeu o Prêmio Excelencia de “País Mais Seguro”, título que foi entregue ao minis-
tro do Turismo de Cuba, Manuel Marrero, que também liderou a delegação da ilha na feira deste ano. O prêmio foi recebido com aplausos por parte dos presentes, que incluíram grandes operadoras de turismo e hoteleiros com grande presença em Cuba, como as redes hoteleiras espanholas Melia Hotels International e Iberostar, bem como o grupo canadense Blue Diamond. Este último tem crescido a um ritmo incrível ao longo dos últimos anos em Cuba, com um portfólio de 17 propriedades em toda a ilha (nomeadamente em Havana, Varadero, Cayo Coco, Cayo Santa Maria, Jibacoa e Holguin).
ESCRITORES DE EMOÇÕES Por Igor Reis. O letrista jovem do século XXI não serve para esta época. Ou melhor, ele serve sim. Serve pra este mundo mostrar para os seus moradores como és cruel. O letrista jovem é como se fosse uma cobaia do Universo. -Vocês querem saber como é o amor? -Vocês querem saber como é o recíproco? E logo o Universo mostra, na pele de um poeta, a outra face do amor e do recíproco.
#Arte
Mas como um bom líder, nosso Planeta faz a crítica no canto da sala, Universo-Poeta. E como um bom escritor de emoções, o poeta a descreve para os jovens comuns. Sendo assim, o jovem comum nunca saberá como é a face do amor e do recíproco que o Universo não mostra, certo? Pergunta equivocada, pois o Universo é o guia e não o ditador. O ser normal pode pegar um outro caminho e simplesmente descobrir, do nada, a face mais brilhante e sonhadora desse sentimento.
Mas nós, humildes datilógrafos serviçais do mundo, não saberemos como é a outra face, só sonhamos com ela. Colocamos em nosso trabalho como uma utopia, onde só iremos enxergá-la quando, em outra vida, nascermos sem este dom. Ás vezes nos arriscamos ao dar uma de heróis e sair por aí querendo ter a vida de meros mortais, e então o Destino não só mostra uma face mais escura do amor, como nos põe de castigo na nossa própria ideia. Igor Reis
ONDE HOUVER ÓDIO QUE SEJAMOS O AMOR
O Espaço Cultural Arueiras do Brasil, situado na Praia Grande, abre as cortinas do seu teatro em parceria com a Cia Carcarah Voador para dois dias de apresentação muito especiais na semana do Feriado de Finados. A dobradinha cultural ocorre nos dias 3 e 4 de novembro com as biografia de dois Santos da humanidade. No sabado (03/11) as 18hs acontece o espetáculo “Teresa de Calcutá” com a atriz Cicera Carmo. O monólogo narra a trajetória de vida e de amor ao próximo de Madre Teresa de Calcutá. E no domingo (04/11) às 18hs acontece o espetáculo “Francisco de Assis, Amanhece a Liberdade” com Vidah San-tos, que interpreta a vida do santo que amava os aninais e os mais pobres. Os ingressos antecipados custam R$ 25,00 e o espaço cultural oferece o sistema de disk ingresso. Mais informações pelo telefone (13) 98823-8221 (zap) com Rogerio Ramos. O Espaço Cultural Arueiras do Brasil fica localizado na Av. Irmãos Adorno, 44 bairro Sitio do Campo em Praia Gran-de/SP. A capacidade é de 80 lugares com a possibilidade de sessão “extra” para os dois espetáculos.
EXP-EDIÇÃO: Intrépidos Exp-edicionários colaboradores:Rogério Ramos, Milton Taffarello, Jasper Lopes, Guilherme Jr, Marcos Rainho, Simone Salles, Ailton Martins, Marcos Galeano • Advogados colaborativos: Eliana Lopes Bastos • Luiz Gonzaga Farias