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OUTUBRO 2018 - ANO XII - PREÇO CONTRIBUTIVO R$ 1,00
A AVALANCHE MÁRCIO FRANÇA
MONGAGUÁ PODERÁ SER FELIZI Página 2
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A reviravolta de votos favoráveis a Márcio França no primeiro turno, contrariando as pesquisas eleitorais, mostra que o eleitor não sabe ao certo para onde definir o seu voto numa campanha com tantas ‘fakes news’ e propaganda subliminar nas redes sociais e que já vêm de anos. Foi um voto de disconformidade com o Sistema, de certo modo, uma vez que o cardápio principal parecera ser mais do mesmo: um do parafusado na cadeira, o PSDB de 20 anos na gestão estadual, e outro do velho PMDB, agora sem o P - até para não parecer o partido do presidente catapultado Michel Temer. As habilidades marqueteiras do agora governador Márcio França ajudaram bastante, colocando como vice uma ex-PM, em um momento de tanta insegurança pública, e num partido - PSB - já distante do socializante Miguel Arraes, e mais próximo ao liberalismo maçônico, que é a própria veia do candidato liberal-socialista. Como no personagem de “O Retrato de Dorian Gray”, de Oscar Wilde, a imagem do candidato Doria cada vez mais se transforma e deforma diante do espelho, se derrete... fazendo jus ao já popular apelido do mesmo, Doriana, a margarina. Isto porque, da farinhata ao fim da Cracolândia, - que nunca deu certo -, do súbito abandono da prefeitura de São Paulo às bravatas tragicô-micas contra a arte mural dos grafites, a credibilidade do ex-prefeito se derrete na mesma proporção que a imagem dos políticos em geral. E nada diferente da imagem do Skaf da Fiesp... Então, como encontrar algo de mudança através de tão patéticas imagens? Em conclusão, as habilidades e qualidades marqueteiras de França, combinadas com os defeitos já inocultáveis de Doria, conspiram para uma segunda avalanche francista no segundo turno. Desta vez não seria tão surpresa.
EX-OPERÁRIO RELATA AS TORTURAS COMETIDAS PELO ESTADO NA DITADURA
Stan. O movimento que teve início em Contagem surgiu da capacidade dos trabalhadores se organizarem num processo de resistência e avançavam no processo de resistência dentro das fábricas. Em Osasco, os trabalhadores não tiveram tempo de se organizarem, pois o exército impediu o avanço da organização, prendendo trabalhadores e no processo de enfrentamento utilizando-se da tortura. “ Essa é a forma principal de enfrentamento por parte do Regime Militar, o encarceramento e a tortura”, relata Stan. Quando indagado sobre as justificativas que o regime autoritário apresentava para agir de tal maneira , o ex-operário conta que não existia justificativa pois todos os dirigentes e líderes foram destituídos e os sindicatos foram ocupados por pessoas indicadas pelo regime. “Mesmo com toda a resistência liderada por José Ibrahim, não tinha negociação salarial, não tinha nada, o que a ditadura impôs a nós foi uma perseguição absurdamente destruidora que enfrentamos a duras penas , inclusive pagando com vidas.”
ESPECIA L
“Tive meu sogro preso e torturado , não quero que minhas filhas venham a crescer sob um regime de Ditadura Militar”. As palavras emocionadas ditas por Guilherme Boulos, no último debate presidencial antes do pleito realizado no dia 07 de outubro, revelam as mazelas de um regime que , embora aclamado por muitos, representa aquilo que há de pior quando o assunto é Liberdades e Direitos coletivos e individuais. Em entrevista ao jornal Baixada de Fato, o ex-operário Stanislau Skarmeta, mais conhecido como Stan, sogro do candidato à Presidência da República pelo PSOL , Guilherme Boulos, conta um pouco da experiência que viveu durante os “anos de chumbo”, bem como as consequências de ser um militante operário engajado nas lutas da classe trabalhadora contra o arrocho salarial ou salário de fome, nas décadas de 1970 e 1980. Stan conta que durante as greves de Osasco, entre 1967 e 1968, pode conhecer de perto a máquina repressiva do Estado contra a classe operária, sob comando de um regime militar.” “Os militares se juntam com os órgãos de repressão e começam a perseguir qualquer atividade dos trabalhadores nas suas reivindicações mínimas”, diz
CADERN O
Por Jasper Lopes, Rogério Ramos e Leonardo Silva - Baixada de Fato
#Retrospectiva
Páginas 5, 6, 7 e 8
A VIGOROSA RESSURGÊNCIA DA DEFESA AMBIENTAL NA BAIXADA