Escola de líderes

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M贸dulo 1 - Prop贸sito e Igreja em GMs -


Agradecemos a Deus que nos tem dado estratégias e ferramentas que nos direcionam ao crescimento. Agradecemos a todos os parceiros que disponibilizaram extenso material de treinamento e apoio através de equipe preparada e disposta a nos auxiliar neste trabalho. Agradecemos, também, aos nossos membros da Igreja Unida do Alto Vera Cruz, que têm abraçado a nova visão que nos foi revelada por Deus.


ÍNDICE TÍTULO CAPÍTULO 1: TRANSMITINDO A VISÃO 1 POR QUE A VISÃO CELULAR? 2 BASE BÍBLICA 3 CONTEXTO HISTÓRICO 4 IGREJA COM GRUPOS X IGREJA EM GRUPOS

PAG. 06 07 07 08 08

CAPÍTULO 2: GMS 1 O QUE NÃO É GM? 2 CÉLULAS/GRUPOS, PARA QUÊ? 3 QUAIS OS OBJETIVOS DO GM? 4 A REUNIÃO DO GM 5 OUTRAS CONSIDERAÇÕES 6 A ESTRUTURA DO GM 7 A DISCIPLINA DO GM 8 OS ESTÁGIOS DA VIDA DO GM A IMPORTÂNCIA DAS METAS PARA A LIDERANÇA 9 DE GMS 10 PLANEJAMENTO DO GM 11 MULTIPLICANDO O GM 12 ELEMENTOS DA BOA LIDERANÇA ERROS QUE DEVEMOS EVITAR NO SISTEMA 13 CELULAR 14 COMO PROTEGER SEU GM 15 COMO SER UM LÍDER BEM SUCEDIDO 16 COMO GERAR NOVOS LÍDERES 17 GM DE CRIANÇAS

10 11 12 13 16 18 19 20 22

REFERÊNCIAS.BIBLIOGRÁFICAS

23 28 39 42 44 46 48 51 55 55


CAPÍTULO 1 - TRANSMITINDO A VISÃO -


1. TRANSMITINDO A VISÃO

1.1 POR QUE A VISÃO CELULAR? Por que “Célula”? A biologia nos ensina que célula é a menor unidade estrutural de um organismo capaz de funcionamento independente. Uma gota de sangue, por exemplo, possui cerca de 300 milhões de glóbulos vermelhos. Assim como as células se juntam para formar o corpo humano, os grupos e uma igreja formam o corpo de Cristo. Posteriormente, cada célula biológica cresce e reproduz suas partes até que se divide em duas células Isto também ocorre nas igrejas em células (ou grupos). Muitas igrejas já vêm trabalhando com esta visão. Só mudam os nomes. Umas dão nome de células, como a Igreja Batista Central; outras dão nome de PG – Pequenos Grupos, como a Igreja Metodista Central. No caso da nossa igreja, optamos pelos GMs, ou seja, Grupos Multiplicadores. Os GMs não consistem apenas em uma reunião num lar, com um lanche no final. É bem mais que isso; é uma simplificação da estrutura da igreja, que direciona todos os membros a seguirem para o mesmo alvo que é Cristo Jesus. Para você se tornar um líder de GM é preciso estar disposto a se envolver em todo o aspecto da visão. Não é apenas começar a liderar um grupo de pessoas, mas levar adiante todo o ministério que Jesus nos confiou.


Ser líder de GM é estar disposto a se sacrificar; estar disposto a colocar nas mãos do Senhor tudo o que Ele nos dá: talento, bens, recursos, tempo - o que Ele pedir. Um líder de GM acorda pensando no GM; ora por seus membros; passa seu dia aproveitando as oportunidades para fazer contatos e falar de Jesus; nos intervalos, discipula um e outro; visita durante a semana; presta contas ao seu discipulador; e dorme com um alvo em mente: levar o GM à multiplicação como resultado de seu empenho. Onde não há vinculo, não há vida. A interdependência dos órgãos promove o bom funcionamento do corpo físico; assim, coração e pé, embora não estejam diretamente ligados, trabalham juntos para o bem completo do corpo. Assim também é o corpo de Cristo, seus discípulos lidam com membros que, embora nem sempre tenham uma ligação direta, trabalham para o perfeito funcionamento do Corpo; assim, todo o trabalho é conduzido pela cabeça, que é Jesus. A igreja em grupos trabalha para que a agenda dos GMs passe a ser a coluna vertebral da igreja, e as demais atividades desta não prejudiquem ou coincidam com a agenda daquela. Nesta situação, as pessoas não mais participam de uma “programação”


Na verdade, fazem parte de um ambiente natural, cercadas de amor, em que podem crescer em conhecimento e relacionamento com Deus. 1.2 QUAL É A BASE BÍBLICA PARA A VISÃO CÉLULAR? • Velho Testamento: ►Jetro - Êx 18:13-27 - Delegação de autoridade: um cuidando de 10 líder; outro de 100 - discipulador; e outro de 1000 - pastor de área; • Novo Testamento: ► Jesus - Mt 16:18 - Iniciou seu ministério com um pequeno grupo de 12 discípulos - Mc 3:13-14; - Comissionou a Igreja - Jo 20:21. A missão de Jesus Cristo, recebida do Pai, tem, por conseguinte, a sua continuação na Igreja - Mt 28:18-20; - Alicerçou seu ministério em relacionamentos, entre outras atividades que desenvolveu para estar presente com seus discípulos Pode-se vê-lo conversando, comendo e dormindo com eles durante o seu ministério, que era muito ativo - Jo 1:39; 2:2; 4:7; Lc 6:12; 11:1. Andaram juntos em estradas, visitaram cidades, viajaram de barco, pescaram no mar da Galiléia, oraram juntos, foram às sinagogas e ao templo Fizeram viagens a Tiro e a Sidom - Mc 7:24; Mt 15:21, para o “território de Decápolis” - Mc 7:31; Mt 15:29 - e para as “regiões de Dalmanuta”, a sudeste da Galiléia - Mc 8:10; e também para as “aldeias de Cesaréia de Filipe” - Mc 8:27, no nordeste - Local das Reuniões: no templo, sinagoga e nas casas - At 2:42-47; Hb 5:42. No templo se reuniam para adorar a Deus, para ouvirem os ensinos e a pregação das Sagradas Escrituras Nos lares, os recém-convertidos eram acolhidos e alimentados espiritualmente. Ali aprendiam a respeito de Jesus, suas necessidades eram supridas, recebiam cuidados e acompanhamento até se sentirem aptos para cuidarem com carinho de outros. No Novo Testamento encontramos uma variedade de textos que atestam a existência de grupos pequenos:


At 2:42-47 - “…partindo o pão de casa em casa” At 5:42 - “no templo e de casa em casa” At 20:20 - “ensinando-vos publicamente e de casa em casa” Rm 16:3,5,10 - “a igreja que está na casa deles” Cl 4:15 - “a igreja que está em sua casa” Fm 1:2 - “à igreja que está em tua casa” 1.3 O DESENVOLVIMENTO CELULAR AO LONGO DA HISTÓRIA No ano de 312 a igreja começou a perder o equilíbrio entre as reuniões de celebração no templo e nas casas. No ano de 1517, Martinho Lutero deu início à Reforma Protestante e transformou a teologia, mas não conseguiu mudar a estrutura da igreja. Logo depois da Reforma surgiram os anabatistas, vindos das igrejas reformadas. Estes não só mantiveram a mudança na teologia feita pelos reformadores como também começaram a mudar a estrutura da igreja. Posteriormente surgiram os puritanos, considerados os primeiros crentes da igreja evangélica. Um dos dirigentes puritanos foi Felipe Spener, que continuou fazendo reuniões nas casas. No ano de 1738, João Wesley, inspirado no Movimento Morabo deu início a reuniões de pequenos grupos denominados Círculos Santos em que os crentes oravam, estudavam a Bíblia e encorajavam-se mutuamente. Assim chegamos ao século XX, época em que começa o que chamamos “o movimento celular moderno” no qual nos encontramos hoje. O pai desse movimento é o Pastor David Yonggi Cho, que deu início em 1964, em Seul, Coréia, com 20 células. Fazemos parte então do modelo de Deus para a igreja do Novo Testamento, cujo resultado se vê no decorrer da história. Somos testemunhas deste mover de Deus através do trabalho celular nestes dias finais da história da igreja. Hoje, à semelhança da igreja cristã


primitiva, ênfase total é concedida aos cultos celebrativos e às reuniões nos lares e em outros locais. 1.4 IGREJAS COM CÉLULAS/GUPOS

CÉLULAS/GRUPOS

X

IGREJA

EM

Qual é a diferença? Igreja estruturada em grupos é simplesmente uma igreja que colocou os grupos pequenos de evangelismo – GMs - no centro do seu ministério. Não possui departamentos, subdivisões e ministérios, ou seja, a chamada “burocracia”, e nada é feito fora dos GMs. Tudo aquilo que a igreja precisa fazer: treinamento, preparo, discipulado, evangelismo, oração, adoração, é feito por meio dos grupos/células. Assim, o culto dominical é somente uma celebração coletiva. Muitas vezes, visualizamos a igreja com um conjunto de departamentos, em vez de vê-la como um conjunto de relacionamentos. É preciso enxergar os grupos como sendo a igreja. É preciso enxergar a igreja como sendo nós mesmos, e não como a um prédio. O mover de Deus diz: “ide”, mas nossos prédios dizem “fiquem”. O mover de Deus diz para “buscarmos os perdidos”, mas os prédios dizem: “deixe que eles venham até nós”. É uma visão comodista, que não condiz com o mandamento do “ide” dado pelo nosso Senhor. Fomos criados em uma cultura que tem o templo como o local em que encontramos a Deus, ou seja, o estar na “igreja” é o mais importante. Com os grupos tudo é muito diferente, pois precisamos aprender que nós somos o templo de Deus. “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” - 1 Co.3:16


Assim, basicamente uma Igreja com GMs (células) é caracterizada por incorporar grupos à sua estrutura, enquanto que uma igreja em GMs (células) é caracterizada pela mudança de estrutura, em que se centralizam todas as ações de governo e atividades da igreja para os Grupos Multiplicadores. Para exemplificar, vejamos o quadro comparativo abaixo: Igreja com células / Grupos

Igreja em células / Grupos

O trabalho é só mais uma atividade da igreja, como o Ministério de jovens, de mulheres, de crianças etc.

As células/grupos são a atividade principal da igreja

O pastor nomeia um dirigente para o Ministério de Células.

O pastor é quem está à frente deste movimento, sustentando a visão e estabelecendo metas.

Para se resolver um assunto, é necessário passar por diversos departamentos e ainda esperar a palavra final do pastor.

Tudo gira em torno do trabalho nas células/grupos, nada pode substituir o papel que elas/eles representam na vida da igreja.


CAPÍTULO 2 - GMs -


2. GMs

2.1 O QUE NÃO É GM? Para explicarmos o que é um GM, primeiramente precisamos dizer o que não é GM GM não é: Grupo de Oração - Este tipo de grupo está interessado somente em crescer no movimento de oração. Os grupos familiares são recheados de muita oração e os dons do Espírito fluem com liberdade; no entanto, quem vai ao grupo está se vinculando e crescendo como igreja. Precisamos saber que a oração e os dons são apenas os ingredientes; o prato principal ainda precisa ser preparado. Grupo de Estudo Bíblico - Este tipo de reunião não estimula a comunhão e geralmente são liderados por pessoas que se consideram grandes mestres e que gostam de demonstrar conhecimento teológico; o incrédulo não é bem-vindo. São estéreis e não servem como estrutura de igreja. Grupo de comunhão entre crentes ou Grupo de Crescimento - As pessoas interessadas neste tipo de grupo desejam um crescimento espiritual num ambiente fechado e exclusivista. Importante salientar que o crescimento apenas acontece quando estamos em contato e interagindo com o ambiente que nos rodeia. Grupo de cura interior e de apoio - Os que desejam participar deste tipo de grupo estão interessados em terapias para a cura de seus traumas emocionais. Neste tipo de grupo as pessoas têm um problema real e querem se livrar dele. São grupos semelhantes aos Alcoólatras Anônimos, em que as pessoas falam de seus problemas vez por vez,


semana após semana. Este tipo de grupo leva o amor, mas falha em levar os membros a Cristo. Ponto de Pregação - São grupos conhecidos como aquele em que as pessoas frequentam sem compromisso. Elas vêm e vão, e o grupo é apenas um ajuntamento. Tais grupos têm como deficiência básica o fato de não compartilhar a realidade da vida do Corpo. Então, o que é GM? O GM é a igreja que se reúne aos domingos nos cultos de celebração e durante a semana nas casas com o objetivo de evangelizar, confraternizar, edificar e servir. GM é RELACIONAMENTO, é ESTILO DE VIDA ! O GM é uma estratégia eficaz de evangelização, de discipulado e de pastoreio e não um sistema de governo de igreja. São grupos que se reúnem nos lares, escolas, empresas ou no trabalho, gerando vida e desempenhando um papel de grande importância para alcançar pessoas para Cristo. Ali, elas são cuidadas e pastoreadas por líderes capacitados pela Escola de Líderes. É um “grupo de quatro a dezesseis pessoas que se reúnem regularmente para cumprir os mandamentos das Escrituras de amar uns aos outros, estando ao mesmo tempo integralmente ligados a uma igreja local e com olhar voltado para o mundo” NEWMANN, Mikel Alcançar a cidade São Paulo: Vida Nova, 1993. O grupo busca ser uma comunidade e, para isso, precisamos entender que GM é muito mais do que reunião semanal. Quando nossa percepção do grupo é limitada à reunião semanal, então não estamos envolvidos em comunidade. A vida em comunidade existe fora dos cultos e das reuniões.


O relacionamento é mais importante que a reunião. É no relacionamento que crescemos como servos, aprendemos a viver a vida cristã, somos supridos e também suprimos os outros em amor O GM visa à edificação dos crentes - o foco é o evangelismo e a multiplicação, mas o objetivo específico da reunião é a edificação. O GM almeja a multiplicação - apesar de a reunião não ser apenas evangelística, todo o projeto final de edificação do grupo visa à multiplicação: crentes comprometidos são crentes frutíferos. O GM tem um lugar definido para a reunião, criando um senso de identidade, constância e segurança; é impossível produzir um ambiente familiar se nos reunirmos a cada semana em uma casa diferente (salvo no caso do grupo “embrionário” durante o primeiro mês de oração, intercedendo quatro semanas por três nomes de cada membro). Por isso, não basta ter um lugar de reunião, é preciso que o grupo se reúna numa base regular. O GM tende a ser homogêneo porque, quando participamos de um grupo, buscamos nele aquelas características que nos identificam com os demais e nos sentimos muito mais à vontade para compartilhar. Ou seja, grupos de casados, grupos de adolescentes, grupo de homens, etc. Afinal, ao evangelizar nossa tendência é priorizar pessoas do nosso círculo de amizade. Normalmente estudantes se reúnem com estudantes, profissionais com profissionais; se é jovem, a tendência é evangelizar outro jovem, se é casado vai procurar outro casado. Além disso, os membros podem tratar de problemas da mesma natureza, com os quais estão familiarizados. Também devemos levar em conta o seguinte: GMs não sobrevivem quando as funções substituem Jesus;


Somente quando Jesus é o centro é que ela alcança todo o seu potencial e podemos dizer que é um GM verdadeiro; O GM permite que a igreja aumente sua influência e sua presença na sociedade; O alvo do GM é a multiplicação. A multiplicação deve ser a principal motivação de todo GM. RELEMBRANDO: CUIDADO! GM não é: Grupo de oração; Grupo de estudo bíblico; Grupo de comunhão entre crentes; Grupo de cura interior e de apoio; Ponto de pregação; GM não é um ministério que toma uma parte de nossa vida. Ele está centrado em Cristo e tudo o que fazemos se dá em função de cumprir o “Ide” de Jesus. A Igreja Unida do Alto Vera Cruz agora é uma igreja em grupos multiplicadores.

2.2 CÉLULAS/GRUPOS, PARA QUÊ? Os GMs conduzem as pessoas a um comprometimento real com o Senhor Jesus Cristo e de uns para com os outros. Esta estratégia leva à permanência dos crentes na Igreja e promove um crescimento espiritual nos novos membros, bem como um crescimento numérico sustentável, evitando a evasão, fechando a “porta dos fundos”, para que as pessoas conheçam a Deus e tenham intimidade com Ele. A comunhão fortalece o Corpo de Cristo e traz à unidade do Espírito,


conforme vemos no livro de Atos e de Efésios. Esta comunhão tem motivo duplo: ajudar e ser ajudado, edificar e ser edificado. No grupo há crescimento espiritual, aprendizado prático e comunhão em amor. A expressão “uns aos outros”, no Novo Testamento - Rm 12 10; I Pe 1 22; I Jo 3 23 -, refere-se a mandamentos, a aprofundamento de relacionamentos entre irmãos. Isso se torna possível quando a família da fé se aproxima e caminha em comunhão, como os crentes da Igreja Primitiva À medida que a Igreja cresce numericamente, Deus abençoa o seu Corpo com os diferentes dons, utilizando-os na sua edificação - Ef 4:1114. Através dos grupos todos poderão exercer seus dons e os relacionamentos vão se estreitando, criando um clima de apoio e ajuda mútua. O impacto da igreja grande e cheia do Espírito Santo impressiona, mas o cuidado pastoral se tornará muito mais eficaz no relacionamento desenvolvido nos grupos. Queremos que cada membro seja pastoreado, cuidado e amparado e isso só se materializa nos GMs. Assim, os GMs foram criados: para desenvolver o espírito comunitário, nutrindo seus membros, capacitando-os a serem testemunhas do evangelho e do poder de Deus; para que seus membros se tornem íntimos, ajudando-se mutuamente, praticando o amor e o serviço, aprendendo a orar, perdoar, amar o próximo, compartilhar a fé, suas necessidades, enxergar as necessidades do irmão e exercitar os dons espirituais; para que seus membros sejam levados ao treinamento de liderança, multiplicando os GMs; para desenvolver a visão de ministério para o serviço, assim como o evangelismo e o discipulado.


2.3 QUAIS OS OBJETIVOS DO GM? COMUNHÃO - Desenvolvimento de vida compartilhada, alvos comuns e aliança mútua. Isso significa fomentar o amor de uns pelos outros. A comunhão retira as impurezas - Em primeiro lugar, assim como o sangue tem o poder de retirar as impurezas do nosso organismo, a vida de Deus circulando entre membros do corpo expele todo tipo de impureza na vida dos membros. Quanto mais a vida de Deus fluir em um grupo, maior será a expressão da santidade pessoal. A vida de Deus se manifesta plenamente nos relacionamentos. Quando estamos conectados uns aos outros, em vínculos de amor é comum vivermos a vida espontaneamente, eliminando as impurezas do pecado. Se tudo na igreja se resume em fazer coisas, então nos tornamos uma organização morta. Uma organização morta é apenas uma instituição, um monumento. Mas um corpo existirá quando formos membros uns dos outros, pois “ajudados e consolidados pelo auxílio de toda junta, efetua o seu próprio crescimento pela vida de Cristo” Rm. 12:5; Ef. 4:l6. A comunhão mata os germes - Um dos componentes do sangue são os leucócitos ou glóbulos brancos, cuja função é promover a defesa do organismo celular. Em outras palavras, eles são os agentes de defesa do corpo humano e têm a propriedade de atacar e destruir os germes invasores do organismo. Semelhantemente, a vida de Deus, que circula entre os membros do corpo de Cristo, destrói as setas do diabo e expulsa os demônios invasores. Cada membro precisa compreender a importância de estarmos juntos, de ministrarmos uns aos outros, de funcionarmos como um só corpo e não tem nada a ver com o prédio, é uma relação viva desenvolvida nos grupos. A comunhão alimenta os grupos - Assim como os membros do corpo


humano são supridos e alimentados pelo sangue, a vida de Deus também supre e alimenta os membros do Corpo de Cristo, na comunhão uns com os outros. Os membros podem ser muitos, mas a vida que circula entre eles é a mesma: a vida de Deus. Muitos podem argumentar que são alimentados nos cultos pela Palavra ministrada, e isto é bom e necessário. Mas há um tipo de fortalecimento que é mais que aprender algo novo, é ver e ouvir repetidamente o mesmo ensino, no relacionamento espontâneo entre irmãos. A comunhão alimenta o membro e fortalece a vida. A comunhão traz energia - Ainda que a forma e o estilo de comunhão possam variar, o crente que não experimenta uma vida de intimidade num grupo já perdeu o real sentido do que significa ser membro do corpo. Quando estamos vinculados uns aos outros, somos supridos de energia e vigor espiritual. O poder de Deus é a sua própria vida, liberada na comunhão. Uma coisa é a oração individual, outra, muito diferente e mais poderosa, é a oração em um grupo. O mesmo se pode dizer da adoração, do louvor e da celebração. O sangue da vida de Deus é o poder disponível a todos quando estamos conectados no corpo. A comunhão mantém a temperatura – Assim como o sangue tem a propriedade de manter a temperatura do corpo humano, um grupo multiplicador cheio de vida, invariavelmente, é um lugar quente, cheio do fogo do Espírito. Quando não há vida, os membros se tomam frios; mas onde o sangue circular, a temperatura se elevará. Existem muitas pessoas que se esfriaram porque estavam sós. Individualismo, definitiv vamente, é uma palavra que não combina com cristianismo. Uma brasa sozinha logo se apaga. É curioso que a Bíblia fala muito mais de comunhão na igreja do que de evangelismo. Talvez a melhor estratégia de evangelismo seja a


verdadeira e genuína comunhão entre os irmãos. Jesus disse que o mundo nos reconheceria como seus discípulos se nos amássemos uns aos outros. É na comunhão que testemunhamos esse amor. Você notou quantas coisas a vida de Deus pode operar em nós? Basta que os membros estejam devidamente ligados pelo auxílio “de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte” - Ef 4:l6. Precisamos ser cuidadosos para que a nossa comunhão não se transforme em clube social e, assim, sermos distraídos por outras coisas. Tudo isso foi dito para mostrar o quanto são importantes os vínculos de comunhão na Igreja. Por isso, cada líder deve priorizar a comunhão do seu grupo. Cada membro do GM deve estar vinculado a outro membro em amor. Cada um deve ter a quem se sujeitar em amor para receber edificação pessoal e suprimento. O discipulador natural de uma pessoa é aquele que o ganhou para Cristo, mas mesmo aqueles que já têm muitos anos de convertidos devem se submeter a outro que seja reconhecido como mais maduro e experiente na fé. Não deve existir ninguém sem vínculo. EDIFICAÇÃO – O GM oferece o ambiente para o crescimento espiritual, aprendizado prático de disciplina e amor através do ouvir a palavra de Deus e do comprometimento com as funções e privilégios da igreja local. Este é o segundo objetivo do GM: compartilhar a palavra de Deus com vida. Ou seja, não é ensinar muito, mas ensinar de forma correta, com revelação. Cada GM precisa ter um nível forte de compartilhamento da Palavra. Quando falamos de nível, não nos referimos à erudição nem à cultura dos irmãos, mas ao fogo que queima quando a palavra é ministrada.


Quando temos o coração incendiado pela palavra, contagiamos todo o grupo. O ensino ministrado deve ser fruto de revelação. O líder não precisa saber muito, mas aquilo que ele falar, por mais simples que seja, deve ser de coração, fruto da luz de Deus no seu espírito, uma palavra forte, não necessariamente profunda ou erudita. Talvez o grupo não tenha aprendido algo profundo, mas foram ministrados de forma correta. EVANGELISMO – O GM é o lugar onde inserimos novos membros. É onde alimentamos, guardamos e suprimos os novos irmãos. Isso significa ganhar almas perdidas O novo convertido precisa de cinco cuidados básicos: 1. Alimento - Todo novo convertido necessita de uma dieta equilibrada Se não for alimentado nesta fase inicial da vida espiritual, poderá tomar-se um crente problemático, se não morrer antes, de inanição. No GM eles são alimentados com palavras de fé, de encorajamento e de ânimo. 2. Proteção - Além de alimento, o recém-nascido precisa de proteção. A rotatividade na igreja é fruto de falta de cuidado e proteção. O lobo entra e leva a ovelha, pois não há pastores guardando o rebanho. Líderes de GMs são pastores vigiando o rebanho. Até que o novo convertido aprenda a caminhar sozinho, é fundamental a proteção de um pai espiritual. 3. Ensino – Aqui o termo ensino não se refere simplesmente ao aprendizado de doutrinas, mas à aquisição de hábitos espirituais. O ensino aponta para a conduta e as atitudes que devem ser desenvolvidas no novo crente. Se quando criança o crente não foi ensinando a ser dizimista, por exemplo, vai ser difícil mudá-lo depois de adulto na fé. É no GM que a criança espiritual recebe o ensino.


4. Disciplina - Todo novo convertido deve ser alimentado, protegido, ensinado e também corrigido, quando sair do padrão da Palavra. O GM é o ambiente propício para ser corrigido em amor. 5. Amor - Por último, a criança na fé precisa ser amada. Quase todos vêm para a vida da igreja com suas emoções destruídas. Entretanto, o amor paciente dos irmãos no grupo restaura a alma. Uma criança só recebe amor e supri mento adequado em um ambiente familiar. E a proposta dos GMs é justamente esta: ser uma família vinculada pelo amor. Neste ambiente familiar nossos filhos serão supridos e nenhum deles se extraviará. SERVIÇO - Cada crente é um ministro e cada um recebeu um dom. No grupo, os dons são exercitados para o serviço mútuo. Muita gente pensa que servir a Deus é fazer coisas na igreja como cantar, orar e pregar. Poucos percebem que servimos a Deus quando exercitamos nossos dons e conhecimentos para ajudar e edificar as pessoas. São tantas as possibilidades de ajuda mútua e serviço que não poderíamos enumerá-las aqui. Jesus disse que seríamos conhecidos como seus discípulos se nós amássemos uns aos outros. Não existe melhor forma de expressar esse amor do que servindo os nossos irmãos. Quando um grupo atinge estes quatro objetivos: comunhão, edificação, evangelismo e serviço, ela se torna um pedaço do céu na terra. 2.4 A REUNIÃO DE GM 1º Momento - QUEBRA-GELO OU DINÂMICA. É de suma importância, principalmente quando o grupo é novo e as pessoas não se conhecem.


O quebra-gelo deve ser feito como o primeiro acontecimento da reunião. As pessoas, quando chegarem, devem encontrar um ambiente informal e nada assustador. Características: Quebra-Gelo não é um jogo; É uma atividade que ajuda a pessoa a tirar a atenção de si mesma para se sentir à vontade com os outros; Ele concentra todos os participantes do grupo em um assunto central; Como o nome sugere, ele quebra a hesitação inicial que cada pessoa tem para falar abertamente; É preciso cuidado para não expor detalhes da intimidade de alguém. Exemplos de perguntas: • Onde você morou entre os 7 e 12 anos de idade? • Quantos irmãos você tem? • Quem era a pessoa mais próxima de você? • Quando foi que Deus se tornou mais do que uma palavra para você? 2º Momento - LOUVOR E ADORAÇÃO Esta é uma parte extremamente importante da reunião As pessoas agora movem o foco para o Senhor. Escolha cânticos conhecidos e fáceis; Providencie folhas de cânticos para ajudar as pessoas que não sabem as letras de cor; Não fique pregando e falando entre os cânticos; O líder precisa ter comunhão com Deus para que este momento realmente flua no grupo.


3º Momento - EDIFICAÇÃO/ESTUDO DA PALAVRA - O foco agora se move para as necessidades das pessoas presentes. A Bíblia é a ferramenta e não o ponto central. Lembre-se de que o líder é um facilitador e não um professor. Numa reunião de GM, o alvo são as verdades simples da Bíblia, ou seja, a prática destas verdades, a aplicação pessoal destes ensinamentos. Características de um bom estudo: Relaciona-se com as coisas que estão acontecendo no grupo; Transmite ânimo, estímulo ou desafio; O bom estudo ministra alguma necessidade; O GM é um lugar onde se dá apoio espiritual e emocional a cada membro; O bom tema focaliza-se na vida, não nos conhecimentos Proporcione experiências - não apresente uma preleção ou lição Ajude o grupo a descobrir alguma coisa por meio de uma experiência; Organize as cadeiras em círculos; Receba o retorno do grupo - feedback - Que conclusões podemos tirar do que acabamos de compartilhar? Tente resumir as conclusões do grupo - ao fazer isso com regularidade você vai descobrir quais os tipos de experiências que melhor servem ao seu grupo; Sonde para ver se os membros do grupo conseguiram reter os princípios ensinados; Gaste um momento perguntando “desta nossa experiência o que você vai poder aplicar em sua vida?” 4º Momento – COMPARTILHAMENTO Este momento dá a oportunidade para os membros testemunharem as bênçãos recebidas durante a semana anterior, ou compartilhar problemas que estejam enfrentando; também podem fazer pedidos


específicos de oração. É como se fosse um “link” entre o que foi ministrado na reunião passada e sua aplicação prática na vida das pessoas. Este momento poderá ocorrer também no início da reunião, após o quebra-gelo ou o louvor. 5º Momento – DESAFIOS PRÁTICOS E AVISOS. Neste momento, o líder desafia o grupo a colocar em prática o que os membros aprenderam naquele dia e dá os avisos necessários. É hora também de estabelecer ou relembrar os alvos e metas para a vida pessoal de cada um e para o grupo. 6º Momento – LANCHE E COMUNHÃO. Momento de descontração e de oportunidade para que as pessoas possam conversar e se conhecer um pouco mais. Poderá acontecer tanto no início como no fim da reunião. 2.5 OUTRAS CONSIDERAÇÕES: A reunião tem tempo, dia, hora e local definidos. É realizada durante a semana, considerando-se os seguintes aspectos: É na reunião que se colhe o que foi planejado previamente; A reunião do GM deve acontecer num ambiente de confiança, proporcionando o envolvimento e participação de todos; Deve seguir todas as etapas propostas: Quebra-Gelo, Louvor, Oração, Ministração da Palavra, Compartilhamento, Desafios e Lanche; A duração máxima da reunião é de uma hora e meia, incluindo o lanche; Evite cancelar reunião ou mesmo mudar seu local e horário; Procure manter um ritmo constante. Isso gera confiabilidade para os novatos;


Respeite horário de início e término, não excedendo o tempo de uma hora e meia. Isso dá liberdade para quem precisa sair e previsibilidade de horário para quem tem outros compromissos; Procure sempre equilibrar todos os momentos do GM: quebra-gelo, louvor, palavra, oração e lanche. O tempo na reunião do GM:

2.6 A ESTRUTURA DO GM:


2.6.1 Líder É a pessoa mais importante de uma igreja em grupos/células, pois é quem está verdadeiramente na linha de frente. É ele quem dá atenção personalizada aos membros de seu grupo, quem dirige as reuniões. É o líder também quem exerce, no grupo, os princípios bíblicos de um pastor. Os líderes de grupo, em vez de ensinar uma lição bíblica, dirigem o processo de comunicação, oram pelo grupo, visitam os membros do grupo e alcançam pessoas perdidas para Cristo, juntamente com seus auxiliares. Sua responsabilidade principal é gerar novos líderes: perceber a potencialidade das pessoas, envolvendo-as no dia-a-dia do grupo, acompanhando-as e treinando-as para transformá-las em novos líderes. Para ser um líder de grupo, os requisitos são mínimos e todo cristão pode alcançá-los com facilidade. São eles: ser nascido de novo, ser batizado, ter bom testemunho, ser membro da igreja, estar comprometido com ela e ser capacitado pelo curso de treinamento da Escola de Líderes.

2.6.2 Líder em Treinamento É a pessoa que se tornará o novo líder e deve ser um dos membros do grupo. No processo de treinamento, deverão ser-lhe delegadas certas funções do grupo. No caso da ausência do líder, é o líder em treinamento quem irá substituí-lo. Ainda que a pessoa pareça inadequada no momento, deve ser designada e preparada para liderar um novo grupo.


O GRUPO QUE NÃO TEM UM LÍDER EM TREINAMENTO DIFICILMENTE IRÁ MULTIPLICAR-SE!

2.6.3 Anfitrião É a pessoa que abre as portas da sua casa para as reuniões, além de ser um fiel colaborador do líder, no sentido de ganhar seus familiares e amigos para trazê-los ao grupo. Deverá ter um bom relacionamento com os membros do GM e é responsável por receber e dar-lhes as boas-vindas, sempre se preocupando em criar um ambiente agradável e acolhedor. 2.6.4 Secretário É a pessoa responsável por preencher os relatórios do GM, acompanhar datas importantes como aniversários e outras, fazer escala de lanches, auxiliar o líder no acompanhamento das pessoas, principalmente quando faltam. Deverá estar sempre atento às necessidades do grupo. 2.6.5 Membros São os irmãos e os amigos de quem o líder deve cuidar. Os membros são os braços extensivos do GM para atrair novos convidados. 2.7 A DISCIPLINA DO GM Disciplina é submeter-se às normas e aos princípios do modelo de igreja em célula/grupos. Podemos comparar o modelo de célula/grupos com um exército. Para que um exército possa ter vitória é necessário que seus integrantes sejam disciplinados.


Importante: à medida que cresce o número de membros na igreja, aumenta a possibilidade de haver falhas, erros ou deformações no sistema celular. Com o crescimento dos grupos, a distância entre o Pastor Presidente e os membros é cada vez maior. Assim, a única maneira de se preservar a visão, de se manter a unidade no trabalho dos grupos, é através de uma supervisão e um controle para desenvolver uma disciplina de trabalho que o torne mais eficiente.

2.7.1 Discipulador A Influência dos discipuladores e dos líderes Não devemos impor ou exigir autoridade, mas ela deve ser exercida de maneira natural e espontânea. O discipulador e o líder ensinam com o exemplo. Quando crescem as virtudes cristãs e a humildade, cresce a autoridade da pessoa. Discipulador de Setor • Setor é o grupo formado por aproximadamente cinco grupos • Discipulador de Setor é aquele que é ou já foi um líder bemsucedido, que já tenha multiplicado seu GM duas ou mais vezes. É a pessoa encarregada de supervisionar alguns grupos, geralmente os que ele mesmo gerou. • O discipulador reúne-se quinzenalmente com seu GD, Grupo de discipulado, em que desenvolve um acompanhamento pastoral com seus líderes e também ajuda na administração dos GMs do seu setor.


• É também responsável por visitar constantemente os GMs do seu setor e por acompanhar e dar suporte ao líder. O discipulador deve manter uma estreita relação com cada líder, como também com os seus superintendentes. Mais funções do Discipulador • Deve ser muito cuidadoso, examinando a saúde dos GMs do seu setor. Deve se preocupar sempre em guardar e manter a visão do GM. • Deve se empenhar em realizar reuniões periódicas diversificadas, desafiadoras e cheias do Espírito Santo. • Deve cuidar permanentemente do estado físico, espiritual e material dos líderes. • Deve ter uma dedicação cuidadosa no crescimento do setor. • Deve apresentar um relatório mensal aos seus líderes sobre o avanço do setor. • Deve ajudar os membros do seu setor na solução de seus problemas e necessidades, por mais simples que pareçam. O alvo do Discipulador • O discipulador deve ser capaz de identificar e desenvolver o potencial de cada membro do grupo para que estes se tornem líderes de GM. Tem o alvo constante de crescer e multiplicar seu setor.

Suplente • O discipulador pode substituir o líder quando este, por força maior,


não puder exercer a sua função, mas nunca deve assumir o GM de maneira permanente. • A responsabilidade do discipulador é com o setor e não com o GM. 2.7.2 O Coordenador • O Coordenador de Área tem, sob sua responsabilidade, o cuidado de diversos setores, junto com os respectivos discipuladores, líderes e membros. • Suas funções são pastorais e sua obrigação é zelar pelo bem-estar da sua área, ao mesmo tempo em que cuida do seu crescimento e da multiplicação. Outras funções do Coordenador • Deve preparar e oferecer material para os discipuladores e líderes da sua área. • Deve promover seminários e reuniões para ajudar no crescimento dos seus líderes. • Deve manter seu controle de resultados de avanço totalmente atualizado. Além disso, • O Coordenador deve estar capacitado para o trabalho com os grupos, para ajudar os membros da sua área e encontrar respostas para suas dúvidas ou perguntas. 2.7.3 O Pastor de Rede e o Pastor Presidente


• Seu trabalho principal é ser dependente da direção de Deus para a realização de suas obras na Igreja e nos Grupos. • Alimentam a visão e fortalecem os princípios do modelo da igreja em grupos/células, ensinando e respondendo a diversos anseios. • Estabelecem metas a serem alcançadas pelos grupos. • Reúnem-se periodicamente com cada Coordenador para examinar o desenvolvimento do trabalho celular. 2.8 OS ESTÁGIOS DA VIDA DO GM Geralmente os GMs passam por cinco etapas até que se multipliquem: 2.8.1 Estágio da descoberta - Lua-de-mel A princípio, toda célula humana se parece com uma bolha de protoplasma. As partes individualizadas são quase indistinguíveis. Grupos pequenos seguem um padrão parecido. Inicialmente, os membros ficam olhando um para o outro e o primeiro estágio é destinado a que os membros possam se conhecer uns aos outros. Neste estágio devemos destacar e valorizar a amizade e os interesses em comum. 2.8.2 Estágio da transição - Etapa dos conflitos Como na célula humana os cromossomos se dispõem lado a lado, mas de forma desorganizada, na célula do corpo de Cristo os membros do GM tiram suas máscaras durante este estágio. Elas se vêem como realmente são; isso dura cerca de um mês. Pode ser que alguém fale demais, ou seja, é insensível ao extremo, enquanto outro deseje ser sempre o centro das atenções. Aí serão necessários alguns ajustes e,


como resultado, as pessoas aprenderão a confiar umas nas outras a ponto de deixarem de lado suas diferenças. 2.8.3 Estágio da comunidade Em uma célula humana os cromossomos que antes flutuavam livremente, de repente começam a formar uma linha no meio da célula. No corpo de Cristo, os irmãos passam a se conhecer mais, aumentando sua expressão de comunhão. Isso produzirá enriquecimento, mas também poderá gerar algum perigo. Podem querer “fechar o grupo”, preferindo não se importar com a chegada de outros. Isso não deve acontecer nunca. 2.8.4 Estágio do ministério Os filamentos de cromossomos começam a alinhar-se, preparando- se para o lançamento e fazendo uma reprodução exata de si mesmos. No GM, esta é a hora para desenvolvermos o potencial de cada membro. É hora de distribuir tarefas e focar no evangelismo e na consolidação de novos membros. O líder deve acompanhar bem de perto o líder em treinamento para que sua liderança cresça a cada dia. 2.8.5 Estágio da Partida Enquanto a célula se prepara para dar à luz uma célula idêntica, os cromossomos se separam e se dividem – multiplicam-se. Em um GM, líderes novos são levantados e treinados para liderar um futuro GM enquanto novos membros se juntam ao grupo. Quando o grupo se torna grande suficientemente, ocorre a multiplicação. 2.9 A IMPORTÂNCIA DAS METAS PARA A LIDERANÇA DE GMS Sonhar é preciso! Sem sonhos começamos a morrer ou vivemos para cumprir os sonhos de outrem. No entanto, nos GMs, muitos sonham


alto, mas não têm a mínima noção de como chegar ao sonho proposto no coração. Deus sonhou em resgatar a humanidade e elaborou um plano para concretizar esse sonho maravilhoso. Com certeza, Deus pensou na maravilhosa bênção de voltar a ter o ser humano restaurado ao seu estado original, uma vez que o pecado tornou o homem um ser maldoso e distante do seu Criador. Mas Ele teve de idealizar uma estratégia para alcançar esse objetivo. A essa estratégia, que é um conjunto de ações e atitudes práticas e sequenciais para alcançar o objetivo, chamamos de meta. O ponto-chave para a realização de um ministério de sucesso passa necessariamente pela obtenção de uma visão clara e divina daquilo que queremos, pela encarnação dessa visão, tornando-a missão de vida, e pelo estabelecimento de metas para aperfeiçoar esta visão para não se perder na caminhada ministerial. O Líder de GM precisa trabalhar dentro de uma visão clara. Todo líder precisa saber que a visão é o fundamento de toda tarefa em liderança. A visão exige ação e dedicação. Chamamos isso de missão. Contudo, sua visão de ministério não será realizada a não ser através de um ousado conjunto de metas. Em Gênesis, nos deparamos com o chamado de Deus para Noé livrar a raça humana do extermínio. Nesse episódio Deus revelou a Noé o seu plano de preservá-lo juntamente com sua família e, ao mesmo tempo, destruir a raça humana através do dilúvio. Veja que Deus deu a visão, que se tornou a missão de sua vida, mas a realização desta missão foi levada a cabo através de um plano de metas bem rígido e sequencial estabelecido pelo próprio Deus, antes de qualquer coisa (Gn 6: 13-22). Outro texto que ilustra claramente esse assunto é o de 1Sm 15: 1-35. Nessa passagem, vemos Deus ordenar a Saul, rei de Israel, através de


Samuel, a destruir os amalequitas. Veja a ordem: “Vai, pois, pois agora, e fere a Amaleque, e destrói totalmente tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até a mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até às ovelhas e desde os camelos até aos jumentos”. Infelizmente Saul, ao invés de cumprir as metas de acordo com a visão que Deus lhe dera, fez do seu próprio jeito. No primeiro texto, vimos que Noé cumpriu as metas estabelecidas por Deus: construiu a arca, colocou os animais dentro dela literalmente como Deus lhe ordenara e teve seu nome eternizado como um líder fiel e vitorioso. Já no segundo exemplo, Saul não levou muito a sério a realização de sua tarefa ministerial de acordo com um plano de metas baseado na visão que Deus lhe dera, que era a de destruir completamente os amalequitas, e isso lhe custou o reinado e o seu nome passou para a história como um dos líderes bíblicos derrotados por infidelidade e incapacidade de dar conta da responsabilidade que recebera de Deus. Veja a importância das metas no ministério cristão. 2.9.1 Vantagem de se ter metas • Uma pesquisa entre igrejas em grupos/células demonstrou ser muito mais provável para o líder que tem uma data estabelecida multiplicar seu grupo e alcançar seu objetivo do que aquele que não tem meta. • Crescimento: As metas nos desafiam! Ninguém sobrevive e se desenvolve sem desafios novos e interessantes. Desde a infância somos movidos por desafios: aprender a falar, andar, escrever, etc. Na vida temos de estabelecer metas para alcançarmos nossos sonhos. Caso contrário, nossos sonhos acabarão se tornando pesadelos, uma vez que os sonhos não se realizam sem trabalho e esforço. Todo esforço e trabalho sem etapas mensuráveis não produzem os efeitos desejáveis. As metas podem produzir uma atmosfera propícia para suportarmos a espera de uma conquista.


SEM DESAFIO NÃO HÁ CRESCIMENTO!

• A realização de metas nos consolida como líderes (1Sm 15: 22): Saul não foi consolidado como um rei de sucesso porque vacilou na hora de cumprir as metas estabelecidas por Deus através de seu líder espiritual que era Samuel. Cada pessoa que deseja tornar-se um líder de sucesso tem de cumprir suas metas na igreja. Na vida, de um modo em geral, só conseguimos êxito quando alcançamos nossos alvos. Cada área da nossa vida tem de ser consolidada por metas alcançadas. Estabeleça suas metas na sua vida espiritual, familiar, material e pessoal e lute porque o seu sucesso depende de sua capacidade de perseguir as metas. Ouça o seu líder e seja fiel a ele. Não seja como Saul, que ignorou Samuel e fez as coisas do seu jeito. • As metas dão objetividade ao ministério: Um ministro não pode perder tempo com coisas supérfluas, nem tampouco perder tempo realizando aquilo que, embora seja bom, não faça parte da sua visão de ministério. Há muita coisa boa desenvolvida no mundo cristão, mas nem todas têm relação com visão ministerial em questão. A visão correta não é fazer tudo aquilo que é bom, mas aquilo que Deus preparou para o ministério. Nesse caso as metas nos ajudam muito porque elas nos tiram do ativismo e nos colocam nos trilhos da visão de Deus pra nós. Jesus realizou seu ministério baseado numa visão clara revelada nos profetas. Encarnou sua missão de forma radical, mas com metas objetivas. Em Mc 1:38 Jesus, que já havia curado muita gente no dia anterior, se recusa a ter sua agenda imposta pelo povo ou pelas circunstâncias daquele momento. A multidão queria que Jesus continuasse por ali para curar os demais enfermos daquelas cercanias que estavam vindo até ele. Mas ele disse: “Vamos às aldeias vizinhas, para que ali eu também pregue, porque para isso vim”. Isso deixa claro que o ministério cristão precisa de objetividade e não somente de ser preenchido com muitas atividades, por melhor ou mais interessantes que sejam.


2.9.2 Verdades ou mitos? • Algumas pessoas pensam que estabelecer metas é algo que não pode ser feito; • Só devemos esperar que a obra de Deus cresça tanto quanto Ele deseje; • É inútil, pois afinal a vontade de Deus é que prevalecerá; 2.9.3 A vontade de Deus • Certamente é da vontade de Deus que os GMs se multipliquem porque quanto maior o número de GMs, maior a quantidade de vidas alcançadas; • Estabelecer metas tem o propósito de concentrar esforços para que a vontade de Deus seja feita; 2.9.4 Nossa atitude • Em vez de rotular as metas como algo negativo à vontade de Deus, devemos aceitá-las. • Agrada a Deus ver que nos propomos a fazer sua vontade. 2.9.5 Princípios para o estabelecimento de Metas: M: mensuráveis - se você não puder medir o resultado, como saberá se conseguiu ou não atingir seu alvo? Ter o máximo de membros possíveis no GM não é uma meta, afinal, quanto representa o máximo? Se você considerar isto como meta, qualquer valor que atingir vai achar que este é o máximo. E: específica - mais uma vez, deixar o mais claro possível aonde se quer chegar nos ajuda a descobrir o caminho e concentrar nossos esforços. Dizer “vou ter um carro” é bem menos potente do que dizer


“terei um Novo EcoSport Advance Trac motor 1.6 16 Válvulas, equipado com freios ABS e Controle de Tração”. Cuidado, se definir uma meta como o primeiro exemplo, poderá obter um Chevette 80, que mais ‘vive’ na oficina que circulando nas ruas... T: temporal - outra arma poderosa no estabelecimento de metas é o prazo para se atingi-las. Não estabelecer um prazo não ajuda a nos organizarmos e geralmente se leva mais tempo do que o necessário para se atingir a meta Afinal, se não tivermos prazo teremos a vida toda para tentarmos. A: atingível - a meta precisa ser algo tangível. Estabelecer que vou visitar Marte até o meu próximo aniversário certamente não me motivará buscar as formas de se realizar tal sonho. Por outro lado, estabelecer uma meta que não seja desafiante também não mobiliza esforços para atingi-la. A meta deve ter um significado pessoal. Algo que realmente faça com que você levante da cama de manhã com “pique” para trilhar mais uma etapa do caminho que te aproxima de sua realização. Devem ser criativas, desafiadoras, porém alcançáveis. As metas devem ser estabelecidas de acordo com as condições de cada igreja. “Não há ventos favoráveis para quem não sabe aonde quer chegar” 2.9.6 Perigos que devem ser evitados ao fixar metas Idealismo – é fácil cair no extremismo sob o pretexto da fé em Deus. • Se as metas estabelecidas são exageradas, as pessoas ficam desanimadas e perdem o entusiasmo no evangelismo Por isso as metas devem ser razoáveis e alcançáveis. Temor • Cada meta é um desafio pelo seu tempo específico, se é alcançado ou não. Por isso muitas pessoas temem o estabelecimento de metas.


• Mas com a fé em Deus, para ele tudo é possível. • Podemos trabalhar confiando. Competição desleal • O propósito não é criar contenda nem competições entre irmãos O verdadeiro propósito • É encontrar inspiração no triunfo do outro • Se outros alcançam suas metas, nós também podemos alcançá-las 2.9.7 Como alcançar as metas? Passo 1 • Assuma as metas estabelecidas para seu GM e comece a planejar como irá alcançá-las. • Isso indicará quanto você deve avançar cada semana para que sua meta se torne uma realidade. Passo 2 • Destine responsabilidades específicas a cada um dos membros do GM e especifique o tempo para cumpri-las. • Cada membro do GM deve ter uma meta pessoal. É a maneira de envolver todas as pessoas no esforço para alcançá-la. Passo 3 • Verifique semanalmente o estado de seu GM. • Certifique-se de que os membros de seu GM (ou setor) estejam trabalhando nas tarefas que lhes são dadas. • Certifique-se semanalmente do real estado de seu GM. Passo 4 • Incentive os membros de seu GM a trazer novos convidados. • Uma pesquisa mostra que os líderes que incentivam seus membros a trazer convidados dobram a capacidade de multiplicação de seu GM,


ao contrário do líder que menciona o tema só uma vez, de vez em quando ou nunca. Passo 5 • Ore diariamente, colocando diante de Deus as metas e clamando para que todas as coisas saiam bem a fim de alcançá-las. • Incentive os membros de seu GM a se unirem em oração. 2.9.8 Papel dos Líderes • Façam sempre menção às metas. • Dirijam o GM em oração pelo alcance das metas. • Mencionem as metas tantas vezes quanto seja preciso para que cada membro se aproprie da visão e coloque o empenho necessário para alcançá-las. • Distribuam as metas no tempo que tiverem.

Para que as METAS sejam alcançadas é necessário um PLANEJAMENTO. Para refletir • Você sempre soube das metas de seu GM e da igreja como um todo? • Você menciona semanalmente aos irmãos as metas pelas quais se está batalhando? • Você delega a responsabilidade sobre algumas ações do GM, de modo a mover os membros ao envolvimento com o grupo? • Você tem orado pelo cumprimento das metas do GM? 2.10 PLANEJAMENTO DO GM O mover de Deus em nosso meio é uma expressão da Sua bondade e de Sua fidelidade. Temos sido alvo da Sua misericórdia e amor. O avivamento é uma obra divina e mantido pelo compromisso de fé e determinação de cada membro. O sonho de nosso Deus é que todos conheçam as Boas-Novas. Cremos que o desejo do Senhor é que nos


organizemos para multiplicar. Daí surge uma pergunta: Por que alguns não conseguem se organizar e avançar? Percebemos que existem algumas áreas que estão enfermas e precisam de cura. Existem algumas coisas que não fazemos muito bem, mas outras não conseguimos sequer começar, quanto mais avançar. Exemplo: Por que no trabalho eu consigo chegar às 7h da manhã, mas na reunião de GM só chego atrasado? Existe uma lei que diz que se não chegar no horário no trabalho serei punido, porém, como no GM, não tenho punição, não honro o compromisso com a mesma intensidade. Isso revela uma desorganização no caráter. Embora não seja necessariamente um mau-caratismo, é uma desestruturação interior. Se uma pessoa não consegue organizar pequenas coisas, também não consegue organizar outras tantas que são tão importantes quanto chegar no horário, como ler um livro até o final ou começar um curso de inglês e terminar. Jesus nos ensina, em Lucas, que aquele que começa um projeto e não termina está sujeito a sofrer gozações e chacotas “Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se senta primeiro a calcular as despesas, para ver se tem com que a acabar? Para não acontecer que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a zombar dele, dizendo: Este homem começou a edificar e não pode acabar” (Luc.14.28-30). Se não organizarmos a visão, vamos multiplicar desorganizações e colheremos catástrofes. Deus é um Deus organizado - Ele é o modelo de organização. Ele está completamente organizado. Ele vê todas as coisas e nada escapa aos Seus olhos. “Os olhos do Senhor estão em todo lugar, vigiando os maus e os bons” (PV.15.3). Deus vê tudo e sabe quando eu estou sendo fiel ou infiel. Muitas vezes o nosso conceito de fidelidade não é o de Deus e o nosso conceito de organização não é o d'Ele. “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos


caminhos os meus caminhos, diz o Senhor” (Is.55.8). 2.10.1 Mas o que é planejamento? Planejamento é uma das responsabilidades do Líder de GM e consiste em exercer uma função administrativa que determina antecipadamente quais são os objetivos que devem ser atingidos e como se deve fazer para alcançá-los. É uma criação de cenários que imaginamos acerca do futuro, nos quais estabelecemos quais recursos utilizaremos para alcançar nossas metas, qual é nossa missão etc., ou seja, de uma forma bem simples é “pensar antes de fazer”. 2.10.2 Quais as vantagens de se planejar? Podemos citar inúmeros benefícios da utilização do planejamento como ferramenta estratégica para os grupos, por exemplo: • Utilização eficiente dos talentos do grupo, potencializando a geração de novos líderes; • Mensuração de resultados; • Direção para o cumprimento do propósito do grupo, que é a multiplicação; • Manutenção do foco sob a visão, entre outros. 2.10.3 Por que planejar? Um dos grandes Adoradores da Bíblia foi o Rei Davi. Era reconhecido por seu temor e intimidade com o Senhor. Observando seu exemplo de vida, podemos encontrar inúmeras definições para a adoração, mas podemos fazer algumas observações a partir do verso abaixo: “Engrandecei ao SENHOR comigo, e juntos exaltemos o Seu Santo nome ” (Salmos 34.3). Inspirados por este cântico pode-se concluir que, para Davi, tudo


aquilo que cooperasse para o engrandecimento e exaltação do Santo nome do Senhor poderia ser considerado um ato de adoração. Ao contrário desta afirmação, muitas vezes atribuímos o ato de adorar a disciplinas espirituais ou ações e reações que só podemos manifestar em celebrações ou ministrações na Igreja. Isso é um grande engano! Segundo Davi, tudo aquilo que fizermos com excelência, zelo, capricho e, sobretudo que cooperar para a exaltação do nome do nosso Pai é um ato de adoração. Alguns anos mais tarde, o Apóstolo Paulo confirma-nos este estilo de vida na carta à Igreja de Colossos: “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor e não para os homens…” Colossenses 3 23 Podemos justificar a importância do planejamento à luz de razões espirituais e práticas, como descrito a seguir: • Razões Espirituais Deus não abençoa na desorganização: Deus organizou a multidão Deus organizou as multidões para que os milagres acontecessem. Organizou em grupos de 12 (Lc.6.12) e em grupos de 100 (Lc 15.3-7). Ele não abençoa na desorganização. Muita coisa você não conseguiu porque não se organizou. Quem quiser ver milagres, prodígios e maravilhas, faça o que Jesus ensina: organize-se. Havia uma multidão que estava ouvindo sua ministração há muito tempo, e Jesus disse: “dêem-lhe de comer”. Os discípulos questionaram porque não tinham dinheiro. Jesus mandou que todos se organizassem em grupos de 50 e 100, e aí veio o milagre da multiplicação dos pães. Todos comeram se fartaram e sobejaram doze cestos cheios. Na desorganização não tem provisão, alimento, sucesso, só gente sem senso de direção. Quando organizamos, o povo se alimenta e se farta, nunca falta.


“Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se senta primeiro a calcular as despesas, para ver se tem com que a acabar? Para não acontecer que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a zombar dele, dizendo: Este homem começou a edificar e não pode acabar” (Lc 14.28-30) • Razões Práticas O atual cenário econômico mundial, com economias globalizadas e competição crescente, confirma-nos que as Organizações que não se conhecem e não definem um caminho a seguir, possuem curto prazo de existência. Para os empresários é cada vez mais imperativo um forte posicionamento estratégico e arrojadas ações para manter seus níveis de distribuição e vendas sadios. Podemos citar como características deste cenário: - Competição crescente; - Forte exigência por qualidade; - Redução sistemática nas margens de lucro; - Pressão por resultados financeiros; - Necessidade de atualização tecnológica; - Cenário político e econômico instável Uma ilustração muito atual deste contexto é a velocidade com que a tecnologia da informação tem transformado nossos hábitos e cotidiano. Se voltarmos no tempo 10 anos atrás, lembraremos a dificuldade (e a despesa) para se comunicar com familiares ou pessoas queridas residentes em outros países. Atualmente, todos nós assumimos o hábito de “teclar” gratuitamente com os mais distantes países e, se preferirmos, podemos pagar centavos para falar com eles. Os conhecidos e tão difundidos MSN e Skype revolucionaram a comunicação mundial e trouxeram a globalização ao alcance de todos nós. Se observarmos o mercado de telecomunicações, veremos como as empresas reagiram a estas revoluções. Inúmeras incorporações e mudanças de controles acionários, criação de novas empresas e produtos, entre outros. O


reflexo disso pra nossa vida foi uma amplitude de oferta de produtos e serviços para a população, decorrente da grande competitividade existente no setor. Tais empresas, se não estiverem bem estabelecidas, conscientes de seus recursos e estratégias, não sobreviverão. 2.10.4 Por que temos tanta resistência em planejar? Se consultarmos os livros históricos ou os registros de grandes pensadores do nosso século, encontraremos justificativa para a resistência com a disciplina de planejamento em razões culturais. Pode-se, de fato, creditar que o hábito ou cultura de um povo contribua para o agravamento de um comportamento. Entretanto, a partir do momento que somos resgatados por Cristo e passamos a fazer parte do povo de Deus, precisamos abrir mão de modelos mundanos ou culturais nos quais estávamos inseridos e adotar um estilo de vida condizente àquele que nos resgatou e à promessa para a qual fomos resgatados. Assim, ao invés de justificarmos nosso desleixo ou descaso, devemos nos empenhar em conhecer e praticar as coisas acerca do Reino de Deus, de modo a desfrutarmos dos belos frutos que Este pode gerar. Se nos opomos ao conceito e benefícios que o planejamento e a organização podem trazer às nossas vidas, justificando tal comportamento em nosso estilo e personalidade, nos enganamos e dizemos não para um traço claro do comportamento do nosso Senhor. Ao invés de oposição, nossa atitude deve ser de reconhecimento que tal comportamento é fruto de uma desorganização em nosso caráter. Embora não seja necessariamente um mau-caratismo, é uma desestruturação interior. Caráter, disse um sábio uma vez, é o modo como agimos quando ninguém está olhando. Caráter não é o que já fizemos, mas aquilo que somos. Um caráter íntegro se revela, diariamente, de muitas maneiras: • Um homem faz o propósito de levantar mais cedo, todas as manhãs, para correr em volta do quarteirão - Isso é disciplina.


• Uma professora pacientemente investe num aluno desatento e descobre que é um escritor talentoso - Isso é visão. • Um universitário, já vencido pelas provas e monografias pensa em desistir, mas decide continuar e estudar - Isso é persistência. Podemos constatar que esses três traços de caráter estão na lista dos “ameaçados de extinção”. Não são atraentes, nem fáceis. Por isso, muitos procuram ignorá-los. E, no entanto, por mais estranho que pareça, o traço de caráter mais ameaçado de todos é justamente aquele que todos nós afirmamos querer – o amor. Muitas vezes, quando dizemos que queremos um amor marcado pelo caráter, isso significa apenas, e tão somente, que desejamos ser amados. Esperamos que as pessoas nos admirem e nos tratem com carinho. Nesse caso procuramos também fazer o mesmo com elas. Entretanto, as pessoas de caráter vão além do afeto superficial. Eles se empenham na difícil tarefa de amar. O amor, diz o apóstolo Paulo, é o traço mais importante do caráter cristão (1 Co.13:13), e provavelmente o menos compreendido. Contudo, é extremamente difícil aprender a amar, a menos que tenhamos também os outros atributos do caráter: a disciplina para tomar decisões e levá-las a termo; a visão para enxergar o futuro distante e perscrutar o coração das pessoas e a persistência para continuar, a despeito do escárnio, da inquietação ou do simples tédio. Características chaves para um caráter aprovado: • Disciplina: - Peça chave no desenvolvimento de qualquer área da nossa vida; - Uma bela definição de disciplina é “Retardar a auto-satisfação é um modo de programar o sofrimento e os prazeres da vida, de forma a acentuar o prazer”. Isso significa começar encarando a dor, vivenciá-la e ultrapassá-la. É como os pais fazem com os filhos, sempre condicionando o tempo livre para brincadeiras após a conclusão dos


estudos ou responsabilidades do lar; - Disciplina traz recompensas que não são imediatas • Visão: - Ser um visionário significa enxergar além do óbvio. É como estar na prisão e enxergar as estrelas ao invés das barras de ferro; - Implica também esforço e disciplina. Dá muito trabalho fazer planos para os próximos meses ou ano. Nossa primeira reação é pensar que estes não se realizarão; - Para Deus tudo é possível (Mt 19.26) • Perseverança: - É infinitamente mais fácil desistir do que perseverar (Tg 1 12); - Este traço de caráter tem se tornado mais raro em virtude do contexto “fast food” (comida rápida) que a sociedade tem nos imposto. Somos a geração do imediatismo Nossa tendência neste contexto é abandonar os esforços caso não gerem resultados imediatos. • Amor: - Uma característica evidente daqueles que amam é a doação. Aquele que ama não poupa esforços para oferecer o melhor; - Nosso amor pelo Senhor deve gerar em nós o compromisso de oferecê-lo o melhor em todo o tempo, respondendo à altura do sacrifício que Ele fez (Jo. 3 16); - Perfeito amor (1 Jo 4 18) potencializa o sonho. 2.10.5 Nossa atitude • Em vez de rotular o planejamento como algo burocrático e negativo à vontade de Deus, devemos aceitá-lo e praticá-lo • Se um de nossos principais objetivos como cristãos e crentes no SENHOR é sermos transformado à imagem e semelhança de Jesus, devemos reconhecer que a organização e planejamento é um traço determinante em seu comportamento • Mude! De onde vem a ideia que é impossível mudar? Faz parte da


sua natureza ter uma perna quebrada? O que você faz? Vai ao médico. Jesus pode mudar os nossos corações e dar-nos o Dele (Gl. 2.20) Cristo vive em mim! Manter uma postura resistente e questionadora somente gera entrave para o mover Dele em nossas vidas. É como ter eletricidade e não acender as luzes. Conforme acabamos de observar, uma meta não deverá ser como uma barreira intransponível, mas tão somente uma forma ou ferramenta usada para alcançar objetivos que inicialmente possam ser sonhos, para transformá-los em uma realidade palpável. Ao entender a necessidade do planejamento através das metas, podemos destacar que a dinâmica de crescimento de um grupo envolve quatro direções, que são comparáveis a um banco de três pernas. • Para cima (acento) em direção a Deus; • Para dentro para edificar a Vida de Corpo; • Para fora, em direção aos incrédulos; e. • Para frente para multiplicar Usando esta ilustração é possível observar que a oração, relacionamento para cima, é o ponto central, para qual todos os outros se formam. Por meio da oração sustentamos as demais pernas do banco. Mas o banco não conseguirá se sustentar se faltar uma das demais pernas. Assim, nosso planejamento deverá observar estes quatro pontos. Fazer planos é bíblico!!! “Consagre ao Senhor tudo o que você faz, e os seus planos serão bem sucedidos” Pv. 16:3. Deus também tem um plano para sua vida “Então Jesus chegou perto deles e disse: Deus me deu todo o poder no céu e na terra


Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam meus seguidores, batizando esses seguidores em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a obedecer a tudo o que tenho ordenado a vocês E lembrem disto: eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos” Mt. 28:18-20 (Mc 16 15-18; Lc. 24 44-49). Os planos de Deus começam com seguidores devocionados. Assim, Deus revela suas prioridades. Uma vida sem planos e prioridades é levada pela urgência. Um grupo cresce quando está focado nas prioridades e não nas situações urgentes! 2Não é bom proceder sem refletir, e peca quem é precipitado Pv. 19:2 Usando esta analogia, vamos nos programar para uma análise da parte superior de nosso banco “para cima”. Como permanecer conectado com o poder de Deus? Para buscarmos a permanência no Senhor é preciso entender o “permanecer”. O dicionário Aurélio da língua portuguesa traz o significado etimológico da palavra traduzido como “morar, habitar, ou descansar”. Jesus disse que Ele é nossa fonte de vida. Evangelho de João 15:5: “Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma”. Quando se analisa o morar ou habitar é possível imaginar um lar, um lugar de descanso Assim, permanecer é crer, é acreditar, é confiar, pois a confiança gera segurança; o crer é ter fé no que não se pode ver! Quando se “permanece” no Senhor, a videira dá frutos: “Meu pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e assim serão meus discípulos” -. Jesus (João 15:8)


Para descansar no Senhor é preciso tempo com Deus, é preciso momento a sós com Deus Separe um tempo constante, regular e diário para estar com Cristo. O líder de GM precisa orar pelo grupo, pelos membros, pela multiplicação, pelas vidas que Deus lhe confiou. “Para Dentro”: Um olhar para a UNIDA Segundo o livro de Atos, a igreja não é somente os grupos ou tão somente a grande reunião. A igreja de Cristo é a reunião dos membros do corpo. O “Corpo de Cristo” são os irmãos unidos por juntas e ligamentos. “Dele (Cristo) todo o corpo ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor; na medida em que cada parte realiza as sua função” Ef. 4:16 A UNIDA é sua comunidade, seu GM é sua comunidade. Não criamos comunidade como em redes sociais utilizadas na internet “orkut, facebook, etc., nós participamos, entramos na comunidade. Você é ligado ao Corpo de Cristo através de seu grupo e sua igreja, esta é sua comunidade!” Conforme salientamos, sua comunidade é feita de pessoas, de pecadores que buscam o arrependimento. Não pense que em sua comunidade você não terá decepções, pois elas virão! A comunidade é feita por pecadores, como você ou como seu irmão, mas para cultivar sua comunidade adote medidas simples: • Seja modelo de transparência; • Compartilhe momentos de descontração; • Inclua pessoas na sua atividade do dia-a-dia; • Telefonem uns aos outros; • Não espere, mas ao contrário, disponha-se a servir!


“Para fora” Evangelize Nesta apostila teremos um capítulo destinado ao evangelismo. Salientando sua importância como um dos sustentáculos de ministério Cristão e de nosso “banco”, buscamos utilizar o GM como uma ferramenta para alcançar os perdidos e motivar os cristãos a cumprir com a grande comissão, um mandamento Cristão! Muitas pessoas têm uma imagem negativa a respeito do evangelismo, no entanto quase todos os cristãos sentem-se bem com a maneira pela qual eles foram evangelizados. O evangelismo leva tempo, por isso, no Capítulo 3 da primeira carta de Paulo à Igreja de Corinto, ele descreve: 6Eu plantei, e Apolo regou a planta, mas foi Deus quem a fez crescer 7De modo que não importa nem o que planta nem o que rega, mas sim Deus, que dá o crescimento 8Pois não existe diferença entre a pessoa que planta e a pessoa que rega Deus dará a recompensa de acordo com o trabalho que cada um tiver feito 9Porque nós somos companheiros de trabalho no serviço de Deus, e vocês são o terreno no qual Deus faz o seu trabalho Os melhores evangelistas são cristãos comuns e geralmente há muitas pessoas envolvidas. Não se frustre nem desista, e tenha sensatez para não ser um “crente chato”! As pessoas na Bíblia eram frequentemente trazidas a Cristo por meio de amigos e parentes. • André trouxe Pedro a Cristo (João 1:40-41) • Mateus trouxe seus companheiros de trabalho e amigos incrédulos (Mateus 9:10)


• Cornélio influenciou parentes, soldados e amigos a receberem a Cristo (Atos 10:22-24) • Lídia e o carcereiro de Filipos trouxeram suas famílias a Cristo (Atos 16) “Para frente” Multiplique Um dos grandes desafios do Cristão é cumprir o mandamento do Senhor “ide”. O que precisamos entender é que o ide não se relaciona a apenas uma função a ser realizada de pronto e imediato, mas “ide” durante sua vida, e pregai, esta é a “grande comissão”. Evangelizar é fazer discípulos. Em nossos GMs, quando falamos em multiplicar, estamos dizendo: “leve a palavra de Deus a outros”! Quando somos comissionados, ou seja, quando nos é delegada uma função, como a descrita no evangelho de Marcos 16:15: “E disse-lhes: Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas” é preciso pensar e tratar este trabalho com zelo e eficiência, como o seu trabalho no dia-a-dia, como o pedido de seu chefe. E para facilitar a realização deste trabalho, utilizamos o GM. Assim, um GM é uma ferramenta nas mãos do lavrador para facilitar seu trabalho. É fácil entender a necessidade de uma multiplicação quando nos deparamos com a analogia de um celeiro. Imagine um celeiro onde se guarda toda a colheita de um ano de trabalho. Neste ano de trabalho a colheita foi farta e “lotou” seu celeiro. Para que você continue a plantar no ano seguinte é necessário construir outro celeiro, e assim é com a multiplicação. Um GM que está com muitos membros precisa se multiplicar para que possam entrar novas pessoas, que não são apenas números, mas vidas! O texto bíblico de Paulo em 2Timóteo 2:2 esclarece o que é uma multiplicação: “E as palavras que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie-as a pessoas fiéis que sejam também


capazes de ensinar a outros”. Como vimos nas lições anteriores, multiplicar é fazer com que seus braços e membros cresçam para alcançar várias pessoas. Fazer sua capacidade multiplicar é treinar outros para que possam realizar o seu trabalho com a mesma eficiência que você realiza. Como assentar no banco? Após criar o seu banco, é preciso assentar nele. Mas como? É preciso aperfeiçoar seus planos! Estabelecer planos é criar metas e aperfeiçoar planos é gerir. E o que é gerir? O que é gestão? • Planejar: fixar objetivos; • Organizar e alocar recursos (financeiros, tecnológicos e pessoas); • Comunicar, dirigir e motivar as pessoas (liderar); Negociar; • Controlar: Mensurar e avaliar • Analisar: conhecer os problemas; Solucionar problemas; • Decidir e agir (rapidamente e com precisão); A gestão é bíblica: é possível encontrar ensinamentos sobre gestão em diversos livros: Lucas 14:28-30, Mateus 25:14-28, Provérbios 27:23, Romanos 12:8 I Pedro 5:2-4 Outra ferramenta importante para gestão ou organização de seu GM é checar como estão seus resultados, ou seja, é preciso cuidar de sua ferramenta! John Maxwell em seu livro as “17 Leis do Trabalho em Equipe” salienta que “Se uma equipe deseja alcançar suas metas, ela precisa saber como está a sua situação atual. O PLACAR é essencial. Nenhuma equipe pode ignorar a realidade da sua situação e ganhar.”


Para facilitar seu planejamento, aplique o PDCA. Este mecanismo é utilizado largamente na administração, seja ela qual for, trabalho, atividades diárias e seu ministério. A letra “P” significa “planejar”; a letra “D” vem do inglês “do” que é “fazer”, a letra “C” é de “checar” e por último a letra “A” que significa “agir”. Para facilitar o entendimento gerencial do PDCA, vamos elaborar uma situação real de organização de um grupo: • Meta do grupo: multiplicar uma vez por ano um GM saudável. Diante desta meta devemos observar que para alcançarmos este objetivo, nosso GM precisa de: 1) 2) 3) 4) 5)

Data definida; Presença de Deus; Novo líder; Novos membros; Novo anfitrião

Observando estes objetivos podemos desmembrar nossa meta principal em outra 5 (cinco) atividades que chamaremos de submetas. Então, para alcançarmos nosso objetivo, teremos que galgar outros cinco caminhos, aos quais poderemos aplicar o PDCA: P - Planejar: para que o GM se multiplique é preciso definir uma data; ao definir esta data você está planejando. É importante lembrar do que já estudamos, as metas devem ser alcançáveis, não estabeleça uma data impossível ou improvável; D - Faça: fazer nesta submeta é compartilhar com o GM a data


proposta. Seu GM achou viável? Ok! próximo passo: C - Check: é preciso buscar no grupo empenho para cumprir a proposta, não deixe que o grupo se esqueça da meta! A - Agir: marque eventos evangelísticos, programe a festa de multiplicação, envolva seu GM! Da mesma forma que trabalhamos esta submeta, vamos trabalhar outra para melhor fixarmos nossa gestão: Analise agora a submeta 3 (Novo Líder); P - Planejar: para que seu GM tenha um líder em treinamento, é preciso observar dentre os membros algum que seja preparado; às vezes escrever os nomes e características de cada um dos candidatos em um papel poderá ajudá-lo. Caso não tenha um membro já preparado, é preciso influenciar um membro incentivando-o a se preparar para a liderança de um GM. De toda forma, será preciso focar em alguém, talvez duas ou três pessoas. D - Faça: quando nos deparamos com a necessidade de escolher, um líder em treinamento é preciso fazer, mas como? O fazer aqui é fazer uma escolha, você sabe que é preciso ser preparado, então observe que deverá: Ser membro da IUAVC (Igreja Unida do Alto Vera Cruz) (batismo/transferência); - Completar o Treinamento - Escola de Líderes; Ser comprometido com Deus; - Ser comprometido com o GM; - Ter bom testemunho de vida; e - Ter boa capacidade de liderança. Assim, escolha seu Líder em treinamento, comunique ao seu discipulador e após aprovação, faça seu convite! Se seu Líder em treinamento precisa de preparo, matricule-o na ESCOLA DE LÍDERES, incentive-o a se batizar, desafie-o a se envolver com o GM e com a igreja, acompanhe-o em sua vida cristã, delegue funções!


C - Check: Procure saber: seu (ou seus) candidato(s) estão desenvolvendo a liderança, estão aproximando do grupo? Tem bom testemunho de vida? Tem se envolvido com o GM e com a igreja? A - Agir: Delegue ao seu ou aos seus candidatos funções do GM, estudos, lanche, visitas, etc. conforme já aprendemos nos capítulos anteriores. O PDCA é uma ferramenta de gestão como outras, ela está aqui apresentada apenas como um modelo, uma facilidade para que você pratique uma boa gestão. 2.10.6 Planejando as reuniões de GM Um bom exemplo de planejamento das células são nossos irmãos da Igreja Elim, em El Salvador, que realizam duas reuniões semanais, uma na terça e outro no sábado. O enfoque da reunião varia de acordo com o objetivo. Na terça-feira, o propósito é a “edificação” da igreja (buscam o crescimento espiritual dos membros da célula e planejam a reunião evangelística do sábado). O encontro seguinte, no fim de semana, tem objetivos “evangelísticos” (eles convidam incrédulos e não apenas não crentes). O efeito dessa alternância do conteúdo das reuniões cria uma dinâmica semelhante a de um tiro de revolver. Na terça-feira, o grupo se retrai como o cão da arma (descansam, fazem planos e ministram uns aos outros). No sábado, eles “atiram” (evangelizam os conhecidos e vizinhos não crentes). Este sistema mantém o GM forte e bem orientado. A reunião de planejamento tem os seguintes objetivos: • Planejar e estabelecer a data da próxima multiplicação do GM • Avaliar as reuniões de GM; • Planejar as próximas reuniões do GM, os eventos evangelísticos e de comunhão; • Distribuir tarefas e delegar responsabilidades;


• Acompanhar as anotações feitas no Diário do GM; • Encorajar e desafiar os membros para que tragam seus convidados ao GM; • Acompanhar e colocar em prática o planejamento para a próxima multiplicação do GM; • Avaliar o acompanhamento e o preparo do líder em treinamento; Essa reunião é especifica para os membros do GM que são crentes; a ideia não é levar convidados. Por quê? Porque na reunião de planejamento são dadas algumas recomendações que devem ser colocadas em prática nas reuniões do GM. Há alguns fatores que devem ser considerados no momento de planejar: 1 Uma boa reunião de planejamento dará como resultado uma boa reunião de GM 2 Uma boa reunião de planejamento ajudará a preparar os eventos agendados, facilitando assim a preparação para a multiplicação. Reunião de planejamento não é: • um culto; • uma reunião de oração; • para comemorar aniversários Reunião de planejamento é: • uma reunião de trabalho; • uma reunião de avaliação; • uma reunião de distribuir e cobrar tarefas


2.10.7 Planejando a multiplicação do GM A multiplicação do GM deve ser a principal meta do Líder. O Líder deve ser focado em atingir (e potencializar o atingimento) desta meta. Por mais adversas que sejam as circunstâncias, à luz do caráter aprovado em Cristo, da fé e do compromisso com o chamado para servir nesta obra, sua atitude sempre deverá ser condizente com o sonho. Se o Líder possui este conceito cravado em seu coração e se o estilo de vida e liderança exala o mesmo, contagiará seus liderados e facilmente (e rapidamente) atingirá seu propósito. Para multiplicar o GM, o Líder deverá definir uma data para a multiplicação e marcos importantes como eventos de colheita e outras atividades que levarão ao cumprimento do propósito Recomenda-se fortemente que estas datas, marcos e objetivos sejam registrados e compartilhados continuamente com os membros do GM. O compartilhamento e divisão de papéis e responsabilidade geram compromisso no grupo e é uma porta para a geração de novos Líderes. O Diário de GM possui um formulário semelhante à imagem abaixo que poderá ser utilizado para este fim. No mesmo, o Líder poderá também simular os novos grupos, nomear os novos Líderes, Líderes em Treinamento e Anfitriões.


Lembre-se: Defina e documente seus objetivos Qualquer 10 8 Eventos favorecem a multiplicação caminho é que válido para aqueles que não possuem uma rota definida

“O nobre projeta coisas nobres e na sua nobreza perseverará” Isaías 32 8 2.11 MULTIPLICANDO O GM É importante entender que a multiplicação de um GM é um processo que inclui vários fatores:


2.11.1 Quais são os fatores que contribuem para a multiplicação do GM? 1 Convite 2 Comunhão 3 Pastoreio 4 Mentoreamento 5 Capacitação Somente quando esses cinco fatores estão presentes é que há a multiplicação do GM. Vamos acrescentar outros fatores que contribuem para que haja a multiplicação: • É preciso orar todos os dias pelos membros do GM; • Deve haver confraternização entre seus membros; • Devemos incentivar cada membro para que façam parte do trabalho 2.11.2 Há duas formas pelas quais os GMs se multiplicam: 1 Multiplicação mãe-filha – quando o GM original gera outros; 2 Abrir GMs – quando novos GMs são abertos sem que se originem de um. 2.11.3 Os GMs que se multiplicam São GMs saudáveis, pois passaram por todas as etapas de desenvolvimento. Há uma motivação maior do líder em fazer novos discípulos. O grupo está aberto às pessoas de fora e tem estímulo em buscá-las, pois todos se sentem capazes de frutificar. Os membros se empenham em conquistar amigos e familiares, e os novos se sentem à vontade no grupo, porque foi criado um ambiente para a multiplicação.


2.11.4 O que influencia a multiplicação? • Tempo devocional do líder e de preparação para as reuniões; • Intercessão pelos membros do grupo; • Cuidado pastoral; • Estímulo ao evangelismo e encontros sociais; • Número de visitantes no GM; • Treinamento e preparação de auxiliares; • Estabelecimento de alvos, inclusive a data da multiplicação; • Ambiente para multiplicação. É importante fazer com que as pessoas já comecem no GM visando à multiplicação, pois ela é o “ponto alto”, o “clímax” do GM. Ou seja, ele foi criado para isso: se multiplicar. Não é à toa que ele se chama Grupo Multiplicador. Talvez haja dor no parto, mas a alegria de vê-lo se multiplicar deve ser infinitamente maior, como num parto de verdade, onde a felicidade de dar à luz está acima de tudo. 2.11.5 Como perceber a hora de multiplicar? O grupo começa a crescer comprometendo a intimidade entre as pessoas, as ausências passam a não ser notadas, o local começa a não comportar todas as pessoas, e outras situações começam a acontecer. Ao multiplicar • Considere os relacionamentos; • Os elos naturais devem permanecer juntos; • Considere a localização geográfica; • Recém-chegados ou os novos devem permanecer com o líder; • Os maduros devem sair com o novo líder 2.11.6 Três razões por que um GM não se multiplica: 1) Os membros ficam confortáveis e apegados fortemente aos relacionamentos;


2) Eles têm medo de que o novo grupo não seja tão bom quanto o atual; 3) Desconhecem a alegria de gerar um novo GM. O que fazer neste caso? • Estude uma possível troca de líder ou auxiliar; • Mude o local quando há problemas com o anfitrião ou com a localização; • Mude o dia ou o horário das reuniões; • Intensifique a evangelização e as visitas aos novos membros; • Peça orientação ao discipulador Pastoreio sem evangelização é incompleto no que se refere a crescimento. Para que haja evangelização eficaz no GM e consequentemente o crescimento, é necessário haver convidados. 2.11.7 O que é um convidado? Durante séculos, em muitas partes do mundo, foram feitos estudos a respeito do evangelismo, e como consequência disso, descobriram-se fatos interessantes como os seguintes: 1 A maior parte dos cristãos têm conceitos errôneos sobre o evangelismo 2 Os convertidos que mais perseveram nos caminhos do Senhor são aqueles que foram evangelizados por cristãos comuns


3 O amor em ação é o que mais atrai as pessoas para Jesus

O que devemos fazer para evangelizar com sucesso: • Devemos evangelizar principalmente as pessoas que conhecemos • Devemos incentivar-nos mutuamente a falar de Jesus; não devemos pensar que as pessoas só irão converter-se se o pastor fizer o apelo • Devemos promover muitas oportunidades para que as pessoas ouçam o evangelho • Devemos identificar a necessidade das pessoas para ajudá-las • Devemos apresentar aos incrédulos tantos cristãos quanto seja possível 2.11.8 Alguns exemplos bíblicos a respeito de ganhar almas 1 Em João 4:37, a Bíblia fala da semeadura e da colheita. O que


podemos aprender com este exemplo? • Podemos aprender que o evangelismo leva tempo. Quando falamos em semear e colher, sabemos que temos de semear e esperar meses para obter frutos • Podemos aprender que além de levar tempo para a sua efetiva realização, o evangelismo envolve várias pessoas. Por quê? Porque Jesus disse: um é o que semeia e outro é o que colhe 2 Em Marcos 1:17, o Senhor diz: Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens. O Senhor Jesus está falando aqui da salvação dos homens, mas no fim da pesca. É interessante que naquela época a pesca era feita com redes e para isso eram necessárias várias pessoas. O que aprendemos com esta passagem bíblica é que trabalhar juntos na evangelização produz mais resultado do que trabalhar sozinhos. 2.11.9 Por que tão poucos convidados acabam por converter-se? Porque não aplicamos os princípios do evangelismo. É por isso que o GM não cresce, não há muitas conversões, e o GM não se multiplica. Para aplicar os princípios do evangelismo no GM temos de definir o que é um convidado. Antes, vamos definir o que não é um convidado. 2.11.10 Um convidado não é: • Uma pessoa que convidamos somente para cumprir uma meta; • Alguém sobre quem pouco ou nada sabemos; • Alguém que encontramos na rua; • Alguém a quem vemos pela primeira vez. 2.11.11 Um convidado é: • Alguém, do nosso relacionamento, em quem aplicaremos os


princípios de evangelismo citados anteriormente. 2.11.12 Como fazer o convite: • Faça uma lista de pessoas do seu circulo de amizade - círculo de influência; • Faça um círculo ao redor dos nomes de pessoas que estão mais abertas à mensagem do evangelho e então comece a orar pela conversão delas; • Aprofunde mais sua amizade com essas pessoas e demonstre-lhes seu amor; • Procure a maneira de demonstrar-lhes algum detalhe amável; • Como parte de seu interesse em ajudá-las a resolver seus problemas, convide-as para a reunião do GM. Esse é um verdadeiro convidado e certamente acabará convertendo-se a Cristo. Quando isso acontecer, continue sendo seu amigo, cuide do crescimento espiritual dessa pessoa. Só assim teremos resultados permanentes, só assim os GMs crescerão em assistência, haverá muitas conversões, e os GMs se multiplicarão. Para refletir e discutir a) Estamos evangelizando ou somente convidando? b) Poderia dizer que seu estilo de vida aplica-se ao de um evangelizador? c) Numa escala de 1 a 20, como classificaria o evangelismo em seu GM? d) Quais dos princípios do evangelismo estão sendo colocados em prática em seu GM? 2.12 ELEMENTOS DA BOA LIDERANÇA • Sabedoria • Retidão • Amor


• Espiritualidade • Maturidade 2.12.1 Sabedoria Uma boa liderança não requer necessariamente conhecimentos acadêmicos. Devemos começar sendo autênticos, expressando nossas necessidades e mostrando-nos como realmente somos. Ser sábio, algumas vezes, é não considerar as ofensas, comentários ou irritações de outras pessoas. A pessoa sábia não procura vingar-se, procura o melhor em quem o critica, a fim de resgatar o perdido. 2.12.2 Retidão É a qualidade de ser imparcial e reto. Quem exerce a função de discipulador ou líder nunca deve emitir um julgamento sem antes escutar os dois lados. Quem é sábio não pretende ser uma pessoa melhor que outra. A pessoa que lidera com retidão é aquela que está interessada em resolver as dificuldades que se apresentam. Uma maneira prática de mostrar retidão é sendo pontual. Aquele que exige, mas não é pontual, não cumpre com sua responsabilidade. 2.12.3 Paciência Equivale a demorar a aborrecer-se e saber manter a serenidade quando as dificuldades se apresentam 2.12.4 Amor É a virtude que gera maior responsabilidade no líder. O amor não busca receber, mas dar sem esperar nada em troca.


Quem lidera com amor o faz dando-se a si mesmo, ainda que não ganhe nada em troca; é capaz de ver a necessidade das pessoas e buscar uma maneira de ajudar. O amor conduz a uma liderança melhor. Não usa a autoridade que lhe foi delegada para tirar proveito, mas para servir os outros, e, como consequência, em pouco tempo ganhará o respeito de todos. A disciplina eficaz • É aquela que se alcança por meio do amor; • É melhor do que qualquer outro elemento para estabelecer a disciplina ou a ordem 2.12.5 Espiritualidade Toda liderança precisa, em primeiro lugar, ser “cheia do Espírito Santo”, pois só ele poderá dar todas as diretrizes para um GM vitorioso. É importante lembrar que as pessoas só seguirão aqueles que são verdadeiramente espirituais. Uma pessoa espiritual inspira a disciplina necessária para realizar o trabalho sem complicações e trabalha todas as pessoas com responsabilidade. “Não repreenda asperamente o homem idoso, mas exorte-o como se ele fosse seu pai; trate os jovens como a irmãos” 1Tm.5:1 2.12.6 Maturidade É o nível de crescimento espiritual alcançado por uma pessoa em sua semelhança a Jesus. Uma pessoa pode ter dons espirituais, pode ser ativa e servir, mas não ter maturidade. As pessoas buscam a quem seguir e seguirão com uma disciplina maior a quem mostrar uma maturidade verdadeira.


Quem é a pessoa madura? É aquela que busca viver uma vida equilibrada em todas as áreas de sua vida, fundamentada nos princípios da Palavra de Deus, influenciando outros através do seu testemunho. Para refletir: De que maneira você estabelece sua autoridade? 2.13 ERROS QUE DEVEMOS EVITAR NO SISTEMA CELULAR Todas as pessoas cometem erros, porém alguns trazem sérias consequências. O propósito é ajudar a superar os obstáculos que possam paralisar o sistema celular. Uma coisa é saber que errar é humano; e outra bem diferente é acomodar-nos ao erro. 2.13.1 Líder que faz todo o trabalho no GM Ficará cansado e não treinará novos membros que poderiam ser líderes. Aprenda a delegar e ensine adequadamente. Delegue aos membros dos GMs as tarefas mais variadas como preparar o louvor, o lanche, telefonar, visitar, convidar, ministrar o estudo, orar etc. 2.13.2 Líder que não participa das reuniões do seu GD nem acata orientações dadas pelo seu discipulador Liderar GM requer comprometimento e responsabilidade, por isso é inadmissível que um líder deixe de participar das reuniões do seu GD, pois nelas é que será orientado com relação às diretrizes e à caminhada da Igreja. 2.13.3 Quando um líder ou discipulador se afasta ou se recusa a seguir as orientações dadas pela liderança


GMs deformados não se desenvolvem, porém GMs saudáveis multiplicam-se. Por isso, reveja continuamente os princípios do sistema. Não invente coisas que, em sua opinião, podem funcionar. Siga sempre as orientações dadas pelo seu discipulador. 2.13.4 Quando um líder ou discipulador aconselha inadequadamente Saiba reconhecer seus limites para aconselhar. Seja humilde e reconheça seus limites, não tenha medo, as pessoas irão respeitá-lo por ser sincero. Se o problema for muito difícil de resolver, leve-o ao discipulador do seu setor. 2.13.5 Quando um líder ou discipulador deixa de desafiar e preparar novos líderes Um líder que não se preocupa em delegar tarefas, em dar oportunidade para outros, em mentorear novos líderes, dificilmente multiplicará seu GM. Portanto, é muito importante procurar identificar líderes em potencial entre os membros do GM e desafiá-los a crescer, enviando-os à ESCOLA DE LÍDERES para que sejam capacitados. Um bom líder acompanha bem de perto o seu liderado. Na ocasião oportuna, o líder deverá encorajá-lo a assumir um novo GM. 2.13.6 O discipulador ou o líder impõe metas exageradas As metas estabelecidas para o GM devem ser razoáveis para que não tragam desânimo e sim estímulo e desafio para todo o GM. Não imponha suas próprias metas, apenas implemente as que são estabelecidas pela Igreja, de forma a envolver todos os membros do GM no seu cumprimento. As pessoas reagem melhor quando são motivadas do que quando são obrigadas a acatar algo que está acima


de suas forças. 2.13.7 Não direciona os membros do GM para a igreja Se os membros participam somente do GM, perdem sua identificação, e, além de ficarem isolados, tornam-se vulneráveis - os lobos atacam as ovelhas que se afastam do rebanho. Para evitar isto, esforce-se para trazê-los à igreja. Organize uma forma de despertar neles o interesse de participar da grande celebração e não apenas da reunião semanal do GM. Na Igreja, ele receberá um alimento mais sólido que no GM. 2.13.8 Não aproveita a intimidade que o GM proporciona para alcançar objetivos pessoais Um líder que se envolve pecaminosamente com algum membro do GM, ou que usa o GM para ganhar qualquer tipo de vantagem, causa um mal terrível. Se as pessoas notarem um interesse mesquinho ficarão desanimadas e não voltarão mais. 2.13.9 Mente ou omite os dados para aparentar que está tudo bem Isso proporciona uma falsa base de dados, o que prejudica as projeções feitas pela igreja. Mentir impede que seja ajudado. Ao dizer a verdade é possível saber em que o líder pode ser ajudado. “Portanto, cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo, pois todos somos membros de um mesmo corpo” - Ef 4:25. 2.14 COMO PROTEGER SEU GM É comum acontecerem situações difíceis, que trazem constrangimentos


nos GMs e nem sempre os líderes sabem como lidar com elas. Em primeiro lugar, o líder precisa ter bem claro tanto a sua importância como líder como a importância do grupo e agir no sentido de proteger o GM. Ele precisa ver as dificuldades de uma perspectiva correta, buscar ajuda quando necessário e orar sem cessar. Existem algumas pessoas com personalidades destrutivas ou disfuncionais que participam dos GMs, muitas vezes até com o intuito de causar divisão. Estas pessoas precisam ser identificadas e encaminhadas para aconselhamento ou ajuda profissional, para que o GM permaneça saudável. Eis alguns exemplos: 2.14.1 Membro Pecaminoso • Impureza - pecados sexuais como prostituição, adultério, linguagem obscena, gestos obscenos etc ; • Avareza - atitude exarcebada em relação ao dinheiro; • Idolatria e ocultismo - feitiçaria, ídolos, todos os tipos de adivinhação, prognósticos, consulta a mortos etc ; • Maledicência - falso testemunho, calúnia, difamação, infâmia, mexerico, fofoca etc ; • Bebedice - o que se embriaga com bebidas alcoólicas, drogas, remédios ou qualquer outro tipo de droga; • Furto - ladrão, assaltante, sonegador, chantagista, extorsão etc Como lidar? – Primeiro, deverá ser admoestado pelo irmão que presenciou os fatos. Se o faltoso vier a abandonar o erro, este deverá ser encoberto. Se voltar a pecar deverá ser admoestado pelo líder em companhia da testemunha do pecado, e, caso ele não mude de conduta, o líder deve entregar o caso ao discipulador, evitando assim contagiar os demais. 2.14.2 Membro que se acha mais espiritual do que os outros


Esta pessoa irá criticar o líder para mostrar que é mais capacitada e experiente. Vai tentar impressionar e quase sempre polemizará a reunião, com a intenção de enfraquecer o líder e dividir o grupo. Como lidar? O líder não deve encorajá-lo a falar de suas experiências, evitando que monopolize a reunião, mas deve mostrar-lhe os objetivos do grupo e como ele pode ser útil. 2.14.3 Membros de outras igrejas evangélicas Membros de outras igrejas ou pessoas que são discipulados por outros líderes e frequentam os GMs, normalmente são pessoas que gostam de estar sempre se referindo às doutrinas da outra Igreja. Gostam também de fazer comparações entre as duas igrejas, gerando polêmicas e questionamentos que podem trazer confusão e até mesmo levar o grupo à divisão. Evite esse tipo de discussão. Mantenha o foco. Como lidar? Não permita que este tipo de pessoa influencie ninguém do grupo. Encoraje-o a reunir-se em Grupos de sua própria igreja. 2.14.4

Pastores que vêm de fora, Missionários, Profetas etc

Normalmente eles vão ao grupo e resistem à autoridade do líder, muitas vezes até tentando controlar o líder e ostentando posições. Como lidar? O líder não deve se intimidar com o título de pastor, deve dizer que é bem-vindo, como ouvinte, e ter bem claro o seu papel de líder, na direção da reunião. Deve evitar também que eles monopolizem a reunião. Não é permitido que pastores, missionários ou profetas de outras igrejas ministrem nas reuniões do GM.


2.14.5 O irmão muito falante Normalmente não consegue falar um assunto coerente e conta longas histórias sem objetivo e muda de assunto o tempo todo. Como lidar? O líder deve intervir e ajudar o irmão a responder as perguntas, mas se persistir deve dizer, por exemplo, que as respostas estão limitadas a 30 segundos por pessoa. O líder deve conversar em particular com o irmão e dizer-lhe “com amor e cuidado” para que seja mais sucinto (objetivo), evitando assim gerar desinteresse por parte do grupo e até antipatia. 2.14.6 O crítico da Igreja Este tipo de pessoa pode fazer com que um espírito de divisão penetre no grupo e poderá se tornar um tropeço na vida da igreja. Como lidar? Todos podem fazer críticas, mas deverá ser colocado de forma bem clara que o grupo não é o lugar ideal para estas críticas, e que ele deverá fazê-las pessoalmente O líder deverá mostrar que as críticas em público devem ser evitadas, principalmente no GM. 2.14.7 Anfitriões que não correspondem Um anfitrião que fica no quarto ou que tenta manipular o grupo, ou ainda, que deixa um ambiente hostil à reunião do GM. Como lidar? O líder deve admoestá-lo em amor e mostrar-lhe o seu papel no grupo. Se os problemas continuarem, a solução é mudar o local da reunião. 2.14.8 Crianças indisciplinadas Uma repreensão pública pode inibir os pais a levarem seus filhos na


reunião, mas se o problema persistir pode sobrecarregar o anfitrião. Como lidar? Se os pais forem novos, temos de agir com paciência, mas se forem maduros, a solução é uma conversa objetiva e clara em particular, e se necessário, a orientação pública sobre o problema. 2.14.9 O Antagonista Este tipo de pessoa traz muitas dificuldades para o líder e, geralmente, tem algumas características que lhe são peculiares. Muda de GM várias vezes porque não se adapta a nenhum deles. Sempre tem uma crítica aos líderes anteriores e gosta muito de usar a expressão “os outros estão dizendo que”, para encobrir sua própria opinião. Como lidar com o antagonista? O líder deve sempre se antecipar ao antagonista, procurando agir tão logo qualquer situação conflitante surgir. Deverá ser firme para que o grupo fique protegido, porém deverá ter habilidade para não rotular o antagonista. Quando necessário, deverá indicar a ele um local adequado para tratamento. 2.15 COMO SER UM LÍDER BEM-SUCEDIDO O sonho de todo líder é fazer um trabalho com sucesso. Seu desejo é que as pessoas continuem em seu GM, cresçam diante de Deus e dos homens e deem frutos. Também deseja que os parentes e amigos conheçam o Senhor Jesus e sejam fiéis durante toda sua vida. Desejam multiplicar seu GM e trabalham arduamente para conseguir este objetivo. NÃO EXISTE SUCESSO SEM SUCESSOR. Como é possível realizar este sonho?


Vivendo uma vida de intimidade com Deus; priorizando o momento devocional, tendo tempo de oração e leitura da Palavra de Deus; orando pelos membros do seu GM diariamente; preparando e acompanhando os novos líderes; estabelecendo metas, sonhando com elas e se preparando para alcançá-las; estando submisso à autoridade de seus líderes e demonstrando um total comprometimento com a Igreja e com seu GM. 2.15.1 Ore por seu GM A oração é o primeiro elemento para que um líder seja bem-sucedido. É mais importante que qualquer convite para reuniões sociais. Se o líder ora diariamente pelos membros do GM terá melhores resultados. Devemos orar não só pelos irmãos, mas também pelos amigos. Normalmente fazemos coisas que julgamos urgentes e descuidamo-nos das importantes. Fundamental é que você se preocupe diariamente pelos membros do seu GM. Urgente é tudo aquilo que nos afasta do trabalho que devemos dedicar a Deus. Pare tudo que estiver fazendo, pelo menos meia hora antes do início da reunião e dedique este tempo para buscar a capacitação, a direção e o enchimento do Espírito Santo. Busque estar a sós com Deus. 2.15.2 Prepare adequadamente o estudo da lição A fidelidade do líder à lição do GM é de suma importância para que os GMs falem a mesma linguagem, seguindo a orientação da Igreja. A lição da semana sempre é enviada a todos os líderes por e-mail ou cópia xerocada. A primeira página da lição sempre tem orientações, avisos e desafios. É responsabilidade do líder repassá-las aos membros do GM. Evite ler a lição. Ela deverá ser estudada anteriormente, compartilhada,


discutida com os membros e não apenas lida. NÃO É AULA, PALESTRA OU PREGAÇÃO. É um compartilhar em que todos podem e devem participar. Para ser um líder bem-sucedido é necessário preparar adequadamente a lição e com antecedência. O ideal é que todo líder comece a preparar a lição com uma semana de antecedência, buscando de Deus a direção para aquela reunião. A lição é feita para facilitar a participação de todos os integrantes do GM. 2.15.3 Dicas importantes sobre o estudo da lição • A ministração da lição no GM não é uma pregação; • É compartilhar o evangelho com um grupo de amigos; • Apresente sempre mensagens evangelísticas e faça apelos para que as pessoas tenham oportunidade de entregar sua vida a Jesus; • Promova sempre um ambiente de liberdade, onde todos possam perguntar, argumentar e esclarecer suas dúvidas; • Lembre-se: Você não é um pastor que está pregando; • Você é apenas um líder que compartilha o evangelho; • Não use palavras que podem ofender as pessoas; • A mensagem que mais toca os amigos é o amor expresso em ações; • Mantenha uma mensagem simples e sem complicações; • A lição tem um tom simples, não a complique 2.15.4 Trate bem os convidados • Aprenda a escutar; • Todos nós preferimos os lugares onde nos sentimos confortáveis e bem tratados; • Seja amável ao extremo, não seja seco nem ríspido; • As pessoas só voltarão ao GM se se sentirem bem; para isso é preciso


acolhê-las com alegria; • A maior parte das pessoas vai ao GM porque tem necessidades profundas; • Ajude seus convidados a resolver seus conflitos e dê a eles as orientações necessárias; • Não finja escutá-los, ouça-os com verdadeira atenção. 2.15.5 Seja um líder 24/7 O líder não é líder somente quando está ministrando no GM, mas durante as 24 horas do dia, 7 dias por semana. Considerando que a maior parte dos líderes lidera seus GMs na sua própria vizinhança, eles estarão permanentemente na mira dos incrédulos. Uma boa ação tem um efeito maior que mil palavras. Não faça uma boa ação para satisfazer os homens, mas por amor a Deus e às almas perdidas. Seja ardentemente dedicado ao trabalho em todos os aspectos do GM, trabalhe com entusiasmo. 2.15.6 Seja um líder apaixonado pelo seu trabalho Trabalhe com paixão, tenha amor genuíno pelo GM e pelos membros e não descarregue suas frustrações no grupo. Dispomo-nos a servir e não a ser servidos, como Jesus nos ensinou a fazer, para sermos grandes no reino dos céus. 2.15.7 Busque seu crescimento e aperfeiçoamento em todo o tempo • A ESCOLA DE LÍDERES é apenas o começo • Reúna-se com os seus líderes e discipuladores • Procure aprender e crescer sempre


2.15.8 Incentive os membros a se tornarem líderes como você Aprenda a olhar para cada um dos membros como um líder em potencial. Envie-os à ESCOLA DE LÍDERES – Centro de Treinamento da Igreja Unida. Invista no preparo e acompanhamento dos novos líderes. 2.15.9 Resumindo • Pare qualquer atividade pessoal, meia hora antes da reunião, para buscar a presença e a intimidade com Deus; • Ore pelo grupo; • Prepare adequadamente o estudo da lição; • Trate bem os convidados; • Seja um líder 24/7; • Trabalhe apaixonadamente; • Busque o seu crescimento e aperfeiçoamento em todo o tempo; • Aprenda a olhar cada um dos membros como um líder. 2.16 COMO GERAR NOVOS LÍDERES 2.16.1 Líder é a chave para a multiplicação dos GMs O valor dos líderes • Jesus dedicou mais da metade de seu ministério para treinar seus discípulos; • Destinou 51% do seu ministério para capacitar seus discípulos, e o resto, ou seja, 49% para atender ao público 2.16.2 O modelo da Bíblia • A Bíblia dá ênfase à seleção de discípulos que se tornarão líderes • Moisés foi tutor de Josué


• Elias treinou Eliseu • Paulo desenvolveu Timóteo • E você? Pode mencionar uma pessoa que capacitou para líder? 2.16.3 A base do modelo de igreja em pequenos grupos é o líder • O crescimento de uma igreja em grupos está diretamente ligado ao número de líderes que capacita; • Não se deve cometer o erro de focalizar o número de GMs; • O enfoque deve ser no número de líderes; • O crescimento de uma igreja em grupos consiste no resultado de sua eficiência em manter novos líderes; • As igrejas em grupos bem-sucedidas são as que ganham virtude treinando todos os santos para a obra do ministério; • Todo membro deve ser visto como um futuro líder. 2.16.4 O ciclo do GM Novos líderes = mais GMs = mais pessoas = novos cristãos = novos candidatos = novos líderes = mais GMs • Para se ter um “viveiro” de líderes é necessário cuidar de cada um dos elementos do ciclo • O descuido com qualquer elemento conduz a um rompimento e trará como consequência um estancamento no crescimento 2.16.5 Para conservar o ciclo de reprodução dos GMs • Convide novas pessoas para o GM • Ore pela conversão dos convidados • Cuide dos novos-convertidos • Faça de cada recém-convertido um candidato a líder • Faça de cada candidato um novo líder


• Delegue um novo GM para cada novo líder 2.16.6 Princípios fundamentais para se obter novos líderes • Tome a decisão de ser um gerador de novos líderes • Proponha-se transformar cada membro de seu GM em um novo líder • Tenha como alvo acompanhá-los bem de perto, tornando-se um discipulador de novos líderes 2.16.7 O Alvo da Liderança • Os que levam outros à grandeza buscam desenvolver e acertar. Os líderes são pioneiros, gente disposta a aventurar-se no desconhecido, a correr riscos, a ser inovador para encontrar novas e melhores formas de fazer as coisas 2.16.8 Você está disposto a aceitar o desafio? 1) O que devemos buscar em um candidato à liderança? • Comece com aqueles membros do grupo que tenham as seguintes características: a) Dependência de Deus; b) Caráter piedoso; c) Atitude de servo; d)Disposição para trabalhar • Se nenhum dos membros do seu GM tem essas características, você deve promover isso neles 2) Adote como sua principal tarefa desenvolver o seu líder em treinamento. O líder pode levar convidados ao GM, mas seu trabalho principal é identificar e treinar o próximo líder.


2.16.9 Formas de ver o GM • Os membros veem o GM como o ambiente adequado para alcançar outros para Cristo. • O líder vê o GM como o ambiente que favorece a formação de novos líderes. Permita que os membros de seu GM realizem ações significativas: • Você pode permitir que seu líder em treinamento faça a oração inicial, dirija o louvor e em algumas ocasiões, dê a lição do GM. Certifique-se de que seu líder em treinamento esteja recebendo o treinamento adequado: • Acompanhe-o na ESCOLA DE LÍDERES para que receba as ferramentas que o transformarão em um novo líder. • Uma vez que seu líder em treinamento já esteja capacitado, incentive-o a assumir um novo GM e inicie o processo com uma nova pessoa. Todo o processo de formação de um novo líder deve estar regado de oração: • Ore diariamente por seus candidatos a líderes para ajudá-los a formar-se e a superar suas fragilidades. 2.16.10 A Capacitação continua • A capacitação de um líder é uma questão permanente. Não há princípio nem fim. • A Escola de Líderes é apenas o começo. • Cada novo líder deve ter seu mentor com quem possa compartilhar suas dúvidas ou perguntas 2.16.11 Além do necessário


• Treine mais candidatos a líder do que o necessário para multiplicar seu GM. • Não poupe tempo nem recursos na motivação dos futuros líderes

2.16.12 O Caminho do cristianismo • Na visão de uma igreja em GMs, a ideia é que a capacitação do líder comece já no momento de sua conversão; • A atenção que se é dada imediatamente após a conversão deve estender-se até culminar com a formação do novo líder. 2.16.13 Uma nova ideia da fé • Na organização da igreja, chegar a ser líder deve ser um fato natural para todos os crentes; • Toda pessoa que se converte um dia chegará a ser líder de GM. 2.16.14 Resumindo os Princípios • Disponha-se a ser um gerador de novos líderes; • Tenha como tarefa principal gerar novos líderes; • Permita que os membros de seu GM exerçam funções significativas; • Certifique-se de que seu candidato está recebendo o curso de capacitação de líderes na ESCOLA DE LÍDERES; • Ore diariamente pelos seus candidatos a líderes. 2.17 GM DE CRIANÇAS 2.17.1 O que é um GM de Crianças? É um Grupo formado por crianças que se reúne em torno de um líder. Os GMs de crianças devem estar normalmente em paralelo a um GM de adultos. No GM as crianças recebem cuidados, ministrações bíblicas


e oração, participando de questionamentos e discussões. Vivendo juntas a vida cristã, elas ajudam umas as outras e buscam alcançar outras crianças para Cristo. 2.17.2 Objetivos de um GM de Crianças: • Envolver crianças, membros e líderes para que se tornem GMs de um organismo vivo; • Levar as crianças a desenvolverem amizades sadias, conhecer a Deus e atrair seus amigos, pais e familiares; • Fazer com que cada criança do GM sinta-se reconhecida e respeitada como parte importante da Igreja. Crianças não são receptores passivos, mas ativos. Elas podem ajudar a expressar Cristo umas as outras; • Ajudar as crianças a envolverem-se com a Palavra de Deus, contextualizando os princípios bíblicos com o dia-a-dia delas. 2.17.3 Funcionamento de um GM de Crianças: • O GM de criança funciona paralelamente ao GM de adulto – na mesma casa, em outro espaço; • Os GMs de adultos que desejarem ter um GM de criança em paralelo são os responsáveis em levantar seus líderes. Não se deve importar pessoas de outro GM; • Havendo interesse em abrir um GM de crianças, primeiramente converse com a liderança da sua Rede e somente depois de devidamente instruído, abra o GM nos padrões adequados; • O líder do GM de adulto é sempre desafiado a gerar novos líderes também para os GMs de crianças. Caso contrário, elas podem não se multiplicar e dificultar também a multiplicação do GM de adultos. 2.17.4 Liderança de um GM de Crianças: Os mesmos requisitos para líderes de GM de adultos se aplicam aos líderes de GM de criança. São eles:


• Ser batizado e membro da IGREJA UNIDA • Ter completado o currículo obrigatório da Escola de Líderes (Vida Cristã / Básico e Treinamento) • Participar de um GD regularmente, prestando contas de seu GM. Um líder de GM de criança também precisa ser: facilitador, amigo, modelo e pastor. 2.17.5 Reunião de um GM de Crianças: • Proposta de tempo máximo de reunião: 1h e meia, sendo 30 min. de brincadeira e lanche na chegada; e 1h para oração, louvor (CD ou instrumentos), lição (conforme currículo unificado com o desenvolvido nas atividades dos Domingos) e atividades de artes/manuais. • No horário estabelecido para o término, as crianças serão liberadas, e o líder do GM também. Por isso, a reunião dos adultos deverá respeitar os horários estabelecidos para evitar problemas. 2.17.6 Multiplicação de um GM de Crianças: • O GM de criança tem o desafio de multiplicar-se uma vez a cada ano; • Acima de 10 crianças, torna-se necessário multiplicar o GM. No caso de o GM de adultos não estar preparado para a multiplicação simultânea, o GM de crianças se multiplicará assim mesmo, separando as crianças por faixa etária (com um líder para cada faixa), mas a reunião deverá continuar na mesma casa, porém em ambientes separados; • Quando o GM de adultos multiplicar-se, o de criança também se multiplicará independente do número de crianças (neste caso será pela necessidade de um novo GM acompanhando o de adultos). • Os líderes de GM de criança serão gerados dentro do próprio GM de adultos. A responsabilidade pelos novos líderes é de cada GM.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Material elaborado e cedido pela Igreja Batista Central do Bairro Luxemburgo. A Igreja em Células - Larry Stockstill - Editora Betânia Alcançar a cidade - Mikel Newmann - Editora Vida Nova Crescimento Explosivo da Igreja em Células - Joel Comiskey Ministério Igreja em Células Igreja em Células - Dinamárcia Faria Barbosa Moreira - Promove Artes Gráficas Manual da Visão de Células - Aluízio A Silva - Editora Videira Manual do Líder de Célula - Ralph W Neighbour Jr - Ministério Igreja em Células Uma vida com Propósitos – Rick Warren – Editora Vida Apostila: Seminário de Capacitación para Líderes Celulares – Pastor José Reyes Rivas – Misión Cristiana Elim – San Salvador Colaboração : Weliton Rodrigues , Wéssila Cruzeiro e Marco Antonio Ferreira


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