FICHA T CNICA renov veis magazine 1 1¼ trimestre de 2010 Director Cl udio Monteiro cdm@fe.up.pt
renováveis magazine
Corpo Editorial Coordenador Editorial: Miguel Ferraz ZH dG\P ^^\ ecc f^e m.ferraz@renovaveismagazine.pt Director Comercial: J lio Almeida ZH dG\P ^^\ ecc f^f j.almeida@renovaveismagazine.pt Chefe de Redac o: Helena Paulino h.paulino@renovaveismagazine.pt
revista técnico-profissional de energias renováveis
Design Jorge Brand o Pereira em colabora o com Publind stria, Lda. Webdesign Martino Magalh es m.magalhaes@renovaveismagazine.pt
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editorial nascimentos: a informa o e a tecnologia
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nota do editor Inova o e Antecipa o: Movimento Perp tuo do sucesso empresarial
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Assessoria -,A%*"' 7,6.% r.silva@renovaveismagazine.pt Assinaturas ZH dG\P ^^] P][ eg^ apoiocliente@engebook.com Conselho Redactorial Alexandre Fernandes (Adene) h6.%*' -'"*,+O#$ i0(a<jKL(4K) 9)% ($5%)_O#,*' i8L(4k 9)5l),' :'UA# i8L(4k Ant nio S da Costa (Apren) 9)5l),' 8'Y' 4')J%6.#$ i(N< -(L!RhR(K7k :'>' 9Y#6 <#J%$ 8'F#$ i0(a<jK)#$Ak :'>' V#*)%*"' iN4(4k Joaquim Borges Gouveia (UA) :'$; @%*6'$ XO%"*%"' iK7(8k LO)' M'*#,*% iaZ9Nk M%*,% Z#*#$% <')A# 8#>' i0(a<j8L(4k -O, @%$5*' iK7Zk Colabora o Cl udio Monteiro, Ant nio Malheiro, Ant nio S da Costa, Pedro Sanches Silva, Jorge Mafalda, Franz Wagner, 9)5l),' :'UA#3 :H 0%*,)W% M#)"#$3 <#"*' m'*5%3 -O, @%$5*'3 Jo o Crispim, Lu s Batalha, Jo o A. Pe as Lopes, Lu s Castanheira, 0,6,F# <#*#,*%3 -O, 4,63 @%*6'$ M%)O#6 V*%+%3 Lu s Marques Saraiva, Vanda Guerra, Nuno Andrade, Nelson Soares, Miguel Ferraz, Helena Paulino Tiragem \]]] (`#=F6%*#$
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Propriet rio e Editor Publind stria, Lda (=F*#$% :'*)%6o$5,A% -#+,$5' )Hp ^PGPfG Impress o e Acabamento Publind stria, Lda. Publica o Peri dica -#+,$5' )Hp P^\e]e
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espaço qualidade Passo 1 (para uma percep o de consumos sustent veis)
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coluna riscos renováveis ! "#$%&' "%$ ()#*+,%$ -#)'./.#,$ )' Mercado Segurador
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carta aberta "# 0*%)1 2%+)#*3 4#*#)5# 4#*%6 "% 00 7!89-
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notícias
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dossier solar de concentração o solar fotovoltaico de concentra o a produ o de electricidade por via termosolar em centrais de concentra o
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entrevista Òfalta uma democratiza o nas energias renov veisÓ3 :'$; <,=#)5>' ? @(! 7,)#*+,%#
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Periodicidade Trimestral Redac o e Administra o Publind stria, Lda. <*%J% "% @'*On#,*%3 Ge . 9F%*5%"' Ge^\ [G]]?P[[ <'*5' . Portugal ZH ^^\ ecc f^] . 0H ^^\ ecc f^c www.publindustria.pt geral@publindustria.pt
espaço opinião A energia renov vel ganhou o seu espa o por m rito pr prio
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especial sinerclima 2010 (D<!798E! F*'='.# GHI #",J>' "% 7KL(-@8KM9 reportagem solu es chave-na-m o para parque fotovoltaico -(L(D<! %F*'.%"% A'=' N,%$ "# ()#*+,% 4#)#*% )% $O% PGI #",J>' informação técnico-comercial N(4(-#)#*+,# C ,)$5%6%JQ#$ B'5'.'65%,A%$ A'= seguidores monitorizados por sensores "#$%&' VULCANO para o Inverno: poupar na factura e n o no conforto @9-8! 49R9SSKT $,$5#=% "# ='),5'*,1%J>' de centrais fotovoltaicas $,$5#=%$ 7'6%* (%$U "% V9DK-!@9 98097!89-T F*,=#,*% 6,)W% "# F*'"OJ>' "# m dulos solares na Baixa Sax nia solu es SKF para a ind stria da energia e lica N!LXK KV(-K9 instala primeiro aerogerador O*Y%)' #= ($F%)W% V( 0-(( como parceiro de mudan a V!L0KZ(@T K).#*$'* B'5'.'65%,A' -<7 [\] "' 4*OF' V')&+6,'6, 7M9-Z29ZZ: Avalia o de recurso e previs o de produ o 7K(M(L7 apresenta solu es inovadoras no 2'*6" 0O5O*# ()#*+U 7O==,5 ^]P] (_O,)'`3 )'.%$ $'6OJQ#$ "# ,).#*$'*#$ fotovoltaicos 798K@-a M94<!2(- Ð breaking the edge of solar energy cost 27 (L(-4K9 lan a tecnologia fotovoltaica HSUN ¨ para atingir a grid-parity KMM!7!89-T % )'.% AW%.# "% #&A,b)A,% energ tica
investigação e tecnologia )'.%$ 5#A)'6'+,%$ B'5'.'65%,A%$ C &6=#$ &)'$
108
oportunidades de negócio energia e geologia com mais peso na economia
110 produtos e tecnologias
mundo académico o Projecto GreenIsland Ð uma estrat gia para a energia nos A ores
120 renováveis em casa =#","% $'6%* 5;*=,A' ^]]c 122 barómetro das renováveis
50 54 60 64
artigo técnico ge.IP Ð gest o de energia na Ilumina o P blica no Munic pio de Vila Nova de Gaia dimensionamento de um sistema de venda de energia el ctrica rede (parte I) protec o de instala es fotovoltaicas leos de elevadas performances para caixas de engrenagens (1.» parte)
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126 calendário de eventos 128 links
INPI -#+,$5' )Hp [\^^^] Os artigos assinados s o da exclusiva responsabilidade dos seus autores.
renováveismagazine
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editorial
nascimentos: a informa o e a tecnologia Por fim, nasce a primeira revista nacional dedicada às Energias Renováveis.
Cl udio Monteiro Director
As actividades nacionais na rea das energias renov veis s o um exemplo do sucesso citado internacionalmente. Por esta raz o de estranhar o tardio aparecimento de uma revista nacional neste sector, no nosso pa s. V rias ser o as !"#$%&'! !&$%(!&!)%*+,-!.&/!%&/!-%&,0! !%&%12&'! !&+3%&!%& !"#$%&'! !&$4-%(- &!& Òrenov veis magazineÓ. Sentimos que para os agentes nacionais do sector, a ind stria, os promotores, os provedores de servi os, as universidades e institutos de investiga o, $,$5$ &-+62 /!712&89&+12&:&%);,-$+($.&(2<2%&%$+($/&+$,$%%-<!<$&<$&<-=)0>! &2&?)$& $%(12&!&6!"$ @&A%(!&:&!&/-%%12&$<-(2 -!0&<!&Òrenov veis magazineÓ, uma revista em '2 ()>)*%&%25 $&!&!,(-=-<!<$&<2%&'2 ()>)$%$%&/!%&,2/&!&?)!0-<!<$&$&!&!5 !+>*+,-!& t cnica das melhores revistas internacionais do sector. Acreditamos que este des gnio seja poss vel, simplesmente porque o que se est a fazer em Portugal uma amostra do melhor que se est a fazer internacionalmente. Curiosamente, nesta primeira edi o abordaremos com especial detalhe o nascimento em Portugal de uma nova classe de tecnologias renov veis, a produ o de Alectricidade Solar de Concentra o, cujo processo de selec o dos pedidos de liga o ;+!0-"!&$+?)!+(2&$%(!/2%&!&6$,B! &$%(!& $<!,712@&C$%($&' 2,$%%2& $%)0(! 9&!&'2%%D=$0& constru o de uma dezena de centrais CSP Ð Concentrated Solar Power&EFG.H&IJK& e outras tantas CFV Ð Concentrated Photovoltaic EH&IJK@&A%($%&' 28$,(2%&'2%%)$/& um car cter demonstrador cobrindo um vasto conjunto de diferentes conceitos ($,+203>-,2%@&A%($&+L/$ 2&%$ 9&<$<-,!<2&!&$%(!%&($,+202>-!%&$&!2%&,2 $%'2+<$+($%& <$%$+=20=-/$+(2%&$&2'2 ()+-<!<$%.&?)$&%$&$%(12&!&!5 - &+$%(!&;0$- !@&
Cl udio Monteiro Professor Auxiliar na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e Investigador do INESC Porto, com actividades pedag gicas, de investiga o e empreendedorismo nas reas das !"#$%&'()"!*+,+"%'-( ./%0!/%&( !"#$12%/&("( Planeamento Energ tico Regional.
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renováveismagazine
O objectivo destes projectos demonstradores colocar Portugal no restrito grupo <$&'!D%$%&,2/&' 28$,(2%&,2/&%!5$ &($,+203>-,2&+$%(!&9 $!@&M! !&!?)$0$%&?)$&(*/& )/!&=-%12&/!-%&%)'$ ;,-!0&$%(!&%$ 9&/!-%&)/!&+2=!&;0$- !&'! !&!&' 2<)712&<$&$+$ >-!& 0-/'!@&M! !&2%&?)$&(*/&)/!&=-%12&/!-%&$%( !(:>-,!&$%(!&:&/!-%&)/!&2'2 ()+-<!<$&'! !& internalizar e desenvolver uma rea tecnol gica, na qual Portugal poder vir a ocupar um papel importante, aliando o potencial do nosso recurso solar ao conhecimento ($,+203>-,2@&N&<$%$+=20=-/$+(2&<$&)/!&;0$- !&($,+203>-,!&<$%($&(-'2&+12&%$&!<?)- $& ,2/&6!,-0-<!<$.&,2+%( 3-O%$&,2/&-+-,-!(-=!.&'$ %-%(*+,-!&$&,2$ *+,-!&<$&$%( !(:>-!%&<$& longo prazo. O nascimento um passo importante mas muito se ter que fazer at que as iniciativas resultem em hist rias de sucesso. A%'$ $/2%&?)$&(!0&=$+B!&!&!,2+($,$ &$&?)$&(!+(2&!&;0$- !&<2&P20! &<$& Concentra o, como a Òrenov veis magazineÓ tenham muito sucesso e sejam motivo de orgulho para todos n s. Cláudio Monteiro, Director
nota do editor
Inova o e Antecipa o: Movimento Perp tuo do sucesso empresarial A revista que agora lhe chega s m os tem como identidade gen tica um projecto $<-(2 -!0&-+-,-!<2&$/&QRGS@&T12&%$+<2&!-+<!&)/!&$($ +-<!<$.&:&89&($/'2&%);,-$+($& para validar o sucesso empresarial de uma editora que sabe interpretar e antecipar os sinais de mudan a induzidos pelo aparecimento de novas tecnologias e incorpor -los na sua oferta de conte dos, como o caso vertente da Òrenov veis magazineÓ. Parece-me oportuno, neste momento de partida para um novo projecto, fazer $6$ *+,-!&!&<)!%& $=-%(!%&<!&M)50-+<L%( -!@
Ant nio Malheiro Director-Geral da Publindústria ESTATUTO EDITORIAL ! "#$
]V$+2=9=$-%&I!>!"-+$^&O& $=-%(!&(:,+-,2O' 2;%%-2+!0 $ %&'( $ Tecnologias actuais e futuras de produ o de energia !( !=:%&<$&P-%($/!%&<$&A+$ >-!%&V$+2=9=$-%@ $ %&'( )*$ C-6)+<- &($,+202>-!.&' 2<)(2%.&52!%&' 9(-,!%&$&%$ =-72%.& '! !&&' 2;%%-2+!-%&,2/& $%'2+%!5-0-<!<$%&+!&,2+,$'712.& $4$,)712&$&/!+)($+712&<$&-+%(!0!7#$%&<$&A+$ >-!%& V$+2=9=$-%@ ' +,"-./-0'+ $12$/0-# U&]V$+2=9=$-%&I!>!"-+$^& $%'$-(!&2%&' -+,D'-2%& <$2+(203>-,2%&<!&-/' $+%!&$&!&:(-,!&' 2;%%-2+!0.&<$& /2<2&!&+12&'2<$ &' 2%%$>)- &!'$+!%&;+%&,2/$ ,-!-%.& nem abusar da boa f dos leitores, encobrindo ou deturpando a informa o. ( -/-( '/)3-45$ Publica o peri dica especializada. ' 6 /" "/-1/ '.-( $/)-# Director&_&C2,$+($&<$& $,2+B$,-<2&/: -(2&,-$+(D;,2@ Director Executivo&_&M 2;%%-2+!0&+2& !/2&<$&$+>$+B! -!& !;/&!2&258$,(2&<!& $=-%(!@ Conselho Redactorial Ð îrg o de consulta e selec o de conte dos. Colaboradores&_&Y+=$%(->!<2 $%&$&(:,+-,2%&' 2;%%-2+!-%& que exer am a sua actividade no mbito do objecto editorial, institui es de forma o e organismos ' 2;%%-2+!-%@ 6 '#'(45$1.'1($+ '7.$6 A selec o de conte dos da exclusiva responsabilidade do director, apoiada pelo conselho editorial. O notici rio tecno-informativo proposto pelo director executivo. A revista poder publicar pe as noticiosas com car cter publicit rio nas seguintes condi es: `&&-<$+(-;,!<!%&,2/&2&(D()02&<$&')50-O $'2 (!>$/a Ý formato de not cia com a aposi o no texto do termo publicidade. $ /8-+)3-45$1' .) $/)-# Sem preju zo de novas reas tem ticas que venham a ser consideradas, a estrutura de base da organiza o editorial da revista compreende: A<-(2 -!0a&A%'!72&N'-+-12a&T2(D,-!%a&C2%%-$ &b$/9(-,2a& A+( $=-%(!a&&c-%-(!&b:,+-,!a&Y+=$%(->!712&$&b$,+202>-!a& N'2 ()+-<!<$%&<$&T$>3,-2a&I)+<2&U,!<:/-,2a& Y+62 /!712&b:,+-,2Od2/$ ,-!0a&M 2<)(2%&$&b$,+202>-!%a& V$+2=9=$-%&$/&d!%!a&e! 3/$( 2&<!%&V$+2=9=$-%a& e-50-2> !;!a&A=$+(2%a&f-+g%a&M)50-,-<!<$@ ' 69-4$19 "%#)() :/)$ A publicidade organiza-se por espa os de p ginas e 6 !,7#$%.&$+,! ($%&$&')50-O $'2 (!>$+%a&U&(!5$0!&<$& ')50-,-<!<$&:&=90-<!&'! !&2&$%'!72&$,2+3/-,2&$) 2'$)a A percentagem de espa o publicit rio n o poder $4,$<$ &Qhi&<!&'!>-+!712a&U&<- $,712&<!& $=-%(!&'2<$ 9& recusar publicidade nas seguintes condi es: Ý A mensagem n o se coadune com o seu objecto $<-(2 -!0a Ý O anunciante indic e pr ticas danosas das regras <$&,2+,2 *+,-!.&+12&,)/' -/$+(2&<2%&+2 /!(-=2%& ambientais e sociais.
U&V$=-%(!&V253(-,!&62-.&!2&($/'2&<2&%$)&0!+7!/$+(2.&,2+%-<$ !<2&)/&' 2<)(2& $<-(2 -!0&<$%!8)%(!<2&W& $!0-<!<$&<2&'!D%@&N'-+-12&?)$&B28$&%)5%, $=2@&A6$,(-=!/$+($.& alguns industriais n o foram capazes de entender os sinais do potencial tecnol gico =-+<2&<!&$0$,( 3+-,!&$&<!&-+62 /9(-,!&$&2%& $%)0(!<2%&$%(12&W&=-%(!@&X28$&!&V$=-%(!& V253(-,!&:&)/&=$D,)02&<$&-+($ 6!,$&<!&,-*+,-!&,2/&!%&($,+202>-!%.&,2/&)/!&> !+<$& +2(2 -$<!<$&8)+(2&<!&,2/)+-<!<$&,-$+(D;,!&$&%)'2 ($&<$&=$-,)0!712&<$&,2+($L<2%& direccionados para os t cnicos de uma elite de empresas que souberam transformar as amea as em oportunidade. U&V$=-%(!&Y+<L%( -!&$&U/5-$+($&:&2)( !&<!%&5!+<$- !%&<!&$<-(2 !&M)50-+<L%( -!.&;$0& ao compromisso editorial de promo o do desenvolvimento industrial com respeito pelos recursos naturais e pela qualidade de vida da sociedade. A sua notoriedade faz%$&%$+(- &'$02& $,2+B$,-/$+(2&8)+(2&<$&-+%(-()-7#$%&' 2;%%-2+!-%&$&,-$+(D;,!%&+!,-2+!-%& e europeias. As citadas revistas s o aqui referidas porque adquiriram a ÒpatineÓ do tempoÉ A V253(-,!&,2+(!&,2/&FZ&!+2%&$&!&Y+<L%( -!&$&U/5-$+($&QS@&M2<-!&+2/$! &2)( 2%&(D()02%& editados por esta editora. Uns que morreram, outros que fazem o seu percurso de !; /!712&+!%& $%'$,(-=!%&9 $!%&<$&-+($ =$+712.&+)/!&03>-,!&<$&%)%($+(!5-0-<!<$&<2& neg cio sem recurso a muletas de fundos perdidosÉ ou achados. A%($&+2=2&(D()02&?)$&!&M)50-+<L%( -!&0!+7!&+2&/$ ,!<2&!%%-+!0!&)/&/! ,2&<$& maturidade e de crescimento end geno do nosso corpo de colaboradores. Se, com 0$>-(-/-<!<$.& $-=-+<-,2&!&'!($ +-<!<$&,2+,$'()!0&<!%& $=-%(!%&V253(-,!&$&Y+<L%( -!&$& Ambiente (para al m de outras), nesta revista terei de me contentar com o honroso convite de padrinho da crian a. Nesta passagem de testemunho geracional queria expressar ao Cirector da Òrenov veis magazineÓ e equipa de desenvolvimento os votos de reconhecimento pelo seu trabalho e deixar uma mensagem de rumo. [)$&!&Òrenov veis magazineÓ siga na senda das premissas que estruturam os nossos ' 28$,(2%\&Y+2=!712&$&P)%($+(!5-0-<!<$&A,2+3/-,!@ António Malheiro, Director-Geral
renováveismagazine
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espaço opini o
A energia renov vel ganhou o seu espa o por m rito pr prio Quando se fala de Energia Renov vel o que ocorre em primeiro lugar a electricidade de origem renov vel e essa que vou aqui abordar. N o que as outras formas de utilizar fontes renov veis n o sejam importantes, mas at data a sua express o em Portugal !"# $%$&'()'$*!+"!,) -!. /$ 0%1$#2$*23$#2$#!45)!0$6( "-!,) 78'9
Ant nio S da Costa, C&!4'+!:3!$+#$_'&!%()*$ +#$AC`W^$U$A44*%'#()*$ Portuguesa de Energias Renov veis
:( "#'$ 12$ 32,3'$ ;$ &3'#(78'$ #2$ 202)-3!)!# #2$ #2$ 4'"-2$ 32"'.<.20$ 2"+0'='$ -'#'*$ '*$ *&2)-'*/$ #2*#2$ $ +3 "#2$ >5#3!) /$ )'1$ 2$*21$32+(0 3!? 78'/$;*$#!4232"-2*$4'31 *$6(2$-'1 $ $#!- $@3'#(78'$21$A2+!12$B*&2)! 0$C@ABD9$E 1=%1$(1 $ ='3# +21$)'1&02- $ #2*-2$-21 $-21$#2$*2$#2=3(7 3$"'*$ *&2)-'*$-%)"!)'*/$ $&3'#(78'/$ e nos impactos que o sector tem nas diferentes vertentes da economia nacional.
+!0*:43&#(6!4$ F:#:%!'&#4$ +#4$ !0 &!4#4$ pertencentes ao sector incluindo question rios realizados s principais empresas do 4!%3*&>$!$<$ *44=5!"$5!&'F%#&$,-!>$!0$9GGH>$ o sector contribuiu de forma directa com # &*Y'0#+#0!:3!$9@QGG$ *43*4$+!$3&#?#"L*@$ Decorrente do crescimento previsto para o 4!%3*&>$ !&4 !%3'5#U4!$,-!$!0$9GIN$*$4!%3*&$ +;$!0 &!/*$#$%!&%#$+!$N@HGG$3&#?#"L#+*&!4>$ correspondendo a um crescimento superior #$IQG$R$!:3&!$9GGH$!$9GIN@$ postos de trabalho
2008
Ali s este ltimo assunto foi objecto de um trabalho intitulado ÒEstudo do Impacto Macroecon mico do Sector das Energias A2"'.<.2!*$21$@'3-(+ 0F$32 0!? #'$&20 $G20'!--2$CH'.9$IJJKD/$2$%$ &'3$ 5$6(2$!32!$!"!)! 3$2*- $&<+!" $#2$'&!"!8'/$32)'332"#'$ $ 0+(1 *$ -3 "*)3!7L2*$2$ # &- 7L2*$#'$6(2$ 5$4'!$#2- 0> #'9
2012
2015
Emprego Directo
9@QGG
Q@HGG
N@HGG
Emprego Indirecto
TT@ZGG
QT@GGG
NN@GGG
Emprego Total
36.100
47.800
60.800
Quadro 2 Emprego gerado pelo Sector das Energias Renov veis.
Este estudo avaliou o impacto do sector das energias renov .2!*$21$@'3-(+ 0$21$-3M*$#!12"*L2*N$(i) macroecon mica e social, !"#$%&'#()*$+!$&',-!.#$!$/!&#()*$+!$!0 &!/*1$(ii) ambiental, pelo 2#%3*$+!$4!$!5'3#&!0$!0'446!4$+!$7891$!$(iii) &!+-()*$+#$+! !:+;:%'#$!:!&/<3'%#$+*$ #=4>$ !"*$!2!'3*$+!$4-?43'3-'()*$+!$'0 *&3#(6!4@
em 2009 mais de 3.5 horas de consumo de electricidade em cada 24 horas vieram de parques e licos. Este valor coloca Portugal na segunda posi o mundial
A$#:B"'4!$+#$%*:3&'?-'()*$+'&!%3#$+*$4!%3*&$+#4$!:!&/'#4$&!:*5B5!'4$:*$CDE$%*:4'+!&*-$+#+*4$F:#:%!'&*4$!$* !&#%'*:#'4$+*4$players que operam no sector, em Portugal, e revela que o sector contribuiu !0$9GGH$%*0$%!&%#$+!$I@IGG$JK$ #&#$*$CDE$:#%'*:#">$4!:+*$*4$ &':%' #'4$ &!4 *:4B5!'4$ #$ !:!&/'#$ L=+&'%#$ !$ !M"'%#>$ &! &!4!:3#:+*$ %!&%#$ +!$NOG$JK$PNQ$RS$!$THG$JK$PTN$RS$&!4 !%3'5#0!:3!>$!43'0#:+*U4!$ ,-!$#3':V#$*4$I@OGG$0'"L6!4$+!$!-&*4$#3<$9GIN@$8$'0 #%3*$':+'&!%3*$ do sector no PIB Nacional incide nomeadamente em sectores da W%*:*0'#$%*0*$#$X#?&'%#()*$+!$J#,-':#&'#$!$J#3!&'#"$W"<%3&'%*>$X#?&'%#()*$+!$C&*+-3*4$J!3B"'%*4>$7*:43&-()*$!$J!3#"-&/'#@ valores em milh es de euros
2008
2012
2015
7*:3&'?-'()*$+'&!%3#$ #&#$*$CDE$^#%'*:#"
I@IGG
I@Z9G
9@99G
7*:3&'?-'()*$+'&!%3#$ #&#$*$CDE$^#%'*:#"
OOG
I@QHG
I@OGG
2.090
3.200
4.120
Total
Quadro 1 Contribui o do Sector das Energias Renov veis para o PIN Nacional
8$ !0 &!/*$ /!&#+*$ +'&!%3#0!:3!$ #3&#5<4$ +#4$ !:!&/'#4$ &!:*v veis foi feito, no estudo atr s referido, com base na an lise das 4
renováveismagazine
No que concerne ao emprego gerado ':+'&!%3#0!:3!$!0$9GGH$&*:+*-$*4$TT@ZGG$ postos de trabalho da actividade do sector das energias renov veis, estimando-se que !43!$5#"*&$#3':V#$*4$NN@GGG$3&#?#"L#+*&!4$!0$ 9GIN>$*$,-!$%*&&!4 *:+!&B$#$-0$%&!4%'0!:3*$+!$[N$R$!:3&!$9GGH$!$9GIN@ W0$ 9GGH>$ #$ &*+-()*$ +!$ !"!%3&'%'+#+!$ renov vel permitiu evitar a emiss o de cer%#$+!$O$J3*:$+!$789, contribuindo para a # &*Y'0#()*$ #*$ %-0 &'0!:3*$ +#4$ 0!3#4$ +!F:'+#4$ !"#$\:')*$W-&* !'#$!$3&#+-.':+*U 4!$:-0#$ *- #:(#$+!$%!&%#$+!$ION$JK@$]!:do em conta o crescimento previsto entre 9GGH$ !$ 9GIN>$ !43'0#U4!$ ,-!$ !0$ 9GIN$ !43!$ 4!%3*&$ !&0'3#$!5'3#&$#$!0'44)*$+!$IZ$J3*:$ +!$ 789, que corresponder o a uma pou#:(#$#:-#"$+!$QTG$JK@ A$ &!+-()*$ +#$ +! !:+;:%'#$ !:!&/<3'%#$ 2*'$ #:#"'4#+#$ %*0$ ?#4!$ :#$ ,-#:3'F%#()*$ +*$ !2!'3*$ +!$ 4-?43'3-'()*$ +!$ '0 *&3#(6!4$ +!$ !:!&/'#$ !"<%3&'%#$ !$ +!$ %*0?-43=5!'4$ 2M44!'4$ #&#$ /!&#()*$ +!$ !"!%3&'%'+#+!@$ ^*$ !43-+*$ estima-se que o sector da electricidade re-
espaço qualidade
Passo 1 (para uma percep o de consumos sustent veis):
tomada de consci ncia que tudo o que est nossa volta diz-nos totalmente respeito H muito que aguardada uma tomada de posi o de todos n s quanto decis o de participar como actores ou como espectadores no cen rio das energias alternativas e em tudo o que lhes diz directa, e at mesmo indirectamente, respeito. A primeira atitude que devemos ter, se quisermos participar como players activos e atentos, , antes de tudo, tomar consci ncia das necessidades que d o e vir o a dar lugar adop o de uma postura c vica adequada. Pedro Sanches Silva, pedromiguelsanches@ gmail.com
Temos vivido e continuamos a viver sempre no pressupos!" #!" $%&%$ !'" %(!" )*!+,*-%#!" ./0,/*" ,1-" !," !, *-" *-2(!" )-*-" pensarmos que, a qualquer momento, ou por qualquer raz o, os pressupostos em que assentamos as nossas vidas poder o n o corresponder s mais recentes e aceit veis teorias e estudos sobre a redu o da qualidade de vida. Se pensarmos ent o numa postura c vica que se coadune com aquela que dever ser uma obriga o de todos, teremos, sem d vida, ac es e reac es vindas de todos os quadrantes da sociedade. 3/4-1!." #/" 0,/" 5!*1-" $#/% $&+-*" ,1" )*!+/..!" #/" 6/7-% -1/% !" de necessidades, poder servir a n vel privado ou ao n vel das organiza es. Enquanto empres rios devemos ainda pensar num verdadeiro levantamento das necessidades de todos os stakeholders das nossas organiza es. Esta nossa interven o despoletar , tamb m aqui, ac es e reac es de enorme utilidade em todos os p blicos que interagem com a empresa. Como particular ou como empresa, no usufruto de uma identidade, os passos a serem dados s o os mesmos, uma vez que o recurso s energias renov veis ou alternativas uma realidade totalmente transversal e, por isso, da responsabilidade de todos.
Enquanto empres rios devemos ainda pensar num verdadeiro levantamento das necessidades de todos os stakeholders das nossas organiza es. Esta nossa interven o despoletar , tamb m aqui, ac es e reac es de enorme utilidade em todos os p blicos que interagem com a empresa.
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renováveismagazine
Em primeiro, devemos pensar nos volumes consumidos de energia e na forma como podemos transformar esses consumos, quer em volumes de consumo meno*/.'" !," 1-$." /&+$/% /.'" !,'" -" 18#$!" )*-2!'" menos dispendiosos.
91" ./:,%#!" 6,:-*'" #/7/1!." #/&%$*" !;jectivos muito s rios a curto, m dio e longo prazo em termos de consumos de energia respons vel e sustent vel. Em terceiro, deveremos pensar quais as diferentes ofertas existentes no mercado que nos possam ajudar durante todo o processo de selec o, avalia o e decis o de fornecedores. Em quarto, avaliar todas as ofertas dispon veis, ponderar muito bem sobre elas, solicitar apoio t cnico especialista, se assim se considerar fundamental, e, em ltimo lugar, decidir sobre qual o fornecedor de servi o optar e que melhor se adequa a todas as nossas necessidades. Dever ser ainda criado um processo de monitoriza o de todos estes passos e dos passos que se seguem, tais como a instala o em tempo til, o recurso a outros fornecedores, a avalia o do servi o prestado, ou at mesmo a forma o e prepara o de todos os colaboradores para a necessidade de adequa o a princ pios de consumo sustent vel. Todo este processo contribuir para dois resultados: a montante, teremos, ine7$ -7/61/% /'" ,1-" !*:-%$2-<(!" 1-$." /&+-2'" com melhores resultados, com maior compromisso, capaz de desenvolver compet ncias de consumo respons vel de energia; a jusante, junto dos clientes e de toda a comunidade, seremos notados como pessoas/ organiza es mais respons veis, mais interessadas em participar no desenvolvimento sustent vel da sociedade em geral. =(!")!#/1!."&+-*">"/.)/*-"#!."$1)/*-$7!."6/:-$.?"=(!")!#/1!."&+-*">"/.)/*-"#-" ac o dos outros, porque os outros somos n s. E, nessa medida, devemos ser, isso sim, proactivos, agindo por antecipa o.
coluna riscos renov veis 3%)&4'*+#!0%5%6"%5& 2)!/'%)&+#&`)!#&+!&T.!)(2#"&a&Q \&Z&P%."-7'%)!"&+!&\!(-)%"&!&M2"/% jorge.mafalda@sonae.pt
!"#$%&'!"%$!()#*+,%$!-#)'./.#,$ )'!0#*1%"'!2#+3*%"'* Gostaria de abordar neste artigo o grande desafio que os vários intervenientes ligados aos projectos de energias renováveis têm quando são !"#$!"%&'!() !*) !) %+*&) ,) (+-.$!() ,) +/) !"(+0.+"%+*+"%+/) (+"%+*) "+ +((1'&'+) '+) '1&2!-&$) com o mercado segurador.
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quando se negociar um contrato de seguro dever ser dada particular aten o s exclus es, para que se corram riscos, que todos n s podemos e devemos assumir, mas de uma forma consciente
dossier solar de concentração
o solar fotovoltaico de concentra o
Nos próximos anos assistir-se-á a uma cada vez maior produção de energia eléctrica a partir de Energia Solar, nomeadamente a partir da conversão directa da energia solar em electricidade pelos sistemas fotovoltaicos.
Ant nio Joyce Investigador Principal da Unidade de Energia Solar, E lica e dos Oceanos do LNEG, Professor Catedr tico Convidado da Universidade de vora Vice Presidente da Sociedade Portuguesa de Energia Solar antonio.joyce@ineti.pt
A redu o do custo de produ o dos sistemas baseados na tecnologia do Sil cio, a utiliza o de sistemas da chamada segunda !"#$%&'()#*!#+&*(!,(-!./01.#*(23#*(!(&(#-#recimento de sistemas baseados em c lulas +!( #.4#( !2056305#'( 71!( -&+!,&*( 0&3*5+!"#"( de terceira gera o, associadas a sistemas de Concentra o v o tornar, a breve trecho, o fotovoltaico competitivo com outras formas de produ o de energia el ctrica. Os valores do custo do kWh produzido por estes sistemas aproximam-se, j , nos pa ses do Sul da Europa, do custo da electricidade em baixa 4!3*%&(#&(0&3*1,5+&"(23#.(&(71!(*!(4"#+18( pela chamada Òparidade com a redeÓ. 9!0!34!,!34!( &( :&;!"3&( <&"41 16*( .#3 ou um concurso para instala o de novas centrais fotovoltaicas de concentra o de 1 =>( +!( -&46305#( !,( 71!( ?( +#+#( #( 4@350#( da liga o destes projectos a entidades do A5*4!,#(B5!34/20&(!(C!03&.@ 50&(D#05&3#.E F!*4!( ,&+&( G#8( 4&+&( &( *!345+&( 71!( 3!*4!( primeiro n mero da Revista Òrenov veis ma#853!H(*!(#)&"+!(&(4!,#(!*-!0/20&(+#(4!0nologia Solar Fotovoltaica de Concentra o, 71!(3#(4!",53&.& 5#(53 .!*#(?("!G!"5+#(0&,&( CPV (Concentration Photovoltaics). 24
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1. Introdu o Os sistemas fotovoltaicos de concentra o (CPV) utilizam espelhos ou lentes para concentrar a radia o solar em c lulas fotovoltaicas. O objectivo baixar o custo da produ o da electricidade destes sistemas #&(*1)*45415"(I"!#(+!(0?.1.#*(&1(+!(,@+1.&*( fotovoltaicos, em geral de custo elevado, por @-450#*(+!(0&30!34"#$%&(+!(,!3&"(01*4&E
es de 20 x (ou tamb m 20 Sois), sendo 3!*4!(0#*&(145.58#+&*(,@+1.&*(5+63450&*(#&*( utilizados em sistemas sem concentra o, &1(#(*5*4!,#*(@-450&*(+!(,154&(#.4#(0&30!3tra o (High Concentration Photovoltaics HCPV), tipicamente superior a 500 x, mas em conjunto com c lulas fotovoltaicas de #.4#(!2056305#'(5+63450#*(N*(71!(*!(145.58#,(3#( tecnologia espacial.
A%&( *5*4!,#*( 71!( -&+!,( #453 5"( !2056305#*( superiores a 25 % na produ o de electricidade a partir de Energia Solar, e atingir valo"!*(+#(&"+!,(+&*(JK(L(+!(!2056305#( .&)#.(*!( tamb m se tiver em conta o aproveitamento da energia t rmica dissipada nas c lulas.
O*( @-450#*( +!( )#5P#( 0&30!34"#$%&( &1( *%&( instaladas em sistemas estacion rios ou re71!"!,( #. 1,( *! 15,!34&( +&( ,&;5,!34&( aparente do Sol, mas n o necessariamente muito preciso. Por outro lado nos sistemas de muito alta concentra o torna-se impe"5&*&( &( *! 15,!34&( 71!"( !,( #85,14!( 71!"( em altura do Sol (seguimento a 2 eixos), e com uma precis o muito elevada.
F#+&(71!(G1305&3#,(45-50#,!34!(0&,(#("#+5#$%&( 71!( -"&;?,( +5"!04#,!34!( +&( +5*0&( Solar (radia o directa) s o particularmente 53+50#+&*( -#"#( 8&3#*( +#( C!""#( &3+!( #( 53tensidade m dia da irradia o solar directa seja elevada. Portugal, de um modo geral, e muito em particular a zona Sul do Pa s, est entre as zonas de maior interesse a n vel mundial para a utiliza o desta tecnologia. 9!0&""!M*!(#(@-450#*(71!(-&+!,(*!"(+!()#5xa concentra o, tipicamente at concentra-
Q*4#*(@-450#*(&1(*%&(0&3*! 15+#*(N(01*4#(+!( !*-!.R&*(S"!T!P%&(+#(.18U'(!,( !"#.(-#"#)@licos, ou de lentes (refrac o da luz) de Fres3!.(-#"#(71!(#(!*-!**1"#(+#(.!34!(!,(#.4#*( 0&30!34"#$V!*(*!W#(-!71!3#E Do ponto de vista das c lulas podem utilizar-se diferentes tecnologias, como a do sil 05&(0"5*4#.53&'(#(4!03&.& 5#(+#*(-!./01.#*(23#*(
dossier solar de concentração
a produ o de electricidade por via termosolar em centrais de concentra o
Num contexto de crescente procura de soluções condizentes com o novo paradigma energético que, por razões económicas, ambientais e de segurança se desenha à escala global, a utilização das energias renováveis, a par do aumento da eficiência energética, assumem-se como questões incontornáveis no enorme desafio que representa conjugar a manutenção dos actuais níveis de desenvolvimento com o respeito pelas questões sociais e ambientais que este levanta. J. Farinha Mendes, Pedro Horta Unidade de Energia Solar, E lica e dos Oceanos do LNEG farinha.mendes@ineti.pt, pedro.horta@ineti.pt
Introdu o Ë semelhan a do ocorrido na ltima d cada com a energia e lica, a produ o de electricidade termosolar enfrenta, no presente, o !"#$ %& '()"%& %*(''(+ $%*(#(%,$% '-.gio comercial de tecnologias desenvolvidas ao longo dos ltimos trinta anos, com especial destaque para os investimentos continuados em I&D em pa ses como a Espanha, os EUA, a Alemanha ou Israel, pa ses que ocupam justamente uma posi o de lideran a na expora o destas tecnologias. Fazendo uso de sistemas pticos de con/ !-#(01"% *(#(2% (-#(34'% & % 5,6"'% & % $(7"#% densidade, realizar a convers o t rmica da radia o solar a m dia ou alta temperatura, as tecnologias de alta concentra o (CSP, Concentrated Solar Power) permitem a produ o de calor a temperaturas adequadas aos ciclos termodin micos, convencionalmente 30
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utilizados na produ o termoel ctrica. Sendo Portugal um dos pa ses europeus com maior recurso solar, a utiliza o das tecnologias CSP para a produ o el ctrica apresenta um enorme potencial de aplica o, como foi reconhecido recentemente no Despacho n.¼ 18838/2009 da Direc o Geral de Energia e Geologia, de 14 de Agosto, abrindo lugar constru o de nove instala es de demonstra o das diferentes tecnologias, actualmente em concorr ncia neste dom nio: centrais de torre, de concentra o cilindro-parab licas, fresnel linear e motor Stirling . 8%# (97:(01"%& '- '%*#"; /-"'%/"9"/(#.%<"#tugal no restrito grupo de pa ses com solu es CSP implementadas, surgindo como uma excelente oportunidade de contacto e desenvolvimento de tecnologias com um
enorme potencial de desenvolvimento cien-=)/"2% - /!"9>+7/"% % 7!&,'-#7(92% ?, % *"& #.% abrir caminho concretiza o de um Òclus- #@% 7!&,'-#7(9% !(/7"!(9% ! '-(% .# (2% /"$% ('% consequentes mais-valias econ micas: cria o de postos de trabalho e de riqueza de ,$(%A"#$(%','- !-.3 9B
A Tecnologia C%/(#./- #%&7'-#7D,7&"%&"%# /,#'"%'"9(#%-"#!(% (% ',(% /"!3 #'1"% -4#$7/(% &7# /-(2% 37.3 9% apenas num dom nio de temperaturas que n o vai muito al m dos 150¼ C. A utiliza o de sistemas pticos de concentra o permite, atrav s da obten o de $(7"# '%5,6"'%& % ! #+7(%!(%/"!3 #'1"%-4#mica, a opera o a alta temperatura e viabiliza a utiliza o da energia solar t rmica num espectro mais alargado de aplica es.
investigação e tecnologia
novas tecnologias fotovoltaicas Ð !"#$% &'$ </+%26$)0'%(=>.-?%@'A'%20+$B+"%(=>C;-?%D/4$%E6)6!*6%(=>.-%
As chamadas tecnologias fotovoltaicas (FV) de !"# $%&'()* s o dominadas pelas c lulas de sil cio cristalino que se apresentam no mercado com dois tipos principais: as monocristalinas, obtidas atrav s do corte de um lingote de um monocristal de sil cio puro, representando cerca de 35 % do mercado, e as multicristalinas, provenientes dum lingote de sil cio com m ltiplos cristais, que correspondem a 49 % do mercado. O sil cio cristalino caro Ð o seu custo corresponde a praticamente metade do custo !"#$%&$'(%)#&$*+,$-$"$.)"$%/.0&!/1/#/%"%-$ limitada, existindo algumas preocupa es 2)"!3&$4$5-#"3/6"'-!3-$05(7/'"$-7").38&$%&$ recurso. A ind stria viu-se, portanto, obrigada a procurar alternativas mais baratas, tanto ao n vel dos materiais, como das correspondentes tecnologias de produ o. Estes novos materiais s o bons absorvedores de luz, pelo
que a espessura do semicondutor pode ser reduzida para valores da ordem das poucas unidades de m cron (cerca de duzentas vezes inferior das c lulas de sil cio), com uma correspondente redu o de custos.
de desenvolvimento e, eventualmente, de inova o disruptiva. Os seus principais representantes s o as 5F!/!6$%$#&$+9+!+G616$%B'0% 5'06&)#, as 5F!/!6$%'0HI&+56$ e as &6&'6&)#&6$.
Estes materiais s o particularmente adequados utiliza o na chamada tecnologia de !"#$% &'$ ()*+&, !"$-, em que se deposita &$ 9)#35": !&;$ '"3-5/"#$ .-'/<&!%)3&5$ -'$ substratos de grande rea, de pl stico, vidro ou metal, sendo, portanto, particularmente adaptados produ o em grande escala. Nesta tecnologia, os materiais mais usados s o o .#!/0#)'% 1#% 231"+' (CdTe), com 8 % do mercado, o $+!45+'%6"'07' (a-Si), com 5 %, e o 8+$$#!#&#)'% 1#% 2'90#,:&1+',;3!+'% (CIGS) com menos de 1 %. Existe ainda um conjun3&$ %-$ !&6".$ 3-<!&#&=/".$ -'-5=-!3-.$ %-$ #'-.$ !&.$2)-$"/!%"$.-$-!<&!35"'$!)'"$>".-$ de investiga o, mas com elevado potencial P%8/%J'&)%Q%RRRLS1/B'&)S5'"
?.3".$ 3-<!&#&=/".$ %-$ #'-.$ !&.,$ <@"'"%".$ de +!"#$%&'()*, t m experimentado um crescimento acentuado nos ltimos anos, guiado, essencialmente, pelo grande potencial de redu o de custos que apresentam, mas 3"'1A'$ 0-#"$ '"#-"1/#/%"%-$ -$ B-7/1/#/%"%-$ dos processos de fabrica o. N o obstante este enorme potencial de crescimento, que todas as previs es indicam ir acentuar-se !&.$05(7/'&.$"!&.,$.)1./.3-'$"#=)'".$2)-.t es que ainda n o t m resposta: Qual o 0&3-!</"#$%".$3-<!&#&=/".$%-$ #'-.$ !&.$.-rem disruptivas face s tecnologias do sil cio cristalino que, actualmente, det m cerca de CD$E$%&$'-5<"%&F$G-$".$3-<!&#&=/".$%-$ #'-.$ !&.$>&5-'$%/.5)03/6".,$2)"#$"$3-<!&#&gia que ser capaz de o fazer? Que novos %-." &.$.-$<&#&<"58&$4$3-<!&#&=/"$%&.$ #'-.$ !&.$4$'-%/%"$2)-$"$3-<!&#&=/"$"'"%)5-<-$ e penetra no mercado? A estas perguntas .-'$5-.0&.3"$ 5'-,$"<5-.<-'$"#=)'".$%-.vantagens competitivas, como sejam um co!@-</'-!3&$"/!%"$/!.) </-!3-$%&.$'"3-5/"/.$ utilizados, tecnologia relativamente jovem e, 3"#6-H$&$'"/.$/'0&53"!3-,$"$- </I!</"$%"$<&!vers o da radia o solar em electricidade inferior obtida com as tecnologias convencionais baseadas no sil cio cristalino. Segundo a Comiss o Europeia (CE), no seu 5-#"3(5/&$JK%>)6)/$%<#B'0)%LMMN, o segmento %&.$ #'-.$ !&.,$ -'1&5"$0"53/!%&$%-$)'$6"lor muito modesto, cresceu em m dia 90 % desde 2003, o que demonstra bem o crescente n vel de aceita o que esta tecnologia est a conquistar no mercado. Acresce que muitos fabricantes, que disponibilizavam apenas a tecnologia tradicional do sil cio cristalino, -.38&$ "$ %/6-5./ <"5$ &$ .-)$ B'0)7O!+' de oferta,
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oportunidades de negócio
energia e geologia com mais peso na economia A correc o dos pre os da energia poder ser o impulso para novos mercados e novas oportunidades na economia A Energia e a Geologia vão ocupar um papel cada vez mais central na economia, motivado pelas exigências ecológicas mundiais. O aumento significativo do investimento em novas soluções e produtos nestes sectores cria condições favoráveis ao sector industrial, criando mais postos de trabalho e, consequentemente, contribuindo para o crescimento da economia.
1. Peso do mercado energ tico e geol gico na economia Portuguesa > Energia e Geologia v o ocupar um papel cada vez mais central na Economia
2. Oportunidades de investimento que emergem > Tecnologias para a produ o de energia s o a principal oportunidade de investimento
O reconhecimento dos recursos naturais, essencial em qualquer economia. Trata-se de conhecer e preservar os potenciais dispon veis.
H estudos que apontam para que o retorno de in-!0,$*!#,)&!*&('%,)2%'"'&2!)3.2$('&0!&()#01*'&!*& 4567&'#)08&)&91!&0!&'"21%'&'3,'*!#,!&-$:-!3;&<'*=>*& as tecnologias maduras para a produ o de energia permitem que o tempo de retorno do investimento seja de tal forma favor vel que permita que haja tecnologias renov veis a pre o de mercado. A evolu o da tecnologia que resulta das pol ticas recentes da Comiss o Europeia, incentivando a coopera o e o esfor o conjunto entre os pa ses atrav s da aposta no trabalho em rede quer das institui es de investiga o (European Energy Reserach Alliance) quer do sector empresarial (European Industrial Initiatives) vai seguramente apresentar resultados acrescidos como resultado do esfor o conjunto coordenado e orientado por objectivos comuns.
No caso da geologia este conhecimento um instrumento fulcral que poder assegurar vantagens fundamentais para economias emergentes (como por exemplo a import ncia da economia mineral no PIB do Chile que perdura h v rias d cadas; ou a reviravolta colossal operada na economia do Reino Unido quando na d cada de 80 foram descobertas as reservas de petr leo no Mar do Norte). ainda um instrumento fundamental de planeamento territorial, para !"#$%& '& ()*+!,$,$-$ ' !& )& ,!%%$,.%$)& /'(!& ')0& 0!10& poss veis usufrutos (extractivos, incluindo a gua e de agricultura, urban sticos, infraestruturais, eco-ambientais, riscos naturais). No caso da energia em que a escassez ou os impactos negativos dos recursos tradicionais ocupam a agenda global, o conhecimento dos recursos s o cruciais e uma oportunidade nica para o desenvolvimento de uma economia de baixo carbono, uma vez que as solu es tecnol gicas dispon veis implicam um desenvolvimento industrial com uma consequente cria o de riqueza e emprego
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3. Projectos que surgem como resultado da investiga o > Geotermia estimulada, sequestra o de CO2, novos materiais para pain is fotovoltaicos ou pilhas el ctricas s o os principais projectos
mundo académico
o Projecto GreenIsland Ð uma estrat gia para a energia nos A ores 45(=%.'(!25%%&!>18*&)1!7*5*!*8?$!)%!$#)*5!*!,(5$*!.($(!(1!"9(5%1!#'-8-@*$!(1!1%#1!5%.#51(1! %&%5<?'-.(1A!.(&1'-'#-!#$*!(7(5'#&-)*)%!B$7*5!7*5*!*!-&)C1'5-*!7(5'#<#%1*!)%1%&D(8D%5!%!-&1'*8*5! 1(8#9E%1!-&(D*)(5*1!F#%!'%53(!#$!%8%D*)(!<5*#!)%!5%78-.*93(!%$!1-1'%$*1!1%$%8G*&'%1H "F&''("I!:+(0!"6"-,"/&%C'3*%".(%?+0%&"+"0'!'(?%:?'&"(+"Y'7.5%"#-*=(%,+"0%!"#$%&'!"2-'"?.!+U" +-,'(*+&"+"'13.K(3.+"'"/&%,%?'&"+"&+3.%(+:.@+$5%"(%"3%(!-,%"0'"'('&7.+X"/&%,%?'&"+"'M/:%&+$5%"0'" &'3-&!%!"'(0=7'(%!"/+&+"+"/&%0-$5%"0'"':'3*&.3.0+0'8"*'(0%"3%,%",'*+"/+&+"Z[\]"%"?+:%&"0'"RST" /+&+"+"/&%0-$5%"0'"'('&7.+"':63*&.3+"+"/+&*.&"0'"&'3-&!%!"&'(%?;?'.!B"L'"&')'&.&"2-'"+"+0%/$5%"0'!*+!" !%:-$A'!".,/:.3+"+"+0%/$5%"0'"!%:-$A'!"+?+($+0+!"/+&+"+"7'!*5%"0%"!.!*',+"':63*&.3%B" "/&%C'3*%" '(2-+0&+<!'"(%"E,>.*%"0%"+3%&0%"0'"3%:+>%&+$5%"HIJ"^"G%&*-7+:"'"'(?%:?'"?;&.+!".(!*.*-.$A'!"0%" !.!*',+"3.'(*913%"'"*'3(%:=7.3%"/%&*-7-K!B Jo o A. Pe as Lopes DEEC e Unidade de Sistemas de Energia FEUP / INESC Porto jpl@fe.up.pt
1. Introdu o !" #$%&'!" '()&'(*+," -," .,/%&*+(*'" 0'!+1%" (%" 2-'" 3%(3'&('" 4" 0'1(.$5%"0'"-,+"'!*&+*67.+"/+&+"+"'('&7.+8"*'(0%"',"3%(*+"+!"!-+!" 3+&+3*'&9!*.3+!"0'".(!-:+&.0+0'"'")&+7,'(*+$5%"*'&&.*%&.+:8"'"+*'(0'(0%"4"('3'!!.0+0'"',"+!!'7-&+&"+"!+*.!)+$5%"0%!"3%(!-,%!"0'"'('&7.+"(-,"3'(;&.%",+3&%<'3%(=,.3%"%(0'"%!"3-!*%!"0%!"3%,>-!*9?'.!" )=!!'.!"!5%"3+0+"?'@",+.!"':'?+0%!8"'"3%(!.0'&+(0%"+"('3'!!.0+0'"0'" &'0-$5%"0'"',.!!A'!"0'"7+!'!"0'"')'.*%"0'"'!*-)+B"#!!.,"6"('3'!!;&.%" 0'!'(?%:?'&" -," 3%(C-(*%" 0'" '!*&+*67.+!" '!/'3913+!" /+&+" 3+0+" .:D+" ',"3%(!%(E(3.+"3%,"%"F%?'&(%8"+!"',/&'!+!"'"+"/%/-:+$5%B" "0'!'(?%:?.,'(*%"0'"-,+"'!*&+*67.+"0'"'('&7.+"/+&+"%!"#$%&'!".,/:.3+" -,+"+(;:.!'"0'*+:D+0+"0+"!.*-+$5%"+3*-+:"'"*+,>6,"+"+?+:.+$5%"0+!" ('3'!!.0+0'!")-*-&+!8"*%,+(0%"',"3%(*+"+"0.!/%(.>.:.0+0'"'"+!"3+&+3*'&9!*.3+!"0%!"&'3-&!%!"'('&76*.3%!"&'(%?;?'.!":%3+.!B" !" /+&3'.&%!" +3+06,.3%!" 0%" G&%7&+,+" HIJ<G%&*-7+:" *K," ?.(0%" +" 3%(0-@.&"+3*.?.0+0'!"0'".(?'!*.7+$5%"('!*+";&'+"0'!0'"D;"+:7-,"*',/%B"L+"'M/'&.K(3.+"+02-.&.0+8"+"'2-./+"0'"N.!*',+!"O('&76*.3%!"N-!*'(*;?'.!"0%"G&%7&+,+"HIJ<G%&*-7+:".0'(*.13%-"-,+"'!*&+*67.+"3:+&+" 0.?.0.0+"',"*&K!"?'&*'(*'!"0'")%&,+"+"+*.(7.&"%!"%>C'3*.?%!"0'":%(7%" /&+@%"0+"&'7.5%"',"*'&,%!"0'"!'7-&+($+"'('&76*.3+8"0'!'(?%:?.,'(*%"'3%(=,.3%"!-!*'(*+0%"'"3-,/&.,'(*%"0%!"%>C'3*.?%!"+,>.'(*+.!B" 46
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artigo técnico
ge.IP Ð gest o de energia na Ilumina o P blica no Munic pio de Vila Nova de Gaia Luis Castanheira Energaia Ð Ag ncia Municipal de Energia de Gaia
34.881.190 kWh (2,82 % dos consumos de energia el ctrica) nos sistemas de IP. Este consumo representou uma emiss o superior a 16.390 toneladas de CO2 e um custo para a autarquia superior a Û 3.000.000,00.
Ilumina o P blica Ð Introdu o A Ilumina o P blica (IP), ao promover a seguran a aos mais diversos n veis, nomeadamente a rodovi ria, de pessoas ou bens, hoje em dia um servi o essencial para o cidad o. Aos Munic pios, atrav s do seu relacionamento com a entidade distribuidora de energia, cabe a responsabilidade de assegurar que este servi o seja prestado ao m ximo n mero de cidad os e em condi es t cnicas adequadas. Esta responsabilidade traduzida na avalia o do desempenho da IP, na detec o e comunica o de avarias e no pagamento da energia vendida pela entidade distribuidora de electricidade. Este ltimo aspecto revela-se particularmente impor!" #$"%$&%" #' %$(!)$*"!"+!)$,- ./0-1&!)2$ 3.$0-#$/#4/#)#" !$-5$4#)%$)16"1*&! 17%$"!)$ despesas com energia el ctrica.
Na IP existem tecnologias e pr ticas de gest o que podem levar a grandes redu es de factura. Para tal, necess rio que a Ilumina o P blica seja abrangida por um modelo de gest o que tenha em conta os avan os tecnol gicos atrav s da implementa o de novas pr ticas de an lise de projecto, de manuten o e de moderniza o dos equipamentos existentes. Neste contexto, e na sequ ncia de outros projectos-piloto anteriormente realizados pela Energaia Ð Ag ncia Municipal de Energia de Gaia em parceria com o Munic pio de Vila Nova de Gaia, foi implementado na Rua Conselheiro Veloso da Cruz - em Vila Nova de Gaia - um sistema de gest o energ tica inteligente nas lumin rias que, de forma remota, permite um controlo efectivo e
O consumo de energia el ctrica destinado IP1 para Portugal, no ano de 2007, foi de 1.571.271.524 kWh o que representou 3,16 % dos consumos nacionais de energia el ctrica. Em 2007, Vila Nova de Gaia consumiu 1
Fonte: Direc o Geral de Energia e Geologia
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Figura 1 Portal web do sistema implementado.
-5!$6#) 8%$#*&1#" #$(#$9:-51"!+8%$;<=:1&!$ em tempo real atrav s de um portal ÒwebÓ. O sistema gera economias de energia e de manuten o e, consequentemente, uma redu o da factura energ tica, assim como 4#/51 #$1(#" 1*&!/$>!:?!)$#5$&!(!$4%" %$(#$ ilumina o, proporcionando uma melhoria na qualidade do servi o de ilumina o e seguran a.
Descri o do sistema implementado O sistema implementado composto basicamente por quatro componentes: 1. Balastro electrónico regulável e nó de comunicação instalado em cada ponto de ilumina o. O n de comunica o baseado em tecnologia e protocolo normaliza(%$#$4#/51 #$!$/#6-:!+8%$(%$@-'%$AÒdimmingÓB$(!$:C54!(!2$4/#71)8%$#$1(#" 1*&!+8%$ de falhas, aquisi o e medida de dados. 2. Controlador de segmento de iluminação colocado em cada arm rio de IP,
artigo técnico
dimensionamento de um sistema de venda de energia el ctrica rede COM BASE EM ENERGIA EîLICA A NêVEL RESIDENCIAL (Parte I) A energia eólica é um recurso energético natural que pode ser aproveitado com um investimento reduzido, sendo especialmente rentável em locais com muito vento. O presente artigo apresenta e discute alguns aspectos relacionados com o dimensionamento de micro-aerogeradores de pequena dimensão e de todos os componentes associados ao seu tipo de ligação, para venda de ! "#$%&'&" ( )&* #+!(,&,&- ." /,01 $&234&5657899:&( &8&( & Novembro. Filipe Pereira Engenheiro Electrot cnico (ISEP)
A evolu o do mundo est cada vez mais dependente da energia, possuindo esta, um papel fundamental no desenvolvimento dos pa ses. No entanto, o crescente consumo de energia implica um aumento na produ o da mesma, o que na realidade actual j come a a ser um grande problema devido grande depend ncia da produ o de energia atrav s de fontes n o renov veis, nomeadamente o petr leo. Por um lado a situa o agrava-se devido prevista escassez do petr leo e constante instabilidade no seu pre o; por outro lado, p e-se o problema ambiental, que cada vez mais ganha for a na luta pela procura de alternativas s fontes de energia que emitam gases de efeito de estufa, nomeadamente o petr leo e outras fontes que poluam de alguma forma o ambiente. Da procura de alternativas a estas energias surgem as energias renov veis amigas do ambiente como solu o com grande potencial. A energia e lica hoje em dia vista como uma das mais promissoras fontes de energia renov vel, caracterizada por uma tecnologia madura baseada principalmente na Europa e nos E.U.A. A energia produzida pelo vento um recurso energ tico natural que pode ser aproveitado com um investimento reduzi54
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do, sendo especialmente rent vel em locais com muito vento. Al m disso, os micro-aerogeradores podem ser utilizados tanto em Sistemas Isolados como em Sistemas ligados Rede El ctrica. Uma turbina e lica um dispositivo com um gerador destinado a converter a energia cin tica do vento que chegam s p s em energia mec nica, e consequentemente em energia el ctrica. Os aerogeradores de baixa tens o distinguem-se dos aerogeradores de alta tens o pelo facto de terem tamanho e peso reduzidos em rela o a estes, que s o usualmente instalados nos cumes das montanhas ou em grandes plan cies. O peso m dio de um aerogerador de baixa tens o na ordem dos 100 kg. Normalmente os micro-aerogeradores, no mbito da utiliza o a n vel dom stico, s o associados a sistemas isolados, estando concebidos para carregar um sistema de baterias. Este artigo apresenta e discute alguns aspectos relacionados com o dimensionamento de micro-aerogeradores de pequena dimens o e de todos os componentes associados ao seu tipo de liga o, para venda de energia
rede, segundo o Decreto-Lei N.¼ 363/2007 !" #" !" $%&!'()%" *%" +!,-'!" .%*-/01 %" (com limite m ximo de 3,68 kW). Ser o facultados todos os elementos para proceder correctamente a um dimensionamento do sistema de liga o rede.
1. Sistemas de Produ o de Energia Alternativa Ainda que grande parte da produ o de energia oriunda de fontes renov veis provenha dos grandes parques e licos e fotovoltaicos, o cliente Baixa Tens o (BT) mostra-se uma pe a fundamental na expans o do aproveitamento deste tipo de fontes de energia, uma vez que recorrendo a estas, tamb m ele pode produzir electricidade que vender rede, sendo este o conceito da microgera o. Os sistemas com liga o rede el ctrica podem ser integrados no Regime Produtor Ð Consumidor ou Regime Produtor. Um sistema de liga o rede permite a venda de energia el ctrica s companhias distribuidoras de energia. Neste caso, toda a energia gerada enviada directamente para a rede, n o sendo necess rias as baterias, o que torna o sistema mais simples e com uma
artigo técnico
protec o de instala es fotovoltaicas ! "#$% &'("()(*"%!+( &,-("#.!/( &+($&#0+!12+!%& e instalados com seguran a Rui Gil (adapta o) OBO Bettermann
Completamente protegidos contra fen menos atmosf ricos Uma das vantagens dos sistemas fotovoltaicos a sua rentabilidade econ mica. A rentabilidade e amortiza o do sistema fotovoltaico s o calculados com base no n vel de radia o solar, contudo um dano na central, por queda de raios ou sobretens es de origem transit ria, reduz o balan o econ mico e alonga o per odo de amortiza o. Figura 1 N vel cer unico.
Normas e directivas actuais ! DIN EN 62305-1 (VDE 0185-305-1): 200610 Ð Protec o contra descargas atmosf ricas Ð Princ pios gerais ! DIN EN 62305-2 (VDE 0185-305-2): 200610 Ð Protec o contra raios Ð Gest o de risco ! DIN EN 62305-3 (VDE 0185-305-3): 200610 Ð Protec o contra raios Ð Danos sobre pessoas e bens ! DIN EN 62305-4 (VDE 0185-305-4): 200610 Ð Protec o contra raios Ð Sistemas el ctricos e electr nicos em estruturas ! DIN EN 61643-11 (VDE 0675-6-11): 200708 Ð Aparelhos de protec o contra sobretens es para uso em baixa tens o ! IEC 60364-7-712 (VDE 0100-712): 200606 Ð Requerimentos dos sistemas fotovoltaicos Ð Sistemas de fornecimento de energia ! VdS 2010 Ð Descargas atmosf ricas e sobretens es Ð Controle de riscos
Descarregadores combinados para protec o de raios e sobretens es em instala es fotovoltaicas As instala es fotovoltaicas tamb m requerem medidas de seguran a: a protec o 60
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Figura 2 !"#$ %# &"'(#)*+' ,#-./%' ' 01('%' %$ #,2#"$ 3)(4)5$ 678 9:;<=>9<=>?
Figura 3 Utiliza o de pontas captoras segundo o m todo de ngulo de protec o VDE 0185-305 Parte 3 @A99BC # 01('%' %# #,2#"$ 3)(4)5$? D E')$E5F$*+' %$ 5/,($E$*+' %$, G$,(#, )$&('"$, %#H#"I ,#" %#3/5%$ %# 2'"0$ $ minimizar o efeito de sombra nos pain is fotovoltaicos.
artigo técnico
leos de elevadas performances para caixas de engrenagens (1.» parte) bases sint ticas, um avan o entre a mec nica e a qu mica As excepcionais propriedades dos óleos sintéticos para caixas de engrenagens e que os separam dos produtos convencionais, são a sua muito elevada estabilidade com a temperatura, excelente resistência à oxidação e intervalos de mudança de óleo mais alargados. Estes produtos têm uma excelente capacidade de protecção antidesgaste e podem, por isso, proteger correctamente unidades de engrenagens industriais e os seus rolamentos em diferentes operações. Os critérios e requisitos quanto aos mais recentes óleos de engrenagens, particularmente aqueles para aplicações em turbinas eólicas, têm aumentado enormemente nos anos mais recentes e só são atingidos com formulações de óleos de elevada performance. Muito importante é a decisão que tem de ser tomada quanto à quantidade de aditivos reactivos, ou menos reactivos, a serem usados nas formulações. Os óleos base sintéticos e as mais recentes tecnologias de aditivos são conjugados de modo a ir de encontro aos requisitos mais recentes das diferentes transmissões, aumentando a disponibilidade, a eficácia, apresentando poupança de energia e minimizando o tempo de paragem das diferentes instalações. Carlos Manuel Braga Ð Direc o T cnica Luis Marques Saraiva Ð Assist ncia T cnica FUCHS LUBRIFICANTES, Unip. Lda.
Introdu o Nos ltimos anos e em termos mundiais, as reas de transmiss o de pot ncia por engrenagens e sistemas hidr ulicos t m alcan ado resultados recorde. Com um mercado mundial volta de 24 %, este sector representa o maior motor da economia e um dos principais vectores da inova o [1]. Os produtos mais inovadores s o os preferidos e em muitas reas vistos como benchmark entre os produtos concorrentes. O futuro das transmiss es de pot ncia por engrenagem e sistemas hidr ulicos em termos europeus residir , sem d vida, num desenvolvimento de solu es ainda mais inteligentes !"#$%&!' !() "*+,**-./!*,*(%+ *!+ ,*!%01,%"(%*!%+!(%)+.*!'%!%"%)-
gia e solu es ainda mais compactas. A coordena o dos diferentes componentes que existem numa transmiss o particularmente importante para que isso aconte a. Um dos pap is principais pertence .!&23),01 "(%!2* '.4!5!1."(,"2 ' !%*1 **%6!%!.! 2+%"(.!'%!7)%8.*! ' *!+ (9), *:7),+ */!%+!7 )(,12& )!'.*!;&%.*!3 *%!7 ) !.*!&23),01 "(%*/!9!2+ !' *!7),"1,7 ,*!*,(2 8<%*!7 ) !=2%!.!1."*2+,'.)!0" &!.&>%! 1 ' ! $%6! + ,*! .! &23),01 "(%! 1.+.! 2+! %&%+%"(.! '%! %&%$ '.! $ &.)! e que tem implica es directas no custo dos seus equipamentos e produ o. Os designers e engenheiros de projecto tamb m olham 1 ' !$%6!+ ,*!7 ) !.*!&23),01 "(%*!1.+.!2+!%&%+%"(.!'%!7).?%1(.4! @*! &23),01 "(%*! *-.! ( +39+! 7 )(%! ,+7.)( "(%! "2+! %A(%"*.! "Bmero de trabalhos de investiga o e desenvolvimento efectuado por institui es como a VDMA e FVA. Este artigo olha de maneira particular para os leos de caixas de engrenagens industriais (particularmente os leos sint ticos Ð os que contribuem para uma quota '%!+%)1 '.!*,C",01 (,$ D4 Os requisitos para os leos de engrenagens industriais aumentaram consideravelmente nos ltimos anos. Enquanto o factor principal a analisar nos leos de engrenagens at agora era a capacidade de )%*,*(E"1, ! .!'%*C *(%/!.!F.1.!%*(G! C.) !1 ' !$%6!+ ,*!" *!7).7),%dades antidesgaste em rolamentos, comportamento dos leos de engrenagens em elast meros sob carga din mica, propriedades de protec o corros o, comportamento ao envelhecimento e estabilidade t rmica.
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renováveis em casa
o sol quando nasce para todos medida solar t rmico 2009 de energia, contribui com cerca de 34 % para /($>7 -"/()$( *+',-+'$( - #&%"'+$()/!($&# gados familiares.
investir em equipamentos que garantem sustentabilidade ambiental e, ao mesmo tempo, libertar as respectivas tesourarias.
Desde 2008 tem sido levada pr tica uma !"#$"%&'$( ) ( *+',-+'$( - #&%"'+$.( +/ # -te e integrada. O Plano Nacional de Ac o 0$#$($(1*+',-+'$(1- #&%"'+$(2345116.( 7(8'gor desde Fevereiro de 2008, composto por 12 programas, para os sectores dom stico, dos servi os e da ind stria, dos transportes, da mobilidade urbana e da constru o, representa uma linha de rumo integradora e *+$9:(
A Medida Solar T rmico 2009, que entrou em vigor em Abril de 2009, constituiu um passo importante para atingir este objectivo. Dirigida ao sector residencial, foi estendida, em Agosto do mesmo ano, s Institui es 3$#"'+>?$# !( ) ( @/?')$#' )$) ( @/+'$?( 2A3@@6( e s Associa es Desportivas com Utilidade 3BC?'+$(25DE36.(8'!$-)/($(+#'$FG/() (+/-)' es favor veis aquisi o dos equipamentos, facilitando a ultrapassagem da tradicional barreira do investimento inicial, por via de um processo simples, r pido e seguro, e de um atraente incentivo associado.
O balan o muito positivo, pois, os n veis de ades o foram bastante elevados. E isso deveu-se, por um lado, maior preocupa o e informa o das pessoas, relativamente H!( => !"I !( $7C' -"$'!( ( H( *+',-+'$( - #g tica e ao adequado desenho da Medida, traduzido num processo de Òchave-na-m oÓ, com um incentivo associado, e, por outro, ao substancial aumento da variedade e qualidade de oferta de equipamentos no mercado, com melhorias ao n vel da garantia e do servi o de manuten o.
Entre as medidas propostas para o sector residencial, destaca-se a promo o de çgua Quente Solar nos edif cios, tendo como objectivo que, at 2015, um em cada quinze )';<+'/!( *=> 7( )/"$)/!( ) ( =>'0$7 -"/!( para a produ o de energia solar t rmica. O impacto do solar t rmico importante no sector residencial, pois, no total das diversas medidas adoptadas para reduzir o consumo
O alargamento s IPSS e ADUP enquadrou um universo de entidades que, pela sua acti8')$) .(",7(>7('70$+"/("#$-!8 #!$?(-$( +/nomia e fortes necessidades de aquecimento de guas sanit rias. Existem cerca de seis mil institui es desta natureza, cujo apoio quotidiano a diversos sectores do Pa s, se revela muito importante. As condi es nicas criadas permitiram s diversas Institui es
Portugal , entre os pa ses europeus, um dos que disp e de maior abund ncia do recurso energ tico solar, com 2.200 a 3.000 horas de sol por ano, o que, devidamente aproveitado, se pode traduzir em 14 a 17 Mega Joules di rios, por metro quadrado.
Procedeu-se a uma divulga o, programada, orientada e pioneira, fornecendo um alargado patamar de informa o. Assim, foi desenvolvida a maior campanha de comunica o e divulga o da energia solar t rmica alguma vez efectuada no nosso Pa s, com a assinatura ÒA Energia solar quando nasce para todosÓ, visualmente representada atrav s da imagem de diferentes tipologias de casas, instaladas com pain is solares t rmicos.
O impacto do solar t rmico importante no sector residencial, pois (...) contribui com cerca de 34% para o aumento !"#$%&'(%&!" energ tica dos agregados familiares.
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barómetro das renováveis
bar metro das renov veis Janeiro 2010 Com este bar metro das energias renov veis pretendemos manter informados os nossos leitores sobre a evolu o das pot ncias instaladas e das correspondentes produ es de energia. A informa o apresentada sobre pot ncias instaladas tem como fonte as estat sticas r pidas da DGEG Ð Direc o Geral de Energia e Geologia de Outubro de 2009, e a informa o sobre produ o tem como fonte a informa o de produ o di ria, desagregada disponibilizada no website da REN Ð Rede El ctrica Nacional at 31 de Janeiro de 2009. Nesta primeira vers o do bar metro apenas apresentamos informa o relativa produ o de electricidade. A pot ncia instalada em regime de microprodu o est inclu da na frac o Fotovoltaica.
A pot ncia instalada de Fontes de Energia Renov vel (FER) continua a crescer. O total da pot ncia instalada renov vel atingiu !"# $%&$'($)'*+$,-$./0/12($,-$3##"4$($ que representa 54 % da pot ncia instalada '($ 0-2250625($ '*75('*+!$ 89$ ./0/12(4$ :;$ <$ ,*$ =(0>'75*$ 5'?0*+*,*$ @8A$ -2*$ BC,257*4$ ,(?$ quais 310 MW s o mini-h dricas. A frac o da pot ncia instalada e lica acompanha de =-20($ *$ =(0>'75*$ 5'?0*+*,*$ BC,257*4$ 7(9$ D $ % (3.455 MW). A biomassa com 6 % e a
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o de produ o de energia. Devido eleJ*,*$=2(,/PF($BC,257*4$,-$;Q$<$,($7('?/9(4$ em Janeiro 84 % da energia el ctrica consumida foi produzida com fontes de energia renov veis. A e lica representa uma frac o 7*,*$J-R$9*5?$59=(20*'0-4$'(?$9-?-?$,-$S(J-912($-$T-R-912($3:$<$,*$-'-2I5*$-+G7trica consumida derivou da produ o e lica. T/2*'0-$($U+059($*'(4$,-$@-J-2-52($3##"$*$ V*'-52($ 3#N#4$ *$ H2*7PF($ 2-'(JOJ-+$ H(5$ ;"$ <4$ com tend ncia para crescer.
Pot ncia Instalada FER (MW) (Outubro 2009)
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fotovoltaica com 1 % (84 MW) ainda t m =(/7*$ -E=2-??F(4$ 9*?$ *$ =(0-'75*+$ 0*E*$ ,-$ crescimento elevada. Tomando a pot n75*$+57-'75*,*$7(9($5',57*,(24$G$,-$-?=-2*24$ '/9$H/0/2($=26E59(4$72-?759-'0(?$?5I'5)7*05J(?$ '*$ -6+57*$ KL L$ %&M4$ '*$ BC,257*$ KN:N$ %&M4$'*$15(9*??*$K""$%&M4$'($15(IO?$K;"$ MW) e no fotovoltaico (40 MW).
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Figura 1 Pot ncia instalada de Fontes de Energias Renov veis (FER) em Outubro 2009. Fonte: baseado nas estat sticas r pidas da DGEG.
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Figura 2 Energia produzida mensalmente pelas Fontes de Energias Renov veis (FER). Fonte: baseado na informa o de produ o di ria dispon vel no site da REN.
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links
http://re.jrc.ec.europa.eu/pvgis/
PVGIS - Photovoltaic Geographical Information System O website PVGIS (Photovoltaic Geographical Information System) resultado de um projecto !"#$%!&'#()*+,"!-.,/!-"01234567"8"957:";-<,",=<!;'#%,">")/,#).")")%)?#)*+,"(!,(.@A;)" dos recursos de energia solar. O website proporciona detalhados mapas de radia o e temperatura para a Europa e çfrica. O website disponibiliza mapas interactivos, nos quais podemos seleccionar o local exacto onde pretendemos simular a irradia o di ria, irradia o mensal e a produ o fotovoltaica de sistemas com seguimento mec nico ou sistemas !"#$%"&$'&($)*%+)*(,-"$./010 *)1(2$3$'&$website de grande utilidade para quem deseja informa o r pida sobre recurso solar.
http://www.energiasrenovaveis.com/
PER - Portal das Energias Renov veis O PER um complet ssimo website portugu s de informa o sobre energias renov veis. Criado em 2002, renovou a sua imagem passados 5 anos tornando-se um website refer ncia para quem procura informa o did ctica e noticiosa sobre as energias renov veis. O website disponibiliza not cias, blogs, gloss rios, variados links e agrad veis e animados conte dos did cticos, para todas as idades, sobre as v rias formas de energias renov veis.
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