Carta Mensal Setembro by Secretaria Rotaract

CARTA MENSAL

DISTRITO 1960 | PORTUGAL | AR 2016-17 EDIÇÃO N.º 3 SETEMBRO 2016

“A educação é a arma mais poderosa que podes usar para mudar o mundo” Nelson Mandela

PRESIDENT RI

GOVERNADOR D.1960

John Germ

Abílio Lopes

www.rotaractd1960.org

rotaract1960

CARTA MENSAL DISTRITO 1960 | PORTUGAL | AR 2016-17

ÍNDICE

EDIÇÃO N.º 3 SETEMBRO 2016

REPRESENTADORIA ROTARACT D.1960

Diana Nicolau Travessa do Giestal, Nº 6 2ºDTO 1300-278 Lisboa +351 937 085 566 representadoria@rotaract1960.org www.rotaractd1960.org

REPRESENTADORIA INTERACT D. 1960 Mariana Afonso Sítio do Pinheiro 1090-E 8800-118 Luz - Tavira +351 968 450 110 itc.representadoria@rotaract1960.org

EDITORES Diana Nicolau Luís Rodrigues Manuela Baptista Coelho Margarida Silva Miguel Coimbra

Mensagem Presidente RI

Mensagem Governador

Mensagem Representante Rotaract

Mensagem Representante Interact

Caderno de Formação

Caderno da Representadoria

Cadernos dos Clubes Rotaract

Caderno Internacional

Brevemente

Calendário

Mensagem Presidente RI John Germ

No verão de 1917, alguns meses após os EUA terem entrado na Primeira Guerra Mundial, o Rotary realizou sua oitava convenção em Atlanta. Embora muitos rotários fossem da opinião de que a Convenção deveria se cancelada por causa desse grande conflito, o Conselho Diretor concordou com Paul Harris que tudo deveria continuar como planeado. No meio de tanto medo e incertezas, Harris escreveu algumas das palavras mais citadas no Rotary: Esforços individuais, quando bem direcionados, podem realizar muito, mas o bem maior virá do esforço conjunto. Esforços individuais atendem necessidades individuais; esforços conjuntos servem à humanidade. O poder de esforços conjuntos é ilimitado. Foi justamente nessa convenção que o então presidente do Rotary, Arch Klumph, propôs a criação de um fundo de dotação “para fazer o bem no mundo”, que deu origem à Fundação Rotária. Com isso, o poder de esforços conjuntos ganhou uma nova força: a de recursos conjuntos. Foi uma combinação que se revelou imbatível e tem estado por trás de muitos dos trabalhos do Rotary nos últimos 100 anos. Hoje, é difícil imaginar o Rotary sem a sua Fundação. Foi ela que deu o avanço no Rotary para que deixasse de ser uma organização de clubes locais para se transformar numa potência internacional capaz de mudar o mundo. Neste ano, marcamos o centenário da nossa Fundação Rotária na cidade onde tudo começou: Atlanta. A nossa 108ª Convenção promete ser uma das mais emocionantes, com palestras inspiradoras, muito entretenimento e uma grande variedade de debates. E, é claro, na ocasião celebraremos o centenário da Fundação em grande estilo. Quer você seja frequentador das Convenções, esteja afastado do evento já há alguns anos ou ainda não tenha participado, a convenção de 2017 será aquela que você não pode perder. Atlanta, por si só, já é um excelente destino, com ótima comida, pessoas acolhedoras e muitas atrações. Mas o principal motivo para ir à convenção é sempre a própria Convenção, as pessoas, ideias, inspiração e as amizades que fará por lá. Para saber mais e economizar na inscrição, visite a página www.riconvention.org/pt. Até Atlanta!

Mensagem Governador

Abílio Lopes

Ao analisarmos o tema deste mês rotário poderíamos pensar que se trata não de um mas de dois temas. Relativamente à educação básica, embora em Portugal e nos países mais desenvolvidos se possa dizer que a situação está identificada e de alguma forma controlada, ao examinarmos o que se passa no resto do mundo, não podemos deixar de ficar preocupados. O esforço que tem sido feito nesta matéria, no sentido de levar a cada vez mais jovens a possibilidade de ter uma educação o mais alargada possível tem vindo a esbarrar em muros que julgávamos já não existirem neste século XXI. As razões para a existência de tais muros são muito variadas e na maior parte dos casos incompreensíveis para, quem como nós, rotários, nos preocupamos com o bem-estar de todos. No que se refere à alfabetização poderemos questionar, neste mundo atual, o que é na realidade um analfabeto. Um analfabeto não é apenas quem não sabe ler, mas também quem por falta de conhecimentos básicos e da utilização dos meios que se encontram disponíveis não consegue utilizá-los de forma a aproveita-los para o seu bem-estar e utilização no dia-a-dia. E, depois de tudo isto, onde entra a juventude rotária, interact e rotaract, ou em que é que estes jovens, voluntários e voluntariosos podem contribuir para alterar esta realidade. Como têm feito até aqui. Intervindo na sociedade com o seu saber, continuando a trabalhar na comunidade onde estão inseridos, ajudando as instituições que, no terreno, trabalham com esta realidade e dando o exemplo de solidariedade, voluntariedade e, principalmente, de generosidade. A tarefa é difícil? É. É impossível? Não é. Vão conseguir! Acreditem que são capazes e será mais fácil atingir o objectivo. Façam as coisas pelo "gozo " que lhes dá fazê-las, sem esperar que venha algum reconhecimento. Se vier, é um ganho. Se não, a satisfação do dever cumprido é mais do que suficiente. Vamos em frente!

Diana Nicolau Representante

Diogo Santos Av. Serviços Internos internos@rotaract1960.org

representadoria@rotaract1960.org

Ana Antunes Past-Representante

João Casaca Secretário secretaria@rotaract1960.org

Filipe Cardoso Tesoureiro tesouraria@rotaract1960.org

Rita Simões Protocolo protocolo@rotaract1960.org

David Capitão Av. Serviços Profissionais profissionais@rotaract1960.org

João Nuno Gonçalves Av. Serviços Internacionais internacionais@rotaract1960.org

Cátia Leandro Av. Serviços à Comunidade comunidade@rotaract1960.org

Luís Rodrigues Manuela Baptista Margarida Silva Miguel Coimbra Comissão de Comunicação comunicacao@rotaract1960.org

Carlos Santos Ana Gomes Conselheiros formacao@rotaract1960.org

Mariana Afonso Representante itc.representadoria@rotaract1960.org

Ana Antunes Past-Representante Inês Faustino Secretário itc.secretaria@rotaract1960.org

Ana Martinho Tesoureiro itc.tesouraria@rotaract1960.org

Rúben Vitória Protocolo

Mª Francisca Rodrigues Av. Serviços Internos itc.internos@rotaract1960.org

Inês Carmo Av. Serviços Profissionais itc.profissionais@rotaract1960.org

Constança Diogo Av. Serviços Internacionais itc.internacionais@rotaract1960.org

Catarina Ribeiro Av. Serviços à Comunidade

itc.protocolo@rotaract1960.org

itc.comunidade@rotaract1960.org

Catarina Roque Isabel Lopes Conselheiros

João Teixeira Inês Benquerença Mª Leonor Falcão Comissão de Comunicação

itc.formacao@rotaract1960.org

itc.comunicacao@rotaract1960.org

Mensagem Representante Rotaract Diana Nicolau

Companheiros, Na capa desta edição, há uma mensagem importante que sobressai. “A educação é a arma mais poderosa que podes usar para mudar o mundo”. Já pensaram bem, no quão importante e indispensável é este bem adquirido para nós, cidadãos ocidentais? Escrevo-vos esta mensagem diretamente de um país do terceiro mundo que entrou no meu coração há seis meses e dificilmente sairá. O Quénia. Aqui, esta frase ganha um novo sentido, mais profundo e mais real. Num país onde apenas 50% das crianças chegam a frequentar o ensino secundário, 43% da população vive abaixo do nível de pobreza com menos de 1€ por dia, onde apenas 60% das crianças estão registadas e o trabalho infantil atinge uns impressionantes 25%. Se olharmos para as estatísticas da maior favela de África Oriental, Kibera, onde estou atualmente, as percentagens atingem valores chocantes, como os incríveis 90% referentes à população sem água canalizada. Não falemos das percentagens na área da educação. São demasiado provocadoras. Desde a minha primeira estadia na favela, até agora, nada mudou. A única forma de mudar estes números é através da educação. A educação é a abelha-rainha do terceiro-mundo. Ouvimos tantas vezes dizer que as crianças e nós, os jovens, somos o futuro. Pois então que futuro é este que estamos a construir? Higiene oral, segurança, planeamento familiar, direitos humanos... EDUCAÇÃO! Uma criança dizia-me há uns meses, “Quero ir para a escola e estudar para ser piloto de aviões, para poder voar desta favela, e nunca mais voltar”. Setembro é o mês da Educação Básica e Alfabetização. Rotary e muitas outras organizações provam-nos todos os dias que é possível aos poucos mudar o rumo do mundo. Levará anos, décadas, séculos, e não há garantias de sucesso. Mas façamos o que estiver ao nosso alcance para que mais crianças deixem de figurar nestas estatísticas horríveis e possam sonhar pilotar aviões, não por estes, mas pelos melhores motivos. Nelson Mandela, foi um líder guerreiro que sabia do que falava, quando dizia que a educação era a arma mais poderosa. Façamos com que chegue mais longe. Rotary tem ferramentas e potencial para tal. Usemnas! Comecemos hoje.

Mensagem Representante Interact Mariana Afonso

Companheiros, É com a alegria que o Verão nos deixa que, por esta altura, temos de começar a enfrentar o desafio de fazer o melhor que podemos e dar mais de nós ao movimento e a quem precisa. Os projetos já estão definidos, os planos traçados. Agora é pôr todas as cabeças e energias focadas no trabalho. Este mês é tão entusiasmante mesmo por ser o marco do momento em que a nossa ação realmente se inicia e a diferença começa a ser feita. Ao longo deste mês, a Representadoria Interact vai dar-vos mais novidades e informações sobre o projeto com a Liga Portuguesa Contra o Cancro, “Interact LIGAdo”. Não se esqueçam também que o prazo para as candidaturas de projetos para apoio da FRP termina no final deste mês, não deixem a oportunidade passar. Brevemente terão também nos vossos emails as informações sobre os valores das vossas quotas – é uma responsabilidade importantíssima de cada um. Este ano façam o que não fizeram antes. Diferentes projetos, diferentes iniciativas, diferentes focos de interesse. Se antes não faziam projetos de grande escala, está na altura de começarem; Se não participavam em nenhuma das atividades do distrito, comecem agora a ir e dar o vosso contributo tão necessário; Vocês estão neste movimento, tem todos uma enorme ousadia só por quererem ajudar, mostrem-na ao mundo. Pensem em projetos para a Polio, divulguem, inovem. Ponham-se a par dos projetos dos outros clubes, acompanhem os desenvolvimentos, juntem-se para ajudar. Sigam o que se passa no nosso movimento e aproveitem todas as oportunidades para aprender e usufruir de experiências novas e diferentes. Não percam a oportunidade de fazer eventos grandes em que possam contar com a presença de mais companheiros. Não faltem aos eventos distritais, é garantido que se vão divertir e conhecer novas perspetivas e realidades. A Rentrée é já no próximo dia 24 e tem diversão escrita por todo o programa, e pouco depois virá o Congresso Nacional, que não será nada menos que excelente. Vão mesmo ficar de fora? Contem connosco para vos ajudar em qualquer dúvida ou problema, a vossa equipa existe para vos ajudar em todos os momentos. Saudações Interactistas.

CADERNO DE FORMAÇÃO Distrito 1960

Informação Anúncios Projectos

Subsídios Fundação Rotária Portuguesa

Caros Companheiros, Chegou setembro e com ele, a possibilidade de concorrerem aos subsídios de apoio aos clubes da Fundação Rotária Portuguesa. Se o vosso clube pretende levar a cabo um projeto de serviços à comunidade de maior dimensão e que crie mais impacto na comunidade pode candidatar-se até dia 30 deste mês. As áreas abrangidas pelos subsídios são: o combate à pobreza e fome; a alfabetização e educação; a promoção da saúde e os recursos hídricos e ambiente. Os subsídios cobrem entre 10% a 50% do custo associado do projeto, com um máximo de 2.500,00€ por projeto. Para concorrer basta preencher este formulário de candidatura ao subsídio. Formulário de Candidatura Qualquer dúvida ou pedido de informação, não hesitem em contactar: comunidade@rotaract1960.org Mãos à(s) obra(s)!

Candidaturas Abertas Eventos Distritais

Continuamos à espera da candidatura do TEU clube, para a organização do próximo evento distrital. Organizar um evento desta envergadura é dar um passo na criação de ferramentas de liderança, que só o Rotaract pode dar, mas das quais podes beneficiar toda a vida. Em qualquer momento da tua vida vais ter de assumir a liderança na organização de algo, seja um projeto escolar, um problema familiar, uma mudança de casa, a organização de um casamento, etc. Vai ser nestes momentos que vais desejar ter tido a experiência que agora te estamos a oferecer com esta oportunidade. Além dos sócios ganharem estas competências, é uma óptima oportunidade para se darem a conhecer ao distrito, e contactarem com diferentes companheiros de diferentes áreas. Por vezes quando somos meros participantes de um evento distrital ou nacional, não nos envolvemos de forma a conhecer toda a gente e acabamos por ficar apenas com os sócios do nosso clube ou com outros companheiros que já conhecemos. Estar no pelotão da frente de uma organização, vai obrigar-te a contactar com toda a gente e fazer-vos sobressair. O melhor de tudo, é que vos vai obrigar a trabalhar em equipa, e a vencer obstáculos juntos. Já vos convencemos? Não fiquem assustados, há uma primeira vez para tudo, e lembrem-se que as melhores coisas acontecem quando saímos da nossa zona de conforto. Arrisquem! A Representadoria está aqui para ajudar, e conta também com a vossa ajuda. Todos os eventos são feitos por NÓS e por VÓS, para NÓS e para VÓS. Confusos? Então candidatem-se que logo percebem.

À Conversa com... Diana Vasconcelos Avenida de Serviços à Comunidade

Diana Vasconcelos, fundadora do projeto Há Ir e Voltar, nasceu em Amarante, estudou Ciências da Comunicação na Universidade do Porto, mas foi junto das crianças das favelas de Kibera e Mathare, no Quénia, que criou um rumo para a sua vida. No mês em que, em Rotary Internacional, celebramos e chamamos à atenção para a Educação Básica e Alfabetização, falámos com a Diana Vasconcelos, uma jovem de 29 anos, fundadora do projeto Há Ir e Voltar, que pretende dar educação e uma oportunidade de vida a mais de 160 meninas residentes nas favelas do Quénia. Porquê Mathare? Porquê construir uma escola nessa favela? Estas 78 meninas são as crianças mais bem-educadas que eu já vi no Quénia. A escola das Angel Girls, em Mathare, é uma escola que, apesar de ter professoras super aplicadas e responsáveis, não tem uma estrutura em condições. Não é um local digno para crianças. Vivem em miséria extrema, dormem no chão, com os ratos, sem um colchão, sentam-se em cadeiras partidas e chove dentro das salas de aulas. A escola existente não é bem uma escola: são três salas de 4m2, onde numa das salas chegam as estar 40 meninas dos 3 aos 12 anos. Com paredes de chapa, bancos partidos, chão de terra batida, ardósias esburacadas e um telhado que deixa passar água quando chove. Sem casa-de-banho, só um esgoto a céu aberto. E estas crianças têm direito a mais. Com 20 mil euros será possível transformar aquelas três salas numa escola de dois andares, com janelas, salas onde se consegue respirar, materiais de estudo e casas de banho. Lá, será possível albergar inicialmente 78 meninas (o desejo é chegarmos às 130) e garantir-lhes refeições quentes diárias, provavelmente as únicas que muitas daquelas crianças comerão por dia. Queremos ajudar especialmente meninas porque nas famílias mais carenciadas, culturalmente são sempre elas as últimas a terem direito a ir à escola.

Como foi a adaptação ao novo país e à nova vida? “(…) Eles não conhecem o conforto, mas todos se riem. Todos se riem muito e sabem brincar e sabem o que é ser amigo e partilhar. Vejo-os e zango-me por sempre, em toda a minha vida, ter ouvido relatos de como são as coisas aqui e, afinal, nunca estive perto de imaginar como as coisas são de verdade. É por isso que me custa tentar explicar como é a vida aqui, como são os cheiros, as casas, as crianças e os adultos. Porque acho que nenhumas palavras são capazes de criar uma imagem que se aproxime da realidade. Porque mesmo que vos envie fotografias, falta o cheiro da fossa, do lixo podre, do banho por tomar, dos fumos, dos cães, das casas de lama e lata forradas com cartões podres. Falta o zumbido das moscas, o latir dos cães, o “how are you?” das crianças, falta o roçar do beijo e as mãos que nos tocam só porque sim, porque acham que sendo branca me devem tocar porque, porque para muitos somos esperança. (…)” Este é um excerto que escrevi na minha primeira semana no meu diário pessoal. Hoje, 2 anos depois, as sensações continuam a ser as mesmas. Claro que com o passar dos meses este sentimento de lamentação deu lugar a pensamentos sobre como melhorar a vida destas famílias e passar das ideias para a prática. Mas quando paro para pensar e observar as vidas à minha volta, o meu coração aperta-se como no primeiro dia. De resto, claro que é uma experiência que me está a mudar para sempre e que, arrisco-me a dizer, está a dar rumo à minha vida. O Quénia é um país maravilhoso. Destas crianças recebo o maior agradecimento possível: uma felicidade imensa que me enche o coração. Mas, ao mesmo tempo, o Quénia roubou-me a ingenuidade de achar que o mundo é um lugar bonito. Há milhões de pessoas esquecidas aqui, têm vozes, mas não são ouvidas. Como surgiu o projeto Há ir e voltar? Depois de acabar o curso, em 2010, fiz estágios na área da Assessoria, Publicidade e Marketing Digital. Em 2012, estava a trabalhar numa Startup como Community Manager quando recebi uma proposta para ir para os Estados Unidos da América para trabalhar como babysitter. Não recusei. Estava sedenta por novas experiências. Desde então, nunca mais quis trabalhar dentro de quatro paredes. Em março de 2014 estava na Suíça, a fazer limpezas numa pastelaria. Fui por três meses para conseguir dinheiro para viajar pela América Latina durante seis meses. Quando estava quase a acabar o contrato, e já a ver voos para a América Latina, soube de um Serviço Voluntário Europeu (SVE) para o Quénia, durante um ano. Candidatei-me por impulso e no dia seguinte fui selecionada. Só depois de saber que tinha sido selecionada é que fui ver todas as informações sobre o projeto e soube que este SVE era em Kibera. Fui ao Google e pesquisei um bocado sobre esta favela. Comecei pelas imagens – fiquei aterrorizada. Não era, de todo, uma realidade a que eu estava habituada. Mas com os anos aprendi que não importam os sítios, importam as pessoas e os momentos que partilhamos. Nas informações sobre o voluntariado dizia que ia trabalhar no Gabinete de Comunicação da ONG – Kenya Youth Foundation, e que ia ensinar crianças nas escolas. Quando aterrei em Kibera, no dia 7 de maio de 2014, vi que podia fazer muito mais do que isso. Foi aí que decidi criar o meu próprio projeto, muito mais focado em crianças e no terreno.

Quais são os planos para o futuro do projeto? Neste momento eu estou em Viena a trabalhar para as Nações Unidas até ao final do ano. Depois volto para o Quénia. Até lá, temos uma série de voluntárias que ajudam com tudo o que é preciso. Neste momento a Diana Nicolau, (Representante Distrital do Rotaract) e a Inês Barata estão no Quénia para dar continuidade à construção da escola de Mathare e para apoiarem todas as crianças que estão a ser apadrinhadas através do nosso projeto. O plano principal (eu não gosto muito de fazer planos) é continuar a garantir que estas crianças têm acesso ao básico: educação, alimentação, saúde e vestuário. Quantas mais crianças conseguirmos apoiar, melhor.

Que conselhos dás aos jovens que querem, tal como tu, criar projetos em Portugal ou no estrangeiro que contribuam para melhorar o acesso à educação? Já dizia o Nelson Mandela que “a Educação é a principal arma para combater a pobreza”. E é tão verdade! Na escola as crianças crescem com o apoio de que necessitam, aprendem a tornar-se melhores pessoas e estudam, o que lhes abre uma porta para o futuro. Se não estudarem, nunca terão a oportunidade de sair da favela. Mas gostava também de alertar para que estejam preparados porque não vai ser uma jornada fácil. Mas, no final, vai ser a mais bonita. Vão ver coisas que nunca imaginaram um dia ver. Ao mesmo tempo, quer a cabeça quer o coração, vão crescer imenso. O coração não pode parar de crescer, caso contrário não temos onde guardar todo o amor que recebemos das crianças. Já passei por muitas situações em que fui enganada pelos adultos, em que tive vontade de desistir, mas é pelas crianças que continuamos a lutar todos os dias. E, olhando para trás, voltaria a fazer tudo.

Não basta QUERER. Não basta SER. Há que FAZER! Crónica Mensal Caro(a) líder, Com as férias a acabar, e as primeiras reuniões dos clubes a serem marcadas, há um tópico que não podíamos deixar passar em branco: os planos anuais de atividades. As ideias raramente faltam, a vontade é muita, mas sem um plano de atuação o mais provável é chegarem ao fim do ano e não terem feito nem metade! Ou pior, tentaram fazer tudo e acabaram por não fazer quase nada… Não basta QUERER. Não basta SER. Há que FAZER. E para isso, a melhor forma de começar este ano de trabalho é planeando. Perceber quais das ideias que temos são viáveis, a que projetos do ano anterior deveremos dar continuidade, e quais são realmente as temáticas anuais que queremos abraçar. Enquanto líder, cada presidente do clube traz normalmente uma nova visão. Alguns projetos que quer mesmo realizar, e objetivos em mente logo à partida. As primeiras reuniões deste mês deverão por isso basear-se na partilha de ideias, estruturação e validação das mesmas. Juntos, os vários companheiros deverão perceber se preferem ter um projeto a longo prazo, que irão trabalhar em conjunto durante todo o ano, acompanhado de outros pequenos projetos a curto prazo que irão surgir consoante o desenrolar da ação. Ou se preferem focar-se mais na área dos serviços à comunidade, realizando diferentes projetos sociais dentro dessa avenida. Ou ainda se querem aproveitar para investir num projeto internacional, geminarem-se com um clube do Egipto e criar um projeto para ajudar as mulheres e crianças que são forçadas à mutilação genital. Esta é a altura de planear. Vai haver por certo desacordo em alguns pontos. O diálogo é por isso fundamental: - SR.(A) PRESIDENTE: Estas reuniões terão que ser bem preparadas. Não te aconselhamos a levar um plano fechado, porque desmotivado e sem amor à causa ninguém gosta de trabalhar. Mas também não deverás levar um papel em branco. Foca-te nos teus objetivos anuais. Estabelece prazos, e distribui tarefas. E tenta garantir que todos estão de acordo com as tarefas e projetos que lhes foram incutidos. - SÓCIOS DO CLUBE: Planos abertos ou fechados do presidente, levem ideias. Porque parvas ou irrealistas, são as ideias que nos ajudam a avançar. Se a vontade é o combustível da mudança, uma boa ideia é o caminho que nos leva lá. Por isso deem o vosso melhor contributo. E arrisquem. Ideias novas, e diferentes. É isso que se quer! E no final, pendurem-no na parede. Levem-no na carteira. Não será por certo um plano fechado, as coisas mudam ao longo do ano. Mas mantenham-no em mente. Verão que será mais fácil trabalhar a partir daí. Não basta QUERER. Não basta SER. Há que FAZER.

Portugal ardeu #PrayForPortugal

O verão de 2016 ficará para sempre nas nossas memórias pelos cerca de 117 mil hectares ardidos, representativos de 53,4% da área ardida por toda a europa. Mais de 74 000 operacionais, 20 000 viaturas e 1 215 meios aéreos estiveram envolvidos no combate aos incêndios. Felizmente, só se registaram 3 mortos. A destruição em áreas florestais e urbanas, porém, causou danos irreparáveis, e com valores superiores a 61 milhões de euros. Durante dias os nossos olhos estiveram postos na Madeira. Mais de 3 mil hectares ardidos, que levaram Marrocos, Itália, Espanha e Rússia enviar aviões para ajudar no combate aos fogos. Os olhos do mundo andaram postos em Portugal, e todos quanto puderam fizeram por ajudar. E tendo o companheirismo acordado em toda a gente, também a tua Representadoria se uniu com o Governador distrital, de forma a perceber como poderemos ajudar. Enquanto era elaborado um plano de ação nacional, apelámos a todos os companheiros, cônjuges e amigos da família rotária que fizessem a sua parte e se dirigissem aos quartéis da sua zona, de forma a conseguirem entender que ajuda poderiam dar, localmente, aos seus bombeiros. Agradecemos por isso a todos os clubes que demonstraram imediatamente interesse em ajudar, apresentando sugestões de projetos e disponibilidade para dar o apoio necessário. Assim que tivermos novidades dos nossos companheiros de clubes rotários madeirenses, entraremos em contato com todos os clubes. Porque o Rotaract se junta para ajudar quem mais precisa.

Os incêndios vistos do espaço

Portugal no Quénia Rotaract Club de Nairobi-Central

Já todos sabemos que Rotaract é uma grande família, e prova disso foi a calorosa recepção que a nossa atual Representante Distrital de Rotaract, que se encontra neste momento no Quénia em mais uma missão de voluntariado, teve na visita a uma das reuniões quinzenais no Rotaract Club de NairobiCentral.

Esta foi uma reunião especial, dedicada às relações dos dias de hoje. Um tema que não podia estar mais de acordo com o que Rotary defende. A Diana participou num debate sobre o tema e voluntariou-se para uma experiência social de speed dating. As diferenças culturais e sociais foram debatidas e os companheiros rotaractistas mostraram-se muito interessados na forma como nós, europeus ocidentais, vemos as relações.

Na reunião estavam presentes 30 rotaractistas, 2 rotários do Rotary Club de Nairobi e 40 convidados externos. Nesta reunião, a Representante falou do Rotaract em Portugal e dos projetos atuais, e os sócios do Club Local mostraram-se interessados em ajudar o projeto Há Ir e Voltar, onde a Diana trabalha atualmente como voluntária no Quénia.

O hall de entrada da escola Mary Mother of Hope, em Kibera terá uma parede chamada “Rotaract Wall”, pintada pelos sócios do Club Local e pela Representante, e com o logótipo do Rotaract. Os materiais de pintura serão doados pelo Club de Nairobi. As tintas já foram compradas e esta é a sala que queremos renovar, com o selo Rotaract. Todos os visitantes que entrarem na escola,

poderão ver a parede e questionar-se sobre o que será. Todos os pretextos são bons para explicar o nosso movimento e levá-lo além fronteiras. Fiquem atentos para descobrir o resultado desta parceria, muito em breve. Obrigada Rotaract Club de Nairobi.

CADERNO DA REPRESENTADORIA Actividades da Equipa Distrital

Notícias

Conselho Distrital Domingo, 16 de Outubro

Portugal Rotário Entrevista Representante Distrital A Capa da edição deste mês da revista Portugal Rotário, surpreende com a Representante Distrital de Rotaract, que numa entrevista de três páginas nos fala sobre o seu percurso profissional, sobre a sua vida no movimento e as recentes experiências como voluntária nas maiores favelas de África Oriental, Kibera e Mathare, no Quénia. O Rotaract foi o grande impulsionador para esta nova etapa na vida da Diana. Se quiseres saber mais sobre este assunto e como podes ajudar também a partir do conforto da tua casa, as mais de 200 crianças do Projeto Há ir e Voltar, criado por uma portuguesa com um coração maior que o mundo, Diana Vasconcelos, que podes conhecer melhor na entrevista das página 12, 13 e 14 desta edição, feita pela Diretora de Serviços à Comunidade, Cátia Leandro, à mentora do projeto. Consulta a versão online da revista Portugal rotário para saberes mais, aqui.

Rentrée Rotaract Club de Santarém

A tão aguardada Rentrée tem data marcada, programa completo e inscrições abertas! Começando às 9h30, com a receção dos participantes e a distribuição do KIT RENTRÉE, irás ter direito a um Peddy-Paper pela cidade de Santarém, um mega almoço numa das melhores Tabernas da zona, aulas de Zumba aquando do Happy Rainbow, uma boa banhoca e um porco no espeto, a acompanhar com muita dança pela noite fora. O custo será de 25€ para Rotaractistas e Interactistas, e 30€ para Rotários, e não inclui estadia. Existem também outros pacotes de meio-dia com outras tarifas. As inscrições podem ser feitas a partir de hoje, até dia 17 de Setembro, data em que os valores de inscrição serão inflacionados. INSCRIÇÕES E PROGRAMA AQUI Vemo-nos lá? #RentreeRTC1960 #RTCSantarem #RTC1960

CADERNO DOS CLUBES ROTARACT

Notícias Anúncios Projectos Actividades

Eventos 23

Rotaract Club de Algés Ajuda Quem Te Ajuda 12 de Agosto

No seguimento da onda de incêndios que afetou todo o pais, decidimos contribuir com o que podíamos. Junto do Rotary Club de Algés, apercebemo-nos das necessidades dos Bombeiros Voluntários de Algés, e metemos mãos à obra. Pediram-nos recursos alimentares: água, leite, bolachas, conservas e alguma fruta. Estando cada sócio numa parte diferente do país, lançámos um desafio junto da nossa comunidade, de forma a colmatar a falta de recursos humanos para realizarmos uma recolha local de produtos. A D.Fátima foi uma das pessoas que aceitou o nosso desafio. No seu local de trabalho, junto de clientes e colegas de trabalho, angariou uma enorme quantidade de alimentos que foram entregues no quartel de Algés. A vontade de ajudar não falta. Às vezes basta desafiar a nossa comunidade a trabalha connosco.

#AjudaQuemTeAjuda #RTCAlgés

Rotaract Club de Lisboa e LisboaNorte Rotaract Running 3, 10 e 17 de Setembro

Setembro é um mês de recomeços, e porque não incluir o exercício físico na lista? Rotaract Running é um projeto conjunto do Rotaract Club Lisboa-Norte e do Rotaract Club de Lisboa que vai pôr todos a correr pelas ruas desta cidade. Todos os sábados vamos explorar diferentes percursos vestidos a rigor com a camisola do Rotaract. E não se preocupem, todos têm o seu ritmo e isso é respeitado, desde quem se inspirou e vem pela primeira vez até ao atleta de alta competição. Os percursos para o mês de setembro já estão escolhidos. Todas as informações e inscrições aqui. Escolhe o teu dia. 3 de Setembro Dia 10 de Setembro Dia 17 de Setembro Inscrevam-se e tragam amigos! Todos são bem vindos!

CADERNO INTERNACIONAL Rotary | Rotaract | Interact

Notícias Anúncios Projectos

Actividades

Eventos

Young Leaders in Action Newsletter de Rotary International

Excerto da newsletter de Agosto de 2016

Tens seguido o nosso conselho e explorado todos os conteúdos que te são oferecidos no site do My Rotary? Mostramos-te agora mais uma sugestão, uma newsletter de Rotary International, onde poderás encontrar notícias internacionais da organização, casos de sucesso de liderança, links de possíveis patrocinadores internacionais de projetos para Rotaract e Interact, entre muitas outras coisas. Estás à espera de quê? Clica já: Subscrever newsletter

BREVEMENTE Rotary | Rotaract | Interact

Notícias Anúncios Projectos Actividades Eventos

Rentrée Santarém 24 de Setembro

Calendário RTC & ITC Setembro Lembra-te que o Calendário que foi entregue ao teu Clube, aquando a Assembleia de Preparação de Líderes, serve para relembrar a todos os sócios dos futuros eventos agendados, e sugerir atividades de acordo com os lemas dos meses. Não fiques a ver passar as páginas.

Calendário RTC & ITC Outubro

Porque queremos que estejas sempre um passo à frente, e porque PLANEAR é a palavra de ordem, espreita o calendário de Setembro, e segue as sugestões da Representadoria. Aponta já os eventos na tua agenda.

Conselho Distrital

NOVA DATA

A CARTA MENSAL É FEITA

POR TODOS PARA TODOS þ PARTILHEM-NA ENTRE OS SÓCIOS þ REVEJAM-NA NA REUNIÃO þ SAIBAM O QUE O DISTRITO ANDA A FAZER þ ESPREITEM AS NOVIDADES FUTURAS þ ENVIEM-NOS AS VOSSAS NOTÍCIAS

Edição nº.1 - Julho

Edição nº.2 - Agosto 32