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Polémicas para livre pensadores (“Fui enganado! (3)”
Polêmicaspara livrepensadores
Fui enganado! (3)
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Pelo Irmão Aquilino R. Leal
O M.·.I.·. Aquilino R. Leal é oriundo de Zamora (Espanha), mas mora no Brasil (Lima Duarte — Minas Gerais) desde dezembro de 1952.
Engenheiro electricista e profesor universitario, está aposentado.
Foi iniciado na Maçonaria em 03 de Setembro de 1976, elevado ao grau de Compaheiro em 28 de Abril de1978 e exaltado a Mestre em 23 de Março de 1979. Em 05 de Julho de 1988 sentou no Trono de Salomão.
O M.·. I.·. Aquilino R. Leal foi fundador das lojas Septem Frateris 95 (Rio de Janeiro) em 10/08/1983 e Stanislas de Guaita 165 (Rio de Janeiro) em 20/06/2006. Ambas trabalhando no REAA.
Podem entrar em contato com ele através do endereço: aquilinoapolo@gmail.com
Fato:
Recebemos de um possível fanático ‘bro’ uma mensagem um tanto quanto agressiva criticando veemente as duas nossas crônicas que levaram o mesmo título desta. A primeira dessas crônicas, FUI ENGAÑADO, foi publicada, em espanhol, na edição no. 65, novembro de 2016, da RETALES DE MASONERÍA, a segunda crônica FUI ENGAÑADO (2), também em espanhol, teve sua publicação na edição de no. 90 – dezembro de 2018, também na revista virtual RETALES DE MASONERÍA, ambas as publicações com tradução de Mario López Rico, fac-símiles adiante, disponíveis para livremente baixar em um dos links oferecidos em https://retalesdemasoneria.blogspot.com/p/archivo-de.html.
Passado algum tempo depois resolvemos nos contrapor a algumas das agressividades desse irmão leitor certamente com pouco conhecimento dos assuntos internos da Ordem. Tal resposta, em espanhol, novamente com a tradução do ‘bro’ Mario Lopez Rico, foi aqui publicada na página 76 da edição número 99, setembro de 2019 conforme o par de fac-símiles a seguir – esta edição da revista RETALES DE MASONERÍA e todas as demais edições da revista podem ser livremente baixadas, sem qualquer ônus, através do link https://retalesdemasoneria.blogspot.com/p/archivo-de.html.
O que tais mensagens recebidas têm de agressivas não superou o conteúdo enganoso de teu texto; conteúdo digno de quem ainda não conviveu o suficiente de tempo com a Ordem ou não a conhece suficientemente porque nunca leu e/ou aprendeu algo a seu respeito, ou mesmo a estudou. Sugiro a esse ‘bro’ o seu devido ‘amadurecimento maçônico’ e a leitura de textos sobre a Ordem. À guisa de colaboração sugiro a consulta a um dos seguintes links: https://iluminando.org/category/masoneria-3/ , https://historiamasonica.blogspot.com/ através da leitura desses trabalhos ele poderá colher elementos, subsídios, para corroborar o conteúdo desses meus textos, hostis possivelmente mas, sem sombra de dúvidas, verídicos. Fatos são fatos! Não há como retrucá-los. Não há como os desmentir... A não ser pela truculência, e mesmo assim de forma temporária! A verdade mais cedo ou mais tarde brota!
Segundo a tal indignação desse ‘bro’ contestador tudo são flores na Ordem... Diria eu que até tudo são rosas na Ordem! Sim! Isso até que pode ser pois por várias vezes e vários IIr têm-se espetado com os espinhos que elas, rosas, proporcionam! Na Ordem, caro Sr. Contestador, não há igualdade, nem tampouco liberdade e muito menos fraternidade... Tente você ocupar o lugar da ‘estrela’, ou ‘estrelas’ de tua Loja... Serás sumariamente alijado! Tenta ser livre criando, colaborando, participando com novas ideias, com tuas ideias e verás que em pouco tempo serás taxado como um possível usurpador do ‘trono do dono’, ou ‘donos’, da Loja’! Tenta trabalhar e logo serás taxado como ‘alguém que gosta de aparecer’, justamente por àqueles que nada fazem e nada deixam fazer aos outros, impondo suas vontades e seus achismos1 .
Quanto à fraternidade... Bem... Nada mais do que troca que falsidades... Apenas isso. Ou você ainda é o suficiente inocente para acreditar em tais balelas? Se não estiver afinado com a ‘panelinha dominante’ estarás f#d$do! Para conseguir alguma das benesses, que aos ‘amiguinhos’ são dadas a roldo, tens que ser um boi da boiada que não sabe para onde ir, apenas é empurrado sem lenço, sem documento, sem destino... Sem pensar
Compare o que realmente acontece na Ordem com o conteúdo de certa ‘mensagem’ que circulou pela rede de computadores, lá por volta de 2015, fato sobre a filosofia africana chamada Ubuntu.
De acordo com tal mensagem, Ubuntu é uma tribo da África e relata a última peripécia de um antropólogo que estava estudando usos e costumes da tribo; quando terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta para casa2 .
Sobrava muito tempo e não querendo catequizar os membros da tribo propôs ele, então, uma brincadeira para as crianças, que à primeira vista achou inofensiva.
Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, colocou tudo em um cesto bem bonito com laço de fita e tudo mais que tem direito; tudo isso colocou debaixo de uma árvore.
Passo seguinte chamou as crianças e combinou com elas que quando ele dissesse o consagrado ‘já’ elas deveriam sair correndo até o cesto e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.
As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele rabiscou no chão e esperaram pelo sinal combinado.
Quando ele disse ‘já’ imediatamente todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore onde se encontrava o cesto.
1 Repito: passei por isso em certa Loja (Loja? Mais um antro de canalhas que outra coisa!) do Rio de Janeiro, Brasil, subordinada à GLMERJ a qual, uma verdadeira uma hetaira deste século, até o momento não se manifestou mesmo com as minhas várias tentativas solicitando o resultado de um processo encaminhado ao escurecer de 2005! Processo ainda se respostas!! Farinha do mesmo saco! 2 Não verificamos a veracidade do fato, mas a filosofia da tribo é fato. [Nota: Aquilino R. Leal]
Chegando lá começaram a distribuir os doces entre si e os comerem felizes.
O antropólogo, continua tal narração, foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.
Elas simplesmente disseram: “Ubuntu tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?”
Ele ficou desconcertado! Longos meses estudando os usos e costumes da tribo e não tivera tempo para compreender de verdade a essência daquele povo, caso contrário jamais teria proposto tal competição.
Ubuntu significa: “Sou quem sou porque somos todos nós” ou “sou o que sou pelo que nós somos” ou, ainda, “humanidade com os outros.”
Veja, literalmente, como conclui o mencionado texto:
“Muitas vezes trabalhamos em uma ideia ou uma convicção tão obsessivamente, para "ajudar" aqueles que consideramos "carentes" ou para mudar os "inferiores" e não percebemos que eles têm o mesmo valor que nós. E até nos surpreendem, muitas vezes, com seu sentido ético e sua maneira de se relacionarem. Falta ainda um pouco mais de tempo para compreendermos que não existe tal coisa como uma hierarquia cultural, ou expressões culturais boas e más, certas ou erradas.
Na ação de cada gesto ou na consideração que fazemos do “outro,” só conseguimos olhar para o próprio umbigo e frequentemente nos vemos como modelo e referencial. Olhamos as outras manifestações culturais, outros valores, outras práticas sociais pelo nosso prisma, com os valores da nossa cultura. A isso a Sociologia e a Psicologia chamam de "etnocentrismo".
O ubuntu tem sido uma expressão vivida de uma filosofia coletiva ética entre os povos sul-africanos há séculos. A pessoa só é humana por pertencer a um coletivo humano; a humanidade de uma pessoa é definida por meio de sua humanidade para com os outros; uma pessoa existe por meio da existência dos outros em relação inextricável consigo mesma, mas o valor de sua humanidade está diretamente relacionado à forma como ela apoia ativamente a humanidade e a dignidade dos outros; a humanidade de uma pessoa é definida por seu compromisso ético com sua irmã e seu irmão.
O adágio de que “é preciso uma aldeia inteira para criar uma criança” está alinhado com o espírito e a intenção do ubuntu. A força da comunidade vem do apoio comunitário e de que a dignidade e a identidade são alcançadas por meio do mutualismo, da empatia, da generosidade e do compromisso comunitário. Assim como o apartheid ameaçava corroer esse modo de ser africano tradicional – embora, em alguns casos, ele ironicamente o fortaleceu ao galvanizar o apoio coletivo e ao criar solidariedade entre os oprimidos –, da mesma forma a industrialização, a urbanização e a globalização crescentes ameaçam corromper essa prática secular.
O ubuntu também é a expressão viva de uma alternativa ecopolítica e antítese do materialismo capitalista, pois se posiciona contra essa interpretação ideológica da realidade através de uma filosofia nativa espiritual que está em maior consonância com a Terra, suas criaturas e suas formas vivas, e isso diz respeito a toda a humanidade em toda parte.” (Dalene Swanson, educadora sul-africana)
Conclusão: “Uma pessoa com Ubuntu está aberta e disponível para outros, apoia os outros, não se sente ameaçada quando outros são capazes e bons, baseada em uma autoconfiança que vem do conhecimento que ele ou ela pertence a algo maior e é diminuída quando os outros são humilhados ou diminuídos, quando os outros são torturados ou oprimidos.” (Arcebispo Desmond Tutu no livro "No Future Without Forgiveness", em português: "Sem Perdão Não Há Futuro"). Fonte: Wikipedia.
Ubuntu não é Maçonaria, ou melhor, Maçonaria não é Ubuntu!
Fui ou não fui enganado? E justamente pelo padrinho! No caso o ‘bro 33’ F. A. F. P., meu padrinho, há mais de 46 anos passados3!
"Não pense que não há crocodilos só porque a água está calma." (Provérbio malaio)
3 Recordo que vi a Luz em 1976, no Templo Tiradentes, bairro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, Brasil e que o padrinho F. A. F. P. nos deixou dois dias após o Natal de 2019.