verão 2010
Edição 07 R$ 7,90
ORQUÍDEAS Saiba como reproduzí - las
BEM - ESTAR
A influência do verão em nossa saúde
ARTE
A Bienal Internaciona de São Paulo
Especial: pomar Tudo que você precisa saber para ter o pomar que você sempre quis em sua casa
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1º LUGAR N O PRÊMIO DE QUALIDADE E EX CELÊN CIA EMPRES ARIAL “Para nós, da Casa Mineira, mais importante que um grande passado é um grande futuro. Por isso, investimos tanto no aperfeiçoamento de nossa equipe. Dai o reconhecimento: O 1º lugar do Prêmio de Qualidade e Excelência Empresarial da Câmara do Mercado Imobiliário e Secovi MG. Um prêmio que nos incentiva a continuar cada vez melhores. Afinal, nossa casa é aqui! !"!#$%&'%(!)# *+#,-./#0/#,1234-25-#,1+#61,78# 0/.0/#+49#216/,/2:1.#/#14:/2:-#/#:;7.)<
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verão
Paisagismo
Arquitetura
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22 A beleza dos minijardins
Tecnologia e tendências
Iluminação
40Luzes de natal
índice 18 42 45
Jardinagem Conheça mais sobre as palmeiras: versáteis, elegantes e imponentes.
Veterinária A importância da saúde bucal
Vida em condomínio Sua placa de obra pode ser objeto de taxa
Gastronomia cozinhas regionais 60 AAs da China - Parte 1 d
Orquídeas
das 32 Reprodução orquídeas
Arte Bienal Internacional 66 29ª de Artes de São Paulo Especial
ter um em casa 26 Pomar: é um privilégio que tra enormes prazeres
Economia
Editor itor it ori riia al.l............................. ......... .............................................................. ............ ..............................10
Bem-estar
Ca C art ar rtas as..................... ............................... ....................... ............... ...................................................1 ....1 .12 2 Acon ontte ece ec ce......... ................... ........ ...................... ..................... ............ .................. ..............................14 4
Saúde
Me M e eio iio o am mb biie ent nte - P Prro om mut utu uc ca. a .................... ...........................................1 .16 .1 6 Ga G asttrro on no o omi miia mi a-G Go ou ou urrm me et Vi Virt rtual.l...................................................58 58
Educação
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Os diferenciais do século XX
Irradie saúde nesse verão
Geração Z: tudo é para agora
Horta na escola
editorial
Edição
07
A Revista CASA, CAMPO & CIA é uma publicação trimestral da dezembro • 2010
Queridos amigos leitores, , chegamos à nossa 7ª Edição, que preparamos, mais uma vez, com muito carinho. Esta edição está especialmente recheada com a primeira parte de uma matéria que traz detalhadamente o que você precisa fazer para ter em casa o pomar que você sempre quis. Paisagismo, da nossa querida Junia Lobo, nos ensina a arte de fazer minijardins e Orquídeas aborda uma das maiores dificuldades dos novos orquidófilos, como reproduzir suas plantas. Saúde aborda a influência do verão em nosso organismo e as dificuldades enfrentadas pela geração bombardeada pela informação e pelas “relações digitais”. A velocidade da informação também é o tema de Economia, que trata da forma como ela afeta o nosso tempo. Educação fala sobre os benefícios do plantio e do contato com a terra nas escolas. Esperamos que vocês gostem dessas e das outras matérias! Essa nossa edição sai às portas do Natal e de um novo ano! Nesse que passou percorremos muitos caminhos, acertamos, erramos e, sem dúvida nenhuma, aprendemos muito. Mais uma vez, a todos vocês, o nosso muito obrigado! Essa é uma época onde é comum pararmos para revermos nossas ações, definirmos mudanças, estabelecermos novas metas, novos planos. O problema é que normalmente essas datas, o ano novo, a segunda-feira (dia mundial do início do regime), o carnaval (afinal, o ano só começa depois do carnaval) acabam sendo formas de adiarmos aquilo que gostaríamos de fazer mas não temos certeza se queremos, se podemos ou se conseguiremos. Na dúvida, acabamos adiando. Durante um treinamento, há cerca de dois meses, ouvi uma frase que me fez pensar: “O que você faria se hoje fosse seu último dia de vida? O que você diria? Para quem você diria? Onde você iria?” Parando para pensar, a gente se pergunta sobre as coisas que realmente são importantes em nossa vida e sobre como estamos agindo em relação a elas e a nós mesmos. Será que é correto deixarmos para curtir nossa família um dia? Para nos curtir um dia? Para viajar um dia? Para rever os amigos um dia? Para ser feliz um dia? Um dia existe na sua agenda? Fica antes ou depois do qualquer hora? Pensando nisso, nós, da Casa, Campo & Cia desejamos a todos vocês um fim de ano repleto de ações e realizações, repleto das coisas que realmente importam para você, seja sua família, sua saúde, seu sucesso profissional e financeiro. Enfim, desejamos que você seja feliz, feliz MESMO, de verdade, hoje, agora e sempre. Feliz Natal, um excelente ano novo e obrigado!
Alexandre Bacelar Smith
editor chefe alexandre@casacampoecia.com.br
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Âncora Editora Av. Toronto, 44 - Jardim Canadá Nova Lima - MG - Fone: (31) 4136-0530 e-mail: revista@casacampoecia.com.br A Âncora Editora não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios de terceiros. Diretor e Editor Alexandre Bacelar Smith Colaboradores Mariana Marcial de Almeida Mara Heloisa Carvalho de Oliveira Alessandra Teixeira Guimarães Janaina Fossati Gleysse Gonçalves de Paula Projeto Gráfico e DTP Âncora Editora Textos Alexandre Bacelar Smith Designer e Produção Gráfica Luiza Soares Otoni Fotos/imagens Fotolia e iStockimage royalty free Impressão Del Rey Gráfica e Editora Tiragem 18.000 exemplares Publicidade/Comercial comercial@casacampoecia.com.br fone: (31) 4136-0530
Gente de CASA Ana Carolina Matos Germana Moro Gisele Noleto Gisele Kimura Haroldo Sampaio Junia Lobo Luciana Brandão Missiaggia & Picinin Nilze Monteiro Paulo Noleto Rita Mundim
Se você se interessa pelos assuntos da Casa, Campo & Cia e gostaria de passar a recebê-la, entre em contato conosco. minharevista@casacampoecia.com.br
bons fluidos iluminação
cartas Luciana Brandão Fotos: Arquivo pessoal e fotolia
iluminando o estado de espírito
A partir do estudo da cromoterapia temos várias vertentes ligadas à arquitetura, design de interiores, paisagismo, urbanismo e projetos luminotécnicos. Como profissionais, precisamos conhecer um pouco da influência de cada cor sobre nosso organismo para agregar valores aos nossos projetos, tornando-os mais objetivos e dinâmicos em casos peculiares, onde a utilização da cor pode fazer toda a diferença. Na iluminação, as cores podem ser exploradas na forma de fachos de luz provenientes de luminárias comuns ou específicas e instalações detalhadas. Podem trazer conforto ou estímulo a determinados ambientes, trazendo ao seu usuários sensações e descobertas. Assim exploramos cada espectro luminoso de acordo com suas características primárias:
AMARELO: Aciona as capacidades intelectuais, sendo indicada para os ambientes onde se pretende estimular a comunicação. Ajuda, também, a clarear as ideias e está associado à flexibilidade. Aumenta o aconchego, principalmente em locais onde não há luz natural. Antes de iniciar essa leitura, feche os olhos, ou melhor, siga os passos descritos, e aí, sim: feche os olhos! Imagine um ponto de luz laranja no centro do cenho, entre as sombrancelhas. Imagine essa luz quentinha... como o calor do fogo se espandindo, descendo pelo rosto, pescoço, colo, e por fim cobrindo todo o corpo, como um manto. Inspire, expire e sinta uma agradável sensação de conforto e acolhimento. Essa simples experiência vem ilustrar o quanto a iluminação está presente em nossa vida de formas indiretas e sensoriais. A iluminação vai além de projetos técnicos e soluções criativas. A iluminação passa pela área da saúde, do bem-estar e do espírito. E, se tratando do sentido visual, essa experiência só é possível porque, dando cores à luz, abrangemos seu universo de atuação beneficiando corpo e mente. Assim chamamos de cromoterapia: é a prática da utilização das cores na cura de doenças. Vem sendo utilizada pelo homem desde as antigas civilizações, como Egito Antigo, Índia, Grécia e China, com o objetivo de harmonizar o corpo, atuando do nível físico aos mais sutis. É considerada uma das principais terapias alternativas, porém não é reconhecida pela comunidade científica. Entretanto já existem alguns estudos sérios apontando a influência das cores na saúde humana, nomeadamente na área de biomidiologia. 32
VERDE: Traz às pessoas uma sensação de paz. Portanto, é indicada para todos os ambientes da casa. Representa esperança, abundância e equilíbrio
AZUL: Tem função terapêutica equilibradora, por isso é muito indicado para quartos de crianças e adultos hiperativos, além de banheiros e lavabos. É a cor da purificação, a única capaz de desintegrar as energias negativas. Favorece a inspiração, a amabilidade, a paciência e a serenidade.
VERMELHO: Ajuda a levantar o ânimo, simboliza a aproximação e o encontro entre as pessoas, porém muito cuidado: o exagero pode estimular reações agressivas, inclusive aumentando as frequências cardíacas. Ele instiga o apetite e a autoconfiança. Quando diluído em branco, torna os ambientes agradáveis, fazendo com que as pessoas queiram passar muito tempo neles.
BRANCO: Representa a perfeição e o amor divino, estimulando a humildade e a imaginação criativa. Ótimo para qualquer ambiente. Cria uma atmosfera de tranquilidade, por isso não pode faltar. Mas é bom mesclá-lo com outras cores para não criar um ambiente frio e hostil.
VIOLETA: Repousante. Deve ser utilizada, de preferência, em ambientes luminosos. Se usada em excesso, pode levar à dispersão, por isso o ideal é diluí-la com o branco, até conseguir um tom quase azulado. Estimula a intuição e a espiritualidade. Tem influência nas emoções e humores.
“À medida que lia o artigo, ficava imaginando como harmonizar os ambientes da minha casa. E o legal é que nos faz refletir sobre nosso atual estado de espírito, idealizando o que tem para ser melhorado.”
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promotuca
harmonia
Primeiramente gostaria de parabenizar a toda equipe pela Revista! É muito bom ler sobre o que está perto de nós, a nossa volta..sobre nossa região! Li a coluna da Gisele sobre o Promutuca e aproveito para deixar registrado meus sinceros parabéns por estes 20 anos desta Associação que luta para proteger nosso ambiente e consequentemente luta por nossa própria proteção. Gostaria de sugerir então pra que numa próxima edição a Gisele pudesse falar um pouco do Jacú. Estas aves tão simpáticas que estão sempre voando vale afora. Com certeza, muitos moradores da região têm curiosidades a respeito deste animal. Um abraço!
Gostaria de dizer que foi prazeroso ler a matéria da Luciana Brandão. Um assunto que me instigou muito. A medida que lia o artigo, ficava imaginando onde harmonizar os ambientes da minha casa. E o legal é que nos faz refletir sobre nosso atual estado de espírito, idealizando o que tem para ser melhorado. Suas matérias sempre mexem com a nossa imaginação. Afinal de contas, iluminação adequada muda o ambiente. Alexandre, é impossível não devorar esta revista quando chega em nossas mãos. Abraços, Luíz Gustavo Del Maestro
Érica Antunes Zauli
retorno leitura on - line Parabéns! Está muito bonita a revista e com ótimo conteúdo. E esse recurso para leitura on-line ficou show! Sucesso à Ancora Editora. Abraço.
Prezados, Gostaria de sugerir o retorno da coluna de turismo que sem dúvida engrandecia essa publicação. Atenciosamente Antonio Augusto Fale com a gente, a Casa é sua cartas@casacampoecia.com.br Cartas e comentários poderão ser publicados resumidamente
Moacir Santos
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cartas
recarregando as energias Achei maravilhoso Junia Lobo escrevendo sobre a energia dos jardins e concordo com ela, quando ela afirma que o jardim deve nos proporcionar prazer, serenidade e paz. Adoro, nos finais de semana, cuidar das minhas plantas e caminhar pelo meu jardim, isso recupera as energias “gastas” na semana. Parabéns!
riqueza do nosso artesanato A matéria sobre arte popular brasileira ficou ótima, nos abre os olhos para a riqueza do nosso artesanato, da nossa arte espalhada por este país tão criativo e grandioso. Fernanda Almeida
Daniela Duarte
time de craques O time de colunistas da revista está cada vez melhor! É um prazer ler as dicas de jardinagem de Haroldo Sampaio. Parabéns! Ana Santos
Você conhece alguém muito inteligente, de raciocínio rápido e com grandes ambições?
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É uma pena que grande parte das pessoas muito inteligente desperdiça suas potencialidades por não conhecer o caminho d pedras. Não basta ser inteligente, ter raciocínio rápido e grande ambições. Também não adianta nascer em uma família rica o simplesmente estudar nas melhores escolas. Para ter sucesso nes mundo cada vez mais competitivo, é preciso conhecer as técnicas qu realmente fazem a diferença na evolução profissional e na gestão d negócios. É preciso conhecer as malícias corporativas, os erros do outros, e principalmente: o pulo do gato. Conhecimento é TUDO Recomende o Empreendedorismo! Recomende o Evolution!
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Premium Ville Acaba de ser inaugurada uma excelente loja multimarcas no AlphaMall. Descobri em uma das minhas idas ao dentista e me impressionei com a variedade, com a qualidade das peças e com o excelente atendimento. Moda masculina (social e esportiva), feminina e infantil, acessórios e muito mais, excelentes marcas em um espaço de altíssimo bom gosto. ( Voilà! arquitetura design galeria)
Medo de dentista, nunca mais Sempre morri de medo de dentista, cada ida era um sofrimento, e eu achando que a dor que sentia era em virtude da fragilidade dos meus dentes (muito antibiótico na infância...) até que, mês passado, descobri a equipe da Dra. Melyssa, no Spa Odontoville (www.spaodontoville. com.br), e me peguei dormindo (de roncar) no meio de um tratamento. Não sei se é a capacidade técnica da equipe, a tela de LCD onde passam excelentes shows, o fone de ouvido com música na altura certa, a cadeira massageadora, ou tudo isso junto mas, desde então, mudei a forma de ver minhas idas ao dentista.
Iniciativa em defesa dos animais Um grupo de empresários, moradores e amigos dos animais da região de Nova Lima e condomínios começa a se organizar para a formação de uma ONG com o objetivo de prestar serviços veterinários e combater o problema dos maus tratos e do abandono de animais na região. A iniciativa, que já contou com um jantar beneficente para arrecadar fundos no restaurante Bodega 361 (www.bodega361.com.br), tem tudo para dar certo pela importância do tema e pela seriedade das pessoas envolvidas. Nossa Casa se coloca à disposição para ajudar no que for possível!
Não à expansão da Mina de Tamanduá E por falar em sociedade civil organizada, diversas entidades estão se unindo em torno da não expansão da Mina de Tamanduá sobre a estação ecológica de fechos. Uma Representação já foi protocolada junto ao Ministério Público no dia 7 de outubro de 2010, visando proteger essa importante área, pelas seguintes organizações: .Associação de Moradores do Vale do Sol (APREVS) .PRIMO- Primatas da Montanha: uma outra evolução é possível. .Condomínio Jardim Monte Verde .Arca Ama Serra-Associação em Defesa da Serra da Calçada .Movimento Artístico Cultural Ambiental de Caeté- MACACA .Movimento pelas Serras e Águas de Minas Saiba mais em http://www.valedosol.org - Informe-se, participe!
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meio ambiente
Gisele Kimura Fotos: arquivo pessoal
verão: época de abundância O verão é uma época de abundância em vários rios sentidos: muito sol, muitas festas e muita água. ua. Em relação às águas, parece haver uma percepção geral de que as chuvas a cada ano são mais torrenciais ou intensas, causando cada vez mais transtornos. Efeitos das mudanças nças climáticas? Talvez sim, mas não somente. Grande parte dos problemas que vemos como omo enchentes e deslizamentos são deflagrados pela ocupação indevida do terreno, pois alteramoss os caminhos da água ao impermeabilizarmos o solo, impedindo a infiltração e aumentando as vazões zões nos rios durante as chuvas. É por isso que nas construções mais modernas e que buscam uma integração mais harmônica com o meio ambiente busca-se aumentar a infiltração das águas no solo com, por exemplo, a utilização de pavimentos permeáveis como blocos vazados, concreto ou asfalto poroso. Apesar do maior custo inicial para sua implantação, o uso de pavimentos permeáveis reduz a necessidade de caixas de captação e tubos de condução da água, pois o escoamento superficial é muito menor do que em pisos impermeáveis. Isso sem contar todos os impactos positivos não mensuráveis, como a prevenção das enchentes, redução das ilhas de calor, recarga dos aquíferos subterrâneos e manutenção das vazões dos cursos d’água nas épocas de seca. Com tantos benefícios, vale a pena investir um pouco mais na qualidade de vida, que se refletirá não apenas na sua casa, mas em todo o planeta.
jacu E já que falamos de abundância, na seção fauna desta edição trazemos abaixo informações interessantes sobre um animal muito presente na nossa região (e hortas): o Jacu.
jacu Nome científico: Penelope obscura Nome popular: Jacuaçu ou Jacu Grande conhecido da maioria de nós, o Jacu é um galinhão típico dos capões remanescentes de mata que nos restam, com um nome científico bem curioso: Penelope obscura. Nativo das Américas, é a espécie do gênero com maior distribuição ao sul do Amazonas. São avistados aos casais e tidos como monogâmicos. Nidificam no alto das árvores em ninhos pequenos e pouco elaborados feitos de galhos e cipós. Frutas, brotos e algumas folhas são seus alimentos preferidos. Nossas hortas são um banquete para eles, e por isso alguns se incomodam com sua presença. No entanto, não são os Jacus que são abundantes, e sim nossas matas que, escasseando, acabam se por concentrar os Jacus nas poucas manchas que restam. Poucas matas versus muitos jacus é igual a falta de condições de suporte (abrigo e alimento). Uma opção seria identificar as frutas que eles mais apreciam e plantá-las por aí. Talvez, com frutas disponíveis, eles deem um refresco para as hortas. Algo como uma cota adicional para eles e outros bichos que, na verdade, são cohabitantes desses fragmentos de mata que temos o privilégio de compartilhar com eles.
Gisele Kimura - Geóloga, presidente da Associação Promutuca
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jardinagem
Haroldo Sampaio Fotos: Fotofolia e arquivo pessoal
palmeiras VersĂĄteis, elegantes e imponentes, as palmeiras tĂŞm um lugar especial no paisagismo, em nossos jardins e dentro de nossas casas.
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As palmeiras são plantas típicas das regiões tropicais e subtropicais, podendo ser encontradas mais de 3.000 espécies. De maneira geral, podemos dividir as palmeiras em dois tipos distintos de folhas, um deles com folhas em forma de leque, o outro com folhas parecidas com uma pena. A multiplicação das palmeiras é feita principalmente por meio de sementes e o ideal é que as sementes não fiquem armazenadas por muito tempo. Como as palmeiras demoram muito tempo para crescer, é muito comum o transplantio, a retirada de palmeiras de grande porte do solo para plantio no jardim. Para garantir o sucesso no transplantio de palmeiras, é necessário tomar alguns cuidados:
As palmeiras também são muito requisitadas para serem utilizadas em vasos, decorando ambientes internos. Para que a baixa luminosidade e o pequeno espaço não prejudiquem as plantas, é necessário conhecer e respeitar suas particularidades. O primeiro passo é escolher espécies adequadas ao local e ao tamanho do vaso em que se deseja Cave em volta das raízes de modo a obter um plantá-las. Plantas que crescem desordenadamente ou com raízes agressivas devem ser evitadas, bem torrão de terra (Este torrão deve ter cerca de 1m) como plantas venenosas, principalmente em locais Cuidado para que a palmeira não sofra queda utilizados por crianças e animais. Deve-se evitar também colocar palmeiras com espinhos, como a isto porque o “palmito”(parte porque logo abaixo fênix, em locais próximos a passagens. das folhas ) é extremamente sensível não toleram Um dos aspectos mais importantes é justamente a luminosidade. Por isso o ideal é que os vasos do impacto. fiquem próximos a janelas, portas de vidro ou vãos Com a palmeira no chão, corte as folhas a por onde entre luz. As espécies mais indicadas para salas, varandas e cozinhas são as de meia-sombra ou partir das laterais, deixando apenas as folhas mais sombra, como a Ráfis (Rhapis excelsa) e a Palmeira no centro, esta pratica é importantíssima para que Leque (Licuala grandis). Além disso, deve-se tomar, na montagem dos haja uma redução da perda de água. vasos, os mesmos cuidados que se tomam com No local de plantio colocar 500gr de TerraCottem outras plantas envasadas: escolha um substrato de qualidade com boa capacidade de drenagem, forre na terra que vai por baixo e ao redor do torrão, este o fundo do vaso com brita ou argila expandida e produto é cientificamente comprovado e aumenta a mantenha as regas constantes, de acordo com as características do local. porcentagem de pega próximo aos 100 %. Locais mais expostos ao vento ou mais abafados Pois a colocação da palmeira do local ela necessitam de regas mais constantes. Adquira o hábito de colocar a mão na terra: se estiver seca deve ser fixada por meio de cabos, madeira ou está na hora de regar novamente. Plantas colocadas tripés (conformato). O importante é que ela não próximas a aparelhos de ar condicionado tendem a ficar ressecadas e quebradiças. movimente. Um dos problemas mais comuns em plantas em vasos é a deficiência nutricional. No caso das palmeiras detalhes Importantes também vale a máxima de que é melhor adubar sempre do que adubar muito. Evite E it a colocação l ã de d matéria té i orgânica â i e a colocação l Utilize adubos foliares completos a de adubos minerais (exceto o fósforo) no transplantio. cada 30 dias e substitua parte do Evite o stress hídrico, falta ou excesso de água. substrato por húmus de minhoca, ou As principais pragas que afetam as palmeiras são as outro adubo orgânico, a cada 6 meses. lagartas, que atacam principalmente no período chuvoso, Uma boa dica para evitar pragas, e as larvas de besouros, que perfuram e cavam “túneis” como os pulgões, é pulverizar e buracos em seus caules. Para combater as lagartas mensalmente uma mistura de água, biologicamente, utilize Bacilos Thuringiensis. Já as larvas sabão em barra e óleo mineral que, de besouros, as brocas, são extremamente difíceis de além de proteger a planta, ainda a combater, sendo necessário o uso de produtos tóxicos. deixa mais bonita e brilhante. Consulte um engenheiro agrônomo para eliminá-las completamente.
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jardinagem
espécies mais utilizadas em projetos paisagísticos e ambientes internos Nome Científico: Phoenix canariensis
roebelenii
Nome Científico: Phoenix
Nome Científico: Dypsis
Nome Popular: tamareira-
Nome Popular: tamareira-dejardim, tamareira-anã, fênix.
Nome Popular: palmeira-areca,
Origem: Vietnã e Tailândia
Origem: Madagascar
Palmeira de pequeno porte, até 3 metros de altura, é excelente para pequenos espaços e jardins de terraços. Como seu crescimento é lento, pode ser cultivada em vasos. Versátil, é tolerante ao calor e ao frio. Vive bem em ambientes internos desde que bem iluminados. Gosta de solos ricos em matéria orgânica, levemente úmidos, nunca encharcados.
Muito utilizada em interiores, a areca também pode ser cultivada em ambientes externos, podendo, nesses casos, alcançar os 9 metros. De crescimento rápido quando comparada com outras palmeiras, cresce melhor sob sol pleno mas nessa condição tende a ficar com as folhas queimadas. Fica mais bonita quando à meia-sombra . Gosta de ambientes quentes e úmidos, não se dando bem em locais com ar condicionado
das-canárias, palmeira-dascanárias
Origem: Ilhas Canárias
A tamareira-das-canárias é uma palmeira robusta e muito rústica. Pode alcançar 20 metros de altura, por isso é indicada apenas para grandes jadins, praças e parques. Gosta de sol pleno e solos férteis. Tipicamente tropical, requer calor para o seu pleno desenvolvimento.
Nome Científico: rhapis excelsa
lutescens
areca, areca-bambú
Nome Científico: licuala grandis
Nome Popular: palmeira ráfis ou palmeira-rápis
Nome Popular: licuala, palmeira-leque
Origem: China
Origem: Oceania De pequeno porte, até 3 ou 4 metros de altura quando plantada no solo, a Ráfis pode ser cultivada em vasos, em ambientes interiores, à meia sombra. Também se adapta bem em canteiros sombreados, formando bonitas touceiras. A Ráfis não se adapta bem ao sol pleno, nem a exposição ao ar condicionado. Gosta de solos férteis e bem drenados. Não tolera o encharcamento do solo.
Palmeira de fácil manutenção e adaptação. Só não suporta o excesso de luz solar direta e a falta de água. Prefere temperaturas amenas, à meiasombra em solos férteis. Seu crescimento é lento, pode atingir no máximo 3 metros de altura. Para mantê-la bonita, aplique fertilizante foliar mensalmente.
Haroldo Sampaio- Engenheiro Agrônomo, Professor e Empresário. www.hsjardinagem.com.br - hs@hsjardinagem.com.br - Pabx:(31)3291-8700
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Aproveite seu Jardim A gente cuida do resto
Implantação e Manutenção de: Paisagismo Gramados Esportivos Sistema de irrigação Recuperação de Áreas Degradadas
Rua Esmeralda, 293 - Prado - Belo Horizonte - MG - Tel/Fax: (31) 3291-8700 - www.hsjardinagem.com.br 21
paisagismo
Junia Lobo Fotos: Carol Reis
minijardins Perceber a natureza e retratá-la é fundamental na criação de minijardins. Pequenas paisagens reduzidas ao máximo, espécies vegetais que mais parecem esculturas, agrupadas com equilíbrio e harmonia.
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paisagismo
A escolha das peças onde as montagens serão feitas exige visualização do produto final: cerâmicas simples sem texturas, para não competir com as plantinhas escolhidas; peças tradicionais, redondas ou ovais, com pequenos detalhes, assimétricas, que acrescentem algo no momento da criação. A profundidade deve ser a mínima possível e não é preciso muita terra. Longe de parecer com vasos e cachepôs, deve estar mais próximo ao visual de um bonsai. Cuidado com as cores. Use sempre os tons de terra: do marrom ou vermelho ao amarelo, passando por todas as gamas de bege, o ideal. Preto, só em casos muito especiais, para não perder a suavidade tão necessária. Escolha um local tranquilo para fazer o trabalho de montagem que, antes de tudo, deve ser um prazer. Em uma mesa ou bancada, com altura de 90 cm, podemos dispor as peças e as vegetações adquiridas de uma flora ou de um produtor. Podem ser usados cactos e suculentas de diferentes tamanhos e em quantidades variadas. Alegre a mente com as plantas já escolhidas, viajando no sonho e na criação desse pequeno jardim, usando a imaginação, mas sempre lembrando de tudo que percebemos ao visualizar a natureza. Prepare a terra para preencher o recipiente com o seguinte traço: 2 de terra + 1 de areia + 1 de substrato e reserve. A peça escolhida deve ter um dreno, por onde vai escorrer o excesso de água durante a rega. Forre o fundo com argila expandida, material mais leve e que facilita a drenagem. Cubra o dreno com um pedacinho de tecido fino e coloque a terra já preparada. A terra, mantida no nível da borda, deve estar bem fofa, fácil de manusear.
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paisagismo paisagismo
Distribua as plantas com arte, trabalhando com alturas variadas e deixando espaços vazios, que individualizam cada uma delas. Podemos formar grupos da mesma espécie, maciços naturais, repetindo efeitos que já percebemos em grandes jardins. O estudo e a concentração, nesse momento, tornam o minijardim especial. Pedras semelhantes, proporcionais a cada trabalho, devem ser colocadas como se fossem pequenos adornos. Em algumas situações, elas ajudam a fixar a vegetação usada. Regue e, levemente, com uma suave pressão nos dedos, compacte a terra molhada. Dessa forma, seu nível baixa, deixando espaço para a cobertura de pedriscos em toda a superfície. O pedrisco deve combinar com as pedras escolhidas. Com cuidado, vamos dando o arremate final, firmando novamente a raiz de todas as plantas, escondendo cada pedacinho de terra ainda aparente. Regamos novamente e limpamos a peça com um pano úmido. Podemos, então, admirar o nosso minijardim e nos sentir envaidecidos enquanto escolhemos um lugar para abrigá-lo. A rega deve acontecer uma vez por semana, mas o sol é necessário, bem leve, todas as manhãs. O nosso cotidiano será enriquecido por essa pequena paisagem verde. Ao admirá-la, estaremos mais leves e felizes. Julia Lobo - Paisagista Fotos: Carol Reis
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especial - pomar
pomar Ter um pomar em casa é um privilégio que traz enormes prazeres. Quem não se lembra dos bons momentos da infância passados sobre um pé de manga ou jabuticaba? Em um primeiro momento a tarefa pode parecer árdua e difícil, mas basta respeitar alguns cuidados para que ela se torne um agradável hobby. por Alexandre Bacelar Fotos: Arquivo pessoal, Fotolia
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planejando o pomar O sucesso de um pomar está diretamente ligado às frutas escolhidas, à qualidade das mudas e aos cuidados dedicados no plantio e manutenção. O primeiro passo para se ter um belo pomar é planejálo corretamente.
localização do pomar O pomar deve estar localizado preferencialmente em um terreno plano ou levemente inclinado, que tenha solo profundo e que receba farta luz solar, que seja protegido de ventos fortes (se isso não for possível, deve-se criar quebra-ventos ou cercas vivas que o protejam) e que tenha pontos de água próximos.
a escolha das frutas As frutas escolhidas devem agradar a maioria das pessoas da casa. Dê preferência àquelas que possam ser consumidas tanto in natura quanto na forma de geleias, compotas e sucos. Depois, é preciso levar em consideração o porte das plantas adultas e a adaptação das espécies ao clima da região.
frutas tropicais
frutas subtropicais
frutas de clima temperado
São as mais sensíveis ao frio. Permanecem constantemente enfolhadas e dão mais de uma safra por ano. São as mais resistentes, menos exigentes em tratos, menos atacadas por pragas e doenças e não exigem poda. Abacaxi, açaí, acerola, cacau, cajá, caju, carambola, coco, fruta do conde, jabuticaba, jaca, jambo, maracujá, mamão, pitanga, tamarindo, uvaia são excelentes opções para as regiões de Lagoa Santa e Sete Lagoas mas devem ser evitadas em Nova Lima e demais regiões mais frias, uma vez que temperaturas abaixo dos 10ºC por vários dias seguidos as fazem entrar em dormência, prejudicando a produção naquele ano.
As plantas desta categoria também não suportam condições de temperatura baixa continuada, abaixo dos 10ºC por semanas seguidas, mas resistem a episódios de frio intenso e até mesmo a geadas leves sem prejuízo de suas produções. Algumas dentre suas espécies, como o figo, perdem suas folhas no inverno, enquanto outras permanecem sempre verdes (cítricas). As mais conhecidas são amora, azeitona, caqui, cítricos (laranjas, limões, limas e mexericas), goiaba, lichia, nêspera. Possuem exigências climáticas intermediárias entre as frutas tropicais e as de clima temperado e são excelentes opções para diversas regiões do nosso estado.
Originárias de regiões frias, elas perdem suas folhas durante os meses de inverno e exigem, para sua frutificação, um período de repouso vegetativo, com temperaturas entre 5 e 10 ºC. As frutíferas de clima temperado, por sua imperfeita adaptação ao nosso clima, costumam ser mais atacadas por pragas e doenças, exigindo um manejo mais cuidadoso. Quase todas exigem poda de formação e, quando em produção, uma poda anual de frutificação. As principais frutas de clima temperado são a ameixa, a ameixa japonesa, a cereja doce, o damasco, a framboesa, a maçã, a nogueira europeia, a pera, a uva americana e a uva europeia. Podem se adaptar bem a região de Nova Lima, Itabirito e parte de Brumadinho.
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especial - pomar
o clima Algumas espécies necessitam de clima tropical (quente), outras de clima subtropical (meio quente) e existem aquelas que se adaptam melhor ao clima temperado (frio).
o tamanho Cada planta precisa de um espaço adequado para se desenvolver. Por menor que seja a muda, um dia ela alcançará seu tamanho máximo. A falta de planejamento poderá causar danos à planta e às estruturas que a cercam. Veja o espaço ideal a ser planejado para algumas delas:
espaço ideal a ser planejado
carambola figo mamão uva
2x2 metros
acerola banana fruta do conde maracujá pitanga romã
3x3 metros
amora kiwi lichia nêspera (ameixa amarela) pêra pêssego
4x4 metros
cítricos (laranjas, limões e mexericas) jabuticaba
5x5 metros
jambo
6x6 metros
abacate manga
8x8 metros
caju
10x10 metros
o lugar de cada uma Ao se plantar diferentes espécies em uma mesma área, é preciso levar em consideração alguns aspectos. Plante as árvores maiores nos cantos e as menores no meio, evite plantar árvores com espinhos próximas a passagens e separe as áreas mais protegidas de ventos e chuvas fortes para as plantas mais sensíveis, como o kiwi. Algumas plantas precisam de mais de um exemplar para se polinizarem e produzirem, como é o caso do kiwi, maracujá e mamão. Nesses casos plantar os exemplares próximos um do outro favorece a polinização.
dicas Como o espaçamento entre as plantas deve obedecer ao tamanho das plantas adultas, no início seu pomar ficará com aparência de vazio. Para resolver esse problema, plante diversas mudas de frutas que crescem rapidamente e que aceitam facilmente o transplante, como amora, pitanga, laranja. No futuro essas mudas extras podem ser eliminadas ou transplantadas. No caso da jabuticaba, se houver espaço, procure plantar pelo menos 3 mudas, duas mudas híbridas (produzem rápido mas em menor quantidade e são menos saborosas) e uma sabará (demora cerca de 15 anos para produzir, mas as produções são fartas e o sabor é incomparável). 28
especial - pomar
adubação A adubação de plantio deve ser feita de acordo com os resultados da análise de solo e da recomendação para cada espécie frutífera. Na falta da análise de solo, seguem abaixo algumas sugestões para covas de 60x60x60 (para as demais proceder proporcionalmente).
dicas No caso das trepadeiras (kiwi, uva, framboesa, maracujá), escolha uma face mais protegida do vento, de preferência perto de um muro ou de alguma outra barreira. O maracujá, especialmente, precisa ficar em um local que pegue bastante sol. Caqui, pêssego, amora, uva, kiwi e figo perdem as folhas nas estações mais frias. Como ficam feias nessas épocas, é melhor deixá-las menos visíveis. Adubos (g/cova de 60x60)
plantando
Espécie
as covas
Abacate Acerola Ameixa e Pêssego Banana Caqui Carambola Figo Goiaba Jabuticaba Cítricos Maçã Mamão Manga Maracujá Nectarina Pêra
O tamanho das covas depende da espécie, do tamanho da muda e do tipo de solo, mas, a grosso modo podemos adotar covas de 30 x 30 x 30 cm para mudas com menos de 50 cm de altura, 60 X 60 X 60 cm para mudas entre 50 cm e 2 metros de altura e 1 X 1 X 1 metro para mudas com mais de 2 metros de altura. Na abertura da cova, deve-se proceder à retirada da camada de solo da superfície até 20 a 30 cm de profundidade, colocando-se em um lado da cova e, quando houver, a camada mais profunda (subsolo) de outro lado. Feito isso, misture esterco, calcáreo, adubo, a terra de cima e, se necessário, a terra de baixo até encher completamente a cova. As covas devem ser preparadas com antecedência de 30 a 90 dias do plantio. Quantidades: Esterco: Calcáreo*:
30x30x30 10 Lts 500 grs
60x60x60 20 Lts 1000 grs
1,0x1,0x1,0 30 Lts 1500 grs 29
Superfosfato Fosfato de Araxá Cloreto de Potássio simples 500 300 400
2.000 1.000 2.000
50 100 200
600 500 300 400 400 400 400 400 200 100 250 400 300
2.000 1.000 500 1.500 1.500 1.000 2.000 2.000 800 800 1.300 2.000 1.500
200 300 100 100 50 200 50 150 50 50 200 50
* deve ser feita de acordo com os resultados da análise de solo e da recomendação para cada espécie frutífera. A indicação acima é uma sugestão para a região de Nova Lima.
especial - pomar
plantio da muda Se o torrão estiver embalado, a retirada da embalagem deve ser feita com extremo cuidado, para evitar o destorroamento. A preservação do torrão é especialmente importante para certas espécies (abacate, caju, manga, jabuticaba). Sacos de plástico ou de pano devem ser completamente cortados. Latas, tambores e outras embalagens rígidas devem ter o fundo cortado, além de um corte longitudinal em toda a sua extensão. Com o auxílio de um enxadão ou uma cavadeira, abra um buraco no centro da cova com as dimensões suficientes para se acomodar a muda. A muda deve ser colocada com cuidado para que o torrão não desfaça. Coloque terra ao redor do torrão e comprima o solo para evitar formação de bolsas de ar. A muda deve ser plantada de tal forma que o colo da planta permaneça ao nível do solo Para plantio realizado em covas ou em sucos recentemente preparados, o colo da muda deve ficar cerca de 5 cm acima do nível do solo, já que haverá acomodação natural do mesmo. No plantio de mudas de raiz nua (sem torrão), deve-se evitar o dobramento das raízes, adotando-se, também, os cuidados recomendados para enchimento da cova ou suco, com antecedência de 60 dias. Para plantio de estacas diretamente na cova (ex: figueira), recomenda-se que 2/3 da estaca fiquem enterrados mantendo-se, pelo menos, 2 gemas acima do nível do solo. Deve-se fazer boa compactação do solo ao redor da estaca.
dicas Para acelerar o processo de enraizamento de uma estaca, pegue rizomas de tiririca e bata-os no liquidificador. Coloque o caule nesse suco até que surjam os primeiros indícios de enraizamento, só então plante a estaca. A operação de plantio se completa com o estaqueamento e tutoramento da muda bem como com o preparo de uma espécie de “bacia” ao redor desta, utilizando-se terra raspada da superfície. O preparo da bacia é importante para conter a água de irrigação junto à muda. A irrigação deve ser feita com mangueira ou regador sem crivo, colocandose entre 20 e 30 litros de água por cova, de forma a se eliminar todos os espaços vazios, fazendo com que haja um perfeito contato do solo com as raízes. Essa irrigação inicial deve ser feita estando chovendo ou não. 30
especial - pomar cobertura morta Cobrir a cova com palha de capim ou restos de poda de grama mantém a umidade no solo e diminui a necessidade de irrigação.
irrigação Logo após o plantio, as mudas devem ser irrigadas diariamente. Após o pegamento, as plantas devem ser irrigadas somente em períodos de seca. Irrigar preferencialmente no período da tarde ou início da noite. Dê preferência por não molhar a parte aérea (as folhas) das plantas, principalmente à noite, o que reduz o ataque de doenças. Após o pegamento da muda, quando iniciarem-se as brotações, dê início aos manejos e cuidados que garantirão a produção de frutos saudáveis e saborosos: as podas, adubações, controle de pragas e doenças em frutíferas, que abordaremos em nossa próxima edição.
orquídeas
reprodução das orquídeas Quando as orquídeas retribuem toda a nossa dedicação com suas maravilhosas floradas, é difícil resistir à tentação de multiplicálas. Uma das maiores dificuldades para aqueles que estão se iniciando no cultivo de orquídeas é, sem dúvida nenhuma, a reprodução de suas plantas. por Alexandre Bacelar Fotos: Arquivo pessoal, Fotolia
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orquídeas
existem basicamente três formas de se reproduzir uma orquídea: através da reprodução simbiótica, meristemática e vegetativa. A reprodução simbiótica ou natural ocorre na natureza através da formação e desenvolvimento de sementes, mas não é fácil replicá-la em casa. As sementes são muito pequenas e não conseguem germinar sozinhas. Elas só se desenvolvem na presença de um fungo, presente nas raízes das orquídeas adultas, que fornece as condições adequadas de acidez e a disponibilidade de nutrientes necessários à germinação das sementes. No dia seguinte à fecundação a flor se fecha e forma uma cápsula onde se desenvolverão cerca de 300 a 500 mil sementes minúsculas. Essa cápsula leva em média um ano para crescer e amadurecer. Se você quiser tentar reproduzir suas orquídeas através de sementes, as duas formas mais indicadas são:
1-
A mais simples: após a abertura da cápsula, retire as sementes com o auxílio de um cotonete e espalhe-as próximo às raízes de orquídeas adultas. Após a germinação, retire as pequenas mudas e as coloque em pequenos recipientes contendo substrato (tubetes são muito utilizados para isso).
2-
A mais eficiente: prepare um substrato de musgo (Sphagnum), que deve ser esterilizado e deixado em repouso em um recipiente fechado juntamente com pedaços saudáveis de raízes de uma orquídea adulta, da espécie que se deseja reproduzir, para que o fungo possa se reproduzir no próprio Sphagnum. Após alguns dias de descanso, semeie as sementes e conserve o sistema em um recipiente transparente. As sementes germinam em algumas semanas. O crescimento é lento, de modo que uma planta só floresce pela primeira vez após 5 a 10 anos, dependendo da espécie.
3333
orquídeas
A forma de reprodução utilizada por laboratórios e grandes produtores é a meristemática, ou por clonagem. Nela retiram-se pontas de raízes que são colocadas em meios de cultura. Sob a influência de hormônios vegetais, essas pontas, meristemas, transformam-se em uma massa de tecidos indiferenciados, capazes de dar origem a novas plantas. O método mais simples de reprodução e o que mais facilmente podemos utilizar em casa é o vegetativo, por separação de mudas ou divisão de rizomas, é nele que nos concentraremos mais detalhadamente. As orquídeas apresentam basicamente dois tipos de crescimento: o crescimento por rizomas, criando vários pseudobulbos (novas mudas) ao longo do tempo, e o crescimento na vertical do mesmo caule. Para as orquídeas que criam pseudobulbos como as Catléias, Cymbidiums, Odontoglossum, Cambrias, Miltônias, Zygopetalums, Maxillarias, Laelias e Dendróbios, a reprodução é facilmente conseguida com a simples divisão da planta. Cada três novos pseudobulbos representam uma nova muda. Tudo o que você precisa fazer é esperar que a planta cresça, separando-a em novas plantas. Cada nova muda deve possuir pelo menos três pseudobulbos “velhos”. Quanto mais pseudobulbos em cada planta, maior a
probabilidade de sucesso das novas plantas. Os pseudobulbos secos e mortos devem ser eliminados, mantendo-se apenas os saudáveis. Na hora do plantio, as mudas devem ser colocadas encostadas em um dos lados do vaso. Os pseudobulbos mais velhos devem ficar próximos à parede, e o mais novo mais ao centro, pois é dele que sairão os novos brotos. Após a divisão, mantenha as plantas em local mais abrigado por pelo menos duas semanas. Em orquídeas que não criam pseudobulbos, como as Phalaenopsis, tão comuns em nossas casas, a reprodução pode ser feita por separação do caule. Ao florescer, uma haste floral sai da base (coroa) da planta e cresce terminando em um cacho de flores. Esse caule possui pequenos “nós” ao longo de todo o seu comprimento. Esses nós são protegidos por uma fina membrana e têm a aparência de pequenos “inchaços” ao longo da haste floral. Cada um desses nós, desde que corretamente estimulados, possui a capacidade de formar uma nova planta. Os mais próximos à base possuem um menor potencial que os mais ao topo da haste. Se a haste for impedida de dar flor, toda a energia da planta será canalizada para a produção de uma nova muda. Alguns criadores optam por cortar a ponta floral antes que as flores se abram para aumentar as chances de reproduzir a planta.
Veja o passo a passo da divisão e conheça tudo sobre vasos e substratos em nosso site: www.casacampoecia.com.br 34
material necessário:
limpeza do material:
Caixa ou recipiente plástico, faca ou estilete, pincel de cerdas macias, filme plástico (desses de embalar comida), tesoura, água destilada, soro fisiológico, álcool 70%, luvas, compressas de gaze, substrato para orquídeas, hormônios de enraizamento, uma haste floral e uma pinça grande.
Todo o material tem que ser esterilizado, inclusive a mesa de trabalho. A caixa de plástico, a faca e a tesoura devem ser desinfetadas com álcool.
como proceder: Preparação da haste:
1234-
Quando a haste deixar de ter flor,
corte-a deixando 2 nós na planta mãe A haste é cortada aos “bocadinhos”
deixando um nó no meio deles. Depois de cortada, limpe com gaze
embebida em álcool os pedaços de haste. Passe por água destilada para retirar
o álcool e submirja em soro fisiológico durante 15 minutos.
5-
Lave novamente em água destilada
passando por 3 vezes nova água
reprodução: dicas
12-
Coloque o substrato na caixa de plástico e, por cima
dele, coloque a gaze umedecida em água destilada. Pegue os pedaços de haste previamente preparados
e, com muito cuidado, retire com a pinça a fina pele que recobre cada nó, é deles que nascerão as novas mudas..
345-
Pincele hormônio de enraizamento nas extremidades
dos pedaços de haste. Coloque-os sobre a gaze Feche a caixa com o filme plástico e faça alguns
pequenos furos para entrada de ar. 35
Nã regue nos três primeiros Não dias. Do quarto dia em diante, borrife um pouco de água, sem nunca encharcar o substrato. Nos primeiros meses evite deixar a caixa exposta à muita luminosidade As primeiras folhas surgem em cerca de 4 meses. Quando as mudas estiverem com 3 a 4 folhas, ou cerca de 5 cm de raízes, elas já podem ser transplantadas. As novas mudas levam de 3 a 4 anos para florir.
orquídeas
passo a passo para reprodução de orquídeas a partir da haste floral:
arquitetura
Ana Carolina Matos Fotos: Arquivo pessoal e Henrique Queiroga
tecnologia e tendências o avanço tecnológico atinge favoravelmente a arquitetura. Soluções sustentáveis, automação, novos materiais, dentre outros, são apenas exemplos da metamorfose dos hábitos diários. A tecnologia adentra nossos lares e torna-se rapidamente usual. Estamos acostumados à fácil adaptação. O Corian é um dos materiais frutos do avanço tecnológico e que, agora, explode no Brasil. Há anos utilizado em diversos países, o material constituído de resinas acrílicas e minerais naturais ganha destaque na arquitetura brasileira. Embora tenha sido lançado no Brasil em 1989, o produto ganha projeção no momento em que se fala de sustentabilidade e desafio de materiais. Suas grandes vantagens são as formas diversas, sem percepção de emendas. O produto se curva perfeitamente, ampliando as
possibilidades criativas dos designers. Além disso, fator de altíssima relevância é a sua resistência. Pode se exposto à água, ao sol e à chuva, sem abrasão. De tempos em tempos, ainda é possível poli-lo e resgatar o brilho original. Com cores variadas, pode ser utilizado em mesas, balcões, bancos, aparadores, mobiliário diverso! Possui excelente utilização em espaços gourmets externos, em bancadas, armários e cubas. Em áreas de assepsia precisa, como hospitais e restaurantes, são
Mesa de Corian explora as propriedades de curvatura do material. Galeria e Escritório do Publicitário – Casa Cor Minas 2010 – Projeto Ana Carolina Matos
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arquitetura Impressões em vidro utilizadas em expositores translúcidos. Impressão em MDF simula uma porta de geladeira antiga. Galeria e Escritório do Publicitário – Casa Cor Minas 2010 Projeto Ana Carolina Matos
altamente recomendáveis. A ausência de emendas facilita a limpeza e impede acúmulo de sujeira. Da mesma forma, torna-se comum em cozinhas e banheiros. O Corian se destaca ainda no quesito sustentabilidade por ter em sua composição materiais recicláveis. As sobras são reutilizadas e o processo produtivo é certificado. Na onda das inovações, uma outra solução vem adquirindo destaque na arquitetura de interiores: as impressões gráficas. Atualmente, a impressão em materiais diversos possibilita soluções simples, criativas e baratas. Com máquinas especializadas, empresas do ramo são capazes de reproduzir imagens em vidros, tecidos, azulejos, placas de MDF, acrílico, alumínio, etc. A criação não encontra fronteiras, basta explorar a imaginação. Uma grande vantagem dessas soluções consiste no caráter personalizado que os objetos podem adquirir. Imagine uma cortina
com fotografias da família? Almofadas do cobreleito de um designer com rótulos criados pelo próprio? Um enorme painel com uma imagem de um lugar conhecido em uma viagem marcante? Um tampo de mesa com sua estampa favorita? As possibilidades são inúmeras! Na última edição da Casa Cor Minas, trabalhei com esse conceito ao produzir o escritório de um publicitário. O profissional que lida constantemente com imagens foi homenageado com a reprodução de seu portfólio em diversos materiais. As peças publicitárias expostas foram impressas em acrílico, foam board, adesivos, tecidos, vidro e MDF. Uma cortina recebeu imagens das capas premiadas do Jornal Estado de Minas. Surpreendente realismo! A peça parecia ter mesmo sido feita de jornal. Peças de iluminação também podem se tornar elementos de decoração ainda mais
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Por ser exposto ao tempo, esse espaço gourmet recebeu o Corian nos armários (resistência à abrasão). Apartamento de cobertura no bairro Santo Antônio – Projeto Ana Carolina Matos
Acima (à dir.) - Cortina com capas de jornal impressa em tecido. Galeria e Escritório do Publicitário – Casa Cor Minas 2010 – Projeto Ana Carolina Matos
criativos. Recentemente elaborei um pendente de tecido, cuja cúpula recebeu estampa personalizada, de acordo com a escolha da cliente. Não só a arquitetura residencial tem sido beneficiada por esse recurso, mas também e, principalmente, a arquitetura comercial e corporativa. Lojas e empresas lançam mão dessa solução para fortalecer sua imagem e filosofia. Como terceiro elemento de destaque, vale citar os vidros! Em formatos cada vez maiores, possuem atualmente a tecnologia de ora se tornarem transparentes, ora opacos. Esse método conjuga eletricidade e cristais líquidos. É constituído de duas chapas de vidro laminado, entre as quais é instalado um filme composto por esses cristais (LCD), onde atua um campo elétrico. Quando a corrente elétrica está desativada, os cristais líquidos encontram-se desalinhados, deixando o vidro opaco. Quando acionada, os cristais se alinham e o vidro torna-se transparente. Em estado opaco, o vidro pode ser utilizado como tela de projeção. A tecnologia possui baixo consumo energético e esses vidros apresentam, ainda, a possibilidade de serem curvados. Como vemos, o avanço da tecnologia na arquitetura segue o rumo da praticidade, durabilidade e conforto! Vale a pena acompanhá-lo!
Ana Carolina Matos é arquiteta e urbanista. Atua nos ramos de arquitetura de edificações, interiores, empreendimentos imobiliários e espaços corporativos. e-mail: anacarol.arq@uol.com.br - Agradecimentos: Pixus (impressões gráficas) e Corrieri Brasil (representante Corian).
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iluminação
Luciana Brandão Fotos: Arquivo pessoal e fotolia
as luzes de natal Antes de chegar às inúmeras variações de pisca-piscas, vamos lembrar o que realmente as luzes de Natal ilustram. Iluminar nossas casas nessa época do ano simboliza a estrela de Belém, que guiou os três reis magos durante vários dias, desde o Oriente até o local onde Jesus nasceu. As luzes simbolizam, também, a chegada de Cristo, o iluminado, a luz, a salvação. Simbolismos e religiosidade à parte, existem várias maneiras divertidas e criativas de iluminar sua casa no natal. Existem hoje no mercado conjuntos de luzinhas em série ligadas em forma de cascata, rede e, a mais simples delas, em linha. Esses produtos são de baixo investimento aquisitivo, já vêm com algumas lampadinhas extras, caso algumas se queimem, e podem ser reutilizadas ano após ano. Brancas ou coloridas, servem para enfeitar árvores e vegetações. Ainda em casas, ficam lindas quando presas ao beiral do telhado formando uma cortina de luz em torno da fachada. Nos prédios, dão harmonia às varandas e janelas. Podem ainda estar penduradas em coberturas e pergolados, dando a sensação de “chuva de luz” quando se passa sob elas.
40 0
Luciana Brandão - Light Designer - projetolux@yahoo.com.br
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iluminação
As mangueiras de luz também vêm com tudo nessa época. Vermelhas, verdes e brancas, enrolam troncos de palmeiras e adornam contornos arquitetônicos. Conheço uma casa que o proprietário instalou, sem perder a criatividade, estrobos de luz por todo o telhado que piscam incessantemente durante toda a noite: simplesmente lindo! Pequenas esculturas de luz também alegram fachadas e gramados. São bonecos de neve (contradizendo nosso clima tropical) e papais noéis de resina plástica iluminados internamente. Mas se seu jardim já tem uma iluminação definitiva, aproveite a oportunidade para investir em lâmpadas coloridas. Substitua as tradicionais lâmpadas Par 20, Par 30 e Par 38 por suas versões vermelha e verde ou até mesmo pelas lâmpadas de led coloridas com soquete E-27 que se adaptam às nossas tradicionais luminárias. Traga alegria e troque a roupa da sua casa. Aproveite, no Natal vale tudo! Por fim, a dica de mestre: mão na consciência! Antes de qualquer planejamento ou investimento verifique, com um eletricista responsável, se seu quadro de energia suportará esse consumo de energia extra. Mesmo de consumo baixo, luzinhas e mangueiras de iluminação de Natal sobrecarregam a rede, podendo ocorrer curtoscircuitos e quedas de energia. Portanto, atenção para a alegria das festas não virar dor de cabeça. Assim fechamos o ano, com muita alegria, muitos agradecimentos, muita disposição para 2011 e muita, muita luz! Para todos, sempre!
veterinária
Janaina Fossati Fotos: Fotolia e arquivo pessoal
saúde bucal
complicações na mastigação, falta de dentes saudáveis e dos tecidos que os envolvem podem comprometer o bem-estar de cães e gatos.
revestem, que sustentam e rodeiam os dentes gengivas, ligamento periodôntico, osso alveolar, e superfície de cemento (tecido ósseo que reveste a raiz do dente). A doença periodontal é a afecção oral mais comum em pequenos animais. A gravidade dessa doença está relacionada com a quantidade de placa presente nos dentes e com a idade do animal. Os cães de raças pequenas são afetados mais precocemente dos que os de raça grande e também de forma mais grave. Sabe-se que esta infecção pode se propagar através da corrente sanguínea, indo da boca para outros órgãos internos como o coração, o fígado e os rins e também para as articulações, prejudicando a saúde e encurtando a vida de seu pet.
Os cuidados com a manutenção da saúde bucal são tão importantes que nem os animais de estimação escapam. De acordo com a Associação Brasileira de Odontologia Veterinária (Abov), 85% dos pets adultos apresentam algum problema dentário. Uma higiene deficiente em cães e gatos pode causar sérios problemas de saúde, incluindo as dolorosas doenças gengivais e a perda de dentes. A cárie dentária é relativamente rara nos cães e gatos pelo fato de a dieta ser geralmente baixa em carboidratos fermentáveis, propiciando um pH da saliva alcalino, o que tende a neutralizar os ácidos orais. Os problemas normalmente começam com o acúmulo de placa bacteriana e posterior formação de tártaro sobre os dentes, causando as doenças periodontais, ou seja, doenças dos tecidos que
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Boca saudável, gengiva rósea, sem presença de mal hálito.
Gengiva inflamada, mais avermelhada, dolorida e apresentando sangramento ao toque.
Gengiva muito inflamada, presença de tártaro e com forte hálito.
Retração da gengiva, tártaro em abundância, presença de pus, dentes frouxos e mais intenso mal hálito.
principais Sinais Clínicos: • • • • • • • • •
modificação nos hábitos de comer; halitose (mau hálito); gengivite; sangramento e retração gengival; presença de tártaro; dentes com mobilidade ou ausentes; infecções purulentas; depressão; perda de peso.
veterinária
evolução da doença periodontal em cães e gatos
veterinária dicas
1-
2-
Nos cães e gatos jovens, a doença periodontal mais comum é a gengivite, enquanto nos mais velhos predomina a frouxidão óssea e a queda de dentes. Por isso é tão importante estabelecer um programa de saúde bucal desde os primeiros anos de vida, que compreenda escovação diária, a utilização de uma ração adequada e uma visita semestral ao veterinário para um procedimento de limpeza periodontal e remoção de tártaros.
Existem no mercado rações especialmente formuladas para a prevenção do acúmulo do cálculo dentário. Essas rações apresentam, além de formato e consistência específicos para promover a limpeza dos dentes, substancias como o Hexametafosfáto de sódio, que ajudam a combater o tártaro, promovendo a saúde da gengiva dos cães.
Janaina Fossati é veterinária, especializada em pequenos animais Responsável Técnica da Âncora Pet & Garden
Se seu cão pudesse escolher, ele escolheria... A única ração super premium que vem em um balde para melhor conservação Proline adulto 15 kg......R$ 129,90 Proline filhote 15 kg......R$ 139,90
(31)3581-3801 44
Fotos: fotolia
sua placa de obra agora pode ser objeto de taxa, cuidado! Proprietários e executores de obras particulares começaram a receber em BH cobranças e fiscalizações relativas a placas de obras, o que não acontecia até bem pouco tempo atrás. Essa mudança de perfil da Prefeitura tem razão de ser, vejamos: As placas de obra são obrigatórias por lei, seja pelo Decreto Federal nº 23.569/33, seja pela Lei Municipal nº 9.725/2009, regulamentadas pelo Decreto Municipal nº 13.842/2010, 3.842/2010, que estipula, no art. 71, tudo o que essa ssa placa deve conter: número do processo de licenciamento e respectivo alvará de construção, uso a que se destina a edificação, número de pavimentos,, unidades autônomas, área total, registro egistro no CREA do RT, CNPJ J da empresa diretora da a obra e eventuais autorizações outras exigidas por lei. Pela legislação anterior erior de regulamentação dessas placas, não havia qualquerr restrição oa que essas contivessem m mensagem publicitária, que poderia eria ser desde a logomarca da empresa resa responsável a outras informações de interesse dessa. Hoje a legislação proíbe tal inclusão, conforme art. 71, §1º do Decreto, além de ter a placa de respeitar outros critérios: ter no máximo 1 m2, não possuir dispositivo de iluminação ou animação e não possuir estrutura própria de sustentação. Na versão anterior do Código de Posturas havia dispensa de licenciamento para os engenhos de publicidade, quando instalados nos
limites do imóvel, classificados como simples (desde que a soma das áreas dos engenhos em um mesmo imóvel ou estabelecimento não excedesse 1m2), constituídos por placas de identificação de obras obrigatórias por lei ou constituídos por placas de identificação de instituições públicas. O novo Código de Posturas diminuiu sensivelmente as hipóteses de dispensa: somente engenhos simples estão dispensados, excetuados os instalados em logradouro público, ou seja, os que, cumulativamente, veiculem mensagem indicativa (exclusivamente identificação da atividade exercida no local ou identificação da propriedade desse) ou institucional (mensagem exclusivamente de cunho cívico ou de utilidade pública veiculada pelo Poder Público), possuam área igual ou inferior a 1m2; não possuam dispositivo de iluminação ou animação e nem estrutura própria de sustentação. Separe bem as hipóteses: placas de obras que se mantêm no estrito limite do Decreto Municipal não são engenhos de publicidade e, por isso, permanecem liberadas. Placas de obras que extrapolem esse limite são engenhos de publicidade e somente terão dispensa de licenciamento e taxa se classificadas como engenho simples. Daí a nossa recomendação: é preciso fazer essa opção logo e tomar as medidas consequentes, pois a fiscalização já está nas ruas. Toda atenção é bem-vinda.
Missiaggia & Picinin Advocacia e Consultoria www.mpadvocacia.com.br - contato@mpadvocacia.com.br. Camila Maia Pyramo Costa é Procuradora Municipal de Belo Horizonte e especialista em Direito Processual Civil pelo CAD Juliana Picinin Advogada, professora. Mestre em Direito pela UFMG. Luiz Henrique de Vasconcellos Advogado, professor. Mestre em Direito pela FUMEC.
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vida em condomínio
Camila Maia, Juliana Picinin e Luiz Henrique de Vasconcellos
economia
Rita Mundim
Fotos: Marcelo Coelho e fotolia
os diferenciais do século XXI: o vô benço, os nossos dias e a sustentabilidade E agora eu te pergunto, meu caro leitor, quantas horas tem seu dia? Quanto de sol tem sua janela e quantas estrelas tem seu céu? O mundo mudou... A tecnologia que traz a informação em tempo real e o acesso democrático à informação via internet transformou o mundo na tal aldeia global. Se seu filho te perguntar de onde vêm os bebês, não se preocupe. Fale com ele para perguntar para o Google. No dia em que escrevi este artigo havia 2.330.000 respostas. Estamos em outro mundo!!! Um mundo que virou um mundo só. E o grande diferencial deste mundão de DEUS é o conhecimento. A possibilidade de acesso simultâneo às mesmas informações em tempo real torna a capacidade de transformar informações em decisões, a maior riqueza de indivíduos e corporações. O conhecimento passou de ingrediente adicional para o principal componente no processo de produção de bens e serviços. A produtividade e a eficiência de uma empresa estão diretamente relacionadas à sua capacidade de incorporar saber à produção.
“Rita, Rita, o fogo apaga e nóis num pita, Rita!!!!! ” Era assim que meu avô, Libêncio Mundim da Fonseca, de forma carinhosa e mansa, me chamava para iniciar uma prosa, de avô para neta, no começo dos anos 60, lá na Fazenda da Pedreira, em Lagoa Formosa, nos sertões das geraes, que já foi palco até de filmagem de Grande Sertões Vereda, de Guimarães Rosa. Em meio a buritizeiros, mangueiras, ingás e escutando o canto de sabiás, rolinhas e fogopagôs, a vida passava no ritmo do relógio e o relógio andava no ritmo do sol e da lua, e a gente tinha a sensação de que o dia tinha realmente 24 horas. O sol nascia preguiçoso atrás da barriguda (como meu avô chamava a paineira) e atravessava o céu até se pôr detrás da casinha dos bezerros. A gente seguia o rastro do sol e vivia o tempo da vida de 60 segundos por minuto e 60 minutos por hora e 24 horas por dia. A noite tinha vaga-lumes, estrelas, lua e até mula sem cabeça e assombração. A comida era feita na lenha e o sono chegava cedo sem rádio, sem notícia e sem televisão. Que saudade!!!!
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economia
As empresas passam a ter a missão de produzir bens e serviços capazes de ser competitivos em qualquer mercado do mundo mas que, ao mesmo tempo, consigam atender demandas locais. A globalização traz junto com ela o desafio da customização. Produzir em escala, commodities, e ao mesmo tempo convencer o seu cliente de que ele está consumindo um produto diferenciado, que tem o DNA, a cara dele, é o grande desafio corporativo do século XXI. Como diferenciar commodities? Como escolher entre produtos e serviços semelhantes? É aí que entra o outro grande diferencial do século XXI. Empacotado no produto ou na alma do serviço, a empresa entrega a sua marca e, junto com ela, o seu conceito, o seu jeito de produzir que seduz e encanta a sua tribo, os seus fiéis consumidores. Exemplificando: pense na indústria bancária. O que faz o consumidor de produtos e serviços financeiros optar pela abertura de conta ou compra de um CDB do Banco A em detrimento do banco B, C ou D, se todos os bancos cobrarem as mesmas tarifas, oferecerem a mesma remuneração e tiverem a mesma classificação de risco? Resposta: o conceito incorporado à marca e entregue junto com o serviço. Um banco passa o conceito de tecnologia, o outro de presença, um terceiro de brasilidade, e outro de ser seu banco local com presença global. Qual é o seu banco? Qual é a sua tribo? Percebeu? Já vimos que a informação em tempo real transforma o conhecimento na maior fonte de riqueza, impõe velocidade na tomada de decisões e exige transparência para a sobrevivência dos negócios. E, por fim, o mais importante diferencial deste século e que será decisivo para a existência de outros séculos: a sustentabilidade, que como diria o meu avô, muitas empresas pelejam para que a gente acredite que elas de fato a perseguem. Na nossa opinião, sustentabilidade nada mais é do que a percepção e a ação no sentido de produzir bens e serviços com o foco no social e no ambiental e não apenas no lucro. É ter um negócio que gere desenvolvimento e não apenas crescimento. É a consciência de que a viabilidade da atividade econômica se sustenta no respeito à vida. Preservar o planeta
para as gerações futuras é condição essencial para qualquer atividade econômica. Informação, velocidade, conhecimento, decisão, informação, velocidade, conhecimento, decisão. Tudo em tempo real. O dia do Vô Benço tinha 24 horas, o dia do meu pai, que é também Libêncio, assim como o de um banco que virou outro banco, já tem 30 horas, e o nosso, assim como os minutos, já está beirando as 60 horas. A Fazenda da Pedreira virou um pedaço da cidade de Lagoa Formosa. Os sertões das geraes abastecem o mundo com soja, milho, café, etanol e outros produtos mais... Minas são muitas, mas é preciso preservar as geraes. Se meu avô estivesse por aqui, acho que ele diria: “Rita, Rita, o dia passa e nóis não fita, Rita.”
Rita Mundim - Consultora Econômica da Prosper Corretora,comentarista econômica do quadro Economia Real da Rádio Itatiaia e do Cenário Econômico da TV Bandminas.
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bem-estar bem - estar
Paulo Noleto Fotos: Fotolia e arquivo pessoal
irradie saúde neste verão No verão a luz solar está no seu auge. A energia Yang eleva-se e gradualmente substitui a energia Yin que ainda existia na primavera. Os três meses do verão são o período em que o planeta transmite toda a sua beleza. A energia do céu e da terra começa a interagir de tal modo que tudo floresce e frutifica. Desejamos o brilho e o calor da luz solar, nossas energias estão plenas e por isto estamos ativos, sem cansaços. O clima é muito benéfico para o crescimento e desenvolvimento de todas as coisas, a natureza resplandece com frutos e flores em abundância. A característica desta estação é o crescimento. As funções do corpo humano também se modificam devido à influência do clima abrasador do verão, quando a energia Yang do corpo tende a se liberar, nos tornando mais ativos, vivos, plenos e exuberantes. Mas devemos ter cuidados e ater na proteção de nossa energia Yang, evitando desgastá-la, conservando a saúde para atingirmos a longevidade funcional tão desejada. A Medicina Chinesa orienta que no verão devemos dormir mais tarde e acordar bem cedinho, junto com o sol. Praticar exercícios leves ao raiar do dia proporcionará a mobilização da energia Yang necessária para as nossas funções orgânicas. Isso ajudará o nosso relógio biológico a se organizar regulando o nosso metabolismo. Pessoas convalescentes devem procurar se exercitar levemente, respeitando suas limitações, se possível em montanhas, bosques e no litoral. Pessoas com energia vital fraca devem tomar banho de sol ao ar livre, sempre respeitando o pico da insolação, preferivelmente antes das nove horas da manhã. Devemos tomar cuidado com o excesso de sol, refrescando sempre a pele quando necessário com banhos frescos e com ingestão de líquidos como água de coco e sucos de frutas, evitando assim a desidratação. O dia no verão é mais longo que a noite, encurtando assim o nosso período de dormir, o que pode afetar a qualidade de nosso sono. Portanto, uma soneca após o almoço é providencial para eliminar a fadiga e renovar as nossas energias. Devemos nos vestir apropriadamente no verão com roupas leves, macias, ventiladas e de material orgânico como linho e seda. O algodão puro absorve água, mas é ruim para dissipar o calor. 48
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bem - estar
bem- estar
Na Medicina Chinesa o verão é representado pelo elemento FOGO. O elemento FOGO é de natureza Yang e responsável pela característica funcional do órgão coração e da víscera intestino delgado. Rege o sangue e os vasos sanguíneos, sendo o centro da circulação, propulsionando o sangue para todos os tecidos e órgãos do corpo. O coração rege a atividade mental e espiritual. Ainda que saibamos que o cérebro desempenha o seu papel principal no plano neuropsíquico, o coração é muito importante pois, ao impulsionar o sangue, irriga o cérebro, tornando-se indispensável para que haja uma boa atividade mental. Assim, em caso de disfunção do coração, poderá ocorrer alteração do psiquismo (confusão e perturbações mentais) ou desorganização das atividades viscerais (transtornos digestivos, endócrinos, sexuais, etc.). Por sua natureza Yang, o calor do verão pode ocasionar a Síndrome do “fogo” do coração que se caracteriza por inquietude mental, irracibilidade, ansiedade, desconforto psicológico e insônia. Pessoas idosas podem não suportar essas variações climáticas e devem ser protegidas do excesso de calor do verão pois, além de possuírem deficiência de Yin (pele seca e quebradiça, alterações hormonais, baixa imunidade, etc.), podem se desidratar facilmente.
sinais e sintomas de desequilíbrio do elemento fogo
Por sua natureza excitante, o calor do verão tende a suscitar ansiedade mental (fogo do coração). Devemos, então, nos tranquilizar com atividades que apaziguem a mente, como yoga, meditação e tai chi chuan. Do ponto de vista alimentar, devemos comer alimentos que refresquem o calor do coração e purguem o fogo. Alimentos como abóbora d’água, folha de crisântemo, melão, melancia, pepino e feijões devem ser escolhidos como alimentos principais. A alimentação deve ser leve e frugal, abstendo de gorduras e frituras, doces e açúcares e de todos os alimentos de natureza “quente”. Quanto às atividades físicas, devemos evitar os excessos, especialmente no pico do verão, nas altas temperaturas. De acordo com a Medicina Chinesa, o sangue e o suor possuem a mesma origem. Desta maneira, suar excessivamente não só deteriora Yin (sangue, líquidos orgânicos), mas também exaure o Yang, liberando-o excessivamente para fora. Desta maneira, devemos escolher atividades físicas moderadas e que compensem o excessivo calor como a natação, yoga (com excessão da Asthanga e Power Yoga que são muito vigorosas para o verão), tai chi chuan , boliche, bilhar e jogging indoor. A arte de “cultivar a vida”, o Yang Sheng, deve ser levada em conta em todas as estações, através do respeito às leis da natureza, propiciando, assim, saúde e longevidade a todos nós.
Todos os sintomas decorrentes do calor, problemas circulatórios resultantes do clima quente, abafado, pernas pesadas com acúmulo de líquido, varizes. .Todas as doenças do sistema circulatório cardíaco e sintomas funcionais do coração. .Doenças que surgem no verão ou que agravam nos meses de dezembro a março. .Ponta da língua muito vermelha. .Intranquilidade, nervosismo, agitação, euforia e distração. .Insônia com intranquilidade e ondas de calor. .Perturbações da memória e da fala, omissão ou esquecimento de palavras. .Males do intestino delgado, tendência a diarreias, inflamações duodenais, fortes flatulências com pressão no diafragma e sensação de aperto no tórax e na região do coração (peito). .Preferência exagerada ou rejeição pelo sabor amargo.
Dicas de alimentação . Alimentos leves. . Verduras amargas como chicória, almeirão, alface e rúcula. .Jiló, beterraba, aspargo, palmito, pepino. .Grãos integrais de aveia e trigo sarraceno. .Café e chá com muita moderação ( pois são de natureza quente). .Não beba bebidas destiladas. .Nos dias muito quentes, tome chá de crisântemo (Juhua cha). .Caso se desidrate, coma a parte branca da melancia. . Cozinhe o arroz com folha de lótus, nutrindo assim os líquidos orgânicos perdidos no suor. . Invista na sua felicidade, SORRIA e FESTEGE a VIDA.
Prof. Paulo Noleto é Diretor do INCISA – Instituto Superior de Ciências da Saúde, autor dos livros: Matéria Médica – Fitoterapia Chinesa e Fórmulas e Estratégias da Medicina Chinesa. Atende com Medicina Chinesa há 30 anos em Belo Horizonte.
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O Ã Ç A U D A R PÓS-G S A C I D É M S CIÊNCIA CIA N Â T IS D A E L IA PRESENC
Nas áreas de Gestão, Enfermagem, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina, Odontologia, Psicologia e Interdisciplinares. Inscrições abertas: www.fcmmg.br | 31 3248 7186
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saúde
Profª Gleysse Gonçalves de Paula Fotos: Fotolia e arquivo pessoal
geração Z: tudo é pra agora Eles cresceram em meados dos anos 90, rodeados pelas inovações tecnológicas - como a internet e o celular. Sua personalidade é ditada pelo ritmo da tecnologia. Assim são os jovens da chamada Geração Z - o aqui e agora. Ao analisarmos suas características subjetivas e suas relações interpessoais, percebemos que os filhos desta geração apresentam dificuldades em compreender a si mesmos. Seus projetos de vida, anseios e suas necessidades reais são difíceis de ser identificados. Satisfazem-se de maneira muito particular e efêmera. Não entendem a importância da manutenção das relações e vivem de maneira operacionalizada, sob o substrato do digitalizado, das urgências momentâneas. São individualistas, imediatistas e, principalmente, não projetam e tampouco planejam o futuro. Pensar nas possíveis consequências provenientes das escolhas desta geração é extremamente preocupante. Por isso, todos nós, pais e educadores, devemos estar preparados. Saber lidar com as expectativas, anseios e desejos desses jovens é o nosso grande desafio.
Desde a década de 80, com a crescente inserção da tecnologia em nossas vidas, vivenciamos um redimensionamento na noção de tempo. Há quem diga, inclusive, que ele passa rápido demais. A noção é exatamente esta e, justamente por isso, existe uma necessidade, cada vez mais latente, da execução de atividades simultâneas e a cobrança por uma produção mais eficaz. Vivemos em uma aldeia global, onde a informação circula em uma velocidade muito maior do que poderíamos imaginar. Isso tudo ocasiona, não somente nos jovens da Geração Z, mas em todos nós, essa sensação de impulsividade, impaciência, intolerância e individualismo. Não planejamos mais as nossas vidas e, assim, não conseguimos identificar, exatamente, o que almejamos. Como educar, se pouco nos conhecemos hoje em dia? O ser humano é dotado de processos cognitivos complexos (raciocínio, planejamento, organização de estratégia, capacidade de mudança, de adaptação, de tomada de decisão) e está caminhando, progressivamente, em direção ao automatismo. É possível afirmar, inclusive, que talvez estejamos abandonando a nossa capacidade de identificar, perceber, conduzir e gerenciar o nosso próprio caminho e, desta maneira, pouco podemos fazer pelos nossos jovens. Ficamos satisfeitos com pequenas ações imediatas do dia a dia. Poucos paramos para pensar... Nesse sentido, creio que chegou o momento de nos conectarmos com nós mesmos, nossos propósitos, nossas crenças, nossos objetivos. Não somente a Geração Z depende desta nossa mudança de conduta, mas também o nosso próprio organismo. Ledo engano daqueles que acreditam que, ao deixar-se conduzir pela agilidade da produtividade, estarão a caminho do sucesso. Quanto mais o indivíduo promove o processo de “auto-abandono”, mais o organismo se organiza em uma tentativa de autoproteção. Assim, ao contrário de se edificar enquanto indivíduo produtivo, há uma organização de uma falsa estabilização, o que é perceptível com as sensações e sentimentos de insegurança, as incertezas, a dor do vazio, o comer compulsivo, a ansiedade e a necessidade imanente de sempre fazer mais... 5 54
saúde
eis o momento da reorganização Visualiza-se o instante da promoção o do autoconhecimento, ou seja, de conhecer o modo a com como cada indivíduo percebe, identifica, conecta ão de o que acredita e como estabelece essa conjunção potencialidade e possibilidades com o mundo que o cerca. A partir das trocas reais entre ser humano mano ar no integrado e a articulação do modo de funcionar dução mundo que se configura a “proatividade” e produção o - por eficaz. Faz-se urgente andar no ritmo contrário nós mesmos e pela Geração Z. Levam, precocemente, aos consultórioss de e eles médicos e fisioterapeutas. Isso acontece porque os de passam muito tempo mal assentados ou deitados ores, forma incorreta em frente aos seus computadores, ros vídeo games, televisão, dentre tantos outros aparatos e atividades que sobrecarregam a coluna. na. Por isso, é fundamental ficarmos atentos e observarmos a nossa postura. Somente assim m evitaremos problemas futuros.
Gleysse Gonçalves de Paula - Psicológa - Neuropsicóloga. Coordenadora d d do d Curso C de d Pós-Graduação Pó G d ã em Terapia T i Cognitiva Comportamental da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais FCMMG
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educação
Alessandra Teixeira Guimarães Fotos: Instituto Tarcísio Bisinotto
horta na escola O trabalho com a terra permite sensibilizar e conscientizar os alunos de que a vida depende do ambiente e o ambiente depende de cada cidadão deste planeta. Nos primeiros anos de vida, o contato com o mundo permite à criança construir conhecimentos práticos sobre sua volta relacionados à sua capacidade de perceber a existência de objetos, seres, formas, cores, sons, odores, de movimentarse nos espaços e de manipular objetos. Ao lado de diversas conquistas, as crianças iniciam o reconhecimento de certas regularidades dos fenômenos sociais e naturais e identificam contextos nos quais ocorrem. Ao ver folhas caindo das árvores ou brotos saindo da terra, questionam, intrigados, o porquê de determinados fenômenos da natureza. Assim, um dos principais papéis da escola é aproveitar esse interesse e potencial para ajudálas a organizar os dados de sua própria realidade. Para que a criança possa construir seu próprio conhecimento, ela precisa de oportunidades para observar fatos e fenômenos da natureza, agir sobre os mais diferentes objetos e obter informações sobre os acontecimentos e regras que fundamentam as relações de seu grupo social. Na medida em que as escolas propiciam experiências cotidianas das mais variadas, as crianças revisam e reconstroem suas associações e hipóteses. Nesse processo, os alunos vão gradativamente percebendo relações, desenvolvendo capacidades ligadas à identificação de atributos dos objetos e seres e à percepção dos processos de formação, como experiências com plantas. Cuidar de plantas ou acompanhar seu crescimento pode se transformar em experiências bastante interessantes para as crianças. A escola pode cultivar algumas plantas em pequenos vasos ou floreiras, propiciando aos alunos acompanhar suas transformações e participar dos cuidados que exigem, como regar, verificar a posição das mudas em relação ao sol, etc.
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educação Outro momento extremamente rico é o processo de preparação da terra e plantio das sementes de uma horta coletiva no espaço externo da escola. Algumas hortaliças e plantas frutíferas podem ser cultivadas em vasos, como é o caso da salsinha, morango e alguns temperos. Além da observação do seu crescimento e dos cuidados necessários para o crescimento das plantas, o plantio contribui na valorização de hábitos alimentares mais saudáveis e do trabalho e cultura do homem do campo. Para apresentar aos alunos as propriedades de cada legume ou hortaliça colhida na horta da escola, bem como a importância de uma refeição balanceada, pode-se colocar em prática receitas realizadas na cozinha da própria escola e deixar os alunos “colocarem a mão na massa”. A cozinha experimental tem como objetivo complementar, facilitar e estimular os alunos e professores na busca de diferentes sabores e saberes e, assim, utilizar diferentes recursos didáticos na prática pedagógica. Além de possibilitar a
aprendizagem de conceitos lógico-matemáticos como quantidade e proporção, ela estimula os hábitos de higiene durante a manipulação dos alimentos e a observação dos mesmos em seu processo de transformação. Seja no preparo da terra para semear, seja na espera e cuidado da colheita ou mesmo na produção de saberes e sabores, cabe à escola cativar, incentivar e mediar esse encontro dos alunos com os fenômenos da natureza para que as descobertas e o aprendizado ocorram de forma prazerosa e eficaz. As crianças perseguem ideias utilizando razão, imaginação, emoção e a contribuição de outras pessoas. Quanto mais a criança tiver possibilidade de trocar informações com outras crianças e adultos sobre os mais diversos fenômenos que distingue em sua realidade, mais poderá articular e inventar “teorias” para significá-los; ela terá mais opiniões para relacionar as suas e mais elementos para ampliar sua visão de mundo.
Alessandra Teixeira Guimarães, Terapeuta Ocupacional e professora do segundo período do Instituto Tarcísio Bisinotto
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gelados para o verão O verão esquenta, o calor aumenta e, com ele, a temperatura medida pelos termômetros. É o que basta para o paladar reclamar por algo gelado para refrescar o corpo, o coração e a mente. Os “gellatis” chegaram ao Brasil pelas mãos dos imigrantes e foram incorporados com naturalidade nos hábitos alimentares de todo brasileiro, especialmente no verão, quando são mais procurados. Essa tradição, no entanto, vem transformando o sorvete num prazer para ser vivido no dia-a-dia, em um alimento que pode ser consumido o ano inteiro. O comentário é de Andréa Manetta, proprietária da Alessa Gelato e Café, em Belo Horizonte, ao afirmar que os sorvetes são bastante consumidos o ano todo. Ainda assim, o verão e o intenso calor tropical são argumentos definitivos para um convite irrecusável para se deliciar com os gelados. Para essa época, a sorveteria Easy Ice, também na capital mineira, investe em frutas. “Além de aproveitarmos as frutas da época, a refrescância desses sorvetes parece aliviar ainda mais o calor”, explica a proprietária Juliana Scucato. Os sabores de frutas também estão entre os preferidos dos proprietários da Easy Ice. “O que mais gosto é o de maracujá com iogurte, mas a receita de lichia ficou muito boa e agora está dividindo meu paladar”. Seu irmão e sócio Frederico Scucato, que responde pela produção dos sorvetes, também se derrete pelos sabores de fruta, sendo o de limão seu preferido.
sorbet Entre os gelados, o destaque vai para o sorbet, que é um tipo de sorvete à base de água, isento de gorduras. A sorveteria Alessa Gelato tem em seu cardápio o Fruttissimo, que é a combinação de suco de fruta natural com sorbet. “Por ter pouca caloria, muitas pessoas o consomem no lugar do isotônico”, conta Andréa Manetta. O chef de cozinha Danton Rangel explica que a maneira mais correta de se servir o sorbet é entre os pratos de um menu degustação. Isso porque ele tem a função de “lavar a boca” e suavizar o paladar antes do próximo prato a ser servido. “Por ser um tipo de sorvete feito sem gorduras ou gemas, o sorbet também é uma opção para quem gosta de sobremesas mais leves”, acrescenta. Os sorbets também são os preferidos do chef Adriano Capra, da sorveteria Stuppendo, em Moema, São Paulo. Dentre os sabores de sua preferência,
Capra confere especial destaque para os sabores limão siciliano, caipirinha, grappa, champagne, capim santo, alecrim e frutas do bosque. A engenheira de alimentos Paula Ayroza Saracchi se apaixonou por sorvetes no primeiro ano de faculdade, quando fez um estágio na área. Hoje, proprietária da Arte Gelati, trabalha com restaurantes e não com venda direta ao púlbico. Paula conta que nessa época do ano, os mais pedidos são mesmos os sorbets de frutas. “Acho que o brasileiro está começando a descobrir os sorbets, pois antigamente eles eram muito associados a sorvetes não cremosos e hoje em dia não é assim
linha gourmet Já na linha gourmet, os sorbets também estão presentes, mas o diferencial são os sorvetes salgados. Paula Saracchi ressalta que os sorvetes salgados já são consumidos em vários países. “Diante da teoria de que é possível fazer sorvete com qualquer coisa comestível, podemos criar diversas combinações”. Paula tem em sua linha de salgados, os sorvetes de shoyo com gengibre, alcaparras, azeite de oliva com manjericão, tomate, wasabi, gorgonzola, entre outros. O chef Adriano Capra destaca que o sorvete gourmet precisa estar completamente em sintonia com o prato que irá compor.
Para o chef Dalton Rangel, os sorvetes gourmets “salgados” vieram pra ficar. Contudo, o chef considera que dificilmente existirá uma sorveteria que sirva apenas sorvetes salgados ou de ingredientes inusitados. Segundo ele, esses sorvetes são feitos para compor pratos com diferentes ingredientes e não para serem consumidos sem acompanhamento
presença indispensável Em temporada natalina, um produto é indispensável na ceia de fim de ano. O panetone já se tornou símbolo do natal tradicional das famílias brasileiras. Além do clássico com frutas cristalizadas, ganhou novas versões com diversos recheios. O que poucos sabem é a história desse costumeiro alimento que, na realidade, se perdeu no tempo. Atualmente, tudo se baseia em lendas sem comprovação. Uma delas conta que o panetone teria sido feito, pela primeira vez, por um jovem morador da cidade de Milão, que se apaixonou pela filha de um padeiro e, para surpreender o pai da moça, que não aceitava o namoro, criou um pão doce. O produto ganhou o nome de “pão de Toni”, que era o nome do dono da padaria. Não se sabe a veracidade dessa história, no entanto, o pão “Doce da Catedral de Milão”, como também ficou conhecido na Itália, se aprimorou ao longo dos séculos com novas técnicas de preparação e ingredientes utilizados. Os consumidores ávidos pelo pãozinho comemorativo de final de ano se rendem à tradição e não deixam de apreciar seu sabor.
O nome científico dela é Sardinella brasiliensis, mas é conhecida mesmo como sardinha, expressão que tem origem no mar da Sardenha, ilha do Mediterrâneo, habitat comum desse tipo de peixe. A sardinha é popular tanto pelo baixo custo quanto pelos benefícios que traz para a saúde. A nutricionista Giselle Rodrigues Brandão explica que o peixe é rico em ômega-3. “Temos como estudo que essa substância contribui para o bom funcionamento das artérias, além de colaborar para diminuir as taxas de triglicérides e colesterol do sangue”. Para o casal de aposentados Arlindo e Conceição Miranda, o consumo de sardinha foi novidade no cardápio. “Antes, não dávamos importância ao peixe, achávamos que não tinha sabor e qualidade. Depois da orientação de nosso médico, passamos a descobrir as maravilhas da sardinha não só para a saúde, mas também para os sabores de nossa mesa”, conta o casal. No litoral brasileiro as sardinhas se estabeleceram em grande quantidade, o que justifica seu custo baixo. Em Belo Horizonte, a média de preço é R$ 3,00 o quilo dela inteira e R$ 7,00 do filé. Segundo a vendedora Silvânia da Anunciação, que trabalha há 8 anos com pescados, a procura pela sardinha aumentou ultimamente, “as pessoas já chegam e perguntam se esse peixe é realmente bom para a saúde”. A vendedora ainda dá dicas de como escolher corretamente o peixe: “Os olhos devem estar brilhantes, a pele firme e as brânquias avermelhadas”. A sardinha pode ser preparada de várias formas, contudo, segundo Giselle, devem ser evitadas as frituras, pois pode prejudicar a ação do ômega-3. Silvânia ensina aos clientes uma forma fácil e saudável de preparar o peixe.
confira a receita: Ingredientes
Preparação
10 sardinhas inteiras limpas 200 ml de óleo 200 ml de vinagre 200 ml de água (ou o que baste para tampar as sardinhas) Sal e tempero a gosto
Disponhas as sardinhas em uma panela de pressão, intercalando-as até formar um tipo de esteira. Coloque os temperos e líquidos e cozinhe por 40 minutos. A sardinha fica parecida com a que compramos enlatada, além de ser uma forma saudável de comer.
Mariana Marcial de Almeida - Jornalista mariana@gourmetvirtual.com.br - www.gourmetvirtual.com.br
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espaço gourmet
pardinhas
gastronomia
Gisele Maletta Marra Noleto Fotos: Fotolia e arquivo pessoal
as cozinhas regionais da China – parte I
A cozinha chinesa é famosa em todo o mundo pela sua arte culinária e pela sua enorme variedade de pratos, com mais de 10 mil tipos diferentes. Devido ao vasto território chinês, formaram-se diferentes sistemas culinários locais, em torno de 20 cozinhas regionais, sendo consideradas as principais as quatro escolas regionais: a Cozinha Lu do Norte, representada por Beijing; a Cozinha Ye do Sul, representada por Guangdon; a Cozinha Huaiyang do Centro, representada por Shanghai; e a Cozinha Chuan do Sudoeste da China, representada por Shichuan. Nesta edição falarei sobre a Cozinha Lu do Norte, representada por Beijing. A origem da cozinha Lu do Norte remonta há centenas de anos, quando o Imperador levou para Beijing os melhores cozinheiros das principais regiões da China. Com tanta concentração de profissionais de culinária de diversas regiões da China em Beijing, “A Cozinha da Corte Imperial” foi sistematizada em banquetes variados e requintados, tornando-se a maior especialidade dessa culinária.
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gastronomia
“A Cozinha da Corte Imperial” é conhecida pelos ingredientes e matérias primas cuidadosamente selecionados. Além disso, os pratos são decorados por diferentes legumes e frutas esculpidos em diversos formatos. Acadapratofoi dado um nome propício, como FengYuHuanChao (Phoenix de jade voltando ao palácio real). Hoje “A Cozinha da Corte imperial” tornouse uma grande escola de culinária chinesa. Com a queda da Dinastia Qing (1911) e com a ascensão da República, todos os cozinheiros do Palácio Imperial foram obrigados a deixar a Cidade Proibida. Muitos deles, ao invés de voltarem para suas províncias, empregaramse em restaurantes em Beijing ou abriram seus próprios, oferecendo até os dias de hoje as melhores comidas de diversas regiões da China. O principal prato da Cozinha Imperial é o famosoo “Pato de Pequim” (kaoBeijingya), cuja preparação leva várias horas. Os patos são primeiramente limpos, depois inflados com ar até que se estufem, permitindo que a carne cozinhe de maneira uniforme e os sucos se espalhem por toda a ave. Os patos são marinados e esfoliados com uma combinação de açúcar, especiarias e água de três a quatro horas. Isso faz com que a pele cozinhe macia e crocante. Em seguida, são assados em um forno em forma de barril em fogo brando de carvão por mais de 40 minutos. O carvão vegetal agrega um sabor distinto para as aves. A maneira correta de comer o“Pato de Pequim” é colocar as fatias de carne e pele, cebolinha e um pouco de pasta doce de feijão de soja em uma panqueca fina e depois enrolada. Entre as especialidades mais populares de Beijing estão os bolinhos ao vapor (Jiaozi). Cozidos ou fritos, os bolinhos chineses são feitos de farinha de trigo, formando pequenos pastéis recheados com legumes, carne de porco ou carne de carneiro. Depois de prontos, eles são mergulhados em uma mistura de molho de soja, vinagre, molho de pimenta e óleo de gergelim para realçar o sabor.
“Pato de Pequim” : fatias de carne e pele, cebolinha e um pouco de pasta doce de feijão de soja em uma panqueca fina e depois enrolada.
Uma das características da culinária de Beijing é o método rápido de saltear os alimentos com pouco óleo, fazendo com que a carne fique tenra e misture aos outros ingredientes, realçando o sabor sem perder os seus nutrientes. O cordeiro com alho-porró (Jou Yang Chang Pao) é feito dessa forma, flambando-o para dar um sabor defumado. Outra especialidade da cozinha de Beijing é o “Hot Pot”, levados pelos soldados mongóis. Em um pote de cobre em estilo tradicional, disposto sobre um braseiro com fogo de carvão, é colocada uma combinação de finas fatias de carne de porco, cordeiro, ou veado, e vegetais, que é cuidadosamente cozida em um caldo e depois servida acompanhada de uma mistura de 16 molhos e especiarias. Essa especialidade é muito apreciada no inverno rigoroso do norte da China e de Beijing. A Cai Chang Jia ou Homestyle, estilo de cozinha familiar, utiliza alimentos de uso comum e de baixo custo disponíveis na estação. O preparo dos pratos é de forma rápida e simples. Jia Chang Cai inclui conhecidos pratos da culinária popular regional e tornou-se uma das especialidades ensinadas nas escolas de culinária de Beijing nos famosos Hutuns (casas-pátio da antiga china). Na próxima edição, falarei sobre a Cozinha do Sul seguido de uma deliciosa receita de um dos pratos típicos de Guangdon (Cantão).
presença indispensável A estrela do alimento asiático é o tofu ou queijo de soja, que é rico em proteínas e fibras. Feito a partir da coalhada da soja, foi um dos pratos favoritos do Imperador e sua corte. O nome e o método de cozimento mudaram drasticamente desde a sua concepção, a fim de torná-lo “mais atraente”. O tofuyehlao é um prato composto de tofu coberto com cogumelos, abalone e fatias de presunto. Servido no centro de um grande prato com legumes e um molho especial, o resultado dá um assalto aos olhos e um deleite ao paladar. 61
gastronomia
Receita de macarrão frito chinês
Ingredientes
Preparação
150 g de macarrão fresco ou 60 g seco 50 g de carne de porco (cortado em tiras - juliene) 100 g de pimentão (amarelo/verde/ vermelho) 01 cenoura (cortado em tiras, juliene) 01 cebola (cortado em tiras – juliene)
Mexa a carne de porco com o vinho por alguns minutos e deixe marinar por 20 minutos. Coloque o macarrão na água fervente (para o fresco de 2 a 3 minutos, para o seco de 5 a 15 minutos), escorra e lave-o com água fria. Aqueça a wok (panela chinesa) em fogo alto. Quando estiver quente, coloque 2 colheres de sopa de óleo, o gengibre, alho e a carne de porco, mexa delicadamente para separar a carne até mudar de cor, salteie. Acrescente o pimentão, a cenoura, a cebola, salteie por 20 segundos até soltar o aroma. Coloque o macarrão e misture delicadamente até incorporar aos outros ingredientes, acrescente o sal, molho de soja, o açúcar, salteie mais uma vez. Desligue o fogo e acrescente 1 colher de chá de óleo de gergelim e a cebolinha verde picada, revolva e sirva imediatamente.
Temperos 1 a 2 dentes de alho, picadinho 1/2 colher de chá de gengibre picadinho 02 hastes de cebolinha picada Pimenta chili seca (a gosto) picadinha Marinado 01 colher de chá de vinho de arroz Molho 1/4 de colheres de chá de sal 1/4 de xícara de molho de soja 1/2 colheres de chá de açúcar
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29ª bienal internacional de artes de São Paulo
A 29ª Bienal de São Paulo foi aberta ao público no dia 25 de setembro último e pode ser visitada até o dia 12 de dezembro, no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera. Esta edição não tem como principal objetivo o de preencher o vazio do 2º andar do pavilhão na 28ª Bienal, mas enfatizar o compromisso da arte com a política e a consequente influência na vida social, priorizando divulgar o que acontece pelo mundo em termos de artes plásticas. Esse evento conta com o apoio do poder público e da iniciativa privada, que investiram cerca de R$ 30 milhões para concretizar a mostra de aproximadamente 200 obras de 159 artistas, selecionados entre os artistas plásticos renomados nacional e internacionalmente no circuito das artes, sob a curadoria de Agnaldo Farias e Moacir dos Anjos, e com os cocuradores Chus Martinez, Fernando Alvim, Rina Carvajal, Sarat Maharaj e Yuko Hasegawa. O título Há sempre um copo de mar para um homem navegar foi resgatado em um dos versos do livro de poemas Invenção de Orfeu, do poeta
Jorge de Lima (1893-1953), criador da fotomontagem e premiado com menções no Salão Nacional de Belas Artes e na 1ª Bienal de São Paulo em 1951. A Bienal apostou em novos artistas, como os mineiros Cinthia Marcelle, com as obras Buraco Negro e Sobre este mesmo mundo, no 2º piso; Marilá Dardot e Fabio Morais com Terreiro: longe daqui, aqui mesmo, no 1º piso; Matheus Rocha Pitta com Provisional Heritage, no 2º piso; Sara Ramo, espanhola radicada em Belo Horizonte, com A Bando dos Sete, no 3º piso; e Rosângela Rennó, mineira que viveu e estudou em Minas de 1962 até 1987, com Menos valia, no 1º piso e Matéria de poesia, no 3º piso. Além disso, resgatou alguns artistas plásticos entre as figuras consideradas importantes no meio artístico, nacional e internacional, tais como Cildo Meirelles, Flávio de Carvalho, Hélio Oiticica e Lygia Pape. As obras foram incluídas por manterem sua contemporaneidade. É o caso, por exemplo, de Lygia Pape em Língua apunhalada, de 1968, que estabelece ligação direta com a discussão atual sobre a vontade de amordaçar a imprensa, censurando notícias veiculadas que podem ofender aqueles que usam e deixam usar o dinheiro público inadequadamente; ou ainda, sobre aqueles que deveriam defender o cidadão, mas usam a lei para salvaguardar seus interesses. São pessoas que consideram a imprensa como arma, que pode mostrar verdades e, por isso, deve ser monitorada. Outro destaque é a polêmica Inimigos, do recifense Gil Vicente que, para demonstrar sua desilusão com a política, se autorretrata executando líderes mundiais. Nas palavras de Agnaldo Farias, curador da 29ª Bienal, “a gente ouve muito falar em estetização da política, e aqui é o contrário, é a arte se politizando de um modo partidário. O que a gente quer mostrar é que política não é só partidarismo, nessa linha parlamentar, de representação...” Tanto Invenção de Orfeu quanto a 29ª Bienal encontraram muita resistência. A polêmica em torno do livro deveu-se ao predomínio da crítica realista do Brasil. Pois é, nessa questão, que está o cerne da polêmica em torno da 29ª Bienal.
Nilze Monteiro é assessora cultural e diretora da NM Assessoria Cultural. Graduada pela Escola de Ciência da Informação da UFMG. Possui vários cursos na área.
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