Revista Casa, campo e cia

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2010

primavera a

BONS FLUIDOS • Jardim é vida • Feng Shui • Cromoterapia

primavera

CASA, CAMPO & CIA

Edição E Ed d diiç içã ão o 06 06 R$ R$ 7,90 7,90 7, 90

NOVA LIMA O melhor lugar para se viver

ORQUÍDEAS

Primavera: tempo de replantar

EDUCAÇÃO

No 06 • 2010

Consumismo na infância

•E MAIS: Arte, Gastronomia, Veterinária e muito mais 1


Agora seu pet, seu jardim e sua piscina vão te dar Dotz é uma moeda que você ganha em vários lugares, na maior rede de parceiros do Brasil e, por isso, troca muito rápido por mais de 10.000 produtos e serviços. Como ganhar dotz?

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O que posso trocar com os meus dotz ?




primavera

Paisagismo

Jardim é vida e pode pod nos proporcionar prazer, serenidade e paz

26 Arquitetura Feng Shui e arquitetura: seu lar merece essas dicas

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Iluminação

Cromoterapia: iluminando o estado de espírito

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índice 22 41 43 52

Seu jardim

Fungos em gramados

Pet Educação básica e regras para o castigo

Veterinária A importancia da vacinação

Seu condomínio A Lei do Silêncio


Gastronomia Chinesa mei shi shué

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Orquídeas Quando e como replantar

38 Arte Arte popular brasileira: essa nossa ainda desconhecida

74 Especial

Nova N ova Lima: Lima: o melhor lugar para se viver!

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Economia Cartas...................................................................................10 Acontece.............................................................................12

Bem-estar

Meio ambiente - Assoc. Promutuca...................14 Jardinagem - Haroldo Sampaio ...........................16 Jardinagem - Perguntas & Respostas.............20

Saúde

Seu condomínio - Perguntas & Respostas.....57 Gastronomia - Gourmet Virtual...........................70 Arte -Nilze Monteiro...................................................78

Educação

54 56 62 66

Dinheiro na mão é vendaval?

Primavera: tempo de desintoxicar Boa postura: o primeiro passo para uma vida saudável Consumismo na infância: problema de todos


Edição

06

editorial

setembro • 2010

Caros leitores, Chegamos a mais uma primavera! Como é bom olhar para trás e perceber o quanto evoluímos desde nossa segunda edição, na primavera de 2009. Crescemos em páginas, em conteúdo, em tiragem, que chega agora aos 18.000 exemplares, e no número de locais em que distribuímos nossa revista. Graças ao apoio de vocês, nossos leitores, dos amigos que se uniram ao nosso projeto e dos parceiros que acreditaram e investiram em nós. A partir desta edição, duas novas seções vieram nos fazer companhia: em Arte Brasileira, Germana Moro nos apresentará um fantástico mundo. Meio Ambiente, a cargo da Associação Pró-Mutuca, tratará dos desafios, conquistas e problemas deste que é um dos mais importantes assuntos dos dias de hoje. Também tivemos mudanças em nossa Casa: Jardinagem agora ficará a cargo do agrônomo, professor e empresário Haroldo Sampaio que, com todo a sua capacidade técnica nos trará enormes contribuições nessa que é uma de nossas mais importantes seções. Em Gastronomia, damos as boas-vindas à Gisele Noleto, que nos abrirá as portas da gastronomia chinesa. Para comemorar a estação mais florida do ano, preparamos um especial. Júnia Lobo, Ana Carolina Matos e Luciana Brandão falam da energia das plantas, de Feng Shui e cromoterapia. Um guia para encher sua casa de boas energias. Seu Jardim traz os principais fungos que atacam os gramados. Bem-Estar aborda a primavera: época de desintoxicar. Ainda nesta edição, Educação apresenta um problema que todos os pais hoje enfrentam: o consumismo. Arte nos ajuda a compreender a arte moderna e contemporânea e Economia levanta a importância da educação financeira.

A Revista CASA, CAMPO & CIA é uma publicação trimestral da Âncora Editora Av. Toronto, 44 - Jardim Canadá Nova Lima - MG - Fone: (31) 4136-0530 e-mail: revista@casacampoecia.com.br

A Âncora Editora não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios de terceiros. Diretor e Editor Alexandre Bacelar Smith Colaboradores Mariana Marçal de Almeida Mara Heloisa Carvalho de Oliveira Alessandra Teixeira Guimarães Janaina Fossati Projeto Gráfico e DTP Âncora Editora Textos Alexandre Bacelar Smith Designer e Produção Gráfica Luiza Otoni Fotos/imagens Fotolia e iStockimage royalty free Impressão Del Rey Gráfica e Editora Tiragem 18.000 exemplares Publicidade/Comercial comercial@casacampoecia.com.br fone: (31) 4136-0530 Juliana Ferraz | (31) 9728.7094

Gente de CASA Ana Carolina Matos Cássio di Pietro Germana Moro Gisele Noleto Gisele Kimura Haroldo Sampaio Juliana Ferraz Junia Lobo Luciana Brandão Missiaggia & Picinin Nilze Monteiro Paulo Noleto Rita Mundim

Mais uma vez, vocês são os mais ilustres convidados de nossa Casa! Sejam bem-vindos.

Alexandre Bacelar Smith

editor chefe alexandre@casacampoecia.com.br

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Se você se interessa pelos assuntos da Casa, Campo & Cia e gostaria de passar a recebê-la, entre em contato conosco. minharevista@casacampoecia.com.br


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cartas Tivemos o privilégio de conhecer duas edições da Revista Casa Campo e Cia, o que nos despertou admiração pela qualidade. O Conselho Estadual da Mulher possui um Centro de Documentação e Informação, e viemos solicitar-lhes, na medida do possível, a título de doação, que nos envie posteriores edições da revista para compor o acervo de tal Centro.

Tomei conhecimento da revista Casa Campo e Cia através do Gabinete da Vereadora Elaine Matozinhos onde exerço a função de Chefia de Gabinete. Me interesso pelo tema e solicito receber a edição de número 4 bem como as próximas edições. Virgínia Dantés, Belo Horizonte

Como posso assinar sua revista? Qual é o preço? Carmen Rocha Dias - Presidente Conselho Estadual da Mulher, Belo Horizonte

Ricardo Rezende, Belo Horizonte

Queridos leitores, Temos recebido dezenas de cartas e mensagens nos perguntando onde ou como fazer para receber nossa revista, o que para nós é motivo de imenso orgulho e satisfação. Hoje nossa revista é distribuída gratuitamente nos bairros Belvedere, Mangabeiras, Sion e Santa Lúcia em Belo Horizonte e em 49 condomínios horizontais de Nova Lima e 20 de Lagoa Santa. Residindo em um desses locais ou próximo a eles, basta nos enviar os endereços que será um prazer incluí-los em nosso cadastro. Caso seu condomínio ainda não receba nossa revista gratuitamente, envie-nos o contato do síndico ou administrador ou peça para que ele entre em contato conosco que passaremos a enviar o numero necessário de exemplares a cada edição. Não existe nenhum custo para isso, basta o comprometimento do condomínio de que as revistas realmente cheguem às mãos dos moradores. Caso seu endereço ainda não seja abrangido por nossa distribuição, você pode retirar a revista gratuitamente na Âncora Pet & Garden - Av. Toronto, 44, Jardim Canadá, Nova Lima - MG, ou nos enviar seu endereço para que possamos calcular os custos de envio. As edições também podem ser acessadas em www.casacampoecia.com.br/revista A cada edição, com o apoio de nosso parceiros, temos procurado aumentar o número de exemplares e melhorar nossa distribuição. Esperamos, até o final de 2011, alcançar nosso objetivo, de estar acessível a todas as casas e casas de campo da região metropolitana de Belo Horizonte. Um grande abraço, Alexandre Bacelar Parabéns a toda a equipe da Revista Casa Campo e Cia! Recebo a revista desde a primeira edição e fico sempre aguardando a próxima. Está cada vez melhor, com tantas pessoas competentes a frente das matérias. Um parabéns especial ao Alexandre pela forma que escreve sua coluna e que me desperta muito interesse.

Fale com a gente, a Casa é sua cartas@casacampoecia.com.br Cartas e comentários poderão ser publicados resumidamente

Eliana Nogueira Dantas - Cond. Bosque do Jambreiro Diretora One Day Spa, Diretora Senior Mary Kay

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Marcas e produtos exclusivos: Dior, Sisley, La Prairie, Clinique, Shiseido !"#$%&'(#)*%!+,!-,',.*!/&*'012*+*% !3#24!,%2#'5,!#%!6)#+&(#%!6*)*!#!()*(*7,$(#!$*!6)86)0*!'#9* !:076,.*!+,!6,',;!50+)*(*<=#!>*20*';!2&)%#%!+,!7*/&0*?,7;!7*/&0*?,7!6*)*!>,%(*%

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acontece

TAREN MAISON LOURDES. LIMPEZA DE PELE COM COSMÉTICOS IMPORTADOS EXCLUSIVOS EM BELO HORIZONTE.


acontece

Reabilitação e estúdio de pilates O bairro Anchieta receberá, em outubro, um novo espaço de reabilitação e estúdio de pilates: TANGRAM – VIDA EM MOVIMENTO, sob a direção da terapeuta ocupacional Patrícia Cardoso e a fisioterapeuta Cristina Belisário, ambas instrutoras de pilates e com mais de 20 anos de experiência em reabilitação neurológica e ortopédica. O espaço foi idealizado pela arquiteta e decoradora Ana Andréia Barra Mendonça, cuja filha Gabriela, fisioterapeuta e instrutora de pilates, também fará parte da equipe. Em um modelo inovador, a TANGRAM reunirá em um só espaço todos os atendimentos: neuropsicologia, reabilitação cognitiva, fisioterapia, terapia ocupacional e, o grande diferencial, a introdução do pilates no processo de reabilitação neurológica. A Tangram também estará aberta a todos que buscam qualidade de vida e longevidade. Aguardem! Mais informações (31) 8797-2725.

Alphaville Lagoa dos Ingleses completa 10 anos Além de uma excelente festa realizada no stand da Inpar, os 10 anos do Condomínio Alphaville Lagoa dos Ingleses foram muito bem comemorados com uma iniciativa que merece ser copiada. Está sendo implantado, PELA ASSOCIAÇÃO DE MORADORES E PARCEIROS, um programa de reaproveitamento dos resíduos resultantes da poda de árvores e gramados do condomínio para produção de composto orgânico. O condomínio não só deixa de gastar com o descarte do material como, também, passa a economizar com a produção de seu próprio fertilizante orgânico, que será utilizado nas áreas comuns de todo o empreendimento. Um círculo virtuoso onde todos ganham e o planeta agradece.

A Comunidade Aliança de Lagoa Santa está de casa nova

Reconhecimento - Ana Carolina Matos Nossa colunista, a arquiteta e urbanista Ana Carolina Matos, acaba de ser premiada na categoria “Melhor Projeto” da Casa Cor 2010. Vale a pena conferir o criativo e inovador ambiente “Galeria do Publicitário”, que marca com chave de ouro sua estreia na Casa Cor.

Óptica Conforto Visual, especializada em novas tecnologias Sempre atenta às inovações no ramo óptico, a Conforto Visual vem trabalhando com a mais nova tecnologia na confecção de lentes para óculos: O SISTEMA FREE FORM. Essatecnologiaconsistenacustomização de lentes através de um programa de software que gera digitalmente um produto com uma qualidade superior aos sistemas de produção tradicionais, uma lente mais personalizada, como maior acuidade visual, maior definição de imagens, amplitude da área de visão, adaptação espontânea e rápida. www.oticaconfortovisual.com.br

Em Lagoa Santa desde janeiro de 2009, a Aliança é uma comunidade cristã que estimula o relacionamento das pessoas com Deus e com outras pessoas. Os encontros públicos são semanais, todos os domingos, às 18h30min. Nesses encontros, compartilham-se princípios que fortalecem nossas vidas em todos os aspectos, familiar, profissional, afetivo e social. Atuando no Brasil há 30 anos, essa é a primeira igreja da comunidade em Minas. Rua Candido de Almeida, 110, Joana D’Arc, Lagoa Santa. Ao lado do Hotel Bristol. Fone: 3681-8634 e 3681-0956. aliancalagoasanta@gmail.com.

One Day Spa O One Day Spa está em nova sede, na Rua Espírito Santo, 2.324, no Lourdes. Maior e mais sofisticado, com serviço de manobrista e uma série de novidades e tratamentos exclusivos, o Spa oferece soluções para deixar você mais leve, de bem com o corpo e com a vida. Fone: 2551-4114 www.onedayspa.com.br

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2º Festival da Primavera Buscando oferecer diversidade nas opções culturais à população, a Prefeitura de Nova Lima apoia a realização do 2º Festival da Primavera, promovido pela Quik Cia. de Dança no mês de outubro. Com objetivo de reafirmar a utilização da Praça Quatro Elementos, no Jardim Canadá, como espaço de lazer, cultura e cidadania, o evento contará com apresentações de artes cênicas, oficinas e exposições, que se conectam ao tema “quatro elementos”. Neste ano, o elemento central é a água e os resultados dos trabalhos serão apresentados na praça. Mais informações; 3581-3503. www.quik.art.br

O Instituto Inhotim, que já contava com um fantástico acervo de cerca de 500 trabalhos de artistas consagrados, como Cildo Meireles, Matthew Barney e Adriana Varejão, acaba de inaugurar mais quatro obras e três galerias. Dentre as obras, está Cosmococa, de Helio Oiticica e Neveille d’Almeida, uma referência para a arte contemporânea que trabalha a ideia de “Quasi-Cinema”. O ambiente sensorial, composto com projeção de slides, trilhas sonoras e vários elementos táteis, investiga a relação do público com a imagem-espetáculo e será exibido permanentemente num pavilhão criado para o trabalho. Já o Pavilhão Miguel Rio Branco contará com uma apresentação abrangente da produção do artista. Também serão inauguradas as obras Desert Park, de Dominique Gonzalez-Foerster, e Palm Pavilion, de Rirkit Tiravanija, ambas no espaço externo do local. Nas novas galerias do Inhotim, trabalhos de Ernesto Neto, Marcellvs L. e outros. No site do Instituto você pode ter uma visão panorâmica dos novos espaços. www.inhotim.org.br.

Esse espaço é seu! Divulgue o que acontece em sua região ou condomínio. revista@casacampoecia.com.br

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acontece

Novas obras e galerias no Instituto Inhotim


meio ambiente

Gisele Kimura Fotos: Fotolia

A Promutuca - Associação para a Proteção Ambiental do Vale do Mutuca - tem por objetivo a proteção do meio ambiente e melhoria da qualidade de vida neste vale e regiões adjacentes. Objetivos que certamente são compartilhados pelos leitores, que escolheram morar em locais onde ainda se pode ouvir o canto dos pássaros ou apreciar o desabrochar de uma flor. Não é à toa que nossa coluna se inicia nesta estação do ano. A primavera é tempo de renovação e de florescimento. Seu início é marcado pelo equinócio, ocasião em que o dia e a noite têm a mesma duração, um momento de igualdade e equilíbrio na natureza. O mundo atual é muito competitivo. Aprendemos que só o mais forte sobrevive. Competir pela vida está na ordem da evolução, mas uma competição em desigualdade é uma barreira ao ciclo natural da evolução.

Na natureza existem muitas outras formas cooperativas de relação nas quais deveríamos nos basear: parcerias, associações e simbioses, em que se busca a igualdade de benefícios para todos. Nossa associação acredita nas relações de cooperação e pretende aqui abrir um canal de comunicação com os habitantes dos condomínios. Buscaremos também apresentar algumas formas de vida que cohabitam o espaço onde vivemos, nas regiões de Nova Lima e Lagoa Santa. Afinal, conhecer é o primeiro passo para preservar. Nesta primavera, em que a Promutuca completa seus 20 anos de existência, ficamos felizes em compartilhar nossos objetivos e a ocasião com todos vocês. E para começar, nada mais adequado que falar sobre o animalsímbolo de nossa associação: o Caxinguelê.

caxinguelê Nome científico: Sciurus aestuans Nome popular: Caxinguelê ou serelepe O caxinguelê é um mamífero roedor muito ágil. No Brasil, vive em áreas de floresta da Amazônia e remanescentes da Mata Atlântica e, felizmente, não está ameaçado de extinção. Mede cerca de 30 cm com a cauda, que tem um grande papel no seu equilíbrio e na agilidade. Tem grande facilidade para se movimentar pelos troncos e está entre os raros animais capazes de descer de frente, na vertical. Alimenta-se de frutos e sementes duras, pois necessita gastar os dentes que estão sempre crescendo. Pode viver sozinho ou em pares até os 15 anos de idade. Além das copas altas, o caxinguelê escolhe locais onde exista vegetação de idade avançada, para que haja ocos nas árvores, onde habitam, se reproduzem, guardam os filhotes e estocam comida. É considerado um importante dispersor de sementes, pois possui o hábito de enterrá-las para depois comê-las. Às vezes, ele acaba esquecendo onde enterrou as sementes e estas germinam - originando novas árvores.

Gisele Kimura - Geóloga, presidente da Associação Promutuca

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jardinagem

Haroldo Sampaio Fotos: Fotofolia

cuidados com o jardim na primavera Ter um espaço agradável ao ar livre onde se possa desfrutar bons momentos com a família e os amigos é o desejo de quase todos que optam por morar em uma casa. Nele não pode faltar um belo jardim, bem tratado, sem presença de pragas ou doenças.Com a chegada da primavera há o aumento da temperatura e do fotoperíodo (comprimento do dia) e iniciase o período chuvoso. Esses fatores impactam diretamente nas plantas do jardim, aceleram seu crescimento e tornamnas mais exuberantes. Mas para desfrutar de tudo que a primavera pode oferecer às suas plantas, são necessários alguns cuidados:

adubação: Neste período aumenta significativamente o desenvolvimento das plantas. Várias delas florescem, aumentando, assim, a exigência de nutrientes e tornando necessária a aplicação de adubos. Podemos dividir a adubação em dois tipos:

adubação mineral Na adubação mineral, podemos aplicar os nutrientes diretamente sobre as folhas (adubo foliar) ou colocá-los no solo. A adubação foliar tem baixo custo, mas exige uma frequência maior de aplicações, podendo ser semanal, quinzenal ou mensal, dependendo da indicação do fabricante e da recomendação do técnico. A grande vantagem da adubação foliar é a rápida absorção dos nutrientes pela planta, fazendo com que o resultado apareça em poucos dias. É especialmente indicada quando existe carência de micronutrientes (Boro, Zinco, Cobre, Ferro, Manganês, Molibidênio, Níquel, Cloro). Prefira a utilização de adubos profissionais compostos de macro e micronutrientes e que sejam 100% solúveis, ou seja, ao serem diluídos na água, não deixam resíduos. Na adubação mineral via solo utilizamos normalmente adubos granulados ou em pó. A forma e o local de colocação destes adubos nas plantas influencia diretamente o resultado. Para exemplificar, vamos separar as plantas do jardim em três categorias:

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jardinagem Conheça mais sobre adubos, suas características, vantagens e desvantagens de cada tipo, acessando a matéria: Tudo o que você precisa saber sobre adubos e fertilizantes, em nosso site: www.casacampoecia.com.br


jardinagem

árvores – Devemos colocar o adubo mineral na projeção da copa (no solo, na área que vai do tronco até onde terminam as folhas da copa), sendo que em áreas planas ou pouco inclinadas, fazemos a colocação deste adubo em volta de toda a árvore, a poucos centímetros abaixo da terra (2 a 5 cm). A água é o veículo que leva os nutrientes para as raízes das plantas. Em áreas inclinadas, fazemos a adubação no mesmo local (projeção da copa), porém somente uma “meia lua” na parte alta do terreno. arbustos – Devemos colocar o adubo afastado de 10 a 50 cm do caule. Essa grande variação se dá em função do tamanho dos arbustos, sendo que os de pequeno porte colocamos o adubo mais próximo e os de grande porte colocamos os adubos mais distantes. forrações – Colocamos o adubo entre as plantas de forma uniforme, sabendo que esta distribuição é normalmente a lanço (manualmente). Após a aplicação, regue, evitando, assim, que o adubo fique nas folhas e queime as plantas.

adubação orgânica Na adubação orgânica podemos utilizar vários produtos: húmus de minhoca, esterco curtido, torta de mamona, farinha de ossos, composto orgânico, dentre outros. Este tipo de adubação fornece nutrientes para as plantas e auxilia na estruturação do solo, apresentando resultados muito satisfatórios, além de ser ecologicamente correta. Sua aplicação costuma apresentar um custo maior, uma vez que, normalmente, exige grandes volumes, maior dificuldade no transporte e na mão de obra de aplicação. Dica: Para evitar transtornos e altos custos de manutenção, utilize apenas produtos garantidamente livres de ervas daninhas.

poda: O início da primavera é o melhor período para fazermos as podas. A poda estimula a formação de novos brotos e, além de dar uma forma mais interessante ou conveniente às plantas, também deve eliminar galhos doentes ou mal formados. Em jardins, existem basicamente 3 tipos de poda:

poda drástica de desenvolvimento:

é feita nas plantas de clima temperado (ex. rosas, hortênsias). Após os cortes, recomenda-se a aplicação de uma pasta fungicida, normalmente à base de cobre, no local do corte, o que facilita a cicatrização e minimiza o efeito do ataque de fungos.

podas de formação: faz com que as plantas cresçam mais fortes e bem formadas. Ao realizá-la, procure dar uma forma harmônica e simétrica à copa, propiciando arejamento e iluminação a todas as partes da planta. Quando realizada na primavera, rapidamente aparecem novas brotações. podas de limpeza: Uma poda leve, deve ser feita regularmente, eliminando galhos ou ramos mortos, secos, ou que apresentem má formação. Após a poda de limpeza, pulverize-a com um fungicida, o que reduzirá significativamente o aparecimento de doenças. Atenção: A contratação de um profissional capacitado para fazer ou orientar esses serviços é de fundamental importância para que a plantas se desenvolvam adequadamente.

irrigação: Na entrada da primavera os cuidados com a irrigação são essenciais, a fim de se evitar os males que o aumento significativo da temperatura e insolação e a irregularidade das chuvas podem causar. Para quem possui irrigação automática, é necessário fazer uma revisão em todo o sistema, cuidando da regulagem dos bicos e substituição, quando necessário, limpeza e lubrificação de todo o sistema. O ideal é que se procure uma firma especializada. Uma manutenção bem feita normalmente reduz os gastos com reparos e danos no sistema de irrigação.

combate a pragas e doenças: Com o início do período chuvoso e o aumento da temperatura, deve-se observar mais frequentemente o surgimento de pragas e doenças, identificando-as e combatendo-as antes que elas se alastrem pelo jardim. Em grande parte dos casos, a prevenção teria evitado o problema. Tesouras mal esterilizadas, introdução de novas plantas sem a devida atenção, lixo acumulado, utilização de adubos orgânicos contaminados por ervas daninhas estão entre algumas de diversas causas de introdução de pragas e doenças no jardim. Caso as pragas se instalem e seja preciso combatêlas, use os produtos com parcimônia, pois ao aplicar uma solução inseticida, você estará afetando também insetos benéficos, como abelhas e joaninhas. O mesmo vale para soluções fungicidas e bactericidas. Use o bom senso e pulverize as plantas somente quando a praga ou doença estiver realmente prejudicando-as. Evite aplicar sobre flores e frutos, restringindo-se às partes afetadas

Haroldo Sampaio- Engenheiro Agrônomo, Professor e Empresário. www.hsjardinagem.com.br - hs@hsjardinagem.com.br - Pabx:(31)3291-8700

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jardinagem - cartas

Haroldo Sampaio Fotos: enviadas por e-mail

perguntas e respostas Tenho uma parreira de uva, que já foi podada. Quero saber se posso usar cloreto de potássio para ajudar na frutificação. Adriano Rodrigues da Costa, por e-Mail Adriano, na maioria das variedades de uva, a poda deve ser feita no final do inverno. A adubação recomendada logo após a poda (sem verificar a análise de solo) é com NPK 10.10.10 acrescido de micronutrientes. Quando iniciar a brotação das folhagens você pode fazer adubação foliar com “Plant Prod” semanalmente, na quantidade de 5 gramas do produto diluído em 1 litro de água. A colocação de cloreto de potássio somente deve ser feita após a floração, para melhora na formação dos frutos.

locais praticamente sem grama. Infelizmente, todos os produtos seletivos convencionais são realmente tóxicos e, se aplicados de forma inadequada, podem contaminar o lençol freático e o aplicador. A única opção, sem riscos, seria a retirada das ervas daninhas manualmente, lembrando que, para as espécies em questão, deve ser retirada uma camada de 15 cm de terra, evitando assim a reinfestação pelas ervas daninhas. Em relação às fotos enviadas da trepadeira (Ipomeia rubra), não é possível identificar, através delas, nenhum problema. Sugiro a contratação de um profissional, que com a ajuda de uma análise de solo terá condições de identificar e solucionar o problema, além de melhorar a nutrição geral do seu jardim.

Gostaria de solicitar sua ajuda em 2 questões: - minha grama está com fungo e ervas daninhas. Não uso agrotóxico, por isso solicito uma opção de produto não tóxico (existe?) para minimizar, controlar ou eliminar a presença das ervas daninhas e fungos; - algumas flores não se fixam e caem com facilidade, não durando muito na própria planta. Isso está ocorrendo também nos cítricos, as flores caem com facilidade. O que pode estar acontecendo? Eduardo Brandão, por e-mail Eduardo, Conforme fotos enviadas, o fungo existente em seu gramado é o Cercospora. O Cercospora é um fungo de fácil combate e ocorre principalmente devido à baixa fertilização da grama ou fertilização incorreta. Para combater o problema, faça aplicação de calda viçosa (consulte receita no www.casacampoecia.com. br) na proporção de 3 gramas diluído em 1 litro de água. Faça a pulverização por 3 semanas seguidas e posteriormente faça 2 pulverizações quinzenais. Para resolver a causa do problema o ideal é fazer uma análise de solo completa e fazer a correção dos nutrientes após a interpretação dos resultados. Em relação às ervas daninhas, as fotos verificadas mostram uma grande quantidade, existindo vários

Tire suas dúvidas, a Casa é sua cartas@casacampoecia.com.br As dúvidas e comentários poderão ser editados e publicados resumidamente. As perguntas enviadas serão respondidads pelo agrônomo e professor Haroldo Sampaio

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seu jardim

fungos em gramados por Alexandre Bacelar Fotos: Arquivo pessoal, Fotolia

Colaboraram com essa matéria: Green Garden Floricultura e Paisagismo Informativo Verde - Itograss

Um dos problemas mais comuns em gramados são as doenças causadas por fungos. De acordo com Andreia Paolielo, proprietária da Green Garden de Lagoa Santa, é difícil encontrar um bairro ou condomínio onde todos os gramados estejam completamente isentos das manchas e estragos causados por esses invasores indesejados. Podemos definir a doença como uma interação entre o agente causal (o fungo), a planta hospedeira e o ambiente. Quando detectamos um ataque de fungo, ele já causou danos à planta, restando apenas a possibilidade de tomar providências para frear a proliferação e o consequente aumento dos danos. Ao conhecermos as condições ambientais e o estado da planta mais adequado para o desenvolvimento dos fungos, podemos tomar atitudes que criem condições que dificultem seu surgimento e sua proliferação. Criando-se um ambiente adequado e propiciando-se condições para o melhor desenvolvimento da grama, a deixamos mais forte e menos vulnerável ao ataque dos fungos. É o que se chama, na prática, de controle cultural, o qual, associado à escolha do cultivar (variedade de grama) ideal e, em casos extremos, ao uso de fungicidas, nos permite chegar a uma estratégia conhecida como “Manejo Integrado de Doenças”. O manejo integrado adequado é baseado numa combinação de medidas preventivas e corretivas para manter o nível de ataque de pragas e doenças sob controle. Para se realizar um manejo adequado, o primeiro passo é conhecer melhor as características das doenças.

ferrugem de grama - puccinia como identificar: Formação de manchas puntiformes amarelo-

amarronzadas que evoluem, formando pústulas escuras (ferruginosas) que rompem a epiderme das folhas, liberando esporos (espécie de pó amarelo-avermelhado). condições de ocorrência: Baixa intensidade de luz. Temperatura de 20 a 30 ºC. A doença é mais severa em gramados sob stress hídrico e com baixa altura de poda. Sob sombreamento excessivo ou baixa circulação de ar e com baixa fertilidade. controle cultural: Manter adubação moderada e balanceada durante a época de crescimento. Reduzir sombreamento e aumentar a aeração. Elevar altura de poda (se possível para cerca de 4 a 5 cm) e aumentar sua frequência para retirar o material infectado antes que os esporos se espalhem. Evitar stress hídrico (regar sempre). Evitar irrigação no final da tarde e início da noite.


como identificar:

Os sintomas se apresentam com manchas circulares de amarelo até um tom avermelhado, com tamanhos que variam de 2,5 cm a vários metros de diâmetro. A doença costuma se manifestar desde o outono até o início da primavera. condições de ocorrência: Temperatura noturna de 10º a 16º C. Mais de 10 horas de folha molhada, por vários dias. Solos mal drenados e ácidos (com pH entre 5 e 7). Altura de poda baixa (abaixo de 2 cm) Excesso de nitrogênio e de matéria orgânica. Áreas sujeitas a sombreamento e pouco arejadas. controle cultural: Manter os níveis de fósforo e potássio de médio a alto no solo. O potássio é um elemento de fácil lixiviação, se perdendo com facilidade em solos arenosos. Sua ação está relacionada ao aumento da resistência da grama a temperaturas baixas, à seca, ao pisoteio e ao ataque de doenças. Precisamos manter o nível de nitrogênio moderado do outono até a primavera. Para isso, deve-se evitar a adubação constante com produtos desbalanceados, que contenham altos índices desse nutriente. Evitar irrigação no final da tarde, principalmente durante o período de outono/inverno. Elevar a altura de poda e limitar o thatch.

pythium Como identificar: Existem algumas espécies que atacam as folhas e outras que atacam raízes e caules. Nas folhas: podridão, que em gramados cortados mais baixos (menos de 4 cm) formam manchas circulares que se desenvolvem rapidamente na presença de umidade e calor. Em gramados mais altos (5cm ou mais) aparecem manchas maiores, de contorno irregular com um aspecto molhado e oleoso. Pode aparecer, nas folhas atacadas, um algodão branco (micélio do fungo). Nos caules e raízes: podridão das raízes. O gramado apresenta um crescimento lento e não responde à fertilização. Surgem manchas amarelas que vão aumentando de tamanho. Os caules ficam úmidos e o sistema radicular fica bastante reduzido. Condições de ocorrência: Para as espécies que causam infecções foliares é necessário temperatura alta, umidade elevada e noites mornas (acima de 21ºC). As espécies que atacam o caules e as raízes desenvolvem-se com temperaturas mais baixas (11 a 21ºC). Excesso de nitrogênio aumenta a severidade e a frequencia da doença. Controle cultural: Garantir uma boa drenagem, principalmente nas áreas atacadas. Regar menos vezes e por mais tempo, preferencialmente pela manhã. Evitar fertilizantes com grande quantidade de nitrogênio. Manter níveis de médio a alto de potássio no solo.

seu jardim

rhizoctoniose


seu jardim

dollar spot - esclerotínia Como identificar: Em gramados cortados mais baixos, a menos de 2 cm de altura, surgem manchas redondas amareladas com menos de 5 cm. Em gramados cortados mais altos, as manchas são mais esbranquiçadas e de maior dimensão. Em gramados molhados pode surgir uma “penugem” branca (micélio) e úmida. Condições de ocorrência: Temperaturas noturnas abaixo de 10 ºC, com formação de orvalho, e diurnas acima de 32 ºC. Mais de 10 horas de folha molhada por vários dias. Os ataques são mais severos em gramados com stress hídrico (falta de água) e baixos níveis de nitrogênio. Controle cultural: Aplicação de 3 a 4 gramas por m2 (cerca de 15 gramas de ureia, por exemplo) reduzirá a severidade da doença. Aumentar a altura de corte. Limitar thatch. Manter níveis de potássio de médio a alto no solo. Reduzir o sombreamento e aumentar a aeração. Evitar irrigação no final da tarde e início da noite. Evitar stress hídrico.

fungos formadores de cogumelos ( fairy ring ) como identificar: Presença de círculos ou arcos de cogumelos. Grama verde escura morta ou murcha. Um emaranhado de micélio branco pode ser encontrado na palha ou no solo. condições de ocorrência: Solos de textura leve a moderada. pH ácido (de 5,0 a 7,5). Baixa ou moderada umidade do solo. Excesso de thatch. Altas doses de nitrogênio podem aumentar a severidade da doença, porém níveis de nitrogênio baixo podem aumentar a frequência de sua ocorrência. controle cultural:

Manter nível de nitrogênio moderado. Manter níveis de fósforo e potássio altos no solo, de acordo com a análise.

helmintosporiose Como identificar:

Manchas bem definidas de cor preta a marrom na folha e na bainha.As folhas mais baixas (mais velhas) ficam enrugadas e manchadas. Condições de ocorrência: Temperatura de 24 a 25 ºC. Mais de 10 horas de folha molhada por vários dias. Altura de poda inferior a 5 cm. A doença torna-se mais severa sob altas doses de nitrogênio. Controle cultural: Aplicar doses de baixa a moderada de nitrogênio, durante a primavera, verão e outono. Manter níveis de fósforo e potássio de médio a alto no solo. Limitar thatch. Diminuir sombreamento e aumentar circulação de ar. Usar roçadeiras leves e com lâminas (evitar fio de nylon) para evitar o stress da grama. Aumentar altura de poda. Evitar irrigação no final da tarde, e início da noite.


O thatch, ou colchão, é a camada de raízes e folhas mortas e outros resíduos de matéria orgânica parcialmente decomposta que se forma ao longo do tempo abaixo das folhas do gramado. O excesso de thatch provoca danos, dificultando a penetração de água, oxigênio e nutrientes. Ele também favorece a ocorrência de doenças e é um ótimo habitat para vários insetos, além de constituir uma barreira para o bom efeito de fertilizantes e defensivos no solo. Talvez a sua única vantagem seja criar condições favoráveis para o desenvolvimento de microorganismos benéficos ao solo.

A remoção de thatch deve ser feita sempre que ele estiver muito desenvolvido (uma forma simples de se verificar é afastar a grama e tentar alcançar o solo). Existem máquinas e ferramentas específicas para remoção do thatch.

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seuespecial jardim

o que é “thatch”


bons fluídos paisagismo

Junia Lobo Fotos: Carol Reis

jardim é vida

O jardim deve nos proporcionar prazer, serenidade, paz. Ao contemplá-lo, equilibramos o nosso ser, restabelecendo nossa energia positiva. Descalços, caminhando pelo gramado, temos aquela ótima sensação de estar com o “pé no chão”, uma total integração com a natureza.

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bons fluídos paisagismo

É muito bom visualizar um espelho d’água refletindo luz, espelhando imagens, acalmando o nosso espírito, tranquilizando a nossa mente, renovando a nossa alma. Nossos ouvidos se sensibilizam com os sons alegres das fontes e das cascatas, onde a água circula com energia e força. Feitas em peças de cerâmica, em bacias de pedra ou simplesmente como repuxos, o principal é provocar o movimento da água e aguçar os nossos sentidos. As flores dão o toque colorido e, muitas vezes, a nota da fragrância. Esses espaços podem ser grandes ou pequenos, o importante é que existam, emocionando-nos e trazendo energia e vivacidade.

Estamos cada dia mais confinados em escritórios com ar condicionado. O prazer de podermos sentir, tocar e até mesmo degustar um pouquinho da natureza em nossa casa é (por que não?) um “santo remédio”. Sentir o perfume das flores, tocar na água que jorra da fonte, tomar um suco de maracujá ou um chazinho de camomila lá da horta, ouvindo o canto dos pássaros, desconecta-nos do mundo material, trazendo paz à nossa alma. Buscarmos mais a intuição e menos a racionalidade a cada dia e estarmos em sintonia com a natureza nos ajuda muito nesse processo. Muitas espécies vegetais estão carregadas de simbolismo há séculos como, por exemplo, as coroas de louro (Laurus nobilis), utilizadas na Grécia antiga, simbolizando glória e vitória. As espécies vegetais, qualquer uma delas, pela própria característica viva, emanam energias positivas, embelezam o ambiente e exalam aromas agradáveis. Alguns, diurnos, outros, noturnos: manacá-cheiroso (Brunselfia uniflora), dama-da-noite (Cestrum nocturnum), jasmim-dos-poetas (Jasmim polyanthum), jasmim-do-cabo (Gardenia jasminoides), mirra (Tetradenia riparia). Segundo a crendice popular, existem espécies que afastam o negativo, protegem e purificam o ambiente, trazendo-nos energia e sorte. A mais tradicional vegetação que podemos citar é o trevo-de-quatro-folhas (Marsilea quadrifólia), símbolo da boa sorte. Um combinado muito popular e “poderoso” é o vaso de sete ervas: arruda

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(Ruta graveolens), comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia sp.), pimenta (Capsicum Annuum), espada-de-são-jorge (Sansevieria trifasciata), Manjericão (Oncimum basilicum), alecrim (Rosmarinus officinalis), guiné (Petiveria alliacea). Acredita-se que essas plantas espantam qualquer energia negativa. A espécie conhecida como árvore-dafelicidade foi muito utilizada nos anos 80 e 90. A muda macho e a muda fêmea (Polyscias guilfoylei e Polyscias fruticosa) devem ser plantadas em um mesmo vaso. Dessa forma, atribui-se a elas o poder de catalisar energias positivas. Porém, esses vasos nunca devem ser comprados, e sim recebidos de presente. Outro vegetal muito utilizado é o Spathiphyllum sp.. Em algumas regiões, ele recebe o nome de lírio-da-paz ou bandeirabranca, espalhando boa energia, proporcionada por essa espécie. Não poderíamos deixar de citar também a romanzeira (Punica granatum): segundo a tradição, essa árvore é responsável por atrair dinheiro, ao guardarmos as sementes na carteira e renovarmos esse ato todos os anos no dia 6 de janeiro. Devido aos atributos a ela conferidos, a espécie conhecida como Lucky Bamboo (Dracena sanderiana) ou bambu-da-sorte tem ganhado, a cada dia, mais popularidade. Essa espécie tem sido utilizada nos ambientes internos, dentro de uma jarra com água fresca, como símbolo de harmonia e de prosperidade. Acredita-se que ela tem o poder de revitalizar a energia do ambiente onde está. Superstição, crendice, mito, verdade ou não, o que sabemos é que as plantas possuem essa energia oculta. Todo mundo sabe que cultivar um “cantinho verde” proporcionanos qualidade de vida. Esse “verde” pode ser um jardim na varanda de um apartamento, uma árvore plantada com o seu filho, um vaso com ervas ou uma grande área que, depois de plantado, será mágico. Todos seremos beneficiados pelos poderes emanados pelas plantas. Esses espaços devem estar sempre bem cuidados, para que sua energia e beleza sejam desfrutadas por nós.

Junia Lobo - Paisagista Fotos: Carol Reis

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bons fluidos arquitetura

Ana Carolina Matos Fotos: Arquivo pessoal e fotolia

feng shui e arquitetura: seu lar merece essas dicas Como o local em que vivemos pode afetar na nossa qualidade de vida? Os chineses apostam que o fluxo de energias influencia diretamente na harmonia dos espaços que habitamos. Fundamentando nos ensinamentos do Feng Shui, podemos investir numa arquitetura que contribua para o nosso bem-estar!

O Feng Shui é uma antiga arte chinesa que objetiva a criação de ambientes harmoniosos, estabelecendo uma relação das pessoas que os utilizam com a natureza e o cósmico. A palavra significa Vento (Feng) e Água (Shui). A arte originou-se há 5.000 anos e tem como fundamento a filosofia oriental do I Ching, a qual afirma que pequenas mudanças espaciais podem ocasionar grandes transformações nas vidas das pessoas. A fundamentação não consiste em crença somente, mas nos fluxos de energias provenientes da natureza. Assim, os cinco elementos fogo, metal, terra, madeira e água são determinantes para o Feng Shui. A arte chinesa vem se adaptando aos estilos de vidas ao longo do tempo. A técnica utilizada é a sobreposição do Ba guá à planta arquitetônica do ambiente ou edificação. O Ba guá contempla os quatros pontos cardeais e oito áreas de energias: Sucesso, Relacionamento, Criatividade/ Filhos, Amigos, Trabalho, Espiritualidade, Família, Prosperidade. As energias se organizam de forma octogonal. O centro é definido como área da Sorte e da Felicidade. A orientação para a sobreposição do Ba guá é o norte geográfico da planta, que deve coincidir com o norte do Ba guá. A técnica pode ser aplicada em toda a edificação ou individualmente a cada ambiente. Cada área de energia possui uma correspondência em relação a cores e elementos da natureza: Ao sobrepor o Ba guá à planta, faz-se os estudo dos elementos. Deve-se priorizar o uso das cores correspondentes nas respectivas áreas. O preto e o azul, por exemplo, devem ser utilizados em escritórios e ambientes de trabalho. Possuem ligação

Sucesso: vermelho - Fogo Relacionamento: amarelo, bege - Terra Criatividade/Filhos: branco, prata, ouro - Metal Amigos: branco, prata, ouro - Metal Trabalho: preto, azul - Água Espiritualidade: amarelo, bege - Terra Família: verde, marrom - Madeira Prosperidade: verde - Madeira

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quinas são negativas, pois atraem o Shar. Assim, sempre empre que houver alguma quina ina em direção à sua residência (de uma edificação vizinha ou uma ma esquina, por exemplo), utilize espelhos, spelhos, como forma de rebater o Shar har propagado por ela. O espelho é também utilizado como elemento capaz de ampliar os fluxos positivos. Uma sala de jantar, por exemplo, quando o recebe, tem seu símbolo de fartura ampliado pela multiplicação da imagem do alimento. A luz é sempre favorável, assim como os cristais que a propagam e transmitem brilho. Elementos naturais, como plantas e fontes de água também são propagadores do Chi. O espelho é também utilizado como elemento capaz de ampliar os fluxos positivos. Uma sala de jantar, por exemplo, quando o recebe, tem seu símbolo de fartura ampliado pela multiplicação da imagem do alimento. A luz é sempre favorável, assim como os cristais que a propagam e transmitem brilho. Elementos

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bons fluidos arquitetura

com o poder e o dinheiro. No quarto do casal, o bege deve ser explorado. Outras cores, no entanto, como rosa e vermelho são também indicadas, pois estimulam a vivência do amor. O verde é uma cor que estimula a cura. O vermelho, a fome e a sexualidade. O lilás, a tranqüilidade. Ambientes como banheiros, cozinha e área de serviço têm o poder de escoar as energias, em função dos ralos nelas instalados. Portanto, é importante recorrer a elementos que bloqueiem esse escoamento. Por exemplo, ao sobrepor o Ba guá à planta, a área da família recaiu sobre uma suíte. Para o quarto, essa energia é extremamente benéfica, porém o banheiro a diminui. Recomenda-se utilizar um espelho na parede que divide os dois ambientes, de forma que a face do espelho, voltada para o quarto, bloqueie o fluxo da energia para o banho. A técnica de aplicação do Feng Shui tem como objetivo estimular o fluxo do Chi, que representa a Energia Vital. Ao mesmo tempo, objetiva-se o combate do Shar, energia oposta. Acredita-se que


bons fluidos arquitetura naturais, como plantas e fontes de água também são propagadores do Chi. Quanto maior o tempo de permanência do Chi, melhor. Portanto, um ambiente que possui uma ventilação cruzada muito eficiente, contendo portas e janelas em parede opostas, por exemplo, dificilmente terá o Chi mantido por muito tempo. Nestes casos, recomenda-se utilizar amuletos do Feng Shui que auxiliam na permanência da Energia Vital. São eles: esferas multifacetadas de cristal, prismas, Ba guá de proteção, mensageiros do vento e fontes de água. O Feng Shui acredita ainda na influência da posição dos móveis. Os principais elementos como a cama, o sofá e a mesa de trabalho não devem dar as costas à porta. As pessoas devem estar sempre de frente para o fluxo energético e ter controle visual do ambiente, evitando-se a vulnerabilidade. O fogão é símbolo do fogo, da vitalidade e da fartura! Naturalmente a água apaga o fogo.

Portanto, evite que elementos da água, como a pia e a geladeira, fiquem muito próximos ao fogão e inibam sua função. Caso não seja possível, insira objetos verdes entre eles, para neutralizar essa influência. A porta principal (ou outra por onde o fluxo de pessoas é mais intenso) deve receber especial atenção. Deve ter abertura de, no mínimo, 90 graus. Nunca deve estar emperrada e a fechadura deve funcionar perfeitamente. Objetos inutilizados e guardados por muito tempo são fontes negativas. O Feng Shui aposta na vitalidade e no fluxo constante de energia. Portanto, evite quinquilharias! Acredita-se que essa arte oriental aproxima o ser humano de sua natureza e o faz mais feliz. O eterno processo de mudança do universo é exemplo de evolução e crescimento. E é no fluxo contínuo de energias que o homem se alimenta de motivação e conquistas. Vale a pena apostar!

Ana Carolina Matos é arquiteta e urbanista. Atua nos ramos de arquitetura de edificações, interiores, empreendimentos imobiliários e espaços corporativos. e-mail: anacarol.arq@uol.com.br

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bons fluidos iluminação

Luciana Brandão Fotos: Arquivo pessoal e fotolia

iluminando o estado de espírito

Antes de iniciar essa leitura, feche os olhos, ou melhor, siga os passos descritos, e aí, sim: feche os olhos! Imagine um ponto de luz laranja no centro do cenho, entre as sombrancelhas. Imagine essa luz quentinha... como o calor do fogo se espandindo, descendo pelo rosto, pescoço, colo, e por fim cobrindo todo o corpo, como um manto. Inspire, expire e sinta uma agradável sensação de conforto e acolhimento. Essa simples experiência vem ilustrar o quanto a iluminação está presente em nossa vida de formas indiretas e sensoriais. A iluminação vai além de projetos técnicos e soluções criativas. A iluminação passa pela área da saúde, do bem-estar e do espírito. E, se tratando do sentido visual, essa experiência só é possível porque, dando cores à luz, abrangemos seu universo de atuação beneficiando corpo e mente. Assim chamamos de cromoterapia: é a prática da utilização das cores na cura de doenças. Vem sendo utilizada pelo homem desde as antigas civilizações, como Egito Antigo, Índia, Grécia e China, com o objetivo de harmonizar o corpo, atuando do nível físico aos mais sutis. É considerada uma das principais terapias alternativas, porém não é reconhecida pela comunidade científica. Entretanto já existem alguns estudos sérios apontando a influência das cores na saúde humana, nomeadamente na área de biomidiologia. 34


A partir do estudo da cromoterapia temos várias vertentes ligadas à arquitetura, design de interiores, paisagismo, urbanismo e projetos luminotécnicos. Como profissionais, precisamos conhecer um pouco da influência de cada cor sobre nosso organismo para agregar valores aos nossos projetos, tornando-os mais objetivos e dinâmicos em casos peculiares, onde a utilização da cor pode fazer toda a diferença. Na iluminação, as cores podem ser exploradas na forma de fachos de luz provenientes de luminárias comuns ou específicas e instalações detalhadas. Podem trazer conforto ou estímulo a determinados ambientes, trazendo ao seu usuários sensações e descobertas. Assim exploramos cada espectro luminoso de acordo com suas características primárias:

AMARELO: Aciona as capacidades intelectuais, sendo indicada para os ambientes onde se pretende estimular a comunicação. Ajuda, também, a clarear as ideias e está associado à flexibilidade. Aumenta o aconchego, principalmente em locais onde não há luz natural.

VERDE: Traz às pessoas uma sensação de paz. Portanto, é indicada para todos os ambientes da casa. Representa esperança, abundância e equilíbrio

AZUL: Tem função terapêutica equilibradora, por isso é muito indicado para quartos de crianças e adultos hiperativos, além de banheiros e lavabos. É a cor da purificação, a única capaz de desintegrar as energias negativas. Favorece a inspiração, a amabilidade, a paciência e a serenidade.

VERMELHO: Ajuda a levantar o ânimo, simboliza a aproximação e o encontro entre as pessoas, porém muito cuidado: o exagero pode estimular reações agressivas, inclusive aumentando as frequências cardíacas. Ele instiga o apetite e a autoconfiança. Quando diluído em branco, torna os ambientes agradáveis, fazendo com que as pessoas queiram passar muito tempo neles.

BRANCO: Representa a perfeição e o amor divino, estimulando a humildade e a imaginação criativa. Ótimo para qualquer ambiente. Cria uma atmosfera de tranquilidade, por isso não pode faltar. Mas é bom mesclá-lo com outras cores para não criar um ambiente frio e hostil.

VIOLETA: Repousante. Deve ser utilizada, de preferência, em ambientes luminosos. Se usada em excesso, pode levar à dispersão, por isso o ideal é diluí-la com o branco, até conseguir um tom quase azulado. Estimula a intuição e a espiritualidade. Tem influência nas emoções e humores.

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bons fluidos iluminação Na luminotecnia inúmeros projetos são desenvolvidos no intuito de melhorar e aprimorar o nosso bem-estar. Fabricantes de lâmpadas têm desenvolvido lâmpadas com temperatura de cor capazes de promover eficiência luminosa com conforto visual e sensações de acolhimento. Projetistas hospitalares dedicam-se junto a light designers no desenvolvimento de projetos específicos para cada setor, capazes de influenciar o tratamento e até mesmo a cura de doenças. Spas e clínicas de relaxamento, clínicas do sono e consultórios médicos

também exploram a cor na forma de luz para diversos tratamentos. Assim a luz, na sua função mais simples, que é iluminar, ilumina também o espírito. Então, sempre que puder, encontre um local tranquilo, concentre-se, feche os olhos e deixe se envolver por um “manto de luz” na cor que lhe for conveniente. Sinta todos os benefícios que essa experiência pode lhe trazer. Considere essas informações importantes nos seus próximos projetos, pois, como aprendi no meu primeiro trabalho com iluminação: Uma boa iluminação a gente não vê, sente.

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orquídeas

quando e como replantar por Alexandre Bacelar Fotos: Arquivo pessoal, Fotolia

As plantas parecem sentir a chegada da primavera muito antes de as pessoas se darem conta. As orquídeas também parecem saber que aumentou o tempo de luz solar e começam a brotar. É esse o momento de modificar os cuidados que até então eram dispensados aos vasos. O aparecimento de brotações de folhas novas ou flores é o primeiro sinal que as plantas enviam para que você volte a lhes dedicar atenção e cuidados especiais, de maneira a auxiliar o desenvolvimento delas. 3 38


é um bom momento para dividir e multiplicar as orquídeas maiores, fazendo novas mudas. A melhor época para realizar esse trabalho é a primavera, porque as condições climáticas são ideais para a cicatrização das raízes cortadas no procedimento e pelo fato de a maioria das orquídeas não estar em dormência, fase em que podem não suportar o transplante.

passo a passo 1. Tire todo o substrato velho das raízes da planta. É comum que algumas delas se quebrem nesse processo. Não se preocupe, isso não prejudica a planta.

2. Corte as raízes que

estiverem mortas (elas são mais escuras que as outras). Não é preciso lavar a planta.

materiais utilizados: Vasos de plástico (recomendados para áreas cobertas ao abrigo da chuva, pois retêm mais umidade) ou de barro (aconselháveis para o cultivo sob ripados e áreas parcialmente cobertas);

3. Forre 1/3 do novo vaso

com cacos picados. Eles garantirão a drenagem da água das regas.

Substrato (a mistura de fibra de coco, carvão e casca de pinus produz excelente resultados); Cacos de cerâmica, argila expandida ou brita para a drenagem; Tesoura para poda e alicates esterilizados;

4. É hora de acomodar a

Varetas de bambu ou de metal;

planta no vaso. Encoste a parte de trás da planta no vaso.

Arame.

cuidados extras Depois de fazer o replantio, recomenda-se que o vaso seja colocado em um ambiente sombreado. Durante uma semana, é preferível não regar a orquídea, para permitir a cicatrização de todas as feridas. Nesse meio tempo, apenas pulverize-a com água toda noite, para evitar que desidrate. Depois disso, mantenha o substrato sempre úmido e faça adubações quinzenais.

Você pode conferir os melhores substratos acessando a matéria: Em busca do substrato ideal. Em nosso site: www.casacampoecia.com.br

5. Preencha o restante

do vaso com o substrato.

Enquanto a orquídea ainda não estiver enraizada, coloque na parte traseira da planta um pequeno tutor de bambu ou metal para mantê-la presa ao vaso. 39

orquídeas

De tempos em tempos, as orquídeas precisam ser replantadas. Isso acontece por três motivos: o substrato deixa de apresentar as características ideais para o desenvolvimento da planta (compactação, apodrecimento, acúmulo de sais), os nutrientes se esgotam ou o espaço fica pequeno para o crescimento das raízes, que começam a pender para fora do recipiente. Esse também


orquídeas

plantio em árvores Algumas orquídeas, conhecidas como epífitas, podem ser transplantadas para o tronco de uma árvore ou para uma placa de fibra de coco. Para isso, vamos precisar de: • Substrato - mistura de fibra de coco, carvão e casca de pinus; • Tesoura para poda e alicates esterilizados; • Atadura de gaze; • Barbante. Depois de cortar as raízes mortas (as mais escuras), segure a orquídea junto ao tronco ou placa, envolva as raízes e um pouco de substrato com a gaze e amarre tudo ao troco ou placa com o barbante (nunca utilize arame ou nylon). Aperte somente o suficiente para fixá-la, impedindo que o substrato caia. O tempo que a gaze e o substrato demoram para desaparecer é o necessário para a planta estar enraizada.

divisão O transplante é o momento ideal para a formação de novas mudas, dividindo-se as plantas que estiverem com mais de 6 pseudobulbos. Para isso, antes de acomodar a planta em seu novo vaso, separe-a em mudas de 3 ou mais bulbos cada, utilizando uma faca esterilizada. Acomode normalmente cada nova muda em um vaso proporcional ao seu tamanho.

quando replantar:

Dendrobiuns, Phalaenópsis e Oncidiuns

Na primavera, de 2 em 2 anos.

Cimbidiuns

Anualmente, depois da queda das flores, sempre em vasos pequenos.

Odontoglossuns

No Outono. Após a divisão. Devem ficar de dois a três bulbos.

Catleyas e Laelias

No final do Inverno.

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Fotos: Fotolia

educação básica e regras para o castigo Uma das primeiras preocupações dos proprietários de cães é ensinar o filhote a fazer suas necessidades no local correto. Para que essa empreitada tenha sucesso é necessário compreender os mecanismos de recompensa e castigo, envolvidos na educação dos filhotes. O primeiro passo é escolher o local que, de preferência, deve ser demarcado com jornal ou tapetinho higiênico. O local deve ser o mais longe possível do local onde ficarão a ração e a água e deve ter o tamanho adequado ao porte do cão. Obviamente, não se esqueça de limpar o local ao menos uma vez por dia. O segundo passo é ficar atento aos sinais. O cão costuma fazer suas necessidades em três momentos: logo que acorda (sozinho ou despertado por outros), logo após comer e logo antes de descansar. Os primeiros sinais que o cão dá quando quer se aliviar são ficar cheirando os cantos, afastar-se, rodopiar e abrir levemente as patas. Ao perceber algum desses sinais, leve o filhote imediatamente ao local escolhido. Espere que ele faça suas necessidades e o recompense. Se o cão fizer no local errado, esse comportamento deve ser punido. Você deve seguir as seguintes regras para a punição ou castigo:

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comportamento canino

Cássio Pietro


comportamento canino

1. O castigo deve ser algo que o animal não goste e algo que ele não está à espera.

De outra forma, a pessoa tornar-se-á parte do castigo e o animal começará omeçará a temê-la e evitá-la.

2. O castigo deve suprimir o comportamento indesejado (isso é, na realidade, o que define um castigo). Se algo está sendo usado como castigo, mas falha em suprimir o comportamento, então é ineficaz e torna-se um simples abuso.

6. O castigo deve ocorrer SEMPRE que o comportamento ocorre. corre. Se o castigo não for administrado sempre, este ocorrerá em uma escala variável de reforço. Dependendo do comportamento e de quantas vezess o castigo ocorre, o animal pode decidir que executar o comportamento é menos arriscado do que ser castigado.

3. O castigo deve ter a intensidade perfeita. Se for demais terá consequências negativas (agressão defensiva, medo, redirecionamento) e irá acabar por danificar o seu relacionamento com o cão, perdendo confiança e respeito. Se o castigo for muito leve, apenas servirá para dessensibilizar o animal ao mesmo e criar resistência. 4. O castigo deve ocorrer imediatamente após o comportamento ao qual se quer associá-lo. De outra forma, uma associação clara entre comportamento e castigo não será feita. 5. O castigo deve ser associado com o comportamento e não com quem o administra.

7. Deve existirr uma alternativa ao animal. mal. 8. O castigo nunca ca deve ser usado de e o forma mais forte do vo, que o reforço positivo, a recompensa (da perspectiva do animal,l, não da sua!). Obs: essas regras servem para todo tipo de correção.

Cássio Di Pietro - Adestrador de cães, especialista em comportamento canino, proprietário da Alpha Dog Segurança e Proteção Ltda. www.alphado.com.br

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Fotos: Fotolia e Stockphoto

a importância da vacinação Todo mundo sabe que quem possui um animal de estimação deve vaciná-lo, mas será que você sabe quais são as vacinas que devem ser aplicadas e a importância de cada uma?

As vacinas são a única forma de proteger seu cão ou gato contra uma série de doenças. Um filhote não vacinado corre um grande risco de não atingir a idade adulta vítima de uma doença infecciosa. Mesmo os adultos estão sujeitos a adoecerem a qualquer momento quando não vacinados. E, o mais importante, todas as vacinas precisam ser repetidas anualmente. Um animal, mesmo tendo sido vacinado por vários anos, fica completamente desprotegido depois de determinado tempo. Por isso, não descuide. Além da saúde dos nossos animais de estimação, outro fator que deve ser considerado é que diversas doenças podem ser transmitidas dos animais para o homem (as chamadas zoonoses). Um animal que não esteja devidamente imunizado pode tornarse um risco para o proprietário, sua família e até mesmo seus vizinhos. Dentre as principais zoonoses podemos destacar a Raiva, a Leptospirose, a Giardíase (especialmente para quem tem crianças pequenas em casa) e a Leishmaniose (extremamente perigosa, mata mais do que a Dengue). Para que seu pet esteja corretamente protegido, preparamos um esquema de vacinação para você não esquecer nenhuma das mais importantes vacinas.

veterinária

Janaina Fossati


veterinária

cães: esquema de vacinação idade do cão 45 dias

1ª dose múltipla esquema de imunização contra leishimaniose

21 dias após a 2ª dose

2ª dose múltipla e 1ª dose giárdia

21 dias após a 2ª dose

3ª dose múltipla e 2ª dose giárdia

4 meses

raiva + traqueobronquite infecciosa canina + coleta de exame para imunização contra leishmaniose

Doenças protegidas por esse esquema: Parvovirose: Doença transmitida pelas fezes de animais doentes. Sintomas: vômitos, diarreia, depressão, desidratação. Pode levar o animal à morte. Cinomose: Transmitida pelo ar. Sintomas: secreção nasal, conjuntivite, tosse, diarreia, vômito e problemas neurológicos. Pode levar o animal à morte. Leptospirose: Transmitida por bactéria presente na urina de ratos. Sintomas: febre, icterícia, hemorragias, dificuldade de locomoção e desidratação. Hepatite infecciosa: transmitida pelo ar. Sintomas: febre alta, diarreia, dor abdominal, aumento no consumo de líquidos e lesão ocular. Laringotraqueíte: transmitida pelo ar. Sintomas: tosse, espirro e secreção nasal. Parainfluenza: transmitida pelo ar. Assemelha-se à gripe humana. Sintomas: corrimento nasal, tosse e espirros. Coronavirose: Transmitida pelas fezes de animais doentes. Sintomas: diarreia com muco e sangue e vômito. Giardíase canina: zoonose transmitida pelas fezes de animais doentes ou pela ingestão de cistos presentes na água ou

idade do cão acima de 4 meses

exame bioquímico elisa + rifi*

até 15 dias após o resultado do exame

1ª dose contra leishmaniose

21 dias após a 1ª dose

2ª dose contra leishmaniose

21 dias após a 2ª dose

3ª dose contra leishmaniose

alimentos contaminados. Sintomas: diarreia, vômitos, depressão e perda de peso. Traquebronquite infecciosa ou gripe canina: transmitida pelo ar ou pelo contato direto com cães doentes. Sintomas: tosse seca, forte e persistente que pode durar até 3 semanas, falta de apetite, apatia e perda de peso. Raiva: transmitida pela mordida de animais infectados. Sintomas: agressividade, hidrofobia, paralisia muscular e salivação abundante. Leishmaniose visceral canina: transmitida pela picada do mosquito-palha. A Leishmaniose é uma zoonose que pode ser fatal para o homem se não for tratada. No Brasil a Leishmaniose é uma doença endêmica, com registros frequentes na maioria dos estados brasileiros, com exceção da região sul. Segundo dados recentes, a Leishmaniose tem matado mais do que a malária e a dengue juntas. Sintomas: são comumente observadas lesões de pele, acompanhadas de descamações e, às vezes, úlceras, além de depressão, apetite diminuído e perda de peso. Alguns cães apresentam um crescimento exagerado das unhas e também dificuldade de locomoção. Em um estágio mais avançado, há o comprometimento do fígado, baço e rins, podendo levar o animal à morte. De acordo com o Ministério da Saúde, cães que apresentem exames soropositivos devem ser sacrificados. Conheça mais sobre a Leishmaniose em nosso site: www.casacampoecia.com.br.

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veterinária

gatos: esquema de vacinação

idade do gato 8 semanas

múltipla

11 semanas

múltipla

16 semanas

raiva

P l Panleucopenia i Felina: F li doença d transmitida t itid pela l ingestão de fezes de animais doentes. Sintomas: febre, depressão, falta de apetite, vômito, dor abdominal e desidratação. Rinotraqueíte: transmitida pelo contato com animais doentes e pelo ar.

Sintomas: secreção nasal e ocular, salivação, febre, espirro, tosse, depressão e dificuldade respiratória. Calicivirose: transmitida pelo contato com animais doentes. Sintomas: depressão, febre, secreção nasal e ocular, falta de apetite, úlceras na língua e boca. Clamidiose: transmitida pelo contato com secreções nasais e oculares de gatos doentes. É uma zoonose Sintomas: conjuntivite, descarga nasal e espirros Leucemia felina: doença transmitida pela saliva de animais doentes. Causa depressão do sistema imunológico. Sintomas: anemia, falta de apetite, úlceras na boca, lesões na pele, diarréias, alterações reprodutivas e respiratórias. Raiva: Como nos cães

por que a vacina falhou? Mesmo vacinados, alguns cães ou gatos adoecem. Por que será que isso acontece? Vários fatores influenciam na eficácia da vacina. Primeiramente, ela precisa ser de boa qualidade, ser bem conservada até o momento da aplicação e ser aplicada por profissionais capacitados (veterinários). Além disso, o animal precisa estar em boas condições de saúde para recebê-la. Os principais motivos para falha vacinal são: 1) O animal já estar doente ou ser infectado logo após a vacinação, antes de ter desenvolvido imunidade. As doenças possuem períodos de incubação (intervalo entre a contaminação e a manifestação da doença) que podem variar de alguns dias até meses. No momento em que são vacinados, os animais estão aparentemente sadios, no entanto, passado o período de incubação, surgem os sintomas, pois eles já estavam infectados. Além disso, a resposta imunológica só é conseguida alguns dias depois de completado o programa de vacinação. Até então o animal continua vulnerável.

2) Imunossupressão Nem todos os animais respondem da mesma forma à vacinação. Cerca de 5%, independente de ter recebido um esquema de vacinação adequado, não produzirá uma resposta imune eficaz. 3) Conservação da vacina As vacinas precisam ser conservadas entre 2 e 8ºC. A conservação inadequada é um dos maiores motivos de falha vacinal. Nunca vacine o animal em estabelecimentos que não sejam devidamente fiscalizados ou sem a pesença de um profissional. 4) Qualidade da vacina As vacinas não são todas iguais. Existem alguns pontos em sua produção que podem influenciar na eficácia da vacinação. Entre eles estão o tipo e a quantidade antígenos (vírus e bactérias) utilizada, a forma como são atenuados e a qualidade do adjuvante de imunidade (produto adicionado à vacina para estimular a resposta do organismo).

Para receber uma vacina, o animal deve estar em perfeitas condições de saúde, livre de vermes intestinais, se alimentando corretamente, sem febre ou qualquer outra alteração. Lembre-se sempre de respeitar os dias para segundas aplicações e reforços pois, caso contrário, o esquema deverá ser reiniciado, fazendo com que você perca dinheiro e seu cão demore mais tempo para estar protegido. As vacinas são de responsabilidade do médico veterinário e devem ser aplicadas somente por ele, pois é o único que saberá determinar se seu animal está apto a receber essa imunização. Janaina Fossati é veterinária, especializada em pequenos animais Responsável Técnica da Âncora Pet & Garden

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especial

nova lima, o melhor lugar para se viver

NOVA LIMA

Em 2009, a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro fez um levantamento de dados e comparou informações sobre educação, saúde, renda e emprego (geração e salários médios de empregos formais) de todos os municípios do país e, com os dados levantados, criou o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM). Assim, foi possível criar um ranking com as 100 melhores cidades do Brasil para se morar. Nesse índice, Nova Lima se destacou como a segunda melhor cidade de Minas. Em 2010 foi a vez do Índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS) criado pela Fundação João Pinheiro para promover o monitoramento das atividades do setor público. Nele, Nova Lima foi a cidade que obteve o melhor desempenho, com destaque para as áreas de educação (6º), renda (1º), meio ambiente (3º) e finanças públicas (18º), tendo como base o período de 2004 a 2006. Decidimos sair a campo para identificar os principais motivos para o que todos nós, que vivemos aqui, já percebemos: não existe lugar como Nova Lima.

por Alexandre Bacelar Fotos: Arquivo pessoal, Fotolia

Fontes: IBGE Firjan Fundação João Pinheiro Prefeitura Municipal de Nova Lima

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especial

a cidade Distante da capital mineira 22 km, o município de Nova Lima completou, no dia 5 de fevereiro, 307 anos de fundação e 117 de emancipação. Com 76.608 habitantes (Fonte: IBGE, estimativa da população em 2009), Nova Lima consolida-se, hoje, como um importante polo de serviços e de comércio, que promove o crescimento econômico do município e mais empregabilidade aos cidadãos. A cidade tem alcançado uma rápida expansão urbana, em razão do crescimento imobiliário, do surgimento de vários condomínios de luxo e da instalação de novas empresas no município, uma vez que a cidade é considerada perfeita para novos negócios que priorizam características atrativas, como localização e clima ameno, que resultam em excelente qualidade de vida e propiciam desenvolvimento com sustentabilidade.

Nova Lima oferece tranquilidade, ar puro e contato com a natureza a poucos minutos de Belo Horizonte. Conta com uma extensa gama de opções que atende aos mais exigentes gostos. Uma gastronomia de altíssima qualidade e os melhores espaços para eventos da região metropolitana, que são palco de exposições, festivais de moda, shows, leilões e requintadas festas, além da cultura riquíssima demonstrada nas diversas festas populares. Com a expansão econômica da Região Sul de Belo Horizonte em direção a Nova Lima, a verticalização de condomínios residenciais aumentou, principalmente na região do Vila da Serra. O desenvolvimento do comércio na localidade e a disponibilização de vários tipos de serviços voltados para o atendimento à população – principalmente hospitais, hotéis, escolas e restaurantes – têm garantido ao

município não só a geração de recursos mas também de novos empregos. A cidade, ainda, tem se destacado pelo patrimônio histórico e cultural, pela localização privilegiada, pelos recursos naturais expressivos e excelente qualidade de vida. As regiões de São Sebastião das Águas Claras (Macacos), do Jardim Canadá e do Vale do Sol foram inseridas nos roteiros gastronômicos do mapa turístico mineiro, em razão das excelentes opções de restaurantes, pousadas e lazer. Diante dessas novas características, da privilegiada geografia e, principalmente, do potencial que a cidade tem a oferecer, pois 70% de seu território estão passíveis de ocupação, Nova Lima é uma cidade pronta para receber o desenvolvimento planejado.

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Um dos pontos de destaque no IMRS é o meio ambiente. O município, que abriga 800 nascentes, 11 unidades de preservação ambiental e tem 70% do território preservado, tem conseguido vencer o desafio de crescer de forma sustentável e ordenada. A transformação ambiental passa por um conjunto de obras e ações, dentre as quais se destacam a construção de Estações de Tratamento de Esgotos, a implementação de programas de conscientização ambiental como o Patrulha da Água e o monitoramento das águas e de programas de Coleta Seletiva. Nova Lima, conta ainda com a primeira Escola da Água de Minas – e segunda no Brasil. O objetivo da Escola da Água é despertar em crianças e adolescentes a conscientização da importância de se preservar os recursos hídricos existentes. Conta com um centro de divulgação de tecnologias sociais voltadas para o uso e gestão eficientes da água, como aquecedores solares de baixo custo e softwares que auxiliam na economia de água e energia. Além disso, têm sido estabelecidas parceiras com a iniciativa privada e com os condomínios horizontais, no sentido de se desenvolverem iniciativas que reduzam o impacto ambiental na região.

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meio ambiente


saúde Um dos pontos mais fracos apontados pelo índices, talvez em virtude dos investimentos feitos nos últimos quatro anos ainda não terem sido avaliados, a área tem recebido atenção especial nos últimos anos. A Unidade Básica de Saúde (UBS) do Bairro Cruzeiro teve os serviços ampliados e o Bairro Jardim Canadá já conta com nova UBS. A mais nova conquista do município foi a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h que será concluída no ano em 2010 e ambulâncias do SAMU para atendimentos de urgência e emergências. A comunidade ganhou, também, um novo laboratório no prédio da Policlínica, onde estão sendo realizados exames de leishmaniose canina, além de identificação de larvas do Aedes eegypti.

educação A educação, ao lado de meio ambiente e renda, tem sido um dos responsáveis pelos bons índices de Nova Lima. A Prefeitura oferece kits escolares, garante cursos PréVestibulares de qualidade, apoio ao trabalho pedagógico, fornece transporte escolar, cursos técnicos na Utramig, oficinas variadas do Projeto Escola Social Integrada, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e, ainda, a qualificação dos profissionais da educação com o Programa Formação Continuada. Um projeto que merece destaque é o Centro Municipal de Promoção e Empregabilidade (Cempre), em que cursos de inglês e espanhol são ministrados por profissionais qualificados e reconhecidos no mercado de trabalho. Com o Comunidade Digital, os nova-limenses são incluídos digitalmente. Na Primeira Escola, a população tem escolas infantis garantidas.

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inclusão social A administração municipal criou uma rede de proteção, promoção e inclusão social que interage com diversos programas, garantindo educação, cultura e condições de cidadania às famílias que mais precisam de amparo do poder público. Aliado ao alto poder aquisitivo de uma parcela da população, essas ações têm sido responsáveis pelo principal índice positivo da cidade, a renda. O maior programa social da história da cidade, o Vida Nova, do governo municipal, é um programa de transferência

condicionada de renda que se diferencia de outros programas sociais porque possibilita a independência econômica das famílias. Além do benefício, que varia de R$75,00 a R$300,00, a família recebe um acompanhamento socioeducativo. Um dos critérios fundamentais para receber o benefício é a presença de crianças e jovens regularmente matriculados nas escolas e com o cartão de vacinação em dia. Os beneficiários participam também de cursos profissionalizantes e são encaminhados para o mercado de trabalho. O programa já promoveu uma transformação social na vida de cerca de 5.000 nova-limenses, melhorando as condições de vida e resgatando a cidadania de 1.200 famílias que vivem abaixo da linha da pobreza.

infraestrutura Diversas obras têm contribuído para o desenvolvimento e a melhoria da qualidade de vida dos moradores e visitantes da cidade. A trincheira das Seis Pistas, a conclusão da duplicação da MG-030 e a construção da alça de acesso ligando a BR-356 à MG-030 deram condições de tráfego essenciais ao desenvolvimento e ao surgimento de novos investimentos na região. As Estações de Tratamento de Esgoto, o amplo programa de saneamento básico e asfaltamento melhoraram a condição de vida de milhares de pessoas.


vida em condomínio

Camila Maia, Juliana Picinin e Luiz Henrique de Vasconcellos Fotos: Arquivo pessoal e fotolia

a lei do silêncio Sabe-se que hoje em dia a emissão de ruídos, sons e vibrações produzidos em casas e bares noturnos deve obedecer a padrões e critérios estabelecidos em lei. No caso do Município de Belo Horizonte, o controle é feito segundo as diretrizes traçadas pela Lei Municipal nº 9.505, de 23/01/2008, que veda a emissão de ruídos, sons e vibrações que causem incômodos ou danos de qualquer natureza às propriedades públicas ou privadas, prejudicando ou colocando em perigo a saúde individual ou coletiva, perturbando o sossego ou o bem-estar públicos, notadamente ultrapassando os níveis previamente fixados como limites pelo Município. Além de prejuízos à audição, a poluição sonora perturba o sossego alheio de quem deseja apenas descansar. O barulho constante impede o relaxamento e a sua continuidade pode ocasionar problemas cardíacos, infecções e outros problemas de saúde. De acordo com a legislação, todos os

estabelecimentos e atividades efetiva ou potencialmente poluidores deverão dispor de proteção, com a instalação de meios adequados ao isolamento acústico que não permitam a propagação de ruídos, sons e vibrações acima do permitido para o exterior. Nesse contexto encaixamse não só os estabelecimentos nos quais seja executada música

O barulho impede o relaxamento e a sua continuidade pode ocasionar diversos problemas de saúde. ao vivo ou mecânica, como, também, os espaços destinados ao funcionamento de máquinas ou equipamentos e todos os estabelecimentos recreativos, culturais, educacionais, filantrópicos, industriais, comerciais ou de prestação de serviços. Considerando-se de forma objetiva, a emissão de ruídos, sons e vibrações provenientes de fontes fixas no Município obedecerá aos seguintes níveis máximos fixados para suas respectivas emissões, medidas nos locais do suposto incômodo: 70 dB em período diurno (de 07:01 às 19 horas); 60 dB em período vespertino (de 19:01 às 22 horas); e, em período noturno, 50 dB até às 23:59 e 45 dB a partir da 0:00 hora. Às sextas-feiras, aos sábados e em vésperas de feriados, admite-se, até às 23

horas, o nível correspondente ao período vespertino, admitindo-se também menores limites quando a propriedade em que se dá o suposto incômodo tratar-se de escola, creche, biblioteca pública, cemitério, hospital, ambulatório, casa de saúde ou similar. Quando nos depararmos com essas situações em nossos condomínios, o melhor a fazer é acionar o síndico para que ele possa notificar o morador que reiteradamente produza ruídos que retiram o sossego de seus vizinhos. Se, ainda assim, não funcionar, o incomodado, em último caso, poderá pedir ajuda aos órgãos públicos ou até mesmo à polícia, estando ciente que esta pode vir a apreender a fonte de poluição sonora. Aconselhamos que a atitude extrema deva ser implementada como último recurso, pois incidentes como esses geram uma convivência às vezes desagradável no condomínio e entre condôminos, tornando a relação posterior entre eles muito mais difícil. Nesse sentido, a melhor atitude sempre é conscientizar os moradores de que o respeito à Lei do Silêncio é fundamental para que situações desagradáveis não aconteçam. Ao síndico, cabe a realização de campanhas internas, reforçando a importância nas assembleias através de folhetos educativos. Desse modo, fica mais claro que existe uma lei que regulamenta a produção de ruídos e que é obrigação de todos respeitá-la e obedecê-la.

Missiaggia & Picinin Advocacia e Consultoria www.mpadvocacia.com.br - contato@mpadvocacia.com.br. Camila Maia Pyramo Costa é Procuradora Municipal de Belo Horizonte e especialista em Direito Processual Civil pelo CAD Juliana Picinin Advogada, professora. Mestre em Direito pela UFMG. Luiz Henrique de Vasconcellos Advogado, professor. Mestre em Direito pela FUMEC.

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economia

Rita Mundim Fotos: Marcelo Coelho

dinheiro na mão é vendaval? No ano passado não dançamos valsa nem Quem nasceu em 1990 mamou no leite trocamos olhares apaixonados, e ele não ligou. inflacionado, comprou fraldas e pagou em Este ano quase ninguém lembrou e quase Cruzeiro, mas soprou as velinhas do quinto ninguém comemorou o seu aniversário, e ele ano de vida com o fôlego de um ano de Real. também não ligou. Assim como o bom juiz de Resumindo esta história, estamos diante futebol, ele quase não é mais notado. Do alto de um nova geração que dá valor ao trabalho, de seus 16 anos trabalhados em prol do país, que compra ações em bolsa porque entende ele, que foi tão esperado, tão ansiosamente a importância do mercado de capitais para o aguardado, ele que mudou financiamento das empresas e Estamos diante de do crescimento do país. Estamos nossas vidas, já não tem mais as festas merecidas uma geração capaz diante de uma geração que sabe o exatamente porque está valor do dinheiro porque o nosso cumprindo a missão que de mostrar aos seus dinheiro, o Real, reflete o valor lhe foi dada: ser a moeda de pais , analfabetos dos bens e serviços produzidos um Brasil com inflação sob no país. financeiros, que controle. E, graças ao Real, estamos Hoje temos uma geração diante de uma geração capaz é preciso saber que não viveu a hiperinflação e mostrar aos seus pais, administrar o REAL. de temos profissionais em várias analfabetos financeiros, criados áreas que pouco se recordam daqueles anos em um Brasil sem moeda que cultuava o dólar difíceis que chegaram a ser chamados de como referência na apuração patrimonial e década perdida. como proteção à desvalorização diária de Quem nasceu em 1985 nossas incontáveis moedas, que é preciso tinha 4 anos quando tivemos saber administrar o REAL, administrar o uma inflação de 2.000% dinheiro. ao ano, e hoje tem 25 e, se A sustentabilidade pessoal em um mundo ainda não se formou, deve globalizado passa pelo conhecimento do valor estar se graduando pelas dos bens e serviços que o dinheiro compra, universidades do país. pelo valor da taxa de juros na hora de comprar e vender dinheiro e na decisão do que fazer com o dinheiro. Comprar o que , quanto e quando? Investir em que, quanto e quando? Economia é cidadania. O dinheiro é a consequência do seu trabalho. Educação financeira é sobrevivência e qualidade de vida. Paulinho da Viola compôs e cantou Dinheiro na mão é vendaval antes do Real. Some e multiplique: Pratique!!!

Rita Mundim - Consultora Econômica da Prosper Corretora,comentarista econômica do quadro Economia Real da Rádio Itatiaia e do Cenário Econômico da TV Bandminas.

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bem-estar

Paulo Noleto Fotos: Fotolia e arquivo pessoal

primavera, momento de desintoxicar Os três meses da primavera são o período em que a natureza desperta de seu recolhimento do inverno e tudo começa a crescer e expandir-se. Esse é o momento propício para desintoxicarmos nosso organismo dos excessos cometidos no inverno.

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bem- estar

O Céu passa a gerar energia quente e a circulação do sangue, produzindo estancamento Terra favorece o nascimento, de modo que ou coagulação. Muitos sintomas como distensão tudo floresce, nasce, brota, renova, seguindo intercostal, peitos e genitais inflamados e o ciclo das quatro estações, quando no inverno doloridos podem estar associados à alteração nos recolhemos, procurando nos aquecer e do “fluir e distribuir” do fígado. A atividade nos resguardar, na primavera a natureza nos de “ajustar” do fígado está relacionada com convida a despertar, a abrir nossos horizontes, a digestão pois, de acordo com a teoria dos a nos expandir. cinco elementos da Medicina Chinesa, quando Nesse período, podemos e devemos dormir o fígado perde seu movimento harmonioso um pouco mais tarde, mas devemos acordar e sua suavidade, pode influenciar e invadir o mais cedo, pois a incidência de luz solar já se estômago e baço, gerando alterações digestivas modificou. É o momento propício para o passeio como dor abdominal, náusea, eructos, ruídos no parque, para observar os pássaros e sentir o intestinais ou diarreia. cheiro dos brotos, frutos e flores que iniciam O segundo aspecto funcional é o controle seu despertar. Tudo se resplandece de energia da secreção biliar. Se o fígado não pode em nosso planeta, percebemos a vida em todo realizar sua função de distribuir e fazer fluir, o seu potencial. Os pássaros a produção de bílis pode ser Na primavera a natureza afetada, causando sintomas cantam bem cedo anunciando a primavera, procurando o nos convida a despertar, a como icterícia, sabor amargo seu par para se aninharem; os na boca, vômitos amarelos, animais iniciam a troca de sua abrir nossos horizontes, a distensão das costelas e perda pelagem, iniciando a perda da de apetite. nos expandir. proteção do inverno. Em seu terceiro aspecto Tudo se resplandece de funcional, o fígado harmoniza Devemos mudar nossa postura física e mental, energia em nosso planeta, as emoções. Qualquer aproveitar essa conjuntura mudança abrupta das emoções energética para renovar e percebemos a vida em todo pode afetar a função de fluir crescer. Devemos doar em vez e de dispersar do fígado, o seu potencial. de guardar, de elogiar em vez mas as alterações do próprio de criticar, de orientar em vez fígado podem afetar o estado de castigar. Dessa maneira, com essas atitudes emocional, suscitando emoções inesperadas. mentais, alimentamos a vida de acordo com a Esses três aspectos funcionais não devem energia da primavera, em total harmonia com ser vistos separadamente, pois as funções estão o que estará ocorrendo em nosso hemisfério. inter-relacionadas. A desarmonia da função de O fígado é o órgão e a vesícula biliar é a fluir do fígado pode afetar a bílis ou as emoções víscera, relacionados com a primavera, segundo e vice-versa. Nessa interconexão, reside um dos a teoria dos cinco elementos da Medicina princípios básicos da Medicina Chinesa: não há Chinesa. Segundo a Medicina Chinesa, o fígado separação do corpo físico com o que chamamos regula o fluxo e a distribuição, é responsável pela de “psicológico”. regularidade das atividades corporais, move Mas, além dos três aspectos a energia e o sangue em todas as direções, funcionais, o fígado armazena o enviando-os a todas as partes do corpo. O Livro sangue, referindo-se não somente ao Clássico Nei Jing, o livro de Medicina Interna do armazenamento, mas também à sua Imperador Amarelo, afirma que o fígado age regulação. como general de um exército, já que mantém Durante o período de atividade a regularidade e harmonia do movimento por física, quando o corpo necessita todo o corpo. Palavras como suavidade, sutileza, de mais sangue para sua apaziguamento, tranquilidade descrevem o que nutrição, o fígado faz o fígado deseja. com que o sangue se A atividade de “fluir e distribuir” do fígado mova livremente para tem três aspectos funcionais: o primeiro é o fora. Quando o de ajustar e dar regularidade (suavidade) à copo está inativo, energia por todo o corpo. Qualquer alteração o sangue retorna de seu funcionamento pode influenciar na e é armazenado


bem-estar no fígado. Nesse momento, quando ocorrem desarmonias desta função, podem suceder falta de sangue suficiente para nutrir os olhos, deixando-os secos e ásperos. Quando o fígado perde sua capacidade de armazenar o sangue adequadamente, o fluxo menstrual se altera. O fígado nutre o tendões, ligamentos e músculos. Se o sangue do fígado é insuficiente, podem ocorrer sintomas como espasmos, adormecimentos dos membros e dificuldade em dobrar ou estirar. Como a função do fígado se manifesta nas unhas, nas disfunções do fígado as unhas se tornam pálidas, finas e se quebram facilmente. Assim, o fígado é responsável pela coordenação do livre fluxo da energia e sangue, regularizando a liberação da bílis, a digestão, a menstruação, as emoções, nutrindo os tendões, ligamentos e músculos. Portanto, não tolera excessos, necessitando de regularidade, harmonia e equilíbrio. Na primavera encontramos todas as oportunidades em harmonizarmos nossas emoções, procurando atitude mental através de elogios, gratidão e equilíbrio em nossas relações. Nesse período, devemos nos ater em condutas que levem o fígado a realizar suas funções plenamente. Como na primavera tudo está florescendo, os brotos são abundantes, o verde fica mais intenso, devemos nos alimentar com brotos de alfafa, de trigo, de feijão, de verduras tenras e legumes verdes com uso de azeite de oliva extra-virgem.

Devemos evitar gorduras animais e frituras, bem como o excesso de carnes vermelhas. Bebidas alcoólicas de vem ser suspensas imediatamente, priorizando o consumo de sucos verdes, frutas com vegetais como couve, hortelã, aipo e broto de trigo. A primavera é o momento propício para desintoxicarmos o fígado dos excessos cometidos no inverno. No início da primavera, quando ainda existe influência do inverno, permanecendo pequenas ondas de frio, devemos nos vestir apropriadamente e nos alimentarmos à noite com sopa quente, com raízes, carnes e óleo de gergelim. Com o adentrar da primavera, a temperatura aumenta e o vento passa a ser predominante e o calor aumenta gradativamente até a chegada do verão. Algumas doenças são comuns e devemos evitá-las cuidando das funções do fígado: doenças eruptivas, mesmos as viróticas como sarampo, catapora; o herpes zoster (nos idosos e imunodeprimidos), a amigdalite/faringite da primavera, e muitas outras patologias. O contato com a natureza, o passeio matinal no parque e praças, a alimentação leve e frugal, o relaxamento das tensões e a regularidade mental propiciam ao fígado condições importantes para o seu funcionamento. Ao integrarmo-nos com a natureza, equalizamos nossas energias com todos os seres e com o universo, vivendo melhor e com mais intensidade.

Prof. Paulo Noleto é Diretor do INCISA – Instituto Superior de Ciências da Saúde, autor dos livros: Matéria Médica – Fitoterapia Chinesa e Fórmulas e Estratégias da Medicina Chinesa. Atende com Medicina Chinesa há 30 anos em Belo Horizonte.

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Fonte: Ministério da Saúde, Federação Brasileira de Hospitais, Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial e Ministério do Planejamento.

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saúde

Mara Heloisa Carvalho de Oliveira Fotos: Fotolia e arquivo pessoal

boa postura: primeiro passo para uma vida saudável Cuidar da postura é fundamental. Hoje, o nosso ambiente de trabalho, as nossas condições psicológicas e sociais interferem, diretamente, em nossa qualidade de vida, que está relacionada, principalmente, às nossas posturas e condutas no dia a dia. Se antigamente as pessoas utilizavam mais a sua máquina muscular, em todas as suas atividades diárias, com a revolução tecnológica elas foram forçadas a permanecerem estáticas, em uma mesma postura, diante de seus aparatos, por um longo tempo. Tudo isso gera uma série de disfunções, tais como as osteomusculoarticulares. Atualmente, as pessoas passam grande parte do seu dia em uma mesma posição que, juntamente com o stress, sedentarismo, longas jornadas de trabalho, falta de lazer e acúmulo de outras atividades, geram as tão comuns dores musculares. Além disso, as dores causadas pelas estases sanguíneas, ou seja, o acúmulo de sangue em membros inferiores que, em longo prazo, originam as varizes, podem se tornar um fator de risco para desencadear uma trombose. Nesse processo, as regiões mais comprometidas são, justamente, as cervicais, as torácicas e as lombares. Tudo isso porque, quando ficamos assentados por muito tempo, dobramos muito a nossa coluna, o que dificulta a oxigenação dos músculos do dorso, dependentes de energia, comprometendo a lubrificação do nosso disco intervertebral (responsável por proteger e amortecer as vértebras do impacto contínuo entre as estruturas ósseas). A má postura também pode causar o enfraquecimento e encurtamento muscular, que certamente serão a causa do aparecimento de dores. As dores de cabeça (conhecidas como cefaléias tensionais), oriundas do uso incorreto de nossos grupamentos musculares, também são comuns nas mais diferentes idades. Os adolescentes, por exemplo, além de serem acometidos por elas, vêm apresentando desvios e problemas posturais que os 62


confira algumas dicas: - Opte sempre por mobílias ergonômicas, tanto no ambiente de trabalho quanto em sua casa. - Observe como está a sua postura, ou seja, como você está sustentando o seu corpo. - Procure fazer movimentos harmoniosos, com o mínimo de gasto energético e sem sobrecarregar seus órgãos e músculos. - Não permaneça muito tempo em uma mesma posição. - Procure alongar-se durante a sua jornada de trabalho. - Quando estiver sentado, mantenha seus pés apoiados no chão, os cotovelos apoiados na mesa e sua região glútea apoiada no encosto. - Não se curve sobre as mesas. - Procure reduzir o seu grau de estresse e também de fadiga, através de uma boa alimentação, exercícios físicos diários e pensamentos positivos. - Respire. - Durma bem. - Cuide-se!

Precisamos e merecemos uma vida de qualidade e, para isso, devemos cuidar da nossa coluna, pois esta, além de nos manter contra a gravidade, é o nosso eixo principal de sustentação para ação dos movimentos dos membros superiores e inferiores.

*Fisioterapeuta, Mestre em Engenharia de Produção (UFMG). Professora de Fisioterapia do Trabalho na FCMMG e no Ambulatório de Disfunções Musculoesqueléticas.

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saúde

levam, precocemente, aos consultórios de médicos e fisioterapeutas. Isso acontece porque eles passam muito tempo mal assentados ou deitados de forma incorreta em frente aos seus computadores, vídeo games, televisão, dentre tantos outros aparatos e atividades que sobrecarregam a coluna. Por isso, é fundamental ficarmos atentos e observarmos a nossa postura. Somente assim evitaremos problemas futuros.


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educação

Alessandra Teixeira Guimarães Fotos: Fotolia e Stockphoto

consumismo na infância: problema de todos

Consumo, por definição, é a utilização, aplicação, uso ou gasto de um bem ou serviço por um indivíduo ou uma empresa. A definição correta de consumismo é: “o ato de consumir produtos ou serviços, muitas vezes, sem consciência”. Portanto, esse tipo de distúrbio está relacionado a consumir uma quantidade exagerada de produtos. Ou, também, a consumir produtos desnecessários. Ninguém nasce consumista. O consumismo é um hábito mental incorporado nos indivíduos, que se tornou umas das características culturais mais marcantes da sociedade atual. Não importa a classe social, a crença ou religião, a cultura ou a faixa etária. Todos são influenciados pela mídia a consumir de maneira inconsciente e inconsequente e as crianças, mais vulneráveis que os adultos, sofrem cada vez mais cedo o impacto desse consumismo. A infância, hoje em dia, está sendo construída atrás de uma falsa felicidade apresentada pelo consumo.

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educação

As crianças brasileiras são as que mais passam as crianças a estima pelo brinquedo pelo valor tempo em frente à TV em todo o mundo. Esse afetivo. Afinal, foi algo feito por um colega dado é de uma pesquisa francesa, a Eurodata para ele, algo único, diferente de um brinquedo TV Worldwide, do ano de 2005, que comparou o produzido em escala industrial. Vivemos num mundo em que possuir é parte tempo médio gasto pelas crianças em frente à TV em países como Estados Unidos, Indonésia, Itália, de nossas escolhas. Porém, cabe às famílias e profissionais que lidam com África do Sul, Espanha, Reino Unido, França e Alemanha, Para o mercado, antes a infância repensar o rumo tomado quanto à postura além do Brasil. Os pequenos de tudo, a criança diante do apelo consumista. brasileiros superaram até Vale a pena pensar e ponderar é um consumidor mesmo as crianças americanas, depois, transmitir a elas pois permanecem até 3 horas em formação e uma para, que a felicidade ou caráter e 31 minutos por dia assistindo poderosa influência de uma pessoa não está na TV. quantidade de objetos que ela O Dia das Crianças se aproxima nos processos de possui e, sim, no afeto que cada e é possível perceber o aumento radical das propagandas escolha de produtos ou objeto ganho ou conquistado pode representar. apelativas para conquistar os serviços. O papel da família e da pequenos consumidores. Para escola é educar as crianças o mercado, antes de tudo, a criança é um consumidor em formação e uma para um consumo consciente, que possibilite a poderosa influência nos processos de escolha elas, no futuro, serem adultos felizes, desejando de produtos ou serviços. As crianças brasileiras apenas o que realmente é necessário e não o que influenciam 80% das decisões de compra de uma a sociedade insinua que é preciso ter. Fica uma dica de presente para este Dia das família (TNS/InterScience, outubro de 2003). A indústria investe cada vez mais agressivamente Crianças: faça algo diferente para seu filho ou com em ações de marketing voltadas às crianças, como ele, um papagaio com varetas de bambu, um robô forma de promover tanto as vendas diretas quanto de sucata, um par de pés de lata, uma boneca de a fidelidade precoce a marcas e produtos. Os retalhos, resgate uma brincadeira de infância, resultados, obviamente, são bons para seus enfim, faça algo que estimule no seu filho a capacidade de pensar e contribuir, para que tenha investidores e acionistas. Os brinquedos são apresentados às crianças a qualidade de vida não apenas como um conceito com tecnologia cada vez mais avançada. a ser seguido, mas uma prática a ser vivida. Brinquedos que andam sozinhos, movem sozinhos e até falam sozinhos. E as crianças precisam fazer o que? Nada. Nesse cenário, a escola pode exercer papel importante, criando situações para que os alunos valorizem o que é construído por eles e pelos outros, a fim de mostrar que um trabalho manual pode ter tanto valor quanto uma objeto manufaturado. O Instituto Tarcísio Bisinotto, por exemplo, propõe a seus alunos, na semana da criança, uma caça ao tesouro, onde as crianças procuram por brinquedos confeccionados por outra turma da escola. A ideia é transmitir para

Alessandra Teixeira Guimarães, Terapeuta Ocupacional e professora do segundo período do Instituto Tarcísio Bisinotto

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primavera: flores à mesa A primavera está começando e, junto com ela, em nossos pratos, surgem cores e suavidades próprias da estação. Abóbora, berinjela, beterraba, cenoura e morango, com suas cores fortes, são os alimentos típicos dessa temporada. Para dar um toque diferente nesta primavera, receitas com flores comestíveis começam a perfumar o cardápio de alguns restaurantes. Seus valores nutricionais são, ainda, pouco conhecidos. O que se sabe é que elas são ricas em néctar e pólen, portanto, cheias de minerais e vitaminas. Além disso, são leves e pouco calóricas, devido à grande quantidade de água. Para aproveitar seus nutrientes é importante conhecer a procedência e certificar se são próprias para o consumo. Entre as mais utilizadas estão a calêndula, o gerânio, a rosa, a tulipa, a lavanda, o amor perfeito, a violeta, a capuchinha, a flor de abóbora, o cravo e a margarida. No momento da compra é importante buscar produtores especializados, que não utilizem qualquer tipo de agrotóxico ou tratamento químico na plantação. Vale ressaltar que não são as mesmas disponíveis nas floriculturas, mas sim flores produzidas com finalidade específica. Na esteira do sucesso recente de ingredientes frescos, as flores comestíveis começaram a atrair a atenção de gourmets e chefs de restaurantes sofisticados, interessados na beleza de suas pétalas ou nos sabores sutis e incomuns, para compor saladas, pratos quentes,

molhos, temperos e até essências para sopas, caldos, etc. Constituem hoje um mercado tímido, mas com grande vocação para o crescimento. De acordo com o chef do Senac Minas, Adriano Santos, nos últimos anos vem crescendo a utilização de flores na gastronomia. “As flores comestíveis têm proteínas, vitaminas A, B, C e E, aminoácidos, amido e muitos minerais essenciais para uma dieta saudável. As flores, geralmente, são usadas nas finalizações, dando um toque final ao prato, mantendo suas características naturais, conferindo mais sabor e uma cor especial.” De acordo com a chef Samira Lyrio, do restaurante Flores, o uso desse ingrediente aumenta muito na primavera. “Usamos eventualmente em alguns pratos para a decoração, porém, alguns clientes costumam aprovar a mistura exótica e degustar”. O chef Adriano ressalta que muitas pessoas veem as flores no prato, mas não aventuram a comer na primeira vez. Após uma breve explicação sobre as flores e sua procedência, alguns se arriscam nessa nova emoção. O chef Adriano Santos ensina a receita da salada “Encantada” que, segundo ele, pode ser uma opção leve e uma aposta na mistura de sabores e cores.

encantada (Salada de flores e folhas)

Ingredientes

Preparação

4 folhas de alface frise 3 folhas alface roxa 3 folhas alface rubi 1 pct de broto de alfafa 1 cx capuchinha 5 und flor de abobora 4 und margaridas 50g lascas de parmesão 30 ml azeite 20 ml aceto balsâmico Sal e pimenta a gosto

Envolva todas as flores e folhas com muito cuidado, acrescente as lascas de parmesão, regue com azeite e aceto. Tempere somente na hora de servir para que o sal não queime as folhas e flores.


espaço gourmet

refresque-se sem culpa A nova sensação da capital mineira é um misto de sucos, frutas frescas, sorvetes ou yogurtes. São os chamados smoothies, uma bebida cremosa e refrescante, ideal para os dias de primavera. Por serem feitos com ingredientes naturais, a bebida se mostra como uma opção saudável, pois é rica em nutrientes e conta com baixo nível de gordura. Algumas franquias já se instalaram em Belo Horizonte, como a Yogoberry e a Yogen Früz. Além dessas, outras duas casas mineiras também correram atrás da novidade. A Easy Ice desenvolveu sua receita pelas mãos do sócioproprietário e sorveteiro Frederico Scucato. Já a Alessa Gelato e Caffé não só criou sua receita como batizou com outro nome, Fruttíssimo. A bebida combina suco de fruta natural com sorbet. “Por ter pouca caloria, muitas pessoas o estão consumindo no lugar do isotônico”, conta a proprietária Andréa Manetta.

pequenos e encantadores Cupcake significa bolo de xícara, no senso comum, bolo pequeno. Surgido no século XIX, se tornou popular pela facilidade de assar, gastando um tempo menor do que os bolos convencionais. Com a dificuldade de formas especificas naquele tempo, a solução foi colocar a massa em xícaras, daí a origem do nome. Nos Estados Unidos, o quitute se popularizou após aparecer repetidamente na série “Sex and the City” como uma das paixões da protagonista. No Brasil, os cupcakes têm ganhado espaço aos poucos, conquistando paladares e olhares, uma vez que as produções, quase sempre, são verdadeiras obras de arte. Em Belo Horizonte, os bolinhos se tornaram opção para presentes e lembranças de festas. Esse é o trabalho das chamadas ‘meninas gourmet’ do buffet Petit Pois Gourmet. Comandado pelas jovens Isabella Christo, Isabella Lanza e Paula Brito, a marca do Petit Pois é a delicadeza de sabor e visual em cada produção. “Fazemos tudo com muito carinho, como se fosse para nós”, contam as meninas. Mariana Marcial de Almeida - Jornalista mariana@gourmetvirtual.com.br - www.gourmetvirtual.com.br

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gastronomia chinesa

Gisele Maletta Marra Noleto Fotos: Fotolia e arquivo pessoal

gastronomia chinesa mei shí xué Nos primórdios da civilização chinesa, há mais de quatro mil anos, o povo chinês deu início à seleção de seus alimentos e desenvolveu métodos de preparo e experiências culinárias que transcenderam o simples ato de comer, penetrando no mundo da arte e da saúde. Desenvolveram-se, assim, técnicas sutis de preparo e de cozimento dos alimentos, transformando sua culinária em uma das mais variadas e refinadas do mundo, admirada pela enorme variedade de pratos, diversidade de sabores, texturas, formas, aromas e cores que harmonizam com as diversas faces de sua cultura milenar. Durante sua evolução, a gastronomia fundiuse com conceitos da medicina chinesa, o que justifica o uso medicinal dos alimentos, visto como prática popular no seio de cada família chinesa. A filosofia e a religião também participaram dessa evolução. A busca do equilíbrio do Yin e do Yang, por exemplo, é um conceito constante na culinária chinesa. Ao preparar uma receita, o

cozinheiro norteia-se por esse princípio Taoista, sendo que um prato deve ser doce (Yin) e outro salgado (Yang), um frio (Yin) e outro quente (Yang), um macio (Yin) e outro crocante (Yang). Para se fazer um bom prato chinês, deve-se obedecer aos quatro mandamentos: ter cor, perfume, paladar e beleza. O mesmo conceito é aplicado na maneira de servir, buscando sempre o equilíbrio entre o aroma, temperatura, sabor, cor e textura e consistência dos alimentos. Os acontecimentos históricos influenciaram significativamente a gastronomia chinesa. As vicissitudes como fome, guerra e pobreza passadas pelo povo chinês ao longo de sua história fizeram de sua gastronomia uma cozinha eclética, e os levaram a utilizar todos os recursos alimentares disponíveis. Para os antigos chineses, o consumo de carne de boi não era viável, já que esses animais eram raros e caros, sendo utilizados para trabalho no campo. Em contrapartida, os peixes de água doce e salgada, os frutos do mar, os moluscos e algas marinhas são consumidos em abundância, sendo sua principal fonte de proteína

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gastronomia chinesa

animal. Os peixes são consumidos frescos, ficando expostos em aquários nos restaurantes, para a escolha do cliente. Os vegetais como brotos de feijão, bambu e cogumelos são largamente consumidos, além da galinha, do ganso, do porco e do carneiro, introduzidos na culinária pelos muçulmanos mongóis do norte do país. Também não devemos estranhar o gosto por iguarias exóticas como a barbatana de tubarão, pepino do mar, ninho de andorinhas, cobras, escorpiões, gafanhotos e muitos outros alimentos estranhos para o gosto dos ocidentais. O vasto território chinês e as diferentes condições naturais formaram diferentes sistemas culinários locais. No norte destacamse as massas, devido ao clima propício para o plantio do trigo e do arroz. No sul, os frutos do mar, verduras e frutas, devido ao clima e localização geográfica. A sopa é comum em todas as refeições. No sul, toma-se antes de terminar os pratos; no norte, sempre no final das refeições. Os chás, assim como as sopas, são utilizados como maneira de se limpar o paladar entre os pratos, já que os chineses não possuem o hábito de ingerir líquidos durante as refeições. Não se comem doces após as refeições. São servidas frutas para facilitar a digestão, e os pratos doces são servidos no início ou entre a comilança. A ciência do chá, seu ritual e suas indicações também integram a lista das Artes e Ciências tradicionais chinesas, com toda a sua variedade e complexidade. A Camelia sinensis é a erva fonte dos diversos tipos de chá, como o chá verde, amarelo, vermelho, preto, branco e o Olong chá. Não podemos esquecer o tradicional

chá de jasmim, o de rosas, o chá de crisântemo e os famosos chás de ginseng, cada um sendo consumido em uma época do ano, com suas propriedades terapêuticas refrescantes ou aquecedoras. Combina-se de maneira precisa e equilibrada os temperos, resultando em compostos espetaculares como o pó das cinco especiarias, composto de anis estrelado, canela, cássia, semente de funcho e cravo da Índia. O molho de soja, o óleo de gergelim, o vinho de arroz amarelo, o vinho branco, o molho de ostra, o molho de abalone e de scallope. Utiliza-se com moderação o sal, o vinagre de arroz, o gengibre, o alho, o coentro, as pimentas, o cravo, o alho porró, a casca de tangerina, a semente de sésamo, o anis estrelado e algumas ervas medicinais com ações terapêuticas importantes, como o bulbo de lírio, a semente de gingko biloba, a angélica sinensis, o gouji e outras. Os kuài zi, os famosos pauzinhos, são utilizados junto com as colheres. Os chineses não utilizam facas e garfos nas mesas, pois o ato de picar os alimentos é função do auxiliar de cozinha. Assim, a comida já vem cortada em pedaços prontos para serem pegados com os kuài zi. A variedade e riqueza da culinária chinesa são inesgotáveis, tanto nos ingredientes como no preparo e nos rituais envolvidos. Adentrar nesse universo de sabores, aromas e texturas é permitir-se conhecer um pouco mais dessa que, sem dúvida, é uma das mais ricas culturas do mundo. Nas próximas edições, abordaremos um pouco mais as especialidades da culinária chinesa com dicas e receitas.

Presidente do IMAM / Diretora da Ni Hao Beijing Tours Organizadora e coordenadora de Viagens à China há 20 anos

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arte

Germana Moro Fotos: Dois Cliques Fotografia

arte popular brasileira: essa nossa ainda desconhecida Ao visitar uma galeria, uma exposição ou ao ver uma obra de arte popular brasileira, o grande público em geral não sabe diferenciá-la do artesanato e, por vezes, nem se dá conta da sua existência. Apreciada por estrangeiros, nossa arte ainda é pouco conhecida pelos brasileiros. Um paradoxo! A explicação é que ainda poucas pessoas compreendem e reconhecem a beleza da arte do povo brasileiro. O artesanato pode ser o utilitário que usamos em nosso dia a dia ou as famosas namoradeiras, que, para os que desconhecem, são aquelas bonecas de cerâmica pintada que vemos nas janelas de várias cidades turísticas no interior de Minas. No artesanato é utilizado o método de repetição de um mesmo tema e mesmo material. O artesão, diferentemente do artista, repete obras em série de acordo com as formas, moldes e técnicas que aprendeu. Não são esperadas originalidade ou expressão individual do artesão, mas sim domínio artesanal e a capacidade para executar as obras. Não há um processo criativo, e sim repetitivo. Do artesão pode surgir um artista, e o contrário também acontece. A arte popular, assim como o artesanato, é muito rica. Mas é distinta, pois tem uma linguagem sofisticada e cheia de significados. Constitui-se, em sua grande maioria, na produção de obras feitas por pessoas provenientes de camadas mais humildes da sociedade, oriundas do meio rural ou das periferias dos grandes centros urbanos. Carpinteiros,

agricultores, cortadores de cana, policiais, e outras profissões podem ser o segundo ofício desses artistas, que produzem em seus momentos de folga. São autodidatas, espontâneos ou intuitivos, como costumamos chamar as pessoas que não frequentam escolas de arte. As obras irrompem do universo particular do artista, da sua vivência, do seu cotidiano, expressando os valores próprios ou das comunidades onde vivem. Cito aqui Mestre Vitalino, um cronista que extraía figuras arquetípicas do meio onde vivia e as inseria em suas obras com muito humor e uma pitada de crítica social. Por vezes, são retiradas do rico imaginário popular ou do inconsciente coletivo do povo brasileiro, povoado por mitos, lendas, crendices e superstições. O artista popular cria, junto com a sua obra, uma identidade pessoal, imprimindo a sua marca e estilo, personalizando-a. A arte popular é a cara do Brasil. Deriva de uma mestiçagem imanente. É a arte raiz dos brasileiros. Ela retrata fielmente a nossa identidade, nossos costumes e tradições. É despretensiosa, livre de conceitos e convenções. Não se propõe a ser mais do que é. Busca sempre a oportunidade de expressão. E, nessa busca, ela é autêntica. Verdadeira. Suas principais características são a espontaneidade, a diversidade, seus símbolos de identidade, sua linguagem lúdica, plena de vitalidade graciosa e inventiva. Nomes como José Antônio da Silva, Agostinho Batista de Freitas, Chico da Silva, Manoel dos Santos

Favela Colorida Artista: Paulo Sérgio

Estandarte Menino Jesus Artista: Maria Clelia a dir. Tronco De Cobras e Lagartos Artista: Manuel Graciano

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arte A Procissão Artista: Nena

Agnaldo, Chico Tabibuia, Alcides Pereira, Artur Pereira, Geraldo Teles de Oliveira, Nhô Caboclo, Ranchinho, Mestre Guarany, Mestre Vitalino e J.Borges são alguns dos grandes artistas cujas obras fazem parte do extenso acervo da arte popular brasileira. Contribuem ou contribuíram para o contínuo processo de renovação dessa arte que, hoje, ocupa a posição de destaque em museus no Brasil e no exterior e em coleções particulares. Trabalham o barro, a madeira e as telas e delas extraem obras de imenso valor artístico como pinturas, desenhos, esculturas, xilogravuras e cerâmicas. Países como Portugal, França, Haiti, têm uma arte popular rica, mas a nossa conta com uma maior diversidade. Cada região produz arte com características próprias e distintas. Tome-se como exemplo o Vale do Jequitinhonha, cujos artesãos e artistas utilizam a tabatinga (engobe branco) e a tinta vermelha (engobe marrom) para a criação de suas obras, imprimindo características que as distinguem das demais cerâmicas do restante do país. Minas Gerais está dentre os estados que mais produzem arte popular brasileira, ficando atrás apenas de Pernambuco, Alagoas e Ceará. Alguns dos maiores nomes da arte popular brasileira como Artur Pereira, G.T.O., Jadir João Egídio, Isabel Mendes, Zezinha,

Ulisses Pereira, Noemisa, dentre outros, são mineiros. Atualmente, existem diversas outras formas de se nominar a arte popular, tais como Naif, arte primitiva e arte ingênua. Não passam apenas de nomenclaturas vigentes na história da arte, posto que vivemos em um mundo onde tudo precisa ser classificado e categorizado em nome de um padrão comum. Concordo com Eduardo Etzel quando disse que “a palavra popular pode ter uma conotação pejorativa, como produção vulgar, sem valor, o que se poderia ser um resíduo das antigas ideias aristocráticas de desprezo pelo povo”. Contudo, isso não diminui a beleza com que a arte popular mostra a sua face, espelho das tradições e cultura do nosso povo. Como Jorge Amado dizia, “sou daqueles que acham que a única arte brasileira que possui caráter genuinamente nacional e se expressa numa forma decorrente de nossa cultura mestiça é a naif, ingênua, primitiva, cada um que escolha a designação que lhe pareça melhor.” Para se entender a arte popular, tem que se ter um olhar apurado, sensibilidade e, principalmente, uma mente livre dos conceitos pré-estabelecidos pelos padrões artísticos atuais e vigentes. Conhecer melhor a arte popular é conhecer melhor o Brasil e os brasileiros.

Germana Moro – Galerista e Curadora da M’Boitatá Arte & Antiguidade germana@mboitata.com.br - obras: acervo M’ Boitatá

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arte

Nilze Monteiro Fotos: Cristina Montheiro -Acervo Inhotim

a arte moderna e a arte contemporânea A arte moderna deve ser vista como a nova abordagem da arte no momento em que se priorizou a representação literal do assunto ou objeto, em oposição às formas clássicas. Esse movimento artístico tinha o objetivo de romper os padrões antigos e buscar novas formas de expressão, por meio de ideias inéditas sobre a natureza, os materiais e as funções da arte, caminhado em direção à abstração. Assim, a arte moderna experimentou novas visões e expressões sobre a natureza e o ser humano, utilizando recursos como cores vivas, figuras deformadas e cubos. Historiograficamente, a arte moderna teve início na França no século XIX e está relacionada ao crescimento da burguesia e à Revolução Industrial iniciada na Inglaterra em 1830. Com essa revolução e

Obra: Linda do Rosário Artista: Adriana Varejão Foto: Eduardo Eckenfels

as consequentes mudanças ocorridas com o uso das novas tecnologias, o artista foi distanciado da produção artesanal e colocado no patamar da intelectualidade. A partir daí, os artistas tornaram-se livres e passaram a confiar em suas visões interiores, expressando essas visões em seus trabalhos. Passaram a usar temas da vida real, social e imagens da vida moderna e, com o avanço tecnológico e a globalização, puderam agilizar suas experimentações e suas inovações. Para alguns, o inicio da Arte Moderna se deu com a pintura realista do francês Édouard Manet, óleo sobre tela de 1863. Le déjeuner sur l’herbe, em francês, ou O almoço sobre a relva ou, ainda, O piquenique no bosque, em português, pertence ao Musée d’Orsay, em Paris. Essa obra, aparentemente singela, chocou o espectador não só pelo exotismo da nudez sensual e provocatória da modelo Victorine Meurent, favorita de Manet, mas, também, pela paleta de cores usada, o castanho e o oliva, com predominância dos tons de castanho. Os dez movimentos que sobressaíram na Arte Moderna foram: Impressionismo, Art Noveau, Cubismo, Expressionismo, Dadaísmo, Art Déco, Surrealismo, Arte Pop, Minimalismo e Pós-modernismo. A arte moderna entrou em crise a partir da década de 1950 e foi sendo substituída pelo conjunto de manifestações com peculiaridades distintas, chamada de arte contemporânea. A arte contemporânea nos propõe pensamento sobre a própria arte ou nos leva para a análise crítica da prática visual. Ela interroga e atribui novos significados ao se apropriar de imagens, não só das imagens que fazem parte da história da arte, mas, também, das imagens que habitam o cotidiano. Em Minas Gerais, o Instituto Inhotim abriga um dos mais importantes acervos de arte contemporânea e é considerado o maior centro de arte ao ar livre da América Latina. Lá encontramos a pintura de azulejaria portuguesa da artista Adriana Varejão, com sangrentas vísceras expostas que nos remete à história do Brasil colonial. A Arte Contemporânea está em processo de desenvolvimento e vem sendo exaustivamente estudada por nossa historiografia da arte, mas, ainda, percebemos ligações entre a precariedade institucional e a carência de análises materiais das linguagens usadas pelos artistas contemporâneos.

Nilze Monteiro é assessora cultural e diretora da NM Assessoria Cultural. Graduada pela Escola de Ciência da Informação da UFMG. Possui vários cursos na área.

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