O LOJISTA
Ano XXXVIII | www.cdlniteroi.com.br
FEVEREIRO 2018 | EDIÇAO #574
N I T E R Ó I
Carnaval movimenta o mercado de Niterói ESCOLAS DE SAMBA DA CIDADE INVESTEM NO COMÉRCIO LOCAL
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Morar sozinho Mudança no perfil do consumidor demanda adaptação das empresas
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E xam s de Imagem e Cardiol gicos
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Editorial
De Utilidade Pública: Estadual, Lei no 5579/65 / Municipal, deliberação no 2539/65 CONSELHO SUPERIOR Presidente: Joaquim Manuel de Sequeira Pinto Vice-presidente: Ademir Antunes Carvalho MEMBROS DO CONSELHO SUPERIOR Antonio Carlos Costa Pires, Domingos de Carvalho Rodrigues, Elida Gervásio Gouvêa, Fabiano Gonçalves, Ithamar Torres Macen, Orlando Cerveira Francisco, Oswaldo Rodrigues Viera, Roberto Maurício Rocha, Ruan Carlos Teixeira de Oliveira, Salomão Guerchon DIRETORIA ADMINISTRATIVA Presidente: Luiz Vieira. Vice-presidente: Manoel Alves Junior. Diretores: Claudio Fonte Boa Pereira, Jorge Ivan Campos da Silva, Jorge Gentile, Jorge Luiz Amorim Carvalho, Luiz Guilherme Cortes Guedes, Omario Marcelino Neiva Filho, Rogério Rosetti, Sidney Moyses Vianna Freire. Suplentes: Joaquim Ferreira Dias e Luiz Vasconcelos de Lima CONSELHO EDITORIAL Luiz Vieira e Joaquim Pinto SERVIÇOS DA CDL Serviço de Proteção ao Crédito, Serviço de Relações com Usuários, Central de Informações, Central de Cadastro, Central de Processamento de Dados, Assessoria Técnica, Consultoria Jurídica, Serviço de Documentação e Divulgação e Serviço de Administração COORDENAÇÃO Kelly Goldoni - MTE: 34527/RJ Redação: Goldoni Comunicação Diagramação e Arte: Alyne Gama Jornalistas: Paula Valviesse e Suzana Moura Edição: Priscila Oliveira Fotos: Divulgação CDL Niterói Foto de capa: Evelen Gouvêa Publicação dirigida da CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS DE NITERÓI, contendo legislação, índices econômicos e condensado de notícias e informações de interesses do comércio lojista. Distribuição: Câmaras de Dirigentes Lojistas, Associações Comerciais, Federações do Comércio, Sindicatos e demais entidades de classe do País, identificadas com as atividades do comércio, bem como empresários e executivos especialmente cadastrados. O LOJISTA utiliza as seguintes fontes para editar o condensado de notícias: O Globo, Jornal do Commercio, A Tribuna, O Fluminense e Diários Oficiais. Os índices, estatísticas e projeções são cuidadosamente compilados, de acordo com os últimos dados disponíveis no fechamento da edição. O uso dessas informações para fins comerciais e de investimentos é de exclusiva responsabilidade e risco dos seus usuários. IMPORTANTE: As matérias assinadas são de respnsabilidade de seus autores. ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA Rua General Andrade Neves, 31, Centro, Niterói, RJ - CEP: 24210-000 / Tel.Fax: (21) 2621-9919 IMPRESSÃO Gráfica Primil (21) 3078-4300 Circulação Mensal Nacional Tiragem: 5.000 exemplares
Comércio pronto para a folia Em um cenário de incertezas, apesar da presente estabilidade e a expectativa de retorno do crescimento para os próximos anos, não há como negar a relevância do carnaval para a economia. O feriado é um dos mais impactantes para o país, responsável por movimentar todos os setores, especialmente turismo e comércio. Segundo os economistas, a movimentação do período está diretamente ligada ao alcance das metas da economia anual. E para os empresários do comércio, principalmente dos Luiz Vieira Presidente segmentos de hotelaria, bares, lojas e restaurantes, esse é momento para organizar o orçamento, após os resultados das festas de fim de ano e o período de liquidações. Por isso, nesta edição da revista O Lojista trazemos uma matéria sobre a influência das escolas de samba, e do carnaval de uma forma geral, no mercado niteroiense. Com expectativa de vendas 2,5% superiores ao mesmo período do ano anterior, a Câmara de Dirigentes Lojistas destaca ainda a movimentação gerada pelos blocos de rua, eventos particulares e o tradicional desfiles das escolas de samba na Avenida Ernani do Amaral Peixoto. E para completar a folia, reunimos informações sobre os eventos carnavalescos realizados pelos clubes de Niterói, entre os quais, muitos são associados da entidade. Com foco no consumidor, trataremos também das adaptações que as lojas tracionais de móveis da cidade estão desenvolvendo para conquistar um novo perfil de cliente, que mora sozinho, em ambientes menores e busca praticidade na hora de montar sua casa. Esse novo mercado, que segundo o IBGE já contabiliza 14,6% da população do Brasil, apresenta oportunidades de novos negócios para todos os setores, mas requer pesquisa e um olhar diferenciado por parte do empresário. Para concluir, seguindo o tema “novos negócios”, falamos sobre o crescimento do marketplace no país e as possibilidades desse mercado para os lojistas de pequeno, médio e grande porte, que exige um e-commerce forte, além de outros requisitos, mas que amplia exponencialmente a capacidade de vendas. Vale a leitura! Vamos em frente!
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Índice
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08 O mercado de móveis e o novo perfil de consumidor
Café Empresarial aborda a crise econômica e a expectativa de recuperação
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CAPA A influência positiva do carnaval na geração de recursos para o comércio de Niterói 4
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Alexandre Andrade fala sobre a influência das redes sociais nas decisões judiciais
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Marketplace
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Mercado em franca expansão já responde por 25% das vendas do comércio eletrônico do Brasil
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Prevenção de Lesões no Esporte Há algum tempo a ciência no esporte demonstrou que a prática frequente de exercícios físicos previne e trata de uma série de lesões ou doenças no corpo humano. Hoje em dia é nítido o aumento de academias com as mais diversas atividades, esportes na praia ou em praças públicas e até mesmo em edifícios, onde são exploradas as áreas de lazer e piscina. Corridas de rua, lutas, maratonas aquáticas, triatlo, competições de crossfit... Bastaa pessoa escolher o que mais lhe agrada, procurar um profissional e local qualificados e iniciar uma rotina de treinamentos! Mas diante de tantos movimentos, é inevitável o surgimento de lesões. E como podemos preveni-las? Existem diversos tipos de estratégias para prevenir lesões e que, quando implementadas e seguidas de
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forma rotineira, reduzem a incidência de lesões em mais de 50%. São elas: • Aquecimento: Praticado antes de qualquer atividade física, apresenta vários benefícios, mas sua proposta principal é preparar o corpo e a mente para uma atividade mais extenuante. Um aquecimento eficiente tem o efeito de elevar tanto a frequência cardíaca como a respiratória, isso aumenta o fluxo sanguíneo, elevando a distribuição de oxigênio e nutrientes aos músculos que estão em atividade. Tudo isso auxilia no preparo de músculos, tendões e articulações para executar o exercício. Exemplos: Saltos, pular corda, alongamentos musculares (aproximadamente 10 segundos) ou qualquer movimento que simule os movimentos e ações que serão solicitadas durante o evento esportivo.
• Resfriamento: O principal objetivo do resfriamento é promover a recuperação do corpo, ou seja, o retorno do corpo a um estado pré-exercício. Durante o exercício, o corpo passa por vários processos estressantes (fibras musculares, tendões e ligamentos ficam danificados, e toxinas se formam dentro do corpo) e o resfriamento, quando feito corretamente, atuará fazendo o reparo dessas estruturas. Exemplos: Respirações profundas ajudam a oxigenar o corpo; alongamentos musculares com tempos maiores (em torno de 20 segundos), técnicas de relaxamento e beber bastante líquido. LEMBRE-SE: PROCURE SEMPRE A ORIENTAÇÃO DE PROFISSIONAIS QUALIFICADOS PARA MELHORAR O DESEMPENHO OU MINIMIZAR O SURGIMENTO DE LESÕES E RESPEITE SEMPRE OS LIMITES DO CORPO. NÃO EXISTE MÁGICA DO DIA PARA A NOITE!
Por Fabio Siggelkow Guimarães Diretor CDL Jovem Niterói
CAFÉ EMPRESARIAL
Café Empresarial da CDL aborda o
panorama dos investimentos para 2018 Com palestra ministrada pelo administrador de empresas José Vidal, o primeiro Café Empresarial do ano, realizado pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Niterói, nesta terça-feira, 9, na sede da entidade, abordou o tema “Panorama dos Investimentos Mundiais e no Brasil”. Trazendo informações sobre a crise econômica e a expectativa de recuperação mundial, o palestrante destacou os principais mercados em ascensão e as previsões para o tão esperado crescimento do país. Sobre a crise econômica, José Vidal reforçou a premissa de que esse é um momento de dificuldades, mas que também apresenta muitas oportunidades para quem sabe empreender. “Para as empresas, tanto as em dificuldades quanto as estruturadas, surge a necessidade de realizar captação de recursos, seja para alavancar o crescimento ou para superar a crise financeira. Para isso, é fundamental ‘governança’, ou seja, organização, uma base sólida para a empresa se manter”.
José Vidal reforçou a premissa de que esse é um momento de dificuldades, mas que também apresenta muitas oportunidades para quem sabe empreender
Quanto às projeções para a economia global, o palestrante destacou a forte recuperação dos Estados Unidos e a recuperação lenta e gradual dos países da Europa e
Ásia, que, segundo ele, deve se manter no próximo ano. “O mercado dos EUA vem se recuperando da crise de 2008 desde o ano seguinte, em 2009. São praticamente oito anos seguidos de alta, com os índices da bolsa acumulando recordes positivos. Já o mercado Europeu, assim como o Japão, está também acima dos patamares pré-crise, mas o crescimento ainda é de apenas 6% em relação ao topo de 2008”. Já sobre o Brasil, José Vidal abordou cinco tópicos importantes: a previsão de crescimento, que, de acordo com ele, deve ficar entre 2% e 3%; a necessidade de recursos para alavancar o crescimento; as fontes internas e também externas como principais formas de investimento; a prioridade em cuidar dos setores mais necessitados, como infraestrutura, logística, etc.; e os segmentos que trarão maiores oportunidades, como o mercado mobiliário, o varejo e os setores básicos da economia, como educação e saúde. FEVEREIRO 2018
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DE OLHO NO MERCADO
Consumidor autossuficiente e exigente Cresce o número de pessoas que moram sozinhas e mercado deve estar atento ao potencial de compras e as necessidades desse nicho O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou recentemente os dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS), que revelam uma mudança importante: há cada vez mais brasileiros vivendo sozinhos. Para o comércio, esses “arranjos unipessoais”, conforme especificado no levantamento, significam a abertura de um novo mercado, que merece atenção e, em muitos casos, adaptação. Para o setor de móveis, a informação reflete em outra transformação significativa: a diminuição no tamanho nos imóveis, que somada a um público cada vez mais exigente e com necessidades diferenciadas, apresenta a oportunidade de novos negócios. Segundo o IBGE, de 2005 a 2015 o número de pessoas que moram sozinhas aumentou de 4,3 milhões para 8,2 milhões, passando a contabilizar 14,6% da popula8
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ção do país. E esse nicho não é formado exclusivamente por jovens solteiros. De acordo com o levantamento, pessoas acima de 50 anos compõem o maior percentual nesses arranjos (62%). Já na divisão homens e mulheres, elas são maioria (50,4%). O crescimento do número de divórcios, casamentos tardios e o aumento da expectativa de vida estão entre as justificativas para esse crescimento. Percebendo esse movimento distinto no mercado, algumas lojas tradicionais de móveis em Niterói têm buscado acompanhar esse novo perfil de público, como é o caso da Marechal Móveis, que faz parte de uma rede com quase 50 anos de atuação no setor. Segundo o sócio-proprietário, Humberto Campero Frias Neto, a empresa tem buscado acompanhar as alterações no
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setor de imóveis, cujas características dos empreendimentos têm sido de espaços menores, especialmente em Niterói, que possui um dos metros quadrados mais caros do Estado. “Antigamente tínhamos famílias grandes, que moravam em casas e apartamentos espaçosos e com vários cômodos. Hoje percebemos a tendência do quarto e sala e conjugados, procurados por pessoas que desejam morar sozinhas. Percebemos esse movimento e ‘diminuímos nossos móveis’. Em geral, observamos, além de solteiros, casais sem filhos e com uma rotina intensa de trabalho que procuram por móveis pequenos, fáceis de limpar e feitos de material durável”, conta o empresário. Ele ainda exemplifica alterações peculiares na escolha do mobiliário, por esse nicho, em alguns cômodos da casa: “Na sala, a procura maior é por sofás de dois lugares, com grande saída para os retráteis. Para complementar o espaço, muitas pessoas optam por poltronas decorativas. No quarto, a diminuição do número de móveis foi drástica, poucos ainda optam por ter no ambiente armários, cômoda, cama e penteadeira. O padrão é cama e armário, complementado por um pequeno móvel que compartilha espaço com o espelho, podendo até ganhar uma iluminação diferenciada”. E nessa lista de móveis tradicionais que estão ganhando versões mais compactas, o empresário Luiz Vasconcelos de Lima, da Mogurim Móveis, empresa há 20 anos no mercado, destaca também a necessidade de peças flexíveis: “Os aparadores são muito procurados pela versatilidade no uso. As mesas que prendem na parede e podem ser recolhidas depois, assim como mesas elásticas, que através de uma tábua complementar podem ser ampliadas para servir um número maior de convidados. Estantes com nichos, especialmente com dimensões que valorizem altura e não largura são muito vendidas. E, para Niterói, que ainda tem como diferencial ser um grande polo universitário, as escrivaninhas, inclusive com gaveteiro, ainda têm boa saída”.
“A empresa tem buscado acompanhar as alterações no setor de imóveis, cujas características dos empreendimentos têm sido de espaços menores” Humberto Campero Frias Neto, Marechal Móveis
“As mesas que prendem na parede, assim como mesas elásticas, que através de um complemento podem ser ampliadas são muito procuradas” Luiz Vasconcelos Lima, Mogurim Móveis
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JURÍDICA
Trabalhador que teve dispensa divulgada em rede social será indenizado Vivemos em uma época de muita exposição. Todos expõem suas vidas nas redes sociais, como se sua rotina privada fosse de interesse comum, e não é novidade esse tipo de prática ter repercussão no ambiente jurídico. Falamos aqui na coluna de casos em que trabalhadores foram dispensados, por justa causa, por estarem afastados do trabalho por motivo de impedimento devido a problemas de saúde, e postarem nas suas redes sociais participações em eventos onde se exige muita saúde e disposição para participar. Também falamos de um caso no qual um trabalhador deixou de comparecer a um compromisso importante da empresa por problemas de saúde, apresentou atestado médico, e, na mesma data, postou nas redes sociais banhos de cachoeira em passeio divertido com grupo de amigos. São inúmeras as situações, mas, a que vemos no título desta matéria tem algo de inusitado. Foi a própria empresa que divulgou na internet informações a respeito da dispensa de um trabalhador. É claro que a empresa foi condenada a indenizá-lo por dano moral, ante a excessiva exposição. A decisão judicial afastou a necessidade de prova do dano, pois, conforme jurisprudência, o que se exigiu, na hipótese, foi a prova dos fatos que motivaram o pedido de indenização, em vista de a lesão moral ter sido presumida (dano in reipsa). O empregado que apresentou a ação judicial soube da lista com nomes, datas de admissão e salário de várias pessoas que seriam demitidas, inclusive ele. O do10
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cumento circulava na empresa e em rede social, o que lhe causou constrangimento. A empresa alegou tratar-se de documento sigiloso interno, elaborado para reduzir custos e readequar quadro de colaboradores, e afirmou não ter autorizado a divulgação. Quando soube da publicidade, realizou sindicância administrativa disciplinar para descobrir o responsável. Um representante da Companhia confirmou que alguém de lá acessou a lista e a enviou por e-mail para diversas pessoas. No entanto, a sindicância do empregador não concluiu quem divulgou o material. A Justiça entendeu que a empresa descuidou do sigilo do documento, e o empregado, que posteriormente fora dispensado, sentiu-se menosprezado, constrangido e inseguro ao ver a divulgação na Internet. De acordo com a sentença, o simples fato de o nome constar na lista pública implicou o direito à reparação por danos morais. A decisão de primeira instância estabeleceu um valor alto de indenização, que depois foi revisto e minorado pelo Tribunal Regional, mas a empresa recorreu ao TST com o argumento de que não houve prova de dano aos direitos de intimidade. No TST a relatora, ministra Kátia Magalhães Arruda, no entanto, reforçou ser desnecessária a comprovação do dano sofrido, pois, na jurisprudência daquele Tribunal Superior, o que se exige, nessa hipótese, é a prova dos fatos que motivaram o pedido de indenização, conforme os artigos 818 da CLT e 333, inciso I, do Código de Processo Civil de 1973, e não a prova dos danos imateriais, impossíveis de serem mensurados no caso. “Portanto, o dano moral verificou-se in reipsa (a coisa fala por si)”, concluiu. O que se espera é que com o passar do tempo, e já acostumados com a velocidade com que as informações são repassadas, possamos tomar mais cuidado com tanta exposição, não importando se somos trabalhadores ou empresários, apenas que tenhamos a consciência que coisas privadas devem, a qualquer custo, serem tratadas de forma particular.
Por Alexandre Andrade Assessor Jurídico CDL Niterói www.pereiradeandrade.com.br
CURTAS
Na contramão do desperdício Com o objetivo de reduzir cada vez mais o descarte de alimentos que poderiam ser reaproveitados, foi lançado recentemente o aplicativo “Comida Invisível”, que visa aproximar empresários e locais que precisam de doações. Por meio da plataforma, que mapeia e faz o agendamento das doações, é feita a conexão entre restaurantes, bares e pequenos mercados com creches, ONGs e instituições que necessitam de alimentos.
Informalidade causa prejuízo de mais de R$ 1 trilhão ao país Mesmo considerada estável em 2017, a chamada economia subterrânea trouxe danos severos ao Brasil, representando 16,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Depois de crescer por dois anos consecutivos, a informalidade movimentou nos últimos meses o equivalente a R$ 1,077 trilhão. Esses dados são do Índice de Economia Subterrânea (IES), estudo realizado desde 2003 pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) em parceria com Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (IBRE). A economia subterrânea é a produção de bens e serviços não reportada ao governo deliberadamente, com o objetivo de sonegar impostos, evadir contribuições para a seguridade social, driblar o cumprimento de leis e regulamentações trabalhistas e evitar custos decorrentes da observância às normas aplicáveis a cada atividade. Segundo o pesquisador do IBRE, Fernando de Holanda Barbosa Filho, com a perspectiva de crescimento do PIB em mais de 2,5% para 2018, a tendência é que a economia melhore como um todo e impacte positivamente na formalização dos negócios no Brasil.
A ferramenta não fica responsável por viabilizar a retirada e entrega dos produtos, fazendo apenas a ponte entre os interessados. Na prática, os doadores cadastram os alimentos a serem doados, indicam a validade, data e forma de entrega. A doação fica então disponível para as entidades e o próprio doador indica se haverá entrega ou se aguardará a retirada. O aplicativo foi criado pela organização social Comida Invisível, criada há dois anos e meio, que atua por meio de ações contra o desperdício promovendo oficinas, cursos e palestras. Vale lembrar que, No Brasil, são desperdiçadas por ano 15 milhões de toneladas de alimentos, que alimentariam 9 bilhões de pessoas em um dia ou toda a população do país por 47 dias.
Cultura do Estado do Rio em pauta A Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), em parceria com o Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro, lançou no final de 2017, o Caderno de Cultura do Estado. Com o objetivo de mostrar como a cultura se manifesta no território fluminense, a publicação identificou como ela está estruturada e espacializada nos 92 municípios do Rio, retratando sua produção cultural, além de capacidades e potencialidades. O estudo teve como base o Mapa de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Cultura, em parceria com a Petrobras. O Caderno lista os bens materiais e imóveis (como arquitetura, sítios arqueológicos, espaços geográficos) e bens imateriais (como música, literatura, teatro, saberes e expressões), e divide as regiões de acordo com suas características predominantes. O lançamento vem completar a trilogia de publicações que contempla também: Caderno de turismo do estado do Rio de Janeiro (2010) e o Caderno de esportes do estado do Rio de Janeiro (2012). A publicação é digital e pode ser acessada no site do Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro.
Novos associados CDL Dezembro/2017 • Haroldo Jorge Lemos Campanário
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MEI passa a ter novas regras em 2018
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Para quem é empreendedor e deseja formalizar sua empresa, é bom ficar atento, pois a partir do dia 1º de janeiro de 2018 foram instituídas algumas mudanças. O limite anual de faturamento para adesão ao regime tributário do MEI (Microempreendedor Individual) passa de R$ 60 mil para R$ 81 mil. Além disso, algumas atividades não poderão mais ser enquadradas na categoria, como: personaltrainers, arquivistas de documentos, contadores e técnicos contábeis. No entanto, outras atividades passaram a ser autorizadas, como locadores de bicicleta, material e equipamento esportivo, motocicleta, vídeo games e empreendedores rurais independentes. Atualmente, segundo último balanço do Portal do Empreendedor, existem mais de 7milhões de MEIs no país. Entre os benefícios estão a obtenção doCNPJ e a possibilidade deemissão de notas fiscais, além da contribuição para o INSS.O MEI paga uma taxa mensal de imposto, que varia conforme o valor do salário mínimo e, em 2018, os valores serão corrigidos paraR$ 49,45 (para atividades de comércio e indústria) e R$ 53,45 (serviços). O contador e proprietário da Paradigma Assessoria Contábil, Marcellus Fabius da Rocha, destaca que essas mudanças são consideradas uma importante conquista para os microempresários. “As micro e pequenas empresas representam importante papel na economia bra-
MEI deve seguir regras para a contratação e demissão de funcionário
“AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS REPRESENTAM IMPORTANTE PAPEL NA ECONOMIA BRASILEIRA E AUMENTARAM SIGNIFICATIVAMENTE OS EMPREGOS FORMAIS” MARCELLUS FABIUS DA ROCHA, CONTADOR E PROPRIETÁRIO DA PARADIGMA ASSESSORIA CONTÁBIL
sileira e aumentaram significativamente os empregos formais, que já representam 25% do PIB na geração de recursos. Isso demonstra a importância do investimento neste segmento, tendo em vista que com essas mudanças aumentarão os valores de concessões de créditos pelas instituições financeiras que observam justamente o limite de faturamento”, avalia.
Marcellus ressalta ainda que a mudança no valor do faturamento não gerou alterações quanto à contratação de funcionários. “A regra continua a mesma, e cada MEI só pode ter um funcionário.O microempreendedor não pode ser sócio em outra empresa e deve exercer uma das atividades permitidas para a modalidade”, explica. No caso de afastamento do funcionário, o contador esclarece que só pode ser contratado outro funcionário em seu lugar, até o seu retorno, nos casosprevistos na legislação trabalhista, como no auxílio doença e maternidade, por exemplo. “O MEI equipara-se a qualquer outro empregador em relação aos direitos dos empregados garantidos pela CLT, tanto na contratação quanto na demissão. Segundo a legislação, um funcionário do MEI recebe piso salarial e benefícios de sua categoria, caso esteja definido. Se não houver enquadramento em nenhuma categoria, o limite máximo salarial é de um salário mínimo, porém o funcionário pode receber ainda, valores a título de horas extras e adicionais de insalubridade, periculosidade e trabalho noturno, bem como os valores relacionados aos demais direitos constitucionais do trabalhador, mesmo que estes valores ultrapassem o teto salarial estipulado”, ressalta.
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Venha trabalhar com quem conhece. Seja um revendedor
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Carnaval esquenta
Divulgação Virdouro
Divulgação Virdouro
André Redlich
o mercado
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Uma das épocas mais esperadas do ano está batendo à porta e, com isso, a economia da cidade também sofre algumas alterações, mas para melhor. As escolas de samba de Niterói, Unidos do Viradouro e a Acadêmicos do Cubango, além de movimentarem a economia local com a confecção de fantasias e carros alegóricos, também precisam contratar mão de obra extra para suprir as necessidades, que só aumentam neste período. Gerenciar a aquisição de produtos usados sem perder o glamour é um dos desafios de quem está à frente do maior espetáculo da terra. Eduardo Falcão, diretor de carnaval da Unidos do Viradouro, explica que uma escola organizada tende a reaproveitar bastante matéria-prima do carnaval anterior. Para isso, é trabalhado com a comunidade a consciência de que é necessário um reaproveitamento, e que todas as fantasias “doadas” devem ser devolvidas à escola após o término do carnaval. “Após a devolução, é feito um trabalho minucioso do que pode ser retirado da fantasia e definido o que provavelmente será usado no próximo carnaval. Isso mostra a preocupação da escola com sua saúde financeira e também uma conscientização da agremiação com o meio ambiente, já que alguns destes elementos são plásticos e derivados do papel”, explica Eduardo. Ele destaca ainda que a escola procura fazer compra de material em quantidade suficiente para atender a demanda do carnaval vigente, pois a diretoria entende que comprar em excesso é tão errado quanto comprar com pendências de material. “Tratando-se da demanda de necessidades básicas dos funcionários, a grande questão é que muito do que é necessário, de fato, é descartável, porém a escola está sempre atenta ao melhor custo-benefício do material utilizado no dia a dia dos colaboradores. Ficamos atentos para verificar se está ocorrendo desperdício de materiais como copos, papel higiênico e itens de alimentação, por exemplo”. O carnaval carioca gera grande quantidade de recursos econômicos para a cidade do Rio de Janeiro e de cidades vizinhas como Niterói, por exemplo. Trata-se de um montante de mais de 3,5 bilhões na economia, e, em um momento de crise, é de suma importância para o planejamento da gestão de qualquer cidade do país. “O carnaval possui além de uma responsabilidade econômica, uma responsabilidade social. Hoje a folia gera renda para inúmeros empresários de médio e grande porte, porém, um número bem maior e significativo nessa análise é o número de famílias de classes mais desfavorecidas que encontra no carnaval uma maneira de trazer renda para as suas casas. Trata-se dos operários de ateliês, trabalhadores de barracão, entregadores de material, vendedores ambulantes, além de fornecedores de lanches e quentinhas”, comenta o diretor de carnaval.
Comércio local comemora Os lojistas comemoram a chegada do carnaval e afirmam que os dias que antecedem a folia são de grande importância para o comércio. A Loja Riviera Plásticos, localizada no Centro de Niterói, fornece todos os tipos de materiais plásticos, matéria-prima essencial para quase 80% de todas as alegorias e adereços de uma escola de samba. O gerente da loja, Jefferson Alves, revela que o aumento nas vendas é muito significativo, sendo uma época aguardada para a realização de boas vendas. Segundo ele, materiais como emborrachado, cola, artigos de artesanato, nylon e espuma são os mais procurados pelas agremiações. “A nossa loja já possui um estoque grande, porém, no período de carnaval, precisamos aumentar os pedidos para atender a demanda. No mês de dezembro, já começamos a perceber a procura pelos artigos, e assim o lucro cresce. Com a crise que estamos atravessando, o carnaval ajuda, e muito, a economia local. Que venha a folia!”, comemora Jefferson.
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CAPA
Lojas de rua investem em artigos para o período O Carnaval também movimenta o comércio local, principalmente os segmentos de hotelaria, bares, lojas e restaurantes. E para os lojistas, uma forma de ampliar as vendas é investir em artigos e produtos específicos para a ocasião, como a empresária Ana Carolina Carvalho, da Carol e Mila Confecções, que trabalha com vestuário infantil. Nesta época, ela investe quase o dobro em produtos para atender a demanda. “Trabalhamos com fantasias o ano inteiro, especialmente para festas temáticas e outras datas comemorativas, mas o carnaval é o período de maior movimentação. O negócio começou com a minha bisavó e hoje eu e minha mãe damos seguimento. Como a maior parte das fantasias é de fabricação própria, iniciamos a produção em agosto, conforme pedidos e procura por determinados personagens. Este ano estão em alta unicórnios, lady bug, Moana e a Mulher Maravilha para as meninas, e super-heróis e piratas para os meninos”, diz Ana Carolina.
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Eventos de
carnaval
movimentam clubes de Niterói
Os eventos carnavalescos irão movimentar o comércio da cidade neste mês de fevereiro. Com os blocos de rua, festas particulares e ainda o tradicional desfile das escolas de samba de Niterói, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) estima que as vendas sejam 2,5% superiores ao mesmo período do ano passado, abrangendo todos os setores da economia. Com uma programação variada de eventos que atende a todas as idades, os clubes também garantem a diversão dos foliões. Banda com música ao vivo, recreação infantil e desfile de fantasias fazem parte das atrações, que contemplam sócios e não sócios. Com início às 16h, os bailinhos e matinês proporcionam um espaço divertido e com muita música para os pequenos, com suas fantasias e adereços. E para os adultos que são pais, além da opção de acompanhar as crianças e curtir o momento em um ambiente controlado, têm ainda os shows ao vivo, os blocos organizados pelos clubes e, claro, os bailes de carnaval. Há mais de dez anos, o Clube Naval Charitas promove matinês de carnaval para a criançada. A folia acontece no ambiente climatizado do salão principal do Clube, ao som da Banda El Caribe, que tocará os mais variados tipos de música, passando pelas marchinhas de carnaval até os clássicos da música baiana. O estacionamento poderá ser utilizado por sócios e não sócios durante todos os dias do evento. E as 50 primeiras crianças que chegarem para a festa ganharão um refrescante sorvete de brinde. “O Carnaval Infantil é um dos principais eventos sociais que o Clube Naval promove. Ficamos muito con18
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tentes em ser a casa das crianças durante os quatro dias de carnaval”, declarou o Vice-diretor Social do Clube, Comandante Nei Goulart. O Praia Clube São Francisco promoverá três dias de matinês, com muito confete e serpentina ao som da banda Pontokom. E durante todos os dias de carnaval acontece o CarnaOrla, com foodtrucks de todos os tipos à margem da Baía. O clube tem ainda um bloco, o “Bloco dos Amigos Praianos”, com concentração prevista para a terça-feira, 13, e deslocamento da sede até a orla da praia de São Francisco. “Temos eventos para todos os gostos, do samba ao rock and roll, destinados à criançada, aos jovens, adultos e à melhor idade, com a segurança de um local que conta com o trabalho de uma equipe especializada, ambientes climatizados, estacionamento no local, enfim, toda a estrutura para a produção de grandes eventos. Nossa orla é belíssima e muito procurada, eo carnaval praiano acontece nela, com essa linda paisagem da Baía de Guanabara”, afirma Henrique Miranda Santos, presidente do clube.
Público adolescente contará com novidades Já na AABB Niterói (Associação Atlética do Banco do Brasil), além da matinê, o clube preparou uma grande novidade para o público adolescente: um baile de máscaras exclusivo. Separados das crianças e adultos, eles poderão curtir o “Carnaval Teen”, que começa um pouco mais tarde do que os demais eventos, e vai até as 23h, numa mistura de ritmos de carnaval com as novas tendências musicais.
Fotos: Divulgação
EVENTOS
Clube Naval Charitas Matinê Dias de folia: 10, 11, 12 e 13 de fevereiro. Horário: a partir das 16h. Local: Avenida Carlos Ermelindo Marins, número 3.100, Jurujuba. Informações: (21) 2109-8109/ 2109-8110. Preços para Sócios: Crianças R$ 5. Adultos R$ 15. Preços para Não sócios: Crianças R$ 15. Adultos R$ 25. Praia Clube São Francisco Matinê Dias de folia: 11, 12 e 13 de fevereiro. Horário: 16h às 20h. Local: Estrada Fróes, número 700, São Francisco. Informações: (21) 2711-6295 Preços para Sócios: Crianças grátis. Adultos até R$ 15. Preços para Não sócios: Crianças até R$ 15. Adultos até R$ 20.
AABB Niterói – São Francisco Carnaval Infantil Dias de Folia:11, 12 e 13 de fevereiro. Horário: 16h às 20h Carnaval Teen Dias de Folia: 11, 12 e 13 de fevereiro. Horário: 19h às 23h. Carnaval na Pérgula Dias de Folia: 11 e 13 de fevereiro. Horário: 16h às 20h. Local: Rua Hélio da Silva Carneiro, número 78, São Francisco. Informações: (21) 2611-3155/2714-4714/ 2619-5810 Preços para Sócios: Crianças grátis. Adultos R$ 5. Preços para Não sócios: Crianças R$ 10. Adultos R$ 20.
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COLUNA DO EMPREENDEDOR
O estoque e o
escritório de sua
empresa estão
nos devidos lugares? Muitos empreendedores brasileiros, especialmente os de micro e pequeno portes, não têm por hábito separar o espaço físico de suas empresas - seja na produção industrial, no varejo ou no atacado - de seus escritórios de trabalho. Isso revela um problema de estrutura e eficiência na gestão do negócio. A referida segregação é fundamental, porquanto o empreendedor necessita de um espaço em que irá realizar as suas tarefas de gestão e estimular a sua criatividade para novos produtos, ideias e negócios. É muito comum verificar a inexistência do escritório do empreendedor em lojas de varejo, por exemplo, em que o gestor realiza as suas atividades no próprio ambiente daquela loja. Seguindo assim, a produtividade e o controle do negócio serão prejudicados, vez que o empreendedor não consegue um tempo para analisar e reavaliar os custos de sua atividade, criar novas estratégias, conhecer o que seus concorrentes estão fazendo, realizar reuniões, entre outras importantes tarefas que deve ter à frente da gestão de um negócio. É de suma importância, portanto, criar um ambiente em que o empreendedor e os demais integrantes do negócio, que participam da tomada de decisões, possam dialogar e trocar ideias e críticas sobre a empresa com o objetivo de progredir e consertar as possíveis falhas de controle interno, de sistema de vendas ou de compras, de comunicação interna e externa, etc. No mesmo sentido, é muito relevante manter o estoque organizado e categorizado, devendo, também, ficar separado do ambiente de vendas da loja. O estoque não pode ficar no mesmo local em que se encontram os produtos à venda. Não é difícil encontrarmos algumas lojas que mantêm as mercadorias à venda expostas em araras ou prateleiras que estão ao alcance do cliente, e manter em prateleiras ou armários mais suspensos as mercadorias que estão estocadas. O vendedor quando está fazendo uma venda, acaba expondo o conteúdo do
estoque, caso tenha que acessá-lo durante a venda. Da mesma forma, após a venda, ele deverá dispender de tempo para reorganizar o estoque com as mercadorias retiradas em razão do atendimento feito ao cliente anterior. Logo, não é aconselhável manter o estoque no mesmo local em que se encontram as mercadorias que estão expostas à venda, especialmente, se a sua empresa tiver uma grande rotatividade de clientes em seu interior, porquanto os vendedores não terão tempo hábil de reorganizar o estoque entre uma venda e outra. Além de o estoque merecer um ambiente separado do salão de vendas, ele também deve ser organizado por tipo ou categoria de produto de modo a facilitar a sua localização pelo estoquista ou pelo vendedor, gerando mais agilidade aos negócios. Na mesma linha, é importante destacar a necessidade de organização e categorização do estoque para fins de controle. É altamente recomendável a realização do inventário do estoque, ao menos uma vez por mês (podendo ser quinzenal ou semanal, a depender do fluxo de entrada e saída de produtos), para que se mantenha o controle da quantidade de produtos que a empresa possui. Tal informação é útil para o responsável pelas compras, pois saberá quais são os produtos mais vendidos (para que possa adquirir mais quantidades) e os menos vendidos (para que compre em menor quantidade ou os substitua por outros que vendam mais). Por fim, o controle do estoque também evita o furto e o desvio de produtos por funcionários com más intenções. Então, o empreendedor que pretende ter um negócio organizado, controlado e de sucesso não pode abrir mão de ter um espaço para lhe servir de escritório de negócios e outro para atender ao seu estoque. Um grande abraço e boas vendas!
Por Antonio Carlos Barragan Empreendedor Antonio Carlos Barragan é empreendedor, sócio fundador de cinco empresas, MBA em Gestão, Empreendedorismo e Marketing, Mestre em Direito, advogado e contador. FEVEREIRO 2018
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O PEP e suas modalidades (PEP 25, PEP 30 e PEP 50) estão disponíveis para determinados cursos da modalidade de ens 70% do curso após a formatura se aplica a cursos elegíveis e com vagas ao PEP 25. O pagamento pelo aluno terá como semestre letivo cursado, sendo que o aluno pagará mensalmente considerando a mensalidade referência do curso: (i) n (3º e 4º semestres letivos), o valor de 35%; e (iii) após a conclusão do curso, 70% da última mensalidade vigente do c cada mensalidade durante o(s) semestre(s) letivo(s), até quitação integral do saldo devedor, em tantas parcelas qua Medicina Veterinária. Mais informações sobre o PEP, condições do parcelamento, unidades participantes, elegibilidade, d possui um regulamento próprio) no site vestibulares.br/regulamentos. Estas condições podem ser alteradas sem aviso 22 CDL NITERÓI FEVEREIRO 2018 alunos matriculados na instituição. 1
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DIGITAL
Marketplace potencializa vendas do
comércio eletrônico Para o lojista de pequeno, médio e grande porte, o e-commerce é na atualidade o topo de onde se quer chegar para alavancar as vendas, ainda mais em tempos de crise, em que o custo de um ambiente digital é inferior ao de um espaço físico. Mas basta o mundo coorporativo avançar alguns degraus, e pronto. Descobre-se uma loja virtual elevada à “máxima potência”: o marketplace, mercado em franca expansão, que já responde por 25% das vendas do comércio eletrônico do Brasil, segundo a Ecommet, desenvolvedora de softwares para a gestão empresarial e sistemas de automação para o comércio on-line. Marketplace consiste “em um espaço virtual onde se faz comércio eletrônico de forma ampla, anunciando seus produtos e serviços em sites de terceiros, especializados no varejo”. É a definição dada pelo diretor de Marketplace da Magazine Luiza e da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), em artigo publicado em junho no portal E-commerce Brasil. Nele, o profissional defende que atualmente “todos os proprietários de e-commerce devem fazer marketplace” e que há alguns requisitos a serem cumpridos para garantir “destaque e crescimento dentro das lojas integradoras”. Conforme o executivo recomenda, para suportar o aumento das vendas que o marketplace pode gerar, em resumo, é necessário ampliar o estoque, mantendo um depósito próprio para se respeitar os prazos de entrega e disponibilizar horários e datas diferentes para o envio do produto; dar direito do consumidor ao arrependimento da compra; organizar quanto ao crescimento do fluxo de caixa; e, por último, ter produtos em mais de um canal de venda, ou seja, em “multicanais” com uma “excelente gestão e administração, além de contar com tecnologia e infraestrutura” para o tipo de mercado.
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DIGITAL
Considerada uma das mais atuantes do marketplace no Brasil e líder do comércio eletrônico da América Latina, a B2W Digital traz um modelo de negócios no qual lojistas (sellers) de todos os tamanhos e de diversos setores vendem seus produtos nos sites das marcas Americanas.com, Submarino e Shoptime, maior tráfego comprador da internet nacional. O Marketplace da B2W segue em rápido desenvolvimento e atingiu R$ 816 milhões de GMV no segundo trimestre de 2017 (crescimento de 105%), com participação de 29,6% do GMV total. “Os sellers contam com as melhores soluções de tecnologia e logística, oferecidas pela B2W Services, resultado dos investimentos e das aquisições estratégicas de companhias ‘best in class’ realizadas nos últimos anos”, afirma a companhia. Mas para o pequeno empresário, as demandas necessárias podem ser grandes desafios. Especialmente considerando que muitos não estão devidamente preparados tecnologicamente para esse mercado. Entretanto, de acordo com Bruno Coelho, gerente de Marketing e Inovação da Lóco Marketing, é preciso superar as adversidades para crescer. E para isso ele orienta que os pequenos negócios foquem em três pilares: organização, implementação e mensuração. “Primeiro é preciso fazer com que os gestores de pequenos negócios entendam que a organização tecnológica é fundamental. Na minha experiência já me deparei com diversos casos em que o empresário não possuía um endereço profissional de e-mail, com o nome da empresa, usavam plataformas de e-mail, como o Gmail, para se corresponderem com os clientes”, conta Bruno Coelho. Segundo o profissional de marketing, o investimento médio para contratação de um domínio, conta de e-mail e outros serviços básicos gira entre R$ 250 e R$ 400 reais por ano. E para a atuação no mercado, Bruno também orienta que os empreendedores invistam em um sistema de controle, para monitoramente de entradas, saídas, estoque e notas
fiscais, além de identificação dos impostos e taxas de serviços que existem nas transações. “É preciso ter gestores de tecnologia e de marketing para ser visto, para o negócio funcionar e, para isso, terceirizar os serviços pode ser uma boa forma de diminuir os custos. A ajuda profissional é importante, se não tem dinheiro para investir nisso, vai levar mais tempo para se posicionar no mercado, mas o empresário deve se posicionar com responsabilidade para ser bem sucedido, porque estamos falando de compromisso de venda, avaliação imediata, uso de estoque de terceiros, comissão”, diz Bruno. Ele ainda destaca a incorporação do estoque de outras empresas como fator positivo para os pequenos negócios. “Na prática, o marketplace é quando você, via comércio eletrônico, consegue usar o estoque de outro para atender a necessidade do consumidor. Existe o trabalho de divulgar, mas o item é retirado do estoque de outra empresa, o que traz facilidades como a não imobilização dos seus recursos e a perda de produtos em estoque. Você se torna um mediador e recebe uma comissão por isso. Um exemplo disso é a Amazon, que começou vendendo livros, mas direcionava a concretização da venda e entrega para parceiros. E o pequeno empresário pode se favorecer disso, ele não precisa ter todos os itens no seu estoque, pode ter um estoque misto, onde estão incluídos os seus produtos e os de outras empresas, o que ajuda a ampliar a sua presença no mercado, sem custos, apenas focando no poder comercial, porque você vende para o outro e ganha com isso”, conclui Bruno. Para o cliente, o Marketplace da empresa oferece uma variedade cada vez maior e mais completa. São mais opções de produtos, vendidos e entregues pelos sellers, com oferta diversificada de preços, estoques, prazos de entrega e marcas. O cliente pode comprar itens e serviços de diversos parceiros em uma mesma transação, com a confiabilidade das marcas mais queridas da internet brasileira.
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COMÉRCIO EXTERIOR
Este ano vai ser
diferente...
Um dos grandes mistérios do mercado brasileiro é o paradigma do “ano só começar após o carnaval”! Nem mesmo se nosso País fosse rico seria algo para se considerar, imagine nas condições atuais. Independente disso, toda empresa deveria fazer uma retrospectiva do ano anterior e mirar nos próximos objetivos para começar bem cedo sua busca pelos resultados que precisa e deseja. Então, seguem algumas dicas que podem servir como base para seu 2018. A primeira questão é avaliar como foi o desempenho da empresa em algumas áreas chave: Vendas – Como ela se comportou no ano passado? E em relação ao ano anterior? Que fatores contribuíram para o aumento ou redução: sazonalidade, feriados, datas festivas, aumento da concorrência, lançamento de novos produtos e serviços, ampliação de pontos de venda, contratação ou diminuição da força de venda? Lembre-se: o que não pode ser medido não pode ser gerenciado. Produto/Serviço – Como seu produto foi percebido e consumido pelo mercado? Afinal, por que seu cliente compra seu produto ou serviço? Menor preço, facilidade no pagamento, distribuição eficiente? Em minhas consultorias percebo claramente que o empresário geralmente tem a resposta na ponta da língua para isso, mas são baseadas em sua percepção. Atenção: pode haver uma grande diferença entre o que você pensa serem os motivos para estar vendendo e a razão para seus clientes fazê-lo. Exclusividade, pós-venda eficaz, matérias-primas diferenciadas e um “simples” es-
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tacionamento impactam na hora de sua compra. Só tem uma forma segura de descobrir o que atrai seu cliente: fale com ele! Finanças – Seus custos estão atualizados, seus preços contêm todos os passivos trabalhistas? Sua margem de lucro considera seus custos/despesas e o que está sendo praticado no mercado para chegar até o preço “correto”? Consegue identificar em sua linha de produtos ou serviços os mais rentáveis, os que giram mais e aqueles que estão consumindo mais dinheiro em casos de estarem estocados há muito tempo? Tem na “ponta do lápis” a lucratividade de cada um? Uma planilha Excel serve para esta análise, desde que mantida atualizada. Um bom software, no entanto, economiza tempo, dinheiro, mas, principalmente, lhe dá informações preciosas para tomar suas decisões de forma profissional e não com base no “achismo”. Por enquanto é isso, pessoal, se quiser conversar mais sobre o assunto, me contate. E lembro que como associado da CDL a primeira conversa é por minha conta! Em tempo: estamos em ano de eleições e temos de aprender a votar, definitivamente! Dois sites para consulta: www.transparencia.org.br e o www.movimento fichalimpa.com.br. Ótimo 2018, e mãos à obra!
Por Jorge Elias Milhen Consultor de Comércio Exterior CDL Niterói
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