O lojista janeiro 2018

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Edição 573 | Janeiro 2018

Nova gestão da CDL

Presidência e diretoria desenvolvem planejamento estratégico para o triênio 2018/2020

Volta às aulas

Saiba como se preparar para as compras de material escolar

A diferença está na embalagem

Investir em um design diferenciado e personalizado pode potencializar as vendas

Ano XXXVIII | www.cdlniteroi.com.br

NITEROI

O LOJISTA



De Utilidade Pública: Estadual, Lei no 5579/65 / Municipal, deliberação no 2539/65

EDITORIAL

CONSELHO SUPERIOR Presidente: Joaquim Manuel de Sequeira Pinto Vice-presidente: Ademir Antunes Carvalho MEMBROS DO CONSELHO SUPERIOR Antonio Carlos Costa Pires, Domingos de Carvalho Rodrigues, Elida Gervásio Gouvêa, Fabiano Gonçalves, Ithamar Torres Macen, Orlando Cerveira Francisco, Oswaldo Rodrigues Viera, Roberto Maurício Rocha, Ruan Carlos Teixeira de Oliveira, Salomão Guerchon DIRETORIA ADMINISTRATIVA Presidente: Luiz Vieira Vice-presidente: Manoel Alves Junior Diretores: Claudio Fonte Boa Pereira, Jorge Ivan Campos da Silva, Jorge Gentile, Jorge Luiz Amorim Carvalho, Luiz Guilherme Cortes Guedes, Omario Marcelino Neiva Filho, Rogério Rosetti, Sidney Moyses Vianna Freire Suplentes: Joaquim Ferreira Dias e Luiz Vasconcelos de Lima Gerente: Ermano Santiago CONSELHO EDITORIAL Luiz Vieira e Joaquim Pinto

O LOJISTA

NITEROI

SERVIÇOS DA CDL Serviço de Proteção ao Crédito, Serviço de Relações com Usuários, Central de Informações, Central de Cadastro, Central de Processamento de Dados, Assessoria Técnica, Consultoria Jurídica, Serviço de Documentação e Divulgação e Serviço de Administração

Coordenação: Kelly Goldoni - MTE: 34527/RJ Redação: Goldoni Comunicação Diagramação e Arte: Alyne Gama Jornalistas: Íris Marini, Paula Valviesse e Suzana Moura Edição: Priscila Oliveira Fotos: Divulgação CDL Niterói

Publicação dirigida da CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS DE NITERÓI, contendo legislação, índices econômicos e condensado de notícias e informações de interesses do comércio lojista. Distribuição: Câmaras de Dirigentes Lojistas, Associações Comerciais, Federações do Comércio, Sindicatos e demais entidades de classe do País, identificadas com as atividades do comércio, bem como empresários e executivos especialmente cadastrados. O LOJISTA utiliza as seguintes fontes para editar o condensado de notícias: O Globo, Jornal do Commercio, A Tribuna, O Fluminense e Diários Oficiais. Os índices, estatísticas e projeções são cuidadosamente compilados, de acordo com os últimos dados disponíveis no fechamento da edição. O uso dessas informações para fins comerciais e de investimentos é de exclusiva responsabilidade e risco dos seus usuários. IMPORTANTE: As matérias assinadas são de respnsabilidade de seus autores.

De cara nova

Nesta primeira edição da revista O Lojista, de 2018, gostaria primeiramente de agradecer aos meus companheiros da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Niterói pela confiança depositada em mim e na minha equipe para administrar a entidade nesses próximos três anos. A CDL caminha para completar 60 anos de representatividade, e é uma honra fazer parte dessa história. Como presidente, não medirei esforços para desenvolver ações em benefício do comércio e da economia do nosso município, sempre respeitando as bandeiras da instituição e trabalhando em conjunto com os empresários e a população. Como o ano está apenas começando, aproveitamos o momento para falar de um período importante: a volta às aulas. Comprar o material escolar pode ser uma verdadeira saga, seja para reunir todos os itens necessários, seja para acertar na estampa e nos detalhes tão desejados pelas crianças e adolescentes, sem perder o controle do orçamento. Por isso, trazemos algumas dicas úteis para auxiliar na compra e venda desses produtos. E não é só em cadernos e mochilas que o design faz diferença, um estudo anual, realizado pela MeadWestvaco Corporation (MWV), mostra que uma embalagem diferenciada influencia na satisfação do cliente e pode potencializar as vendas. Vale a leitura! O consumidor multitelas também ganha destaque, com informações sobre a parceria da CDL com a start-up Uau-Fi, empresa que trabalha com o aplicativo de relacionamento com o cliente para os empresários do varejo. Com cada vez mais pessoas conectadas à internet, mostramos aqui que é fundamental para os negócios que a empresa siga as novidades tecnológicas. Para concluir, reitero meu compromisso com a CDL e conto com vocês para alcançarmos muitas vitórias! Vamos juntos!

Luiz Veira

Presidente

ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA Rua General Andrade Neves, 31, Centro, Niterói, RJ CEP: 24210-000 / Tel.Fax: (21) 2621-9919 Impressão Gráfica Printmill (21) 3628-4300 Circulação Mensal Nacional | Tiragem: 5.000 exemplares CDL NITERÓI 3


EDIÇÃO 573

ÍNDICE CAFÉ

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CDL JOVEM

EMPRESARIAL Fabiano Gonçalves se despede da presidência da CDL no último Café Empresarial do ano

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CAPA

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Eventos

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Volta às aulas

Negócios Mercado

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Coluna do empreendedor Digital Jurídica 4 O LOJISTA n janeiro 2018

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CAfÉ empresarial

Palestra teve como objetivo estimular o empreendedorismo em Niterói

Fabiano Gonçalves se despede da presidência da CDL no último Café Empresarial do ano Encontro de dezembro na Região Oceânica foi marcado por homenagens e palestra sobre mediação

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oram quase sete anos na presidência da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Niterói. Neste período, Fabiano Gonçalves desenvolveu muitos projetos em prol do comércio, deixando um legado que é aclamado pela nova diretoria da instituição. Para marcar a sua despedida, Fabiano palestrou no último Café Empresarial do ano, realizado na sede da entidade. Já no evento da Região Oceânica, o tema escolhido foi mediação, com palestra das advogadas Alcilene Mesquita e Verônica Estellita, da câmara de mediação Mediathus. Afirmando que o conhecimento é a melhor forma de incentivar os negócios, o presidente relembrou a trajetória do Café Empresarial, cujo objetivo é trazer informações relevantes aos participantes através de palestras ministradas por especialistas. Em 2017, ele conta que foram 24 eventos, divididos entre a Região Oceânica e o Centro: “Isso é um verdadeiro sucesso, conseguimos manter essa pegada de eventos e ter mais de mil pessoas participando conosco. O café é o momento de levar conhecimento aos empresários e promover a confraternização”. Em sua palestra, Fabiano destacou as potencialidades de Niterói para se tornar uma cidade empreendedora: “Como facilitadores, temos a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, que foi complementada pela Lei Municipal; a 24ª delega6 O LOJISTA n janeiro 2018

cia da Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro (Jucerja); o posto de emissão de passaportes da Polícia Federa; a Casa do Empreendedor; o sistema de nota fiscal eletrônica implementado; além dos alvarás rápidos, emitidos pela internet”. E finalizando com a afirmação de que “para empreender é preciso conhecer a cidade, as pessoas, os influenciadores e ter conhecimento do negócio pretendido”, Fabiano se despediu da presidência: “Para 2018, temos a expectativa de reaquecimento da economia, o retorno do Comperj, o início das atividades estrangeiras no pré-sal e a eleição, e vocês vão desfrutar de tudo isso. Hoje eu termino um ciclo, para mim, chegou o momento de passar o bastão e alçar novos voos, estarei com vocês como membro da diretoria e vou assumir a vice-presidência da FCDL, onde a minha missão será abrir novas CDLs”. Sobre o mandato, o vice-presidente e recém-eleito presidente da Câmara, Luiz Viera, agradeceu a contribuição de Fabiano e enfatizou sua participação efetiva na construção de projetos que fizeram a diferença para o comércio da cidade: “O sucesso da nossa equipe só foi possível porque tivemos um excelente maestro. E na minha gestão daremos continuidade aos trabalhos desenvolvidos em benefício dos lojistas, da economia e da população de Niterói”.


CAfÉ empresarial

Já no penúltimo Café, em Itaipu, o tema central foi “Mediação e Arbitragem nas Relações Comerciais”, destacando a resolução de conflitos nas esferas trabalhista e empresarial. Verônica falou sobre a resolução de conflitos no âmbito trabalhista, o que segundo ela ainda é uma situação rara de ocorrer, mas que deve ser considerada pelos advogados e pelas partes, a fim de resolver mais rapidamente os processos. Já Alcilene, falou sobre a resolução de conflitos para os representantes de empresas. De acordo com a mediadora, todos os departamentos, do atendimento ao consumidor até o jurídico, devem priorizar um sistema de resolução de conflito antes de dar início aos processos judiciais: “Uma pesquisa que aborda a mediação como forma alternativa de resolução de conflitos mostra que o custo da imagem da empresa está diretamente vinculado a sua capacidade de negociação, pois sempre que a mesma se dispõe a solucionar o problema de forma amigável, o cliente passa a enxergá-la de forma mais positiva”, explicou Alcilene.

As mediadores Verônica Estellita e Alcilene Mesquista foram as convidadas do Café na Região Oceânica

Resolução de conflitos nas áreas trabalhista e empresarial foram temas abordados no em Itaipu O evento foi marcado ainda pela homenagem prestada pela instituição aos responsáveis pela obra do Consórcio TransOceânica. Em nome dos empresários locais, o vice-presidente da CDL, Luiz Vieira, entregou uma placa de homenagem ao secretário de Obras, Vicente Augusto Temperini; ao administrador regional da Região Oceânica, Carlos Boechat; e ao diretor de obras da Empresa Municipal de Moradia, Urbanização e Saneamento, Lincoln Thomaz da Silveira. Segundo Luiz, a condecoração foi realizada em reconhecimento à participação dos três representantes nas reuniões realizadas com os comerciantes da localidade para tratar do impacto das intervenções na economia local. Em janeiro o Café Empresarial será realizado somente na terça-feira, 9, na sede da CDL.

CDL NITERÓI 7


CDL JOVEM

Não é só uma carinha bonita! Roberta Rocha Diretora da CDL Jovem Niterói

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embalagem que, no início, era apenas para proteger, transportar, estocar mercadorias e anos depois com o papel de conferir uma identidade própria através das marcas, atualmente com os fortes apelos de ecologia e de sustentabilidade empresarial, tornou-se uma poderosa ferramenta de marketing. De maneira geral, as empresas acham que o que fazem ou vendem é só o que está dentro da embalagem. Elas não sabem que, para o consumidor, o produto é formado pelo conteúdo e a embalagem. Os dois são indissociáveis e compõem esta entidade complexa chamada produto. Beleza só não basta! Ela deve ser eficiente quanto a seu conteúdo. Acompanhe: Responsável por uma das frentes do marketing de qualquer empresa, as embalagens, além de bonitas e ter relação adequada com a marca, também devem possuir outros atributos que sejam perceptíveis como praticidade, conveniência, facilidade de uso. É necessário também que traga segu-

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rança e conforto para o consumidor, além de demonstrar a proteção do produto. Tudo isso promove uma imediata relação da empresa com o seu cliente. A embalagem representa a atenção da marca para com o seu consumidor, garantindo a qualidade, o cuidado e o consumo seguro além das necessidades do consumidor - objetivas e reais - quanto à expectativa com relação ao produto ofertado. Além disso, produz efeito desde a distribuição e no processo como um todo, sendo ela boa ou ruim, o que significa que as empresas devem voltar seus olhos para esse item com todo carinho. Ele pode e, muitas vezes, faz toda a diferença. Ela é importante porque agrega significado ao produto, reunindo vários componentes - marca, desempenho, ingredientes, atributos simbólicos e objetivos, emocionais etc. - e entrega tudo isto ao consumidor. O consumidor não separa o produto da embalagem, muitas vezes, para ele, tudo é a mesma coisa.

Além de servir para definir o valor que será atribuído ao produto, também são adicionados valores emocionais em relação à marca e ao produto, perceptíveis pelos consumidores em questão da funcionalidade, identidade, personalidade e fidelização do cliente com a marca. Estudos mostram que os consumidores preferem os produtos que possuem embalagens mais atraentes, que sejam bonitas e práticas, mesmo em produtos semelhantes. Consumidores até aceitam experimentar uma nova marca por causa de uma embalagem bem elaborada, ou seja, atraente, bonita e prática, reforçando cada vez mais a importância de a embalagem ser muito bem pensada para cada produto colocado no mercado. E então? Depois disso tudo, que tal explorar toda a sua criatividade, se voltar para a beleza e funcionalidade das embalagens do seu produto e constatar de perto os resultados incríveis que, com certeza, serão alcançados?! Eu não tenho dúvida que dará certo! Aconteceu comigo!


EVENTOS

CDL presente no Fomenta Nacional O vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Niterói, Luiz Vieira, esteve em Brasília, em novembro, na 8ª edição do Fomenta Nacional, evento realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O encontro, que acontece a cada dois anos, reúne empreendedores, representantes de empresas e gestores públicos com o objetivo de aproximar os pequenos negócios de compradores públicos.

CDL participa do lançamento do Niterói Mais Segura

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projeto Niterói Mais Segura foi iniciado no dia 15 de dezembro, com um efetivo de 100 agentes de segurança, após cerimônia realizada no Campo de São Bento, em Icaraí. A iniciativa, que segue os moldes de segurança e patrulhamento implantados em bairros como Centro, Lapa, Méier e Lagoa, na capital, foi estabelecida pela prefeitura, com apoio das entidades representativas do comércio, como a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). O presidente da CDL, Fabiano Gonçalves e seu vice, Luiz Vieira, participaram do lançamento do projeto junto com o prefeito Rodrigo Neves, o secretário-executivo do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM), coronel Paulo Henrique de Moraes, o Secretário de Ordem Pública, coronel Gilson Chagas, e o comandante do 12º BPM, coronel Márcio Oliveira Rocha. Nessa primeira fase, o grupo, formado por policiais militares e agentes civis, passa a fazer parte do patrulhamento

ostensivo do bairro de Icaraí, com rondas motorizadas e a pé. O efetivo conta com veículos adesivados e uniforme diferenciado, na cor laranja. Para Fabiano Gonçalves, a expectativa dos comerciantes é de que com essa iniciativa aumente a sensação segurança da população, especialmente nesse período de Natal, que é de grande movimentação na cidade. “A CDL apoia todas as ações que possam ajudar o poder público municipal a melhorar a ambiência dos negócios e a aumentar a sensação de segurança da população. Tenho certeza de que os nossos comerciantes também irão contribuir para um bom desenvolvimento do projeto Niterói Mais Segura, cedendo espaço em suas lojas para que esse agentes possam utilizar o banheiro, auxiliando com lanches e água, que é um papel que nós lojistas desempenhamos com muito carinho, pois entendemos que, com esse reforço policial nas ruas, maior será o movimento nos comércios”, afirmou Fabiano.

“O Fomenta traz informações importantes sobre o cenário de compras públicas para os pequenos negócios, com explicações legais, inclusive do próprio Tribunal de Contas da União, esclarecimentos sobre as leis de incentivo e muitos exemplos relevantes. Essa é uma experiência que eu pretendo compartilhar com os nossos associados, com o intuito de viabilizar novas transações”, afirmou Luiz Vieira.

Conheça os novos associados da CDL Niterói a João Ricardo Moreira Monteiro a JCasa de Bolos Felicia Ltda a JMaria Francisca Rodrigues Lima a JK L de Carvalho Informática Eireli Me CDL NITERÓI 9


VOLTA ÀS AULAS

Segmento de papelaria se prepara para a volta às aulas

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odo início de ano exige uma boa avaliação do orçamento para planejar o pagamento das contas, especialmente por se tratar de um período em que chegam os impostos, como IPTU, IPVA e os seguros. Para os pais, têm também uma outra preocupação: compra do material escolar para o início do novo ano letivo. Pensando nisso, nesta edição da revista O Lojista, trazemos uma entrevista com os empresários Jorge Ivan Campos e Aline Campos, proprietários da papelaria Enfoque, empresa com mais de 30 anos no mercado, para auxiliar os pais na aquisição do material, e falar sobre o planejamento das empresas do setor para atender a essa demanda. Segundo o empresário, a programação para a volta às aulas, período de maior movimento para o segmento de papelaria, superior até que o Natal, começa no meio do ano. Para ele, esse é o momento de visitar as feiras, para conhecer as tendências, conversar com as escolas para saber as necessidades e reunir a lista de materiais e informações sobre os uniformes, e também, de fazer os primeiros contatos com os fornecedores. “Reunimos mais de 30 mil itens de material escolar. Para isso, fazemos visitas a mais de 400 escolas particulares de Niterói e São Gonçalo, e levantamos as informações

Período de maior movimentação para o segmento pede uma boa estrutura e reorganização da loja 10 O LOJISTA n janeiro 2018


VOLTA ÀS AULAS

sobre o material para organizarmos a lista. Como diferencial, temos ainda um espaço reservado para vendas de uniformes, isso facilita a compra, pois os pais podem encontrar tudo o que precisam em um só lugar. Além disso, participamos de feiras e eventos, que reúnem fabricantes e distribuidores das maiores marcas nacionais e internacionais para acompanhar os lançamentos de produtos e as tendências para o próximo ano”, conta Jorge Ivan. Outro detalhe importante está na contratação de temporários e na organização dos produtos na loja. Segundo Aline, em dezembro, o estoque já está preparado para as demandas de volta às aulas, mas até o dia 26 de dezembro, boa parte desses itens compartilha espaço com a decoração e produtos de Natal. “Passado o Natal, fazemos uma reorganização geral das lojas. Todos os itens de material escolar ganham destaque nas vitrines e ficam mais expostos para facilitar que os consumidores encontrem o que desejam. Também segmentamos os produtos, que ficam divididos em papelaria, biblioteca e uniformes. Como a movimentação é grande para o período, contratamos um total de 100 funcionários temporários para ampliar o atendimento nas nossas cinco lojas, e ainda ampliamos o horário de funcionamento, inclusive aos sábados”, diz Aline. Para os pais, além do custo, surgem também dúvidas como, por exemplo, quais são os personagens que estarão em alta nas estampas dos cadernos, estojos e vários outros itens. De acordo com a empresária, alguns personagens como o Mickey e as princesas da Disney não saem de moda. E para este ano, ela conta que também são destaques os super-heróis da Marvel, com os Vingadores, e da DC Comics, com Batman, Superman, Mulher Maravilha e a Liga da Justiça. Mas a maior tendência são unicórnios e a Patrulha Canina.

Compras em grupo também são diferenciais: “Recebemos demandas de grupos de pais, cujos filhos estudam juntos e estão na mesma série e que decidem comprar juntos. Nesses casos, um representante vem com as listas de material e nós reunimos todos os itens, livros e uniformes. Inclusive, é possível determinar as cores e temas de preferência de cada um, tudo para facilitar o consumidor durante esse período tão movimentado”, ressalta Aline. Conferiu a lista de material e está se perguntando como irá reunir tudo isso? A dica dos empresários é: “Tenha em mãos a lista de material e não deixe para cima da hora, aproveite o início do mês para ir às compras com calma e saiba escolher os produtos. Reunimos uma grande variedade de produtos para oferecer um preço mais acessível, então é possível encontrar acessórios licenciados, que são geralmente mais caros, mas também o mesmo item, com a mesma qualidade, de outras marcas e estampas”.

Além dos funcionários efetivos, temporários são contratados para garantir o atendimento dos consumidores

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NEGÓCIOS

A embalagem é a “alma” do negócio

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uem nunca comprou um produto por causa da sua embalagem? O consumidor brasileiro é o mais influenciado pelas apresentações de produtos nas decisões de compra, comparado com países como China, Alemanha, França e Estados Unidos. Tal constatação foi revelada pelo estudo anual realizado pela MeadWestvaco Corporation (MWV), multinacional americana de atuação diversificada no mercado de embalagens, para avaliar o impacto dos invólucros na satisfação com o produto e no comportamento de compra das pessoas. De acordo com a empresa, investir em embalagens com design diferenciado e personalizadas pode (e muito!) potencializar as vendas. Alguns consumidores afirmaram que trocaram de marca por alguma experiência negativa com a embala12 O LOJISTA n janeiro 2018

gem, cerca de 46% dos entrevistados. A criação do rótulo do produto precisa ser feita para atrair o consumidor e se diferenciar da concorrência. O especialista em Publicidade e Propaganda, Ciências do Consumo, Indústrias Criativas / Entretenimento e Comunicação Organizacional, Eduardo França, explica que é recorrente encontrarmos pesquisas sobre o comportamento de compra dos brasileiros em que é possível observar a ausência de planejamento, principalmente em lojas de autosserviço. Nesse caso, o consumidor passa a olhar tudo o que está a sua volta para definir o que deve comprar. De acordo com o especialista, temos que tomar cuidado na leitura dessas pesquisas, uma vez que temos uma variação grande entre o comportamento de classes sociais, interesses e o poder de compra. “Somos fortemente influenciados

pela ambiência do varejo. Aqueles que pensam os fatores ambientais e sociais de forma estratégica aumentam as possibilidades das compras por impulso, ou seja, as não planejadas. Quando me refiro aos fatores ambientais, significa que temos possibilidades de desenvolver ações sensoriais que aumentam a permanência do comprador no ponto de venda. Logo, ele acaba recebendo mais estímulos, aumentando as chances de serem efetuadas as compras”, explica. Ele destaca que lançamentos e ofertas de produtos e serviços estão cada vez mais diversificados, e é natural que passemos a buscar mais informações ou referências para fazermos as escolhas mais adequadas. “Nosso poder de compra não aumenta na mesma velocidade que as ofertas. Sendo assim, estamos mais criteriosos quanto às nossas escolhas. As empresas estão olhando com mais atenção para elementos como embalagens, conveniência e ações de merchandising. Com a tecnologia, as empresas estão tendo a oportunidade de resgatar o relacionamento com os consumidores”, ressalta Eduardo. A produção e a saída de embalagens criativas têm crescido a cada dia. Thais Garcia, proprietária da Gráfica Printimil, conta que recebe um número relevante de demanda para embalagens e que, atualmente, os clientes têm procurado bastante para se destacar no mercado, porém, se preocupam com os custos. “Orientamos sobre o melhor formato e tipo de papel para otimizar os custos, e acabamos realizando uma venda consultiva. Mas a produção da arte é muito importante para conseguir se diferenciar dos concorrentes”, explica a empresária. Thaís ressalta que os segmentos que mais solicitam embalagens criativas são os setores de moda e bebidas. “As embalagens de bebidas são as que mais inovam, principalmente para lançamentos, e eles investem alto nesse trabalho”. O conceito e design de uma embalagem são fundamentais na hora da compra, pois são os elementos de


NEGÓCIOS

conexão e comunicação entre o consumidor, o produto e a marca. Daniel Guedes, sócio e diretor de criação da agência de Comunicação IDLab, explica que as embalagens são a principal forma de contato do cliente com o produto, pois além da função básica de proteger, o design de embalagem pensa em aspectos emocionais, que são essenciais para a relevância do produto no mercado. “Uma boa embalagem pode fazer o número de vendas de um determinado produto crescer, além de influenciar a decisão do consumidor e causar efeitos emocionais. O surgimento de novos materiais e tecnologias expandiram as possibilidades de criação”, afirma. De acordo com o publicitário, o grande desafio da criação de uma embalagem é atender às expectativas do cliente em ter um material impactante, gastando o mínimo possível com a produção. “Sempre tentamos adaptar a demanda à realidade do cliente. Nem sempre o que criamos inicialmente pode ser executado totalmente, devido aos custos de produção. Dessa forma, a criatividade é o principal fator para adaptarmos o projeto sem perder a qualidade”, diz Daniel.

Quando a embalagem é o centro do negócio Divulgar marcas e produtos sem desperdícios, de forma inovadora e impactante. Essa é a missão da franquia Premia Pão, empresa especializada na comercialização de publicidade em sacos de pão, fundada por dois jovens empreendedores, com o intuito de criar um produto de mídia inovador e que gerasse desejo de compra no consumidor. A empresa assume ainda um papel de responsabilidade com o meio ambiente, pois seu produto promove o combate ao desperdício, os materiais utilizados são 100% ecológicos, a impressão dos anúncios é feita com tinta atóxica e, para cada produção fornecida aos seus franqueados, é plantada uma árvore nativa da região. Gabriel e Guilherme Marques, irmãos e proprietários da franquia em Niterói, explicam que sua mídia, por ser sutil, torna-se muito mais do que apenas uma embalagem, pois ela acompanha a família no

café da manhã ou da tarde, impactando as pessoas em um ambiente aconchegante e livre de estresse. “Nosso saquinho é aceito pelo cliente, não é imposto. Ele tem a opção de levar o saquinho de plástico ou a nossa mídia, então por isso é uma propaganda de permissão. A partir do momento em que o cliente nos leva para sua casa, ele permite o impacto da nossa mídia em sua residência”, pontua Gabriel. A franquia expõe, em suas embalagens, promoções, cupons de desconto ou focam apenas na marca do anunciante. “Sorteio de premiações mensais fazem sucesso, porque têm muitos descontos, e a maioria dos consumidores os procuram nos saquinhos para recortar e serem beneficiados, já alguns consumidores até guardam as embalagens por acharem bonitas ”, explica.

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CAPA

Luiz Viera assume a presidência da CDL

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aneiro é mês de mudança na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Niterói. No ano em que completa 60 anos, a entidade também inicia uma nova administração, referente ao mandato do triênio 2018/2020. O presidente Luiz Vieira, seu vice, Manoel Alves Junior, e a nova diretoria administrativa já trabalham no desenvolvimento do Plano de Ação Estratégica, que será a base da próxima gestão. Com muitas novidades no setor administrativo, grande foco em inovação e a definição dos responsáveis por cada setor da entidade, os novos representantes esperam cumprir com os propósitos da instituição em defesa do comércio. A posse oficial acontece no dia 25 deste mês, mas as reuniões de planejamento já estão sendo realizadas desde dezembro. Segundo Luiz Viera, a escolha dos novos diretores foi feita após a indicação da chapa e avaliação criteriosa do Conselho Superior vigente: “Formamos nossa chapa com pessoas que participam e colaboram efetivamente com a nossa entidade. Renovamos o Conselho Superior, pois alguns membros mais antigos precisaram se afastar para cuidar da saúde. A CDL completará, em 2018, 60 anos, e temos orgulho de ter conosco essas pesso16 O LOJISTA n janeiro 2018

Nova diretoria estabeleceu as bases da administração que será focada em inovação as que, desde o início, trabalham para fortalecer nosso compromisso com os comerciantes e com a população, mas compreendemos as necessidades dos antigos diretores e estamos buscando fazer o melhor para eles e pela nossa instituição”. A primeira medida adotada pela nova administração foi a nomeação dos eleitos para assumir as oito diretorias administrativos da entidade.


CAPA

Novos diretores

Financeiro: Sidney Moyses Vianna Freire; Patrimônio: Jorge Gentile; Comercial: Rogério Rosetti; Tecnologia da Informação: Luiz Guilherme Guedes; Recursos Humanos: Jorge Ivan Campos da Silva; Eventos: Cláudio Márcio Fonte Boa Pereira; Relações com Associados: Omario Marcelino Neiva Filho; Publicidade e Marketing: Jorge Luiz Amorim Carvalho.

E para o mandato, já foram estabelecidas as diretrizes com propostas que serão desenvolvidas para ampliar a relação da CDL com os associados, fomentar a adesão de novas empresas e consolidar a posição da entidade como agente de mudança, inovação e capacitação. Uma iniciativa importante para a Câmara, como fonte de informação para o comércio, é a criação de um setor de pesquisas. Outra inovação é o desenvolvimento de um aplicativo próprio para a instituição, que terá como objetivo trazer conhecimento sobre a economia e também questões relacionadas à cidade.

Investimentos em infraestrutura, atualização da tecnologia empregada na sede da entidade, ampliação dos serviços oferecidos e o desenvolvimento de um calendário de eventos também são metas da CDL. Além disso, a administração trouxe a ideia de criar uma ouvidoria para o comércio dentro da entidade e, no quesito relacionamento com o associado, planeja investir em novos canais de comunicação, realizar reuniões itinerantes nos bairros da cidade e visitas a empresas. “Estamos pensando em um conceito mais amplo de inovação, mas sabemos que precisamos nos estruturar. Como agentes da mudança, precisamos servir de exemplo para os nossos associados, inovando em tecnologia e também em pensamento. Vamos aproveitar melhor os espaços da Câmara para cursos, palestras e outros eventos, mas sabemos que o nosso principal destaque são os cursos de capacitação, e vamos investir cada vez mais nisso e na nossa relação com os empresários. Conto com o apoio de todos os empresários para a construção de um futuro cada vez melhor”, destaca o presidente, afirmando ainda que a principal força da CDL é a união na representação da classe.

Propostas tem como objetivo aproximar cada vez mais a CDL dos associados

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Mudanças na sociedade exigem nova comunicação com o consumidor

Patrick Sister/ Divulgação

MERCADO

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ocê já ouviu a expressão “compra motivada por causa”? Na verdade, esse conceito nada mais é do que o movimento de consumidores que optam por marcas que se posicionam de forma adequada em relação a uma questão relevante para eles. E pode acreditar, boa parte deles pagariam até 25% a mais por um produto ou serviço que se enquadre nesta categoria. E quem comprova esse dado é o estudo global Edelman Earned Brand 2017,que mede a relação entre pessoas e marcas, divulgado recentemente. “Aquelas marcas que não ouvirem e não entenderem o que é importante para seus consumidores, serão esquecidas”, destaca Daniela Schmitz, vice-presidente executiva de Engajamento para Marketing na Edelman Significa. Realizada em 14 países com 14 mil entrevistados, a pesquisa revela que as pessoas acreditam que as marcas podem fazer mais do que os governos para solucionar problemas sociais. No Brasil, 56% dos consumidores compram motivados por causas e, entre as mais importantes, estão: “corrupção no governo”, “igualdade de gênero”, “normas ambientais”, “política econômica” e “questões de privacidade”. E não é necessário ir muito longe para perceber que algumas marcas já estão nascendo antenadas com esses propósitos. Com pouco mais de um ano, a marca de roupas

Para Gabriel Vieira, a MAOS deverá refletir sempre a sua filosofia de vida 18 O LOJISTA n janeiro 2018

O Cantão reuniu um time de mulheres inspiradoras para trocarem experiências em encontros gratuitos e abertos ao público niteroiense MAOS - MakeAll Over Skateboard (Faça tudo sobre skate) é um exemplo. Criado pelos amigos Gabriel Vieira, 27 anos, e Daniel Oliveira, 19 anos, o projeto segue a filosofia de vida dos jovens que são skatistas e amantes da natureza. Todas as camisas e camisetas são produzidas em malha ecológica, feita de garrafa PET, as tags, de papel-semente e as estampas, de forma artesanal. Destaque também para os casacos feitos com o tecido utilizado para fazer pano de chão. “Sempre fui muito ligado a ações de preservação do meio ambiente e achava importante seguir essa ideologia. Utilizo o mínimo de água e quase não gero resíduos, e até os retalhos das camisas são reutilizados, pois fazemos cuecas samba-canção com eles. A malha é mais cara que a normal, mas nosso público entende e apoia. E eu fico feliz, pois mesmo se o valor da matéria-prima dobrasse amanhã, eu continuaria comprando pela causa”, destaca Gabriel, hoje à frente da marca que já pode ser encontrada em algumas lojas de Niterói e nas redes sociais (@ maoskate_art/ @maosskt). E para quem acredita que essa é uma tendência que deve ser seguida apenas pelos novos empreendedores, o Cantão, marca carioca que acaba de completar 50 anos, vem mostrando que nunca é tarde para se envolver em projetos relevantes. Pensando nisso, no começo de 2017, a marca deu início ao Projeto Coletivo Viver Bem, iniciativa colaborativa que tem como objetivo reunir um time de mulheres inspiradoras para trocarem experiências em encontros gratuitos e abertos ao público. Nesta primeira edição, foram pensados quatro encontros que tinham como objetivo abordar temas diversos, como a mulher no


MERCADO

O próximo encontro será realizado no dia 27 de janeiro, e será mediado por Daniela Arrais e Luiza Voll, sócias da Contente, empresa que conecta pessoas em missões de impacto emocional positivo, tanto no universo on-line quanto off-line, e que lançou grandes projetos como o Instamission. O tema da vez será “Vida perfeita, FOMO e muita treta: como Viver Bem quando estamos conectados o tempo inteiro? Uma conversa sobre como usar melhor e construir espaços de conexão e crescimento, cocriando #ainternetqueagentequer.” Mais informações podem ser obtidas nas redes sociais do Cantão.

Maior envolvimento das novas gerações

ambiente criativo, o feminismo e a internet como espaço de conexão e crescimento. “Tudo começou de forma muito natural e sem qualquer intenção comercial. Vimos que a força da marca do Cantão, que hoje atinge públicos de diversas idades, poderia fazer muito mais, então vimos que um bom caminho seria criar um espaço para dar voz e discutir determinadas questões importantes para a sociedade, mas em um formato leve. Reunimos então algumas formadoras de opinião com muito conteúdo que pudessem mediar esses bate-papos. Não é fácil colocar em prática, e estamos sempre fazendo ajustes e tentado melhorar, mas o retorno vem sendo positivo”, destaca Vivian Freitas, coordenadora de Branding e Conteúdo do Cantão.

O estudo traz ainda o Edelman Brand Relationship Index, que revelou que os relacionamentos consumidor-marca no Brasil são mais fortes entre os Millennials (23-37 anos), e se fortalecem mais rápido na Geração Z (18-22 anos), com maior força entre pessoas do gênero masculino e com renda alta. Além disso, a pesquisa também orienta as marcas que pretendem criar laços com seus clientes e sair da “ilha da indiferença”. Entre elas estão: • Não se aproprie de um tema e descubra a sua vocação. • Defina causas e territórios de atuação alinhados aos interesses da marca e do negócio. • Não compartilhe apenas pontos de vista, mas tenha atitudes. • Atue de maneira relevante e verdadeira frente aos compromissos assumidos. • Não se limite a iniciar uma conversa, convide a agir. • Ative corretamente suas ações e planeje processos internos e externos de mobilização em torno da causa.

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COLUNA DO EMPREENDEDOR

Quem ouve, customiza! Por Antonio Carlos Barragan Advogado Empreendedor, contador, MBA em Gestão, Empreendedorismo e Marketing, Mestre em Direito Econômico e Desenvolvimento.

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uitas empresas continuam fechando as suas portas no Brasil e no mundo. Diversos são os fatores que podem levar uma empresa à derrocada, tais como um conflito entre os sócios, fatores econômicos externos, a dificuldade de inovação, o aumento de custos com baixa eficiência de resultado, entre outros. Contudo, todos aqueles fatores podem ser minimizados ou eliminados se os empreendedores entenderem que houve uma mudança significativa no mercado em que eles atuam, em relação ao modelo de relacionamento com os clientes e a respectiva entrega a ser efetuada. O modelo antigo de relacionamento empresa/cliente guardava uma posição de conforto para o empresário, que mantinha o seu negócio no centro da relação, rodeado de clientes que buscavam o seu produto seriado. Assim, as empresas criavam os seus produtos, produziam-nos em série e promoviam ações de marketing e publicidade no intuito de o mercado de clientes se movimentar em busca daqueles produtos, ainda que eles não atendessem plenamente as necessidades daqueles compradores. Um dos exemplos é o sistema operacional Windows, da Microsoft, que nem sempre atendeu as necessidades específicas de muitas empresas, mas, ainda assim, era adquirido por elas. Entretanto, aquele cenário empresarial mudou, e quem não acompanhou a mudança perdeu o rumo e sen-

tiu uma considerável redução em seus resultados financeiros e de posicionamento de mercado. Atualmente, há uma inversão na proporção da relação entre a empresa e o seu cliente. O cliente passou a se localizar no centro da relação e os fornecedores/empreendedores ao seu redor, tendo que customizar os seus produtos para que continuem sendo demandados. No cenário da relação de consumo, percebe-se que ingressamos no mundo da supremacia do cliente, em que ele dita as suas necessidades e as empresas atendem. Portanto, é preciso customizar para se manter competitivo. Um bom exemplo disso é a empresa Havaianas, que reformulou a ideia de seus chinelos, customizando os calçados de modo a atender um público consumidor bem maior que o atendido anteriormente. A referida empresa criou tênis, sandálias e customizou seus tradicionais chinelos. O resultado está nas prateleiras de diversas lojas de calçados – além das lojas próprias da Havaianas -, bem como nos mais variados eventos e festas em que as pessoas utilizam modelos de Havaianas customizados e os recebem de presente, tal como tem ocorrido em casamentos. Nesta realidade, torna-se imprescindível colocar a customização sobre a mesa dos brainstormings das empresas para atender às necessidades latentes dos clientes, ou, pelo menos, customizar para ingressar em nichos ainda não ocupados pelo produto ou serviço oferecido. Logo, customizar é preciso! CDL NITERÓI 21


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DIGITAL

CDL promove parceria que beneficiará lojistas e clientes

Empresas precisam acompanhar os avanços tecnológicos para estar onde o consumidor está

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ada vez mais pessoas estão conectadas à internet através de dispositivos móveis. Dados recentes da pesquisa Google Consumer Barometer mostram que no Brasil 69% da população tem acesso à internet. Desse universo, 67% usam a rede através de smartphones e 29% fazem acesso em mais de um dispositivo (computadores, celulares e tablets). Para alcançar esse público, as empresas precisam estar tecnologicamente desenvolvidas, e um ponto importante dessa adaptação é o gerenciamento inteligente do relacionamento com esse consumidor tão conectado.

Com o objetivo de aprimorar a relação com o cliente no comércio local através das redes WI-FI, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Niterói fechou uma parceria com a start-up Uau-Fi. Fundada em 2014 pelo empresário Rodrigo Antunes, a empresa trabalha com uma ferramenta de relacionamento com o cliente para empresários do varejo. Presente em 17 Estados, a start-up é uma rede única de hostspot, em que o cliente se cadastra para fazer uso da rede sem fio dos estabelecimentos comerciais. Isso é feito por meio do aplicativo metamórfico Uau-Fi. O procedimento é simples, sendo realizado por meio de


DIGITAL

um roteador homologado pela empresa e a disponibilização de um link de internet, exatamente como foi feito na sede da CDL Niterói. “O aplicativo foi desenvolvido para ser mutável, ou seja, ele resolve o problema do usuário de ter que instalar o aplicativo de cada estabelecimento comercial que ele deseja usufruir dos serviços. Basta baixar o Uau-Fi , preencher um cadastro com nome, número de telefone, idade, cidade e gênero, e sempre que o cliente estiver no ambiente do comércio que faz uso da ferramenta, o programa irá identificá-lo e permitir o acesso aos serviços daquele estabelecimento. Além da conexão automática em muitos pontos de internet sem fio, o cliente tem acesso a descontos, programas de fidelidade e informações de várias lojas dentro de um único app”, explica Rodrigo. Para o CEO, o diferencial da ferramenta está na aproximação dos lojistas com os seus clientes. Segundo ele, através da rede de gerenciamento, o comerciante consegue visualizar quantas pessoas estão on-line no estabelecimento, o perfil desses clientes e o tempo de permanência dele na loja. Esses dados podem orientar a realização de promoções, mensagens e informar sobre as atualizações no serviço. “Se o estabelecimento faz parte da rede Uau-Fi, o empresário passa a ter um aplicativo e estar dentro do celular do consumidor. Ele consegue, por

Aplicativo permite interação com todas as empresas que fazem parte da rede Uau-Fi exemplo, mandar mensagens de aniversário, direcionar ofertas especiais de acordo com o perfil do consumidor e também convidar clientes que estejam muito tempo sem ir à loja para voltar e conferir os novos produtos e serviços. Para restaurantes, é possível configurar o aplicativo para visualização do cardápio. Para academias, o usuário pode ter acesso ao treino do dia, além de vários outros programas de fidelidade”, explica Rodrigo. No município, além da CDL, estabelecimentos como o Rei do Mate, Kopenhagen, Espetinhos Mimi, Boali, Mocellin Churrascaria, Sorridents, Giza Calçados e a rede de drogarias Farmais já estão utilizando o serviço. Para Danielle Campello, assistente comercial do Mocellin, a expectativa quanto a ampliação do relacionamento com o cliente é grande. “É importante ter um feedback do

cliente, poder preparar ações especiais para os aniversariantes e fazer uma promoção direcionada ao cliente, ampliando o serviço de internet gratuito que já oferecíamos. Achei o serviço do Uau-Fi completo e com uma boa relação custo-benefício”, conta a assistente comercial. Claudio Pereira, sócio-proprietário da Giza Calçados, também decidiu investir no serviço por considerar que a ferramenta ajudará na aproximação com os clientes: “A instalação é recente, então ainda estamos colhendo dados para mensurar os resultados, mas a minha expectativa é de que o serviço traga esse retorno e nos ajude a atrair mais clientes, especialmente por oferecermos um benefício que não é muito explorado nas lojas de calçados que é o acesso gratuito à internet. Pretendemos divulgar promoções e novidades”, afirma Claudio.

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JURÍDICA

Uma das primeiras sentenças proferidas sob a vigência da nova legislação trabalhista condena empregado a pagar R$ 8.500,00 em processo em que pedia R$ 50.000,00

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Lei 13.467/2017, publicada em 14/07/2017, promoveu uma série de mudanças na CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, e nasceu exatamente com objetivo de modernizar a legislação trabalhista e, como é de conhecimento comum, entrou em vigor no último dia 11 de novembro de 2017. Não é surpresa para ninguém que a chamada Reforma Trabalhista traria uma série de consequências práticas bastante diferentes daquelas que estávamos acostumados a ver no cotidiano da justiça do trabalho e isso dividia opiniões, tendo gente muito boa defendendo de forma muito veemente que as mudanças significavam progresso para uns e retrocesso para outros. Mas, mesmo sabedores e alertados que a rotina da justiça obreira modificaria muito, fomos surpreendidos com uma sentença proferida por um Juiz do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região, da Vara do Trabalho de Ilhéus, que, como adiantei no alarmante título dessa matéria, condenou em R$ 8.500,00 um empregado que postulou créditos trabalhistas no importe de R$ 50.000,00. Na verdade, a tal sentença foi manchete em jornais de vários estados do Brasil, e o assunto publicado em vários sites. Assim concluiu o Juiz ao decidir o caso: “Face ao exposto, decide-se NÃO ACOLHER a pretensão do reclamante, conforme fundamentação supra, parte integrante do presente dispositivo. Custas pela parte autora, no importe de R$1.000,00. Devidos, ainda, honorários de sucumbência, pela parte autora, no valor de R$5.000,00,conforme fundamentação supra. Deve o obreiro pagar o valor de R$ 2.500,00, a título de indenização por litigância de má fé,conforme fundamentação supra, parte integrante deste dispositivo”. Essa é a parte final da sentença, os honorários foram estabelecidos em R$ 5.000,00, por representar 10% do valor da causa e os R$ 2.500,00 por litigância de má-fé em razão de o Magistrado haver apurado que o Reclamante mentiu,

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quando disse que não tirava horário de almoço e, no decorrer do processo, ficou provado que havia usufruído desse tempo. Já R$ 1.000,00 foi equivalente a custas processuais. Embora essa sentença tenha sido comemorada por muitos, no nosso modesto entendimento o critério por enquanto deve ser a cautela. Muitos pontos da Reforma Trabalhista só vão ficar claros ao longo do tempo, à medida que o Judiciário for se manifestando a respeito de cada um deles, e, quando falo judiciário, falo em todas as instâncias, até o TST. Digo isto porque há muitas dúvidas sobre a adoção das mudanças na prática.E decisões como a que estamos comentando, que hoje pode parecer uma lavada na alma dos patrões, amanhã pode ser uma espécie de “virada de mesa” e o tiro certeiro que hoje atinge os reclamantes, amanhã pode passar a alvejar as empresas. Questões como trabalho intermitente, autônomo exclusivo, terceirização, transição de um regime de contrato de trabalho para outro, tudo isso são questões ainda nebulosas que só o dia a dia dos Tribunais vão nos dizer como serão na prática. Bom, em resumo, o que importa registrar é que a reforma não pode significar uma espécie de dificuldade de acesso ao judiciário. Deve significar apenas uma mudança de comportamento e uma nova tomada de consciência por parte de empregados e empregadores, na medida em que aquele que perder a ação ficará sujeito ao pagamento dos honorários e custas processuais. Agora, os reclamantes só vão pedir aquilo que sabem que têm condições de ganhar, e as empresas não poderão mais ter mais interesse na procrastinação eterna dos processos, porque isso poderá sair muito caro no final do processo. E aqueles que sempre agiram dentro da lealdade processual não precisam temer absolutamente nada.



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