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Especial Idiomas
A influência de outros idiomas no Século XXI
O aprendizado de outros idiomas abre as portas para o desenvolvimento pessoal, profissional e cultural
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Por Sandra Kanashima
Há quem diga, que falar apenas um idioma será o novo analfabetismo do século XXI. O inglês por exemplo, é uma língua universal: convivemos com ele diariamente ouvindo músicas, assistindo a filmes, navegando na internet ou jogando games; é a língua oficial dos encontros científicos, do comércio mundial, além dos esportes internacionais, como Jogos Olímpicos e Copa do Mundo.
Inglês passa a ser obrigatório na grade curricular
Não é à toa que o inglês foi definido pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) como o idioma estrangeiro a ser ensinado em todas escolas brasileiras. A Lei nº 13.415/2017 torna o inglês obrigatório desde o 6º ano do ensino fundamental até o ensino médio.
Municípios e Estados tinham até o início de 2020, para aplicar as novas referências. Os sistemas de ensino podem ofer-
A influência de outros idiomas no Século XXI
Reprodução Google
tar outras línguas estrangeiras se assim desejarem, preferencialmente o espanhol.
Educar o jovem para a “língua da globalização” torna-se imprescindível nos dias atuais, afinal falar inglês deixou de ser desejável para se tornar obrigatório no mercado de trabalho. Trata-se de uma língua universal, importante para lidar com projetos técnicos, clientes ou fornecedores estrangeiros, entre outras situações que não lidam com a língua portuguesa.
Oportunidades ampliadas no mercado de trabalho
Dominar um segundo idioma é, sem dúvidas, um diferencial na hora de conquistar uma vaga de emprego. Mesmo que o candidato não vá utilizar ou vá utilizar muito pouco em seu novo emprego, somente o fato de saber outra língua já é um diferencial em seu currículo. Segundo uma pesquisa realizada pelo site de empregos Catho, profissionais que dominam mais de um idioma recebem um salário 42% maior do que aqueles que não dominam.
Depois do inglês, o espanhol é a língua mais pedida, seguida do francês. E apesar de muito se falar sobre as vantagens de aprender chinês, o japonês ocupa o quarto lugar, seguido por italiano, mandarim e árabe.
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Portanto, se você se identifica com alguma dessas línguas, não hesite em estudar e se aprimorar. Muitas oportunidades estão abertas à profissionais bilíngues no Brasil.
Aprender um novo idioma na terceira idade: ainda é tempo!
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Divulgação
Especialistas afirmam: aprender um novo idioma faz bem em qualquer idade. Além do desafio por um novo aprendizado, há outros benefícios como fazer novos amigos e ter o cérebro estimulado, o que aumenta a sua flexibilidade cognitiva e previne contra doenças relacionadas à demência, como o Alzheimer por exemplo.
Isso sem falar em buscar novas experiências e se aventurar mundo afora. Sim, quem um dia já sonhou em viver uma experiência única, como viajar para outro país seja em um intercâmbio cultural ou de estudos, engana-se ao acreditar que essa oportunidade já passou!
De alguns anos para cá, as agências de turismo têm cada vez mais investido em programas de intercâmbio na terceira idade, que trabalham com os mesmos conceitos de estudo e experiência cultural, porém voltado para participantes acima de 50 anos.
Estados Unidos, Canadá, além de locais com clima ameno e cidades charmosas, como Londres, Paris, Roma e Barcelona estão entre os destinos prediletos pelos brasileiros que já passaram dos 50, e é cada vez mais fácil encontrar pacotes personalizados para eles.
O lazer é uma das principais características do intercâmbio terceira idade, que associa o prazer em conhecer outros países com a oportunidade de aprender algo diferente, que vai desde cursos rápidos, até passeios culturais ou novas experiências gastronômicas.
Acredite, ninguém está muito velho para esta experiência! Caso seja um sonho que ainda não realizou, a hora é agora! Seja para viajar, ou simplesmente fazer pesquisas na internet, ler um livro importado ou assistir a filmes e seriados internacionais, aprender outro idioma vale a pena sim, seja qual for a idade!
A língua estrangeira ainda na primeira infância
A dúvida sobre a partir de qual idade uma criança pode começar a aprender uma segunda língua é bastante comum entre os pais. Será que o aprendizado simultâneo da língua portuguesa com outro idioma não vai gerar confusão para os pequenos? Kátia Chaves Guedes, diretora pedagógica da MapleBear – Unidade Cantareira, explica que não há riscos. “Os neurocientistas já dizem que até os 7 anos de idade uma criança tem capacidade para aprender até cinco idiomas e isso não prejudica o aprendizado da língua materna”, diz a pedagoga.
Kátia explica que a língua materna é muito forte, já que desde que vem ao mundo, a criança ouve os pais, os avós, os familiares. Portanto, a criança pode aprender outro idioma desde sempre, sem prejuízo algum de sua língua nativa. “Ao aprender outro idioma, a criança passa a ter um raciocínio muito mais rápido, a se tornar solucionadora de problemas, além de ter a autoestima elevada, ao perceber que consegue se comunicar em mais de um idioma”, esclarece.
Quanto a uma idade mínima para introduzir outra língua no aprendizado, a pedagoga diz não existir uma regra. “Quando a criança é bem pequena, o aprendizado é feito de forma lúdica, por meio de músicas, brincadeiras e jogos educativos. A criança se sente à vontade, e naturalmente começa a reproduzir as palavras em inglês”, explica Kátia.
O diferencial em aprender outro idioma na primeira infância, segundo a pedagoga, é que a criança não se sente constrangida ao errar. “Se ela falar a palavra errada, colocar o verbo no passado ou no presente, isso não é importante para ela. O importante é comunicar a sua ideia, é falar. E isso é uma vantagem tremenda sobre os adultos”, diz.
Kátia frisa ainda, que como esse aprendizado é feito de uma forma natural, ele não será esquecido. “A criança, ao estar envolvida em um ambiente bilíngue, onde ela ouve e interage o tempo todo, vai assimilando de forma espontânea até se tornar rotineira. Portanto, aprender outra língua na infância só traz benefícios”, conclui Kátia.
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