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60 Capa O galã e bom moço das telinhas mostra seus adjetivos em versão real. Conheça um pouco mais sobre a vida de Luigi Baricelli e seus valores. Foto Bruno Leite
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editorial / expediente tecnologia
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raio-x
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superação
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cooperativismo
Sony XPeria Play
Dr. Eduardo Caetano e valores de família Abnegação e amor entre pai e filho Cooper Alternativa
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destaque
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crescimento
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auto
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dois pontos
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parceria
Multigrade: cercando valores Desenvolvimento imobiliário SUVs nas estradas Dr. Airton Trevisan e valores profissionais Gerson Antonelli, uma parceria de valor
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alpha indica
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volta ao mundo
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decoração
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capa
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universo particular
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íntimo e pessoal
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especial
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exclusivo
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encontro marcado
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maternidade
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por toda a vida
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amor e sexo
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ensaio
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luxo
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vitrine
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consumo
Passeios com a família Amsterdã, terra de valores peculiares Valorize ambientes e a natureza Luigi Baricelli em seus principais valores Cleber Monteiro, valor guarulhense Dr. Sérgio Iglésias e valores relativos à vida José Alencar e a notória luta contra a morte Carta branca presidencial Aletéia Cazzo entre trabalho e família O amor transpondo qualquer barreira Roberto e Nelita em 64 anos de união A transformação dos valores do casamento La vie en blanc Requinte sobre quatro rodas Sapatos para subir ao altar em alto estilo De todos os valores
SUMÁRIO 102 história
146 música
106 comportamento
149 notas
Gandhi, Che e Assange: ideologias por um mundo melhor Como estão os valores familiares atualmente?
108 psicologia
Pais e filhos: uma delicada relação
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educação
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segurança
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reflexão
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beleza
•U2: Rock engajado •Daianny Martins: valor em ascenção •Crioulla: nova boutique em Guarulhos •“Café brasil” ganha destaque entre famosos
150 livro
“O filho eterno”, de Cristóvão Tezza
Como respeitar a diversidade cultural 28
Dicas para não correr riscos no cotidiano Quais valores levar para a vida? Valores estéticos que mudaram com o tempo
120 saúde
•Sylocimol: valorize a água •Exercício de valorização para seu corpo
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bem na foto
•Doze vezes mais •família pannocchia na Europa •Wise Up abre nova filial na cidade •Homenagem ao lula •Inauguração do CEU paraíso - Alvorada •Reunião da ObME •Comemoração em alto estilo •Noite pink 2011 •Risadaria •Zélia Duncan em Guarulhos •Nova diretoria Ciesp Guarulhos •lançamento da Abrag •fernanda comemora seus 25 anos •baile anos 60
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142 mulher
Estilo e classe em assessoria de eventos
144 cinema
valores cinematográficos de Hollywood
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editorial EXPEDIENTE diretora responsável / executiva SILVIA HELENA DE ALMEIDA BARBESANI
Valores Faça as coisas com tranquilidade, sem movimentos bruscos, prestando atenção a seus atos e palavras. Faça uma coisa de cada vez. Fale pausadamente. Não levante a voz desnecessariamente. Não discuta. Estude ou trabalhe com prazer e dedicação. Não trabalhe nas férias. O descanso periódico é indispensável. Não viva competindo. Seja você mesmo. Não se preocupe se os outros são melhores do que você. Receba crítica com tranquilidade e até com satisfação. Nunca as considere como um ataque à sua pessoa, mas como uma colaboração ao seu desempenho. Seja sempre positivo, a começar por seus pensamentos. Viva em harmonia com a sua família. Cultive as boas amizades. Cante (mesmo mentalmente) prestando atenção à música ou à letra, para evitar que você divague ou se fixe em pensamentos perturbadores. Dedique-se a um hobby, de preferência com trabalhos manuais. Faça exercícios físicos: ginásticas, jogos, caminhadas... Pratique algum esporte de sua preferência. Eles deveriam tornar-se uma rotina em sua vida. Pratique diariamente encontrar-se com Deus no mais íntimo do seu ser. Torne-se um bom administrador de sua vida. Não dependa dos outros. Você é responsável por sua saúde física e mental. Nós, do grupo ALPHA (Editora Alpha, Publicittà e b2 Mídia Indoor), desejamos que seus valores sejam afetivos e que os bens materiais conquistados sirvam apenas para lhe dar conforto. Que DEUS o(a) abençoe abundantemente.
diretora de arte / fotografia CINTIA DE CASTRO BRUMATTI design e criação MARIANA VASQUEZ redação ELÍS LUCAS AMAURI EUGÊNIO JR. fotografia NEWTON MEDEIROS LUCAS DANTAS atendimento LETHICIA AMBROSIO escritório RUBENS VINÍCIUS IATCHUK departamento comercial ANA PAULA IATCHUK ELIANE ALVES webdesign VINYCIUS COVELLI financeiro THAYNE CABRAL projeto gráfico e arte PUBLICITTÀ periodicidade BIMESTRAL distribuição GUARULHOS impressão e acabamento GRÁFICA BANDEIRANTES colaboração nesta edição GERSON ANTONELLI / NEWTON MEDEIROS / B.L. ASSESSORIA E AGENCIAMENTO / NATÁLIA ESTEVES / PRISCILA CARVALHO MEYER / STEFANNE SENNE / REVISTA CAZZA/ JÉSSICA SCHOLZ / LARISSA BRUNA DA S. SANTOS A revista ALPHA é uma publicação da Editora Alpha Praise Ltda. Todos os direitos são reservados. É proibida sua reprodução total ou parcial. Não nos responsabilizamos pelo conteúdo dos anúncios e mensagens publicitárias apresentadas nesta edição. Editora Alpha Praise Ltda. Av. Francisco Conde, nº 206, Vila Rosália, Guarulhos / SP Tel.: (11) 2229-6529 / 2229-6709 www.grupoalphamidia.com.br contato@grupoalphamidia.com.br
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A L P H A E D I TO R I A L ■
Por enquanto 茅 s贸 isso que podemos falar!
Em breve mais uma novidade absurdaaaaaa!
Fique ligado, ok?
tecnologia
JOGOS DE VALORES
Conheça o Xperia Play, a versão celular do Playstation Por Amauri Eugênio Jr.
V
ocê, caro leitor, deve ter sido um daqueles que, na infância ou no comecinho da adolescência, passava horas e horas a brincar de Tetris (aquele jogo que consistia em encaixar peças linearmente, com o objetivo de se eliminar a linha por meio do preenchimento completo dela), em jogos rudimentares de automobilismo e de ação, naqueles minigames extremamente antigos. Ou, então, você deve ter passado horas em alguma fila de espera a se distrair com o clássico jogo “Snake” (o popular “jogo de cobra”), disponível em celulares há pouco menos de uma década. Talvez não seja do seu interesse, mas é do seu filho, com certeza, as versões portáteis de videogames consagrados: o Nintendo DS (uma espécie de versão moderna do épico Gameboy, que marcou a adolescência de muita gente, lá no final dos anos 80 até o começo dos anos 2000) e o PSP (Playstation Portable, ou “Playstation Portátil”, em tradução livre). Pois bem, você já pensou em ter um Playstation no seu celular? Se isso era inimaginável há alguns anos, esse projeto virou
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ALPHA TECNOLOGIA■
Fotos Divulgação
realidade: ele se chama Xperia Play, o primeiro smartphone com interface exclusiva para jogos, desenvolvido pela Sony Ericsson (vale como curiosidade: o mítico console Playstation é desenvolvido pela Sony Entertainment Television, “braço” da Sony para jogos digitais). É como se você tivesse um smartphone conjugado com o PSP. O Xperia Play possui tela de 4 polegadas (com resolução de 854 x 480 pixels); os aplicativos e recursos (Google Talk, Google Maps etc), também encontrados nos aparelhos com a tecnologia Android Market e o Google Maps 5.0, tendem a chamar a atenção de jogadores casuais (que utilizam os jogos com pouca frequência) e de usuários inveterados, pois a proposta do Xperia Play é proporcionar a qualidade de “consoles de verdade”, de acordo com Aaron Duke, gerente de produtos da Sony Ericsson. Ficou com vontade de ter um smartphone no qual você pode passar horas com os jogos que sempre usou no seu Playstation? Aproveite tudo isso no Sony Ericsson Xperia Play.
raio-x
fAMÍlIA: pOÇO DE vAlORES
Dr. Eduardo Caetano, o advogado que superou as adversidades da vida por meio dos ensinamentos familiares Por Amauri Eugênio Jr.
Foto Lucas Dantas
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oberto Carlos tinha dona Laura (quem nunca cantou “Lady Laura”, não é mesmo?). Bono Vox, vocalista do U2, tinha Iris (ela foi mencionada em diversas composições do início da banda irlandesa). Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente com o maior índice de aprovação de toda a história do Brasil, tinha dona Eurídice. Dr. Eduardo Caetano, advogado guarulhense com história impressionante de superação, tinha dona Maria, também conhecida como dona Moça, falecida em novembro de 2010, que, como ele mesmo gosta de ressaltar, era “lavadeira, mas com alma de guerreira”. Para que possamos entender a trajetória de Dr. Eduardo, voltemos no tempo (exatamente em 1969)... Ou, como preferir, façamos um raio-x sobre sua vida. Nascido em Ilhéus, Bahia, em família com poucos recursos financeiros, mas crente em Deus, mudou-se, ainda em seus primeiros anos de vida, para Salvador, capital baiana (mais precisamente para o bairro conhecido como Alagados... Se você já ouviu a música “Alagados”, da banda Os Paralamas do Sucesso, tem uma ideia de como é o local). Entretanto, após a visita de seu tio, Moisés, alguns aspectos inerentes à vida de sua família iriam mudar. “Ele estava a passeio em Salvador e, ao ver aquilo tudo, decidiu que deveríamos sair dali, por causa da precariedade e da miserabilidade inerentes àquela situação”, explicou. Já em Guarulhos (no Jardim Nova Cumbica), Caetano estudou no próprio bairro; e, aos 17 anos, começou o curso de Matemática, iniciando no ano seguinte, em uma universidade pública (USP), no curso de Processamento de Dados. Como estava concomitantemente em ambos os cursos, não havia muito tempo para descanso, ainda mais ao se levar em conta o fato de que ele tinha de trabalhar para custear seus próprios gastos e, também, ajudar nos gastos domésticos. Além disso, trabalhava na
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ALPHA RAIO-X
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área de processamento de dados de um banco, no turno da madrugada e, também, dava aulas de Matemática e de Física em dois cursinhos pré-vestibulares (nos dias em que ele não tinha aulas). “Eu trabalhava no banco no turno da madrugada e, quando conseguia finalizar o trabalho mais cedo, juntava uns 4 bancos (sem “braços”) e dormia até as 7 horas da manhã, para conseguir suportar o sono durante a aula”, explicou Dr. Eduardo, sobre seu cotidiano naquele período. A vida como advogado Como você pôde notar na primeira parte desta matéria, não foram feitas menções sobre Direito, apesar de o Dr. Eduardo Caetano ser, atualmente, um advogado bem sucedido... E isso tem uma explicação: até então, ele não havia considerado a possibilidade de ingressar na carreira advocatícia. No entanto, em uma dessas peças que a vida adora pregar em todos nós, o interesse pelo curso de Direito surgiu inesperadamente. “Um dia, ao conversar com um amigo, perguntei sobre como era o curso de Direito, e ele disse ‘Puxa, se eu fosse você, eu o faria’. Sempre gostei de escrever e, como dava aulas, as pessoas diziam que eu me comunicava bem (especialmente ao dar aulas de Matemática e de Física, que, por serem matérias bem complexas, tinha de fazer brincadeiras durante as aulas, para chamar a atenção dos alunos (risos)). Aí, comecei a fazer Direito e, logo depois que iniciei, no 3º ano, comecei o estágio com o professor da universidade em que estudava e, depois, fui ser assistente de um professor que também era juiz de direito”, explicou. Daí, meu amigo, foi um pulo (tudo bem, houve muito esforço e muita dedicação, para variar) para que ele conquistasse o êxito e para o reconhecimento profissional: especialização na Universidade da Pensilvânia (Law School), localizada nos EUA, na Universidade de Coimbra (Portugal), e, também, na Universidad Austral, em Buenos Aires (Argentina), sempre em Direito Internacional; além de ter feito pós-graduação e mestrado. Posteriormente, montou seu próprio escritório de Advocacia (hoje, comandado em parceria com Débora Caetano, sua esposa), no ano de 1997; e, em 2000, foi inaugurada a sede da banca jurídica, em amplo espaço. Atualmente, conforme o próprio advogado relatou, sua equipe conta com aproximadamente 40 integrantes, incluindo o setor administrativo, estagiários e, obviamente, os advogados do escritório.
Dona Moça e valores familiares A vida, conforme comentado pouco antes, adora nos pregar peças; no entanto, algumas delas são bem pesadas; ou melhor, são duros golpes, dos quais é difícil se recuperar. Com certeza, um dos mais doloridos, se não o maior deles, é perder aqueles que mais amamos; e foi o que aconteceu com Dr. Eduardo, em novembro de 2010... Exatamente com dona Moça. Como o próprio advogado relatou, ela estava bem até então, e tudo começou a se desencadear por meio de uma pneumonia. Também foi difícil não ficar emocionado ao ler o texto de despedida à própria mãe, escrito pelo próprio advogado endereçado aos seus colegas do escritório... Entre os trechos mais tocantes, pode ser destacada a narrativa sobre a chegada da família Caetano a Guarulhos (o pai e um dos irmãos vieram poucos dias antes de dona Moça, Dr. Eduardo e demais irmãos). “Apesar de não ter cursado faculdade, e com suas parca leitura, minha mãe sempre foi uma mulher muito sábia, pois nos ensinava a verdadeira vereda da justiça (a todos os filhos). Demonstrava, de forma muito sublime, que não era o ‘ganhar muito’ que deveria nos satisfazer; e sim aproveitarmos o que ganhávamos. Então, essa é a grande lição que ela sempre nos deixou. Para cada situação que passava, ela sempre tinha uma forma de nos consolar”, relatou o advogado, em tom mesclado de orgulho e consternação. Para seus filhos, ao seguir o legado de dona Moça, os exemplos e valores transmitidos são intrinsecamente ligados à ética e à verdade. “Sempre digo aos meus filhos para que sejam sempre homens honestos e verdadeiros; que jamais deverão se desarraigar da justiça, pois um homem pode viver com a falta de várias coisas, mas, jamais, poderá subsistir qualquer homem sem o princípio básico da justiça”, finalizou.
“Minha mãe era uma mulher sábia, sem ter sabedoria acadêmica! Essa é a Dona MOÇA, minha NOBRE MÃE, a quem agradeço a cada uma das conquistas que tive ao longo de minha vida.” ALPHA RAIO-X■
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superação
ENTRE A CARREIRA E A fAMÍlIA Laços familiares são, sim, mais intensos do que sonhos e objetivos de vida Por Amauri Eugênio Jr.
O
s laços familiares, independentemente de interesses, visões religioso-sociais e, até mesmo, ideologias diferentes entre os membros de cada família, estão intrinsecamente ligados à essência de todo e qualquer indivíduo. Não são raros casos de irmãos que, por mais que sejam diferentes entre si, os laços afetivos e morais são os mesmos, e falam mais alto em casos, digamos, extremos. Vamos a alguns exemplos: no filme italiano “Meu irmão é filho único”, os irmãos Accio (interpretado pelo ator Elio Germano) e Manrico (Riccardo Scamarcio) são extremamente diferentes, ao ponto de acreditarem, cada um, em ideologias antagônicas (um é uma espécie de alter ego do outro); no entanto, em momentos que se referiam à família, as diferenças entre os dois eram postas de lado por ideais comuns, inerentes aos seus parentes. Outro exemplo, que se refere à abnegação, em âmbito cinematográfico, vem do filme “Um ato de coragem” (“John Q”, na gringa), no qual o pai, ao se deparar com o veemente risco de perder seu filho, em virtude de uma rara doença cardíaca, toma uma decisão desesperada para salvá-lo. Analogicamente falando, foi o que ocorreu entre Jefferson Moura Campos, proprietário da empresa metalúrgica Usijeff, e seu filho, o advogado Jefferson Moura Campos Júnior. O início Jefferson Campos começou sua trajetória trabalhista aos 11 anos de idade, mais precisamente no ramo de usinagem, em virtude de dificuldades financeiras vividas durante a infância; e, aos 19 anos, já trabalhava por conta própria, além de ter sido convidado
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Fotos Lucas Dantas
Jefferson Campos fala sobre o ato do filho em salvar a família e a empresa
“Advoguei por 10 anos, e larguei a carreira advocatícia para vir à empresa do meu pai, para ajudá-lo, e fiquei por lá. Foi difícil ver o meu pai naquele estado e, como sou filho único, não havia como eu deixar a família acabar; e, por esse motivo, decidi ajudá-lo” Jefferson Moura Júnior, sobre o período em que o pai esteve em depressão
para ser sócio de empresas em seu ramo de atuação por diversas vezes e ter trabalhado como vendedor técnico até fundar a Usijeff, em meados dos anos 90. “O fornecimento [dos produtos fabricados pela Usijeff] era feito para a outra empresa do sócio [um de seus antigos clientes], mas outros clientes entraram em contato, para prestação de serviços”, explicou o empresário. Dificuldades financeiras e depressão Já diz um velho lugar-comum que a vida é feita por dificuldades; no entanto, em alguns casos, elas parecem intransponíveis e insuperáveis. Esse era o caso de Jefferson Moura. Com o passar do tempo, além do cansaço inerente ao período de atuação profissional, por assim dizer, começaram a surgir dificuldades, meramente consequências do crescimento da empresa que, como resultado, exigia mais gastos infraestruturais; no entanto, o “setembro negro” de 2008 trouxe consequências não muito boas à Usijeff e, é claro, para o próprio empresário. “A firma
continuou aberta à custa de muito sacrifício. Em fevereiro de 2009, começaram a surgir os sintomas de depressão, oriundas da pressão subjetiva para honrar compromissos relativos à empresa”, comentou Jefferson Moura Campos. Família e abnegação filial Pois bem, todo e qualquer indivíduo precisa (e, na maioria dos casos, tem) pessoas para apoiá-lo em situações difíceis, tanto em âmbito profissional como, principalmente, pessoal pois, de uma maneira ou de outra, ambos os aspectos estão intrinsecamente ligados entre si; e não foi diferente no caso de Jefferson Campos. Além de toda a sua família tê-lo apoiado, Júnior, seu filho, tomou uma decisão, para muitos radical, em favor do patriarca da família Moura Campos: ele havia deixado a carreira de advogado em segundo plano para auxiliar seu próprio pai em um dos momentos mais delicados. “Advoguei por 10 anos, e larguei a carreira advocatícia para
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superação vir à empresa do meu pai, para ajudá-lo, e fiquei por lá. Foi difícil ver o meu pai naquele estado e, como sou filho único, não havia como eu deixar a família acabar; e, por esse motivo, decidi ajudá-lo”, explicou o filho. Hoje Coincidência ou não, a ajuda (ou abnegação) do filho em prol do pai começou a surtir efeitos: a Usijeff, após ter sido direcionada para outro nicho de mercado, foi “ressuscitada”; e, após negociações de dívidas feitas com bancos, as pendências financeiras relativas à empresa foram todas sanadas. Assim como Júnior, o proprietário da Usijeff também tem sentimento profundo de gratidão aos seus empregados, que, nos momentos de dificuldades mais intensas na empresa, “abraçaram a causa” (conforme ressaltou o colaborador Ulisses Mariano
Filho) e lutaram pela continuidade dela; opinião também compartilhada por Carlos José Clementino (cujo filho, por sinal, trabalha como plainador na mesma empresa). “Aquele período foi marcado por dificuldades. Quando há dificuldades, um procura ajudar ao outro; e nos apoiamos em tudo. Damos a maior força que for possível, para não acontecer nada de errado. Se ela [a empresa] ‘quebra’, nós ‘quebramos’”, completou Carlos. Finalmente, para Júnior, a sua decisão de relegar sua carreira ao segundo plano para ajudar ao seu pai valeu a pena, obviamente. “Valeu a pena como experiência de vida. Aprendi bastante, em um ramo completamente diferente (do que eu vivia)”, finalizou. Serviço Usijeff Usinagens Ltda. Rua Sales de Oliveira, 35, Cumbica, Guarulhos/SP Tel.: (11) 2412.0295
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COOPERATIVA: UMA ALTERNATIVA Cooper Alternativa, união e cooperação que deram certo Por Amauri Eugênio Jr.
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Fotos Lucas Dantas e banco de imagens
om certeza, você já viu várias instituições com a denominação “Cooperativa”, sem contar os veículos de transporte de passageiros (as populares “lotações”) com adesivos em que estão desenhadas duas árvores (símbolo do cooperativismo). Além disso, você já deve ter ouvido falar (e muito) sobre cooperativas criadas em inúmeros segmentos comerciais: cooperativas de pescadores, de comerciantes, de bordadeiras e de catadores de lixo. Talvez você até tenha curiosidade de saber como elas funcionam. Pois bem, de maneira resumida, o cooperativismo consiste em união de pessoas que visam o bem comum e que atuam de forma solidária, igualitária, com justiça e ética (por meio de conceitos obviamente cooperativistas; ou seja, movimento econômico e social que visa atingir o bem comum e, consequentemente, promover reforma social dentro do regime capitalista).
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Essa teoria surgiu na Inglaterra em 1844, em plena revolução industrial, por meio da associação de 28 tecelões no bairro Rochdale, em Manchester (Inglaterra). Vale citar que, durante aquele período, as condições de trabalhos oferecidas aos empregados eram extremamente desfavoráveis; e, por esse motivo, o grupo decidiu se reunir, em caráter cooperativista. Logo no primeiro ano, os resultados dessa associação foram significativamente positivos; e esse formato de união societária passou a inspirar outras associações nesses moldes. Para se ter uma ideia, já havia cerca de 1000 sociedades cooperativistas e aproximadamente 550 mil cooperantes. Por aqui, o conceito cooperativista chegou aos nossos portos em 1847, por meio da fundação da colônia Tereza Cristina, no Estado do Paraná, organizada em bases cooperativistas, pelo mé-
dico francês Jean Maurice Faivre. Vale ressaltar que essa iniciativa serviu como base para a formação do até então desconhecido (e em expansão) cooperativismo em território nacional. É exatamente esse o conceito inerente à Cooper Alternativa, instituição formada por transportadores alternativos que trabalham por meio de licitações feitas pela Prefeitura de Guarulhos. Seu corpo diretor é formado por Trajano dos Santos Pereira, presidente; Arnaldo Bonadi, tesoureiro; e Eisenhower Cursino, presidente do conselho da instituição. A cooperativa foi criada em 2006, para gerenciar o sistema de bilhetagem eletrônica municipal; no entanto, a Secretaria de Transportes não a autorizou fazê-lo, “pois havia 4 cooperativas que faziam esse tipo de serviço”, explicou Cursino. “Assim [após a negativa sobre o bilhete eletrônico], a Cooper Alternativa começou a participar de licitações. A primeira ganha foi a da Proguaru”, completou o presidente do conselho da cooperativa. Vale mencionar, também, que a Lei 12.349/10 (MPV 495/10) modificou a lei das licitações (8.666/93) e, assim, foi assegurada a participação das sociedades cooperativas em processos licitatórios. O presidente do conselho da Cooper Alternativa explicou que a participação da cooperativa em licitações, uma vez vencida,
assume características de terceirização de serviços perante à prefeitura. “O órgão público se isenta de manutenção [de veículos e de maquinário], de vínculo trabalhista e de outros aspectos; e a prefeitura gasta menos com isso. Logo, ganha [a licitação] a instituição que oferecer o menor preço [à prefeitura durante esse processo]. Pelo fato de a Cooper Alternativa ser uma cooperativa, ela tem situação diferenciada [nesse processo] e, de acordo com a Lei 8.666/93, produtos são oferecidos 15% mais baratos à instituição”, completou Cursino, sobre o processo licitatório, em relação às cooperativas, em âmbito global. O aspecto diferencial da Cooper Alternativa (e das cooperativas, de modo geral) está justamente no fato de ser oferecido “subsídio” a ela(s) no processo de compras de quaisquer produtos. “O diferencial está em adquirir peças mais baratas. Tudo o que for feito no cooperativismo fica mais barato; ou seja, você trabalha mais barato para ter itens mais baratos”, finalizou Eisenhower Cursino. Serviço Cooper Alternativa R. Morro Agudo, 26 - sala 21, Bom Clima, Guarulhos/SP Tel.: (11) 2087.3226
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destaque
CERCANDO VALORES
Multigrade, trabalhando para a segurança e estética do ambiente Por Amauri Eugênio Jr.
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Fotos Lucas Dantas e Stefane Senne (Pinacoteca)
ma das instituições simbólicas (e silenciosas, por que não?) nacionais são as residências, condomínios, empresas cercadas, especialmente por muros e grades. Também é notório que um dos pilares da sociedade capitalista, marcada pela propriedade privada, é a proteção de seu patrimônio; logo, grades são mais do que necessárias (isso denuncia uma série de problemas socioculturais crônicos, mas isso fica para depois). Com certeza, você também já reparou em grades que cercam escolas, fábricas, shoppings, museus; que delimitam a área de estações de metrô, ou que servem como “forro” para tetos de locais em que há intenso trânsito de pessoas como, por exemplo, na Pi-
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nacoteca do Estado de São Paulo... Sem contar as grades usadas como pavimento, é claro. Logo, é óbvio dizer que elas vêm sendo maciçamente usadas na construção civil. Pois bem, essas grades são produzidas pela Multigrade, empresa localizada em Guarulhos (mais precisamente no pólo industrial do município, em Cumbica). De acordo com José Carlos Thomaz de Medeiros, gerente da Multigrade, sua criação ocorreu após ter saído de uma empresa do ramo de manufatura de grades. “Estava há 35 anos em uma empresa deste segmento e, quando saí, decidi montar a própria fábrica de grades”, explicou. “O produto fabricado aqui é mais um tipo
de grade que existe no mercado, mas é de um tipo leve, com custo x benefício que seja benéfico ao comprador”, completou. A confecção das grades consiste, basicamente, por meio de processo de soldagem (popularmente conhecido como MIG-MAG, em que, resumidamente falando, ocorre a fusão do material que irá compô-la, a gás); e ela resulta na produção de peças que, em essência, não têm diferenças significativas, mas, em virtude de suas respectivas destinações, têm especificações peculiares, inerentes à utilidade de cada uma. “São produzidos pisos para plataformas, e gradil para fechamento de áreas; além de elementos vazados (grade veneziana) e forros de teto [da Pinacoteca, por exemplo]. Não há diferença significativa (entre forros e grades de fechamento). No final das contas, todas são grades”, comentou o gerente da Multigrade. Logo no início desta matéria, um dos aspectos mencionados foi em relação à venda das grades para inúmeros setores da construção civil; no entanto, a produção dos gradis também é direcionada à arquitetura, com finalidade decorativa, em âmbito externo. Em longo prazo, assim como todo e qualquer empreendedor, os planos de crescimento esperados por José Carlos Thomaz de Medeiros são proeminentes, para passar a atender mais clientes. “A meta da Multigrade é de, nos próximos 2 anos, estar com processo mais automatizado, o que possibilita atender nicho maior de mercado. Ou seja, simplesmente, aumentar a infraestrutura para atender ao maior número possível de clientes”, finalizou Medeiros. Serviço Multigrade Av. Nova Cumbica, 1369, Jd. Nova Cumbica, Guarulhos/SP Tel.: (11) 2085.2240 www.multgrade.com.br
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crescimento
VALORES DE CASA
Aumento de empreendimentos imobiliários é um dos sinais do crescimento de Guarulhos Por Amauri Eugênio Jr.
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ma das maneiras para ver que determinada cidade está crescendo pode ser vista, literalmente, de cima (ou para cima, dependendo de onde você estiver). Pois bem, é possível percebê-lo a partir do aumento de prédios, que podem ser tanto residenciais, comerciais ou hotéis; logo, a partir do momento em que o céu é, digamos, “arranhado”, pode-se ver um dos signos do crescimento urbano. Tudo bem, isso não quer dizer que seja, de fato, desenvolvimento urbano, pois têm de ser levados em conta aspectos como trânsito, transportes, segurança pública, saúde, cultura, educação; ou seja, todos os direitos básicos inerentes a todo e qualquer cidadão são considerados para estabelecer que uma cidade esteja, de fato, urbanisticamente desenvolvida. Para se ter uma ideia, Montreal, uma das principais cidades canadenses, teve de passar por uma série de reformas estruturais para ser desenvolvida urbanisticamente; e São Paulo, a maior cidade brasileira em termos demográficos e econômi-
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Foto Lucas Dantas
cos, carece de soluções básicas para ser um lugar com níveis plenos de desenvolvimento urbano: são nítidos os problemas de infraestrutura - habitação, trânsito, segurança; ou seja, o que havia sido explicado há pouco. Quer um exemplo para entender isso tudo um pouco melhor? Pois bem, você sabe por que o MASP (Museu de Arte de São Paulo) foi erguido sobre quatro pilares, que compõem o mítico “vão livre”? Vamos lá: o proprietário do terreno onde o museu foi erguido era Assis Chateaubriand (sim, o homem que, entre outros feitos, trouxe a televisão ao Brasil, e sobre quem seria feito um filme – “Chatô, o rei do Brasil”–, mas, mesmo após a liberação da verba para realizá-lo, o projeto nunca saiu do papel); e ele fazia questão de não “perder” a vista que tinha daquele terreno. Logo, para que seu desejo fosse atendido, os idealizadores da obra criaram o “vão livre”; no entanto, essa tática não deu muito certo, graças ao crescimento urbano desordenado e à construção de vários prédios. Quem já foi até lá entendeu aonde eu quero chegar.
Fatores econômicos Entretanto, apesar de haver uma série de problemas a serem remediados, para que o desenvolvimento urbano seja atingido em sua plenitude, uma coisa é fato: habitacionalmente falando, Guarulhos está crescendo (vertiginosamente, até): por exemplo, o município recebeu R$ 724 milhões em crédito imobiliário da Caixa Econômica Federal no último ano (o que totaliza o número de 9270 contratos assinados para a aquisição de imóveis); sem contar os inúmeros condomínios em fase de construção e a chegada de redes de hotéis por estas bandas (Caesar, Slavieiro... E por aí vai). Também contribui para isso o fato de o município estar entre as 10 maiores economias do país, além de possuir o 3º maior aeroporto da América Latina e de ser cortado por três das principais rodovias do território nacional. Essa opinião é compartilhada por João Crestana, presidente do Secovi (Sindicado da Habitação) São Paulo, em relação aos fatores que tornam Guarulhos, economicamente falando, um dos municípios mais importantes do Estado e do país. “Fatores urbanísticos e econômicos favoráveis estimulam o crescimento do mercado imobiliário; e Guarulhos está próxima à Capital, tem rodovias importantes e público consumidor, que trabalha na região e possui capacidade para comprar imóveis”, ressaltou. Outro fator que está intrinsecamente ligado ao crescimento imobiliário é o crescimento econômico (que, vale sempre
ressaltar, é diferente de desenvolvimento econômico). Para se ter uma ideia, a organização socioeconômica nacional, simplificadamente falando, deixou de ser classificada como uma “pirâmide” e tornou-se um “losango”, pelo fato de, atualmente, haver 101 milhões de brasileiros na classe C (o que representam aproximadamente 53% da população nacional”). De acordo com Crestena, esse é um dos principais fatores inerentes ao crescimento habitacional, apesar de ter ressaltado que “a infraestrutura urbana tem de acompanhar esse movimento”. “O crescimento econômico permite que haja maior mobilidade social, com ampliação da renda das famílias e aumento do poder de consumo, o que resulta em melhorias do padrão de vida. Com estrutura econômica sólida e favorável, pessoas com renda maior passam a ter o poder de compra ampliado”, explicou o presidente do Secovi São Paulo. Ainda sobre a “nova” classe C (ou “fiel da balança”, se preferir), é para ela que a maioria dos empreendimentos imobiliários está voltada, justamente pelo aumento de seu poder de consumo, além de subsídios oferecidos por órgãos governamentais, em termos habitacionais. “Hoje, o mercado imobiliário está voltado para atender amplamente a nova classe C, que busca imóveis de até R$ 170 mil, cujos membros estão [cadastrados] no programa Minha Casa, Minha Vida”, finalizou João Crestena.
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SUVS NA ESTRADA
Carros com características urbanas quanto “estradeiras” são ideais para passeios em família Por Amauri Eugênio Jr.
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m dos programas preferidos pelos filhos, ao menos durante a infância, é viajar com os pais, seja para a praia, para o interior ou, até mesmo, para dar uma volta no quarteirão do bairro em que moram. Em contrapartida, um dos motivos de realização, por parte dos pais, é levar a família inteira para um passeio com todos os filhos, para estreitar os laços familiares, por exemplo. Isso pode resultar em histórias deliciosamente engraçadas, como a maioria dos causos familiares o são. Carlos de Castro, médico, certa vez comprou uma daquelas vans (isso mesmo, aquelas usadas para transporte de passageiros), em meados dos anos 90, justamente para levar consigo os filhos, então adolescentes, além de seus respectivos namorados. Diga-se de passagem, não foram raras abordagens para embarque, assim como acontece com veículos de transporte de passageiros (vulgo “lotação”). Enfim, este nariz-de-cera (jargão jornalístico que designa introdução de matéria antes de se chegar ao objeto dela) serviu para falar sobre a ligação dos SUVs com a família. Pois bem, vamos, em primeiro lugar, ao conceito desse tipo de veículo que, atualmente, é o sonho de consumo de diversos pais de famílias Brasil adentro, assim como mundialmente. SUV é uma sigla para Sport Utility Vehicle (“Veículo Esportivo Utilitário”, em tradução livre), e sintetiza o conceito inerente a ele: vai bem tanto no perímetro urbano quanto na estrada, não importando o terreno (asfalto ou aquele terreno acidentado, digno do Rally dos Sertões). Além disso, em virtude do tamanho, intrinsecamente ligado ao seu conceito, ele é ideal para famílias grandes (3 filhos, em média). Vamos seguir o exemplo de Jack Kerouac, autor de “On the Road”, colocar o pé na estrada e conhecer alguns dos novos modelos do segmento de SUVs?
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Fotos Divulgação
Honda CR-V Design, robustez, modernidade. Estas são algumas das características do Honda CR-V que, após mudanças em seu layout, o modelo ficou com linhas mais elegantes e, simultaneamente, esportivas (especialmente na parte da frente, pois o seu capô foi redesenhado). A nova versão do CR-V (EXL) ganhou sistema de áudio para conexão USB (logo, você poderá conectar o seu mp3 ou o iPod em seu próprio carro), além de possuir sistema CD changer para 6 discos. Outro diferencial é o ar-condicionado automático digital dual zone, que possibilita ajustes de temperatura para o motorista e para os passageiros separadamente. Além disso, o veículo foi projetado para viagens de longa distância, assim como para passeios pelo campo e para (o trânsito caótico dos grandes) os centros urbanos. Para se ter uma ideia, o motor de 2.0l, 4 cilindros e 16 válvulas SOHC iVTEC possibilitam o desenvolvimento de 150 cv de potência a 6.200 rpm e torque de 19,4 kgf.m, a 4.200rpm. Também merece menção a transmissão automática do CRV, por meio da tecnologia Grade Logic Control, que auxilia na mudança de marchas, além de identificar automaticamente a situação na qual o veículo se encontra (seja numa subida, num declive ou em via plana), determina qual a melhor marcha a ser utilizada e, assim, evita alterações desnecessárias de marchas. Vale mencionar a tração 4WD Real Time, acionada automaticamente quando for necessária maior tração e aderência, em casos de terrenos escorregadios e acidentados (o que melhora o desempenho do veículo, assim como o consumo de combustível), além de ser desativado instantaneamente, conforme houver frenagens. Obviamente, o Honda CR-V possui freios ABS (que, como você já deve saber, evita o travamento das rodas) e sistema EBD (Electronic Brake Distribution, ou Distribuição Eletrônica de Frenagem), que, como o próprio nome sugere, distribui igualmente a força de frenagem do carro entre as quatro rodas. A versão EXL também possui o VSA (Vehicle Stability Assist), que auxilia o controle de estabilidade do veículo, além de ter brake-light e parachoques com refletores, o que aumenta a visibilidade noturna do carro. Pois bem, o CR-V tem garantia de 3 anos, independentemente da quilometragem, e a versão EXL 4WD vale, em média, R$102.910,00.
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Toyota SW4 As características do Toyota SW4 são, simultaneamente, força e elegância; além da conciliação entre agilidade e potencial familiar. Não entendeu? Vamos lá: ele pode encarar tanto os terrenos mais difíceis para tráfego quanto pode fazer viagens de longa distância, com toda a família... Além de poder encarar o trânsito caótico dos grandes centros urbanos, é claro. Para se ter uma ideia, um estudo elaborado pela própria Toyota detectou que os potenciais clientes desse modelo são pessoas que valorizam desempenho maximizado e que precisam de veículo com essência familiar. O Toyota SW4 possui duas versões, com motores ou a gasolina (DOHC V6 4.0l 24v WT-i, que gera 238cv de potência a 5.200rpm, com torque de 38,3 kgf.m, a 3.200 giros, com comandos de válvula com abertura variável inteligente WT-i, que maximiza o desempenho do carro, assim como coletor de energia variável, que garante maior torque e níveis menores de emissão de poluentes) ou a diesel (que combina injeção direta/eletrônica com o sistema common rail, que resulta em baixo desempenho, baixo consumo de combustível e baixos níveis de ruído e de vibração). Uma das principais características do SW4 é justamente a terceira fileira de bancos, o que resulta na capacidade de transporte de 7 passageiros; no entanto, os assentos da terceira fileira, localizados originalmente na região do
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porta-malas, podem ser dobrados sem quaisquer inconvenientes, o que comprova a versatilidade do utilitário. Além disso, todos os 7 assentos têm disponíveis cintos de segurança de três pontos; e, na versão diesel, há saída do ar condicionado acoplada ao teto, que garante climatização uniforme dentro do veículo (e, de quebra, os controles de saída do ar condicionado são individualizados nas fileiras posteriores). O SW4 também possui CD player (mp3) com CD changer, freios ABS, direção hidráulica progressiva, air bag duplo, computador de bordo com funções para análises de temperatura externa, consumo médio e instantâneo de combustível, tempo de viagem, velocidade média, autonomia e bússola; assim como estão disponíveis no modelo ar condicionado com fotossensores, ajuste elétrico do banco do motorista, comandos do rádio e do computador de bordo no volante, retrovisor interno eletrocrômico e controle de velocidade de cruzeiro. Outro aspecto a ser ressaltado é a suspensão independente nas quatro rodas (as suspensões traseiras são do tipo 4link, o que possibilita máximo conforto em qualquer tipo de terreno). Vale destacar que ele poderá ser encontrado, em média, por R$94.000,00.
Mitsubishi Pajero TR4 Flex Poucos carros parecem se adaptar tão bem ao rally do cotidiano como o Mitsubishi Pajero TR4 Flex. Seja no caótico trânsito dos grandes centros urbanos, nos terrenos acidentados de regiões afastadas, ou em longas viagens nas estradas por aí. Sua distância em relação ao solo (precisamente 21,5cm) é ideal para passar por valetas, lombadas e por enchentes (infelizmente, graças a problemas crônicos em vias públicas, isso se torna cada vez mais necessário). O motor do Pajero TR4, o primeiro veículo flex do segmento 4x4 disponível no mercado, tem motor de 2l, com 16v HCR, o que possibilita tomadas ágeis de velocidade (sem contar a injeção eletrônica multiponto sequencial). O raio de giro do volante é de 5,2m, o que facilita muito a execução de manobras (inclusive no que diz respeito ao estacionamento do carro); a aderência 4x4 inerente ao TR4 faz com que o carro “fique grudado” ao solo, além do design moderno e das rodas aro 17. O sistema de áudio do veículo é Double D, que vem acompanhado de CD e mp3 player, assim como com entrada USB para aparelhos de mp3 e iPod, por exemplo. Outro diferencial do Pajero TR4 é o sistema Bluetooth,
que também garante mais segurança e comodidade ao atender ligações, por meio de seu celular. O sistema de tração super select possibilita uma série de opções de trações, de acordo com a necessidade do motorista ou com a dificuldade do terreno em questão. A tração 4x2 é ideal para o tráfego na cidade e no campo; ao passo em que a 4x4 WD contínua é perfeita para o asfalto molhado ou para a lama. No caso da tração 4x4 locked, sua finalidade é voltada para maior controle em pistas de terra ou com cascalho (as três primeiras opções de tração podem ser selecionadas com o carro em movimento, com velocidade até 100km/h). A tração 4x4 reduzida, por sua vez, demanda força e versatilidade em terrenos muito lamacentos ou em rampas; no entanto, ela somente poderá ser selecionada com o carro parado. Além disso, o Mitsubishi Pajero TR4 é equipado com duplo air bag, tem freios ABS com sistema EDB, que evita o travamento das rodas e, simultaneamente, distribui igualmente a energia da frenagem entre as 4 rodas. Não obstante, ele possui estrutura monocoque com chassi integrado, o que proporciona ainda mais segurança ao veículo. O seu valor médio está em torno de R$75.000,00.
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auto Suzuki Grand Vitara O carro que você pode deixar com “a sua cara” (ou melhor, do seu jeito), e que é recomendável para toda a família. Este é o Suzuki Grand Vitara 2011. Logo de cara, pode ser destacado o computador de bordo com até 11 funções, assim como luzes de cortesia de portamalas, de leitura individual, de teto e de ignição iluminada. O ar condicionado, automático e digital, vem com filtro de pólen; e, ainda em termos de conforto, está disponível o braço central deslizante, com porta-copos para os ocupantes do banco traseiro. Falando em bancos, o design inteligente possibilita regulagem de altura no banco do motoris-
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ta e bancos traseiros com encosto reclinável, em 7 posições (rebatíveis, o que possibilita aumentar o espaço de 1000l para 2000l)... Além dos 15 porta-objetos espalhados estrategicamente pelo carro, é claro. O motor, movido a gasolina e com 4 cilindros, foi construído em alumínio com 16V e 140cv de potência DOHC, com coletor de admissão variável; e a transmissão pode ser manual, com 5 marchas, ou automática, com 4 velocidades com gerenciador eletrônico e tecla Power. Também é obrigatório falar sobre o sistema de trações da Suzuki Grand Vitara. A 4x4 tem nos seguintes estágios: 4x4 integral reduzida (tração 4-mode), 4h (4x4 integral, que possibilita maior conforto e segurança no asfalto), 4h lock (com bloqueio diferencial central, com mudança de 4h para 4h LOC até 100km/h, ideal para pisos de baixa aderência, como lama e neve), 4l lock (com bloqueio diferencial central e reduzida, recomendável para situações off road extremas). Também está disponível a versão 4x2. Em termos de segurança, é obrigatório citar a célula de segurança, projetada em carroceria monobloco com chassi incorporado que, em caso de impactos, absorve-o e proporciona mais segurança aos passageiros; assim como os freios (com sistemas ABS, EDB e BAS, que garantem força máxima no pedal durante a frenagem, o que auxilia o motorista durante freadas emergenciais). Não obstante, a suspensão é independente nas 4 rodas e, internamente, o sistema isofix auxilia na fixação de assentos infantis na parte traseira do veículo. Finalmente, as barras de proteção lateral aumentam a segurança dos passageiros em casos de colisões laterais. A versão 2.0, de 142 cv, é encontrada por R$83.090,00; a 2.0 automática custa R$87.090,00; e a 3.2 V6, R$114.900,00.
Hyundai Veracruz Imagine um carro construído com todos os detalhes (até mesmo aqueles imperceptíveis para “leigos”) analisados e aperfeiçoados, além de ter sido projetado a partir da maximização da performance e do manuseio. Pois bem, este carro é o Hyundai Veracruz. O motor do Veracruz, na versão GLS 4WD é de 3,8 litros com 6 cilindros em V DOCH e 27cv (4.500rpm), injeção MPFI, VIS (coletor de admissão variável) e CVVT (Comando de Válvulas Variável); além de acelerador eletrônico e escapamento com dupla saída. A tração do veículo é controlada eletronicamente por demanda nas 4 rodas, acionada manualmente por bloqueio do diferencial central (4WD lock); e os freios são a disco, com sistemas ABS e EBD. Sem contar que a suspensão dianteira é independente tipo MacPherson e a traseira independente multi-link, com molas heliocoidais (e amor-
tecedores pressurizados a gás de ação dupla). Alguns dos outros equipamentos são o key less (tecnologia na qual tanto a abertura do carro quanto a sua ignição são feitas sem a utilização da chave), desembaçador e limpador traseiro, limpador de parabrisas com sensor de chuva e temporizador, consoles centrais dianteiros com tomadas de 12v, iluminação para leitura; e, também, 7 assentos (tanto os da 2ª quanto os da 3ª fileiras são rebatíveis), 10 air bags e célula de sobrevivência. Outros destaques do Veracruz são o CD player (com capacidade para 6 CDs); ar-condicionado automático, digital, dual dianteiro e com controle independente traseiro, com filtro anti-pólem e AQCS (Sistema de Controle de Qualidade do Ar). O valor estimado do Hyundai Veracruz GLS 4WD é de R$138.333,00.
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auto Volkswagen Touareg Touareg. Grupo étnico que vive na região do Saara; logo, está mais do que adaptado a condições inóspitas. Nome apropriado para um carro que é feito para andar tanto nas megalópoles quanto em terrenos mais do que acidentados, não? Pois bem, algumas curiosidades sobre o VW Touareg: ele foi bi-campeão das duas últimas edições do Rali Dacar (disputado na América do Sul): em 2010, com o espanhol Carlos Sainz no comando; e, neste ano, com o príncipe do Qatar, Nasser Al-Attiyah. Agora, vamos ao que interessa: ao carro, propriamente dito. O Touareg conta com os sistemas 4-Motion (com tração permanente nas 4 rodas), ABSplus, projetado para reduzir o tempo e o espaço de frenagem, EDB, ESP e EDS (criado para o bloqueio do diferencial, em caráter eletrônico). Também merecem menções honrosas os sensores de chuva e de estacionamento (dianteiro e traseiro), sistema de controle individual de pressão dos pneus, e a suspensão pneumática com regulagem de altura. Outros aspectos inerentes ao Touareg que podem ser destacados são os descansos de braço (tanto dianteiros quanto traseiros), o ar-condicionado de 2 zonas, os bancos dianteiros com ajuste elétrico e aquecíveis, o travamento elétrico e o acionamento de alarmes com sistema keyless, volante de direção multifuncional em couro (rádio, piloto automático e display multifuncional), e CD player com 10 alto-falantes. Além disso, o motor é 3.6l V6 FSI 280cv, movido a gasolina. O valor médio do VW Touareg está em torno de R$61.000,00.
Kia Sportage Carro de marca coreana, mas com alma alemã. Camarada leitor, conheça o Kia Sportage (de acordo com a revista Autoesporte, da Editora Globo, o “Carro do ano” de 2010). De modo geral, a versão do Sportage que aportou no Brasil virá com motor 2.0 16v, 166cv e 20,1kgm.f de torque (movido a gasolina); e, entre os itens de série, estão inclusos airbag duplo frontal, rack de teto, freios ABS com EDB, CD player com leitor de mp3 e computador de bordo. Além disso, também merecem destaque o ar-condicionado, o trio elétrico, o sensor de estacionamento (extremamente útil nos grandes centros urbanos, diga-se de passa-
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gem), controle remoto das portas, acendedor automático de faróis e direção elétrica. O design do utilitário foi criado pelo alemão Peter Schreyer (entendeu por que ele é um carro coreano com alma alemã?); e, entre as principais alterações do veículo, em sua 3ª geração, em relação aos modelos anteriores, é a frente com grade “boca de tigre”, com faróis afilados e detalhes cromados. Também vale ressaltar que a traseira, mais arredondada, lembra outros veículos alemães, como, por exemplo, os da Audi e da Volkswagen. O valor da versão EX P, com todos os itens opcionais, será, em média, de R$106.400,00.
2011 Grand Cherokee Um clássico de cara nova. Épico e atemporal, mas com estilo contemporâneo. Pois bem, estas podem ser algumas das descrições sobre a quarta geração da Grand Cherokee, da Jeep. A começar, abordemos o layout deste SUV: esportividade e elegância maximizadas, com tecnologia de última geração, o que também demonstra a versatilidade do utilitário (elegância no perímetro urbano, robustez em terrenos acidentados). Vale a pena mencionar o ar condicionado automático e digital, com 2 quadrantes, sistema de som MyGIG (30Gb, subwoofer, alto-falantes, matrix surround sound), computador de bordo programável, bancos dianteiros com ajuste elétrico em 8 direções, inclusive com ajuste lombar e aquecimento para bancos dianteiros e traseiros. Além disso, também está disponível sistema Parksense, voltado para auxílio em estacionamentos, localizado tanto na frente quanto na parte traseira do veículo; e a 2011 Grand Cherokee também vem com o programa ESP (Programa Eletrônico de Estabilidade) que, como a própria nomenclatura sugere, aumenta a estabilidade na condução do veículo. O motor, nas versões Limited e Laredo, está disponível na versão 3.6l V6, com 3604 cilindradas (com potência máxima de 286 cavalos), e câmbio automático de 5 marchas. Você pode encontrar o 2011 Grand Cherokee a partir de R$154.900,00.
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dois pontos
VALOR LEGAL
Dr. Airton Trevisan, ex-presidente da OAb Guarulhos, fala sobre ética na profissão e na vida Por Amauri Eugênio Jr.
N
ão importam as circunstâncias, as pessoas envolvidas, ou quaisquer outros fatores: valores éticos (entenda-se por ética a maneira como você se relaciona com os valores e padrões estabelecidos pela sociedade na qual um indivíduo está inserido) têm de ser respeitados, especialmente em relação a outros indivíduos (para que eles não sejam prejudicados, tanto moral quanto fisicamente). Tais valores podem ser um tanto subjetivos, é verdade, mas, em suma, aquelas regras sociais estabelecidas tanto na Constituição Federal quanto na Declaração Universal dos Direitos Humanos, da ONU, têm de ser respeitadas à risca. Subjetivamente falando, esses valores, somados à ideologia inerente a cada um, têm de ser seguidos, mesmo que seja dissonante em relação à opinião pública (no entanto, ela não é necessariamente a voz da sociedade, de modo geral). Isso pode parecer contraditório, mas você vai entender logo: por exemplo, no filme “Uma lição de amor” (“I am Sam”, nos EUA), Sam Dawson (personagem de Sean Penn) corre sério risco de perder a guarda da filha (interpretada pela então pequena Dakota Fanning), pelo fato de ele ter deficiência mental; entretanto, a advogada
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Foto Lucas Dantas
Rita Harrison Williams (Michelle Pfeifer) decide defender Dawson, tanto pelo fato de o caso em questão ser difícil quanto por valores inerentes ao ser dela. Pois bem, Dr. Airton Trevisan, advogado há 27 anos e ex-presidente da OAB Guarulhos por dois mandatos e vice-presidente por um, em entrevista à revista Alpha, fala sobre valores pessoais, em âmbitos profissional e pessoal. Boa leitura. AP: Como você classifica a época em que você esteve na presidência da OAB? AT: A época em que estive à frente da OAB foi bastante enriquecedora. Uma coisa é ser advogado das causas dos clientes; outra coisa é ser advogado de outros advogados e da sociedade civil. A OAB não cuida somente da relação dos advogados com as organizações instituídas, mas representá-la perante a outros órgãos e esferas civis. De modo geral, foi um período muito bom e enriquecedor. Este período também foi bom para que eu pudesse conhecer as relações do poder, bem como a forma que são tratadas as questões relacionadas aos direitos humanos e ao meio ambiente. Enquanto há instituições que cuidam exclusivamente de regulamentar e fiscalizar o exercício de uma profissão, a OAB representa, em primeiro lugar, os interesses sociais (tais como o meio ambiente, os direitos humanos, o respeito à Constituição) e, posterirormente, a regulamentação e fiscalização dos advogados; e tudo isso enriquece, em âmbito pessoal. Logo, você sai do casulo (em relação à vida, em âmbitos pessoal e familiar), e se dedica às questões pessoais (socialmente falando), de modo geral. Vários foram os projetos criados pela OAB perante a sociedade e perante aos advogados (foi possível estabelecer a criação de outra relação, mais respeitosa entre os advogados e outros ‘atores’ do executivo, legislativo e do judiciário; assim como o estabelecimento de melhores condições de trabalho e de estrutura para os advogados); para a sociedade (como, por exemplo, o projeto “OAB vai à escola”, criado com o objetivo de se falar sobre Direito nas escolas públicas; além de propiciar a interação social com autoridades policiais e exercer certo controle para não ocorrerem desvios nessas instituições, para coibir o abuso de poder, por exemplo). Há muitos anos, dentro da PM [Polícia Militar], havia grupo de extermínio formado por (maus) policiais; e, conforme foi assumida outra relação com autoridades desta
classe, houve redução dos casos relacionados a abusos de poder. É importante sempre termos em mente a separação entre as pessoas e as Instituições que elas representam, ou seja, o fato de haver um mau policial não implica em que seja má a Instituição que ele representa, assim como o fato de haver um mau advogado não implica em ser má toda a classe. AP: Como você vê a criação da Comissão da Verdade? AT: Eu sou contrário à criação da Comissão da Verdade, pois houve anistia, em caráter bilateral e em âmbito nacional. Se ela for criada com a finalidade de se descobrirem paradeiros de desaparecidos (durante o Regime Militar), a sua criação é válida. É bom lembrar que a a força que se opunha à ditadura e pegou em armas para fazê-lo também cometeu crimes; e eles ocorreram em caráter bilateral (um segmento - o Regime Militar - para defender o status quo inerente ao governo; do outro lado, a luta armada, que se valia desses artifícios para combater a ditadura). Os abusos foram cometidos de ambos os lados, tal qual em uma guerra. A ditadura acabou, e o Brasil precisa encontrar o caminho de paz. A Comissão da Verdade, se tiver como finalidade descobrir os paradeiros de desaparecidos daquele período, é válida, pois esse é um direito inalienável dos parentes; no entanto, ao julgar os culpados daquele período, a anistia deveria ser revogada e, então, serem julgados os culpados de ambos os lados. AP: Como valores pessoais (subjetivos) podem ajudar ao indivíduo a não tomar decisões eticamente questionáveis, em casos nos quais sua conduta será, moralmente falando, posta à prova? AT: Para que não ocorram desvios de conduta. Os valores pessoais são fundamentais para que as pessoas tenham valores éticos médios. Toda pessoa se acha portadora de bom senso e, a partir dele, age como bem entender. Dessa maneira, a construção ética de uma personalidade pode ajudar a um indivíduo a não cometer abusos ou desvios éticos. Por exemplo, ao ser realizada a defesa de criminoso, defende-se que a pessoa tenha condenação justa pelo crime cometido; logo, isso diz respeito à legalidade das coisas. Isso transparece que o advogado tem valor ético e, assim, defende a pena justa. É necessário que se tenha formação justa para que o indivíduo não se deixe levar por aspectos e valores duvidosos.
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dois pontos AP: Você citou o princípio de defesa para que o criminoso receba pena justa. Recentemente, quanto ao caso do motorista que atropelou um grupo de ciclistas em Porto Alegre, um estudante de Direito pediu Habeas Corpus para ele, ao se basear na presunção de inocência. Como essa atitude pode ser interpretada? AT: O conceito de presunção de inocência é aplicado em favor de qualquer pessoa, até em prova em contrário. O motorista, deliberadamente, atropelou os ciclistas. O estudante de Direito não está errado. Pode ficar provado que ele estava fugindo de alguém; ou que era mentira (neste caso, especificamente, o motorista atropelou, de fato, os ciclistas). A questão de fundo é a seguinte: todos têm direito à defesa, mas para que possam ser absolvidos justamente. O clamor popular não é um bom conselheiro. Pessoas têm direito a julgamento justo pois, se ela tiver de ser condenada a 12 anos, não pode ser condenada a 13 anos, por exemplo. Na dúvida, pode haver absolvição.
AP: Em algum caso que, por exemplo, for conflitante com suas crenças ideológicas e morais, mas, por algum motivo você estiver inserido no contexto em questão, o que fazer para não trair a si mesmo? AT: É necessário pesar o que é mais importante no momento em questão. Nos deparamos com situações em que valores pessoais são questionados. Aprendemos e praticamos que não se pode matar, mas como agir com ameaças de morte a nós e aos nossos filhos? Como fazer? É necessário pesar em favor ao que for menos pesado ao consciente mas, também, pesar aos valores inerentes a nós. AP: Você já vivenciou algum fato conflitante com os valores inerentes ao seu ser? O que você fez para lidar com eles? AT: Enquanto advogado, você se depara com a questão dos valores pessoais e dos valores que são representados (nem sempre se está no lado eticamente correto). Enquanto solucionador de conflitos, procuro ao máximo fazer com que aquele conflito se resolva, tenha fim e, junto com ele, tenham fim os meus conflitos internos. É necessário que seja tomada a decisão mais justa em conflitos. Caso houvesse decisões ofensivas a valores inerentes a mim, eu me retiraria e não iria ferir os meus valores.
AP: Os livros “1984” (de George Orwell) e “Admirável mundo novo” (de Aldous Huxley) abordam sociedades nas quais valores morais são colocados em segundo plano, e pessoas que tentam viver de acordo com suas crenças e ideologias, diferentes das estabelecidas pelo senso comum, não são vistas com bons olhos. Analogicamente falando, fatos como AP: Para você, quais são os valores mais importantes a seesse ocorrem com qual frequência em nosso cotidiano? rem seguidos, tanto profissional como pessoalmente? AT: Na história de “1984”, o que prevalece é o senso médio. AT: De forma geral, os valores mais importantes são a honesPessoas que fujam desse senso ficam à margem da sociedade tidade e o compromisso com a verdade. São esses os valores (não me refiro a “bandidos”, mas a pessoas que agem fora do que têm de ser respeitados, tanto profissional quanto pessoalsenso médio estabelecido pela sociedade). Os exemplos des- mente. É necessário ser agente de resolução de conflitos. ses livros traduzem, com estereótipos, o que acontece. A grande dificuldade é sair de uma sociedade extremamente atrasada, com inúmeras feridas para serem fechadas (escravidão que se “Os valores pessoais são encerrou há 122 anos; o fato de a mulher ter ficado por muito fundamentais para que as pessoas tempo sem direito ao voto, de ir à escola); e cheia de conflitos. O golpe de 1964 acabou por impedir que “Minha a sociedade crescesmãe era uma mulher sábia, tenham valores éticos médios. se e discutisse seus problemas; e atrasou por 25 anos esse proToda pessoa se acha portadora sem ter sabedoria cesso [após o golpe militar de 1964, as primeiras eleições dire- acadêmica! tas, com voto popular, ocorreram em 1989]. O avanço nesse de bom senso e, a partir dele, aspecto, em nível razoável, se deu por meio da Constituição age como bem entender. Dessa Federal de 1988; por meio da qual se iniciaram as discussões sobre as minorias [étnicas, sociais, sexuais, religiosas etc], vistas maneira, a construção ética de uma com muito mais atenção na sociedade contemporânea.
personalidade pode ajudar a um indivíduo a não cometer abusos.”
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parceria
PARCERIA DE VALOR
Gerson Antonelli, conceituado profissional de moda e eventos, é o mais novo parceiro do Grupo Alpha Mídia Por Amauri Eugênio Jr.
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Foto Lucas Dantas
avid Bowie, vulgo “Camaleão” do mundo da música, cantou na música “Changes” que era necessário “se virar e encarar o estranho”. Pois bem, esse “estranho” pode ser o futuro, um projeto novo, um acontecimento novo; enfim, tudo aquilo que é “estranho”, alheio e desconhecido causa medo em todos nós, como se estivéssemos andando em uma terra estrangeira ou, até mesmo, sobre cabos de aço colocados entre arranha-céus. Entretanto, como já escreveu o poeta luso Fernando Pessoa, “navegar é preciso”; logo, arriscar também o é. Gerson Antonelli, idealizador do evento Miss Teen Brasil (voltado para garotas entre 14 e 18 anos de todo o País), formado em Economia e Marketing em Filadélfia, nos EUA (além de ser fluente em 5 idiomas), tem 20 anos de experiência no mundo da moda, beleza, organização e produção de eventos e consultoria de imagem. Recentemente, se tornou o mais novo parceiro do Grupo Alpha Mídia, sendo agregados ao grupo know-how respeitável, inerentes à sua atuação profissional (inclusive na Europa, Ásia e Estados Unidos). Não obstante, é notório que o público teen, de modo geral, não recebe a devida importância no que diz respeito à produção de eventos e de veículos de informação e de entretenimento. Para se ter uma ideia, filmes nacionais voltados para adolescentes estão começando a ser produzidos com relativa frequência (com destaque para o filme “As melhores coisas do mundo”, de Laís Bodanzky); e a maioria dos produtos desse segmento traz consigo alguns lugares comuns inerentes ao tema. Com tudo isso em mente, a diretoria do Grupo Alpha Mídia, sob a direção geral de Silvia Helena de Almeida Barbesani, recentemente criou a Alpha Eventos que, de acordo com Antonelli, “será a divisão da empresa responsável por toda a elaboração e organização de desfiles de moda, seminários de beleza e estética, palestras e seminários profissionais, festas temáticas e eventos culturais e sociais em geral”. Sendo assim, caro leitor, o que pode ser pedido é para que tenha paciência e aguarde. Como uma certa pessoa diz, “nunca antes na história” desse município, projetos como os que virão foram feitos. Novidades estão a caminho; e você com certeza gostará delas.
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DIvERSÃO EM fAMÍlIA
Conheça os principais roteiros para se divertir com sua família e, também, para valorizar cada segundo com ela Por Amauri Eugênio Jr.
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uando você era criança, uma das coisas que mais te deixava ansioso era viajar com sua família, não é mesmo? A sensação de viajar com seus pais era indescritível, como um misto de liberdade e de ida ao Olimpo, como se você estivesse indo de encontro aos deuses. Cada parada, por sinal, era um ótimo motivo para admirar o local onde você estava. Pois bem, já na vida adulta, um dos eventos mais esperados por você, durante o ano, é a viagem a ser feita durante as suas férias. Além de fugir da rotina, do estresse e das duzentas e oitenta e cinco mil tarefas inerentes ao seu cotidiano, é indescritível viajar em família, responder pacientemente e de maneira bem humorada à épica pergunta “Pai, já está chegando?”, ou ficar maravilhado e impressionado com cada interjeição feita pelo seu pequerrucho, sobre cada paisagem que deixa de ser uma novidade para ele... Além das várias pamonhas consumidas durante a viagem (ou barrinhas de cereais, se a viagem foi feita de avião). Também é impressionante ir a um parque de diversões, daqueles enormes (que parecem ser maiores do que muito município por aí), que povoavam o seu imaginário durante a infância. Ainda sobre esses mesmos parques, uma criança parece não querer saber de mais nada na vida, ao adentrar nele (especialmente quando tem “passe livre” dentro dele); e os adultos, por sua vez, parecem voltar a ser crianças, mesmo que por alguns segundos, dentro desses mesmos locais. Pois bem, caro leitor, esta introdução teve como utilidade explicar que o Alpha Indica desta edição tem como finalidade mostrar várias opções de parques de diversão, para você e sua família aproveitarem cada instante da maneira mais intensa que for possível. Ajuste a barra de fixação (ou cinto de segurança, como preferir) de seu carro, e preparese para descer a montanha russa!
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Fotos Divulgação
Walt Disney World Caro leitor, com certeza, ir aos parques temáticos da Disney é o sonho de muitas crianças. Dois fatores são determinantes para tal: o desejo de ir aos EUA, inerente a todo e qualquer indivíduo, além da forte influência exercida pelos desenhos de Walt Disney sobre todos nós. Afinal, quem nunca se “identificou” com Mickey Mouse? Até mesmo Hugo Chávez, mandatário da Venezuela e crítico ferrenho da cultura estadunidense, o fez (ou melhor, o fotógrafo de um jornal de grande veiculação no Brasil fez uma fotomontagem na qual Chávez aparecia com, acredite, as orelhas do Mickey). Atire a primeira pedra quem nunca tentou imitar a voz rouca e esganiçada do Pato Donald, quem nunca riu das ações desastradas do Pateta ou quis dar um mergulho dentro da caixa-forte do Tio Patinhas? E a lista continua (só para constar: de certo modo, os desenhos da Disney tentam mostrar o melhor da cultura norte-americana e, querendo ou não, influenciaram a muitos de nós). Pois bem, dados esses fatores, é perfeitamente compreensível a empolgação de todo e qualquer indivíduo ao chegar ao Walt Disney World, um dos templos da cultura estadunidense (além de Hollywood, da Times Square, do Grand Canyon, da Área 51...). Inaugurado em 1971, o parque temático foi, em princípio, um projeto idealizado por Walt Disney em meados dos anos 60; no entanto, após seu óbito, em 1966, o parque recebeu o seu nome, em homenagem ao cartunista.
Para se ter uma ideia, o Walt Disney World não é um parque qualquer, mas sim um complexo de inúmeros parques no mesmo local: o Epcot, o Blizzard Beach, o Typhoon Lagoon e o Downtown Disney. O Epcot (sigla para Experimental Prototype Comunity of Tomorrow, ou “Protótipo da Comunidade Experimental do Amanhã”, em tradução livre) era o projeto inicial do que seria o Walt Disney World, dividido em duas partes: o Future World, no qual predominam atrações high tech, e o World Showcase, tentativa de reprodução de nações do mundo, separadas por um lago (o World Showcase Lagoon). O Blizzard Beach é o parque aquático do complexo Walt Disney World que conta com vários tobogãs e piscinas, entre eles o Summit Plummet, o tobogã mais alto do mundo; sem contar o Melt Away Bay, uma praia artificial. O Thyphoon Lagoon, por sua vez, foi inspirado nas praias do Havaí, reproduz um vilarejo destruído por uma tempestade, e é considerado como um dos maiores parques aquáticos do mundo. Finalmente, o Downtown Disney, centro de entretenimento voltado às compras, ao lazer, à alimentação e à recriação, tenta recriar os melhores aspectos da vida noturna das megalópoles mundiais. Vale citar também que, em Downtown Disney, é réveillon em todos os dias, com queima de fogos de artifício à meia noite.
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alpha indica Terra Mítica Você é fascinado por História, não é mesmo? Sempre teve curiosidade para entender como os povos antigos viviam, quais eram seus respectivos costumes, interesses, organização sociocultural, aspectos políticos... Enfim, sempre se perguntou como era o cotidiano de cada civilização. Que tal aprender como “a banda tocava” em cada período por meio da diversão, em seu caráter maximizado? Pois bem, esta é a proposta do Terra Mítica. Localizado em Benidorm, município situado na Comunidade Valenciana (um dos principais pólos turísticos da região mediterrânea da Espanha e da Europa), o Terra Mítica se destaca, justamente, pela relação simbiótica entre cultura e diversão. Entre as 100 atrações diárias, sendo mais de 30 permanentes, é mostrado ao público frequentador do parque como os povos egípcios, gregos, romanos e iberos (habitantes da Península Ibérica, onde estão localizados Portugal e Espanha) viviam... Isso sem contar os vários pontos de alimentação, lojas e as zonas de jogos. Se você gosta de aliar cultura e entretenimento, meu amigo, o Terra Mítica é uma excelente pedida. Fica a dica.
Ferrari World Abu Dhabi Tour É notória a gana que emires, xeques, reis, seja lá qual a nomenclatura dos governantes (ou seriam ditadores?) em determinadas regiões do Oriente Médio têm em levar para seus países o que há de mais luxuoso e moderno, seja com inspiração ocidental ou na própria cultura local. Também é patente o fascínio que a Ferrari causa no imaginário popular, especialmente em crianças e em quem é aficionado pelo automobilismo e
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por carros em geral (tudo bem que a imagem da marca de Maranello anda meio “arranhada”, especialmente por estas bandas, graças aos acontecimentos questionáveis envolvendo pilotos brasileiros na Fórmula 1). Agora, caro leitor, tente imaginar a junção do “universo Ferrari” com o Oriente Médio. Pois bem, temos como resultado o Ferrari World Abu Dhabi Tour. Isso mesmo, um parque da Ferrari em
Abu Dhabi – o maior parque temático coberto em todo o mundo. Localizado ao lado do circuito de Yas Marina, que recebe desde 2009 a Fórmula 1, ele ocupa área de 86 mil m², e tem capacidade para receber até 10 mil visitantes. Entre as 20 atrações existentes, a principal é o Formula Rossa, que simula a sensação de se estar em um carro de Fórmula 1, a mais de 240km/h e, de acordo com a organização de Maranello, é a montanha russa mais rápida do mundo. Seu passeio inaugural foi feito por Fernando Alonso e Felipe Massa, pilotos da marca do “cavalo rampante” na Fórmula 1 (talvez o piloto espanhol tenha se divertido, de fato, pois o russo Vi-
taly Petrov, piloto da Renault, não estava à sua frente). [Nota do redator: para contextualizar o comentário sobre Alonso e Petrov, o piloto espanhol ficou atrás do russo durante o Grande Prêmio de Abu Dhabi (!), e o alemão Sebastian Vettel, da Red Bull, sagrou-se campeão mundial, justamente por Alonso ter finalizado a corrida atrás de Petrov. Inconformado com a perda do título, o espanhol culpou sistematicamente o russo por esse fato]. Enfim, se você gosta de adrenalina, velocidade (e da Ferrari, por consequência) e de locais exóticos, com certeza você vai gostar do Ferrari World Abu Dhabi Tour.
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Beto Carrero World Você não é necessariamente entusiasta de viagens para o exterior? O que você mais curte é viajar pelo Brasil, desbravar os mais variados, belos e curiosos locais país adentro? Que tal o Beto Carrero World? Pois bem, o império iniciado por Beto Carrero (in memorian) foi concebido após uma visita do mito à terra do Tio Sam (mais precisamente aos parques da Disney) e, a partir disso, decidiu construir um parque de proporções semelhantes... E o fez, no município de Penha, situado em Santa Catarina, a 35km do Balneário Camboriú. O parque, inaugurado em 1991 e o maior da América Latina, é dividido em sete áreas: Avenida das Nações, Aventura Radical, Ilha dos Piratas, Mundo Animal, Terra da Fantasia, Velho Oeste e Vila Germânica. A Avenida das Nações, considerada pela administração do parque como a primeira área temática do complexo, é tida como o “centro” do próprio parque e, entre suas atrações, podem ser destacados o Castelo das Nações e o Raskapuska, que consiste em 15 botes que navegam pelo interior de uma montanha, na qual há citações a inúmeros personagens da literatura mundial, além de efeitos especiais; e a Aventura Radical, por sua vez, é
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voltada para a adrenalina. Entre suas atrações, podem ser destacadas a Big Tower, que proporciona queda livre de 100m e que alcança velocidade de 120km/h e a Star Mountain, montanha russa com dois loopings e 22m de altura. A Ilha dos Piratas, ligada ao centro do parque por uma ponte pênsil, é uma área temática, como o próprio nome sugere; enquanto que o Mundo Animal, com características de um zoológico, abriga centenas de animais. A Terra da Fantasia é caracterizada por um passeio de trem pelas principais atrações do parque, na qual podem ser destacadas a Terra dos Gigantes, com cenários que imitam animais enormes, e a Casa do Beto Carrero, em que era simulado um assalto ao trem, mas os visitantes eram salvos pelo Beto Carrero (por motivos óbvios, hoje é um xerife que o faz). O Velho Oeste consiste em uma pequena vila, com construções típicas, e na qual estão homenagens à trajetória do personagem que dá nome ao parque; e, finalmente, merece menção honrosa a Vila Germânica, área temática construída aos imigrantes germânicos localizados em Santa Catarina. Gostou? Ficou interessado? Como diria Beto Carrero, o Beto Carrero World está “esperando por você!”.
WINTER 2011
Robert o Oshiro Foto: Newton Medeiros
Av. Paulo Faccini, 774 Centro - Guarulhos / SP 11 2229.0888
Rua Larival Gea Sanches, 520 Água Fria - São Paulo - SP 11 2261.2149
alpha indica Valle Nevado Esqui. Modalidade de transporte muito utilizada pelos povos nórdicos (antes mesmo do início da era cristã), que se tornou o esporte, tal qual o conhecemos, lá pelos idos do século XIX. Pelo fato de o Brasil estar localizado no trecho do hemisfério sul em que não neva (vá lá, de vez em quando há uma ou outra ocorrência de neve no extremo sul brasileiro), esquiar causa tanto fascínio entre nós, habitantes dos “trópicos”... E, por isso, fazê-lo pode ser considerado com um dos signos mais fortes de status e de poder aquisitivo por aqui. No entanto, não é preciso ir aos Alpes suíços ou a Aspen, nos EUA, para praticar a nobre arte do Esqui. Parafraseando o apresentador Fernando Vanucci em um de seus momentos de sabedoria ébria, é possível fazê-lo “logo ali”... No Chile. Mais precisamente em Valle Nevado, próximo a Santiago, e que tem a maior estação de esqui da América do Sul. A região, visitada por esquiadores de todo o mundo, tem comprimento de 9000 hectares de superfície voltada à prática de esqui, na qual há pistas com estilos e graus de dificuldade diferentes; e também é bem conceituada no que diz respeito à sua infraestrutura hoteleira e pela gastronomia. Vale ressaltar que a temporada ideal para a prática de esqui começa em 17 de junho e vai até 9 de outubro; e a alta temporada dura de 8 a 28 de julho.
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Tel.:(11) 4003.9444 www.decolar.com Ferrari World Abu Dhabi Tour Localizado em Abu Dhabi. Entre em contato com a Trust in Travel para obter mais informações. Tel.: (11) 2261.4464 www.trustintravel.com.br Beto Carrero World Localizado no município de Penha, em Santa Catarina. Entre em contato com a CVC para
obter mais informações. Tel.: (11) 2086.9720 www.cvc.com.br valle Nevado Localizado no Chile, a 46 km de Assunção. Entre em contato com a Inova Idea Viagens para obter mais informações sobre pacotes. Tel.: (11) 2283.5938 www.inovaideaviagens.com.br
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holandesa volta ao mundo
VALORES À
Amsterdã, cidade onde a liberdade é regra, é cheia de valores peculiares Por Amauri Eugênio Jr.
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ocê já pensou em fazer uma Euro Trip ou, se preferir, um “mochilão” pela Europa? Ou conhecer locais com costumes um tanto inusitados, para fugir completamente da rotina? Além de voltar com a bagagem cheia de causos, histórias engraçadas e de contar curiosidades a granel para seus amigos? Meu caro, então só resta lhe dizer o seguinte: Amsterdã tem a sua cara! Cultura, arquitetura, charme, aspectos de uma megalópole, subversão, tudo no mesmo lugar. Que tal conhecer um pouco mais da capital holandesa, antes de você preparar as malas e comprar as passagens? Para contar a história da capital dos “Países Baixos”, é necessário voltar ao período medieval de nossa história, para os idos do século XIII. Amsterdã começou como um vilarejo de pescadores que, durante o século XIV, recebeu o status oficial de cidade e, posteriormente, passou a prosperar como centro comercial... Além de possuir notória fama de cidade tolerante, no que dizia respeito às religiões (tanto que lá se tornou destino preferencial de judeus oriundos da Espanha e da França, perseguidos em seus respectivos países justamente por conta da religião). Agora, vamos analisar outros aspectos históricos: você já deve ter ouvido falar por algumas vezes em um tal de Maurício de Nassau, possivelmente durante as aulas de História. Pois bem, Nassau era um dos administradores da Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais e se tornou, justamente, administrador de Pernambuco durante o século XVII, o que não agradou muito os lusitanos, até então colonizadores do Brasil (se você quiser saber um pouco mais sobre esse período holandês no Brasil, procure pela obra “Calabar”, de Chico Buarque). Este período, por sinal, marcou o “Século de Ouro de Amsterdã”,
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volta ao mundo dã; o que proporciona uma série de locais peculiares e que, com certeza, chocariam os indivíduos mais conservadores. Conheçamos, então, o que a cidade tem de melhor para te oferecer.
uma das fases mais prósperas da cidade, financeiramente falando, ao ponto de ela ter se tornado uma das principais e mais ricas capitais de toda a Europa. Vale citar também, a título de curiosidade, que a Bolsa de Valores de Amsterdã foi a primeira a funcionar diariamente. No entanto, entre o final do século XVIII e o início do século XIX, a capital holandesa (e a região que compreende os Países Baixos, especificamente Holanda e Bélgica) entrou em declínio, por conta de guerras contra o Reino Unido e França (por sinal, durante as Guerras Napoleônicas, a fortuna, até então conquistada pelos holandeses, foi tomada). Apesar disso tudo, com a formação do Reino dos Países Baixos, em 1815, Amsterdã havia reencontrado o caminho da prosperidade, tanto que aquele período foi considerado como o “Segundo Século de Ouro de Amsterdã”, ainda mais com a modernização urbanística da cidade e, também, por conta da revolução industrial. A contrução de novos canais e vias marítimas colaborou para melhorar a integração entre a cidade e o resto da Europa. Amsterdã também sofreu durante as duas guerras mundiais (na Primeira Guerra, os problemas se deram por conta da falta de alimentos e de aquecimento de gás; e, durante a Segunda, por causa da ocupação nazista). O período no qual a cidade esteve sob a sombra nazista, por sinal, instigou à essência liberalizadora e (por que não?) anárquica, além de cosmopolita, de Amster-
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Museus Antes de qualquer coisa, façamos um “raio-X” de Amsterdã. Que tal o fazermos a partir dos pontos culturais? Por se tratar de uma das cidades mais cosmopolitas da Europa e, consequentemente, do mundo, tem praticamente um museu a cada quadra. Entre eles, podem ser destacados o Museu de Cera Madame Tussauds (o épico museu com obras de cera que possui unidades ao redor do mundo), onde encontramse reproduções de Jack Sparrow, personagem clássico do filme “Piratas do Caribe”, Ronaldinho Gaúcho, Angelina Jolie e Brad Pitt, dentre outros; e o Van Gogh Museum, no qual estão expostos 200 quadros e aproximadamente 500 desenhos do pintor holandês e de outros artistas. Obviamente, não pode ser excluída a “Casa de Anne Frank”. Você sabe quem é Anne Frank? Voltemos à II Guerra Mundial. Conforme explicado no início desta matéria, Amsterdã havia se tornado refúgio de judeus; no entanto, após a dominação da cidade por parte dos soldados liderados por Adolph Hitler, mais de 100 mil cidadãos de origem judaica foram enviados para os campos de concentração. E é aí que entra a história de Anne Frank (claro, ela era judia). A família dela ficou escondida em um bunker (uma espécie de cômodo) na própria casa, por 2 anos; e, durante este período, a menina relatava o cotidiano de sua família (e, consequentemente, mudanças em sua visão de mundo) em um diário. Em 1944, um delator denunciou o esconderijo de sua família ao regime nazista, e seus familiares foram enviados para o campo de concentração de Bergen-Belsen, na Alemanha. Anne faleceu aos 15 anos, em 1945. O único sobrevivente da família foi seu próprio pai, que descobriu a existência do diário após o final da guerra e o editou. “Diário de Anne Frank” se tornou um dos principais relatos feitos durante a II Guerra. Para se ter uma ideia, Eleanor Roosevelt, esposa do presidente norte-americano Franklin Delano Roosevelt, o descreveu como “um dos maiores e mais sábios comentários da guerra e seu impacto no ser humano”. “A casa onde a família passou por essa terrível experiência é hoje um museu aberto ao público e uma das maiores atrações de Amsterdã”, explicou Sueli Rizzutti, médica neuropediatra, que foi à ca-
pital holandesa em 2009. Pois bem, a versão original do diário está exposta na Casa de Anne Frank, em caráter permanente. Atrações naturais “Amsterdã é recortada por canais, e navegar por eles é muito agradável. Existem diversas empresas que oferecem passeios de barcos, que vão passeando sobre vários locais históricos e interessantes da cidade”, explicou Sueli Rizzutti. Pois bem, parque é o que não falta por lá (se você gosta de ambientes arborizados, então, a capital holandesa é uma excelente pedida). Para começar, é impossível não mencionar o maior parque da cidade, o Vondelpark, criado em 1864, e que ocupa área de 47 hectares, no qual estão localizados lagoas e canais, além do Filmmuseum, museu holandês voltado para o Cinema. Vale ressaltar que, anualmente, o Vondelpark recebe aproximadamente 10 milhões de visitantes. Também merece menção honrosa o Museumplein, localizado próximo ao Van Gogh Museum, que abriga um lago (que no inverno serve como pista de patinação no gelo) e dois memoriais referentes à II Guerra Mundial: o Ravensbrück (construído em homenagem aos prisioneiros dos campos de concentração nazista) e o Monumento dos Ciganos. Outro parque que vale a pena visitar é o Oostenpark, afastado do centro de Amsterdã, onde os frequentadores são, na maioria, integrantes das comunidades provenientes do Suriname, Indonésia e Índia e, consequentemente, impera a diversidade sociocultural por lá.
Amsterdã é, justamente, o Red Light District (“Distrito da Luz Vermelha”, em tradução livre). “A polícia garante a segurança e o bairro é muito bonito, sendo uma região residencial em que moram pessoas que não têm nada a ver com a indústria do sexo. As mulheres não podem ser fotografadas. Mas vale a pena ir até lá e conhecer”, mencionou a médica. Entre outros atrativos, há profissionais do sexo expostas em vitrines (na verdade, as “vitrines” são as partes frontais de cômodos alugados pelas próprias prostitutas para o exercício diário da profissão), cinemas voltados para o erotismo, sex shops, bares de streap tease e, também, museu voltado ao sexo, propriamente dito. Então, o que você achou de Amsterdã? Que tal tomar um café, durante o pôr-do-sol, e contemplar a paisagem da capital holandesa? Fica a dica. Nog meer (Até mais)!
Pubs e Red Light District Não importam as circunstâncias ou o motivo da discussão mas, em virtude de uma série de fatores, sejam eles culturais, políticos, religiosos ou de ordem ainda mais subjetiva, sempre há muita polêmica em se tratando da Cannabis Sativa ou marijuana (ou, se preferir, a maconha). Se por aqui, o uso da “erva” acarreta em coerção penal (entenda-se prisão), por ela ser considerada uma droga ilícita; na Holanda, o consumo dela é legalizado. Mas, você pode respirar menos apreensivo: isso não quer dizer que haja consumidores de marijuana em cada esquina; logo, o consumo é restrito às coffee shops e pubs espalhados pela cidade. Vale ressaltar outro aspecto, digamos, polêmico na Holanda: a prostituição. Sim, a “profissão mais antiga do mundo” também é legalizada por lá e, por sinal, uma das principais atrações de
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DECORAÇÃO SUSTENTÁvEl veja como o eco design pode valorizar ambientes e ajudar a preservar o meio ambiente Por Amauri Eugênio Jr.
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Fotos Lucas Dantas e arquivo pessoal
ara você, que pensa que a decoração consiste pura e simplesmente em comprar novos móveis, um recado: aquele armário aparentemente velho abandonado no canto da sala, aquela mesa que está com um dos pés menor do que os outros (vários botecos já tiveram a reputação jogada à sarjeta por isso, inclusive) ou aquela cadeira bem antiga podem ser o diferencial da sua casa; enfim, o suprassumo daquele cômodo. Outro mito sobre decoração que vai ser quebrado, aqui e agora: não é preciso “gastar os tubos”, ou melhor, muita grana, para ter um ambiente bem decorado. A criatividade, independentemente de qual for o segmento é a melhor alternativa para renovar o ambiente e, assim, valorizá-lo. Esse, em suma, é o conceito do eco design. Você sabe do que se trata, afinal? Conforme explicado por Tiago Fernandes Rosa, designer, e por André Luiz Ferreira, designer e consultor, ambos sócios do Grupo Caramelo, consiste no “processo que contempla aspectos ambientais em todos os estágios de desenvolvimento da decoração”, com o objetivo de preservar o meio ambiente, tanto no que diz respeito à derrubada de árvores (de onde você acha que vêm aqueles móveis planejados?), assim como no descarte de recursos, indiscriminadamente. “Pensamos em reutilizar tudo, para não causar impacto negativo à natureza e para que as pessoas daqui a 20 ou 30 anos possam usufruir tudo o que [nós, na sociedade] temos hoje”, mencionou Fernandes Rosa. O nome do grupo, por sinal, surgiu a partir do interesse em uma nomenclatura que remetesse à ideia de algo que “pudesse dar ‘liga’” ou que “colasse”, conforme explicaram os sócios, em relação ao nome “Grupo Caramelo”; além de ter sido inspirado na colagem de adesivos, atividade inicial do grupo (que engloba também uma fábrica de luminárias, a Sampa Luz).
Economia de recursos e de dinheiro Pois bem, questões relacionadas ao meio ambiente estão extremamente em voga, atualmente; e de maneira bem intensa, tanto que não são raros discursos alarmistas e com características sensacionalistas sobre esse tema. Logo, uma maneira extremamente válida de se fazer sua parte para preservar recursos naturais é a reutilização de materiais. Quer exemplos? Móveis relativamente (ou muito) antigos que, em princípio são descartados ou inutilizados, podem ganhar novo aspecto ou serem reaproveitados por meio de soluções criativas. “Decorar significa embelezar. Não dá para fazê-lo somente ao comprar algo novo; ou seja, consiste em valorizar o espaço, reaproveitar elementos... Móveis velhos podem virar obras de arte”, ressaltou Fernandes Rosa, sobre a reutilização de elementos. Além disso, objetos que, teoricamente, nunca seriam utilizados para fins decorativos, como pallets (aqueles suportes de madeira sobre os quais são empilhadas caixas e afins), podem ser transformados em bases para sofás ou camas, por exemplo. Não está satisfeito? Pedaços de madeiras utilizadas em obras (para sustentação de colunas em construção) e isopores também podem ser usados como elementos decorativos de paredes. “Além de serem decorativos, esses elementos têm funções. A caixa [de madeira], por exemplo, pode ser transformada em uma prateleira ou estante, para se ter uma ideia”, ressaltou Fernandes Rosa. Outro aspecto a ser ressaltado: a economia monetária. Isso mesmo, não é preciso gastar muito dinheiro para deixar determinado ambiente bem decorado e agradável, tanto para o habitante do local quanto para visitantes. “A decoração tem de caber no bolso de todas as pessoas. Não é porque alguém seja da classe C [atualmente, mais da metade da população brasileira, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia
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decoração e Estatísticas – IBGE], que ela não possa decorar. A luminária colmeia (produzida a partir de copos plásticos e clipes reaproveitados), por exemplo, é uma boa solução. O objetivo da decoração é deixar o ambiente ‘chique’ e ‘glamouroso’”, mencionou o designer Fernandes Rosa. André Luiz também destacou a utilização de recursos financeiramente mais acessíveis que visam, de fato, ter o mesmo efeito prático de outros mais caros. “São usados, por exemplo, adesivos decorativos e, também, uma técnica antiga mas que foi aprimorada: o uso de tecidos como revestimento de paredes, que tem menor custo... A decoração não deve existir somente nas classes altas; logo, ela tem de ser acessível para pessoas com baixa renda”, ressaltou André, ainda ao mencionar que há empresas que fazem distinção de clientes de acordo com o poder aquisitivo inerente a cada um. “Todos
os valores [aquisitivos], para nós, são os mesmos, independentemente do cliente. A decoração pode ser em uma casa ou em um escritório de alguém da classe A, assim como de alguém das classes C e D”. Identidade do cliente Antes de pura e simplesmente decorar um ambiente, é extremamente importante se fazer análise da personalidade do cliente, intrinsecamente ligada aos seus interesses (estéticos, inclusive). “Cada estilo [decorativo] tem de seguir de acordo com as características e personalidade do cliente. Para cada pessoa há um estilo próprio de decoração”, explicou Ferreira, além de destacar que é feito estudo em âmbito digital (desde projetos em 3D até fotografias) no qual são consideradas variáveis como a metragem do ambiente e, a partir daí, é feito estudo com mais aspectos, como revestimento e móveis, por exemplo, para deixá-lo de maneira esteticamente agradável e
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Na foto acima, André Luiz Ferreira e Tiago Fernandes Rosa seguram luminária feita com copos plásticos e clipes reutilizados; e, ao lado, o designer Fernandes Rosa mostra o processo de produção deste mesmo tipo de luminária. À direita, luminária produzida a partir de uma gaiola. Na página seguinte, você pode visualizar as luminárias produzidas pela Sampa Luz, empresa integrante do Grupo Caramelo, nas quais estão evidenciados desenhos elaborados pelo próprio designer Fernandes Rosa.
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funcional. Também é feita análise cromática, para cada ambiente e com a proposta de cada local (casa ou escritório, por exemplo). “As cores retratam muito as características do ambiente a ser decorado. Para cozinhas são indicadas cores mais fortes, que remetam à fome; e para quartos, por exemplo, são recomendáveis matizes mais suaves, que induzam à paz”, mencionou o consultor e designer. Obviamente, os gostos e interesses de cada cliente são levados em conta ao se fazer estudo sobre o que será feito em cada ambiente. Para se ter uma ideia, é feita uma espécie de entrevista com cada pessoa para se descobrir o perfil comportamental de cada um, justamente para dar início a cada projeto e, assim, para que a pessoa se sinta bem em sua própria casa. “Não adianta ir à casa de uma pessoa ‘moderna’ e fazer decoração retrô. (...) Tudo é levado em conta, para que possa haver acerto, na hora da decoração”, explicou André. Compartilhando da mesma opinião de André, Fernandes Rosa ressaltou que o “sonho” de cada cliente também é considerado; e o objetivo do Grupo Caramelo é realizá-lo. Um dos exemplos citados por eles foi o de um cliente que queria retratar a fachada da Estação da Luz; e, para fazê-lo, foi feito adesivo, do tamanho da parede em que foi aplicado, com traços (vetores) da fachada; e o trabalho de fixação du-
rou aproximadamente 12 horas. Obviamente, há casos em que o interesse do cliente não terá resultados necessariamente satisfatórios. Sobre esse fato, Tiago explicou que o desejo do cliente é como um “diamante bruto”, e o objetivo, a partir da solicitação feita, é lapidá-lo. “Tivemos clientes que fizeram solicitações nas quais mostramos que [o resultado] não ficaria bom; e, por isso, eles contrataram outros decoradores. No entanto, o cliente se arrependeu e, posteriormente, nos chamou para ‘consertarmos’ o que havia sido feito”, completou André. Frutos colhidos O desempenho dos profissionais do Grupo Caramelo resultou em convites para eventos conceituados de decoração e design. No primeiro semestre de 2011, a dupla de sócios irá participar de feira de decoração e design a ser realizada em Frankfurt (Alemanha), para representar o Brasil; e também participará de programa de reforma de casas, ainda em fase de produção, no formato do “Extreme makeover: Home edition” (exibido no canal por assinatura Liv). Como André Luiz ressaltou, “o segredo é usar a criatividade e inovar, fugir das tendências; ou seja, ter um diferencial para ser aplicado”. Serviço Grupo Caramelo R. Soldado José Alves de Abreu, 50, Vila Galvão, Guarulhos/SP Tel.: (11) 2382.8942 www.grupocaramelo.com.br
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Foto Chico Gonzáles Ries
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O bom moço nas telinhas também se estende à vida real Por Elís Lucas
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ascido na capital paulista, no dia 14 de julho de 1971, o garoto que estudava Processamento de Dados iniciou sua carreira artística aos 16 anos, como modelo, fazendo comerciais para grandes marcas. Mas a vida de nosso versátil entrevistado não foi sempre um “mar de rosas”, pois ele já foi até “sacoleiro”, quando teve de revender roupas para recuperar suas economias perdidas na época do governo Fernando Collor – e, por sinal,
se deu muito bem, pois até contratou uma equipe para ajudá-lo naquela missão. Mas, agora, vamos ao que interessa! Sua carreira de ator iniciou através do diretor Geraldo Vietri, que o convidou para participar de um seriado, em uma produtora independente, e foi exatamente neste trabalho, ao interpretar um personagem chamado Luigi, que Luiz Fernando Pecorari Baricelli passou a ser
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capa o então Luigi Baricelli, que adotou o nome de seu personagem por sugestão do próprio diretor. Sucintamente, a imagem de Luigi Baricelli pode ser resumida por três adjetivos: galã, bom moço e super família, qualidades estas que também são de seu atual personagem, Oscar, que interpreta na novela das oito, Insensato Coração, da Rede Globo. “O Oscar é muito parecido comigo, só não sou vicepresidente de empresa [risos], mas, assim como eu [ele], é muito família, dedicado, gosta do que faz, respeita sua mulher, adora estar com o filho...”, contou à revista Alpha. Luigi estreou na TV em 1991 ao participar da minissérie “O Guarani”, na extinta TV Manchete e, de lá para cá, já fez inúmeras novelas, dentre as quais destacamos “Deus nos Acuda”, em 1992; “Malhação”, por quatro anos (1995 a 1999); “Laços de Família”, em 2000; “A Padroeira”, em 2001; “Sítio do Pica Pau Amarelo”, em 2003; “Alma Gêmea”, em 2005; e “O Profeta”, em 2006. No intervalo que durou quatro anos sem atuar em novelas, desde “O Profeta”, Luigi começou a apresentar o programa Vídeo Show em 2009, juntamente com os colegas Geovanna Tominaga, André Marques e Fiorella Matheis ao vivo, o que lhe rendeu uma das funções de jornalista: estar sempre atualizado, além de entrevistar celebridades no programa, como Fernanda Montenegro e Giovanna Antonelli (com quem fez par romântico na novela “Laços de Família”, na qual Giovan-
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na interpretou a personagem Capitu), por exemplo. No entanto, como já tinha experiência em apresentar quadros promocionais, como o Caminhão do Faustão (2008), o ator se saiu muito bem como apresentador; todavia, em virtude de sua volta à telinha como ator neste ano, teve de sair do Vídeo Show, para que sua imagem não ficasse desgastada pois, a partir do momento que estivesse interpretando Oscar (seu atual personagem), o telespectador tinha de vê-lo desta forma e não mais como apresentador. Além de novelas, Luigi também atuou no cinema, com participações nos filmes “Selvagem”, em 2006, interpretando Benny; “A Cartomante”, (baseado no conto do escritor brasileiro Machado de Assis), em 2004, como Camilo; “Xuxa Popstar”, em 2000, no personagem Raio de Luz; e “Maria, Mãe do Filho de Deus”, no principal papel de Jesus, em 2003 (reprisado recentemente, durante a última Páscoa, na TV aberta). Inclusive, sobre este filme, Luigi ressaltou que interpretar Jesus foi bem marcante, pelo fato de aprender e viver o maior personagem, em âmbito religioso, da história da humanidade. Família e Valores Casado há quase 20 anos com a paulistana Andreia Cristiane, desde então empresária da produtora do casal, a LB Produções, ambos se conheceram em 1992, quando Luigi ainda atuava na no-
Curiosidades
Foto Chico Gonzáles Ries
•Luigi não se considera vaidoso, tampouco metrossexual. Porém, o “bonitão” não dispensa o fato se vestir bem, usar uma roupa confortável ou estar perfumado com um dos perfumes “Burberry The Beat”, “Terre d’Hermès” ou “Bvlgari Aqua Marine”. No entanto, confessa que Andreia tem de ficar em seu pé para usar filtro solar ou hidratante. •No quesito esportes, ele adora jogar tênis, fazer spinning, running, beach tennis e ioga, nas horas vagas. •Calmo, caseiro, alegre e extrovertido, as duas coisas que podem tirar o bom humor deste canceriano são atrasos ou sujeira.
Acima, Andreia e Luigi em Valle Nevado, centro de esqui em Santiago no Chile. Abaixo, Luigi e Andreia com os filhos Vittório e Vicenzo. Foto Chico Gonzáles Ries
vela “Deus nos acuda”. Mas não pensem que a conquista foi fácil, mesmo para o encantador Luigi, pois o fato de ser famoso deixou Andreia com dúvidas sobre a verdadeira intenção do galã. “Não tive dificuldade de me relacionar com ele, mas tive muito receio de não dar certo, de não ser sério; enfim, de não ter estrutura para um relacionamento com um ator; mas ele é muito presente e dedicado e nunca desistiu de me provar que o que ele queria era sério e verdadeiro. ‘Graças a Deus’, não tive como fugir... (risos). Estamos juntos há 18 anos, e só melhorou”, relatou a esposa. O casamento ocorrido no mesmo ano em que se conheceram rendeu dois frutos: os filhos Vittório (de 13 anos) e Vicenzo (9), além de Rubia (21), filha de um relacionamento anterior de Luigi, que para Andreia é como uma filha, muito presente na família. E, mesmo diante de uma rotina bastante movimentada, tanto de Luigi (como ator) quanto de Andreia (como empresária), ambos não deixam os filhos de lado: fazem questão de levá-los à escola e de dedicar um tempo somente a eles. Além disso, é a partir da convivência do casal com os filhos que os conduzirá à boa educação e à absorção dos valores morais. E é isto, exatamente, o que Andreia e Luigi prezam. Além de marcarem presença com seus filhos, ambos se orientam pela educação que receberam de seus pais. “O respeito, sem dúvida nenhuma”, é um dos valores que Luigi tenta passar aos seus filhos. “Meus pais me ensinaram a dizer ‘obrigado’, ‘por favor’, ‘com licença’ e ‘desculpeme’. Isso passei e passo para meus filhos”, explicou o ator. “Levamos uma vida simples e normal como qualquer pessoa”, afirmou Luigi, que, se na conquista por Andreia causou-lhe dúvidas sobre como seria a estrutura familiar; hoje, relata que a esposa só lhe dispensa elogios: “Minha mulher, costuma dizer que sou muito presente e isso faz a diferença. O tempo que tenho livre estou participando da vida familiar”, explicou Luigi, sobre o modo como mantém a família em sintonia. Mas além do tempo dispensado a carreira e aos filhos, o casal ainda encontra um jeitinho para fazer programas a dois, como sair para jantar e ir ao cinema, além de receberem amigos em casa para apreciar a um bom vinho. Pois de acordo com Andreia o casal deve ter um tempo próprio, sem deixar a vida em comum e em família de lado. E se perguntarem se fazem o modelo de “família Doriana”, Luigi logo esclarece, “somos a família ‘Vigor Mix’, sabe aquela que é meio a meio – meio manteiga e meio margarina [risos]? A gente não pode querer a felicidade o tempo todo”, finalizou.
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universo particular
NA PASSARELA DA VIDA
Guarulhense Cleber Monteiro busca crescimento na carreira de modelo Por Elís Lucas
Foto Tiago Montanine (abaixo) e banco de imagens
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vontade de se tornar modelo surgiu aos 16 anos, por incentivo de amigas que conseguiram enxergar em Cleber o talento para a carreira. Seis anos depois, percebe-se que elas não se enganaram, pois os 72 quilos bem distribuídos em seu 1,78m de altura, seu chamativo black power e seu sorriso para lá de maroto lhe renderam bons trabalhos, como os desfiles para Ecko Unltd, Cavalera, Overboard, Zoo York e Central Surf, além de comerciais para grandes empresas, como o Banco Bradesco, a operadora de telefonia celular Vivo, Aquarius Fresh, refrigerante da Coca-Cola Brasil, Champions, dentre outros. Cleber nasceu em Guarulhos, filho de Rosilene Soares da Silva e Raimundo Silva Monteiro (a quem, por sinal, deseja muito conhecer). Aprendeu a ler e a escrever somente na 5ª série. Acabou sendo desestimulado devido ao preconceito que sofreu no primário, por parte do diretor da própria escola. “Eu não tinha motivos para estudar profundamente e mudei de escola; fui estudar na Padre Valentim Gonzales Alonso, onde a professora Marinêz Alves Moreira Santos me ajudou a escrever e a ler em apenas 1 ano”, explicou. Mas o garoto que sofreu preconceito na infância hoje esbanja sorriso, humildade e talento nas passarelas. O início da carreira de modelo se deu através de um empurrãozinho do destino. “Um
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“Só tenho de agradecer a Deus a cada passo que dou e a cada vitória que venho conquistando em minha vida”.
Foto Tinhu Gomes
Foto Sérgio Silva
dia, eu estava andando no centro de Guarulhos e uma mulher me convidou para passar na agência em que ela estava trabalhando. Fui até lá e fiz o primeiro desfile para a agência Diniz Model e, neste mesmo evento, fui indicado para outras agências de São Paulo”, contou Cleber. A maneira como os homens ingressam na carreira de modelo parece ser comum entre eles. De acordo com o renomado fotógrafo de moda Mauricio Po, os homens iniciam a carreira de modelo porque alguém disse que ele poderia ser modelo e ganhar algum dinheiro, diferentemente das meninas que sonham em se tornar supermodelos desde criança. Porém, mesmo que o acaso ou os amigos tenham dado aquela forcinha moral no início da trajetória, muitos acabam tomando gosto pela profissão e dedicam-se a ela, como no caso de nosso entrevistado. Bem sabemos que esta carreira não é fácil e, se esta dificuldade existe até mesmo para as modelos femininas, que dominam o mercado da moda em virtude da grande quantidade de grifes para mulheres, para os modelos masculinos a dificuldade é ainda maior, pelo fato de os homens não consumirem tantos artigos da moda quanto as mulheres. No entanto, o mercado para modelos masculinos vem crescendo, e a tendência é de que cresça ainda mais. Isto tem a ver com a mudança de comportamento dos homens, que têm se preocupado mais com a aparência... Vide os metrossexuais. Diante deste crescimento de oportunidades, mesmo que tenha iniciado seus trabalhos em Guarulhos, é na grande São Paulo que Cleber consegue mais trabalhos. “Lá, há grande rede de empresas no ramo, como também a expansão de vários eventos, o que acarreta em grande necessidade de profissionais como nós, modelos e divulgadores de seus produtos”, completou Cleber. Se para alguns é comum Guarulhos não criar oportunidades aos tantos talentos como Cleber Monteiro, para outros, é um tanto incompreensível; afinal, ela é a segunda maior cidade paulista em população e possui o 9º maior PIB (Produto Interno Bruto) do País. Então, pela lógica, não deveria estar tão atrás de São Paulo. “Guarulhos poderia colaborar com o crescimento profissional dos modelos da própria cidade, proporcionando novas oportunidades dentro do município, que acaba não dando chance aos modelos locais e, sim, da grande São Paulo”, finalizou Cleber. Se eles valorizam as raízes, que tal a cidade valorizar os frutos?
Nome: Cléber Monteiro Altura: 1,78m Peso: 72kg Idade: 22 anos Signo: Libra Perfume: esse é segredo Time: Corinthians Prato predileto: macarrão ao molho branco Bebida favorita: água mineral e suco natural Nas horas vagas: Gosta de jogar capoeira, dançar, correr, jogar bola, e outras coisas boas da vida Modelos que te inspiram: Tyson Beckford, Jesus Luz, Corey Baptiste e Paulo Kaetano Qualidade que gostaria de ter: paciência e tranquilidade Lugar que gostaria de conhecer: Milão
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OS vAlORES IMpRESCINDÍvEIS DE JOSé SéRGIO IGléSIAS fIlHO Diante da subjetividade do tema, conheça os 5 valores imprescindíveis em sua vida Por Elís Lucas
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s valores podem ser qualidades, méritos, princípios morais, e até mesmo algo de importância para você, leitor, conforme definições do dicionário. Eles podem se referir à justiça, disciplina, integridade, paz, dentre uma infinidade de opções. Porém, como valores também são subjetivos, vejamos então os 5 valores que José Sérgio Iglésias Filho, médico ortopedista e presidente da Associação Paulista de Medicina regional Guarulhos, considera de extrema importância em sua vida: O VALOR da ética e da moral O VALOR da honestidade O VALOR do trabalho O VALOR da família O VALOR da verdade “Apesar destes cinco valores citados, não viveria também sem os valores da retidão de caráter, do amor ao próximo e da fé em Deus. Todos, sem exceção, imprescindíveis aos homens livres e de bons costumes!!!”
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Foto Lucas Dantas
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VICE ALENCAR
José Alencar, o vice da era Lula e o elo entre o governo e o empresariado Por Amauri Eugênio Jr.
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Foto Empresa Brasil de Comunicação
ocê já deve ter ouvido falar, por várias vezes, do medo inerente à classe média há duas décadas, pelo menos, sobre a possibilidade de um certo “barbudo do ABC” assumir o poder, do pavor em acontecer a “subversão comunista”, a degradação de valores morais, do fim da propriedade privada... Aquele discurso manjado, de sempre. Pouco a pouco, esse medo foi sendo controlado, graças à presença de um aliado político que viria a se tornar vice-presidente do Brasil (e que presidiu o país em caráter interino por mais de um ano, durante o período em que Lula esteve à frente da presidência por dois mandatos). No entanto, o que atraiu os holofotes, as câmeras de telejornais e lentes de grandes veículos impressos foi sua luta contra o câncer, marcada por várias internações e pela perseverança de José Alencar, que teve seu fim em 29 de março deste ano. Sua postura perante aos obstáculos impostos pela vida pode ser resumida por sua seguinte declaração: “Eu tenho medo da desonra. Porque o homem honrado, especialmente, o homem que milita na vida pública honrado, ele não morre nunca. Agora, se ele for um camarada desonrado, ele morre em vida”. E agora, vamos à trajetória do garoto pobre do interior de Minas Gerais que se transformou em um dos maiores empresários do Brasil, além de vice-presidente por 8 anos e, consequentemente, representar o elo entre o governo e o empresariado?
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Após o falecimento de seu irmão, Geraldo, em 1959, José Alencar assumiu o comando da empresa deixada por ele, chamada União dos Cometas e, em sua homenagem, alterou a razão social para Geraldo Gomes da Silva Tecidos S/A. Posteriormente, em 1963, fundou a Cia. Industrial de Roupas União dos Cometas (que receberia, pouco depois, o nome Wembley Roupas S/A). Em 1967, em parceria com o empresário e deputado Luiz de Paula Ferreira, fundou a Companhia de Tecidos Norte de Minas, a Coteminas, que hoje é uma das maiores empresas do ramo têxtil, com 15 mil empregados, 15 fábricas no Brasil, além de 5 nos EUA e 1 no México e na Argentina.
O início e sucesso empreendedor Para entender a trajetória de José Alencar Gomes da Silva, é necessário voltar no tempo, mais precisamente, para as décadas de 30 e 40, época em que o então garoto José, nascido em 17 de outubro de 1931 e 11º de uma família com 15 filhos, já ensaiava entrar no ramo empreendedor. Em Itamuri (um município à margem do rio Glória, em Minas Gerais) sua terra natal, foi onde passou os primeiros anos de sua vida e deu os primeiros passos no mundo dos negócios (atrás do balcão da loja de seu pai, é verdade); no entanto, José queria alçar voos mais altos: trabalhou numa loja de tecidos em Muriaé, no interior mineiro e, posteriormente, abriu sua primeira empresa (A Queimadeira), aos 18 anos. Para se ter uma ideia do seu grau de determinação, Alencar dormia e almoçava atrás das prateleiras de sua própria loja, para reduzir custos e torná-la mais competitiva. Nesse intervalo, aos 20 anos, o então comerciante se casou com Mariza Gomes das Silva, com quem teve três filhos: Maria da Graça, Patrícia e Josué (atualmente responsável pelo controle da empresa de José Alencar, a Coteminas).
Carreira política e vice-presidência Após ter se tornado bem-sucedido em âmbito empresarial, José Alencar queria novos rumos para sua trajetória; e optou pela atuação política. Em 1994, durante as eleições para deputados estaduais, foi eleito com 10,71% dos votos válidos; e, em 1998, foi eleito senador, com quase 3 milhões de votos. No entanto, o ápice de seu voo ainda estava por vir. Em 2000, durante as comemorações dos 50 anos de sua carreira empresarial, ele conheceu Luiz Inácio Lula da Silva, que iria concorrer pela quarta vez às eleições para presidente da república; e viu em Alencar a peça-chave para o diálogo entre o futuro governo e o empresariado. “Até então, Lula era identificado com o Partido dos Trabalhadores e as posições mais à esquerda no que diz respeito à condução da política econômica. A presença de José Alencar no governo representou a garantia de que não haveria extravagâncias no campo da economia (...), e foi a garantia que os empresários precisavam para apostar, ou tolerar, um governo de Lula”, explicou Bruno Konder Comparato, doutor em Ciências Políticas e professor da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Durante os dois mandatos de Lula (janeiro de 2003 a dezembro 2010), Alencar governou a nação por exatos 503 dias, o que equivale a mais de 1 ano e quatro meses no poder. “Em nenhuma das muitas ocasiões em que José Alencar assumiu os poderes presidenciais, enquanto Lula estava fora do país, o vice-presidente tomou qualquer iniciativa no sentido da redução dos juros”, explicou Comparato, no que diz respeito à sua atuação enquanto presidente interino e também sobre uma de suas principais “bandeiras” durante a era Lula: a redução da taxa de juros, mesmo não tendo transformado-a em ações mais diretas.
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especial Luta contra o câncer José Alencar descobriu o câncer abdominal em 2000; no entanto, concomitantemente com o período em que esteve como vice-presidente, se submeteu ao tratamento para superá-lo e, por esse motivo, passou por mais de 15 cirurgias (vale citar que, por conta delas, ele desistiu de concorrer às eleições ao senado, em 2010). Além disso, por causa de seu quadro clínico debilitado, Alencar foi impossibilitado de participar da cerimônia de posse da presidenta Dilma Rousseff, por conta de ordens médicas, apesar de ele mesmo achar que tinha condições de participar do evento. Nos últimos anos, sua luta contra o câncer passou a ganhar notoriedade perante a opinião pública, graças à sua postura perante a ela. Esse fato, por sinal, lhe valeu uma série de alusões ao filme “Highlander” (1986), no qual os personagens Connor MacLeod (interpretado por Cristopher Lambert) e Juan Ramirez (Sean Connery) são guerreiros imortais. No entanto, sua luta pela vida teve fim em 29 de março deste ano, aos 79 anos; e sua morte causou comoção no país e no exterior, também. Lula e Dilma, em viagem a Portugal, mostraram-se consternados ao receberem a notícia de seu óbito. “É um momento de muita dor e muito sofrimento. A nossa relação era de irmãos, de companheiros [choro]. Era como se fôssemos dois irmãos, [ou] pai e filho”, comentou o ex-presidente,
Dilma, José Alencar e Lula durante carreata em Belo Horizonte, nas eleições de 2010
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na ocasião. No dia seguinte, ao receber o título de doutor honoris causa pela Universidade de Coimbra (em Portugal), Lula o dedicou a Alencar. O ator global José de Abreu relatou em sua conta no microblog Twitter (@realjosedeabreu) um encontro dele com Alencar, seguido de um fato irônico, inerente a esse mesmo encontro. “Uma vez fui fazer teatro em Brasília. Fomos convidados pelo Zé Alencar prum [sic] almoço de domingo. Ele estava brigando direto com o [Antônio] Palocci por causa dos juros, era 2004. Brigavam diariamente. Quando chegamos ao palácio ele nos disse que tinha convidado mais um pra almoçar. Estávamos Patrícia Pillar [atriz global], Ângelo Antonio [ator da mesma emissora], Ciro Gomes [marido de Pillar]. Até que chegou o outro convidado. Palocci, claro. Foi a maior gozação o tempo todo”, relatou o ator. Além disso, a morte do ex vice-presidente também causou comoção entre adversários políticos, como o atual governador, Geraldo Alckmin (PSDB), para quem “José Alencar Gomes da Silva foi uma figura humana cativante, um homem de fé, que deixa para todos os brasileiros um exemplo de superação e amor à vida”; e sua opinião foi endossada pela atual presidenta. “Foi uma grande honra ter convivido com ele. José Alencar é daquela pessoa que vai deixar indelével uma marca na vida de cada um de nós”, relatou Dilma Rousseff.
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CARTA BRANCA PRESIDENCIAL Grupo Alpha Mídia recebe carta endereçada pelo gabinete da Presidência da República Por Amauri Eugênio Jr.
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ma das instituições (tácitas) nacionais é a inacessibilidade de muitos políticos e demais autoridades (em âmbitos legislativo, executivo ou judiciário), independentemente de seus respectivos cargos, por uma série de motivos; logo, é pouco comum que algum desses “atores” do jogo político adote a política de “portas abertas” em relação a qualquer público, desde a sociedade civil, de modo geral, até mesmo órgãos de imprensa. No entanto, há situações em que esse tipo de procedimento não é adotado; e foi o que aconteceu com o Grupo Alpha Mídia, que foi o único veículo de comunicação de Guarulhos a receber carta elaborada pela presidenta Dilma Rousseff em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, em 8 de março. Enfim, a determinação e a obstinação para superar obstáculos, mesmo aqueles que aparentam ser intransponíveis, são elementoschave para superá-los e, assim, se alcançar o sucesso.
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encontro marcado
fACES DE UMA MESMA AlETéIA Proprietária da Amor aos Pedaços fala de sua rotina entre trabalho e família Por Elís Lucas
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uem se depara com Aletéia Cazzo pela primeira vez não imagina que ela é adepta de esportes radicais, como trilha de moto e rafting. Ainda mais, se levar em conta que ela é formada em balé clássico. Com apenas 36 anos, ela já se diz realizada profissionalmente; além de ter alcançado seu maior sonho: o de se tornar mãe. Formada em Nutrição e proprietária de uma das franquia “Amor aos Pedaços”, instalada em Guarulhos há dois anos, é exatamente entre a doceria e a família que ela divide seu tempo. Sem contar os novos projetos que em breve sairão do papel. Numa tarde de quarta-feira nublada, Aletéia nos recebeu na “Amor aos Pedaços” e, com jeito tímido, começou a se soltar e a contar mais detalhes sobre sua vida.
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Fotos Lucas Dantas
Amor aos pedaços Na ânsia de ter seu próprio negócio, que tivesse proximidade com a área em que é formada e pensando em um empreendimento que fosse bom para os guarulhenses, Aletéia foi em busca de uma franquia que correspondesse a tais quesitos e, após incessantes pesquisas juntamente com seu esposo, ambos optaram por abrir uma franquia da Amor aos Pedaços. “A [franquia] que tinha uma estrutura, mesmo, era a da Amor aos Pedaços”, explicou Aletéia, que teve de fazer curso por 45 dias para obtê-la, além de disputar a filial com outros dois investidores da cidade. O fato de ser guarulhense a fez acreditar que tinha de investir aqui e não em outro lugar. Além disso, houve proximidade de identificação com a franquia, pois Aletéia já consumia
bolos da Amor aos Pedaços da filial do Anália Franco. O diferencial da franquia de Guarulhos é a venda de vinhos premiados, para que o cliente possa degustá-los com doces. Para completar, os guarulhenses enófilos também poderão encontrar curso sobre vinhos na franquia, ministrado por sommelier de São Paulo a cada 15 dias, com duração de quatro horas. Em suma, a pesquisa de Aletéia valeu a pena, pois trouxe literalmente “amor aos pedaços” aos guarulhenses. Os produtos mais consumidos são o café e o bolo bem casado. Já a novidade da casa é o bolo “mil-folhas”, feito com massa folhada. Além disso, as novidades também podem ser acompanhadas pelo Facebook, por meio do perfil “Loja Guarulhos (Loja Guarulhos)”. Não obstante, Aletéia ainda tem outros planos. Pretende abrir mais um negócio na cidade, mas não divulgou exatamente o que será, pois está em fase de pesquisa. No entanto, adiantou que não será no setor alimentício.
coisas que acontecem na vida deles. Se perder a infância, ela não volta mais”, finalizou. Guarulhos Aletéia também despertou a ideia de ouvirmos empresários da cidade para discutir possíveis estratégias de marketing, como a divulgação das empresas em outdoors localizados na Dutra e na entrada de Guarulhos, pois até mesmo a Amor aos Pedaços, existente há dois anos na cidade e sendo divulgada através das mídias de Guarulhos, ainda não é conhecida por algumas pessoas. “Os empresários colaboram para o crescimento da cidade”, afirmou Aletéia, que gostaria que houvesse mais interesse por parte da Prefeitura, se não com relação à iniciativa, ao menos na colaboração de um projeto neste sentido.
Família Muito bem casada, ela não gosta de entrar em detalhes sobre sua vida pessoal (não possui boas experiências de entrevistas em que abriu detalhes de sua vida); no entanto, nas poucas citações sobre seu esposo, declarou ser seu melhor amigo, além de falar dele com muito carinho. “Estou com ele metade de minha vida”, deixou escapar. Mãe de dois filhos, Ana Gabriela (13) e Adilson (10), ela tenta participar ao máximo da vida deles e transmitir-lhes os mesmos valores recebidos de seus pais. “A educação dos filhos é reflexo dos pais. Eu vejo os pais muito na correria e dando pouca importância para os filhos, mas, na minha casa, nós almoçamos e jantamos juntos. Não tem televisão! É a família inteira na mesa”, explicou Aletéia sobre a estratégia utilizada para manter os valores tradicionais da família. Mesmo marcando presença todos os dias na Amor aos Pedaços, Aletéia faz questão de compartilhar da vida de seus filhos. “Você vê a minha moça que eu estou ‘carregando’, né? Me atrasei [para a entrevista] porque fui levá-la ao dentista. É fácil mandar a empregada levá-la ao dentista, é na rua de casa; mas não, a obrigação é minha, não da minha empregada. Então, eu tenho que acompanhar. Ela estava ansiosa porque ia colocar aparelho, e você acha que eu não ia acompanhar?!”, ressaltou Aletéia, sobre a responsabilidade dos pais. Os filhos crescem muito rápido e, “se você não acompanhar, perde um monte de
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maternidade
MÃES: vAlORIZEMOS-AS
Relatos de mães que abnegaram suas próprias vidas em prol de seus “bens” mais preciosos: seus próprios filhos Por Amauri Eugênio Jr.
M
ãe. Uma das palavras mais simples de se pronunciar em nosso idioma, assim como em muitos outros. Em espanhol, eles a chamam de madre; em francês, mére... Em inglês, por sinal, mother. Certa vez, Luiz Fernando Veríssimo escreveu que “somos ‘mamíferos’ por um determinismo fônico, e quer você seja irlandês (mathai) ou russo (mat), chamava sua mãe ou pedia seu peito da mesma maneira, ou quase”. Não importa. Uma palavra tão simples, mas com significado que transcende a vida. A primeira palavra que a maioria de nós fala, e à qual a nossa mente recorre (antes mesmo de termos impublicáveis) é relativa àquela pessoa que nos trouxe ao mundo, e que tem em nós, filhos, a razão do seu viver. Pois bem, ela é também a primeira pessoa à qual recorremos, quando estamos inseguros e/ou temerosos sobre qualquer fato inerente ao nosso cotidiano, como o poeta Vinícius de Moraes (1913-1980) resumiu no poema “Minha mãe”: “Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo. Tenho medo da vida, minha mãe. Canta a doce cantiga que cantavas quando eu corria doido ao teu regaço, com medo dos fantasmas do telhado”. Chico Buarque também cantou em homenagem às mães que sofreram por terem perdido seus filhos durante o regime militar (1964-1985), especialmente para a estilista Zuzu Angel (1923-1976), que perdeu seu filho, Stuart; e ele o fez por meio da música “Angélica” (se você quiser saber mais sobre sua trajetória, assista ao filme “Zuzu Angel”, dirigido por Sérgio Rezende, com Patrícia Pillar, Daniel de Oliveira e Leandra Leal no elenco). Enfim, veja a seguir relatos de mães que, de certo modo, abnegaram suas próprias vidas em prol das de seus respectivos filhos (ou de outras mães, também). Boa leitura. Regina e Dudu Próspero Toda mãe, em sua essência, carrega consigo, concomitantemente, a doçura, para com os filhos, e o espírito de guerreira,
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Fotos Lucas Dantas
para defendê-los e protegê-los, não importa qual seja o grau de adversidade ou de perigo. Assim o é com Regina Próspero. Ela é presidenta (a nomenclatura está correta, vide o caso de Dilma Rousseff ) da Associação Paulista de Mucopolissacaridose (APMS), entidade sem fins lucrativos que visa auxiliar portadores de mucopolissacaridose (MPS), doença acarretada por disfunção metabólica e que atinge aproximadamente 1 a cada 15.000 nascidos, em todo o mundo. Para se entender o que a levou à presidência da APMPS, é necessário conhecer sua trajetória, assim como a de seu filho, Dudu Próspero, 20, portador de MPS e símbolo da conscientização social sobre a doença e da democratização do tratamento dela. A MPS é detectada conforme a criança começa a se desenvolver, apesar de ser congênita (apesar disso, não é possível identificá-la durante a gestação); e, quanto mais tempo levar para descobri-la, mais complicações irão acontecer com seus portadores. No caso de Dudu, especificamente falando, o seu histórico de MPS foi descoberto aos 2 anos e 6 meses de vida, por intermédio de seu irmão, Niltinho (já falecido), também portador da doença. “Até os 2 anos e 6 meses de vida do Dudu, acreditávamos que ele não era portador. A descoberta veio no dia em que levei os dois em uma consulta do Niltinho na genética do Instituto da Criança no Hospital das Clínicas. Quando a geneticista viu os dois irmãos, ela me afirmou que ambos eram portadores e não somente o Niltinho, como até então acreditávamos. A partir daquele momento, vimos que nossa luta era dupla, bem pior do que sabíamos”, explicou. Sua luta para a conscientização social sobre a MPS começou desde o momento em que soube que tinha um filho portador da doença. “Em cada consulta que passávamos com os meninos [Niltinho e Dudu], percebíamos a necessidade de conscientização e divulgação da MPS na sociedade, no meio acadêmico, e até na classe médica, que mostrava que não estava preparada para lidar com um portador de MPS e, também,
Da esquerda para a direita: Nilton e Leo, pai e irmão de Dudu, Regina e o próprio Dudu Próspero
para diminuir nossa via crucis em busca de qualidade de vida”, comentou Regina. Nem é preciso dizer que o fato que mais aterroriza uma mãe é pensar na possibilidade de perder o próprio filho; e, para que isso não aconteça, os maiores atos de abnegação e de amor são cometidos... E isso ocorreu com Regina Próspero. Niltinho, seu filho primogênito, havia falecido aos 6 anos de vida; e corria o risco de que o mesmo acontecesse com Dudu, então com 18 anos; no entanto, desta vez, havia luz no final do túnel: um medicamento de reposição enzimática estava em fabricação nos EUA e em fase experimental; e ela inscreveu Dudu para ser um dos voluntários nos testes desse medicamento, em tentativa desesperada de salvar sua vida. “Alguns meses depois, ele foi chamado para seleção e foi um dos 8 escolhidos dentre 28 participantes da América Latina para testar o medicamento. Este estudo foi no Hospital das Clínicas de Porto Alegre, e tive de morar 1 ano com
ele lá. Foi muito ‘custoso’, a família sofreu muito com esta separação provisória, mas valeu a pena. Hoje, sabemos que ele está vivo graças a toda esta situação”, relatou Regina. Atualmente, Dudu, que perdeu a visão em decorrência da MPS, está cursando o 4º ano de Direito e, ao lado de sua mãe, é um dos ativistas mais engajados na conscientização popular sobre a MPS. Se você quiser conferir o seu trabalho, é possível fazê-lo pelo Twitter (@DuduProspero) ou pelo seu blog (http://blogdodudueamigos.wordpress.com), no qual ele publica textos e informações sobre a MPS e demais doenças. Cíntia e Sofia Kliman Para você, qual a sua concepção de “normal”? De acordo com definições encontradas em dicionários de Língua Portuguesa, o significado de “normal” consiste em algo “de acordo com a norma, com a regra; comum”. Logo, pode-se pensar em “nor-
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maternidade
mal” como algo instituído por meio de convenções sociais, sem algum motivo, de fato, fundamentado. Ou seja, o “normal” é algo instituído graças ao consenso social, uma mera casualidade; enfim, uma unanimidade. Nelson Rodrigues (1912-1980), um dos maiores dramaturgos brasileiros, disse certa vez que “toda unanimidade é burra” (vá lá, há exceções). O que se pode pensar, então? A concepção de normal, ao serem ignoradas as convenções sociais, varia de indivíduo para indivíduo. Pois bem, todo e qualquer indivíduo que tenha características diferentes daquelas da maioria da população de determinada sociedade é tido como “diferente” (o somos perante aos índios, por exemplo). Cíntia Kliman pode dizer isso com propriedade, em virtude da maternidade. Ela tem duas filhas: Sarah, de 4 anos, e Sofia, de 2. A sua primeira gestação ocorreu sem surpresas, e assim também acontecia com a sua segunda (ambas ocorreram com intervalo de tempo de 1 ano, como a própria Cíntia explicou, para que ambas pudessem crescer juntas, na mesma faixa etária), por meio da qual Sofia viria ao mundo; no entanto, o imponderável aconteceu no oitavo mês. Durante uma ultrassonografia de rotina, foi detectada formação di-
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ferente do crânio de Sofia, em virtude da craniostenose, que consiste no fechamento prematuro do crânio por hiperosteose (de acordo com dados da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP -, a proporção de indivíduos com craniostenose é de 1:1.000 nascimentos). “Os médicos achavam que este caso só aconteceria em livros [teóricos]”, comentou a mãe. Obviamente, em grande parte por causa do senso comum inerente à sociedade em que vivemos, toda mãe espera que os filhos nasçam conforme os valores estéticos adotados por ela; logo, não é difícil supor que, não importando qual seja a causa, se alguma característica fugir desse padrão, a reação de toda e qualquer mãe será de desespero, perplexidade... E assim o foi com ela e com Fábio, seu marido. “Eu tinha duas opções: chorar e entrar em desespero, ou tentar entender que havia algo diferente e aceitar e, assim, não sofrer por antecipação. Optei por não sofrer, e percebi que tudo o que sentisse poderia transmitir para ela, e passei a ter sensações boas”, relatou Cíntia. Contra os prognósticos feitos pelos médicos (como a formação dos dedos dos pés e das mãos unidos, além de uma série de complicações), Sofia nasceu bem, mas com o crânio fechado e sem a “moleira”, em decorrência da craniostenose. Ao longo de 1 ano, ela passou por três cirurgias cranianas, para que o cérebro pudesse se desenvolver sem complicações; e ambas correram sem problemas (como a própria Cíntia fez questão de ressaltar, a Sofia “é um presente de Deus; é muito forte e se recupera muito rápido”). Atualmente, Sofia leva uma vida normal, em sua plenitude, tal qual qualquer criança, e não tem sequelas em relação à sua gestação. “Não existe ‘será’ para a Sofia. Ela é extremamente ativa. Aprendi a viver um dia de cada vez, a amá-las ao máximo ‘hoje’; a dar tudo ao máximo hoje. (...) A vida é antes e depois da Sofia. A família Corrêa Pinto / Kliman Benedito é outra depois dela. Como um ser tão pequeno pode ensinar tanto? Ela é um anjo enviado por Deus”, relatou a mãe. Para aqueles que têm ou terão filhos com craniostenose, assim
como os pais que procuram por ela e por Fábio, o seu conselho é para “viver um dia de cada vez”, finalizou Cíntia Kliman. Dalila Sanchez, Júlio César e Sílvia Helena O altruísmo é uma das características mais nobres inerentes ao ser humano. Quantas vezes você deixou de fazer algo que era do seu interesse para ajudar a alguém, sendo do seu âmbito de convívio ou não? E quantas pessoas o fizeram, e que foram recriminadas por isso, graças ao hedonismo (doutrina filosófica que defende o prazer como o principal bem da vida) e ao incentivo implícito, em nossa sociedade, para sermos individualistas ou, na melhor das hipóteses, para antes cuidarmos de nós mesmos para, aí sim, olharmos ao nosso redor. No entanto, algumas das pessoas que o fizeram entraram para a posteridade. Nelson Mandela, em pleno Apartheid, na África do Sul, lutou contra o regime segregacionista, com o objetivo de lutar por um país igual para todos e, por esse motivo, passou 26 anos preso. Todavia, ele tornou-se o primeiro presidente negro da nação sul-africana e, consequentemente, um dos maiores exemplos de altruísmo da história contemporânea. Pois bem, analogicamente falando, algo semelhante aconteceu com Sílvia Helena Almeida Barbesani, publisher do Grupo Alpha Mídia. Em 1986 nasceu sua segunda filha, Fernanda e, na mesma época, havia nascido também Júlio César Sanchez, filho de Sérgio e de Dalila Sanchez, após 7 anos de tentativas. “Levei 7 anos lutando para engravidar até que, em 1986, descobri que estava grávida de 3 meses. [Foi] uma gravidez complicada, com parto prematuro de 6 meses e meio. Vinha ao mundo o meu tão esperado filho [Júlio César], com 1,5kg, que permaneceu por 29 dias [internado]”, explicou Dalila. Por conta de todos os problemas inerentes à gestação, Dalila “acabou não tendo leite para amamentá-lo”, conforme relatado pela publisher do Grupo Alpha Mídia; entretanto, o que pode causar estranheza ao senso comum, arraigado à nossa sociedade, aconteceu. “Com a ajuda da minha amiga Silvia, que também realizava o sonho da maternidade na mesma época, levava seu leite diariamente no hospital, ajudando na recuperação do meu filho. Depois de quase um mês, ele atingiu 2kg e foi liberado”, relatou a mãe de Júlio César. “A experiência foi maravilhosa, pois ser mãe é divino, mas ser mãe de leite foi sublime”, comentou Sílvia Helena, sobre o fato de ter amamentado o então bebê. Atualmente, Júlio César, hoje com 24 anos, formou-se em
Direito e goza de “excelente saúde”, conforme sua mãe ressaltou; ainda, de acordo com ela, Júlio César é “o filho que pedi a Deus, e agradeço todos os dias” (dois anos depois, Dalila teve sua segunda filha, Tabata). Ainda vale ressaltar que sua família e Sílvia Helena estreitaram seus laços afetivos. “Assim que ele teve alta do hospital, os meus amigos [os pais de Júlio César] me convidaram para ser a madrinha dele”, relatou a publisher. Certa vez, o poeta lusitano Fernando Pessoa escreveu que “tudo vale a pena se a alma não é pequena”; e essa célebre citação pode ser aplicada a Sílvia Helena. “Se você tiver a oportunidade de vivenciar esta experiência, não a deixe escapar, pois tenho certeza será muito gratificante”, finalizou a Publisher do Grupo Alpha Mídia.
Ao lado, Silvia Helena com seu afilhado Júlio César. Abaixo, Júlio César com sua mãe recebendo título da Ordem dos Advogados do Brasil
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por toda a vida
MAIS DE SEIS DÉCADAS DE AMOR O que sustenta um casamento de 64 anos nos dias de hoje? Por Elís Lucas
Fotos Lucas Dantas e arquivo pessoal
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Por mais que o poder e o dinheiro tenham conquistado uma ótima posição no ranking das virtudes, o amor ainda lidera com folga. Tudo o que todos querem é amar. Encontrar alguém que faça bater forte o coração e justifique loucuras. Que nos faça entrar em transe, cair de quatro, babar na gravata. Que nos faça revirar os olhos, rir à toa, cantarolar dentro de um ônibus lotado” (trecho do texto “Todo casal deveria ler”, de Artur da Távola, jornalista e ex-senador - in memorian). Sr. Roberto Torres (90) e Dona Nelita Torres (86) tiveram a sorte de encontrar esse grande amor mas, para permanecerem juntos há 64 anos, precisaram de muito mais do que isso. “É necessário muito respeito, amor, compreensão e, principalmente, tolerância e amizade”, explicou Sr. Roberto. Ambos são professores aposentados. D. Nelita foi professora de Matemática; e Sr. Roberto, de História e Geografia, além de ter seguido carreira na área pedagógica como inspetor e diretor de escola. Os dois se conheceram na cidade de Bastos (município que abriga a maior porcentagem de imigrantes japoneses e que é conhecido mundialmente como “Cidade do Ovo”, graças à atividade avícola), quando suas respectivas famílias se mudaram para lá em busca de oportunidade de emprego. A família de Sr. Roberto era de Campinas; e a de D. Nelita, de Minas Gerais. Pelo fato de morarem na mesma rua, além de suas famílias fazerem parte da minoria de brasileiros residentes na cidade, acabaram
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se aproximando ainda mais. Sr. Roberto e D. Nelita iniciaram uma amizade e, em pouco tempo, começaram a namorar; e bastara, apenas três anos, entre namoro e noivado, para que pudessem selar o relacionamento em 1947. Há tanto tempo juntos, dividindo a mesma vida, a tolerância é a peça-chave para um bom relacionamento pois, segundo o casal, é um dos fatores mais difíceis da relação; porém, também o mais eficaz. Uma dica para os jovens manterem uma relação saudável e duradoura é o diálogo. Hoje em dia, casais se separam com muita facilidade, pelo fato de não terem tanta paciência para sustentar uma relação. “Falta diálogo, pois assim todos se entendem, se desculpando”, completou o casal. Casamento também implica renúncia a outros parceiros amorosos, e a fidelidade entre o casal é o pacto que ilustra esta questão da renúncia e liberdade; o que talvez os jovens de hoje em dia não estejam a fim de encarar. Não obstante, a rotina pode ser uma ameaça aos relacionamentos e, para driblá-la, nosso casal entrevistado revela uma estratégia bastante interessante e ambiguamente inteligente, por sinal. Enquanto Sr. Roberto gosta de ler livros de História e Geografia, D. Nelita adora filmes e livros policiais, e possui até uma coleção de livros da escritora Agatha Christie (além disso, D. Nelita pinta quadros maravilhosos e faz crochê sem o uso de óculos; inclusive, fez o enxoval completo de suas cinco netas). Assim, eles driblam a rotina de forma individual, mas para um bem comum entre os dois. Além disso, já realizaram viagens para a América do sul (de carro), França
e Estados Unidos. A mais marcante foi a que fizeram à Disney, com toda a família (após venda de uma casa de praia que tinham, eles pagaram a viagem de todos os netos). Do mesmo modo que o som e o silêncio formam a harmonia (segundo a sabedoria chinesa), o casal se completa, a convivência vai modulando os parceiros, que vão aprendendo um com o outro. Se D. Nelita aprendeu a se comunicar melhor na convivência com Sr. Roberto; com ela, ele aprendeu a tolerar, perdoar o próximo e a não fazer julgamentos. Entre tantas conquistas e aprendizados que o casamento pode oferecer, estão os frutos de uma relação: os filhos... Aqueles que darão continuidade à sua vida, seja nos traços da face, no modo de se portar ou no legado cognitivo e moral que se possa deixar. Para Sr. Roberto e D. Nelita, o casamento lhes rendeu três filhos, os quais com muito esforço dos pais foram formados, sendo dois médicos e um engenheiro. Depois vieram os netos e, por fim, o maior dos presentes, o bisneto Matheus. Afinal, uma casa sem criança não tem muita graça, não é mesmo?! Enfim, casar não é difícil. Difícil mesmo é manter o casamento. “Pode-se supor que a longa ligação que consolida o casal, que o enraíza e cria uma afeição profunda, tende a destruir exatamente aquilo que o amor continha em seu estado nascente. Mas o amor é paradoxal como a vida e, por isso, há amores que duram, do mesmo modo que dura uma vida”. Esta frase de Edgard Morin, antropólogo, sociólogo e filósofo francês, traduz bem o amor entre Sr. Roberto e D. Nelita.
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01. D. Nelita e Sr. Roberto entregam diploma à sua filha Cida. 02. Roberto e Nelita em momento de descontração. 03. Em comemoração às Bodas de Diamante (60 anos de casamento). 04. O casal com os netos na igreja São Judas Tadeu, na cerimônia de comemoração dos 40 anos de casamento.
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amor & sexo
Mudanças de valores inerentes ao casamento Por Elís Lucas
Ilustração Banco de Imagens
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sociedade passa por constantes mudanças. Mudanças estas que refletem não só nos relacionamentos das pessoas, mas na construção familiar e até no Estado que, para se adaptar à sociedade, aos poucos vai modificando suas leis. Presenciamos um tempo paradoxal, em que pessoas se trancam em seu mundo e consideram o casamento a própria prisão, e no desvio da valorização do próprio ser humano, preferem o valor às coisas e a tal liberdade que tanto vislumbram e temem perder. “Vivemos uma época de transformação acelerada, de troca de valores e de paradigmas. Na era da informação, da velocidade, da globalização e da tecnologia, as relações passam por mudanças por vezes preocupantes, dentre as quais a própria desumanização”, completou a psicóloga e psicoterapeuta Beatriz Helena Paranhos Cardella, também escritora do livro “Laços e nós”. Diante destas transformações, criam-se múltiplas opções de vida, e a partir daí, as tradicionais regras que antes serviam de controle social e moral do comportamento, de nada servem. “Somente sobra um leque diversificado de alternativas de autoafirmação, o que permite aos indivíduos serem aquilo que vestem ou aquilo que os lugares que frequentam significam”, explicou o professor e doutor do Departamento de Filosofia e Teoria Geral do Direito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, Eduardo C. B. Bittar, em um de seus trabalhos acadêmicos. A aversão ao casamento, por exemplo, segundo a psicoterapeuta
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Beatriz, além de ser motivada por inúmeros e complexos fatores (históricos, sociais, éticos, psicológicos e espirituais), tem a ver com a sociedade consumista, individualista e materialista em que estamos. Os traumas ocasionados por decepções amorosas e, até mesmo, a independência econômica da mulher são fatores que também contribuíram com a construção desta aversão. Certamente, você já deve ter ouvido alguém dizer “Casar para quê?” (se fatalmente já temos tudo sem precisar casar, além de não ter de dividir contas) ou “Não quero perder minha liberdade. É melhor cada um em sua casa”; o que dificulta a abertura para acolhermos outra pessoa em nossas vidas. “Infelizmente hoje, as pessoas estão buscando apenas seus direitos e esquecendo-se de seus deveres. Querem um amor, mas não querem os compromissos, renúncias e responsabilidades envolvidas. Assim, não se abrem para, de fato, encontrarem alguém e viverem uma trajetória de transformação. Vivem apenas relações fugazes e superficiais, não alcançando o amor e a intimidade, colheitas do tempo e do convívio”, lamentou a psicóloga. Como diz a cantora Zélia Duncan no trecho de uma de suas mais novas canções, “Amar é profundo”, e o casamento é o que proporciona ainda mais esta profundidade através da experiência de abertura ao outro. “É uma disponibilidade para transformar e ser transformado, ou seja, uma experiência que pode nos levar ao amadurecimento pessoal e de nossa capacidade de amar,” comentou a psicóloga.
Mas a mudança das pessoas também refletiu no modo de se relacionar. O casamento passou por consideráveis transformações, que envolveram tanto perdas quanto ganhos. De acordo com Eduardo Bittar, houve um tempo em que as pessoas se casavam por imposição (dever por dever); por amor (dever e romantismo); e por opção (abaixo o dever). No entanto, nos dias de hoje, existe o amor sem casamento (prazer em rotação), o que corresponde à distância que o individualismo e o materialismo fizeram com que nossa geração alcançasse, afrouxando os laços da relação. Porém, se por um lado pessoas se apegam à liberdade para não se envolverem com alguém, por outro, as pessoas que decidem ter uma vida conjugal buscam estruturar sua relação no afeto e no companheirismo. “Importam menos a instituição, o contrato formal, o compartilhamento de bens e as conveniências sociais do que a qualidade da relação que estabelece; o poder está perdendo lugar entre os parceiros, que pautam seu vínculo no respeito mútuo e no amor,” ressaltou Cardella, sobre a mudança na formação conjugal. Há 11 anos, o psicoterapeuta e escritor brasileiro Flávio Gikovate deu o palpite de que, no futuro, as pessoas mais individualistas evitariam morar sob o mesmo teto. De fato, ele não se enganou, pois este tipo de relacionamento já faz parte de nossa realidade. “Não há dúvida, porém, de que ele [o relacionamento] é mais completo quando somos capazes de compartilhar mais inti-
mamente nossas vidas”, afirmou o psicoterapeuta no mesmo artigo, escrito em 2000. “O que acontece é que viver em casas separadas pode significar dificuldades para compartilhar e estabelecer fronteiras pessoais quando se está junto. (...) Isso não é necessariamente um problema, mas pode haver uma resistência e uma dificuldade na esfera da intimidade”, complementa a psicóloga Beatriz. Além disso, todas estas mudanças citadas até aqui refletiram nas formações de famílias; havendo, então, casais vivendo de formas diversas, como heterossexuais, homossexuais, com ou sem filhos, com filhos de relações anteriores; apenas mães ou pais com filhos, casais que residem na mesma casa, e até os que vivem em casas separadas (conforme citado no parágrafo anterior). A liberdade de escolher como se relacionar traz ao casal a possibilidade de encontrar sua maneira de conviver, compartilhar e obter seus espaços individuais mas, possibilitar a presença de outro em nossas vidas, permitindo a abertura e enraizamento de vínculo afetivo e amoroso pode nos oferecer muito mais do que as relações superficiais. “O que somos se constitui e revela pelo outro que nos contraria, questiona, escapa, desaloja, tornandonos quem somos em potencialidade. Veremos que é apenas a partir do encontro com os outros que nos tornamos nós mesmos, um processo contínuo de criação e realização de nossa singularidade,” finalizou Beatriz Cardella. ALPHA AMOR & SEXO■
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blanc No mês das noivas, preparamos um editorial especial para quem quer casar Por Amauri Eugênio Jr.
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La vie en rose”, obra-prima da cantora francesa Édith Piaf (1915-1963), é um dos clássicos da música francesa, e também pode ser considerado como um dos hinos da terra de Napoleão, Victor Hugo, Alain “Le Professeur” Prost e de Zinedine Zidane. Piaf, nesta música, compara a felicidade inerente a um romance à “vida corde-rosa” (“La vie em rose”). Pois bem, a origem do vestido branco remonta ao século XIX, na Inglaterra: a Rainha Vitória popularizou o uso do vestido branco, que simboliza a pureza e a castidade, mesmo que estes valores já não tenham tanta importância no mundo moderno. Antes desse casamento épico, a cor mais usada para a cerimônia era o vermelho, que
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Fotos Newton Medeiros
representava o amor e a paixão. Logo, tudo o que a noiva quer, pelo menos na cerimônia de casamento, é uma “vida em branco” (ou “la vie en blanc”, como preferir). Maio é o “mês das noivas”, de acordo com sugestão da Igreja Católica, além de também ser o “mês das mães”, por ser o mês da consagração de Maria, mãe de Jesus Cristo. Apesar de, estatisticamente falando, o mês mais procurado para cerimônias matrimoniais ser dezembro (por causa do 13º salário, é claro), ainda vale casar no mês das noivas. Que tal dar uma olhada em “la vie en blanc”? Au revoir, mademoiselle! (“Até mais, madame”).
vestido tomara que caia plissado rebordado com aplicações de renda francesa, com cauda sobreposta
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vestido tomara que caia em ziberline, corpo em pregas com camadas de babados no gazar acetinado
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Fraquete em microfibra cinza risca de giz, gravata italiana em cetim grafite
vestido frente única de ziberline bordado com cristais Swarovski na gola e na costura
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ensaio Serviço Fotografia Newton Medeiros Tel.: (11) 2440.4747 Direção de Fotografia e Arte Cintia de Castro Brumatti Produção Ana Paula Iatchuk Elís Lucas Mayra Figueiredo Maquiagem e cabelo Daniela Santos Tel.: (11) 9671.0662 Modelos Jéssica Scholz Larissa Bruna da S. Santos Rubens Vinicius Iatchuk Lojas Roupas: New Star Fashion Tel.: (11) 2281.7000 Sapatos: Roberto Oshiro Tel.: (11) 2229.0888 Arranjos de cabelo e acessórios: Edelweis Tel.: (11) 2422.4399 Buquê: Florexótica Tel.: (11) 2475.3202 vestido tomara que caia de musseline e seda branco com transparência no busto e drapeado no corpo
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vestido no gazar de seda, corpo em tela com motivos de ores e saia em ondas de gazar
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ão é segredo para ninguém que o brasileiro é apaixonado por carros; sejam eles antigos ou relativos ao último modelo, com todos os itens originais mantidos ou transformados por meio do tunning, raros ou populares. Tanto que não são raros os proprietários que passam boa parte do dia no lava-rápido, para dar aquele “trato” no seu veículo. Também podem ser encontrados entusiastas de carros de luxo com frequência. Não me refiro aos milionários adeptos de excentricidades, que chegam até a revestir seus veículos com ouro, mas os que admiram automóveis que parecem ter sido projetados e construídos para chefes de Estado. Quem nunca se sentiu “hipnotizado” ao ver um daqueles carros com design imponente, que parecem ser “de outro planeta” (Ayrton Senna usou exatamente essas mesmas palavras para descrever a Williams do piloto inglês Nigel Mansell, em 1992) e, instintivamente, chega a virar o pescoço para acompanhá-lo visualmente? E qual mulher nunca sonhou em chegar à igreja, no dia de seu casamento, em um veículo igualmente elegante e luxuoso? Pois bem, são exatamente esses veículos, luxuosos e imponentes, que a Giovani Pavan Luxury Cars oferece aos seus clientes. Dentre eles, podem ser citados o 300C e o PT Cruiser, ambos da Chrysler, o Jaguar X-Type e demais modelos de Luxo, sejam eles contemporâneos ou antigos. Esses mesmos carros, por sinal, são alugados para Casamentos, Eventos Corporativos e Executivos, Comemorações de Datas Especiais (Aniversários de Casamento, Bodas e Debutantes, por exemplo) e em Comerciais e Propagandas de diversos segmentos. Giovani Pavan, diga-se de passagem, ingressou no ramo de aluguel por meio de seu grande interesse por carros antigos. “Comecei no ramo de aluguel de carros de luxo por uma grande paixão em realizar o sonho das Noivas e, graças a esta oportunidade, hoje o hobby tornou-se profissional e minha atividade principal”, ex-
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Foto Lucas Dantas
plicou o proprietário da Giovani Pavan Luxury Cars. Entre os diferenciais de seu empreendimento, podem ser citados o alto nível de comprometimento com o cliente, pontualidade, a excelência no atendimento, ao se prezar pela segurança e pelo bem estar daqueles que contratam seus serviços. Enfim, se você é apaixonado por tudo o que estiver relacionado ao Luxo e ao Requinte, além de entusiasta de carros imponentes (sejam eles antigos ou “atuais”), a Giovani Pavan Luxury Cars pode conduzir os seus sonhos e transformá-los em realidade. Serviço Giovani Pavan Luxury Cars Tel.: (11) 2935.3211 / 9118.3211 / 7755.5939 (id 100*57806) www.giovanipavan.com.br
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Eles mal aparecem no dia de seu casamento mas, com certeza, seu conforto deve ser garantido Por Elís Lucas
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No dia de seu casamento, talvez o sapato seja o item que menos lhe cause preocupação. No entanto, se na escolha do vestido levase em conta seu estilo e glamour, para a escolha do sapato, além da beleza, deve-se atentar ao conforto que ele lhe proporcionará. Afinal, você não vai querer ser incomodada por dores nos pés, bem na hora do “sim”, não é?! Então, confira abaixo alguns modelos de sapatos de noivas, assinados por Roberto Oshiro.
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Gandhi, Che e Assange: causas e estilos diferentes, mas com ideais voltados por um mundo mais justo Por Amauri Eugênio Jr.
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rês homens. Épocas completamente diferentes. Ideologias igualmente antagônicas. Mas, ainda assim, o mesmo ideal: a luta por uma sociedade mais justa. Este é o legado deixado por Mahatma Gandhi, Che Guevara e por Julian Assange. Apesar de não serem contemporâneos, tampouco compartilhavam das mesmas ideologias, porém, os três lutaram (Assange continua sua luta) por uma sociedade mais justa e humana. “Em primeiro lugar, não sei se podemos compará-los, pois cada um, ao seu modo, tem papéis diferentes na história da humanidade, vinculados ao seu tempo”, explicou Edson Rildo Alencar, mestre em Ciências Políticas pela USP. Pois bem, que tal analisarmos com mais detalhes as causas defendidas por esses três símbolos da luta por um mundo melhor? Boa leitura. Mahatma Gandhi É impossível não falar em desobediência civil e em não-violência sem mencionar o nome do indiano Mahatma Gandhi (1869-1948). Seu nome completo é Mohandas Karamchand Gandhi (“Mahatma” foi uma nomenclatura dada a ele pela população local, que significa “A Grande Alma”). Aos 13 anos, Mohandas se casou com Kasturbai, 14, por meio de cerimônia arranjada entre as famílias dos noivos; e, posteriormente, foi à Inglaterra para estudar Direito. Por lá, teve seu primeiro contato com a Bhagavad-Gita, texto religioso hindu. Em 1891, foi à África do Sul, para representar uma empresa hindu e, ao chegar ao país, em momento de intensa discriminação racial, Gandhi começou a lutar pelos direitos dos hindus que habitavam a região. Ainda em solo sul-africano, Mahatma Gandhi aderiu à Brahmacharya (celibato) e à Satyagraha, nomenclatura para desobediência civil (baseada na ahimsa, que consistia em nãoviolência); e, por esse motivo, a justiça local o prendeu. Após a intensificação da desobediência civil, o movimento encabeçado por ele alcançou seus objetivos na África do Sul. De acordo com Gandhi, a Satyagraha era “uma força que, se
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ficasse universal, revolucionaria ideais sociais e anularia despotismos e militarismos”. Em 1915, Gandhi voltou à Índia. Após prisões (o líder social passou 6 anos de sua vida preso, ao serem somadas todas as vezes em que foi para a cadeia) e jejuns, o povo indiano passou a ter mais direitos perante os colonizadores e, após a causa de Gandhi ter ganho repercussão internacional (ele foi escolhido como “a personalidade do ano” em 1930, pela revista Time), a Índia se tornou independente da Inglaterra. “Gandhi era um humanista, acreditava na luta pacífica como forma de conquista”, explicou o mestre em Ciências Políticas Edson Rildo. Mahatma Gandhi foi assassinado em 15 de janeiro de 1948 por Nathuran Godse, hindu radical, por causa do suposto enfraquecimento do novo governo indiano. Em oposição aos seus ideais de não-violência, seu assassino foi julgado e enforcado. Che Guevara Ernesto “Che” Guevara de la Serna (1928-1967), um dos líderes da Revolução Cubana e uma das 100 personalidades mais importantes do século XX, de acordo com a revista Time, nasceu em Rosário, na Argentina, em uma família de proprietários de plantações de erva-mate; e, ainda na infância, teve o primeiro ataque de asma – que marcaria sua vida. Ao completar 18 anos, Che começou a estudar Medicina em Buenos Aires; e trabalhava, ao mesmo tempo, como funcionário público local. Nesse período, por sinal, começaram a surgir os primeiros sinais de engajamento político em Guevara. Após a II Guerra Mundial, o regime de Juan Domingo Perón começou a sofrer oposição mais veemente; e Che participou das manifestações contra o então presidente argentino. Em 1951, juntamente com Alberto Granado, fez uma viagem de moto pelo continente sul-americano (retratada no filme “Diários de motocicleta”, dirigido pelo brasileiro Walter Salles Jr.), na qual começa a se sensibilizar de maneira mais intensa sobre a desigualdade socioeconômica, além de serem intensificados seus ideais socialistas. “Talvez sua formação e condição social ao nascer
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história lhe permitisse ter as capacidades intelectuais aprimoradas; porém, é importante saber que foi seu olhar sobre as condições de vida dos povos latino-americanos que o levou a uma visão crítica da realidade social. Um revolucionário é, antes de tudo, uma pessoa que quer mudar sua própria história, assim como a de seu povo”, comentou o mestre em Ciências Políticas. Pois bem, Che concluiu o curso de Medicina em 1953, e iniciou outra viagem pela América Latina. Por meio dela, se deparou com muito mais desigualdade sociocultural e impotência para realizar mudanças nesse quadro; e, graças a esses eventos, se tornou, definitivamente, revolucionário (nesse mesmo período, Che conheceu Raúl Castro, que o apresentou ao seu irmão, um “tal de” Fidel Castro). Fidel liderava o “Movimento Guerrilheiro 26 de Julho” (M 26), que tinha como objetivo tirar Fulgencio Batista, então presidente cubano e apoiado pelos EUA, do poder; e, em 1956, se refugiaram em Sierra Maestra, para organizar o movimento revolucionário. Durante o período em que estiveram instalados por lá, Che Guevara se tornou um dos líderes da revolução, que derrubaram Batista do poder em janeiro de 1959. Guevara, após a revolução, se tornou um dos principais nomes do novo governo (era embaixador, Ministro da Indústria e presidente do Banco Nacional); e, entre outras viagens diplomáticas, ele veio ao Brasil em 1961 e foi condecorado com a Grã Cruz da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul. Quatro anos depois, Che deixou o país cubano para propagar os ideais revolucionários ao redor do mundo, com o apoio de Fidel Castro. Em princípio, ele foi ao Congo, na África; no entanto, suas tentativas de transmissão dos ideais revolucionários não surtiram efeito. Posteriormente, ele foi à Bolívia, de onde tentou estabelecer base guerrilheira para unificar os países da América do Sul; entretanto, foi capturado em 8 de outubro de 1967 (diz a lenda que após uma crise de asma); e foi executado no dia seguinte. Seus restos mortais foram levados à Argentina em 1997; e sua mítica foto, feita pelo fotógrafo cubano Alberto Korda, é a imagem mais reproduzida na História. Julian Assange O homem que, nos últimos tempos, trouxe à tona inúmeros casos peculiares e, supostamente confidenciais, inerentes a vários órgãos diplomáticos em todo o mundo, e que
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deixaram lideranças governamentais em “saias justas”. Pois bem, este é Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, especializado no “vazamento” de documentos confidenciais de órgãos diplomáticos, que fez da “verdade” e da “subversão” seus lemas de vida. Para entendermos o que levou Assange a enveredar pelo caminho do ciberativismo, é necessário analisar sua biografia relativamente curta, mas barulhenta. Voltemos a 1971, em Townsville, na Austrália. Julian Assange nasceu em uma família de artistas de um grupo de teatro; e, ao completar 9 anos de idade, passou a viver em vários locais diferentes. Já na adolescência, começou a mostrar ao que veio. Ele começou a atuar como hacker, para compartilhar informações de grandes corporações espalhadas ao redor do mundo. Nem precisa dizer que a polícia logo viria ao seu encontro (isso ocorreu em 1991 e, após ter confessado culpa em 24 acusações e por ter pago fiança e multa, foi libertado). Nesse meio tempo (em 1989), Assange e sua namorada tiveram um filho, chamado Daniel; no entanto, após a invasão policial em seu domicílio, ela separou-se do futuro fundador do WikiLeaks. Agora, vamos à criação deste site polêmico, em 2007. Desde sua fundação, já disponibilizou mais de 1 milhão de documentos confidenciais, que resultaram em situações extremamente embaraçosas para órgãos diplomáticos de diversos países. Pois bem, Assange teve sua “punição” por ter revelados alguns “podres”. Em dezembro de 2010, ele foi preso pela polícia sueca, com o aval da Interpol, por conta de crimes sexuais cometidos no país nórdico (na Suécia, relações sexuais sem o uso de preservativos podem ser consideradas como crimes sexuais, e, de acordo com ele, ambas as relações foram consensuais). Não obstante esse fato, sua fiança foi paga por meio de doações feitas por intelectuais ao redor do mundo. Além disso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que, “em vez de culpar quem divulgou, deve se culpar quem escreveu”. Apesar de todos os pesares, o WikiLeaks continua sua luta, mesmo com pressões vindas, até mesmo, de outros veículos de comunicação, como o The Washington Post. Edson Rildo Alencar explicou que o engajamento de Assange é consequência dos avanços tecnológicos de hoje. “Assange me parece muito mais fruto de mudanças tecnológicas e midiáticas”, finalizou.
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Peça que influencia e também é influenciável perante a sociedade Por Elís Lucas
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ocê, que me lê, talvez seja da geração da boa educação, aquela em que os filhos se direcionavam aos pais com mais respeito; que pediam a bênção antes de dormir; que não se envolviam em conversa de pessoas mais velhas; e que respeitavam a hierarquia do mais velho para o mais novo, independentemente de quem seja. Mas hoje, os tempos são outros, e bem sabemos que a família foi se modificando de acordo com as mudanças ocorridas na sociedade, tendo por consequência a perda de alguns destes valores. De acordo com a terapeuta de família Norma Emiliano (que atua no Rio de Janeiro), isto ocorre devido ao fato de a fa-
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mília ser considerada como um grande sistema, em que seus membros sofrem com a famosa “lei de ação e reação” (3ª lei do físico Isaac Newton) continuamente. Desta forma, as influências são recíprocas e a família, que abrange parte dos demais sistemas que compõem a sociedade, vai influenciando e sofrendo influências; assim como seus valores (éticos e morais), que vão se alterando de acordo com as mudanças sociais. “Portanto, os valores da família estão diretamente relacionados aos momentos históricos da sociedade, sofrendo diversas mutações”, completou a terapeuta. Nesse sentido, alguns fatores da contemporaneidade, como os
avanços científicos e tecnológicos, que modificaram em âmbito mundial todas as àreas da vida social (como a política, economia, cultura e da religião), também interferiram diretamente na estrutura familiar. Contudo, o que podemos perceber é que as famílias estão sendo formadas de novas maneiras pois, se iniciamos na sociedade burguesa, em que a família era formada por laços de sangue e a estrutura se compunha por pai, mãe e filhos; em pleno século XXI, chegamos à família pós-moderna ou pluralista, com tipos alternativos de convivência que, segundo a terapeuta Norma Emiliano, pode ser formada por pais separados; chefiadas por mulheres ou por homens sem a companheira; a extensa [com avós ou tias morando na mesma casa]; a homossexual; e ainda a nuclear, que seria a formação familiar do início dos tempos, composta por pai, mãe e filhos, mas com padrões diferentes do antigo. Porém, outros elementos, além da tecnologia, resultaram nestas formações de famílias, “como a religião, que foi perdendo as forças, não conseguindo manter as relações insatisfatórias; o aumento do número de divórcios; as mudanças na legislação que regula as relações conjugais e de filiação; a ruptura da dicotomia entre papéis público e privado, segundo o gênero; inserção mássica da mulher no mercado de trabalho; a pluralização dos estilos de vida; e a igualdade entre os sexos”, explicou Norma. Mesmo diante de discussões sobre a extinção da família ou sobre sua apatia moral, vários autores ainda a consideram como fator estruturante da sociedade; inclusive, pesquisas têm revelado que, apesar das mudanças, as relações de parentesco e de amizade continuam tendo significativa importância para os indivíduos. No entanto, a especialista em terapia familiar ressalta que saímos do patriarcalismo para o extremo oposto, o que significa que vivenciamos a família filiarcal, em que os filhos são a autoridade, não mais os pais. “Os filhos necessitam aprender dos pais a obediência, o respeito pelos mais velhos e a ter limites, e quem não aprende tais limites em casa não os terá na sociedade. A referência paterna precisa ser mais forte do que aquelas que as crianças aprendem pela TV, internet e com os pares; e o repasse de valores afetivos constrói o senso de justiça”, orientou a terapeuta de família sobre a inversão de papéis entre os familiares. Esta ideia de que o repasse de valores se dá pela convivência com os pais também é compartilhada pelo psiquiatra Içami Tiba que, em entrevista à revista Alpha, destacou que quando as crianças não convivem com os pais, elas já são “patrõezinhos’” das empregadas e das babás. Então, ela inverte a condição de aprendizado
com poder. “Desta forma, é mais provável que a criança absorva os valores da empregada, da babá, ou da escola, do que os valores dos próprios pais ou, ao menos, os valores que [os pais] esperavam que seus filhos recebessem, como sendo qualificação da pessoa a transmiti-los”, explicou. Além disso, os pais devem ficar atentos com o modo que utilizam para amenizar sua ausência na vida dos filhos, pois “presentinhos” e liberdade sem limites podem prejudicar a relação. “Eles [os pais] querem viver momentos felizes e, por muitas vezes, os filhos começam com as transgressões e eles não corrigem, têm medo de transformar [o happy hour] em tragic hour”, afirmou. A relação entre pais e filhos deve ser saudável, porém, corrigi-los não significa estragar esta relação; não corrigi-los é que pode prejudicar a educação e, até mesmo, a formação deles. “As crianças erram porque não sabem o que é certo; e podem perpetuar o errado como certo. Crianças que têm todas as suas vontades satisfeitas se tornam inseguras, pois não têm um guia (um ‘norte’)”, ressaltou Içami Tiba, sobre a importância dos pais corrigirem seus filhos. Não há dúvidas de que, para que o repasse dos valores seja de fato realizado, deva haver sintonia entre o casal, pois é a partir dele que se construirá a família e, consequentemente, a união e afetividade dos demais membros. Porém, este feito não é fácil, pois “a coesão familiar requer investimentos constantes para se manter um equilíbrio dinâmico entre as diferentes forças em ação. É um trabalho diário de amor, aceitação e tolerância”, explicou Norma Emiliano. No caso de famílias recasadas, a terapeuta familiar alerta que é preciso tempo para que ocorra a reorganização e surjam os vínculos e a intimidade. Em suma, apesar da família se modificar constantemente através do tempo, ela permanece com as características iniciais, pelo fato de ser um sistema de vínculos afetivos em que, de acordo com a terapeuta Norma, se dá a socialização, significando que ainda tem como funções a proteção, a formação do sentido de afeto (humanização); além da formação do caráter, tendo como referência os modelos paternos. Outra notícia animadora é de que “os atendimentos às famílias vêm aumentando, e que os jovens casais já procuram terapia familiar solicitando ajuda para repensar sobre seus conflitos”, o que para a especiaista em família Norma é alentador, “pois é o despertar para a prevenção”. No entanto, mesmo que não tenhamos como prever a família do futuro, já sabemos o que devemos fazer agora, no presente; afinal, a crise sempre nos possibilita a oportunidade de renovação.
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pAIS E fIlHOS, DIfICUlDADES CONTEMpORÂNEAS Por Priscila Carvalho Meyer
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Fotos Banco de imagens e Lucas Dantas (psicóloga)
uitos pais se perguntam onde erraram na educação de seus filhos: “eu faço de tudo! Ele tem de tudo! Eu não tive um terço do que ele tem hoje!” Estas são algumas das queixas com as quais muitos clientes chegam ao consultório a respeito de seus filhos, muitas vezes sentindo-se perdidos diante de alguns conflitos vivenciados com a prole. É importante saber que o ser humano é um ser emocional, além do racional. Quando suas emoções estão em desordem, a razão e o bom funcionamento do indivíduo, seja ele criança ou adulto, podem entrar em desequilíbrio. Existe uma visão, acompanhada de atitudes da contemporaneidade, sobre as necessidades das crianças e adolescentes. Os pais trabalham muito com o desejo de suprir as necessidades de seus filhos: educação, brinquedos, lazer, conforto etc. As necessidades materiais estão se tornando infinitas na era da tecnologia, em que os celulares, computadores e jogos, todos os dias tornam-se obsoletos, chegando sempre no mercado “a mais nova tecnologia’’. Há uma sensação muito forte que acomete pais e filhos, a sensação de que não podem ficar para trás; existe sempre algum vazio a ser preenchido, uma nova necessidade a ser sanada com urgência. Mais trabalho, mais correria, mais estresse e, inevitavelmente, mais solidão; afastamento e desentendimentos que tornam as famílias cada dia mais desencontradas. O vazio que existe e que não será
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suprido com um modelo novo de celular pode ser ocupado pela raiva, rebeldia, dificuldades na escola ou, até mesmo, na compulsão de comprar, o que causa um prazer transitório, que acalma por pouco tempo a inquietude interna que a criança possa sentir. Viver em uma sociedade moderna pode ter grandes vantagens, porém, requer maior consciência de como viver, até onde ir e como chegar. Buscar uma vida mais equilibrada, fazendo uso das facilidades oferecidas pelo mundo moderno, mas não deixando para trás o primordial, que é o próprio viver. Isso é possível na busca pela consciência, algumas perguntas são importantes, para ajudar nesse processo: “o que quero para minha vida? o que vou deixar de mais importante e duradouro para meu filho?” Começando com essas duas indagações, você já terá muito a fazer. É um bom começo para ampliar a teia de modificações que você pode fazer em sua vida e para a vida de seu filho. Vamos lá! Pense e aja!
Priscila Carvalho Meyer Psicóloga Clínica (CRP 06/102462) priscilameyer.psicologa@yahoo.com
Colégio Novo Rumo - Pueri Domus promove Semana da Boa Alimentação
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ntre os dias 28 e 31 de março, o Colégio Novo Rumo promoveu a Semana da Boa Alimentação, aproveitando que a escola é espaço privilegiado para promoção à saúde, com a finalidade de desempemhar ainda mais seu fundamental papel na formação de valores, hábitos e estilos de vida, entre eles o da alimentação. Segundo Soraia Fiorillo Ninzolli, coordenadora da Educação Infantil do Colégio Novo Rumo, a promoção de uma alimentação saudável no espaço escolar pressupõe a integração de ações em três pontos fundamentais: ações de estímulo à adoção de hábitos alimentares saudáveis, através de atividades educativas que informem e motivem escolhas individuais; ações de apoio à adoção de práticas saudáveis com a oferta de uma alimentação nutricionalmente equilibrada; e ações de proteção à alimentação saudável, por meio de medidas que evitem a exposição da comunidade escolar a práticas alimentares inadequadas. O fator desencadeador desta Sequência Didática foi o conto de fadas “Branca de Neve e os sete anões”, pois a princesa ofereceu aos seus novos amigos, alimento em forma de comida e carinho. O conto foi dividido em três capítulos, que foram apresentados em três dias. No primeiro dia, a exibição do desenho foi pausada no momento em que o caçador conta toda a verdade à princesinha, e sugere que ela fuja floresta adentro. “Os alunos ficaram na expectativa do que aconteceria, e foram convidados a saborear o ‘Lanche do Caçador’, um sanduíche natural preparado por eles mesmos”, afirmou Soraia. No segundo dia, a exibição foi interrompida quando Bran-
ca de Neve preparava uma deliciosa torta doce com ajuda dos passarinhos; e foi exatamente isso que os alunos fizeram. Porém, a torta era salgada, recheada com frango desfiado, milho e requeijão. “As crianças adoraram preparar as forminhas com a massa, colocar o recheio e, por fim, imitar as marquinhas feitas nas bordas da torta pelos passarinhos”, ressaltou a coordenadora da Educação Infantil. Já no dia de exibição do filme, a receita foi a “Maçã da Bruxa”, uma deliciosa maçã do amor, que as crianças degustaram até se lambuzar; e, para finalizar, elas participaram de um almoço no colégio com a princesa. O cardápio abrangeu arroz branquinho, da Branca de Neve; feijão delicioso, do príncipe; carninha encantada (carne moída com cenouras, milho e batatinhas); salada de tomates, dos anões; e gelatina colorida, das borboletas da floresta. O objetivo de todas estas atividades foi o de complementar a proposta de uma alimentação saudável, a qual já faz parte do planejamento de atividades da Educação Infantil e do 1º ano do Ensino Fundamental. Além disso, o Colégio Novo Rumo trabalha com escrita e leitura de receitas, listas de alimentos, pesquisas, dentre outros, enriquecendo ainda mais o desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis, o que sempre foi priorizado na proposta pedagógica da instituição. SERVIÇO Colégio Novo Rumo R. Poeta Castro Alves, 78 - Centro - Guarulhos/SP Tel.: (11) 2440-2000 / www.colegionovorumo.com.br
educação
Como a escola pode ajudar a formar cidadãos tolerantes em relação a valores alheios Por Amauri Eugênio Jr.
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anto a sabedoria popular quanto psicólogos e pedagogos dizem que um cidadão é formado desde a infância; e que valores inerentes a ele são transmitidos por meio de assimilação dos atos de pessoas mais velhas no cotidiano. Logo, tais fatores são decisivos na formação do caráter e da visão de mundo que essa criança irá adotar no futuro, se ela será um ser tolerante e um cidadão que sabe respeitar a outrem, ou se irá se transformar em uma pessoa insensível à visão de mundo alheia. Recentemente, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) fez declarações com ofensas aos negros e aos homossexuais após responder a uma pergunta feita pela cantora Preta Gil, filha de Gilberto Gil. Por conta do teor de sua resposta, a Comissão Par-
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lamentar de Ética estuda a possibilidade de cassar seu mandato. Sobre esse caso, o que se pode notar é que, seguramente, fatores sociocomportamentais inerentes ao “habitat” no qual o deputado cresceu influenciaram muito sobre seu caráter. Também é impossível não fazer menção ao caso do garoto australiano Casey Haynes, 15, vítima de bullying, por causa de seu sobrepeso corporal. Após mais um ataque sofrido por ele, em que um vídeo mostra um garoto provocando-o com socos (incentivado por outros adolescentes), Haynes reagiu e o atirou no chão, em movimento semelhante aos golpes realizados pelo personagem Zangief, do jogo “Street Fighter”. Este caso, por sinal, virou uma espécie de hit em redes e, em uma entrevista, Casey
declarou que pensou, até mesmo, em cometer suicídio. Reagir violentamente a atos já violentos não é, definitivamente, a melhor saída (apesar de que esse caso pode se caracterizar em uma espécie de exceção). “Quando há infração de regra, é realizada conversa sobre o que aconteceu, até se chegar ao ponto-chave do fato. Quais são as consequências? Como resolver esse problema? É importante entender o que aconteceu, e não somente a advertir o autor, pois isso não fará diferença na educação desse jovem”, explicou a coordenadora pedagógica do Colégio Novo Rumo, Lúcia Helena Amendola. Vamos ver quais aspectos estão diretamente ligados à formação do cidadão? Religião e Etnia De acordo com a Constituição Federal de 1988, todos temos liberdade de expressão, e seus conceitos também valem na escola. “Como estamos em uma escola, ela tem como objetivo maior informar sobre todas as culturas existentes. Por meio desse conhecimento, haverá maior tolerância, em relação a todas as diferenças sociais, religiosas, e étnicas que existem em nosso mundo. Povo culto é povo educado”, ressaltou a diretora do Colégio Progresso Vila Galvão, Maria Lindaumira de Alencar. A origem regional e as diferenças étnicas ainda causam discordância e conflitos ideológicos. “Se o aluno passar a ser discriminado pelo sotaque, por exemplo, são trabalhados aspectos linguísticos; assim como são abordados aspectos básicos relativos a peculiaridades de cada região e de cada cultura do país. Afinal, o Brasil tem forte presença da miscigenação”, relatou o coordenador pedagógico do Colégio Sainte Marie, Thiago Gomes da Silva. Bullying “Infelizmente, o bullying já existia, mas não com esta nomenclatura. Alunos eram pegos como alvo de piadas; e os traumas que estas pessoas passavam a ter não eram levados em conta”. Essa afirmação do coordenador Thiago alerta que o bullying era visto como prática comum entre alunos, há até pouco tempo. É bom destacar que uma brincadeira, feita uma vez, ainda não se caracteriza como bullying; no entanto, a partir do momento em que uma pessoa vira alvo de ofensas e de represálias por um grupo por mais de uma vez, devem ser tomadas atitudes a respeito. Outro aspecto importante diz respeito ao fato de a vítima relatar tanto aos pais e à direção da escola o que vem acontecendo com ela. “O aluno que sofre bullying tem de falar o que está sofrendo.
É importante que relate pois, se falar, há como ajuda-lo”, explicou a diretora pedagógica Maria Lindaumira. Conscientização social Outro aspecto importante para a boa formação de um indivíduo é estar consciente de problemas sociais que ocorrem próximo à comunidade na qual está inserido. O Colégio Sainte Marie, por exemplo, tem o projeto “Cidadão do Amanhã”, pelo fato de a instituição ser adepta da filosofia Humanista, pois conforme explicou Thiago Gomes, o aluno é estimulado a ser um cidadão participante, a ter noções de valores culturais e comportamentais, assim como a respeitar a outrem. No caso do Colégio Progresso Vila Galvão, há quatro anos é realizado o “Projeto Cidadania”, no qual são prestados serviços à comunidade local, como atendimento odontológico, advocatício, oftalmo e psicológico, por exemplo. “Os alunos desenvolvem trabalho solidário, para que saibam o que fazer para ajudar ao próximo e, assim, se tornam cidadãos mais conscientes de seus atos”, explicou Maria Lindaumira. Neste ano, o “Projeto Cidadania” aconteceu em 2 de abril. Família A responsabilidade na formação do indivíduo não é exclusivamente da escola; logo, há parceria entre ela e os pais e em sua formação. Um dos aspectos mais importantes, para descobrir o comportamento e os interesses do futuro aluno, é conhecer a família e o seu histórico. “Algumas crianças falam muito; outras são mais quietas. Ao conhecer a família, esse aspecto é trabalhado em sala de aula, com o aluno”, explicou a coordenadora do Colégio Novo Rumo. De acordo com a diretora do Colégio Progresso Vila Galvão, a família precisa estar estruturada para transmitir valores, educação e respeito, pois todos estes itens vêm, primeiramente, do lar; e cabe à escola complementar aquilo que é originado na família. “Cabe a ela a semente principal para o bom desenvolvimento social”, completou. O ambiente escolar, obviamente, tem interferência no comportamento do aluno, conforme explicou Lúcia Helena; no entanto, o fator decisivo para a formação da criança e do adolescente está, literalmente, em casa. “É necessário conhecer as famílias dos alunos. Às vezes, elas pedem auxílio (não diretamente, mas dão sinais de que precisam de ajuda). Em casos como este, são feitas indicações de profissionais, é oferecida ajuda aos pais... Enfim, há sempre diálogo com os familiares, para que sejam encontradas as melhores alternativas para os alunos”, finalizou a coordenadora pedagógica do Colégio Novo Rumo.
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segurança
veja quais cuidados devem ser tomados em uma série de situações no cotidiano Por Amauri Eugênio Jr.
Foto Banco de imagens e arquivo pessoal
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tualmente, não são raras notícias relacionadas à violência urbana em jornais (sejam eles impressos, televisivos, on line ou no rádio) e em revistas. Muitos, por meio do senso comum, dizem que tais casos (que, infelizmente, podem terminar de maneira trágica) são inerentes à realidade nos grandes centros urbanos; no entanto, já não é bem assim que a banda toca. De acordo com pesquisa publicada pela OMS (Organização Mundial de Saúde), a proporção de homicídios nos municípios do interior do País subiu de 13,5 para 18,5 habitantes a cada 100.000 indivíduos entre 1997 e 2007. Também não são raros relatos de casos de calúnia e de difamação em sites de relacionamento, condicionados a descuidos por parte das vítimas, no que diz respeito à exposição excessiva de dados pessoais e de seus respectivos cotidianos, de modo geral. Não podem ser excluídos crimes de aberturas de empresas e de estelionato com dados de pessoas que, diretamente, não têm ligação alguma com tais “instituições”... E ainda têm de responder criminalmente por estes crimes, sendo que elas, na teoria, são as próprias vítimas. E se alguém lhes disser que esses casos são, invariavelmente, provocados pelas próprias vítimas (mesmo que inconscientemente)? Jorge Lordello, especialista em segurança e pesquisador criminal, em entrevista à Revista Alpha, explicou quais cuidados devem ser tomados no cotidiano, para evitar problemas desse tipo.
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SEGURANÇA AP: Recentemente, houve casos em que jovens foram assassinados em locais relativamente movimentados e/ou em horários em que, teoricamente, havia relativo movimento de pessoas, mesmo após não terem reagido a tentativas de assalto. Há algum tipo de precaução a ser tomada para evitar que situações como essa aconteçam? JL: O ladrão não tem interesse em matar a vítima, pois ele pratica o crime contra o patrimônio. Estatisticamente, o índice proporcional de vítimas que não fazem boletim de ocorrência (BO), assim como a de latrocínio [assalto seguido de morte], é de 0,08%. O risco é baixo. No entanto, algumas pessoas morrem em assaltos. Por exemplo, em São Paulo, a média de latrocínio é de 250 a 400 vítimas por ano. Algumas pessoas faleceram em decorrência da reação (80% dos indivíduos que reagem levam algum tiro); ou por tentativas de fuga do local do crime (de carro ou a pé). O maior problema é a vítima que não reage ou não foge, mas que faz movimento brusco, o que dá impressão de reação ao marginal. O assaltante de rua é “amador”, pois mal sabe operar uma arma de fogo. Inadvertidamente, ele deixa a arma engatilhada e, ao apontá-la para a vítima, ele está tremendo, normalmente. Em virtude disso, qualquer movimento brusco pode dar impressão de reação e, instintivamente, o revólver é acionado. O assaltante está, normalmente, mais tenso do que a vítima; logo, ela tem de gerenciar este risco. Há duas opções: ou ela “joga água”
COTIDIANA e acalma o assaltante, ou “joga gasolina” e incendeia a situação. Cabe à vítima ficar calma e não deixar o marginal nervoso. Nesse caso, tem de entregar o carro, o notebook ao assaltante, e encurtar o tempo do crime (não é recomendável tentar negociar com o marginal). A vítima do assalto não pode possuir cartões de crédito e de banco em excesso pois, em caso afirmativo, há risco de sequestro-relâmpago, o que aumenta a duração do crime. Quando morre uma pessoa no assalto, é necessário verificar o motivo. A arma é um meio de ameaça, e, se houver atitudes inseguras por parte da vítima, a arma de fogo será acionada (o que aumenta o risco para ela). AP: Não são raros casos em que pessoas têm contas bancárias e, até mesmo, empresas criadas por terceiros em seus respectivos nomes, a partir de pequenos descuidos (como não descartar corretamente o extrato bancário, por exemplo). Quais cuidados podem ser tomados com extratos e correspondências bancárias para evitar transtornos posteriores? JL: A providência principal a ser tomada pelo cliente é procurar pelo gerente, e retirar do aparecimento o valor do cheque especial, da aplicação financeira e do crédito pré-aprovado do extrato; logo, somente deve constar a conta corrente nele. A segunda coisa importante é evitar receber o extrato em casa, pois há incidência muito grande de roubos em casa. Por meio
da internet, pode-se fazê-lo com segurança. Normalmente, as pessoas deixam o documento sobre a mesa, e uma outra pessoa pode olhar. Se esse valor [relativo à conta corrente] cair nas mãos de criminosos, poderá haver sérios problemas. AP: Quais precauções podem ser tomadas na ida a uma agência bancária? JL: O sistema bancário oferece, hoje, uma série de serviços para que não sejam retiradas quantias no banco. A pressa e a conveniência bancária levam clientes a irem a agências; e a prática de se retirar dinheiro vivo no banco é uma atitude perniciosa, a ser evitada. A pessoa leiga deve procurar o gerente e obter orientação sobre como atendê-la com segurança, para evitar que um olheiro a veja e, posteriormente, ligue para outro assaltante efetuar o assalto. Quando alguém for sacar uma quantia maior, sempre há alguém vendo. AP: No trânsito, assaltos são cometidos por “flanelinhas”, “pedintes” e indivíduos que se oferecem para lavar parabrisas. O que fazer ao se aproximar de um semáforo, para que não aconteçam assaltos ou situações que possam colocar o motorista e os passageiros em risco? JL: O motorista tem de minimizar situações de risco. É recomendável evitar parar nas duas primeiras fileiras e à esquerda
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segurança (pois essas ações reduzem muito os riscos relacionados a assaltos). Travar o carro, fechar os vidros e esconder os pertences em áreas de menor visibilidade são atitudes a serem tomadas, também. Ao se fazer isso, haverá fatores maiores de segurança.
procurar soluções, cabe procurar treinamentos ou livros. O treinamento é mais eficaz, pois tem aspecto prático. Há mais de 15 anos (fui, inclusive, pioneiro nesse segmento), faço palestras para empresários, famílias, nas quais mostro atitudes seguras ou inseguras inerentes ao cotidiano. Quando fiz entrevistas com marginais, vítimas e PMs, foi detectada a dinâmica do crime (o modus operandi do criminoso). Quando são aprendidas essas táticas, o indivíduo passa despercebido por práticas criminosas. É importante que essas palestras sejam assistidas, para que se aprenda a proatividade (como antever a problemas e atitudes criminosas).
AP: Ainda sobre trânsito, por quais motivos discussões e atos abruptos devem ser evitados em relação a outros motoristas? Como expressar o descontentamento com alguma manobra de risco feita por outrem, sem proporcionar situações de risco aos envolvidos? JL: As pessoas têm de entender que o trânsito é um local tenso, pois muitas pessoas estão apressadas, atrasadas para seus compromissos. MuiAP: Em casos de tas vezes, uma dispessoas que passam “O assaltante de rua é “amador”, cussão pode resultar por situações conspois mal sabe operar uma arma de em briga, acidente trangedoras por ou, até mesmo, em conta da exposição fogo. Inadvertidamente, ele deixa a morte. É mais prude dados pessoais arma engatilhada e, ao apontá-la dente levar desaforo em sites de relapara a vítima, ele está tremendo, para casa. Se alguém cionamento e em normalmente. Em virtude disso, fechar o carro e fizer redes sociais, quais qualquer movimento brusco pode gestos obscenos, a cuidados devem ser melhor alternativa é tomados em sites dar impressão de reação e, instinseguir o rumo, sem desse teor? tivamente, o revólver é acionado.” reagir ou contrapor JL: Toda a exposia ofensa. Os vidros ção de dados pessoescurecidos, nessa hora, fazem a diferença, pois a pessoa agres- ais, familiares e da rotina de vida faz com que você e sua família sora não vê a reação de seu alvo e, assim, o risco de perseguição sejam expostos. Antigamente, os pais falavam para os filhos ou de discussões é minimizado. não conversarem com os estranhos; contudo, hoje não dizem Nunca se deve esquecer que a pessoa do outro lado pode estar para falar com estranhos pelo computador. Jovens e adultos armada, ser um bandido ou estar bêbada. É até melhor “engolir carentes ou pessoas inocentes falam de suas vidas a descoo sapo”. Recentemente, em shopping em Suzano, houve uma nhecidos, e podem ser vítimas de estelionatos, sequestros ou discussão por causa de uma vaga. Uma das pessoas envolvidas assassinatos. desceu do carro e, como ela estava armada, atirou no chão e Se na rua tem de se ter cautela, imagine pela internet, na qual acertou o pé de outra pessoa envolvida. É melhor “engolir o você não tem referência nenhuma sobre quem quer que você sapo” do que entrar em um grande problema. conheça por lá. As redes de relacionamento devem ser usadas com segurança; ou seja, é necessário perceber se a pessoa AP: Como treinamentos sobre segurança pessoal podem é confiável, além de obter dados sobre ela, mas não fornecer ajudar quem recorre a eles? Em quais situações as técnicas informações sobre você instantaneamente. Dados expostos ensinadas nesse tipo de treinamento podem ser utilizadas? na internet, no celular, adesivo da família no carro podem ser JL: Em tudo na vida, quando se pretende aprender algo ou perigosos, se caírem nas mãos de criminosos.
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reflexão
QUAIS VALORES VOCÊ QUER LEVAR PARA SUA VIDA? Por Natália Esteves (Lumier Consultoria e Eventos)
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m uma sociedade na qual o que se vê são atitudes precipitadas, falta de amor, ações covardes e falta de respeito ao próximo, o resgate de alguns valores básicos para o convívio harmonioso é mais do que necessário. A ideia de valores pessoais pode ser um tema de abordagem complicada, partindo do princípio de que cada indivíduo é livre para definir os valores que julga importantes. Porém, essa definição é imprescindível para que se obtenha sucesso na vida, seja pessoal, amorosa ou profissional. Você já parou para pensar quais valores quer levar para sua vida e construir uma trajetória de sucesso? Pode parecer meio piegas, mas precisamos estabelecer esses preceitos para transmitir a impressão correta que queremos causar. Além disso, também ajuda a estabelecer prioridades. Eu já listei os meus valores, aquilo que espero que as outras pessoas percebam em mim. AMOR PRÓPRIO Não confundir com egoísmo. Acredito no princípio de que uma pessoa que não se ama é incapaz de demonstrar amor à outra. Nos dias de hoje, é normal ver pessoas apontando os “defeitos” das outras sem antes permitir o autoconhecimento e admitir suas qualidades e defeitos. Quando você sabe “o que é” e “o que não é”, fica muito mais fácil se aceitar, se amar e, assim, respeitar as características do próximo. FAMÍLIA Não digo exclusivamente parentesco sanguíneo. Independentemente de já estarem comigo, desde sempre, ou de eu ter escolhido para caminhar
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ao meu lado (amigos ou cônjuge), ao meu ver são todos uma só família. Em todas as decisões que preciso tomar, sempre procuro o conselho dessas pessoas, afinal, por estarem diretamente ligadas a mim, são as primeiras afetadas por minha escolha. FÉ Independentemente da religião, se católica, espírita, judaica, budista, o que me encanta é a fé sem fanatismo. Acho importantíssimo acreditar em uma “Força Maior”, em algo que os olhos não conseguem ver. Mas também acredito na fé pessoal, que é capaz de alcançar objetivos, superar obstáculos, cair e levantar. Ambos os tipos de fé são pilares fundamentais nos valores de qualquer pessoa. HONESTIDADE Em extinção nos dias de hoje, mas não deixa de ser um valor importante para se ter sucesso. Precisamos ser sinceros conosco e com o próximo. Todos os tipos de relação precisam disso. Como é chato estar perto de alguém que não diz o que realmente pensa, porque tem medo de contrariar ou de ser contrariado, mas pior mesmo são pessoas que faltam com a verdade por pura maldade, para fazer intrigas. Todos nós aprendemos desde cedo que mentira tem perna curta... E tem mesmo. Essas são as respostas que tenho quando me questiono “o que é importante pra mim?” É através delas que sei quando estou no caminho que tracei para mim ou não. Quando ajo conforme meus valores eu me sinto bem, quando vou contra eles, me sinto péssima. Desta vez, usei o espaço da revista para falar de coisas em que acredito. Assim, vocês conhecem um pouco mais sobre mim e o que levo para minha pessoal e profissional. Espero ter motivado vocês a fazer uma lista igual a esta; afinal, o autoconhecimento não faz mal a ninguém. Muito pelo contrário, só ajuda a encarar melhor a vida. Vejo vocês na próxima edição!
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A mais nova boutique da cidade. Para quem tem estilo pr贸prio e gosta de moda
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ESTÉTICA DA vAlORIZAÇÃO Saiba como os padrões estéticos mudam com o passar do tempo, e como equilibrá-lo com o bem-estar
Por Amauri Eugênio Jr.
Fotos Banco de imagens e Lucas Dantas
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om o passar do tempo, é natural que inúmeros aspectos inerentes ao nosso cotidiano mudem. Padrões automotivos, de construções e de comportamento são fortemente afetados pelas alterações cronológicas; assim como a moda o é. Quer exemplos práticos? A Revolução Contracultural de maio de 1968, que consistiu na revolta de estudantes e de demais setores da sociedade francesa contra as diretrizes conservadoras do governo de Charles de Gaulle. Basta dizer que os ideais de liberdade sociocultural defendidos por eles se difundiram pelo mundo inteiro? Pois bem, o mesmo acontece em termos estéticos. Durante a Idade Média, o padrão de beleza vigente consistia em curvas corpóreas “arredondadas”; e, com o passar do tempo, os valores estéticos se alteraram ao ponto de chegarem ao que se convenciona chamar de “ditadura da moda”; ou seja, estilos que “fujam” do estereótipo relacionado à magreza (quase anoréxica) é visto com estranheza. Dr. Ricardo Toshio, cirurgião plástico, explicou, em entrevista à Revista Alpha, sobre tais mudanças de padrões estéticos com o passar do tempo, além de como manter seu padrão subjetivo de beleza, sem prejudicar o seu bem-estar. Boa leitura. AP: Os paradigmas de beleza foram profundamente modificados, com o passar das décadas; no entanto, não é de se estranhar que os padrões adotados atualmente, de certo modo, busquem inspiração nos modelos de outrora. Como essa mudança conceitual de beleza pode ser explicada? RT: A beleza, hoje, é globalizada; e isso induz à padronização estética. No entanto, o que é belo para mim não é belo para você; e a beleza depende muito da perfeição. Logo, tudo o que é bonito
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está ligado à perfeição. Há padrões de beleza das mais diferentes formas; entretanto, há massas que impõem certos padrões de beleza. Há modelos magérrimas; e, para aquele grupo, que vivencia aquele tipo de beleza, é o padrão vigente; o mais normal (ou seja, magra, e com cara de doente). Há anos, o padrão estético era o de mulheres mais roliças. Cada “tribo” tem seu tipo de beleza (assim o é na África, no Japão e nos EUA, por exemplo); mas o comércio tende a padronizar tudo: para vender no Brasil, e em qualquer lugar do mundo. Não são valorizados os estilos de belezas diferentes [do imposto pela “ditadura da moda”]; e tentam encaixá-los dentro de um estereótipo. AP: Atualmente, em nossa sociedade, é imposta uma espécie de padrão estético a ser seguido, em detrimento à beleza peculiar inerente a cada indivíduo (tanto no que diz respeito à preferência quanto a aspectos médicos, inclusive). O quão perigoso é para o indivíduo (e para a sociedade, de modo geral) essa “planificação” dos padrões de beleza? RT: Todos querem participar de um grupo, de uma tribo. Uma pessoa mais “gordinha” vive fazendo regime; ou aquela pessoa que tem as orelhas mais “abertas” (ou o nariz maior) quer alterar a sua própria imagem para se sentir aceita em um determinado grupo, e não mede esforços para tal. Se for necessário [hiperbolicamente falando], ela fica sem comer; ou, se disserem que, para emagrecer, ela teria de ficar de ponta cabeça e comer banana amassada, ela o faria. Quem não pode comprar prótese mamária, em casos extremos, coloca silicone líquido, para passar a ter imagem melhor; contudo, os riscos de complicações no quadro de saúde de pessoas que o fazem é muito grande.
a autoestima da paciente. Se ela fizer uma cirurgia e não tiver melhorado sua autoestima, ela [a cirurgia] não teria valido nada, sido ineficaz. Isso se deve ao fato de que cada pessoa deposita na cirurgia um sonho, quanto ao que vai mudar a vida dela.
AP: Não são raras complicações de saúde ou o desenvolvimento de distúrbios alimentares em virtude de a busca incessante pelos padrões de beleza impostos, especialmente, pelo mundo da moda. Como aliar o bem-estar estético a um padrão de vida saudável? RT: Hoje em dia, todos procuram por qualidade de vida maior (consomem produtos mais saudáveis e/ou orgânicos, por exemplo), estabelecer ritmo de vida que não agrida a natureza. Hoje, há movimentos que procuram qualidade de vida com boa alimentação, para que possam ter níveis melhores de saúde. AP: No caso de mulheres que procuram por cirurgias plásticas (nas mais variadas regiões do corpo humano), quais são as principais mudanças estéticas que ocorreram nos últimos anos, por exemplo? RT: Há 10 anos, por exemplo, todas as mulheres queriam ter mamas pequenas; enquanto que, hoje, todas querem aumenta-las, por meio de próteses de silicones, dos mais variados tamanhos. Antes eram inseridas próteses pequenas; e, hoje, há procura maior por próteses maiores. AP: Em que casos intervenções estéticas são recomendáveis? E quando elas não o são? RT: A melhor cirurgia é a que vai melhorar a qualidade de vida da pessoa, pois possibilita a melhora da autoestima; e, para tal, é necessário que ela que não seja algo “artificial”, ou que fique com aspecto esquisito. A melhor cirurgia estética é a que fica com aspecto natural, com poucas cicatrizes; enfim, as que melhoram
AP: E qual a frequência da procura de serviços estéticos por parte de homens? E quais tipos de tratamentos eles mais procuram? RT: Os homens têm procurado por tratamentos estéticos, especialmente em relação ao peitoral, cabelo, nariz, pálpebras e orelhas - além da lipoaspiração. Muitos querem marcar o abdômen (fazer os “gominhos”), e modelá-los, como se fossem esculturas [renascentistas]. A procura por parte do público masculino aumentou em torno de 50%, no que diz respeito a cirurgias plásticas. O homem já faz unha, depilação... Daqui a algum tempo, vai ter de ser dividido o período de atendimento entre o “dia dos homens” e o “dia das mulheres” (risos). AP: Quais dicas estéticas você pode dar para quem procura por “melhorias” no próprio corpo? RT: Ao fazer uma cirurgia, é necessário ver se o objetivo dela é algo viável; e o médico tem de orientar o (a) paciente sobre o que se pode ou não fazer (há colegas que fazem o que o paciente quer, indiscriminadamente). Tudo tem de ser bem analisado; ou seja, tem de se ver o grupo (étnico) ao qual a pessoa pertence, para que sejam tomadas decisões ponderadas sobre o procedimento a ser adotado. Não dá para, por exemplo, “fazer” um nariz grego em uma pessoa negroide. Enfim, é necessário fazer o que ficar legal na pessoa, assim como orientá-la sobre a intervenção cirúrgica. É necessário ter equilíbrio corpóreo; harmonia (por exemplo, a inserção de próteses mamárias grandes). Logo, o que eu acho bonito pode não ser igual ao ponto de vista de outra pessoa. ALPHA BELEZA■
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ÁGUA: vAlORIZE-A
Saiba como tornar este recurso, intrinsecamente ligado à vida, mais saudável Por Amauri Eugênio Jr.
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aproximadamente 75% do planeta Terra é composto por água. Paradoxalmente, apenas 0,3% de toda essa água é potável; entretanto, apenas 2% da água potável está acessível ao consumo imediato, pois os 98% “restantes” dela estão sob a forma de calotas polares, ou em lençóis freáticos. Dentre esses 2% de água potável disponíveis, quantidade considerável está poluída, e isso é exclusivamente por nossa culpa. Para que se possam encontrar alternativas para melhor qualidade de vida, também em relação à água, mecanismos para sua purificação são indispensáveis. Entre eles, pode ser mencionado o Sylocimol. Que tal conhecê-lo melhor? Sylocimol Para quem não sabe, o nosso corpo é composto por uma série de junções celulares; e as células são compostas por moléculas de elementos químicos (ou seja, somos tão somente conglomerados de ligações celulares). A acidez do organismo, em conjunto com os radicais livres (oxidantes que estão relacionados a processos degenerativos em nosso organismo), provoca doenças e demais problemas em nosso corpo, por conta da instabilidade molecular em nosso organismo. A água, por sua vez, é o conjunto de moléculas de oxigênio e de hidrogênio com íons de minerais. É neste ponto em que o Sylocimol entra. Ele é um supermagnetizador construído com aço inoxidável e, conforme a própria nomenclatura sugere, magnetiza a água,
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Fotos Lucas Dantas
tornando-a ainda mais benéfica ao nosso organismo. O que acontece é um processo no qual as moléculas da água reagem com as moléculas de cálcio e de magnésio e, posteriormente, sobram moléculas de hidrogênio (ionizadas), que neutralizam os radicais livres. “Ao gerar o campo magnético, conforme o Sylocimol é imerso na água, a corrente magnética causa a quebra das moléculas da água e, assim, ocorre a dissociação da molécula”, explicou Gerson Thuler, um dos sócios da Alcova Representação Comercial (juntamente com Fabrício Braga Aguiar). O supermagnetizador tem como proposta ser um tratamento alternativo na restauração orgânica de seres humanos, e teve eficácia comprovada cientificamente no tratamento de doenças como lúpus, psoríase, enxaqueca, gastrite, artrite, hipertensão, vitiligo, prisão de ventre etc. Para se ter uma ideia, foram realizados testes entre 2004 e 2008, para comprovar a eficácia do produto, em todo o território nacional. “A comercialização começou em 2009; e o produto está devidamente registrado no Ministério da Saúde e na ANVISA [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], por meio do oficio 438 GAB/DTEN/SVS/MS”, mencionou Thuler. Os diferenciais do Sylocimol em relação aos seus concorrentes diretos no mercado (a “Jarra azul” e o filtro Purific) estão tanto no tamanho (por ser pequeno e de fácil instalação) quanto na capacidade de magnetização. Enquanto a “Jarra azul” leva 2 horas para magnetizar 3l e o filtro Purific gasta 7 horas para fazê-lo, o Sylocimol magnetiza de 2 a 40 litros de água em 20 minutos. Além disso, ele pode ser encontrado nas versões para consumo doméstico e rural, em que podem ser instaladas em tanques, para irrigação. “O Sylocimol proporciona que a água ‘potável’ (isso não quer dizer que ela seja pura)seja tratada, e permite que ela fique pronta para o consumo; logo, o resultado final é saúde”, finalizou Gerson Thuler. Serviço Alcova representações Comerciais R. Siqueira Campos, 22 - 3º andar sl 24, Centro, Guarulhos/SP Tel.: (11) 2883.3294
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saúde
EXERCÍCIO DE vAlORIZAÇÃO
Atividades físicas, na medida certa, ajudam a melhorar o cotidiano Por Amauri Eugênio Jr.
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iversas pessoas alegam não ter tempo para praticar exercícios físicos. Muitas delas se valem da correria inerente ao cotidiano para não praticá-los; no entanto, o sedentarismo é, na maioria dos casos, um grande inimigo ao nosso corpo. De acordo com pesquisa do Ministério da Saúde, publicada em 2010, apenas 14,7% dos brasileiros praticavam exercícios físicos regularmente; enquanto que o percentual de indivíduos que não realizavam atividade alguma era de 16,4%. Você deve estar a se perguntar por que exercícios físicos são tão importantes ao cotidiano: além de você manter bom condicionamento físico e “ficar em forma”, esteticamente falando, praticar esportes, seja ele qual for, estimula a produção de endorfina, hormônio relacionado à sensação de prazer. “Com essa satisfação [obtida por meio da endorfina], o estresse é aliviado e se desvincula da rotina”, explicou Nelson Claro Neto, proprietário da academia Neo Fit. Para você, que não tem tanto tempo livre para a prática de esportes, dedicar um intervalo de seu dia é possível e, obviamente, benéfico ao seu corpo. “Praticar atividades físicas ao menos 1 hora por dia ajuda a sair da rotina; ou seja, qualquer atividade dentro ou fora da academia (caminhada, dança, luta ou musculação) o ajuda a sair dela. Isso, com certeza, trará benefícios à saúde, meolhorará sua rotina e sua autoestima”, completou o proprietário da Neo Fit. No entanto, isso não quer dizer que você deva praticar exercícios físicos por conta própria. “O praticante deverá estar sempre acompanhado e ser avaliado por médico e por educador físico, para praticar atividades dentro de seu grau de segurança. O objetivo é que essa prática não se torne um
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fator de risco; ou seja, que o praticante esteja bem assistido, acompanhado e com resultados que irão trazer benefícios à sua saúde; para que ele não saia da zona de conforto para a zona de desconforto”, ressaltou Claro Neto. Pois bem, você pode encontrar uma maneira para manter a boa forma, sem submeter seu corpo a situações de risco. “A Neo Fit encontra um ‘jeito’ de você cuidar de sua saúde e, também, de sua qualidade de vida. Todas as modalidades são preparadas para atender sua necessidade e de sua família. Musculação, fitness, danças e artes marciais são nossos atrativos e, com certeza, você vai se identificar com um deles. Toda a nossa equipe está preparada para trazer benefícios relacionados à sua saúde e reprogramar, no dia-a-dia, sua alimentação e qualidade de vida”, finalizou Nelson Claro Neto, proprietário da academia Neo Fit. Serviço Neo Fit - Unidade FiG R. Dr. Sólon Fernandes, 155, Vl. Rosália, Guarulhos / SP Tel.: (11) 2451.0910 Neo Fit - Unidade vila Galvão Av. Dr. Timóteo Penteado, 4500, Vl. Galvão, Guarulhos / SP Tel.: (11) 2497.4075
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beatriz Helena comemora seu aniversário de 12 anos em alto astral Por Amauri Eugênio Jr.
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eatriz Helena Almeida Costa Quinta Teixeira, neta da publisher do Grupo Alpha Mídia, Silvia Helena de Almeida Barbesani, comemorou, em 25 de fevereiro, seus 12 anos em festa que parecia comemoração para adultos, pois aspectos relativos à decoração do local faziam lembrar, de cara, da era Disco.
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fAMÍlIA pANNOCCHIA NA EUROpA Lygia Pannocchia e familiares visitam cidades italianas e portuguesas Por Amauri Eugênio Jr.
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Fotos Arquivo Pessoal
ygia Pannocchia decidiu comemorar mais um ano de vida com uma viagem em família, para Portugal e Itália. A ida à “terrinha” se deu para uma visita ao Santuário de Fátima, com marido, filhos e netas, além de genro e nora. Em solo italiano, foram visitadas as cidades de Roma (a Fontana di Trevi), Milão, e Pannochia, situada na região da Toscana.
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Wise Up abre nova filial na cidade Lançamento é realizado em noite de coquetel Por Elís Lucas
Fotos Lucas Dantas
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m 14 de março foi realizado coquetel de inauguração da mais recente filial da escola de idiomas Wise Up em Guarulhos (localizada na Avenida Tiradentes nº 952), administrada pelos sócios Crystina e Mauricio Ebner e Rosali e Mário Azevedo (também sócios da outra filial da mesma rede, instalada na Avenida Salgado Filho nº 2067). Além disso, uma das sócias da escola, Crystina Ebner, revelou que, além destas duas filiais, os sócios possuem a You Move, escola mais popular, e que já tem planos de abrir mais duas filiais da Wise Up em Guarulhos; inclusive, uma delas no bairro da Vila Galvão. O evento contou com a presença do vereador Guti; do apresentador de TV Rodrigo Barros; do diretor de coordenação regional da APM Guarulhos, Dr. Cláudio A. Galvão Bueno; além da diretora executiva da revista Alpha, Silvia Helena de Almeida Barbesani.
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MUÇUlMANOS DO bRASIl HOMENAGEIAM lUlA O ex-presidente brasileiro recebe homenagem durante jantar organizado pela instituição Por Amauri Eugênio Jr.
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m 21 de março, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi homenageado pela Federação das Associações Muçulmanas do Brasil, em jantar oferecido pela própria instituição. O evento, que contou com a presença de Sílvia Helena de Almeida Barbesani, publisher do Grupo Alpha Mídia, foi marcado por declaração do ex-presidente, na qual elogiou a postura do Brasil em relação à Líbia, país submetido ao governo do ditador Muammar Gadaffi e que havia sido invadido por forças da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Até o fechamento desta edição, a ONU (Organização das Nações Unidas) havia feito pedidos de cessar-fogo na região, mas sua solicitação ainda não havia sido atendida.
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Fotos Arquivo pessoal e banco de imagens
INAUGURAÇÃO DO CEU PARAÍSO- ALVORADA
Inauguração do complexo escolar teve show de Cláudia Leitte Por Amauri Eugênio Jr.
Fotos Sidnei Barros e Lucas Dantas (Cláudia Leitte)
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conteceu, nos dias 23 e 24 de abril, a inauguração do CEU ParaísoAlvorada, terceiro complexo educacional que abriga, além de escolas no formato tal qual as conhecemos, ginásio, piscinas, bibliotecas e salas de informática, com livre acesso à comunidade. No dia 23, o espaço físico da nova unidade do CEU, que abriga também a escola municipal Anísio Teixeira, e que terá telecentro, biblioteca, ginásio poliesportivo, duas piscinas, playground e pista de atletismo foi inaugurado; e, no dia seguinte, as comemorações inerentes à sua comemoração tiveram shows, organizados em parceria com a Band FM, das bandas de pagode Katinguelê e Nuwance, da dupla sertaneja Caio César & Diego, e da cantora Cláudinha Leitte. Moacir Souza, secretário de Educação do município, disse que o objetivo do CEU é reunir educação, cultura e esportes no mesmo local, no formato de complexo educacional inerente ao CEU; e que é preciso democratizar o acesso a complexos desse formato no município. “É preciso criar oportunidades para que a comunidade tenha acesso a equipamentos como o CEU. Tenho certeza de que, muitas vezes, os patamares mais altos não são atingidos por falta de oportunidades. É necessário criar oportunidades para que pessoas superem seus obstáculos”, ressaltou o secretário. Sua opinião foi compartilhada pelo prefeito Sebastião Almeida, para quem é necessário se pensar no cidadão, como um todo. “Não podemos desconsiderar a grande quantidade de jovens no município. É preciso considerar mais espaços para a juventude”, enfatizou o prefeito.
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ORGANIZAÇÃO bRASIlEIRA DAS MUlHERES EMpRESÁRIAS
Reunião da OBME para discussão de negócios Por Amauri Eugênio Jr.
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conteceu, em 21 de março, reunião da Organização Brasileira das Mulheres Empresárias (OBME). O evento, realizado na Vila Nova Conceição (tradicional bairro da capital paulista) e organizado por Cláudia Métne, presidente da entidade, contou com associadas e convidadas, e foi marcado por discussões sobre a importância da mulher no mundo dos negócios, além de projetos sociais, em pauta para este ano.
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Fotos Lucas Dantas
COMEMORAÇÃO EM ALTO ESTILO Aniversário do Padre Hewaldo Trevisan reúne fiéis e famosos Por Amauri Eugênio Jr.
Fotos Lucas Dantas
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m 22 de março, o Padre Hewaldo Trevisan comemorou seus 50 anos de vida e 20 de sacerdócio em festa no Planet Party Buffet I, na Vila Olímpia. Entre os convidados estavam Michelle Gianella (apresentadora da Rede Gazeta), Berenice Lamônica (proprietária da BL Assessoria e Agenciamento) e o mágico Mister M.
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NOITE pINK 2011
Evento homenageia mulheres guarulhenses Por Elís Lucas
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o dia 24 de março, Sonia Lago realizou mais uma edição da Noite Pink, no salão nobre do Esporte Clube Vila Galvão, com a finalidade de homenagear as mulheres. A deputada federal Janete Rocha Pietá; a primeira dama Lourdes Almeida; e a proprietária da La Belle e da Racco, Cida Rodrigues, foram algumas das laureadas da noite. Os convidados também puderam assistir ao desfile promovido pelas lojas Meg Hernandes (roupas e acessórios) e Roberto Oshiro (sapatos e acessórios), embalado por hits eletrônicos cantados ao vivo pela show woman Joe Welch.
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Fotos Lucas Dantas
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RISADARIA
Em sua 2ª edição, evento se estabelece como o maior da América latina Por Elís Lucas
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ntre os dias 24 e 27 de março, o Pavilhão da Bienal, em São Paulo, recebeu pela segunda vez o maior Festival de Humor da América Latina, o Risadaria, que este ano homenageou o humorista Jô Soares e, através de 190 humoristas, proporcionou 60 horas de risada aos espectadores. Idealizado pelo humorista Paulo Bonfá e sob realização da Infinito Cultural, do empresário Alain Levi, além dos 133 shows apresentados ao vivo, por humoristas como Rafinha Bastos, Marco Luque, Murilo Couto, os Improváveis e Doutores da Alegria, o evento contou com apresentações de dois humoristas internacionais (o mestre clown norteamericano Avner, The Eccentric, e o ator e comediante Michael Winslow, “o
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Fotos Divulgação
homem das mil vozes” da série cinematográfica “Loucademia de Policia”). O espectador também pôde acompanhar no pavilhão exposições e exibições de vídeos referentes ao “Humor na Fotografia”, “Documentários de Humor”, “Humor na Literatura”, “Humor no Grafite”, sob curadoria da dupla OsGêmeos, além de uma sala de cinema e dois teatros. Além disso, na busca por novos humoristas, os curadores Marcelo Tas, Caco Galhardo, Marcelo Madureira, Diogo Portugal e Wellington Nogueira promoveram o 1º Campeonato Brasileiro de Standy Up Comedy, do qual o santista Edson Junior se consagrou campeão, conquistando o prêmio de 3 mil reais e o direito de participar do line-up do festival em 2012.
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Zélia Duncan em Guarulhos
Show da cantora divulga seu novo álbum e atrai milhares de guarulhenses Por Elís Lucas
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Foto Sidnei Barros
o dia 3 de abril, Guarulhos recebeu um dos grandes ícones da Música Popular Brasileira: a cantora Zélia Duncan, que se apresentou no pátio de eventos do Adamastor Centro. Zélia Duncan veio à cidade para divulgar o nono álbum de sua carreira, “Pelo Sabor do Gesto”, CD produzido por John Ulhoa, da banda Pato Fu, e Beto Vilares, lançado em 2009; e que traz composições próprias e algumas em parcerias com grandes artistas como Zeca Baleiro, Chico César e Paulinho Moska. Além de interpretar canções de seu novo álbum, como “Todos os Verbos”, Zélia relembrou canções da Legião Urbana e da cantora Cássia Éller, que foram animadamente entoadas também pelo público. O show, que durou cerca de 1h20, reuniu aproximadamente 2.500 pessoas e foi realizado gratuitamente devido a parceria realizada entre a Secretaria de Cultura de Guarulhos e o Sesc São Paulo.
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NOvA DIRETORIA CIESp GUARUlHOS Após eleição, gestão 2011-2015 concede coletiva Por Elís Lucas
Fotos Lucas Dantas
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eleição realizada no dia 11 de abril, no Ciesp Guarulhos, assim como na sede e em outras regionais, elegeu a diretoria que comandará a entidade até 2015, formada por Luis Carlos Teodoro (Diretor Titular da Entidade), Maurício Collin (1º ViceDiretor) e Antônio Roberto Marchiori (2º Vice-Diretor). Após o término eleitoral de chapa única (o que demonstra união do setor), o Ciesp Guarulhos promoveu coletiva com a nova diretoria e com Daniele Pestelli (presidente da Agende - Agência de Desenvolvimento de Guarulhos). O primeiro pilar desta nova diretoria do Ciesp é o “Projeto Inovação”, que tem como meta oferecer suporte para que 1000 empresas se tornem inovadoras nos próximos três anos; e o segundo, o “Plano Estratégico 2020”, com o objetivo de identificar o comportamento da cadeia produtiva no estado de São Paulo, bem como os fatores que poderiam influenciar mudanças nas vocações produtivas, principalmente em municípios paulistas limítrofes aos estados que oferecem benefícios fiscais para a instalação de indústrias.
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lançamento da Abrag
Estabelecimentos como bares e restaurantes agora têm representação da classe Por Elís Lucas
Fotos Lucas Dantas
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m 11 de abril foi realizada cerimônia de lançamento da Abrag (Associação de Bares e Restaurantes de Guarulhos) no Hotel Slaviero Executive. Dirigida por Danilo Duarte Ramalho, a Abrag foi fundada em 4 de novembro de 2010, com a intenção de aumentar o lucro e a qualidade de estabelecimentos da cidade, além de colaborar com o a organização e crescimento gastronômico e consequentemente com o setor turístico da cidade. Para discutir sobre a importância da Associação foram convidados para compor a “mesa de bar” Fabiana Ribeiro; Paulo Portilho, proprietário do restaurante Saravá; Graco Neves, sócio da lanchonete Lago dos Patos (especialista em churros); o
deputado estadual Alencar Santana, o vereador José Luis; o secretário de desenvolvimento Econômico, Antônio Carlos de Almeida; e o prefeito Sebastião Almeida, que declarou ter “plena certeza de que é desta forma que construímos uma cidade melhor, quando todos os segmentos se juntam”. Patrocinado pelas empresas AG Virtual, Aurora, Qualimax, Groupon, Grupo Alpha Mídia, Licitações Sanegás, Slaviero hotéis e Souza Cruz, o evento ainda contou com a apresentação do cantor Rick Alves na abertura e do Grupo Origens para finalizar. Há de se destacar também os stands de empresas artesanais e até de degustação de vinhos, expostos no evento.
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fERNANDA COMEMORA SEUS 25 ANOS festa acontece no Território Custom e reúne amigos e familiares Por Elís Lucas
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Fotos Arquivo pessoal
o dia 21 de abril, a publicitária Fernanda Almeida Costa, filha da publisher Silvia Helena de Almeida Barbesani, completou 25 anos. No entanto, comemorou seu aniversário somente no dia 24 de abril com familiares e amigos no Território Custom, pois estava em Nova Iorque a passeio.
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bAIlE ANOS 60
Evento foi realizado em prol da Maternidade Jesus, José e Maria Por Elís Lucas
Fotos Lucas Dantas
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m 15 de abril foi realizado o Baile Anos 60, no Nosso Clube Vila Galvão, com fins filantrópicos, na qual a verba adquirida através dos ingressos foi revertida à Maternidade Jesus, José e Maria, para reforma do teto da instituição, danificado pelas chuvas (de novembro de 2010). No evento, que contou com a presença de Eli Corrêa, sucessos dos anos 60 foram relembrados pelo cantor Ângelo Máximo e pela banda Cristal. Também foram realizados leilões de camisas do Corinthians, autografadas pelos próprios atletas da equipe; cedidas e arrematadas pela família Pannocchia e pelo Dr. Jakov Vlasic.
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EVENTOS COM MUITO ESTILO
Rita Claro e Meire ferreira esbanjam classe ao assessorar eventos Por Amauri Eugênio Jr.
Foto Lucas Dantas
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á é notório, por meio de um ditado popular, que somente uma andorinha não faz verão; ou seja, não é possível obter nada (nada mesmo) sem o auxílio de outrem; tampouco sem parcerias. Pois bem, Rita Claro e Meire Ferreira, depois de período em que ambas obtiveram experiência e know-how profissional (cada uma em uma área distinta), juntaram forças e entraram para o ramo de assessoria de eventos. Meire, formada em Turismo com foco em eventos, trabalhou em empresas de médio e de grande porte do setor financeiro, e sempre ficava responsável por organizar eventos que sua empresa precisava realizar; e Rita, formada em Pedagogia e com experiência em lideranças de pessoas e de eventos, por sua vez, trabalhou por 11 anos na área comercial de uma grande software house e, paralelamente, organizava festas infantis e palestras. No entanto, as trajetórias das duas se cruzaram na mesma empresa, mas em áreas diferentes. “Descobrimos que ambas tínhamos perfis muito semelhantes, pois gostamos de lidar com pessoas; somos empreendedoras e buscamos constantemente a evolução, seja ela pessoal ou profissional; e, principalmente, somos apaixonadas em assessorar e realizar eventos que são propostos”, explicaram as sócias. Como as duas perceberam que tinham condições de atuar paralelamente em ambas as áreas, uniram suas experiências na organização de eventos corporativos, de festas e de confraternizações e, então, resolveram realizar o objetivo de fundarem uma assessoria de eventos. Durante os 4 anos de amizade, tanto Rita quanto Meire sofreram perdas, passaram por mudanças; mas não desistiram de seus sonhos, e estão investindo para que este projeto dê certo. “Parafraseando Roberto Shinyashiki, no livro ‘Revolução do Campeões’, afirmo que devemos assumir as perdas, recomeçando nova carreira, lembrando da importância de fazer novas
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conquistas, abandonando lembranças que perderam utilidade, pois os sentimentos ruins levam à depressão e, por consequência, à destruição”, explicou Rita Claro. Hoje, após muitos anos de expectativas, as duas estão concretizando o sonho de criarem a assessoria Estilo e Classe, para organizar os melhores eventos, com muito requinte, conforme buscam atender a necessidade do mercado corporativo, seja na integração de equipes, na divulgação de produtos ou na confraternização de empresas.
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PUBLI città
cinema
INDÚSTRIA DE VALORES CULTURAIS O Cinema, especialmente nos EUA, estabelece valores comportamentais que são difundidos no mundo Por Amauri Eugênio Jr.
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amos começar com um desafio. Tente se lembrar de como você começou a se interessar por sanduíches nos quais predominavam dois hambúrgueres, alface, queijo, e molho especial, por exemplo (ou o “épico” Big Mac, mesmo); ou, então, o que o levou a usar tênis, calças jeans, camisetas, e a ouvir Rock’ Roll... Com certeza, boa parte desses hábitos foi inspirada nos moldes comportamentais dos estadunidenses. Antes que você pergunte como isso foi acontecer, saiba que, inconscientemente, você começou a fazer tais “apropriações” culturais por meio de programas e de filmes made in USA. Dói admitir, é verdade, mas aplicamos em nossas vidas o american way of life (ou o estilo de vida americano), mesmo que inconscientemente. Que tal alguns exemplos mais práticos? Vamos à camiseta, extremamente popular entre nós. Seu uso foi difundido, lá pelos idos dos anos 60, entre os estadunidenses (lembremos que aquele era um momento de subversão dos valores comportamentais e culturais até então vigentes); e alguns dos ícones de Hollywood que passaram a usá-la frequentemente foram James Dean e Marlon Brando. Mais? A épica calça jeans. Apesar de ter sido criada na França, ela se popularizou nos EUA... Em princípio, entre os trabalhadores de minas por aquelas bandas, e teve seu uso popularizado nas décadas de 60 e 70. É raro não ver uma pessoa com uma calça deste estilo, atualmente. Pois bem, queiramos ou não, somos diretamente influenciados pelo cinema, especialmente pelos blockbusters hollywoodianos; e, além disso, o utilizamos como subterfúgio, ou melhor, como “fuga da realidade”, para ficarmos mentalmente anestesiados, ou para nos entretermos. Também há filmes que nos induzem a pensar incessantemente sobre inúmeros aspectos inerentes à vida, numa série de aspectos; entretanto, em virtude de não serem utilizados aspectos comercialmente consagrados, têm aceitação menos “calorosa” por parte do público (logo, eles são segmentados a um público específico, normalmente adeptos de filmes estritamente culturais; os famosos “filmes de arte” ou cult).
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No entanto, “a arte estiliza a vida, e a vida se deixa influenciar pela arte”, conforme ressaltou André Okuma, agente cultural da Secretaria de Cultura da Prefeitura de Guarulhos e cineasta. Estrutura do cinema, consumo e Código Hays “É importante sabermos por que existe esse conservadorismo para entendermos essa influência cultural. Bom, a sociedade americana, de base ideológica essencialmente protestante, sempre foi conservadora; e os produtores, pensando no cinema como mercadoria acima de tudo, não cogitava de maneira alguma passar por cima da ‘moral e dos bons costumes’ da sociedade americana e, na década de 30, produtores associados com o apoio de diversas áreas da sociedade americana criaram o Código Hays”. Esta explicação de Okuma sintetiza a essência do cinema estadunidense e, consequentemente, a tendência de nos aproximarmos desse estilo cinematográfico. Em primeiro lugar, ideologicamente falando, é notório (ao ponto de ser pedante, talvez) que somos influenciados pela cultura estadunidense; e, por esse motivo, as produções de Hollywood fazem tanto sucesso entre nós. Além disso, é bom fazer mais uma menção. Você talvez nunca tenha ouvido falar no Código Hays, mas ele ditou por muito tempo a estrutura do cinema americano (e nosso modo de pensar e de agir, por consequência). Você já deve ter estranhado por que as cenas de romance que remetiam a relações sexuais eram resumidas a beijos ingênuos, ou o porquê de cenas de fúria extrema, ao melhor estilo de “O Falcão Maltês”, estrelado por Humphrey Bogart, e de outros filmes noir, lá pelos idos dos anos 40 e 50, serem resumidas a interjeições contidas e puritanas, que não condiziam às feições de ira e de raiva. Pois bem, esta era a síntese do Código Hays: nada de termos chulos e de insinuações ao sexo e ao consumo de drogas; ou seja, um elogio ao conservadorismo, à moral e aos bons costumes. Apesar de o Código Hays ter saído de uso em 1968, após ter substituído pela “classificação etária”, vigente até hoje, sua essên-
cia continua no subconsciente dos realizadores de Hollywood... E no nosso, também. Não obstante esse fato, o cinema também foi um dos vetores para o incentivo ao consumo (lembremo-nos do “american way of life”, que, de maneira resumida, consistia em ter uma casa e um carro de padrões elevados, uma família “feliz” e acesso ao consumo irrestrito). Filmes Cult e “subversão” dos valores hollywoodianos Além do pseudo-puritanismo inerente ao cinema hollywoodiano, no que diz respeito aos blockbusters, deve ser levado em conta o star system, ou seja, filmes que têm em seu elenco atores que são celebridades, o que não significa que tais produções sejam boas. Para se ter uma ideia de como isso pode resultar em ocasiões curiosas, a atriz Sandra Bullock, em 2010, ganhou o “Framboesa de Ouro”, espécie de “prêmio de pior atriz”, pelo filme “Maluca paixão”; e, no mesmo final de semana, recebeu o Oscar de melhor atriz pela sua atuação no filme “Um sonho possível”. Apesar de o Código Hays ter sido chutado para escanteio e de as histórias terem uma série de variantes, “os valores morais são quase sempre os mesmos; ou seja, o espectador, mesmo vendo um filme novo, está acostumado com a forma por meio da qual o filme se apresenta, da luta do bem contra o mal, do final feliz, do ritmo do filme, dos cortes invisíveis, da trilha sonora marcada etc”. Entretanto, nem todos os filmes seguem os padrões hollywoodianos. Trata-se dos filmes Cult (ou “filmes de arte”), que destoam dos filmes do mainstream (comerciais). Entre eles, podem ser destacados os filmes europeus, especialmente os franceses da Nouvelle Vague (corrente cinematográfica que tinha como expoentes diretores como Jean-Luc Godard e François Truffaut), e espanhóis (entre eles,
podem ser destacados filmes de Pedro Almodóvar e Guilhermo de Toro). Há até mesmo diretores estadunidenses que fogem do padrão de Hollywood e que também fazem sucesso. Entre eles, o expoente é Quentin Tarantino, diretor de, entre outros filmes, “Pulp Fiction”, “Cães de aluguel”, da sequência “Kill Bill” e “Bastardos inglórios”. Entretanto, pelo fato de serem filmes de assimilação de conteúdo menos simplificada, assim como serem abordados temas complexos e “tabus”, eles tendem a ter aceitação muito menor por parte do público. Há diretores que conseguem abordar temas, digamos, delicados de maneira que passam a ter boa aceitação por parte do público. Por exemplo, Clint Eastwood dirigiu filmes que abordavam temas como eutanásia (em “Menina de ouro”, que rendeu à atriz Hillary Swank o Oscar de melhor atriz) e xenofobia (em “Gran Torino”); e ambos foram muito bem recebidos pelo público e pela crítica. “Apesar de ele usar temas delicados nos seus filmes, ele aplica a linguagem cinematográfica clássica com extrema perfeição, ou seja, ele usa sua credibilidade e as ‘fórmulas’ que o cinema americano utiliza, porém apresenta temas mais complexos em suas histórias. E tanto público como crítica o aclamam”, comentou o agente cultural. Para completar, outro fator que torna os filmes cult menos aceitos por parte do público é o ritmo: como vivemos em uma sociedade na qual tudo tende a ser instantâneo ou extremamente agilizado, não há tanto tempo disponível para se pensar em temas complexos. “É importante salientar também, que na sociedade contemporânea do ‘tudo ao mesmo tempo agora’, do excesso de informação, do imediatismo, do conforto, não há espaço para reflexões críticas, o que faz com que este tipo de filme seja também tão mal aceito”, finalizou André Okuma.
“O Falcão Maltês” (1941), dirigido por John Huston “Cães de Aluguel” (1992), dirigido por Quentin Tarantino “Fahrenheit 451” (1966), dirigido por François Truffaut “Menina de ouro” (2004), dirigido por Clint Eastwood
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ROCK’N ROLL ENGAJADO
A banda irlandesa U2 traz em sua essência música de primeira e engajamento em causas humanitárias Por Amauri Eugênio Jr.
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Por quanto tempo teremos de cantar esta música?”. Este trecho da música “Sunday bloody Sunday” pode ser considerado como um marco na carreira da banda em relação ao engajamento em causas sociais, ao redor do mundo. De maneira simplista, vamos voltar no tempo, mais exatamente para 1976. Diz a lenda que, na Mount Temple Comprehensive High School, em Dublin (capital irlandesa), um baterista adolescente de 14 anos chamado Larry Mullen Jr. afixou um anúncio em busca de integrantes para criar uma banda de Rock’n Roll; e quatro garotos atenderam ao seu chamado: Adam Clayton (baixo), os irmãos guitarristas Dave “The Edge” e Dick Evans, além do vocalista Paul Hewson (poucos devem saber, mas este é o nome de Bono Vox, nome artístico que surgiu a partir de um apelido da adolescência - “Bonavox”, ou “boa voz”). Já o nome U2 surgiu a partir de uma sugestão feita por Clayton, com base no avião Lockheed U-2, usado pelos EUA durante a Guerra Fria; se bem que há quem diga que a nomenclatura do grupo surgiu a partir de sua filosofia, na qual o público participava dos shows (“you too”, ou “vocês também”, em tradução livre). Em 1978, Dick Evans saiu da banda; no ano seguinte, o grupo atingiu o topo das paradas na Irlanda... Dali para Londres, capital inglesa, seria um pulo; e assim o foi. Em 1980, foi lançado o primeiro álbum da banda, intitulado “Boy” que, assim como seu sucessor, “October”, tinha forte influência cristã (exceto Adam Clayton, os demais integrantes são declaradamente religiosos); e já começaram a surgir contradições entre a crença e a postura rock star adotada pela banda. “Não acredito que a religião possa ser determinante na opção de um grande artista em se interessar por causas nobres”, explicou Luiz Thunderbird, músico e apresentador com passagens pela MTV e pela Rede Globo. Início do engajamento sociopolítico Pois bem, chegamos a 1983, ano de lançamento do álbum “War”. Sobre ele, já vale uma observação: a foto de capa é a do mesmo
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Foto Divulgação
garoto que aparece em “Boy”, chamado Peter Rowen (posteriormente, ele se tornou fotógrafo da banda). Porém, em “War”, ele foi fotografado como se tivesse levado um soco na boca. O dualismo inerente à postura rock star da banda com a crença cristã dos integrantes estava aparentemente resolvida; e as letras das faixas do álbum tinham postura mais crítica (“Sunday bloody Sunday”, por exemplo, descreve o “Domingo sangrento” em Derry, no país irlandês, no qual tropas britânicas mataram a tiros manifestantes civis – a música, de quebra, ficou com a posição de 268 entre as “500 melhores canções de todos os tempos” da revista Rolling Stone, em 2004). O álbum seguinte, “Unforgettable fire”, batizado desta maneira por causa de pinturas feitas por sobreviventes aos ataques com bombas atômicas às cidades de Hiroshima e Nagasaki, marca de uma vez por todas a identidade sonora da banda (as linhas de guitarra dedilhadas e agressivas de The Edge e o vocal fulminante e melódico de Bono), lançando o U2 como ícone do cenário musical mundial. Entre os destaques de “Unforgettable fire”, pode ser citada a faixa “Pride (In the name of love)”, que, apesar de ser tida como romântica, era uma homenagem ao líder negro Martin Luther King (1929-1968). Ativismo intensificado Conforme o sucesso inerente à carreira do U2 crescia, mais o ativismo ganhava espaço, tanto nas letras quanto nas ações além do palco. Em 1985, o quarteto irlandês participou do festival “Live Aid”, idealizado pelo artista e ativista irlandês Bob Geldof, no qual foram reunidos nomes importantes da Europa e Estados Unidos, entre eles Queen, Bob Dylan, Sting, Phill Collins e David Bowie. No ano seguinte, juntamente com Sting, a banda participou de uma pequena turnê ao redor dos EUA, chamada “A Conspirancy of Hope Tour”, que teve como objetivo angariar fundos para a Anistia Internacional (órgão global voltado para a defesa dos direitos humanos).
Em 1987, veio à tona o álbum “The Joshua tree”, que é, para muitos, a obra prima do U2, no qual estão, entre outras faixas, “Where the streets have no name” e “With or without you”. Apesar do sucesso retumbante deste trabalho, o frontman do quarteto irlandês passou por maus bocados após ter feito discurso em um show contra ataques promovidos pelo IRA (Exército Republicano Irlandês). Alguns simpatizantes da organização, além dos próprios membros, ameaçaram sequestrar Bono. Passados os transtornos, um ano depois, foi a vez de “Rattle and Hum” (ou “o elogio à cultura estadunidense”) ser lançado. Para variar, ele foi bem recebido pelo público e pela crítica. Um dos anos “definitivos” para a banda é 1991. Durante as gravações do álbum “Achtung baby”, os integrantes quase se separaram. No entanto, as diferenças musicais entre os quatro foram superadas e outro álbum aclamado pelos fãs e muito bem recebido pela crítica veio à tona. Para completar a aura inerente ao “Achtung baby”, a faixa “One”, uma das mais conhecidas e belas de toda a discografia da banda, é também considerada como um dos hinos do combate à AIDS (o videoclipe da música foi feito com imagens e fotos de búfalos capturadas por David Wojnarowicz, ativista homossexual que faleceu em decorrência do vírus HIV). De quebra, há teorias “conspiratórias” que dizem que a letra de “One” relata o diálogo entre parceiros soropositivos. Chegamos a 1995, ano marcado pela guerra na antiga Iugoslávia (em Sarajevo, para ser mais exato). Em parceria com o tenor Luciano Pavarotti (1935-2007), o grupo irlandês gravou a faixa “Miss Sarajevo”, presente no projeto “Original Soundtracks 1”. A música falava sobre um concurso de miss realizado no subsolo de Sarajevo, numa tentativa de esconderijo de bombardeios (e que, de certo modo, chamou a atenção da opinião pública para abusos humanitários naquele período).
bird, “as pessoas tem essa desconfiança de artistas engajados”, além de achar que Bono não precisa desse tipo de exposição para promover sua imagem. “Acredito que ele tem as melhores intenções nesse engajamento”, completou. Entre as principais causas defendidas por Bono Vox, podem ser destacadas a anistia da dívida externa a países em situação de miséria, o combate à AIDS e à fome. “Ele usa sua projeção pessoal para levar essas questões a público. Acho digno. Alguns artistas já fizeram isso. Sting foi um deles, mas sem muito sucesso [ele apoiou o reconhecimento oficial de terras indígenas na região do Rio Xingu]. Há de se tomar cuidado com isso. Sting acabou vítima de uma associação confusa, quando veio ao Brasil. Bono parece mais cuidadoso com esse trabalho e suas consequências. Bom para ele e para quem ele ajuda com isso tudo”, finalizou Thunderbird.
Engajamento contemporâneo Não foram raros os encontros de Bono Vox com lideranças de inúmeros países: Bill Clinton, George W. Bush (de quem se tornou crítico ferrenho), Lula... The Edge, certa vez, declarou que sentia vontade de vomitar ao ver seu velho amigo e parceiro de banda trocando apertos de mãos com lideranças políticas diversas; e há pessoas que duvidam da nobreza das iniciativas tomadas por Bono. De acordo com Luiz Thunder-
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vAlOR EM ASCENÇÃO Conheça Daianny Martins, a voz que promete marcar a música gospel Por Amauri Eugênio Jr.
Foto Newton Medeiros
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ohn Lennon, Elis Regina, Marvin Gaye. Artistas de mundos, estilos, épocas e maneiras de encarar a vida extremamente diferentes. No entanto, eles têm características em comum: talento descomunal, determinação ímpar e sabiam como chegar ao público. Este também é o caso de Daianny Martins, (19), natural de Parambú, no Ceará, que veio para São Paulo atrás de seu sonho: ser uma estrela da música. Simpática, comunicativa e de riso fácil (além da voz envolvente), ela, em entrevista à Revista Alpha, falou sobre carreira, sonhos e objetivos para o futuro... Boa leitura. AP: Quando começou o seu interesse pela música? DM: Nasci em berço musical (risos). Os meus parentes cantavam em corais e cresci direcionada à música. Canto desde os 3 anos de idade, na igreja, na escola, em casamentos, em festas de aniversário... Após ter concluído os estudos, fui para Fortaleza estudar no Conservatório de Música. A partir daí, surgiu a oportunidade para eu vir para São Paulo. Fiz audição no Programa Raul Gil, e passei. Recentemente, recebi um e-mail da produção, dizendo que as gravações serão realizadas em breve. A minha participação no programa é para que o trabalho seja conhecido e, por meio dele, quero ajudar ao próximo. Participei de ONGs, especialmente da ONG Mulheres da Paz, voltada para ajuda a dependentes químicos. Meu sonho é ter carreira solo e criar uma ONG para crianças, adolescentes e jovens nas regiões afastadas e carentes do Nordeste. Quero que meus fãs sintam prazer em não somente ouvir a música, mas que sintam também respeito e solidariedade ao próximo. AP: Como surgiu o seu interesse pelo trabalho voluntário? DM: Sou de família de voluntários e de pastores. Cresci vendo meus parentes ajudando pessoas carentes, e os acompanhava des-
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de criança. Na ONG Mulheres da Paz, aprendi a conviver com jovens em completa dependênciaquímica. O trabalho voluntário foi, com certeza, troca de experiências de vida. AP: Quais são as suas referências musicais? DM: As cantoras gospel Ana Paula Valadão, Aline Barros e Fernanda Brum; até mesmo Shakira, por conta do lado humanitário. AP: Como a família te apoia em relação à sua carreira? DM: Eles dizem que sou a “estrela da família”; e todos estão torcendo. Vim para gravar e participar dos programas; e a família toda me incentivou a fazê-lo. O que mais me motiva é o fato da minha família me apoiar, incondicionalmente. AP: O quão importante é para os fãs terem ciência do engajamento social e político? DM: Os fãs se espelham muito no artista... No que ele faz, em relação ao que ele gosta. Quando ele tem “bom coração” e transmite isso para os fãs, estes passam a ver a vida de outra maneira. Eu também me inspirei em outros artistas, no que diz respeito ao gerenciamento da minha carreira e no amor ao próximo. AP: O que você pode dizer aos seus fãs, que irão te assistir no Programa Raul Gil? DM: Darei o melhor de mim; e também tentarei transmitir paz, amor e alegria, por meio das canções que cantarei, pois foram escolhidas a dedo! (...) A música é ouvir, ser tocado e sentir, se identificar com ela, simplesmente. Espero em Deus que eu consiga agradar os jurados do programa e, principalmente, aos telespectadores.
Foto Lucas Dantas
notas Crioulla: nova boutique em Guarulhos
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uarulhos ganhou mais uma opção de moda feminina, para quem aprecia roupas requintadas, modernas e joviais: a boutique Crioulla, localizada na Rua Jaiminho, 402, na Vila Progresso. A grife, de Ana Cláudia Sona e de Juliana Guimarães, oferece serviço de personal styling, que consiste em consultoria de moda para as clientes (como a própria Ana Sona explicou, o objetivo é “ensinar a cliente a se vestir, de acordo com o seu estilo”). Além disso, a Crioulla também tem parceria com a Le Mani (por meio das estilistas Lavínia Porto e Aline Matos), que confecciona as peças da marca. Portanto, quem preza por exclusividade e bom gosto deve conhecer a Crioulla.
“Café brasil”, programa veiculado na TV aberta, ganha destaque entre famosos
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programa “Café Brasil”, apresentado por Constância Alencar, traz entrevistas feitas com personalidades e famosos. Entre os entrevistados por Constância, podem ser citados Leonardo Miggiorin, Paulo Goulart e Adriana Lessa, por exemplo; e vem sendo destaque entre seus pares, por conta de seu estilo inteligente e informal, que atrai o espectador. Essas características são tão evidentes que chegaram até a chamar a atenção do entrevistador Jô Soares, que convidou a apresentadora e diretora para ser entrevistada no “Programa do Jô”, da Rede Globo. O “Café Brasil” é transmitido pela TV Cantareira (canal 12 da NET) às segundas (13h), terças (17h), quartas (20h), quintas (13h30), sábados (17h30) e domingos (22); e em 5 canais da capital paulista: Net e Net Digital (canal 9), TVA (canais 72 e 99) e TVA Digital (canal 186), sempre às terças-feiras, às 19h. A L P H A N OTA S ■
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VALORES ETERNOS
“O filho eterno”, romance de Cristóvão Tezza, aborda a relação de um pai com o filho portador de Síndrome de Down Por Amauri Eugênio Jr.
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ada do que não foi poderia ter sido”. Se há alguma frase que marca todo e qualquer livro, essa assume o mote de “O filho eterno”, escrito pelo autor catarinense Cristóvão Tezza, e que trouxe uma série de prêmios: o Jabuti de melhor romance (2008), além de demais premiações no Portugal Telecom, São Paulo de Literatura, Bravo! (também de 2008), além da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte). Pois bem, deixemos de lado todas as vezes em que este livro foi laureado, e vamos ao que interessa: à história, propriamente dita. Aparentemente, ela é simples: um pai (narrador da trama, inclusive) que, ao descobrir que Felipe, seu primeiro filho, nasceu com Síndrome de Down, tem dificuldade em aceitar este fato. Somado ainda a problemas financeiros pelos quais a família desse pai passa (ele, um escritor em busca de afirmação editorial e que não consegue um emprego fixo, enquanto que a esposa tem de procurar por empregos secundários). Aparentemente, o que pode parecer, em princípio, terreno propício à rejeição irreconciliável do pai em relação ao filho, conforme a história vai se desenrolando, mostra-se a complacência e, posteriormente, senso de proteção, inerente a toda e qualquer relação entre pai e filho. Uma das passagens mais engraçadas de “O filho eterno” retrata um passeio em família (com a participação da segunda filha do casal, com aproximadamente 4 anos), na qual o pai se estressa com uma manobra desastrada cometida por outro motorista e, após ter dito alguns “palavrões”, Felipe começa a repetí-los incessantemente, sem saber o porquê.
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Foto Banco de imagens
Restou ao pai, então, se retratar e pedir para que o menino parasse (tarefa árdua, pois Felipe vivia em um universo “particular”). Outro trecho a ser ressaltado do romance retrata o desaparecimento de Felipe, o que acaba comovendo a família inteira, assim como os vizinhos. Ironicamente, ele é encontrado pelos alunos do próprio narrador brincando no pátio da faculdade; e o seu “segredo” perante a comunidade acadêmica cai por terra: a existência de seu filho portador da síndrome. Vale ressaltar que o livro tem traços autobiográficos, pois Tezza tem um filho portador de Síndrome de Down (Felipe). Ficou com vontade de saber, mesmo que em âmbito fictício, como funciona a relação de um pai com o filho portador de Síndrome de Down? “O filho eterno” é uma excelente pedida.
Foto: Newton Medeiros
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