Edição 232 - Revista Backstage - O som de cada PAzeiro

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Sumário Ano. 20 - março / 2014 - Nº 232

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Estúdio para independentes

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Criado para atender e fomentar a cena independente fluminense, o estúdio Tomba, em Niterói, chega aos 15 anos atendendo também o mercado corporativo que foge do convencional.

NESTA EDIÇÃO 14

Umas das características que quase todo profissional adquire ao longo de sua experiência é deixar sua marca pessoal nos trabalhos que realiza. Nesta edição entrevistamos Marcos Sabóia e Ricardo Vidal, técnicos das bandas Sorriso Maroto e O Rappa, que contam com exclusividade como buscam uma identidade própria na sonoridade de cada banda.

Vitrine Selecionamos alguns produtos lançados na Winter NAMM e apresentamos outras novidades que chegam ao mercado brasileiro.

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Rápidas e Rasteiras Fernanda Terra é a nova endorsee da Yamaha e a italiana RCF tem novo distribuidor oficial no Brasil.

26 Gustavo Victorino Fique por dentro do que acontece nos bastidores do mercado de áudio.

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Gigplace Nesta edição, o entrevistado é Douglas da Costa, que fala sobre a profissão de técnico de monitor.

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Um pouco de tudo O músico, compositor, arranjador e produtor Reinaldo Barriga fala de sua trajetória entre os diversos estilos musicais, que vão do rock ao sertanejo.

66 Baixo elétrico Na hora de fazer um upgrade no equipamento, a primeira questão é melhorar a sonoridade. Para isso, há diversos modelos de pickups no mercado. Os captadores Tesla, que chegam ao mercado brasileiro, podem ser uma opção.

70 Cubase - produção musical Alunos do 36° Curso Internacional de Verão, em Brasília, assistiram à disciplina Criação e Produção Musical e conteúdo prático em técnicas de microfonação e gravação.

74 Black Sabbath e a JBL Técnico de PA da lendária banda de rock and roll, Greg Price aprova o sistema VTX, da JBL, e Vertec durante o show em São Paulo.

96 Vida de Artista As memórias do quinto disco da dupla Sá & Guarabyra, Dez Anos Juntos, que apesar do sucesso foi recolhido das lojas por conta de um processo judicial.


Cores do Rappa Nova turnê do grupo, Nunca Tem Fim..., adota novo conceito de iluminação e faz uso de projeções mapeadas. Projeto, desenvolvido por Danny Nolan, foi adaptado também para a estrada pelo lighting designer da banda, Leonardo Detomi.

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CADERNO TECNOLOGIA 48 Tecnologia A Universal Audio lança sua nova Apollo Twin, interface compacta que oferece a mesma qualidade sonora consagrada da família Apollo.

52 Logic Pro Desvendamos o drummer para você, uma das mais novas funcionalidades do Logic Pro X.

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Pro Tools Repleto de opções que são habilitadas de fábrica para facilitar a vida do usuário, nesta edição, conheça mais um pouco sobre as principais preferências do sistema.

58 Ableton Live Sonho de muitos músicos performáticos, o Ableton dá a opção de agrupar instrumentos e efeitos em cadeia para formar um multi-instrumento.

62 Mixagem na monitoração Uma das fases mais importantes para uma boa mixagem é a monitoração, mas como cada caixa tem sua particularidade, é importante escolher a que melhor se adapta ao seu trabalho.

CADERNO ILUMINAÇÃO 78 Vitrine Leve e prático, o Gobo Zoom Projector é o projetor de gobos com controle DMX ideal para projeções de logos e nomes. A linha MAC, da Martin, vem trazendo produtos com mais brilho e perfeição, ideais para aplicações mais exigentes.

80 Cenários e tendências Com a conquista de vez dos LEDs no setor de eventos culturais e musicais, é hora de avaliar algumas tendências para os projetos de iluminação cênica.

Expediente Diretor Nelson Cardoso nelson@backstage.com.br Gerente administrativa Stella Walliter stella@backstage.com.br Financeiro adm@backstage.com.br Coordenadora de redação Danielli Marinho redacao@backstage.com.br Revisão Heloisa Brum Tradução Fernando Castro Colunistas Cezar Galhart, Cristiano Moura, Gustavo Victorino, Jorge Pescara, Lika Meinberg, Luciano Freitas, Luiz Carlos Sá, Marcello Dalla, Ricardo Mendes e Vera Medina Colaboraram nesta edição Alexandre Coelho e Ricardo Schott Edição de Arte / Diagramação Leandro J. Nazário arte@backstage.com.br Projeto Gráfico / Capa Leandro J. Nazário Foto: Divulgação Publicidade / Anúncios PABX: (21) 3627-7945 publicidade@backstage.com.br Webdesigner / Multimídia Leonardo C. Costa multimidia@backstage.com.br Assinaturas Maristella Alves PABX: (21) 3627-7945 assinaturas@backstage.com.br Coordenador de Circulação Ernani Matos ernani@backstage.com.br Assistente de Circulação Adilson Santiago Crítica broncalivre@backstage.com.br Backstage é uma publicação da editora H.Sheldon Serviços de Marketing Ltda. Rua Iriquitiá, 392 - Taquara - Jacarepaguá Rio de Janeiro -RJ - CEP: 22730-150 Tel./fax:(21) 3627-7945 / 2440-4549 CNPJ. 29.418.852/0001-85 Distribuição exclusiva para todo o Brasil pela Fernando Chinaglia Distribuidora S.A. Rua Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678 - Sl. A Jardim Belmonte - Osasco - SP Cep. 06045-390 - Tel.: (11) 3789-1628 Disk-banca: A Distribuidora Fernando Chinaglia atenderá aos pedidos de números atrasados enquanto houver estoque, através do seu jornaleiro. Os artigos e matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. É permitida a reprodução desde que seja citada a fonte e que nos seja enviada cópia do material. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios veiculados.


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Segurança que não satisfaz

A

morte do repórter cinematográfico da TV Bandeirantes, Santiago Andrade, no início do mês de fevereiro, vem suscitando uma série de questionamentos e ações em torno do tratamento que deve receber quem pratica crimes contra jornalistas no Brasil. Uma delas é a proposta de federalização das investigações de crimes cometidos contra repórteres, fotógrafos e cinegrafistas, defendida por membros da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). Uma das principais discussões dos jornalistas no Brasil e no mundo é a falta de atenção por parte das autoridades e entidades de classe sobre a insegurança no exercício da profissão. No entanto, sabemos que resguardar o direito de quem está em pleno exercício da profissão não é tradição no Brasil, haja vista que as ações somente são pensadas e as discussões retomadas quando o país está diante de alguma tragédia, como a que ocorreu em Santa Maria, na boate Kiss, em janeiro de 2013. As más condições de trabalho que a maioria dos repórteres, fotógrafos e cinegrafistas encontram no dia a dia não são, infelizmente, exclusivas dessa classe. Enquanto apenas nesse ano de 2014 (e até o fechamento dessa edição) três jornalistas já haviam sido mortos no Brasil – o que significa três vidas perdidas em menos de dois meses –, entre novembro de 2013 e fevereiro de 2014, cinco pessoas perderam suas vidas durante o trabalho nos estádios da Copa, só para citar os casos mais famosos. Agora, se decidirmos olhar e contabilizar acidentes e mortes por falta de segurança em eventos que acontecem pelo Brasil, por exemplo, provavelmente esse número irá triplicar. Só para citar mais dois casos recentes, temos o do jovem que morreu após um trio elétrico pegar fogo no interior da Paraíba e do cantor sertanejo Valdemir Resplandes Freires, vítima fatal de choque elétrico quando se apresentava em um bar na cidade de Araguaína (TO). Tragédias calam tragédias, que se sobrepõem umas às outras e são esquecidas de acordo com os interesses mercantilistas dos envolvidos. É preciso entender que não basta termos expertise e bons profissionais, sejam eles em qualquer área, porque um mercado de trabalho saudável e competitivo não se faz apenas com bons salários, mas também com cuidado e respeito pela vida de cada profissional. Boa Leitura, Danielli Marinho

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MIDAS M32 www.proshows.com.br Lançada na Namm 2014, o novo console digital MIDAS, a M32, engloba conceitos da Behringer e vem com elementos de design inspirados na Bentley de Rajesh Kutty, com assinatura identificada com as clássicas MIDAS. Possui uma estrutura física bem simples e elegante para revolucionar a experiência de mixagem ao vivo. Entre as características do instrumento estão performance ao vivo e em estúdio de gravação, com até 40 canais de entrada simultâneos; 32 premiados pré-amps MIDAS (linha PRO); 25 bus de saída (configuráveis); networking AES50, que permite até 96 entradas e 96 saídas; arquitetura aberta para a futura operação 96 kHz; ADC 192 kHz e DAC conversores para excelente desempenho de áudio e estrutura de fibra de carbono de alta performance, alumínio e aço de alto impacto, entre outras.

EWDMX IP www.elationlighting.com O equipamento é um transmissor/receptor DMX sem fio integrante da nova geração de controladores DMX sem fio da Elation Professional. Compatível com todos os produtos EWDMX e W-DMX da marca, esse novo produto oferece um suporte completo RDM e vem em um gabinete IP65 embutido para uso em área externa. O EWDMX IP usa o protocolo G4 W-DMX para funcionamento em dual band, uma maneira fácil de conectar equipamentos remotos para um sistema DMX. Ele oferece ainda uma forma rápida e fácil de conectar e configurar um sistema de iluminação e é especialmente útil para um sistema de iluminação com dispositivos elétricos em que seja dispensável a necessidade de cabos. Mesmo com um alto nível de tráfego sem fio, o EWDMX IP funciona de forma confiável graças à tecnologia Adaptive Frequency Hopping, que usa apenas canais não utilizados por outro W-LAN e qualquer outro equipamento nas frequências de bandas de 2.45 GHz ou 5.8 GHz. O resultado é uma conexão muito mais confiável e sem interferências.


ROLAND FA-06 E FA-08 www.roland.com A empresa lançou na Winter NAMM 2014 duas workstations desenvolvidas para operar intuitivamente independentemente do ambiente musical. Elas vêm com grandes seleções de sons da Roland, um sequencer de 16 tracks, um sampler fácil de usar além de uma integração DAW perfeita. A série FA reinventa completamente a estação de trabalho de música para que se faça o mínimo de esforço em tempo real, com máximo fluxo de trabalho e máxima versatilidade. Ao contrário de estações de trabalho típicas de teclado que limitam o processo criativo com características complexas, a série FA simplificada permite aos usuários explorar profundamente e desenvolver ideias musicais com menos esforço.

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KURZWEIL SP4-8 www.equipo.com.br O Kurzweil SP4-8 é o sucessor do best seller SP88 que combina a qualidade sonora Kurzweil com portabilidade e acessibilidade sem precedentes. O novo SP4-8 oferece muito mais em um instrumento elegante, leve e extremamente simples de operar. Ele vem com 88 teclas com ação de martelo, display de 16 caracteres, LCD, com ajuste de contraste no painel frontal; polifonia de 64 vozes, com alocação dinâmica; e ainda 128 programas de fábrica, extraídos dos sons do aclamado PC3. Controles Pitch Wheel, Modulation Wheel, 1 knob no painel frontal, 1 entrada para pedal sustain e 1 entrada para pedal de expressão são outras características do produto.

LEXSEN PX-1505A KIT 16

www.proshows.com.br A Lexsen PX- 1505A kit é um sistema de caixas acústicas para uso profissional com baixa distorção, amplo alcance e alta sensibilidade. É ideal para trabalhos e instalações em que o reforço de som é mais requisitado. Conta com duas caixas PX -1504A / PX-1505P. É um produto com excelente custo-benefício, fácil montagem e não precisa de técnico para instalação. Possui entrada SD/USB, sistema 400W RMS e vem com cabo Speakon.

ARRAY PLANE 10 www.taigar.com.br O line array modelo Array Plane 10 possui alto-falantes B&C 2x10" + 1 driver neodímio como bobina de 3” e qualidade acima de tudo. Destacam-se ainda como características do produto 610W RMS AES, cobertura H: 130º, resposta de frequência de 85 Hz - 20k Hz +/3dB, SPL 1W / 1m: MF 101,5 dB / HF 108 dB e dimensão de A315 x P510 x L810 mm.

D80 www.decomacbrasil.com O novo amplificador D80 da d&b conta com 4 canais de alta densidade de potência e incorpora processador de sinal digital (DSP) que oferece configurações das caixas e funções específicas. Ele foi projetado para uso com qualquer um dos sistemas d&b e tem entradas e saídas analógicas e digitais, bem como controle remoto (via computador), recursos de monitoramento e proteção de circuitos sofisticados. É um amplificador classe D projetado especificamente para fornecer energia a baixas cargas de impedância entre 4 e 16 ohms. Ele também usa um interruptor on e off com Power Factor Correction (PFC), adequado para 100-127V/20B tensões - 240V, 50-60 Hz.


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www.proshows.com.br A Benson Custom LP 55 Gold veio para impressionar os músicos dos mais diversos estilos e gostos. Esta versão possui corpo Alder e braço em Canadian Hard Maple. Escala em Rosewood com 22 trastes, ponte Tune-o-matic e ferragens Gold. Seu diferencial está nos captadores Seymour Duncan Seth Lover – SH 55 que, por conta dos componentes de sua construção, permanecem fiéis ao desenho e ao timbre vintage P.A.F original. Ultra-autêntico, Alnico2, P.A.F. - estilo humbucker. Excelente para country, jazz, blues, classic e rock.

KOSS KC25 www.equipo.com.br Adaptador de 6,3 mm, arco intercambiável para melhor adaptação, almofadas com acolchoamento isolante e design durável. Somados a essas características, o novo fone de ouvido da Koss KC25 ainda possui uma resposta de frequência entre 20 Hz – 18 kHz, impedância de 32 ohms, sensibilidade de 90 dB SPL/1mW e, para mais conforto e adaptação, cabo de 1,20 metros.

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BENSON LP 55 GOLD

MICROFONES VOKAL www.sonotec.com.br A Vokal apresenta nova linha de microfones para 2014. Construídos com materiais resistentes ao alto impacto e desenvolvidos dentro do mais alto padrão de confiabilidade, os novos modelos lançados são VM-500, VMM-100 e KL-5. O microfone VM-500 agora tem uma nova opção com três unidades. Trata-se de um kit com três microfones com fio, reunindo ótimo acabamento, resposta de frequência de 50Hz a 15kHz, captação dinâmica e impedância de 400 ohms, além de uma chave Liga/Desliga e cabos P10 e XLR de 5 metros cada. O microfone VMM-100 é uma das principais novidades da Vokal para 2014 e é indicado para púlpitos e plenários, como igrejas e câmaras legislativas. Já o KL-5 oferece captação dinâmica, chave Liga/Desliga e um cabo P10 e XLR de 5 metros.

THR10X www.yamaha.com.br A Yamaha Musical do Brasil acaba de aumentar a família de amplificadores portáteis com o lançamento do THR10X. O produto chega ao mercado para suprir as necessidades dos guitarristas de heavy metal que buscam distorções pesadas, graças à capacidade de respostas dinâmicas. O THR10X apresenta a mesma performance dos melhores amplificadores valvulados, mas em um tamanho compacto e versátil, com apenas 2,8kg. O novo amplificador vem com adicionais como cabos USB e mini estéreo, adaptador AC e DVD Cubase AI. O THR10X vem na cor verde escura e funciona com duas pilhas alcalinas AA.


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no sistema do Teatro Sesi O teatro do Sesi, no Centro do Rio de Janeiro, inaugurou um novo sistema de sonorização com equipamentos da Meyer Sound. O projeto foi desenhado pela empresa Seal Telecom, especializada na implantação e dimensionamento de sistemas de comunicação, cuja preocupação era não prejudicar a estrutura do teatro, por se tratar de um prédio antigo. A solução foi o uso

de caixas acústicas Meyer Sound da MINA, que, por se tratar de um equipamento compacto e flexível na montagem, otimizam o espaço, sem perder a qualidade sonora. A mesa de som que integra o sistema é a CL5 da Yamaha. As caixas acústicas MINA foram utilizadas do Festival Internacional de Jazz, em Montreal, a produções da Broadway.

LUCAS BRANDÃO É NOVO COMPOSITOR DA CIRCUITO MUSICAL O compositor sul-matogrossense Lucas Brandão se juntou à Circuito Musical, que além de produtora também é selo musical e editora. Administrada pela Universal Music, conta com autores como Toquinho, Mutinho, Teroca, Tião Carvalho, Antonio Skármeta, Kabelo e Tom Cunha, entre outros.

D&B NO PINK CADILLAC

FERNANDA TERRA É A NOVA ENDORSEE DA YAMAHA

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Modernização

A Yamaha Musical do Brasil acaba de ganhar mais uma integrante em sua família de endorsees. Trata-se de Fernanda Terra, baterista da banda Kombato e professora de bateria do Instituto Everdream, que utilizará em seus shows as baterias eletrônicas DTX562K. Fernanda toca bateria desde os treze anos de idade, influenciada por nomes como Chad Smith, Iggor Cavalera e Keith Moon. Ela também ministrou aulas de bateria no primeiro Girls Rock Camp no Brasil, além de diversas outras oficinas de música e festivais.

O restaurante Pink Cadillac, em Moscou, que ficou famoso em uma das cenas do filme Pulp Fiction, ganhou um sistema de som da d&b. O diretor geral Alexander Evstratov, da AE Consulting, empresa responsável por recomendar a d&b para o projeto de som do restaurante, explica que foram usados o software de simulação Array Calc com as caixas d&b T-Series e T-Subs configurados em arranjos.

NOVO DISTRIBUIDOR OFICIAL RCF NO BRASIL A rede de lojas Ninja Som é o novo distribuidor oficial dos produtos de áudio profissional da marca italiana RCF. Mais informações e catálogos de produtos pelo site www.ninjasom.com.br ou pelo telefone (11) 3362-8000.


AVID NO GRAMMY Na cerimônia que aconteceu no dia 26 de janeiro em Los Angeles, os celebrados prêmios por excelência na música foram concedidos a vários artistas, produtores e engenheiros que utilizam as soluções de áudio da Avid. Profissionais do áudio, usuários de soluções Avid, criaram trabalhos premiados incluindo o Álbum do Ano para Random Access Memories do Daft Punk, Single do Ano para Get Lucky do Daft Punk e Pharrell Williams e Música do Ano para Royals de Joel Little e Ella Yelich O’Connor (Lorde). Outros projetos de artistas, produtores e engenheiros que usam as

soluções Avid e que foram premiados pelo Grammy incluem Radioactive do Imagine Dragons (Melhor Performance de Rock), Unorthodox Jukebox de Bruno Mars (Melhor Álbum Vocal Pop) e The Heist de Macklemore & Ryan Lewis (Melhor Álbum de Rap). “É uma grande honra saber que grandes talentos do áudio profissional mundial escolhem Pro Tools e a completa linha de soluções de áudio da Avid para gravar e produzir as melhores músicas em uma ampla gama de gêneros,” comentou o Presidente e CEO da Avid, Louis Hernandez, Jr.

AES E ABRIP juntas em maio

Walter Ulmann (AES Brasil), Esteban Risso (ABRIP) e Joel Brito (AES Brasil)

A AES – Sociedade de Engenharia de Áudio (Brasil) – e a ABRIP – Associação Brasileira de Iluminação Profissional – firmaram um acordo de cooperação que trará novidades para o mercado brasileiro de áudio, iluminação, tecnologia e instalações especiais na 18ª AES Brasil Expo, que acontece entre 13 e 15 de maio. Estão previstas diversas palestras voltadas aos profissionais de iluminação e demonstrações de

equipamentos e treinamento em mesas de iluminação no Expo Center Norte, em São Paulo. Durante os três dias da AES Brasil Expo, as empresas associadas à ABRIP também demonstrarão equipamentos, palcos, estruturas, moving lights, lasers, fibras e tubos ópticos, projetores, lâmpadas, canhões, refletores e painéis com tecnologia LED, bem como sistemas de conexão, programação e controle por consoles ou wi-fi.

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FUNARTE DISTRIBUI INSTRUMENTOS A Fundação Nacional de Artes (Funarte) realizou a primeira etapa da entrega dos instrumentos de sopro às bandas contempladas com o Prêmio Funarte de Apoio a Bandas de Música 2013, no dia 11 de fevereiro, na Sala Funarte Sidney Miller, no Centro do Rio de Janeiro. A segunda etapa foi programada para ser em Belo Horizonte, no dia 13 de fevereiro, com a entrega de 134 instrumentos para bandas das cidades de Antônio Carlos, Joaíma, Ouro Preto e Ubá. A terceira etapa, dia 20 de fevereiro, na capital paranaense, beneficiou sete bandas e a entrega dos instrumentos foi no Audi-

tório Itibirê, da Secretaria de Estado de Cultura do Paraná, no centro de Curitiba. A edição de 2013 do Prêmio Funarte de Apoio a Bandas de Música contemplou 187 projetos, de vários estados, das cinco regiões do país, com a distribuição gratuita de instrumentos de sopro. Cada concorrente participante pôde escolher até cinco instrumentos entre bombardino em si b; bombardão tuba ¾ em si b; clarineta 17 chaves em si b; saxofone alto em mi b; saxofone tenor em si b; trompete em si b; trombone de Vara em si b; flauta transversa em dó; trompa cromática em Fá/si b.

BAR NA MALÁSIA TEM SISTEMA NEXT-PROAUDIO A Next Integration Engineering, a distribuidora da NEXT-Proaudio na Malásia, projetou o sistema de sonorização do famoso Q-BAR, em Sibu, na Malásia. O desafio era instalar um sistema de som que atingisse alto nível de pressão sonora e qualidade compatível com os conceitos do Q-BAR, inspirado no estilo lounge club nova-iorquino, com uma diversidade de noites temáticas e DJs residentes. A equipe de engenheiros da Next Integration Engineering optou pelos X-line, LA Series e MA series, incluindo 4-X15, 2-X12, 2-XS118, 4 –LAS218. Todo o sistema é potencializado pelas MA3200 e MA3800 e controlado por um 2-NSound DP240.

Paraná Clube tem novo sistema de som MIDAS CLASS

O salão de eventos da sede social do Paraná Clube, em Curitiba (PR), passou recentemente por uma reforma, ganhando novos sistemas de sonorização e de iluminação. O projeto de som ficou a cargo da empresa Amerco Brasil, que utilizou equipamentos Vertical Array (Colunas) e o Double Array (Sistema de Pista), ambos da marca Italiana Peeckersound, e para os subgraves foram adicionados ele-

mentos da também Italiana X-Treme Audio. O sistema no local ficou composto por: (PA) 02 x PSUT8AE + 02 x PSUT8TE + 4 x XTHPS36/A; (Delay) 02 x PSUT8AE + 2 x PSUT8TE; (PISTA) 4 x AS4L + 4 x AS16MH; (Side-Fill) 2 x PSUTBASE/A + 2 x PSUT-ST70 + 2 x PSUT8TE. Todo esse sistema é controlado pelos seus respectivos e dedicados processadores e amplificadores.

No dia 12 de fevereiro, a ProShows promoveu em São Paulo o Midas Class, um treinamento de áudio profissional ministrado por Emerson Duarte, especialista em produtos da marca. O evento teve como principal objetivo capacitar os profissionais de áudio com suportes formativos na operação da família Midas Pro Series. O treinamento caracterizou-se pelo tratamento de toda a parte operacional dos consoles Midas, abrangendo a configuração dos stage box via AES50, Patching, salvamento de cenas, shows e presets, Chanel Strip, efeitos e automação do console; o que habilita o profissional a não só fazer mixagem, como também a operar toda a configuração do sistema. O Midas Class contou com a presença dos técnicos Valtinho, João Libarino, Luis Siqueira, Pardal, Flávio, Kadu Mello e Luizão.


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Midas no Planeta Atlântida

Os consoles Midas Pro Series estiveram presentes no Festival Planeta Atlântida 2014. Tanto na edição de Santa Catarina como no Rio Grande do Sul foram usados Midas Pro2 e Pro6 como consoles de monitor, PA e console master do F.O.H. A equipe do Só Pra Contrariar contou com consoles Midas Pro2 para mixagem do PA, operado pelo técnico Ivan Cunha, o Batata. No Planeta RS, o técnico Daniel Lima, responsável pela mix da banda Comunidade Nin Jitsu, utilizou a Midas Pro2 no

PA. A Midas Pro6 foi usada como console para os monitores in-ears da banda The Offspring. No palco alternativo do Planeta Atlântida RS – “Palco do Pretinho” – todos os técnicos que por lá passaram, tiveram a oportunidade de fazer suas mixes com Midas Pro2. Segundo o especialista de produtos de áudio Pro da ProShows, Emerson Duarte, o sistema Midas Pro Series é bastante intuitivo e segue com uma linha de raciocínio voltada à mix em consoles analógicos, como os Midas Xl4.

EQUIPO RECEBE VISITA DE EXECUTIVOS DA CORT Os diretores Juliano e Everton Waldman, da Equipo – importadora e distribuidora exclusiva de mais de 20 grandes marcas de instrumentos musicais, equipamentos de áudio profissional e iluminação – se reuniram, no início do mês, com o executivo da marca Cort, Jun Park, na sede da empresa. Em sua primeira visita ao país, o executivo, além de discutir com os diretores da Equipo algumas estratégias comerciais para 2014, conheceu de perto a realidade e as dificuldades do mercado brasileiro de instrumentos musicais, visando não somente compreender o setor como também estudar meios de contribuir ainda mais para o

crescimento da marca no Brasil. Jun Park visitou um dos principais centros de comercialização de instrumentos musicais da cidade de São Paulo, como as regiões da Teodoro Sampaio e Santa Ifigênia, e ficou extremamente satisfeito com a exposição da marca, já prevendo novas ações de marketing no decorrer do ano. Há mais de 50 anos, a Cort produz guitarras, violões e baixos e oferece ampla linha de instrumentos, com modelos dedicados aos mais diferentes estilos e preferências, todos cuidadosamente desenvolvidos de forma quase artesanal. A Equipo é a distribuidora exclusiva da marca no país. Mais informações: www.equipo.com.br

PROLIGHT+SOUND A ProLight+Sound e a Musikmesse, feiras internacionais de áudio, iluminação, instrumentos musicais, software e hardware de música, partituras e acessórios acontece entre os dias 12 e 15 de março de 2014, em Frankfurt, Alemanha. O evento, que apresenta todos os anos uma programação que inclui concertos, concursos de bandas, entrega de prêmios, workshops, sessões de autógrafos e demonstrações ao vivo, oferece desconto para quem comprar o ingresso antecipadamente. O passaporte para todos os dias sai a • 46 na página www.tickets.messefrankfurt.com e dá direito a acesso gratuito à rede de transporte público de Frankfurt durante os dias de feira.

JOÃO ROCK DIVULGA LINEUP 2014 O festival de rock que acontece esse ano dia 31 de maio, em Ribeirão Preto (SP), já tem atrações confirmadas. O evento terá três palcos, que receberão grandes nomes da música como Nando Reis, Jorge Ben Jor, Zé Ramalho, Os Paralamas do Sucesso, CPM 22, Nação Zumbi e O Rappa, que se revezam em dois palcos, sem intervalos. No Palco Universitário, se apresentam paralelamente Nem Liminha Ouviu, Ponto de Equilíbrio, Vanguart, Raimundos e Vespas Mandarinas. Além das atrações musicais, a produção prepara uma grande estrutura que garantirá conforto aos roqueiros de plantão. Uma área de esportes radicais, com apresentações de diferentes modalidades como Bungee Jump, Motocross, Skate, entre outras será destaque no evento, que abrigará também área de alimentação, camarotes e pista premium.


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bilidade e caráter ao divulgar o fato. Que venham algumas aulas tão sonhadas pelo menino. Long life for rock and roll...

NAS ALTURAS, AGAIN O preço das passagens aéreas voltou a disparar, e agora com o pretexto da Copa do Mundo. Os produtores e contratantes estão ficando outra vez de cabelos em pé. Quem tem show agendado nesse primeiro semestre pelo Brasil deve ir se preparando. Esse custo adicional será inevitável.

OPORTUNISMO FRAUDE

Os desmandos e as lambanças praticadas com a nossa economia já mostram as unhas no mercado. A retração de início de ano aguarda fatos novos que recoloquem alguma confiança tão necessária aos investimentos. Em ano eleitoral, as verdades governamentais são relativas e a mentira acobertada por índices manipulados anda solta pela mãos da propagada paga a peso de ouro. Diga-se de passagem, o “nosso” ouro.

A onda vintage não pára de fazer vítimas aqui e lá fora. Produtos vendidos como originais antigos são muitas vezes falsificações feitas com extremo cuidado e precisão. Notadamente no segmento de instrumentos de corda e amplificadores, as falsificações chegam ao requinte de ter peças originais adquiridas no mercado informal de usados. Especialistas estimam que mais da metade das guitarras vendidas como antigas e vintage são falsificadas. Em recente viagem a Londres, a amiga Lorreyne, experiente guitarrista, me mostrou uma Gretsch antiga autêntica e uma detalhadamente falsificada. Confesso que tive dificuldade em distinguir uma da outra. Uma valia menos de dois mil euros, a outra passa fácil dos vinte mil no mercado vintage.

HUMILDADE E RESPEITO RECÍPROCOS Rafael Bittencourt, guitarrista do Angra e um dos grandes instrumentistas brasileiros, recebeu uma mensagem de Caldas Novas assinada pelo pequeno João Vitor de apenas 10 anos. O menino humildemente pedia para ter algumas aulas com o seu ídolo e mandou um video para ser avaliado. Assistindo ao video, o guitarrista tomou um susto com o talento do menino e não escondeu a alegria ao perceber que a guitarra brasileira estará sempre em boas mãos. “O que eu vou ensinar para este menino?” - disse o músico. A mesma humildade e respeito direcionado pelo menino ao seu ídolo foi retribuída nas palavras do guitarrista que demonstrou sensi-

O deputado federal Romário meteu os pés pelas mãos ao tentar de forma oportunista regulamentar algumas atividades ligadas à produção do hip hop. A comunidade que faz esse tipo de música (?!?) não gostou da intromissão do baixinho e detonou o intelectual pela rede. Enquanto isso, milhares de músicos talentosos que fazem música de verdade lutam para ter sua profissão reconhecida e adequadamente regulamentada e fiscalizada. Deve ser porque nenhum faz discurso boboca de pseudo movimento social.

DINHEIRO NA MÃO É VENDAVAL Roberto Medina vendeu 50% da marca Rock In Rio para uma empresa americana. A compradora é a SFX, presidida pelo californiano Robert Sillerman. Voltada para o show business e grandes eventos de música eletrônica, a empresa admite que fará das próximas edições do festival, previstas para 2015, uma plataforma para expandir ainda mais o bate-estaca de computador empurrado por um apertador de botão que se acha músico. Dos 50% das ações restantes, Medina remanejou 20% para a IMX de Eike Batista para faturar mais alguns trocados. A boa notícia é que Medina será mantido na função de gestor e cabeça pensante da marca. Até contrariar um gringo, claro...

AGONIA O declínio do axé parece ter mobilizado a Bahia e seus seguidores. Discursos inflamados e entrevistas comoventes de estrelas do gênero pedindo mais espaço


GUSTAVO VICTORINO | VICTORINO@BACKSTAGE.COM.BR chega a soar hilário. Pedem atenção dos empresários, mídia para os novatos, criticam a música gringa e desdenham o resto do Brasil como se as aulas de aeróbica que divulgam fosse o supra sumo musical. Falam em renovação, mas mantêm as letras das músicas com as 20 palavras da brincadeira que circula pela internet (com 20 palavras você monta sua própria música baiana...). E parece que até no carnaval a coisa tá afundando.

MARKETING PARA OTÁRIOS Um video mostrando a pianista portuguesa Maria João Pires apavorada porque a orquestra começou a tocar uma música diferente da que ela tocaria como solista é uma das maiores baboseiras que já vi em termos de marketing pessoal. No vídeo, a moça se faz de chocada e depois de alguma encenação começa a tocar a música executada pela orquestra como se a soubesse também e, acreditem, não erra uma nota. O absurdo começa no fato de que nenhum solista sobe ao palco com uma orquestra sem antes ensaiar muitas vezes o espetáculo, principalmente se a orquestra for a holandesa Amsterdam Concertgebouw, conduzida pelo maestro Riccardo Chailly, extremamente exigente e profissional. Não bastasse esse absurdo, a peça tocada era o Concerto para Piano Nº 20 em D Maior, K466 de W. A. Mozart, uma obra tão complicada e longa que somente Mozart a tocava sem partitura ou ensaio. Notadamente ela improvisou. Conhecida em Portugal por suas jogadas de marketing, a moça parece ter ido longe demais na encenação.

NÍVEL INTERNACIONAL Chega de espírito vira lata! Está na hora de alguém gritar bem alto que o Brasil tem condições técnicas de

sonorizar qualquer evento dentro dos melhores padrões internacionais de qualidade. Técnicos preparados, equipamentos de última geração e experiência em todo o tipo de espetáculo são fatores que precisam afastar de vez um passado em que técnicos estrangeiros nos humilhavam simplemente porque tinham acesso a equipamentos mais modernos. Mau profissional ou serviço ruim existe em qualquer lugar. Há muito tempo que o nosso país já está no primeiro time da sonorização mundial. Pronto, falei...

DEFORMAÇÃO As leis de incentivo à cultura começam a se deformar Brasil a fora. Partindo da boa idéia de financiar a cultura e novos artistas, o conceito está virando uma nebulosa máquina de fazer dinheiro para alguns governos estaduais. Além de financiar majoritariamente artistas que não precisam de financiamento e com o pretexto de criar um caixa para financiar artistas sem expressão e iniciantes, algumas leis estaduais exigem que o interessado pague ao estado um percentual adicional sobre o que ele já vai financiar. Tem taxa que chega a 25% do valor incentivado. Como todos sabem o que acontece com dinheiro na mão do poder público, as empresas começam a “amarelar” na hora de financiar novos projetos. Parece que a sede de fazer dinheiro não tem limites no nosso país.

NÃO DECOLA O vale-cultura tão comemorado quando de sua aprovação parece estar com dificuldades para decolar. Ainda não identifiquei o motivo, mas bem que o governo poderia dar um empurrãozinho na idéia e usar os próprios artistas para divulgar a lei que regulamenta a matéria. Uma oportuna manobra política na Festa Nacional da Música

de 2012 inseriu também a compra de instrumentos musicais e acessórios na lei. Mas isso parece também que ninguém notou...

ADEUS Nico Nicolaiewsky, um dos criadores da genial peça Tangos & Tragédias foi um dos maiores músicos gaúchos de todos os tempos. Maestro, humorista, compositor e produtor, Nico era uma usina de criatividade e talento que, com sua partida, deixa uma lacuna na música feita no sul do país. Das muitas entrevistas e conversas informais, fiquei sempre com a impressão de que ele tinha uma capacidade única de se renovar a cada dia. Há duas décadas toquei ao seu lado numa festa da amiga em comum, a jornalista Lilian Reid, no Rio de Janeiro. Com o também saudoso amigo Cesar Conti na bateria, montamos uma banda de base para o genial artista desfilar seu enorme talento e generosidade para com os parceiros de palco. Noite inesquecível para mim. O espetáculo Tangos & Tragédias completaria 30 anos de sucesso em 2014. O destino não quis e com apenas 56 anos de idade levou Nico para tocar no céu ao lado de Lupicínio Rodrigues e Elis Regina. A música do Rio Grande do Sul chora. Descanse em paz, maestro!

SAMPLERS Passadas quase três décadas do surgimento dos samplers como ferramenta musical, os tribunais mundo a fora ainda patinam nas decisões que envolvem direitos autorias sobre as obras parcialmente copiadas. Uma rápida olhada na jurisprudência dos tribunais americanos, os mais procurados para dirimir esse tipo de lide, indica que a matéria está longe de ser pacificada. No Brasil, o problema cai na vala comum da bagunça que é a nossa legislação, se refletindo nas decisões dos nossos tribunais.

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ESPAÇO GIGPLACE | www.backstage.com.br 28

Profissões do

‘backstage’ R O B E R T O

DA

C O S TA

TÉCNICO DE MONITOR redacao@backstage.com.br Fotos: Arquivo pessoal / Divulgação

Nesta série de entrevistas, cuja ideia é trilhar os bastidores de todas as produções aonde haja profissionais trabalhando, seja ele do áudio ou iluminação, ou mesmo em funções que nunca imaginamos que existam, mas que direta ou indiretamente estão ligadas ao dia a dia do entretenimento, trazemos uma reportagem com Douglas “Dodo” Roberto da Costa e a profissão de Técnico de Monitor.

D

ouglas, vamos falar sobre o seu início no áudio. Qual a sua formação, quais foram as empresas e bandas em que você já trabalhou? Parece que foi ontem, quando eu e os Dj’s Pezão, Shedonay, Nego Sid, Mario Loko e outros nos juntávamos nos finais das tardes de sábado apenas para ouvir música. Um trazia um toca-discos, outro um mixer, outro um amplificador e a brincadeira virava literalmente uma festa. Quanto à minha formação, cursei até o


primeiro ano do ensino médio, fiz alguns cursos, mas nada relacionado à música, e no fim ela estava comigo: a música. Acabei envolvido com ela mesmo nos bastidores. Trabalhei em algumas empresas de áudio como Som Time, ZN Eventos, TukaSom, Jefferson Equipamentos, MBS, Up Som, André Som e Luz, Spessoto Eventos, mas na maioria delas como freelancer. Logo depois fui trabalhar com algumas bandas tais como Edson & Hudson, Du Casco, Jeito Moleque, Banda Época, Roger & Robson, Eder Miguel e atualmente com o cantor Belo. Como você mesmo comentou, no início da carreira você foi DJ – naquela época discotécario. Conte-nos algumas aventuras desse período. Nossa, tenho várias. Certa vez, tínhamos uma domingueira (baile) em um bairro afastado chamado Humaitá, saímos com uma Kombi carregada de equipamentos de som e luz, e a dita cuja atolou porque a estrada era de terra e chovia muito. Tivemos que sair na chuva para desatolar, e como todos sabem, o “Show não pode parar”... Imagina como trabalhamos naquela noite! Todos cheios de lama.

Mas não deixamos o povo na mão, mesmo com lama até os cabelos (risos). Outra vez foi fazendo outro baile. Por algum motivo todas as altas (tweeter) do sistema queimaram no meio do baile. Pensa em alguém (EU) no meio do povo trocando os reparos. Como foi essa migração das festinhas para os shows com banda e equipamentos profissionais? Quais foram os seus padrinhos que o iniciaram no shows? Essa transição foi bem complexa, até porque eu tinha a cabeça de DJ. Ou seja, só pensava em música, beats etc. Fundamentos técnicos eram muito escassos, e neste recomeço conheci algumas pessoas, tais como o Bambu, atualmente trabalhando na Veritas; Luiz Juvenal, Marquinhos, Ricardo Santista, Alexandre – atualmente na Jefferson Equipamentos, que me ensinaram coisas boas, o básico. E o restante eu fui aprendendo no dia a dia mesmo. Nessa etapa, como era o seu conhecimento sobre os equipamentos? Você já tinha alguma base teórica, ou tudo era um grande jogo de armar?

Da esquerda para a direita, Paride S. (Gago), José (Zé Negão) e Douglas

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Como eu respondi na pergunta anterior, o meu conhecimento não era vasto – pra não dizer nenhum (risos) -, mas havia e há uma grande vontade de aprender, de ouvir, de ler, como toda vez que proponho a fazer algo novo. Fico encantado com tudo, com sede de aprender e entender todas as coisas novas e o porquê delas. Repare, era tudo muito novo: PAs enormes, muita amplificação, grid, bumper etc., toda uma nova nomenclatura e tecnologia, o que me fascinou.

A primeira banda de expressão nacional que me chamou para trabalhar foi a dupla Edson & Hudson. Eu estava totalmente cru, sem experiência alguma para lidar com essa nova realidade...

Houve um período turbulento em sua vida, você poderia compartilhar o que houve e como superou esse momento difícil? Houve sim, aos meus 18 anos de idade. Minha mãe me colocou para fora de casa, por causa de um grande amor que ela julgava ser eterno. Dormi alguns dias na rua, outros dias em casa de amigos, outros em um fundo de uma oficina que, quando chovia, parecia mais que eu estava do lado de fora. Comi comida estragada, tomei conta de carro em porta de nitghclub (casa das primas, ou de tolerância) em troca de um prato de comida, vendi cartão de estacionamento, lavei carro na rua apenas com um balde (não sei como eu fazia, pois hoje eu tento e não consigo risos). Depois de quase 10 anos, a minha mãe me procurou, pois ela acabou descobrindo que o amor da vida dela só queria saber de beber e dar maus tratos a ela. Me reencontrou e me pediu ajuda, e hoje a ajudo da maneira que posso. Foi um período ruim, mas graças a Deus passou. Depois de superado os problemas, novamente pessoas o ajudaram e você pôde literalmente dar uma guinada pessoal e profissional. Como foi essa etapa? Cara, só tenho a agradecer. Na verdade, foram várias pessoas: minha ex-sogra Míriam e seu esposo Dylan, DJ João (dormi na casa dele uns dias, mesmo contra a vontade da mãe dele); David, que me cedeu os fundos da oficina; Serginho, hoje motorista de ônibus que me trouxe várias vezes o que comer;

À direita, Celso (Celsinho)

Adriana (Adrianinha), que me cedeu a casa dela para morar um tempo, e muitos outros. No lado profissional, sempre trabalhando à noite em casas noturnas e depois em locadoras, ai sim me encontrei trabalhando com shows ao vivo. Qual foi a primeira banda que o convidou para trabalho e como foi a experiência de estar do outro lado, o lado do cliente? A primeira banda de expressão nacional que me chamou para trabalhar foi a dupla Edson & Hudson. Eu estava totalmente cru, sem experiência alguma para lidar com essa nova realidade, sempre montava o equipamento e aguardava o início e o fim de cada show, me sentia totalmente deslocado na posição de “cliente”, mas a experiência foi de grande valia para o meu aprendizado profissional. Atualmente você está com o cantor Belo. Como surgiu o convite e como é fazer o monitor para este artista em particular? O convite partiu do ex-produtor do Belo e meu eterno amigo Carlos Cruz (Papai, Carlão) e Douglas Chagas Iluminador na época que eu entrei na equipe - devido ao gosto pessoal do Belo. A produção viajava com 24 monitores SM400, e a banda tinha alguns músicos renomados, tais como Wilson Prateado (antes de aceitar o convite me falaram:


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E você, pessoalmente, gosta mais de fazer PA ou Monitor e por quê? Eu, em particular, gosto de som, seja no PA, seja no monitor. Amo meu trabalho.

À direita, José Luiz (Ze Heavy)

o problema lá é o baixista - risos). E justo ele me deu muitos ensinamentos. Aprendi com a convivência a respeitá-lo como músico e pessoa. Rick, batera na época; Layse Sapucay, Alexandre Lucas (Fansine), entre outros. Bem, voltando ao Belo, ele queria pressão no palco (SPL ao máximo), e com a logística de produção atual das bandas em geral, sobra pouco tempo para alinhar um sistema deste tamanho. Todos nós da estrada sabemos que quando o ônibus ou o avião atrasa somos nós da técnica que tiramos a diferença de horário. Resumindo, com a saída de um técnico renomado, do qual sou fã até hoje, passaram outros cinco técnicos antes de mim, me convidaram para um teste e fui ficando. Parece que deu certo. Fazer monitor para o Belo não é um bicho de sete cabeças, ele é bem direto: se estiver ruim, ele fala. Se não falar nada, é porque está bom. Falando de monitores, sempre falam que 50% do trabalho é pura psicologia e 50% técnica. Você concorda com essa máxima? Eu tenho algo a agregar nessa frase: 50% técnica e 50% psicologia, paciência, atenção, amor pelo que se está fazendo. Essa é a fórmula perfeita.

Com os avanços do áudio, incluindo mesas digitais, in-ears etc., a vida de quem opera monitores ficou mais fácil? Eu, particularmente, adoro os análogicos, o som é indiscutivelmente melhor. Porém, ficamos reféns dos pen drives. No meu caso, nem sei o que seria de mim sem meu DSP (rack PM5D) e sem os in-ears (16 transmissores e 20 body packs) com que ando hoje nessa tour. Muitas vezes tenho 2 shows na noite, às vezes 3, já cheguei a fazer 4 em um dia. Sem essa modernidade, isso seria quase impossível. Para você, qual será o futuro dos monitores? Eu acho que eles ainda continuarão existindo, pois para o músico o som da caixa sempre será o som “da caixa”. Ele pode até se adaptar ao fone, mas o som da caixa é a sua interação com o ambiente, é uma

coisa inimitável. Já conversei com vários músicos e até hoje não ouvi nenhum deles dizer que prefere o fone. Além de técnico de monitor de Belo, você acumula a função de Produtor Técnico. A seu ver, essas são tarefas compatíveis, uma vez que o técnico de monitor tem que ser multitarefa e lidar com situações de crise ? Na verdade, eu já fazia este trabalho. Mesmo sem ter o título de produtor técnico, eu falava com algumas pessoas. Às vezes chegava mais cedo, assumia algumas responsabilidades, mas agora vejo as coisas de outra forma também, mais um degrau, mais um aprendizado. Acho, sim, que as funções se ligam, o técnico de monitor está sempre ligado em tudo o que acontece no palco e como elas interagem no seu trabalho, e produção tem muito disso. Fora o fato de ter que tentar dormir com celular e rádio ligados, tocando a noite inteira (risos). Nesses anos de carreira, qual o show ou evento que representou

Em Portugal (Lisboa) com Gilvan Pereira (Gil), à esquerda, e Carlos Cruz (Papai)


um grande passo em sua carreira e por quê? Na verdade tiveram vários e vou citar aqui dois momentos: Em um dos meus primeiros trabalhos na Jefferson Equipamentos, eu estava responsável pelo PA com uma Midas Heritage, a queridinha da firma. Era um festival com três dias de show. Montamos e fizemos o primeiro dia de shows, fomos embora, colocamos lona em tudo, como de praxe, até por que o evento era ao ar livre, e quando retornamos no dia seguinte e retirei as lonas que estava sobre a console, tive a ingrata surpresa de ver a mesa toda ensopada, pois tinha chovido muito na noite passada. Pense em uma pessoa que queria sumir. Pensei: ele (Jefferson) vai me mandar embora, e com razão, pois eu faria o mesmo; mas não, ele me manteve e me ensinou muitas outras coisas. Aprendi, neste dia, a dar sempre uma segunda chance. Outra situação foi durante uma tour de uma artista consagrada nacionalmente. Estávamos fazendo três shows direto sem dormir para não atrasar nada, eu e meu amigo, hoje meu compadre Argemiro. Estávamos morrendo de fome, pois não podíamos nem parar para comer devido ao pouco tempo para montagem e entrega do equipamento. Eis que veio um técnico de monitor chamado Lazzaro dizendo: hoje eu vou pagar a janta para vocês. Nós nem acreditamos. Imaginamos que ele iria nos levar no camarim, o que pra nós já estava ótimo, mas depois de uns 30 minutos, chegou um motoboy com 3 filés a parmegiana, o filé mais delicioso que já comi (risos). Eu nunca vou me esquecer disso, podem se passar mil anos.

Não pelo filé, nem pelo dinheiro, mas pela atitude. Aprendi que todos somos amigos de estrada e quem está na locadora ou na casa de show não é melhor e nem pior, é apenas igual a mim, um colega de profissão. O que falta ainda ao Douglas, para que ele se torne um profissional ainda melhor? Aprender sempre, pois aprender nunca é demais. Sempre ter a humildade de ouvir, de querer crescer, mas nunca esquecendo de agradecer e lembrar de onde vim. Sempre visando o futuro, mas nunca esquecendo o passado. Assim, agregando esses valores, tenho certeza que vou ser uma pessoa melhor tanto na vida pessoal como na profissional. Quais os seus planos para o futuro, onde você pretende estar daqui a 10 anos, quais são seus planos profissionais e pessoais? Não me vejo em outra profissão que não seja ligada ao áudio, aos shows, talvez em outra vertente, TV, estúdio, gravações ao vivo, produção de eventos, ou até mesmo de artistas. No pessoal, só ser feliz. Com tudo que Deus me der daqui para frente já estarei no lucro, não peço nada, só agradeço a cada dia tudo que Ele me proporciona.

Para saber online www.facebook.com/DODO.AUDIO

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REPORTAGEM| www.backstage.com.br 34 Reinaldo Barriga no estúdio

Músico, compositor, arranjador e produtor, Reinaldo Barriga veio do universo dos bailes e fez faculdade no rock, bem antes de abraçar os sons caipiras e participar de verdadeiras inovações no estilo.

SERTANEJO com os pés NO ROCK Ricardo Schott / redacao@backstage.com.br Fotos: Reinaldo Barriga / Divulgação

E

le é conhecido no meio musical como “Barriga”, mas não se trata de um apelido: é seu sobrenome do meio. Reinaldo Barriga (ou Reinaldo B. de Brito, nome que aparecia em vários álbuns dos anos 80), 64 anos, surgiu na era das bandas de baile, passou de sapato alto pelo rock brasileiro dos anos 80 (produzindo dos popstars Engenheiros do Hawaii e Camisa de Vênus ao under-

ground De Falla) e caiu na música sertaneja, como produtor e como compositor. Compôs sucessos como Festa de rodeio, gravada por Leandro & Leonardo. Em seu currículo estão dois Grammys com Chitãozinho & Xororó (com os DVDs Clássicos sertanejos e Vida marvada). Esteve recentemente por trás de lançamentos de nomes como Paula Fernandes e o novato Danilo Dyba, que


Como começou sua carreira de produtor musical e músico? A gente já nasce músico. Desde pequeno eu já tocava e na adolescência, tinha um conjunto de baile, Os Moscas. Fazia muitos shows e um dia tive a oportunidade de entrar num estúdio para gravar uma demo. Gostei do ambiente. Até então não tivera a oportunidade de entrar num estúdio de gravação, não tinha a noção de onde nascia a música. Vivia aquela coisa dos bailes, onde a gente tocava e copiava, copiava, fazia cover. Resolvi que tinha que fazer algo naquele meio e comecei a trabalhar como músico de aluguel. Trabalhei com arranjadores importantes. Isso foi em São Paulo? Não, eu nasci no Rio e ainda morava lá. Na época, com Os Moscas, eu comecei a trabalhar no programa Sílvio Santos, que ainda era na Rede Globo. Acompanhava os galãs musicais que iam no programa dele, como Antonio Marcos, Wanderley Cardoso. O pessoal que hoje forma a banda do “Programa do Jô” acompanhava os calouros. Geralmente o artista nem ensaiava direito e precisávamos trabalhar rápido. A gente chegou a gravar compactos na RCA (hoje Sony) e fazia bailes com repertório mais voltado para o pop-rock: ProcolHarum, Led Zeppelin. Eu tocava guitarra e violão. Você chegou a ser empregado de alguma gravadora nessa época? Por volta de 1975, 1976, comecei a trabalhar na antiga Top Tape. Vi

que precisaria estudar mais sobre como funcionavam os estúdios, para começar a trabalhar direito. Fui gravar discos de gente como Christian, Terry Winter, Steve McLean, os brasileiros que gravavam em inglês. Usávamos estúdios como o da Gazeta (em São Paulo) e

Sim, sim. Esses discos foram minha grande oportunidade, na verdade. Fazíamos releituras de hinos de times de futebol, de Na Baixa do Sapateiro (Ary Barroso). Os arranjos foram feitos pelo grande maestro Daniel Salinas. Um cara que merece todas as honras. Foi um in-

acaba de lançar o primeiro CD pela Universal e foi finalista do The Voice Brasil - e permanece montando “maquetes” de grandes hits do sertanejo em seu próprio estúdio, o Maracangalha. A Backstage bateu um papo com ele e conta sua história.

Gostei do ambiente. Até então não tivera a oportunidade de entrar num estúdio de gravação, não tinha a noção de onde nascia a música. já usávamos um monte de novidades tecnológicas. Ganhei muito dinheiro com meu pedal wahwah, que comprei na época (rindo). A Top Tape lançava os discos da Motown e acabei conhecendo todo mundo da gravadora quando vieram ao Brasil, como os Jackson Five.

centivo para mim e para toda uma geração. Na época, o produtor desses discos teve um desentendimento qualquer lá na gravadora e, como eu já estava totalmente entrosado com os arranjos, eu mesmo assumi a tarefa. Na época a função do produtor era bem outra...

Você estava nos discos da Alice Street Gang, entre 1975 e 1976, que foram grandes sucessos da Top Tape nessa época, certo?

Como assim? Ele não precisava nem ser muito bom de música. Era um cara que ficava sentado. Era quase como

Reinaldo Barriga em produção no estúdio

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REPORTAGEM| www.backstage.com.br 36

um empresário, um coordenador, uma figura quase decorativa. Resolvi assumir e fazer diferente, metendo a mão. Os discos foram lançados no exterior, algumas músicas viraram temas de programas como Amaral Neto, o Repórter (Globo). Algumas vinhetas e riffs apareciam lá. Depois disso, virei músico acompanhante.

O que não dava certo lá, mandavam para a gente. Lembro que fui pegar a banda no aeroporto com um Fiat 147. Foi todo mundo apertado no carro, nem cabiam todos os músicos

Com quem mais você trabalhou? Pete Dunaway, Fabio Junior, Silvio Brito. Fiz demos do Fabio, como Mark Davis e já como Fabio Junior. Eu era muito amigo dele nessa época, e ele e o Silvio Brito tinham um programa na TV Tupi, o Halleluia (em 1975). A banda que os acompanhava no programa era Os Moscas. Também fiz outros trabalhos, como o single Mylife, do Michael Sullivan. Você esteve na RGE depois. Como foi essa fase? Depois que saí da Top Tape, migrei com um bom salário para a RGE e lá fazíamos de tudo. O Cazuza, com 18 anos, era divulgador no Rio. Lembro dele com garrafa de uísque no bolso, naquela época! Fiz de A a Z, incluindo aí Harmony Cats, Carlos Alexandre, Pedrinho Mattar, Patrick Dumont. Nos anos 80 um amigo tinha uma banda de baile e, no coral, estavam Dudu França, Ralf e um cara chamado Jessé. Ele tinha gravado em inglês como Tony Stevens e o sonho dele era gravar em português com o nome dele. E ele gravou Porto solidão... Na época, faziam muito sucesso as baladas do Queen, como We are the champions. E Jessé tinha um potencial vocal absurdo, poderia fazer o mesmo. Recebi Porto solidão, que era uma guarânia de um compositor chamado Zeca Bahia (imita o andamento com a voz). Pegamos um piano e fizemos uma versão balada. Mandei o cassete para o Guto Graça Mello no festival MPB 80. Jessé entrou no festival e ganhou o prêmio de melhor intérprete. Tenho muita saudade até hoje do Jessé, que morreu em 1993.

Reinaldo acompanha Danilo Dyba

Na sua época de RGE, você produziu o Batalhões de estranhos, segundo disco do Camisa de Venus (1985), que tinha o sucesso Eu não matei Joana D’Arc. Como foi trabalhar com eles? Foi seu primeiro produto de rock dos anos 80, inclusive. Bom, o Camisa de Venus tinha sido contratado da Som Livre. O João Araújo era até amigo do Marcelo Nova (vocalista), gostava dele, mas não queria a banda lá. Eles acabaram indo para a RGE, que havia sido comprada pela Som Livre e era uma espécie de purgatório deles (risos). O que não dava certo lá, mandavam para a gente. Lembro que fui pegar a banda no aeroporto com um Fiat 147. Foi todo mundo apertado no carro, nem cabiam todos os músicos. O Marcelo olhou para o Karl Hummel (guitarrista) e disse: “Tô achando que vamos ter problemas com esse produtor” (risos). No começo, foi complicado. Botei a banda para tocar num estúdio super moderno. Achei o resultado muito ruim e cheguei a falar: “Ah, vou embora. Não quero pegar esse trampo, não”. Mas depois entrei na vibe deles e deu certo”. Você ainda fez uma série de coisas na RCA, como De Falla, Replicantes, Engenheiros do Hawaii (a estreia Longe demais das capitais, de 1986, e o sucesso A revolta dos dândis, de 1987)... No fim dos anos 80 recebi o convite para ir para lá. Na época, o rock brasileiro era um fenômeno: a CBS tinha o RPM, o Luis Carlos Maluly era o produtor. E foi ele quem me recomendou para a RCA. Nos conhecíamos dos corredores das gravadoras. Virei diretor artístico e já havia alguns desgastes. Já diziam


Conta-se que a gravadora apostava mais nos Replicantes e nos Garotos da Rua, mas quem se deu bem foram os Engenheiros... Sim. Eu achava o Humberto Gessinger um gênio. Ele sempre foi um

E como começou seu envolvimento com o sertanejo? Como eu havia trabalhado na RGE, tinha muito sertanejo que eu já fazia lá. O primeiro que fiz foi Christian & Ralf. A gente trabalhava no segmento popular, que era coberto pela RGE, Copacabana, Continental. Chitãozinho & Xororó eram expoentes desse segmento. Comecei a compor algumas coisas, e fui tentando modernizar. Pus guitarra nos arranjos, isso foi começando a fazer sentido para essa geração que já tinha uma produção mais bem cuidada. Eu gosto muito de country music e fui pondo essa sonoridade nas músicas que fazia ou produzia. A primeira que compus foi Festa de

que a BMG (gravadora alemã) compraria a RCA, o que de fato aconteceu. Acabei coordenando um projeto chamado Rock Grande do Sul, que virou um LP com cinco bandas: Engenheiros, TNT, De Falla, Replicantes, Garotos da Rua. Foi um dos grandes momentos que passei lá. Deixava que as bandas tocassem do jeito que elas eram. Os Replicantes tinham Surfista calhorda e a gente morria de rir. Como conduta musical também era algo novo.

Pus guitarra nos arranjos, isso foi começando a fazer sentido para essa geração que já tinha uma produção mais bem cuidada.

cara meio ácido, meio jocoso. Todos eram meio toscos naquela geração do rock gaúcho, era uma coisa da personalidade deles. Mas o marketing não era muito bem feito. O Humberto sabia já se posicionar e obter resultados. Tem que levar em conta que São Paulo, onde eu já morava, era mais upto date e o Rio era mais Califórnia. No Rio, tinha o Miguel Plopschi, que vinha desse lance mais Fevers. Eles adoravam o Garotos da Rua no Rio. A geração do Sul trazia referenciais completamente diferentes para o rock nacional. Depois veio o selo Plug. Cada banda que tinha gravado no LP Rock Grande do Sul gravaria um LP, então eram cinco álbuns. Passava o dia inteiro gravando. Produzi bandas como De Falla, o TNT.

rodeio, que foi gravada pela dupla César & César em 1991 e, anos depois, por Leandro & Leonardo. Hoje, faço uma maquete da música no meu estúdio em casa, o Maracangalha. Tenho aqui tudo que um bom estúdio precisa ter: bons microfones, captadores. A coisa já sai daqui pronta. O que você tem de equipamento no seu estúdio? Eu uso o Maracangalha mais como complemento de outros estúdios. Mas tenho o principal: microfone Neumann U-87 com pré-amplificador Manley Vox Box, Neve 9098 e Pro Tools. E violões Martin e Takamine, guitarras Fender, Gibson e Hofner.

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REPORTAGEM| www.backstage.com.br 38

Equipe de músicos da Tomba

O estúdio Tomba, em Niterói, já chega a 15 anos de existência e é uma usina de sons que partiu do underground e chegou ao trabalho corporativo.

CENTRAL de criação independente Ricardo Schott redacao@backstage.com.br Fotos: Estúdio Tomba / Divulgação

A

experiência do músico Bruno Marcus, de 38 anos, vem do underground carioca e das antigas fitinhas cassete - e do gosto por criar, produzir, gravar e reproduzir com facilidade. “Adorava o ritual de pensar na arte, de escrever, gravar. Depois tudo evoluiu para CD e fui evoluindo junto”, explica Bruno, com passagens por bandas que fizeram história no circuito roqueiro de Niterói (onde mora) como I Believe In Santa Claus e Enzzo. Em 1999, ele pôs na rua o selo-estúdio Tomba Records -

abrigado na casa em que nasceu e foi criado, no bairro de Santa Rosa. E, da inicial produção de bandas novas e do desejo de lançar novos artistas, outros objetivos foram surgindo durante esses 15 anos de existência. Um deles é o de criar trilhas para o mercado corporativo que fujam da uniformização e tenham cara própria. “Quero que tudo que saia daqui pareça que tenha sido tocado pela gente mesmo, e não baixado da internet, copiado e colado, como se vê muito por aí. Que não


seja pasteurizado. Nas produções que fazemos, uso parceiros nossos que sabem entender vários tipos diferentes de música. Fizemos um samba de roda para uma empresa da Bahia que tem mesmo cara de samba de roda”, conta ele, que trabalhou como paisagista antes de abraçar os sons e o estúdio. Além de criador do estúdio e do selo (responsável pelo lançamento de artistas como o rapper De Leve, que estreou em 2003 e ganhou as páginas dos jornais), ele ainda é sócio da Grave Music, empresa de branding sonoro com a qual realiza jingles para eventos como o Fashion Rio, e que se utiliza das instalações do estúdio. Das salas da gravadora Tomba saem também trilhas de vídeos e muitas produções de artistas novos, num lugar bastante diferente e aconchegante - é uma casa de três andares, mas efetivamente só o de cima é usado para o estúdio. São duas salas de gravação e uma sala técnica, tudo bastante espaçoso. Há também um terraço que é usado para alguns lançamentos de discos. O local ainda oferece aulas de home studio, utilizando os softwares Cubase 5, Nuendo 4, Pro Tools 10, Reason 5, Vegas 8, SoundForge 9 e Ableton Live 8. ”As pessoas quando vêm aqui cur-

tem bastante o astral da casa. É ótimo poder usar esse ambiente. Se fosse imóvel alugado não daria, seria impeditivo”, conta. O fato de o estúdio estar em Niterói não é um problema para que apareçam novos trabalhos. “Quem quer desco-

Gilber T

Bruno Marcus no estúdio

rapper De Leve e do grupo Quinto Andar, em 2003. Se o primeiro chegou às páginas dos jornais, o segundo conseguiu lançamento em bancas de jornal por intermédio da finada revista do cantor Lobão, Outracoisa. “Não era nenhum objetivo nosso

Quero que tudo que saia daqui pareça que tenha sido tocado pela gente mesmo, e não baixado da internet, copiado e colado, como se vê muito por aí (Bruno) brir a gente, acaba descobrindo de qualquer jeito. E, por outro lado, às vezes é bom não estarmos na badalação, estarmos meio escondidos. Quem mora em Niterói ou conhece a área e quer um serviço bem feito, também chega aqui com facilidade”. O trabalho de formiguinha ganhou fama, de início, a partir do hip hop: a Tomba lançou álbuns do

trabalhar com hip hop, mas no começo era mais fácil, pois estávamos começando e tínhamos poucos recursos. Eu usava uma mesa de som Behringer, um PC - PC mesmo, nem era Mac - que para a época era bom. Mas fomos aprendendo a trabalhar com as limitações e com a verdade musical, com a coisa artística. Hoje há estúdios que têm até

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REPORTAGEM| www.backstage.com.br 40

Festa de lançamento de cd na Tomba

Buscamos satisfazer a nós mesmos e ao cliente, mas fazemos mesmo é o que pode ser melhor pela música. Que tudo saia bastante orgânico e bem feito. (Bruno)

Bruno Marcus

Gilber Chavão, Paulinho Guitarra e Bruno Marcus

Lista de equipamentos Pré-amplificadores Canil Pro AudioReliquia (2 canais) ART DPS II (2 canais) ADA 8000_Behringer (8 canais) Interface de áudio RME Multiface - 24bits/96kHz Compressor Bus Stereo By Pedro Garcia Computador Processador Core i5 2,90GHz Memória RAM 8GB Sistema de Gravação Pro Tools 10 e Nuendo 4 Monitores Vídeo LCD 20" e 19" Monitores de áudio TannoyReveal Amplificadores para fones 2 Power Click f10 Power Click DB05S Power Click 1 in x 4out Fones Stagg SHP4500 Stagg SHP3500 Behringer HPM1000 Amplificadores Lanney ML100 (valve-guitarra) Acedo 296 (valve-guitarra) Meteoro RX100 (baixo)

Bateria MapexVenus (22", 14", 12", 13", 16") Instrumentos Piano Digital Yamaha P-95 Guitarra Epiphone Wildkat Baixo Washburn XB100 Guitarra Fender Squier Violão Folk Cort Piano Kemble Banjo Rozini Monitores de áudio Tannoy Reveal JBL S26BE Microfones 01 - CAD Trion 8000 (valve) 01- AA CM87SE (Condencer) 01 - AKG C2000 (Condencer) 02 - MXL 603S (Condencer) 02 - Superlux PRA 268A (Condencer) 01 - AKG D112 (Dynamic) 02 - Shure SM 57 (Dynamic) 01 - Shure PG52 (Dynamic) 01 - Shure PG56 (Dynamic) 01 - Beyerdynamics TG-X47 (Dynamic) 01 - Superlux PRO 258 (Dynamic) 01 - Cascade Victor (Ribbon)


Sala de gravação da Tomba

mais aporte financeiro do que o nosso, mas chegamos a resultados como os deles”, diz Bruno. “Buscamos satisfazer a nós mesmos e ao cliente, mas fazemos mesmo é o que pode ser melhor pela música. Que tudo saia bastante orgânico e bem feito”, completa.

Desisti de estúdio de ensaio porque era só aporrinhação e destruição de equipamentos (Bruno)

O Tomba é um estúdio de gravação. O trabalho feito lá tem o dedo de Bruno em todas as etapas. Não se trata de um estúdio feito apenas para servir de ensaio e de ponto de encontro entre bandas e artistas. “Desisti de estúdio de ensaio porque era só aporrinhação e destruição de equipa-

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REPORTAGEM| www.backstage.com.br 42

“ ” O selo foi ficando como uma coisa mais passional, de lançar amigos e artistas que eu curto. Invisto dinheiro na produção de discos sempre que dá (Bruno).

Divâ Intergalático com Leonardo Rivera (selo astronauta, antepenúltimo na foto) e Bruno Marcus (penúltimo)

mento. Também já fui sócio de outro estúdio com um amigo”, conta. Entre um e outro trabalho corporativo, Bruno aproveita para produzir artistas novos como Nino Navarro e o grupo Divâ Intergaláctico. Ou amigos como Gilber Chavão, da banda Gilber T, que é um dos maiores parceiros que Bruno tem na hora de criar trilhas e jingles. “Trabalho também com uma DJ daqui de Niterói, a Tatá Ogan”, diz Bruno, sempre preparado para brigar no mercado, como reza o próprio nome da sua empresa. “O nome surgiu meio nonsense, mas me lembra aquela coisa de cair e não ficar lá, levantar. Depois um amigo criou a logomarca do João Teimoso, que tem a ver com isso: pode até cair, mas levanta. E nos representa. Rolam dificuldades, mas estamos na batalha”.

TOMBA ORQUESTRA O lado de lançamento de artistas da Tomba corre paralelo ao de trabalhos corporativos. “O selo foi ficando como uma coisa mais passional, de lançar amigos e artistas que eu curto. Invisto dinheiro na produção de discos sempre que dá”, diz Bruno. O próximo projeto da gravadora é a Tomba Orquestra, cujo primeiro álbum sai em janeiro. O time reúne músicos que foram importantes na história da grava-

dora e na trajetória pessoal de Bruno - nomes como Sérvio Túlio, Mauricio Bongo, Gilber Chavão, Luciana Lazzuli. “Nosso som é inspirado em trilhas de filmes, que é uma coisa que eu adoro. Sempre quis me aproximar mais disso”, relata.

CENTRAL DE ARTISTAS Entre os artistas que já usaram os serviços da Tomba ou lançaram discos pelo selo, estão nomes como a banda feminina carioca Doidivinas (cuja guitarrista, Flavia Couri, toca baixo no Autoramas), Divã Intergaláctico, Nino Navarro, Seu Madruga, Coyote Valvulado. Além de B Negão e Black Alien, ambos ex-Planet Hemp. Bruno também tem seu trabalho solo, que pode ser acompanhado em http://www.brunomarcus.com.br/.

Para saber online

http://www.tombarecords.com tombarecords@hotmail.com


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O som Do pagode do Sorriso Maroto ao rock suingado do Rappa, os técnicos Marcos Sabóia e Ricardo Vidal, respectivamente, contam como buscam uma identidade própria na sua sonoridade, trabalhando com artistas tão diferentes.

DE CADA PA O

experiente técnico de estúdio Marcos Sabóia, atualmente, é responsável por mixar o PA do grupo Sorriso Maroto, além de gravar e mixar o material do grupo desde o segundo álbum. Com a tendência atual de os artistas e gravadoras optarem por mui-

Alexandre Coelho redacao@backstage.com.br Revisão Técnica: José Anselmo “Paulista” Fotos: Arquivo Pessoal Danielli Marinho / Divulgação

Marcos Sabóia

tos CDs e DVDs ao vivo, as duas funções acabam se confundindo. Nada demais, para quem acumula 35 anos de experiência profissional. Em seu caso, Sabóia usa a vivência em estúdio no palco, e acaba, assim, chegando a uma sonoridade bastante par-


que confere musicalidade às suas mixagens. “O uso das baixas frequências no PA e os efeitos psicodélicos também são características do meu som. Claro que cito esses aspectos devido ao fato de eu estar há tanto tempo com O Rappa”, justifica Vidal, referindo-se à sonoridade da banda, que abusa dos graves e de efeitos em seus shows. A adaptação a cada trabalho e estilo musical, para Vidal, é algo simples de acontecer. De acordo com o técnico, a melhor coisa a se fazer é procurar sempre conversar com o artista antes de realizarem o primeiro trabalho juntos. “Cada artista, um som. Quando solicitado, eu vejo uma possibilidade de colaborar, eu faço isso, seja com efeitos, timbres, ou de qualquer outra maneira”, ilustra. Vidal admite que já foi solicitado a mudar as características pessoais da sua mixagem, para uma melhor ade-

ticular. “Sempre tento colocar todos os instrumentos bem definidos e tenho a certeza de que é um som diferente. Isso pode não ser um som de PA, mas é assim que faço, devido ao fato de trabalhar há 35 anos em estúdio. Não sei se é bom ou ruim, mas é diferente. Tento trazer o que faço em estúdio para as minhas mixagens no PA”, explica. Depois de trabalhar durante anos com artistas da MPB, Sabóia encarou o desafio de trabalhar com pessoas que vinham da escola do samba. A transição não foi das mais fáceis, em função da resistência de alguns produtores da área. Mas o técnico acabou emprestando um pouco da sonoridade que havia adquirido da MPB ao samba. “Quando comecei a mixar samba, tentei trazer o que eu sempre fiz nos álbuns de MPB, e isso foi meio mal visto por alguns produtores. Tirei um pouco do som do samba antigo

Quando comecei a mixar samba, tentei trazer o que eu sempre fiz nos álbuns de MPB, e isso foi meio mal visto por alguns produtores (Sabóia)

para ser mais pop, e isso foi um impacto muito grande para os ouvidos”, conta. Há nada menos de 18 anos trabalhando com a banda O Rappa, o técnico de PA da banda, Ricardo Vidal, já trabalhou com os grupos Reggae B e Razão Brasileira, e com a cantora Wanessa, além de ter mixado o áudio do festival Planeta Atlântida. Segundo Vidal, o que melhor define a sua sonoridade como técnico de áudio é o fato de ele ter sido músico e de já ter trabalhado em estúdio, o

quação ao som do artista, mas diz que esse é um fato raro em sua carreira, uma vez que a maioria dos artistas com quem trabalha já conhece seu estilo. Tecnicamente, Vidal atribui sua sonoridade própria ao fato de ter trabalhado em locadora, entre outros aspectos. “Acho que tenho um diferencial por toda a minha experiência na época de locadora, onde tive a chance de observar diversos técnicos, mas também pela musicalidade, a cara de pau e por não ter medo de errar.

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Atualmente, está bem mais fácil de alinhar, com a evolução dos sistemas de PA e com técnicos mais bem preparados e equipados (Ricardo Vidal)

Ricardo Vidal

Eu adoro o que faço, principalmente depois que desci do palco, já que era artista, para ser ‘da graxa’. Eu sempre quis trabalhar com música”, admite. Marcos Sabóia também já precisou mudar sua forma de sonorizar um trabalho, não pelo artista, mas pelo produtor, na época em que deixou de trabalhar com MPB e passou a circular pelo mundo do samba. “O samba tinha um som antigo e já me falaram que minhas mixagens não eram boas. Sei que não existe mixagem boa ou ruim, o que temos são gostos diferentes. Então, tem espaço para todos”, acredita. Para chegar ao som que é a sua marca pessoal, Sabóia diz que não tem nenhum grande segredo. Na estrada, segundo ele, não usa nada demais, apenas não se separa dos plug-ins da Waves. “A sonoridade muda da água para o vinho. Já haviam me falado isso e não acreditei, mas é outra coisa. Devido a usar os mesmos plug-ins no estúdio, é muito mais fácil de trabalhar e achar o som ideal”, revela.

Sabóia conta que, na estrada, não costuma levar nenhum outro equipamento próprio. Já na sala de mixagem, ele usa no master um compressor da SSL, e “esquenta” o som com um Summing, da Phoenix. Já Ricardo Vidal aposta nos efeitos analógicos, com os quais ele possa mudar os parâmetros durante a operação de maneira musical. O técnico do Rappa só não abre mão da sua Digico SD8, que lhe permite diversas maneiras de personalizar o controle do jeito que melhor lhe convém. Na hora de alinhar o PA, Vidal usa um iPod e o velho SM58. Ele costuma mutar as vias do processador, escutá-las separadamente e, em seguida, vai abrindo os graves, médios e as altas. Se necessário, faz algum ajuste de nível de saída entre elas, alguma correção de frequência no equalizador e verifica a fase. “Atualmente, está bem mais fácil de alinhar, com a evolução dos sistemas de PA e com técnicos mais bem preparados e equipados. O porte da banda


com que trabalho já filtra as locadoras menos preparadas e equipadas. Tenho por costume usar só um canal para o iPod, para não acontecer de novo um fato curioso e que me deu trabalho: o cabo estéreo estava com defeito e eu pensava que o problema era do sistema. Agora, dou ‘play’ no iPod, escuto as minhas músicas de referência e ando pelo ambiente para escutar em diversos lugares. Depois, dou um ‘1, 2, 3, testando som’ e por aí vai”, detalha. Sabóia, por sua vez, conta que, normalmente, já encontra os PAs alinhados pelas empresas responsáveis pelo aluguel dos equipamentos de áudio. Sua única interferência, de uma maneira geral, é pedir para o técnico da empresa diminuir os graves. “Hoje, há uma tendência muito grande de mixagens de PA com um grave em excesso, e como venho de estúdio, acho muito estranho. Mas não desgosto não, só não faço nas minhas mixes de PA”, pondera. Sabóia não é do tipo que tenha uma trilha preferida para comparar o som do PA antes e depois de alinhado. Quando precisa lançar mão desse artifício, usa um CD do próprio Sorriso Maroto, por já estar acostumado com o som do grupo (gravado por ele próprio, e que ele já sabe como soa no estúdio). Além disso, pelo fato de trabalhar com um conjunto de samba, para Sabóia, de nada adianta usar um CD de música pop para conferir o alinhamento do PA. Ricardo Vidal, por outro lado, tem a sua trilha favorita para checar o alinhamento do PA. Ele cita a música General, da banda gaúcha Ultramen, e a cantora Alicia Keys, entre outras menos cotadas. Já na passagem de som, atualmente, Vidal tanto passa com os roadies quanto se vale do soundcheck virtual.

“Antigamente era só com os roadies, mas agora, com a Digico, uso também o virtual. Todos os shows são gravados usando o UB Madi. Basta um simples toque na tela e pronto: os artistas estão lá, à minha disposição, e com a vantagem de que quem dá o ‘play’ ou o ‘stop’ sou eu. Também me divirto com os fãs da banda procurando o Falcão no palco (durante a passagem)”, brinca. Marcos Sabóia lamenta não trabalhar com soundcheck virtual, mas diz que a passagem de som com os roadies não compromete. “Depois que inventaram a mesa digital, é muito difícil ter passagem de som com os músicos, que dirá com os artistas. Mas faço questão de passar o som com os roadies todas as vezes. O alinhamento da firma ‘A’ nunca é igual ao da firma ‘B’. Então, como vou espetar meu pen drive e o som vai estar igual ao do dia anterior? O pen drive não faz milagres, apenas te dá um ponto de partida bem

adiantado na passagem de som, e você faz os ajustes finos”, ensina. No fim das contas, cada qual com seu método de trabalho. Para Marcos Sabóia o que vale é o técnico ter personalidade. “Sempre falo isso: você pode ter uma referência, admirar o trabalho de outros técnicos, mas nunca ficar copiando. Crie algo novo”, sugere. Ricardo Vidal concorda. Segundo, ele, não existe, por exemplo, uma maneira correta de timbrar um bumbo. Uns gostam mais grave; outros, mais agudo. Por isso, a importância de o técnico ter sua identidade. Assim, fica a cargo do artista ou do diretor musical procurar aquele que melhor se encaixará no trabalho. “Primeiramente, o técnico tem que conhecer a sonoridade que o artista quer e perceber se a sua identidade profissional soma ao produto final. No Rappa, cada show é diferente do outro. A banda não é tão rígida em tocar suas músicas como foram gravadas. E, além de tudo, tem os dubs”, completa.

Ricardo Vidal

Marcos Sabóia

Em dezembro de 2013, completou 18 anos com a banda O Rappa. Antes, trabalhou durante três anos e meio com a banda Razão Brasileira. Também trabalhou com a cantora Wanessa, na transição que ela fez do sertanejo para o pop-rock e o hip-hop. Participou ainda do Loucomotivos, projeto paralelo do cantor do Rappa, Falcão; e do Reggae B, do baixista Bi Ribeiro, dos Paralamas do Sucesso. Paralelamente, sempre trabalhou em estúdio como técnico e como produtor. Antes de trabalhar com esses artistas, porém, atuou como gerente da empresa Viger, de Pelotas, e, antes disso, como músico. Na época de locadora, operou o áudio para diversos artistas nacionais e festivais de música no Rio Grande do Sul. Mixou o áudio do festival Planeta Atlântida para a RBS (rádio e TV) e para o Multishow, onde também mixou o último show do Exaltasamba.

Tudo começou por volta de 1977 no estúdio do pai, Ed Lincoln, no Rio de janeiro. Em 1990 foi convidado a trabalhar no estudio Impressao Digital na Barra da Tijuca. A partir daí, o trabalho com grandes artistas começaram. Simone, Elba Ramalho, Ze Ramalho, Adriana Calcanhoto, Gal Costa, Tim Maia, Ivete Sangalo, entre outros. Por volta de 1996 começou a fazer shows para o grupo Roupa Nova. Em 2002 foi convidado a fazer parte do quadro de técnicos do estúdio Tambor. “Lá gravávamos de tudo e foi aí que caí no samba. O primeiro álbum de samba que mixei foi o grupo Revelação”. Depois gravou o Grupo Sorriso Maroto no segundo álbum da banda pela gravadora. “Com isso fui convidado a mixar o PA do grupo e estou ate hoje na estrada”. Paralelamente, Sabóia tem uma sala de mixagem (Blue Room) e atualmente está mixando o DVD da cantora pop Anitta.

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Luciano Freitas é técnico de áudio da Pro Studio americana com formação em ‘full mastering’

No início de 2012, a Universal Audio lança a Apollo, a primeira interface de áudio profissional do mercado capaz de se comunicar com os computadores pela porta Thunderbolt.

APOLLO TWIN ANALÓGICO E DIGITAL EMBALADOS PARA VIAGEM

P

ouco comum naquela época, porém presente em todos os atuais modelos de computadores da Apple, esse protocolo de transmissão de dados permite a comunicação a taxas de 10 Gbps (conexão 12 vezes mais robusta que a Firewire 800 e 20 vezes mais que a USB 2), resultando, entre outros benefícios, menor latência do sistema (1,1 ms. operando em 96kHz/24 Bits), valores reduzidos de buffer e maior quantidade de instâncias de plug-ins operando si-

multaneamente (quando comparada à performance das comunicações Firewire e USB, protocolos geralmente utilizados nas demais interfaces de áudio). No ano seguinte foi a vez de apresentar ao mercado a Apollo 16, uma versão do equipamento que oferece o dobro das conexões de áudio do modelo Apollo original, podendo operar em cascata (2 unidades) para alcançar 32 canais de entradas (não possuem pré-amplificadores) e saídas analógicas simultâneas,


além de conexões digitais no formato AES/EBU. Para não fugir à regra, a Universal Audio começa 2014 conquistando uma significativa fatia do mercado com a sua nova Apollo Twin, uma interface compacta que oferece a mesma qualidade sonora, bem como toda potencialidade, fatores que consagraram a família Apollo entre os profissionais mais exigentes por um preço que cabe no orçamento da maioria dos home-studios.

APOLLO TWIN O grande diferencial das integrantes da família Apollo perante as outras interfaces existentes no mercado é a sua capacidade de alimentar o processamento dos plug-ins com tecnologia UAD Powered (processamento não compatível com plug-ins de outros fabricantes), operando de modo similar a uma placa aceleradora de DSP (UAD, da própria Universal Audio; PowerCore, da TC Electronics; Liquid Mix, da Focusrite; Duende DSP, da SSL entre outras). Com o mesmo poder (capacidade) de processamento de plugins das placas dedicadas UAD 2 SOLO CORE (com

Apollo Twin - Aplicativo Console

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um processador SHARC 21469) e UAD 2 DUO CORE (com dois processadores SHARC 21469), respectivamente para as versões da interface Apollo Twin SOLO e Apollo Twin DUO, o usuário terá acesso a plug-ins (nos formatos VST, AU, RTAS e AAX64) aclamados pela indústria do áudio profissional como referência na simulação (emulação) de processamento de sinal analógico. Baseados no conceito de modelagem física, os plug-ins UAD Powered são capazes de

Apollo Twin - Plug-ins View

reconstruir no mundo digital (virtualmente) hardwares analógicos lendários das empresas Neve, SSL, Pultec, Teletronix, Fairchild, Studer, Lexicon, DBX, Roland, MXR, Harrison, Empirical Labs, Manley, Ampex entre outras, reproduzindo, além da sonoridade “quente” típica desses equipamentos, seu comportamento nas mais diferentes configurações. Acompanha os dois modelos da interface Apollo Twin (SOLO e DUO) o pacote “Realtime Analog Classics”,


primir nas gravações digitais as características sônicas de equipamentos analógicos como a dos gravadores de fita Studer A800, equalizadores 1073 da Neve e compressores UREI 1176 entre outros sem qualquer nível de latência perceptível (também é possível apenas monitorar o sinal processado, sem que este seja registrado no momento da gravação). O usuário ainda conta com o plug-in “Console Recall” que, com um único botão, é capaz de recuperar toda a configuração utilizada na interface no momento da gravação de um determinado projeto (proporcionando agilidade na manipulação de projetos similares). Já na sua seção física (hardware), a Apollo Twin oferece 10 entradas (2 delas analógicas, com pré-amplificadores Burr-Brown PGA2500 para microfones e JFET na entrada de alta impedância + 8 digitais no formato ADAT lightpipe) e 4 saídas (mais a dedicada aos fones de ouvido) de áudio simultâneas. Os canais analógicos

contendo as licenças dos plug-ins LA-2A, 1176LN e 1176SE, Pultec EQP-1A e Real Verb Pro (demais licenças podem ser adquiridas na webstore da Universal Audio). Veja na tabela a quantidade de instâncias de plug-ins que operam simultaneamente em cada modelo da Apollo Twin (valores referentes a uma sessão em 44.1 kHz/24 Bits - para sessões em 96 kHz divida os valores por 2 e para sessões em 192 kHz divida os valores por 4). (veja a tabela anter)ior) Além dos tradicionais plug-ins que simulam processadores de sinal, a Universal Audio debuta na Apollo Twin a tecnologia UnisonTM, criando uma categoria própria de plug-ins dedicados à modelagem de pré-amplificadores clássicos. Ao invés de simplesmente filtrar frequências do sinal de áudio para aproximá-lo das características sonoras de um pré-amplificador famoso (como geralmente ocorre em outras simulações), essa tecnologia estabelece uma comunicação bidirecional entre o plug-in e o circuito do pré-amplificador, permitindo ao usuário ajustar parâmetros como a sua impedância e a sua estrutura de ganho analógico para coincidir com a do modelo de préamplificador desejado. Inicialmente, nesta categoria, a Universal Audio disponibiliza aos usuários das interfaces Apollo o plug-in 610-B, capaz de recriar virtualmente a sonoridade do lendário pré-amplificador valvulado LA610, imortalizado em gravações de artistas como Van Halen, Beach Boys e Frank Sinatra. Também está disponível no pacote que acompanha a Apollo Twin o aplicativo “Console”. Com um visual similar ao encontrado nos mixers analógicos, este aplicativo (software instalado no computador) permite ao usuário configurar todo o equipamento remotamente, ajustando seus níveis de sinal, panorâmicos, as ferramentas dos pré-amplificadores, mandadas de efeito (dois canais auxiliares) e para a saída de fones de ouvido, além de possibilitar a inserção, em cada canal de entrada (analógica ou digital) da interface, de até cinco plug-ins simultâneos (um deles com a tecnologia UnisonTM) no modo Realtime UAD Processing (tecnologia FPGA, a qual substitui, na interface Apollo, o Live Track Mode, presente nas placas UAD). Neste modo, os plug-ins operam no sistema com a mínima latência possível (independente da quantidade de instâncias inseridas, a latência do canal se mantém fixa), atingindo um desempenho não encontrado em outros sistemas nativos. Ou seja, agora é possível im-

... a Universal Audio debuta na Apollo Twin a tecnologia UnisonTM, criando uma categoria própria de plug-ins dedicados à modelagem de pré-amplificadores clássicos. oferecem, individualmente, Low Cut Filter (filtro de passagem de altas frequências), inversor de polaridade (1800), alimentação phantom power (+48 volts), Pad (-20 dBs) e a função “Link”, que vincula os ajustes dos seus parâmetros. A tecnologia de conversão e a precisão dos medidores de sinal empregados na Apollo Twin derivam do famoso Conversor 2192 da Universal Audio. Operando em taxas de até 192 kHz/24 Bits, a Apollo Twin oferece conversão A/D que permite obter uma sonoridade natural, aberta e transparente (podendo o usuário “colorir” artisticamente o sinal utilizando os plug-ins Realtime UAD) e uma meticulosa conversão D/A, que traduz toda a clareza, profundidade e precisão na reprodução dos sinais captados. Mais informações sobre o equipamento podem ser conseguidas com o seu importador oficial no Brasil: www.quanta.com.br

Para saber online luciuspro@ig.com.br

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TECNOLOGIA| LOGIC | www.backstage.com.br 52

DRUMMER VAMOS DESVENDAR O QUE É E PARA QUE SERVE! Vera Medina é produtora, cantora, compositora e professora de canto e produção de áudio

Entre várias novas funcionalidades do Logic Pro X, algumas se destacam por trazer uma grande agilidade na vida dos produtores. O Drummer, um baterista virtual, traz uma série de inovações para quem quer ter trilhas de bateria dinâmicas, e sem ter que programar tanto.

G

ravar sessões de bateria é uma tarefa que demanda bastante tempo, envolvimento e um estúdio bastante equilibrado e preparado. Técnicas de microfonação, kits de bateria de boa qualidade, afinação são alguns dos fatores que hoje fazem com que alguns produtores utilizem samples de bateria para produções em vez de gravar sessões específicas. Obviamente, gravar um set real para um projeto é diferente de programar numa DAW, mas os resultados de programação podem ser bem convincentes. Com tudo isso em mente, o Logic Pro X incorporou o Drummer como um recurso que, se bem utilizado, pode criar resultados bem realísticos, considerando que as performances disponíveis são resultado de gravações com os bateristas top de mercado, utilizando recursos de estúdio de alto nível.

Figura 2

Figura 1

Abra o Logic Pro X e logo na entrada ao abrir a janela New Tracks, escolha Drummer (Figura 1). Duas regiões de bateria são criadas automaticamente (Figura 2).

Figura 3


Figura 6

Figura 4

Vá para a janela do baterista e, clicando sobre a foto, vários outros bateristas aparecerão como opção de estilo (Figura 3). Você poder escolher opções de baterista do mesmo estilo (Figura 4), ou você pode optar por outro estilo e bateristas no menu de estilos (Figura 5).

Figura 5

Escolha uma região e os parâmetros do Drummer se iluminarão (Figura 6). Vamos executar algumas alterações. Continuando no mesmo estilo e baterista, é possível escolher primeiramente vários presets na coluna Presets no painel do Drummer. Já o painel seguinte possui 4 variáveis e funciona como um eixo x,y, possibilitando ajustar 2 parâmetros de execução: Volume (Loud para cima e Soft para baixo) e Complexidade (Simple para a esquerda e Complex para a direita). Faça alguns testes e verificará que a onda de áudio da região selecionada vai se alterando conforme a localização da bolinha neste eixo. Ao lado, ainda no painel do Drummer, temos a seleção das peças. Aquelas que estão sendo tocadas aparecem iluminadas e possuem variações. Tente mudar os ajustes nas peças e veja o resultado final. E totalmente à direita do painel, podem ser ajustados Fills e Swing. As opções de Fill são bem interessantes para ajustar sua extensão e complexidade, procure testar várias posições. Cabe ressaltar que estas alterações podem ser executadas em tempo real, ou seja, você pode ajustá-las numa performance ao vivo, tornando a execução bastante dinâmica. Cabe ressaltar que cada projeto pode conter apenas uma pista do Drummer. Se você já tiver uma em seu projeto, ao clicar em New Tracks, a opção do Drummer estará desativada (Figura 7).

Figura 7

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TECNOLOGIA| LOGIC | www.backstage.com.br 54

Figura 10 Figura 8

Assim como você só pode ter uma pista de Drummer funcionando para um projeto, esta trilha só pode conter um baterista, mas vários presets e configurações podem ser aplicadas em tempo real, ou na produção

Figura 9

Ao mudar o baterista de sua performance, aparecerá um menu com a seguinte mensagem: “Changing the drummer will replace changes you have made to the regions settings on this track. To keep these changes, select ‘Keep settings when changing drummers in the Presets pop-up menu in the Drummer Editor’.” (Figura 8 e Figura 9). Isto significa que, ao mudar o baterista, as mudanças que possam ter sido feitas numa região serão desconsideradas. Para manter as alterações efetuadas é necessário escolher a opção “Keep settings when

Figura 11

sentação do Hi-Hat aparece acima. Veja na Figura 11 como a representação fica diferente se o Snare for desativado, deixando somente o bumbo. É possível fatiar regiões, lembrando que, sempre que fizer isto, o final de cada parte será preenchido com um Fill. Basta alterar o botão de Fills e você poderá fazê-lo desaparecer ou mudar sua complexidade. Ainda, você pode adotar configurações diferentes em cada região (mantendo o

Figura 12

changing drummer”, ou seja, manter as configurações ao mudar de baterista, no pop-up de Presets na janela do editor do Drummer. Assim como você só pode ter uma pista de Drummer funcionando para um projeto, esta trilha só pode conter um baterista, mas vários presets e configurações podem ser aplicadas em tempo real, ou na produção. Para visualizar o conteúdo da região, clique sobre a região e aperte a tecla Z (Zoom). Você terá uma visualização semelhante à Figura 10. Note que nesta região temos o Kick, Snare e Hi-Hat ativos. Na figura, a representação gráfica do Bumbo e Caixa (Kick e Snare) aparece na região inferior, enquanto a repre-

mesmo baterista), mas alterando estilos e demais parâmetros. Sugiro que você utilize cores diferentes para regiões diferentes para facilitar sua visualização do projeto (Figura 12).

Para saber online

vera.medina@uol.com.br www.veramedina.com.br


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PRO TOOLS| www.backstage.com.br

PREFERÊNCIAS DO

PRO TOOLS OPÇÕES QUE VOCÊ PRECISA CONHECER Cristiano Moura é produtor, engenheiro de som e ministra cur-

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sos na ProClass-RJ

O O Pro Tools é repleto de opções que são habilitadas de fábrica para facilitar o contato inicial do usuário, porém, são bem-vindas nas mãos de usuários mais experientes.

utras, que já vêm habilitadas, são de extrema importância conhecermos para garantir um bom funcionamento do Pro Tools. Neste artigo, vamos aprender mais sobre as principais preferências do sistema.

facturer” teremos uma lista organizada também pelo fabricante. (fig. 2).

Organização de plug-ins Por padrão, plug-ins são organizados de acordo com sua categoria. Eq, Dynamics, Reverb e assim por diante. É um bom ponto de partida, mas para quem tem muitos plug-ins de outros fabrican-

Fig. 2 - Lista organizada de plug-ins

Fig. 1 - Organização de Plug-ins e Markers

tes existe uma opção mais conveniente. Na aba “Display”, temos a opção “Organize plug-in menus by” (fig. 1) e alterando a opção para “Category & Manu-

Colorindo Markers Marker é uma ferramenta essencial num projeto que tem como premissa a organização da sessão. Ainda na figura 1, podemos habilitar a função “Always Display Marker Colors” e sua visualização torna-se melhor ainda, pois cada trecho apresentará uma cor diferente.


Fig. 3 - Smart Tool

Configurando tipos de Fade com Smart Tool Com a função Smart Tool ativada (fig. 3), é possível criar fade in, fade out ou crossfade exatamente no clip se o mouse estiver no canto superior esquerdo, superior direito ou inferior esquerdo, respectivamente. Porém, o padrão do Pro Tools é criar um fade linear (chamado também de “equal gain”), que quase nunca é o ideal.

Fig. 4 - Crossfade Equal Power

Na aba Editing podemos ajustar isso. Principalmente o crossfade, vale a pena alterar para a opção “Equal Power” (fig. 4).

Fig. 5 - Eq e Comp sempre a mão

Mantenha seu EQ e Compressor predileto por perto Para quem tem um equalizador e compressor predileto e que seja usado na maioria das situações, é bom deixá-lo mais acessível. Na aba “Mixing” existe a opção “Default Eq” e “Default Dynamics”. Uma vez selecionado, eles estarão logo no início da lista de plug-ins. (fig. 5).

Para isso, na aba “Processing”, acione a opção “Automatically Copy Files on Import”.

Suppress Automation “Write to...” Warnings Usuários do Pro Tools HD tem acesso à função Manual Write, que acelera e muito o processo de automação. O problema é que, por padrão, o Pro Tools sempre vai enviar uma caixa de diálogo perguntando se você quer mesmo executar a função. Isto é importante, pois dependendo do contexto, este processo pode deletar toda a automação que já foi escrita. Depois de pegar experiência com esta função, vale muito a pena desativar este aviso, já que ele se torna irrelevante e dispersivo se você já domina bem a função.

O Elastic Audio nosso de cada dia Se você é usuário frequente do Elastic Audio, recomenda-se ativar a função “Enable Elastic Audio on New Tracks”, localizada na aba “Processing”. Desta forma, todos os tracks novos de áudio virão com Elastic Audio habilitado.

Garantindo uma cópia no Audio Files Ao arrastar um áudio pelo Windows Explorer, Finder ou Workspace, por padrão, o áudio continua no local original e apenas um link é feito no Pro Tools. A idéia é que o processo seja o mais ágil possível. Porém esta não é a opção mais segura. Como os arquivos não são copiados para a pasta Audio Files, se o usuário simplesmente copiar a pasta da sessão num HD e tentar levar para outro estúdio, por exemplo, ela estará incompleta e o Pro Tools irá acusar que arquivos estão offline. Por via das dúvidas, pode-se configurar o Pro Tools de outra forma, forçando-o a sempre fazer uma cópia do áudio na pasta Audio Files e, desta forma, todos os arquivos da sessão estarão sempre num local único.

Backup Seguro Pela questão acima e muitas outras, recomenda-se usar o comando Save Copy In para fazer um backup, ao invés de simplesmente copiar a pasta da sessão para seu HD de backup.

Click nosso de cada dia A mesma coisa acontece com o click. Se o Pro Tools está sendo usado num ambiente de produção musical, pode-se estipular para o Pro Tools criar sessões novas já com o Click Track. Para isto, acesse a aba “MIDI” e habilite a função “Automatically Create Click Track in New Sessions”. Sem dúvida, existem muitas outras preferências que devem ser levadas em consideração. Recomendo investir um pouco do seu tempo de estudo por dia para tentar conhecer aos poucos mais preferências. Abraços, e até a próxima!

Para saber online

cmoura@proclass.com.br http://cristianomoura.com

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ABLETON LIVE| www.backstage.com.br

ABLETON LIVE

INSTRUMENT RACK Lika Meinberg é produtor, orquestrador, arranjador, compositor, sound designer, pianista/tecladista. Estudou direção de Orquestra, música para cinema e sound design na Berklee

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College of Music em Boston.

A A capacidade do Ableton Live em agrupar instrumentos (plug-ins) e efeitos em cadeia (chain) para formar um multiinstrumento com efeitos e patches personalizados, onde você pode desenhar sons em camadas (layers), fazer divisão de teclado (split points) no velho estilo Modulo Rack, é um sonho realizado para muito músicos performáticos.

o invés de levar para o palco centenas de quilos em equipamentos, basta um Laptop competente. O ABLETON LIVE já oferece uma gama de RACKS prontos... Abra o programa, clique no triângulo cinza no alto à esquerda, Instruments.

Instrument - Instrument Rack

- Instrument Rack (seta vermelha) e arraste para o MIDI Track e use à vontade! Mas nós queremos os nossos Racks com nossos plug-ins de instrumentos e efeitos, não é mesmo?! Clique com o mouse (e mantenha clicado) no ícone Instrument Rack e ar-


raste como mostra na imagem (pode arrastar para qualquer MIDI track também). Agora nós temos um Instrument Rack vazio, pronto para receber seus plug-ins de instrumentos ou efeitos.

Bem, esse é o nosso pequeno Rack, e vamos começar a explorá-lo. Primeiro, vamos apertar esse botão KEY bem no centro do lado do Vel. Aha!! Interessante, hein?! Aqui programamos a tessitura de cada instrumento e, arrastando com o cursor do mouse, a partir dos cantos dessa barra verde, estipulase onde, no seu teclado ou con-

Drag Rack

Cada plug-in terá os seus parâmetros individualmente preservados onde poderemos mapeá-los, e programar automações com MIDI devices. Muito bem. Agora arraste qualquer dos seus milhares de plug-ins (hehe ... eu sei!) e clique nesse ícone que parece uma ferramenta (chave) para esconder o plug-in. (Seta vermelha ao centro embaixo).

Cada plug-in terá os seus parâmetros individualmente preservados onde poderemos mapeá-los, e programar automações com MIDI devices

Claro que vamos discutir só a funcionalidade do Instrument Rack, o bom gosto em suas combinações é uma assunto pessoal. Instrument Rack

O que acontece agora é que você pode agrupar seus plug-ins simplesmente arrastando um por um para aquele local indicado no círculo.

trolador, determinado som começa a tocar. Como padrão, a programação vem em camadas (layers), mas você pode precisar fazer combinações (splits), divisões para o seu som. Como já fiz, arrastando a barra verde do primeiro plug-in (Jupiter8) da esquerda até o C3. Aqui esse plug-in só começa a soar a partir do C3. O outro soa o teclado inteiro. Agora aperte o Botão VEL, de Velocity... Aqui você pode determinar a que velocidade e a que sensibilidade seus instrumentos ou sons começarão a soar. Nesse caso, o primeiro plug-in só começa a soar a partir dos Valores (Velocity) 56~96. Em qual-

Jupiter Key

Drag mais um instrumento

Janela Rack

Velocity

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ABLETON LIVE| www.backstage.com.br

cima do botão mapeado (Device On – primeiro da esquerda), você pode fazer um ajuste fino nos parâmetros da grade e especificar a que ponto entre

Macro Botton

Device Mapeado

pressão (56~96). Os valores MIDI de grade vão de 0~127. Agora aperte esse botão indicado pela seta vermelha.

0~127 (valor MIDI) o device entra em funcionamento. É evidente que esses macros podem ser utilizados para automatizar qual-

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quer parâmetro fora dessa grade ele não funciona, não toca. Esse é um bom truque para Sample ou efeito que você queira que soe somente a determinada

Map to Macro

MACRO!! Aqui você pode fazer uma automação interna do seu Rack ao mapear esses botões a parâmetros específicos: Device ON/OFF, por exemplo!! Selecione o plug-in que você deseja mapear (em azul no caso). Clique nesse ícone MAP (centro do lado direito do nome Instrument Rack) Repare os espaços prontos para mapeamento (em verde). Agora siga a seta vermelha e, com o botão direito, clique nesse ícone (uma janela se abre) e selecione Map to Macro 1 (como mostra a imagem). Após o mapeamento, você pode comandar pelo seu Controler MIDI esses botões programados para ligar e desligar seus plug-ins (melhor do que simplesmente mutá-los, pois, assim, não se usa processamento da CPU do computador). Clicando com o botão direito em

quer parâmetro automatizável dos seus devices, e o limite é a sua capacidade criativa e, claro, a qualidade do seu equipamento. Paramos por aqui com esse tutorial e alerto que o assunto CHAIN será abordado em matéria específica sobre Effects Rack. Aguardem. Boa sorte a todos!

Para saber online

Facebook - Lika Meinberg www.myspace.com/lmeinberg


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REFERÊNCIAS NA MIXAGEM Uma das coisas mais importantes para uma boa mixagem é a monitoração. A verdade é que cada caixa de som tem as suas peculiaridades. Nenhum modelo soa igual a outro. E isso pode ser uma armadilha na hora de avaliar uma mixagem. A caixa de monitoração ideal seria uma que reproduzisse exatamente o sinal que sai da workstation, não adicionando colorido (graves, médios ou agudos) algum. Mas ainda não existe tecnologia para produzir um sistema de alto-falantes que seja absolutamente flat. Por isso é comum, ao ouvir as nossas mixagens em outro sistema de monitoração, encontrar erros que não percebemos enquanto estávamos mixando.

MONITORAÇÃO Ricardo Mendes é produtor, professor e autor de ‘Guitarra: harmonia, técnica e improvisação’

A

s caixas NS-10 da Yamaha (eu confesso que tenho um par delas) são provavelmente o sistema de monitoração mais utilizado de todos os tempos. Desde home studios até os maiores (e mais caros) estúdios do mundo utilizam esse sistema. Apesar de serem amplamente utilizadas, ainda estão longe de ser um sistema com resposta totalmente plana. As NS-10 ressaltam bastante as frequên-

NS10 Curva

cias médias. Veja no gráfico abaixo como a NS-10 é tudo, menos uma caixa plana, tendo uma acentuação considerável na região entre 1.000 Hz e 2.000 Hz: Todas as caixas, assim como as NS-10, têm a sua curva de resposta. Isso significa que não existe o sistema perfeito. Então como fazer para termos uma referência de monitoração que seja confiável? A resposta é: tenha mais de um


cima deste sistema. Alguns estúdios também têm sistemas “midfield”, que ficam entre as nearfield e as main monitors. Outros

que os estúdios grandes usam. Vou passar para vocês como resolvi o problema aqui no meu: eu tenho um par de NS-10, um de HS-80,

sistema de monitoração. Cheque sempre a sua mixagem em mais de uma fonte de monitoração. Se você puder observar, mesmo que seja através de fotos, os maiores e melhores estúdios do mundo tem mais de um sistema. Normalmente você irá ver um par de “near-field” (monitoração próxima) – sendo as NS-10 as campeãs de audiência, mas também outras como as Mackie HR824, Yamaha HS80, Dynaudio DBM50, Genelec 8050B, dentre várias outras –, porém você também irá constatar outras caixas maiores, normalmente embutidas na parede do estúdio. Estas caixas são bem mais potentes e são chamadas de “main monitors” (aqui no Brasil chamamos de som de cliente, por que são potentes e ao colocarmos o som alto, o cliente fica impressionado). No entanto não é uma boa ideia fazer uma mixagem toda em

É verdade que nem sempre podemos dispor disso tudo em nossos home studios, mas podemos nos utilizar da lógica de raciocínio que os estúdios grandes usam estúdios também utilizam uma pequena caixa Auratone, que pode ser usada em mono ou estéreo. É verdade que nem sempre podemos dispor disso tudo em nossos home studios, mas podemos nos utilizar da lógica de raciocínio

um de HHB Circle Five, um par de caixas de computador Creative, um headphone AKG K240 e outro AKG K44. O meu estúdio, e acredito que a maioria dos home studios também, não tem espaço para um main

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Os headphones são muito bons para checar a distribuição do estéreo, pois cada lado é isolado um do outro. O mesmo não acontece com as caixas de som, que, à medida que nos afastamos da fonte, o som de estéreo vai se tornando gradativamente em mono

monitor daqueles de fazer tremer o chão. Mas eu sinto falta de ouvir a mixagem à distância. Para isso coloquei as HHB Circle Five mais afastadas e com o volume um pouco mais alto, simulando o “som de cliente”. Na verdade, neste caso eu não estou buscando volume para balançar a casa, mas sim escutar como a mixagem está soando ouvida um pouco mais de longe. A HHB acaba funcionando como um “mid-field” para mim. Para o near-field eu tenho as NS10 e as HS80, mas a verdade é que eu uso as HS80 para gravar e editar e “guardo” as NS10 para a mixagem. Praticamente faço toda a mixagem nas NS10 porque sou muito acostumado a elas, mas sempre estou checando a mix nas outras caixas. Qual é o grande dilema que se instaura? Eu nunca escuto o que eu realmente gostaria de escutar. Por exemplo: se eu achar que a equalização das guitarras com overdrive estão boas nas HS80, provavelmente sentirei um excesso de médios quando mudar para as NS10. Se eu achar que o baixo está no volume certo nas Creative, quando eu passar para as NS10 ele vai estar um pouco alto, e se passar para as HS80, ele vai estar muito alto. Como as HS80 têm corte de baixas

no seu painel traseiro, eu cortei para que ela se aproximasse um pouco das NS10. Quando já estou considerando a mixagem finalizada ainda dou uma conferida nos headphones. O AKG K240 é mais preciso e ressalta bem os agudos. Já o K44, um modelo bem mais barato, é menos agudo. Ouço também nos dois. Os headphones são muito bons para checar a distribuição do estéreo, pois cada lado é isolado um do outro. O mesmo não acontece com as caixas de som, que, à medida que nos afastamos da fonte, o som de estéreo vai se tornando gradativamente em mono. Assim vou tentando ajeitar a mix para que ela soe bem em qualquer um dos sistemas. Fica fácil perceber que se fizermos uma mix “perfeita” ouvindo apenas um sistema de monitoração, ela não estará perfeita ao trocarmos para outro sistema. O meu próximo projeto vai ser puxar um cabo para a garagem mandando a minha mixagem para o som do carro e ouvir como ela fica dentro do carro. No próximo mês, vamos falar sobre o uso de referências.

Para saber mais redacao@backstage.com.br


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CAPTADORES Hora de fazer um upgrade no instrumento. A primeira questão que nos vem à mente para melhor é: a sonoridade! E nisto os principais focos são os pickups! Há várias opções no mercado, para todos os bolsos e gostos. Então pegamos uma marca internacional recém-chegada ao mercado brasileiro para descrever a transformação de som de seu baixo para melhor.

TESLA

Jorge Pescara é baixista, artista da Jazz Station e autor do ‘Dicionário brasileiro de contrabaixo elétrico’

N

ikola Tesla é o famoso físico, engenheiro mecânico e elétrico, inventor e cientista que desenvolveu o sistema de eletricidade simples e a moderna corrente alternada (AC). Além de ter criado um sistema de distribuição de energia livre e gratuita para a humanidade. Mas como isto foi abafado pela “história”, deixemos este fato para outra ocasião. Nos tempos de hoje, Tesla é também o nome da logomarca de uma empresa asiática de captadores e afins.

Captador Tesla VR-MM4 Polivalente

Criada em 2002 a partir das experiências de um sul-coreano aficionado em eletrônica e instrumentos musicais de corda, que desde 1972 desenvolvia protótipos artesanais de captadores em sua própria residência, a Tesla está rapidamente se desenvolvendo e expandindo seu mercado com escritórios na Europa, América do Norte e Brasil. Nossas facilidades, aqui no Brasil, começam com Glauco Campestre, um atencioso e bem falante pequeno em-


Co ron a

presário que dirige a Tuning Guitar Parts (www.teslapickups.com.br), em Americana, uma bucólica cidade do interior paulista. Lá, nosso anfitrião divide-se entre a Tesla e a Gotoh (empresa de hardware para guitarras e baixos), atendendo lojistas e luthiers nas suas encomendas. Os pick-ups de baixo elétrico contém modelos para 4, 5 ou 6 cordas (como a linha Corona e a VR com suas diversas variantes, por exemplo), uma linha de captadores diversificada, abrangendo desde os passivos clássicos (jazz bass, strato etc.), passando por captadores soapbars, de baixa, média e alta impedância, além de passivos e ativos de modelos diversos. Cada qual com sua particularidade de timbre, sonoridade, impedância, número de cordas abrangidas, e por aí vai. Na parte das guitarras a Linha Plasma, seguida pela VR com seus single coils, contracenam com seus irmãos humbuckers de mesmos nomes. Tudo isto na linha passiva, pois quando o assunto é captadores ativos há outras variadas opções para baixo e guitarra

Hu mb uck ero wT esl aA H-1

com sonoridade surpreendentes. Outros hardwares que a Tesla fabrica são dampers, ou abafadores de corda (ideais para manter a definição e clareza do toque, ao abafar as cordas na região anterior do headstock), além de um modelo de pré-amplificador ativo com 3 bandas de equalização e um pedal de boost para envenenar o som dos instrumentos. Os captadores que a Tesla oferece abrangem a gama de formatos e tipologia dos mais requisitados e utilizados no mundo. Com tal disponibilidade e preços que parecem ser bem competitivos, pode ser uma pedida e tanto pro final de ano, dando um upgrade sonoro em seu baixo predileto. Vejamos uma breve descrição de algumas das opções disponíveis no mercado brasileiro. *Os modelos demonstrados são para baixos elétricos de 4 cordas, porém as especificações técnicas (afora as dimensões) são as mesmas para 5 ou 6 cordas. Todos os captadores da linha Tesla são cuidadosamente fabricados com enrolamento Formvar copper wire, possuem 5 pólos magnéticos de Alnico e uma bobina de fibra de carbono re-

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coberta. Na cor preta. Ideal para: rock,jazz,blues,popoucountry.

VR-B1 Este single coil proporciona a sonoridade original vintage dos anos 1960 no estilo Jazz Bass. O pickup tem um grave profundo e um claro, brilhante e suave agudo.

VR-B4 Paschalis 4Bass Tesla VR-MM4

Produz tons poderosos e abundantes em ampla faixa de frequências. Este captador estilo Jazz Bass é recomendado para a posição próximo à ponte por conta da potência sonora. Ótima opção para ser usado em conjunto com o VR-B3 na posição do braço.

Tesla AH-1

VR-MM4 Humbucker especialmente desenhado para baixos modelo Music Man StingRay 4-String Bass, apresenta 5 pólos magnéticos expostos embaixo de cada corda com balanceamento otimizado em tom e som. Conecte um par de VR-MM4 em série se preferir um profundo e pesado som grave, ou a original ligação em paralelo para sonoridades mais leves.

VR-B3

terno redutor de ruídos o qual produz um som brilhante e balanceado. Os captadores são totalmente vedados e blindados para não sofrer influência de ruídos externos. O Opus-JB é um Jazz Bass Single Pickup, que possui um único e caloroso timbreresultado de sua confecção e bobinamento 100% feita à mão. As posições de ponte e braço são posicionadas em oposição para criar cancelamento de ruídos quando usados em par. No atual mercado mundial, altamente competitivo, há sempre que se inovar e trabalhar cada vez mais para manter e abrir espaço. Com um atendimento de pronta entrega e a manutenção permanente do contato com os clientes, a Tuning Guitar Parts já, de cara, mostra a que veio. Quer experimentar novas possibilidades sonoras, com custo acessível e objetividade? Tesla é a resposta… Tuning Guitar Parts é a solução! Paz Profunda .:.

Para saber online

CORONA-B1 Este pick-up tem uma sonoridade tradicional aliada a um eficiente sistema in-

jorgepescara@backstage.com.br http://jorgepescara.com.br


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CRIAÇÃO E PRODUÇÃO MUSICAL NO 36º CURSO INTERNACIONAL DE VERÃO DE BRASÍLIA

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R Seguindo a tradição anual, aconteceu mais uma edição do Curso Internacional de Verão de Brasília (36º CIVEBRA), realizado de 14 a 26 de janeiro de 2014.

eunindo 1.300 alunos de todas as regiões, o CIVEBRA é um dos maiores evento de educação musical do país com disciplinas diversas nas áreas de música erudita, música popular, jazz, produção musical, educação musical, práticas de conjunto, regência, musicalização etc. Ao todo, 80 professores nacionais e estrangeiros proporcionaram, durante 12 dias, um ambiente educacional e artístico que tomou conta de toda a cidade com apresentações diárias gratuitas e abertas ao público.

Marcello Dalla dalla@ateliedosom.com.br Fotos: Divulgação

Foto 1 - Aulas sobre tipos de microfones

Este ano, Marcello Dalla conferiu um conteúdo essencialmente prático à sua disciplina “Criação e Produção Musical” com técnicas de microfonação e gravação. “Procurei abordar as principais situações de gravação aplicando técnicas diversas de adaptação a ambientes favoráveis e desfavoráveis. Tivemos um “estúdio-laboratório” em sala de aula”, falou. A empresa Midi House, por iniciativa de seu proprietário Benivaldo Júnior, montou a sala de gravação e forneceu os difusores e painéis acústi-


cos fundamentais para o ambiente de trabalho. A empresa Matrix – de propriedade de Denis Torre – forneceu um arsenal de ótimos equipamentos incluindo microfones, pré-amplificadores classe A, monitores e amplificadores de instrumento, além de 2 assistentes

Foto 2 - Sessão em Cubase 7 da gravação de voz. Detalhe da web cam do sistema VST Connect

sília, Maestro Ayrton Pisco, para gravar o concerto da Orquestra Sinfônica dos alunos do 36º CIVEBRA”, completou Marcello Dalla. Uma das aulas teóricas sobre construtividade e tipos de microfones, deu todo um embasamento teórico como preparação para a prática (foto 1). A foto 2 mostra a sessão em Cubase 7.5 da gravação de voz projetada para os alunos na sala de aula para que visualizassem todos o procedimentos na workstation. Uma webcam foi colocada no estúdio para simularmos a situação de gravação à distância, como se a cantora estivesse em outra cidade, por exemplo. O sistema VST Connect

Uma webcam foi colocada no estúdio para simularmos a situação de gravação à distância, como se nossa cantora estivesse em outra cidade (Galego e Maurílio). “Enfim, tudo o que precisávamos para nossos 12 dias de aprendizado intenso. Quando tínhamos metade do curso transcorrido fomos convidados pelo diretor da Escola de Música de Bra-

Foto 3 - Duo de violino (GustavoFechus) e violão (Gustavo Souza) em gravação

permite este tipo de interatividade mesmo com outras workstations como Pro Tools e Logic. A foto 3 mostra a gravação do duo de violino ( Gustavo Fechus ) e violão (Gustavo Souza). “Uma situação de performance ‘ao vivo, valendo take 1’ onde lidamos com características deste tipo de gravação, com os vazamentos entre microfones e o equilíbrio com a sonoridade do ambiente”, explica Dalla. No violino, o Studio Project T3 (Condenser valvulado) e o Royer 121 (fita). No violão, uma formação muito utilizada em gravações de estúdio: AKG 414 ULS posicionado na jun-

ção braço/corpo, ligado ao pré Avalon 737 e um par de Shure SM 81. “Gravamos em Cubase 7.5 todos os canais em 96 KHz 24 bits e na mixagem dos microfones observamos nossas opções de sonoridade trazendo mais de um ou de outro. Somente quando necessário aplicamos alguma equalização. Na gravação, os músicos executaram Choro Pro Zé do compositor Guinga. Os arquivos de áudio de nossas gravações estão disponíveis no Facebook: cubasebrasil”, completa Dalla. Na foto 4, Oswaldo Amorim em performance no baixo elétrico para a aula de captação de instrumentos amplificados. Com um Shure SM57 no amplificador, observam-se elementos importantes na construção do timbre do instrumento, como o efeito de proximidade (ênfase das frequências graves), ataque e mudanças com o deslocamento em relação ao eixo do

Foto 4 - Performance do Baixista Oswaldo Amorim em nossa aula prática de gravação de instrumentos amplificados

alto-falante do amplificador. A foto 5 mostra a gravação da viola caipira do aluno Pedro em técnica stereo MS (mid-Side). O SM 57 (Mid) e o AKG 414 (Side) proporcionaram uma sonoridade rica e

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Foto 5 - Gravação de viola caipira em MS (Mid-Side). Aluno: Pedro Augusto

Foram montados dois sistemas com Cubase 7.5. Duas estações independentes gravando um total de 16 canais em redundância. Ou seja, dois computadores gravando os mesmos 16 canais

trouxeram a assinatura da sala de gravação ambientando a viola naturalmente. Em meio às práticas de estúdio, surgiu o convite do diretor da Escola de Música de Brasília, Maestro Ayrton Pisco, para

TV/Rádio Câmara Brasília. A Visom nos cedeu um maravilhoso microfone estéreo Schoeps em configuração ORTF, fabuloso para gravação de orquestras que veio diretamente do Rio para o teatro da

Foto 7 - Com os alunos e a harpista Arícia Ferigato posicionando os mics na harpa Foto 6 - Montagem do Decca Tree com 3 Neumann U87 da Rádio Câmara

o desafio de gravar a Orquestra Sinfônica dos alunos do CIVEBRA. “Contei com o apoio de Carlos de Andrade, da Visom Digital (Rio de Janeiro), e de Getsemane Silva e André Uesato da

Escola de Música em cima da hora da montagem pelas mãos de Renata Dalla e de Hervé Huré. A Rádio Câmara nos cedeu 4 microfones Neumann U87, três dos quais utilizamos na técnica Decca Tree e um na cobertura da sessão dos baixos. Além disso, tivemos como reforço em nossa equipe de alunos o apoio de 4

Foto 8 - Orquestra se posiciona. Microfones de cobertura das seções são conferidos e ajustados


Com Vagner de Oliveira, montagem dos 2 sistemas Cubase 7,5, gravação de 16 canais com redundância (duas máquinas independentes)

chaveados em omnidirecional formando um triângulo atrás do maestro (60 cm) e acima dele (aprox. 2 metros). Entre os 2 microfones da base do triângulo, distância de 2 metros e 1,5 metros, entre eles e o microfone vértice. Na foto 7, os alunos e a harpista Arícia Ferigato posicionam os microfones na harpa. Cobertura fundamental para completar o trabalho dos microfones estéreo.

Detalhe dos microfones de cobertura. Regência: maestro Ricardo Rocha

técnicos da Rádio e TV Câmara: Fidel dos Santos, Tony Ribeiro, Delcy e Gilson Teixeira. Vamos então aos detalhes”, explica Dalla. A foto 6 mostra a montagem da configuração Decca Tree, muito utilizada na gravação de formações orquestrais. Três microfones Neumann U87

Palestra sobre acústica: Júnior, Midi House

Os dois sistemas Cubase 7,5 gravando

Foram montados dois sistemas com Cubase 7.5. Duas estações independentes gravando um total de 16 canais em redundância. Ou seja, dois computadores gravando os mesmos 16 canais. Esta configuração permite confiabilidade, pois, em caso de qualquer falha de um sistema, o outro continua gravando. “Não queríamos correr riscos em um concerto ao vivo, sem direito a take 2 e com longa duração”, enfatiza Dalla. Na foto 8, a Orquestra se posiciona. Neste momento, já com o sistema de gravação funcionando e com o roteamento definido, foram ajustadas as posições dos microfones de cobertura. Detalhe dos microfones estéreo em relação à orquestra. Espero que tenham curtido a matéria. Os áudios, vídeos e fotos do que descrevemos aqui estão no Facebook ateliedosom ou cubasebrasil.

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Lenda viva no mundo do heavy metal, o Black Sabbath está em turnê sem pausa por quase dois anos e, recentemente, tocou para um público de 77 mil pessoas no Campo de Marte, em São Paulo. Para o evento, a empresa Gabisom disponibilizou os line arrays JBL Professional VTX e VERTEC, além dos amplificadores Crown I-Tech HD. redacao@backstage.com.br Fotos: MRossi / Divulgação

O T L A BLACK SABBATH AGITA C omo engenheiro de PA do Black Sabbath por um longo tempo, Greg Price sabe dos desafios enfrentados a cada noite. “É heavy metal, então não será a coisa mais agradável para os ouvidos se não for feito da maneira correta,” declarou. “Tento me manter focado nas origens da banda e ser fiel ao som deles. Quero preencher o espaço entre os fãs mais antigos da banda, que a seguem por décadas, e os fãs mais jovens, que também são significativos. Esse é o desafio de trabalhar com um grupo que está por aí há mais de 40 anos”, ressaltou Price. Isso significa oferecer a mais alta qualidade de som para garantir que todos, jo-

vens e antigos, curtam uma excelente experiência em áudio. “Até mesmo em espaços para 85 mil pessoas ou mais, quero que todos sintam como se estivessem na sala de casa”, apontou. “Essa é uma turnê mundial, o que significa que eu não estou sempre utilizando meu PA favorito, pois não vamos carregar um sistema completo pelo mundo por dois anos. Nós utilizamos o que está disponível na região e eu estou satisfeito por usar o sistema VTX em São Paulo. Estou sempre feliz em trabalhar com a Gabisom”, obervou o engenheiro de som. O sistema principal de PA do show reuniu um total de 108 VTX V25 full size array,


M O ERoBck and roll

SÃO PAULO COM SISTEMA VTX antes. Senti como se tivesse voltado ao estúdio, isso mostra como pude escutar cada detalhe presente,” afirmou.

Price escutou pela primeira vez o sistema VTX nos escritórios da Maryland Sound em Baltimore, onde o presidente da Maryland

30 VTX S28 subwoofers, 40 G28 subwoofers empilhados com nove VERTEC full size line array para preenchimento frontal e alto-falante VT4889. Todos os alto-falantes VERTEC foram utilizados com o JBL V5 DSP. Os amplificadores Crown I-Tech 12000 HD e 4x3500 HD reforçaram o sistema. Price recentemente gravou e mixou o DVD de um show da banda, que será lançado em breve, e reproduziu esse som no sistema VTX do show de São Paulo. “Quando eu coloquei no VTX, descobri alguns elementos que nunca tinha ouvido

Quando eu coloquei no VTX, descobri alguns elementos que nunca tinha ouvido antes. Senti como se tivesse voltado ao estúdio (Greg Price)

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REPORTAGEM| www.backstage.com.br

cas pode impactar a qualidade do som, mas não impactou nada com esse sistema”, apontou. “O Diretor Associado da JBL Profissional, Paul Bauman, fez um trabalho incrível

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Sound, Bob Goldstein, e o experiente engenheiro Ken “Pooch” Van Druten tocaram algumas faixas ao vivo do show do Linkin’ Park, que Van Druten mixou. “Nós estávamos escutan-

Ozzy durante apresentação em São Paulo

Banda está há 40 anos na estrada

Sistema VTX agradou engenheiro de som da banda

do em um espaço muito grande e eu senti como se estivesse ouvindo em um par de monitores de estúdio. Eu não pude acreditar quão detalhado e limpo o som do sistema VTX era”, disse. Price também comentou sobre a consistência da performance do VTX independente do ambiente. “Nós estávamos em um ambiente descoberto no show em São Paulo e a variedade de condições climáti-

com o VTX”, salientou.“A equipe da Gabisom está entre as melhores do mundo no que eles fazem. O show em São Paulo foi um dos melhores shows que eu já fiz em meus 38 anos de mixagem”, completou Greg. Nota da redação: a reportagem foi elaborada com base nas informações apuradas junto à assessoria de imprensa da Harman do Brasil.


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VITRINE ILUMINAÇÃO| www.backstage.com.br

CADERNO ILUMINAÇÃO

GOBO ZOOM PROJECTOR www.projetgobos.com.br Leve, prático, e de fácil locomoção, com controle DMX, o projetor de gobos, GOBO ZOOM PROJECTOR, chegou para facilitar sua vida, aliando qualidade com praticidade, para a projeção de nomes ou logomarcas em seus eventos. Também muito utilizado em iluminação arquitetural, para projeções em vitrines e lojas.

XP 5R BEAM www.proshows.com.br O XP 5R Beam, da ACME, impressiona desde o primeiro momento. Com um design moderno e compacto, esse Beam com lâmpada Phillips MSD Platinum 5R possui 17 gobos, 14 cores dicróicas, ângulo de raio de 3,8° em 20 metros de projeção, além de material plástico resistente ao fogo. Destacam-se ainda como suas características filtro Frost, strobo com ajuste de velocidade desse efeito, controle DMX 20/19/16 canais, foco eletrônico, efeito “shaking” super rápido e consumo de energia de 290 watts.

XLED 250 SPOT E XLED 336 BEAM www.proshows.com.br A PR trouxe ao mercado brasileiro de iluminação uma dupla para fazer a diferença: o XLED 250 SPOT e o XLED 336 BEAM. O 250 SPOT é de LED com tecnologia CBT 90W, possui 11 canais DMX e tem disco de gobo com 11 gobos. Já o XLED 336 BEAM vem com vantagens incomparáveis como 36 LEDs Osram 3W, 16 canais DMX e ângulo de abertura de 8°. Ambos são excelentes para iluminação decorativa e casas noturnas, pois são compactos, super leves, rápidos e de alto brilho, além do baixo consumo de energia.

LINHA MAC www.martin.com A linha MAC, da Martin, apresenta precisão, versatilidade, uma paleta de cores líder de mercado e uma mistura uniforme para o desenvolvimento das aplicações mais exigentes, oferecendo brilho e perfeição. Combinando uma impressionante potência em LED RGBW com tecnologia óptica de ponta, garante o desempenho confiável da marca com resultados superiores. Destaque para os modelos MAC Viper Profile, MAC Aura e MAC 101.


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ILUMINAÇÃO| www.backstage.com.br

CADERNO ILUMINAÇÃO

CENÁRIOS E TENDÊNCIAS NA

ILUMINAÇÃO Na última conversa, a evolução dos LEDs era apresentada como uma consequência natural no desenvolvimento tecnológico das fontes de luz usadas nos instrumentos de iluminação cênica. Teriam os LEDs conquistado definitivamente o mercado e o setor de eventos culturais e musicais? Nesta coluna, serão identificados alguns cenários (em todos os sentidos do termo) e algumas tendências para os projetos de iluminação cênica.

CÊNICA

PARTE 1

Cezar Galhart é técnico em eletrônica, produtor de eventos, baixista e professor dos Cursos de Eventos, Design de Interiores e Design Gráfico do Unicuritiba. Pesquisador em Iluminação Cênica, atualmente cursa Pós-Graduação em Iluminação e Design de Interiores no IPOG.

T

orna-se inquestionável a evolução dos diodos emissores de luz – ou LEDs, como são conhecidos - nas últimas duas décadas. Se o século 21 iniciou com uma maior participação dos LEDs como fontes alternativas de iluminação, limitadas em potência e comportamento luminoso, atualmente, LEDs mais evoluídos e aprimorados estão presentes de maneira decisiva e definitiva em diversos instrumentos de iluminação cênica, em praticamente todas as manifestações artísticas e culturais – nas apresentações teatrais, espetáculos de dança, shows e festivais musicais, entre outros eventos. A diversificação desses instrumentos, originalmente identificados pelas características únicas e obtidas somente com o uso de lâmpadas halógenas ou lâmpadas de descarga, são atualmente desenvolvidos de forma exclusiva com o uso de lâmpadas LEDs.

Surge assim o conceito de iluminação ecossustentável ou iluminação responsável (relacionada à questão da responsabilidade ambiental). A filosofia que contempla a busca de soluções para a redução dos impactos ambientais se soma à necessidade de eficiência energética, fundamental para projetos de iluminação cênica, pela redução dos custos e também dos riscos. Nesse contexto, dois cenários se destacam: por um lado, a indústria oferece e rapidamente produz uma diversidade e multiplicidade de equipamentos e instrumentos de iluminação com LEDs. Inicialmente, houve uma produção de projetores reduzida em modelos e marcas, e a desconfiança era inversamente proporcional à aplicabilidade. Mesmo com as premissas destacadas na última edição da Backstage (E os LEDs entram em cena – e nos palcos!!! – Edição n.º 231 de fevereiro de 2014), e com


Fonte: Show Me Tech / UOL / Divulgação

Figura 1: Palco da “360º Tour” do U2 – Soluções ecossustentáveis; resultados impressionantes

cilidades de operação, principalmente pelo uso do protocolo DMX 512. Isso conduziu muitos dos lighting designers a buscarem, com essas condições, percepções adequadas e adaptadas às características e particularidades dos instrumentos com LEDs. Assim, neste primeiro cenário, pode-se analisar que o mercado

Fonte: L.D.R. / Ranno / Divulgação

muitas vantagens, uma parcela do mercado – aqui analisada pela composição dos projetistas e as empresas fornecedoras – lentamente assimilou essas perspectivas para a adoção dos instrumentos exclusivamente constituídos por fontes de iluminação com LEDs. As principais vantagens se resumiam na diversidade de cores e fa-

ainda não assimila as inovações com a mesma velocidade que a indústria produz. Por outro lado, há redução nas desvantagens – ou fatores que impediam o uso de instrumentos com LEDs, em ampla escala -, e maior aproximação das inovações de forma a atenderem as expectativas e necessidades dos lighting designers. Nesse contexto, como requisito elementar, atualmente os LEDs possuem Índices de Reprodução de Cores (IRC) com valores mais próximos àqueles obtidos com lâmpadas halógenas e melhor eficácia. Como exemplo, a Osram Sylvania lançou em 2012 a ULTRA HD Professional Series LED, linha de lâmpadas PAR com IRC 95. Como exemplo, os modelos PAR 38 com esse IRC estão disponíveis nas temperaturas de cor de 2700K e 3000K. Em outro exemplo prático, a empresa italiana L.D.R. - Luci della Ribalta – lançou em 2013 um refletor elipsoidal (modelo ALBA18/36) com lâmpada de 200W LED (formada por um LED Array – matriz de LEDs, arranjados de forma otimizada e com métodos

Figuras 2-3: Espetáculo do Ballet Raymonda no Vanemuine Theatre (Tartu, Estônia). Projeto de palco com 52 Refletores do tipo Elipsoidal ALBA18/36 da L.D.R.

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definidos para o melhor direcionamento e intensidade luminosa), durabilidade de 50 mil horas e IRC superior a 90 – com resultado similar àquele produzido por uma lâmpada incandescente halógena, além de controle DMX integrado. (figuras 2 e 3) Assim, na outra ponta, as avaliações passam também pela viabilidade técnica, financeira e operacional. A indústria deverá trilhar um caminho que contemple instrumentos com melhores respostas de brilho, eficácia na dimerização (controle de intensidade, com suavidade e respostas mais lentas) e com custos mais acessíveis. Nesta perspectiva, nota-se claramente que a necessidade de desenvolvimento dos instrumentos tradicionais também deve ser considerada. Não há perspectivas de substituição total das lâmpadas tradicionais pelos LEDs, pois a evolução daqueles recursos também se faz presente na atualidade, com considerável redução no consumo (em relação a lâmpadas mais antigas), e assim maior eficiência energética.

OUTROS CENÁRIOS Em princípio, foi esse o raciocínio que muitos desenvolvedores tiveram ao produzirem os primeiros projetores do tipo PAR com LEDs, ao mesmo tempo em que os primeiros Moving Heads com High-Power LEDs também foram construídos. As características principais deveriam ser preservadas, para uma melhor eficiência energética propiciada com esses dispositivos. Neste segundo cenário, a absorção das inovações é também conduzida pelas percepções dos lighting designers a partir das respostas que a indústria e seus produtos fornecem, e também de acordo com as regras do mercado. Outros aspectos também podem e devem ser considerados. O Brasil já se configura em “parada obrigatória” para muitas turnês internacionais, com produções onerosas e uma infinidade de estilos, estruturas e propostas de “cenários” múltiplos – no que se refere apenas

às questões de iluminação cênica -, algumas mais simples e outras extremamente complexas. Com isso, o mercado nacional rapidamente se atualizou, e as principais empresas fornecedoras de equipamentos e serviços de iluminação atendem às demandas dessas produções. Às produtoras, o atendimento dos requisitos e demandas dos shows inevitavelmente contempla custos (além de uma carga tributária exagerada) que são transferidos aos expectadores, o que atribui com isso os elevados valores de ingressos (mesmo que tais valores não sejam justificados). Assim, outros cenários “mercadológicos” também surgem e acompanham as dinâmicas e evoluções de uma sociedade, mesmo que muito heterogênea, cada vez mais informada e mais exigente para determinados grupos que também “consomem” a iluminação cênica como um elemento diferenciado e um fator decisivo na aquisição do ingresso de um show. Com essa análise, o direcionamento dos esforços do mercado também conduz as produções (assim como produtoras, fornecedores e profissionais diversos) a atenderem necessidades e demandas, identificarem oportunidades e, principalmente, anteciparem tendências. Estas últimas também se estabelecem em (pelo menos) duas direções: na primeira, projetos que contemplem as soluções ecossustentáveis, prioritariamente. Neste caminho, a responsabilidade ambiental e outros princípios (tais quais a redução da emissão de carbono) podem estar alinhados às necessidades conceituais e ideológicas das demandas por iluminação cênica. Algumas bandas e artistas se manifestam (inclusive contratualmente) de maneira favorável a esta realidade. Na outra direção, a possibilidade de pura criação, e amplo uso dos recursos existentes. Se este caminho pudesse ser dividido, ele teria duas convicções em mente: a primeira, conduzida pelo repertório do lighting designer, e todos os


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Fonte: Tim Larsen / Divulgação

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Figura 4: Show de Roger Waters no Live Earth (Giants Stadium, East Rutherford, NJ, EUA) no dia 07 de julho de 2007. Viabilização realizada com diversas parcerias

elementos a ele atribuídos (experiência, conhecimento, capacitação, influências). Nessa condição, o uso de instrumentos convencionais e tradicionais se mistura às novidades do setor. A relação desempenho versus eficiência energética também fará parte do processo criativo, adquirindo maior participação conforme a evolução tecnológica dos instrumentos de iluminação proporcione os mesmos resultados esperados. Para a segunda convicção, a busca incessante de novidades e inovações da indústria e do mercado. À primeira (indústria), a capacidade de produzir novas e mais diversificadas opções – inclusive, para novos formatos e materiais empregados. Ao segundo (o mercado), a capacidade de absorção nessas novidades e oferta desses recursos, para venda e locação. Com essas inovações tecnológicas, relacionadas ao desenvolvimento de novos instrumentos de iluminação – ou de novas fontes de iluminação - e na produção de painéis de projeção, novos conceitos surgem (e surgirão). Para os instrumentos, com novas percepções e constante aprimoramento. Isso ficou mais evidente nos últimos cinco anos, com diversas tecnologias,

tais como lâmpadas de plasma, Smart LEDs e outros dispositivos e pesquisas com o auxílio da nanotecnologia. Para os painéis, pelas possibilidades de criação incrementadas com a evolução do mapeamento de pixels, diversificando as possibilidades no controle de intensidade e dinâmicas de exposição e composição dos projetos de iluminação cênica. Cenários virtuais, assim, poderão ser mixados a outros recursos de projeção – em telas de formatos e dimensões também diversificados – permitindo uma infinidade de possibilidades. Tecnologias como OLEDs e novos dispositivos LCD evoluem consideravelmente nesta direção. Finalmente, dinâmicas e interações na operação de recursos inovadores se somam a outros tradicionais – tais como os canhões seguidores. Neste sentido, novas perspectivas para o uso desses contrastantes recursos possibilitarão uma gama inimaginável de efeitos e performances. Assuntos esses que serão analisados em outro momento, com mais novidades. Abraços e até a próxima conversa!

Para saber mais redacao@backstage.com.br


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Projeção mapeada com imagens de contêineres que parecem se mexer durante o show

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Mais recente turnê da banda carioca aposta na força da iluminação e da cenografia, que capricha no uso de projeções mapeadas e outros efeitos

AS NOVAS CORES DO

RAPPA Alexandre Coelho redacao@backstage.com.br Fotos: Danielli Marinho / Divulgação

N

a estrada desde setembro do ano passado, a mais recente turnê da banda carioca O Rappa – intitulada Nunca Tem Fim... – aportou na cidade natal do grupo, mais precisamente na Fundição Progresso, nos dias 31 de janeiro, 1º e 2 de fevereiro. Entre as novidades do novo show da banda, os destaques foram a iluminação e a arte cênica, que in-

cluíram o uso de imagens de contêineres como pano de fundo, projeções mapeadas e outros efeitos de primeiro mundo. O cenário do show foi uma criação de arte da empresa DUO2, que já fez palcos para ninguém menos do que Ozzy Osbourne e Rod Stewart, em parceria com Cássio Amarante, responsável pela direção de arte de filmes como Central do Brasil,


Som e Fúria e O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias. A iluminação do espetáculo, por sua vez, ficou a cargo de Danny Nolan, que tem no currículo o projeto de luz do show de 30 anos do The Police, e que, no dia da estreia do Rappa no Rio, estava em Chicago cuidando da iluminação de um show de Sting com Paul Simon. A ideia de usar imagens de contêineres como pano de fundo vem ao encontro de algumas das temáticas mais caras à banda, como a crítica social e um tipo de poesia marginal, que vem das ruas e se reflete no som do grupo através de influências como o rap, o rock e o reggae, entre outras. Não por acaso, em determinado momento do show, surge no telão montado no fundo do palco a imagem de um game em que o “jogador” procura pelo ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, morto por policiais militares na Favela da Rocinha, no ano passado. Todo esse aparato criado por feras da iluminação e da cenografia está sendo comandado na turnê pelo técnico de iluminação do grupo, Leonardo Detomi, o “Simpson”. Ex-integrante da equipe da banda

Iluminação teve projeto de Danny Nolan e mapa adaptado para a estrada por Detomi

Charlie Brown Jr., Leonardo chegou à trupe do Rappa no início da turnê, em setembro de 2013. Ele explica que, na prática, o cenário é formado por placas com formas de contêineres e exibindo imagens de contêineres, que foram fotografados de tal maneira que apareçam tanto suas ferragens quanto as sombras. “A projeção mapeada incide sobre essas telas. Ela mapeia exatamente os contornos dos contêineres. E a imagem se sobressai em cima das

Projeção mapeada incide sobre as telas

Cenografia do show é rigorosamente sincronizada à programação de iluminação do show

sombras e sobre as ferragens dos contêineres. Os efeitos trabalham em cima disso. Então, você tem, por exemplo, a impressão de que o contêiner vem para frente, de que ele se move, de que as portas se abrem, de que as portas caem. Tem também um vídeo que simula um ‘game’, no qual ‘você’ vai andando com uma arma. Tem outro vídeo que interage, ele ‘bate’ no fundo e vem como um Lego para fora. São vários formatos. É isso que nós mapeamos no cenário e projetamos. Não é um 3D, mas a intenção é quase essa”, define.

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Toda essa tecnologia empregada na cenografia do espetáculo tem que ser rigorosamente sincronizada à programação da iluminação do show, que, por sua vez, acompanha o roteiro sonoro do espetáculo. De acordo com Leonardo Detomi, além da precisão no sincronismo dos

músicos, nem do palco, nem pega a parte cênica. Então, é tudo trabalhado conjuntamente. Há vídeos em que a luz não aparece, em outros momentos a luz atua praticamente sozinha... Então, tem que ser tudo coordenado, bem sincronizado”, explica.

Há vídeos em que a luz não aparece, em outros momentos a luz atua praticamente sozinha... Então, tem que ser tudo coordenado, bem sincronizado (Leonardo Detomi)

Programação de iluminação do show também acompanha o roteiro sonoro

” Leonardo Detomi comanda a luz da house mix

Ricardo Vidal, PA do Rappa, comanda a Digico SD8

dois aspectos do show, tudo é apenas uma questão de as partes agirem de forma integrada, sem que uma invada o espaço da outra. “Nós ‘soltamos’ tudo junto. O trabalho é separado, mas ambas são ‘soltas’ juntas. A luz é toda marcada. Ela não sai dos

Da mesma forma que são dois projetos separados, mas coordenados, para produzirem um efeito conjunto único, a iluminação e as projeções são comandadas por equipes e equipamentos distintos. Mas, ressalta Leonardo, tudo precisa ser feito de forma rigorosamente sincronizada.


Imagem se sobressai em cima das sombras e sobre as ferragens dos contêineres

“Eu comando a luz da house mix. As projeções são comandadas do palco. Existe um equipamento que ‘solta’ essas projeções de lá. Até daria para fazer junto, mas nós fazemos separadamente, para não haver problema. Nós resolvemos dividir essas funções”, revela o técnico de iluminação. Sobre a luz do show, especificamente, Leonardo conta que, com a turnê passando de cidade em cidade, é ele quem pensa nos efeitos que serão usados, monta e joga para os playbacks. Como cada música tem um contexto diferente, as configurações já ficam todas programadas. E, efeito colateral de um show que está na estrada, acontecem apenas alguns ajustes em cada parada da viagem, de acordo com o tamanho de cada palco, para que a posição dos equipamentos seja adaptada para cada local.

iluminação e cenografia - 20 movings Robe Pointe - 01 console Avolites Tiger Touch - 20 PAR LED de 3W - 08 Atomic 3000 - 06 mini-bruts - 06 projetores de 20 mil lúmens - Cenário de 3m x 5m x 12m telas projetáveis

Áudio e luz em perfeita sincronia Se sincronizar a iluminação e os aspectos cênicos do novo show do Rappa já é um desafio à parte, adaptar os dois ao roteiro sonoro do espetáculo dá ainda mais trabalho. Principalmente quando se leva em conta que o show inclui loops, programações e agrega novos timbres à já complexa mistura musical da banda. De acordo com o produtor técnico do grupo, Edu Cunha, no entanto, a ponte entre o mais recente disco do Rappa e o palco é feita com naturalidade. “Toda a sonoridade do disco novo é levada ao show pelo set do Marcelo Lobato (teclados e samplers), do Marcos Lobato (teclado) e do DJ Negralha (samplers, loops e scratches)”, conta. Para isso, os integrantes da banda se valem de um pequeno arsenal sonoro. Marcelo Lobato usa um teclado Kronus X, da Korg; vibrafone Mallet Kat Pro Express; um Monotron, da Korg; e um Microkorg, também da Korg. Marcos Lobato ataca de Kronus X e de MS2000, ambos da Korg. Já o DJ Negralha usa equipamentos como Live, Seratto e MPD 26. O guitarrista Xandão lança mão dos pedais Strymon Timeline e Mobius. Enquanto que o baixista Lauro utiliza um Envelop Filter e distorção. Mesmo com toda a tecnologia à sua disposição, a banda, como qualquer outra, enfrenta as incertezas da estrada, já que cada local de show oferece uma situação diferente dos demais. Para evitar problemas, a trupe segue o mesmo modelo da turnê anterior e viaja com a maior parte do áudio necessário, além do backline completo e dos moving lights. “A empresa que já viaja com O Rappa há alguns anos é a Audio Company, de Volta Redonda (RJ). Nosso maior desafio nesta tour é o cenário, que é composto de placas de metalon forrados de tela tipo ortofônica, simulando containeres empilhados. Usamos, então, projetores para a projeção mapeada com a utilização do software Watchout. Como são placas, dependendo do tamanho do palco e do pé-direito, temos que fazer algumas adaptações, e às vezes não podemos montar o cenário completo”, ilustra Edu Cunha. Mas, para o produtor técnico da banda, no fim das contas, com cada parte do espetáculo sendo realizada com eficiência, a sincronização de todo o show – nesse caso, em especial, áudio e cenografia – acaba acontecendo sem maiores sustos. “O áudio é independente da cenografia. Eles se aproximam apenas no contexto das letras das músicas e das imagens”, minimiza. A relação dos equipamentos de áudio usados na turnê Nunca Tem Fim... inclui ainda uma mesa de PA Digico SD8, mesa de monitor Soundcraft VI 1, monitores de palco D&B M2, microfones Sennheiser e Pre Avalon 737.

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O projeto inicial foi do Danny Nolan. Eu trabalhava com o Charlie Brown Jr., e entrei na equipe do Rappa em setembro, no início da turnê, com o cenário já pronto. Eu readaptei o mapa para a estrada, para nós viajarmos com o show (Detomi)

Assim como a luz, a parte cênica também precisa ser adaptada para os diferentes tamanhos e formatos de palco que a banda encontra pelo caminho. São seis telões ao todo: dois laterais, dois na frente e dois no fundo (esse, maior, usa dois projetores), dispostos de forma a criar a imagem dos contêineres. Mas, sempre que possível, a equipe que

Movings são comandados da house mix

acompanha a banda procura montar a estrutura mais próxima do ideal, dadas as condições de cada local. “Varia muito, mas nós tentamos montar o show todo. Às vezes não cabe, mas nós adaptamos, tentamos levar o show inteiro sempre. Às vezes, com dimensões um pouco menores, mas tentando levar sempre o mesmo show a todos os lugares”, assegura. Leonardo Detomi garante que a concepção da turnê Nunca Tem Fim..., criada por profissionais tão bem conceituados em suas respectivas áreas, não o assusta. Nem mesmo o fato de pouco ter conversado com eles antes de a banda cair na estrada, pelo fato de ter se unido à equipe já no início da turnê, em setembro. “Quando eu entrei na equipe, o cenário já estava pronto. O projeto inicial foi do Danny Nolan. Eu trabalhava com o Charlie Brown Jr., e entrei na equipe do Rappa em setembro, no início da turnê, com o cenário já pronto. Eu readaptei o mapa para a estrada, para nós viajarmos com o show. Essa foi a minha contribuição, além da luz, que foi programada por mim. Mas os fãs podem ir ao show tranquilos, porque é um show top, nível gringo, de primeiro mundo, com relação às projeções de imagens, à luz e ao som. É entretenimento na certa!”, convida.


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O cantor brasileiro de sertanejo universitário Lucas Ferreira gravou o primeiro DVD de sua carreira, ao vivo, em Lençóis Paulista, no interior de São Paulo. O lugar escolhido, um depósito no distrito industrial da cidade, serviu como pano de fundo para o projeto de iluminação desenvolvido pelo lighting designer Leonardo Oliveira. O primeiro trabalho do cantor teve ainda a participação especial da dupla Munhoz & Mariano.

LUCAS FERREIRA

LANÇA PRIMEIRO DVD redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação

C

om total liberdade para a gravação, Leonardo adaptou ideias e imprimiu seu estilo para iluminar o espaço industrial escolhido para a gravação. O design de iluminação criado pelo LD incluiu basicamente 50 Robe ROBIN Pointe e 40 Robe ROBIN LEDWash 600. Leonardo, que foi convidado pelo produtor Ivan Miyazato para desenvolver a iluminação do show de Lucas Ferreira, contou ainda com a empresa de locação de equipamentos Showdesign, de São Paulo, para a montagem e suporte.

ESTRUTURA No teto da boca de cena foram montadas três estruturas com oito Pointe e

sete LEDWash 600 em cada uma e, nas laterais, cinco LEDWash 600 montados em duas estruturas especiais, tanto na esquerda, quanto na direita do palco. Os nove LEDWash 600 restantes foram usados para fazer a luz de frente da boca de cena do palco. No chão de cada lateral foi colocada uma linha com seis Pointe e, no centro do palco, mais oito Pointe. Para finalizar, na posição de FOH, mais uma linha com seis Pointe. Os movings da Robe foram usados para fazer os attacks de luz e criar o clima necessário para cada música. “Sempre trabalho com Robe, então toda vez que posso pedi-los fico despreocupado, pois sei que são confiáveis”,


Da esq. para a dir.: Rogério “Carioca” Fernandez, Leonardo “Maçã” Oliveira e Everaldo Zator

disse Leonardo. Sobre os Pointe, Oliveira destaca a agilidade e a precisão dos equipamentos. “Os Pointe atuaram da forma desejada. Usamos muito frost no show justamente para ter uma abertura maior com os attacks direcionados para as câmeras. O re-

por dois motivos. “Primeiro, pela complexidade do show, que tinha bastante cues de luz e, segundo, por ter sincronismo com o conteúdo de vídeo”, explicou. O

Foram usados 50 Robin Pointe na apresentação

Iluminação foi comandada por uma grandMA2 Light

sultado foi excelente”, completou. Leonardo programou e operou a iluminação usando um console grandMA2 Light e também fez uso de timecode para disparar as cenas

diretor de fotografia Rogério “Carioca” Fernandez e 14 técnicos da Showdesign trabalharam no projeto em três dias de montagem, um dia de ensaio e um de gravação.

Além da mesa grandMA2 light, um command wing também foi colocado em rede e um VPU da MA Lighthing foi usado para gerenciar a reprodução do vídeo, que foi transmitido simultaneamente em dois painéis de LED de 4,2 x 6m – um em cada lateral do palco. No fundo do palco havia ainda 10 blocos de painéis de LED, cada um medindo 1,92 x 1,28 m, mostrando o conteúdo pré-gravado.

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OS DISCOS DA MINHA VIDA C

“Dez Anos Juntos”

omo os leitores habituais da coluna já sabem, venho contando em sequência a história dos discos da minha carreira. Depois de Passado, Presente, Futuro e do Terra - ambos do trio Sá, Rodrix & Guarabyra - e dos quatro primeiros da dupla, chego ao quinto de Sá & Guarabyra, o... DEZ ANOS JUNTOS A Som Livre não gostou nem um pouquinho da demora nas mixagens do disco de 1979, o Quatro. Os custos subiram, o disco acabou ficando caro demais e o departamento financeiro da gravadora falou mais alto que o artístico. Em consequência, recebemos um delicado “bilhete azul” e fomos viver do nosso estúdio - o Vice Versa, em São Paulo - e de alguns shows. Digo “alguns” porque naquela época a banda que não tivesse ônibus e equipamento próprios sofria sérias restrições de mobilidade e venda, uma vez que os custos de passagens aéreas e aluguel de PA e luz eram determinantes para que os artistas tivessem condições de atender com regularidade os pedidos de shows de um país continental como o nosso. Como persistíamos em levar a equipe completa, sofríamos a forte concorrência daqueles que tinham pronto seu esquema próprio de viagem ou de outros que se conformavam em reduzir seu espetáculo ao mínimo possível. Assim, carregando o estigma de artistas “caros” e pouco propensos a dançar conforme alguma música que eventualmente nos fosse imposta, penamos quase três longos anos sem uma gravadora disposta a jogar suas fichas em nós. De repente, o Grande Acaso – deidade inventada e professada contritamente por meu parceiro Guarabyra e que tem

em mim um de seus devotos mais praticantes– fez com que uma concentração de conjuminâncias positivas nos dessem um empurrão espetacular na carreira. Primeiramente, surgiu diante de nós a figura de Mauro Magdaleno, um cara cheio de ideias, ideias que ele proativamente fazia acontecer em cascata com espantosa facilidade. Como diz a velha piada, Mauro era capaz de vender geladeira pra pinguim, só que a geladeira dele sempre chegava cheia de boas surpresas lá dentro, não importando quão exigente fosse o pinguim... Mauro era extremamente inteligente, articulado e articulador. Se não tivesse partido tão cedo, certamente estaria hoje no topo da lista dos dez mais criativos do management musical, inimigo de morte que era da mediocridade e do óbvio. Colado a ele veio Herbert Lucas, rápido aprendiz do dinamismo de Mauro, que no futuro viria a ser nosso empresário por muitos anos e aventuras. Mauro e Herbert formavam uma daquelas duplas que têm o que eu chamo de “acoplamento automático”, semelhante ao de estações espaciais, satélites e semelhantes: a coisa faz um “clic” e funciona. Mauro saiu-se logo com a bolação de um novo show: 10 Anos de Sá & Guarabyra. Fiz ver a ele que na realidade esses dez anos incluíam dois de trio com Zé Rodrix e sugeri então a mudança do nome para Dez Anos Juntos, o que era expressão da verdade, e tocamos em frente. Mas quando ele apareceu com a sugestão de estrear no Teatro Paulo Eiró, um ponto sem tradição e meio que esquecido no distante bairro de Santo Amaro, quase desanimei. Morando no Rio, longe da realidade paulistana, eu tinha Santo Amaro como um lugar remoto


LUIZCARLOSSA@UOL.COM.BR | LUIZCARLOSSA.BLOGSPOT.COM e inacessível para o nosso público. Com sua fantástica capacidade de argumentação e conhecimento de causa, Mauro não demorou muito a me convencer do contrário. E ele estava certo: logo na primeira das duas semanas (ou foram quatro?) de temporada, para minha total surpresa, lotamos o Paulo Eiró até o teto e deixamos uma multidão de fora. O boca a boca funcionou rapidamente e fez aparecer diante de nós mais uma dupla de “acoplamento automático”. Foi assim: recebi um telefonema urgente de Guarabyra convocando-me para uma reunião em sua casa (quase um sítio!) no então tranquilo Parque Fernanda, onde conheci Lyzandro Antonio e Johnny Magalhães, mais conhecido este como Johnny B. Goode (é com “e” no fim mesmo, como Chuck Berry escreveu!). Lembro-me até hoje da minha chegada na mansão guarabírica, eu subindo a rampa que passava por baixo do arco de cimento – o cachorródromo - que Guarabyra construíra para que seus muitos cães conseguissem vigiar a casa por todos os lados, vendo mais acima as figuras sorridentes de Johnny e Lyzandro, que - embora eu então ainda não pudesse supor – acabariam por ser no futuro próximo e distante dois dos meus mais queridos amigos entre os muitos que fiz na desvairada paulicéia. Lyzandro, alto, com um pouco de sobrepeso, olhos rasgados, barba, bigode e ralos cabelos louros, gargalhada fácil e boa de se ouvir, contrastava com a cara de índio boliviano de Johnny, estatura média, longos cabelos negros e cacheados, olhos penetrantemente azuis, aparentemente (só aparentemente, como descobrimos depois...) mais sério e desconfiado que o parceiro. Eles traziam uma proposta da RCA: gravar ao vivo o show do Paulo Eiró. Como isso aconteceu, acho, tipo segunda-feira, tínhamos pouco mais de 48 horas pra armar o circo, já que o show acontecia de quinta a domingo. Corremos atrás do nosso diretor de áudio favorito, Ricardo “Franjinha” Carvalheira, e na quinta as máquinas de gravação da RCA já estavam na coxia. Entendam que em 1982 isso era uma proeza, visto que não havia no Brasil um protocolo decente para gravações ao vivo em tão curto prazo. Era um improviso peitado pela coragem de artistas, técnicos e produtores. Piorando a parada, na quarta-feira minha voz desapareceu da garganta, como se uma praga me tivesse sido rogada por um fantasma da ópera que habitasse os cafundós do Paulo Eiró. Atendido por mais uma dupla “clic”, o otorrino Luc Weckx (primeiro amigo belga da minha vida!) e aquela mistura fantástica de amiga, psicóloga e fonoaudióloga que é Mara Behlau, fui posto de volta ao jogo em menos de 24 horas conseguindo sair do zero de voz e gravar o disco com cerca de 75% de meu potencial vocal, Luc e Mara

me dando força ali mesmo na coxia do teatro. Como a RCA queria fazer o lançamento a tempo das compras de Natal, 10 Anos Juntos é um disco de completa correria e improviso. Foi mixado direto na coxia e mandado assim mesmo para a fábrica. Teve um custo irrisório, mesmo contando com uma equipe de primeira linha, como nossos parceiros de fotos e layout do disco anterior, Ella Durst e Gernot Stiegler, que saíram correndo atrás do prejuízo dos prazos exíguos e conseguiram, pelo menos, fazer um encarte à altura da sua capacidade profissional. A capa, que a RCA exigiu ser feita ao vivo também, ficou meio no susto, desfocada, vistas as más condições de iluminação do Paulo Eiró, mas expressando ao mesmo tempo a intensidade da comemoração. Na base de apoio, a banda Ponte Aérea: Constant Papineanu (teclados), Pedro Jaguaribe, o Jaguar (baixo), Nonato “Nonô”(bateria), Betto Martins e Johnny Flavin (guitarras). Para nosso maior espanto, contado o improviso e o pouquíssimo tempo de produção possíveis, o disco saiu queimando nas paradas: em menos de uma semana de lançado já era um dos mais executados nas rádios do sudeste, pilotado por Vem Queimando a Nave Louca e Sete Marias. De repente, instada por sabe Deus que advogado de porta de estúdio, parte da banda resolveu processar a RCA por nebulosos “direitos de imagem” sobre as fotos de capa, na qual aliás só Jaguar e Betto figuravam. O disco foi recolhido das lojas em pleno boom de vendas e o resultado foi catastrófico para todos, pois as portas da RCA fecharam-se para os músicos e perdemos muito nas vendas de lançamento. Mas a coisa não degringolou de todo: resolvidas as pendengas judiciais e arquivado o processo por improcedência, o 10 Anos voltou às lojas a todo vapor, escorado em surpreendentes números de execução radiofônica, dados o improviso e a falta de recursos técnicos com que foi gravado, com o Franja fazendo milagres nas velhas Ampex da RCA deslocadas para o teatro. A maioria das músicas que figuraram no repertório já era conhecida do público, a única inédita era O Bando na Dança. Mas nele registramos pela primeira vez nossas versões para Caçador de Mim (Sá - Sérgio Magrão), gravada anteriormente pelo 14 Bis e por Milton Nascimento, e a minha Jeito de Viver, que entrara antes em discos do grupo vocal Som Livre e de Tavito. Chega a ser irônico o fato de que nosso disco mais barato, mais corrido e com menos recursos seja até hoje o mais vendido de nossa carreira, tendo durado mais de vinte anos em catálogo e ultrapassado o milhão de cópias. Periga ter sido – algum dia vou tirar isso a limpo... – um dos produtos de melhor custo-benefício da fonografia brasileira.

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Equipo ........................................... (11) 2199-9999 .............. www.equipo.com.br .................................................................................. 07 Gigplace ................................................................................. www.gigplace.com.br ................................................................................ 29 Gobos do Brasil ............................. (11) 4368-8291 .............. www.gobos.com.br .................................................................. 3ª capa e 41

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Guitar Player ................................. (11) 3721-9554 .............. www.guitarplayer.com.br ........................................................................... 60 Harman .................................................................................. www.harman.com ............................................................................ 17 e 23 Hot Machine ................................. (11) 2909-7844 .............. www.hotmachine.ind.br ............................................................................ 91 João Américo Sonorização ............ (71) 3394-1510 .............. www.joao-americo.com.br ........................................................................ 37 Lerche ........................................... (11) 4199-8181 .............. www.lerche.com.br ................................................................................... 79 Lyco .............................................. (11) 3675-2335 .............. www.lyco.com.br ............................................................................... 2ª capa Metal Fecho .................................. (11) 2967-0699 .............. www.metalfecho.com.br ........................................................................... 15 Modern Drummer ......................... (11) 3721-9554 .............. www.moderndrummer.com.br .................................................................. 82 Mr. Mix .................................................................................. www.mistermix.com.br ............................................................................. 55 Musical Plus ................................... (47) 3423-3344 .............. musicalplus.escritorio@gmail.com ............................................................. 08 Ninja Som ..................................... (11) 3550-9999 .............. www.ninjasom.com.br ............................................................................... 25 Penn-Elcom ................................... (11) 5678-2000 .............. www.penn-elcom.com.br .......................................................................... 06 Prisma ........................................... (51) 3711-2408 .............. www.prismaaudio.com.br .......................................................................... 21 Projet Gobos ................................ (11) 3675-9447 .............. www.projetgobos.com.br .......................................................................... 12 Pro Shows ..................................... (51) 3589 -1303 ............ www.proshows.com.br .................................................................... 31 e 43 Quanta .......................................... (19) 3741- 4644 ............ www.quanta.com.br ................................................................................. 09 Robe ....................................................................................... www.robe.cz .............................................................................................. 77 Sonotec ......................................... (18) 3941-2022 .............. www.sonotec.com.br ................................................................................ 03 Star ............................................... (19) 3864-1007 .............. www.star.ind.br .......................................................................................... 85 SPL Alto-Falantes ......................... (47) 3562-0209 .............. www.splaltofalantes.com.br ....................................................................... 61 Taigar ............................................ (49) 3536-0209 .............. www.taigar.com.br .................................................................................... 65 Yamaha ......................................... (11) 3704-1377 .............. www.yamahamusical.com.br ............................................................ 4ª capa


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