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Sumário Ano. 22 - agosto / 2015 - Nº 249
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Festival João Rock
Por volta de 100 pessoas trabalharam na equipe da Impacto Vento Norte/ Veritas cobrindo as instalações de som, luz e estrutura de todo o festival. Foram cinco dias de montagem. Para a cobertura sonora do ambiente, foram usadas 15 VT4889 em cada lado do L&R, quatro nos front fills e mais 11 nos dois outfills, além de tecnologia de fibra ótica para o sistema de sonorização.
NESTA EDIÇÃO
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É inegável que para um espetáculo ou show funcionar a destreza de diversos profissionais que trabalham “sem aparecer” é imprescindível. Uma dessas funções é a do microfonista, responsável pela preparação e teste do sistema de microfones sem fios, entre outras atribuições. Neste mês, conversamos com Maíra Pitelli, que conta como é o dia a dia e as atividades inerentes a esse ofício.
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Vitrine Exclusivamente desenvolvido para auxiliar na reprodução de baixas frequências, os subwoofers OPSB 2215 e o OPSB 2218, da O´Neal, são opções perfeitas para o reforço nos graves.
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Rápidas e Rasteiras Rock in Rio terá homenagem à Cássia Eller, LedWave apresenta novos painéis, e as palestras da Lighting Week Brasil 2015 podem ser acessadas pela internet.
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Play Rec Entre os lançamentos deste mês, um DVD de Liah Soares, gravado na “casa” da artista, que, com origem paraense, tem Belém como sua segunda cidade natal. Zeca Baleiro também presenteia os fãs com um álbum que traz regravações das músicas de Zé Ramalho.
20 Gustavo Victorino Confira as notícias mais quentes dos bastidores do mercado.
22 Yamaha A Yamaha finalmente apresentou a série Reface, de quatro mini teclados que remetem a alguns dos maiores hits do passado da empresa.
24 Tascam A Tascam facilita a vida dos usuários ao lançar o modelo DR-44WL, um gravador portátil que funciona por meio de wi-fi. Através de um aplicativo gratuito para iOS ou Android, é possível controlar, transferir arquivos ou streaming de áudio para o smartphone ou tablet.
80 Vida de Artista Das lembranças do início de carreira ao sucesso que o acompanha até os dias atuais, Sá relembra a importância de alguns personagens na sua trajetória musical.
Expediente
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Pro Light + Sound China
A Prolight + Sound Xangai 2015 vai desenvolver uma série de atividades de negócios e treinamentos profissionais para conectar os expositores com o mercado de eventos e entretenimento. A maior feira da Ásia para o setor acontece em outubro e oferece aos participantes produtos de alto nível e tecnologias de mais de 500 marcas em 38 mil metros quadrados.
CADERNO TECNOLOGIA 52 Cubase Algumas funções mais específicas para conhecer melhor a controladora CC121 e que podem fazer o usuário gerenciar melhor seu tempo.
56 Logic Pro Uma seleção de alguns pontos que podem ser úteis para agilizar o processo de trabalho e a navegação nas últimas versões do seu Logic Pro.
68 Baixo elétrico
60 Pro Tools A qualidade de uma mixagem é determinada por muitos fatores, mas os três principais são: qualidade de gravação e arranjo, qualidade do profissional e o tempo disponível para realizar o trabalho. Veja como conseguir isso tudo no seu projeto.
64 Ableton O Max for Live aumenta a possibilidade dos usuários do Ableton Live estenderem suas capacidades performáticas de inúmeras formas e tornam seus trabalhos personalizáveis.
Um assunto muito importante para músicos e produtores no estúdio, fato este que por vezes acaba por passar desapercebido pela maioria. A importância da ‘correta’ afinação dos instrumentos de corda, algo que se torna muito mais complexo do que se imagina.
CADERNO ILUMINAÇÃO 74
Design de iluminação Pela segunda vez no Brasil, a banda americana Extreme realizou quatro apresentações em celebração aos 25 anos do lançamento de Pornograffitti, segundo álbum da banda. Em uma apresentação marcada pela empolgação, competência e carisma dos músicos, um dos destaques foi também a iluminação cênica.
Diretor Nelson Cardoso nelson@backstage.com.br Gerente administrativa Stella Walliter stella@backstage.com.br Financeiro adm@backstage.com.br Coordenadora de redação Danielli Marinho redacao@backstage.com.br Revisão Heloisa Brum Tradução Fernando Castro Reportagem: Ricardo Schott Colunistas Cezar Galhart, Cristiano Moura, Gustavo Victorino, Jorge Pescara, Lika Meinberg, Luciano Freitas, Luiz Carlos Sá, Marcello Dalla, Ricardo Mendes e Vera Medina Edição de Arte / Diagramação Leandro J. Nazário arte@backstage.com.br Projeto Gráfico / Capa Leandro J. Nazário Foto: Arquivo Pessoal / Divulgação Publicidade / Anúncios PABX: (21) 3627-7945 arte@backstage.com.br Webdesigner / Multimídia Leonardo C. Costa multimidia@backstage.com.br Assinaturas Maristella Alves PABX: (21) 3627-7945 assinaturas@backstage.com.br Coordenador de Circulação Ernani Matos ernani@backstage.com.br Assistente de Circulação Adilson Santiago Crítica broncalivre@backstage.com.br Backstage é uma publicação da editora H.Sheldon Serviços de Marketing Ltda. Rua Iriquitiá, 392 - Taquara - Jacarepaguá Rio de Janeiro -RJ - CEP: 22730-150 Tel./fax:(21) 3627-7945 / 2440-4549 CNPJ. 29.418.852/0001-85 Distribuída pela DINAP Ltda. Distribuidora Nacional de Publicações, Rua Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678 Cep. 06045-390 - São Paulo - SP Tel.: (11) 3789-1628 CNPJ. 03.555.225/0001-00 Os artigos e matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. É permitida a reprodução desde que seja citada a fonte e que nos seja enviada cópia do material. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios veiculados.
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CARTA AO LEITOR | www.backstage.com.br
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A gestão e
a gangorra D
esde que 2015 começou, a previsão do mercado era de que provavelmente as coisas ficariam do jeito que 2014 terminou: estagnadas. Poucos negócios seriam fechados e a crise ainda permaneceria por um bom tempo a nossa sombra. No entanto, o que não se acreditava era que a moeda nacional teria uma desvalorização recorde, fato que foi confirmado com o alcance do dólar na casa dos R$3, puxado principalmente pela redução da meta fiscal. Outro pesadelo que começamos a assistir de perto foi a volta do desemprego, e a tentativa atrapalhada do governo em salvar postos de trabalho e empresas com a política de redução de salários e de jornada de trabalho. O nosso mercado, que desde o ano passado já vinha sofrendo com a retração e a instabilidade diante do sobe e desce do dólar, mais uma vez é vítima das ações não planejadas e paliativas. Em uma breve análise do atual momento, fica muito claro que os problemas do país são de origem estrutural e não apenas conjuntural, como foi sugerido a acreditar no tempo da “marolinha”. A maior prova de que o imbróglio é mais profundo e enraizado é o simples fato de que, enquanto economias se recuperam, o futuro econômico brasileiro torna-se incerto. Essa indefinição impacta na saúde das empresas, nos ânimos e na crença dos homens de bem, e pouco a pouco mina a disposição dos bem-intencionados. Em setores como o de eventos, por exemplo, é preciso ter força hercúlea para chegar ao produto final apresentando lucro. Gestão. Essa parece ser então a solução para sair ou sobreviver a um cenário onde prevalece uma economia que mais parece uma gangorra e que desestimula o consumo, ferindo uma das bases que sustentam o regime econômico ao qual a nação está inserida. Boa leitura. Danielli Marinho
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VITRINE ÁUDIO E ILUMINAÇÃO | www.backstage.com.br 12
KREIOS SL
SUB 15C www.oversound.com.br A Oversound apresenta o SUB 15C, um woofer de alta potência, com bobina de 4 polegadas e duplo sistema de refrigeração para melhor dissipação térmica, central e lateral. Seu conjunto móvel, com grande resistência mecânica possui cone rígido de celulose especial que confere excelente performance na reprodução de baixas frequências.
www.star.ind.br O KREIOS® SL é um projetor de LED desenvolvido para atender às diversas aplicações onde a regulagem do facho de luz é necessária. O ajuste do ângulo de abertura da luz (24°~120°) é feito facilmente através da rotação do anel de posição, no corpo do equipamento. O Barn Doors que é fornecido junto ao produto, permite ao operador regular a forma do facho de luz, conforme sua necessidade. O alto IRC e a vasta opção de dimerização faz do KREIOS® SL um produto extremamente versátil. O porta-gelatina, que também acompanha o produto, aceita filtros coloridos, foscos e difusores no tamanho padrão de 9,5 cm / 3,7”. Produto by Osram.
SUBWOOFER ONEAL OPSB 2215 E OPSB 2218 www.oneal.com.br Exclusivamente desenvolvido para auxiliar na reprodução de baixas frequências, os subwoofers OPSB 2215 e o OPSB 2218 são opções perfeitas para o reforço nos graves, sendo um excelente complemento para linhas EVO LINE e OPB. Com componentes projetados através de softwares de cálculo por elementos finitos, os modelos proporcionam uma resposta plana e de grande eficiência, sem aumentar o peso, produzindo um melhor desempenho acústico. Os OPSB 2215 e o OPSB 2218 possuem amplificador de 600WRMS Classe H, entrada e saída XLR, filtro Hi-Pass de 100Hz, crossover com variação de 90Hz a 480Hz, e ajuste de fase entre 0°/180° e 180°/380°.
TITAN ONE www.proshows.com.br A Avolites lançou o Titan One, uma chave com uma saída DMX que pode ser conectada em qualquer computador (Windows). Esse hardware permite que o usuário controle instalações de iluminação inteligente, reguladores de tensão e efeitos de LED a partir de um único computador. Para trabalhar com o Titan One, o usuário deverá instalar o Avolites Titan Software, que pode ser encontrado gratuitamente no site da marca. Através do software e, por meio dessa chave, o usuário consegue criar diversos playbacks. Devido a sua capacidade e simplicidade, o Titan One oferece um melhor custo-benefício para o mercado de instalação, estudantes de lighting design ou para quem está iniciando na área. Entre os recursos podemos citar 10 playbacks, 60 páginas, controle de CUE dedicado, suporte a operação por touch screen e software compatível com Windows 7 ou superior.
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ESTÚDIO RASTRO É INAUGURADO EM IPANEMA Equipamentos de última geração, em ambiente compacto, confortável e com tratamento acústico, o estúdio Rastro acaba ser inaugurado em Ipanema, Rio, com serviços como: gravação, mixagem, masterização, além de produção e coaching artístico. Coordenado pelo produtor e DJ Danny Dee, o estúdio é um braço da Rastropop - empresa que está no mercado há 18 anos, composta por uma gravadora e agência de atrações musicais para eventos. Uns dos diferenciais do local são o uso de periféricos externos para gravar, mixar e finalizar o produto, e a possibilidade de gravação à distância, uma vez que o estúdio utiliza mais de uma plataforma de gravação e produção: o Pro Tools, o Logic X e o Ableton Live. Saiba mais pelo www.fb.com/EstudioRastro
REVIVENDO MICHAEL JACKSON O Dierks Studios, em Colônia, onde Michael Jackson gravou o hit Blood on the Dance Floor, em 1997, recentemente promoveu um evento chamado In The Studio With MJ, uma espécie de seminário destacando as experiências de gravação desse artista lendário. Entre as exigências de Brad Sundberg, organizador do evento e apresentador do seminário, estava o altofalante da marca inglesa PMC suprindo um monitor de 3 vias MB2S como forma de assegurar que a música, efeitos sonoros e video fossem ouvidos com a mais absoluta transparência.
Rock in Rio 2015 O Palco Sunset terá uma homenagem à Cássia Eller, no dia 18 de setembro, com banda original da cantora. O show, preparado especialmente para o festival, terá a participação de Nando Reis, Arnaldo Antunes, Zélia Duncan, Mart’nália, Emanuelle Araújo, Xis, Julia Vargas, Filipe Catto, Tacy, Fabão e Márcio Mello. Zé Ricardo, diretor artístico do Palco Sunset, contou com a ajuda
de Chicão, filho da cantora, que se envolveu na escolha dos músicos e na montagem do roteiro do show, ao lado de Fernando Nunes, baixista da banda original de Cássia. No dia 18, primeiro dia do Rock in Rio, se apresentam ainda no Sunset Lenine + Projeto Carbono; Ira! + Rappin Hood e Tony Tornado; e Dônica + Arthur Verocai.
LIGHTING WEEK 2015 NA INTERNET Quem não pode comparecer à LWBR 2015, durante a AES Brasil, pode acessar a programação da internet. Há depoimentos de palestrantes e expositores da LWBR na AES, cinco palestras na íntegra e o convite para a SET EXPO 2015.
13º RIO DAS OSTRAS JAZZ & BLUES FESTIVAL De 20 a 23 de agosto o balneário de Rio das Ostras, a 170 km do Rio de Janeiro, receberá a 13ª edição do Rio das Ostras Jazz & Blues Festival. O festival, que é considerado um dos maiores do gênero na América Latina, é gratuito e acontecerá em três palcos localizados na cidade – Praça São Pedro, Lagoa de Iriry e Costazul. O line-up internacional é formado por Robben Ford, considerado um dos maiores guitarristas do século XX; Roy Hargrove Quintet, Omar Hakim, Incognito Band, Matt Schofield, Carolyn Wonderland e Dwayne Dopsie. O Brasil será representado pelo guitarrista Artur Menezes, o gaitista Gabriel Grossi e pelo grupo instrumental Segundo Set, vencedor do concurso de bandas realizado na edição anterior do festival. Durante os intervalos dos shows do palco Costa Azul, o público também poderá curtir e se divertir ao som da Orleans Street Jazz Band street band de jazz tradicional e dixieland. O Rio das Ostras Jazz & Blues é um importante ativo para a cidade. Pesquisa da Fundação Getúlio VargasFGV/RJ, realizada em 2014, apontou que foram injetados mais de 11 milhões de reais na economia do município durante o período do festival. O festival é realizado pela Azul Produções, com o patrocínio da Vallourec e Viação 1001, por meio da Lei de Incentivo da Secretaria Estadual de Cultura do Rio de Janeiro, e conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Rio das Ostras, por meio da Secretaria de Turismo. Acesse: www.riodasostrasjazzeblues.com
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A banda techno Howling recentemente adquiriu uma mixer Allen & Heath GLD-80 para gerenciar o audio nas turnês da banda. A ideia do cantor e compositor Ry X era que a banda mantivesse na estrada uma mesma mix durante toda a turnê na Europa. Uma das principais características do equipamento que deixou a banda impressionada foi a facilidade de poder transportar a mesa inclusive durante os voos, já que o flightcase pesa apenas 30kg.
NX ZERO ...inicia pré-venda do novo álbum e lança faixa inédita O novo álbum do NX Zero, Norte, mostra a nova fase da banda, trazendo um rock mais vigoroso e algumas experimentações, apresentando um som surpreendente. O novo trabalho chega às lojas pela Deck no começo de agosto, trazendo 12 faixas inéditas, sendo a maioria de autoria do guitarrista Gee Rocha e do vocalista Di Ferrero. A produção é assinada por Rafael Ramos (Pitty, Titãs, Matanza). Modo Avião, assim como o primeiro single, Meu Bem, foi mixada por Mario Caldato Jr. (Beastie Boys, Jack Johnson, Beck), um dos grandes engenheiros de som do mundo. A animação do moving cover, disponibilizada no YouTube, foi feita por Frederico Siciliano e Felipe Salek.
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TURNÊ COM A GLD CHROME
NOVA SÉRIE DE MICROFONES A Prism Sound está lançando uma nova série de Mic que vai servir aos seminários gratuitos educacionais e workshops no próximo outono em importantes cidades dos EUA e do Reino Unido. Destinado a estudantes de produção de música, amadores e profissionais, os equipamentos vêm ao mercado para dissipar os muitos mitos que cercam o processo de gravação. Esse eventos tem como objetivo responder às principais dúvidas dos estudantes tais como o que é preciso para se tornar um profissional bem sucedido como engenheiro de áudio, ou como profissional de gravação e como abordar diferentes aspectos de suas produções.
NOME CORRETO Diferentemente do que saiu na edição 248, a grafia correta do nome da gerente de comunicação da Light é JORDANA GARCIA.
BRASIL VOCAL ABRE INSCRIÇÕES A quinta edição do Brasil Vocal, no CCBB Rio, tem a missão de mostrar as novidades do cenário da música vocal de todo o Brasil. Este ano o projeto fará dois concursos: Concurso de Arranjo Vocal e Concurso de Novos Grupos Vocais – Coral Juvenil. As inscrições estarão abertas até o dia 22 de setembro e já podem ser feitas pelo site do CCBB Rio: http://culturabancodobrasil.com.br/ portal/brasil-vocal-2015-concursode-novos-grupos-vocais-coral-juvenil/ ou http://culturabancodobrasil.com.br/portal/brasil-vocal-2015concurso-de-arranjo-vocal/. O objetivo principal do projeto é fomentar o repertório de música brasileira para grupos vocais, bem como o surgimento de novos arranjadores, e propiciar às novas gerações de grupos vocais – Corais Juvenis – a oportunidade de divulgação de seus trabalhos em âmbito nacional. As finais acontecem em novembro e a premiação será em dinheiro.
LEDWAVE APRESENTA NOVOS PAINÉIS A LedWave, empresa de painéis de LED, participa da DSE (Digital Signage Expo), que aconteceu entre as datas de 21 a 24 de julho, em São Paulo. A empresa expôs painéis de LED de altíssima resolução durante a feira internacional que reuniu as maiores organizações de sinalização e tecnologia eletrônica do mundo.
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PLAY REC | www.backstage.com.br
DANIELLI MARINHO | REDACAO@BACKSTAGE.COM.BR
AO VIVO NO THEATRO DA PAZ Liah Soares Liah Soares – ao vivo no Theatro da Paz é o novo projeto da cantora revelação do The Voice Brasil. Um DVD gravado na “casa” da artista, que, com origem paraense, tem Belém como sua segunda cidade natal. Nascida em Tucuruí, cidade no sudoeste do Pará, Liah Soares conta que o local escolhido para a gravação tem forte influência na sua cultura e raiz. Gravado em outubro de 2014, esse primeiro trabalho já foi produzido em grande estilo, tendo a direção do renomado argentino Christian Valente, responsável por diversos projetos lançados pela Som Livre, Warner, Universal, e direção musical de Liah Soares em parceria com Luiz Pardal e Jacinto Kawage. O projeto é dividido em quatro momentos que pontuam a sonoridade de Liah: pop, baladas, latino/caribenho e regional (carimbó). Um verdadeiro balaio musical que explora toda a criatividade da música popular brasileira. O repertório mescla canções de sua autoria com alguns resultados em parceria e, das 21 músicas interpretadas, 17 são próprias. As participações especiais também foram um capítulo à parte. Ivete Sangalo teve uma participação interativa pelo telão em gravação de Beijo de Hortelã, com Liah Soares no estúdio; Padre Reginaldo Manzotti marcou presença em momento lúdico de homenagem ao Círio de Nazaré; e o rei do carimbó Pinduca subiu ao palco para cantar Sinhá Pureza.
ZECA BALEIRO CANTA ZÉ RAMALHO Zeca Baleiro Neste lançamento da Som Livre, Zeca Baleiro canta músicas de Zé Ramalho e representa no palco todo universo épico e apocalíptico do bardo paraibano. O álbum traz canções como Admirável Gado Novo, A Dança das Borboletas, Chão de Giz, Avôhai e muito mais. O DVD traz 17 faixas, enquanto o CD reúne 14 e a edição digital conta com a faixa-bônus Garoto de Aluguel (Taxi Boy), gravada em estúdio.
MINERAL Raquel Coutinho Essa mineira, radicada no RJ há seis anos, lança mais um trabalho em que mistura sons por conta da troca de informações constantes com músicos e amigos da cidade. Raquel, que também é percussionista e pesquisadora sobre o congado, afirma que as composições têm uma forte influência da cidade carioca, do urbano e da ebulição cosmopolita. A cantora, que também já foi percussionista do Monobloco, teve como produtores do CD Marcos Suzano e Maurício Negão, que deram forma ao disco a partir da mistura, em estúdio, de tambores, percussão e elementos eletrônicos. Suzano fez ainda as levadas e utilizou samples em paralelo. No disco, Raquel toca em algumas faixas (Me Leva, Tão Perto) e em outras construiu a linha de baixo nos tambores. Mineral mescla novidades sonoras da cidade que adotou com o que leva na bagagem.
DOIS NA REDE Gilson Peranzzetta e Mauro Senise Dois na rede é uma amostra viva do virtuosismo da dupla, e destaca a afinidade de Mauro com o flautim. O piccolo que Senise usa nessa gravação é chinês, comprado no Rio, e, na capacidade de improvisador, Mauro Senise vai além do papel de mero executante. O trabalho traz no repertório as músicas Paisagem Brasileira (Gilson Peranzzetta) / Deixa (Baden Powell e Vinicius de Moraes) / Braz de Pina, meu amor (Gilson Peranzzetta) / Bilhete pro Guinga (Gilson Peranzzetta) / Jura Secreta (Sueli Costa e Abel Silva) / Forrozim, um chorinho pra Zé Américo (Gilson Peranzzetta)/ Aqui ó (Toninho Horta e Fernando Brant) / Canção que morre no ar (Carlos Lyra e Ronaldo Bôscoli) / Zanzibar (Edu Lobo) / Só louco (Dorival Caymmi)/ A história de Lily Braun (Edu Lobo e Chico Buarque) / Dois na rede (Gilson Peranzzetta). A Direção Musical é de Gilson Peranzzetta e Mauro Senise, os arranjos e piano também de Peranzzetta e saxofone e flautas de Mauro Senise. A distribuição fica por conta da Fina Flor.
DANIELLI MARINHO | REDACAO@BACKSTAGE.COM.BR
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por suposta opinião preconceituosa não é preconceito?
TAGIMA
Acostumado a lidar com crises, o brasileiro parece ter adquirido uma capacidade muito acima da média na arte de driblar ou sublimar os momentos difíceis criados pela incompetência e corrupção generalizada em Brasília. Passada a choradeira inicial, o filtro do mercado já mostra os primeiros sinais de reequilíbrio e estabilização de vendas. A hora das lágrimas passou, o momento agora é de arregaçar as mangas.
SÓ IMPORTADO É inacreditável, mas o disco All Around The World, da maior cantora brasileira não vai sair no Brasil. Por mais absurdo que pareça, o trabalho elogiado rasgadamente pela crítica terá edição apenas lá fora e foi comparado pelos americanos ao disco genial de Elis Regina e Cesar Camargo Mariano intitulado Saudade do Brasil, de 1980. Ithamara Koorax é daqueles fenômenos inexplicáveis da nossa música. Aclamada há décadas como uma das maiores cantoras de jazz do mundo, ela ainda encontra barreiras no seu próprio país. Depois não sabem porque gravadoras e lojas de discos estão quebrando por aqui. Ninguém sobrevive vendendo só porcaria.
APROVEITADORES A família do sertanejo Cristiano Araújo, morto em acidente automobilístico, precisa ficar atenta aos aproveitadores que tentam explorar a popularidade do rapaz. Tem gente regravando músicas, editando vídeos e até propalando uma amizade duvidosa com o artista na intenção de chamar a atenção para algum trabalho. E duvido que tudo tenha sido autorizado ou seja de conhecimento dos herdeiros do cantor. Mas pergunto: processar o jornalista Zeca Camargo
A maior marca brasileira de guitarras passou por constrangimento desnecessário por conta de erro no controle de qualidade do seu fabricante chinês. Um dos modelos de sua linha de guitarras veio com a logo Memphis, a linha popular da Tagima. Para consertar a “barbeiragem”, foi reaplicada a logo Tagima sobre a marca pré-gravada sem, no entanto, removê-la. Como os produtos têm preços bem diferentes, o mercado reclamou e as críticas se multiplicaram nas redes sociais. Sem fazer juízo de valor, esse fato apenas confirma o drama do controle de qualidade que quase todas as empresas enfrentam ao manufaturar na China.
FAROFA O que está acontecendo com o bom e velho rock pesado que deu origem ao heavy metal? Historicamente o gênero sempre foi teatral, basta lembrar ícones do passado como Alice Cooper e Kiss. Mas tinha boa música. Alguém vai dizer que eles não eram originariamente metaleiros, mas pergunto... Então quem era? Nem os pais do gênero foram farofeiros. O iconoclasta Black Sabbath não tinha nenhuma teatralidade além das porralouquices do Ozzy Osborne? Hoje a coisa virou mais produção visual e figurino do que música. E tecnicamente a coisa desabou no quesito personalidade sonora. Tá tudo com o mesmo timbre e os riffs são constrangedoramente parecidos. Sem novidades e competência musical, a coisa tá virando só barulho.
RIO DAS OSTRAS 2015 Robben Ford, considerado um dos maiores guitarristas do século 20, Roy Hargrove, vencedor de dois Grammy Awards, mais Omar Hakim, Incognito Band, Matt Schofield, Carolyn Won-
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derland e Dwayne Dopsie. Concorda que esses são motivos suficientes para você não perder um dos maiores festivais de jazz e blues do mundo? Ele acontece todos os anos no Brasil, na paradisíaca Rio das Ostras, no norte do estado do Rio de Janeiro. De 20 a 23 desse mês a cidade vai ferver com o megaevento que oferece tudo isso... E de graça!
CUSPINDO PARA CIMA O cantor e compositor Chico César está remando contra a maré pedindo a volta do ex-presidente Lula ao poder. Não bastasse isso o rapaz ainda disse que a classe média brasileira precisa ser menos consumista. E completou: “A corrupção é uma prática inerente ao sistema, inclusive no meio artístico. Há uma associação entre empresários de bandas, secretários de cultura, mulheres de prefeito, tudo é uma clientela”. Vale lembrar que Chico foi Secretário de Cultura do Estado da Paraíba e parece saber do riscado.
GLOBALIZANDO Ao contrário do que muita gente pensa, os lendários órgãos Hammond e as esquisitas caixas da Leslie ainda são montados em Chicago e por isso levam a logo “Made in USA”. Embora o centro de tecnologia e desenvolvimento seja no Japão, a marca mantém fidelidade ao processo de manufatura que colocou seus instrumentos entre os melhores do mundo. Desde 1991, essas marcas pertencem ao conglomerado Suzuki, que adquiriu as patentes e restaurou a histórica fábrica no estado de Illinois.
2016. Em evento realizado na cidade de Canela, na serra gaúcha, um comunicado conjunto entre a direção do evento e a prefeitura da cidade anunciou que 2015 será o último ano do maior encontro da música brasileira naquela cidade. Na busca de novos horizontes para crescimento, a Festa terá no próximo ano uma ampliação que há algum tempo é pedida por artistas e convidados. Algumas cidades já se candidataram a receber o encontro, mas a nova sede só será anunciada no primeiro semestre de 2016. Com a confirmação da mudança, cresceu o número de pedidos de artistas e profissionais para participar da edição 2015, que se despede de Canela.
CREDIBILIDADE O ECAD precisa tornar mais transparente os critérios de cobrança de direitos autorais pelo Brasil. As queixas se multiplicam por todo o país no tocante a critérios de estipulação de valores e pressupostos da cobrança. A “chutometria” vem tirando a frágil credibilidade do órgão que precisa urgentemente fiscalizar suas unidades pelos estados. Cobrar muito ou de forma aleatória é o primeiro passo para acumular inadimplência. Tem cada história de arrepiar.
Paulo levou um presente para dar ao Papa. O mimo é um disco dos Racionais MC’s, de 1998, intitulado Sobrevivendo no Inferno. E depois ele não sabe porque é apontado em todas as pesquisas como o pior prefeito do Brasil.
RARIDADES A unidade Custom Shop da Fender (http://www.fendercustomshop.com), na Califórnia, está comprando hardware antigo de guitarras da marca Fender de todos os modelos. Instrumentos fabricados até 1981 que foram danificados, deteriorados ou inutilizados por qualquer motivo podem virar um bom dinheiro para o seu dono. Pontes, tarraxas, conectores e demais componentes são recuperados e reaproveitados em instrumentos rescue da marca. Em alguns raros casos, as peças valem mais do que o próprio instrumento.
BOCA FECHADA Cuidado ao reclamar do som ou do operador. Pelo menos dois casos já foram parar na justiça com pedidos de danos morais pelo uso de termos inadequados ou exageros na hora de clamar por ajustes. Tem gente gravando as passagens de som e maldosamente usando em tribunais para faturar algum. Se a moda pega...
FRASE De um amigo músico que mora e vive da música nos EUA: “Quando o flanelinha que chantageia o frequentador na porta de um pub ganha mais do que o músico que tá lá dentro, no palco, é porque algo tá muito errado no país”.
MUDANDO PARA CRESCER
PRESENTE
A Festa Nacional da Música anunciou oficialmente a mudança para
Durante um “encontro de trabalho”, em Roma, o prefeito de São
INGLÊS MUSICAL Recebo um pedido musical por torpedo no meu programa diário na Rádio Pampa, de Porto Alegre: “Dá para tocar I Good No?”... Minha produção se descabelou para achar a tal música e depois de algum tempo concluímos... Era Have You Ever Seen The Rain, do Credence Clearwater Revival, e o “som” do refrão foi a referência para o pedido.
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LEITURA DINÂMICA| www.backstage.com.br 22
A Yamaha finalmente apresentou a série de quatro mini teclados que remetem a alguns dos maiores hits do passado da empresa. Os teclados da série Reface (uma abreviação de reinventados) são movidos à bateria e têm como principais características teclas de três oitavas, altofalante embutido e botões e controles deslizantes projetados para oferecer praticidade tanto no estúdio quanto no palco. redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação
YAMAHA APRESENTA OS
REFACE SYNTHS Depois de muita espera e especulação, empresa lança o quarteto de mini teclados
P
ara compensar o tempo de espera, a Yamaha parece ter caprichado nas funções desses equipamentos. Os modelos Reface CS, DX, CP e YC possuem vários modos de som, efeitos e, em alguns casos, built-in looping incluído. Uma gama completa de conexões físicas, a partir do USB, MIDI, falantes e saídas de linha para o poder transformador de corrente, significa que os teclados Reface podem ser incorporados em sessões graves e performances ao vivo. E, pensando em consumidores mais exigentes, a Yamaha também colocou na linha Reface, uma função derivada do Motif XF, o que faz
com que os equipamentos “entreguem” um grau profissional que qualquer tecladistas apreciará. O que faz da linha Reface ser ainda mais interessante é o leque de opções de conectividade engenhosa. No lado do analógico, uma entrada mini-jack estéreo significa que vários Refaces podem ser concetados juntos. No lado digital, o MIDI USB permite a conexão com laptops e tablets, nos moldes habituais, e os teclados Reface podem também se conectar em iPhones para fazer uso de um aplicativo iOS gratuito que serve para gestão e armazenamento pré-definido.
O mais intrigante ainda é o uso da novíssima tecnologia MIDI Web API, que permite que os usuários façam upload e compartilhem prédefinições on-line através do site Soundmondo, da Yamaha. Presets de outros usuários podem ser carregados diretamente em seu próprio Reface, também por meio do website, que fornece uma representação visual de onde os controles físicos devem ser posicionados a fim de combinar o patch carregado. Cada um desses teclados compactos oferece uma interpretação reduzida de controles físicos de um teclado Yamaha clássico. Indo um pouco mais a fundo nas características de cada modelo, o usuário encontra nos modelos Reface as seguintes descrições: Yamaha Reface YC – nesse modelo Reface vermelho-brilhante, inspirado na gama de combinação dos órgãos Yamaha YC, além de controles para percussão, vibrato/ coro, alto-falante giratório, distorção e efeitos de reverberação, o instrumento vem ainda com 128 notas de polifonia. O Reface YC
oferece cinco diferentes sons de órgão, que abrange não apenas o intervalo original Yamaha YC, mas também o Tonewheel. Yamaha Reface CP - sons de órgão no estilo de Hammond, Vox, Farfisa e Ace-Tone. Da mesma forma como o CP Reface é inspirado nos pianos elétricos e nos tons clássicos, este mini teclado também fornece sons no estilo de Wurlitzer, Rhodes, Clavinet. Controles de profundidade e taxa de tremolo, wah, chorus e efeitos de phaser são unidos por delays analógicos e digitais e reverb. Yamaha Reface CS – outro teclado que será de particular interesse para os fãs do vintage synth. Revisitando um dos mais amados e mais expressivos sintetizadores de todos os tempos, o Reface CS possui um painel repleto de controles físicos, que proporcionam muitas oportunidades para brincar. Cinco módulos osciladores e quatro tipos de LFO são apoiados pela Polyphony, filtro, envelope e uma alavanca pitch bend e quatro tipos de efeitos.
Yamaha Reface DX - Inspirado pelo popular Yamaha DX7, o Reface DX parece que tem a missão de fazer a marca do modelo DX7 muito mais acessível do que o original. No lugar dos botões de membrana de plástico desajeitados e pequeno visor que muitos usuários lutavam contra, o Reface DX tem uma tela muito maior ao lado de uma intrigante interface multi-touch que permite ajustar até quatro parâmetros de uma só vez com um giro do dedo. Com polifonia de 8 e 32 memórias de voz, o Reface DX promete uma gama de sons que abrangem tanto o clássico encontrado no DX7 até tons EDM mais modernos.
Para saber online
usa.yamaha.com/products/musicproduction/synthesizers/reface/
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LEITURA DINÂMICA| www.backstage.com.br 24
A Tascam facilita a vida dos usuários ao lançar o modelo DR-44WL, um gravador portátil que funciona por meio de wi-fi. Através de um aplicativo gratuito para iOS ou Android, é possível controlar, transferir arquivos ou streaming de áudio para o smartphone ou tablet. redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação
DR-44WL O GRAVADOR PORTÁTIL COM FUNCIONALIDADE WI-FI
O
DR-44WL veio para revolucionar os gravadores portáteis com o novo recurso de wi-fi, sendo possível iniciar a gravação a partir do palco ou de qualquer outro lugar, graças à alta qualidade de microfones de condensador estéreo construídos a partir de componentes de alto desempenho e dispostas em padrão XY. Estes microfones podem lidar com níveis elevados de pressão sonora sem distorção. Dois bloqueios nas entradas XLR para microfones externos ou fontes
também estão disponíveis. Com quatro pistas de gravação independentes, built-in mixer com efeito de reverberação, além de uma função de rotação, o DR-44WL oferece a capacidade de criar gravações multipistas, ou gravar duas faixas em diferentes formatos (WAV/MP3), ou com configurações de nível diferentes.
CONFIGURAÇÃO XY Como duas cápsulas de microfone cardióide estão dispostas de modo que o dia-
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“
O alcance da transmissão wi-fi é de cerca de 20 metros, e este recurso pode ser usado com o gravador em locais que normalmente estão fora de alcance. fragma se sobrepõe no mesmo eixo, esta configuração XY fornece uma saída estéreo verdadeira. As cápsulas de microfone e circuitos de entrada são projetadas para executar sem distorção em ambientes com níveis elevados de pressão sonora - tais como concertos ao vivo e gravação perto de uma fonte de som. Além disso, uma montagem recém-projetada absorve as vibrações de forma eficaz - mesmo quando montado em uma câmera digital SLR. Microfones condensadores cardióides nessa configuração XY deixam as gravações em estéreo impecável. Projetado para lidar com altas pressões sonoras de até 132 dB, a função de gravação de dois níveis ajuda a evitar sobrecargas. Já os conectores de entrada XLR/TRS externos podem ser usados para gravar as saídas de um console de PA ou microfones externos durante a gravação com os microfones embutidos – na gravação de quatro faixas (duas faixas estéreo) simultaneamente, por exemplo. Basta colocar o gravador para capturar quatro monos, um aparelho de som e dois monos, estéreo ou duas faixas de acordo com suas necessidades de gravação. Uma vez que esta unidade também pode fornecer alimentação de + 48V, os usuários também podem conectar seus microfones condensadores favoritos. O equipamento suporta ainda entrada de + 4dBu, necessário para fazer a interface com o equipamento de nível profissional, possui baixo ruído, obtido através do uso de um codec de áudio
PGA e de alto desempenho. O DR44WL cria sua própria rede wi-fi e um aplicativo dedicado pode ser usado para a operação remota sem tocar na unidade. O app não apenas permite iniciar ou interromper a gravação como também pode ser usado para verificar e ajustar os níveis de entrada de um dispositivo iOS ou Android. O alcance da transmissão wi-fi é de cerca de 20 metros, e este recurso pode ser usado com o gravador em locais que normalmente estão fora de alcance. Além disso, o áudio pode ser verificado por wi-fi depois da gravação, através de fones de ouvido conectados a um smartphone. Os arquivos também podem ser enviados para o SoundCloud utilizando uma aplicação dedicada, e como o SoundCloud está ligado com outros serviços de redes sociais, é possível, por exemplo, compartilhar no Facebook, e o post aparecerá na linha de tempo do usuário. O DR-44WL é também uma ferramenta poderosa para compositores. Ao selecionar o modo MTR, o usuário pode usar o DR-44WL como um gravador multipista para overdub. Com a funcionalidade que se aproxima de um MTR dedicado, é possível produzir arquivos de música com qualidade de estúdio, além disso, o efeito de reverberação pode ser usado para melhorar as gravações, já que o modo MTR permite a produção de música semelhante a de um gravador multipista dedicado Reverb, dando às performances vocais e instrumentais uma agradável sensação de espaço.
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Profissões do
‘backstage’ MAÍRA PITELLI M I C R O F O N I S TA
Em mais uma reportagem da série de entrevistas em que conversamos com diversos profissionais que atuam no backstage dos shows e eventos de entretenimento, conversaremos dessa vez com Maíra Pitelli, que conta como é o dia a dia e as atividades de um Microfonista.
redacao@backstage.com.br Fotos: Arquivo Pessoal / Divulgação
M
aíra Pitelli, qual a sua formação acadêmica, e como você entrou no mercado do entretenimento? Sempre fui uma pessoa apaixonada por música e arte. Comecei a ter aulas de guitarra com 13 anos e me diverti bastante tocando em algumas bandas que tive quando mais jovem. Formei-me em Design de Produto em 2004 e nesse meio tempo fui descobrindo a área de design gráfico, da qual fiz parte antes de entrar
no mercado do entretenimento, no ano de 2006. Acabei indo parar no meio de teatro musical por acaso, acredite se quiser. Comecei a estudar áudio logo após ter me formado e naquela época, a febre dos musicais estava apenas começando no Brasil. Em meados de 2006 fui convidada para cuidar de uns microfones num espetáculo musical e topei. Não fazia a mínima idéia do que era ser microfonista e tive um breve treinamento
no Sweet Charity antes de integrar a equipe de áudio do primeiro musical da minha carreira, o My Fair Lady. Assim foi o início da minha história no mercado do entretenimento. Descreva para nossos leitores o que faz um microfonista e quais são as suas atribuições? O microfonista é responsável pela preparação e teste do sistema de microfones sem fios, identificação e configuração dos parâmetros RX/TX, garantia de que o elenco estará microfonado no tempo estipulado antes do espetáculo e de que os microfones serão mantidos em local seguro a fim de evitar furtos. Esse profissional também é responsável por posicionar o microfone com o objetivo de obter a melhor combinação entre a estética e o timbre, monitoração do áudio e das posições dos microfones, gerenciamento das pilhas/baterias, prevenção de ocorrências durante o espetáculo (molhar a cápsula, por exemplo). Havendo qualquer problema referente aos microfones, o microfonista deve resolver durante o espetáculo e o quanto antes. Para tal, temos que conhecer bem a peça, entradas e saídas de elenco etc. Por vezes temos que trocar um microfone ou um bodypack ou uma frequência, depende do tipo de problema. É realizado controle rigoroso sobre trocas, entrada e saída de equipamento e produção de relatório. A limpeza e manutenção dos microfones é feita periodicamente e o elenco recebe orientação contínua a fim de evitar danos aos microfones. No geral, em teatro musical estamos falando de aproximadamente 40 sistemas de microfones sem fio. A função do microfonista é operacional, diferentemente do sound designer ou técnico de RF, que são funções determinantes.
Como é seu dia e qual a sua rotina de trabalho? Eu divido um trabalho em teatro musical por períodos: montagem, estreias, temporada, desmontagem e turnê. A rotina do trabalho varia bastante de acordo com o período em que está o espetáculo. Durante a montagem trabalhamos aproximadamente 12 horas por dia, quase sem folgas e com intervalos curtíssimos. É nesse período que o espetáculo é “criado”. Aqui as posições dos microfones são determinadas, é realizado um trabalho de “camuflagem” dos microfones (quando assim for a opção da diretoria) e o sistema sem fio ainda não está estável, ou seja, os problemas são mais recorrentes. Quando começa a temporada de fato, a rotina torna-se mais simples porém desgastante. Os problemas começam a ser controlados e a incidência deles diminuída. Resumidamente, a rotina padrão durante uma temporada consiste em colocar pilhas nos transmissores, entregar os microfones nos camarins e realizar o teste dos mics logo antes do show. Durante a peça monitoramos tudo e no fim do dia os mics são recolhidos e armazenados. Informação extra sobre a função do microfonista: o microfonista de teatro musical é basicamente responsável por quase tudo que se refere ao sistema de microfone sem fio. Até hoje, esta questão de quem faz o que em teatro musical ainda é um pouco confusa.
A maioria das pessoas, principalmente fora do meio musical, não tem a mínima ideia do que faz um microfonista. Raramente digo que sou microfonista sem que a outra pessoa pergunte: mas o que você faz exatamente? Costumo esclarecer as coisas antes de começar um trabalho com alguém que não conheço. Trata-se de um trabalho tanto dinâmico, falando em termos de montagem, quanto mecânico, falando em termos de temporada. A rotina deve ser seguida à risca, um pequeno
deslize pode causar um problema e tanto. Com o passar dos anos, fui desenvolvendo métodos de trabalho pra reduzir o risco de erros. Ainda assim, as coisas são feitas
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com muita atenção e checadas algumas vezes. Quanto à rotina, é assim que acontece, todos os dias nos mesmos horários, lugares, mesmas pessoas com os mesmos figurinos, as mesmas músicas. É muito maluco se parar pra pensar. Eu tenho que entregar o mesmo microfone com a mesma pilha pra mesma pessoa. Os microfones tem que estar todo dia na mesma posição. Tudo é etiquetado e controlado. Eu não gosto de ficar presa à rotina por muito tempo, por isso prefiro temporadas mais curtas. A parte mágica é quando acaba um espetáculo e outro começa com uma dinâmica totalmente nova. É um pouco desgastante repetir as tarefas por muito tempo e, por esta e outras razões, há falta de profissionais no mercado. Não é simples de se manter a disciplina e a fidelidade da rotina. Voltando à sua formação, você investiu bastante em cursos de formação e inglês. Você acha que isto faz diferença em seu trabalho? Sem dúvida. Primeiramente penso que estudar nunca é demais. Os cursos de especialização como Pro Tools e Logic Pro me possibilitaram horizontes muito mais amplos por onde
passei e trabalhei com estes softwares. Graças ao gosto por design e por ter estudado alguns softwares gráficos, hoje pude desenvolver meu próprio site, uma ferramenta incrível pra divulgar o meu trabalho e os serviços que presto. Acho até que minha formação como designer de produto tem influência direta no meu trabalho como microfonista. Quanto ao inglês, acho fundamental para qualquer área. Além de entender os equipamentos ou softwares em inglês com facilidade, também posso me comunicar livremente quando há alguém da equipe de áudio que só fala em inglês e a melhor parte é poder ler textos, artigos, manuais etc. que jamais eu encontraria escritos em português. Dominar o inglês sem dúvida abre muitas portas. Mas no mundo atual fazer e ter network é essencial; no seu começo quais as pessoas que fizeram a diferença, seja abrindo portas ou passando conhecimentos? Primeiramente agradeço ao IAV que foi onde tudo começou. Como citei anteriormente, meu primeiro trabalho musical como Microfonista foi o My Fair Lady, da Takla Produções. Na sequência, integrei a equipe de ou-
tros três espetáculos da Takla Produções. Posso dizer que aprendi demais com o método de trabalho rigoroso e alto nível de exigência desta produtora e só tenho a agradecer pelas portas que me foram abertas por estas razões. E por fim, com imensa gratidão, cito o Fernando Fortes, que fez uma diferença e tanto na minha trajetória profissional. Muito do que aplico como método e do que aprendi nos últimos anos, devo a ele.
tou muito as coisas. Acabei sendo compelida a aprender, buscar, me aprofundar, criar métodos e ideias, pesquisar e desenvolver soluções, ou seja, a escola continua até hoje, graças a Deus! O mercado precisou e ainda precisa de profissionais qualificados e capacitados. Estamos falando de uma função super específica. Foi aqui que enxerguei uma oportunidade e estou neste momento desenvolvendo um treinamento para Microfonistas. Já tem uma prévia no meu site.
Quais foram as suas maiores dificuldades do início da carreira, ou seja, a ida para o mundo real após aprender tudo na escola, digamos assim? Digamos que eu ainda esteja na escola! (risos). Minhas maiores dificuldades foram as mesmas de qualquer outro profissional inexperiente que acabou de entrar no mercado e não sabe
Novatos ou não sempre temos o nosso dia de roubada. Conte-nos um fato engraçado do dia a dia do microfonista. Nossa, já passei cada uma! E agradeço muito pois graças a estas “roubadas” ou imprevistos, foi possível evoluir para prevenir uma próxima situação estranha. Vou direto à cereja do bolo,
por onde começar. Muitas dúvidas e insegurança pairavam sob aquele começo de carreira. Com uma pequena diferença em relação às carreiras “normais”. Não havia curso ou treinamento ou nada de informação que pudesse me orientar enquanto Microfonista. Aquela função não existia em lugar algum. Isso sempre dificul-
momento que considero o mais delicado e desagradável que passei em um musical. Estava rolando a gravação do DVD do Daniel 30 anos - O musical, no Credicard Hall em São Paulo. Eu era a microfonista responsável por cerca de 20 sistemas de microfones sem fio e mais alguns in-ears. Eu estava hiper confiante (grande erro) de que não te-
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Normalmente meu trabalho é coordenado pelo sound designer, mas alguns projetos não têm sound designer e eu acabo tomando algumas decisões nestes casos. De qualquer forma, como deixo bem claro o mecanismo do meu trabalho antes de iniciar, especialmente falando de produções menores, no geral as coisas não fogem muito do padrão
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ria nenhum problema com os microfones, que eram headsets DPA. Como os ensaios estavam super estáveis, eu estava tranquila, até que, de repente, o microfone do Daniel (ator principal) molhou. O suor escorreu até a cápsula e comprometeu o timbre. Simplesmente eles pararam a gravação com a casa lotada, me fizeram ir até o centro do palco onde tive que resolver o problema ao vivo, sem tirar o microfone do cantor, perante à plateia de mulheres enlouquecidas, gritando e a expectativa de todo o backstage, orquestra e restante do elenco. Acabei conseguindo resolver, não sei como, pois eu estava em choque com tamanha exposição. O windscreen que protegia a cápsula estava encharcado e eu falhei na prevenção deste problema. Paguei o preço. Voltei pro backstage tremendo (risos). Hoje é engraçado lembrar, mas na hora só por Deus! Nas produções menores sempre existe acumulo de funções. Como você lida com isso? Como expliquei anteriormente, procedo da seguinte maneira: antes de fechar o trabalho negocio os termos e explico bem como funcionam as coisas. Normalmente meu trabalho é coordenado pelo sound designer, mas alguns projetos não têm sound designer e eu acabo tomando algumas decisões nestes casos. De qualquer forma, como deixo bem claro o mecanismo do meu trabalho antes de iniciar, especialmente falando de produções menores, no geral as coisas não fogem muito do padrão. Também entendo que em algumas circunstâncias é necessário “dançar conforme a música” e que em prol do sucesso da equipe de som e do espetáculo, não há tarefas que eu me recuse a fazer. É apenas uma questão de prioridade. Se estou com um problema em algum microfone, mas o sound designer me pede para resolver outra coisa, ok, sem problemas, eu não respondo por isso, eu obedeço. Ter um certo grau de flexibilidade é necessário para a sobrevivência. Agora, se alguém me contrata pra ser microfonista e che-
gando lá me coloca pra operar o show, sinto muito, certas tarefas fogem completamente do meu domínio, jamais vou recusar “tarefas extras”, mas nem sempre terei condições de atendê-las com dignidade, entende? Se o resultado for péssimo, eu não vou assumir essa “culpa”. Domino o que eu faço, com o resto eu colaboro. No mercado do entretenimento como um todo paira a sombra da crise econômica. Como isso está afetando o mercado de teatro e musicais? Sabemos que o financiamento da cultura através de leis de incentivo está sendo dificultado por conta da crise econômica. Acredito que a tendência é que muitos projetos sejam descontinuados por falta de recursos, resultando em menos oportunidades de trabalho. Vejo que as coisas ocorrem desta forma, todavia estive empregada nos últimos anos e ainda não vejo uma situação de desemprego iminente no meu caso. Outra realidade em um momento econômico como este é aquela questão do acúmulo de funções. As produções não têm recursos para pagar dois profissionais do som, então pagam um pouco a mais pra um deles e ele realiza duas funções ou até o inverso disso pode ocorrer com maior frequência, sendo que até produções maiores podem optar por contratar profissionais menos experientes a fim de economizar. Vejo estas situações sendo mais recorrentes como resultado da crise econômica. A maioria dos leitores sabe a forma de como uma tour de show viaja pelo Brasil. Conte-nos como um espetáculo ou musical sai para estrada. O que é levado e o que é locado em cada praça? O que acontece no meio musical é o seguinte: as produções maiores dificilmente realizam turnê, pois a logística é tão cara quanto complexa. Já em produções menores, as turnês ocorrem com maior frequência. Falando sobre o que presenciei, tive a oportunidade de viajar em turnê com o Tim Maia. Obviamente tratava-se de uma pro-
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dução menor onde foi possível a realização de turnê nacional. Neste caso, apenas o sistema de microfones sem fios pertencia à produção e era transportado juntamente ao cenário, figurinos etc. O restante do equipamento de áudio sempre era locado em cada praça. Nem sempre uma ou outra locadora em diferentes cidades possuíam os equipamentos solicitados e aqui a habilidade do improviso se torna essencial. Cuidar da coordenação de frequências dos sistemas sem fio não faz parte das atribuições do microfonista, no entanto como você lida com esse aspecto, principalmente quando está em turnê? Esta é uma pergunta polêmica. Em primeiro lugar vamos deixar claro o que entendo por coordenação de frequências: é o cálculo (através de ferramentas que mostram dados concretos) das melhores frequências para uso em sistemas sem fio com base no espectro de frequências do local. Explico isso pois muitos colegas podem entender a coordenação de frequências de outras formas. A responsabilidade do microfonista num musical compreende o caminho do sinal de áudio da cápsula até o receiver, ou seja, as frequências estão no meio deste caminho. Quando temos algum problema com uma frequência, é responsabilidade do microfonista trocar a mesma. Agora, como esta troca é realizada é uma outra questão. Alguns vão escolher outra frequência com base em dados concretos e conhecimento; e outros vão escolher aleatoriamente. Logicamente concluímos que a chance maior de sucesso é da escolha concreta sobre a escolha aleatória. Nos musicais hoje as frequências são escolhidas aleatoriamente? Sim. E funciona? Sim e não. Só depende da condição do
espectro versus o número de sistemas versus em quais ranges eles trabalham. Se eu acho que o microfonista de musicais deveria ser o responsável pela escolha e coordenação de frequências? Sim, sem dúvida. Mas o mercado musical funciona desta forma hoje? Não. Os microfonistas de musicais ainda não definem frequências. Acho que o mercado vai acabar evo-
a montagem do espetaculo até a estreia. Você já passou por essa experiência? Conte-nos um pouco sobre esse processo. Infelizmente ainda não tive a oportunidade de passar por esta experiência de perto. Todas as produções em que estive envolvida foram nacionais e não tiveram influência de “padrões rígidos” sob o projeto de som, sendo de autoria de um profis-
luindo nesta direção. Como eu lido com isso? De forma geral eu negocio meu cachê como microfonista e instruo sobre as frequências e o espectro, ruídos e tudo. O combinado não sai caro. Cobro para coordenar as frequências, tal como os colegas de mercado que trabalham com RF. Se quiserem, eu realizo a coordenação. Se não, uso o scan do equipamento e um pouco de conhecimento, dependendo da complexidade do sistema, é claro. Se eu sei que é um show que necessita de cálculo de frequências, eu explico e deixo em aberto caso queiram o meu serviço, ou recomendo algum colega caso queiram outro profissional.
sional estrangeiro, por exemplo. Devo enfatizar que não acho que os padrões das montagens nacionais sejam menos rígidos. Estive presente por um breve período na montagem do espetáculo O Médico e o Monstro, onde tive a oportunidade de conhecer um dos mestres da Autograph no Reino Unido, e prestei serviços como tradutora no espetáculo Priscilla, a Rainha do Deserto, onde o sound designer também foi um estrangeiro. Mesmo que eu não tenha acompanhado o processo em detalhes, pude concluir que tanto os equipamentos usados nos musicais fora do Brasil quanto a metodologia de trabalho é diferente do que estamos habituados aqui, fato que acaba gerando um certo atrito nas montagens coordenadas por designers estrangeiros.
Alguns espetáculos da Broadway e da Disney seguem rígidos padrões e são acompanhados desde
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Você deve acompanhar de perto a tecnologia de microfonação, o que você acha que será o futuro desta tecnologia? Se observarmos bem, falando em termos de microfones, as grandes marcas já possuem soluções incríveis que tornam as cápsulas resistentes à umidade. Há dez anos eu não imaginava que fôssemos chegar aqui. Acredito que apesar de já termos microfones em miniatura, acho que podem acabar diminuindo ainda mais as coisas, extinguindo cabos de microfones, por exemplo, ou desenvolvendo bodypacks ainda menores que alguns modelos comumente usados hoje em musicais como o UR1M da Shure e o SK5212 da Sennheiser. Apesar de já estarmos na era da transmissão digital, acredito que ainda pode haver evolução neste aspecto e que os profissionais que tiverem maior entendimento sobre o uso eficiente do espectro estarão em posição de destaque. No meu treinamento vou esclarecer um pouco do mecanismo das tecnologias mais recentes em termos de sistemas de microfones sem fio. O que falta ainda a você para que se torne uma profissional ainda melhor? Gostaria de adquirir mais experiência e domínio na área de RF, conexões de rede e eletrônica para áudio. Gostaria
de ter a oportunidade de trabalhar com maior diversidade de marcas e modelos de sistemas sem fios. Acredito que o treinamento para Microfonista será bem-sucedido e certamente vou aprender muito ensinando. Quais os seus planos para o futuro, onde pretende estar daqui a 10 anos, nos planos profissional e pessoal? Gostaria bastante de integrar uma equipe de áudio de um musical na Broadway ou no West End, e também seria bem interessante integrar o quadro de funcionários da Sennheiser ou da Shure. Quanto ao treinamento para Microfonistas, pode ser que uma parceria com alguma instituição de ensino seja do meu interesse também. Quanto ao plano pessoal, me considero uma pessoa feliz e realizada no momento, para o futuro tenho planos de ganhar na Mega-sena (risos).
Para saber online www.mairapitelli.com https://www.facebook.com/maira.pitelli
Este espaço é de responsabilidade da Comunidade Gigplace. Envie críticas ou sugestões para contato@gigplace.com.br ou redacao@backstage.com.br. E visite o site: http://gigplace.com.br.
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REPORTAGEM| www.backstage.com.br 36
Iaidigital, de São Paulo, é comandado pelo experiente Ricardo Carvalheira e recolhe som antigo para gerações novas. Ricardo Schott redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação
RESTAURAR E TRANSFORMAR
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ão é só masterização ou digitalização de arquivos: é um ato de amor. O veterano técnico de gravação Ricardo Carvalheira, 58 anos, comanda em São Paulo o estúdio Iaidigital - colaborador de selos como Kuarup e Discobertas, mexendo em material do raro ao raríssimo - e soma três décadas de trabalho em estúdios variados. E leva os conceitos adquiridos em anos de prática para trabalhos como as remasterizações das fitas originais do histórico show Banquete dos Mendigos (que viraram uma
caixa tripla lançada pela Discobertas), a digitalizações de acervos como os do radialista paulistano Walter Silva, o Pica-Pau, e do jornalista José Ramos Tinhorão. “Cara, você ficaria assustado se eu te dissesse quantos estúdios existiam em atividade nos anos 70 e 80. Muita coisa média, pequena. Trabalhei em vários deles. Muito disco bacana foi gravado na Som Livre, RCA. Muita coisa que nunca vai reaparecer”, conta ele, que trabalhou também recentemente em remasterizações de caixas com as obras de Antonio Marcos, de
Trabalho atual é preserver e transformar fitas antigas em um som para ser curtido por novas gerações
Trabalho de restauração inclui obras de Antonio Marcos
CDs de Taiguara (Imyra Tayra Ipy, de 1976). Também faz trabalhos para o Instituto João Donato, do pianista acreano, e está digitalizando a obra do músico e escritor Jorge Mautner. O trabalho atual, ele explica, não é apenas o de preservar, mas o de transformar fitas antigas em um som que possa ser curtido pelas novas gerações. “Se você pegar o LP original do Banquete dos Mendigos (lançado em 1979 pela RCA, hoje Sony) e comparar com o som da caixa que o Marcelo Fróes
(chefe da Discobertas) lançou, você nem acredita que é o mesmo”, conta Ricardo, que trabalhou em estúdios históricos como o Somil e o Vice Versa. “Quando se lançava fitas raras em CD, muitas vezes a postura era a de manter o som original, aquela coisa mais distante da plateia. Mas não dá para um cara de 25 anos ouvir isso. Hoje o som tem que soar mais ‘perto’. Faço uma redução dinâmica de áudio para que se possa ouvir tudo de forma confortável no século 21”, explica. O nome Iaidigital é recente. A nomenclatura Autorall, nome antigo do estúdio, ainda pode ser encontrada em alguns álbuns recentemente remasterizados por Carvalheira. “A partir de 2007 me dediquei a restaurar acervos inteiros, com o know how que já tinha de anos de estúdio e de cinema e TV por causa da publicidade. Fiz coisas para a Rede Record, para a Conspiração. Minha ideia era que o nome da empresa não remetesse somente à música”, conta Ricardo, que já foi sócio da Cia de Áudio, nos 90, e do estúdio RAC, nos 80. Em
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REPORTAGEM| www.backstage.com.br 38
“
Hoje respeito o rock dos anos 80. Não discuto o resultado musical e comercial de um hit dos Titãs. Mas depois de trabalhar com um Sérgio Dias e um Flávio Venturini era complicado, porque os caras dos anos 80 eram o outro lado da moeda. (Carvalheira)
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Entre os trabalhos do Iaidigital estão o Instituto João Donato
ambos pegou movimentos bem diferentes do mercado. Com a Cia de Áudio, ele enfrentou uma tarefa hercúlea - remasterizar boa parte do catálogo da Continental, gravadora de capital brasileiro que acabara de ser comprada pela Warner. Também mexeu em caixas como as do cantor Orlando Silva, lançada pela BMG (hoje Sony) em 1995. Sua empreitada no RAC, que dividiu com Alexandre Reina e Constant Papineau (o nome do estúdio vem das iniciais do trio), também marcou época na música em São Paulo, no fim do auge do vinil. “Em 1986 tivemos a ajuda do Pena Schmidt e do André Midani (respectivamente, produtor e presidente da Warner, à época) para que o estúdio fosse o núcleo de produção da gravadora em São Paulo. Levei para lá o know how de estúdios como RCA e Transamérica, nos quais trabalhei”, conta Ricardo, que pôs seu nome na gravação/mixagem de discos de bandas como Titãs, Camisa de Vênus e Inocentes. Uma época de muito trabalho, em que ele se virava em outros estúdios e ainda se dedicava ao seu próprio. E aprendeu bastante. “Eu vim dos anos 70 e, sabe como é, né? Tive o ‘desprazer’ de trabalhar com O Terço, Mutantes...”, diz, ironizando. “Eram grandes bandas, grande músicos. Hoje respeito o rock dos anos 80. Não discuto o resultado musical e comercial
Recuperação musical procura “manter o som mais perto”
de um hit dos Titãs. Mas depois de trabalhar com um Sérgio Dias e um Flávio Venturini era complicado, porque os caras dos anos 80 eram o outro lado da moeda. Não sabiam tocar nada, nem afinar instrumentos. Muitas vezes nem tinham instrumento, eu que tinha que arrumar para eles. Aí eu saía de uma gravação com o (arranjador) Lyrio Panicalli, olhava para o lado e lá estava o Sergio Britto (Titãs) tocando teclado! Era uma enorme mudança de universo. O Pena Schmidt e o Liminha tiveram uma paciência enorme com essa turma. Eu era muito chato, às vezes falava na lata, ‘cara, isso é uma merda!’”. No entanto, nem só de som vive a Iaidigital, que vem se dedicando à recuperação de documentos raros, para uma gama de clientes que inclui fundações e companhias de teatro. “Fazemos também a disponibilização dos acervos”, conta.
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JOÃO ROCK|REPORTAGEM| www.backstage.com.br 40
João Rock: mesma estrutura presente nos melhores festivais do mundo
No dia 13 de junho, Ribeirão Preto se tornou a capital brasileira do pop/rock. O festival teve som, iluminação e estruturas da Veritas/Impacto Vento Norte. Miguel Sá redação@backstage.com.br Fotos: Divulgação
JOÃO K C RO UM DOS M
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PAÍS O D K C O /R P O P E D AIORES FESTIVAIS
urante um dia, Ribeirão Preto (SP) concentrou boa parte do melhor da cena pop/rock no Brasil. Pitty, Frejat, Skank, Detonautas, CPM22, Planet Hemp, Raimundos e o rapper Criollo fizeram o público virar a noite no Parque Permanente de Exposições de Ri-
beirão Preto. Foram dez atrações no Palco João Rock e seis no Palco Universitário, que teve artistas como Gabriel Pensador, Dead Fish e Brothers of Brazil. Por volta de 100 pessoas trabalharam na equipe da Impacto Vento Norte/Veritas cobrindo as instalações de som, luz e estrutura de todo o festival. Foram cinco dias de montagem, num total de 10 car-
melhor forma de cobrir o ambiente foi feito por meio do software da JBL para seu sistema Line Array. Mais que a profundidade do terreno, o desafio era a grande extensão a ser coberta entre as extremidades da estrutura de palco, com 104 metros. Segundo Binho, para a coAs VT 4889 também foram usadas no front fill
Duas mesas da Digi foram colocadas na housemix
retas com estruturas Box Truss e P30, tudo em alumínio, para montar palcos, área vip e estruturas de som e luz. O palco principal tinha 24 metros de comprimento de boca de cena. Com as áreas de backstage, toda a armação somava 104 metros de comprimento. As estruturas de todo o festival foram montadas em cinco dias e os equipamentos de som e luz levaram dois dias cada para serem instalados e ligados.
O SOM PARA O PÚBLICO A configuração do equipamento de PA – quantidade de caixas, modo de montagem e cobertura do sistema – ficou a cargo de Binho, da Impacto Vento Norte/Veritas, com o apoio de Adilson Victorino, especialista de produtos da Harman. O sinal, antes de chegar no sistema de PA, fazia o seguinte caminho: dos microfones para as mesas Digi Venue, destas para a Digico roteadora de onde ia para o processador Lake Contour, que fazia apenas a distribuição de sinais – sem nenhum processamento - para os amplificadores e caixas ativas. Do palco, voltava um cabo ótico que trazia os dados da amplificação para a house mix, no software Performance Manager. “As frequências de corte, os tempos entre os transdutores, tudo isso já vem ajustado de fábrica nos presets V5. O Performance Manager é o software de controle dos amplificadores e das caixas ativas. Vemos como está o alto-falante delas, qual é a temperatura, a potência que está chegando, qual é a tensão, a amplitude.
L&R, outfills e subs para garantir uma boa cobertura sonora
Na torre atrás da housemix, iluminação para público
Tudo é controlado daqui”, detalha Adilson, que foi ao Festival dar apoio à Impacto Vento Norte/Veritas junto com o especialista de produtos da Martin Amandio Costa, o vendedor técnico Miguel Polizel e o gerente comercial da divisão de tours Marcio Magalhães. O cálculo do número de caixas e da
bertura sonora do ambiente, foram usadas 15 VT4889 em cada lado do L&R, quatro nos front fills e mais 11 nos dois outfills, usados para cobrir as extremidades da estrutura de palco, que são caixas ativas. Ao lado das caixas do L&R, foram içados nove subs VT 4880A passivos de cada lado, além dos subs de chão, os JBL STX828S, montados no formato end fire. “Precisávamos mandar os graves para os lados, e esse formato foi o que, na simulação do software, teve o melhor desempenho”, explica Binho. Foi necessário ter bastante atenção com os delays, já que havia subs içados e no chão e caixas bem distantes umas das outras. Os sistemas de sub foram amplificados por equipamentos da Crown modelos IT12000HD e IT 4 x 3500HD usando os parâmetros do preset V5. No palco, a coordenação técnica foi de Julio Guilherme, o Pardal. “Tenho aqui
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As novas JBL VTXD20 e os subs S25: side no palco
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REPORTAGEM| www.backstage.com.br
uma equipe com uma pessoa no patch, duas no XLR, duas para dar assistência aos técnicos de monitor, uma pessoa para AC e mais uma no praticável”, enumera o profissional. Com pouco uso de monitores de chão, os sistemas JBL VTXD20, usados como sidefills, com seis caixas em cada lado, chamavam atenção. “Ele utiliza um driver novo,
Alexandre Simi (monitor Skank) prepara uma das Yamaha PM5D usadas para o monitor no João Rock
que é o D2, com duplo diafragma. Nele, os alto-falantes são de frente aos drivers”, explica Adilson Victorino, ressaltando a maior clareza nos agudos deste novo modelo da JBL. Os subs usados com esse sistema do palco foram os S25, com dois alto-falantes de 15” em três caixas empilhadas em cada lado. As mesas de monitor foram as Yamaha PM5D, com exceção do Capital Inicial, que trabalhou com uma DigiVenue. Assim como a Digico era usada para fazer o gerenciamento de sinal no PA, a Soundcraft VI1 exerceu esta função no monitor. Para o backline, a maioria das bandas trouxe o seu próprio, incluindo instrumentos, microfones e monitoração in-ear.
A ILUMINAÇÃO Rodolfo Pires de Paula, o Gastão, fez o projeto da iluminação do evento com
uma equipe de onze pessoas divididas entre montagem, AC, dimmer, rigger e sinal. “Como estamos fazendo um festival de rock, a ideia foi criar uma planta de luz que fosse além do básico, mais agressiva. Fiz alguns desenhos, trabalhei com simetria e com bastante lâmpadas para ficar com o corpo do palco mais cheio. Como a nossa empresa trabalha só com equipamento de ponta, é bem fácil fazer a escolha para o projeto”, comemora Rodolfo. Na lista da Veritas/Impacto Vento Norte constavam equipamentos como os Mac Viper Air FX, que é um equipamento versátil, de várias aplicações; o Mac Viper Wash DX, que oferece boas possibilidades de controle da projeção de luz; Mac Quantum Wash, Rush MH 3 Beam, para uma iluminação mais geral; e o estrobo Atomic 3000DMX, entre outros equipamentos. No total
Foram usados cerca de 380 aparelhos da Martin para a iluminação do festival
foram usados mais de 380 aparelhos para a iluminação de todo o palco principal e plateia. Para operar o sistema, os técnicos de luz das bandas tiveram o sistema Grand MA. “Com ele, podemos criar um showfile, mandar para o iluminador da banda, eles fazem o trabalho de programação em casa, trazem e aqui acertamos o necessário. Outra opção é que, com o sistema MA, o iluminador pode trazer um show dele já com dez aparelhos programados, por exemplo. Fazemos aqui um parci-
Variedade e a qualidade dos equipamentos foi elogiada
al e os aparelhos todos trabalham como aqueles dez. Independente de ter 10 ou 200 aparelhos, você faz o mesmo show”, demonstra Rodolfo. Marcos Franja, que trabalha com Criollo, não se intimidou de usar os recursos do sistema para montar sua luz e pediu a planta do festival para trabalhar em uma pré-programação para o show. “O que acontece no festival é que você não vai ter o seu desenho, mas tem uma fartura tão grande de equipamentos que, se você estudar a planta e usar aquelas coisas que encaixam dentro do seu plano, você consegue remodelar e fazer uma boa luz. Aqui o equipamento era bom, a equipe era boa, então existe toda a condição para se fazer um grande show. A luz simétrica, com a planta baixa, mas com muito moving, me permitiu fazer uma releitura só das coisas que encaixavam no meu plano de luz. Então eu já trouxe tudo bastante adiantado. Só precisei corrigir as posições porque no 3D sempre fica um pouco fora”, detalha Franja. A iluminação do Skank, pilotada por Danilo Manzi, também já chegou quase pronta ao Festival. Ele fez elogios rasgados ao projeto de iluminação do evento. “Esse ano, em parti-
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Temos uma banda com baterista, percussionista, tecladista, baixista, guitarrista e DJ. São 45 canais de entrada incluindo os efeitos de pedal. Gosto de interagir com a música, e a banda que eu trabalho deixa esse espaço (Fernando Narcizo)
”
A Harman enviou equipe de suporte para apoiar a Impacto Vento Norte/Veritas. Da esquerda para a direita, Márcio Magalhães, Amandio Costa, Miguel Polizel e Adilson Victorino
cular, a planta está maravilhosa, bons equipamentos, todos de primeira linha”, comemora.
OS TÉCNICOS DE SOM, SEUS TRUQUES E SUAS MÁQUINAS Nessa correria de festival, cada um tem as suas estratégias, truques e equipamentos para garantir o melhor rendimento. Pode ser o uso de uma mesa de som específica sempre, ou trazer todo o backline para conseguir um padrão sonoro. Fernando Narcizo, PA do rapper Criollo, por exemplo, costuma trazer uma pedaleira para ter um diferencial nos timbres de reverb. Os equipamentos incluem um Roland Space Echo e um efeito de rack da Line 6. “Temos uma banda com baterista, percussionista, tecladista, baixista, guitarrista e DJ. São 45 canais de entrada incluindo os efeitos de pedal.
Gosto de interagir com a música, e a banda que eu trabalho deixa esse espaço”, comenta o técnico, que já viajou também com as cantoras Céu e Luiza Possi. Narcizo também elogiou o som do festival. “Gostei muito do alinhamento. Nem passamos o som direito e a resposta do PA foi muito boa, superfiel. Foi tudo perfeito”, comemorou. Rodrigo Duarte, técnico de monitor de Frejat, prefere trabalhar com um palco
O som de Criollo teve Fernando Narcizo no PA
O monitor do Capital Inicial foi pilotado por Inhá
Alejandro Marjanov é o técnico de monitor de Pitty
te, à moda antiga. Amplificação, monitor de chão, side pra caramba...”, enumera. Por conta disso, a mixagem de monitor do Planet Hemp não é muito detalhada. “Os
“
O hábito de trabalhar com o Pro Tools também é citado como um facilitador por Luizinho Mazzei, PA do Capital Inicial, na hora de trabalhar com as mesas Digi. “Cos-
“
bem limpo, já que toda a banda, com bateria, três guitarras, incluindo a de Frejat, teclado e baixo, usa in-ear. As guitarras e o baixo são todos ligados em linha por meio dos POD HD500 e um POD 2.0 da Line 6, de quem são endorsees. “Não tem nenhum som no palco. O único monitor que uso é o side, mesmo assim, só para preencher um pouco o palco. Não tem sub de bateria, é tudo no fone. Facilita muito para viagem porque é o mesmo som em todo o lugar, o mesmo kit de microfone. Somos endorsees da Audiotechnica também. Frejat usa um AE4100 na voz, muito bom, cardioide, e os vocais, como estão mais perto do PA, usamos um AE6100 que é um hipercardióide, mais fechadinho”, detalha. Rodrigo costuma viajar ainda com uma cena para mesas Yamaha PM5D, um pré-amplificador Neve e um compressor API apenas para Frejat se escutar no monitor. Talvez a escolha de microfones e o palco limpo tenham ajudado Márcio Gama – que estava cobrindo o titular Rodrigo Lopes no João Rock – a fazer o som com vozes claras e base com bastante pegada. “É um desafio, você não sabe o que vai acontecer, principalmente no primeiro dia, mas quem trabalha com isso está acostumado a desafios”, diz o técnico, que faz parte da equipe fixa de Milton Nascimento. Márcio Gama, que trabalhou a maior parte da carreira em estúdios de gravação, como o Mega do Rio de Janeiro, elogia a qualidade do sistema de som. “Do que eu já vi, os projetos de caixa melhoraram muito. Os alto-falantes estão com tecnologias mais novas, há mais estudos sobre as caixas, cresceu a qualidade de áudio em geral”, comemora. O Planet Hemp foi com o técnico de monitor Germany Ribeiro no palco. “O Planet Hemp usa monitor de chão, nenhum in-ear. É, basicamen-
Frejat usa um AE4100 na voz, muito bom, cardioide, e os vocais, como estão mais perto do PA, usamos um AE6100 que é um hipercardióide (Rodrigo Duarte) amplificadores falam bem alto, então não precisamos distribuir tanto para os vocalistas. Eles ouvem mais é ambiência do retorno, com bastante batera no side, e bastante voz no chão e no side. O Rafael Crespo (guitarrista) não quer ouvir muito as vozes, então elas ficam sendo jogadas mais pro Formigão (baixista)”, exemplifica. No PA, Kleber França foi o encarregado de amplificar o peso do Planet Hemp. “É uma estrutura de power trio (Pedro Garcia na bateria, Formigão no baixo e Rafael Crespo na guitarra) com dois caras (Marcelo D2 e BNegão) cantando”. França elogiou o line array do festival. “As caixas JBL timbram muito bem. Eu preciso de pressão sonora e elas dão bastante, e com a clareza que eu preciso pra botar as vozes pra frente”, explica. O técnico tem facilidade também com a mesa Digi do Festival. “Gosto porque trabalho com Pro Tools em estúdio, e uso os plugins da Focusrite para guitarra”, diz. Já as bases pré-gravadas chegam em canais específicos da mesa, como se fossem instrumentos. “Antes era um DJ que fazia essas bases. Hoje o Pedro Garcia solta. Ele toca com fones e as bases ficam bem altas no palco para não atravessar”, coloca Kleber.
tumo dizer que não existe mesa melhor ou pior, você é que imprime a sonoridade do seu trabalho. Umas tem recursos a mais e outros a menos, mas isso não significa que seu trabalho tenha que ficar dependente totalmente da mesa X ou Z. Gosto de trabalhar com Digi porque também gravo, mixo e produzo discos e tenho a vantagem de ser endorse da Waves, o que me faz ter facilidades de trabalho na console”, conta Mazzei. O técnico não viaja sem os vários pendrives e cartões das diferentes mesas com suas cenas. É só espetar, fazer um ajuste fino da cena, mudar algum roteamento, alguma coisa de efeito, mas basicamente tenho a segurança de ter o show em todas as consoles”, afirma. Luizinho elogiou bastante a cobertura sonora, ainda que tenha sentido necessidade de um center fill por conta da largura da estrutura do palco “O sub aéreo casou muito bem com o sub no chão. O sistema é o meu preferido. Gosto de JBL há muitos anos. Eu particularmente conheço bem o sistema e consigo sempre bons resultados. Se eu pudesse optar hoje por um sistema para viajar comigo a opção número um seria o VTX e a segunda o Vertec. Fiquei muito satisfeito”, enfatiza.
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Costumo dizer que não existe mesa melhor ou pior, você é que imprime a sonoridade do seu trabalho. Umas tem recursos a mais e outros a menos, mas isso não significa que seu trabalho tenha que ficar dependente totalmente da mesa X ou Z. Gosto de trabalhar com Digi porque também gravo, mixo e produzo discos. (Luizinho Mazzei)
”
Mesa Digico foi usada para o roteamento de sinal no João Rock
Alejandro Marjanov, que já está há dez anos no PA da cantora Pitty, comenta que usa muito snapshots. “Cada música tem uma cena, principalmente para “mutar” os canais que não estou usando e não ficar “vazando”, porque o palco é muito alto. Ela usa um pedal de voz da TC Electronics que ela mesma fica controlando, então não uso muito efeito na mesa. Só um delay de vez em quando, um reverbzinho”, explica. A banda tem teclado e percussão, além de bateria, guitarra e baixo. “Os backing vocals também estão bem presentes”, diz o técnico de som, que trabalha com um imput list de 32 canais. O som de Renato Munhoz, no PA do Skank, é bem trabalhado, e em festivais fica um pouco diferente. “Hoje é um show mais curto, com menos músicas, e muita correria. Normalmente viajamos com mesas, mas aqui só trouxe as cenas. Tem música por música, inclusive com os meus plug-ins. Uso um compressor, um equalizador da Waves, um delay de fita insertado na voz com uma repetição curta e, no final, um compressor multibanda C6, da Waves, pra colocar isso no lugar. Aí tem uns efeitos pros vocais, pra bateria, mais ou menos nos mesmos tempos, mas com máquinas diferentes”, detalha. No show da banda há alguns sons pré-gravados, algumas percussões, cordas e vocais de apoio que usam oito canais. “É mais uma soma de vozes”, explica Munhoz, que viaja com microfo-
Renato Munhoz (Skank) passa o som observado por Márcio Gama(Frejat) e José Almeida(Detonautas)
nes da Sennheiser, instrumentos e AC próprio. O tecladista Henrique Portugal usa, com o teclado, uma caixa da Meteoro modelo Leslie. “A original não aguentou a estrada e parou de funcionar. Uso nela dois microfones dinâmicos em cima e um microfone dinâmico embaixo para os graves, aí eu abro as altas e deixo o grave no meio”, explica Munhoz, que ficou satisfeito com o som do Festival.
LOTAÇÃO ESGOTADA No total, foram mais de 12 horas de música, um público de mais de 45 mil pessoas das cinco da tarde do dia 13 às 5 da manhã do dia seguinte. “Estamos aqui desde 2012. O lance do festival não é fornecer equipamento, é encampar o evento como seu. O João Rock hoje não deve nada para outros festivais grandes em termos de quantidade de atrações, apesar de ser um dia apenas”, compara Sérgio Korsakoff, da Impacto Vento Norte/Veritas.
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LEITURA DINÂMICA| www.backstage.com.br 48
A Prolight + Sound Xangai 2015 vai desenvolver uma série de atividades de negócios e treinamentos profissionais para conectar os expositores mantenedores com o mercado de eventos e entretenimento emergentes. A maior feira da Ásia para o setor acontece este ano entre os dia 14 e 17 de outubro e oferece aos participantes da mostra produtos de alto nível e tecnologias de mais de 500 marcas em 38 mil metros quadrados no Shanghai New International Expo Centre. redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação
PROLIGHT + SOUND XANGAI ESTABELECE RELACIONAMENTO MAIS PRÓXIMO entre expositores e mercados-chav
C
om o propósito de melhorar a imagem dos expositores em mercadoschave internacionais, os organizadores da feira sediarão um programa de compradores estrangeiros convidando players estratégicos de todo o mundo. Es-
e
pecialmente no próspero mercado chinês, delegações de negociantes representando importantes grupos da indústria e associações serão formados, incluindo distribuidores tops nacionais, compradores do setor de áudio e iluminação pro-
“
ght+Sound Xangai. Liu Liu, gerente de marca da Audio Tecnhica, por exemplo, concorda e explica que essa foi a primeira vez que participam da feira, o que para a empresa significa muito em termos de
“
fissional, profissionais da Zhejiang Province Stage Arte Academy, compradores do setor de televisão e broadcasting da Studio Art (Lighting) Work Council of China Radio and Television Association.
O amplo espectro de visitantes, além da realização de mais uma feira paralela, a Music China, criaram uma vantagem única para a Prolight+Sound Xangai. O amplo espectro de visitantes, além da realização de mais uma feira paralela, a Music China, criaram uma vantagem única para a Proli-
divulgação da marca, tendo em vista que o evento dá uma grande visibilidade aos produtos ao permitir que músicos profissionais conhe-
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A cada ano, a Prolight+Sound Xangai vai sediar uma série de eventos tops para ajudar os parceiros da indústria a ficarem à frente do mercado, e este ano não vai ser diferente.
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çam de perto microfones, sistemas de monitoração e instrumentos musicais.
TREINAMENTOS E CURSOS ELEVAM O CONHECIMENTO NO MERCADO
A cada ano, a Prolight+Sound Xangai vai sediar uma série de eventos tops para ajudar os parceiros da indústria a ficarem à frente do mercado, e este ano não vai ser diferente. A edição 2015 está bem equilibrada com treinamentos profissionais, seminários e fóruns, além de demonstrações
ao vivo a fim de expandir o conhecimento da indústria. Os destaques deste ano incluem o seminário New Advancement in 3D Sound System e o 3D Sound System Showcase. Em cooperação com o grupo líder mundial em engenharia de som Siwei Music Engineering Design Group, o evento vai apresentar os avanços mais recentes em sistemas de som e aplicações em 3D, seguido por uma demonstração ao vivo no hall W4. O 3D Sound System pode gravar e reproduzir sons em 4 dimensões com
incomparável precisão, apresentando um som cheio, com a promessa de uma experiência imersiva. Todos os objetos base para a criação do som podem ser produzidos com o Wave Field Synthesis (WFS) 3D e a área de audição é maximizada para todo o local. Outra novidade é o International Audio Training Courses, organizado pelo Professional Lighting & Sound Association of Germany (VPLT), uma associação alemã de profissionais de áudio e iluminação e companhias de Pro Audio.
Liderado pela indústria de áudio de peso, os cursos visam apresentar os padrões internacionais, treinamentos avançados e educação privilegiada em novos produtos e tecnologias. Outros eventos também acontecem durante os quatro dias de feira com o objetivo de proporcionar mais oportunidades de ampliar a visão do mercado e fazer network. Entre eles estão o Fórum de Tecnologia de Gravação em Estúdio, seminário de Sistema de som KTV, fórum de Tecnologia Acústica, seminário de Design de Iluminação para TV, apresentação de produtos e concerto para som em arena.
Para saber online
www.prolightsound-shanghai.com
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CONTROLE SEU TEMPO
CUBASE PRO 8
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PA R T E 0 2
Olá, amigos. Seguindo o nosso artigo a respeito do nosso precioso TEMPO, vamos falar um pouco mais sobre nossa controladora do Cubase e do Nuendo, a CC121.
Marcello Dalla é engenheiro, produtor musical e instrutor
V
amos detalhar algumas funções mais específicas para conhecer melhor este poderoso equipamento. Se o artigo anterior foi mais descritivo, este aqui terá mais a cara de tutorial. A figura 01 mostra o painel frontal da CC121. Vamos fazer a correspondência direta dos knobs de controle do equalizador de canal e suas funções.
A seção central do equalizador corresponde ao equalizador nativo de cada canal no Cubase. Os parâmetros de Q (largura de banda de cada faixa), F (frequência central de cada faixa) e G (ganho) de cada faixa do equalizador paramétrico de 4 bandas. A figura 02 mostra a relação entre os knobs e parâmetros. O uso destes parâmetros em um formato “analógico” através dos knobs desenha a curva de equalização na tela, unindo a “sensa-
Figura 01 - CC121 painel frontal
ção” analógica de usar os knobs com a sonoridade resultante do equalizador, apoiada pela referência visual simultânea do gráfico digital. Incomparavelmente melhor do que ficar usando somente o mouse para girar botões na tela movendo um parâmetro por vez sem a possibilidade de interagir estes parâmetros mais dinamicamente. A CC121 permite que Figura 03 - Faixa de frequências da banda 3 selecionada no Equalizador
Figura 02 - Correspondência com os knobs do equalizador
estes ajustes sejam feitos simultaneamente e libera o mouse para a execução de outras funções.
Uma das utilidades do equalizador é procurar atenuar faixas de frequências indesejáveis em situações em que precisamos reduzir ruídos ou timbrar instrumentos e vozes com técnicas de atenuação. Um procedimento muito usado é localizar estas frequências enfatizandoas para que possamos detectar melhor em que região vamos atuar. Quando a ênfase nos dá uma noção exata da região desejada, invertemos a curva e ouvimos o resultado fazendo ajustes finos nos parâmetros. E a CC 121 permite fazer isso muito rapidamente. A figura 03 mostra um equalizador em um canal estéreo. A banda 3 foi detectada como uma região de interesse para atenuação através de audição crítica. Voltando na figura 02: para fazer a inversão da banda 3, basta manter pressionado o botão 5 (EQ Type) e pressionar o botão ON da banda desejada para que seja feita a inversão. A figura 04 mostra o rebatimento
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Os contoles rápidos são customizáveis e abrem um leque de possibilidades tanto de controle de parâmetros e plug-ins nativos quanto de controle de pugins de outros fabricantes como já começamos a demonstrar no artigo anterior.
”
Figura 04 - Rebatimento da banda 3 (EQ Type + ON da banda desejada)
Figura 05 - Rebatimento de todas as bandas (All Bypass + On em qualquer banda)
da curva da banda 3. Se o rebatimento de interesse for o de todas as bandas, basta segurar pressionado o botão 6 (All Bypass) e simultaneamente pressionar qualquer um dos botões ON. A figura 05 mostra a inversão de todas as bandas. A CC121 também controla as mandadas de efeitos (sends) e os controles rápidos (quick controlers) do Cubase e do Nuendo. Os contoles rápidos são customizáveis e abrem um leque de possibilidades tanto de controle de parâmetros e plug-ins nativos quanto de controle de pug-ins de outros fabricantes como já começamos a demonstrar no artigo anterior. O acesso a todas essas funções é feito pressionando simultaneamente os botões 5 e 6 (figura 2) e entrando no Modo de Controles Rápidos. Neste modo, temos controle sobre as mandadas de 1 a 8 e sobre os 8 controles rápidos de cada canal. A figura 06 mostra a
tabela de funções atribuídas neste modo. Quando o botão EQ Type está piscando, temos acesso aos 8 controles rápidos e às mandadas de 1 a 4. Os botões ON ligam e desligam estas mandadas. Quando o botão All Bypass está piscando, continuamos tendo acesso aos 8 controles rápidos e agora às mandadas de 5 a 8. Os botões ON passam a ligar e a desligar respectivamente. Com isso, nosso controle sobre a sessão principal de edição de canal no Cubase e Nuendo se torna prático e intuitivo. Equalizador, mandadas e controles rápidos estão no mesmo painel sem uso do mouse para ajustes. Todo o controle de monitoração do estúdio também pode estar a cargo da CC121. A figura 07 mostra em detalhe o painel de controle de monitoração em que o knob Value pode ser atribuído ao comando de volume, e os botões de 1 a 4,
Figura 09 - Configuração da monitoração na janela Estúdio
Figura 06 - Modo de Controles Rápidos (Quick Control Mode)
Figura 07
Figura 08 - Habilitando controle de monitoração do Estúdio (Control Room)
à seleção dos monitores. Vejamos como isso é feito. Primeiramente, criamos o roteamento de monitoração de acordo com as conexões físicas do estúdio na página Conexões VST no menu dispositivos (atalho F4). A figura 08 mostra nossa aba Estúdio que aparece quando o botão Control Room está habilitado. Com as conexões físicas com a interface estabelecidas no estúdio,
determinamos quais monitores estão associados a quais saídas. A figura 09 mostra o exemplo prático da configuração do estúdio desta criatura que vos escreve quando está mixando música em estéreo no Ateliê do Som Rio de Janeiro. Fisicamente, os monitores estão conectados na interface Steinberg UR824 de 8 canais e a seleção deles é automaticamente assumida pelo painel da CC121 mostrado na figura 07 com os botões de 1 a 4. Assim é muito prático fazer uma audição comparativa entre monitores diferentes para “calibrar” a mixagem com sonoridade coerente em diferentes sistemas. O roteamento ainda inclui uma saída para monitoração nos falantes de uma TV para conferir a mix de coisas que são destinadas a broadcasting. Para que a CC121 esteja apta a fazer o controle de monitoração é importante selecionar os comandos do painel mostrado na figura 07 para este fim. A figura 10 mostra onde fazemos esta seleção: Menu dispositivos / submenu Configuração de dispositivos / linha de comandos para a CC121. Vemos no drop de seleção “Atribuição Personalizada” o comando CR Volume selecionado e logo abaixo no drop “Banco” a seleção de “Monitor Control”. Esta é a configuração para que a CC121 responda como nosso controlador de monitores, dispensando assim equipamentos específicos de monitoração que, todos sabem muito bem, precisam ser de qualidade e representam um custo considerável no
Figura 10 - Atribuindo as funções de monitoração à CC121
estúdio. Um sistema de monitoração comparativo tem que ser transparente, não pode mudar o som que espelha a mixagem. O Control Room do Cubase comandado pela CC121 atua como software antes do som sair da conversão Analógica/ Digital da interface para as caixas. Mais transparente que isso, impossível. Custo mais baixo para esta função, também impossível. Seguimos a rima e continuamos com mais funções da CC121 e com mais novidades do mundo Steinberg nas próximas edições. Abraço!
Para saber online
atelie2@hotmail.com www.ateliedosom.com.br Facebook: ateliedosom | Twitter:@ateliedosom
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NAVEGANDO COM MAIS AGILIDADE
X
N A S Ú LT I M A S V E R S Õ E S D O
LOGIC PRO Vera Medina é produtora, cantora, compositora e professora de canto e produção de áudio
T A agilidade na navegação em um projeto é essencial para que a atenção esteja voltada para a criação. A interface do Logic sempre foi desenvolvida tendo esta questão em vista e nas últimas versões é possivel notar vários aprimoramentos. Selecionei alguns pontos que são úteis no meu processo de trabalho, portanto, sempre há muito mais a ser explorado pelo leitor.
eclas atalho (Key Commands ou Keyboard Shortcuts) Para iniciarmos é importante utilizar a seguinte configuração: vá ao menu Logic Pro X > Key Commands > Presets > U.S. Desta forma, garantiremos que os comandos que abordarei nesta lição funcionarâo efetivamente. No início dá um certo trabalho memorizar os atalhos, mas com cer-
Figura 01
Figura 02
ta insistência em seu uso, o processo de trabalho flui com mais facilidade. Vamos começar com as combinaçôes que possibilitam dar zoom nas áreas definidas. •Control + Option + arrastar: esse comando dá um zoom in, ou seja, amplia a área arrastada. O mesmo efeito pode ser obtido utilizando Option + arrastar enquanto clica na área de fundo.
•Tecla Z: expande a seleção preenchendo a área de trabalho. Observe que é necessário ter a região escolhida, caso contrário a área de trabalho será preenchida com todas as regiões do projeto. A tecla Z também retorna para o nível de zoom anteriormente escolhida. •Control + Z: dá um zoom vertical automaticamente da trilha selecionada. •Control + seta para esquerda: reduz a seleção horizontalmente. •Control + seta para direita: amplia a seleção horizontalmente. •Control + seta para cima: reduz a seleção verticalmente. •Control + seta para baixo: amplia a seleção verticalmente. Muitos utilizam controladores MIDI em suas produções e estes
geralmente englobam uma seção dedicada aos controles Transport, aqueles que incluem repro-
“
“
Figura 03
•Barra de espaços: aperte para reproduzir ou parar a reprodução. •Shift + barra de espaços: inicia a reprodução no começo da região selecionada. •Control + barra de espaços: inicia ou para a reprodução da região selecionada. Este atalho funciona quando você estiver navegando na seção de Browsers ou Editores.
É importante notar que alguns atalhos mudaram nas versões mais atuais do Logic Pro X, portanto, vale a pena fazer até mesmo uma revisão básica
dução, gravação, parar a reprodução ou gravação etc. Agora vamos repassar alguns atalhos que você pode adotar no seu
•, (vírgula): para navegar um compasso para trás. •. (Ponto): para navegar um compasso para frente. •Return: volta para o início do projeto.
ALGUMAS COMBINAÇÕES COM A LETRA A
Figura 04
fluxo de trabalho, dos mais simples aos mais sofisticados. É importante notar que alguns atalhos mudaram nas versões mais atuais do Logic Pro X, portanto, vale a pena fazer até mesmo uma revisão básica. Figura 05
Figura 06
•Letra A: abre ou esconde as trilhas de automação na área Tracks. •Command + A: seleciona tudo na área em que se está trabalhando. •Option + A: abre as preferências de automação.
ALGUMAS COMBINAÇÕES COM AS LETRAS B, C, D: •Letra B: abre ou esconde a janela de Smart Controls •Command + B: renderiza o projeto. •Control + B: renderiza regiões selecionadas numa nova trilha. •Letra C: Ativa e desativa o modo de Cycle (região selecionada em loop). •Command + D: seleciona a área de desktop (Mesa) do com-
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putador quando aparece o menu pop up ao salvar o arquivo.
ALGUMAS COMBINAÇÕES COM A LETRA M •Letra M: silencia ou ativa novamente uma trilha silenciada.
•Letra P: abre ou fecha o editor Piano Roll •Control + Command + Option + P: aciona o modo Autopunch. É possível acioná-lo também clicando na parte inferior da régua.
ALGUMAS COMBINAÇÕES COM A LETRA S: •Control + S: Ativa o modo Solo. •Letra S: faz com que a trilha selecionada fique em modo solo ou de sativa o mesmo. •Command + Control + Option + S: desliga o solo de todas as regiões que o tiverem ativado. •Command + S: Salva o arquivo. •Command + Option + S: cria uma nova trilha de instrumento virtual (Software Instrument). Pratique o máximo possível deixando de lado o mouse até que estes atalhos fi-
“
Para visualizar o antigo menu que indica mais parâmetros a serem duplicados, existe uma nova função chamada Repeat Multiple que pode ser acessada através do menu Edit >Repeat Multiple.
”
Figura 07
Figura 08
•Control + M: silencia ou ativa novamente uma região selecionada, inclusive selecionada com a ferramenta Marquee.
ALGUMAS COMBINAÇÕES COM A LETRA R
quem automatizados em sua mente. Tenho certeza que colherá os frutos deste trabalho focando cada vez mais em fazer música de forma criativa. Até nosso próximo encontro!
•Letra R: inicia a gravação. •Command + R: duplica uma única vez a região selecionada. Este comando funciona desta forma a partir da versão 10. Para visualizar o antigo menu que indica mais parâmetros a serem duplicados, existe uma nova função chamada Repeat Multiple que pode ser acessada através do menu Edit >Repeat Multiple.
Para saber online
ALGUMAS COMBINAÇÕES COM A LETRA P
vera.medina@uol.com.br www.veramedina.com.br
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ORGANIZAÇÃO PARA MIXAGEM
NO PRO TOOLS Cristiano Moura é produtor, engenheiro de som e ministra cursos na ProClass-RJ
A qualidade de uma mixagem é determinada por muitos fatores, mas acredito que os três principais são: qualidade de gravação e arranjo, qualidade do profissional e o tempo disponível para realizar o trabalho.
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ÉTODOS DE PREPARAÇÃO DE UMA SESSÃO
Nos dois primeiros fatores não temos muito como influenciar, mas podemos fornecer sugestões que ajudem os leitores a ganhar tempo. O alicerce para se ganhar tempo (em qualquer área da vida) é a organização. Gastar 20 minutos para preparar a ses-
Fig. 1A - Clip original
Fig. 1B - Clip limpo
são é um investimento de retorno garantido, pois vai influenciar na produtividade e economizar horas de trabalho.
MAPEAMENTO VISUAL EM CLIPS Uma das maiores vantagens da produção em computador se comparada a produção em fita, é a quantidade de in-
Fig. 2A - Clip original configurado com Strip Silence
Fig. 2B - Clip limpo com Strip Silence
formação visual que temos, mas para ser realmente poderoso, temos que limpar nossa visualização. A primeira coisa a fazer é uma edição onde o objetivo é eliminar partes de um clip que sejam constituídos apenas de ruído (fig. 1A e 1B). Isso não é eficiente apenas visualmente. Seu computador também vai agradecer, pois bem ou mal, é menos um áudio que precisará ser reproduzido simultaneamente com outros. Mais que isso, a partir do Pro Tools 11, o sistema de reprodução contempla uma nova função chamada de “Dynamic Plugins Processing”, que desabilita os plug-
ins inseridos nas pistas, quando estas pistas não tiverem clips. Se o seu áudio tem muitos momentos que precisam ser editados, podemos utilizar a ferramenta “strip silence” que automatiza esta edição. O Strip Silence é encontrado no menu Edit. O parâmetro Threshold permite ao usuário identificar ao Pro Tools qual o nível de sinal que não é mais relevante e que pode ser apagado. Com os parâmetros Start Strip Pad e End Strip Pad, podemos ajustar uma “área de escape” para garantir que o início ou final de áudio não seja eliminado equivocadamente. (Fig. 2A e 2B).
Fig. 3A - Pistas coloridas
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ORGANIZAÇÃO DE PISTAS
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Em música, podemos fazer marcas na nossa Edit Window que nos ajudem a encontrar facilmente um refrão, solo, estrofe ou qualquer outra parte musical. Em pós-produção de áudio para vídeo não é diferente, e colocar marcar que nos ajudem a navegar por cenas
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Além de organizá-las de forma lógica, numa ordem que faça sentido para o usuário, recomendo o uso de cores para ajudá-los a encontrar facilmente uma pista sem precisar ler o seu nome. Pelo menu Window > Color Palette podemos atribuir cores às pistas e ajustar a intensidade das mesmas (fig. 3A). Repare que apesar das pistas estarem coloridas, por padrão, os clips não acompanham as cores. Caso queira manter clips e tracks com cores semelhantes, podemos fazer pelo menu Setup > Preferences, e na aba “Display”, basta selecionar a opção “Track Color” na área “Default Clip Color Coding” (fig. 3B).
MAPEAMENTO DE TEMPO Em música, podemos fazer marcas na nossa Edit Window que nos ajudem a encontrar facilmente um refrão, solo, estrofe ou qualquer outra parte musical. Em pós-produção de áudio para vídeo não é diferente, e colocar marcas que nos ajudem a navegar por cenas. Antes de criar marcas, confirme se você tem habilitado a régua de marcas pelo menu View > Rulers > Markers. Para de fato criar as marcas, basta posicionar o cursor na minutagem desejada (ou compasso desejado se estiver em bars|beats) e clicar no símbolo de soma (+) no início da régua (fig. 4). Na caixa de diálogo apresentada, basta colocar um nome conforme adequado. Também é possível colorir as marcas, exatamente como as pistas. Para habilitar esta função, acesse novamente as preferências do Pro Tools, e na aba “Display” acione a opção “always display markers colors”.
Fig. 4 - Opção para criar marcas e memórias de visualização
podemos primeiro criar os 4 canais auxiliares, em seguida, inserir os efeitos e, por último, atribuir os busses nas entradas. Na hora de atribuir os busses, é possível fazer todos de uma única vez em cascatas, ou seja, o primeiro canal com o input configurado para bus 1–2, o segundo canal para o bus 3–4, o terceiro para o bus 5–6 e o último canal, para o bus 7–8. Para isso, basta selecionar as quatro pistas em questão, pressionar as teclas ALT+SHIFT+CRTL (win) / OPTION+SHIFT+COMMAND (Mac) e fazer o primeiro endereçado para o Bus 1– 2. Com estas teclas pressionadas, os outros canais automaticamente serão endereçados para o Bus 3–4, 5–6 e 7–8.
COMO LIDAR COM MUITAS PISTAS E POUCO ESPAÇO Na Edit Window podemos diminuir o tamanho vertical das pistas manualmente, e na Mix Window, pelo menu View >
CRIANDO SEUS CANAIS DE EFEITO PRINCIPAIS Ao ouvir a música pela primeira vez, já temos certa noção de que efeitos ela vai necessitar. Pode até ser que no meio do processo mais alguma ideia apareça, mas existem muitos benefícios em já deixar preparados os efeitos principais. Supondo que sejam quatro efeitos (2 reverbs e 2 delays),
Fig. 5 - pistas ocultas
Fig. 6 - Apenas bateria e elementos percussivos visíveis
Fig. 7 - Configuração para memórias de visualização
Narrow Mix podemos diminuir a largura das pistas pela metade para que seja possível ver mais pistas de uma única vez. Sem dúvida é útil, mas a contrapartida é ter cada vez menos informações disponíveis na tela além de ser menos confortável de manipular áudio ou o mixer. Ao invés disso, uma opção interessante é ocultar pistas que não estão sendo usadas no momento. Por exemplo, se o usuário está concentrando em vozes, talvez ele possa ocultar as pistas referentes à bateria. Para ocultar pistas, podemos clicar com o mouse nos pequenos círculos cinzas ao lado do nome do track na Track List (fig. 5). É importante ressaltar que as pistas ocultas continuam tocando normalmente, e como o próprio nome diz, estão apenas ocultas. Já fica mais confortável, porém não é muito prático ter que ficar habilitando e desabilitando as pistas ocultas manualmente. Vamos então avançar mais um passo e criar memórias de visualização de pistas. Ou seja, baseado no recurso de ocultar
pistas, vamos aprender a salvar estas diferentes visualizações como “apenas bateria”, “apenas harmonia” ou “apenas vozes”. No meu exemplo, vou criar uma visualização apenas com bateria e para isso vou ocultar todo o resto. (fig. 6). Agora, no mesmo sinal de soma que fizemos as marcas (fig. 4) vamos clicar para salvar esta visualização. Neste caso, não nos interessa salvar posição, mas as configurações de pistas visíveis, portanto a configuração deve estar como a da figura 7. Agora basta repetir o processo e criar outras visualizações. Por fim, para alterar entre as diferentes memórias de visualizações salvas, acesse o menu Window > Memory Locations e clique na visualização desejada. Estes são alguns métodos para se organizar, e certamente existem muitos outros, mas todos têm o mesmo objetivo, que é garantir que seu tempo de concentração seja maior. Se acostume desde cedo a se organizar mesmo em produções pequenas, pois quando estiver num projeto maior e mais pessoas envolvidas, sua organização será muito bem vista e reconhecida por todos. Abraços.
Para saber online
cmoura@proclass.com.br http://cristianomoura.com
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ABLETON LIVE MA X FOR LIFE
Muitos de vocês com certeza sabem, mas outros tantos eu posso afirmar, com a experiência de quem trabalha com o Ableton Live há muitos anos, que nunca ouviram falar do “Max”! Mas o que vem a ser o “Max”, afinal de contas?
Lika Meinberg é produtor, orquestrador, arranjador, compositor, sound designer, pianista/tecladista. Estudou direção de Orquestra, música para cinema e sound design na Berklee College of Music em Boston.
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ax é uma linguagem de programação visual para a música e multimídia desenvolvida e mantida pela empresa de software Cycling ’74 baseada em São Francisco – USA. Durante a sua história de 20 anos, ele tem sido usado por compositores, artistas, designers de software, pesquisadores e artistas para a criação de gravações, performances e instalações. Se você é um músico que utiliza computadores como parte de seu processo criativo, provavelmente você já deve ter pensado consigo mesmo que desejaria um aplicativo de música ou afins que fizesse algo que o seu não faz. Com o Max para Live agora isso é muito possível. Com algum esforço e trabalho, você pode realmente criar uma ideia, um recurso, instrumento, ou efeito (ou se alguém já teve essa ideia, baixar esse dispositivo a partir do site da Ableton ou grupos de apoio, com pouco esforço). Neste sentido, Max for Live representa a possibilidade incrível dos usuários do Ableton Live estenderem suas capacidades performáticas, sem exagero, de inúmeras formas e personalizáveis. Paralelamente aos músicos, muitos artistas que trabalham com projeção de ilu-
minação e programação visual com o Cycling74 Max/MSP têm provavelmente o mesmo pensamento para si. Algo que pudesse alavancar seus projetos sincronizando de tal maneira todo o Setup: imagem, iluminção, som, efeitos, automação etc. Tudo ao comando de um preset! Max para Live representa a capacidade para esses usuários do Max integrarem seus comandos programados (presets) diretamente de dentro do Ableton Live para fazer exatamente isso. Se você comprou um ABLETON LIVE 9 SUITE com Max for Live Add-on, voce já está lá, você já tem a autorização para fazer os downloads da ABLETON! Vá em Preferences > Licenses / Maintence e cer-
Getting Max
tifique-se de que o seu Pacote da ABLETON foi autorizado online! Caso contrário, você deverá fazê-lo criando uma conta no Site da ABLETON. Antes de mais nada, eu devo avisar-lhe que eu recomendo esse procedimento “somente” para usuários avançados do ABLETON LIVE, não posso me responsabilizar por perdas de dados pessoais em consequência de mau manuseio de seu equipamento. Faça sempre um backup. Se você entendeu a matéria e sabe o que está fazendo, vá em frente! Abra o seu ABLETON LIVE como de costume...> Browser (triângulo cinza no lado superior esquerdo se não estiver aberto)..> CATEGORIES.. procure no sub-menu ...> Max for live: Get Max for Live Packs at ableton.com (pegue o Max for Live na “ableton.com” realçado pela faixa verde). Isso é um link, caso você esteja online é levado ao site da Ableton e convidado a criar uma conta, caso você ainda não tenha. MaxInstance
Criar conta
Preencha os itens indicados pelas setas (laranja) Um endereço de email, uma senha qualquer (password), nome e sobrenome (opcionais), país, não acho necessário clicar para receber correspondência regular da ABLETON, mas se voce desejar, selecione onde mostra esse raio vermelho!
Voce poderá baixar o Max 6.1 e o Max for Live Content. E se você tem o ABLETON LIVE STANDARD? Qual é o caminho das pedras, afinal? Um dos caminhos é comprar os Add-Ons da ABLETON e depois de instalar re-autorizar sua licença em Preferences > Licenses / Maintence (é o mais indicado, tudo será bem organizado). Alternativamente, você pode instalar o *Max 6.10 diretamente do site da Cycling 74 (https:// cycling74.com/downloads/older/) no seu ABLETON LIVE 9 e então instalar esse Pack Max for Live
CREATE ACCOUNT – Criar conta! Claro que se você já tinha Serial number uma conta, basta fazer o LOGIN! Com sua conta criada você é convidado a registrar o serial do seu ABLETON LIVE ou do PUSH. Então você terá acesso aos pacotes adicionais a que tem direito.
Max Instalado
Piano Instance
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Max Instance
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Um dos caminhos é comprar os AddOns da ABLETON e depois de instalar re-autorizar sua licença em Preferences > Licenses / Maintence (é o mais indicado, tudo será bem organizado).
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Essentials ( http://cdn2-downloads.ableton.com/livepacks/M4L/max-for-liveessentials/9.0.1/r30639/MaxforLiveEssentials_r30639_v1.0.alp ). Você tem que dar um duplo clique para instalar esse arquivo .alp *Esse download do MAX é um Time Limited, mas mesmo depois de expirado, os pacotes do Max for Live continuam funcionando (mas não dá para criar os seus próprios). Tudo instalado? Então vá em Browser > CATEGORIES > Max fot Live > e clique como mostra a seta roxa. Voilà... MAX! Observando o diretório “Max for Live”, você agora encontrará diversas instâncias do Max em cada sub-diretório: Max Audio Effect, Max Instuments e Max Midi Effect. Agora o Max já está configurado para o LIVE! Vamos então testar uma instância pré-programada para o ABLETON LIVE. Adicionando primeiro algum instrumento: Browser > CATEGORIES > Instruments >Electric > Piano & Keys > EP Faceplante.adg… um Piano Rhodes. Dê um duplo clique ou arraste para um Midi Track! Então no mesmo processo: dê duplo clique na instância (Buffer Shuffres 2,0), ou arraste para o mesmo MIDI track do Piano. Esse plug-in misterioso com propriedades únicas se revela e há muitos outros a serem explorados. Uma nova gama de possibilidades se abrem ao seu universo
criativo nos âmbitos de sonoridade, automação e instrumentos. Claro que nem todos estão interessados em desenvolver rotinas ou passar horas programando. Existe uma verdadeira legião de desenvolvedores desses add-ons Out There para o Max for Live e Max. Eis algumas referências (a maioria em inglês) que podem estar online para vocês fazerem suas pesquisas: https://cycling74.com/ http://maxforlive.com http://roberthenke.com/technology/ m4l.html http://sonicbloom.net/en/11-free-maxfor-live-packs-from-ableton http://www.fabriziopoce.com Espero que eu tenha ajudado a aprimorar seus conhecimentos ou resolver algumas dificuldades pontuais no manuseio dassa extraordinária peça de Software “ABLETON LIVE”. Sorte a todos!
Para saber online
Facebook - Lika Meinberg www.myspace.com/lmeinberg
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Jack Endino
Outro dia me deparei com um artigo (bem pessoal) assinado pelo poderoso produtor musical Jack Endino (Nirvana, Soundgarden, Bruce Dickinson, Titãs, entre outros), falando sobre um assunto muito importante para músicos/produtores no estúdio, fato este que por vezes acaba por passar desapercebido pela maioria. A importância da ‘correta’ afinação dos instrumentos de corda, algo que se torna muito mais complexo do que se imagina...
PESADELOS DA AFINAÇÃO NO ESTÚDIO Jorge Pescara é baixista, artista da Jazz Station e autor do ‘Dicionário brasileiro de contrabaixo elétrico’
E
sta narrativa é perfeita para instrumentistas que muitas vezes acabam por produzir projetos de outros artistas ou músicos. Procurei fazer um apanhado geral do conteúdo e adaptei para este artigo que se segue. Algumas vezes o texto é redigido em primeira pessoa, portanto para manter a fidelidade do pensamento de Endino, evitei as alterações. “Como um cara que já produziu e gravou diversas bandas durante os últimos 14
anos, agora tenho que admitir um problema: eu tenho uma consciência dolorosamente precisa de afinação (de guitarras, violões e baixos). Isso significa que eu ouço discrepâncias na entonação, que algumas pessoas podem não perceber conscientemente; outras pessoas podem apenas se sentir um pouco desconfortáveis, sem saber o por quê. Muitos de nós que são engenheiros/produtores têm essa bênção (maldição, conforme o ponto de
AS MÁQUINAS...
vista). Quando era um garoto, eu ligava o rádio e me pegava pensando ‘Wow... Hendrix está desafinado, lá!..’ ou ‘a afinação de Rod Stewart está acima nesta música inteira’ ou ‘Por que é que parte do Hammond está tão fora do tom com as guitarras?’. Também algumas gravações de orquestra clássica me deixa louco, por este mesmo motivo. Yup, uma maldição. Na música pop menos comercial (ou seja, indie rock) você pode ‘sair’ um pouco mais, se você é bom. Sonic Youth e Pavement apenas não seriam os mesmos se estivessem sempre em afinação perfeita... mas não existem muitas bandas que são capazes de ‘enganar’ a todos com afinação imperfeita contando somente com a sua personalidade, e você não deve assumir que sua banda seja uma delas. No estúdio, é claro, minha orelha para a afinação é uma bênção... mas se eu ficar cansado, ela pode se transformar em uma fera que consome a session inteira, quando meus ouvidos começam a pregar truques em mim. Resolvi aprender o máximo que pude sobre potenciais ‘pesadelos de ajuste’ para que eu pudesse me defender melhor. Para começar, é essencial entender um fato, ou você vai ficar louco: É impossível conseguir que qualquer instrumento de cordas com
Uma vez eu produzi uma banda que realmente não queria usar afinadores eletrônicos. Sim, difícil de acreditar, e isso se torna um pesadelo nº1 quando alguém quer fazer um overdub, alguns dias depois. Adquirir a ‘afinação de ouvido’ perfeita, junto com uma gravação pode ser extremamente difícil, especialmente com as bandas dementemente barulhentas como as que costumo trabalhar. Eu geralmente peço a essa banda para recon-
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LEDs piscantes, e esses tipos strobe com uma roda em movimento e uma luz intermitente. Eu não vejo um afinador tipo strobe em anos, e nunca gostei muito deles, embora funcionem bem se você puder descobrir como. Ah sim, também há aqueles pequenos em formato de minigaita... evite-os! Os tipos de agulha em movimento (Boss, Korg etc.), mais comuns, são os únicos com afinação cromática, e eles são muito bons, mas aqui vai uma dica: o jack de entrada é soldado diretamente na placa de circuito interno, e essas juntas de solda sempre racham, ou trincam com o tempo de uso, o que torna o ato de afinar um pouco intermitente, com a agulha pulando para cima e para baixo. Tenho refeito mais a solda destes aparelhos no estúdio, do que posso contar. A caixa de plástico se desconecta facilmente, e com um ferro de soldar e estanho você pode resoldar estes terminais
“
trastes, esteja em perfeita afinação. Não, isto não pode ser feito! Depois de entender isso, você pode começar a lidar com as implicações. Sua vida será mais fácil. Primeiro, vamos falar um pouco dos afinadores eletrônicos!
Eu geralmente peço a essa banda para reconsiderar a sua aversão ao afinador eletrônico, pelo menos nos poucos dias em que eles estão no estúdio comigo. siderar a sua aversão ao afinador eletrônico, pelo menos nos poucos dias em que eles estão no estúdio comigo. Parece bastante óbvio, certo? Normalmente encontramos três tipos de afinadores (há algumas outras opções, como por exemplo os softwares plug-ins e apps, mas para a finalidade deste artigo ficaremos nestes três hardwares): os tipos com agulhas que se movem (certifique- se de mantê-los na horizontal), o tipo com fileiras de
em segundos. Se você tiver um afinador destes em mãos, verifique: afinal, pode não ser um cabo de guitarra ruim que frustrou a todos na última gravação... Os aparelhos menores com LEDs vermelhos e verdes, são muitas vezes chamados de afinadores de palco, raramente são precisos o suficiente para uso em estúdio; sua única vantagem é que você pode ler, sem inclinar-se ou ajustar a visão no palco escuro.
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É preciso ter em mente todos os fatores. Em primeiro lugar, qual a parte do som da corda que você deve estar tentando afinar? Algum lugar logo após o ataque inicial? Ou em algum lugar perto do fim, quando a nota já se estabeleceu?
”
Afine até atingir o LED verde, e está feito, certo? Talvez. Alguns são OK. Na minha opinião a maior inovação, verdadeiramente, em afinadores é a versão em rack de 19 polegadas de largura, com múltiplos LEDs que você pode ler prontamente. A Korg fez alguns ótimos modelos. Eu finalmente tive que comprar um desses super-afinadores para uso em estúdio. Eles são maravilhosos, máquinas precisas e mortais.
ALGUNS TRUQUES PARA AFINAÇÃO CORRETA Aqui está outra dica para tornar sua vida mais fácil. Sabe quando você pluga um instrumento e ao tocar a corda, a agulha do afinador (ou LED) oscila para trás e para frente e te leva à loucura? E você tem que tocar e reajustar a corda de todas as maneiras e técnicas conhecidas (ou não...) antes de obter uma boa leitura do afinador, que finalmente se estabelece? Faça essas três coisas: 1) mude para o captador do braço (ao invés do pickup da ponte), se o instrumento tiver um; 2) feche totalmente o controle de tom, para remover todos os agudos; e depois 3) toque a corda solta ‘diretamente sobre a décima segunda casa’, não sobre os pickups. Ou seja, usando uma palheta ou mesmo em pizzicato, posicione sua mão sobre o braço do instrumento e toque a corda solta, exatamente sobre a 12ª casa! Experimente; você vai se surpreender. Por que isso funciona? Aqui está uma reciclagem rápida sobre fundamentos de física: O som de uma corda que está sendo tocada é composto de um tom fundamental (a nota em si mesma, o que também acontece ser o tom mais grave e mais audível feito pela corda) misturado com uma série cada vez maior de harmônicos de menor volume (a série harmônica), co-
meçando com a oitava justa (ou segundo harmônico) e, em seguida, incluem tons mais altos em outros intervalos. Cada harmônico corresponde ao comprimento da corda dividido por um número inteiro. Os harmônicos são referidos por estes números, e eles correspondem a esses pequenos nodos (nós) ou pontos mortos nas cordas, onde se pode encostar levemente os dedos e obter pequenos e agudíssimos sons de sinos. O segundo harmônico é exatamente a meio caminho ao longo da corda, bem em cima do 12º traste. O terceiro harmônico corresponde a um terço do comprimento da corda, e pode ser encontrado ao longo dos trastes 7 e 19; o quarto harmônico pode ser encontrado ao longo dos trastes 5, 12 e 24 (ou, na ausência do 24º traste, exatamente sobre o captador do braço); o quinto harmônico sobre trastes 4, 9 e 16, e por aí vai... Várias coisas a notar até aqui: 1) Os harmônicos que são múltiplos de 2 (2, 4, 8) são todos nas oitavas mais graves, ou seja, são as notas fundamentais das cordas. Para um afinador, elas são a mesma nota. 2) Todos os outros harmônicos representam notas diferentes. É a combinação única de harmônicos fundamentais somados a estes diferentes que dá a qualquer instrumento seu caráter particular ou timbre. 3) Como você toca a corda, onde você toca a corda, e onde o captador está localizado sob a corda (mais próximo à ponte, mais próximo ao braço etc.), determina a mistura de fundamentais X harmônicos, que você ouve. Ao tocá-la perto da ponte, obtém-se um som twangy com muitos tons altos (harmônicos extremos). Toque-a no meio da corda (12º traste), e você terá principalmente um tom mais profundo e puro da fundamental. Toque mais forte e a explosão inicial de energia irá causar mais harmônicos. Coloque um captador perto do final da corda (na ponte), e conseguirá pegar mais desses altos harmônicos; colocá-lo mais perto do braço, e o tom fundamental será mais audível. Então ... O que é que o afinador procura? A nota fundamental da corda, e nada mais! Todos os outros tons produzidos
pela corda vibrando (harmônicos) confundem o afinador, tornando-o indeciso. Retire todos os agudos, utilize o captador de braço, toque perto do meio da corda facilitando assim a leitura final do afinador... e apenas me envie um cheque, muito obrigado. (Importante: lembre-se de mudar tudo de volta antes que você comece a tocar a próxima música!) Aqui está outra dica para ajustar violões que não têm pickups. Encontre um bom par de fones de ouvido, qualquer tipo. AKG 240s fazem um grande trabalho. Coloque os fones de ouvido sobre o corpo do violão, encostando-o perto da abertura de som. Conecte-o na entrada do afinador. Parece bobo, mas os fones de ouvido agirão como um captador, que servirão para plugar no afinador.
O PESADELO REAL COMEÇA Considere-se uma banda de rock com duas guitarras, baixo e um cara com um piano Rhodes ou órgão Hammond. É possível que todos tenham o seu próprio afinador, e saibam como usá-lo. Mas depois que você começar a gravar, descobre que alguém está desafinado. Todos eles verificam seus ajustes e anunciam que sua afinação está muito bem. Então, todos eles olham para você (o engenheiro/produtor) acusando-o. O que fazer? Comece removendo variáveis. Para isto, preparei um CD test (uma coisa útil que todos devem ter) com alguns tons de referência de afinação tais como um A440Hz puro etc. Ao executar estas notas puras em alguns afinadores eletrônicos típicos, descobri que, além de alguns aparelhos terem mais atraso na leitura do que outros,
eles também podem ter variações ligeiras de calibragem. Sim, um afinador em A440Hz pode ser ligeiramente diferente do outro afinador, igualmente ajustado (entenda-se: pode até ser próximo o bastante para usar ao vivo, porém para uma gravação profissional... não dá!) Lição: no estúdio, todos têm de usar o mesmo afinador. Isto atrasa as coisas um pouco, mas vale a pena. OK, vamos supor que você convença a banda inteira a fazer isso (todos usarem o mesmo afinador), mas, mesmo assim um dos guitarristas ainda esteja consistentemente fora de afinação na gravação. Ele verifica novamente, e diz que está tudo bem. Você pede a guitarra e o mesmo afinador e observa por sí próprio: o instrumento está desafinado para você. Quem está certo? O problema é que pessoas diferentes, usando o mesmo afinador, podem afinar de maneiras diferentes. A fim de ver o porquê, você precisa entender um pouco de física da vibração das cordas. Levei anos para entender isto. Conecte uma guitarra em qualquer afinador tipo agulha, e toque uma corda. Você vai ver a agulha ir para cima e ultrapassar a nota e, em seguida, a agulha resolver voltar para baixo. Eu sempre assumi que era apenas um pouco de elasticidade no próprio medidor. Não é! A corda em si está realmente com afinação mais alta (sharp) no primeiro instante, depois de tocála. Aqui não é o caso do afinador detectar o conteúdo extra de harmônicos durante o ataque inicial da nota. Não! Na verdade, a nota fundamental da corda é que está realmente desafinada! Este efeito foi explicado para mim uma vez, embora eu não me lembro
o detalhe do ‘porquê’ disto. No entanto, esses super-afinadores gigantes, de LEDs em rack, revelam isto claramente. A essência disto é: 1) quanto mais forte você puxar a corda, mais elevada será a nota, durante o ataque inicial; 2) quanto mais baixa a tensão da corda, maior será este efeito; 3) quanto mais se digitar nas regiões agudas do braço (após o 12º traste), menos este efeito é perceptível. Cordas agudas dificilmente fazem isto, entretanto o E grave da guitarra age como um louco. Se você prestar atenção, poderá ouvir quando tocar forte esta corda: o som produzido será um ‘Buoooouuuu’ enquanto os LEDs do afinador ficarão piscando para a direita e, em seguida, retornam lentamente para o meio. No momento em que a nota tenha verdadeira e completamente se estabelecido, o decay mostrará que ela quase terminou de soar. É preciso ter em mente todos os fatores. Em primeiro lugar, qual a parte do som da corda que você deve estar tentando afinar? Algum lugar logo após o ataque inicial? Ou em algum lugar perto do fim, quando a nota já se estabeleceu? Se um guitarrista do tipo impaciente afina perto do ataque inicial da nota, enquanto esta ainda mal se acalmou, e por outro lado o baixista usa o decay final da nota para afinar seu instrumento, o impaciente (neste exemplo) vai acabar soando abaixo do tom em relação ao outro, pelo menos em suas cordas mais graves. Não há resposta certa para isso, sendo uma saída ter uma mesma pessoa afinando todos os instrumentos da banda e usando um único afinador. Às vezes, no estúdio, essa pessoa é o engenheiro ou o produtor; pois isto é
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mais fácil do que tentar explicar tudo para os músicos. Há uma outra implicação. Imagine que você é um guitarrista ou baixista de rock que está tocando algumas músicas bem rápido e com muitas semicolcheias. Sua mão estará atacando nervosamente a(s) corda(s) com um som; chug-chug-chug-chug, ou Gung-Gung-Gung-Gung, talvez pela música inteira. Então... que parte da nota as pessoas estarão ouvindo o tempo todo? Apenas a parte errada do ataque inicial! Nestas condições nenhuma corda soará o tempo suficiente para ser ‘entendida’ pelo afinador. A única vez em que uma nota afinada existirá será no decay do acorde final, ou seja, no fim da canção! Se você é um musico com mão pesada na guitarra ou no baixo, soará ligeiramente desafinado, o tempo todo. E se, ainda por cima, usar cordas de calibre leve, esta desafinação será ainda mais acentuada. Um baixista com mão pesada pode facilmente estar entre 10 ou 15% desafinado, em todas as notas, não importa quão cuidadosamente ele usa o afinador! Eu acho que este seja o caso em cerca de 40% das gravações de bandas de rock que fiz nestes anos todos. Uma vez que é difícil afinar o ataque inicial das notas, porque este instante passa tão rápido, uma solução que tenho empregado muitas vezes com músicos de rock mais agressivo, é intencionalmente abaixar a afinação da corda E, em uma pequena quantidade, e talvez também a corda A. Dedilhe ‘suavemente’ uma guitarra assim, e parecerá desafinada. Mas toque nela realmente com força, repetidamente, e ela irá soar afinada. É importante saber como o instrumento será tocado! Um padrão que tenho observado repetidamente ao longo da história da música rock: guitarras e vocais, os
mais barulhentos componentes musicais, podem parecer estar ok, mas os baixos estarão com a afinação levemente acima. Se você ouvir um monte de registros de garagem dos anos 60, e até mesmo um monte de clássicos bem conhecidos dos anos 70 e 80, vai perceber isso mais e mais, agora que eu chamei a atenção para o detalhe. O que está realmente acontecendo é, os teclados estão bem, as guitarras estão com afinação acima do tom, e o baixo mais acima, ainda. Muitas, muitas vezes, quando tive que fazer overdub das partes de teclado em cima de guitarras pré gravadas, eu diminui a velocidade da fita um pouco, para trazer as guitarras ligeiramente para baixo, afinando-as com as teclas. Gravadores Studers e Otaris são excelentes maquinas para variar a velocidade com precisão. ADATs podem fazêlo também. ProTools (até o momento, o v5.1) pode fazê-lo, mas esta função se esconde embaixo da configuração de sessão. Felizmente, teclados eletrônicos modernos possuem controles de ajuste fino para afinação. Se eu sou confrontado com uma situação de gravação em layers, onde todo mundo está contando com o baixo em overdub, eu tento salvar a sessão fazendo a pista de baixo depois que todas os tracks de guitarra tenham sido gravados. Você prefere ter que reafinar de ouvido cada uma dos 14 tracks de guitarra para, assim, corresponder a um baixo pré-existente mal-afinado, ou afinar um baixo para co-
incidir com 14 guitarras pré-existentes? Este procedimento vai completamente contra a minha preferência por manter as faixas mais ‘ao vivo’ quanto possível, mas algumas vezes é necessário. Se você sempre trabalhar com uma daquelas bandas que afinam suas guitarras meio tom ou um tom para baixo e, ainda por cima, usam cordas leves, pode perder a cabeça, porque a afinação se torna um alvo em movimento continuamente. Sem levar em conta que o quanto mais forte as cordas são digitadas e tocadas, mais desafinadas elas podem soar”. Aqui está outra dica, apenas para agravar a confusão: muitos guitarristas alteram a afinação do instrumento, dependendo se ele está sentado ou em pé, simplesmente por puxar o braço do instrumento com mais força, em direção ao seu próprio corpo... mas, isto fica pra próxima!
Para saber online
jorgepescara@backstage.com.br http://jorgepescara.com.br
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ILUMINAÇÃO| www.backstage.com.br
CADERNO ILUMINAÇÃO
ILUMINAÇÃO Nas conversas anteriores, a intensidade luminosa já foi analisada pelas grandezas luminotécnicas e pelas características que a torna perceptível pelos públicos envolvidos em um espetáculo. Pela segunda vez no Brasil, a banda americana Extreme realizou quatro apresentações em celebração aos 25 anos do lançamento de Pornograffitti, segundo álbum da banda.
CÊNICA Cezar Galhart é técnico em eletrônica, produtor de eventos, baixista e professor dos Cursos de Eventos, Design de Interiores e Design Gráfico do Unicuritiba. Pesquisador em Iluminação Cênica, atualmente cursa Pós-Graduação em Iluminação e Design de Interiores no IPOG.
EM NÍVEIS EXTREMOS... E
m uma apresentação marcada pela empolgação, competência e carisma dos músicos, destacou-se também a iluminação cênica – dinâmica, nos patamares mais extremos de intensidade e diversificação das cenas para os recursos disponíveis. Nessa conversa, temas como conceito e versatilidade são também abordados e analisados, sem limites. Musicalmente, a década de 1990 proporcionou uma grande diversidade e pluralidade de estilos, combinações, movimentos e momentos. Como herança do fim dos anos de 1980, aquele período foi definitivamente marcado por diversas bandas com músicos virtuosos e
tecnicamente espetaculares, que impactaram o mercado musical e influenciaram milhares de estudantes e profissionais da música. Nessa mesma transição, a indústria de shows ampliou a oferta de espetáculos cada vez mais requintados e extravagantes, cada vez mais sofisticados e tecnologicamente avançados. Para esses dois contextos, a banda estadunidense Extreme se inseria naquele momento como um dos representantes de uma nova safra de significativas bandas, e impressionantes apresentações. Em 1990, lançaram um disco conceitual: o Extreme II: Pornograffitti. Com onze canções, sendo duas dessas as mais
atualmente intitulada Tom Brasil) com cinco minutos de atraso – e com poucos refletores no backlighting projetando luzes azuis, suaves e quase imperceptíveis. No extremo inferior da intensidade luminosa, praticamente apenas os flashes de celulares e
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Cabem aqui algumas definições – e até revisão de alguns conceitos já apresentados em outras conversas. Nas configurações dos refletores instalados, sistemas e racks com dimmers permitem o controle e variação da intensidade de brilho das lâmpadas utilizadas nos refleto-
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Aos poucos, banners com cartoons dos personagens que integram as canções foram alçados, com luzes em tons azuis com graduação linear e progressiva de intensidade
máquinas fotográficas produziam quantidades de iluminância necessária para a identificação dos recursos do palco. Aos poucos, banners com cartoons dos personagens que integram as canções foram alçados, com luzes em tons azuis com graduação linear e progressiva de intensidade.
Fonte: Cezar Galhart / Divulgação
executadas nas rádios de diversos países e com os vídeos repetidamente veiculados em canais dedicados, além de complexas transcrições musicais “nota por nota” de algumas canções nas revistas especializadas, o Extreme se tornou referência para cativantes composições – e shred guitar licks. As gravações daquele disco foram realizadas por músicos competentes: Gary Cherone, nos vocais; Pat Badger no baixo e backing vocals; Paul Geary na bateria; e Nuno Bettencourt, nas guitarras, violões (seis e doze cordas), backing vocals, piano e arranjos, além da participação especial de outros músicos, como Dweezil Zappa, para o solo na introdução e fim de He-Man Woman Hater. Em suma, um disco arrebatador, empolgante e muito intenso. Com essa premissa, e uma expectativa elevada – afinal, a última apresentação da banda havia ocorrido há 23 anos, na capital paulistana, em 1992, com show integrante do festival Hollywood Rock -, a banda surgiu no palco do HSBC Brasil (casa de espetáculos
Figura 1: Apresentação da banda Extreme no HSBC Brasil (São Paulo, 13/06/2015)
res (halógenas, para os refletores convencionais do tipo PAR), e mesmo para os refletores com LEDs são esses os dispositivos que possibilitam dinâmicas diversas, com a dimensão dos níveis de patamares mais elevados para mais baixos, criando, com isso, contrastes interessantes e estimulantes. E isso acompanhou toda a apresentação da banda. Com a execução do álbum na íntegra – e na sequência das canções que foram editadas e dispostas no disco original -, iniciaram o show com Decadence Dance, Lil’ Jack Horny, When I’m President e Get The Funk Out, sem interrupções. Cores primárias – vermelho, amarelo e azul (aqui, no padrão RYB), revezavam-se pelas linhas de refletores PAR 64 convencionais com filtros nessas cores (ao fundo), ou por linhas frontais, com refletores em complemento à estrutura disposta nas linhas de boxtruss que sustentavam os instrumentos de iluminação cênica. Momentos de mais intensa luminosidade – proporcionados por luzes brancas e blinders (também em backlighting) -, intercalados com
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A alternância das cenas revelava os músicos em sequências predefinidas – coreografadas, mas nada previsíveis. A alternância dos músicos no palco, empolgados com a resposta do público, fazia com que as alternâncias dos refletores perseguissem os atores das cenas em constantes desencontros e divertidas interações
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Figura 2: Nuno Bettencourt executando Midnight Express no violão (HSBC Brasil, São Paulo, 13/06/2015)
outros – parciais, coloridos e dimerizados – revelavam a banda, completamente ou sutilmente, mas com a energia exigida para cada momento. A alternância das cenas revelava os músicos em sequências predefinidas – coreografadas, mas nada previsíveis. A alternância dos músicos no palco, empolgados com a resposta do público, fazia com que as alternâncias dos refletores perseguissem os atores das cenas em constantes desencontros e divertidas interações (para o público; porque para os operadores, deve ter sido uma situação desesperadora). Para o primeiro momento “intimista” do show, uma das canções mais marcantes da banda e dos últimos 25 anos: More Than Words, uma balada com influência da Bossa Nova cantada pelo público como um hino, era enaltecida com um vermelho intenso e insinuante, com participação massiva do público e delimitação do palco para a dupla Cherone-Bettencourt. Fachos frontais em tons amarelos também revelavam as expressões faciais e
atenuavam a ambientação monocromática, com alternância nos refrões e partes instrumentais. Ótimo recurso para dinamizar ainda mais uma canção mais lenta, quando inserida em um repertório tão eclético como demonstrado pelo próprio disco tema do show – repleto de referências e estilos musicais e críticas à sociedade mundial, que na visão da banda é decadente, culturalmente e moralmente. Mais uma sequência empolgante: Money (In God We Trust), It (‘s A Monster), Pornograffitti – com fachos luminosos intensos e velozes. Moving heads – posicionados no chão e alinhados na parte posterior do palco – também forneciam os matizes e efeitos necessários aos outros referenciais sugeridos e induzidos pelas cores – com predominância para a cor verde. Na canção When I First Kissed You, uma balada “pseudo-lounge piano bar”, composições de cores resultando uma atmosfera com cor primária – azul - e aditiva secundária – ciano -, com variações de intensidade, remetendo ao romantismo e
Fonte: Cezar Galhart / Divulgação
Figura 3: Duo Cherone (esquerda) e Bettencourt (direita) executando More Than Words
ambientação para um cenário mais clássico e conservador – com iluminação estática e simétrica - como pode ser percebido na figura 4. O show já se encaminhava para a etapa final com a ótima Suzie (Wants Her
All Day What?) – nesta, havia predominância de magenta (resultante da combinação de azul e vermelho), o solo impecável de Nuno Bettencourt com The Flight Of Wounded Bumblebee que antecede He-Man Woman Hater
(e mais um solo espetacular), e Song For Love – essas, com a predominância de luzes azuis e brancas – atenção e dominância. Para a última canção da primeira parte do show – e que encerra a versão em CD do disco -, Hole Hearted, com influências de folk-rock – nova configuração da banda com instrumentos semiacústicos e direcionamentos dos fachos frontais nos músicos, nesta canção, mais estáticos. No fim, uma homenagem à banda inglesa Queen com trechos de Crazy Little Thing Called Love, e palco extremamente iluminado. No bis, uma sequência de canções de praticamente todos os outros discos da banda. Hits que integram o primeiro disco (Play With Me, Kid Ego, do álbum Extreme, de 1989), canções do aclamado III Sides do Every Story (1992) (Rest in Peace, Am I Ever Gonna Change, Cupid’s Dead), a can-
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Ao final da apresentação, não restava dúvida da competência e carisma dessa banda – que desceu do palco e atendeu aos fãs com abraços e fotografias -, nos níveis mais extremos de qualidade e consideração para com o público.
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Figura 4: When I First Kissed You – iluminação simétrica e estática (HSBC Brasil, SP, 13/06/2015) Fonte: Cezar Galhart / Divulgação
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Figura 5: Apresentação da banda Extreme no HSBC Brasil (São Paulo, 13/06/2015)
ção instrumental (apenas violão, ao vivo) Midnight Express (do álbum Waiting for the Punchline, de 1995), além de Take Us Alive do álbum intitulado Saudade de Rock, de 2008 (deve-se destacar que Nuno Bettencourt é português – naturalizado estadunidense – e domina a língua portuguesa) sendo que nesta canção – estendida – tocaram um trecho de That’s All Right Mama, eternizada na voz de Elvis Presley.
Ao final da apresentação, não restava dúvida da competência e carisma dessa banda – que desceu do palco e atendeu aos fãs com abraços e fotografias -, nos níveis mais extremos de qualidade e consideração para com o público. Abraços e até a próxima!!!
Para saber mais redacao@backstage.com.br
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LUIZ CARLOS SÁ | www.backstage.com.br
Fernando Brant, o índice de insatisfação cultural e meu altarzinho de cabeceira
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um triste fim de tarde de junho recebi a notícia da morte do meu querido amigo Fernando Brant. Fernando foi uma daquelas pessoas cuja ausência provoca uma imediata sensação de pobreza. Pobreza cultural, pobreza ética, pobreza humana. Os amigos que compartilharam de sua vida e os admiradores de sua extensa obra sentiram isso de imediato. Os estranhos a ele só mais tarde perceberão que perdas desse quilate, de gente que sabe colocar sua vida a serviço do bom senso sem
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me surpreende é ver que qualquer esforço de defesa dessas instituições é adjetivado por muitos como “elitismo”, “arrogância”, “paternalismo” e similares. Lembro-me bem de uma reunião que tive nos anos 80 com um diretor de gravadora que insistia em fazernos – a dupla Sá & Guarabyra – gravar músicas nãoautorais, de outros compositores, mais chegados ao sucesso de massa, sucesso esse que tínhamos conseguido com a maciça execução de “Roque Santeiro”, “Dona” e “Verdades e Mentiras” na trilha da novela Global de Dias Gomes. Frustrado com a negativa em incorporar-me ao seu jabá, ele atirou-me na cara o que pensava ser um xingamento, um impropério, um insulto: - Você é mesmo um universitário! A lembrança desse episódio me faz recuar a uma época onde o acesso à Educação no Brasil era realmente um privilégio de poucos. Mas em compensação eu tinha aulas de Canto Orfeônico na escola pública, e a escola pública era um estabelecimento respeitável. Esse diretor de gravadora, em última instância, quis apenas provar-me
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quando não com coisas piores, como fome, miséria e violência. Mas aqui nesta coluna – e diante de um assunto cuja complexidade já mereceu milhares ou milhões de páginas escritas por gente mais capacitada que eu - só tenho espaço para preocupar-me com meu país, com nossas artes, com as dificuldades de sobrevivência enfrentadas por nossa rica cultura de raiz e suas ramificações rurais e urbanas. E o que mais
Eu, particularmente, sigo meus exemplos, os exemplos que me marcaram vida afora a partir da decisão que tomei de seguir aquilo que me daria prazer... perder o foco em seus princípios, provoca uma imediata diminuição naquilo que arbitrariamente chamo de ISC - Índice de Satisfação Cultural. E o Brasil vive um momento em que o ISC está no mesmo nível do seu PIB. Nosso baixo ISC não é um privilégio nacional. A maioria da população do Mundo convive com isso,
LUIZCARLOSSA@UOL.COM.BR | LUIZCARLOSSA.BLOGSPOT.COM que de nada me adiantaria a formação proporcionada por meus pais: nossa carreira estava nas mãos dele, e desafiar seus poderes nos custaria caro. Ver a agenda cheia da dupla, trinta anos depois das suas profecias de fracasso, deve fazê-lo pensar duas vezes sobre suas certezas. Ou, mais provavelmente, ele prefira nos ignorar. Para essas pessoas o esquecimento é a melhor saída para o conforto. Regra geral, quem vota sua existência ao comando da grana não entende o que pensam aqueles outros que se dedicam – tão egoisticamente quanto elas, como é próprio ao ser humano – ao prazer em viver daquilo em que acreditam. E vice-versa. Ao mesmo tempo, como podemos crucificar alguém que passou por dificuldades e privações na infância e na juventude e procura, com talento próprio, cumprir aquilo que o público espera dele e ganhar um troco para esquecer a miséria? Esse dilema faz o Mundo rodar. Eu, particularmente, sigo meus exemplos, os exemplos que me marcaram vida afora a partir da decisão que tomei de seguir aquilo que me daria prazer, que faria crescer a mim e às pessoas que de mim dependessem. E desde então sigo rezando num altarzinho de cabeceira, dominado por santos virtuais, aqueles canonizados seres que eu acredito que em sua existência terrestre tenham feito subir o tal ISC que inventei: - São Reynaldo Jardim, que incrementou em seus discípulos uma insuperável ética jornalística baseada na liberdade de criação e na honestidade da notícia. - São Rogério Duprat, padroeiro da Música, que nas entrelinhas de seu niilismo buscava as notas certas que nos levariam ao Céu dos arranjos. - São Dorival Caymmi, que misturava à simplicidade a ousadia abençoada de inovar. - São Sylvio Sá, meu pai, padroeiro da Honestidade Profissional e da Eficiência Jurídica, pai também da minha ética. - Santa Zuleika Sá, minha mãe, padroeira da Praticidade, que depois de anos e anos de esforço incansável, me fez cair de paraquedas na viela da Vida Real, onde até hoje tento me equilibrar. - São Zé Rodrix, o doidão-careta do Céu, Exu de minha discordância – concordância, com o qual brigo e amigo até hoje entre notas, palavras e pentagramas. - Santa Naná, comadre, babá e amiga, cujo amor incondicional não admitia controvérsias, canonizada em martírio involuntário. E agora adiciono ao meu Panteão particular São Fernando Brant, padroeiro do ISC, defensor dos Direitos Autorais, ícone da discrição mineira, que impôs resultados práticos acima de vaidades pessoais, dono de conversa inteligente e interessante, de assuntos nunca tediosos. Que pena termos convivido tão pouco. Mas valeu a intensidade.
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