Edição 250 - Setembro 2015

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Sumário Ano. 22 - setembro / 2015 - Nº 250

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Arte e engenharia com o criador do Ableton

O DJ, engenheiro e artista audiovisual alemão Robert Henke, criador do Ableton Live, foi um dos convidados do Live Cinema (RJ), evento que apresenta performances audiovisuais ao vivo, e falou à Backstage sobre aliar arte e engenharia.

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A quarta edição do Planeta Rock, realizado entre os dias 5 e 8 de agosto, em São José do Rio Preto, São Paulo, contou com a participação de 197 bandas inscritas, 30 selecionadas, e shows de encerramento de Pitty, Raimundos, Camisa de Vênus e Biquini Cavadão. O festival já pode ser considerado uma vitrine para quem está começando, além de ter distribuído prêmios de até R$ 4 mil para os vencedores.

Vitrine As caixas CL BT 12V são a opção perfeita para o camping, praia, pescaria e para sonorizar ambientes com total liberdade! Também são uma ótima opção para a reprodução de arquivos de áudio armazenados em dispositivos de memória FLASH.

22 Rápidas e Rasteiras O rapper Dexter começa a gravar o seu novo álbum e conta com a participação especial de Ed Motta no single Essa é pra você.

26 Gustavo Victorino Confira as notícias mais quentes dos bastidores do mercado.

28 Gigplace Nesta edição, a profissão do dia é a de técnico de monitor e o entrevistado é o Andre “Silvinho” Colling.

36 Line-array TOA Lançado no início de 2015 pela TOA, o HX-7 é um line array compacto de 2 vias com ângulo de dispersão variável.

86 Filtro na compressão A razão de se sacrificar a dinâmica e a fidelidade em nome do volume é porque, em uma impressão inicial, o que toca mais alto sempre parece soar melhor a uma primeira comparação com um material com menos volume.

90 Seminário Oneal Nos dias 5, 6 e 7 de agosto, a cidade de Apucarana (PR) recebeu mais de 200 profissionais de áudio, representantes e lojistas para o terceiro seminário de design, instalação e alinhamento de sistemas de som.

94 Mogami De um início humilde ao patamar de um dos maiores fabricantes de cabos de altíssima qualidade e desempenho, a Mogami fabrica cabos com um nível extraordinário de atenção aos detalhes e eficiência.


Expediente

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Harman - cinco anos de Brasil

Em cinco anos de Brasil, a Harman hoje representa as maiores marcas dos mercados de áudio e iluminação. Com planos para continuar crescendo no país, a empresa tem como próximo passo expandir sua participação no mercado de iluminação arquitetural.

CADERNO TECNOLOGIA 62 Logic Pro O Logic Pro X possui alguns recursos que podem ajudar naquelas situações que faltam pequenos ajustes ou retoques para liberar um material.

70 Ableton Tracks de apoio, backing tracks ou playback vêm circulando pelo nosso meio há um bom tempo. Hoje, na “idade do controladorismo”, poucas são as bandas que não usam um “plaibéquezinho” de uma forma ou de outra.

CADERNO ILUMINAÇÃO 78

Vitrine iluminação A Star Lighting Division apresenta o novo LED Spot 10x10w RGBW, um Spot LED de 10 LED’s de 10W de potencia, trabalhando de forma multicores RGB, mais a cor White (branco), além de operar como um Color-Strobe, podendo ser operado em 3, 4, 5, 6 ou 11 canais DMX.

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Iluminação cênica Um projeto de iluminação cênica é, antes de mais nada, um projeto. Nesta edição, este termo – organização – será abordado como outro requisito fundamental para a busca de melhores resultados – em decorrência de lições plenas de êxito – ou na percepção do Design.

Diretor Nelson Cardoso nelson@backstage.com.br Gerente administrativa Stella Walliter stella@backstage.com.br Financeiro adm@backstage.com.br Coordenadora de redação Danielli Marinho redacao@backstage.com.br Revisão Danielli Marinho Reportagem: Miguel Sá Colunistas Cezar Galhart, Cristiano Moura, Gustavo Victorino, Jorge Pescara, Lika Meinberg, Luciano Freitas, Luiz Carlos Sá, Marcello Dalla, Ricardo Mendes e Vera Medina Edição de Arte / Diagramação Leandro J. Nazário arte@backstage.com.br Projeto Gráfico / Capa Leandro J. Nazário Foto: Fama Produções / Divulgação Publicidade / Anúncios PABX: (21) 3627-7945 arte@backstage.com.br Webdesigner / Multimídia Leonardo C. Costa multimidia@backstage.com.br Assinaturas Maristella Alves PABX: (21) 3627-7945 assinaturas@backstage.com.br Coordenador de Circulação Ernani Matos ernani@backstage.com.br Assistente de Circulação Adilson Santiago Crítica broncalivre@backstage.com.br Backstage é uma publicação da editora H.Sheldon Serviços de Marketing Ltda. Rua Iriquitiá, 392 - Taquara - Jacarepaguá Rio de Janeiro -RJ - CEP: 22730-150 Tel./fax:(21) 3627-7945 / 2440-4549 CNPJ. 29.418.852/0001-85 Distribuída pela DINAP Ltda. Distribuidora Nacional de Publicações, Rua Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678 Cep. 06045-390 - São Paulo - SP Tel.: (11) 3789-1628 CNPJ. 03.555.225/0001-00 Os artigos e matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. É permitida a reprodução desde que seja citada a fonte e que nos seja enviada cópia do material. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios veiculados.


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A ameaça que

vem do leste N

as duas últimas semanas de agosto o mundo e o Brasil foram testemunhas da supervalorização do dólar e da gangorra que as bolsas de valores enfrentaram, frente ao humor do mercado chinês. Ambas situações sensibilizam o nosso mercado e derrubam os ânimos do setor. No entanto, o que mais preocupa não é apenas o enfraquecimento do otimismo, mas também a queda da qualidade de produtos despejados no mercado brasileiro. O rigor da qualidade impressa nos produtos que passaram a habitar o mercado de sonorização, iluminação e entretenimento de forma geral e o patamar que alcançaram nos últimos 20 anos está perto de ser posto em xeque se não houver um cuidado rigoroso no controle de qualidade e na procedência das mercadorias que estão começando a ganhar espaço no nosso concorrido comércio. O brasileiro, que passou a conhecer de perto o significado da palavra qualidade em muitos produtos, corre sério risco de ter que rever seus parâmetros, caso se confirme a conquista dos produtos chineses no mercado brasileiro. A não ser que haja uma fiscalização e depuração natural entre os consumidores, haverá sério risco de se colocar um pé atrás do nosso processo de evolução. É bom lembrar que concorrência é bom. No entanto, fazer concorrência enquanto o valor da moeda pesa mais para um lado e os custos com tributos e impostos alcançam patamares nunca antes vistos no Brasil até há pouco tempo beira a deslealdade. Uma saída para enfrentar a tempestade e sair de cabeça erguida seria continuar a investir na qualidade Brasil, que vem impulsionando a melhora na qualificação profissional para atender a essa indústria. Portanto, resta esperar para saber em qual direção o imprevisível comércio brasileiro irá se converter ou se curvar antes de dar um segundo passo. Como diz um provérbio chinês: a árvore crescerá inclinada se o vento soprar de uma única direção. Boa leitura. Danielli Marinho

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CABO PARA PEDAIS DE EFEITO TIAFLEX www.tiaflex.com.br Este cabo para pedais modelo INSTRUMENT CABLE 20 que chega ao mercado possui melhor definição e melhor condução de sinais (transparência), além de melhor resistência mecânica, com excelente relação custo-benefício. Entre suas características, destacam-se plugs revestidos em termocontrátil preto, cobertura externa em composto termoplástico (PVC) flexível emborrachado na cor preta, dupla blindagem (película semi-condutiva, mais blindagem de cobre OFHC - Oxygen Free High Conductivity - do tipo trançada) e bitola formada por condutores em cobre OFHC flexível, de secção 0,20mm2 (24 AWG). Além disso, possui fabricação do condutor e da blindagem em cobre eletrolítico OFHC, conferindo alta condutividade, melhor transmissão de sinal e melhor condutibilidade elétrica.

CAIXA CL300 BT 12V http://www.frahm.com.br/ As caixas CL BT 12V são a opção perfeita para o camping, praia, pescaria e para sonorizar ambientes com total liberdade! Também são uma ótima opção para a reprodução de arquivos de áudio armazenados em dispositivos de memória FLASH, com conector USB ou SD CARD e aparelhos com tecnologia Bluetooth, ouvir rádio FM, amplificar instrumentos - violão, cavaquinho, teclado - conectar microfones, iPad, iPhone, iPod, DVD, CD, Players de MP3 e outros aparelhos auxiliares.

MINI CONTROLADOR USB X-TOUCH MINI www.proshows.com.br A Behringer acaba de lançar o X-TOUCH MINI, um controlador USB projetado para que o usuário opere sobre DAWs, instrumentos e aplicações de iluminação. O controlador possui 8 botões rotativos com LED-collars (indicação de LEDs) para controle visual de ajustes em seus parâmetros favoritos, 16 botões iluminados dedicados e configuráveis, 2 botões para controle de transporte com acesso direto das funções-chave e um fader master de 60 milímetros. A interface MIDI built-in do X-TOUCH MINI permite uma conexão direta via USB com Mac ou Windows, sem a necessidade de drivers. Além disso, o equipamento possui design ultracompacto que facilita o transporte do equipamento, que cabe facilmente em uma mochila ou bolsa. E a alimentação do controlador é feita pela própria entrada USB, tornando possível a sua utilização sem nenhum adaptador de energia ou fonte externa.


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MICROFONE AKG CM311L

LIVESYS5 www.studiomaster.com O modelo LIVESYS5, da Studiomaster, foi apresentado em Frankfurt este ano, durante o lançamento de uma série de produtos na Europa. O sistema é um portátil para PA e Monitor, equipado com um Classe-D de 5 polegadas, que entrega 300W de pico de potência. Outras características são sessão de 3 canais de mixer, com 2 microfones de linha e 3 bandas de EQ.

www.harmandobrasil.com.br Chega ao Brasil o novo microfone da Harman voltado ao som ao vivo. O AKG CM311L oferece desempenho de microfone de mão e liberdade de movimentos, por ser fixado à cabeça. Ideal para vocal principal, possui tecnologia Differoid de cancelamento de ruído, o que garante grande rejeição de sons do ambiente. Além disso, sua cápsula condensadora interna com Shock Mount bloqueia ruídos mecânicos e do corpo pela movimentação. Oferece também padrão polar cardioide, gerando um excelente ganho antes do feedback, e estrutura robusta, para máximo conforto e usabilidade, sem distorções. Compatível com o sistema de microfone sem fio, Perception Wireless, o AKG CM311L permite mãos livres e traz a qualidade de som para quem comanda espetáculos de música e busca conforto e desempenho.

CABOS SNAKER SUPORTE PARA PEDESTAL DE MICROFONE www.powerclick.com.br O SPP (Suporte Para Pedestal de Microfone) é um produto prático, um acessório para adaptar monitores Power Click em pedestal de microfone. Para usá-lo, basta fixar o SPP no Power Click e rosquear no pedestal de microfone. Entre as vantagens, destacam-se praticidade no palco, baixo custo e facilidade no acesso aos controles do Power Click. O produto é indicado para modelos: DB 05, DB 05 S, GT, Color, MX 4x1 S, MC 01.

www.mogami.com.br Os cabos Snake são utilizados para múltiplos sinais de áudio, a partir de um número de microfones, aplicações profissionais típicas que incluem gravação de áudio, sonorização, performances ao vivo e radiodifusão. Anos de pesquisa em transferência de sinal de baixa perda é um dos motivos para que os cabos Mogami sejam utilizados nos melhores estúdios e equipamentos de gravação.


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...com Windows 10 A PreSonus confirmou que todos os seus atuais softwares que se encontram no mercado serão compatíveis com o Windows 10, incluindo as versões de 64-bit e 32-bit. Isso inclui o Studio One 3, Notion 5, StudioLive Al

mixers e a interface AudioBox. Para a lista completa dos produtos e versões de firmware da PreSonus e confirmar a compatibilidade com o Windows 10, acesse http://support.presonus.com/ entries/70540420-PreSonus-Windows10-Compatibility-Statement.

Rio Music Buzz 2015 está com inscrições abertas As inscrições para a terceira edição do Rio Music Buzz, que será realizado entre os dias 14 e 16 de setembro, no Centro Cultural Light, no Rio de Janeiro, já estão abertas. Para participar do evento internacional da indústria da música, o interessado pode escolher entre três modalidades de ingressos. O Passaporte RMB custa R$ 145 e dá direito a participar de todas as salas do evento, incluindo palestras e debates,

cursos, rodadas de negócios, showcases e happy-hour, além do direito de usar o escritório remoto. O Palestras RMB, que está à venda por R$ 90, dá direito ao participante de assistir palestras, debates, showcases e happy-hour, e o Master Class RMB, que também custa R$ 90, permite a presença em cursos, showcases e happy-hour. O endereço para inscrições é https://eventioz.com.br/e/ rio-music-buzz-2015.

Parceria renovada

RELEITURA INTIMISTA NO SERTANEJO A cantora sertaneja Tuta Guedes lança clipe com os clássicos românticos Ausência (Chrystian/Ralf) e Bijuteria (Chico Roque/Carlos Colla), gravados pela dupla Chrystian & Ralf. O vídeo faz parte do projeto paralelo da cantora, chamado O Motivo é Cantar, um projeto que mostra Tuta de uma forma mais crua e simples, sem edição, cantando apenas com a alma. Para este vídeo, com proposta mais intimista, Tuta quis que fosse criada uma ambientação mais aconchegante em que o romantismo ficasse em evidência, onde apenas o som de piano e sua voz tomassem conta do momento.

Foto: Divulgação

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PRESONUS CONFIRMA COMPATIBILIDADE...

entre CAEM e Yamaha

DEXTER E ED MOTTA EM NOVO CD

Nos dias 01 e 02 de agosto, foi realizada a segunda edição do Congresso Nacional das Escolas de Música, em São Paulo. O evento, um dos mais importantes encontros nacionais do mercado de escolas de música é organizado pelo CAEM (Central de Apoio às Escolas de Música),e reuniu centenas de profissionais ávidos por conhecimento, novidades e networking. “Nosso objetivo principal é profissionalizar o mercado musical brasileiro, levando motivação, crescimento, transformação e atualização a todos”, explicou Valéria Forte, Diretora Executiva do CAEM. Como empresa consciente de seu papel mercadológico, social e educacional, a Yamaha Musical do Brasil, mais uma vez esteve presente, apoiando a iniciativa. A Yama-

O rapper Dexter começa a gravar o seu novo álbum e conta com a participação especial de Ed Motta no single Essa é pra você. O cantor conhecia o trabalho do Dexter e tinha gostado muito da primeira parte da referida canção, que estava no DVD – Dexter e Convidados. Daí a convidá-lo a participar do novo CD do rapper, no qual essa música é apresentada na sua totalidade, foi um pulo.

ha ofereceu alguns dos workshops de formação para os participantes, por meio do programa Sopro Novo – uma das maiores iniciativas de educação musical gerido pela iniciativa privada do Brasil. Um deles foi ministrado por Nelson Bonfim, especialista de produtos da Yamaha, que explicou sobre como as aulas de música podem ser otimizadas com o teclado PSR-E353. Já o especialista de produto da multinacional japonesa, Lucas Prado trouxe para os participantes todas as novidades de áudio do mercado, com ênfase na série AG de mixers digitais, que pode ser usada no ambiente educacional. Para completar, o especialista em cordas Pedro Lobão deu um show usando o amplificador THR como ferramenta de estudo, prática e gravação em casa.


JOÃO AMÉRICO TEM NOVA EMPRESA Depois de vender sua empresa, a João Américo Sonorizações, o engenheiro partiu para nova empreitada e apresentou a sua nova empresa, a AED, de projeto de caixas acústicas de alta qualidade. Os primeiros produtos da empresa foram um sucesso tão grande que a compania recebeu um convite da Quanta Live para desenvolver um projeto mais popular, no entanto, com a qualidade e sonoridade do sistema 206. Desse convite nasceu a TECAUDIO e o line array 1626, uma caixa de três vias totalmente cornetada que alia alta qualidade a um preço justo. O modelo 1626 está equipado com 2 woofers de 6 polegadas, 1 midrange de 6 polegadas e 2 drives com garganta de 1 polegada e diafragma de 1.7 polegadas, acoplados a 1 corneta guia de ondas. O alto-falante midrange está acoplado a uma corneta frontal e os 2 falantes de graves estão acoplados a 2 cornetas dobradas. A caixa segue a filosofia de simetria axial para todos os seus componentes e o resultado disto é a impressão de que todas as frequências saem de um único ponto, uma grande vantagem tendo em vista que o usuário não precisa se preocupar em separar as caixas L e R na hora da montagem. A filosofia de projeto e construção é a mesma da AED, ou seja, a ideia foi resolver acusticamente todos os problemas da caixa em sua fase de projeto usando o processamento eletrônico em última instância e fazer pequenas intervenções. Um detalhe que mostra o cuidado com o produto são suas ferragens de içamento que ficam embutidas para evitar que os pinos sejam danificados e também não avariem outros equipamentos. O complemento do sistema, o Sub 1500s também chama atenção pela sua construção compacta que contrasta com seu resultado acústico com um subwoofer de 15 polegadas que suporta 1200W RMS, além do uso de corneta dobrada fazendo com que a resposta da caixa pequena em tamanho impressione, possuindo um timbre e um ganho acústico interessante.

1626 – Line Array (Especificações Técnicas) Potencia: 650W / Sensibilidade: 105 db Resposta de Frequencia: 80Hz a 20kHz SPL Max: 125 dB / SPL Max Pico: 131 dB Cobertura Horizontal: 90 Graus Cobertura Vertical por Caixa: 16 Graus Acabamento: Tinta PU Texturizada / Tela Frontal com Tecido Dimensões: 60 cm x 26 cm x 57 cm Conectores: 02 Speakon / Peso: 30 kg 1500s – Subwoofer (Especificações Técnicas) Potencia: 1200 W / Sensibilidade: 102 db Resposta de Frequência: 35Hz a 320kHz +/- 10dB SPL Max: 132 dB / SPL Max Pico: 138 dB Acabamento: Tinta PU Texturizada / Tela Frontal com Tecido Dimensões: 60 cm x 49 cm x 100 cm Conectores: 02 Speakon / Peso: 50 kg

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PROSHOWS INOVA COM PLATAFORMA VIRTUAL...

...para lojistas criarem suas próprias lojas online A ProShows acaba de lançar o Partner Place, um programa voltado aos varejistas de áudio, iluminação e instrumentos musicais. O Partner Place é uma plataforma de comércio virtual desenvolvida pela ProShows para os seus parceiros lojistas que desejam iniciar ou expandir as suas vendas pela internet. Embora a ProShows não venda pela internet, a partir de agora os seus lojistas parceiros poderão valer-

se de toda a estrutura da empresa para vender eles próprios usando este método virtual. Os lojistas clientes da ProShows poderão criar a sua própria loja virtual, em uma base já totalmente desenvolvida pela importadora, contando com mais de três mil produtos diretamente do Centro de Distribuição da importadora. Ao utilizar esta plataforma de comércio virtual disponibilizada pela ProShows, não é necessário preocupar-se com administração de estoques, capital de giro, logística, substituições tributárias, assistência técnica, dentre outros detalhes operacionais. A loja virtual pode ser customizada pelo lojista cliente ProShows e nela, o comerciante conseguirá colocar seu logotipo, layout, cores, escolher o mix de produtos que venderá e estabelecer seus preços. Mais informações sobre o Partner Place, acesse o site: www.partnerplace.com.br

ALLEN&HEATH EM PEQUIM

O sistema digital da Allen&Heath GLD foi instalado recentemente no mais novo prédio Oriental Media Centre, em Pequim, na China. O local fica no centro de negócios e o arranha-céu abriga escritórios para as companhias de mídia, além de ter sido projetado também para receber eventos, conferências e até apresentações ao vivo. O teatro por exemplo pode ser configurado de acordo com o evento que receberá. Por isso, a ideia de instalar um sistema de áudio que fosse compatível com as necessidades do local. No coração do sistema de sonorização, uma GLD-80, acompanhada de um AR412 posicionado no palco, mais um Symetrix SymNet Solus 8, empregado como processador de áudio. Mais informações: www.allen-heath.com

PERCUSSION SHOW Entre os dias 6 e 9 de agosto, a Fundação Bienal de São Paulo recebeu o Percussion Show - evento de cultura e negócios voltado para o universo da bateria e percussão. Durante os quatro dias, mais de 10 mil pessoas, entre bateristas profissionais, amantes da música, entusiastas, fabricantes e lojistas passaram por lá e tiveram a oportunidade de conferir uma extensa programação. Dentre elas, grande exibição de produtos, exposição da fotógrafa Mila Maluhy, pocket shows, sessões de autógrafos e eventos externos com grupos de percussão de diversos gêneros. Segundo Andre Jung, coordenador do Percussion Show, baterista e ex-integrante das bandas Ira! e Titãs o Percussion Show mostrou a força da sinergia entre a cadeia produtiva da música e o poder público. A baterista Lilian Carmona, reconhecida como a primeira mulher baterista profissional do Brasil, foi homenageada no primeiro dia do evento, que também teve homenagem ao projeto Alma de Batera, criado com o objetivo de incentivar a inclusão social de pessoas com deficiência por meio do contato com a bateria, e a Fundação Cafu. Uma grande exibição de instrumentos e acessórios de percussão foi realizada no lounge do Pavilhão Ciccillo Matarazzo do prédio da Bienal. Foram mais de 500 itens, entre os quais equipamentos de ponta para uso em percussão popular (congas, bongos, timbales), percussão marcial (bumbos, tenors e caixas), percussão sinfônica (tímpanos, marimbas, caixas), baterias espetaculares, pratos e acessórios (peles, baquetas, ferragens) de grandes marcas nacionais e internacionais. No Anfiteatro, do Pavilhão Ciccillo Matarazzo, ocorreram pocket shows e performances de bateristas consagrados, como: Alexandre Aposan (ex-integrante Oficina G3), Bruno Valverde (Angra), Cuca Teixeira (bandas Maria Rita, Paula Lima e Neural Code), Ivan Busic (trio Dr.Sin), Rodrigo Oliveira (Korzus), Vera Figueiredo (banda Altas Horas/TV Globo), Carlos Bala, Claudio Infante, entre outros. Os artistas se revezaram em apresentações, sempre nos horários abertos ao público.


ECAD CONTRATA MICROSOFT A Brasoftware acaba de fechar um contrato com o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) para realizar a primeira implementação do Microsoft StorSimple na América Latina. O Ecad, que atua na centralização de arrecadação e distribuição dos direitos autorais de execução pública musical, investiu R$ 200 mil dólares na plataforma Microsoft Azure, para suportar o projeto. Diariamente, o Escritório tem a necessidade de gravar programas de rádio e TV, filmes, som ambiente em academia etc a fim de verificar se os direitos autorais em relação à música estão sendo respeitados. Marcos Eboli, Gerente de Qualidade de Serviços de TI do Ecad, explica que, com esse projeto, o Ecad espera aprimo-

rar os seus serviços, que nos últimos cinco anos aumentaram em 182% a arrecadação dos direitos autorais. Eboli contou com apoio do coordenador de suporte e telecom, Orlando Neto em todas as fases de avaliação técnica. Há alguns anos, uma parceria com a PUCRio permitiu o desenvolvimento de um sistema que faz a identificação automática das músicas executadas em 600 rádios nacionais. Essas gravações em áudio eram arquivadas no data center do Ecad, no entanto, o backup interno estava se tornando com alto custo e sem agilidade para armazenar e recuperar informações, especialmente quando o sistema passou a atender também as necessidades relacionadas ao conteúdo dos canais de TV.

PALCO SUNSET

Alcione, Buchecha, Davi Moraes, Fernanda Abreu, Gabriel O Pensador, Léo Jaime, Maria Rita, Roberta Sá e Wilson Simoninha no mesmo palco, acompanhados por uma big band. Esses são os nomes que vão se apresentar durante show de encerramento do Palco Sunset, no dia 27 de setembro, na sexta edição brasileira do Rock in Rio. O palco, famoso por realizar encontros inusitados, vai reunir chorinho, samba, hip hop, rock, pop, funk e MPB, em um show que celebra os 450 anos do Rio de Janeiro. No repertório, canções que retratam a história da Cidade Maravilhosa e mostram o suingue do carioca. A banda será completa com 12

metais (saxofone, sax, trompete e trombone), com arranjos de Jessé Sadock -, além de baixo, bateria, guitarra, percussão. Configuradas com o repertório, a cenografia será com imagens do fotógrafo Marcos Hermes, que serão exibidas nos três telões do palco. São imagens que retratam o Rio de Janeiro em sua pluralidade, da zona sul à zona norte, mostram o carioca, através de retratos humanizados, e apresentam símbolos bem característicos da cidade - o biscoito Globo, o mate de galão da praia, as pessoas pegando o trem na Central do Brasil, a orla carioca, da zona sul à zona oeste, e o Rio da zona norte e do subúrbio.

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GUSTAVO VICTORINO | www.backstage.com.br 26

que os fatos facilmente derrubaram ao longo do tempo. Em realidade o público sulista consome as mesmas porcarias que o restante do Brasil. O resto é lenda.

NOVIDADE BEM EQUIPADA

TEMPOS BICUDOS

O respeito às patentes nunca foi o forte dos chineses, mas o ingresso do país na OMC prometia mudar isso a curto prazo. Ficou na promessa. Marcas mundiais montadas naquele país chegam a ser pirateadas pelos próprios fabricantes do produto original tornando cada vez mais difícil a identificação da sacanagem. Com componentes de qualidade inferior e sem o valor agregado da marca, algumas falsificações chegam ao mercado por até um terço do preço do produto original.

No fechamento dessa edição, a cotação do dólar oficial (e sempre virtual) passava dos R$ 3,60, mas já comercializado a 4 por 1 no balcão das maiores casas de câmbio do centro do país. Mesmo suportando os desmandos e as lambanças com a nossa economia, tudo patrocinado pela ideologia bolivariana e populista do desorientado governo brasileiro, o mercado sempre encontrou saída para se manter aquecido e funcionando normalmente. Mas quando a crise chega na cotação da moeda referencial do planeta, nem mesmo os mais talentosos executivos conseguem evitar um sobressalto. O dólar baliza tudo no segmento, inclusive componentes para a indústria nacional e essa realidade não pode ser ignorada. Fico com a sensação de que agora os tempos difíceis vão definitivamente ficar bicudos.

CHINESES A Expomusic 2015 deve registrar uma presença recorde de delegações estrangeiras. E como previsto, o predomínio chinês será absoluto. Algo me diz que vem coisa por aí...

INTELECTUALIDADE O cancelamento de um dos shows do Lobão no RS por baixa procura pelos ingressos joga por terra uma lenda que sempre atribuiu aos gaúchos um protagonismo intelectual e uma sensibilidade musical acima da média brasileira. Tudo fruto de um conceito distorcido e

As novas caixas lançadas pela Borne virão equipadas com os alto-falantes da JBL, além do driver de titânio da mesma marca. O produto terá sistema fly e limiter processado, com opções de falantes de 10” 12” 15” e 18” em colunas ativas e passivas, além dos subgraves. Completando as novidades, vem aí também um novo modelo de receiver, o RC6000 com 120W RMS, Bluetooth, USB e FM. A Borne parece manter a máxima de que a qualidade final de um produto começa exatamente na qualidade dos seus componentes.

MÚSICA & BUSINESS O 10 Fórum de Negócios do Mercado da Música que acontece nos dias 16 e 17 de setembro em SP terá uma estelar concentração de executivos e profissionais do mercado palestrando e avaliando o momento econômico e suas perspectivas. O evento acontece paralelamente à Expomusic e por conta disso promete uma frequência excepcional. Mais informações e inscrições no site http://forum.musicaemercado.org/ onde a agenda do evento e o perfil dos palestrantes está à disposição dos interessados. Atendendo ao gentil convite do Daniel Neves, da Música & Mercado, mediarei dois debates a partir das 14 horas do dia 16, quarta feira.

TALENTO EXPORTAÇÃO A incapacidade da mídia brasileira em descobrir talentos e a eles dar o merecido espaço é constrangedora. Enquanto a mediocridade é exibida à exaustão, pedras preciosas ficam no anonimato e acabam descobertas e virando sucesso fora do nosso país. A niteroiense Gabriela Melim é um dos típicos exemplos disso. Além de belos trabalhos que mostram uma voz suave e envolvente, a artista compõe e exibe uma versatilidade que impressionou alguns produtores euro-


GUSTAVO VICTORINO | VICTORINO@BACKSTAGE.COM.BR peus que a levam regularmente para gravar comerciais e trilhas em várias línguas numa clara demonstração de preparo e competência da artista. Completa em todos os sentidos, Gabriela não se prende a estilos e faz a legitima música brasileira com uma sensibilidade e talento comoventes. Não bastasse isso, a menina é linda de morrer...

CELULARES A guerra está travada e promete uma boa discussão. Muitos artistas não aceitam que suas apresentações fechadas sejam filmadas ou fotografadas por celulares. Por aqui muita gente já teve piti por causa disso e mesmo renomados artistas internacionais não se escusam em pagar geral para a plateia que insiste em fotografar ou filmar seus shows mais intimistas. Nos EUA o tema foi parar nos tribunais por conta da expulsão de espectadores das salas de espetáculos. Mas afinal quem paga (e muitas vezes bem caro) o ingresso tem ou não o direito de usufruir do espetáculo, desde que não atrapalhe a apresentação? Especialistas em direito do consumidor dizem que sim, especialistas em direitos conexos e propriedade intelectual dizem que não. Enquanto não se legisla ou se forma jurisprudência por aqui, a coisa vai provocar encrenca mais cedo ou mais tarde. Nos EUA a lei é clara e solucionou de forma salomônica a situação. A proibição de filmar ou fotografar tem que ser bem expressa e clara ao consumidor antes da compra do ingresso. Ao aceitar tal condição, ele se sujeita à limitação. Na omissão disso, não adianta ter chilique na hora porque o direito de “consumir” o espetáculo prevê também seu registro informal.

CREDIBILIDADE Enquanto uma revista chegou a escolher o Chimbinha como um dos

maiores guitarristas do Brasil, uma outra vem com a tese de que o bom grupo brasiliense Natiruts é o terceiro colocado entre os artistas brasileiros mais ouvidos no exterior. E depois ainda querem ser levados a sério...

GRINGO NO SAMBA O cineasta francês George Gachot é um apaixonado pela música brasileira. Depois de dirigir dois filmes com Maria Bethânia (Música é Perfume) e Nana Caymmi (Rio Sonata), o diretor fecha o foco no seu terceiro trabalho e chega ao samba na sua figura mais expressiva, o genial Martinho da Vila. Fugindo do estereótipo biográfico, George prioriza na sua nova produção a poesia subliminar e envolvente do mais icônico dos ritmos brasileiros. Samba é um filme lindo e surpreendente e ensina a entender a forma orgânica e visceral do ritmo mais popular do nosso país.

RIO DAS OSTRAS JAZZ & BLUES 2015 A 13a edição do maior festival do gênero na América latina e um dos maiores do mundo no segmento foi carregada de emoção e comemoração. Sem os recursos da prefeitura e diante de uma crise que reduziu verbas publicitárias e promocionais em todo o país, o produtor Stenio Mattos teve colocada à prova a sua incrível capacidade de mobilizar pessoas e tornar realidade coisas impensáveis para meros mortais. O irrequieto executivo conseguiu realizar o evento com o mesmo brilhantismo de todos os anos e ainda ver o seu talento, esse ano testado ao limite, ser reconhecido pelo público. Peço perdão aos maravilhosos artistas da edição 2015 do festival, mas o grande show desse ano foi dado nos bastidores por Stenio Matos. Mais de 15 mi pessoas avalizaram isso aplaudindo as

palavras emocionadas do produtor no final do evento. Ponto para a competência e o talento...

PARCERIA A Vallourec, uma das maiores indústrias de soluções tubulares do mundo foi decisiva para a realização do Rio das Ostras Jazz & Blues desse ano. Adotando uma política digna de aplausos a empresa apostou na cultura e num evento que transcende as fronteiras brasileiras e é reconhecido no mundo inteiro por sua importância no segmento. Tal qual a marca Vallourec.

DINAMITE Ao longo dos 13 anos do Festival, poucas foram as unanimidades na hora de apontar o melhor show. Em 2015, no entanto, os profissionais presentes em Rio das Ostras não tiveram muita dificuldade para a escolha. Com pouco mais de um metro e meio de estatura, a pequena Carolyn Wonderland é pura dinamite no palco. A guitarrista texana mostrou porque é impossível ouvi-la e não lembrar a inesquecível Janis Joplin. Misturando blues, rock e folk, a ruivinha deixou todos vidrados com a sua performance. Apesar dos shows espetaculares dos ingleses da Incognito, do super guitarrista Robben Ford e do mega baterista Omar Hakim, a baixinha incendiária do Texas foi o show do ano.

ORGULHO Ser a “voz” do Rio das Ostras Jazz & Blues é motivo de orgulho e uma honra que vou guardar para sempre em meu coração. Convocado pelos amigos Stenio Mattos e Big Joe Manfra tive o privilégio de emprestar minha voz na apresentação do evento. E um dia quero isso na minha história, afinal quem pode dizer que apresentou um dos quatro maiores festivais de jazz e blues do mundo? Grato eternamente, amigos...

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Profissões do

‘backstage’ A N D R E “ S I LV I N H O ” C O L L I N G TÉCNICO Nesta série de entrevistas, a ideia é alargar o conceito de backstage e sair dos bastidores dos shows, mostrando profissionais que atuam nas produções, sejam eles de áudio, iluminação ou mesmo funções que nunca imaginamos mas que direta ou indiretamente estão ligados ao dia a dia do entretenimento. Nesta edição, a profissão do dia é a de técnico de monitor e o entrevistado é o Andre “Silvinho” Colling.

DE

MONITOR

redacao@backstage.com.br Fotos: Arquivo Pessoal / Divulgação

A

ndré Colling, fale um pouco da sua formação, quais cursos já fez? Eu sou formado na porta do caminhão, dentro do baú, quando iniciei fazia de tudo na locadora: carregava, montava, operava, desmontava e carregava e partia para a próxima cidade. Naquela época eram raros os lugares que tinham carregadores. Esta sim é a melhor escola de áudio que existe, onde você aprende como tudo funciona, monta e desmonta caixas, alto-falantes e drivers. Fiz alguns cursos, mas o principal foi o da Studer, em Zurich, em uma época que sonhava trabalhar em estúdio. Atualmente ajudei a organizar um curso, junto com o Eder Moura, de alinhamento e montagem de sistemas. Como você entrou no mercado do entretenimento? Trabalhava 6 dias por semana e tinha uma banda e ensaiava, alias só ensaiava e gastava dinheiro com os ensaios. Certo dia um amigo que tocava em outra banda que já fazia shows me convidou para trabalhar de roadie, fui e gostei, fiz outros shows gostei mais ainda, comecei a viajar e decidi largar o emprego. Fiz muitos shows e já cuidava do som, mas me sentia inseguro. Decidi trocar de

banda, pois a agenda da outra que me convidou estava melhor. Foi fazendo um show que os proprietários de uma locadora me chamaram pra trabalhar com eles, foi aí que tudo começou a engatinhar na minha longa vida no áudio. A função de técnico de monitor é múltipla por natureza, descreva o que faz um técnico de monitor e qual a sua rotina de trabalho? Eu sempre falo que o técnico de monitor é a parte mais importante de um espetáculo, muitos vão dizer que não, mas explico. O monitor é o setor mais crítico de um show, mais tenso e ao mesmo tempo a central do bem-estar do(a) artista. Se tudo estiver bem, o som como ele(a) quer, tudo no lugar, o show vai ser maravilhoso, sem problemas. Agora se não estiver confortável para o artista, consequentemente o show não vai ser tranquilo, e isto afeta diretamente em todos os setores do show. A rotina, no meu caso, é da seguinte forma: chego e vou ajudar a montar o sistema de monitor (viajamos com todo material de monitor). Na maioria das vezes o sistema já está montado pelo meu fiel parceiro de 15 anos, o Cardoso. Vou


Geralmente o técnico de monitor está tão acostumado a gerenciar crises que acaba sendo um caminho natural virar produtor. Você concorda com essa evolução natural? Sim, sempre estamos gerenciando e resolvendo os problemas, solucionando da melhor forma para que o espetáculo transcorra normalmente. Falo por mim, também sou produtor, pois precisava fazer algo fora do áudio e como sabia como funcionava tudo, fui para este lado, e faço muitos eventos onde trabalho como produtor.

checar tudo, todo técnico de monitor é meio neurótico quanto a detalhes, todos os cabos de AC, saídas da console, cabos de sinal dos monitores, dos in-ears, montar as antenas do jeito que gosto, etc. O próximo passo é checar a console se está em sync, checar patch. Feito isso é gerar noise para ver se está tudo chegando no seu devido lugar. O próximo passo é o RF, e checamos todos os sistemas para saber se todos in-ears estão com o RF ok. Sempre faço um double check neste item. O passo seguinte é o line check e depois é sound check. Finalizando aí vou fazer o alinha-

Na nossa vida sempre existem momentos em que “aquela pessoa” deu uma força essencial. Quem foi ou foram essas pessoas, e em quais momentos? Com certeza, algumas pessoas nos ajudaram e ajudam a crescer profissionalmente. Cako Bolsoni (in memorian) e Paulo Petzold, pela

e indicação que fez para eu trabalhar no Roberto Carlos (RC). Genival Barros, por sempre apoiar e acreditar que tudo pode melhorar, me dando total apoio em equipamentos e estrutura de trabalho no RC, além de ser um grande amigo e uma personalidade do áudio do Brasil, aprendi e aprendo muito com ele. Você é da geração que veio do analógico, então quais são as vantagens e desvantagens da era do digital? Sim, eram muitas Soundcrafts, Allen Heaths, Ramsas, Yamahas, Gambles, Midas muitos botões virados, muitos mapeamentos a caneta e papel. Quem é da época e participou de festivais sabe do que estou falando. Sem falar no som quente, cheio nos monitores, porque não tínhamos in-ears no começo. As consoles digitais vieram com força. Lembro de um festival que fiz em que tinha uma das primeiras PM1D, quando fui apresentado a ela. Pense em uma das primeiras consoles digitais: é esta nave, atual até hoje. No RC, no P.A, é usada uma PM1D atualmente. Acho que as consoles digitais vieram para conquistar o mercado, não desmerecendo as analógicas. Mas as empresas, artistas e os téc-

mento Monitor x P.A e, juntos, passamos a voz. Primeiro monitor, depois P.A, e juntos.

As consoles digitais vieram com força. Lembro de um festival que fiz em que tinha uma das primeiras PM1D, quando fui apresentado a ela. oportunidade que me deram em trabalhar no áudio. Alexandre Nogueira (Xandico), pelo convite

nicos precisavam deste upgrade. Hoje temos tudo em uma console, pegamos, por exemplo, uma pe-

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No RC não tenho problemas com volume final. Todos usam um volume normal, a mesa trabalha em 0db em quase todas as mixes. No bodypack, também normal, nunca passando de 2 horas. Os que ainda usam monitor sempre trabalhamos na passagem para que não fique alto, mas que fique com qualidade.

Andre Colling, Flavio Senna e Thiago Bona

Andre Colling e Wish Wadi

quena: você tem 32 canais, 16 out, efeitos, equalizadores, grava tudo, troca de cena por música, pode gravar os 16 ou 32, pode usar um roteador /wifi para usar com seu tablet ou celular na mão, vai até os músicos conversa, checa que precisa, ou ainda coloca tablet para cada músico operar sua mix. Você usa como quer esta plataforma, já nas análogas sem chance se não trouxer meio caminhão junto. Como surgiu o trabalho com o Roberto Carlos, e nos conte o processo para fazer com que Roberto deixasse de usar os monitores e migrasse para os fones? Surgiu a partir de um convite, e, de cara, já caí dentro do antigo estúdio da RCA em SP, onde Roberto estava ensaiando seu novo show. Tinha um equipamento montado com o set up de toda banda dele, e a console ficava virada de frente para o RC. Fui apresentado para a banda

Andre Colling e Genival

onde fui recebido de braços abertos e não me apresentaram a ele. Ele chegou, começou a cantar e pediu algo ao Genival, e eu fui na console ajustar, ele me olhou e continuou. Rolou uma sobras de alta, fui lá tirar, ele me olhava. Eu pensei: dancei. Depois do ensaio fui apresentado e no final de semana encaramos a estreia no teatro municipal. Eu pilotando uma RAMSA e depois, na sequência, três dias de ginásio Ibirapuera. Eu no monitor e Genival no P.A com uma Gamble. A migração nunca foi e não é fácil, foi aos poucos, mas hoje está muito bem adaptado.


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Foto: Marcos Padilha / Divulgação

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Ainda sobre o uso de fones, como você administra o volume final de cada músico, ou melhor, como você os conscientiza a usarem um volume que preserve a audição deles? No RC não tenho problemas com volume final. Todos usam um volume normal, a mesa trabalha em 0db em quase todas as mixes. No bodypack, também normal, nunca passando de 2 horas. Os que ainda usam monitor sempre trabalhamos na passagem para que não fique alto, mas que fique com qualidade. Mesmo com os PAs line array o monitor é um sistema que sofre influencia do PA, por isso a parceria entre os técnicos de PA e Monitor ser essencial. Qual a sua opinião sobre esse assunto? Bem colocado. O trabalho do técnico de monitor em parceria com o do PA é fundamental para se ter um bom resultado no som do monitor. No RC, eu e o Luizinho(P.A) trabalhamos juntos, checamos juntos e alinhamos a voz juntos, conversamos sobre a volta do PA ou do Sub, para que possamos chegar a um resultado que não atrapalhe o monitor e que não prejudique o P.A.

Isso é essencial para tudo transcorrer bem no show, porque aquela sobra de sub no palco ninguém merece. Quais as novas tecnologias, a seu ver, que surgiram para ajudar o dia a dia do técnico de monitor? Os App das consoles para tablets são um exemplo, você pode ter vários no palco com cada músico, isso facilita muito nossa vida e a deles. Sou fã do protocolo Dante, onde todos se enxergam. E não é à toa que várias marcas do mercado estão migrando para este protocolo. O Monitor é uma terra de estresse às vezes, mas também acontecem muitos fatos engraçados. Você tem alguma história para nos contar? Engraçados e tristes também. Já me aconteceu de usar uma Heritage e uma das duas fontes desligar. Pensei: tranquilo, tenho a outra. Não deu duas músicas e a outra parou também. Pior é a sensação de você ver e ouvir que o resto todo estava tudo normal, P.A funcionando, backline… e você desesperado tentando achar o problema. Um fato engraçado foi uma vez em que eu estava trabalhando para uma locadora e estávamos fazendo um show de Tango, com amigos portenhos. Estes ca-


My setup

ras ensaiaram a noite anterior toda, entramos madrugada a dentro até raiar o sol. Pense em um cara chato, era o cantor, reclamava de tudo, e perturbava. No dia do show, não sei o que aconteceu, mas o cantor sem olhar enfiou o pé em um monitor de frente, o pé dele rasgou o tecido, e entrou alto-falante adentro. O cara capotou junto com o monitor e foi tombando até os pés da primeira mesa do público. Foi hilário. Um fato para quase todos que fazem monitor é que os músicos em sua maioria não sabem dizer o que querem ou quais problemas estão em suas vias. Com isso colecionamos pérolas do tipo: Me dá mais estéreo, coloca mais peso. Diga-nos as suas favoritas? Há muitos anos em um festival, o cara olha e me diz: dá para purificar o violino!? Não poderia perder a chance e disse: Só se chamar um padre e benzer. Já ouvi: dá para deixar distorcido, está muito hi-fi, não está como estou acostumado! Depois fui entender, quando fui na casa de ensaios deste grupo.

Fairchild Abbey

Alguns eventos marcam a nossa carreira quase como um divisor de águas. Conte-nos quais foram eles em sua carreira? Foram vários: 1992 - SP/RJ Guns and Roses - fazendo a banda de abertura com toda aquela es-

Pense em um cara chato, era o cantor, reclamava de tudo, e perturbava. No dia do show, não sei o que aconteceu, mas o cantor sem olhar enfiou o pé em um monitor de frente, o pé dele rasgou o tecido, e entrou altofalante adentro.

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Jerusalem

Plug ins Abbey

trutura (eu monitor e Roberto Marques no P.A). 1994 - Primeira tour internacional Argentina e México. 1994/95/96 - Gravações e mixes em estúdio nos EUA. 2006 - RC ganhou o Grammy Latino e

eu fui um dos engenheiros de gravação. 2009 - Projeto Elas cantam Roberto. Pense em trabalho, 46 mixes, foi pegado, montamos e ensaiamos tudo em um dia. 2014 - RC tour, dois meses seguidos no exterior. 2015 - Gravei todo o áudio e este áudio tocou com o RC cantando no show dos 50 anos da Globo. 2015 - Gravei todo o áudio, que tocou com RC cantando no Latin Grammy Awards, em Miami, ao vivo para mais de 100 países. 2015 - Ensaiamos durante 15 dias em Miami com RC e músicos da Shakira, e ensaiamos e gravamos por uma semana no Abbey Road estúdios em Londres, onde tive o prazer de conhecer e trabalhar junto com Wish Wadi (Madonna, Rihanna e há 17 anos com Sting), Gustavo Borner, que tem nada mais nada menos que 14 premiações de Grammy & Latin Grammy. Um projeto que sai ainda este ano, com RC cantando em português e espanhol. Um projeto que fiquei muito


“ Radio City Music Hall

feliz de participar e conhecer o estúdio Abbey Road. Você lá não tem estas marcas mais novas de prés e compressores e eqs, tem uns “plug-ins” bem interessantes para usar. Por exemplo, um Fairchild que cada módulo pesa 20kg e custa uma fortuna, quando se acha para comprar. Foi uma experiência fantástica! Qual conselho você daria aos leitores que queiram seguir a carreira como técnico de monitor? Você que quer mesmo ser um técnico de monitor, deve ser louco! Brincadeiras a parte, precisa ser ágil, conhecer o sistema que usa, saber como está ligado todo sistema, dominar a console que está usando, porque vai precisar e muito saber todos os atalhos. Ser uma pessoa calma. Porque roadie, músicos e artistas vão te pedir tudo ao mesmo tempo, cabe a você decidir a prioridade. O que falta ainda a você para que se torne um profissional ainda melhor? Sempre falta, sempre procuramos fazer o

melhor, nos dedicamos para que tudo no show transcorra da melhor forma possível. Quem é técnico de monitor sabe o árduo trabalho que temos em todos os shows. Acho que aprender, estudar nunca está descartado. Devemos sempre nos reciclar, tirar os velhos vícios e nos aprimorarmos profissionalmente. Por isso, cursos, workshops sempre estão na pauta. Quais os seus planos para o futuro, onde pretende estar daqui a 10 anos, nos planos profissional e pessoal? No pessoal, é cuidar da educação do meu filho, seguir trabalhando, porque se aposentar está fora dos planos nos dias de hoje. No profissional é se aperfeiçoar em algo ligado ao showbussines, porque é o que sei e gosto de fazer. Este espaço é de responsabilidade da Comunidade Gigplace. Envie críticas ou sugestões para contato@gigplace.com.br ou redacao@backstage.com.br. E visite o site: http://gigplace.com.br.

Um projeto que fiquei muito feliz de participar e conhecer o estúdio Abbey Road. Você lá não tem estas marcas mais novas de prés e compressores e eqs, tem uns “plug-ins” bem interessantes para usar. Por exemplo, um Fairchild que cada módulo pesa 20kg e custa uma fortuna, quando se acha para comprar.

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LEITURA DINÂMICA| www.backstage.com.br 36

Lançado no início de 2015 pela TOA, o HX-7 é um line array compacto de 2 vias com ângulo de dispersão variável. redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação

LINE ARRAY

HX-7 IDEAL PARA GINÁSIOS, AUDITÓRIOS E IGREJAS


O

modelo HX-7 veio para aumentar a série HX com uma configuração mais potente. Desenhado para atender os locais de médio porte, principalmente, como igrejas, auditórios e outros espaços destinados a performances, como ginásio e arenas, também adiciona performance real de line array para a sua já impressionante configuração de range. Uma das características é que o HX-7 utiliza a tecnologia de controle de ondas frontal, SYNC-Drive, perfeita para reprodução sonora clara em espaços com alto nível de reverberação e ruído, garantindo maior diretividade, cobertura e inteligibilidade inclusive para vozes e discursos.

Cada unidade HX-7 possui 4 módulos que podem ser angulados de 0 a 45 graus, permitindo ajuste preciso do ângulo de dispersão sonora. Outras unidades do HX-7 podem ainda ser verticalmente conectadas, aumentando a potência e a cobertura sonora. Como seu irmão menor, o HX-5, o modelo 7 oferece flexibilidade ainda não vista em modelos parecidos. A dispersão variável disponível no HX-7, juntamente com o guia de onda com a tecnologia SYNC-Drive utilizado em seu design de instalações, empregando quatro módulos por unidade, permite o ajuste preciso de ângulos de dispersão de som para 0 - 15-30 e 45 graus. O resultado é clareza sonora perfeita para uma ampla gama de aplicações, conferindo qualidade sonora e um excelente custo-benefício em relação ao desempenho. As partes de metal e toda a caixa que reveste o HX-7 são feitos de aço inoxidável, tornando o equipamento resistente a poeira. Também é compatível com o IPX4 (IEC60529) padrão de proteção contra umidade, podendo ser usado em ambientes abertos com cobertura parcial. Disponíveis nos modelos HX-7B, HX-7B-WP (weather proof), HX-7W, HX7W-WP (weather proof). Para completar, podem ser acoplados os subwoofers FB-150.

Características do produto •4 células com cada uma incorporando (2) drivers de 5" de baixa frequência •(1) Guia de ondas central e driver de compressão com saída de 1" •Ajuste de ângulo vertical flexível entre 0° e 45° (60° com segundo HX-7 e adaptador opcional) •Potência de 750W @ 8 Ohms. •Sensibilidade de 100dB (1W @ 1m). •Disponível nas cores preto e branco e na versão à prova d´água.

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REPORTAGEM| www.backstage.com.br 38 A grande vedete é a mesa S6L que foi considerada o maior lançamento da Avid durante a NAB. Já são 1.300 unidades encomendadas no mundo. A ideia é levar mais velocidade de trabalho ao usuário para que ele obtenha em menos tempo mais rentabilidade. redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação

AVID

LEVA NOVIDADES PARA A

SET 2015 E

sse ano, a Avid demonstrou em seu estande uma solução para mixagem em pós-produção, que é a mesa controladora S6L. O produto estreou em 2015, mas a Avid resolveu trazer novamente esse ano tanto para a AES quanto para a Expo SET, e disponibilizar demonstrações para o público. “Sempre participamos da antiga Broadcasting and Cable, porque esse mercado de broadcast utiliza bastante os nossos sistemas de mixagem e edição de

áudio, que é o Pro Tools HD, mesas para ao vivo e controladoras de mixagem”, fala Emerson. “Do ano passado pra cá essa mesa teve grande aceitação tanto de emissoras de TV quanto de estúdios, então a gente pensou que seria um produto importante para manter nas feiras”, acrescenta.

SOLUÇÕES E PRODUTOS Outra novidade da Avid para a SET EXPO 2015, foi a presença do especia-


lista em som ao vivo, Ricardo Mantini, que além de apresentar a Venue S6L, demonstrou o ProTools HDX junto com as interfaces da Avid, o mesmo sistema que é utilizado em grandes estúdios de pósprodução no mundo. Junto com a S6L os presentes também conheceram a nova versão 2.0 do software da console, que tem muitas funcionalidades novas, especialmente desenvolvidas para trabalhos de pósprodução. Além disso estamos lançando a versão 12.1 do Pro Tools que tem bastante novidades e está desenhado para facilitar o fluxo de trabalho dos usuários. Para fazer as demonstrações, foram colocadas duas bancadas no estande, uma com a S6L com o novo software 2.0, junto com o ProTools HDX e o 12.1. Na outra bancada, monitores e displays para videos e

outra mesa também Venue S6L, servindo para demonstração. “Dispomos de um hands on, além de demonstrações para grupos, técnicos de emissoras, que puderam fazer pequenos workshops ao vivo com cada especialista”, explicou Pepe. Além de levar produtos e soluções, esse ano a Avid levou o soundesign Martin Hernandez para uma palestra no dia 25, sobre desenho do som no cinema, que demonstrou como o profissional pode colocar a imaginação do diretor no áudio. Hernandez também atendeu às dúvidas dos usuários durante uma demonstração dos sistemas com a S6 no estande da Avid. Outro profissional convidado para dar suporte aos participantes foi Eduardo, especialista em pró-áudio, produtor, engenheiro de áudio e músico, além de ser experiente em pós-

produção e ter trabalhado como engenheiro de Ana Carolina, Ed Motta, Jquest. “Então são pessoas bem capacitadas onde se une a apresentação de um produto avançado com explicação mais adequada a cada público. Às vezes a pessoa vê um produto e acha impossível entender. O mesmo eu digo do Ricardo Mantini, que é o nosso especialista de som ao vivo, e pode falar tanto para o aluno até para o profissional”, ressalta Emerson.

PROFISSIONAIS DO MERCADO ...para o público “Sem dúvida, normalmente as pessoas acham que só os produtos é que fazem o trabalho final”, avalia Emerson. “Mas sabemos que não é só a ferramenta, precisa ter o cérebro, a cabeça pensante, os ouvidos,

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Todos vão ver que a nossa plataforma é trazer mais velocidade de trabalho ao usuário para que ele obtenha em menos tempo mais rentabilidade. Esse é o nosso lema. Nossa plataforma, a AVID Everywhere traz isso: equipamentos e softwares que deem mais vantagens aos usuários que ele consiga fazer coisas melhores em menos tempo e com maior rentabilidade

e o arcabouço de conhecimento em cinema. Então acreditamos em 100% dessa estratégia e que é importante trazer esses profissionais que trabalham no meio, na indústria, que trabalham com diretores, para passar a sua experiência, não só utilizar esse equipamento, mas a experiência artística”, completa.

MERCADO BRASILEIRO Um mercado dotado de bons engenheiros de áudio e mixagem de pós-produção e bons estúdios de pós-produção. Segundo Emerson os mesmos equipamentos usados aqui são os lá de fora, se for o mercado brasileiro for comparado com o dos EUA. A principal diferença é que a cultura de filmes produzidos no Brasil privilegia dramas e comédias, focando no diálogo, sem exigir grandes produções de áudio, mixagem e efeitos. “O que tem acontecido no nosso mercado é que as grandes produtoras, no caso estúdios de pós-produção de áudio

estão fazendo muita mixagem para série de TV fechada para HBO. Então 70% são séries e não filmes, por conta de Lei que exige que as TVs fechadas tenham 3 horas de programação nacional”, comenta Emerson. “Todos vão ver que a nossa plataforma é trazer mais velocidade de trabalho ao usuário para que ele obtenha em menos tempo mais rentabilidade. Esse é o nosso lema. Nossa plataforma, a AVID Everywhere traz isso: equipamentos e softwares que deem mais vantagens aos usuários que ele consiga fazer coisas melhores em menos tempo e com maior rentabilidade. Por exemplo, um cliente que levava 9 horas para mixar um trabalho, teve esse tempo diminuído para 7 horas, melhorando na velocidade e na qualidade. Os nossos equipamentos vêm para auxiliar, diminuir a distância hollywoodiana com nosso mercado. Um aluno pode aprender e mixar em um produto nosso facilmente”, explica Emerson.


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Foto: Anna Katharina Scheidegger / Divulgação

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Entre os dias 6 e 9 de agosto, o Rio de Janeiro sediou a nona edição do Live Cinema, festival de arte que apresenta performances audiovisuais ao vivo. O DJ, engenheiro e artista audiovisual alemão Robert Henke, criador do Ableton Live, foi um dos convidados do evento e falou à Backstage sobre aliar arte e engenharia. Miguel Sá redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação

ROBERT

H E N K E SINÔNIMO DE ARTE E ENGENHARIA

D

urante pouco mais de uma hora, no dia nove de agosto, os presentes na sala do antigo Cinema Odeon – hoje Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro – puderam presenciar a arte visual de Robert Henke, um dos principais criadores do Ableton Live. Músico, engenheiro e artista, Henke trabalha com música eletrônica desde o início dos anos 1990 e também é formado em ciência da computação e engenharia de som para cinema, e usa a técnica como parte integrante de seu trabalho.

ARTE E TÉCNICA Robert Henke nunca viu contradição entre a arte e a engenharia. “Eu sempre fui interessado em arte e quando eu era bem jovem descobri a música eletrônica. Para mim, que vim de uma família de engenheiros, a combinação de ciência da computação, engenharia de som e música era muito natural”, expõe o músico. Já em 1995, em parceria com o hoje CEO da Ableton Gerhard Behles, Henke fundou o projeto Monolake. O proje-


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nha em mente e, durante algum tempo, todas as que procurou o desencorajaram, até que acabou encontrando uma perto de casa, em Berlim: a Laser Animation Solinger. O engenheiro usa quatro aparelhos da empresa com softwares desenhados por ele mesmo. “O laser é uma mídia a qual posso trabalhar em um caminho similar ao que trabalho com som, e gosto de combinar os dois. Faço coisas com este laser que nor-

to se apoiava em um sequencer desenvolvido pelos dois e permitia performances de música eletrônica improvisadas em tempo real. Os improvisos eram feitos a partir de alterações sonoras e nos patterns usados. Depois, já nos anos 2000, Henke produziu os hardwares Monodeck I e II, que não foram colocados no mercado. Mas, não por acaso, o conceito do Monolake, inclusive no que diz respeito à possibilidade de improvisos e

O Pro Tools vem de uma ideia de substituir o tape. O Ableton está mais perto de uma ideia de sequenciadores passo a passo. (Henke)

na forma de trabalhar, foi transplantado para o Ableton Live. O Ableton é um software construído a partir de conceitos de compositor ou DJ, como explica Henke, comparando com o Pro Tools. “O Pro Tools vem de uma ideia de substituir o tape. O Ableton está mais perto de uma ideia de sequenciadores passo a passo. O Ableton live vem, na verdade, de uma ideia mais de criar música do que de gravar música. Pro Tools é muito mais para gravações e o Ableton live é para a criação”, resume.

LUMIERE II Foi a partir de uma instalação em um museu, chamada Fragile Territories, que Henke começou a trabalhar com lasers. Para isto, teve de enfrentar diversos desafios, começando pela capacidade técnica dos projetores. Ele queria ir além dos desenhos infantilizados ou dos túneis de luz presentes em algumas festas. O compositor passou um tempo procurando uma empresa que pudesse realizar o que ti-

malmente não se faz por aí. Não há software comercial que faça o que eu quero. Então eu faço meus próprios controles”, explica. A diferença básica entre o equipamento de Henke e os convencionais é a taxa de repetição do laser, permitindo maior precisão nos desenhos e na sincronia entre som e luz. Os espelhos que direcionam o feixe tem 5 milímetros de comprimento e 4 milímetros de largura para que possam se deslocar muitas vezes por segundo. Evidentemente, para gerenciar o som Robert Henke usa o Ableton Live com alguns implementos exclusivos. “Uso com alguns plug-ins projetados por mim com meus próprios sintetizadores, os quais eu uso apenas para o meu show Lumiere”, expõe.

TRABALHANDO LIMITAÇÕES Henke gosta de trabalhar as limitações do instrumento o qual usa e, ainda que tenha projetado um software para atingir determinados objetivos com as projeções a laser, há questões


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Para mim a parte difícil como artista é decidir quando eu paro de criar instrumentos. Porque como engenheiro eu posso sempre fazer updates, adicionar novas características e fazer o equipamento ficar sempre melhor, mas como músico eu preciso dizer: agora meu instrumento está finalizado e vou trabalhar com ele.

Movimento do laser deixa rastro na tela

que não podem ser superadas. Por exemplo, quando o laser se movimenta, este movimento fica “escrito” na tela. Então isto deve fazer parte da linguagem da arte feita com laser. “Para mim a parte difícil como artista é decidir quando eu paro de criar instrumentos. Porque como engenheiro eu posso sempre fazer updates,

adicionar novas características e fazer o equipamento ficar sempre melhor, mas como músico eu preciso dizer: agora meu instrumento está finalizado e vou trabalhar com ele. Preciso de muita disciplina para dizer “eu não vou programar mais, vou fazer alguma coisa com o meu programa. Imagine que você está tocando a gui-

Live Cinema A mostra Live Cinema teve a sua primeira edição em 2007, no mesmo cinema Odeon onde Robert Henke se apresentou nesta nona edição. A diretora e curadora Márcia Derrik, explica que basicamente o Live Cinema são performances audiovisuais em tempo real com a presença do artista. “Em cima disso tem uma variação enorme de práticas artísticas. Não entendemos o Live Cinema como uma substituição do cinema, e sim como uma continuidade de uma prática em que cinema, vanguarda e experimentalismo estão inseridos”, realça. Ela divide a direção do evento com Luis Duvas e conta que há três anos queria trazer Henke e, desta vez, coincidiram agenda e oportunidade. “Em função da presença dele, fazia mais sentido convidar outros artistas que trabalhavam também com cinema, por isso fomos atrás de cineastas que tinham a ideia de fazer o audiovisual ao

vivo”, comenta. As outras atrações foram Daniel Limaverde com Antônio Hofmeister, Simplício Neto e Emílio Domingos. Para o ano que vem os planos são ambiciosos. “Ao longo desse tempo, o site virou um banco de material, espero que ano que vem, na décima edição, consigamos publicar esse material na forma de livro e na forma de som, queremos que esse festival tenha também tenha o caráter de informação, deixando esse material mais perto do público”, ressalta. A produtora-executiva do evento, Mana Pontez, conta com uma equipe de cerca de seis pessoas que atuam da produção à divulgação, entre elas Flávio Pascarillo e Carlos Chueke na parte de palco e logística. “O Henk queria uma sala fechada, tipo uma câmara escura. Então voltamos ao Odeon, que hoje se chama Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro”, diz a produtora.


tarra e um dia tem cinco cordas, e no outro dia tem sete cordas. Você nunca vai aprender a tocar a guitarra se você sempre acrescentar cordas. Em algum momento terá que dizer: ‘eu tenho seis cordas, e vou tentar tocar com isso’”, determina.

O SOM Para a apresentação, Henke usa um sistema quadrafônico. “A ideia é que a maior parte do som venha da frente, criando uma sensação de pressão sonora constante. Mas também há delays e reverbs que estão na parte de trás, isso me permite criar a sensação de uma sala maior, me permite que tenha sons vindo de trás para a frente, e sou muito interessado no movimento do som. Mas para este projeto é bastante simples. É realmente apenas volume e pan. Mas há alguns loops com durações diferentes, em caixas dife-

rentes, que criam algumas mudanças ao longo do tempo. Idéias bastante simples, mas que criam resultados bastante complexos. O que eu sempre faço é que eu direciono o subwoofer separado. Então se eu quero menos frequências graves eu simplesmente mando menos para os subwoofers”, ressalta o artista. As ferramentas para criar o ambiente desejado pelo artista foram duas colunas com três caixas DV-Dosc para a plateia e duas colunas com quatro Kiva cada, como explica o diretor técnico Flávio Pascarillo. “O Robert é muito criterioso, procuramos atender cem por cento do rider dele. Fizemos três visitas técnicas para dimensionar o espaço e junto com a empresa Spetacle, achamos bom ter em cima o Kiva e embaixo ter mais pressão com o DV Dosc. Resolvemos rápido”, avalia. Pascarillo comenta ainda que o rider de Henke é bastante

detalhado. “Robert Henke pede uma planta do local da apresentação e, em cima desta planta, ele faz todos os cálculos. Então ele tem um rider geral e, para cada evento, tem um rider específico”, coloca Flávio, acrescentando que Henke também usou as caixas do surround do cinema.

Para saber online

http://livecinema.com.br/ http://roberthenke.com/ https://www.ableton.com/ http://roberthenke.com/technology/

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A quarta edição do Planeta Rock, realizado entre os dias 5 e 8 de agosto, em São José do Rio Preto, São Paulo, contou com a participação de 197 bandas inscritas, 30 selecionadas, e shows de encerramento de Pitty, Raimundos, Camisa de Vênus e Biquini Cavadão. O festival reuniu cerca de 50 mil pessoas durante os quatro dias de evento no Recinto de Exposições e teve como vencedoras duas bandas locais, nas categorias interpretação e composição. redacao@backstage.com.br Fotos: Ricardo Boni / Xavier Neto / Divulgação

UMA VITRINE U

ma vitrine para quem está começando. Essa pode ser a melhor definição do Festival Planeta Rock, que em sua quarta edição distribuiu prêmios de até R$ 4 mil para os vencedores. Realizado no Recinto de Exposições Alberto Bertelli Lucatto, as bandas inscritas representaram 12 estados brasileiros, mostrando que o fes-

tival já ultrapassou as barreiras do interior paulista, com a apresentação de bandas dos estados do Rio de Janeiro, Brasília e Ceará. André Fachinetti, diretor da Fama Produções Consultoria e diretor do Festival, afirma que a 4 a edição do Planeta Rock ganhou uma projeção em todo o Brasil, um objetivo inicial do projeto.


K C O R O A R A P Um exemplo foi a banda cearense Sóbrios & Ébrios, que percorreu quase 3 mil quilômetros para participar do concurso pela primeira vez com música autoral. Embora não tenha sido classificada para a final de sábado, a banda estava empolgada por estar entre as 30 finalistas. “Soubemos do festival

porque já é conhecido em todo o país, mas acredito que nem a produção saiba o quanto é conhecido. Todos nós já temos experiência em música e vamos tentar voltar no próximo ano”, afirmou Davi Silvino, guitarra e voz. A banda Dona Penha, do Rio de Janeiro, que ficou em terceiro lugar

na categoria autoral, contou com o apoio moral de outra banda carioca, a Canto Cego, que em 2014 ficou em 1o lugar nessa mesma categoria. “Ficamos sabendo do festival pela internet e me identifiquei com a proposta de dar oportunidade para quem está começando, mostrar músicas autorais para um

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Sonorização ficou sob responsabilidade da Dicksom Entretenimento

público muito bom. Nunca esperávamos nos apresentar em uma estrutura desse porte tão cedo. A banda tem cinco anos, então a gente conseguir ter acesso a artistas como Biquini Cavadão, Pitty e tocar para um público grande com estrutura de som e palco e de backstage é inacreditável, ficamos felizes e surpresos”, comentou Livia Moreira, vocalista da banda.

INCENTIVO E PATROCÍNIO Para Fachinetti, tanto patrocinadores quanto participantes e apoiadores já entenderam que o

Planeta é bom, no sentido de fomentar a cultura. “Eu sempre acredito que o Programa de Incentivo a Cultura do Estado de São Paulo, que é o ProAC, é um programa de excelência. Sabemos da dificuldade que o país passa hoje, e captar para o projeto não é fácil. Temos que ter uma boa apresentação e mostrar para o patrocinador que o projeto é bom, no entanto, precisávamos melhorar em alguns detalhes. E conseguimos ter êxito na realização desta edição. Tanto que foram os mesmos patrocinadores do ano passado”, explicou o diretor da Fama. Ainda segundo André, o Planeta Rock hoje, por estar na sua quarta edição, consegue abranger diversos patrocinadores. “Mas sabemos da responsabilidade de se criar um evento dessa natureza. Exitem os órgãos fiscalizadores, judiciário, polícia militar, defesa civil, corpo de bombeiros. A maior dificuldade hoje é passar para esses órgãos a importância e a documentação e isso fazemos muito bem. Tudo o que está aqui pronto tem autori-


riférico. Esta foi a maior doação em alimentos que a paróquia já recebeu. Então ficamos felizes, porque além de fomentar a cultura, o Planeta Rock faz responsabilidade social, o que é

rias na logística, como explica Vinícius Rocha, diretor de produção do Planeta Rock. “Mesmo antes do evento alteramos algumas coisas na parte de regulamento do

zação de todos os órgãos, então isso é uma dificuldade grande para realizar um evento hoje. Ficamos felizes porque o público está comparecendo em massa”, completa. Uma das vertentes do Planeta Rock é a responsabilidade social, já que a entrada para a pista é a doação de um quilo de alimento não perecível. Nesses três anos, o evento arrecadou cerca de 30 mil toneladas de alimentos. Somente nas duas primeiras noites da edição 2015, foram 9 toneladas de alimentos. “O Planeta Rock resgata diversas atividades no seu ramo de entretenimento, consegue reunir uma grande massa de público, fomenta a cultura nos seus mais variados estilos de rock, e cumpre seu papel social. Entre os shows da Pitty e dos Raimundos, arrecadamos 9 toneladas de alimentos, que foram para a Paróquia de Santa Edwiges, uma igreja em um bairro pe-

O Planeta Rock resgata diversas atividades no seu ramo de entretenimento, consegue reunir uma grande massa de público, fomenta a cultura (André) muito importante para o festival”, acrescenta Fachinetti.

A DIREÇÃO E A PRODUÇÃO Do ano anterior para esta edição, algumas mudanças foram necessá-

concurso, porque do primeiro ano pra cá vem mudando um pouco o perfil das bandas que participam do concurso”, diz, referindo-se à diferença entre os participantes da primeira e da quarta edição. “No

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Nesse ano, tivemos cerca de 70% das inscrições na categoria autoral. Das 197 bandas inscritas, tivemos apenas 25 de interpretação, e os demais todas de composição. Então o André está fazendo essa análise para ver se ainda existirá mais essa categoria na próxima edição, porque já que queremos fomentar

Monitor com Yamaha LS9

House mix: Yamaha PM5D e Venue SC48

Console Avolites para iluminação

primeiro festival, por exemplo, eram quase bandas de garagem da região, que juntavam a banda só para participar do festival. Agora as bandas já vem com trabalho, com discos, alguns até com produção pronta. E para padronizar e dar oportunidade para bandas que não têm esse recurso, colocamos o regulamento de uma forma, não engessada,

mas que ficasse mais criterioso para dar pé de igualdade para todos.Então o nível musical vem melhorando a cada ano. Principalmente na categoria autoral”, avalia Vinícius. Essa mudança de perfil pode ser a responsável por mais uma mudança no próximo ano. De acordo com o diretor de produção, é possível que o festival seja voltado apenas para uma categoria: a autoral. “Nesse ano, tivemos cerca de 70% das inscrições na categoria autoral. Das 197 bandas inscritas, tivemos apenas 25 de interpretação, e os demais todas de composição. Então o André está fazendo essa análise para ver se ainda existirá mais essa categoria na próxima edição, porque já que queremos fomentar, o pessoal está aí para produzir, gra-

Bandas vencedoras Maidden Hell Esse ano já é a terceira vez que participamos e a expectativa é de ser campeão. Todas as bandas são muito boas, com som muito bons e a gente vai dar o nosso melhor e torcer. A gente vem pra ganhar, mas só de estar aqui na final, já estamos muito felizes. Aqui não tem festival desse estilo rock and roll, é uma cidade em que predomina o sertanejo e quando existe essa oportunidade a gente tem que agarrar e mostrar que existem trabalhos muitos bons sendo feitos. O festival acaba sendo uma vitrine que a gente espera. E tem o antes e o depois do festival. A repercussão é muito grande e a gente sente que a maior divulgação é online. Como a gente tinha dito, amadurecemos muito desde o primeiro que a gente participou, viemos aqui, aplicamos e deu certo. Acho que os jurados foram muito justos, estão todos de parabéns, porque o nível das bandas foi altíssimo. A gente só tem a agradecer, o público respondeu. E agora que a gente ga-

nhou temos que partir para outra coisa, então estamos discutindo a possibilidade de fazer um som autoral, com música própria, como o pessoal da OUDN. OUDN Para gente é uma oportunidade única de se apresentar em um lugar que fornece condições para que a gente execute nosso trabalho de maneira impecável, perfeita. A gente está muito feliz de ter ganhado, mas a gente sempre frisa que música não é competição. A gente fica feliz pelo dinheiro, mas a gente deve a todas essas bandas que tocaram com a gente. A gente é um projeto recente que conseguiu. A banda tem 6 meses, um EP gravado, e nosso som também rola em umas rádios fora. Quem compõe as canções a parte instrumental é o Tiago e o Gustavo, com pitacos do Luiz e do Guilherme, eu faço a parte lírica. Luiz Furquim, baterista, Caio Pimentel, voz, Tiago Silva, guitarra, Gustavo Werneck, guitarra, Guilherme Prióll, baixo.


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fazer uma coisa bem “sincada” ano que vem, como tentar fazer a passagem de som dos concorrentes antes da banda de encerramento, coisa que eles ainda não têm, mas caminhando para o autoral já fica mais fácil”, fala Vinícius. De acordo com Vinícius, o tempo para cada banda fica em uma média

Iluminação também foi da Dicksom Entretenimento

var, então vamos fazer um festival da canção. Percebo também que hoje a grande pretensão do festival não é o primeiro ou segundo lugar, mas a divulgação. Hoje temos um grande número de inscrição do Rio de Janeiro, por exemplo, por causa do Canto Cego, que ganhou ano passado. Só ainda não conseguimos atingir a região Sul”, comenta.

NOVIDADES EM 2016 Basicamente, utilizamos o mesmo sistema de som. A locadora é a mesma, a Dicksom Entretenimentos, e esse ano tivemos painel de LED, onde aparece o nome das bandas. Estamos caminhando para

Bandas que participaram do concurso contaram com estrutura profissional com sistema Attack

down saiu da interpretação e foram para o autoral, porque viram o festival como uma porta para divulgar a música deles”, ressalta. “Para o ano que vem a gente está pensando em reformatar, avaliar a quantidade de dias e a categoria, para valorizar as bandas”, completa. Outra melhoria deverá ser no setor de logística, no que diz respeito ao receptivo das bandas. “Muitas bandas já nem acreditam quando chegam aqui, que vão ficar no mesmo hotel dos músicos e que vão tocar no mesmo palco do artista principal”, avalia Vinícius. “Apesar dessa crise conseguimos manter o festival, na data, porque tiveram vários festivais de música cancelados na região. Uma coisa muito importante para um festival, é manter a data, porque os artistas conseguem se programar. Também vamos trabalhar para dar uma infraestrutura maior para as bandas”, O 4º Planeta Rock é uma realização da Fama Produções e Consultoria, com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria

E as bandas da cidade não têm acesso a uma estrutura dessa, nem que seja uma vez por ano, mas tem banda que já está participando há quatro anos de 15 minutos, o mesmo do ano passado. “E as bandas da cidade não têm acesso a uma estrutura dessa, nem que seja uma vez por ano, mas tem banda que já está participando há quatro anos. Então já chega pronto, sabendo. Tanto que as bandas de Rio Preto na final não tinham tanto. Por exemplo, uma banda que está na final, a Shot-

do Estado da Cultura, por meio do ProAC ICMS – Programa de Ação Cultural, produção da Renova Projetos e Produções, com apoio cultural do Riopreto Shopping, Amplitude Net, BoniPeixe Comunicação, Canthus Viagens, Levity, Push Energy Drink, Diário da Região, CBN Rio Preto, Kboing, Marte Comunicação e Pixel Sites.


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ulgação es Martins / Div Crédito: Antar

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Em cinco anos de Brasil, a Harman hoje representa as maiores marcas dos mercados de áudio e iluminação. Com planos para continuar crescendo no país, a empresa tem como próximo passo expandir sua participação no mercado de iluminação arquitetural. Nesta entrevista exclusiva, Rodrigo Kniest, presidente da Harman no Brasil, fala sobre o mercado brasileiro, os novos equipamentos que a empresa apresentou recentemente ao mercado. redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação

HARMAN CINCO ANOS DE BRASIL A

Harman está fazendo cinco anos de Brasil. Quais foram as maiores conquistas no mercado brasileiro pela empresa durante esse tempo? Rodrigo Kniest - As maiores conquistas estão relacionadas à expansão dos nossos mercados de atuação e desen-

volvimento das marcas como JBL, AKG, Crown e Soundcraft, por exemplo, além de aumentar nossa presença junto aos lojistas. Conseguimos nos desenvolver e atuar em mercados novos, como de grandes instalações, por exemplo, e participamos de 8 dos 12 estádios da copa.


E quais foram os maiores desafios e as soluções? Queria que fizesse um balanço do mercado entre o período que a empresa chegou aqui ao Brasil e o atual momento. Os maiores desafios foram e estão relacionados à deterioração das condições econômicas do país, dentre elas o câmbio. Na época da aquisição o câmbio estava por volta de R$ 1,60, agora está mais do que o dobro. Nestes cinco anos as condições de crédito do mercado em geral pioraram e a concorrência desleal pela sonegação de impostos de nossos concorrentes aumentou pela diminuição de demanda no varejo, enquanto parte de nossos custos dobrou por conta do dólar. A solução nestes casos foi oferecer produtos diferenciados, de maior valor tecnológico agregado aos nossos clientes, para nos diferenciar da concorrência. Além disso aumentamos a quantidade de produtos desenvolvidos e montados em nossas fábricas em nova Santa Rita e Ma-

naus, visando minimizar a total dependência do custo em dólar. Qual os planos para a empresa para o mercado de iluminação brasileiro? Nossos planos envolvem o crescimento da participação de mercado no segmento Tour, ou seja, na venda para locadores de equipamentos para eventos de todos os portes, e a entrada no segmento de ilumina-

ção arquitetural, no qual a Martin já atua em diversos países, mas no Brasil ainda não. A linha de produtos está sendo estudada com técnicos de aplicação da Martin no Brasil e no exterior para definirmos um portfólio específico para iluminação de fachadas e ambientes internos de varejos, boates, shopping centers, igrejas e até mesmo de monumentos e prédios públicos.

Fachada da fábrica de Santa Rita

Fachada fábrica de Manaus

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Crédito: Pedro H. Tesch / Divulgação

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A empresa reconhece as dificuldades momentâneas do país, mas tem uma visão de longo prazo para seus negócios no Brasil. A empresa acredita na solidez das instituições, na força do mercado local e principalmente na habilidade dos seus gestores em desenvolver planos para enfrentar as dificuldades de mercado

Equipamentos de iluminação Harman no Festival Universo Alegria

Existem planos de investimento/aporte de capital, de quanto seria? A empresa recém finalizou a construção de uma fábrica em Manaus para atender o mercado eletrônico automotivo. Foram investidos mais de 100 milhões de reais numa operação de tecnologia de ponta para atender este mercado. Para o mercado de iluminação, quais seriam as novidades? Além da entrada no segmento arquitetural citado anteriormente que exigirá o acréscimo de uma série de novos produtos no portfólio da Martin no Brasil, lançamos recentemente quatro novos moving heads de alta tecnologia que estão tendo uma ótima aceitação de mercado: Mac Quantum Wash, MAC Viper Profile, Mac Viper Wash DX e MAC Viper AirFX. Qual a importância do mercado brasileiro para a empresa e para a América Latina? O mercado brasileiro foi e continua sendo vital para o desenvolvimento dos negócios da empresa na América do Sul. O Brasil é um país emergente, que consome muito áudio/luz, e a forte presença da Harman no país vai garantir que os negócios se desenvolvam a medida que estes mercados cresçam e se fortaleçam. Qual a posição do mercado brasileiro para a Harman no ranking mundial?

A Harman possui como muito bem definida a estratégia de atuação nos países do BRIC (Brasil, Rússia, India e China), e vêm atuando desta forma desde a aquisição da Selenium em 2010. A empresa continuará a investir forte para desenvolver seus negócios no Brasil. A atual situação econômica do país chegou a interferir nos planos da empresa? Como? Se não, por quê? Não. A empresa reconhece as dificuldades momentâneas do país, mas tem uma visão de longo prazo para seus negócios no Brasil. A empresa acredita na solidez das instituições, na força do mercado local e principalmente na habilidade dos seus gestores em desenvolver planos para enfrentar as dificuldades de mercado. O mercado brasileiro tanto no setor de áudio quanto no de iluminação se encontra bem mais desenvolvido comparado a 15 anos, por exemplo. No setor de iluminação ainda existem diferencias nos produtos oferecidos aos profissionais daqui e os do exterior? Por que existe essa diferença? No caso da Martin, não há diferença. Os produtos da Martin disponíveis no Brasil são exatamente os mesmos que estão disponíveis em qualquer outro país do Mundo. Todos são desenvolvidos pela Engenharia da Martin e fabricados nos forne-


cedores homologados pela Harman, seguindo rigorosos padrões de qualidade, desempenho e durabilidade. É certo que mercado de profissionais de iluminação se encontra mais profissional. A Harman vem investindo em treinamentos e capacitação, por exemplo? De que forma isso vem sendo feito? Sim, temos investido. Contamos com uma equipe de Promotores Técnicos especializados nas nossas diferentes linhas de produtos, os quais multiplicam o conhecimento técnico sobre nossos equipamentos Brasil afora. As entregas dos equipamentos mais complexos e de maior tecnologia, por exemplo, são acompanhadas de uma visita técnica, na qual o Promotor da Harman apresenta o produto para a equipe do cliente e faz treinamentos teóricos e práticos, para

que os profissionais da empresa que está adquirindo os equipamentos saibam operá-los com segurança nos mais diversos eventos. Além disso, investimos em treinamentos para lojistas e também treinamentos regionais, nos quais reunimos os técnicos de iluminação ou áudio de uma determinada localidade com o objetivo de instrui-los à respeito das melhores práticas na operação dos produtos da Harman. Este é um ponto importante e que deveremos intensificar nos próximos meses. Como parte da sua expansão no Brasil, a Martin está estruturando a entrada no mercado de iluminação arquitetural, com uma linha especifica de produtos. Já existe algum produto desenvolvido e qual seria ele? E qual a expectativa da empresa para esse

mercado de iluminação arquitetural no Brasil? Os produtos já existem, e fazem parte do portfólio global da Martin. Estamos em fase de estudo para definição do portfólio mais adequado para as necessidades do mercado arquitetural do Brasil, e isto está acontecendo de forma integrada entre a equipe da Martin no Brasil e no exterior. A nossa expectativa para esse mercado é grande, pois identificamos ótimas oportunidades no mercado para fazer a sinergia entre os projetos de áudio, vídeo, automação e iluminação para varejos, igrejas, shopping centers, estações de transporte e etc., uma vez que nosso portfólio conta com soluções para atender todas estas demandas, e a Harman é a única fornecedora do Brasil capaz de entregar este pacote de soluções integradas.

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REPORTAGEM| www.backstage.com.br


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FINALIZANDO PROJETOS INACABADOS Este mês li uma matéria sobre aqueles projetos que ficam inacabados em nossa base. Alguns nunca vão ser finalizados mesmo, outros já se encontram tão avançados que pode valer a pena terminar. Há vários níveis de complementação que podem ser necessárias para finalizar um projeto, mas, pensando de forma prática, a ideia já está lá e se for boa, melhor ainda. O Logic Pro X possui alguns recursos que podem ajudar naquelas situações que faltam pequenos ajustes ou retoques para liberar um material.

X

LOGIC PRO

DICAS PARA APROVEITAR SUAS IDEIAS ANTIGAS E TORN Á-L AS NOVAS

Vera Medina é produtora, cantora, compositora e professora de canto e produção de áudio

J

á falamos algumas vezes sobre organização de projetos, desde seu início. Ou seja, colocar os nomes corretos nas trilhas, grupos, auxiliares, utilizar o campo de anotações com dados que sejam relevantes (principalmente se você for ouvir o projeto depois de um longo tempo). Quando você precisar abrir um projeto antigo e, princi-

Figura 1

palmente, se ele estiver inacabado, a organização será fundamental. Portanto, a primeira dica ao revisitar um projeto é verificar se ele está organizado e familiarizar-se com a estrutura novamente. Caso não esteja organizado, é por aí que se começa. Identificação de tonalidade, bpm, instrumentos utilizados, tri-


lhas que são de áudio e MIDI. Agora podemos começar a brincar. Algumas dicas são úteis nestes casos de finalização de projetos antigos ou no próprio momento de composição. Então, vamos lá! Se você tiver trilhas de pads ou strings em MIDI, pianos e alguns instrumentos solo que necessitem de um acabamento ou “peso” final, temos algumas opções. A utilização de Track Stacks permite criar sons em camadas e gravar esta composição. Agora, se você produz alguns poucos estilos ou gêneros musicais o uso de Track Stacks é muito eficiente. Você pode usar as combinações existentes, fazer ajustes nesta e gravar com outra identificação ou criar Track Stacks específicos. Aí basta abrir uma trilha com aquele Track Stack com o som desejado e duplicar a região ou regiões da trilha existente. Ainda há a opção de utilizar as Track

Stacks existentes e fazer as alterações necessárias para o seu projeto. Se houver alteração nos parâmetros de região (Region Parameters), lembre-se de copiar a região MIDI para cada trilha que compõe a Track Stack, pois a configuração padrão dos parâmetros é MIDI Thru. Desta forma, qualquer alteração é aplicada a todas as trilhas da Track Stack. Trabalhar com Track Stacks agiliza muito o trabalho, portanto, tente se acostumar, pois com o tempo verá a eficiência.

Para gravar qualquer novo patch de uma Track Stack basta clicar no lado direito inferior na Library, dar Save e uma janela aparecerá para definir onde vai ser gravado o patch. Lembrando que um Track Stack de duas subtracks para ser gravado como patch deve ser construído como Summing Stack. (Track > Create New Track Stack > Summing Stack ou atalho Shift + Command + D). (Figura 1) Na figura 2 é possível ver que foi criado um novo patch chamado

Figura 2

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Nas trilhas que compõem um Track Stack é possível alterar parâmetros de região (Figura 3) para afetar todas as trilhas componentes, uma vez que a Região fica no modo MIDI Thru ou fazer alterações destes parâmetros em cada uma das trilhas

Rhodes Lounge, formado por duas trilhas de piano Rhodes. Ainda o patch fica salvo na Library de User Patches. Esse patch está sendo utilizado nesta música e agora quando eu for produzir algo no mesmo estilo, posso utilizá-lo para agilizar o trabalho (Figura 2). Nas trilhas que compõem um Track Stack é possível alterar parâmetros de região (Figura 3) para afetar todas as trilhas componentes, uma vez que a Região fica no modo MIDI Thru ou fazer alterações destes parâmetros em cada uma das trilhas. Duplicar uma região e transpor uma das trilhas com o parâmetro Transpose utilizando alguns intervalos musicais, principalmente a oitava, pode dar um preenchimento em algumas situações. Eu, parti- Figura 3 cularmente, uso essa técnica com pads, synths e alguns tipos de pianos elétricos (é lógico que no caso destes últimos estou buscando um som específico, geralmente, uma timbragem que não existe). A utilização de delay (configurações +/ - 1/4, 1/8 ou 1/16) em algumas partes es-

” Figura 4

pecíficas da música, tais como em momentos de parada ou esvaziamento pode ser bem interessante. Ainda temos vários parâmetros disponíveis, como Quantize, Dynamics, conforme a Figura 3. Uma outra finalização bastante frequente tem a ver com a estrutura da música. Como falamos anteriormente, a organização é a chave do negócio. Se seu projeto não está organizado, é uma boa hora de fazer isto. Comece por dar nomes corretos às trilhas, apagar os arquivos não utilizados, organizar as seções da música e organizar canais auxiliares ou buses. Na figura 4, você pode notar que meu projeto ficou esquecido no tempo sem praticamente nenhuma organização. Para não perder muito a noção do que está fazendo, sugiro criar uma nova versão utilizando Alternative (menu File>Alternatives>New Alternative) e nomeie como for melhor para sua identificação. E aí começa o trabalho braçal. Primeiro, identifique o instrumento que está em cada trilha. Aper-


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Figura 6

te o atalho letra F para ver os Browsers e escolha Project. Vá no menu Edit e escolha Select Unused (atalho

sultado aparece na figura 6. No meu projeto existiam várias trilhas em Mute, ou seja, provavelmente não

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Figura 5

Uma outra finalização bastante frequente tem a ver com a estrutura da música. Como falamos anteriormente, a organização é a chave do negócio.

Shift + U). Na figura 5 você vê que este comando identifica quais as trilhas não utilizadas, marcando-as. Vá no menu Edit e escolha Delete. O re-

Figura 7

Figura 8

eram mais importantes ou eram referências. Como temos a versão anterior (Alternative), simplesmente deletei estas trilhas para poder focar no


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Para criar Marker utilize (Option + ‘) e para renomear os Markers utilize (Shift + ‘), sempre posicionando o cursor no local onde se deseja criar o Marker ou abrindo Global Tracks, adicionar novos Markers utilizando o símbolo +.

Figura 9

Figura 10

que realmente é importante neste projeto. O resultado é a figura 7. A seguir, como meu projeto ainda tem bastante coisa para fazer para finalizá-lo, o que só consegui identificar após fazer os passos anteriores, resolvi organizar as partes existentes em Intro, Parte A, Transition, Chorus, Parte B e Ending. Assim consigo ver qual estrutura o projeto já possui. Veja o projeto na Figura 8. Para criar Marker utilize (Option + ‘) e para renomear os Markers utilize (Shift + ‘), sempre posicionando o cursor no local onde se deseja criar o Marker ou abrindo Global Tracks, adicionar novos Markers utilizando o símbolo +. Clicando duas vezes nas partes definidas é possível renomear os Markers. Depois, com o comando Option + C, visualizando a paleta de cores é possível colorir cada região dos Markers para melhor identificação. Caso perceba que, copiando algumas partes mais vezes ou realocando-as, o projeto começa a fazer mais sentido, vá movendo as partes da estrutura. Tente também fazer pequenas alterações nas partes existentes para criar a melhor dinâmica possível. Veja a Figura 8 para o resultado final. Na barra de ferramentas (Toolbar) do Logic Pro X encontramos na configuração inicial várias ferramentas muito úteis para agilizar algumas ações. Para

visualizá-la, vá no menu View > Show Toolbar ou clique o atalho Ctrl + Option + Command + letra T. Agora marque uma região que você gostaria de copiar, veja figura 9. Clique em Repeat Section na barra de ferramentas e veja que a região se duplica logo em seguida àquela escolha. Veja figura 10 para o resultado final. Ao repetir desta forma, você pode retirar alguns elementos da cópia e acrescentar outros. Assim, terá resultados que criam uma variação de forma rápida. Também é eficiente para quando há necessidade de estender o tempo da música, gerando cópias de regiões maiores. Espero que estas dicas sejam úteis para que você revisite os seus projetos antigos inacabados. Até a próxima edição.

Para saber online

vera.medina@uol.com.br www.veramedina.com.br


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ABLETON LIVE “TRACKS DE APOIO” BACKING TRACKS Lika Meinberg é produtor, orquestrador, arranjador, compositor,

Comentando sobre o assunto “Tracks de Apoio” com um aluno, esse questionou: - Mas isso é “Playback” mestre!!! - De fato, concordo. (Tive que admitir).

sound designer, pianista/tecladista. Estudou direção de Orquestra, música para cinema e sound design na Berklee College of Music em Boston.

N

a verdade, tracks de apoio, backing tracks ou playback vêm circulando pelo nosso meio há um bom tempo. Começou ainda na década de 40 com o compositor francês Pierre Henri Marie Schaeffer, que usou oficialmente pela primeira vez Loops de fita magnética em suas performances de música contemporânea. Ok. Concordo que aquilo não era bem um playback. Mas de alguma forma já era um “Track de Apoio”, e tudo começou ali e muitos o seguiram: Halim El-Dabh,

Loading tracks

Steve Reich, Terry Riley e Karlheinz Stockhausen, de diversas formas. Mesmo bandas de rock como The Who e Pink Floyd fizeram suas experiências, mas a tecnologia da época não era muito amigável. Hoje, na “idade do controladorismo”, poucas são as bandas que não usam um “plaibéquezinho” de uma forma ou de outra. Mas não estamos aqui para julgar éticas ou tendências (outros que julguem) e, sim, como é feito e como dá para fazer no Ableton Live. Na verda-


Drag

Splitting Tracks

de, existem mais de uma maneira de fazer isso no Live, e vou mostrar com eu faço (e produzo para terceiros). Primeiro você deve importar o material sonoro (loops, tracks, Fxs, etc) no Ableton Live. Abra o Live, Browser/ Places/Samples (no meu caso, como mostra a Imagem a seguir), ou você pode “Add folder”, especificamente onde seus áudios ou loops estão! Selecione seus áudios com a tecla shift (ou um a um, se estiverem em diretórios diferentes) e arraste para a janela “Arrangement View” (tecla Tab para mudar de janela, ou Ctrl (Comm)+Shift+W) para lançar a segunda janela, novidade do Live 9.1). Arraste os áudios, como indica a imagem abaixo, para serem preparados para o processo de corte ou edição. Esse material de áudio importado aqui é parte de um projeto

Selete Tracls

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TECNOLOGIA|ABLETON LIVE| www.backstage.com.br 72

A medida que você estiver satisfeito com o seu arranjo, eu sugiro que você “Consolidate” (Ctrl (Comm) J) suas pistas (tracks), principalmente se tiverem partes soltas ou recortadas, a fim de evitar problemas de sincronismo mais tarde.

Insert Scene

“Multi –Track” com a banda toda tocando (ressuscitado ainda dos meus tempos de Berklee), portanto, são tracks inteiras e deverão ser preparadas e cortadas (Splitted) por partes (partes da música mesmo) e reimportadas no “Session View”. Importante: Nesse caso, como o áudio foi gravado com metrônomo - 116.83 BPM, tudo já estava em Sync. Então, eu desabilitei o “WARP” para áudios longos (Auto-Warp long Sample) nos preferences (Ctrl + no PC e Comm, no Mac) do Ableton Live. Isso para evitar que o programa tente ajustar o Tempo do samples ao Tempo “defaut” do programa (120 BPM). Aí, sim, (após importar meu áudio) eu mudei o Tempo (BPM) do programa para 116.83 BPM (barra de tarefas à esqueda, do lado do Tap), evitando assim uma

” Mais cortes

reanálise dos samples pelo Live. Em outra circunstância talvez você precise “Re-Warping” seu material sonoro para realinhar o sincronismo das partes! A medida que você estiver satisfeito com o seu arranjo, eu sugiro que você “Consolidate” (Ctrl (Comm) J) suas pistas (tracks), principalmente se tiverem partes soltas ou recortadas, a fim de evitar problemas de sincronismo mais tarde. Agora você está pronto para o delicado trabalho de Cortar as partes (Split – Ctrl E no PC ou Comm E no Mac). Repare que o cursor com pequeno triângulo cor de laranja fica piscando (Flashing) como mostra a seta amarela (acima). Aí é o local exato do corte (você pode dar um Zomm se precisar). A medida que você vai cortando suas partes (consolidadas) então “capture e adi-


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NOTAÇÃO MUSICAL| www.backstage.com.br 74

New Scenes

Master Track

cione a cena” (Capture and Insert Scene - Ctrl (Comm no Mac)+Shift+I) exportando de volta para o “Session View” que será a nossa interface de controle (tecla Tab para alternar entre Arrangement View e Session View). Aí está uma representação vertical das Tracks recortadas e exportadas do “Arrangement View”. Agora estamos em Launch Mode, cada um desses “Launch Clips” podem ser mapeados individualmente para serem disparados via Midi CC por um (ou muitos) controlador(es) Midi ou comandados pelo Master Track (em laranja à direita) acionados pelo teclado do computador.

Launch Config

A medida que vamos preparando e cortando mais partes do nosso projeto, epetiremos o processo de exportar para o “Session View”. Esse processo é o mais laborioso, mas tudo fica muito bem organizado e esse é o espírito da coisa. Nada deve sair errado “On Stage”! Você pode até “Jam” com esse “Backing Tracks Process”, mas entendo que não é esse o caso. Ao passo que novas cenas são capturadas você pode mudar nome, cores e personalizar sua cena para facilitar a visualização em performance.

MASTER TRACK No Master Track você também pode dar nomes às partes e ainda fazer mudanças de andamento que o Ableton Live vai entender. Basta escrever o andamento e depois “BPM”. Exemplo: 999.99 BPM. Repare que o triângulo do Clip está laranja indicando que está programado. Nesse estágio basta selecionar um Clip no Master Track e apertar Enter que ele tocará no tamanho do áudio recortado (esses não estão em Loop!). Mas a beleza da coisa está adiante.


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TECNOLOGIA|ABLETON LIVE| www.backstage.com.br 76

Basta configurar um canal de áudio pelo Cue Out (seta amarela) com volume independente (circulo azul). Para acionar o metrônomo, selecione esse ícone em destaque por esse retângulo verde, em cima, ao centro.

Click

Selecione, clicando com o mouse, o primeiro Clip do Master Track e aperte Ctrl + Alt + L no PC (Opt + Comm +L no Mac) para abrir “Detail View”. Agora podemos editar e configurar as programações (nessa área destacada pelo retângulo verde e seta amarela) de cada clip do Master Track. Com isso, podemos programar os Clips para tocarem sucessivamente ou repetirem. E mais: basta dar um Play no Master Track para a performance acontecer (aprofundamento nesse assunto está em matéria detalhada que saiu com nome de Launching and Mapping 1 & 2 - Backstage 230. Recomendo!). Indo além (me permitam), eu diria que o membro da banda indicado para lançar ou controlar os Backing Tracks poderia o ser baterista ou o Dj (muitas banda tem um incorporado nesses dias). Para isso, é melhor que eles tenham um Click de referência (metrônomo).

Video-Lite

Basta configurar um canal de áudio pelo Cue Out (seta amarela) com volume independente (circulo azul). Para acionar o metrônomo, selecione esse ícone em destaque por esse retângulo verde, em cima, ao centro. Em Preferences, certifique-se de que a sua interface de áudio comporta mais de um par de estéreos para poder configurar uma saída individual com o Click (1/2,3/4, etc). Uma Banda ou um Dj profissional nos dias de hoje não sobreviveria à concorrência sem uma programação personalizada para um sistema automatizado de iluminação e ou projeção de imagens. Nesse aspecto, você pode ter um canal MIDI mandando MIDI Data para uma interface USB/MIDI – DMX (Digital MultipleX - Protocol) ligada diretamente a uma mesa de iluminação com DMX Protocol. E ainda, outro Midi Track mandando Data para um outro laptop rodando programas de video como Arkaos Grand VDj ou Resolume Arena / Avenue, com output HDMI para um Projetor ou LED Display (a.k.a: Telão). Mas a cereja do bolo é, sem duvida, o que diferencia o Ableton Live de todos os outros Daws (alguns, muito capazes de fazer muito disso tudo): a capacidade que a interface do “Live” tem de ser totalmente “Mapeavel” (programável). Você pode usar o teclado do seu laptop, tablet, smartphone ou qualquer “device” com MIDI e você vai sair bem na foto!


seus Backing Tracks e mandar Data via USB para outros hardwares, mesas e afins. Acho que nesse artigo dá para ter uma ideia sobre o meu processo. Mesmo assim sugiro que pesquisem sobre matérias anteriores, muitas das quais tem tutoriais específicos e detalhados sobre alguns assuntos mencionados nessa matéria. Boa sorte a todos!

Para saber online

Mapped

Ao Mapear (Mapping) o Ableton Live você poderá controlar via MIDI (Ctrl (Comm) + M) praticamente qualquer função (botão, slides, on/off, etc) do software. Isso significa usar seus “devices” MIDI (incluindo os mais antigos tam-

bém), para disparar, parar, mudar, acionar volume, pan, efeito, etc... Se você, por uma infelicidade de outro planeta, não tiver nenhum “devices” MIDI, ainda assim poderá mapear as teclas do seu laptop (Ctrl (Comm) + K) e controlar

Facebook - Lika Meinberg www.myspace.com/lmeinberg

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CADERNO ILUMINAÇÃO

VITRINE ILUMINAÇÃO| www.backstage.com.br

ROBE BMFL BLADE

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www.robe.cz Esse novo equipamento da Robe conta com quatro lâminas rápidas do obturador, e movimento preciso. O BMFL possui ângulo individual que fica posicionado dentro de um quadro – permitindo que gire em até 90 graus. Produzindo uma nova série de efeitos que se movem rapidamente na atmosfera através de seqüências com forma e movimento préprogramados de lâminas, as imagens dos gobos podem ser cortadas ou moldadas em uma forma regular, triangular ou trapezoidal. Cada par de lâminas opostas pode fechar para um completo blackout. Dois gobos – com rotação com seis ranhuras e mais um outro com 8 gobos estáticos podem ser combinadas com a roda de animação para criar numerosos efeitos dinâmicos projetados. Além disso, o BMFL possui recursos que incluem: escurecimento suave linear, cores para mistura de alta definição, feixe de largura de saída superior a 250 mil lux a 5 metros – e a tecnologia Robe EMS™ (Electronic Motion Stabiliser), possibilitando ao BMFL mais precisão do que qualquer outro dispositivo de sua classe. Tudo isso em um corpo compacto, pesando apenas 37,9 quilos.

ED SPOT 10X10W RGBW www.star.ind.br A Star Lighting Division apresenta o novo LED Spot 10x10W RGBW, um Spot LED de 10 LED’s de 10W de potência, trabalhando de forma multicores RGB, mais a cor White (branco), além de operar como um Color-Strobe, podendo ser operado em 3, 4, 5, 6 ou 11 canais DMX. O seu ângulo de abertura é de 8 graus “equivalente ao Foco 1” e conta com a proteção IP66 (Outdoor). O LED Spot 10x10W RGBW é um equipamento bivolt com o consumo de 140W e seu peso de 6,7 Kg.

FLUIDOS PARA EFEITOS ESPECIAIS www.usaprofissional.com Fiel ao seu nome, os fluidos da linha Profissional USA Liquids tornam qualquer produção mais próxima do êxtase visual. É a solução que vai fazer sua produção se destacar. Projetados para todos os tipos e configurações de máquinas, os fluídos serão capazes de projetar os mais incríveis e dinâmicos efeitos, proporcionando o mais alto impacto visual na produção dos feixes de luz e com o mais alto e brilhante contraste de cores. São indicados para uso em Iluminação Profissional, Show, Eventos de grande porte, instalações permanentes em teatros, hotéis, cruzeiros, clubes, boates, danceterias, produções artísticas de cinema e TV e amplamente utilizados em todas as áreas do mercado de entretenimento. Os produtos são importados e distribuídos pela USA PROFISSIONAL DO BRASIL - Tecnologias para Shows.


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CADERNO ILUMINAÇÃO

Um projeto de iluminação cênica é, antes de mais nada, um projeto. Elaborado por meio de documentos e arquivos eletrônicos, desenvolvido com o apoio e suporte de técnicas, métodos e experimentações, realizado por alguns ou dezenas e mesmo centenas de profissionais, resume-se, além de estratégias e processos de planejamento, e consolida-se, com muita organização. Nesta conversa, este termo – organização – será abordado como outro requisito fundamental para a busca de melhores resultados – em decorrência de lições plenas de êxito – ou na percepção do Design.

ILUMINAÇÃO

CÊNICA Cezar Galhart é técnico em eletrônica, produtor de eventos, baixista e professor dos Cursos de Eventos, Design de Interiores e Design Gráfico do Unicuritiba. Pesquisador em Iluminação Cênica, atualmente cursa Pós-Graduação em Iluminação e Design de Interiores no IPOG.

LIGHTING

DESIGN -------------------------------------------------------------------- PARTE 2 ----------

LIÇÕES & DESIGN

S

e o Design pode ser definido como a organização das partes de um todo de maneira tal que esses componentes propiciem o resultado esperado e planejado no entendimento de Helena Katz, professora e crítica de dança, como publicado em uma obra referência para o estudo e compreensão desse termo -, confere-se ao resultado de um projeto a justaposição e combinação de ações, recursos, equipamentos, ajustes e outros elementos que se inserem na produção de um evento.

E para um mesmo evento, repetido e multiplicado por diversas vezes, em diversos lugares, para públicos distintos e variados, os resultados podem – e até de maneira mais convicta – e serão totalmente diferentes. E ainda, nesse contexto, podem ser considerados as mesmas partes, os mesmos componentes, os mesmos processos, as mesmas configurações. Assim, quando o palco se ilumina, seja para um espetáculo teatral ou para uma apresentação musical, a relação entre a


borados para um espetáculo ou apresentação isolada, para um único grupo teatral, artista ou banda, o resultado, caso registrado em imagens ou vídeo, mostrará a proposta na sua essência original. Os ajustes e alterações serão apenas produzidos nos ensaios ou simulações na etapa préevento, e nas análises de riscos, todos os impactos serão elevados à qualificação máxima, ou seja, todas as possíveis falhas poderão ser perceptíveis, sem uma segunda chance ou posterior condição de melhoria ou eventual alteração. Nesta condição, e sem a organização, imprevistos serão somados e até mesmo multiplicados aos possíveis improvisos. Um projeto elaborado sem consequentes testes e simulações na etapa de desenvolvimento e execução terá, além dos impactos dimensionados pela simples análise das condições de trabalho e execução, elevados parâmetros de probabilidade para situações e resultados negativamente esperados. E, muitas vezes, mesmo com a correta preparação, possíveis incidentes podem ocorrer, quando nem todos os recursos são estimados na organização de um evento – como eventuais blecautes.

Fonte: Exit Photo Team / Divulgação

impressão inicial que a iluminação cênica proporciona como resultado técnico e planejado e a reação dos públicos pode, eventualmente, ser distinta e improvável para situações ou condições exatamente iguais. Um mesmo público pode se surpreender e se emocionar, e para outro, nenhuma reação pode ser percebida – isso tudo para uma mesma proposta, um mesmo conjunto de cenas, uma mesma combinação de instrumentos e filtros. Mas, antes de qualquer reação conclusiva, Lighting Design é também arte, passiva de múltiplos resultados, imprevisíveis reações, e até mesmo nas mais intencionais propostas, os cálculos de probabilidade podem oferecer resultados inusitados. Voltando à questão de organização, alguns elementos se destacam e interferem consideravelmente nos projetos de iluminação cênica. Quando identificados para eventos seriados e sequenciais – tais como ocorre nas turnês – podem ser substituídos e alterados. Para os acontecimentos ocasionais, a forma de organização deverá ser mais precisa e rigorosa. Eventos únicos são também oportunidades singulares e naturalmente incomparáveis. Nos projetos ela-

Figura 1: Banda inglesa Madness se apresenta no palco principal do Exit Festival (na cidade de Novi Sad, Sérvia, em 2009).

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No campo da sonorização, a passagem de som se configura em condição essencial para a identificação dos parâmetros de volume, equalização, captação dos sinais sonoros e outros para a mixagem final – para o palco e para o público. Na iluminação, apenas se alteram os termos e grandezas físicas.

Fonte: Mark J. Rebilas / USA Today Sports / Divulgação

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CADERNO ILUMINAÇÃO

Figura 2: Blecaute com duração de mais de 30 minutos durante a realização dos últimos dois quartos da partida decisiva do Super Bowl XLVII (2013).

No campo da sonorização, a passagem de som se configura em condição essencial para a identificação dos parâmetros de volume, equalização, captação dos sinais sonoros e outros para a mixagem final – para o palco e para o público. Na iluminação, apenas se alteram os termos e grandezas físicas. Tanto nas frequências musicais ou luminosas, alterações e correções poderão ocorrer na execução final – “ao vivo” – como microfonias ou ofuscamento – mas mesmo nessas condições muitas das modificações foram previamente identificadas e corretamente estabelecidas. Sendo o Lighting Design um processo que envolve partes distintas, a gestão da qualidade será um dos processos que se desenvolverá para as turnês ou apresentações seriadas. Para essas situações, cada evento serve de parâmetro e avaliação para o posterior, e adaptações poderão fazer parte do projeto original com mais constância. Não que isso seja depreciativo e negativo; ao contrário, para um mesmo espetáculo realizado em uma mesma cidade para um mesmo perfil de público, eventuais mudanças podem, inclusive, oferecer alternativas interessantes e atraentes para os públicos reincidentes.

Também, essas mudanças podem ainda se consolidar em requisitos, alinhados às alterações de horários, às mudanças na programação preliminar, aos estímulos visuais anteriormente percebidos ou preparatórios àqueles que ocorrerão na sequência. Se no planejamento essa organização não considerar as diversas hipóteses que um mesmo problema pode incorrer, as falhas ocorrerão em efeito cascata – ou seja, uma falha desencadear outra e, assim, sequencialmente – ou como muitos consideram com a execução das “Leis de Murphy”. Como impedir ou evitar isso? De maneira prática, fazendo com que todas as partes envolvidas sejam estimadas e identificadas com a devida importância, prioridade e evidência. Algumas listas podem demonstrar esses elementos e suas relações, tais como: • Mapeamento do local do evento, com as dimensões reais, acessos, equipamentos e recursos de apoio, locais de depósito ou mesmo acomodação dos cases e área de descanso e preparação das equipes de trabalho. • Lista completa dos equipamentos originalmente constantes do projeto e possíveis similares ou substitutivos;


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Fonte: Metallica.com / Divulgação

Figuras 3-4: Metallica no Lollapalooza (Chicago, EUA, em agosto de 2015). Projeto ajustado de acordo com as intervenções da iluminação natural. Fonte: CX Network / Divulgação

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CADERNO ILUMINAÇÃO

Figura 5: Colapso na estrutura do show do Radiohead que seria realizado no Downsview Park em Toronto (Canadá), em 2012.

• Lista de fornecedores existentes no local do evento, com os endereços e contatos atualizados, para um mínimo de três empresas/profissionais para cada área pertencente ao projeto – de serviços de alimentação até lojas de lâmpadas e mesmo peças específicas. • Configuração do itinerário e condições das estradas e dos acessos, com a situação meteorológica mais atualizada. • Alinhamento dos métodos e práticas operacionais com as re-

gras e normas de segurança, exigidas ou sugeridas, e de conhecimento de todos os envolvidos. • Vistoria completa em todos os dispositivos e equipamentos a cada mudança de local ou nos deslocamentos internos (quantas estórias de notebooks ou itens até mais valiosos esquecidos ou perdidos por distrações ou preocupações com outros afazeres ou mesmo na correria necessária para chegar em tempo a um terminal aeroportuário, rodoviá-

rio ou mesmo a um local de embarque específico). Outros itens ainda poderiam ser elencados, pois as vivências, as viagens, as experiências oferecem lições das mais diversificadas e promissoras. As listas muitas vezes se multiplicam, e mesmo todas as vivências e experiências podem oferecer comodismo e acomodação pelas repetições, e isso pode se consolidar em perigosas armadilhas para o esquecimento ou excesso de confiança. Talvez uma das mais importantes lições ensina que na iluminação – e no Design – nunca se produz um resultado individualmente. Com isso, todos têm a sua importância e em uma organização mais ampla e complexa, ou nas mais modestas e também significativas realizações, todas as partes merecem reconhecimento e consideração, e a mesma intensidade luminosa para que todos brilhem igualmente. Abraços e até a próxima conversa!!!

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PRODUÇÃO MUSICAL| www.backstage.com.br 86

FILTRO NA A “loudness war” ainda parece estar longe do fim. É uma guerra que começou na primeira batalha com a Aliança do Exército do Volume com a Distorção vencendo a Aliança do Exército da Dinâmica com a Fidelidade. Depois houve um movimento em sentido inverso, onde a dinâmica e a fidelidade recuperaram um pouco do terreno perdido. O fato é que esta guerra não terminou e não há um vitorioso definido. Talvez ela nunca termine e nunca haja um vencedor.

COMPRESSÃO

DE GRAVES Ricardo Mendes é produtor, professor e autor de ‘Guitarra: harmonia, técnica e improvisação’

A

razão de se sacrificar a dinâmica e a fidelidade em nome do volume é porque, em uma impressão inicial, o que toca mais alto sempre parece soar melhor a uma primeira comparação com um material com menos volume. E em uma era de pouca paciência, pouca reflexão, pouca apreciação, muita pressa e muita competição, a busca por volume está longe do fim. Independente de discussões teóricas sobre a degradação do áudio, na realidade não podemos simplesmente adotar uma postura purista e simplesmente masterizar em baixo volume para manter a integridade do áudio, porque fatalmente em algum ponto alguém dirá: esta master está magrinha, sem pressão... E seu cliente não gostará nem um pouco de ouvir isso. Na verdade ele também não gostará de ouvir seu disco e constatar que ele está baixo em comparação com outros. Isso nos obriga a trabalhar com volumes altos de masterização. Para mim, a parte mais complicada da masterização é o gerenciamento dos graves. Os graves são as frequências que mais movimentam energia e, por causa disso, serão elas que também acionarão mais os compressores, e por consequência serão

mais comprimidas. Esta compressão excessiva nos graves é que faz a música perder dinâmica e distorcer. Durante anos eu usei um compressor multi-banda de modo que eu pudesse controlar a compressão separadamente de cada faixa e frequência – graves de 16Hz a 100 Hz, médio-graves de 100 Hz a 1.000 Hz, média-altas de 1.000 Hz a 7.000 Hz e altas de 7.000 Hz a 22.000 Hz. É claro que estas faixas podem ser ajustadas no crossover conforme o necessário. No entanto, sempre achei insuficiente o compressor multi-banda. Talvez por incompetência minha. Achava a atuação do multi-banda satisfatória em todas a faixas, menos na grave. Achava que a grave precisaria de um tipo de tratamento diferente para que pudesse ficar mais solta e não influenciasse tanto na compressão das outras faixas, pois mesmo um compressor multi-banda tem uma região de convergência entre duas faixas de freqüência onde uma influencia na outra. Foi apenas analisando este problema que entendi porque alguns compressores têm uma chave de corte nas frequências graves. Essa chave diz ao compressor para não “enxergar” as frequências abaixo da frequência selecionada. Neste caso,


os graves não acionarão o compressor, mas uma vez que ele seja acionado por uma frequência mais alta, todo o material será comprimido, inclusive os graves. Isso significa que os graves não atuarão como o trigger do compressor, fazendo assim com que o compressor não comprima os graves caso não seja necessário. Figura 1

Figura 2

No compressor Dual-Vandergraph, da Shadow Hills, há uma chave seletora onde pode ser definida a zona de corte em 90 Hz, 150 Hz ou 250 Hz. No entanto, caso você não tenha um plug-in ou hardware que permita este filtro, é possível fazer de uma outra maneira: em vez de masterizar o material e apenas um canal estéreo, podemos copiar o track da mixagem em dois canais estéreo, aplicando um high-pass filter (lowcut) no primeiro canal, e inversamente um low-pass filter (high-cut) no segundo canal. Desta forma, teríamos dois tracks separados, onde o primeiro é responsável pelas frequências média-graves, média-altas e altas, e o segundo canal sendo responsável pelas frequências graves. Lembre-se que o ponto de corte do low-pass filter do primeiro canal deve ser o mesmo ponto de corte do high-pass filter do segundo canal. Desta maneira estas faixas de frequência ficarão completamente independentes, permitindo um tratamento diferenciado entre as duas. Isso faz com que o limiter aplicado ao final do processo trabalhe de maneira menos intensa, reduzindo assim efeitos colaterais como perda de dinâmica e distorção, comuns em masterizações feitas com volume muito alto.

Para saber mais redacao@backstage.com.br

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LEITURA DINÂMICA| www.backstage.com.br 88

Desenvolver um instrumento de alto nível e agregar a isso um preço acessível ao músico brasileiro é uma proposta ousada que exige competência e sensibilidade. Gustavo Victorino victorino@backstage.com.br Fotos: Divulgação

EARTH QUALIDADE COM PREÇO SURPREENDENTE

H

istoricamente, o mercado brasileiro sempre reservou cases de sucesso para propostas inovadoras que conjugaram esses dois componentes. A manufatura em terras chinesas é cercada de armadilhas e repleta de tesouros que vez por outra são descobertos e servem de referência quando se fala no quesito qualidade de manufatura, acabamento e desempenho. A Earth é a nova marca que surge no Brasil encabeçada pelos executivos Nenrod Adiel e Eber Policate, dois dos

mais experientes e competentes profissionais do mercado. Para justificar a credibilidade, a Earth lança o violão EFC 50NS, tipo dreadnought, popularmente conhecido no Brasil como violão folk. Projetado com um madeiramento de primeira linha, o instrumento tem tampo em spruce satin, lateral e fundo em sapele, braço em natowood e a escala e o cavalete em rosewood. São madeiras e acabamento clássico de alguns dos melhores violões do mundo e isso é refletido na sonoridade de quali-


dade superior e no conforto para tocar o EFC 50NS. O instrumento parece “sentir” a dinâmica da execução e responde com uma sonoridade tão surpreendente quanto a sua tocabilidade. Nas medidas, o EFC 50NS não foge ao padrão com um nut de 43 milímetros e consistência de bojo com 122 milímetros. A pintura fosca em tom satin natural combina com as tarraxas cromadas, o que esteticamente dá um visual discreto e ainda mais classudo ao instrumento. Na eletrificação o capricho não foi

menor. A captação Piezo Earth Sensor remete a sonoridade eletrificada para um moderno PréAmp ativo com equalizador de 4 bandas e equipado com afinador, inversor de fase, além dos controles de volume, graves, médios, agudos e o sempre necessário difusor de presença. Mesmo nascido para conquistar espaço em todos os segmentos, o violão EFC 50NS da Earth provoca a sua maior surpresa mesmo é no preço final sugerido ao consumidor. Um violão desse nível oferecido abaixo de US$ 200 ou aproximadamente R$ 700 é produto raro e que inevitavelmente vai conquistar mercado pela conjugação dos dois fatores citados lá no início desse texto. E o consumidor, profissional ou amador, cada vez mais agradece.

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REPORTAGEM| www.backstage.com.br 90

Nos dias 5, 6 e 7 de agosto, a cidade de Apucarana (PR) recebeu mais de 200 profissionais de áudio, representantes e lojistas para o terceiro seminário de design, instalação e alinhamento de sistemas de som. redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação

SEMINÁRIO TÉCNICO DA ONEAL

AIS REÚNE PROFISSION DE TODO O BRASIL

O

evento, totalmente gratuito, é voltado exclusivamente para profissionais do setor, e, nesta edição de 2015, em virtude da grande adesão, comparado aos anos anteriores, as vagas tiveram que ser limitadas a 160 participantes de outros estados, tendo em vista que a capacidade dos hotéis ficaram esgotadas. Participaram desta edição, técnicos, instaladores,

especialistas em venda técnica, representantes de especializadas, projetistas e designer de sistemas e estiveram representados 21 estados brasileiros, além de Distrito Federal. Neste ano, o evento iniciou com uma terça técnica de Apucarana-PR, reunindo técnicos e empresários em uma mesa redonda, seguida da palestra sobre


Fernando Gabriel palestrante do evento

estrutura de ganho ministrada por Diogo Poppi, que mixou o PA da banda Terra Celta (Londrina-PR) na mais recente edição do Rock In Rio USA. No dia seguinte, o seminário começou com uma revisão de cálculos na parte da manhã na sala de treinamentos da Oneal e, após o almoço, os participantes tiveram oportunidade de visitar o complexo industrial da empresa para conhecer os processos de industrialização e verificar os constantes investimentos em novas tecnologias que a empresa fez nos últimos anos, fortalecendo ainda mais a sua participação

no mercado. Fernando Gabriel, que é gestor de projetos da Oneal e palestrante do seminário, apresentou as técnicas de design, processamento, questões práticas do dia a dia. Os temas

Público participando através do wi-fi

Demonstração do lançamento da Oneal

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REPORTAGEM| www.backstage.com.br

abordados foram classificados e estruturados de forma que tanto participantes antigos como novos tivessem a mesma base teórico-prática destas técnicas. Durante o seminário, Fernando enfatizou que a Oneal tem uma visão otimista do mercado e que não quer entrar na onda da crise que se estende pelo país. “A postura que a empresa adotou perante o mercado foi desenvolver novos produtos e manter eventos que per-

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O tradicional almoço “Costela de Chão”

Fernando enfatizou que a Oneal tem uma visão otimista do mercado e que não quer entrar na onda da crise (...)

mitam que parceiros e clientes saiam na frente com soluções eficazes, se destacando no segmento com produtos de ótima qualidade e custos atrativos. A empresa ainda oferece suporte a projetos dando garantia estendida a projetos executados de acordo com as orientações do DPD da Oneal”, explicou. Durante o seminário foram usadas ferramentas atualizadas de simulação virtual do sistema EVO LINE, o NEW AMS260 e NEW AMS280 (Acoustic Modeling Software) desenvolvidos pelo Departamento de Projetos e Desenvolvimento da Oneal. Estes softwares foram elaborados de acordo com as ca-


racterísticas dos produtos da linha. O software é exclusivo da linha EVO LINE e não é compatível com outros sistemas.

PROCESSAMENTO CORRETO Um outro tema muito debatido foi o uso correto do processamento e

do dimensionamento e instalação correta do sistema de som como parte fundamental no resultado e eficiência de um sistema. Pensando nisso, foram realizadas diversas práticas sobre o assunto e o salão do Clube 28 de Janeiro tornou-se um grande auditório, com a distribuição de vários tipos e modelos de caixas montadas, que foram utilizadas constantemente para demonstrar as técnicas de processamento e tipos diferentes de aplicações, destacando as características específicas de cada produto, como por exemplo, a utilização de mais de 4 tipos de caixas em um único projeto. O tema segurança, por ser um tema crítico no setor de áudio e iluminação, também foi abordado durante as palestras, dando destaque principalmente para o uso e entendimento correto das normas e regulamentação em instalações, certificação NR10, NR35, e capacitação. Já o convidado Diogo Poppi falou sobre a estrutura de ganho e mixagem ao vivo. Poppi, que possui experiência internacional no assunto, falou da importância de o profissional saber fazer a leitura correta dos sinais, bem como aplicação correta da equalização e compressão na mixagem, equilíbrio e saber a diferença entre pressão sonora e qualidade sonora. O encerramento do encontro foi com shows das bandas Pó de Vinil; Nyl Lopes e Juke Padre Torke, que se apresentaram no Garagem Rock Bar. Para a noite de rock and roll foram montados três sistemas de som, Palco Alternativo, Palco Interno e PA externo, além de serem utilizados os novos amplificadores de guitarra OCG300, de contrabaixo OCB600, e os novos monitores da linha 25 da ONEAL. O técnico de áudio Sérgio Poppi (Serjão) acabou assumindo o som, demonstrando a qualidade das bandas e do sistema.

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LEITURA DINÂMICA| www.backstage.com.br 94 De um início humilde ao patamar de um dos maiores fabricantes de cabos de altíssima qualidade e desempenho, a Mogami fabrica cabos com um nível extraordinário de atenção aos detalhes e eficiência, cujos resultados são alguns dos cabos mais confiáveis e de maior valor agregado do mundo. redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação

MOGAMI O C A B O D O S P R O FI S S IO N A IS

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ESCOBERTAS, PESQUISAS E DESENVOLVIMENTO

A maior parte das técnicas utilizadas pela Mogami são resultado de um longo processo de pesquisa e de descobrimentos, alcançados internamente a partir de um trabalho diário ao longo de décadas de dedicação do diretor de desenvolvimento Koichi Hirabayashi. Todos os seus avançados métodos de automação, seus projetos de software e suas instalações produtivas foram desenvolvidos internamente, tornando a companhia tanto ambientalmente amigável e

sustentável quanto extremamente eficiente no uso e aplicações de energia. A isolação dos cabos Mogami é feita por extrusão para evitar distorções ou excentricidades e, dessa forma, assegurar que sua característica de capacitância seja mantida. A maior parte dos processos de fabricação habituais é totalmente automatizada. A fábrica tem seus equipamentos, ar-condicionado e sua iluminação, automatizados separadamente para assegurar que cada um deles atinja o máximo em eficiência no uso da energia.


O emprego de cobre livre de oxigênio (OFC - Oxigen Free Cooper), blindagens específicas e camadas de PVC condutivas são componentes usados comumente empregados na fabricação dos cabos. Isso reduz a indução eletromagnética e eleva os níveis de desempenho dos cabos quanto à qualidade na transmissão dos sinais, precisão e durabilidade que os distinguem fortemente em comparação a cabos de concorrentes. Os produtos são testados rigorosamente antes de saírem da fábrica

para assegurar total controle de sua qualidade e uma das características dos cabos Mogami é a flexibilidade. Para assegurar essa característica, os cabos são ensaiados em equipamentos de testes de flexibilidade para garantir a durabilidade, mesmo quando submetidos às aplicações mais agressivas.

FLEXIBILIDADE E DURABILIDADE ...dos cabos ao longo do tempo De maneira resumida, pode-se dizer que a durabilidade e o desem-

penho de alta qualidade de cabos ao longo do tempo são alcançados através da combinação da seleção e emprego de materiais da mais alta qualidade associadas ao projeto das estruturas e configurações que melhor atendem às aplicações requeridas. Uma das características principais dos cabos Mogami é sua flexibilidade, que já tem o reconhecimento de muitos profissionais da área de áudio. A diversidade dos cabos Mogami, no entanto, se estende muito além dos cabos profissionais do segmento de áudio, e sua linha de produtos chega a cerca de três mil e quinhentos tipos diferentes de cabos. A empresa tem essa capacidade por sua infraestrutura, pela diversidade de suas máquinas das linhas de produção, assim como a diversidade de processos desenvolvida e em prática atualmente. Além das aplicações mais comumente associadas aos cabos da MOGAMI, como estúdios de gravação, instalações de broadcast, estúdios de pós-produção, instalações para shows ao vivo, cinemas e teatros, também existem outras menos comumente conhecidas como cabos para sistemas de monitoramento de terremotos, cabos para sensores de medição de velocidade do fluxo sanguíneo – que foram produzidos pela primeira vez pela Mogami. Outro exemplo relevante e importante é a utilização de cabos para câmeras de monitoramento para utilização em tanques de Usinas Nucleares de geração de energia.

SUSTENTABILIDADE, LONGA DURABILIDADE ...e ambientalmente amigável Todos os materiais utilizados pela Mogami são aprovados pelas autoridades ambientais e sua utilização sempre considera os requisitos de cada aplicação com o objetivo de fornecer os melhores produtos

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LEITURA DINÂMICA| www.backstage.com.br 96

A Mogami Cable Company iniciou suas atividades fabris em uma pequena oficina em Tóquio, no Japão, em 1957, quando Hirabayashi deu início a desenvolvimentos inovadores de equipamentos para a fabricação de cabos.

com a melhor adequação e maior valor agregado possíveis. A história da Mogami, seu desenvolvimento, suas descobertas de técnicas inovadoras de fabricação e a pureza da qualidade de seus produtos construiu uma reputação de cabos entre os profissionais por meio de uma ampla linha de cabos para microfones, alto-falantes, guitarras, coaxiais, vídeo, interface digitais, cabos medusa entre outros.

HISTÓRIA A Mogami Cable Company iniciou suas atividades fabris em uma pequena oficina em Tóquio, no Japão, em 1957, quando Hirabayashi deu início a desen-

volvimentos inovadores de equipamentos para a fabricação de cabos. A fábrica foi mudada para a região montanhosa de Nagano em 1967 onde permanece até hoje. Em 2002, a fábrica da Mogami foi totalmente reconstruída e é onde prossegue com seus desenvolvimentos tecnológicos, ensaios e postura permanentemente inovadora. A fábrica da Mogami hoje possui estrutura, organização e capacitação que a habilita a projetar a configuração de cabo que melhor atende aos requisitos dos clientes e cujos processos de fabricação resultam em cabos extremamente eficientes praticamente sem geração de resíduos.

A Mogami e a Ezaki no Brasil A Ezaki está no mercado há trinta e três anos, localizada no bairro de Pinheiros, na capital paulista. Desde o início de suas atividades comerciais sempre buscou produtos que se distinguissem pela qualidade e pela inovação. Além disso, se especializou em soluções de conectividade e nas áreas de áudio e vídeo. Como distribuidor oficial da Mogami no

Brasil, a Ezaki dispõe de cerca de 40 tipos de cabos diferentes da Mogami para pronta entrega, como de áudio digital, de guitarra, de microfone, de alto-falante, áudio e vídeo e patch cords. Com o objetivo de facilitar a consulta dos produtos a Ezaki disponibiliza uma série de informações técnicas dos produtos Mogami no site www.mogami.com.br


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RELAÇÃO| www.backstage.com.br

Empresa ......................... Telefone ............... Home Page/e-mail .................................................... Pág AH Lights ................................... (21) 2242-0456 ............. www.ahlights.com.br ......................................................................... 85 Arena Áudio Eventos ................. (71) 3346 -1717 ............ www.arenaaudio.com.br .................................................................... 25 Audiosystems ............................. (11) 3228-8623 ............. www.audiosystems.com.br ................................................................ 12 Augusto Menezes ....................... (71) 3371-7368 ............. augusto_menezes@uol.com.br ......................................................... 37 Bass Player ................................. (11) 3721-9554 ............. www.bassplayerbrasil.com.br ............................................................ 44 B&C Speakers Brasil ................. (51) 3348-1632 ............. www.bcspeakers.com ........................................................................ 71 CSR ............................................. (11) 2711-3244 ............. www.csr.com.br ....................................................... 13; 14; 15; 16 e 17 Datalink ...................................... (11) 5645-0900 ............. afdatalink.com.br ................................................................................ 59

Anunciantes Backstage | setembro 2015

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Decomac .................................... (11) 3333-3174 ............. www.decomac.com.br .................................................. 4ª capa, 21 e 97 Equipo / Waldman ...................... (11) 2199-2999 ............. www.equipo.com.br ........................................................................... 45 Expomusic ......................................................................... www.expomusic.com.br .................................................................... 04 FZ Audio ............................................................................ www.fzaudio.com.br .......................................................................... 19 Gigplace .............................................................................. www.gigplace.com.br ......................................................................... 37 Gobos do Brasil .......................... (11) 4368-8291 ............. www.gobos.com.br ...................................................... 3ª capa, 87 e 89 Guitar Player .............................. (11) 3721-9554 ............. www.guitarplayer.com.br ................................................................... 32 Harman .............................................................................. www.harmandobrasil.com.br ............................................................ 31 Hot Machine .............................. (11) 2909-7844 ............. www.hotmachine.ind.br ..................................................................... 79 Imaginasom ................................ (12) 7813-5478 ............. imaginasomaudio@uol.com.br .......................................................... 77 João Américo Sonorização ......... (71) 3394-1510 ............. www.joao-americo.com.br ................................................................ 81 Libor ........................................... (11) 3104-8339 ............. ivone@libor.com.br ........................................................................... 23 Master TV .................................. (45) 3301-2600 ............. www.mastertv.tv ................................................................................ 08 Modern Drummer .................... (11) 3721-9554 ............. www.moderndrummer.com.br ......................................................... 34 Mogami Brasil ............................ (11) 3095-9699 ............. www.mogami.com.br ......................................................................... 51 Ninja Som .................................. (11) 3550-9999 ............. www.ninjasom.com.br ............................................................... 06 e 55 Norton Audio ............................. +351 231 200 220 ........ www.nortonaudio.com ............................................................... 41 e 47 Oneal .......................................... (43) 3420-7800 ............. www.oneal.com.br .............................................................. 2ª capa e 03 Penn-Elcom / Trusst .................. (11) 5678-2000 ............. www.penn-elcom.com.br .................................................................. 73 Powerclick ................................. (21) 2722-7908 ............. www.powerclick.com.br .................................................................... 63 Prisma ........................................ (51) 3711-2408 ............. www.prismaproaudio.com.br .................................................... 60 e 61 Robe ................................................................................... www.robe.cz ....................................................................................... 69 Santo Angelo .............................. (11) 2423-2400 ............. www.santoangelo.com.br ................................................................... 67 Sonex / OWA ............................. (11) 4072-8200 ............. www.owa.com.br ............................................................................... 39 Sonotec ...................................... (18) 3941-2022 ............. www.sonotec.com.br ......................................................................... 09 SPL Alto-Falantes ...................... (47) 3562-0209 ............. www.splaltofalantes.com.br ............................................................... 65 Star Lighting ............................... (19) 3864-1007 ............. www.star.ind.br .................................................................................. 83 TiaFlex ....................................... 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