Edição 255 - Fevereiro 2016

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Sumário Ano. 22 - fevereiro / 2016 - Nº 255

Monitores Ativos JBL

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A JBL projetou a LSR305 com todas as características avançadas adquiridas da marca M2 Master Reference Monitor, do renomado engenheiro Frank Filipetti. Um Controlador de Guias de Ondas cria imagem dimensional estéreo.

NESTA EDIÇÃO

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Conhecido no início como mapa de video, ou video mapping, ou ainda realidade aumentada, o mapa de projeção está se convertendo em grande velocidade em uma experiência de comunicação para complementar grandes eventos e instalações para marcas, administrações públicas ou entretenimento. Trata-se de uma tendência favorecida por conta da acessibilidade cada vez maior a ferramentas, recursos e conhecimentos necessários para colocar de pé essas experiências monumentais.

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Vitrine O novo monitor de palco MAX2 da d&b audiotechnik é pequeno e leve e, mesmo assim, proporciona uma ampla resposta de frequência de cobre de 55Hz a 18kHz com uma dispersão cônica de 75°.

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Rápidas e Rasteiras A Radiola lança o videoclipe III.III.III.III.III.III (lê-se 3.3.3.3.3.3). Neste trabalho, a banda baiana mostra uma produção inusitada de música gravada em um único canal (Mono).

22 Gustavo Victorino Confira as notícias mais quentes dos bastidores do mercado.

24 Play Rec O novo álbum do Nenhum de Nós, Sempre É Hoje, lançado em formato digital pela Deck e físico pela Ímã Records, traz a participação especial da cantora e compositora Roberta Campos.

28 Mixer Digital O eMotion LV1 é um console mixer digital revolucionário para engenheiros de house mix, monitor e broadcast. Baseado na tecnologia Waves SoundGrid, o software entrega um som de qualidade para a qual a Waves já é reconhecida.

64 Vida de Artista Nesta edição, Sá retorna a Nova Iorque e descreve uma nova visão da Big Apple.


Expediente

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LEDS colorem o reggae

O uso de LEDs vem conquistando as produções de reggae. Na estrada com sua nova turnê, a banda Natiruts, conta com a ajuda dessa tecnologia e automação para compor e facilitar a execução do projeto cenográfico do novo DVD do grupo.

CADERNO TECNOLOGIA 36 Logic Pro

40 ProTools

Nesta edição, o foco será as possibilidades de manipulação e correção de altura dos sons, ou seja, nos efeitos de Pitch disponíveis no Logic. O objetivo é saber mais como utilizar o Flex Pitch em gravações vocais, primeiramente revisando para que servem as ferramentas Flex Time e Flex Pitch.

A possibilidade de ajustar o nível de sinal diretamente nos clips sem precisar usar AudioSuite demorou para sair para os usuários de Pro Tools. Apenas na versão 10 ela foi implementada.

CADERNO ILUMINAÇÃO

Diretor Nelson Cardoso nelson@backstage.com.br Gerente administrativa Stella Walliter stella@backstage.com.br Financeiro adm@backstage.com.br Coordenadora de redação Danielli Marinho redacao@backstage.com.br Revisão Danielli Marinho Reportagem: Luiz de Urjaiss e Miguel Sá Colunistas Cezar Galhart, Cristiano Moura, Gustavo Victorino, Jorge Pescara, Lika Meinberg, Luiz Carlos Sá, Marcello Dalla, Ricardo Mendes e Vera Medina Edição de Arte / Diagramação Leandro J. Nazário arte@backstage.com.br Projeto Gráfico / Capa Leandro J. Nazário Foto: Divulgação Publicidade / Anúncios PABX: (21) 3627-7945 arte@backstage.com.br Webdesigner / Multimídia Leonardo C. Costa multimidia@backstage.com.br Assinaturas Maristella Alves PABX: (21) 3627-7945 assinaturas@backstage.com.br Coordenador de Circulação Ernani Matos ernani@backstage.com.br Assistente de Circulação Adilson Santiago Crítica broncalivre@backstage.com.br Backstage é uma publicação da editora H.Sheldon Serviços de Marketing Ltda. Rua Iriquitiá, 392 - Taquara - Jacarepaguá Rio de Janeiro -RJ - CEP: 22730-150 Tel./fax:(21) 3627-7945 / 2440-4549 CNPJ. 29.418.852/0001-85 Distribuída pela DINAP Ltda. Distribuidora Nacional de Publicações, Rua Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678 Cep. 06045-390 - São Paulo - SP Tel.: (11) 3789-1628 CNPJ. 03.555.225/0001-00

44 Vitrine iluminação

52 Iluminação Cênica

O ILED FOX SPOT 50 PLUS é um moving head tem como características um Pan com autorreposicionamento, Pan fino, Tilt com autor-reposicionamento, Tilt fino, Velocidade de pan / tilt, Disco de cores (7+branco) / Efeitos rainbow, Disco de Gobos (6+aberto intercambiáveis) e efeito shake.

Na sua primeira passagem na América do Sul, David Gilmour trouxe na produção da turnê, e também no desenvolvimento dos projetos de iluminação, a participação de um dos mais importantes Lighting Designers de todos os tempos, Marc Brickman, que possui em seu currículo a iluminação para os Jogos Olímpicos realizados em 1992, em Barcelona.

Os artigos e matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. É permitida a reprodução desde que seja citada a fonte e que nos seja enviada cópia do material. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios veiculados.


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CARTA AO LEITOR | www.backstage.com.br

CARTA AO LEITOR | www.backstage.com.br

Você se importa

com o que

compra?

O

maior objetivo da publicidade é comunicar algo a um público que seja um possível consumidor de determinado produto ou serviço. Essa comunicação, por sua vez, tem como ideal destacar as características desses serviços ou produtos dentro de uma gama de outros similares, que geralmente oferecem os mesmos benefícios, ou efeitos quase parecidos. O que se deve levar em conta, no entanto, não é somente o layout nem o que cada produto representa em termos de custos, por exemplo. Qualidade, tradição e comprometimento com seu público final é imprescindível para que uma marca perdure no mercado e realmente esteja com um pé à frente dos concorrentes, assim como a confiabilidade construída ao longo dos anos. Um dos pontos que deve ser levado em consideração é a qualidade que o usuário/técnico/engenheiro ou lighting designer empregará a fim de imprimir uma “assinatura” final ao seu trabalho. Escolher uma marca de tradição, por exemplo, usualmente é o primeiro passo para alcançar esse sucesso. Associado a essa premissa, é preciso considerar a relação custo-benefício, que vai muito além de uma simples conta matemática. Nos últimos anos, o país vem recebendo uma série de eventos internacionais, que incluíram o retorno do Rock in Rio, passando por recentes festivais estrangeiros que deram certo por aqui como o Tomorrowland. Ainda este ano o Rio de Janeiro será sede das cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos, e seria impossível pensar em eventos dessa magnitude sem escolher equipamentos de qualidade, tanto de áudio quanto de luz. Imaginar que shows e eventos de tamanha importância estejam confiados a equipamentos de pouca ou nenhuma procedência, por exemplo, é como dar um tiro no pé do setor de entretenimento e regredir na construção de uma imagem solidificada por meio de muito trabalho de profissionais e empresas que realmente se importam com a qualidade. E esse resultado não pode ser alcançado com contabilidade simplória, sem empregar os fundamentos mais básicos do marketing, como valor agregado ao produto final. Boa leitura. Danielli Marinho

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VITRINE ÁUDIO| www.backstage.com.br 12

M-9000M2 http://toacorp.com.br/produtos/m-9000m2/ O M-9000M2 foi desenvolvido para uso em conjunto com módulos opcionais, que são instalados em seu painel traseiro, de acordo com a necessidade de cada cliente ou projeto. O equipamento é totalmente digital e pode ser configurado para operar com até 8 entradas e 8 saídas de áudio, simultaneamente. Suas conexões de contato seco podem ser ampliadas e os ajustes podem ser armazenados em bancos de memória internos para seleção futura via painel frontal ou via controle externo. É equipado com DSP para processamento de áudio e pode ser controlado remotamente, via contato seco, ou também por sistemas AMX ou Crestron, via porta RS-232C.

MONITOR DE PALCO MAX2 www.dbaudio.com O novo monitor de palco MAX2 da d&b audiotechnik foi apresentado ao público na feira Prolight + sound 2015 de Frankfurt e, desde então, vem conquitando artistas e intérpretes de todos os gêneros. A unidade passiva pode ser montada em uma barra sobre o subwoofer da d&b e ser utilizada como um pequeno sistema full-range completo ou executar tarefas de monitoração de palco, como foi projetado originalmente. O MAX2 é pequeno e leve e, mesmo assim, proporciona uma ampla resposta de frequência que cobre de 55Hz a 18kHz com uma dispersão cônica de 75°. O motor de neodímio de baixas frequências (LF) de 15” e o motor de compressão montado coaxialmente de 1,4’’ compartilham da mesma estrutura do imã, que permite um desenho compacto e discreto da caixa de madeira compensada protegida por uma grade metálica rígida.

VL 3200BR SUB www.harman.com Focada em atender as exigências dos técnicos de áudio e do público brasileiro, a Harman lança no país o JBL VL 3200BR Sub, subwoofer de alto desempenho que completa o módulo para line array VL 3200 BR lançado em 2015. Com a adição deste modelo, a Harman disponibiliza agora um novo sistema completo de PA, desenvolvido e produzido no Brasil seguindo os rigorosos padrões de qualidade da JBL. Com componentes que garantem alta performance e longa vida útil, o sistema VL 3200BR é ideal para aplicações em eventos dos mais diversos portes. As caixas para line array JBL VL3200BR oferecem opções de montagem em Fly ou Stacked, sistema de içamento através de perfis e guia de ondas em alumínio. Além disso, articuladores e anguladores podem ser travados dentro do perfil do sistema de içamento, através de pinos quick pin. O suporte dos amplificadores Crown IT-HD, oferece controle, monitoração e sonoridade, com 12 unidades sendo alimentadas por apenas 3 amplificadores IT 4 X 3500 HD.


KSM8 DUALDYNE www.shurebrasil.com A Shure anunciou durante a NAMM 2016 o KSM8 Dualdyne™, o primeiro microfone dinâmico com diafragma duplo no mundo. O equipamento traz um inovador projeto de engenharia e o maior avanço tecnológico em microfones dinâmicos em mais de 50 anos. Projetado para apresentações ao vivo em que a clareza vocal e a qualidade de som são absolutamente essenciais, o KSM8 proporciona a engenheiros de som um microfone dinâmico praticamente sem efeito de proximidade, com domínio do ruído fora do eixo e precisão de saída que não requer a presença dos picos e roll-offs característicos de outros modelos do mesmo tipo. Ao oferecer uma reprodução vocal incomparável, o KSM8 elimina quase totalmente a necessidade de equalização e processamento. Produzido para garantir uma reprodução vocal da mais alta qualidade e controle de reforço de som para apresentações ao vivo de nível internacional em locais profissionais, o KSM8 possui o mais puro padrão polar cardioide já desenvolvido até hoje, proporcionando inigualável consistência em desempenho no eixo, não importando a técnica vocal de quem o utiliza. O modelo amplia a linha de microfones com fio da Shure, que inclui vários produtos que são referência na indústria, como os microfones Unidyne® 55 e SM58®.

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www.dbaudio.com O B22 é um subwoofer omnidirecional que atende diferentes propostas e projetos. Os dois drives de neomídio de 18” garantem um alto nível de pressão sonora e uma frequência de resposta expandida. Apesar de ser o maior sub da d&b omnidirecional, quando usado em conjunto de três e em arranjo CSA (Cardioid Subwoofer Array) eles exibem rejeição impressionante na parte traseira. Para aumentar a flexibilidade, o B22-SUB também pode ser operado no modo INFRA, que aumenta a resposta de freqüência para complementar outros subwoofers d&b. Quando utilizado como um sistema de infrabass, o B22-SUB trabalha a 32 Hz, com uma gama de funcionamento de 68 Hz superior, em comparação com o modo padrão, que opera a partir de 37 Hz a 90 Hz.

DE990TN E DE1090TN

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SUB B22

www.bcspeakers.com Esses novos drivers, lançados na ProLight + Sound 2015, passam a integrar a linha de produção da BCSpeakers. Os dois modelos oferecem um design com diâmetro menor, diafragma largo, que suporta uma ampla resposta de frequência, baixa frequência de crossover e alta potência do que as alternativas de diafragmas com diâmetros similares. O DE990TN tem como característica uma bobina de voz CCAW de 3,4 polegadas (86 milímetros) com plugue de fase otimizada e diafragma de titânio. Já o O DE1090TN apresenta uma bobina de voz CCAW de 4,0 polegadas (100 mm), montado em um diafragma de titânio, e possui um ímã de neodímio único.

DS10 www.dbaudio.com O DS10 é projetado especificamente para amplificadores d&b. Ele fornece 16 canais de saída AES3 através do protocolo de transporte de áudio Dante por meio de rede Ethernet, quatro canais de entrada AES3 e um switch de rede 5 portas integrado. Usando o DS10, vários canais podem ser enviados a partir do console para os amplificadores, utilizando um único cabo de rede. Nos amplificadores, o DS10 distribui os sinais de áudio às entradas AES3 dentro dos amplificadores d&b. O DS10 envia informações de metadados, como etiquetas de canal Dante e informações de cabeamento, através da corrente canal AES3 para a última geração de amplificadores d&b. Quatro canais de entrada AES3 permitem seu uso como um no-break Dante na hosemix. Além disso, o DS10 oferece um modo de “bypass” que permite a operação de um separador de AES3, distribuindo diretamente os quatro canais de entrada AES3 a todas as saídas AES3.


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GRAVAÇÃO

NOVO DIRETOR NA FULCRUM ACOUSTIC

em único canal Para finalizar o ano de 2015 e aproveitando o momento da produção de seu quarto disco, a Radiola lança o videoclipe III.III.III.III.III.III (lê-se 3.3.3.3.3.3). Neste trabalho, a banda baiana mostra uma produção inusitada de música gravada em um único canal (Mono). O video apresenta o processo de gravação da música, parceria de Nancy Viégas e Glauber Guimarães, considerada uma das melhores de 2012 pelo site Embrulhador. A faixa integra o disco ArRede – Tempo Sem Nome, terceiro disco da Radiola, contemplado no edital “Produção de Conteúdo em Música da Secult-

BA”. As imagens ficaram por conta de Felipe Kowalczuk, premiado diretor baiano e a edição foi feita por Nancy Viegas no Estudio Casas das Maquinas. O inusitado é que a faixa foi gravada e mixada ao vivo, com um único microfone, sendo captados ao mesmo tempo vozes e instrumentos medidos pela distancia do microfone. O registro foi feito em um gravador de rolo com fita magnética, seguindo a estética do disco, que utilizou equipamentos analógicos na sua produção. Confira no canal https://youtu.be/puesL7FCBVM. Para mais informações: www.bandaradiola.com.br/arrede

BANDA BLOCO LANÇA DVD O New Kids on the Bloco, primeira banda bloco pop do Brasil, lançou em janeiro de 2016 seu primeiro EP pela Universal Music com distribuição nas principais plataformas digitais: Spotify, Deezer e iTunes. O EP é

composto pelas músicas “I Want You Back” (NSync), “I Want It That Way” (BackStreet Boys) e “Say You´ll Be There” (Spice Girls). Para mais informações, acesse: www.newkidsonthebloco.com.br

PRO AUDIO PRODUCCIONES FAZ UM POINTE A Pro Audio Producciones del Norte, uma empresa que emprega soluções em video, iluminação, geradores e estruturas, investiu em 24 Robe Pointe. A empresa, criada ha 25 anos por Victor Gutierrez, tem sua base no nordeste do México.

Os equipamentos recém-adquiridos foram usados no show de Romeo Santos, e pedido do LD Jorge Caraballo, e também têm sido utilizados em vários festivais EDM deste ano, juntamente com o evento Machaca Rock Fest 2015.

SURFISTAS NA MÚSICA O Grupo Oriente lança o clipe da música Ondas Grandes e conta com a participação do Top Surfer, Filipe Toledo, o caçula do Circuito Mundial de Surfe (WCT). Para narrar a história do próximo trabalho do Grupo Oriente, o vídeo fala sobre os desafios e sonhos que cada pessoa carrega. A música faz um paralelo entre as dificuldades encontradas na vida e no es-

porte e da determinação necessária para vencê-las. Traz o sonho de dois jovens de uma comunidade carioca de se tornarem surfistas profissionais. Além da participação de Toledo, a também top surfer Silvana Lima, o ator Jonathan Negueba, o especialista em tubos, Bruno Santos e o bodyboarder Dudu Pedra fazem fazer do elenco desse novo projeto musical.

A Fulcrum Acoustic, empresa de alta performance profissional em tecnologia para alto-falantes, anunciou que William Sauer é o novo Diretor de Marketing e Comunicação da empresa. Com experiência em serviços B2B, Sauer se junta à Fulcrum após ter atuado como gerente de marketing para a firma de advocacia Harris Beach PLLC e como gerente de comunicação da Manning and Napier, além de ter passagens por algumas agências como Ideafirst, Arteffects e Imagesmith. Sauer ficará baseado fora do escritório de Nova Iorque e pode ser contatado no: bill@fulcrum-acoustic.com

NOITE FRIA Chegando ao primeiro ano de lançamento de seu álbum de estreia e alcançando a consolidação da carreira em Salvador, o cantor Cajat inicia o trabalho de divulgação do material em nível nacional começando pelo seu primeiro clipe oficial, a faixa título de seu álbum, “Noite Fria”. O clipe é um recorte da história da música, onde um indivíduo enfrenta uma noite conturbada e se afunda em problemas pessoais, precisando da ajuda de seus amigos para se livrar do mal que assola sua mente.


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CADAC MÉDIO FORMATO A empresa polonesa Tommex instalou recentemente seis consoles CDC no Miejskie Centrum Kultury, como parte da modernização do centro cultural da cidade de Plonsk. Este é um dos mais recentes lugares da Europa que recebeu os modelos de console da CADAC de médio formato para som ao vivo.

FESTIVAL EM TRANCOSO A Light & Sound foi escolhida para fornecer todo equipamento de sonorização e iluminação do Festival Música em Trancoso de 2016.O evento de repercussão nacional recebe diversos artistas nacionais e internacionais. Realizado no Teatro L’Occitane, em Trancoso, teve sua primeira edição em 2012 dando sequencia nos anos seguintes. Para saber mais sobre o Festival Música em Trancoso acesse http://musicaemtrancoso.org.br/ ou https:// www.youtube.com/watch?v=K_f6AGciVOg

PINTURA EM INSTRUMENTOS Empresa líder na America Latina em pintura e arte em instrumentos musicais, a Music Kolor amplia participação local e inicia processo de internacionalização. Fundada em 2010 e maior empresa de pintura e arte em instrumentos musicais da América Latina, atualmente atende a grandes nomes da música, nacionais e internacionais, como Pearl Jam, Scalene, Supercombo, Cachorro Grande e outros. A empresa realiza serviços de pinturas premium em instrumentos musicais, desde as cores sólidas, sunburst, fosforescentes, customizadas com criações enviadas pelos clientes. A ideia é que a empresa tenha crescimentos de mais de 100% neste ano.

SEMINÁRIO DE ÁUDIO MACHINE AMPLIFICADORES E B&C SPEAKERS EM SÃO PAULO

No dia 19 de janeiro a sede da Machine Amplificadores (SP) foi local para um seminário sobre caixas acústicas, alto falantes e áudio profissional. O evento contou com a participação de lojistas, usuários e clientes da Machine Amplificadores. Na abertura do evento, o diretor da fábrica, João Carlos dos San-

tos, abordou todo o trajeto percorrido pela Machine até os dias de hoje. Na sequência, o engenheiro da fábrica Rodolfo Pascoto, responsável pelo desenvolvimento dos produtos, falou sobre os parâmetros de Thiele Small utilizados para a construção de caixas acústicas, além de fazer a demonstração das caixas e dos lines

fabricados pela Machine. Já o projetista em sistemas eletroacústicos, Claudio A. Abreu, da Sonic Mesh Eletroacústica, falou sobre a utilização de Line Arrays e suas variantes e da parceria técnica; didática e industrial com a Machine e de novos produtos e nichos de mercado. O evento teve ainda a participação do palestrante e engenheiro Gustavo Bohn, gerente e representante exclusivo dos alto falantes B&C Speakers para toda a América Latina. Bohn explicou sobre a B&C no mundo e falou de seus produtos e parceiros industriais em todo os continentes. A ideia é que as empresas envolvidas neste seminário criem mais cursos destinados ao áudio profissional.


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PARCERIA TOA E EMT Recentemente a EM&T – Escola de Música e Tecnologia revitalizou seu sistema de som e incorporou equipamentos da tradicional marca japonesa TOA em seu auditório. O objetivo é proporcionar uma ótima experiência sonora a seus alunos e visitantes. OS EQUIPAMENTOS TOA Aproveitando os equipamentos instalados na EM&T, TOA e Grupo Discabos também utilizam o espaço como showroom para demonstração dos equipamentos. A TOA Corporation possui uma vasta linha de alto-falantes, além de microfones, mixers, amplificadores e outros sistemas especiais, incluindo intercom por IP e evacuação por voz. No auditório da EM&T foram instalados o amplificador digital DA500FHL, o processador DP-K1, o subwoofer FB-150 e a Line Array HX-7, sendo que a instalação da HX-7 no EM&T é a primeira em solo brasileiro.

O HX-7 foi desenvolvido para atender grandes ambientes e utiliza a tecnologia de guia de ondas frontais, SYNC-Drive, perfeita para reprodução sonora clara em espaços com alto nível de reverberação e ruído, garantindo maior diretividade, cobertura, inteligibilidade e proporcionando uma melhor experiência em som. A TOA Corporation é uma marca japonesa que está há mais de 80 anos no mercado de áudio, e que há dois anos vem crescendo no Brasil por meio da parceria com o Grupo Discabos para distribuição dos seus produtos.

SOBRE A EMT A EM&T promoveu uma verdadeira revolução no ensino de Música e tem sido destaque em quase todas as redes de televisão e mídia impressa do país. Seu prestígio é também reconhecido no exterior de onde vem muitos alunos e de onde vieram 5 certificados internacionais de qualidade. Esses certificados fo-

ram atribuídos a EM&T em função de sua metodologia, instalações e nível de serviços prestados aos alunos, colocando a escola entre as mais modernas e bem equipadas escolas de música de todo o mundo. Recentemente recebeu apresentações de artistas internacionais renomados como Steve Vai e Andy Timmons.

MAIS INFORMAÇÕES: www.emt.com.br www.discabos.com.br www.toacorp.com.br


CONEXÃO BRASIL-URUGUAI Conhecido nacionalmente pelos sucessos Piradinha e Blusa Branca, o cantor e compositor Gabriel Valim embarcou para o Uruguai, onde fará uma participação especial no videoclipe da música Muevelo, da banda El Super Hobby, que está despontando na América Latina como Chile, Argentina, Paraguai e claro, Uruguai. A canção, de composição do cantor em parceria com Martin Laguna (integrante da banda), é um reggaeton contagiante, com partes da letra em espanhol e português. O clipe de Muevelo será gravado em um cassino na cidade de Rivera, no Uruguai.

ANE BRUN TOUR COM DLIVE

A empresa sueca Parashoot completou a turnê da cantora e compositora norueguesa Ane Brun usando o novo sistema dLive, da Allen&Heath, para gerenciar a house mix e monitores. A Parashoot adquiriu o dLive recentemente, compreendendo as marcas S7000 Control Surface e DM64 MixRack, e usou imediatamente na turnê para mixar House Mix e monitor no mesmo console. A última turnê da cantora, utiliza mais loops de batidas

e instrumentos eletrônicos. O setup do sistema inclui 11 In Ears mix Stereo, 4 Mono Aux, delay analógico e 1 wedge mix, 14 FX, 57 canais, 12 grupos de DCA, 2 grupos de Stero, 2 grupos Mono, 2 Matrizes Stereo e 2 Matrizes Mono. A gravação dos shows podem ser operadas via cartão Dante, que fica na superfície de comando, mais um cartão MADI que fica na MixRack para qualquer tipo de alimentação para broadcast.

NOVOS PRODUTOS ANTILOPE A Antilope traz para a NAMM 2016 dois novos produtos – um master clock HD e um protótipo Thunderbolt compatível com outra interface de áudio. A companhia também vai lançar um novo conceito

de controle remoto tanto para estúdio e performances ao vivo, bem como uma nova marca de efeitos DSP que será lançada brevemente, assim que for anunciada a parceria.

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GUSTAVO VICTORINO | www.backstage.com.br 22

para se manifestar. Foi rock, pop, tecno, eletrônico, baladeiro, trash e romântico... E sempre ousado. Ficou para a história como o mais camaleônico dos camaleões.

PERDA 3

DO BRASIL PARA O MUNDO

E o mundo não acabou... Apesar das previsíveis quedas nas vendas, o comércio varejista sobreviveu às sombras catastróficas de final de ano. A ordem é arregaçar as mangas e pensar em 2016 de forma diferenciada e cautelosa. Até porque, o mundo não vai acabar mesmo...

Sabem o que Peter Frampton, ZZ Top, Spyro Gyra, Living Color e o DJ Tiësto têm em comum? São usuários que aplaudiram aqui e lá fora a brasileiríssima FZ Áudio (www.fzaudio.com.br), fabricante de sistemas voltados às mais variadas aplicações e necessidades. Criada há mais de 20 anos pelo engenheiro Fabio Zacarias, a FZ conquistou um espaço que atravessou as nossas fronteiras e hoje a coloca entre as maiores empresas do segmento na América Latina e uma das mais respeitadas no mundo. Definitivamente, orgulho brasileiro em tecnologia e áudio profissional. Brazil... zil... zil !

PERDA 1 Lemmy foi mais do que um músico inovador no seu instrumento... Ele fez do Mötorhead uma referência no rock visceral e sanguíneo que habita o lado obscuro de todos nós... A voz rouca, anasalada e quase afônica criou um paradigma sonoro de canto tal qual o poder de uma faca quente no corte da manteiga. Adicionar ainda a saturação de válvulas fritando o timbre do seu baixo fez do seu som algo único e visceral. Genial até hoje, e para sempre uma lenda ...

PERDA 2 David Bowie era camaleão, arrojado e vanguardista no limite da capacidade de compreensão daqueles que admiravam a sua música e a eterna busca pelo novo. Navegou em mares dicotômicos da música provando que o talento precisa espaço

A morte de Gleen Frey, do grupo Eagles, silencia um dos maiores compositores do pop americano do século passado. Aos 67 anos, o músico era o autor dos maiores sucessos da icônica banda. Grandes hits do Eagles, como Desperado, Take It Easy, Tequila Sunrise, Lyin’ Eyes e Heartache Tonight foram criados pelo músico que ao lado do baterista Don Henley marcou uma geração inteira com baladas inesquecíveis. E nada jamais será maior do que a maior de suas criações, afinal a clássica Hotel Califórnia foi escolhida pelos americanos como a melhor música pop do século XX e dona do mais perfeito solo de guitarra já criado até hoje.

FESTA NACIONAL DA MÚSICA 2016 No final de janeiro, o jornalista Fernando vieira, criador do maior encontro da música brasileira, bateu o martelo e definiu Porto Alegre como a sede da edição 2016 da Festa Nacional da Música. O anúncio oficial foi feito no evento de lançamento da revista anual da Festa e do DVD da edição 2015. Com a presença do prefeito e do governador do estado, a Festa 2016 volta para a capital gaúcha, local onde nasceu há 35 anos.

GUNS E OS FESTIVAIS Por que os festivais mundo a fora se agarram às bandas antigas para ter público e atrair a mídia? A volta do Guns N’Roses meio na marra parece provar que no quesito qualidade, os velhinhos ainda parecem anos luz à frente das raras novidades interessantes. Movido$ ao in$u$peito de$ejo de e$tarem junto$, a banda volta incentivada por cifras astronômicas e como forma de aditivar o Festival de Coachella, em abril nos EUA. Difícil será evitar que o Axl Rose e o Slash se agarrem na porrada no palco. A grana


GUSTAVO VICTORINO | VICTORINO@BACKSTAGE.COM.BR pode ter acabado, mas o ódio entre os dois eu duvido.

ANAFIMA “A ANAFIMA é uma entidade que conglomera marcas brasileiras, produzidas aqui, de preferência, ou em outros países”... com essa frase o presidente da entidade, Daniel Neves, comemora o crescimento da Associação Nacional dos Fabricantes de Instrumentos Musicais e Áudio. A diretoria eleita para o biênio 16/17 é composta por executivos referenciais no mercado e consolida a representatividade do órgão. Rodrigo Kniest (Harman do Brasil), Mauricio Cunha (Odery), Raul del Nero (Grupo Renaer), Gustavo Lermen (Bomber), Anselmo Rampazzo (RMV), Simone Storino (Izzo) Daniel Klajman (Tecniforte) e Fabio Zacarias (FZ Áudio) são os nomes que compõe a nova diretoria eleita no final do ano passado. Perto de conquistar uma centena de associados, a Anafima cresce a olhos vistos como mais uma instituição de defesa do segmento.

FRASE De um lobo do mercado ao definir as incongruências do setor na busca de metas comuns... “Achar que fabricantes e importadores vão se dar as mãos é imaginar raposas e galinhas vivendo pacificamente num mesmo cercado. Quando a fome bater...”

NAMM SHOW A crise passou longe do maior encontro do mercado em território americano. O NAMM Show acontece anualmente na Califórnia e esse ano registrou recorde de inscritos. Os negócios se mantiveram no mesmo patamar dos anos anteriores, sem quedas ou catastrofismo. A pseudocrise chinesa passou ao largo do mercado e ficou como simples boato que serve apenas de combustível para os espertos de sempre.

Como reflexo para o Brasil, a eterna luta contra a criminosa cotação do dólar que insiste em nos alijar do mundo moderno.

SEGURANÇA Em plena era da tecnologia, muita gente se pergunta porque os velhos cabos de transmissão de áudio ou dados ainda sobrevivem. A resposta parece simplória, mas é unânime e conclusiva... Segurança! Nenhum sistema ainda se mostrou suficientemente confiável a ponto de se transmitir pelo ar sinais de periféricos digitais ou analógicos a ponto de garantir a segurança do sistema e sua fidelidade. Inobstante isso, a disponibilização de bandas de transmissão passa ainda por legislação específica em cada país e a sua uniformização global ainda é uma utopia.

LEI ROUANET A Lei Federal nº 8.313/91, mais conhecida por Lei Rouanet precisa de uma urgente revisão nos seus dispositivos e critérios de concessão. Artistas renomados e, portanto, independentes de protecionismo estatal, aprovam projetos caros e de cunho meramente comercial com extrema facilidade. O maestro João Carlos Martins, por exemplo, teve milhões aprovados em projetos que ele sequer conhecia. E tudo pela mão de produtores espertalhões que indevidamente usavam o nome do artista. Já eventos voltados ao lançamento de jovens e promissores talentos ou de cunho estritamente cultural são dissecados à exaustão ou simplesmente rejeitados pela sempre suspeita burocracia de Brasília. Está na hora do MPF abrir uma nova pastinha na capital do país.

SOM Nos muitos prêmios cinematográficos que os americanos adoram distribuir todo o início de ano, culminando com o Oscar, a edição de som vem ganhando importância por um detalhe pouco conhecido, mas cada vez mais importante para diretores e atores. Enquanto a maioria imagina que as explosões, ruídos e efeitos sonoros fazem a qualidade de um trabalho (a própria Academia dissimula isso na hora de nomear os indicados), o fundamental para a obra é a sonoridade e inteligibilidade das falas e é nessa hora que entra o expert. Poucos percebem, mas alguns atores têm dicção complicada e precisam de overdub (regravação sobre a trilha original) para se tornarem compreensíveis. Em casos mais graves, o técnico precisa inclusive alterar digitalmente a voz do ator em cenas de ação para que a sua fala seja compreendida pelo espectador. Harrison Ford, Jeff Bridges, Cate Blanchett e Sylvester Stallone são apenas alguns dos fregueses da técnica.

PLÁGIO, CÓPIA OU INSPIRAÇÃO? A guerra entre a Apple e a Samsung em território americano abriu mais uma polêmica no mundo da alta tecnologia. A empresa americana acusou a coreana de ferir seus copyrights no design e conteúdo de smartphones. Como o tribunal que julgou era americano, a Samsung, claro, perdeu. Mas a decisão gerou polêmica porque os fundamentos da sentença, mesmo não reconhecendo uma cópia pura e simples, mencionou a “inspiração” como fator indenizatório ao detentor da ideia original. A subjetividade é tanta que isso praticamente acabaria com a titularidade planetária de design industrial e desenvolvimento de sistemas. Setores como o automobilístico e o áudio profissional seriam varridos do mapa por sentenças absurdas assim. É racional que os gringos se protejam, mas bom senso sempre faz falta.

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DE OLHOS FECHADOS Frida A cantora Frida lança novo clipe da música De Olhos Fechados. O single, que foi gravado em Boston (EUA) a convite da Converse pelo projeto Converse Rubber Tracks Worldwide e o clipe dirigido por Edson Gandolfi, aborda a vida sob um olhar simples, desde o tédio do dia a dia até as escolhas que podem mudar tudo. Formada por Sandro Silveira (guitarra e voz), Andriel Cimino (guitarra), Vinicius Braga (baixo) e Luis Mausolff (bateria), desde 2009 o nome Frida vem chamando a atenção no cenário musical do Brasil e do exterior. O grupo venceu a etapa nacional do concurso iberoamericano Universia U-Rock, foi escolhida por voto popular como revelação da Região Sul pelo portal Oi Novo Som, se apresentando no teatro Oi Futuro (RJ), participou nos festivais El Mapa de Todos, Noite Senhor F e Morrostock e foi destaque no portal britânico Independent Music News em 2014 como uma das dez bandas brasileiras mais promissoras. Recentemente foi indicado na categoria Melhor Álbum Pop no Prêmio Açorianos de Música 2015. Assista ao clipe De Olhos Fechados http://bit.ly/1TDfWlM

SEMPRE É HOJE Nenhum de Nós e Roberta Campos O novo álbum, Sempre É Hoje, lançado em formato digital pela Deck e físico pela Ímã Records, traz a participação especial da cantora e compositora

CIGARRA NO TROVÃO Sylvio Fraga O compositor Sylvio Fraga lança seu segundo CD Cigarra no Trovão. O disco é feito de canções e até a faixa instrumental é pensada como canção. Suas estruturas, harmonias, melodias e ritmos são influenciados por tudo que Sylvio e o grupo escutam. Música do mundo inteiro, em diferentes estilos: Rock, MPB, Samba, Bossa Nova, Jazz e Clássica. O quinteto é formado por Bruno Aguilar no baixo, José Arimatéa no trompete, Lucas Cypriano no piano e Mac Willian Caetano na bateria. “As canções são influenciadas por tudo que ouço. Mas também são influenciadas e geradas por tudo que acontece na minha vida. O ritmo de estar em casa, de

andar na rua, a construção de um poema etc. Como disse Keith Jarret: é uma grande falácia achar que a música vem da música; é como dizer que bebês vêm de bebês”, conta o músico.

Roberta Campos, na faixa Foi Amor, de autoria da mineira com o vocalista Thedy Correa. O grupo gaúcho agora deixa disponível no YouTube o clipe dessa música. O vídeo foi dirigido por Claudio Veríssimo, que já trabalhou com a banda no clipe do primeiro single desse álbum, Milagre, e no DVD Contos Acústicos de Água e Fogo, ganhador do Prêmio Açorianos de Música de 2013. As imagens foram feitas em diversas ocasiões, começando pelas gravações do disco nos estúdios em Caxias do Sul e no Rio de Janeiro. O vídeo também traz cenas da banda e da cantora em um show em Porto Alegre. Roberta também participou de apresentações em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Para assistir, acesse: https:// youtu.be/vHJoP0hyAaw


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LEITURA DINÂMICA| www.backstage.com.br 28 O eMotion LV1 é um console mixer digital revolucionário para engenheiros de house mix, monitor e broadcast. Baseado na tecnologia Waves SoundGrid, o software mixer entrega um som de qualidade para a qual a Waves já é reconhecida, bem como o rápio e conveniente fluxo de trabalho necessário às demandas dos ambientes. redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação

UMA NOVA ERA PARA O SOM

AO VIVO O

eMotion LV1 dá um controle nunca visto antes sobre cada aspecto do seu som ao vivo. Cada um dos canais de mixagem tem seu próprio rack de plug-in capaz de rodar mais de oito plug-ins Waves. Isso significa que você pode mixar ao vivo com centenas de seus plug-ins favoritos – todos funcionando dentro do seu próprio mixer. Todos os presets de plug-ing e cadeias salvos no eMotion LV1 poder ser compartilhados com o plug-in Waves MultiRack e Studio Rack, permitindo que você consiga uma mobilidade entre os ambientes de estúdio e ao vivo.

LV1 CHANNEL STRIP – WAVES EMO PLUG-INS O canal strip do mixer – com seu padrão de EQ, filtros e processadores dinâmicos – é provido pelos plug-ins da Waves eMo Dynamics, eMo F2 Filter e eMo Q4 Equalizer. Todos os três foram desenhados para uma máxima claridade e eficiência em um ambiente ao vivo. Todos os três estão incluídos no eMotion LV1 mixer.

FLUXO DE TRABALHO INTUITIVO Você pode ter controle do eMotion LV1 usando um hardware de controle


padrão de fábrica, com telas multi touch e dispositivos portáteis diversos, que variam de quatro telas touch screens até um simples laptop ou tablet. Não importa qual dispositivo está usando, o eMotion LV1 tem o mesmo fluxo de trabalho intuitivo, com uma construção de interface para usuário para flexibilidade e velocidade. Total Portabilidade eMotion LV1 usa a infraestrutura do SoundGrid para rede de audio. Isso pode ser configurado como um setup portátil ou fixo, e pode conectar a qualquer SoundGrid compatível com I/O ou servidor. Isso significa que você pode facilmente carregar seu mixer com você e ir para qualquer lugar a qualquer hora. Dessa forma você pode ter a todo momento que precise para trabalhar nas suas sessões, mesmo que esteja offline ou com total audio, e ter certeza de que você está 100% pronto para o seu show.

Nova Era da mixagem ao vivo Como um engenheiro de som ao vivo, você provavelmente quer três coisas no seu show: ótima qualidade sonora, rapidez e facilidade na operação do seu console e o mínimo de surpresas de última hora. O eMotion LV1 dá tudo isso e faz isso de uma forma revolucionária. eMotion LV1 é um software digital baseado na tecnologia Waves SoundGrid que pode rodar no seu PC ou Mac. Isso significa uma série de coisas: - Significa que você tem qualidade sonora esperada da Waves, bem ali no seu console de mixagem. Isso também significa que você tem uma precisão de controle sobre seu som quando ele estiver rodando o plug-in que vocês quiser da sua mesa. - Significa que você tem toda a flexibilidade que o software permite para operar seu console fácil e rapidamente, mesmo que esteja usando telas multi-touch ou qualquer outro controle de superfície.

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Todo mixer digital com software de interface permite que você edite suas sessões offline, sem audio, quando você está fora do local do ao vivo. A eMotion LV1 vai além disso e permite que você realmente mix suas sessões, com áudio, seja aonde for

- E significa que seu console é 100% portátil, ajudando você a estar 100% preparado para o seu show.

FÁCIL E RÁPIDO DE OPERAR Cada aspecto da interface da eMotion LV1 foi desenhado para encontrar suas necessidades quando ela mais conta. Aqui estão apenas algumas características que vão fazer sua vida ficar mais fácil durante o show: - A janela principal do mixer dá todas as mais importantes informações que você

precisa de uma vez só – todos os canais input e parâmetros, roteadores, entrada de plug-in, incluindo um desliador Touch and Slice para controle fácil e rápido de todos os parâmetros de plug-in. - Controle flexível de seus racks de plugins – mude instantaneamente a ordem dos plug-ins dentro de cada insert externo do seu rack de plug-ins, e muito mais. - Suporte para mais de quatro telas multi touch, bem como superfícies variadas de padrões de controle. - Exatamente a mesma interface amigável,


independente do display ou dispositivo de controle que você está usando.

ESTEJA SEMPRE PREPARADO Todo mixer digital com software de interface permite que você edite suas sessões offline, sem audio, quando você está fora do local do ao vivo. A eMotion LV1 vai além disso e permite que você realmente mix suas sessões, com áudio, seja aonde for. Veja como isso funciona. Para usar a eMotion LV1 com áudio, você precisa se conectar ao PC ou MAC que esteja rodando a mixer aos dispositivos compatíveis com o SoundGrid, uma interface de áudio ou um servidor. Mas aqui está a beleza da história: isso pode ser feito de qualquer computador, de qualquer interface SoundGrid, de qualquer servidor SoundGrid, não necessariamente os mesmos que

você usará na hora do show. No local, seu computador deverá ser um desktop com monitores grandes touchscreen, mas em casa pode usar um pequeno laptop ou tablet. No local, você pode tirar vantagem da rede ShoundGrid para conectar um grande número de interfaces com diversas I/O, bem como extra mixers, extra DAWs para playback e gravação, e muito mais. Mas em cada, no seu quarto de hotel, ou durante viagem de ônibus durante a turnê, pode ser usada um pequeno servidor e uma interface leve e compacta a fim de fazer a mix. Isso significa que você sempre pode levar seu sistema completo de mixagem, muito mais que 64 canais estéreo, processadores ilimitados – numa pequena mala or até mesmo na mochila. Rode uma sessão de áudio pré gravada na LV1 e trabalhe no seu audio mix real antes mesmo do show a qualquer hora, em qualquer lugar.

Características Técnicas •64 stereo/mono canais de entrada, 36 buss/canais de retorno •Roda 8 SoundGrid-plug-ins compatíveis diretamente com cada canal. •Canal padrão de processamento provido pela Waves eMo plugins •16 auxes, 8 audio groups (stereo/mono), L/R/C/Mono, 8 matrixes

•16 DCA faders, 8 mute groups, 8 userassignable shortcut keys •32-bit floating point mix engine; acima de 96 kHz sample rate •Compatibilidade com superfícies de controle padronizadas •Conexão com diversos I/O SoundGrid I/ Os e drivers e com múltiplas DAWs •Compatível com Windows/Mac 64 bit

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MONITORES ATIVOS JBL redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação

O JBL LSR305 é um monitor de estúdio que pode ser uma boa solução para engenheiros de áudio ou produtores musicais. Eles são ótimos para mixagem de música direto da sua DAW, edição de vídeo, ou qualquer outra iniciativa onde seja necessário precisão e detalhes sonoros. A JBL projetou a LSR305 com todas as características avançadas adquiridas da marca M2 Master Reference Monitor, do renomado engenheiro Frank Filipetti. Um inovador Controlador de Guias de Ondas cria uma imagem dimensional estéreo.

E

ste monitor de duas vias de 5” bi amplificado vem com um transdutor de baixa frequência Magnetically-Shielded de 5” e um transdutor de alta frequência de 1” além de controle de imagem do guia de ondas. Esse Classe-D de 41 Watts RMS amplificado para LF, e 41 Watts RMS amplificado para HF, possui balanço XLR e ¼ TRS de saída com Controle de Nível e Controles de Trim HF e LF.


Esse recurso foi desenvolvido para a marca M2 Master Re ference Monitor e, com a introdução da JBL 3 Series, agora é incluída pela primeira vez em um monitor de referência compacto e acessível. O projeto, que ainda tem patente pendente, do Controle de Imagem do Guia de Ondas controla precisamente o som que sai dos falantes tanto nos planos vertical quanto horizontal assegurando que a apresentação na posição do ouvinte seja neutra e precisa. Transdutores JBL são lendários para suas performances. As 3 séries de woofers de tiro longo e seu tweeter Neodymium composto de tecido de amortecimento foram desenhados a partir do zero a fim de reproduzir a

CONTROLE DE IMAGEM NO GUIA DE ONDAS

Este monitor de duas vias de 5” bi amplificado vem com um transdutor de baixa frequência Magnetically-Shielded de 5” e um transdutor de alta frequência de 1” potência dos transientes e das micro dinâmicas da sua mix. Esses drivers entregam um baixo pro-

fundo e impressionante e uma resposta de alta frequência suave para o ouvido humano.

Especificações técnicas Alcance de frequência: 43 Hz – 24 kHz Pico máximo SPL – 108dB SPL Pico máximo de entrada - +23dBu Tamanho LF Driver – 127 mm (5”) Tamanho HF Driver – 25 mm (1”) LF Driver Power Amp – 41 W Classe D

HF Driver Power Amp – 41 W Classe D LF Trim Control - +2 dB, 0, -2 dB HF Trim Control - +2 dB, 0, -2 dB Entradas - 1 x XLR, 1 x TRS Balanced AC Input Voltage: 100-240 VAC +/10% 50/60 Hz

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O JBL’s Patented Slip Stream™ trabalha em conjunto com o woofer para produzir resposta de um baixo profundo em todos os níveis de reprodução.

O JBL’s Patented Slip Stream™ trabalha em conjunto com o woofer para produzir resposta de um baixo profundo em todos os níveis de reprodução. A forma dupla do equipamento é precisamente projetada para uma maior extensão de baixa freqüência e reduzida turbulência. Grande potência, ótimo som – O eficiente amplificador Class D 3 Series confere bastante potência para entregar uma saída e um headroom dinâmico necessários para a maior parte do estilos produzidos. Já as saídas XLR e TRS 6mm dá a opção que você precisa para conectar suas 3 Series a qualquer fonte de sinal enquanto a qualidade do sinal profissional é as-

segurada. Outra característica é a entrada sensitiva selecionável. A chave sensível de -10dB/+4dB assegura compatibilidade com ampla gama de fontes de sinal, permitindo a conexão da 3Series a alta saída profissional sem qualquer perigo de sobrecarga de entrada. LF Trim e HF Trim – a chave Trim tanto para alta como baixa frequência dá um excelente controle sobre o som da 3Series na sua sala. Esse recurso pode ser usado para ajuste fino do baixo e do tremble a fim de compensar a acústica da sala ou gosto pessoal.

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www.jblaudio.com.br


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LOGIC PRO

RECURSOS FLEX

Vera Medina é produtora, cantora, compositora e professora de canto e produção de áudio

F Vamos focar nesta matéria as possibilidades de manipulação e correção de altura dos sons, ou seja, nos efeitos de Pitch disponíveis no Logic. Nosso objetivo é conhecer mais como utilizar o Flex Pitch em gravações vocais. Vamos primeiramente revisar para que servem as ferramentas Flex Time e Flex Pitch.

ALANDO UM POUCO DE HISTÓRIA

Nos anos 90, com a incorporação dos recursos de áudio no Logic Pro, surgiram também os recursos para manipulação de tempo (bpm) e altura dos sons (pitch). Podemos citar o Time and Pitch Machine, uma ferramenta do Sample Editor. Inicialmente, havia uma representação gráfica para fazer os ajustes na ferramenta Time and Pitch Machine, como se pode notar na figura 1.

surgiu para tratar das alterações na altura é o plug-in Pitch Shifter, conforme a figura 3, com configurações para bateria (drums), vocais (vocals) e fala (speech). Este plug-in não considerava os artefatos, tais como formantes na voz e pode ser acessado nos Audio FX nos canais na categoria Pitch > Pitch Shifter. Tivemos também o surgimento do plugin Vocal Transformer que trata particularmente de altura de vocais, conforme figura 4, acessado em Audio FX nos ca-

Figura 1

Esta função permitia a edição destrutiva do áudio e seu ajuste detalhado tanto em termos de altura quanto do tempo do arquivo e de forma independente (uma variável de cada vez em alguns casos). Hoje esta mesma função pode ser encontrada em abrindo o Editor, File > Functions > Time and Pitch Machine (vide figura 2). Outra opção que depois

nais na categoria Pitch > Vocal Transformer. Este plug-in incluiu os formantes, podendo alterar bastante vozes inclusive seus gêneros. E, completando este ciclo, tivemos um corretor de altura, ainda na mesma categoria de Audio FX em Pitch > Pitch Correction, conforme a figura 5. Para pequenas correções de notas longas, é um plug-in interessante.


Figura 2

são do tempo e correção de altura. As ferramentas atuais do Logic Pro X são conhecidas como Flex: Flex Time e Flex Pitch. Elas permitem uma manipulação do áudio de forma mais detalhada do que tínhamos antes com os plug-ins ou Time and Pitch Machine.

FLEX TIME: Figura 3

Para um trabalho mais detalhado, os resultados no mínimo eram variados, pois não havia um reconhecimento

Com a ferramenta Flex Time é possível analisar um arquivo de áudio e fazê-lo funcionar com o BPM da sessão, sem a mudança de altura. Obvia-

Figura 4

preciso e uma flexibilidade na resposta. Como já abordamos este assunto em outras ocasiões, vamos revisar as funcionalidades do Logic Pro X no que diz respeito à compressão ou expan-

mente, quando se usa qualquer uma destas ferramentas há um limite nas alterações possíveis para que não comecem a surgir artefatos indesejáveis. Os quatro tipos de análise do ar-

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Figura 5

Figura 6

quivo que o Logic Pro permite são: •Monophonic (monofônico): para arquivos mono, por exemplo, gravação de violão, guitarra, vocal, etc.

das como Speed e Tempophone, para resultados mais criativos. O Flex Time é ativado através do botão na página Arrange ou uso do atalho Command + F. Depois é necessário ligar o modo Flex na própria trilha. Veja na figura 6 os dois ícones em roxo. Nesta figura o projeto está em 120 BPM e o arquivo de áudio em 130 BPM. A onda fica com fundo branco para sinalizar que foi comprimida. O Logic Pro faz uma análise rápida do arquivo e escolhe o algoritmo

Figura 7

•Polyphonic (polifônico): para arquivos que possuam vários instrumentos gravados ao mesmo tempo. •Slicing (fatiado): para arquivos que possuam uma divisão rítmica bem clara, ainda que vários instrumentos gravados. •Rhytmic (rítmico): principalmente para gravações de bateria ou arquivos com definição rítmica. Além destas, temos ainda duas opções baseadas em efeitos conheci-

apropriado entre as opções já apresentadas. Ao mudar o BPM do projeto, o arquivo seguirá o que for definido. Essa função é muito útil para verificar qual o melhor tempo de uma música ou outras possibilidades criativas.

detalhadas na altura de notas e manipulação de formantes e vibrato. Essas manipulações só eram possíveis com plug-ins de terceiros, tais como Melodyne da Celemony ou Auto Tune da Antares, ambos com preços salgados. Embora os plug-ins de terceiros possam abranger mais detalhes do que o Flex Pitch, o que já pode ser feito é mais do que suficiente atualmente. O arquivo de áudio submetido ao modo Flex Pitch pode ser quantizado para uma determinada escala ou cada uma das notas pode ser movida para a altura desejada. Há 6 controles disponíveis nos retângulos que aparecem em cima de cada parte analisada: Pitch Drift (a forma que cada nota faz sua transição para a outra), Pitch Control, Gain Control, Vibrato e Formant (mudança do timbre sem mudança de pitch). Vide figura 7. O Flex Pitch permite que você defina as partes do arquivo que devem ser alteradas, assim como há controles de quantização, entre outros. Na próxima edição aprofundaremos o uso do Flex Pitch na manipulação de vo cais. Desta forma, reveja todos os conceitos sobre os recursos Flex para que nosso trabalho seja proveitoso. Grande abraço e até a próxima edição!

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FLEX PITCH O Flex Pitch surgiu no Logic Pro como uma demanda para o tratamento da afinação, mudanças

vera.medina@uol.com.br www.veramedina.com.br


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AJUSTES NOTA A NOTA, SÍLABA A SÍLABA

NO PRO TOOLS UM MERGULHO PROFUNDO NA FUNÇÃO CLIP GAIN A possibilidade de ajustar o nível de sinal diretamente nos clips sem precisar usar AudioSuite demorou para sair para os usuários de Pro Tools. Apenas na versão 10 ela foi implementada, mas por outro lado, foi extremamente bem implementada, principalmente no que se refere à sua integração com a automação convencional do Pro Tools. Neste artigo vamos explorar estes dois ambientes. Tanto o ajuste de ganho quanto a integração com a automação.

Cristiano Moura é produtor, engenheiro de som e ministra cursos na ProClass-RJ

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LUXO DE SINAL - MAIS IMPORTANTE DO QUE NUNCA

A ordem com que o sinal é processado afeta o resultado, portanto, é essencial entender como acontece o processamento no Pro Tools. Engana-se quem acha que não há diferença entre o ajuste de ganho com Clip Gain, ou com o Fader do canal.

ção, equalizadores e os demais processadores que podem estar nos inserts (fig. 1).

MÉTODOS PARA AJUSTES PONTUAIS NA ONDA Todo clip no Pro Tools (a partir da versão 10), possui um ícone no canto inferior esquerdo (fig. 2) e basta clicar e arrastar o mouse sobre ele para fazer o

Fig. 1 - Fluxo de sinal no Pro Tools 10.01

O ajuste de Clip Gain é um ajuste direto na onda sonora e acontece antes dos inserts, então isto significa que o Clip Gain interfere em compressores, noise gates, distor-

Fig. 2 - Ícone do Clip Gain

ajuste na onda. Simples assim. Porém, a função contempla mais algumas opções interessantes que costumam passar desapercebidas.


Fig. 3A - Ajustes dinâmicos de ganho

Fig. 3 - Ajuste estático versus Ajuste dinâmico

Além de ajustes de ganho estáticos (mesmo ganho em todo o clip), existe a possibilidade de fazer ajustes dinâmicos (ganho variável), similar ao processo nas curvas de automação. Para isso, é necessário habilitar a visualização gráfica do Clip Gain pelo menu View > Clip > Clip Gain Line. Com a linha visível, é possível criar pontos com o Grabber Tool ou desenhar curvas com o Pencil Tool, exatamente como se faz com as linhas de automação (fig. 3). Outro destaque é a função Nudge Clip Gain. É uma possibilidade de ajustar o ganho apenas com o atalho do teclado. Basta acionar o atalho Control (Mac) / Start Key (Win) + Shift + Seta para cima ou para baixo para amplificar ou atenuar em incrementos de 0.5dB.

nova onda sonora, e “Clear Clip Gain”, usado para apagar todas suas modificações de uma só vez.

MANTENDO COMPATIBILIDADE COM OUTRAS VERSÕES Nos dias de hoje é muito comum trabalhar em edição num estúdio de menor porte e partir para mixagem num estúdio maior. Um problema que pode acontecer é quando o estúdio de grande porte ainda não está utilizando o Pro Tools 10, e logo não tem acesso ao Clip Gain. Neste caso, a recomendação é fazer uma cópia da sessão compatível uti-

DEMAIS FUNÇÕES COM O BOTÃO DIREITO Ao clicar com o botão direito em um clip, outras opções úteis serão apresentadas: “Bypass Clip Gain”, para comparar seu ajuste e a versão original, “Copy Clip Gain”, “Render Clip Gain”, para oficializar seu ajuste e registrar numa

Fig. 4 - configuração para compatibilidade com versões anteriores do Pro Tools

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Clip Gain é simplesmente um gráfico que informa como o Pro Tools deve interpretar o ganho de um determinado trecho, certo? Bem, a automação de volume não é muito diferente.

lizando a função “Save Copy In…” no menu File. Na caixa de diálogo que aparece existem diversas funções, mas para garantir compatibilidade, o mais importante é logo na parte superior, no campo “Session Format”, escolher a opção Pro Tools 7 -> 9 Session (fig. 4). Isso garante que todos seus ajustes de Clip Gain sejam processados e sejam entregues de forma perfeita ao estúdio de mixagem. Apesar de chegar ao resultado esperado, lembre-se de que os arquivos foram processados e não seria fácil reverter caso necessário. Então, a seguir, vamos ver outra possibilidade um pouco mais complexa, porém extremamente útil.

CONVERSÃO DE CLIP GAIN PARA AUTOMAÇÃO Clip Gain é simplesmente um gráfico que informa como o Pro Tools deve interpretar o ganho de um determinado trecho, certo? Bem, a automação de volume não é muito diferente. Curiosamente desconhecida, a possibilidade de converter Clip Gain para automação é um dos pontos mais fortes com relação à implementação da função. Para fazer a conversão, basta selecionar o clip e acessar o menu Edit > Automation > Convert Clip Gain to Volume Automation. A figura 5 mostra o resultado desta função aplicado à figura 3. Esta é uma excelente alternativa de como levar uma sessão do Pro Tools 10 para um Pro Tools 9 ou inferior, mantendo os ajustes de Clip Gain “editáveis”. ATENÇÃO: por que perder tempo com o primeiro método? Por que então não utilizar apenas este segundo método? Porque este método só deve ser utilizado se não houver inserts na pista. Lembre-se: “fluxo de sinal - mais importante do que nunca”. Ao converter Clip Gain para automação, o ponto em que o ajuste de ganho foi alterado. Antes, ele acontecia antes do insert, e agora acontece depois do insert. Com isso, se houver processadores nos inserts (principalmente os que manipulam ganho), o resultado sonoro será diferente.

Fig. 5 - Conversão de Clip Gain para Volume Automation

COMBINANDO CLIP GAIN E VOLUME AUTOMATION Ainda no menu Edit > Automation, veja que existem outras variantes. É possível fazer o inverso (converter Volume Automation para Clip Gain), e há uma opção chamada de “Coalesce Clip Gain to Volume Automation” que merece nossa atenção. Num cenário onde já exista automação de volume e você queira incorporar também os ajustes de Clip Gain a ela, simplesmente converter não será suficiente, pois um valor vai cancelar o outro. Ou seja, se no Clip Gain tem +3dB e no Volume tem +2dB, com a função “Convert” Clip Gain to Volume Automation, os 2dB do volume serão apagados e só teremos uma linha de automação em +3dB (do Clip Gain). Já com o Coalesce, o Pro Tools vai ver os dois valores e escrever na automação o resultado. Então, se no Clip Gain tem +3dB e no Volume tem +2dB, teremos uma linha de automação em +5dB. E com isso encerramos este artigo. Fiquem à vontade para escrever e sugerir novos temas. Abraços!

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cmoura@proclass.com.br http://cristianomoura.com


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EMULATION TOUCH www.elationlighting.com A Elation lança no mercado esse novo controlador de iluminação Emulation Touch ™ . Fácil de usar com uma interface amigável, emulação Touch ™, o equipamento foi projetado exclusivamente para uso com o aplicativo Cuety ™, o software programador intuitivo Emulation Touch ™. Disponível agora para iPad® da App Store da Apple e disponível em breve para tablets Android ™ a partir da loja de aplicativos Android ™, a interface do usuário Cuety ™ permite aos usuários tirar total vantagem da mobilidade e multi-touch de exibição de um tablet. São duas versões de interface de hardware que estão disponíveis - Toque Emulation 1 ™ e emulação Touch 2 ™. Os dispositivos de emulação Touch ™ contêm o mecanismo para execução de um show, calcula tempos de fade e torna os efeitos dinâmicos. O sistema é baseado em lista de sugestão padrão para controle de até 64 luminárias com 64 playbacks e 48 pistas por reprodução, que inclui um poderoso gerador de FX. Ambas as versões incluem uma porta Ethernet RJ45 para Art-Net e Transmissão de ACN (CSN), bem como um DMX-512 port, oticamente isolado.

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VITRINE ILUMINAÇÃO| www.backstage.com.br

CADERNO ILUMINAÇÃO

ILED FOX SPOT 50 PLUS www.gobos.com.br Esse moving head tem como características um Pan com autorreposicionamento, Pan fino, Tilt com autorreposicionamento, Tilt fino, Velocidade de pan / tilt, Disco de cores (7+branco) / Efeitos rainbow, Disco de Gobos (6+aberto intercambiáveis) / efeito shake, Rotação do Gobo bidirecional variável, Shutter / Pulse / Random, Dimmer linear, Foco, Prisma de 3 faces / rotação bidirecional, Reset / 7 programas em memória / som ativo, além de 13 canais DMX, abertura de 120º, gobos no diâmetro externo 21,8mm / área de luz: 14,5mm, espessura máxima do gobo de cristal de 0.55mm e AC de 90-260V 50/60Hz.

EMOTION™ DIGITAL LIGHT www.elationlighting.com O EMOTION ™ é um moving light plug and play DMX assim como os demais moving lights. No entanto abriga um servidor de mídia onboard com arte e vídeos que podem ser facilmente manipulados a partir de um console de iluminação digital DMX royalty-free. Ao contrário dos últimos produtos de iluminação digitais, utiliza apenas 32 canais DMX (54 no modo estendido) para que os usuários possam facilmente operar e integrar dispositivos elétricos com o seu sistema de iluminação. Além disso, o equipamento tem a capacidade de carregar conteúdo personalizado remotamente na unidade - logotipos personalizados, padrões de gobos, animações e filmes – com uma gama enorme de possibilidades criativas.


COLORDASH S-PAR 1 www.chauvetlighting.com A Chauvet lança o primeiro de uma série de produtos da nova geração de equipamentos COLORdash LED Series: o COLORdash S-Par 1. Um dispositivo elétrico IP65 wash RGBA é um dos grandes avanços, permitindo uma mistura de cores. Isso porque seus 27 LEDs vermelhos, verdes, azuis e âmbar aparecem com uma fonte de luz homogeneizada grande e não como pixels individuais. Este recurso elimina a separação de cores que tipicamente ocorre durante a mistura de luzes LED, produzindo uma paleta de cores superior, provocando um tom emulsionado diretamente a partir da lente. Apresentando uma gama de temperaturas de cores (de 2800K-10000K), o COLORdash S-Par 1 pode produzir looks que vão do branco quente à luz do dia. Os usuários também podem tirar proveito de suas muitas predefinições de temperatura de cor. A unidade também está equipada com um dimmer eletrônico com 4 opções de modo dim, um obturador / strobe eletrônico; e programas automatizados. Ele é controlável através do protocolo DMX, com perfis DMX 3 (5, 6 ou 11 canais), permitindo aos projetistas flexibilidade de programação. Um display OLED, com proteção de senha e interface touchscreen, garante uma operação segura e fácil.

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CAPA|VIDEO MAPPING| www.backstage.com.br

CADERNO ILUMINAÇÃO

Conhecido no início como mapa de video, ou video mapping, ou ainda realidade aumentada, o mapa de projeção está se convertendo em grande velocidade em uma experiência de comunicação para complementar grandes eventos e instalações para marcas, administrações públicas ou entretenimento. Trata-se de uma tendência favorecida por conta da acessibilidade cada vez maior a ferramentas, recursos e conhecimentos necessários para colocar de pé essas experiências monumentais.

Clayton Brito gerente da Christie no Brasil redacao@backstage.com.br Fotos: Ralph / Divulgação

Michel Djaoui - Cathedrale St Jean

COMO TIRAR

PROVEITO DOS O Ã Ç E J O R P E D S A P A M N

a atualidade, o mapa de projeção, ou video mapping tem sido mais usado para designar a transformação mediante luz projetada de espaços e estruturas.

Esta atividade se conhece também como mapa de video, mapa de pixels, mapa monumental, mapa arquitetônico, projeção cênica, projeção ambiental ou projeção em grande escala.


C Moscow ~ ET Alfa Show 4D

Ainda que a aparição de uma forma artística específica consista em utilizar projeções para transformar com elas uma grande superfície tenha várias décadas de história, suas fontes remontam há muitos séculos atrás. Há indícios de que são de mais de 2 mil anos da Grécia Clássica e os antigos chineses usavam câmaras escuras o estenopeicas para projetar imagens de seu entorno. Na Europa do século XVII, utilizavam-se velas e lâmpadas de óleo como fontes de iluminação, como se fossem “lanternas mágicas” que projetavam sobre superfícies transparências pintadas em placas de vidro. Nos anos 80 do século 20, os artistas começaram a levar seus traba-

lhos para o experior, empregando potentes projetores de grandes dimensões no que se pode considerar uma prévia dos espetáculos de projeções arquitetônicas de hoje. Os grandes projetos de video mapping são fruto de uma combinação que deu certo de ideias potentes e estruturas atrativas, tecnologias adequadas, mão de obra qualificada, e de um trabalho criativo que seja colocar de pé um espetáculo que maravilhe o público que está assistindo. Iniciar nesta modalidade, exige um conhecimento claro dos agentes

que estão envolvidos, as tecnologias e as exigências em funcionamento, mas também no desenvolvimento de uma grande ideia e um plano que estejam no adequados ao mesmo tempo, transcendendo a estrutura ou objeto que vão nos servir imediatamente de tela de fundo. Para isso, neste artigo vamos falar sobre uma série de conceitos e re-

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“ ” O conceito, criação e valorização de displays de mapas de projeção com poder de impacto no público implica em um grande número de atores

LRT - Rheinpartie

LRT - Rheinpartie

quisitos essenciais para obter o máximo rendimento de nossa inversão em projetos de projeção mapeada.

DEFINIÇÃO DOS ATORES-CHAVES O conceito, criação e valorização de displays de mapas de projeção com poder de impacto no público implica em um grande número de atores. Mencionamos aqui alguns dos grupos que colaboram em uma instalação típica, mas não vamos nos esquecer que a participação de um ou outro variará em função do projeto. - Clientes: deles parte a solicitação de uma instalação de projeção mapeada e a definição dos requisitos fundamentais do projeto. Existem muitos tipos de clientes, desde uma marca comercial, museu ou administração pública a gestores de salas de festas ou parques temáticos.

- Companhias de espetáculos: empresas especializadas e centradas na realização de todos tipo de negócios que envolvam eventos. Geralmente, alugam a projeção e o harware que vão precisar para cenografar os eventos e proporcionam as habilidades e o know how para fazer o design, gestão e execução dos espetáculos de projeção mapeada. - Desenvolvedores de conteúdo: se bem que muitas companhias de espetáculos contam com a capacidade criativa dentro da própria empresa, os estúdios de produção focam especificamente nos materiais projetados, concebendo e produzindo grafismo de vídeos e gráficos animados a fim de transformar objetos e estruturas. - Integradores de sistemas: os profissionais de auidovisual e as empresas de sistemas de TI contam com a experiência necessária e conhecem tudo o que se precisa para por em marcha projetos de êxito – das melhores opções tecnológias às possíveis limitações de luz ou de ruído. - Audiência: Nada importa, nem a tecnologia nem a criatividade se não conseguimos despertar no público que assiste ao espetáculo aquilo que pretendemos, que pode ser, simplesmente, maravilhar o público ou criar nele a notoriedade da marca que buscávamos.


Alfa Show - 4D - Moscow - ETC

ELEMENTOS DE DISPLAY DA PROJEÇÃO MAPEADA - Sistemas de warping, blendig e escala: os sistemas de produção e reprodução são os que organizam e coreografam as entradas dos motion graphics, viedo, fotogramas, sons e câmeras ao vivo no comprimento e na largura de uma grande tela iluminada com vários projetores e fontes. Existem casos em que os tamanhos de um visual excede a capacidade de um só projetor, quando

isso acontece, se recorre ao edge blending e ferramentas similares para unir multiplos displays em uma única imagem livre de divisões perceptíveis. Outras vezes, se recorre à tecnologia para se criar um mosaico de imagens. Tanto a escala quanto o warping e o blending se consegue com software ou com gerenciamento de hardwares e interruptores apoiada por um software com capacidade para sobrepor, misturar, definir, configurar e unir fontes. - Sistemas de warping e blending: os sistemas de produção e reprodução são os que organizam e coreografam as entradas de montion graphics, video, fotogramas, som e câmera ao vivo o comprimento e a largura de uma grande tela iluminada com vários projetores e fon-

tes. Existem casos em que o tamanho de um visual excede a capacidade apenas um projetor, quando isso ocorre, se recorre ao edge blending e ferramentas similares para costurar multiplos displays em uma única imagem livre de divisões perceptíveis. Outras vezes, se recorre à tecnologia para criar um mosaico de visuais. Tanto a escala como o warping e o blending são alcançados através de software ou software de gerenciamento de hardware e Comutadores Suportados pela capacidade de sobrepor, misturar, definir, configurar e fundir fontes. - Displays: muitos fabricantes de displays oferecem projetores direcionados ao consumidor ou de uso profissional, mas muitos poucos entre eles contam com a capacidade técnica, a experiência ou o suporte necessários para gerir visuais com uma capacidade brilho suficiente para mapear superfícies de qualquer tamanho. A mesma base tecnológica utilizada em salas de cinema digital mais avançadas serve aos diversos e potentes projetores comerciais que se empregam no mapping. Na hora de eleger um projetor terá que contemplar basicamente que potência de luz demanda o projeto. - Dispositivos de reprodução: ainda que a partir de qualquer fonte de vídeo ou PC seja possível enviar um sinal de display a um projetor ou dispositivo de gerenciamento e controle, diversas empresas têm desenvolvido sistemas de produção com base em Pcs especificamente adaptados às exigências do funcionamento dos projetos de projeção mapeada. São

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A existência de empresas especializadas de software, focadas em ferramentas para o desenvolvimento de trabalhos e projeção complexos, facilita a instalação e otimização de projetos de contemplação pública.

Michel Djaoui - Place des Terreaux - Marie Jeanne Gauthé

dispositivos capazes de enviar vídeo sem compressão e pesados para realizar o processamento de vídeo em tempo real. Alguns incorporam controles de sistemas de escadas e blending. - Software: A existência de empresas especializadas de software, focadas em ferramentas para o desenvolvimento de trabalhos e projeção complexos, facilita a instalação e otimização de projetos de contemplação pública. Muitas delas oferecem ferramentas com que gerem o blending de borda difusa e o warping da imagem, ajudando assim que um processo comprido e minuciosos de alinhamento de projeções e empilhamento de projetores se convertam e uma tarefa relativamente rápida e fácil. Há também aplicações disponíveis de software de uso fácil e flexível, concebidos para realizar projeções em tempo real, para usuários como VJ com espetáculos ao vivo ou cenógrafos de teatro.

- Sistemas de Visão: há um punhado de empresas desenvolveram soluções que eliminam grande parte da complexidade envolvida na gestão e unificar vários monitores. Falamos de sistemas capazes de derretimento nas imagens divulgadas por vários projetores -a possibilidade também se estende aos projetores comerciais, os profissionais não-somente. O resultado é um sistema unificado e dúcteis exibida. - Caixas: Existem empresas especializadas na concepção e fabricação de caixas para sistemas de projeção sensíveis, protegendo-as contra os efeitos nocivos do calor, frio e condensação em instalações temporárias e permanentes. - Outros aspectos sensoriais: a audição e olfato são outros elementos a considerar como apoio e reforço de um evento de mapeamento de projeção e pode ajudar a criar uma experiência multissensorial.


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Na iluminação cênica, turnês, festivais, shows e espetáculos também se tornam referências e parâmetros para Lighting Designers e para os fãs. Esses podem estar associados aos recursos cênicos ou aos resultados específicos, além dos elementos visuais e determinadas cenas, memoráveis. Na sua primeira passagem na América do Sul, David Gilmour proporcionou a realização de sonhos de milhares de fãs, seja pelo repertório repleto de canções clássicas do Pink Floyd, ou pela presença de algumas referências às turnês marcantes dessa importante banda.

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CÊNICA Cezar Galhart é técnico em eletrônica, produtor de eventos, baixista e professor dos Cursos de Eventos, Design de Interiores e Design Gráfico do Unicuritiba. Pesquisador em Iluminação Cênica, atualmente cursa Pós-Graduação em Iluminação e Design de Interiores no IPOG.

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ealização inimaginável para muitos fãs que esperavam pelo momento por décadas, mesmo após a confirmação oficial e depois da aquisição dos ingressos, faltava ainda o encontro entre ídolo e milhares de apreciadores do trabalho de uma das mais importantes bandas da História da Música para que um sonho se tornasse realidade, finalmente. Esse era o cenário que antecedia a apresentação de uma lenda viva na Pedreira Paulo Leminski, em Curitiba, local que, em 2015, já havia recebido shows de ícones como Kiss, Motörhead, Judas Priest e Ozzy Osbourne. David Jon Gilmour naturalmente faz parte de qualquer lista dos maiores gui-

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tarristas de todos os tempos. Compositor, intérprete e um dos vocalistas da banda inglesa Pink Floyd, são muitos os adjetivos que podem descrever os talentos, as competências e qualidades desse ícone que é inspiração para milhares de guitarristas e músicos em todo o mundo. Na produção da turnê, e também no desenvolvimento dos projetos de iluminação, a participação de um dos mais importantes Lighting Designers de todos os tempos: Marc Brickman. Brickman possui em seu currículo impressionantes realizações como produtor e Lighting Designer. Projetou a iluminação para as cerimônias de eventos


1980 trabalha com David Gilmour (e desde aquele período com o Pink Floyd, sendo o LD das turnês The Wall Tour, 1980 a 1981; A Momentary Lapse of Reason Tour, de 1987 a 1989; e The Division Bell Tour, em 1994) e com a carreira solo de Roger Waters (notabilizando-se nas turnês Roger Waters 2007 e The Wall Live, de 2010 a 2013). Brickman inclusive é considerado um dos precursores na utilização de automação na iluminação cênica, uso de moving heads e moving lights e lasers na produção de shows, mais especificamente a partir das turnês do Pink Floyd, na metade da década de 1980. Conceitualmente, muitos dos elementos e recursos utilizados nas últimas turnês do Pink Floyd estavam presentes, a começar pela imponência de “Mr Screen” – tela de projeção circular cercada por cinquenta moving spots, alinhados à borda da circunfe-

Fonte: Cezar Galhart / Divulgação

tais como os XXV Jogos Olímpicos de Verão realizados em 1992 em Barcelona (Espanha) e para os XVIII Jogos Olímpicos de Inverno em 1998 em Nagano (Japão). Além de projetos de iluminação arquitetural, produções teatrais e trabalhos também para séries e cinema (com destaques para A.I.: Inteligência Artificial, 2001; e Minority Report: A Nova Lei, 2002), realizou turnês com Paul McCartney (The New World Tour, 1993), Cirque du Soleil (Viva Elvis, 2010), Blue Man Group (The Complex Rock Tour Live, 2004), Nine Inch Nails (Fragility, 1999 a 2000), John Mayer (Battle Studies Summer Tour, 2009 a 2010), Black Eyed Peas (E.N.D. World Tour, 2010), Genesis (We Can’t Dance Tour, 1992), Whitney Houston (I’m Your Baby Tonight Tour, 1991), Bruce Springsteen (Born To Run Tour, 1974 a 1977), entre outros. Desde o início da década de

Apresentação de David Gilmour em Curitiba (Pedreira Paulo Leminski) – no destaque, cena de “Wish You Were Here” - “Rattle That Lock Tour”, 14/12/2015.

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Conforme Brickman destacava no espetáculo, nas primeiras canções, a presença de David Gilmour no palco determinava as escolhas e a condução da iluminação, enfatizando a figura do guitarrista em sua condição essencial e singular de artista solo – deixando clara a descontextualização com o Pink Floyd.

rência que compreende a tela principal. Ainda com significativa interferência da iluminação natural, e pontualmente no horário de 20h, David Gilmour iniciou o show com um solo desacompanhado para a introdução do espetáculo, iniciado com 5 A.M., canção que abre seu último disco, Rattle That Lock (2015), sequenciado pela faixa-título e pela terceira canção do mesmo álbum, Faces of Stone. Conforme Brickman destacava no espetáculo, nas primeiras canções, a presença de David Gilmour no palco determinava as escolhas e a condução da iluminação, enfatizando a figura do guitarrista em sua condição essencial e singular de artista solo – deixando clara a descontextualização com o Pink Floyd. Projetores e canhões seguidores valorizavam cada momento do músico, que permanecia estático, revelando sutilmente os componentes da banda, sem deixar de destacar a contribuição de todos eles. Entretanto, a partir da quarta canção,

ocorreu uma transformação na produção cênica, com a imponente presença dos moving heads nas estruturas superiores, remetendo aos elementos que fizeram parte das últimas turnês do Pink Floyd, presentes e percebidos pelo público. Isso se tornou evidente com Wish You Were Here, primeira canção do Pink Floyd que foi perfeitamente executada, para delírio e emoção coletiva. Na sequência, novamente, canções do trabalho solo do guitarrista – A Boat Lies Waiting e The Blue (esta, do álbum On an Island, de 2006). Cenas insólitas e monocromáticas se tornavam fundamentais para uma mais apurada concentração e foco nos solos e texturas musicais presentes nas composições e interpretação do artista e da excelente banda que o acompanha na turnê [Phil Manzanera, ex-Roxy Music, nas guitarras e backing vocals; Guy Pratt, nos baixos e backing vocals (e vocal principal em Run Like Hell); Jon Carin, nos teclados, guitarras e backing vocals (e Fonte: Cezar Galhart / Divulgação

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” Apresentação de David Gilmour em Curitiba (Pedreira Paulo Leminski) – no destaque, cena de Us And Them - Rattle That Lock Tour, 14/12/2015.


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Apresentação de David Gilmour em Curitiba (Pedreira Paulo Leminski) – no destaque, cena de Coming Back to Life- Rattle That Lock Tour, 14/12/2015.

des que culminaram com Us and Them, um dos pontos altos de um show balizado nas mais elevadas expectativas. A predominância de matizes azuis propiciava tranquilidade e reflexão, contextualizados com a mensagem e com as sensações provocadas pela canção. In Any Tongue (do último disco solo) e High Hopes (do disco The Division Bell, do Pink Floyd, lançado em 1994), fe-

vocal principal em Time e Comfortably Numb), Kevin McAlea, teclados e acordeão, Steve DiStanislao, na bateria backing vocals, João Mello (saxofones, violão), Bryan Chambers e Lucita Jules, backing vocals]. Com Money, Gilmour e banda proporcionariam uma sequência de canções e referências a um dos mais importantes discos de todos os tempos: The Dark Side Of The Moon (1973). O

A predominância de matizes azuis propiciava tranquilidade e reflexão, contextualizados com a mensagem e com as sensações provocadas pela canção. telão projetou as imagens utilizadas pelo Pink Floyd desde a década de 1970, em uma justaposição de mensagens, texturas visuais e sonorida-

charam a primeira parte, interrompida por uma parada (break) de vinte minutos, programada para a turnê. Na volta do intervalo, Astronomy Domi-


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Apresentação de David Gilmour em Curitiba (Pedreira Paulo Leminski) – no destaque, cena de Run Like Hell - Rattle That Lock Tour, 14/12/2015

ne (em homenagem a Sid Barrett) e Shine On You Crazy Diamond (Parts I-V) demonstraram as marcas da banda, e principalmente de Marc Brickman. Se na primeira canção, centenas de cenas se sucediam freneticamente, com intervalos próximos de dois segundos para perturbadas composições de cores e projeções de iluminação – em contrastes e combinações de choque - ; na segunda, em oposição, suaves transições, com ênfase nas imagens projetadas no telão e na interpretação de Gilmour, nostálgica, saudosista e brilhante. Brickman não poupava recursos, com delicadeza e leveza, próprios de sua formação profissional, iniciada no teatro, posteriormente transferida para shows e turnês, desde a década de 1970. Combinações enaltecendo unidade e afastamento, além das técnicas de iluminação cênica, combinavam-se com outros princípios do Design, tais como ritmo, assimetria, repetição, contraste e equilíbrio. Na sucessão de clássicos do Pink Floyd, Fat Old Sun (do álbum Atom Heart Mother, de 1971) e Coming Back to Life (também do disco The Division Bell). As minuciosas alternâncias nos resultados visuais e luminosos propor-

cionavam adequados cenários, dinamizados em sincronismo com as variações das intensidades e densidades com as quais as canções se apresentavam. Mescladas ao repertório, outras do trabalho solo, The Girl in the Yellow Dress e Today (ambas de Rattle That Lock), complementadas com Sorrow (Momentary Lapse of Reason, 1987) e fechando com outro ponto alto, Run Like Hell (The Wall, 1979). Nesta, particularmente, o aproveitamento máximo dos recursos de “Mr. Screen”, com imagens do público e dos músicos projetados e emoldurados por fachos vertiginosos, em matizes que cobriram dezenas de cores, secundárias e complementares. Para o bis, e última parte do show, uma sequência espetacular. No telão, a projeção da animação original criada por Ian Emes para Time”/”Breathe (Reprise), e mais uma vez, o brilhante trabalho de Brickman, resultante de uma sutileza enfaticamente teatral com a valorização e enaltecimento dos músicos, iluminados com matizes douradas, azuis, rubras e brancas, em transições relacionadas às sensações e humores das canções, uniformemente para todos os músicos, sem distinções. Para finalizar, Comfortably Numb, composição de Roger Waters e David Gilmour, integrante do álbum


Fonte: Cezar Galhart / Divulgação

The Wall (1979), e possivelmente, uma das mais conhecidas canções do Pink Floyd [nota do autor: marcada por dois dos mais brilhantes solos de guitarra da História]. Projeções de lasers se somavam em uma atmosfera densa e apoteótica, sendo, indiscutivelmente, o clímax de um show meticulosamente desenvolvido para ser inesquecível. Momentos incomparáveis fizeram desse um dos shows mais impactantes e especiais, por todas as referências e climas percebidos em todas as vinte e uma canções que fizeram parte do repertório, e pela reciprocidade e interação do público participante daquela apresentação histórica, espetacular e esplendorosa. Abraços e até a próxima conversa! Figura 6: Apresentação de David Gilmour em Curitiba (Pedreira Paulo Leminski) – no destaque, cena de Comfortably Numb - Rattle That Lock Tour, 14/12/2015

Para saber mais redacao@backstage.com.br

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Depois de conquistar principalmente as produções dos shows de sertanejos, o uso de LEDs ocupam novo nicho: as produções de reggae. Na estrada com sua nova turnê, a banda Natiruts conta com a ajuda de tecnologia LED e automação para compor e facilitar a execução do projeto cenográfico.

LEDS

NO REGGAE redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação

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om um recém-lançado DVD no mercado, a banda de reggae Natiruts colocou o pé na estrada para apresentar seu mais novo trabalho: Natiruts Reggae Brasil. Além do repertório com hits nacionais, o trabalho traz um novo elemento: a arte urbana que compõe o cenário. Esteticamente arrebatador, o gigante painel de LED teve sua arte concebida através de uma parceria entre a galeria de street art A7MA e os VJs do coletivo Embolex. O conceito inova-

dor começou já na concepção do projeto do DVD, usando artistas urbanos. Fernão Cimpra, da empresa responsável pelo projeto de LED - É-Mídia/Embolex Creative Pool -, conta que o trabalho surgiu “meio sem querer”, quando ele fez algumas imagens para o show solo de Alexandre Carlo (vocalista da Natiruts). “Acho que o pessoal gostou. Aí um ex-produtor do Natiruts, o Bing, me procurou dizendo que eles fariam um DVD com imagens de artistas de uma galeria de arte de SP chamada A7MA. Eles queriam algo inovador, trouxeram referências e nos deram toda a liberdade


Conceito 3D dava impressão de que banda estava inserida no painel

Equipe que participou da produção do DVD

para criar animações que mesclam fragmentos de trabalhos de diversos artistas”, explica Fernão. Ainda de acordo com Fernão, a ideia inicial era brincar com esse material. “Depois o Sylvio Ekman (arquiteto que também participou do projeto junto com Fernão) e eu pensamos em um projeto de tela que fosse o mais imersivo possível. A banda ficou parecendo que está dentro da tela, uma espécie de 3D sem óculos”, acrescenta. “Os caras da galeria A7MA fizeram telas exclusivas para cada artista, de acor-

do com a música de cada um. Depois, essas telas foram passadas para o pessoal da computação gráfica - do Embolex - que desconstruíram os desenhos, dando movimento às telas, em sincronia com a música”, conta Alexandre Carlo. Foram dois meses apenas para executar o projeto. “Utilizamos um sinc via timecode que entrava numa Grand MA, e mandava luz e vídeos em tempo real. Tudo sincronizado em dois módulos dessa mesa de luz. Esse é um formato que permitiu um trabalho menos fo-

cado em loops que se repetem, mas sim em narrativas que se relacionam com a música de forma livre, e absolutamente sincadas com o tempo musical”, fala Fernão, acrescentando que essa foi a primeira vez que fez um show em que a operação foi totalmente automatizada. “Isso permitiu que fizéssemos dois dias de gravação com cenários exatamente idênticos, o que facilita muito a edição final do DVD”, completa. Quando perguntado se o conceito dos LEDs também levou em conta

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Na turnê tudo é mais solto e as imagens têm que seguir o que rola nas músicas. Optamos por combinar momentos sincados pelo timecode e outras músicas em que misturo as imagens ao vivo, criando um ritmo de edição que acompanha a música

DVD contou com a participação de grandes nomes do reggae e música pop como Gil, Ivete Sangalo e Toni Garrido

uma possível turnê, Fernão ressalta que esse é um novo projeto de telas onde foram incluídas 16 músicas novas para esse novo show, e que portanto, a equipe não sabia disso antes de fazer o DVD. “Na turnê tudo é mais solto e as imagens têm que seguir o que rola nas músicas. Optamos por combinar momentos sincados pelo timecode e outras músicas em que misturo as imagens ao vivo, criando um ritmo de edição que acompanha a música. Agora não usamos mais a Grand MA Video e sim um media server com o software Resolume Arena 5 sincado com a mesa de luz GrandMA via DMX”, coloca. O setlist do DVD é bastante fiel ao do show original, gravado em Salvador, e que contou com a participação de grandes nomes do reggae e da música pop feita no país: Gilberto Gil, Edson Gomes, Ivete Sangalo, Toni Garrido (Cidade Negra), Saulo Fernandes e DM de Boa, Armandinho, Marcelo Mira (Alma Djem), Zeider Pires (Planta & Raiz), Hélio Bentes (Ponto de Equilíbrio), Tati Portella e Sander Fróis (Chimarruts), Duda Diamba, Marceleza (Maskavo), Edu Ribeiro e Sine Calmon. Para entregar o projeto foi necessário

Setlist do DVD é fiel ao show gravado em Salvador

uma equipe de sete animadores de After Effects, um arquiteto, Fernão, que dirigiu tudo a partir da Embolex, além dos artistas da A7MA, da equipe do Natiruts e da ZeroNeutro, do diretor do DVD, Raoni Carneiro e sua equipe. “Foram os técnicos que montaram os LEDs e estruturas de box truss. É gente demais, não sei dizer quantos exatamente”, pondera Fernão. Há mais de 15 anos no mercado, a Embolex tem em seu portfólio festivais de música eletrônica, além de bandas como Nação Zumbi, Instituto, Zafrica Brasil, Fernanda Porto, entre outros, além de trabalhos para museus, centros culturais utilizando o próprio projeto de audiovisual ao vivo.


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LUIZ CARLOS SÁ | www.backstage.com.br

Em vez do outono lindamente colorido, o Central Park presenteou meus passeios com ventos gélidos, árvores nuas e esquilos retardatários procurando avidamente suas últimas migalhas possíveis, acompanhados por maratonistas de shorts e camisetas, correndo como se fosse para salvar suas vidas, o que me parecia possível, já que eles suavam desesperadamente e seu suor perigava congelar. Dentro do meu casaco de neve, sofrendo com o vento polar que escalavrava minha boca, eu me divertia contando os patos e fazendo meu celular converter Fahrenheit em Celsius. Aí eu me pergunto: como é que pode alguém morar numa cidade que bate os 40 no verão, desce a menos 10

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maçã A maça

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NO INVERNO

ste mês meu assunto é... férias! Sinto-me escrevendo uma coluna de turismo. Senão, diga-me: que profissional da música amigo/a seu/sua vai a Nova York e não vê o Papa, ou seja, não vai aos shows, não entra em loja de discos, não corre atrás de instrumentos, cordas, palhetas, tecnologia, não batalha um ingresso de musical, não deixa, enfim, nem por um segundo, sua amada profissão falar mais alto? Só um louco. Então, parafraseando Neruda, confesso que fiz isso. Antes que os mais deslumbrados me acusem de negligência, amadorismo ou coisa que o valha, faço minha defesa. Já estive lá antes por quatro longas vezes, a trabalho e a passeio, em épocas e estações diferentes. Mas jamais havia encarado a Grande Maçã em pleno Natal debaixo de névoa, chuva e frio intenso. E foi isso que me fascinou e que talvez me tenha mantido longe do óbvio profissional. Nova York estava mais novaiorquina que nunca.

no inverno, mal tem uma colinazinha pra variar aquela reta entediante, sofre de meia dúzia de praias meiaboca e quando rola um solzinho pálido de dezembro os arranha-céus atrapalham? Alguma coisa deve se esconder ali. A resposta é velha, usada e abusada: grana. Mesmo sendo um maluco irresponsável você pode ficar milionário em Nova York. Na Indonésia, no Iraque, em Bangladesh ou no Butão a coisa fica um pouco mais complicada, a não ser que você seja rei ou um ditador bem-sucedido em suas promessas de fazer o povo progredir. Já em Nova York você pode até ser um músico brasileiro. Sabendo cavar não vai faltar, mesmo se você tenha que encarar uma meia dúzia de barmitzvah e casamentos por ano. Ninguém é de ferro. Não tive – nem jamais pensei em ter - gás suficiente pra encarar o ano novo no Times Square vendo aquela bola brega desabar morro abaixo. Confortavelmente instalado no Upper East Side, longe da Muvuca Turística,


LUIZCARLOSSA@UOL.COM.BR | LUIZCARLOSSA.BLOGSPOT.COM

O som do metrô continua bem apreciável. Um grupo multiétnico composto por rastas jamaicanos e improváveis indianos tirou um som

passei o Ano Novo numa pequena, porém decente, cantina italiana perto da minha base. Foi tranquila e feliz essa passagem. Ganhamos buzinas e chapeuzinhos de cone. Eu, minha mulher e meu filho menor nos bastamos e sopramos candidamente as buzinas ao sabor de um zinfandel californiano e um espumante ofertado pela casa, marromeno-porém-de-graça. Com o dólar quatro vezes acima de qualquer possibilidade, ele desceu correto. Ao nosso lado, famílias do bairro e um garçon que me agradeceu tão efusivamente a gruja de 20 dólares que olhei de novo a carteira pra ver se não tinha dado cem por engano. Saindo dali, com o otimismo exacerbado pelo zinfandel, quase acreditei na tese da nossa presidenta, baseada numa “crise mundial”. Mas que nada, como dizia Benjor. Eles estão bem. Meus passeios ao supermercado próximo ao hotel, onde comprava meus vinhos, pãezinhos e frescuras semelhantes, me convenceram de uma coisa que funciona em qualquer país do mundo: se as velhinhas estão simpáticas, a economia vai bem. Elas sorriam para mim e quando percebiam que eu era estrangeiro – maldito sotaque! – derramavam-se em gentilezas. Um amigo maldoso que voltou de lá pouco antes da minha ida já me tinha dito que eles estavam bem menos arrogantes depois do nine-eleven, mas eu achei isso por demais cruel. É verdade que o trauma foi significativo e bem visível, mas depois de quase dez anos de ausência de uma megalópole des-

sas você n& atilde;o tem tanta condição para avaliar certas mudanças. Uma, no entanto, me foi bem óbvia: Nova York está mais magra. Mesmo com a deliciosa comida de rua, parece que a saída cirúrgica tirou os obesos de circulação. Eles estão mais saudáveis, vistos inclusive os corredores malucos invernais que citei aí acima. O som do metrô continua bem apreciável. Um grupo multiétnico composto por rastas jamaicanos e improváveis indianos tirou um som magnífico na Lexington. Tinha também um robozinho coreano de uns dez anos de idade que tocava Beethoven na estação da Grand Central. Parecia que tocar Beethoven ou comer uma pizza dava na mesma pra ele. O garoto sorria aleatoriamente e dava a impressão de que poderia estar lendo o New York Times ao mesmo tempo em que fazia aquilo. O pai passava o chapéu. E tome dólar no chapéu. Confesso que pensei muito na minha viola de 12 naquela hora... Numa dessas viagens, entrou um violinista no trem. Apresentou-se com um inglês shakespeariano, largou um Debussy extremamente bem executado na cabeça da rapaziada e em seguida, sem meias medidas, atacou um bluegrass digno das Rockies. O pessoal lá estuda. Os mendigos ilegais que entravam em seguida não encontravam acolhida decente. Quem sabe trabalhar, ganha melhor. Ah, a meritocracia, que falta nos faz aqui! Mês que vem falo mais de turismo. Me engulam, zagalamente. Estou de férias!

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CSR Representações .............. (11) 2711-3244 ......... www.csr.com.br ....................................................................... 27 Decomac Antari .................... (11) 3333-3174 ......... www.decomac.com.br ............................................................. 55

Anunciantes Backstage | fevereiro 2016

Decomac DAS ...................... (11) 3333-3174 ......... www.decomac.com.br ............................................................. 07 Decomac d&b ....................... (11) 3333-3174 ......... www.decomac.com.br ...................................................... 4ª capa Discabos ................................................................... www.discabos.com.br .............................................................. 33 Gigplace .................................................................... www.gigplace.com.br ............................................................... 21 Gobos do Brasil .................... (11) 4368-8291 ......... www.gobos.com.br ................................................................. 29 Guitar Player ......................... (11) 3721-9554 ......... www.guitarplayer.com.br ......................................................... 56 Harman ..................................................................... www.harmandobrasil.com.br .................................................. 35 Hot Machine ......................... (11) 2909-7844 ......... www.hotmachine.ind.br ........................................................... 51 João Américo Sonorização .... (71) 3394-1510 ......... www.joao-americo.com.br ...................................................... 31 Modern Drummer ................. (11) 3721-9554 ......... www.moderndrummer.com.br ................................................. 41 Musical Plus Expo ................. (47) 9974-0780 ......... musicalplus@uol.com.br .......................................................... 25 Ninja Som RCF / Soundcast .. (11) 3550-9999 ......... www.ninjasom.com.br ........................................................ 2ªcapa Ninja Som Produtos .............. (11) 3550-9999 ......... www.ninjasom.com.br .............................................................. 03 Powerclick ............................ (21) 2722-7908 ......... www.powerclick.com.br .......................................................... 45 QuickEasy / EV ...................... (19) 3902-4405 ......... www.quickeasy.com.br ............................................................ 11 Robe .......................................................................... www.robe.cz ............................................................................ 57 Santo Angelo ......................... (11) 2423-2400 ......... www.santoangelo.com.br ......................................................... 05 Shure Brasil ............................................................... www.shurebrasil.com ............................................................... 17 Sonotec ................................. (18) 3941-2022 ......... www.sonotec.com.br ........................................................ 3ª capa Star Lighting .......................... (19) 3838-8320 ......... www.star.ind.br ........................................................................ 43 Taigar .................................... (49) 3536-0209 ......... www.taigar.com.br ................................................................... 39 TOA Corporation ..................................................... www.toacorp.com.br ............................................................... 59 TSI ............................................................................. www.tsi.ind.br .......................................................................... 15 Yamaha ................................. (11) 3704-1377 ......... www.yamahamusical.com.br ................................................... 19

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