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Sumário Ano. 22 - abril / 2016 - Nº 257
Alta performance em pequenos espaços
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O D-Edge, tradicional clube paulistano, referência em música eletrônica conceitual no país, inaugurou recentemente um sistema de som Sound Force, tornando-se o primeiro clube no mundo escolhido para utilizar a nova tecnologia D.A.S.
NESTA EDIÇÃO
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Música erudita e MPB. A junção desses dois estilos aconteceu no teatro L’Occitane, em Trancoso, na Bahia. O local, inaugurado em 2013, tem como principal atração o evento Música em Trancoso, que reuniu em sete noites nomes renomados da música clássica e da bossa nova. Para sonorizar o local, a empresa Light Sound optou por usar o mínimo possível em amplificação, tanto de voz quanto de instrumentos.
14 Gustavo Victorino Confira as notícias mais quentes dos bastidores do mercado.
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Vitrine A B&C Speakers lança o novo subwoofer 21DS115. O equipamento é uma evolução do subwoofer, que usa uma nova bobina de alumínio com 4 camadas.
20 Rápidas e Rasteiras A Martin Audio anunciou Dom Harter como novo Diretor Administrativo da empresa e a Yamaha passa a contar com um reforço de peso para seu time de artistas: Eloy Casagrande, baterista da banda Sepultura.
46 Tecnologia no trio Criado pelo músico e empresário Giba Gonçalves, o trio elétrico Cortejo Afro foi construído com uma arquitetura estilo tubular vazado e conta com a tecnologia Electro Voice. No trio foram instaladas caixas EKX 15 e EKX 18.
62 Vida de Artista A primeira memória musical vem de muito longe, do colo da mãe numa varanda de Vila Isabel onde - entre um e outro cochilo - entrevia o violão sendo passado das mãos do pai para as do amigo Carlinhos e vice versa. Mas o rock’n’roll só veio para o colunista alguns anos depois, com Bill Haley e Vandinha.
Expediente
Duas década de Planeta Atlântida
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A cidade de Atlântida (no Rio Grande do Sul) recebeu mais uma vez o maior festival de música pop da região Sul do Brasil. Completando duas décadas de existência, o Planeta Atlântida teve nomes consagrados da música nacional e internacional e P.A.Vertec.
CADERNO TECNOLOGIA 36 ProTools
40 Ableton
Bateria acústica é um capítulo à parte em uma produção musical. De forma geral, tudo é mais complexo, desde as opções de captação, vazamentos, sonoridade na mixagem e, em particular, a edição. No entanto, existem alguns recursos para edição de bateria no ProTools que facilitam seu trabalho.
Sua Performance ao vivo começa bem antes de você entrar no palco, no processo de planejamento. Criar Setups personalizados é um verdadeiro desafio, um brainstorm, para um bom planejamento de uma performance.
CADERNO ILUMINAÇÃO
Diretor Nelson Cardoso nelson@backstage.com.br Gerente administrativa Stella Walliter stella@backstage.com.br Financeiro adm@backstage.com.br Coordenadora de redação Danielli Marinho redacao@backstage.com.br Revisão Danielli Marinho Reportagem: Luiz de Urjaiss e Miguel Sá Colunistas Cezar Galhart, Cristiano Moura, Gustavo Victorino, Jorge Pescara, Lika Meinberg, Luiz Carlos Sá, Marcello Dalla, Ricardo Mendes e Vera Medina Edição de Arte / Diagramação Leandro J. Nazário arte@backstage.com.br Projeto Gráfico / Capa Leandro J. Nazário Foto: Baobá Comunicação / Divulgação Publicidade / Anúncios PABX: (21) 3627-7945 arte@backstage.com.br Webdesigner / Multimídia Leonardo C. Costa multimidia@backstage.com.br Assinaturas Maristella Alves PABX: (21) 3627-7945 assinaturas@backstage.com.br Coordenador de Circulação Ernani Matos ernani@backstage.com.br Assistente de Circulação Adilson Santiago Crítica broncalivre@backstage.com.br Backstage é uma publicação da editora H.Sheldon Serviços de Marketing Ltda. Rua Iriquitiá, 392 - Taquara - Jacarepaguá Rio de Janeiro -RJ - CEP: 22730-150 Tel./fax:(21) 3627-7945 / 2440-4549 CNPJ. 29.418.852/0001-85 Distribuída pela DINAP Ltda. Distribuidora Nacional de Publicações, Rua Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678 Cep. 06045-390 - São Paulo - SP Tel.: (11) 3789-1628 CNPJ. 03.555.225/0001-00
52 Vitrine iluminação A divisão Professional Solutions da Harman do Brasil destaca o Martin MAC Quantum Profile, que é uma alternativa em LED para substituir os movings de lâmpadas de descargas de 700/800W.
54 Iluminação Cênica A América Latina Olé Tour 2016, mini turnê da banda inglesa The Rolling Stones, que passou pelo Brasil em fevereiro deste ano, foi conduzida pelo aclamado e premiado Lighting Designer Patrick Woodroffe. A iluminação resultou em um espetáculo fascinante.
Os artigos e matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. É permitida a reprodução desde que seja citada a fonte e que nos seja enviada cópia do material. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios veiculados.
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CARTA AO LEITOR | www.backstage.com.br
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Acertar e ganhar
é uma questão de sorte? D
izem que em time que está ganhando não se mexe. E quando o sucesso não vem mais à porta? Começamos 2016 com uma ponta de esperança de que algo aconteça para que a economia do Brasil saia do ostracismo a que foi relegada no ano anterior. No entanto, é preciso também nos movermos em direção a outras experiências e caminhos, deixando de acreditar no que não funciona mais. Espanar conceitos arraigados que se acumulam como pó em cima do móvel é saudável para qualquer empresa que deseja sobreviver nos próximos anos. Olhar para outras possibilidades e outros caminhos tem sido a opção de algumas companhias brasileiras do nosso mercado, que vem apostando e acreditando nelas mesmas, fazendo o caminho inverso da crise. Tais como as grandes descobertas dos gênios da história, esses novos trajetos são revelados quase por acidente. No entanto, partiram sempre de um desejo de mudança. Não necessariamente grande. Como em um time, nem sempre todos os jogadores devem ser substituídos para que o desempenho da equipe melhore. Quantas vezes não tivemos a certeza de que o tal jogador é que estava prejudicando os demais em alcançar o resultado final. Às vezes, o remanejamento e a revisão de ideias, estratégias e objetivos são os elementos que faltam para “virar o jogo”. E dentro do nosso mercado, temos visto algumas iniciativas como essas. De empresas que decidiram apostar nelas mesmas, àquelas que optaram por reconsiderar suas ações, passando pelas que escolheram ousar, procurando novos caminhos. Alguns poderão indagar sobre ter sorte. Aquelas situações que acontecem quando o sujeito está por perto. Mas podemos pensar de uma forma inversa. A pessoa não teria sorte se não estivesse em determinado local ou situação. Portanto, antes da sorte existe a tal da atitude. Essa, sim, desempata os ousados dos acomodados. E é com essa certeza de que nada é para sempre, que precisamos sempre nos mover em busca de ações e atitudes em equilíbrio com o mercado. Nem sempre acertaremos o que vislumbramos, mas já é um começo para ir ao encontro da sorte. Boa leitura. Danielli Marinho
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MERCADO ABERTO A desvalorização da moeda brasileira está provocando um fenômeno interessante no mercado de áudio. Países vizinhos com legislação mais liberal começam a requisitar empresas brazucas de todos os portes para sonorizar eventos além-fronteiras. Além da economia, as empresas brasileiras oferecem melhor suporte tecnológico e técnicos mais bem preparados. O perigo é o calote e os limites legais da operação.
ACESSÓRIO ÚTIL QUALIDADE E PREÇO Passado o período de surpresa com a decadência da economia brasileira e o consequente aumento da inadimplência em todos os níveis, o mercado começa a racionalizar as iniciativas e agir dentro das regras de sobrevivência. Compras menores, estruturas enxutas e olho atento em promoções, fazem do atual momento um período de reflexão e maturidade comercial. A hora de retomar crescimento depende da economia e dos trapalhões em Brasília, mas a hora de sobreviver é agora.
Mesmo admitindo que os chineses conseguem produzir produtos de qualidade, desde que pagos para isso, começo a acreditar que algo está mudando no cenário musical quando se fala em equipamentos oriundos daquele país. A enxurrada de marcas internacionais que manufaturam seus produtos por lá transformou a China na fábrica do mundo. Marcados inicialmente pelo preconceito resultante da má qualidade da produção barata e economicamente atraente, os orientais lentamente foram mudando esse panorama e hoje já assinam produtos de primeira linha. A novidade está no fato de que a desaceleração da economia mundial forçou uma mudança também nos preços de lá. Quem procura, compra primeira linha pelo preço de produto popular e descartável. A hora é de pesquisar.
AC GUNS DC AND ROSES A saída do cantor Brian Jonhson e do guitarrista Malcolm Yong parece ter pirado a iconoclasta banda australiana AC/DC. Convidar Axl Rose para ser o novo cantor foi como colocar um leão para cuidar dos búfalos. O pau vai comer na primeira turnê. Conhecido pelo trato difícil, o guitarrista Angus Young vai descobrir alguém parecido e tão encrenqueiro quanto ele. Façam suas apostas sobre quanto tempo dura a parceria. Isso se ela vier realmente a acontecer...
A inserção de uma máquina de ritmo (ou bateria eletrônica, como alguns preferem) nos teclados profissionais é uma medida atraente, mas que vem sendo evitada pela indústria. Como os sons já fazem parte do pacote e um pequeno sequenciador programado custa centavos de dólar no custo de fabricação, fica difícil entender porque as empresas que lideram o segmento não adotam isso como regra. Já os teclados com autoacompanhamento se diferem porque exigem outros recursos, têm custo inicial mais alto e focam um perfil diferente de usuário, mas os sintetizadores e os pianos digitais poderiam, sim, ter a bateria eletrônica como parte integrante dos seus recursos. Tomara que alguém adote isso por padrão para que todos tenham que correr atrás.
COLA Sabem porque os casos de descolamento de braço ou tampo de violões e guitarras se tornaram cada vez mais raros? Mudou a cola. O acetato de polivinilo, ou PVA, é a base das colas de madeira e sua polimerização parcial ou completa dá origem aos vários tipos de cola para essa finalidade. Descoberta no início do século XX, o PVA nunca sofreu exigências tensionais mais significativas, senão a simples aderência de partes de madeira. A popularização dos instrumentos musicais e sua produção em larga escala exigiu dos fabricantes pesquisas mais específicas para a aplicação do produto. No final dos anos 90, laboratórios americanos e alemães
GUSTAVO VICTORINO | VICTORINO@BACKSTAGE.COM.BR alteraram o ponto de polimerização do PVA e criaram uma cola ainda mais resistente, menos tóxica e mais duradoura e que é usada até hoje. E, acreditem, ela é também menos fedorenta.
BOBAGEM Dia desses li num conhecido jornal brasileiro um pseudo crítico musical discorrendo sobre a “histórica má qualidade da música popular no Brasil”. O rapaz tentava justificar suas preferências e elogios ao status quo musical verde-amarelo. Juro que tentei ler até o fim o que o rapaz escrevia, mas na metade larguei... Se a coisa está ruim na qualidade musical, não é muito diferente na crítica dita “especializada”.
ELEIÇÕES 2016 Daqui a pouco começam as campanhas dos políticos focando as eleições municipais. E vai recomeçar também o uso indevido de músicas sem a necessária contraprestação aos seus autores. A hora é do ECAD e das editoras apertarem o cerco, aumentando a fiscalização.
tos autorais. Em 2015, segundo a RIAA, a poderosa associação da indústria fonográfica americana, o mercado parece ter consolidado ainda mais a sua transição para o mundo digital, registrando quase 75% de suas vendas por downloads e plataformas digitais. Ou seja, nos EUA, 3 em cada 4 músicas compradas não têm mídia. E o futuro chegou...
CARA DE PAU “Mesmo sem cachê, leve a sua banda e toquem para se divulgar...”. Acreditem, essa proposta ainda é comum em pleno século XXI. Ela habita a maioria dos segmentos ditos contratantes e invariavelmente revelam uma esperteza e um desrespeito flagrantes. De bares à emissoras de televisão, de eventos a campanhas políticas, parece que o mundo imagina o artista com um mero adorno ou acessório para atrair público. Tão constrangedor quanto isso é gente que acredita e aceita.
ESCRAVIDÃO
Em conversa com um amigo e técnico de longos anos, ele levantou uma questão que confesso ainda não fiz o devido juízo de valor pela absoluta nebulosidade que cerca o tema. Afinal, os componentes eletrônicos nacionais são de má qualidade ou apenas sofrem preconceito como tantos outros produtos? Tentei ouvir outros técnicos para falarem sobre o tema e encontrei opiniões absolutamente divergentes sobre a questão. Admito que ainda estou em cima do muro.
Brigas entre empresários e artistas não são mais novidade no Brasil ou no exterior. Nos EUA a coisa não é diferente, mas a cantora e porralouca Kesha se mostrou indignada e apelou da decisão de um tribunal que a mantém vinculada a um produtor musical, um tal de Dr. Luke, que já foi acusado até de estupro. A coisa fica polêmica porque, diferentemente do empresário que tem vínculo meramente material e comercial, o produtor influi diretamente nas características do trabalho e na sua finalização. A cantora disse que está condenada à escravidão e teme pelo seu futuro artístico na mão do rapaz.
EU AVISEI
DESINFORMAÇÃO
Numa coluna do longínquo ano de 2009 eu avisei que a música do futuro não teria mídia e seria cercada de problemas para arrecadar direi-
A discussão em torno dos benefícios concedidos pela Lei Rouanet parece cercada de desinformação e cada vez mais impregnada pelo
COMPONENTES
ódio ideológico que foi introduzido no nosso país por uma pregação raivosa da divisão de classes. A concessão de isenção parcial de tributos não garante recursos para aplicação no projeto artístico aprovado. Tal aprovação é complexa, mas perfeitamente plausível, desde que o projeto obedeça certas normas e características. Numa segunda, decisiva e complicadíssima fase é preciso buscar patrocinadores dispostos a pagar e, na maioria dos casos, receber somente uma parte de volta. O governo apenas abre mão de parte do que receberia, e se o espetáculo acontecer isso fica compensado. Mas sem dinheiro, nada acontece.
FESTA NACIONAL DA MÚSICA 2016 Confirmada para Porto Alegre, a edição desse ano do maior encontro da música brasileira, que terá ainda mais espaço para as novidades que buscam no evento uma janela para o sucesso. Atendendo a artistas e produtores que querem mostrar seu trabalho em novos lançamentos, a Festa terá além dos seus três dias tradicionais no sofisticado Hotel Plaza San Rafael, no centro da capital gaúcha, mais 6 dias de espetáculos espalhados pela cidade em pontos turísticos e locais cedidos pela prefeitura. A Festa 2016 terá, assim, tudo que sempre teve e muito mais espaço para os novos talentos.
AMBIGUIDADE Tem gente voltando de viagem ao exterior carregando sem saber apenas uma réplica de guitarra famosa e declarando original com medo da alfândega. Por outro lado, tem gente esperta fazendo o contrário e declarando como réplica instrumentos originais comprados bem mais barato lá fora. E duvido que algum fiscal alfandegário identifique a diferença.
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SUBWOOFER 21DS115 www.bcspeakers.com A B&C Speakers lança o novo subwoofer 21DS115. O equipamento é uma nova evolução do subwoofer, que usa uma nova bobina de alumínio com 4 camadas, conferindo mais energia, maior sensibilidade, menor distorção e melhor performance. O modelo 21DS115 tem 30 milímetros de comprimento, 4,5 polegadas de diâmetro (116mm) bobina de voz Copper Clad Aluminum Wire. Com 1700 watts de potência, 99dB de sensibilidade, e mais de 16,5 milímetros de XVAR, este subwoofer de alta energia é, segundo a empresa, um importante lançamento e foi considerado pela empresa um passo à frente de outros modelos similares da faixa B&C.
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1503 DES DUAL BAND DE-ESSER www.spl.info A SPL apresentou ao mercado durante a NAMM em janeiro o modelo 1503 DeS Dual Band De-Esser, o modelo original 9629 Auto Dynamic de-Esser agora disponível como um módulo 500-Series single shot. O Modelo 1503 Des Dual Band De-Esser torna mais fácil do que nunca para os usuários combinar com seus módulos favoritos da série 500. Além disso, tal processamento focado com bandas alta e baixa fazem com que seja possível processar sons sibilantes com maior precisão do que antes. Com efeito, a entrada de sinais são automaticamente ajustadas de modo que o tratamento desses sinais seja uniforme, independentemente da distância entre a fonte e o microfone. A tecnologia DET (Differential Envelope Technology) permite o processamento dinâmico pelo cálculo de diferenças dos pacotes gerados.
LANEY L5 STUDIO www.equipo.com.br O L5 é um amplificador cabeçote Valvulado USB para guitarra com interface para gravação de guitarra integrada. Possui potência de 5W e 0.5W RMS, 2 entradas Jacks, Alta (Hi) e Baixa (Lo), canais Clean e Drive, controles dos canais em Volume Clean, Drive e volume do Drive; Equalização Graves, Médios e Agudos e Tone, Válvulas do Preamp 3 x 12AX7, Válvulas na Saída de 1x EL84. O equipamento é um Classe “A” e possui ainda entre suas características reverb digital com qualidade de estúdio, Footswitch FS2 (Incluso), Conexões do falante - Jacks de saída (0.5W e 5W), FX Loop(s): série/volume selecionável. O desenho do gabinete é feito em compensado naval com faixas visual retro e alça de couro. Na seção Master, controles EQ Global, Reverb e Tone. Pesando apenas 7.8kg, o equipamento possui as seguintes dimensões: 90 mm x 420mm x 185 mm (AxLxP). Tem ainda RE-AMP Habilitado - Funcionalidade “Re-Amp”, Conectividade USB TUSB e Conexão Direta (DI): Saída balanceada (DI) com emulação de gabinetes.
MONITOR 12" MT 360 www.taigar.com.br Na versão ativo passivo com opção na cor preto ou branco, uma caixa acústica de 360W RMS, leve e ao mesmo tempo robusta, esse equipamento, pelo fato de trabalhar tanto como retorno de palco quanto caixa satélite, acompanha uma infinidade de aplicações. Recomendado para templos, centros de convenções, centros de eventos e palcos de pequeno e médio porte etc. O modelo ativo toca mais um passivo e é composto por alto-falante de 12" e driver de titânio, possui entrada para microfone ou mixer, controle de volume e três bandas de equalização, USB, Cartão SD, Rádio, Bluetooth e Controle Remoto. Alimentação AC 110/220 Volts - 60 Hz.
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MIXER WALDMAN KRISTAL POD 12.4UFX www.equipo.com.br O Krystal Pod 12.4UFX permite que você obtenha um som de qualidade superior de forma muito fácil e intuitiva, graças aos seus KRYSTAL Mic Preamps, além de inúmeros recursos de última geração como USB Interface (para gravações/conexões em computadores sem a necessidade de interfaces externas), compressores integrados e equalizações profissionais ultra musicais de 4 bandas (nos canais Stereo) e 3 bandas + Mid Paramétrico (nos canais mono). O equipamento possui ainda equalizador gráfico de 7 bandas para o Main Mix e a compacta e prática KP-12.4UFX, que oferece um total de 12 entradas (sendo que 4 entradas de mic) e ALT3-4 (2+2 Bus) para flexibilidade extrema de aplicações. Ainda conta com o processador Multi-FX 32-Bit com inúmeros presets e com Faders “Logarithmic-Taper” Premium de 60mm de alta resistência (incluindo Faders dedicados para FX SEND e AUX SEND) e controles rotatórios selados.
ARCHON SERIES www.fbt.it Os sistemas de alto-falante da série Archon foram projetados para fornecer uma ampla largura de banda e alto SPL para uma reprodução de som precisa nos mais diversos projetos. Com a série Archon FBT o usuário consegue atender às expectativas de hoje do mercado de som instalado: uma nova geração de alto-falantes melhorados que respondam às exigências de som de alta qualidade para os espaços interiores modernos. As linhas de série FBT Archon alinham três modelos de gama completa / BI-AMP 2-way e três modelos compactos de gama completa de 2 vias. Além disso, dois subwoofers de baixa performance (2 x 8 “e 2 x 15”) aumentam a extensão de baixa frequência dos sistemas desejados. Todos os falantes Archon são elegantemente desenhados e criados para atender o mais exigente projeto arquitetônico. A série FBT Archon foi projetada para atender a necessidade de som de alta qualidade em bares, pubs, restaurantes, lojas, clubes, locais de entretenimento, centros de fitness, salas de conferências, teatros, instituições de ensino, casas de culto, museus, centros de exposições, navios de cruzeiro, eventos corporativos, etc, pois entregam uma excelente inteligibilidade da fala, de cobertura de banda larga e precisa, sem falar da facilidade de instalação, graças ao hardware de montagem flexível.
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Avid na
JOELMA NA UNIVERSAL
Academy Awards A Avid parabenizou todos os profissionais que foram prestigiados com o Oscar 2016 nas categorias de Melhor Fotografia, Edição, Edição Sonora e Mixagem Sonora que usaram as soluções Avid na construção dos filmes ganhadores desse ano. De acordo com o presidente da empresa, Louis Hernandez, Jr., a Avid ficou extremamente honrada com a escolha da Avid Everywhere e a confiança no Avid Artist Suite pelos diretores de filmes, compositores, editores de som e profissionais de mixagem.
Harman Professional Experience na Santa Ifigênia O auditório da Galeria 490, localizada na rua Sta.Ifigênia, em São Paulo, é o palco escolhido pela Harman para realizar o Harman Professional Experience. O evento, que será realizado entre os dias 17 a 19 de maio de 2016, é promovido pela divisão Professional Solutions da empresa e será totalmente dedicado aos profissionais do mercado de áudio e iluminação profissional. O evento também
apresentará ao mercado as últimas inovações tecnológicas do segmento. A programação completa do Harman Professional Experience envolverá demonstração de produtos, palestras técnicas e workshops e será divulgada em breve. Os interessados podem obter mais informações e saber as formas de participação, por meio do telefone (51) 3479-4000 (ramal 4067) ou no email: marketing.pro@harman.com.
Martin Audio tem novo diretor A Martin Audio anunciou Dom Harter como novo Diretor Admi-
Dom Harter
nistrativo da empresa. Harter possui larga experiência em liderança de negócios com uma profunda história de paixão pelo pro áudio. O objetivo do novo diretor é construir sobre o sucesso da marca Martin Audio e ajudar a empresa a crescer ainda mais em diversos mercados em todo o mundo. Dom tem um currículo impressionante para alguém ainda muito jovem, com diversas atuações no mercado de pro áudio, incluindo a diretoria da R&D e a direção de vends da Turbosound antes mesmo de se juntar ao grupo Harman, com diversos cargos incluindo diretoria de vendas geral para a Harman´s Mixer BU.
A ex-vocalista da banda Calypso, JOELMA, assinou em março contrato com a Universal Music para lançar seu primeiro álbum solo. A cantora esteve no escritório da gravadora no Rio de Janeiro para conhecer a equipe e entregar o álbum finalizado. Joelma está na estrada com os primeiros shows da nova turnê “Avante”.
CALREC AUDIO LANÇA TECNOLOGIAS DE AUDIO SOBRE IP A empresa revelou durante a NAB Show 2016 novas tecnologias que permitem que profissionais de broadcast trabalhem em interfaces com múltiplos protocolos ao mesmo tempo. Essas tecnologias oferecem flexibilidade única e compreensível através de diversos padrões de áudio e vídeo. A Calrec demosntrou durante a NAB a interface AES67/Ravenna, a interface AVB, e o cartão modular I/O Dante, que também é compatível com o AES67, além de ter apresentado em primeira mão a interface de video SMPTE 20226, cujo cartão tem 10GB e pode receber mais de 4 SD, HD ou 3G streams de video, de-embedding 16 canais de áudio de cada. Cada stream de video pode ser retransmitido intacto ou com novo audio embedded.
VANGUART LANÇA CLIPE EXTRAÍDO DE NOVO DVD Há mais de uma década na estrada, com três discos e um DVD, o Vanguart prepara-se para lançar um novo registro em vídeo. Gravado em julho do ano passado, ao vivo no Centro Cultural São Paulo, o DVD Muito Mais que o Amor – Ao Vivo chega às lojas pela Deck no começo de abril. O registro reúne alguns dos maiores sucessos do grupo, num repertório de 19 músicas.
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Robe na turnê do Simple Minds
O modelo de moving lights ROBE BMFL Spot foram os escolhidos pelo lighting designer Stephen Pollard para a recente turnê da banda Simple Minds, a Big Music tour. A empresa de locação do Reino Unido HSL investiu em 50 novos Robe BMFL Spots um pouco antes da turnê começar, e, desses, 24 equipamentos foram usados por Stephen.
Yamaha em trilha musical da novela A trilha sonora da mais recente novela das 9 da Rede Globo, Velho Chico, contou com os trabalhos da Orquestra de Heliópolis, gravados com a estação de áudio digital Nuage, da Yamaha. Ao todo, foram registradas 26 músicas escritas pelo compositor Tim Rescala para a novela. O trabalho, porém, exigiu muito mais do que simplesmente posicionar os microfones e apertar “REC”. O processo chamado Film Scoring envolveu “toda uma comunicação específica, luz indicativa de gravação, vários sistemas e mandadas de fones de ouvido, além de caixas acústicas para retorno e comunicação com orquestra e maestro”, explica Clement Zular, engenheiro de som responsável pela gravação. Segundo o profissional, foi mobilizada uma equipe de cinco pessoas e usada cerca de uma tonelada de equipamentos para registrar uma orquestra completa que incluiu coro, dois instrumentos solistas e duas vozes solistas. Com o uso do Nuage, foi possível integrar perfeitamente os hardwares de controle e as interfaces com o software Nuendo, da Steinberg, formando um sistema que oferece produtividade e flexibilidade sem precedentes, com máxima qualidade de áudio.
BATERISTA DO SEPULTURA É NOVO PARCEIRO DA YAMAHA A partir de março, a Yamaha passa a contar com um reforço de peso para seu time de artistas: Eloy Casagrande, baterista banda brasileira Sepultura. Pelo som do Sepultura ser complexo e exigir muito do baterista, o Eloy precisa bater forte e rápido e treinar todos os dias. As baterias eletrônicas DTX ocupam pouco espaço e são ideais para estudar em qualquer horário do dia ou da noite sem incomodar os vizinhos, pois seus pads são silenciosos e proporcionam um rebote semelhante ao da bateria acústica. Isto permite ao Eloy ter o mesmo condicionamento físico para tocar ao vivo com sua bateria acústica, essencial para sua performance. Além da qualidade das baterias eletrônicas DTX, em seu banco de sons é possível encontrar efeitos e timbres das melhores baterias acústicas da Yamaha, as mais usadas em gravações no mundo todo. Usando sua saída de áudio é possível tocar ao vivo com sons de qualidade e sem perda de tempo.
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O D-Edge, tradicional clube paulistano, referência em música eletrônica conceitual no país, inaugurou recentemente um sistema de som Sound Force, tornando-se o primeiro clube no mundo escolhido para utilizar a nova tecnologia. Projetado para garantir alta performance e confiança, os modelos dessa série foram construídos seguindo o mais rigoroso padrão Sound Force da D.A.S. Audio, tornando esses equipamentos a primeira escolha das boates de alto padrão do mundo.
SÉRIE D.A.S.
SOUND FORCE Boate em São Paulo é o primeiro clube do mundo a utilizar o equipamento redacao@backstage.com.br Fotos: Internet / Divulgação
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série Sound Force, da D.A.S. foi desenhada para as necessidades exigidas nos locais de baladas de alto padrão, em que som excepcional, potência absoluta e aparência são requisitos cha-
SF221
ves. As características de cada modelo da série proporcionam aos designers de som das boates e dos clubes de dança uma gama enorme de configurações. Compressão nas médias altas, no médio
grave e opções de subwoofers fazem da Sound Force uma excelente opção às necessidades individuais de cada local. O modelo SF-112, por exemplo, é um sistema passivo de três vias desenhado para boates de alto nível sonoro. Dois difusores de fibra de vidro de grande formato fazem parte das sessões de médias e altas frequências na parte frontal.
Especificações técnicas SF-112 -12” midrange e difusor acoplado -Motor de compressão M-75N -Duplo tweeter para altas frequências -Paleta de cores personalizada -Acessórios específicos para empilhamento ou fly SF-215 -Alto-falante duplo de 15” de neodímio -Gabinete com design elegante -Configuração passa banda - Paleta de cores personalizada -Acessórios específicos para empilhamento ou fly SF-221 -Alto falante duplo de 21” de alta potência -Bobinas de 6” para gestão de alta potência -Gabinete com configuração de tiro cruzado -Design de caixa reforçado -Reprodução de baixas frequências SF-30A -Sistema de sugbraves autoamplificado -Cone de 30? de polietileno de alta densidade -Projeto único de motor linear com imã móvel -Amplificador com design ultra potente -Controle Diferencial de Pressão (DPC®) -Desenho da caixa altamente reforçado -Desempenho inigualável em comparação aos sistemas convencionais
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O desempenho inigualável em termos de potência, conversão eletromagnética, confiança e SPL máximo, são algumas das características inovadoras e melhoradas em relação a motores convencionais
” SF215
SF112
O SF-112 pode ser definido como tendo um som brilhante, definido e forte. Seu twitter duplo construído na parte frontal proporciona uma reprodução de ultra altas frequências imprescindíveis nos sistemas para clubes e boates. O SF-215 é também um sistema passivo, mas de médios baixos com falantes duplos de 15” de neodímio e gabinete de banda. Este modelo proporciona SF30A uma pegada e definição requeridas para sonorizar as músicas tocadas em boates. O SF-215 pode ser empilhado verticalmente ou montado ao lado do SF-112 para compor arrays horizontais, utilizando um acessório opcional de empilhamento e montagem. Destaque para o desenho elegante do gabinete que ostenta uma peça central envernizada que pode ser encomendada em cores personalizadas. Já o SF-221 é um sistema de subgrave com alto-falantes duplos de 21”, projetado para oferecer altos níveis de baixas frequências. Os falantes, equipados com bobinas de 6”, modelos altamente eficazes de dissipação térmica
e um modelo mecânico extremamente robusto, são ideiais para aplicações em locais que necessitem uso intensivo. O design do gabinete reforçado e a configuração tipo tiro cruzado são fundamentais para obter baixa intensidade elevada. Para completar a série, o modelo SF-30A utiliza um inovador falante baseado na estrutura de motor linear com imã móvel patenteada pela M-Force. O desempenho inigualável em termos de potência, conversão eletromagnética, confiança e SPL máximo, são algumas das características inovadoras e melhoradas em relação a motores convencionais. Esse motor dispõe de um amplificador de ultra potência Classe D que não é menos impressionante que o desenho do motor. Os valores tanto de voltagem (310 Vp) como intensidade (200apico), permitem ao amplificador M-Drive ex-
plorar todo o potencial do motor MForce. O DPC (Controle de Diferença de Pressão) é uma ferramenta ativa de processador acústico que controla e realiza os benefícios do sistema.
Para saber online
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Foi uma semana, digamos perfeita, de música erudita e MPB no teatro L’Occitane, em Trancoso, na Bahia. O local, inaugurado em 2013, tem como principal atração o evento Música em Trancoso, que reúne em sete noites nomes renomados da música clássica e da bossa nova.
MÚSICA EM DO ERUDITO S redacao@backstage.com.br Fotos: Baobá Comunicação, Cultura e Conteúdo / Ellem Cardoso / Divulgação
ubiram aos dois palcos do teatro, a Orquestra Experimental de Repertório (SP), regida pelo maestro Carlos Moreno, o pianista Maciej Pikulski, o clarinetista Walter Seyfarth, além da violinista Elena Graf, a mezzo-soprano Angelika Kirchschlager e o barítono Rafael Fingerlos. A bossa nova foi representada por Cesar Camargo Mariano no
piano, na voz de Madison McFerrin, Armando Marçal na percussão, Conrado Goys no violão acústico, Sidiel Vieira no baixo, Josué dos Santos no saxofone/flauta, Thiago Rabello na bateria e Walmir Gil no trompete e flugelhorn. A novidade ficou para o último dia com a apresentação da Rock Symphony com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais,
TRANCOSO À MPB com regência de Wolfgang Roese, Frederick Schlender, guitarra elétrica, Phillip Soddemann, guitarra elétrica, Steffen Peters, baixo, Holger Roese, bateria, Alex Melcher, cantor, Mennana Ennaoui, cantora, Angelika Kirchschlager, mezzo soprano, e Rafael Fingerlos, barítono, no mesmo palco.
Uma combinação que, num primeiro momento, é difícil acreditar que vai dar certo, em termos de sonorização pelo menos. A saída foi lançar mão daquele antigo conceito elegante de que “menos é mais”. A ideia não era melhorar um som que já era perfeito ou ainda “melhorar” a afinação da voz da cantora. O principal trabalho era justamente amplificar o que já estava perfeito com bastante cuidado para que exageros tecnológicos
não estragassem essa virtuosidade. A Light Sound, empresa escolhida para sonorizar o evento nesta quinta edição, teve como principal desafio solucionar alguns problemas de acústica do próprio teatro. De acordo com Ronald Fernandes, sócioproprietário da companhia, logo na primeira visita técnica ao teatro, foi constatada essa dificuldade na acústica. “Foi quando solicitei ao Rafael Lins (engenheiro da MTX) para vir dar uma olhada,
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“
O principal trabalho era justamente amplificar o que já estava perfeito com bastante cuidado para que exageros tecnológicos não estragassem essa virtuosidade.
”
Palco de baixo apresentou maior dificuldade para ser sonorizado devido à reverberação
pois tínhamos um projeto de trabalhar com zoneamento para conseguir melhorar um pouco”, explica. “Na verdade, deixei isso na mão do Rafael, que fez a avaliação do teatro e desenvolveu um modelo de caixa especialmente para usar aqui. E tivemos um bom resultado”, afirma, se referindo ao sistema MTX modelos SB218 (dois por lado), MTX-1222 (no P.A. Principal) e MTX-110 (center fill). Ronald conta também que toda a parte de backline foi feita com “o maior cuidado do mundo”. O objetivo era trabalhar com tecnologia diferente do cotidiano das demais locadoras, o que significou excluir multicabo e trabalhar com sistema digital. “O próprio Henrique da Pentacústica aceitou alguns projetos especiais que eu pedi para que fossem executados, além de todos os parceiros que participaram desse projeto de forma muito importante”, avalia. Por ser uma empresa extremamente jovem na área de áudio, foi feito um investimento durante sete meses, tempo de execução do projeto. Isso que dizer que,
Rack de equipamentos do palco aberto
Beto Neves (à direita): contratado para dar suporte no áudio
em termos de equipamentos, quase tudo usado ali era novo. “Foi comprado e pensado para aqui. O Henrique Elisei, da Pentacústica, o Rafael Lins, da MTX, o Gilberto Grossi e o Anderson Rubim, da Next Pro, o Fernando Ferreti, da Powertech, o Márcio Magalhães e Arnóbio Gomes, da
Soundcraft no P.A. do palco de baixo
Harman, são grandes parceiras da empresa”, fala Ronald. Mas não foi no primeiro dia que o sistema e equipamentos foram testados. Com uma apresentação totalmente acústica no palco aberto na parte superior do teatro, os músicos dispensaram o uso do P.A., e apenas no segundo dia de espetáculo é que foi possível ter uma ideia de como o sistema soava. “Sem dúvida, o palco de baixo é muito mais difícil. A reverberação é muito maior, a sala muito difícil de ser sonorizada. Mas o festival contratou o Beto Neves para ser o técnico do evento. Um excelente profissional que veio para somar. Ele está trabalhando para termos aqui o melhor”, ressalta. “No primeiro dia, foi tudo totalmente acústico como foi solicitado. Não quiseram que nada fosse microfonado, não tinha nenhum sistema de som no palco, o microfone só funcionou para o Carlo Lovatelli (um dos idealizadores do teatro) cumprimentar o público. No segundo dia, já aceitaram microfonar os cantores, e, pelo que conversei com a diretoria, ficaram supersatisfeitos. O Pierre EMTER, que foi uma das pessoas chaves em entregar o evento na nossa mão, acreditou na empresa e na responsabilidade que a gente assumiu, também me falou que o som estava muito bom”, avalia.
Equipe da Light Sound
como foi feita aqui”, comenta Ronald. Visita técnica foram umas 20, montagem, teste, checagem, conseguir uma equipe técnica bilíngue, uma exigência do próprio Ronald para atender melhor os artistas, mais logística de hospedagem, alimentação, translado, nada disso fazia parte da rotina da empresa. Pode- se dizer que o Música em Trancoso é um divisor de águas para a Light Sound. “É tudo novo e um caminho sem volta. Porque estamos participando do evento, vivendo as dificuldades, procurando
sempre corrigir e tentando deixar a dificuldade imperceptível para o cliente”, explica. O primeiro passo desta produção foi analisar e fazer um levantamento de investimento, de custo, de operacional. “Me assustei com os custos operacionais. Como falei, para mim é tudo novidade, então, a mão de obra tem um valor superior ao do dia a dia. A quantidade de dias muito grande, gera-se valores anormais para mim”, revela Ronald. Depois disso, foi partir para soluções dos equipamentos
PRODUÇÃO “Eu nunca precisei ficar seis meses fazendo uma produção técnica
Grande (à esquerda) e Kombi (Light Sound )
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Sistema MTX modelos SB218 (2 por lado), MTX-1222 (P.A. Principal) e MTX-110 (center fill)
“
Lembro que todos os amigos falavam: áudio é uma doença... Eu peguei a doença e não estou achando remédio” (Ronald)
que o empresário queria implantar na empresa, com ajuda de outras empresas parceiras. “Estamos nascendo no áudio. A primeira caixa de som que compramos foi em junho de 2014. Mas temos um trabalho sério, tenho um sócio, Leandro Correia que é como um irmão daqueles que entra no jogo para impulsionar a concretização do que a gente idealiza e que me permite tudo na empresa. Eu via as dificuldades e ia procurar uma solução, e tudo vem dando certo”, completa.
BÁSICO DO BÁSICO
”
Mais uma vez, a ideia foi lançar mão do “menos é mais”, com um conceito de iluminação minimalista, bastante básica, mas sem deixar de atender as exigências dos contratantes, que fizeram a escolha dos equipamentos que seriam utilizados.
Equipe de sonorização e respresentantes da Next Pro - Gilberto Grossi (à esquerda) e Anderson Rubim (à direita)
Apresentações aconteceram fora do L´Occitane
MA Light - console para a luz básica dos espetáculos
“Executamos tudo o que é solicitado. Atendemos em todos os quesitos, pois, aqui, neste evento em especial, os clientes são minuciosos e têm uma crítica e exigência muito grandes”, fala. A solução foi trabalhar com equipamentos mais novos e lançamentos mais recentes no mercado, excluindo os equipamentos antigos da empresa. “Substitui PC por SoftPar, por exemplo. Fizemos esses investimentos para trabalhar voltado para o teatro. Como somos primariamente uma empresa de luz, nada foi fora da normalidade na iluminação, tudo muito básico. Às vezes, num evento de axé a luz é até mais trabalhosa do que essa. “, compara.
movings. Eu viajava, carregava, operava, montava, desmontava, fui aumentando a quantidade de equipamento, foi quando comecei a ter funcionário. Em 2011, Leandro veio somar na empresa tornando-se meu sócio. Há algum tempo foi solicitado que fizéssemos investimento em áudio, resistimos muito para fazer esse investimento. Mas colocamos produtos de áudio na empresa para atender a um cliente específico, isso depois de três meses de negociação até nos convencermos. Lembro que todos os amigos falavam: áudio é uma doença... Eu peguei a doença e não estou achando remédio”, constata Ronald. “Temos muito a agradecer ao Grupo Hills, que nos deu oportunidades, crescemos muito com eles, ao Anderson Quaresma, o Geleia, que acreditou em nossa empresa aqui em Porto Seguro, e todos os nossos clientes que tiveram confiança na empresa”, finaliza.
LIGHT SOUND A empresa, que nasceu para atender o setor de iluminação, tornou-se fornecedora de soluções de áudio há bem pouco tempo. “A empresa começou há dez anos comigo, sozinho, com seis
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Tecnologia em amplificadores nacionais
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Apresentações durante o palco aberto: luz branca foi predominante na iluminação
Amplificadores modelos da série R da Next Pro: R3 e R6
Quem olhasse para o canto esquerdo do palco, podia notar um rack de amplificadores. Mas só se olhasse mesmo, porque em nenhum momento se podia ouvi-los, de tão silenciosos. Esses equipamentos integram a série R da Next Pro. No Música em Trancoso foram usados os modelos R6, que é um amplificador digital contendo 7200 watts totais, e o modelo R3, que é um amplificador digital também com 3000 watts, ambos utilizando a tecnologia multiflex, desenvolvida na empresa. “O R3 é uma linha já nova e fizemos um upgrade nele, e é o que chamamos de flex, então ele tem a mesma potência em qualquer impedância. No caso do R3 ele tem em seus 2 ohms 3600 watts, e em 4 ohms tem 3000 watts”, explica Gilberto Grossi, engenheiro da Next Pro, que foi a Trancoso acompanhar o comportamento dos produtos durante as apresentações. “Lançamos no final do ano e gostaríamos ver na prática esse upgrade. Então eles estão sendo essencialmente usados para amplificar o sistema de line array, com o R3 fazendo o sistema de drives as altas e o R6 trabalhando com os médios graves com os falantes de 6”, 12” e o subgrave”, completa. Segundo Gilberto, essa tecnologia desenvolvida é singular no país, e leva em conta as características próprias dos ambientes onde são realizados shows no Brasil. “Primeiro a nossa vantagem no Brasil que é um amplificador com PFC, que é o fator de correção de fonte. Os amplificadores nacionais não têm essa tecnologia e nós conseguimos nacionalizar algo que
era exclusivo dos grandes amplificadores mundiais que custavam uma fortuna. Conseguimos trazer essa tecnologia para vender ao consumidor com um preço 20% a menos do que ele pagaria em um amplificador internacional. Segunda vantagem é a tecnologia multiflex, que pode ser um aparelho de mesma potência em 2 ou 4 ohms”, ressalta. A Next Pro é uma fábrica essencialmente jovem e que veio para o mercado de amplificadores a partir da Expomusic 2013. Em janeiro de 2014, foi dado início a um trabalho de atendimento aos lojistas, nas revendas. Para tanto, além da linha profissional R, que foi usada no evento, a empresa possui a linha Nano, que é um amplificador de entrada nas lojas para sistemas de sonorização de igrejas, bares, restaurantes, sonorização de ambiente, de supermercados, lojas, uma linha que abrange esse mercado. “Ela foi especial para o mercado, poque ela trouxe essa tecnologia multiflex, que aboliu a necessidade de o cliente ter que comprar amplificador pensando na impedância. Ele pode comprar o amplificador e depois definir qual a impedância que ele quer usar, que ele vai ter um rendimento máximo do amplificador”, explica Anderson Rubim, gerente comercial. O produto foi responsável por abrir mercado para a Next Pro. “Temos lojas vendendo em toda região Sudeste, em Santa Catarina, em todos os estados na região Nordeste, e chegando aos outros estados do Sul, estamos procurando avançar para as regiões Centro-Oeste e Norte”, completa Anderson.
LISTA DE EQUIPAMENTOS
SONORIZAÇÃO TEATRO INTERNO Sistema de P.A e Center Fill 04 – Caixas Sub MTX-SB218 (2 por lado) 14 – Caixas Line MTX-1222 ( P.A. Principal ) 04 – Caixas Line MTX-110 ( Center Fill ) Consoles 01 – VI 3000 Soundcraft com stagebox (96 in, 32 out ) ( Console de P.A.) 01 – VI Soundcraft com stagebox (64 In, 32 out ) ( Console de Monitor ) Cabos Cerca de 140 metros de cabos (12, 8 e 6 vias) Multicabo 01 – Multicabo 64 vias Pentacustica Sistema de AC 2 Centrais e distribuidores da Pentacustica SONORIZAÇÃO TEATRO EXTERNO Sistema de P.A. e Center Fill 04 – Caixas Sub MTX-SB218 ( 2 por lado) 12 – Caixas Line MTX-1222 ( P.A. principal ) 04 – Caixas Line MTX-110 (Center Fill) Consoles 01 – VI 3000 Soundcraft com stagebox ( 96 in, 32 out) ( Console de P.A.)
01 – VI Soundcraft com stagebox (64 In, 32 out ) (Console de Monitor) Cabos Cerca de 120 metros de cabos (12, 8 e 6 vias) Multicabo 01 – Multicabo 64 vias Pentacustica Sistema de AC 2 Centrais e distribuidores da Pentacustica COMPARTILHADOS ENTRE PALCOS Monitores 14 - Caixas L’Acustic 115XT HIQ 04 - Meyer Sound mod. UM1P 10 - Retorno SM400 (Processados em 2 vias) 04 - Caixas 108A (FZ Audio) 04 - Sub Ativos BL Audio (Processados) 05 – Sistema In ear Shure PSM1000 duplos + Combiner com antenas 09 - Shure P9HW 19 – Fones Shure SE535 24 - Canais independentes de fone de ouvido com cabo e fones AKG 414 Microfonação 08 – Shure SM58Beta
08 – Shure SM57LC 08 – Shure SM57Beta 08 – Shure Beta 98 H/C 02 – Shure Beta 52A 08 – Shure Beta 56A 08 – Shure SM81 04 – AKG D112 08 – AKG C414 02 – EV RE20 08 – DPA 4061 16 – DPA 4099 08 - Sennheiser - MD 421 04 - Sennheiser - MD 441 20 - Neumann - KM 184 02 - Bacosbary ( Fita ) 03 - sistema Shure UR4D duplo + Combiner com antenas com bastão capsula 58 02 - sistemas WL + Combiner com antenas sennheiser com antenas
EQUIPAMENTOS ILUMINAÇÃO Palco Interno 01 – Console MA 12 – Beam 5r 08 – Spot 5r 10 – Move Led 18w RGBW 40 – Par Led 12w RGBW 16 – Ribalta de LED 1 metro RGB 24 – Refletores source four 750w 08 – Elipsoidal 750w 02 – Canhões seguidores 1500w Palco externo 01 – Console MA 08 – Beam 5r 32 – Par Led 15w RGBW 16 – Ribalta de led 1 metro RGB 32 – Refletores source four 750w 02 – Canhões seguidores 1500w
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RECURSOS PARA EDIÇÃO DE
B AT E R I A
NO PRO TOOLS Cristiano Moura é produtor, engenheiro de som e ministra cursos na ProClass-RJ
Bateria acústica é um capítulo à parte em uma produção musical. De forma geral, tudo é mais complexo, desde as opções de captação, vazamentos, sonoridade na mixagem e, em particular, a edição. Múltiplos microfones geram múltiplas dificuldades e, neste artigo, vamos ver quais opções temos em diversos cenários.
L
IMPANDO VAZAMENTOS
Para limpar vazamentos de peças que nem sempre são executadas, como os tons, no menu Edit temos o recurso Strip Silence. Tem o conceito similar ao Noise Gate, ou seja, elimina partes do áudio caso estejam abaixo de um certo nível, definido no parâmetro Threshold. O Strip Silence também possui parâmetros Clip Start Pad e Clip End Pad, que permitem uma “área de escape” para garantir que o pico inicial e a ressonância do tambor não seja perdida. Caso tenha dificuldade de encontrar o valor ideal, não se preocupe. Acontece bastante. Simplesmente escolha a opção mais aproximada e pressione o bo-
fig. 1 - antes do Strip Silence
tão Strip (fig. 1 e 2). Agora, apague o resto manualmente. Este processo é feito pista a pista, então é necessário rever os valores para cada uma das pistas.
PREPARANDO PARA LIDAR COM MÚLTIPLAS PISTAS Sempre que for editar um instrumento gravado em múltiplas pistas, é importante conhecer o recurso de agrupar pistas. Para isso, basta selecionar as pistas corretas e em Track > Group dar um nome ao grupo e garantir que a opção “Edit” esteja selecionada (fig. 3). Repare que existe a opção “Edit e Mix” que pode parecer mais conveniente a princípio, mas sinceramente é só uma
fig. 2 - depois do Strip Silence
do botão abaixo das ferramentas de edição (fig. 4) e permite que o usuário ande com o cursor de transiente em transiente. É perfeito para fazer cortes e seleções precisas sem necessidade de ficar abrindo e fechando o zoom. Já a função Nudge não precisa ser habilitada. Ela sempre está ativa, faz com que o Clip selecionado seja deslocado por um certo valor apenas pressionando os botões de soma ou subtração no teclado numérico. Se o
Fig. 3 - Agrupando pistas de bateria
complicação a mais se ainda estamos na fase de edição. A opção Edit é mais adequada, pois permite que os recursos do Mixer continuem funcionando de forma independente.
CORRIGINDO PERFORMANCE MANUALMENTE Se a execução foi boa, mas uma parte ou outra precisa ser corrigida, o ideal é ajustar caso a caso. Porém a chave para fazer ajustes finos são dois recursos: TAB To Transients e Nudge. A função TAB To Transients é o segun-
Fig. 5 - Configurações do Nudge
Clip selecionado estiver andando mais do que você gostaria, você pode regular este valor à direita da barra de ferramentas. Recomendo começar com 10ms (fig. 5).
CORREÇÃO COM BEAT DETECTIVE
fig. 4 - Tab To Transients
Se não foi um bom dia para o baterista, e vamos precisar fatiar a música toda e colocar no tempo, vamos convocar um assistente: o Beat Detective, localizado no menu Event.
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“
O Beat Detective é uma ferramenta que causa certa confusão, então vamos com calma. O alicerce para seu funcionamento é uma boa seleção. Então recomendo nunca selecionar a música toda enquanto estiver pegando o jeito.
fig. 6 - Seleção para Analise do Beat Detective
O processo se divide em três etapas. Encontrar os picos sonoros e fatiar, depois deslocar para o tempo e, por fim, preencher os espaços. O Beat Detective é uma ferramenta que causa certa confusão, então vamos com
” fig. 7 - Análise do Beat Detective
calma. O alicerce para seu funcionamento é uma boa seleção. Então recomendo nunca selecionar a música toda enquanto estiver pegando o jeito. Faça uma seleção de 4 ou 8 compassos no máximo, e não deixe de usar
fig. 9 - Espaços corrigidos com a operação Edit Smoothing
fig. 8 - Clips Alinhados após conforme espaços em branco
o comando TAB To Transients para garantir precisão. Atenção: não é para selecionar usando o Grid. É essencial que a seleção seja baseada no áudio, mesmo que esteja fora do Grid (fig. 6). Na área central, preencha informando ao Beat Detective quais foram os compassos selecionados e a resolução da nota mais curta que foi executada. Por exemplo, do compasso 4 ao 8, com a nota mais curta sendo uma semicolcheia (1/16 note). Mesmo que sua seleção esteja fora do Grid, você deve informar como “deveria ser”. Agora do lado esquerdo, vamos executar as etapas. Primeiro selecione Clip Separation e do lado direito pressione o botão Analyze e mova lentamente o cursor de sensibilidade para a direita. Repare que os picos começam a ser detectados e triggers de cor roxa vão aparecendo (fig. 7). Assim que tiver concluído, pressione o botão Separate. Voltando ao lado esquerdo, pressione Clip Conform. Agora do lado direito temos opções bem similares ao Quantize. Recomendo acionar a opção Strength e colocar em algo como 80% como ponto de partida. Se deixar desligado, a execução vai ser toda cravada matematicamente no Grid. Ou seja, o
Beat Detective se transforma em um groove-destroyer que nem sempre é o ideal. Como a resolução já foi ajustada na parte central (selection), podemos neste primeiro exemplo simplesmente pressionar Conform. Pronto, neste momento, seus clips foram alinhados ao Grid (fig. 8). Repare que alguns espaços em branco vão aparecer. É normal, e aqui entra a terceira e última etapa. Do lado esquerdo, selecione a opção Edit Smoothing. Do lado direito escolha a opção Fill and Crossfade, e depois Smooth. O que acontece é um Trim e um Crossfade feito pelo Beat Detective, corte a corte e o trabalho está finalizado (fig. 9). Agora é só partir de novo para os próximos compassos. Tente ir de 16 em 16 compassos conforme for sentindo mais confiança, mas lembre-se que, invariavelmente, alguns trechos precisam ser ajustados individualmente, pois o Audio Conform depende do que está sendo executado.
cutar um comando de Quantize para obter o mesmo resultado, ou quase. Este artigo tem um compromisso com a integridade sonora (e deve ser o compromisso de todos os profissionais de áudio), portanto, o Elastic Audio tem que estar de fora. É essencial termos consciência de que qualquer alteração no tempo do material (Time Strech) pode alterar a relação entre harmônicos e riqueza timbrística do material. Atenção: não significa que piora o som, mas que altera o som. Também não se prenda se altera muito ou pouco, se é ou não perceptível, pois isso é totalmente relativo e caberiam boas discussões de cada caso. O fato é que a edição manual ou a edição com o Beat Detective não envolve nenhum processamento. É simplesmente um deslocamento do áudio para a esquerda ou direita, portanto, 100% fiel à sonoridade capturada. Abraços e até a próxima!
Para saber online
POR QUE O ELASTIC AUDIO FICOU DE FORA? Aqui o subtítulo do artigo vem a calhar. O Elastic Audio é uma ferramenta incrível, e pode ser infinitamente mais prático acioná-lo e exe-
cmoura@proclass.com.br http://cristianomoura.com
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ABLETON LIVE “PERFORMANCE AO VIVO” B R A IN S T O R M Nessa última década, as performances ao vivo evoluíram e se especializaram muito. Parte pelo desenvolvimento artístico dos performers e também, claro, pelas tecnologias plug and play que surgiram, complementando a plataforma do Ableton Live e outros softwares e aplicativos.
dor, arranjador, compositor, Lika Meinberg é produtor, orquestra Estudou direção de Orquestra, sound designer, pianista/tecladista. n na Berklee College of Music, música para cinema e sound desig em Boston.
C
ada artista tem suas necessidades especiais e individuais, e isso transforma o planejamento de uma Performance em uma verdadeira obra de engenharia. Criar Setups personalizados é um verdadeiro desafio, um brainstorm. Se considerarmos os complementos que Max for Live ou Reaktor adicionaram a esse universo, aí as proporções se expandem ao quase Endless (infinitas possibilidades mesmo!!!) Para começarmos o ensaio sobre esse planejamento, eu pessoalmente recomendo se afastar do computador e ir de volta à velha prancheta e começar um rascunho das nossas necessidades, item por item, setor por setor, construindo um sketch, um check list de um verdadeiro processo brainstorm (planejamento do processo criativo e suas soluções). Sua Performance ao vivo começa bem antes de você entrar no palco, no processo de planejamento.
EXEMPLO DE BRAINSTORM: 1-Qual o propósito da minha Performance?
- Instrumentista solo, DJ, setup, remixagem ao vivo, apresentação Audiovisual, Acustimatic Presentation etc. 2 - Qual a função primária desse Setup? - Isso é um instrumento, um processador de efeitos, um sistema interativo, um Playback Devise ou uma combinação híbrida de funções(?). 3 - Se é uma combinação, quais são mais ou menos relevantes em termos de prioridades para a “Perfomance”? - Qual dessas tarefas exigem mais recursos e como isso afetará aquilo que eu priorizei como relevante. 4 - O que eu gostaria de fazer durante o desenvolvimento da Performance e, igualmente importante, o que eu não gostaria de fazer a determinado momento. - Durante um evento trocamos de instrumento, chamamos um outro track, mudamos de marca de luz no palco, tudo deve ser previsto em uma Performance(!).
6 - Quanto do meu setup será uma coisa pré-determinada e quanto ou o que pode ser usado de forma livre e improvisada? - Muito importante: uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Se não, a possibilidade de falha, confusão e bagunça pode ser grande e verdadeiramente comprometedora para a Performance. Portanto, voo com plano de voo, é um voo seguro, lembre-se disso!
jamento. Frequentemente, máquinas (computadores) carregadas falham. É importante estar leve. Se uma máquina não for o bastante, então use duas!
MAPEAMENTO DO SEU BRAINSTORM Eu procuro manter um máximo de 8 tracks tocando ao mesmo tempo para esse tipo de projeto – Solo Performer. O resto é comigo mesmo mano! Para ilustrar o que sua inspiração pode parecer, o
“
5 - Quais aspectos da minha configuração são mais importantes e quais são menos importantes? - Se o imprevisível acontecer (inevitável em se tratando de tecnologia, meu caro Watson!), o que estou disposto a sacrificar ou comprometer?
“
Definir uma tese ou tópico, adicionar detalhes de apoio e descartar ideias que são irrelevantes. Um esboço mais completo que você cria, mais fácil será permanecer no alvo.
7 - Quem é o meu público-alvo? - Em termos de entretenimento, quanto da minha performance vai ser determinante? Divertida, engajada (?), e o que vai determinar mudanças de plano proporcionando uma mudança de “Mood”(clima). Tenho um “Plano B” (?), afinal isso é “Live Perfomance”, tudo pode acontecer!
8 – Em quais tipos de ambientes atuarei? Que tipos de situações ou locais poderá minha configuração ser afetada, ou potencializada, ou ainda, limitada por esses diferentes locais? - É muito bom sabermos exatamente o terreno em que pisaremos. Por isso, voltagem, tipo de evento (indoor/ outdoor), palco, iluminação, clima etc. O processo nesta fase é muito parecido com o ato descrever um ensaio literário. Definir uma tese ou tópico, adicionar detalhes de apoio e descartar ideias que são irrelevantes. Um esboço mais completo que você crie, mais fácil será permanecer no alvo. Muito bem, pensemos agora em termos do software ABLETON LIVE, focando na playabilidade da sua Performance. Pense sobre a ideia principal (global) em primeiro lugar e determine como isso vai funcionar no conjunto de suas Tracks e suas subsseções. Lembre-se de tentar manter as suas ideias claras, simples e concisas, evitando conceitos paradoxais e contraditórios. Por exemplo, não é possível esperar executar uma infinidade de instrumentos virtuais e plugins que consomem muito processamento da CPU e ao mesmo tempo manter um buffer de memória baixo (Ram) o bastante, e evitar problemas de latência e sincronismo. São via de regra muitos problemas comuns de plane-
exemplo acima demonstra algumas considerações preliminares para uma configuração de performance solo ao vivo. Com o Session Window devidamente mapeado e logicamente distribuído de uma forma que facilitará sua Perfomance, você deve ter total controle dos seus tracks e sub-setores. Da esquerda para a direita: - Destacado pelo retângulo vermelho, estão os Clip Slots onde costumo manter meus Loop Beats, instrumentos de percussão, drums e afins; - O retângulo amarelo mostra MIDI loops alocados à
Solo Performer
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Sub seções
Low Synth (Track); - No clip slot destacado com o retângulo verde estão alguns Clip Pads (loops e segmentos de áudio); - O retângulo azul claro destaca alguns SFX – efeitos individuais transitórios; - No retângulo azul escuro estão os Low Synths (plugins de baixo consumo de CPU); - Retângulo rosa demonstra o SFX Rack (muitos efeitos pesam um pouco no sistema, por isso usado só na intro nesse projeto); - Finalmente esse retângulo laranja mostra os Racks de Instrumentos. Nesse projeto uso quatro (04) e efetuo pequenas modificações de uma passagem a outra.
estar para executar sua Performance, sua arte. Por exemplo, o mesmo envelope que controla os volumes e Pans de um Clip Loop (destacado pelo retângulo amarelo, abaixo), pode ser usado para habilitar um
Envelope edições
Repare (horizontalmente) que não tem um excesso de plugins Master Track trabalhando ao mesmo tempo! Isso é importante para manter a máquina leve e com possibilidades de lidar com outros processamentos sem comprometer o áudio. No Master Track, usado para disparar os scenes (cenas, partes da sua música) no Session View, eu grafo informações importantes para me orientar durante a Performance. Uso também cores e outros artifícios que me alertam “onde eu estou” em determinado momento da Performance. Em suma: Andamento, tonalidade dos segmentos musicais e qualquer outra informação que venha ser útil para o Performer! Por ser uma plataforma muito flexível, tudo pode ser pré-automatizado no Ableton Live. Isso mantém suas mãos e sua mente onde elas precisam
Config
Fading de um clip de vídeo, ou um efeito de áudio. Esse tipo de planejamento sintetiza as coisas. Por isso é importante dedicar um tempo de pré-produção (no seu brainstorm) investindo em tais detalhes. Acho que já falei muito sobre “conceitos” nessa matéria, mas peço que meditem sobre esses “10 Mandamentos” como regra e considerem esses
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pontos ao planejar seu brainstorm de um Solo Performer:
2 – Automatize tudo o que for possível, evitando muitas obrigações e ajustes durante a Performance (ajustes bobocas que só produzem “mise en scène” são desnecessários. Lime essas coisas do seu projeto!);
9 – Lembre-se, você pode ter uma certa flexibilidade para não deixar suas Performances muito iguais e monótonas para você, mas não exagere, pois isso pode comprometer a qualidade da sua apresentação.
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3 – Andamento e mudanças de métrica devem sempre ser comandados via Master Track -launch Scene e, claro, você poderá ficar focado em suas obrigações de solista (ajustes ocorrentes podem ser facilmente automatizados em cada Clip Track via envelope);
10 – Tenha prazer em tocar e se envolver com sua audiência, isso com certeza traz bons fluidos (estamos envolvidos com muitos fatores técnicos que podem dar errado ou não sair como planejado. Por isso, nunca esqueça que nós somos “Performers”, mesmo sem essa maquinaria atrás. Esteja sempre pronto para tocar em frente o seu show). Espero que esse processo organizacional (brainstorm) seja útil para vocês. Claro que todos temos ideias e podemos adaptar e até melhorar esse projeto, mas o mais importante é ter alguém para alertar: por aquela porta não vai dar em nada. Crie você o seu brainstorm, incorpore daqui o que você achar útil e tenha uma grande performace! Boa sorte a todos!
1 – Limite suas sessões em 8 tracks principais promovendo um processamento mais eficiente da sua CPU e evitando scrolls excessivos de tela (você não deseja sistema lento System Lag, drop-outs e outros efeitos colaterais provocados pelo excesso de tracks e memória baixa);
4 – Procure usar ajustes de filtros e modulações via controlador (Midi) em seus instrumentos virtuais, promovendo assim uma não linearidade e mudando um pouco a cara da sua Performance a cada show (por outro lado, evite mudanças de patch e presets de efeitos. Tudo isso pode e deve ser automatizado); 5 – Dispare seus Backing Track (loops ou segmentos) via Scenes – Master Track, e programe o “Follow Action” para fazer as repetições necessárias em sub-setores (evite distrações com o computador e concentre-se em seus movimentos musicais em sincronia com sua audiência);
trecho de improvisação, que é legal quando bem feito, evite usar as mãos para iniciar ou parar a gravação do loop. Use pedal via MIDI para isso; 8 – Mandar um Track com Click para seu Ear Monitor de retorno via canal do Cue sempre ajuda! (Flutuações de sync, drop outs e outros efeitos indesejáveis podem sempre acontecer e nos derrubar);
Para saber online
6 – Use Track volume para controlar seus instrumentos (mas use Mix Track Volume para as eventuais diferenças de volume de Clip a Clip); 7 – Ao usar gravação de loop ao vivo (Acompanhamento/Groovy) para um
Facebook - Lika Meinberg www.myspace.com/lmeinberg
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LEITURA DINÂMICA| www.backstage.com.br 46
No trio foram instaladas 16 caixas EKX 15 e 16 caixas EKX 18: a supervisão foi de Alex Lameira, da Eletro Voice/Bosch Brasil
TRIOAFRO CORTEJO
Criado pelo músico e empresário Giba Gonçalves, o trio elétrico Cortejo Afro tem uma arquitetura diferente e conta com a tecnologia Electro Voice.
Tecnologia diferenciada
no carnaval baiano redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação
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oncebido por Giba Gonçalves, o trio elétrico Cortejo Afro contou com a engenharia e construção da dupla “seu” Mudinho e Fernando (um dos maiores construtores de trios da Bahia). Na parte de sonorização, o parceiro e técnico de som Tito Oliveira optou pelo sistema de reforço sonoro da Eletro Voice. Este sistema foi escolhido devido à qualidade, confiabilidade e po-
tência do sistema. No trio foram instaladas 16 caixas EKX 15 e 16 caixas EKX 18, que contaram com a supervisão de Alex Lameira, da Eletro Voice/Bosch Brasil, e com apoio do distribuidor no Brasil da Eletro Voice Quick Easy. Giba Gonçalves viu nascer, aos 13 anos, o Ilê Aiye, que se tornaria um dos blocos afros mais respeitados na Bahia e no Brasil. E foi neste bloco que Giba ini-
Estrutura tubular, um novo conceito em trio elétricos
Sistema tubular facilita a instalação de som e luz
Caixas EV Sound mod. EKX18
ciou a sua trajetória musical, sempre buscando informações artísticas e sobre a dança. Em 1983, foi morar em São Paulo para fazer o musical que rodou todo o Brasil, Dona Flor e seus 2 maridos. Em 1988, transferiu-se para a Europa e em 1989 entrou para um grupo de lambada chamado Kaoma. Em 1997, funda um grupo de percussão chamado Batala e ao mesmo tempo participa da fundação, em Salvador, de um bloco com um novo conceito chamado Cortejo Afro. Devido à grande repercussão deste bloco no carnaval baiano, no decorrer dos anos foi detectada a necessidade de ter um trio com a cara do bloco e, de desta forma, foi construído o primei-
ro trio tubular vazado e em forma de pranchão, que tem um design diferente a arrojado.
Para saber online
www.quickeasy.com.br www.electrovoice.com
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LEITURA DINÂMICA| www.backstage.com.br 48 A cidade de Atlântida (no Rio Grande do Sul) recebeu mais uma vez o maior festival de música pop da região Sul do Brasil. Completando duas décadas de existência, o Planeta Atlântida recebeu nomes consagrados da música nacional e internacional, que apresentaram seus hits para mais de 40 mil pessoas em cada dia de evento. O destaque ficou para os shows de Natiruts, O Rappa, Racionais Mc´s, Anitta, Lulu Santos, Magic! e Luan Santana, além das apresentações de Wiz Khalifa e Wesley Safadão.
VINTE ANOS DE PL ANETA
ATLÂNTIDA redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação
A
s estruturas de áudio e iluminação estiveram a cargo da Impacto Vento Norte/Veritas Produções, que optaram por produtos Harman para essa missão. Para a sonorização, o sistema de PA utilizado foi o Vertec modelos VT 4889 ADP-DA e VT 4880, com a novi-
dade ficando por conta do sistema de side fill, o VTX V-20 e S-25. Devido à largura relativamente grande da área de shows, quando comparada à profundidade, foram utilizados sistemas de outfill (dois arrays de doze VT 4889 ADPDA) para cobrir as laterais, e ainda um
camarote semicoberto na extremidade desta área, que foi necessário pela existência de um sistema auxiliar com diversas linhas de delay para ajuste com o palco.
“Um dos maiores desafios foi a montagem dos subwoofers de chão (modelos SRX 728 S) que projetamos para a utilização de um arc delay com blocos em cardióide. No entanto, uma alteração na estrutura (um
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Modelos Viper e Quantum da Martin foram os escolhidos
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Precisávamos de potência suficiente para que nossa iluminação pudesse se sobressair em relação aos fortes painéis de LED que foram utilizados no palco; e tivemos grande êxito (Amandio Costa)
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Equipe técnica do Planeta Atlântida
avanço na frente do palco) impossibilitou esta configuração. Desta forma, precisamos alterar para uma montagem para que ocupássemos o menor espaço possível da área de público. Com esta premissa, optamos pela montagem tipo end fired, localizadas logo abaixo das
Sistemas de line array: Vertec VT 4889 ADP-DA e VT 4880
Equipamentos se sobressairam aos paineis de LED
colunas principais. Como resultado, os técnicos que mixaram no festival foram unânimes em dizer que o sistema esteve equilibrado e que atendia as necessidades de cada artista. Isto foi um ponto favorável, pois atendemos desde o rock ao sertanejo com um mesmo ajuste”, explicou Adilson Victorino, Promotor Técnico da Harman. Em termos de iluminação, os modelos Viper e Quantum da Martin foram os escolhidos, principalmente por conta
da precisão desses equipamentos. “Precisávamos de potência suficiente para que nossa iluminação pudesse se sobressair em relação aos fortes painéis de LED que foram utilizados no palco; e tivemos grande êxito”, ressaltou Amandio Costa, especialista de produtos da Harman. A chuva que caiu não foi surpresa para os profissionais, que já possuíam um plano de ação definido para que o trabalho não fosse prejudicado diante das circunstâncias. “O palco do Planeta Atlântida era uma estrutura física de grandes dimensões e bem robusta, preparado para qualquer tipo de intempéries que pudessem ocorrer durante o evento. Toda a equipe técnica estava muito bem preparada para esse tipo de situação”, completou Amandio.
Equipamentos utilizados Áudio: Sistemas de Line Array principais: duas colunas de 16 unidades de VT 4889 ADP-DA + 16 unidades de VT 4880A (amplificados pelos IT 12000 HD) e 24 unidades de SRX 728 S (também amplificados pelos IT 12000 HD). Arrays de outfill: duas colunas (L e R) com 12
unidades de VT 4889 ADP-DA cada / Delays: duas colunas com 04 unidades de VT 4889 ADP-DA cada Iluminação: 24 Mac Quantum Wash / 36 Viper Air FX / 24 Viper Wash DX / 70 Rush MH3 / 50 Atomic 3000 / 38 Mac 101 / 14 Mac 2000 XB
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VITRINE ILUMINAÇÃO| www.backstage.com.br
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MAC QUANTUM PROFILE
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www.harman.com.br A divisão Professional Solutions da Harman do Brasil destaca o Martin MAC Quantum Profile que é uma alternativa em LED para substituir os movings de lâmpadas de descargas de 700/800W. O equipamento tem uma suave mistura de cores CMY e foi projetado para atender as necessidades do usuário. Nele, itens como envelhecimento da lâmpada, alternâncias nas temperaturas de cor, pontos de cor verde, lâmpadas desalinhadas e declínio nos resultados, não são apresentados. Essa estabilidade se dá pela consistente tecnologia LED que garante a mesma qualidade até o último show da turnê. Entre as características do produto, destacam-se imagem nítida e plana, alto contraste; primeira alternativa real para um equipamento HID de 700/800 Watts; design muito leve e compacto; efeitos e movimentos em altíssima velocidade; funcionalidade completa, incluindo a mistura de cores CMY e zoom de 1:3. Além de zoom e foco motorizados, iris 0 – 100% efeitos de pulso, quatro opções de curva de dimerização, Pan: 540 ° e Tilt: 268 °, ajustável via painel de controle onboard e DMX.
MAVERICK SERIE www.chauvet.com A CHAUVET Professional traz para o mercado uma poderosa série que será apresentada na Prolight + Sound. Os modelos MK2 Wash, MK1 Hybrid e o MK2 Spot formam um arsenal para atender as performances e projetos dos profissionais de iluminação e ao mesmo tempo estabelecem um novo padrão nessa categoria de equipamentos. A série Maverick fornece ao mercado um conjunto completo e poderoso de ferramentas de design a um preço acessível. As novas opções de design da série torna os projetos de iluminação acessíveis a novos patamares.
ZERO 88 www.zero88.com A Zero 88 lança na Prolight + Sound em Frankfurt novos produtos. Após o lançamento bem sucedido no show do ano passado, o FLX8 FLX agora se junta à família de consoles de iluminação como a versão mais recente do Prêmio Inovação PLASA. Também será mostrado a mais recente versão do software destacando o - Zeros 7.9 - e o programa de atualização on-line para FLX. Este é uma continuação do programa FLX de recursos e de capacidade de melhoria, tudo para tornar o FLX ainda mais poderoso, durável, portátil e extensível console de controle de iluminação. O Zeros 7.9 traz significantes avanços para toda a família de consoles ZerOS ao combinar funcionalidade do software em consoles.
HAZE / SMOKE MACHINE www.star.ind.br A Star Lighting Division apresenta a Haze / Smoke Machine, uma máquina de fumaça inovadora e híbrida. A máquina possibilita 2 modos de operação em um único equipamento. Ou seja, uma é haze machine e a outra smoke machine. No modo haze machine, a máquina utiliza uma saída lateral com um ventilador interno para dissipação da fumaça, e trabalha com o suprimento apropriado ao modo (líquido haze). Já no modo smoke machine, a máquina utiliza a saída frontal para disparo da fumaça, porém com o suprimento de líquido de smoke machine. Com apenas uma simples troca do suprimento (líquido) e mudança na chave seletora de modo de operação, o usuário realiza a escolha do modo operacional do equipamento. A Haze / Smoke Machine tem um aquecedor de 2000W com duplo sensor de temperatura, acionamento via DMX, manual ou programado via central dedicada com ajuste de intervalo e tempo de disparo, controle de fluxo e tomada exclusiva para ligação de ventilador externo.
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ILUMINAÇÃO Na maioria dos shows, a iluminação cênica exerce um impacto capaz de alterar muitas percepções desses espetáculos, proporcionando interações visuais que transcendem a duração temporal, fisicamente quantificada em minutos e horas. Alguns desses shows se perpetuam, em imagens e lembranças, mas com nítidas reverberações de notas musicais, acordes, refrões e aplausos, que se tornam inesquecíveis.
CÊNICA Cezar Galhart é técnico em eletrônica, produtor de eventos, baixista e professor dos Cursos de Eventos, Design de Interiores e Design Gráfico do Unicuritiba e pesquisador em Iluminação Cênica.
THE ROLLING
STONES FA S C ÍN IO & S AT IS FA Ç Ã O
É
essa a sensação que ficará para muitos que puderam assistir ao show da América Latina Olé Tour 2016, mini turnê da banda inglesa The Rolling Stones que passou pelo Brasil em fevereiro deste ano. Conduzida pelo aclamado e premiado Lighting Designer Patrick Woodroffe, a iluminação provocou emocionantes e vibrantes momentos, resultando em um espetáculo fascinante – que deixou no Brasil mais de 248 mil espectadores emocionados e muito satisfeitos. Nesta conversa, serão
abordados os principais elementos do penúltimo show dessa turnê no Brasil, a partir de uma conversa por e-mail com o próprio Patrick, que muito gentilmente respondeu a algumas perguntas sobre as expectativas e ideias relacionadas à iluminação para essa apresentação. Passada uma década desde a última passagem pelo Brasil (com uma apresentação para mais de 1,5 milhão de pessoas na praia de Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro, em 2006 - considerada essa a maior plateia da história reunida
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dente Obama e convidados, e também no Palácio de Buckingham, onde a Rainha comemorou o Jubileu de Ouro. Mesmo com esse know-how, Woodroffe nunca se cansa de pesquisar e experimentar. A América Latina Olé Tour 2016 foi, de fato, uma extensão da turnê Zip Code Tour, que celebrou o relançamento do emblemático álbum Sticky Fingers (lançado em 1971). Inclusive, elementos cênicos e cenográficos foram mantidos, desenvolvidos pela em-
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para um show), a banda inglesa The Rolling Stones retornou ao país e com eles a celebração de meio século de uma trajetória repleta de canções e álbuns essenciais para a compreensão da história e da importância do rock’n’roll - sendo também a história da banda identificada por marcantes e lendárias turnês. Trabalhando desde 1982 com essa banda, o aclamado e premiado Lighting Designer Patrick Woodroffe também
A estrutura de iluminação dessa mini turnê impressiona pela relativa simplicidade, mas com resultados vibrantes e complexos.
foi responsável por espetaculares e significativos shows e turnês nos últimos quarenta anos de sua carreira. Esta teve sua ascensão, de fato, a partir de 1977, quando Rod Stewart demitiu o Lighting Designer que o acompanhava nos shows com três dias de antecedência logo no início da A Night On The Town Tour, sendo Woodroffe indicado pelo seu irmão que trabalhava para o cantor escocês. O sucesso dessa turnê permitiu a ele que trabalhasse com artistas e bandas tais como ABBA, AC/DC, Bob Dylan, Elton John, The Eagles, Stevie Wonder, Raquel Welch, Depeche Mode, Lady Gaga, Take That, entre outros. A excelência e versatilidade no seu trabalho teve como resultados alguns convites para a produção de projetos vinculados a performances realizadas em alguns locais significativamente inusitados e únicos, além da praia de Copacabana, como a apresentação de Paul McCartney na Casa Branca, em Washington DC (EUA), onde ele tocou para o presi-
presa americana Tait Towers. A estrutura de iluminação dessa mini turnê impressiona pela relativa simplicidade, mas com resultados vibrantes e complexos. Oito linhas paralelas de box trusses instaladas na parte superior do palco, perpendiculares à linha de visão do palco, distribuem-se com cinco moving washes e quatro moving spots, em cada linha de treliças. Outros moving heads complementam a estrutura superior, direcionados aos músicos para destaques e intervenções, ora minimalistas, ora exageradas, pontualmente e propositalmente inseridas em diversos momentos daquele show e nas execuções das canções. Para controlar todos os instrumentos de iluminação cênica são utilizados dois consoles GrandMA2, da empresa alemã MA Lighting, situados na house mix, sendo um principal e outro como backup. Além desses, outro console GrandMA 2 também fica instalado no palco para teste dos sistemas para cada estádio (após as apresentações no Bra-
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Essa estrutura se manteve na mesma da turnê anterior, que ocorreu de maio a julho de 2015, e que incluiu 16 cidades nos Estados Unidos e a cidade de Québec, no Canadá.
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Figura 1: Apresentação dos Rolling Stones em São Paulo (Estádio Cícero Pompeu de Toledo) – no destaque, cena de “Jumping Jack Flash” - “America Latina Olé Tour 2016”, 27/02/2016. Fonte: Cezar Galhart / Divulgação
sil, a mini turnê ainda teria outras apresentações nas capitais do Peru, Colômbia, México e Cuba). Essa estrutura se manteve na mesma da turnê anterior, que ocorreu de maio a julho de 2015, e que incluiu 16 cidades nos Estados Unidos e a cidade de Québec, no Canadá. Entretanto, Woodroffe conhece como poucos a importância de uma turnê para uma das mais importantes bandas de Rock’n’Roll de todos os tempos, assim como as expectativas geradas pelo público e a necessidade de personalização para cada destino, de acordo com os valores e elementos culturais locais. “O projeto de iluminação, assim como os equipamentos e instrumentos de iluminação são os mesmos, mas a estrutura cenográfica de palco foi reconstituída com cores mais brilhantes e elétricas para refletir o espírito do povo sul-americano! E fizemos uma nova introdução no vídeo para cada país em que estivemos (na América Latina)”, afirmou Woodroffe. E naquele sábado, 27 de fevereiro de 2016, o impacto inicial do palco na chegada ao Estádio Cícero Pompeu de Toledo proporcionou essa preocupação. A estrutura cenográfica central, projetada por Ray Winkler e Ric
Lipson do escritório inglês Stufish Entertainment Architects (empresa que assumiu as produções da banda após a morte do genial Mark Fisher, em 2013), tratava-se de uma moldura para o telão (screen) principal de LED (com 16 metros de largura e 8 metros de altura), com elementos lúdicos e multicoloridos, aludindo às festas populares e tradicionais. Esses mesmos elementos estavam reproduzidos na parte superior do palco, delineada com 12 blinders com temperatura de cor próxima de 2700 K, que permitiam a iluminação do público, sem ocasionar ofuscamento. Após o show de abertura, com a banda brasileira Titãs, o palco voltaria a ser iluminado, com um vídeo de abertura citado anteriormente. Diversas imagens da história da banda culminaram com imagens de mapas e referências à cultura brasileira. Finalmente, iniciava-se o tão aguardado show. Nos primeiros acordes de Jumping Jack Flash (canção de 1968, lançada naquele ano como single) uma profusão de cores, com predominância de amarelos e azuis revelava a banda, em fachos vibrantes e assimétricos. Definitivamente, um início arrebatador e fantástico.
Figura 2: Apresentação dos Rolling Stones em São Paulo (Estádio Cícero Pompeu de Toledo) – no destaque, Charlie Watts, Mick Jagger e Keith Richards em “She’s A Rainbow” - “America Latina Olé Tour 2016”, 27/02/2016. Fonte: Cezar Galhart / divulgação
Na sequência, canções clássicas e emocionalmente significativas para os fãs. It’s Only Rock ‘n Roll (But I Like It), do álbum It’s Only Rock ‘n Roll, de 1974, e Tumbling Dice (canção do álbum duplo Exile On Main Street, de 1972) apresentaram as referências à própria história. Imagens associadas aos temas das canções se projetavam nos telões, enquanto a iluminação,
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Tim Ries, saxofone e teclados; Karl Denson, saxofone. Nos backing vocals, Bernard Fowlee e Sasha Allen, que fez um solo em Gimme Shelter. Passaram por canções de várias décadas, com Out Of Control (Bridges to Babylon, 1997), canção mais recente apresentada naquela noite. Em seguida, reto-
A banda inegavelmente se centrava apenas nos quatro principais músicos que estão juntos há quarenta anos
minimalista, discretamente destacava os principais atrativos (os músicos) para os olhares – e também, milhares de máquinas fotográficas e smartphones. A banda inegavelmente se centrava apenas nos quatro principais músicos que estão juntos há quarenta anos: Mick Jagger, no vocal, harmônica, guitarra, violão e com performances frenéticas e contagiantes; Keith Richards, nas guitarras, violão, vocal e backing vocals; Charlie Watts, na bateria; e Ron Wood, nas guitarras. Na turnê, eles foram acompanhados por Darryl Jones, no baixo e backing vocals; Chuck Leavell, nos teclados;
Figura 3: Apresentação dos Rolling Stones em São Paulo (Estádio Cícero Pompeu de Toledo) – no destaque, Mick Jagger se aproxima do público em “Hony Tonk Women” - “America Latina Olé Tour 2016”, 27/02/2016. Fonte: Cezar Galhart / divulgação
mando a década de 1970 com All Down The Line (Exile On Main Street, de 1972), com destaques para uma profusão de luzes azuis, em uma configuração simétrica de iluminação. Em She’s A Rainbow (Their Satanic Majesties Request, 1967) – esta, escolhida pelo público -, referências claras à Psicodelia, com composição de cores análogas, do magenta para o amarelo, com
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Figura 4: Apresentação dos Rolling Stones em São Paulo (Estádio Cícero Pompeu de Toledo) – no destaque, Keith Richards em “Slipping Away” - “America Latina Olé Tour 2016”, 27/02/2016. Fonte: Cezar Galhart / divulgação
suavidade e vigor. Na balada Wild Horses (Sticky Fingers, 1971), tons mais sóbrios e dramáticos; intercalando com a enérgica alternância de fachos retos e marcantes de Paint It Black (lançada como single e na versão americana de Aftermath, 1966), com predominância
de luzes brancas e amareladas. A empolgante Honky Tonk Women (lançada como single em 1969), estimulada pela predominância de padrões âmbares, precedeu a parte do show com os vocais solo de Keith Richards para duas canções Slipping Away (Steel
Figura 5: Apresentação dos Rolling Stones em São Paulo (Estádio Cícero Pompeu de Toledo) – no destaque, Keith Richards em “Midnight Rambler” - “America Latina Olé Tour 2016”, 27/02/2016. Fonte: Cezar Galhart / divulgação
Figura 6: Apresentação dos Rolling Stones em São Paulo (Estádio Cícero Pompeu de Toledo) – no destaque, cena de “Sympathy For The Devil” - “America Latina Olé Tour 2016”, 27/02/2016. Fonte: Cezar Galhart / divulgação
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parando para a espetacular Gimme Shelter (Let It Bleed, 1969), com um solo vocal de Sasha Allen, e um dueto com Mick Jagger no momento em que a chuva chegava a sua mais intensa precipitação. Na sequência, a iluminação do público ganharia contornos dinâmicos e coloridos em Start Me Up (Tatoo You, 1981). Como era esperado, um cenário pertur-
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Wheels, 1989) e Before They Make Me Run (Some Girls, 1978). Destaques para composições de iluminação com cores complementares, e predominância de luzes azuladas, para configurações simétricas e intensas. Mick Jagger retornou com uma harmônica para Midnight Rambler (Let It Bleed, 1969), um blues com quase doze minutos de duração e muitas improvisações – inclusive, na iluminação, com oscilações de intensidades e destaques pontuais para os duelos entre Keith Richards e Ron Wood, em uma verdadeira aula de timbres – e interações cênicas, no que se refere à iluminação. A chuva começou a se manifestar em Miss You (Some Girls, 1978), destacada pelas criativas variações de cores azul, violeta e amarelo – pre-
Mick Jagger retornou com uma harmônica para Midnight Rambler (Let It Bleed, 1969), um blues com quase doze minutos de duração e muitas improvisações 59
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Provavelmente, esta foi a última turnê dos Stones na América do Sul. Inegável a qualidade de um espetáculo, singular, dinâmico, empolgante e divertido. Mesmo que seja o último, será eternizado nas lembranças e eternamente iluminado como o maior espetáculo da Terra
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Figura 7: Apresentação dos Rolling Stones em São Paulo (Estádio Cícero Pompeu de Toledo) – no destaque, Keith Richards em “Brown Sugar” - “América Latina Olé Tour 2016”, 27/02/2016. Fonte: Cezar Galhart / divulgação
bador e divertido viria com Sympathy For The Devil (Beggars Banquet, 1968), no qual o palco ficou totalmente vermelho, predominantemente monocromático, ao mesmo tempo em que sutis fachos amarelos e brancos revelavam detalhes na interpretação de Mick Jagger e na intercalação das partes da canção. Para finalizar a primeira parte, Brown Sugar (Sticky Fingers, 1971), com fachos que estimulavam euforia e alegria – em tons azuis e amarelos. Para o bis, dois clássicos que traduzem a banda em poesia, simbologias e reverência: com a introdução e acompanhamento do Sampa Coral, You Can’t Always Get What You Want (Let It Bleed, 1969), em uma versão espetacular, sendo o palco iluminado por estímulos visuais e luminosos com exuberância e vivacidade. No encerramento, naturalmente viria a canção mais conhecida da banda: (I Can’t Get No) Satisfaction (Out Of Our Heads, 1965). O palco se transforma em uma
profusão de luzes, aleatórias e perspicazes, ao mesmo tempo coordenadas e insinuantes, finalizando com maestria e empolgação. Provavelmente, esta foi a última turnê dos Stones na América do Sul. Inegável a qualidade de um espetáculo, singular, dinâmico, empolgante e divertido. Mesmo que seja o último, será eternizado nas lembranças e eternamente iluminado como o maior espetáculo da Terra. Finalmente, Woodroffe destacou: “o conceito central da turnê é simplesmente para trazer The Rolling Stones de volta à América do Sul para tocar rock’n’roll para as grandes plateias. Então, eu uso mais iluminação no público para que eles sejam vistos e incluídos nas composições de iluminação”. It’s only Rock’n’Roll, mas todos saíram fascinados – e muito, muito satisfeitos. Abraços e até a próxima conversa!
Para saber mais redacao@backstage.com.br
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LUIZ CARLOS SÁ | www.backstage.com.br 62
Todos nos conhecíamos médicos, operários, funcionários públicos, professoras, comerciantes, muitos deles imigrantes portugueses (o que fazia dos fados parte importante daquelas serestas), meninos e meninas que depois cresceram comigo, foram meus colegas no primário na escola República Argentina e depois no ginasial - como se chamavam então as séries entre a quarta e a hoje nona - no São José, no Batista, no Pedro II ou no Colégio Militar. Anos depois meu pai conseguiu comprar uma casa na mesma rua e por lá mesmo passei minha infância e pré adolescência ralando joelhos e cotovelos no duro as-
Memória
MUSICAL Nº1
VILA ISABEL, VANDINHA E O ROCK’N’ROLL
M
inha primeira memória musical vem de muito longe, do colo da minha mãe numa varanda de Vila Isabel onde eu - entre um e outro cochilo - entrevia o violão sendo passado das mãos do meu pai para as do seu amigo Carlinhos e vice versa. Os sambas de Noel me embalavam o sono, devia ser muito tarde, talvez não fosse o caso de estar aquela criança ali, mas nosso bairro era quente, os verões favoreciam as serenatas e os vizinhos também, ninguém se incomodava com a cantoria madrugada adentro, pelo contrário, alguns abriam a janela para ouvir melhor, não fosse Vila Isabel quase como uma pequena cidade do interior naquele começo dos anos cinquenta, na pequena rua Major Barros - que ia, e ainda vai, da avenida Vinte e Oito de Setembro à rua Torres Homem em curtos cem metros ou menos.
falto recém-chegado, em peladas e correrias no meio da rua. Se chovia, armávamos a mesa de botão na garagem, se fazia sol pegávamos as bicicletas e íamos atrás das meninas em flor nas ruas próximas, já que por uma curiosa fatalidade demográfica a Major era mal servida em termos de sexo feminino da nossa idade. Um belo dia o rock’n’roll chegou na minha vida. E eu, que escutava ávidamente as novidades da rádio Nacional permanentemente ligada em alto volume lá em casa - e ia aos poucos me tornando íntimo do timbre grave de Nora Ney, da poderosa emissão de Caymmi, da elegância prébossa nova de Dick Farney, do afinadíssimo quase sussurro de Dóris Monteiro, entrei em súbita esquizofrenia musical. Aconteceu que vi na televisão uma reportagem sobre um filme que parecia deixar os adolescen-
LUIZCARLOSSA@UOL.COM.BR | LUIZCARLOSSA.BLOGSPOT.COM
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LUIZ CARLOS SÁ | www.backstage.com.br
LUIZCARLOSSA@UOL.COM.BR | LUIZCARLOSSA.BLOGSPOT.COM tes enlouquecidos: eles saíam dos cinemas quebrando as poltronas, dançando pelas ruas em movimentos arriscadamente acrobáticos, fumando cigarros e tomando cerveja! Em Vila Isabel não existiam lojas de discos, o centro do Rio é que concentrava o grande comércio da época. E foi saindo do dentista, no Centro, mais precisamente na rua Senador Dantas, depois de uma sessão particularmente dolorosa, que encontrei uma excelente ocasião para chantagear minha mãe. Apertei a bochecha, fiz meu melhor olhar tristonho, fingi ter a língua ainda enrolada pelo efeito já quase acabado da anestesia e gemi: - Me leva no meu pai... Sylvio Sá trabalhava num cartório na rua Sete de Setembro, ao lado de uma das mais importantes lojas de disco da época e do então megafamoso Bazar Francez (assim mesmo, com “z”...), campo dos sonhos das crianças amantes de brinquedos “modernos”. Zuleika Sá não era boba e sacou de cara minha manobra: - Pode comprar um brinquedo, mas não muito caro. Sua mesada só sai na semana que vem. No cartório, meu pai quis que ficássemos para almoçar juntos, visto que não daria mais tempo para que eu fosse à aula. Com a perspectiva de almoçar no centro da cidade, o dente melhorou instantaneamente. Por prevenção, mantive a mão na bochecha mais um tempo e levei meu plano adiante. Mamãe falou do brinquedo e eu atalhei de cara: - Brinquedo não, disco. Quero um disco. Os dois me olharam espantados. Meu pai era um comprador contumaz de discos. Tinha tudo, desde os 78' até os “moderníssimos” Long Playings de 10 e 12 polegadas. Que mais eu iria querer, se tínhamos em casa todas as últimas novidades? Insisti e entramos na loja, que dispunha de várias cabines onde você podia escutar os discos. Gostava, levava, não gostava, deixava lá mesmo. Passei direto pelas estantes dos nacionais e parei diante da recémmontada e ainda mal provida estante que trazia um pequeno cartaz pintado à mão: “rock and roll”. Eu podia quase escutar a perplexidade dos meus pais atrás de mim. Sem hesitar, tirei da estante um LP de capa berrante que trazia a foto de um cara gordinho metido num “summer jacket” a bordo de um penteado esquisito que fazia uma vírgula de cabelo em sua testa. A trilha sonora do filme Ao Balanço das Horas, com Bill Halley e seus Cometas. “Puxa, que legal” - pensei - “o cara tem nome de cometa e uma banda chamada Cometas”. Levei o disco para a estreita cabine onde só eu cabia, pai e mãe do lado de fora. Não havia fones de ouvido, claro, só uma caixa de som. Bill começou a cantar: One, two, three o’clock, four o’ clock rock, five, six, seven o’clock, eight o’clock rock, nine, ten, eleven o’ clock, twelve o’ clock, rock, we’re gonna rock around the clock tonight...”... era irresis-
tível. Aumentei o volume. A guitarra de Frenny Breecher - frenética para a época - assim como o sax de Rudy Pompilli tomaram conta dos meus sentidos. Só saí do transe quando meu pai abriu a porta: - Abaixa isso aí! ninguém consegue ouvir nada nas outras cabines... Resultado: uma mesada adiantada e a volta triunfal para casa com Bill Halley - ou melhor, Haley, ele não era exatamente xará do cometa - embaixo do braço. Na mesada seguinte descobri algo ainda mais eletrizante e trouxe para casa o Here’s Little Richard, com as inimitáveis versões do Pequeno Ricardo para as imortais Tutti Frutti, Long Tall Sally e Lucille. Acreditem, depois de ouvir Little Richard comprei o segundo de Elvis. E não achei muita graça. O piano e as pequenas mortes de Richard em meio ao seu frenesi musical me transformaram em outra pessoa: um garoto de onze anos com jeans justos de bainhas dobradas, casaco estilo James Dean e uma tentativa de topete no cabelo encaracolado. Foi por esse tempo que Vandinha mudou-se para a Major Barros. Eu a conheci numa visita que fiz com minha mãe à minha querida ex-professora da terceira série, Aldina Braga. Quando saímos do apartamento térreo de dona Aldina, Vandinha ia tentando subir a escada para o segundo andar com uma caixa obviamente muito pesada para ela. Minha mãe dispôs-se a ajudá-la. E lá de detrás da caixa surgiu uma moreninha de seus dez anos, cabelo muito negro e liso, grandes olhos amendoados e um sorriso indescritivelmente cândido... Foi amor à primeira vista! Pouco tempo depois, por força da política de boa vizinhança que reinava naturalmente no nosso pedaço, fui convidado para a festa de aniversário de Vandinha. Julinho e Antonio Carlos, meus vizinhos e testemunhas oculares das minhas sessões de mímicas littlerichardianas, deram força: - Leva os discos! - Faz a mímica! Parênteses para os mais novos: por “mímica” entenda-se um cara fazendo uma espécie de karaokê mudo ao som da música escolhida. Tinha gente que ganhava grana com isso... Enfim, passei a semana confeccionando caprichosamente uma guitarra de papelão e um sax do mesmo material, que tinha uma capa de agulha de vitrola servindo de boquilha. Engenhoso, não?... No dia do aniversário, levei de presente para Vandinha um 78 de Gene Vincent com Be-bop-a-Lula, o sucesso do momento. Foi ela mesma quem abriu a porta, linda, num vestido rosa que ressaltava sua morenice quase oriental. Gaguejei qualquer coisa, dei o disco pra ela e entrei pelo apartamento pisando em nuvens. Julinho e Antonio Carlos já estavam lá, quase tão ansiosos quanto eu pela mate-
LUIZCARLOSSA@UOL.COM.BR | LUIZCARLOSSA.BLOGSPOT.COM rialização da conquista, que - com o recurso da mímica parecia inevitável. O tempo foi passando, cantou-se o parabéns, as pessoas foram indo embora e afinal só ficaram na sala eu, Julinho, Antonio Carlos, Vandinha e a família dela. Era agora ou nunca. Cheguei no ouvido dela: -Põe o disco. Tenho uma surpresa pra você. Vandinha tirou do pickup - na realidade uma vitrola cinquentista daquelas três-em-um - uma coisa melancólica que estava tocando e deixou soar a insinuante e falsamente suave voz de Gene Vincent... Be-Bop-A-Lula, she’s my baby...Be-Bop-A-Lula, I don’t mean maybe...”. Entreguei-me à mímica, que eu executava à perfeição embora não entendesse uma palavra daquilo que Vincent cantava... she’s the girl with the red blue jeans... she’s the queen of all the teens... Vandinha olhava pra mim e abria aquele sorriso que fazia com que fogos de artifício espocassem na salinha quente e apertada do apartamento. She’s the one woman that I know, she’s the woman that loves me so, ooooh...”. Chegada a hora do solo de guitarra, esqueci do mundo e saí meneando os quadris à la Elvis enquanto minha guitarra de papelão seguia milimetricamente as esparsas, concisas e eficientes notas de Cliff Gallup, guitarrista dos Blue Caps, banda de apoio de Vincent. Julinho e Antonio Carlos batiam palmas acompanhando o ritmo. Vandinha
começou a dançar e bater palmas também. Quando a música acabou, abri os olhos, mas diante de mim não era Vandinha quem estava. Era a mãe dela. E atrás da mãe, pude ver os rostos espantados do resto da família. - Bem, meninos, já está tarde. Peguem uns docinhos e saiam. Pude ver ainda uma senhora falando qualquer coisa ao ouvido de Vandinha, que veio me dar um rápido aperto de mão antes de sair da sala. Saímos pela rua no rumo de casa: -Acho que ela se amarrou - me animou o Julinho. -É, mas a família não - Antonio Carlos foi mais realista. Nos dias - e meses - seguintes tudo o que me restou de Vandinha foram sorrisos distantes e adeuses desajeitados, sempre do outro lado da rua e sob a vigilância de alguém. Como meus pais nunca contestaram minhas atitudes musicais, eu jamais tinha pensado no rock como uma espécie de “elemento desagregador da família”. Anos mais tarde, com uma Guild Duane Eddy no lugar da minha guitarra artesanal de papelão e os solos de Celso Blues Boy na banda de apoio, pude realizar meu sonho juvenil: com meu parceiro Guarabyra, num show no teatro Francisco Nunes em BH, ataquei em alto e bom som o Long Tall Sally de Little Richard. Pena que Vandinha não estava lá...
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