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Sumário Ano. 22 - maio / 2016 - Nº 258
Mais próximo das workstations
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A Slate Pro Audio procurou pesquisar e produzir uma tela que atendesse às demandas específicas do áudio profissional e lançou mais uma superfície de controle com tela sensível ao toque que promete acesso fácil às mais diversas workstations.
NESTA EDIÇÃO
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Com instalações interativas e exposições itinerantes, o Museu do Amanhã foi um desafio para a empresa Audium, responsável pelo projeto e instalação do sistema de áudio da instituição. O sistema de áudio do mais novo espaço cultural carioca foi fundamental para dar vida ao caráter interativo das exposições e instalações ali presentes.
16 Gustavo Victorino
24 Gigplace Nesta série de entrevistas sobre os profissionais que atuam no backstage dos shows e de todo tipo de evento, conversaremos com Gustavo Caleffi, que dá algumas dicas de como é o dia a dia de um gestor de riscos.
Confira as notícias mais quentes dos bastidores do mercado.
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Vitrine A Martin Audio lança na Prolight+Sound uma das séries mais esperadas no Mercado: a CDD-Live. O equipamento é uma combinação de três modelos full range e dois subwoofers e atende praticamente a todas as aplicações de áudio.
22 Rápidas e Rasteiras A Star Lighting Division apresenta um novo quadro como canal de divulgação e relacionamento entre seu público:o Star Lighting On.
32 Yamaha CL e QL Desde o final de abril que já está disponível no site da Yamaha Pro Audio a atualização de firmware para as mesas Yamaha das linhas CL e QL. Nesta atualização a Yamaha traz novos algoritmos de equalização e um plug-in novo para o rack premium.
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Vida de Artista Depois de passar a infância em Vila Isabel ao som dos sambas de Noel Rosa e dos primórdios do rock’n’roll de Little Richard, Elvis e tais, Sá foi surpreendido em plena adolescência por uma inusitada decisão familiar: mudar-se para a Tijuca.
Expediente
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Festival de Teatro de Curitiba
O Festival de Teatro de Curitiba, evento que acontece anualmente na capital paranaense, contou com sistema K-Array no teatro Ópera de Arame, um dos locais onde são apresentados os espetáculos durante o evento.
CADERNO TECNOLOGIA 46 Logic Pro
52 Mixando vocal de rock
Nesta edição, vamos entender um projeto de áudio desde sua concepção e como o Logic Pro pode ser utilizado nas principais fases de produção. Para isto, contamos com a colaboração da banda musical Kaleidoscópio.
Vamos falar sobre como encaixar um vocal de rock. Partindo do princípio de que as mixagens de rock são as mais difíceis de se fazer, pois existe muito pouco espaço para os elementos, especialmente o vocal.
CADERNO ILUMINAÇÃO
Diretor Nelson Cardoso nelson@backstage.com.br Gerente administrativa Stella Walliter stella@backstage.com.br Financeiro adm@backstage.com.br Coordenadora de redação Danielli Marinho redacao@backstage.com.br Revisão Danielli Marinho Reportagem: Alexandre Coelho e Miguel Sá Colunistas Cezar Galhart, Cristiano Moura, Gustavo Victorino, Jorge Pescara, Lika Meinberg, Luiz Carlos Sá, Marcello Dalla, Ricardo Mendes e Vera Medina Edição de Arte / Diagramação Leandro J. Nazário arte@backstage.com.br Projeto Gráfico / Capa Leandro J. Nazário Foto: Ernani Matos / Divulgação Publicidade / Anúncios PABX: (21) 3627-7945 arte@backstage.com.br Webdesigner / Multimídia Leonardo C. Costa multimidia@backstage.com.br Assinaturas Maristella Alves PABX: (21) 3627-7945 assinaturas@backstage.com.br Coordenador de Circulação Ernani Matos ernani@backstage.com.br Assistente de Circulação Adilson Santiago Crítica broncalivre@backstage.com.br Backstage é uma publicação da editora H.Sheldon Serviços de Marketing Ltda. Rua Iriquitiá, 392 - Taquara - Jacarepaguá Rio de Janeiro -RJ - CEP: 22730-150 Tel./fax:(21) 3627-7945 / 2440-4549 CNPJ. 29.418.852/0001-85 Distribuída pela DINAP Ltda. Distribuidora Nacional de Publicações, Rua Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678 Cep. 06045-390 - São Paulo - SP Tel.: (11) 3789-1628 CNPJ. 03.555.225/0001-00
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Vitrine iluminação A Prolight + Sound serviu como base para o lançamento dos produtos da Robe no mercado. O Square traz como novidade a facilidade de criar um protocolo de base de mapas.
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Iluminação Cênica Nesta conversa, alguns resultados serão analisados e abordados, a partir dos registros que eternizam cenas isoladas, e que muitas vezes definem e caracterizam as intenções ou conceitos, que alinham princípios, propostas, proporções, e muito design.
Os artigos e matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. É permitida a reprodução desde que seja citada a fonte e que nos seja enviada cópia do material. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios veiculados.
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CARTA AO LEITOR | www.backstage.com.br
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Está acabando
a era de apertar
os botões J
á é uma velha frase conhecida, mas que não custa lembrar. Investir em educação é o mesmo que investir no futuro de uma nação ou no segmento do mercado ao qual uma empresa atua. Sem essa primeira é quase impossível ter a segunda. Já não é de hoje que países que hoje ocupam o topo da lista em desenvolvimento econômico e social investem nesse campo, tanto entre os mais jovens quanto entre aqueles que já possem algum tipo de qualificação. Falando mais especificamente do mercado de entretenimento, embora tenha tido uma melhora se comparado com 20 anos atrás, ainda existe um obstáculo muito grande em relação à educação formal no currículo dos nossos profissionais. Seja por falta de dinheiro do próprio profissional para investimento em cursos profissionalizantes, seja por falta de tempo quando a primeira questão já não é mais problema para ele. Por outro lado, as empresas, que também ainda estão acordando para essa realidade, enfrentam um dilema, principalmente as pequenas: investir em um profissional instruído, que poderia dar menos prejuízo para a companhia, mesmo que para isso tenha um “salário” maior. Ou contratar quem ainda necessita de formação e investir nesse futuro profissional. Ambas as respostas seriam as corretas. Tanto é preciso de um funcionário que saiba e domine até as entrelinhas do seu ofício, quanto aquele cuja formação será aos moldes do que é necessário à empresa. O que não podemos deixar de ter em mente é que, no mundo atual, já não existe espaço para o profissional amador. Aquele que não quer aprender ou que não tem disposição para reaprender ou se reciclar, este provavelmente estará fora do mercado. E não porque as empresas A ou B apenas passaram a exigir profissional mais qualificado. O cerne da questão não passa pela exigência das empresas, mas pela exigência do próprio mercado, frente ao alto grau tecnológico que os equipamentos alcançaram. Ponto para aqueles que buscam a educação como forma de entrar ou se manter no mercado, podemos dizer que esse é o caminho. E ponto para as empresas que apostam no meio educação, provavelmente é a que vai mais longe no mercado. Profissionais como aqueles de Tempos Modernos, de Charlie Chaplin, já há muito tempo não são mais desejados no mercado de trabalho. Boa leitura. Danielli Marinho
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amadorismo justificar com isso a interrupção de uma música tocada ao vivo numa transmissão em rede nacional. A Paula não tem roadie? Antes de começar a cantar, por que não fez um suave acorde para testar a afinação? Não tem um segundo instrumento obrigatório para uma artista do seu nível? A desculpa usada serve apenas para músico de boteco com instrumento ruim ou guitarrista bêbado.
PLÁGIO
Com a anunciada decisão do Banco Central de manter o dólar oscilando na casa dos R$ 3,50 e assim manter atrativo o agronegócio que ainda segura o Brasil de pé, os empresários passaram a ter referência para futuros projetos. A indefinição oriunda de um novo governo Temer não deve passar por essa política até para evitar grandes sacudidas na já assustada economia brasileira.
REVAS A nova marca criada pelo idealista Takao Shirahata vai sacudir o mercado com uma proposta revolucionária no conceito de custo-benefício. Concebida e idealizada pelo dublê de executivo e músico com o aval da Roland Japan, a Revas é parte de seu sonho pessoal de possibilitar que mais pessoas possam ter o acesso a instrumentos de boa qualidade. Importado e distribuído pela Roland Brasil, os produtos da marca Revas têm garantia de dois anos e contam com a rede de assistência técnica da Roland em todo o território nacional. O teclado KB 330 e a bateria eletrônica PB 350 impressionam pela qualidade oriunda no inegável DNA da Roland. É marca que já nasce com garantia de sucesso. Em breve, uma análise completa aqui nas páginas da Backstage.
DESAFINADO A repercussão do violão desafinado que fez a cantora Paula Fernandes interromper uma música tocada ao vivo no programa do Faustão surpreende apenas os não iniciados. Instrumento de corda sofre influência da temperatura, mas é
A decisão de um juiz americano pode causar uma enorme confusão com a autoria de um dos maiores clássicos da música pop dos anos 70. Sobre “Stairway to Heaven, clássico de 1971 da banda Led Zeppelin recai a suspeita de plágio, segundo o juiz Gary Klausner, em Los Angeles. O magistrado afirmou que Stairway to Heaven” e a instrumental Taurus, de 1967, de uma obscura banda chamada Spirit, são parecidas o suficiente para que um júri decida se a iconoclasta banda liderada por Plant e Page é responsável por infringir direitos autorais. O processo judicial foi movido por Michael Skidmore em nome do já falecido guitarrista do Spirit, Randy Califórnia, compositor da música teoricamente plagiada. Ouvi as duas e afirmo que sua excelência viajou na maionese e mostrou que não conhece nada de progressão harmônica ou melódica. Se consultasse um professor ou um músico profissional antes da decisão já teria encerrado o assunto rapidinho.
ROCK OU RAP? Gene Simmons, porralouca e baixista do Kiss, reclamou da entrada do rapper Ice Cube para o Rock and Roll Hall Of Fame. Inimigo declarado do rap, o músico atacou os responsáveis pela indicação e disse que a jogada foi puramente midiática e nociva à instituição. E reiterou que lá só deveria entrar rock and roll. Concordo com o moço...
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NO FORNO Fabricantes de teclados já têm na prancheta o sistema wireless para os seus produtos. Mas quem vai lançar na frente serão os chineses em produtos baratos e com a finalidade de testar a confiabilidade do sistema. É o futuro inevitável...
PRINCE A morte do artista repercutiu, mas não causou surpresa. Os amigos mais próximos sabiam que a excentricidade do artista e o seu espírito recluso escondiam um componente de depressão que o jogava no consumo de medicamentos e outros produtos menos recomendáveis. Embora a causa da morte tenha sido sublimada nos noticiários, Prince morreu muito mais de depressão do que de overdose de barbitúricos, embora as duas causas tenham profunda ligação. Michael Jackson que o diga...
FENÔMENO Avisei que no ritmo atual, alguns produtos seriam comprados mais baratos no Brasil do que no exterior. O chamado dólar artificial criado pelos importadores tem um estranho mecanismo de compensação que nunca vou entender, mas proporciona algumas curiosidades interessantes. Como exemplo cito alguns produtos da Harman que custam no Brasil praticamente o mesmo preço que nos EUA e aqui são mais baratos do que na Europa. A linha da Yamaha também tem algumas curiosidades assim. Quem procurar vai se surpreender.
as velhas caixas de madeira. A moda está aos poucos chegando também aos produtos focados em alto desempenho e, ao que tudo indica, a tecnologia logo deverá suprir deficiências ainda existentes e definir o poliéster como material definitivo para a construção de caixas de som voltadas a qualquer uso. É esperar para ver.
termos musicais, o evento parece mais um encontro baladeiro do que um festival de música. Quem andou por lá não conhece nenhuma das sete notas musicais e não sabe sequer dizer o nome de pelo menos 3 das músicas que ouviu. É o símbolo máximo da decadência musical entre jovens.
A DURA FACE DA VERDADE EXTINTO Por mais que possa parecer estranho algumas pessoas insistem em contrariar os fatos e ludibriar a credulidade alheia sem nenhum constrangimento. Tem fabricante anunciando escala de guitarra e baixo em ébano negro africano. Essa madeira nobre está extinta há 3 décadas e quem tem um instrumento com essa madeira na escala tem uma raridade. O ébano indiano, de qualidade inferior e um pouco mais claro, ainda é encontrado em alguns instrumentos top de linha ou artesanais. O resto é tinta preta e enganação.
Com a alta do dólar e o avanço da burocracia corrupta, o Brasil deveria ter seu parque industrial valorizado e se sobrepondo ao produto estrangeiro. Isso não acontece e os motivos são nebulosos e imprecisos. Aceito dicas e sugestões para elucidar o mistério.
MORTE A transmissão de sinais MIDI via USB sepultou de vez os velhos cabos e conexões que equiparam por décadas os teclados das mais variadas marcas. No futuro, o sistema USB, hoje na terceira geração, substituirá também os cabos de áudio.
VATICÍNIO
FONTE
A Music Shangai passou em números e tamanho a Musikmesse Frankfurt. Previ isso há 5 anos. A evolução do mercado asiático é a maior responsável por esse crescimento da feira chinesa. Mesmo descontando o volume morto dos pequenos fabricantes regionais, o mercado local assimilou uma vocação espelhada na China que inundou a região de pequenas indústrias do segmento. O mundo fabrica lá...
Cuidado com o uso de fontes de origem desconhecida. Trocar a fonte original do seu equipamento por produtos populares ou de qualidade duvidosa é o primeiro passo para uma tragédia. Até a leitura automática de voltagem apresenta falhas que podem doer muito no seu orçamento. Economizar nisso é uma burrice irresponsável. Usar fonte original é cuidar do seu aparelho e do seu bolso.
MORTE?
DECADÊNCIA
PERGUNTINHA
A tecnologia das caixas amplificadas de médio e pequeno porte parece ter condenado à morte as estruturas de madeira ou aglomerado. O plástico injetado atropelou o segmento e parece ter sepultado
O festival Tomorrowland cresce e faz sucesso ano após ano. São Paulo é pródiga e receptiva aos modernismos importados, embora nem tudo seja “modernizante” ou vanguardista. Com gosto duvidoso em
Quando os Tribunais de Contas e a Justiça vão começar a punir também artistas pela realização de shows propinados e superfaturados? Juridicamente as condenações devem atingir a corruptos e corruptores.
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FAMÍLIA VI
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MARTIN AUDIO www.martin-audio.com A Martin Audio lanca na Prolight+Sound uma das series mais esperadas no Mercado: a CDD-Live. O equipamento é uma combinação de três modelos full range e dois subwoofers que atende praticamente a todas as aplicações de áudio, desde a necessidade de reforço sonoro até performances ao vivo, DJ´s e eventos corporativos e é perfeito para ser instalado em clubes noturnos, teatros e centros de entretenimento. No coração desse sistema, encontra-se a tecnologia Coaxial Differential Dispersion patenteada pela Martin Audio, que combina um design coaxial com a consistência de cobertura da Differential Dispersion, fazendo do CDD-Live um sistema completo mesmo quando usado de frente para trás no caso de uma cobertura horizontal, conferindo fidelidade e impacto sonoro em todos os cantos do público ou da plateia. A bordo do equipamento, um amplificador Classe, DSP e protocolo Dante em uma rede de áudio digital, assegurando simplicidade e eficiência na instalação, enquanto uma quantidade generosa de opções, incluindo polo de montagem, wall brackets e rigging interno.
www.soundcraft.com/products/Vi2000 A nova Vi2000, da Soundcraft, embora seja mais compacta que a Vi3000, pois tem um número menor de faders (16 input e 8 output), possui muitos outros recursos e pode ser usada em qualquer evento de som ao vivo ou em instalações fixas. O Vi2000 usa a mesma tecnologia STUDER para o IO das demais consoles da série. O software do mais recente console V6.1 é também o mesmo usado na Vi2000, o que significa que a mesa também possui BSS901ii Dynamic EQ. Além disso, o equipamento possui entradas e saídas de microfones da linha IO on-board, que podem ser configuráveis em até 48 inputs e 16 outputs usando combinações de módulos de 16 canais XLR em 4 slots na parte traseira. O usuário também tem a opção de expandir em até 64 canais por meio de 2 slots, permitindo que até duas Stageboxes MADIbased sejam conectadas.
NOIZCALC www.dbaudio.com A nova ferramenta de software da d&b, criada em colaboração o SoundPLAN, permitirá que os designers de sistemas possam entender melhor a complexidade das fontes emissoras, como matrizes d&b de linha e matrizes subwoofer. O NoizCalc é um novo reforço radical na previsão e planejamento de caixa de ferramentas para sistemas da d&b. Com base em sua história 35 anos com produções ao ar livre em grande escala, a empresa tem o objetivo com esse novo software contribuir para diminuição da emissão sonora, minimizando a poluição sonora na área circundante.
JBL EON ONE www.jblpro.com Composto por subwoofer, um mixer de seis canais e uma coluna de line array, o sistema JBL EON One foi projetado para ser usado por músicos, Djs, em pequenos eventos de som ao vivo e conferências. Uma das suas principais características é que esse sistema é muito simples de ser configurado e transportado, e som de qualidade. Com potência de 380 watts e SPL máximo de 118 dB, pode ser conectado a qualquer aparelho através de bluetooth. O EON ONE tem um subwoofer bass-reflex de 10" e uma unidade de alta frequência com 6 drivers de 2" dispostos de acordo com o controle patenteado pela JBL Directivity Control Geometry. O mixer de 6 canais apresenta uma variedade de aplicações. O canal 1 e 2 pode aceitar um cabo de 1/4" para instrumento ou um cabo XLR, e tem controle de volume, reverb, agudos e graves. Os canais 3 e 4 aceitam plugs TRS de 1/4" ou cabos RCA stereo. Os canais 5 e 6 têm entrada stereo de 3.5mm para conectar aparelhos como smartphones, tablets ou áudio streaming com conectividade bluetooth. O EON ONE também tem uma saída RCA que pode ser usada para conectar outras caixas acústicas ou enviar sinal par um suwoofer, gravador, ou outro mixer externo.
ATH-M50XMG www.audio-technica.com A Audio-Technica está lançando um fone de ouvido, em edição limitada, para os profissionais de áudio mais exigentes. Com drivers de grande abertura, fones extra-auriculares para isolamento sonoro e construção robusta, o ATH-MX50xMG proporciona uma experiência única para os profissionais de som mais críticos. Com a qualidade e tradição dos headphones da Audio-Technica e com um design moderno e materiais de alta qualidade, o ATH-M50xMG entrega uma experiência de audição confortável, com áudio aprimorado e isolamento eficaz. Uma excelente escolha para o monitoramento e mixagem.
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www.dpamicrophones.com A DPA Microfones apresentou uma gama de modelos destinados para gravação e reprodução. Os modelos d:fine, d:screet e d:vote foram uns dos destaques da Prolight + Sound 2016. Voltado para instrumentos, a linha d:vote é destinada tanto para cordas, quanto para sopro ou percussão. O objetivo é que, com os modelos dessa série, os músicos possam tirar o som mais puro do instrumento a partir de sua polaridade supercadioide. Conhecido por sua discrição e elegância, os modelos d:vote ainda podem ser usados como gooseneck. Ja os d:fine são modelos headset de cápsulas omnidirecionais e direcionais.
SERIE SD www.digico.biz Em coletiva de imprensa neste primeiro dia da Prolight + Sound, a DiGiCo apresentou algumas novidades das consoles SD5, SD7, SD9 e SD10. Uma das características apresentadas na SD7 é a possibilidade do usuário se conectar com outros consoles, tendo em vista a tecnologia Madi, e a possibilidade de o usuário fazer um upgrade para uma nova geração de mesas.
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SET DE MICS PARA GRAVAÇÃO
HD 50 www.equipo.com.br O HD 50 possui a tecnologia HyDrive da Hartke. Com 50 watts de potência e driver de 12" com cone de alumínio e papelão. É a solução completa para performance com banda ou estudo. Além de sua entrada P10 (1/4) para baixo passivo ou ativo, o HD 50 possui uma entrada P2 (1/8) onde o usuário pode ligar um MP3 para tocar seus playbacks preferidos e uma saída de fone P10 (1/4) para poder estudar em silêncio. Outras características do produto são: alto-falante Hydrive de 10" (cone de papelão e alumínio), Volume bass, mid e treble, Limitador embutido, Dimensões: 428mm x 406mm x 304mm e Peso 15,4kg.
M-864D http://discabos.com.br A tecnologia do M-864D pode melhorar o som e a inteligibilidade sonora de igrejas e ambientes propensos à reverberação. O M-864D é um mixer digital stereo, 4U rack, com 22 canais de entrada de áudio, sendo destas 8 entradas mono e 7 stereo, além de 6 canais de saída, incluindo 4 mono e 1 stereo (esta dedicada à gravação) e 4 canais bus. Está equipado com funções de processamento digital de áudio, incluindo Controle Automático de Ressonância (ARC), Redutor de Microfonia (FBS), Função de Mute automático para as entradas stereo (AUTO MUTE ou Ducker) e Equalizador. A função Automatic Resonance Control cria automaticamente curvas de filtro para melhorar a inteligibilidade sonora, medindo as características acústicas do ambiente. O produto é distribuído exclusivamente pelo Grupo Discabos.
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Star Lighting On
A Star Lighting Division apresenta um novo quadro como canal de divulgação e relacionamento entre seu público, o Star Lighting On. Para lançamentos deste quadro, foi selecionado como tema de estreia um dos produtos com mais interesse e busca de informações, o Console Regia 2015 Plus. Neste novo quadro é possível conhecer um pouco mais sobre o console e seus recursos, entre citações de programação do console DMX. O Star Lighting On será um quadro voltado para apresentação de inovações e soluções tecnológicas para mercado de iluminação. Confira os vídeos através do site da Star Lighting Division - http://www.star.ind.br e fique ligado nas redes sociais com novidades.
SSL lança Versão 2 de pacote de software A Solid State Logic lançou recentemente uma segunda versão de um pacote de software para a Sigma remote controlled analogue summing mixer. A partir de agora, os usuários da Sigma pode ter uma vantagem extra no controle redundante de três vias e uma automação analógica com base em uma DAW com a tecnologia do plug-in SSL äelta-Control (ä-Ctrl), o novo app Sigma Re-
mote Control e o controle MIDIOver-Ethernet MCU. Este upgrade inclui o V2 Sigma äelta firmware e o novo Remote Control App (Windows ou Mac OSX), e está disponível a partir de um registro no Sigma Owners’ My SSL no website da SSL. A tecnologia äelta-Control usa um plug-in com arquitetura DAW que permite a automação do sinal analógico da Sigma.
VANGUART LANÇA NOVO DVD O grupo cuiabano Vanguart acaba lançar seu segundo DVD Muito Mais que o Amor – Ao Vivo, pela Deck. No show registrado estão algumas das músicas mais marcantes de seus três discos. No repertório do DVD estão as músicas Meu Sol, Demorou pra Ser, Olha pra Mim, Estive e Pra Onde Eu Devo Ir? O registro, dirigido por Ricardo Spencer, foi filmado no Centro Cultural São Paulo, em julho de 2015. A banda é formada por Helio Flanders (voz, violão, trompete e gaita), Reginaldo Lincoln (voz, baixo e bandolim), David Dafré (guitarra, clarinete e lap steel) e Fernanda Kostchak (violino).
REVOLABS RECEBE 5 ESTRELAS A Revolabs, Inc., uma subsidiária da Yamaha Corporation, conquistou 5 estrelas do CRN, uma marca do The Channel Company, no Partner Program Guide, um guia anual que lista as melhores empresas que oferecem serviços e soluções em tecnologia ou produtos através de canais de TI.
RIVERS CHURCH DURBAN INVESTE NO DOT2 A Rivers Church, em Durban, Johanesburg, adquiriu um novo console MA Lighting dot2 core. A nova mesa substituiu um outro console que havia no local e foi escolhida pelo lighting designer local graças a um curso que a MA ministrou em Durban. Assim como muitas igrejas, a iluminação fica a cargo de voluntários que tenham alguma habilidade, e operar a nova console pode ser uma chance de eles desenvolveram seus talentos nessa área, tendo em vista que a dot2 é altamente intuitiva.
CADAC tem novo distribuidor
A empresa Hills será o distribuidor exclusivo da Cadac para os mercados da Austrália e Nova Zelândia. Dan Fletcher, diretor da Hills, acredita que a combinação da Cadac com outros produtos de empresas como LAcoustics e Biamp vem ao encontro do que necessitam os clientes da empresa.
SELO SESC 12 ANOS Em atividade há 12 anos, buscando registrar o que de melhor é produzido na área cultural, o Selo Sesc constrói um precioso acervo artístico pontuado por obras de variados estilos, da música ao teatro e cinema. Lançou em 2015 o documentário “Eduardo Coutinho, 7 de Outubro, dirigido por Carlos Nader, e o DVD triplo Os Náufragos do Louca Esperança, da diretora francesa Ariane Mnouchkine. Ainda foram lançados em 20015 CDs de Pepeu Gomes (Alto da Silveira), Sebastião Biano (Sebastião Biano e seu Terno Esquenta Muié), Projeto Coisa Fina (Coisa Fina), Zeca Baleiro, Paulo Lepetit e Naná Vasconcelos (Café no Bule) e Guinga (Porto da Madama), entre outros.
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Nesta série de entrevistas sobre os profissionais que atuam no backstage dos shows e de todo tipo de evento, conversaremos, nesta edição, com Gustavo Caleffi, que fala sobre o dia a dia de um gestor de riscos.
Profissões do
‘backstage’ G U S T A V O
C A L E F F I
G E S T O R
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igplace - Gustavo, qual a sua formação, qual o perfil e o que é necessário para ser um gestor de segurança? Gustavo Caleffi - Sou formado em Administração de Empresas (PUC-RS), com MBA em “Direccion de Seguridad en Empresas” pela Universidade de Comillas (Espanha) e formação técnica em Advanced VIP Protection em Israel. Na verdade, entendemos que nossa atividade em grandes eventos se denomina Gestor de Riscos em Grandes Eventos, pois a atividade é muito mais abrangente e vai além da segurança, embora segurança esteja englobada em nosso escopo.
No Brasil esta profissão ainda não é regulamentada, mas, para atuar nessa área, o profissional tem que ser multidisciplinar, com muitos conhecimentos, principalmente planejamento e gestão. Gigplace - Quais as atribuições de um Gestor de Riscos e explique um pouco a diferença entre um gestor de segurança e um segurança comum? Gustavo - A diferença entre gestor de riscos e vigilante é imensa. O vigilante é um agente, que tem seu papel específico operacional para o controle físico e da or-
dem em diversas áreas de um evento. O gestor de riscos tem como atribuições ações de planejamento e execução. Compete ao gestor de riscos o planejamento de acessos e volume de fluxo de pessoas, cargas e equipamentos; estratégia de posicionamento e segurança de bilheterias; estratégia e operação de retirada de ingressos, principalmente pelo advento dos ingressos adquiridos por internet e retirados nos locais dos eventos; posicionamento estratégico de espaços existentes nos eventos tais como: palcos, camarins, camarotes, portões de acesso etc; critérios de credenciamento e mecanismos de controle de acesso; planejamento de segurança de artistas ou pessoas envolvidas no evento, desde suas chegadas na cidade do evento, até seus retornos; necessidade de comunicação visual; necessidade e estratégias de segurança (número de agentes, posicionamento, função); acompanhamento de planos de prevenção e combate a incêndio; definição de necessidades de serviços médicos, bombeiros, socorristas, ambulâncias; interlocução com órgãos de segurança pública (polícias civil, militar e federal) e saúde (hospitais); garantia de fluxo no entorno do evento, garantindo a chegada e saída do público no evento (estacionamentos, fluxo de trânsito, fluxo de pedestres); elaboração de planos de contingência e emergência; acompanhamento operacional ao longo do evento, garantindo a execução de todo o planejamento e adequando as mudanças necessárias e existentes, o que ocorre em todo evento, os conhecidos imprevistos. Além de infraestrutura existente e a ser implantada (barricadas, gradeamento, fechamentos); segurança nos períodos de montagem e desmontagem; pontos de atendimento de alimentação e bebidas (garantir o atendimento do público). Gigplace - O Brasil nos últimos anos tem recebido grandes shows e even-
tos; o setor de segurança local tem acompanhado essa demanda? Gustavo - O Brasil recebeu um grande legado com a Copa do Mundo, a necessidade de seguranças de grandes eventos ser atendida por empresas capacitadas e com profissionais também capacitados, sendo esses profissionais vigilantes com curso de grandes eventos. Cabe agora à Polícia Federal fiscalizar e garantir ao público que, ao longo de todo o país, as produtoras e as empresas contratadas continuem atuando dentro das conformidades da lei. Gigplace - O planejamento é a chave de todo evento, e creio que a segurança seria 50% de um evento bem sucedido. Os produtores de evento aqui no Brasil pensam dessa forma? Gustavo - Infelizmente o brasileiro não costuma ser um povo preventivo, nem no quesito de saúde, nem financeiro e também não costuma ser no quesito de segurança. Poucos produtores conseguem ter a leitura que a prevenção reduz custos de produção e riscos de problemas de grande porte, tanto durante os eventos, quanto movimentos pósevento, que cada vez ocorre mais no Brasil, com processos judiciais movidos pelo público de grandes eventos. Assim, entendemos que o investimento em prevenção é na grande maioria das vezes uma grande economia para as produtoras, prova é que todos os eventos que somos contratados para gerir, continuamos operando, como é o caso do Planeta Atlântida, onde operamos em mais de 20 edições, UFC, mais de 8 eventos e contrato para os próximos, entre diversos outros. Gigplace - Explique como é montada a segurança para um evento e quais são as suas etapas. Gustavo - A montagem de um plano de gestão de riscos de um grande evento demanda bastante tempo de antecedência. É muito importante que o gestor de riscos esteja envolvido em
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O posicionamento do palco é um exemplo. Já vi casos de palcos com pequenos erros de cálculo de implantação, que inviabilizaram o fluxo de público para acesso à área, por estrangulamento de área.
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todos os processos, desde a sua concepção, pois ele precisa ter uma visão global do evento e interferir na concepção das áreas, podendo dar suporte à equipe de produção, apontando as dificuldades e riscos assumidos por essa, que na maioria das vezes passa despercebido, e, depois da área montada, fica inviável solucionar. O posicionamento do palco é um exemplo. Já vi casos de palcos com pequenos erros de cálculo de implantação, que inviabilizaram o fluxo de público para acesso à área, por estrangulamento de área. Situação que poderia ter sido contornada com um simples acompanhamento de alguém com a visão da necessidade de fluxo, no momento da definição da posição do palco. Primeiramente é fundamental o entendimento do tipo de evento quanto ao tempo de duração; previsão de abertura e encerramento; público estimado; capacidade de público do local; perfil do público esperado; condições de trânsito no entorno; condições de estacionamento no local e no entorno; capacidade de estocagem de público no entorno, antes da abertura dos portões; possibilidades de atendimentos de emergência na região. Depois, passamos a realizar o planejamento de todo o funcionamento do evento com suporte à arquitetura e posicionamentos; modelo de ingresso; tipo de controle de ingresso; controle de acesso; quantitativo e posicionamento de segurança; quantitativo e posicionamento de equipes de apoio (brigadistas, médicos); definição de centro de comando e controle; planos de contingência e emergência; necessidades técnicas para contratação de recursos (CFTV, rádios comunicadores, detectores de metal); relação com órgãos de segurança pública e prefeitura.
Gigplace - Um evento de qualquer grandeza precisa de plano de segurança e evacuação, mas na prática isso acontece? E qual a forma correta de se elaborar este plano? Gustavo - Qualquer evento ou estabelecimento comercial precisa desses planos. Existe uma grande dificuldade de implantação desses planos aqui no Brasil, devido à cultura do “não vai dar nada, se der, na hora solucionamos”. Nós não concordamos com essa visão, por isso, temos uma metodologia própria para a criação, treinamento, simulação e execução desses planos, os quais já salvaram eventos que estávamos operando, pois conseguimos contornar situações calamitosas, pela equipe estar preparada no momento de uma forte intempérie. Casos que ocorreram em eventos como Lollapalooza (temporal e vendaval), Planeta Atlântida (RS e SC), Lupaluna (PR), entre outros. Gigplace - Um lado bastante desafiador da segurança deve ser o de cuidar das ce-
lebridades, qual os maiores desafios para se cuidar dos grandes astros. Conte um case de sucesso dessa área. Gustavo - Sem dúvida, essa é uma área fascinante. A maior dificuldade de atuação com celebridades são os imprevistos. Por mais que se planeje e se simule situações, as celebridades gostam muito de mudar seus planos de última hora, o que faz com que a equipe de segurança esteja preparada para as ações mais inusitadas, sem pestanejar. O case do Paul McCartney em Porto Alegre foi um grande exemplo disso, pois o ex-Beatle resolveu no meio da manhã passear de bicicleta com sua esposa num parque de grande circulação de público chamado Parcão (Parque Moinhos de Vento), próximo ao hotel onde o artista estava hospedado, e tivemos que montar um superestrutura para viabilizarmos esse passeio. A importância de sabermos todos os passos das celebridades é muito importante, pois podemos minimizar riscos e potenciais problemas. Também com o astro Paul McCartney conseguimos evitar o que seria uma grande falha de planejamento, pois o artista exigia um ônibus especial para sua saída do local do show, e, devido às simulações que costumamos realizar, mostramos para sua equipe internacional de segurança que o tra-
jeto que os mesmos haviam desenhado era inviável, pois havia uma passarela em que o ônibus não conseguia passar por excesso de altura, assim, foi possível desenharmos um outro trajeto e validarmos com os batedores, pois o mesmo teria que andar um certo trecho pela contramão. Isso só foi possível por sermos muito meticulosos com o planejamento, erro que não foi evitado na visita do Papa ao Rio de Janeiro. Outro case interessante foi o da Ayaan Hirsi Ali, jurada de morte pelo Islã, considerada a segunda maior inimiga do Islã no mundo e nossa protegida em sua estada pelo Brasil. Neste caso, o cuidado com ataques terroristas era extremo, mas seu desejo era conhecer o Pelourinho em Salvador. Como tivemos tempo hábil, conseguimos montar um esquema que possibilitou nossa protegida de realizar seu sonho. A visita foi um sucesso e a mesma não correu riscos. Gigplace - Com a sua experiência na área você deve ter muitos fatos curiosos e divertidos, poderia contar algum, resguardando nomes e locais? Gustavo - Certa vez, num festival de grandes proporções nacionais, um artista de uma grande banda no cenário brasileiro entrou com duas mulheres dentro
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Sempre atuamos com estratégia para identificar tentativas de pessoas burlarem acessos de forma indevida, seja falsificando credenciais, ingressos, ou até tentando subornar pessoas de nossas equipes de acesso ou segurança
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de seu camarim, para dentro de um banheiro químico. Esses banheiros são pequenos e normalmente não são fixos no solo. Não conseguimos entender o que os três estavam fazendo, mas imaginamos. Porém os movimentos foram tão bruscos que o banheiro virou, deixando os três imundos e fétidos. O camarim teve que ser inutilizado. Em um evento, fui acionado por meu grande amigo e famoso diretor de palcos McGyver Zitto, solicitando apoio, pois precisava tirar uma pessoa com urgência dos bastidores do palco. Quando cheguei, me deparei com dois problemas, o primeiro é que o sujeito estava credenciado para estar onde estava, e o segundo era que o indivíduo era um famoso lutador de MMA nacional, e dizia que não sairia dali de nenhuma forma. Porém, devido a fatores que acredito terem sido divinos, conseguimos retirar o lutador, sem nenhuma necessidade de força física, creio que para nossa grande sorte e do evento também. Certa vez ouvi de um dos maiores empresários nacionais a seguinte frase: “Gustavo, tu estas sendo mais celebridade que o cantor”. Isso porque atuei com mais de 100 artistas de renome nacional e internacional em toda a minha carreira, mas nunca tirei foto com nenhum deles. E, ao final de um show, o artista pediu para tirar foto com toda a produção, e eu me neguei, pois minha técnica não me permite tietar, foi então que percebi que, neste caso, eu havia exagerado, quando o empresário de um dos maiores artistas nacionais me disse a frase acima. Foi então que tive a minha primeira e única foto com algum artista que tenha protegido ao longo de mais de 10 anos. Gigplace - Pensando em segurança imaginamos coisas de agente secreto, tipo 007 e afins. Quais aparatos hoje são realidade na segurança de eventos? Gustavo - Nos eventos que operamos, podemos dizer que sim. Sempre atuamos com estratégia para identificar ten-
tativas de pessoas burlarem acessos de forma indevida, seja falsificando credenciais, ingressos, ou até tentando subornar pessoas de nossas equipes de acesso ou segurança (neste caso contamos com uma equipe como se fosse o Mossad em Israel, ou a CIA nos Estados Unidos), com inteligência e equipes treinadas para identificar esse tipo de atuação fraudulenta. Outras ações coibidas por essas equipes são ações que possam ser organizadas contra o evento em redes sociais, ou em grupos de comunicação privados; comercialização de produtos falsificados, que possam ser vendidos com a marca das bandas ou do evento, no entorno do mesmo; comercialização de ingressos por cambistas, que possam extrapolar a legislação, lesando dessa forma o público; identificação de produtos ou mercadorias indevidas ou ilícitas, que por ventura possam ter passado pelos pontos de controle do evento; entre inúmeras outras. Além disso, costumamos atuar com uma central de comando e controle, onde conseguimos ter comunicação com toda nossa equipe, controlando nossos agentes com sistema especial de radiocomunicação, além de utilização de câmeras de CFTV (circuito fechado de televisão) que nos auxilia através de recursos de aproximação e rotação de imagens, nos locais mais críticos do evento, nos possibilitando identificar com precisão exatamente o que está sendo realizado em tempo real pelo público, permitindo identificar o tipo de ação, a face dos agentes e outras características, que nos auxiliam na comunicação para nossas equipes de segurança agirem com precisão. Recentemente tivemos em um evento que gerenciamos a visita de um delegado de polícia, que atuou na coordenação de uma das sedes da Copa do Mundo. Ele relatou ter ficado impressionado com a efetividade de nossa operação, elogiando fortemente essa operação e traçando um comparativo com a Copa do Mundo do Brasil, considerando nossa operação mais eficiente.
Gigplace - Você possui uma empresa voltada para a segurança nas mais diversas áreas. Em quais segmentos a Squadra consultoria atua? Gustavo - A Squadra é uma empresa especializada em Gestão de Riscos, sendo assim, nossa abrangência de ação é muito diversificada. Hoje possuímos 3 unidades de negócio distintas: Gestão de Riscos Estratégicos, serviços ofertados de consultoria de Gestão de Riscos: Empresariais; Condominiais; Construção Civil (projetos); Grande Eventos; Serviços especiais, além de palestras e treinamentos técnicos nas áreas de segurança pessoal, eventos entre outros. Implantação e automação de sistemas; Serviços de consultoria em implantação de sistemas integrados de segurança, automação, telefonia e automação; Segurança da Informação, Serviços de consultoria em riscos da informação, estratégica, tática e operacional. Gigplace – Quais são os próximos grandes eventos que você trabalhará em 2016? Gustavo - Até o momento atuamos no show dos Rolling Stones, nos eventos do UFC que venham a ser realizados no Brasil e estamos em tratativas comercias para atuação em eventos esportivos internacionais e provável atuação nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Gigplace - Todos nas nossas carreiras já passamos por alguma saia justa, da qual rimos muito quando relembramos. Qual seria a sua? Gustavo - Nossa, já foram muitas, mas creio que a mais crítica tenha sido com uma esposa de um dos sócios de um dos eventos que realizei. Havia a determinação do diretor de palco e da segurança de uma das principais cantoras nacionais, de que NINGUÉM podia subir no palco, e nosso lema sempre foi: “missão dada, missão cumprida”. Fechamos o palco e, na segunda música, se aproxima uma “senhorita” muito bonita e pede para acessar ao palco. Neste momento fui chamado pelo segurança, pois o mesmo dizia que a senhorita estava muito relutante e dizia que ira acessar de qualquer forma, mesmo o segurança informando educadamente
que não seria permitido. Quando cheguei, a senhorita já estava muito alterada, e me disse: “quem tu pensas que és em não me permitir entrar no palco”. Prontamente respondi que era o diretor de segurança do evento e que realmente ela não poderia subir no palco por determinação do evento. Foi quando ela resolveu se apresentar, informando que era esposa do “dono” do evento, e que eu nunca mais trabalharia para sua empresa. E então me ordenou a abrir e permitir seu acesso. Foi quando eu disse que ela ficasse muito tranquila, que eu não trabalharia mais para sua empresa, e que então eu não descumpriria a ordem que tinha e que não permitiria seu acesso. A senhorita saiu muito furiosa e fiquei tranquilo, pois achava que estava sendo enganado e essa seria mais uma das tantas histórias de “carteirada falsa” que ouvimos nos eventos. Porém, ao final do show comentei com o diretor de palco o ocorrido, e ele disse: “xiiii, ela é mesmo a mulher dele, me esqueci de dizer que ela podia. Neste momento gelei. Rapidamente fui ao encontro do sócio do evento e ao encontrá-lo relatei o ocorrido. Foi quando ganhei um cliente para sempre, pois o mesmo me respondeu que ela recentemente não era mais sua esposa, e que eu havia feito o meu trabalho perfeito. Ufa, salvo pelo gongo! Gigplace - Algumas áreas de prestação de serviço para eventos estão cheias de profissionais despreparados e em alguns casos aventureiros mesmo. Na área de segurança isso também ocorre? A seu ver quais os maiores danos que um mau serviço de segurança pode acarretar a um evento? Gustavo - Essa infelizmente é uma realidade. No meu entendimento o que gera esse problema é a tomada de decisão exclusivamente por preço. Em segurança, certamente o mais barato é o mais arriscado. Existem muitos problemas que podem ser gerados através da contratação de segurança de baixa qualidade, por exemplo: para o contratante, problemas jurídicos causados por agressão, má conduta, revista errada, mau posicionamento, descumprimento das ordens, abandono do serviço (muito comum), entrega menor de se-
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Temos que tentar antever todos os riscos que possam acarretar em acidente, agressão, evasão, má utilização, deterioração e muitas outras ações que possam ser realizadas tanto pelo público quanto por pessoas contratadas para trabalhar no evento
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guranças pela empresa contratada do que foi contratado, filas sem controle, facilitação de acesso por suborno (venda de pulseiras), comercialização de drogas e outros produtos proibidos pelo evento, retirada de seguranças que não estejam dentro da lei pela Polícia Federal, envolvimento em desvio de equipamentos e produtos (A e B). Para o público: risco de agressão, condução errada em momentos de crise e evacuação, maior risco de princípio de tumulto, expulsão do evento sem motivo, estupro, furto e roubo. Gigplace - Para aqueles que querem se especializar na área, quais os conselhos que você daria a esses profissionais? Gustavo - Esteja preparado para não ter seu trabalho reconhecido pelos seus contratantes, aprenda a conviver com frustração, pois em segurança, quando nada acontece não há mérito da equipe de segurança, mas quando algo errado acontece, a segurança foi a culpada. Costumo ouvir comentários de contratantes, ao final de eventos, citando que não havia necessidade de contratar tantos seguranças, pois não havia ocorrido nada ao longo do evento, quando o mais barato para qualquer produtor de evento, é não ter problemas em seus eventos. Para se especializar nessa área, é muito importante atuar em diversas áreas, em diversos eventos, pois como falei no
início da entrevista, essa é uma profissão que exige conhecimento multidisciplinar. O profissional de riscos não pode ter vergonha de carregar grades, juntar lixo do chão, retirar restos de equipamentos das proximidades do público, pois a visão preventiva é o que impera nessa função. Temos que tentar antever todos os riscos que possam acarretar em acidente, agressão, evasão, má utilização, deterioração e muitas outras ações que possam ser realizadas tanto pelo público quanto por pessoas contratadas para trabalhar no evento. Certamente formação em gestão e especialização em gestão de riscos será requisito mínimo para se lançar nesse mercado.
Para saber online
www.squadraconsultoria.com.br
Este espaço é de responsabilidade da Comunidade Gigplace. Envie críticas ou sugestões para contato@gigplace.com.br ou redacao@backstage.com.br. E visite o site: http://gigplace.com.br.
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YAMAHA Desde o final de abril que já está disponível no site da Yamaha Pro Audio a atualização de firmware para as mesas Yamaha das linhas CL e QL. Nesta atualização a Yamaha traz novos algoritmos de equalização e um plug-in novo para o rack premium.
lança atualização de firmware 4.0 para as linhas de
CONSOLE CL E QL Miguel Sá redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação
A
cada dia as empresas que fabricam equipamentos de áudio têm que se esforçar mais para oferecer novas soluções aos técnicos. Já faz cerca de três anos do lançamento da Yamaha CL Series, e, logo depois, foram lançadas as versões compactas: a QL5 e QL1. Tempo suficiente para que já fossem operadas por alguns dos melhores profissionais do mercado. As experiências de José Luis Carrato e Paulo Farat com as Yamahas foram distintas. “Passei o último ano em um teatro no qual todo o áudio proveniente dos vídeos, a música ambiente e os avisos internos eram gerenciados por uma CL1. Eu
sempre gostei da interface dessa linha. A sonoridade é clara e musical. O operacional é extremamente intuitivo”, expõe José Luis. Já Paulo Farat usou a mesa na estrada e em um trabalho na TV. “Todas as vezes que utilizei a CL5 foi no monitor. Quatro shows do RPM com a cena da PM5D transformada no software, um concerto do Toninho Horta e os Filhos do Clube da Esquina e BH e agora no projeto A Capella no Domingão do Faustão. Nos shows do RPM não modifiquei nada na cena da 5D e no Domingão foi bem produtivo para conhecer a console, pois fiz os ensaios e a mix do PGM. Gostei bas-
para as séries CL e QL anunciadas pela Yamaha trazem diversos implementos novos. José Luis, por exemplo,
tante do Bus Compressor e do Portico by R.Neve no Rack Premium”, comenta.
UPDATES Na era digital dos consoles, não basta oferecer um bom hadware. De tempos em tempos, a Yamaha oferece atualizações dos componentes de software do equipamento. As atualizações de firmware 4.0
ficou satisfeito com as possibilidades abertas. “Finalmente temos um solo in-place! É bem legal o fato de monitorar o sistema Shure ULX-D. O layer customizável é uma mão na roda, você fica com o show na mão em poucos
botões. Também achei muito interessante as novas equalizações. Novas curvas, novos horizontes”. Para Farat “saber utilizar a ferramenta disponível nesse ou naquele evento é a regra”. A atualização com três novos algoritmos de equalização é mesmo um dos destaques. Os três, Precise, Agressive e Smooth, estão presentes tanto nos canais de entrada como de saída. O primeiro pretende dar mais exatidão na seleção de frequências. O “Q” dos filtros shelving pretende oferecer mais precisão com o novo algoritmo, ideal para atuar em frequências bem específicas sem interferir nas outras mais próximas. O segundo algoritmo promete uma
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ação mais presente no som. Já o terceiro é ideal quando as mudanças pretendidas no áudio não são tão radicais, mas se deseja uma influência perceptível e musical. O plug-in MBC4 – um compressor multibanda - trabalha com modelamento VCM e promete uma interface gráfica amigável, que cumpra bem a função de informar ao operador da mesa sobre o uso de suas funções. A sonoridade deste plug-in procura reproduzir o tipo de resposta dos melhores compressores analógicos. A intenção da Yamaha foi conseguir uma ação que não fossse “dura”, permitindo manter a integridade e a musicalidade do áudio comprimido. “Não é a minha arma preferida, mas tenho certeza que vai fazer muita gente feliz por aí”, aponta José Luis.
O controle e a monitoração para os receptores digitais ULXD4D e ULXD4Q permitem editar parâmetros de forma que facilita bastante o trabalho do técnico. Ao alcance dele estão o nome do canal, o ganho, o mute do receptor, monitoração de informações de nível de RF, frequência, diversidade, bateria do transmissor e nível de áudio. Todos estes parâmetros estão disponíveis nos displays das linhas CL e QL. Também no terreno dos controles remotos, a Yamaha destaca as novas possibilidades do aplicativo StageMix V6 das linhas CL e QL. Parâmetros de efeitos, que antes só podiam ser alterados nos consoles, também podem ser editados no aplicativo. Ainda na parte de aplicativos, um dos implementos mais interessantes na mesa é o Monitor Mix, para iPhone e iPad. Ele permite que até 10 dispositivos possam ser usados para os próprios músicos controlarem remotamente as mixagens de monitor. Cada músico só tem acesso a sua própria via.
A RELAÇÃO DO TÉCNICO de som com a mesa na era digital Paulo Farat coloca a importância de o profissional de som conhecer a sua fer-
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Luis Carrato, que já trabalhou e trabalha com artistas como Capital Inicial, NX Zero e Korzus, as ferramentas de tra-
ramenta de trabalho. “Independentemente do endorsement de cada técnico, e não é segredo pra ninguém que eu tenho essa relação com as dLive da Allen & Heath por gostar da sonoridade e da superfície delas, temos que ser profissionais e conhecer todas as consoles. Cada uma tem sua característica, caminhos e sonoridades. A Yamaha CL não me deixou na mão. Em todos os projetos o resultado foi bem satisfatório”, explica. Para José
balho estão equiparadas. “A cada dia que passa fica mais difícil pensar em algo que está faltando no console x ou y. O básico todas têm: um bom channel strip. O resto é processamento, conversões, matemática extrema. Uma boa sonoridade não é baseada em plug-ins mirabolantes. Bom senso é boa ferramenta. Com certeza, a CL faz a que se propõe”, completa.
O plug-in MBC4 trabalha com modelamento VCM e promete uma interface gráfica amigável
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Antropoceno: Totens com áudio e vídeo
Com instalações interativas e exposições itinerantes, o Museu do Amanhã foi um desafio para a empresa Audium, responsável pelo projeto e instalação do sistema de áudio da instituição. Alexandre Coelho redacao@backstage.com.br Fotos: Ernani Matos / Museu do Amanhã (Divulgação)
O ÁUDIO DO AMANHÃ D iz a sabedoria popular que não se deve deixar para amanhã o que se pode fazer hoje. A não ser que o assunto em questão diga respeito ao Museu do Amanhã. Ou, mais precisamente, que se trate do sistema de áudio da mais nova
instituição carioca, que foi fundamental para dar vida ao caráter interativo das exposições e instalações ali presentes. Neste caso, tudo foi feito com muita calma e com os devidos cuidados. A responsabilidade pela execução e implantação
Museu dedicado exclusivamente à ciência da evolução do Planeta
Ecossistema, projeções da evolução na Terra
do sistema ficou por conta da empresa Audium – Áudio e Acústica. Foram nada menos do que três anos e meio de projeto e mais três meses para que o peculiar sistema de áudio fosse instalado no prédio localizado na Praça Mauá, Centro do Rio de Janeiro. O engenheiro José Dionísio Neto, diretor técnico da Audium, não revela quanto foi gasto na elaboração e execução do sistema, mas diz que foram necessários dois engenheiros e quatro técnicos trabalhando no projeto. “A Audium já havia desenvolvido e implantado outros projetos para a Fundação Roberto Marinho (responsável pelo museu), como o Som & Luz da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, em Salvador; o Museu do Futebol, em São Paulo; Som &
Cada cubo da instalação Contexto comporta três sistemas de áudio distintos
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Foto: Tâmara Golveia
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Engenheiro Jo sé Dionísio
Neto
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Outra instalação, batizada de Contexto, é formada por três cubos, chamados de 4 Oceanos, Ecossistema e Cultura. Cada um desses cubos comporta três sistemas de áudio: um interno, um “da pele” e outro das mesas interativas instaladas externamente em uma das faces de cada cubo
Sistema de áudio integrado ao ambiente
Luz da Antiga Sé, no Rio de Janeiro; e o Museu Paço do Frevo, no Recife. José Dionísio destaca que o trabalho desenvolvido pela Audium para o Museu do Amanhã não foi algo simples. Segundo ele, os maiores desafios foram atender às necessidades da museografia e lidar com as interfaces com vídeo e automação, já que as soluções para sistemas de áudio projetados para museus requerem equipamentos e softwares específicos. Outra dificuldade foi criar e implantar o sistema de áudio do museu paralelamente ao que estava sendo feito no que diz respeito ao projeto arquitetônico e acústico do prédio que o receberia, que ficou a cargo da empresa Harmonia Acústica, supervisionado pelo arquiteto Marcos Holtz.
“O projeto foi desenvolvido com o nosso acompanhamento, principalmente a instalação Cosmos que, devido ao formato externo elipsoide, exigiu cuidados especiais no posicionamento dos sonofletores e no controle das focalizações”, esmiúça José Dionísio. Como uma das mais fortes características de um local como o Museu do Amanhã é a interatividade com o público,
Soundbar utilizado na estrutura Quatro Oceanos Modelo Vizio S5430w-C2
OCA, espaço destinado à reflexão do visitante
ma de 16 canais foram usados processamento e interfaces MADI. Nos conteúdos multicanais até 16 canais foram usadas interfaces digitais USB, Firewire e Thunderbolt. Além de efeitos como os retornos de interatividade, que são ruídos para sinalizar a interação da instalação com o visitante.
Gallo e” da Anthony tores “full rang osfera sonora atm a Os 28 sonofle um am cri paço OCA esente e o instalados no es passado, o pr refletir sobre o para o visitante eta futuro do Plan
todos os sistemas tiveram que ser projetados para atender a uma série de exigências. É o caso dos conteúdos com entrevistas, nos quais a inteligibilidade é de fundamental importância, uma vez que compreende uma grande quantidade de fontes de áudio reproduzidas simultaneamente. Nesse caso, foram usados sonofletores do tipo soundbar, focused array e sound shower. Já nos conteúdos multicanais digitais aci-
Rack de processamento para sonorização da OCA com duas interfaces digitais MADI Modelo Alpha Link MX416, 4 amplificadores QSC CX168 e um cartão PCI de Áudio SSL MadiXxtreme 64
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fletores para o alinhamento eletroacústico”, detalha o engenheiro. Outra instalação, batizada de Contexto, é formada por três cubos, chamados de 4 Oceanos, Ecossistema e Cultura. Cada um desses cubos comporta três sistemas de áudio: um interno, um “da pele” e outro das mesas interativas instaladas externamente em uma das faces de cada cubo. Já a atração Antropoceno é composta por seis totens com nove metros de altura e paineis de LED instalados na face principal. Esses totens ficam dispostos no formato de uma praça e, para dar vida à instalação, foram usados um sistema surround com seis sonofletores especiais do tipo focused array ativos e quatro subwoofers. A instalação Amanhã, por sua vez, reúne uma grande estrutura com painéis de LED, monitores LCD e mesas interativas. São seis sistemas independentes de áudio com sonofletores do tipo solid drive instalados nas faces internas dos painéis da estrutura (e, por isso, invisíveis ao público). Já nos monitores LCD, cujos conteúdos são entrevistas, foram instalados sonofletores especiais soundbar. Outra atração que chama a atenção no museu é a OCA, grande estrutura de madeira na qual foi instalado um sis-
INSTALAÇÕES Totens de áudio e vídeo Antropoceno (acima): Paineis de LED com sistema de som (rodapé) composto por sonofletores Brown Innovations Maestro MF 40
Ainda segundo José Dionísio, em 80% das instalações do museu existe áudio com aplicações específicas. Na atração Cosmos, foi projetado um sistema surround com 30 canais de áudio digital, atendendo a uma projeção de vídeo no formato esférico em 360 graus. O objetivo é promover uma imersão completa do espectador no conteúdo do filme. “Foram instalados 26 sonofletores ativos de duas vias e quatro subwoofers ativos. O processamento do áudio e as interfaces de saída foram projetadas em MADI. O sistema foi completamente simulado no EASE e no EARS, e foram utilizados os DSPs internos dos sono-
Rack de processamento para sonorização do Espaço Cosmos composto por duas interfaces digitais MADI Modelo Alpha Link MX4-16 e um cartão PCI de Áudio SSL MadiXxtreme 64
Lista de equipamentos COSMOS 4 Sonofletores ativo subwoofer FZ Sub 18A 26 Sonofletores ativo duas vias FZ205A 2 Interfaces digital de áudio MADI 16 x 16 Solid State Logic Alpha Link MX4-16 1 Cartão PCI de áudio multicanal Solid State Logic MadiXxtreme 64 HORIZONTES CÓSMICOS 6 Sonofletores“solid drive”Soundtube SD1g 6 Amplificadores 2 canais Soundtube SD-250 PELE A TERRA É AZUL 2 Sonofletores ativo “full-range” “soundbar” Dakota Audio MA-4 36" 1 Reprodutor digital de áudio BrightSign AU322 1 Combinador-divisor Radio Design Labs STD-1-10K 2 Equalizadores três bandas mono Radio Design Labs ST-EQ3 QUATRO OCEANOS 1 Sonofletor duas vias “soundbar” Vizio S5430w-C2 4 Sonofletores ativo “full-range” Meyer Sound MM-4XP 1 Interface de aúdio digital USB 8 x 8 M-Audio M-Track Eight 1 Expansor de entradas BSS BLU BIB 1 Expansor de saídas BSS BLU BOB1 MESA A TERRA É AZUL 2 Sonofletores ativo “full-range” “soundbar” Dakota Audio MA-4 18" 2 Combinadores-divisor Radio Design Labs STD-1-10K 2 Equalizadores três bandas mono Radio Design Labs ST-EQ3 PELE DNA 4 Sonofletores “solid drive” Soundtube SD1 2 Amplificadores dois canais Soundtube SD-250 1 Reprodutor digital de áudio BrightSign AU322 ECOSSISTEMA 8 Sonofletores“solid drive”Soundtube SD1sm 8 Amplificadores dois canais Soundtube SD-250 1 Interface de aúdio digital USB 8 x 8 M-Audio M-Track Eight 1 Processador de áudio BSS BLU 160 MESA DNA 2 Sonofletores ativo “full-range” “soundbar” Dakota Audio MA-4 18" 2 Combinadores-divisor Radio Design Labs STD-1-10K 2 Equalizadores três bandas mono Radio Design Labs ST-EQ3 PELE CÉREBRO 8 Sonofletores pas. “full-range” Jamo IC 102
1 Amplificador oito canais QSC CX168 1 Expansor de entradas BSS BLU BIB 1 Expansor de saídas BSS BLU BOB1 1 Distribuidor 6x6 Rane SM26S 1 Interface de aúdio digital USB M-Audio M-Track Plus CULTURA 1 Interface de aúdio digital firewire 12 x 12 Echo AudioFire 10 Equalizadores três bandas mono Radio Design Labs ST-EQ3 10 Sonofletores ativo “full-range” “focused-array” Dakota Audio FA602 MESA CÉREBRO 2 Sonofletores ativo “full-range” “soundbar” Dakota Audio MA-4 18" 2 Combinadores-divisor Radio Design Labs STD-1-10K 2 Equalizadores três bandas mono Radio Design Labs ST-EQ3 ANTROPOCENO (CAVERNAS) TOTEM 06 3 Sonofletores ativo “full-range” Meyer Sound MM-4XP 3 Combinadores-divisor Radio Design Labs STD-1-10K 3 Equalizadores três bandas mono Radio Design Labs ST-EQ3 TOTEM 05 1 Sonofletor ativo “full-range” Meyer Sound MM-4XP 1 Combinador-divisor Radio Design Labs STD-1-10K 1 Equalizador três bandas mono Radio Design Labs ST-EQ3 TOTENS 6 Sonofletores ativo duas vias “focusedarray” Brown Innovations Maestro MF-40 1 Interface de aúdio digital firewire 12 x 12 Echo AudioFire 12 2 Amplificadores dois canais 800W/canal Crown CDi2000 4 Sonofletor passivo subwoofer JBL Control SB210 1 Processador de áudio BSS BLU 160 2 Cartãos entrada BSS Analogic Input Card 2 Cartãos saída BSS Analogic Output Card AMANHÃ (SOCIEDADE) VISTA A1 1 Sonofletor “solid drive” Soundtube SD1sm 1 Amplificador dois canais Soundtube SD-250 1 Reprodutor digital áudio BrightSign AU322 VISTA B4 1 Sonofletor ativo “full-range” “soundbar” Dakota Audio MA-4 22" 1 Combinador-divisor Radio Design Labs STD-1-10K
1 Equalizador três bandas mono Radio Design Labs ST-EQ3 VISTAS B2 E B3 6 Sonofletores “solid drive” Soundtube SD1sm 3 Amplificadores dois canais Soundtube SD-250 3 Combinadores-divisor Radio Design Labs STD-1-10K 3 Equalizadores três bandas mono Radio Design Labs ST-EQ3 1 Interface de aúdio digital USB 8 x 8 M-Audio M-Track Eight PLANETA VISTAS A4 E A5 6 Sonofletores “solid drive” Soundtube SD1sm 3 Amplificadores dois canais Soundtube SD-250 1 Interface de aúdio digital USB MAudio M-Track Plus 1 Distribuidor 6 x 6 Rane SM26S 3 Equalizadores três bandas mono Radio Design Labs ST-EQ3 3 Combinadores-divisor Radio Design Labs STD-1-10K VISTA A6 1 Sonofletor ativo “full-range” “soundbar” Dakota Audio MA-4 22" 1 Combinador-divisor Radio Design Labs STD-1-10K Equalizador três bandas mono Radio Design Labs ST-EQ3 HUMANO VISTA B6 1 Sonofletor ativo “full-range” “soundbar” Dakota Audio MA-4 22" 1 Combinador-divisor Radio Design Labs STD-1-10K 1 Equalizador três bandas mono Radio Design Labs ST-EQ3 VISTAS B7, B8 E B9 6 Sonofletores “solid drive” Soundtube SD1sm 3 Amps. dois canais Soundtube SD-250 1 Amplificador distribuidor 1 x 3 Radio Design Labs ST-DA3 3 Equalizadores três bandas mono Radio Design Labs ST-EQ3 OCA 2 Interfaces digital de áudio MADI 16 x 16 Solid State Logic Alpha Link MX4-16 1 Cartão PCI de áudio multicanal Solid State Logic MadiXxtreme 64 4 Amplificadores oito canais QSC CX168 28 Sonofletores “full-range” Anthony Gallo Nucleus Micro
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exposições e instalações dando as caras por lá a todo momento, também o sistema de áudio projetado pela Audium precisava acompanhar essa flexibilidade, a fim de estar sempre pronto para receber as novidades do Amanhã.
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O espaço COSMOS é composto de uma estrutura esférica para a projeção audiovisual que mostra a evolução do Planeta, desde o seu nascimento no “Big Bang”, até os dias de hoje. A projeção ocorre em toda superficie esférica (360º) e o som é composto por 26 caixas ativas FZ 205A e 4 subwoofers FZ sub18 da FZ Audio.
”
“Existem áreas para exposições temporárias que serão ocupadas com mostras independentes do acervo do museu. No que se refere ao acervo próprio, existe um ‘cérebro’ que armazena os conteúdos das instalações, possibilitando, a qualquer tempo, a atualização dos mesmos via rede de dados dedicada. Todo o acionamento e controle das instalações do museu são feitos de forma automatizada ou manual”, acrescenta José Dionísio. tema surround de 28 canais de áudio e um subwoofer. O processamento do áudio e as interfaces de saída são projetados em MADI, enquanto sensores de presença disparam tracks do conteúdo relativo à instalação. Como o Museu do Amanhã terá sempre uma programação dinâmica, com novas
MADI Multi Audio Digital Interface é um protocolo de transmissão audio digital no padrão AES/EBU. Pode transmitir até 64 canais de áudio por fibra ótica. Fonte: Wikipédia / Divulgação
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LOGIC PRO
PROJETANDO do começo ao fim
Vera Medina é produtora, cantora, compositora e professora de canto e produção de áudio
A
dupla Kaleidoscópio nasceu em 2002 e é composta pela multifacetada Janaína Lima (cantora, compositora e coreógrafa) e por Ramilson Maia (DJ e produtor). O estilo peculiar da banda mescla música brasileira com drum’n bass e alcançou com o single Tem que Valer sucesso mundial, estourando
em países como Japão, Ucrânia, Itália, Portugal, França, Reino Unido, Rússia, República Tcheca, Espanha, Áustria e Chile. Outros hits como Meu Sonho e Você Me Apareceu entraram nas paradas musicais italianas no TOP 5, além de ter sido um dos álbuns mais vendidos nesse país por seis semanas. Com mais Foto: Arte e Tecnologia / Divulgação
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Nesta edição vamos entender um projeto de áudio desde sua concepção e como o Logic Pro pode ser utilizado nas principais fases de produção. Para isto, contamos com a colaboração da banda musical Kaleidoscópio, que gentilmente concedeu a oportunidade de mostrar como seu novo single Amava Você foi concebido e qual a participação do software na execução do projeto.
Figura 01 / 02
de 20 anos de experiência nas pistas, Ramilson Maia é um dos expoentes da música eletrônica brasileira, responsável por remixes de Daniela Mercury, Vanessa da Mata, Fernanda Porto, Roberto Carlos, Dinho Ouro Preto, Wanessa, entre outros. Em 1996, Ramilson começou a utilizar o software “Notator”, mas dois anos depois migrou para o Logic que ainda só tinha recursos midi. Como ele mesmo diz, “foi amor à primeira vista”. Outros ícones atuais do drum’n’bass também utilizam Logic, assim como o produtor XRS (Xerxes), que também incentivou Ramilson na época. (Fotos 1 / 2) O processo de elaboração de um projeto geralmente se inicia com a construção da base e sugestão de uma melodia. A base citada na ordem é a escolha dos timbres de bateria, definição do groove e depois construção de harmonia e melodia. As letras são definidas num estágio posterior e contam com a parceira de Janaína Lima, que também sugere ajustes necessários. O Kaleidoscópio utiliza vários recursos do Logic Pro X de forma recorrente, tais como Stretch, Flexpitch e Automação. Os principais plugins nativos do Logic Pro X utilizados são compressor, equalizador, filter, exciter. Para os sons, são utilizados principalmente o sampler EXS 24, o synth ES-1.
As gravações de vocais ocorrem em estúdio utilizando a base de referência já gravada no Logic Pro X. Os vocais passam depois por um processamento extensivo que vai desde afinação e uso de recursos criativos do Flexpitch até a inserção de reverberação e delay. Para backing vocals, são gravados vários takes e depois organizados e tratados. Vamos visualizar um pouco do projeto da música Amava Você. Ramilson nos deu dicas de como estruturar um groove de bateria e a construção da linha que suporta a música no estilo drum’n’bass, como segue. Para Ramilson os beats de drum’n’bass devem girar em torno de 170 a 175 bpm. A música Amava Você foi concebida originalmente em 88 bpm no estilo R&B. A ideia aqui é mostrar ao produtor como pode elaborar remixes eletrônicos com base em uma música em formato mais tradicional. Para ouvir a música Amava Você no estilo original, você pode acessar o iTunes, Google Play e outras plataformas de mercado (acesse a fanpage do Kaleidoscópio para mais informações www.facebook.com/ KaleidoscopioBr/). Você pode notar que a música original foi concebida parte com camadas eletrônicas e também conta com instrumentos acústicos, tais como sanfona e violão. (Figura 3) Vamos à versão original até entender como ele a transformou num drum’n’-
Figura 03
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Figura 04
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bass. Ramilson utiliza o Ultrabeat e o EXS24 para carregar as peças de bateria e, ao mesmo tempo, carrega loops sampleados de baterias em estilos próximos ao que almeja obter como resultado. Na verdade, a utilização de samples ajuda a dar uma ambiência nos beats construídos que geralmente são mais secos. Para a construção, ele toca as peças através de um controlador e ajusta os volumes com a ferramenta Velocity Tool (figura 4).
Um primeiro ponto importante é que agora queremos uma música no dobro do bpm da original
lhada da construção do beat drum’n’bass da versão remixada. Um primeiro ponto importante é que agora queremos uma música no dobro do bpm da original. Em alguns casos, já começamos com o bpm dobrado, ou seja, 176 neste caso. Mas foi mantido 88 bpm para que não fosse necessário usar o Flextime no vocal. Ou seja, o vocal usado é o original e agora a base será construída dentro de uma estrutura de 88 bpm, mas para soar como 176 bpm.
É interessante notar também que são usadas diversas cores para identificar variados padrões utilizados na música, agilizando o processo de copiar partes que serão repetidas e identificar regiões importantes da música. (Figura 5)
Figura 06
O beat de drum‘n‘bass é inicialmente construído com algumas peças básicas: Kick (bumbo), clap (palmas), snare (caixa). (Figura 7) Figura 05
Os sintetizadores virtuais utilizados nesta música foram o ES2 e o EXS24, principalmente. São construídas várias camadas, em alguns casos com uma mesma base, a qual é duplicada com timbres diferentes. Desta forma, você ganha peso em algumas passagens. Os sintetizadores são agrupados, assim como todos os outros grupos principais, tais como bateria, instrumentos acústicos, etc, em buses que recebem ainda tratamentos específicos (efeitos). A automação é utilizada com parcimônia e visa principalmente criar efeitos em sintetizadores. (Figura 6) Todas as tracks recebem compressão e a música vai sendo montada já como uma mix, ou seja, o resultado obtido já é aquele que depois de renderizado será masterizado. Vamos partir agora para uma visão deta-
Figura 07
O mais importante num loop de drum‘n’bass, além do swing é a combinação pefeita dos timbres das peças. Após construir com essas peças, temos a inclusão de percussões e até mesmo de outras peças de bateria. Uma boa alternativa é utilizar o drummer como fonte de ins-
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piração. Procure bateristas R&B ou Electronic e faça testes para chegar em loops híbridos. Janaína Lima, vocalista e compositora da banda nos deu dicas de como gravar o vocal ideal, assim também como deu dicas de como interagir durante as outras fases de criação, edição e mixagem, com suporte do Logic Pro X. As dicas da cantora são relacionadas ao que devemos ter em mente quando gravamos cantores em estúdio, visando otimizar o fluxo de gravação também no Logic Pro X. 1) Na fase de criação, caso a base já esteja montada no Logic Pro X, é possível gravar alguns rascunhos de vocal para ver como o mesmo se encaixa na estrutura geral. É nesse momento que é possível ajustar tonalidades e questões de harmonia e melodia, principalmente nos casos como este em que a música foi concebida antes da letra. Recursos como Flexpitch podem ser de grande utilidade para testes de altura e também para gerar rascunhos de backing vocals. 2) Na fase de edição, o cantor deve ter clareza da melodia e letra. Parece básico, mas temos algumas situações complicadas caso este ponto não esteja resolvido: a) dispensa-se muito tempo em estúdio, b) temos uma quantidade de takes difíceis de serem gerenciados para as próximas fases de edição e mixagem e c) o cantor pode ficar fadigado. 3) Na fase de mixagem, Janaína participa dando sugestões de mudanças e Ramilson faz várias construções, dobrando vocais para efeitos de chorus, por exemplo. Os vocais são ajustados com o afinador e também com o Flextime para ajustes de tempo. São criados efeitos com o Flexpitch para harmonias mais complexas. Feitos os ajustes necessários a música passa para a fase de mixagem e posterior masterização. São agrupados canais no Logic Pro X para mixagem. Basicamente, este é o processo utilizado pelo Kaleidoscópio em cada música. Espero que seja útil para dar algumas ideias na construção de seu projeto. Boa sorte e até a próxima edição.
Para saber online
vera.medina@uol.com.br www.veramedina.com.br
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PRODUÇÃO MUSICAL| www.backstage.com.br
MIXANDO
VOCAL DE ROCK Ricardo Mendes é produtor, professor e autor de ‘Guitarra: harmonia, técnica e improvisação’
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O Meu último artigo foi falando sobre cuidados de interpretação no vocal. Agora vamos falar sobre como encaixar um vocal de rock. Eu particularmente acho as mixagens de rock as mais difíceis, pois existe muito pouco espaço para os elementos, especialmente o vocal.
rock de maneira geral é um estilo musical com pouca dinâmica, com todo mundo tocando alto. No rock, a energia é mais importante do que a clareza. No entanto, isso não quer dizer que a clareza e a inteligibilidade da voz não sejam importantes. O grande dilema da mixagem no rock é que, justamente por ser um estilo de muita energia, se aumentarmos a voz na mixagem para que ela se torne clara, os outros instrumentos ficarão proporcionalmente mais baixos, o que retirará a energia da música. O desafio é, então, fazer a voz ficar clara num contexto onde todos os instrumentos estão “gritando ao mesmo tempo”. O primeiro ponto que temos que levar em consideração é que não existe uma receita de bolo para se fazer sempre a mesma coisa. O rock é muito amplo, e suas variações estilísticas mais ainda. Antes de pensar em técnicas, devemos pensar o que queremos para aquela determinada música. Talvez em uma banda mais glam-rock podemos querer um vocal soando como se estivesse cantando em um estádio para 40 mil pessoas. Já em uma banda de punk-rock provavelmente queremos que soe como se essa estivesse cantando em um pub fedorento com carpetes cheirando a cerveja entornada na véspera. Na minha concepção, a criação do espaço, do ambiente onde situaremos este vocal é a prioridade número um. No rock, geralmente quanto mais seco
melhor, mas nem sempre é assim. Ou o “seco” não quer dizer totalmente seco. Um reverb room curto, um slap back delay farão um ótimo trabalho. Na verdade, a quantidade de sinal que enviamos para estes efeitos é pequena, e dificilmente será percebida ao ouvir a mixagem completa. No entanto, pode ser sentida, dando mais profundidade à voz. Em alguns casos, podemos optar simplesmente por não colocar nada. Mas se você quiser uma coisa com uma sonoridade mais “produzida”, mais grandiosa, ou algo do tipo, aí sim o reverb será um grande aliado, e você poderá optar por um ambiente mais longo, como um plate, chamber, e também aumentar a quantidade de sinal enviado. Efeitos como reverbs longos ou delays com ecos longos também podem ser usados, mas normalmente como um efeito especial em determinada parte da música. Um delay com um eco longo pode ser usado para ressaltar uma palavra-chave da letra. Um reverb longo pode também ser usado para dar a impressão que, em determinado momento, o vocalista estava em outra posição. Mas isso tem que ser feito com bom gosto e bom senso, desde que algo na música justifique isso, e não simplesmente colocar por colocar. Ser criativo é ótimo, mas temos que tomar cuidado para não colocar a “criatividade” acima do que é melhor para a música. Provavelmente eu não colocaria um reverb não linear junto
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distorcidas, é a “definição” que fará a voz conseguir “cortar” ou “furar” aquela “parede” de guitarras. Já em uma outra música, onde as guitarras não sejam tão barulhentas e haja um pouco mais de espaço, pode-se usar do “corpo” para que a voz não fique tão estridente. A verdade é que, tanto em uma situação como na outra, ao solar o canal da voz, ou ela soará um pouco estridente, ou então um pouco grave. Não acredite no botão de solo. Ele é seu inimigo. Outro ponto importante: é muito comum usarmos filtros, especialmente os hi-pass (ou low-cut ) para limpar os vocais. Nenhum problema nisso, mas normalmente fazemos isso no início, quando começamos a timbrar a voz. Experimente fazer o contrário. Deixe este processo de limpar para o final. Pode ser que aquele grave que você limpou no início faça falta de-
“
com um delay reverso em uma balada como Patience do Guns’n Roses. Ao contrário de estilos como o pop, no rock o vocal não tem a prioridade absoluta no equilíbrio da mixagem. Por isso, nem sempre o som “perfeito” de voz será o melhor para a música. Mixando vocais de rock, o botão de solo se torna seu inimigo. Dificilmente o melhor som da voz enquanto solada será o melhor som quando colocada junta com o resto da música. Tente equalizar a voz junto com a música tocando. Ao equalizar, vamos considerar algumas coisas: A região acima de 10k tem aquele som que costumamos chamar de “ar”. Essa faixa de agudos dá um som muito bonito, mas é também a mesma região onde estão predominando os pratos da bateria, que no caso do
Outro ponto importante: é muito comum usarmos filtros, especialmente os hipass (ou low-cut ) para limpar os vocais. Nenhum problema nisso... rock são muito frequentes, especialmente nos refrões. Essa faixa funcionaria muito bem em um contexto mais pop. Já no caso do rock eu costumo buscar o top end da voz em uma faixa um pouco mais abaixo, por volta de 5k a 8k. Geralmente não é necessário aumentar muito; 1 ou 2 dBs já farão toda a diferença. Entretanto, as faixas de frequência que mais fazem diferença no vocal são a de média-altas, entre 1k e 4k, e a de médiabaixas, entre 300Hz e 1k. A faixa entre 1k e 4k eu costumo chamar de “definição”. A faixa entre 300kz e 1k eu costumo chamar de “corpo”. Se a música for muito agressiva, com muitas guitarras
pois que colocar a música toda tocando. De novo, também para limpar os graves, o botão de solo é seu inimigo. Temos que tomar muito cuidado, pois o “corpo” e o “embolado” habitam a mesma região de frequência. A diferença entre um e outro é tirar a quantidade certa. Só limpe as frequências graves da voz depois de ter limpado as dos outros instrumentos e também depois de ter passado o compressor pela voz. Você ficará surpreso. Vai tirar muito menos do que imaginava. Até a próxima.
Para saber mais redacao@backstage.com.br
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RAVEN MTI-2 APROXIMANDO A Slate Pro Audio lança mais uma superfície de controle com tela sensível ao toque que promete acesso fácil às mais diversas workstations.
o profissional de áudio da workstation a um custo mais baixo
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Miguel Sá redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação
m dia, o digital tomou conta da gravação. No outro, da edição de áudio. Mais adiante, os periféricos começaram a migrar dos racks para os HDs. Hoje, toda a cadeia de produção de áudio se dá inteiramente no domínio digital. É claro que, por conta do hábito ou da qualidade sonora oferecida, o analógico ainda seduz. Mas o fato é que, ao longo das últimas duas décadas, os equipamentos digitais já alcançaram uma qualidade que vai além do mero custo-benefício. O passo que a indústria do áudio digital promove agora é o da
simplificação da operação. Como no restante do mundo digital, onde estão presentes em telefones, tablets e até em laptops e computadores desktop, as telas sensíveis ao toque se tornam mais usadas em equipamentos de áudio profissional dando acesso a cada vez mais funções. No entanto, ainda há algumas coisas a serem resolvidas antes de ganhar a confiança total dos profissionais. Para o sound designer Damião Lopes, que tem no currículo o som de filmes como Betinho, a esperança equilibrista, o uso da tela sensível ainda não virou
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DIRECIONADO AO PRO AUDIO Mas o fato é que o uso das telinhas é uma tendência. Por essas e outras, a indústria do áudio corre atrás da produção de novas soluções. A Slate, por exemplo, procurou pesquisar e produzir uma tela que atendesse às demandas específicas do áudio profissional. O primeiro passo foi identificar os problemas que as tecnologias já existentes de tela sensível ao toque poderiam ter, como uma ação mui-
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Damião Lopes
é outro implemento importante. O primeiro desses equipamentos foi o Raven MTX, com tela de 46 polegadas e uma seção de monitor analógica com várias possibilidades. Em 2015, a empresa lançou também o Raven MTi-2, com qua-
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costume em sua rotina de trabalho e ele não se sente confortável com essa tecnologia. “Percebo um certo atraso na resposta dos comandos neste tipo de equipamento. Acho que com mais tempo de uso eu poderia me acostumar e me sentir mais à vontade. Mas no momento ainda sinto muita falta do hardware dos fades, principalmente”, explica.
O primeiro passo foi identificar os problemas que as tecnologias já existentes de tela sensível ao toque poderiam ter, como uma ação muito lenta... to lenta ou erros na percepção de profundidade da imagem dos comandos em relação ao dedo. Para poder dar uma resposta adequada ao profissional de áudio, a empresa começou a construir as próprias telas. Um dos desenvolvimentos principais foi o vidro de superfície super fino, de 3 milímetros. A intenção é obter uma sensação tátil suave de forma que o operador do equipamento se preocupe apenas com o som. A barra de ferramentas multifunção também
se as mesmas funções e possibilidades e com tela de 27 polegadas, além de um custo mais baixo.
COMPATIBILIDADE O software do Raven MTi-2 é o Raven 3.0. Ele é que abre as portas da compatibilidade com todas as workstations mais usadas no mercado. Ele permite o controle do Ableton Live, Cubase/Nuendo, Digital Performer, Logic Pro X, Pro Tools 10-12, e Studio One V3 no Mac. O acesso é para todas as fun-
ções: faders, pans, mutes, solos, mandadas, automações e inserts de plug-ins. O técnico de som também pode fazer configurações de mais de mil comandos por meio do Batch Commander, seja nos botões virtuais ou cliques no mouse. Com layouts diferentes para música, pós-produção e masterização, entre outros trabalhos, é possível criar mandadas de fone e alinhar pistas inteiras de bateria no grid, entre outras funções. O Batch Commander já vem com 100 presets de fábrica, que funcionam para todas as DAWs com as quais o Raven é compatível. “Me chama atenção no equipamento a possibilidade de criar diversas automações simultâneas, sem precisar de uma controladora externa”, comemora Rogério Leão, que trabalha como manager e produtor musical na produtora de jingles e trilhas Sonido Antro, de Nova York.
CONTROLES E FACILIDADES DE USO Para Tomaz Sá, produtor musical, soundesigner do grupo de dança Primeiro Ato e técnico de monitor da banda Bartucada Diamantina, a ideia de rever a tecnologia de tela sensível ao toque é um grande pas-
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so. “Temos muitos problemas com a sensibilidade e atrito do touch screen quando precisamos rodar um knob, ou
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No modo Toolbar, a barra de ferramentas fica diretamente ao alcance das mãos, na base da tela. Por meio dela é possível controlar funções...
mesmo acertar um local específico no fader”, comenta. O fader é uma peça chave na operação de qualquer tipo de
superfície de controle de áudio. No MTX e no MTi ele é virtual, com 100 milímetros. Para proporcionar uma resposta que satisfaça as necessidades de uma boa operação de som, a Slate concebeu o modo Fine Fader, que quadruplica a resolução deles para proporcionar movimentos mais precisos nas automações. No modo Toolbar, a barra de ferramentas fica diretamente ao alcance das mãos, na base da tela. Por meio dela é possível controlar funções para gravar loops, criar grupos, wave, click, undo, waveform zoom ou qualquer outra função que o usuário queira configurar na barra. “Chamou-me atenção a versatilidade de opções de uso que essa tecnologia oferece. Gosto muito de poder configurar a forma de trabalhar de vári-
Tomaz Sá
as maneiras. Também gostei muito do conceito de edição via toque, me parece bem mais ágil e tende a evitar movimentos repetitivos no mouse”, expõe Damião. Há também a possibilidade de controle remoto do equipamento. O aplicativo Slate Remote é gratuito para usuários de equipamentos da Apple que utilizem o iOS, como o iPad, por exemplo. O aplicativo sincroniza o iPad e a Raven MTX via rede wifi, com acesso aos Batch Commands.
fica intocada, sem qualquer tipo de processamento digital. A seção de monitoração do MTX tem quatro saídas, múltiplas entradas, saídas de cue com oito canais para mixagens de fone pelos mixers e fones opcionais do equipamento, um módulo 7.1 para mixagem surround e masterização e conexões USB para conectar drivers externos e outros equipamentos.
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MONITORAÇÃO Esta é uma diferença importante entre o Raven MTX e o MTi-2. No primeiro, a parte de monitoração tem circuitos analógicos controlados digitalmente. Desta forma, aqueles barulhinhos de switches e knobs deixam de ser um problema e a referência do som que vem da workstation
www.slatemt.com
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O Festival de Teatro de Curitiba, evento que acontece anualmente na capital paranaense, contou com sistema K-Array no teatro Ópera de Arame, um dos locais onde são apresentados os espetáculos. redacao@backstage.com.br Fotos: Flavio Bisanchet / Divulgação
FESTIVAL DE TEATRO DE CURITIBA D ois musicais marcaram a 25a edição do Festival de Teatro de Curitiba, que aconteceu entre os dias 22 de março e 3 de abril. As peças O Beijo no Asfalto e Urinal, o Musical, foram apresentadas no Teatro Opera de Arame, um dos locais onde acontece o festival. Ambos espetáculos foram sonorizados pela MX Sound Light Designer, que utilizou o sistema de P.A. K-Array. De acordo com Xuxa, proprietário da MX Sound LD, além da Ópera de Arame, a empresa também ficou responsável pela sonorização de outros espaços em que acontecem diversas apresentações durante a semana teatral, entre eles o Risorama, dedicado à comédia, e o Fringe, que reuniu cerca de 30 locais onde aconteceram outras apresentações. “Começamos a fazer o festival em 2010, até 2014. Em 2015 não fizemos e
voltamos em 2016. O festival é bem complexo, porque ele muda de uma peça para outra, muda equipamento, rider, microfone. Esse ano estamos fazendo a mostra oficial e o Fringe que reúne uns 35 espaços, fora da mostra oficial, contando com o Risorama e o Gastronomix. A Ópera (de Arame) está com todos os musicais”, fala. A complexidade a qual Xuxa se refere passa por exemplo pela acústica do teatro Ópera de Arame, que tem estrutura em ferro tubular e vidro. “Na Ópera temos um problema muito sério que são os vidros. Por isso, a acústica é complicada. Mas a cobertura sonora com o sistema que estamos usando ponto a ponto está maravilhosa. O mais interessante é que o sistema é básico, então ele não fala para trás, ele é um sistema limpo pra trás e tem uma referência muito maior para frente.
Da esquerda para a direita: Deni, Feliques e Vinícius, da MX Sound LD durante passagem de som O Beijo no Asfalto
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para a empresa. Temos aqui também muito RF”, completa Xuxa, ressaltando que a empresa já está bem afinada nos musicais. “Já fizemos bastante musical, com o Claret, com o Branco. Teve um espetáculo que fizemos aqui na Ópera, há 4 anos, com a Adriana Calcanhoto, também utilizando microfones de cápsula”, comenta. Para as duas apresentações foram utilizados sistemas de microfones bem
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Nos musicais isso é perfeito. Então está funcionando muito bem e os técnicos estão bem felizes”, afirma. Além do Ópera de Arame, Xuxa ressaltou que a MX Sound também fez a abertura do festival de teatro, no Guairão, com show de Maria Bethania. “Usamos o mesmo sistema lá. O legal desse sistema é que tanto falando muito baixo, ele é alto de qualidade. Ele tem alta qualidade em pres-
O legal desse sistema é que tanto falando muito baixo, ele é alto de qualidade. Ele tem alta qualidade em pressão sonora alta” (Xuxa)
são sonora alta”, comentou. “Não precisa ter um número absurdo para ter o resultado. Em qualquer ponto a ponto ele é inteligente. O Beijo no Asfalto, por exemplo, usa muita cápsula DPA, cápsula Caltman, e por se tratar de um musical com 20 microfones headsets é mais uma prova de fogo
diversos, tanto cápsulas RF como cápsulas específicas, BCC da Crown, HM da AKG, além do Neumann, KM84. No comando de tudo, uma Yamaha CL 5. “O fato de estarmos trabalhando com a CL5 e adotando um sistema com o protocolo Dante, aqui na Ópera de Arame todo o protocolo é DANTE,
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REPORTAGEM| www.backstage.com.br 62
tornando a comunicação com o sistema digital nas K-Array”, comenta Xuxa, informando ainda que a comunicação da CL5 é via Dante com sistema de redundância, e processadores Lake para gerenciar o sistema K-Array via Dante. “Esse e o primeiro ano do Festival de Teatro na Ópera de Arame com a tecnologia Dante, mas eu já estou usando há bastante eventos atrás o protocolo Dante”, completa. Outro espaço sonorizado e am Ar de pela MX Sound para o fesa er s usados na Óp Processadore tival de teatro foi o Risorama. Um local destinado a apresentações de stand up comedy, com capacidade para cerca de 2 mil pessoas sentadas. “Lá está sendo usa-
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Sistema K-Array no palco da Ópera de Arame
Lista de equipamentos
Esse e o primeiro ano do Festival de Teatro na Ópera de Arame com a tecnologia Dante, mas eu já estou usando há bastante eventos atrás o protocolo Dante . (Xuxa)
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Lista de equipamentos Ópera de Arame: Sistema de PA: 12 caixas KH15 Karray L&R 02 caixas KH15 Karray front L&R 02 caixas KH15 center Fill 02 Sub Ko70 Sistema de monitor: 01 sistema KR402 Karray Side Fill 06 caixas Retorno TT45 RCF Backline: Bateria DW Amplificador gallien krueger 800 Fender Twin reverb Console, protocolos e Processamentos: 01 console CL5 Yamaha 02 RIO 32/24 02 Switch cisco 100/1000 com sistema reduntante, para todos protocolos de sinal Dante entre console e processadores. 02 Lake LM26 ligados via Dante 200m cabos CAT7 Sistemas de RF: 18 sistemas Shure UR4+ 04 antenas Shure Ominidirecionais 16 Bodypack Shure UR1 02 Cápsulas Shure UR2 SM58 beta Cápsulas utilizadas para os espetáculos: Countryman/ E6, B3 DPA/ 4066, 4088, 4099 Akg/ c414, c419, c418, 512, HM1000 SHURE: Sm58, sm57, sm81, sm91, sm58beta. SENNHEISER: E906, E606, Md421
VT - 500/600 NEUMANN- km184 Crown-PCC160 Energia: Sistema Pentacustica 06 sistema PM1.2 02 RMP - 63A 12 PSG 4 NM
Lista de equipamentos Risorama: Sistema de PA e Delays 12 caixas Aero 12 DAS L&R 04 caixas Aero 12 DAS front Fill 02 caixas FZ108A outfill 06 caixas Aero 12 DAS delay 04 Sub 218 DAS 02 Amplificadores Powersoft K10 Console e processamento: 01 console Cl5 Yamaha 01 Rio 32/24 01 processador Lake LM26 Monitor: 04 caixas RCF TT45-sma Captação: 04 sistemas Sennheiser 2050 02 antenas Elicoidais Venue 04 Cápsulas E965 Energia: 01 RPM-63a 04 PSG 4 NM 02 Sistemas PM1.2
Yamaha CL5 foi escolhida para comandar o sistema na Ópera de Arame
do um sistema D.A.S. Aero 12 com monitoração RCF TT 45 e transmissão RF Sennheiser da linha 2050. “No caso do stand up, não é necessária pressão sonora o tempo todo, apenas na abertura, quando o locutor fala. O que na verdade é necessário é uma referência de voz, que tem que chegar em todos os pontos exatos. Por isso, o uso de muito outfill, frontfill, sistema de LR bem bacana, sistema de delays, para garantir a cobertura”, avalia Xuxa, acrescentando que a CL5 da Yamaha também foi a escolhida para gerenciar o sistema D.A.S. “O fato da escolha da CL5 é pelo fato de a mesa rotear, ter mais canal e sistema Dante”, afirma.
MICROFONAÇÃO URINAL, O MUSICAL De acordo com João Henrique Baracho, técnico responsável pelo musical Urinal, a microfonação criada para o espetáculo era para atender um espaço menor, no teatro Porto Seguro, onde a peça era apresentada em São Paulo. “Lá somamos o som do que se ouve acusticamente na sala. Ponho os microfones em fase, e eles praticamente vêm na mesma direção do que se está falando. Então, às vezes, você não sabe se está amplificado ou não, o que deixa mais natural. O espaço do teatro Porto Seguro é muito seco. Mas aqui na Ópera vai ter um reverb natural, porque faz parte da casa”, avalia. Por conta desse detalhe, João teve que negociar tanto com a maestrina quanto com o diretor da peça para haver “buracos maiores” entre as piadas. “Como é muita piada em cima de piada, o pessoal aplaude e fica aquela bagunça, mas como lá é seco o som morre rapidinho e eles já retomam. Aqui tenho que aumentar o tempo disso”, compara. “Outra diferença nos microfones é que aqui também há os microfones individuais para os atores principais. Então eu vou tam-
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Eu quero apenas um som definido, para que as pessoas entendam o que está acontecendo, não percam nada, e som baixo. Acho que inteligibilidade é isso, não estou pensando em pressão sonora. (João Henrique)
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K-Array usado na Ópera de Arame durante os espetáculos O Beijo no Asfalto e Urinal
House mix com a Yamaha CL5 em segundo plano, na Ópera de Arame
bém atrasar em relação aos de chão para tentar mais ou menos deixar atrás um pouco, contando com efeitos rasos, para deixar eles soarem mais natural também”, observa. “Tem coisas que eles falam muito baixo que no teatro funciona, mas aqui não vai funcionar de jeito nenhum, como um sussurro. Então para isso esses microfones individuais, para compensar”, acrescenta João. Como relação ao sistema, João elogiou a estrutura do local e o sistema da K-Array, principalmente porque era preciso ter sobras. “Para mim, não importa o tamanho
do som nessa peça. Importa que ele seja bem definido, isso é o mais importante. Preciso apenas de um “cheiro” para o P.A. não é necessário um som gigante. Eu quero apenas um som definido, para que as pessoas entendam o que está acontecendo, não percam nada, e som baixo. Acho que inteligibilidade é isso, não estou pensando em pressão sonora. Claro que tem pressão sonora nas partes dos fortes, quando tem coro cantando, mas não estou pensando em fazer um som de musical, aquele som em que a voz explode na frente dos instrumentos”, completa.
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LEITURA DINÂMICA| www.backstage.com.br 66 A primeira feira regional dedicada ao lojistas completa 10 anos e supera as expectativas neste ano em que a economia nacional junto com os políticos chegaram ao fundo do poço.
EXPO
MUSICAL PLUS 10 A N O S D E S U C E S S O
N
redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação
os dias 11 , 12 e 14 de março, ocorreu à décima edição da Expo Musical Plus. E como nos anos anteriores, o evento foi no Plaza Itapema Resort e SPA, no litoral norte de Santa Catarina. Cerca de 330 convidados dos diversos estados, representando 115 lojas, estiveram presentes e foram os responsáveis pelo aumento, segundo os organizadores, de cerca de 11% em relação às vendas do ano passado, demonstrando que, mesmo com a incertezas da economia, da política e da “gangorra” do câmbio, os lojistas não se amedontraram e mostraram otimismo e crença na recuperação das vendas, principalmente no segundo semestre.
É bem verdade que a região sul não sofre, na mesma proporção, com a recessão que atinge o pais, e historicamente as lojas têm uma política de preços mais realistas para a obtenção do lucro indispensável para negociar compras mais volumosas e com melhores descontos. Com certeza esta é umas das causas que tem dado à feira do Afonso um retorno ímpar nestes anos complicados. Continuando com a tradição dos anos anteriores, no jantar houve vários sorteios, entre eles uma moto e um carro zero km. Neste ano, ao comemorar os 10 anos do evento, os expositores agradeceram a iniciativa e o trabalho de toda a equipe do Afonso pela década de sucesso.
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REPORTAGEM| www.backstage.com.br
Premiados da 10ª Expo Musical Plus
Vencedor do Carro: Dirceu Matte da DM MUSIC – Curitiba - PR
Vencedor da Moto: Osvaldo Fontana Junior ACCORD MUSICAL – Curitibanos - SC
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Lojas convidadas Paraná A Musical de Toledo - Super Som - Dalgallo Music Center - Hamud Shopping DM Music - Center Music - Musica Center – Audiofex - Safira Som -Som Sete Falantes - Garagem Instrumentos - Musical Monte Alegre - Aquarius Audio - Casa Sartori Acustica Musical (Lapa) - Master Music Audio Driver - Planeta Musica - Station Music - FX Music - Musical Curitiba - Angel Som - Musitech Instrumentos – Plander Center Som (Irati) - Eletronica Servilar - Fa Maior Instrumentos Musicais - Casa do Acordeon - Musical Maestro - Sheva Musical - TV Universal - Guarani Musical - Zero DB - Magia Musical - Maxcomp Musical Drum Shop - Loja Filadelfia - Eletro Peças J.Galvão - Casa Sertaneja Santa Catarina A Musical de Orleans - Magnum Instrumentos - Lojas Mohr - Luiz Angelo Dalgallo - Multi Som - Vilmar Krol - Graves & Agudos - Dat Som - Caio Instrumentos - Calliari Musical - Digittal Instrumentos - Bob Som Studio Som - Accord Musical - Telemusical Viola de Ouro - Zanco Music - Toke Musical - Jovil Instrumentos Musicais - Mensageiro Musical - Territorio da Musica Mercadão da Musica - Center Som - Look Music - Musicalize Instrumentos - V. Kings
Sonho Meu Instrumentos - New Audio Reference - Simili Instrumentos - Batuka Groove – Musikolor – Radarsom - Regimar Musical - Belas Notas Instrumentos Rio grande do Sul Contato Musical - Dat Som - Eletronica Cobra - Lira Instrumentos - Shopping da Musica - Mil Sons - Toda Musica - Palacio da Musica - Home Studio Espaço da Musica - Musison - Locomotiva Musical Pro Som’s Eletronica Digital - Prisma Musical – Multisom - A Musical de Tres de Maio Demais Estados Audiotech (Presidente Prudente) - Rossi Instrumentos Musicais (São Jose dos Campos0 - X5 Instrumentos Musicais(São Paulo) – Plaidisco (Rio de Janeiro) - LB Audio (Salvador) - Beaver Music – (Uberlandia) - Eletronica Globo (São Luis) Fama Som (Goiania) - Eletronica Brilhasom (Feira de Santana) - Eletronica Instrumental (São Luis - Foto Keufer (Belem) Mega Som (Cuiaba) - Tele Eletronica (Fortaleza) - Eletronica Halley (Rio Branco) Ovelha Negra (São Paulo) - Nota Musical (Rio de Janeiro) – Eletel (Vitoria) - AG Musical (Vitoria) - A Joia Musical (São Jose do Rio Preto) - Casa da Musica de Volta Redonda (Volta Redonda)
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SQUARE www.robe.cz A Prolight + Sound serviu como base para o lançamento dos produtos da Robe no mercado. Os visitantes puderam ver de perto o funcionamento do Square,que traz como novidade a facilidade de criar um protocolo de base de mapas, além do usuário poder fazer controle individual dos pixels, combinar prismas e dar zoom em cada linha individualmente. Outras características do equipamento são a variedade de temperatura na cor branca, o que o torna ideal para uso em TV, além de ser extremamente silencioso.
LED SPOT 7X25W RGBWA www.star.ind.br A Star Lighting Division apresenta o novo LED Spot 7x25w RGBWA, um Spot LED com 7 LED’s de 25W de potência, trabalhando com efeitos multicores RGB, mais as cores White (branco) e Ambar. Podendo ser operado em 9 canais DMX, com um ângulo de abertura espetacular de 40 graus e conta com a proteção IP65 (Outdoor). É um equipamento Bivolt, com o consumo de 200W, seu corpo em alumínio Die-Cast pesando 4,5 Kg. Realmente uma ótima solução para iluminar e colorir as fachadas e ambientes com qualidade.
BMFL WASHBEAM www.robe.cz O equipamento chega para reforçar a família BMF. O super potente BMFL WashBeam vem com uma saída extra brilhante e uma série de características como novo design de cortinas, lentes frontal ampla e roda de animação. Completam ainda um grande espectro de cores, grande combinação de gobos, frames modulares com atenuador de bordas, angulos de 5 a 45 graus.
ART 2020 www.avolites.uk A Prolight + Sound foi palco para o lançamento do Art 2020, da Avolites. O equipamento tem como características mais 48 canais de 16A dimming, cada circuito e um RCBO protegido (30mA), 320A de sistema suprido por breaker com função RCB (corrente e ajuste de delay), 3 fases: neutro e terra, sistema de medida digital que indica todas as 3 fases.
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ILUMINAÇÃO A iluminação cênica proporciona percepções e resultados únicos – mesmo que produzidos não somente por um único profissional ou fator, mas pela união de diversos esforços e contribuições -, complexos ou minimalistas, impactantes ou sutis. Nesta conversa, alguns resultados serão analisados e abordados, a partir dos registros que eternizam cenas isoladas, e que muitas vezes definem e caracterizam as intenções ou conceitos, que alinham princípios, propostas, proporções, e muito design.
CÊNICA LIGHTING DESIGN Cezar Galhart é técnico em eletrônica, produtor de eventos, baixista e professor dos Cursos de Eventos, Design de Interiores e Design Gráfico do Unicuritiba e pesquisador em Iluminação Cênica.
N G I S E D & S E Õ Ç I L A
(Parte 3)
configuração espacial de um palco naturalmente confere à percepção visual e aos olhares dos observadores a busca de referências conhecidas e distintas para a identificação de alguns elementos que possam ser associados ao repertório cultural e aos fundamentos que formam o imaginário de cada expectador. Nesse contexto, o formato se constitui no primeiro fator perceptivo, sendo esse também um ingrediente básico de composição visual, a partir da base (o palco em si) até as estruturas mais elevadas. Normalmente, as configurações dos elementos do palco são associadas às representações ou contornos geométricos limitados evidentemente pelas associações visuais às superfícies bidi-
mensionais mais elementares: figuras quadriláteras, circulares ou triangulares. Nesse contexto, e com base nos princípios do Design – de maneira mais decisiva pelas influências da Bauhaus, a partir da década de 1920 -, quadrados, círculos e triângulos são formas facilmente reconhecidas e lidas pelo olho humano, e também inseridas nos repertórios culturais de todas as origens, pelos costumes e hábitos que formam os povos e suas culturas. Cabe a iluminação cênica a transformação do espaço cênico, com a inclusão de itens básicos, tais como o ponto e linha (produzidos com blinders e moving spots, por exemplo) e a produção das sensações de volumetria, e com
Figura 1: “Rock or Bust World Tour” (2015) da banda australiana AC/DC - projeto de iluminação cênica criado pelo brilhante lighting designer Patrick Woodroffe. Fonte: Ralph Larmann / Divulgação
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para a representação do Lighting Plot (mapa de iluminação), quanto para a própria estrutura da luminária. Com isso, alguns princípios fundamentais também se somam a outros, e por consequência, estilos e escolas que melhor representam os estudos e demonstrações do design, são comumente aplicados à iluminação cênica e identificados pelos resultados obtidos – com influências do Neoplasticismo, Abstracionismo e Minimalismo, como exemplos – ou pela própria forma e formato das luminárias e das luzes obtidas. A estruturação simétrica da luz se configura em um dos mais reconheci-
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elas, as proporções e profundidade que transformarão as figuras planificadas (muitas vezes percebidas como projeções ortogonais causadas pela ausência de iluminação) em espaciais pelas construções e objetos tridimensionais, pela presença de texturas, brilho, reflexo, ou mesmo pela intencionalidade de oferecer aspectos desses elementos, com a indução dos sentidos e sensações visuais. Ao mesmo tempo, a iluminação cênica se traduz em design quando, além de propiciar a revelação das formas dos componentes dinâmicos ou estáticos de uma cena, também ela se estrutura em uma composição de elementos e fi-
Cabe a iluminação cênica a transformação do espaço cênico, com a inclusão de itens básicos, tais como o ponto e linha
guras geométricas e espaciais. Assim, alinhada ao processo de design, a iluminação cênica também segue as teorias das formas e configuração, tanto
dos e aplicados princípios, introduzido por Stanley McCandless na década de 1930, e que, além das propriedades básicas da luz (intensidade, cor,
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Outros princípios com unidade e equilíbrio se somam às características da simetria, pela conformidade de tamanho, forma e posição entre os elementos, resultando em harmonia visual pelas combinações e proporções regulares dos recursos envolvidos
forma e movimento), serve como referência para a maioria dos projetos de iluminação cênica, para espetáculos teatrais e musicais. Outros princípios com unidade e equilíbrio se somam às características da simetria, pela conformidade de tamanho, forma e posição entre os elementos, resultando em harmonia visual pelas combinações e proporções regulares dos recursos envolvidos. Muitos poderiam ser os projetos e resultados a serem citados. Entretanto, Howard Ungerleider (Blue Öyster Cult, Van Halen, Queensrÿche, Tesla, Rod Stewart, Supertramp, Def Leppard, Alicia Keys, entre outros) se destaca entre renomados e inovadores lighting designers que desenvolveram projetos para turnês emblemáticas, desde a décadas de 1980 até a atualidade. Com propostas simétricas e simbólicas, Howard Ungerleider contribuiu decisivamente com o desenvolvimento de recursos diversos para a iluminação cênica direcionada aos shows e espetáculos nos últimos quarenta anos, tendo recebido o Parnelli Visionary Award, prêmio concedido aos projetistas inovadores e visionários. Como destaque, a turnê Hold Your Fire, de 1987 (figura 2) da banda canadense Rush (Howard Ungerleider trabalhou na produção e iluminação de todas as turnês dessa banda), que, com uma proposta simétri-
ca, sutilmente unia outros princípios, tais como unidade, equilíbrio, espaço (vazio x iluminação) e movimento. Para a assimetria na iluminação cênica, a valorização de alguns elementos em detrimento de outros faz com que essa técnica seja um recurso diferenciado para a alternância de cenas e intenções, proporcionando ainda mais dinâmica e tensão para um projeto. Além de destacar determinados componentes do cenário, tais como os músicos ou algum instrumento, como um piano, por exemplo, proporciona melhor definição visual para os espaços verticais e causa a sensação de ampliação para espaço cênico. Como exemplo, a Australian Tour 2013, turnê da cantora, musicista e compositora inglesa Birdy, iluminada pelo aclamado produtor e lighting designer Rob Sinclair (Florence and the Machine, Queen + Adam Lambert, Kylie Minogue, Peter Gabriel, Adele, Bryan Ferry, Marina and the Diamonds, entre outros), cujo projeto de iluminação foi marcado por intensões assimétricas, enfatizando diferentes intensidades, proporcionando resultados com a identificação de princípios tais como ritmo e contraste. Para outros elementos cênicos, destacados em relação aos demais, quando aplicados às luminárias, por exemplo, o princípio da forma ainda favorece o alinhamento com outros, tais como ritmo
” Figura 2: “Hold Your Fire Tour” (1987), da banda canadense Rush - projeto com predominância de elementos simétricos do lighting designer Howard Ungerleider. Fonte: C-X1 / divulgação
Figura 3: “Australian Tour 213”, da cantora inglesa Birdy – projeto com elementos assimétricos do lighting designer Rob Sinclair (Sydney Opera House, 12/04/ 2013). Fonte: Kaoss Lighting / divulgação
e contraste. Determinados espetáculos se destacam por inserirem luminárias diferenciadas ou estruturas iluminadas que se destacam pela forma, disposição ou posicionamento no cenário principal.
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Determinados espetáculos se destacam por inserirem luminárias diferenciadas
Alguns exemplos se diferenciam, nesse contexto. Para a turnê In Rainbows (2008) da banda inglesa Radiohead, o renomado lighting designer Andi Watson (The Cure, Prince, Artic Monkeys, Lenny Kravitz, Counting Crows, Oasis, Dido, entre outros) desenvolveu um projeto cujo principal enfoque estivesse centrado na busca de soluções para a redução dos impactos relacionados à emissão de CO2 - que fosse “ambientalmente amigável”. Um projeto arrojado foi elaborado com a inclusão de fitas de LEDs – de fato, luminárias flexíveis iColor Flex SLX LED da Philips – que produzissem configurações de planos virtuais, cujo
aspecto foi mais tarde também denominado Floresta de LEDs (figura 4). Novamente, princípios como ritmo, movimento, proporções e simetria conferem ao projeto soluções estéticas impressionantes. Em outras situações, determinadas escolhas para instrumentos e recursos cênicos priorizam outros temas e conceitos, interativos, visuais, mas também centrados em um roteiro – não necessariamente um conceito isolado. Para essas circunstâncias, diversos artifícios e dispositivos se somam, de maneira que a condução das ideias incorpore o design – com seus princípios.
Figura 4: “In Rainbows Tour”, da banda inglesa Radiohead – projeto com estética inovadora e sustentável do lighting designer Andi Watson. Fonte: Feel Guide/The New Your Times / Divulgação
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Figura 5: ”iNNOCENCE + eXPERIENCE TOUR 2015”, da banda irlandesa U2 – projeto com estética industrial e minimalista do lighting designer Willie Williams. Fonte: Seattle Music Insider/John Lill Photography / divulgação
Na última turnê da banda irlandesa U2 (iNNOCENCE + eXPERIENCE TOUR 2015), o lighting designer Willie Williams (R.E.M., David Bowie, The Rolling Stones, entre outros) desenvolveu um projeto complexo e minimalista, ao mesmo tempo. Ao contrá-
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Um espetáculo também se configura em uma combinação dinâmica e mágica que, além das mais complexas ou mínimas interferências e influências
rio da turnê anterior (360º Tour), que envolvia mais de 600 instrumentos de iluminação cênica, e que foi realizada com predominância em estádios, ele optou pela criação de ambientes diversos, para shows realizados em arenas menores e fechadas, alinhados aos pri-
mórdios “inocentes” da banda, com destaque para uma luminária central – que remete à lâmpada elétrica incandescente, precursora da iluminação artificial em larga escala – com inspiração na estética minimalista e industrial. Com esses e outros princípios de composição, os processos de criação e elaboração dos projetos de iluminação cênica efetivamente se desenvolvem orientados e justificados pelos processos do design, somados aos outros subsídios, como sensibilidade, emoção e personalização, próprios de cada lighting designer. Um espetáculo também se configura em uma combinação dinâmica e mágica que, além das mais complexas ou mínimas interferências e influências da iluminação, envolve soluções e projetos de vídeo, som e também performance, que tornam as sensações proporcionadas pela conjunção desses elementos em experiências singulares, muitas delas inesquecíveis. Um abraço e até a próxima conversa!
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Então, dei adeus aos amigos de infância, às peladas de rua, às incursões de bicicleta pelo bairro afora e fui morar na estressadíssima rua Conde de Bonfim, em frente ao Tijuca Tênis Clube. A vida social da classe média nesses bairros cariocas girava em grande parte em torno dos clubes. Meu pai, mesmo mudando para a Tijuca, continuava presidente da Associação Atlética Vila Isabel – mais conhecida como “o Vila” - que ajudara a fundar poucos anos antes. Amigo do presidente do Tijuca, Mário Cardoso Pires, apresentou-me ao fi-
Memória
MUSICAL Nº2
BOSSA NA TIJUCA
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epois de passar a infância em Vila Isabel ao som dos sambas de Noel Rosa e dos primórdios do rock’n’roll de Little Richard, Elvis e tais fui surpreendido em plena adolescência por uma inusitada decisão familiar: mudar-se para a Tijuca. Explicando melhor o contexto da situação: minha família inteira de numerosos primos, tios, tias, incluindo avós – com raríssimas exceções - morava em Vila Isabel desde a geração anterior. “Mudar-se para a Tijuca” significava romper com um modo de vida, o modo Vila Isabel de ser, visto que a Vila naqueles finais dos anos 50 era uma espécie de cidade interiorana, a mais ou menos uma hora de bonde do Centro e – acreditem – a outro tanto de carro da distante e misteriosa Zona Sul, via o único túnel existente, que saía dos cafundós do Rio Comprido e desaguava na rua Alice, em Laranjeiras. Meu mundo ia do Maracanã à praça Sete, cortado de lado a lado pela avenida Vinte e Oito de Setembro, a Vinte e Oito, mais precisamente centrado no Boulevard, trecho que ia mais ou menos da minha rua Major Barros até quase a entrada da rua Pereira Nunes, trecho esse que ostentaria mais tarde as famosas e efêmeras calçadas musicais ornadas por partituras dos imortais sambas de Noel.
lho dele, Mariozinho, que logo me pôs na roda, tornou-me seu parceiro de tênis e introduziu-me àquele universo completamente diferente de tudo que eu conhecia até então, um mundo que ficava na fronteira entre o subúrbio e a Zona Sul, entre a sofisticação e a simplicidade, modos diferentes, roupas diferentes, pessoas diferentes, pensamentos e tendências que orbitavam entre as duas metades dessa cidade partida – salve, Zuenir Ventura! – que é o Rio de Janeiro. A Tijuca não era, mas se achava... Devidamente enturmado, abandonei meu radinho portátil – na verdade um enorme Siemens que fez Mariozinho e o resto da turma rolarem de rir na primeira e única vez que eu ousei levá-lo para um domingo à beira da piscina do clube – e fiquei levemente besta como era necessário para fazer parte daquele novo planeta. Eu era agora, de fato, um habitante da fronteira. Ao mesmo tempo, meu interesse pelo violão ia aumentando mais e mais. Meu pai arranhava o instrumento e tinha um Giannini 36 de qualidade acima do razoável e foi nele que tentei meus primeiros acordes, colados de um daqueles “métodos para violão” que grassavam na época. Um belo dia – lembro-me bem, foi no dia seguinte do meu aniversário de dezesseis anos – o dr. Mário, que
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Desse dia em diante esquecemos as big bands, deixamos um pouco de lado o jazz e o swing e prestamos mais atenção ao que se estava fazendo aqui. Em pouco tempo a vitrola 3 em 1 de Mariozinho rodava Os Cariocas, Roberto Menescal, Sergio Ricardo, Wanda Sá, Carlos
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além de presidente do Tijuca era médico da Odeon, levou para casa o mensal e costumeiro monte de discos com que a gravadora presenteava seus principais funcionários. Eu e Mariozinho, esticados preguiçosamente na sala, ouvíamos Frank Sinatra e Ella Fitzgerald, que haviam substituído os rock’n’rollers em nossas volúveis preferências musicais. Mariozinho me havia apresentado o jazz, e eu ficara imediatamente fascinado pelas ousadias harmônicas das big bands de Stan Kenton, Duke Ellington, Nelson Riddle e similares. Como de hábito, fomos rodando os LPs que o dr. Mário trouxera. De repente, nos encontramos envolvidos por uma voz suave que meio que cantava e falava: vai minha tristeza, diz a ela que sem ela não pode ser... Eu e Mariozinho nos entreolhamos. Ele levantou-se e foi pegar a capa do disco: Chega de Saudade, com João Gilberto.
Eu e Mariozinho, esticados preguiçosamente na sala, ouvíamos Frank Sinatra e Ella Fitzgerald, que haviam substituído os rock’n’rollers... Lyra, Tom Jobim, Marcos Valle, Johnny Alf e toda uma onda de novos nomes trazidos não só pela Odeon, mas também pela Philips. Era a hora. Parti em busca de um aprofundamento maior na música e procurei um professor de violão. Como era fim de ano e eu estava apertado nos estudos, deleguei a procura à minha mãe.
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Obviamente, um erro... logo na primeira aula, em vez dos atrevidos acordes Gilbertianos que eu procurava, uma sisuda senhorinha tentava me ensinar de novo os velhos dó-maior – ré-maior – lá menor que eu já conhecera das mãos de meu pai. Larguei a coisa na segunda aula. Quem salvou minha onda foi uma dupla de irmãos que eu conhecera numa festa fora do clube. Sílvio e Eugênio Colin partiam para rumos diferentes da música. Sílvio estudava violão clássico, particularmente Tárrega e a escola espanhola. Por ele ouvi Andrés Segovia e muitos outros mestres do violão erudito. Eugênio ensinou-me os primeiros acordes dissonantes popularizados pela bossa nova, dos quais parti para um total autodidatismo que me rendeu lucros e prejuízos: lucros porque pude desenvolver um estilo pessoal de tocar e prejuízos porque - sem a devida orientação - não pude aprimorar minha técnica. Antes que me desse conta, estava formando minha primeira banda, dedicada a tocar em festinhas dos clubes do bairro, principalmente no Tijuca, onde animávamos as tardes dançantes de domingo. A Nouvelle Vague, empresada por Eugênio, teve uma vida curta mas intensa: eu nos vocais, Mariozinho no baixo, Otacílio no piano, Paulinho no piston e Gilson ou Pedrinho na bateria tocávamos jazz e bossa nova e torcíamos o nariz para os boleros que os casais mais velhos sugeriam à beira do palco. Mas meu Baile dos Sonhos foi quando cantei acompanhado por verdadeiros músicos profissionais: Hélio Celso Suarez no piano, Pedro Paulo no piston, Paulo Moura no sax, Pedrinho
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Minhas primeiras tentativas de composição incluíam uma “resposta” à Garota de Ipanema de Tom e Vinicius. Lá na Tijuca tínhamos problemas de rejeição... nossas incursões à Zona Sul eram mal vistas pelos locais, que nos impunham a pecha de “suburbanos”, o brega da época. Como nossa praia era a então deserta, lindíssima e limpíssima Barra da Tijuca, eu lasquei um merecido endeusamento às meninas e aos arredores tijucanos: “Num dia de sol brilhante assim Só existe uma coisa pra mim Um passeio à Barra vou fazer E na praia vou me esquecer E das Furnas vejo abaixo o mar Preguiçoso e terno a se deitar Barra da Tijuca, barra da beleza Onde não existe uma só tristeza E as garotas de olhos cor do mar Pela praia riem ao passar...” Claro que com esse arroubo patriótico tornei-me imediatamente uma celebridade local. Não havia festa que eu não fosse convidado, violão na mão, pronto pra tocar meu hit, que fechava com uma declaração pra lá de atrevida: “Se Copacabana é a princesinha Barra da Tijuca, você é rainha Você é rainha de todo esse mar do Rio...” Esse final arrancava urros de aprovação da super bairrista galera tijucana. E finalmente as meninas começaram a chover na minha – sem trocadilho – praia, apesar das volumosas espinhas que enfeitavam meu rosto adolescente. Visto isso, passei definitivamente a compor, com dois objetivos distintos: um Dr. Jekyll – viver de música – e outro Mr. Hyde - ganhar as minas! Impressionado por meu sucesso relâmpago, Mariozinho decidiu pegar no pé do pai para marcarme uma audição na Odeon. E sem mais nem menos me avisou: - Aí, segunda-feira você vai mostrar suas músicas pro Milton Miranda, diretor musical da Odeon. Quase caí de costas. Mas aí já é outra história.
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Antes que me desse conta, estava formando minha primeira banda, dedicada a tocar em festinhas dos clubes do bairro, principalmente no Tijuca... Poeta na bateria e – pecado – não lembro quem no baixo. Eu dava preferência a cantar os sucessos de Ray Charles como Hit the Road, Jack, Stella by Starlight, Georgia on My Mind e Hard Times. Por isso, o implacável gozador Mariozinho, que não gostava desse namoro vadio com a pop music, me apelidou de “Ray Chato”, insistindo em que eu me ativesse aos standards de jazz e bossa. Eram tempos bem preconceituosos, com territórios delimitados que eu insistia em atravessar.
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