Edição 262 - Setembro 2016

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Sumário Ano. 23 - setembro / 2016 - Nº 262

Reinventando o pedal

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A arte de se reinventar faz com que as maiores empresas de tecnologia musical do mundo se mantenham no topo trazendo novos produtos como fruto de anos de pesquisa e desenvolvimento. Dentro dessa proposta, a Digitech, empresa do grupo Harman criou um pedal que está revolucionando o conceito de one man band, abrindo uma interessante perspectiva para o segmento.

NESTA EDIÇÃO

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Na primeira parte desta matéria, sobre a trilha do seriado Conselho Tutelar, foi abordado o fluxo de trabalho, o ambiente criativo e os profissionais envolvidos. Nesta segunda parte, serão abordados especificamente o trabalho no estúdio, equipamentos, instrumentos, softwares e técnicas usadas na criação e produção da música do projeto.

14 Gustavo Victorino Confira as notícias mais quentes dos bastidores do mercado.

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Vitrine Na filosofia chinesa, yin e yang são descritos como forças opostas um do outro, mas que se complementam, interconectam, sem deixarem de serem interdependentes. Foi com base nesse conceito que a Warwick se inspirou para desenhar o modelo de baixo Yin Yang 5 string.

20 Rápidas e Rasteiras A Sony Music UK anunciou em agosto a aquisição completa da Ministry of Sound Recordings, uma das principais gravadoras independentes do Reino Unido. Com a transação, a Sony Music incorpora em seu cast artistas como DJ Fresh, Sigala e London Grammar, e também acrescenta a seu catálogo singles e compilações lançadas pela Ministry of Sound.

30 Tecnologia sem fio O sistema de microfone sem fio digital System 10 PRO da AudioTechnica opera com áudio de 24 bits e amostragem de 48 KHz para um desempenho profissional.

80 Vida de Artista “A tortura ainda não havia mostrado sua cara feia, mas as prisões já eram palco dos melhores pesadelos. Com parentes e amigos nas forças armadas, minha situação era das mais ambíguas. Numa dessas noites de terça, convidei o padrinho de minha namorada, um coronel da reserva, a assistir meu show”. Confira o restante da história na coluna de Luiz Carlos Sá.


Expediente

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Prolight + Sound Shangai

Pela primeira vez na história, a Prolight + Sound Shangai traz para a feira marcas de renome e visão de negócios diferenciada para o mercado de gravação na Asia. Os eventos serão focados principalmente no segmento de produção musical e o grande número de empresas-chaves da indústria devem tomar conta da nova área Recording and Production Zone.

CADERNO TECNOLOGIA

Publicidade / Anúncios PABX: (21) 3627-7945 arte@backstage.com.br

46 Ableton O ambiente (environment) do Ableton Live em si já é otimizado para a utilização e manipulação de Samples e trabalho com Samples, consumindo menos processamento da sua CPU.

54 Logic

58 ProTools

Como está seu processo criativo? Veja nesta matéria algumas dicas para você pensar no Logic Pro X como uma ferramenta para extravasar seu potencial criativo. A maioria das DAWS facilita transformar suas ideias musicais em um projeto.

O que esperar do Pro Tools para os trabalhos com vídeo, como visualizar as suas configurações e algumas funções que são especialmente importantes para qualquer produção de som que esteja atrelada à imagem.

CADERNO ILUMINAÇÃO 72

Vitrine iluminação

Diretor Nelson Cardoso nelson@backstage.com.br Gerente administrativa Stella Walliter stella@backstage.com.br Financeiro adm@backstage.com.br Coordenadora de redação Danielli Marinho redacao@backstage.com.br Revisão Danielli Marinho Reportagem: Danielli Marinho Colunistas Cezar Galhart, Cristiano Moura, Gustavo Victorino, Jorge Pescara, Lika Meinberg, Luiz Carlos Sá, Marcello Dalla, Ricardo Mendes e Vera Medina Edição de Arte / Diagramação Leandro J. Nazário arte@backstage.com.br Projeto Gráfico / Capa Leandro J. Nazário Foto: Divulgação

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O Spike, da Robe, é um pequeno e super rápido LED WashBeam que utiliza uma fonte de luz de 60W RGBW com um design especial e lentes frontais de 110mm que produzem um beam sólido.

Iluminação Cênica Alguns elementos centrais na configuração do quebra-cabeças dos projetos de iluminação com aspectos históricos e técnicos como treliças, traves, truss, e suas aplicações para alcançar uma qualidade técnica final.

Webdesigner / Multimídia Leonardo C. Costa multimidia@backstage.com.br Assinaturas Maristella Alves PABX: (21) 3627-7945 assinaturas@backstage.com.br Coordenador de Circulação Ernani Matos ernani@backstage.com.br Assistente de Circulação Adilson Santiago Crítica broncalivre@backstage.com.br Backstage é uma publicação da editora H.Sheldon Serviços de Marketing Ltda. Rua Iriquitiá, 392 - Taquara - Jacarepaguá Rio de Janeiro -RJ - CEP: 22730-150 Tel./fax:(21) 3627-7945 / 2440-4549 CNPJ. 29.418.852/0001-85 Os artigos e matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. É permitida a reprodução desde que seja citada a fonte e que nos seja enviada cópia do material. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios veiculados.


em silêncio e o áudio de luto

Foto: Divulgação

HOMENAGEM | CARLOS CORREIA | www.backstage.com.br 12

As cornetas estão No dia vinte e oito de agosto, faleceu em Salvador o Engenheiro e projetista Carlos Correia (“o gordo”). Apontado pelo mercado como o maior especialista em cornetas e caixas acústicas que o Brasil já teve a oportunidade de conhecer. Um baiano que dedicou a sua vida ao estudo do áudio e alcançou reconhecimento mundial.

Depoimentos “Meu grande amigo Carlos Correia, você faz parte da história do áudio brasileiro. Uma pessoa estritamente dedicada ao estudo e ensinamento desta ciência tão complexa e apaixonante. Nestes quase trinta anos, são incontáveis os momentos que passamos juntos nos ENPAs, AESs, Expomusics, Seminários e Palestras. Mas, meu bom baiano, entre as várias lembranças, a que me vem neste exato momento, foi a nossa “indelicada e divertida soneca” com um ronco de 102 dBs, sem nenhuma equalização no auditório da U.F.M.G. no SemEA de 2002.” Bons sonhos, meu amigo! Nelson Cardoso “Muito tenho a lembrar e a dizer a respeito do ilustre Baiano Carlos Correia da Silva (como gosto de chamálo ...) após décadas de profícua convivência profissional e fraternal. Mas, neste momento de mudança de dimensão, envio ao seu espírito vibrações de paz e amor. Que Ogun receba seu dileto filho de volta ao lar cósmico.” Homero Sette

“Agradecer , e a principal palavra nesse momento. Agradecer aquele que foi o meu primeiro parceiro de estrada na antiga formação da Banda EVA em 1996. Recém saído de uma locadora , a Propago Som fui convidado para assumir os monitores da Banda EVA , foi quando conheci o Corrêa a primeira vista carrancudo e caladão. Mas logo essa impressão se desfez e ele se tornou meu padrinho na estrada , me apresentando a todas as locadoras e me mostrando os caminhos para ser um bom profissional. Sempre foi um dos meus exemplos de ser humano e profissional. Tive a oportunidade de entrevista-lo para a Backstage e saber um pouco mais da sua historia de vida. Da sua adolescência no interior de Itabuna e sua incessante busca de conhecimento que o tornou conhecido internacionalmente. Deixo aqui meu MUITO OBRIGADO ao ‘GORDO’, por ter feito parte da minha história” Lazzaro Jesus “Amigo Carlos Correia! Perdão por ter demorado tanto a te enviar as revistas que o Sven deixou pra você. Talvez sem querer eu estivesse querendo prorrogar sua estada um pouco mais. Vá com Deus. Muita Paz! ” Framklim G. Leite “Mas bah, que dia triste, perdi um grande amigão. Estou sem palavras e chorando. Eu aprendi muito com ele, tive muitos momentos inesquecíveis e divertidos. Este mercado perdeu um dos seus fundadores, não estaríamos onde estamos hoje sem ele. Estou muito orgulhoso e honrado em dizer que ele era meu amigo. Algumas lembranças deste grande figura. ‘R.I.P. my dear friend’. O som no ceu vai melhorar muito e quem sabe, ele vai montar um trio celestial! ‘R.I.P. meu amigo Carlão!’ Ele sempre me cumprimentou assim: Qual e teu problema chefia?. Vai fazer falta na minha vida esse fera... R.I.P. amigo Carlão!” Gordon Gerstheimer “No caminho da vida a morte nos espera. E não foi diferente para nosso amigo Carlos Correia. Foi tudo muito triste e muito rápido, na velocidade do som. Uma mente brilhante e cheia de conhecimentos de áudio foi com ele. Mas Carlos Correia deixou um legado maravilhoso. Todos nós aprendemos um pouco com a sua sabedoria. Devo muito a ele e foram quase quarenta anos de amizade e aprendizado. Dele veio, talvez, o primeiro Line Array do Brasil, o VLA da João Américo Sonorização. Mas antes disso, vieram muitos outros projetos de caixas dos mais variados tipos. Nos últimos meses ele andava mais animado com os resultados dos testes das caixas que estávamos desenvolvendo e até ansioso para ver as caixas na rua. Fico muito triste que as caixas logo vão estar na rua e ele não vai poder participar dessa alegria. Carlos Correia, muito obrigado por você ter sido um amigo, um parceiro e um irmão.” João Américo


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GUSTAVO VICTORINO | www.backstage.com.br 14

MEGADETH

A representatividade do segmento de áudio e instrumentos musicais precisa se consolidar com um apoio político mais forte. Historicamente, o congresso brasileiro abandonou conceitos de normatizar em prol unicamente do interesse da população ou da economia. A política brasileira virou um puro e simples mecanismo de emparceiramento. Quem quiser avanço em qualquer segmento precisa trabalhar muito mais bastidores do que as razões de mudança. Em Brasília, o pensamento só vai até a próxima eleição.

A passagem da banda pelo Brasil mostrou que o que já é bom sempre pode melhorar. A mudança de baterista e o brasileiro Kiko Loureiro assumindo uma das guitarras trouxe um novo horizonte para a banda liderada por Dave Mustaine. Mais melódica e bem resolvida, sem abandonar o peso que o consagrou, o Megadeth consolida décadas de existência se renovando e atraindo também um público mais jovem e amante do thrash metal.

FISCO

POLÊMICA A banda Cachorro Grande decidiu chutar o balde ao lançar a música Electromod, que puxa o novo trabalho com o mesmo nome. Na letra, uma crítica a eleitores petistas irritou a patrulha ideológica que deitou falação contra a banda e despercebidamente promoveu o disco. Recheada de palavrões e citações contra os autointitulados intelectuais de esquerda, a música título do novo trabalho já toca nas rádios e alavanca a divulgação dos irrequietos gaúchos.

MUDANÇAS A mudança no comando da Roland não deve alterar significativamente a política da empresa para o Brasil em um primeiro momento. A executiva Priscila Berquió retornou ao grupo que foi comprado pelos americanos que estudam no futuro implantar um jeito mais agressivo e pragmático de gestão. Enquanto nipônica, a Roland acumulou décadas de sucesso e construiu um prestígio do tamanho do planeta. Com a entrada de uma gestão de perfil americano, fica um grande ponto de interrogação no ar sobre a aceitação do mercado a essas mudanças previstas a médio e longo prazos.

As compras pela internet mostram de forma constrangedora a verdadeira bagunça que é o Brasil. Enquanto a justiça determinou que o limite legal é de 100 dólares, a Receita diz que vai manter o limite de 50 dólares e estamos conversados. Ou seja, uma desorganização tamanha que faz com que qualquer burocrata revogue a seu prazer uma decisão judicial. Não bastasse isso, agora o ministro Henrique Meirelles diz que vai taxar tudo e pronto. Para quem adorava comprar pedais e acessórios pela internet, o mundo acabou na recorrente ganância tributária governamental.

SOSSEGA TIO Acreditem, Paul McCartney está finalizando mais um disco que chega às lojas inglesas e americanas até o final do ano. Em seguida, vem uma nova turnê de lançamento. O cara não sossega...

FESTA NACIONAL DA MÚSICA 2016 Agora com 10 dias de eventos e tendo Porto Alegre como sede, o maior encontro da música brasileira tem uma programação de tirar o fôlego. A Festa 2016 acontece na segunda quinzena de outubro e abrirá ainda mais espaço para jovens talentos e novos projetos de cunho cultural e social. O site de 2016 já está no ar (www.festanacionaldamu-


GUSTAVO VICTORINO | VICTORINO@BACKSTAGE.COM.BR

sica.com.br/2016) e a procura de artistas e profissionais do segmento aumentou por conta do novo endereço. Equipando a Festa e mostrando novidades no segmento de tecnologia, a Sonotec, a Harman e a Casio (homenageada de 2016) já confirmaram presença.

FONTE DE CULTURA Depois de um editorial sobre a música brasileira onde abri meu programa diário na Rádio Pampa de Porto Alegre, recebo uma mensagem de ouvinte perguntando: “Quando os políticos e o governo vão descobrir que instrumento musical é fonte de cultura e não de lazer? ”. Com a resposta os nossos ilustres parlamentares que insistem em engavetar o projeto que isenta esses equipamentos exatamente por esse motivo. E ainda tem alguns deles que indisfarçadamente usam a enorme cara de pau para ter chiliques na pseudodefesa da cultura brasileira, mas no fundo mostram mesmo é um oportunismo constrangedor.

GATAS As novas cantoras queridinhas da mídia brasileira parecem ter descoberto a fórmula do sucesso de maneira bem simplória. Pelo som que emitem, a coisa anda mais para miado do que para canto. Algumas parecem ter orgasmos nas pausas. Menos mal que os miados são bem afinados pelos processadores de sinal.

OLIMPÍADAS Alguém se lembra do tema das olimpíadas? Parabéns se você é um deles. Num evento dessa magnitude deveriam ter convocado artistas populares apenas para executar a composição de quem domina um mínimo de qualidade criativa. Pasteurizaram a coisa e ficou volátil e

“esquecível”... deveriam ter entregue a coisa para um Carlos Cola, Michael Sullivan, Zeca Pagodinho, Jorge Aragão e outros criadores de sucessos com qualidade. E o ritmo obrigatoriamente deveria ser o samba e não o misto de pagode, funk, hip hop e bundalelê que nos apresentaram. Perdemos uma boa chance de mostrar ao mundo nossa qualidade musical.

DESMANCHE Com a saída de Paulo Miklos, se consolida o desmanche de uma das melhores bandas do nosso BR Rock. Os Titãs nos trouxeram o punk refinado e intelectualizado em um formato jamais igualado pelos filhotes influenciados por eles. O tom paulistano e visceral da formação original deixou um repertório perene e balizador de parte do melhor do rock nacional de todos os tempos. Vai deixar saudades e a expectativa de quem sabe num futuro show se reúna a formação original com a benção do Marcelo Fromer para que nós, saudosistas, possamos novamente ver e ouvir um pouco do tão escasso rock brasileiro de qualidade.

CUIDADO NECESSÁRIO A diferença de qualidade entre os produtos de marcas consagradas e a chamada linha popular está cada vez menor. Como praticamente tudo é montado na China, a diferença ainda está na escolha da fábrica e no controle de qualidade. As grandes marcas continuam investindo pesado na formação e capacitação de especialistas que ficam literalmente na “boca do forno” acompanhando a qualidade dos produtos que levam a sua logomarca. A maioria dessas empresas mantém escritórios em território

chinês e só embarcam seus produtos depois de rigorosa inspeção.

TALENTO A Banda Melin, formada por três irmãos de Niterói, é uma das melhores novidades musicais surgidas nos últimos tempos. Apesar de jovens, os gêmeos e a estonteante Gabriela deram o seu sobrenome à banda que fez enorme sucesso no programa Superstar, da Globo, e mostrou ao Brasil que juventude pode rimar com competência e bom gosto. Cantores, compositores e instrumentistas, o trio de irmãos impressiona por onde passa. E não bastasse isso, são de uma simpatia e generosidade cativantes. Logo terão alguma das suas canções em novelas globais e serão sucesso nacional. E com o meu aplauso...

COISA FEIA Em tempos bicudos, o que tem de gente espalhando boatos na praça é assustador. Anunciam falências iminentes, trambiques, ações judiciais, inadimplências irreversíveis, desavenças e mil outras maldades. Na hora de assumir a informação a coisa muda ou desmentem. Tudo na busca de interesses nem sempre claros. A crise parece incrementar como nunca também a fofoca.

DO BRASIL PARA O MUNDO A FSA Cajons, fabricante de alguns dos melhores instrumentos do Brasil, chega aos EUA prometendo sucesso no mercado gringo. A empresa de Araçatuba liderada por Vitor Menezes cresceu a olhos vistos e atinge um lugar mais do que merecido em reconhecimento à qualidade dos seus produtos e o talento para crescer investindo em tecnologia e pesquisa. Ponto para a competência...

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PROMAXX 2016 www.fbt.it A FBT lança no mercado a série de gabinetes portáteis PROMAXX para PA. Feito de polipropileno, os modelos da série PROMAXX prometem ser uma evolução no quesito som portátil. Equipado com alto-falantes personalizados FBT e a tecnologia do driver de compressão B&C, o PROMAXX combina qualidade e estilo italianos. No interior do equipamento, encontra-se um módulo amplificador FBT, construído propositadamente com uma fonte de alimentação. Para as baixas frequências, os 700W RMS são conduzidos através de um eficiente Classe-D, produzindo uma THD extremamente baixa. Para as altas frequências, HF, entretanto, os 200W RMS são entregues por um Classe-H / AB. A bordo do PROMAXX, encontra-se uma poderosa plataforma de processamento de sinal (DSP), com uma interface gráfica intuitiva. Os usuários podem escolher ainda entre 6 predefinições do equalizador, cada um cuidadosamente desenhados por engenheiros FBT para garantir que cada aplicação seja atendida. Além disso, 2 slots predefinidos estão disponíveis para os usuários desenvolverem seus próprios projetos, usando 5 equalizadores paramétricos por slot. Também está disponível um filtro passa-alta, um seletor mic / linha, baixa, média e altas configurações de tom e um delay opcional entre 0 e 3,5 metros. O usuário pode ainda escolher entre dois modos limitadores, MAX-SPL ou MAX-qualidade, para melhor atender o seu desempenho.

YIN YANG 5 STRING BASS http://www.warwick.de Na filosofia chinesa, yin e yang são descritos como forças opostas um do outro, mas que se complementam, interconectam, sem deixarem de serem interdependentes. Foi com base nesse conceito que a Warwick se inspirou para desenhar o modelo de baixo Yin Yang 5 string, que foi apresentado ao mercado na NAMM 2016. O retorno positivo dos músicos, representantes e distribuidores em todo mundo encorajou a produção de diversos modelos do Yin Yang 5 strings, em especial o modelo BO #16-3047, que foi desenvolvido com base na expertise, tecnologia e máxima atenção aos detalhes do instrumento. A base do corpo do Yin Yang 5 strings é sempre o maple de cor mais escura e, na finalização do processo de pintura, é aplicado um método especial de branqueamento e tingimento. Depois disso, outro processo dá um efeito 3D ao símbolo no corpo do instrumento. Entre as características, se destacam o braço de escala longa (34”) e 24 Jumbo Bronze (extra hard) frets (width: 2.9 mm / height: 1.3 mm).

RF1 - ROGER FRANCO http://www.tagima.com.br O modelo RF1 – Roger Franco faz parte da série assinaturas da Tagina. A guitarra tem entre suas principais características corpo em Cedro, braço em Marfim e escala Rosewood escalopado com 22 trastes Jumbo e marcações em madre pérola. Outros atributos que chamam atenção no modelo são Lock Nut (trava) de 43 mm, captadores 159' (braço), 1 Duncan distortion TB-6 (ponte) da Seymour Dunca, Controles com Chave de 3 posições, 1 controle de volume, 1 de tonalidade, Micro switch série/paralelo; Ponte Floyd rose system Gotoh cromada, tarraxas cromadas e blindadas Gotoh. O instrumento está disponível na cor Chumbo, com escudo em pérola.


DP-K1 http://discabos.com.br O equipamento é um processador de áudio digital, com gabinete em formato Rack 3U. Ele oferece recursos ARC (Automatic Resonance Control), que gera automaticamente um filtro otimizado para melhorar a inteligibilidade sonora, após realizar medições de acústica no ambiente. Permite configuração flexível de entradas e saídas, desde 2-IN/4OUT até 8-IN/8-OUT, utilizando módulos opcionais. Cada função é ajustada através de um software para computador PC e os ajustes podem ser armazenados na memória interna, sendo que os presets armazenados podem ser recuperados sem necessidade de utilizar computador.

SYSTEM T www2.solidstatelogic.com O System T é o primeiro de uma nova geração de consoles da Solid State Logic voltados para produção de áudio para broadcast. O System T veio para dar suporte às produções de larga escala para entrega em multiplataforma e é uma nova forma de produzir áudio para o ambiente broadcast. Uma variedade de interfaces de controles de hardware e de software podem ser dispostos em qualquer lugar em uma rede de trabalho com mais de três consoles ou controle de interfaces acessando apenas um simples ou um par reduntante do processador Tempest. Múltiplos equipamentos podem ser usados em apenas uma rede de trabalho. As interfaces de controle e fontes de processamento podem ser reconfiguradas para caber no fluxo de trabalho diário. A variação do Network I/O expandido coloca a qualidade do áudio das interfaces e stageboxes SSL em qualquer instalação.

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SISTEMA AL-1061 www.dbtecnologiaacustica.com.br Pensando em sistemas compactos com excelente pressão sonora e alta qualidade, a DB Tecnologia Acústica desenvolveu o Sistema AL-261. O sistema possui 3 vias (Woffer, Mid e Driver Ti) totalizando 450 W AES e tem todos componentes em Neodimiun da conceituada marca Italiana 18Sound, e foi desenvolvido para atender diversas aplicações, desde auditórios, igrejas, salas de concertos e sonorizadores que necessitam sistemas com layout compacto, timbres naturais com alto rendimento.

WARWICK ROCKBASS ARTIST LINE REX BROWN 4 http://shop.warwick.de O modelo Warwick Rockbass Rex BrownArtist Line é um baixo de 4 cordas, que vem tanto nas cores Black Burst Transparent High Polish ou Solid Black, que seria um preto sólido. O corpo é feito de madeira maple AAA (topo) e alder (traseira), enquanto o braço também é feito de maple. Outros detalhes icluem: escala de Rosewood, 24 trastes jumbo de bronze jumbo com IFT - tecnologia fretwork Invisível, mosaico de prata, captadores ativos EMG X, sistema eletrônico 2-banda ativos e controles para o volume (P / P para ativo/passivo) / balance / treble bass.

MA12000I http://www.amplificadorescrown.com.br O Crown Macro-Tech Série i continua o legado do Macro-Tech com precisão sonora incomparável, colocando ainda mais qualidade de som. O equipamento tem como características potência total de 12000Watts RMS@2ohms, Protocole de controle e gerenciamento HiQnet, Classe-I de amplificação, Limiter RMS e PEAK e controle da carga.

STAGEPAS 400I E 600I http://br.yamaha.com Os novos STAGEPAS 400i e 600i são soluções completas de áudio para sistemas de PA “tudo em 1” extremamente portáteis, fáceis de montar e configurar, permitem adicionar alta qualidade de reforço sonoro para praticamente qualquer ambiente. Os modelos contêm duas caixas acústicas leves, de sonoridade macia, um mixer amplificado destacável, juntamente com um par de cabos para as caixas e um cabo de energia, te dando uma solução sonora completa e extremamente portátil que pode ser montada rapidamente e facilmente numa variedade de configurações e ambientes. Combinando os amplificadores altamente eficientes, alto-falantes redesenhados e um DSP (processamento digital) de alto desempenho, os novos STAGEPAS proporcionam um aumento significativo de potência sonora (400W para o modelo 400i e 680W para o modelo 600i) assim como melhorias consideráveis de qualidade sonora e durabilidade. Complementando o salto em desempenho, a adição de conectividade via iPod/ iPhone, reverbs digitais SPX, um supressor de realimentação e um Equalizador mais versátil, melhoraram a funcionalidade e praticidade de uso, permitindo os STAGEPAS a suprirem uma demanda maior de aplicações e usuários.


ATM510 www.proshows.com.br O microfone dinâmico cardioide ATM510 da Audio-Technica possui um novo sistema de amortecimento para redução dos ruídos de manipulação e de palco. Sua reprodução de sons vocais é macia e natural com baixo nível de ruído. Uma construção robusta com sistema magnético com imã de terras-raras e um globo com estágios múltiplos para proteção contra sons plosivos fazem do ATM510 a escolha perfeita para aplicações profissionais de palco. Possui 1 (um) ano de garantia. Compre agora em: http://proshows.com.br/produto/Audio_technica/ATM510

MONTAGE http://br.yamaha.com O Montage estabelece uma nova época com um sofisticado controle de dinâmica, incrível capacidade de criação de sons com manuseio simplificado. O equipamento estabelece um marco histórico dos sintetizadores com um sofisticado controle de dinâmica, incrível capacidade de criação de sonora e manuseio simplificado reunidos nesse poderoso sintetizador, totalmente desenvolvido para inspirar sua criatividade. A tecnologia Motion Control Synthesis Engine unifica e controla dois famosos geradores sonoros: AWM2 (forma de onda de alta qualidade e síntese subtrativa) e FM-X (moderna e pura síntese de frequência modulada). Esses dois geradores podem ser livremente separados em regiões ou mixados em oito partes em um único registro de Performance do Montage. Interação com as Performances do Montage utilizando o Motion Control: uma matriz de controle altamente programável para a criação sonora com profundidade, dinâmica e extremamente expressiva. Com o Motion Control, você pode criar novos sons como jamais foi possível nos sintetizadores em hardware. Visite e conheça o produto no estande da Yamaha.

ATM230 www.proshows.com.br O microfone dinâmico hipercardióide ATM230 para instrumentos musicais da Audio-Technica possui uma cápsula proprietária projetada para trabalhar com altos níveis de pressão sonora e reprodução sonora equilibrada com uma reprodução de graves excepcional. Seu projeto discreto permite sua colocação nas mais variadas configurações de captação. Disponível no kit ATM230PK com 3 unidades. Compre agora em: http://proshows.com.br/marca/Audio_technica

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Distribuição de sinais

A Discabos está tornando disponível os diagramas de equipamentos para distribuição de sinais de áudio e vídeo em sistemas de segurança tipo CFTV. No exemplo, que pode ser acessado pelo link, foi montado um sistema de segurança com os sinais de 4 câmeras IP e 4 alto-falantes tipo corneta, gerenciados por um NVR e distribuí-

dos para 3 televisores em ambientes distintos. Além disso, o visitante poderá ter acesso ao diagrama de Sistemas que utilizam fontes analógicas e digitais. O intuito é mostrar a aplicação da Matrix Scaler em sistemas híbridos, que utilizam equipamentos analógicos e digitais. Acesse: http://discabos.com.br

Prolight+Sound Guangzhou aposta nas relações internacionais A 15ª edição da Prolight + Sound Guangzhou, que começou como uma feira local e se transformou em uma grande plataforma de negócios para o setor de pro áudio e iluminação, terá como foco qualidade e internacionalização. Para isso, serão apresentados as mais diversas categorias de produtos, em

colaboração com as associações com o objetivo de fomentar ainda mais a conexão entre os mercados chinês e internacional, com produtos, tecnologia de ponta e solução inteligentes de mercado. Entre os setores que merecem destaque na Feira de Guangzhou, que acontece entre os dias 22 e 25 de fevereiro de 2017, estão a abertura da Audio Brand Name Halls - uma vitrine especial para principais marcas de áudio internacional (que se expandiu de um salão em 2013 para quatro em 2016 e 2017), a Pro Halls Áudio, Halls para iluminação, KTV Hall e as zonas de produto para microfones, sistemas de conferência e sistemas de endereçamento.

FESTIVAL DE BANDAS LEVA FINALISTAS AO GET MY IDOL Músicos de todo o Brasil podem se inscrever para o Music Hall Festival. Antes restrita a apresentações musicais, a tradicional atração da Expomusic – Feira Internacional da Música – que neste ano acontece no pavilhão do Anhembi, em São Paulo, de 21 a 25 de setembro – se transformou num grande festival. A iniciativa é uma parceria da Expomusic com a Get My Idol, aplicativo que é uma rede mundial de entretenimento focada em fazer shows e aproximar o músico de seus fãs. As bandas finalistas vão se apresentar para o público Feira da Música nos dias 23 e 24 de setembro, no Anhembi. As três vencedoras recebem prêmio em dinheiro, convite para abrir o Get My Idol Festival e consultoria com grandes profissionais da música. As inscrições devem ser feitas até o dia 20 de agosto, por meio do preenchimento do formulário eletrônico no site Get My Idol: http:// www.getmyidol.com/musicfestival.

MARTINHO DA VILA LANÇA SINGLE DO NOVO ÁLBUM O sambista Martinho da Vila lançou no dia 5 de agosto o primeiro single do álbum De Bem Com a Vida, primeiro disco com canções inéditas em nove anos e que foi lançado em 26 de agosto pela Sony Music Brasil. Martinho escreveu a letra da faixa De Bem Com a Vida buscando reverter o baixo astral que o sambista enxerga no Brasil atualmente. O novo trabalho de Martinho conta com participações de Criolo, um dos convidados especiais, e participa também da música Alegria, Minha Alegria, homenagem à filha mais nova de Martinho. Além do rapper paulista, Ivan Lins, Geraldo Carneiro, Jorge Mautner, João Donato e Arthur Maia, que teve a produção de André Midani.


Workshop Fishman

A Empresa Paulistana Marutec, importadora exclusiva dos produtos Fishman, está promovendo uma série de workshops nas lojas em todo o Brasil, com o especialista de produtos Klaus Ximenes. Em setembro, o encontro ocorrerá no TDT (Tagima Dream Team) e no estande da Tagima, na Expomusic. Mais informações: TDT (www.tdt2016.com.br) e Expomusic (www.expomusic.com.br)

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Fernanda Abreu nas plataformas digitais Após lançar Amor Geral, seu primeiro álbum de inéditas em 12 anos, Fernanda Abreu terá agora o seu catálogo de discos e videoclipes disponíveis nas principais plataformas digitais. A Sony Music Brasil/ Garota Sangue Bom Music relançaram no dia 12 de agosto a discografia da cantora carioca em plataformas como Spotify e Apple Music e três clipes no canal VEVO. O renomado disco SLA 2 Be Sample, de 1992, que inclui os hits Jorge da Capadócia e Rio 40 Graus, é um dos álbuns que estarão disponíveis. Serão também relançados nas plataformas os álbuns SLA Radical Dance Disco Club (1990), disco de estreia de Fernanda, incluindo o petardo dançante de A noite e a ba-

lada/charme Você pra mim; Da Lata (1995), álbum produzido por Liminha e o produtor inglês Will Mowatt, que sacramentou sua levada samba-funk e que lançou a artista no mercado internacional. Além dos álbuns, a Sony Music relançou os videoclipes de Fernanda no VEVO. Rio 40 Graus, Baile da Pesada e Kátia Flavia já estão disponíveis no canal da artista, além de Jorge de Capadócia, Veneno da Lata e Jack Soul Brasileiro. Em maio deste ano, Fernanda voltou à cena com Amor Geral, álbum nos formatos físico e digital. A artista foi responsável pela direção musical e produção-executiva do CD e também assina a composição de nove das dez faixas inéditas do trabalho.

Sony Musik UK faz aquisição da gravadora Ministry of Sound A Sony Music UK anunciou em agosto a aquisição completa da Ministry of Sound Recordings, uma das principais gravadoras independentes do Reino Unido. Com a transação, a Sony Music incorpora em seu cast artistas como DJ Fresh, Sigala e London Grammar, trio inglês que vendeu mais de 1,5 milhão de cópias com o disco de estreia If You Want, e também acrescenta a seu catálogo singles e compilações lançadas pela Ministry of Sound. A Sony Music já trabalha com artistas de sucesso da Inglaterra

como Calvin Harris, Mark Ronson, Paloma Faith e George Ezra. Criada em 1993, a Ministry of Sound Recordings surgiu como uma extensão do pioneiro clube noturno do sul de Londres fundado por James Palumbo. A gravadora está entre as maiores de “dance music” do mundo, com mais de 70 milhões de álbuns vendidos, incluindo 40 discos e 21 singles número 1 no Reino Unido. A aquisição permitirá que a Ministry of Sound trabalhe em escala global com os artistas.

AMPLIFICADORES D+PHONES Sobre a nota publicada na Backstage edição de agosto 261, página 24, informamos que para solicitar mais informações do D+Phones, teste do produto ou demonstração em shows, entrar em contato pelo whatsapp 21 97036 6159 ou pelo e-mail: aks.2014@yahoo.com.br

FAFÁ DE BELÉM COMEMORA 40 ANOS DE CARREIRA COM DVD A cantora paraense mostrará em vídeo o sucesso do último álbum Do tamanho certo para o meu sorriso, com concepção e direção artística de Paulo Borges. Fafá, que acaba de ganhar dois prêmios na categoria Canção Popular na 27ª edição do Prêmio da Música Brasileira como melhor cantora e melhor álbum, escolheu o Teatro Bradesco, no Bourbon Shopping, em São Paulo, para fazer o registro do trabalho. Além de conceito e direção de Paulo Borges, o DVD tem participação dos paraenses Felipe e Manoel Cordeiro. Ao convidar Paulo Borges para a concepção geral e direção, a ideia era que, juntos, ousarem em um formato diferenciado, com cenários especiais e dois músicos no palco. A concepção parte de um resgate artístico e emocional da cantora. Percorre suas atitudes, gestos, memórias, referências, visões de Belém do Pará, cuminano em uma verdadeira viagem em torno da história da cantora.

NEXT-PROAUDIO NO IRÃ E NO IRAQUE A empresa de nacionalidade portuguesa NEXT-proaudio, revelou que a Kish Pishgaman Co. passa a ser o distribuidor exclusivo dos produtos da marca no Irã e no Iraque. Com base em Teerã, a Kish Pishgaman, fundada em 1991, oferece serviços de som, iluminação e instalação no Irã, além de soluções de AV e projetos de instalação e pós-venda.


Da internet para o estúdio Considerada um fenômeno na internet, Sofia Oliveira, a cantora adolescente que conquistou mais de 6 milhões de fãs e 250 milhões de visualizações em suas redes sociais com vídeos caseiros de covers de grandes sucessos, finalizou seu primeiro EP. O trabalho foi produzido por Umberto Tavares e Mãozinha (Um Music), responsáveis por sucessos de

Anitta e Ludmilla, e tem lançamento previsto para outubro pela Digital Music Brasil. O fenômeno teen das redes sociais lançou o primeiro single, Você Foi Moleque (Umberto Tavares / Jeffferson Junior), com clipe dirigido por Thiago Calviño, que já é destaque também na internet, com a marca de 1 milhão e 800 mil visualizações.

Shure online A Shure promove gratuitamente cursos online onde os participantes podem ver, ouvir e interagir com o palestrante, sendo possível visualizar também os slides de uma apresentação e a demonstração de um programa. O intuito dos cursos é facilitar o contato com distribuidores, revendedores, consumidores finais e interessados do setor de música e áudio. Os encontros online Shure do Brasil são ministrados todas as sextas-feiras às 10h (horário de Brasília), por Adinaldo Neves e Jon Lopes, e abordam temas como produtos para broadcast, microfones para câmeras de vídeo, montagem e uso de antenas, mitos sobre microfones, entre outros assuntos do setor. Os próximos temas serão: Coordenação de frequências com

Wireless Workbench (9 de setembro), A história do microfone dinâmico (16 de setembro), Microfones para câmeras de vídeo (23 de setembro), Soluções de áudio para igrejas (30 de setembro), Como usar e selecionar sistemas de retorno (7 de outubro), 5 mitos sobre microfones (14 de outubro), Fale com um especialista Shure (21 de outubro) e Montagem e uso de antenas (28 de outubro). Para participar dos cursos, é só cadastrar seu e-mail no site www.shurebrasil.com no campo Curso Online. O interessado pode escolher entre as áreas de Música, Pro Áudio ou Som Instalado, já que os cursos online são divididos nessas 3 categorias. Para receber os convites para todos os cursos, é só marcar os 3 campos.

NOVO ESPECIALISTA EM DESENVOLVIMENTO NA SHURE A Shure do Brasil anuncia Guilherme Steinhauser como novo Especialista em Desenvolvimento de Mercado Sênior para América Latina. O profissional trabalhará diretamente com o mercado de Som Instalado, atendendo os centros de distribuição, parceiros e os principais consumidores da América Latina. Com mais de 20 anos de experiência na indústria de integração AV, recentemente o executivo ocupou a posição de Gerente de Vendas e Desenvolvimento de Mercado na Bose e na Biamp. Fluente em inglês, espanhol e português, terá ainda como objetivo reforçar os planos da companhia e intensificar a imagem da Shure no segmento. Ele se reportará a Helio Garbin, Diretor Associado de Vendas, América Latina.

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LINHA

MITUS O

redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação

Mitus 206 LA é o principal modelo da linha. Como característica possui subs de 2x 6,5” B&C (com bobinas de voz de alta amplitude de 1,7”) e um drive neodymium B&C de alta frequência de 1,4” com bobinas de voz de 64mm (ou

O MITUS 212 FSA é um subwoofer de 12” compacto e que pode ser usado em fly, a fim de aumentar as baixas frequências do Mitus 206LA quando combinados, tanto no chão quanto em arranjos em fly. Junto com esse modelo, estão o MITUS

A linha Mitus, da FBT, é composta de um line array com um range compreensivo tanto ativo quanto passivo, falantes de duas vias, subwoofers e monitores de palco discretos.

O hardware de acoplamento do MITUS 206LA é internamente integrado e permite a suspensão de 12 elementos com um fator de segurança de 10:1. 2,5”) e corneta de 35mm (ou 1,4”) acoplados a um guia de ondas. O 206LA é um line array compacto e é projetado para respeitar os critérios físicos da fonte de onda cilíndrica ideal em toda a faixa de áudio. O gabinete possui 2 woofers de 6.5 “ acoplados a um guia de ondas.

118SA, o novo MITUS 218SA e o MITUS 121SA, com subwoofers de 18”, duplo 18” e 21”, respectivamente, que integram perfeitamente as aplicações tanto para som ao vivo quanto para instalações permanentes, onde as frequências altas de SPL precisam ser enfatizadas.


Voltando ao MITUS 206LA, o modelo é realmente um sistema de falantes inovador e enriquecido com os avanços tecnológicos e de engenharia da FBT, como potência, performance, peso, flexibilidade e usabilidade. Essas credenciais desse novo line array eleva o nível dos conceito de lines em termos de potência e eficiência nas performances. A modularidade do MITUS 206LA faz dele extremamente flexível para uma série de aplicações, desde arranjos de sistemas com 2 gabinetes até um sistema de line mais elaborado, suportando até mais de 12 MITUS em linha mais multiplos subs MITUS 212 FSA em festivais e concertos. O guia de ondas otimizado pelo simulador BEM oferece dispersão horizontal de 100°. O hardware de acoplamento do MITUS 206LA é internamente integrado e permite a suspensão de 12 elementos com um fator de segurança de 10:1. Os gabinetes podem ser facilmente angulados de 0° a 10°, ajustáveis em 2° por um pino de ajuste integrado ao gabinete. O amplificador Classe D (PWM) fornece 600W RMS LF + 300W.

RMS HF O modulo do amplificador contém em seu interior um chassi de alumínio, que também funciona com uma moldura ao suspender o sistema e ajuste de ângulo e inclinação dos gabinetes. O processador de sinal digital tem 8 equalizadores selecionáveis e ajustáveis fazendo do MITUS 206 LA ser configurável de acordo com a curva do arranjo e números de unidades de falantes utilizados. Para aumentar a baixa frequência SPL, o subwoofer ativo MITUS 212 FSA é um complemento perfeito ao 206 LA. E também pode ser usado com outros subs de chão da Série MITUS, como os 218SA, 118SA e 121SA. Para tais aplicações esse subs contam com um modo preset INFRA. Desde que usado com o software de programação da FBT para PC é possível simular a distribuição do SPL e resposta de frequência na área que será sonorizada.

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Conheça as principais características MITUS 206 LA • 2 x 6.5’’ (165 mm) B&C neodymium woofers com bobina de 1.7’’ (44 mm)

• 1.4’’ (36 mm) saída B&C neodymium driver com bobina de 2.5’’ (64 mm) • Resposta de frequência de 68Hz a 20KHz • Amplificadores class D internos com 600W RMS para LF e 300W RMS para HF com fonte de alimentação de modo de comutação • DSP on-board com 8 presets, +/- 5db HF para controle de nível para uma amplitude de sombramento mais precisa. • Painel de controle com XLR input e link, volume, presets, nível de HF e HP-filter. • Guia de onde de 100° na horizontal com muito pouca distorção e próximo da frente de onda plana de até 18 Khz. • Gabite de alto impacto com gás injetado de polipropileno com hardware integrado e ajustável aos angulos de 0 ° a 10 ° nos gabinetes. • Ideal for small to medium sized application, from single pole mounted loudspeakers with 100°H x 10°V coverage • Ideal para aplicações de pequeno e médio portes, desde simples montagens com alto-falantes com 100 °H x 10 °V de cobertura. • Uso de elementos múltiplos em line array para aplicações exteriores onde o sistema não esteja diretamente exposto • Vasta gama de acessórios de hardware para ser usado tanto nas configurações fly ou empilhado. • Peso muito leve, apenas 14Kg MITUS 212FSA • Passa banda compacta e ventilada e subwoofer compartilhando a mesma largura e hardware de suspensão da Mitus 206LA

• Imãs de neodímio B&C de 320 mm (2 x 12’’) e subwoofers de alta excursão com bobinas de voz de 75 mm (3 ‘’) . • Resposta de frequência de 45Hz a 120Hz • Amplificador Class D entregando 1200WRMS • Fonte de alimentação com modo comutável. • DSP com 8 presets, configurações cardioides e infra, delay • Painel de controle com entrada XLR e ligação, volume, presets, delay, fase de 0 °-180 °, ground-lift. • 15 mm (5/8’’) birch plywood enclosure, scratch resistant black paint Gabinete de 5 mm (5/8 ‘’) com tinta preta resistente a arranhões. • Low frequency extension cabinet for the MITUS 206LA line array for flying or ground stacked configurations. • Gabinete de baixa extensão de frequência para a matriz de linha Mitus 206LA tanto em arranjos fly quanto empilhados. MITUS 218SA • 2000W RMS – 145dB SPL Processed Active Subwoofer • Grande bass-reflex ventilada.

• 2 x 460mm (18’’) custom B&C high excursion subwoofers with 100mm (3.9’’) coil • Subwoofer B&C de 2 x 460 milímetros (18 ‘’) personalizados com 100 milímetros e bobina de (3,9 ‘’). • Resposta de frequência de 30Hz to 100Hz • Amplificadores Class D entregando 2000 WRMS com fonte de alimentação de modo de comutação • DSP with 6 EQ presets, cardioids and infra configurations, delay • Gabinete de contraplacado de bétula medindo 18 mm (3/ 4”), com pintura de tinta preta resistente a arranhões. • Seis alças de alumínio com design FBT • Extensão de baixa frequência perfeita a linha MITUS e um companheiro ideal para o modelo MITUS 206LA. • Quatro tipos de montagem, opcional, giratória com rodízios de 80 milímetros (3,15 ‘’) • Painel de controle com entrada XLR e ligação, volume, presets, delay, fase de 0 ° - 180 °.


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O sistema de microfone sem fio digital System 10 PRO da AudioTechnica opera com áudio de 24 bits e amostragem de 48 KHz para um desempenho profissional. redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação

NOVA TECNOLOGIA DE TRANSMISSÃO

SEM FIO D

isponível em diversas configurações com diferentes tipos de transmissores, o System 10 PRO opera na faixa de 2.4 GHz livre de interferências de TV e TVD e tem alcance de até 60 metros em visada direta. De operação fácil e seleção de canal instantânea, o System 10 PRO permite a operação de até 10 sistemas sem fio simultâneos com apenas 3,8 milissegundos de latência e sem as questões

advindas da coordenação de frequências e da seleção de grupos de canais.

TRIPLA DIVERSIDADE Para garantir a robustez do sinal de RF, o System 10 PRO possui três níveis de diversidade. Na diversidade em frequência, cada canal de áudio é transmitido em duas frequências alocadas dinamicamente. Já na diversidade no tempo, cada canal de áudio é transmitido em dois intervalos de


tempo para maximizar a imunidade a interferências devidas aos múltiplos caminhos de propagação de RF. Finalmente, na diversidade no espaço, o sistema utiliza duas antenas para maximizar a integridade dos sinais de RF.

COMPONENTES DO SISTEMA O System 10 PRO é composto do chassis receptor ATW-RC13, da unidade de recepção sem fio destacável ATW-RU13 e dos transmissores ATW-T1001 (bodypack), ATWT1002 (de mão), ATW-T1006 (condensador cardioide de superfície) e ATW-T1007 (base para microfone gooseneck).

CHASSIS RECEPTOR ATW-RC13 O chassis receptor ATW-RC13 tem acabamento em metal robusto para montagem em rack e acomoda

duas unidades de recepção sem fio ATW-RU13. Um display no centro indica o número de identificador de microfone, a intensidade do sinal de RF e o nível da carga da bateria para os dois canais. Dois botões, um de seleção de identificador de microfone (“ID”) e outro de pareamento (“PAIR”) são usados no pareamento com um transmissor. Um LED indicador de áudio (“AUDIO”) brilha na cor verde para indicar a recepção de áudio do transmissor, na cor amarela quando o sinal beira o nível de pico e na cor vermelha quando o pico é atingido. Um LED indicador de pareamento (“PAIR”) pisca na cor verde durante o modo de pareamento e brilha continuamente quando pareado com um transmissor. Na sua parte traseira, o chassis receptor ATW-RC13 possui para cada canal de áudio uma saída ba-

lanceada XLR e uma saída desbalanceada TS de ¼”, ambas com ajuste de nível de saída, além de um conector RJ45. Uma porta denominada “LINK” composta por dois conectores RJ11 permite a interconexão com até mais 4 chassis receptores com o cabo RJ11 fornecido. Esta interconexão aumenta ainda mais a estabilidade de um sistema com até 10 canais. Uma fonte bivolt de 60Hz alimenta o chassis de recepção ATWRC13, que inclui uma chave do tipo “ground lift”. Por operar na faixa de 2,4 GHz, a Audio-Technica recomenda manter uma distância mínima de 10 metros entre o chassis receptor e os pontos de acesso wi-fi, quando existentes no local de operação. O chassis acompanha duas orelhas para montagem em rack e uma placa de junção para uso com outro chassis.

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UNIDADE DE RECEPÇÃO SEM FIO ATW-RU13

Quando um par transmissor/ receptor é ligado, o sistema seleciona automaticamente as frequências que estão livres para uso. Devido à natureza dinâmica da seleção automática de frequências do System 10 PRO, tais frequências podem ser mudadas se sofrerem interferências

A unidade de recepção sem fio destacável ATW-RU13 é de tamanho reduzido e contém duas antenas. Esta pode ser operada localmente dentro dos slots existentes no chassis receptor ou remotamente, via conexão a um simples cabo Cat5 de até 100 metros de comprimento até o conector RJ45 do painel traseiro. Quando montada externamente, a unidade de recepção ATW-RU13 é inserida em um recipiente protetor que pode ser afixado na parede ou no púlpito. Um LED indicador se encontra apagado quando o chassis estiver desligado, pisca lentamente quando não pareado com um transmissor, pisca rapidamente durante o processo de pareamento, e brilha continuamente na cor verde quando pareado com um transmissor.

TRANSMISSORES Os transmissores são alimentados com duas baterias AA alcalinas ou recarregáveis que operam por mais de 7 horas dependendo do tipo de bateria e do ciclo de uso. Um botão no topo do transmissor ATW-T1001 liga/desliga e também “muta” o microfone, situado nas respectivas bases dos transmissores ATW-T1002, ATW-T1006 e ATW-T1107. Um LED indicador no topo do transmissor ATW-T1001 brilha na cor verde ao ligar, brilha na cor vermelha quando “mutado” e pisca quando a carga da bateria está baixa. Já um display no topo do transmissor indica o número identificador de microfone. Tais indicações ocorrem de forma análoga nos demais transmissores.

PAREANDO O pareamento se dá de maneira simples ao pressionar continuamente o botão de seleção de identificador de microfone (“ID”) no chassis receptor até obter o valor entre 0 e 9 desejado e logo depois pressionar o botão de pareamento (“PAIR”), também no chassis receptor, por um segundo. Isto faz com que o LED indicador de pareamento (“PAIR”) comece a piscar na cor verde, indicando que o System 10 PRO está no modo de pareamento.

Na sequência, ao pressionar o botão de pareamento (“PAIR”) do transmissor ATH-T1001, que se encontra no compartimento interno do mesmo, o LED indicador de pareamento (“PAIR”) no chassis brilha na cor verde indicando o pareamento. Este procedimento de pareamento é similar aos procedimentos com os demais transmissores. Quando um par transmissor/receptor é ligado, o sistema seleciona automaticamente as frequências que estão livres para uso. Devido à natureza dinâmica da seleção automática de frequências do System 10 PRO, tais frequências podem ser mudadas se sofrerem interferências, tanto nos transmissores quanto nos receptores, porém de forma imperceptível ao ouvido.

TRAVANDO A FUNÇÃO MUTE É possível travar a função de mudo ao pressionar conjuntamente os botões “liga” e “pareamento” (“PAIR”) no próprio transmissor, porém desde que o mesmo esteja inicialmente desligado. O mesmo procedimento destrava a função de mudo. Sistemas sem fio na faixa de 2,4 GHz são uma excelente alternativa no atual cenário de mudanças no uso do espectro de RF. O uso de unidades de recepção remotas via conexão com cabo Cat5 é uma excelente solução para uso em grandes ambientes, pois simplifica a instalação e economiza na infraestrutura de RF, composta de antenas externas, boosters, splitters e, principalmente, de cabos de RF de baixa perda. O System 10 PRO é uma mostra das novas tecnologias de transmissão digital sem fio que serão introduzidas pela Audio-Technica.

Para saber online

http://www.audio-technica.com/


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A arte de se reinventar faz com que as maiores empresas de tecnologia musical do mundo se mantenham no topo trazendo novos produtos como fruto de anos de pesquisa e desenvolvimento. Gustavo Victorino victorino@backstage.com.br Fotos: Divulgação

COM O MUNDO AOS SEUS PÉS

DIGITECH TRIO BAND CREATOR

A

iconoclasta marca Digitech é uma clara demonstração de que a inovação continua sendo o passaporte para o sucesso. Seu passado de produtos inovadores e vanguardistas parece não sublimar o investimento em novas tecnologias para músicos e profissionais do áudio. Dentro dessa proposta, a empre-

sa do grupo Harman criou um pedal que está revolucionando o conceito de one man band e abre uma interessante perspectiva para o segmento. Com a chegada do TRIO Band Creator muita coisa vai mudar na arte de criar e produzir música. Dentro de um pequeno chassi classudo com detalhes monocro-


máticos em alto relevo, a Digitech nos mostra a alta tecnologia que habita os seus laboratórios. O pedal TRIO é o que você poderia chamar de “ovo de Colombo” para músicos de todos os níveis de profissionalização e amadores. Criado para guitarristas e violonistas, o pedal recebe o som do instrumento e o processa em 4 compassos para criar um ritmo gerado por um sampler microchipado, que oferece as alternativas de condução que o músico precisa para acompanhar o que está tocando. A coisa não para por aí e, para justificar o seu nome, o pedal também lê a harmonia e cria inúmeras linhas de contrabaixo para também acompanhar o que se está tocando. E está formado o trio... É simples... toque e deixe o pedal resolver tudo. Quando dispará-lo ao tocar, terá um trio musical e de-

zenas de alternativas de condução, linha de baixo e ritmos.

PARECE INACREDITÁVEL, MAS É APENAS TECNOLOGIA Em apenas cinco botões você encontra uma gama de alternativas que num primeiro momento assus-

tam pela diversidade e precisão. O Digitech TRIO, no entanto, é um pedal para “namorar”, ou seja, entender sua riqueza e inovação tecnológica estudando cada um dos seus muitos recursos. Sem qualquer semelhança com os teclados arranjadores de auto acompanhamento, o TRIO busca na for-

Especificações técnicas Input: Instrument Input ¼" Unbalanced (Tip-Sleeve); Control Input ¼" TRS (TipRing-Sleeve) Input Impedance: 1 MΩ Output: Amplifier ¼" Unbalanced (Tip-Sleeve); Mixer ¼" Unbalanced (Tip-Sleeve); Headphone 1/8" Stereo Output Impedance: 1 kΩ Switches: Soft Click, Vacuum Style Footswitch Controls: Genre, Style, Tempo, Bass, Drums; Guitar FX, Song Part, Alt Time buttons; Headphone Volume, Pedal On/Off Power Requirements: 9 VDC external power supply (required) Power Supply Model: PS0913DC-01 (US, JA, EU); PS0913DC-02 (AU, UK) Power Supply Output: 9 VDC 1.3 A Dimensions: 2.5 H x 5.4 L x 3.25 W (63.5mm x 137.2mm x 82.6mm)

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O único botão de disparo do pedal é sensitivo, e combinado, responde por várias tarefas que variam de acordo com o tempo de pressão sobre ele.

ma do músico tocar a melhor alternativa de acompanhamento e, na medida em que nos habituamos a ele, fica cada vez mais rica a interpretação de músicas de qualquer estilo. Ele parece não ter limites. Desde a leitura de ritmos simples em andamentos pares ou ímpares, até convenções recheadas de quiálteras ou conduções em dobra, o TRIO se adapta ao seu jeito de tocar de forma surpreendente. O processo é de uma simplicidade inacreditável, onde cada botão pode ter mais de uma função dependendo de suas combinações e forma de tocar. O único botão de disparo do pedal é sensitivo, e combinado, responde por várias tarefas que variam de acordo com o tempo de pressão sobre ele. Com capacidade para armazenar até três partes diferentes de uma mesma música, o TRIO dispensa maiores procedimentos de ajuste, senão os de volume de baixo e bateria, bem como a escolha da condução de sua preferência. Ele oferece dezenas de possibilidades para cada canção. Na prática, ele será o seu arranjador de bolso. O diagrama de operação é simples, porque é interativo e amigável, além de bonito e prático até para ambientes com pouca luz. A Digitech sofisticou e colocou até pequenos LEDs nos controles para facilitar ainda mais a visualização dos parâmetros. Chique ao extremo... O acionamento funciona com um botão sensitive touch que responde por várias funções dependendo do tempo e

quantidade de acionamento. Repito, tudo interativo e prático. Os controles de volume do baixo e da bateria são sensíveis em todo o seu curso e não despejam ou cortam o som em pequenos raios de atuação. Isso dá segurança nos ajustes. Um botão central controla o tempo da trilha gravada e oferece uma interessante variedade de andamentos para quem gosta de criar novos climas numa mesma música e suas diferentes partes. Nos controles acima estão as alternativas para as quais o TRIO se propõe a “ler” o que você toca e a reproduzir de forma incrivelmente criativa e precisa o seu acompanhamento de baixo e bateria. Combinados, esses controles oferecem mais de uma centena de opções de arranjos e conduções variando entre si os ritmos de bateria e a “levada” de baixo, que vai de uma simples marcação do acorde principal intercalado com a quinta correspondente até complexas quiálteras devidamente correspondidas pelo ritmo escolhido. Os botões superiores de LED possibilitam ao usuário gravar até 3 partes diferentes de uma mesma música podendo ainda criar andamentos diferentes entre elas. E, acredite, não bastasse tudo isso, ainda tem um simulador de amplificador para melhorar sua performance com diferentes drives de saturação. As conexões laterais e frontal permitem uma interatividade com outros equipamentos e recursos sem limites que transformam o TRIO num verdadeiro gerador de arranjos e estudos de harmonia funcional. A tecnologia Digitech desenvolveu um produto que literalmente abre um novo campo para a criação musical e isso foi reconhecido com o prêmio de produto do ano no NAMM Show, na Califórnia. O TRIO já está também disponível no modelo Plus que adiciona um looping system ao que já é espetacular. O preço não assusta e pode ser facilmente encontrado nas lojas brasileiras bem abaixo de mil reais. Já o modelo Plus (TRIO+ com looper) só deve chegar ao Brasil no final do ano.


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TÉCNICAS

Na primeira parte desta matéria, sobre a trilha do seriado Conselho Tutelar, falamos sobre o fluxo de trabalho, o ambiente criativo, sobre os profissionais envolvidos e como isso foi importante para o processo de produção musical.

Marcello Dalla www.ateliedosom.com.br atelie2@hotmail.com redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação

DE ESTÚDIO NA PRODUÇÃO

MUSICAL S

e você não teve a oportunidade de ler essa primeira parte da matéria, segue link para download da Revista Backstage completa. Acesse: https://goo.gl/JnumFs Uma entrevista/making off da trilha de Conselho Tutelar, também está disponível em youtube.com/c/AteliedoSom. Vídeo no You Tube: Conselho Tutelar - Entrevista com Marcello Dalla. Nesta segunda parte, serão abordados especificamente o trabalho no estúdio, equipamentos, instrumentos, softwares e técnicas usadas na criação e produção da música do projeto. Por se tratar de uma trilha com elementos acústicos e eletrônicos, o grande desafio foi fazer com que tudo soasse bem, com unidade e coerência. Sempre digo que cada trilha é um desafio novo para qualquer produtor, mas em especial as trilhas de Conselho Tutelar têm a carac-

terística de ser a mistura de sonoridades que não são fáceis de serem mixadas juntas. A integração ente instrumentos acústicos e virtuais demanda mixagens mais cuidadosas, porque sempre existe a tendência de soarem “descolados”, com a unidade comprometida pela diferença de texturas. Além disso, em muitas sequências de cenas a alternância entre trilhas essencialmente acústicas para trilhas de orquestração virtual ou com sintetizadores deveria soar com fluidez e continuidade e aí também os desafios vieram. Vamos aos detalhes. Na foto 01 estou em meu estúdio de produção, o Ateliê do Som, no Rio de Janeiro. As trilhas referentes ao personagem principal, o conselheiro tutelar Sereno interpretado por Roberto Bomtempo, têm as melodias executadas em violão acústico. É a “assinatura Sonora” do personagem. Mesmo que seja sobre uma orquestração virtual, ou sobre um sintetizador, o violão sublinha todo o


Foto 01 - Captação do violão

masterizar seu trabalho. A menos que o sujeito seja um “polvo”, vale muito a pena lançar mão dos controladores físicos do software de produção. A foto 02 mostra minha bancada principal onde eu estou utilizando os controladores CMC e CC121 do Cubase. Na situação da foto 01 (gravação do violão) também uso os mes-

perfil psicológico e emocional do personagem, dentro do conceito de “marca Sonora” que mencionei na primeira parte desta matéria. Gosto de gravar os violões em cima de cada cena, executando as melodias em integração com os diálogos e com a dinâmica da montagem. Não aparece na foto, mas à minha frente há mais um monitor que roda o filme para que eu possa estar bem posicionado para a captação do violão enquanto acompanho as imagens. O setup de captação acústica do violão é composto por dois microfones Royer T3 (valvulados) ligados a dois prés Millennia STT1. Na foto vemos apenas um dos mics em primeiro plano. Os Millennia STT1 (vistos logo atrás do pedestal do mic, painéis pretos) na verdade são “channels” completos, cada um com Pré, equalizador e compressor. Cada estágio tem dupla topologia (Válvula ou estado sólido). Dos dois Millennia o sinal dos mics segue para o conversor Lynx Aurora 8 (acima dos Millennia), ligado a uma placa Lynx AES 16 no computador. Toda a trilha foi gravada e mixada em Cubase Pro 8.5. Quem acumula as funções de trilheiro e produtor sabe que tem que criar, gravar, mixar e

A integração ente instrumentos acústicos e virtuais demanda mixagens mais cuidadosas, porque sempre existe a tendência de soarem “descolados” mos controladores para comandar o Cubase nas funções de transporte e gerenciamento de canais. Tiro algumas unidades da bancada principal e posiciono da maneira confortável para a execução do violão, os controladores ajudam muito em dois aspectos: - No lado criativo, lúdico: Manter a concentração

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Quem acumula as funções de trilheiro e produtor sabe que tem que criar, gravar, mixar e masterizar seu trabalho. A menos que o sujeito seja um “polvo”, vale muito a pena lançar mão dos controladores físicos do software de produção.

Foto 02 - Uso dos Remotos

na música, na inspiração da cena, com um mínimo de preocupação na operação do software. - No lado racional, mundo real: Cumprir prazos de entrega; trabalha-se rápido. Nos instrumentos MIDI , trabalhei com orquestração virtual e com sintetizadores. Nas orquestras: Livrarias do Kontakt e Steinberg Halion symphonic Orchestra. Nos sintetizadores: Meus Kurzweill dinossauros analógicos, Ha-

lion 5 e Omnisphere. A foto 03 mostra o setup MIDI. Optei por deixar toda a minha seção MIDI no lado direito da bancada principal. O formato mais usual de estúdios de produção e home studios de produtores (e que usei durante algum tempo) é o teclado MIDI master controller ao centro ocupando a maior parte da bancada. Mas essa ergonomia de “setorizar” o MIDI à direita tornou minha produção mais rápida e

” Foto 03 - Seção MIDI do estúdio. Teclados e racks sampler à direita da bancada central


Foto 04 - Bancada central dedicada à mixagem com equipamentos de áudio( à esquerda) e os instrumentos MIDI ( à direita)

central. Novamente tiro os controladores CMC da bancada principal para pilotar o Cubase, ou então uso os comandos de transporte remoto de um controlador Korg Triton Taktile 49 (que não aparece nesta foto). O monitor à minha frente traz uma imagem duplicada da tela da minha máquina principal de gravação, com a sessão de Cubase. Uso um splitter HDMI e a tela da sessão principal fica disponível confortavelmente para produzir rápido com todos os teclados ao alcance. A foto 04 mostra a visão

minha mixagem também. Quando vou para a mixagem, a bancada está livre. Tenho à minha frente os controladores do Cubase, os monitores de referência e os monitores de video. O conforto para a mixagem/masterização é maior, o que resulta em concentração e velocidade. Para resolver a questão de visualizar o filme enquanto toco algum instrumento virtual sobre uma cena, levei o sinal de sincronismo em MTC (MIDI Time Code) a outro computador (no caso, o laptop à minha esquerda) que

Nos instrumentos MIDI , trabalhei com orquestração virtual e com sintetizadores. Nas orquestras: Livrarias do Kontakt e Steinberg Halion symphonic Orchestra.

está com uma sessão de Cubase somente com o video guia. A função desta máquina é apenas rodar o vídeo para que eu não precise ficar olhando lateralmente para as telas na bancada

geral da bancada central e dos teclados e módulos MIDI à direita. Em toda produção em que uso orquestras virtuais e sintetizadores, grande parte do trabalho de expressão musical

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Foto 05 - Canal de violinos da seção de cordas e os controles de expressao MIDI

“ ” A função desta máquina é apenas rodar o vídeo para que eu não precise ficar olhando lateralmente para as telas na bancada central.

e refinamento da qualidade dos instrumentos é feito através das mensagens de controle MIDI. Muitas vezes demoro mais trabalhando comandos de expressão do que realmente gravando notas, acordes, etc. Principalmente as orquestrações virtuais, demandam um “artesanato” refinado das mensagens de expressão. Instrumentos virtuais orquestrais têm uma implementação completa para se tirar o máximo de realismo e musicalidade. A Foto 05 mostra um dos canais MIDI de violinos da trilha do Conselho Tutelar. Vemos na tela principal as notas e nas linhas abaixo os controles de expressão: Modulation (cc1), Expression (cc11), Aftertouch (re-endereçado ao controle “stage” ou palco ) e o Control 12 (cc12 endereçado ao controle de “Hall Reverb” ou nível de reverb, através do comando “Learn MIDI CC# Automation” mostrado no canto direito da foto em destaque). Durante a gravação dos canais MIDI orquestrais (e também sintetizadores), eu dou entrada em alguns controles de ex-

Foto 06 - Touch pad no painel do Korg Triton Taktile 49

pressão para ir definindo como a linha vai soar. Normalmente faço isso executando as notas com a mão direita no teclado, enquanto com a mão esquerda envio as mensagens de controle. O recurso que sempre uso nesta situação é o touch pad do Korg Triton Taktile 49 mostrado na foto 06. O Touch pad permite atribuir um controle MIDI para o eixo horizontal (X-axis) e outro para o eixo vertical (Y-axis). A foto 07 mostra a tela de programação do software de

Foto 07 - Software de programação do Korg Triton Taktile 49, touch pad com eixo X (CC1) e eixo Y (CC11)


Foto 08 - Uso do pad com caneta gráfica para refinar as curvas de controles MIDI

controle do Korg Triton Taktile 49 no computador. A expressão que se alcança com 2 controles simultâneos é impressionante. Disso não abro mão ao criar principalmente as linhas de cordas e metais das livrarias de orquestração virtual. A sensação na execução é de que se tem o “arco” das cordas ou o “sopro” no caso dos metais e madeiras. Tudo se torna mais expressivo e musical. Em muitas situações eu crio as linhas e contracantos tocando e ouvindo os resultados sonoros mais interessantes sobre a cena, integrando aos diálogos e à edição de imagens. Como exemplo desse trabalho de expressão, assistam uma das cenas do seriado no canal do Youtube Atelie do Som : https:// www.youtube.com/c/AteliedoSom. Vídeo: Conselho Tutelar

Cena do Episódio 02. Trilha: Marcello Dalla. Os refinamentos são partes indispensáveis aos melhores resultados sonoros de expressão em orquestras virtuais. Nem sempre a performance dos controles MIDI fica exatamente como se deseja. Em alguns casos são excelentes pontos de partida e daí pra frente entra mais um trabalho artesanal que é o de refinar e de re-desenhar (ou mesmo desenhar) as curvas de controle. É o “Photoshop” da sonoridade de orquestração virtual. Da mesma forma que artistas gráficos, fotógrafos e editores de vídeo usam recursos para retocar ou refinar detalhes em seus trabalhos, nós também usamos para “retocar” e refinar detalhes na sonoridade e expressão de nossos instrumentos. Eu, por exemplo, uso o mesmo re-

Foto 09 - Plugins nativos mais utilizados nas mixagens das trilhas

curso que é o pad com caneta. A foto 08 mostra meu trabalho refinando as curvas de controles MIDI. Em alguns controles (por exemplo, o CC 12 citado no controle de Reverb do Cinestrings Kontakt na foto 05), eu já parto para o desenho sempre atento à frase musical executada. Vou ouvindo os resultados sonoros a cada trecho trabalhado. Depois de um tempo fazendo isso, já desenvolvemos uma “segunda natureza” de percepção e começamos a estabelecer uma relação entre o que se desenha e o que vai soar, mas não existe “receita de bolo”. Dá um trabalho gigantesco: a cada tipo de execução melódica, em cada trecho e em cada timbre escolhido, o ouvido é o grande juiz. Como falei no início, a mixagem reunindo canais acústicos e virtuais é trabalhosa. O mais interessante desse processo é a sutileza no equilíbrio de timbres. Em momento algum eu precisei de toneladas de equalização e compressão ou de malabarismos olímpicos com plugins extra-terrenos. Todos os plugins de equalização, compressão e reverb que utilizo na trilha do Conselho Tutelar, são nativos do próprio Cubase. Na foto 09 os principais plugins nativos que utilizei na mixagem das trilhas de todos os episódios do seriado Conselho Tutelar. O maior trabalho mesmo foi no mixer, na relação entre os canais, nas automações de volume, nas nuances dinâmicas e equilíbrio entre os timbres. O seriado segue sua saga com a terceira temporada confirmada e que ainda será produzida. Teremos novidades à frente e darei notícias aqui pela Backstage. Agradeço a todos os meus amigos e parceiros neste projeto. Como disse na primeira parte da matéria e no vídeo making of, me orgulho muito deste trabalho e é uma honra estar neste time. Até a próxima. Abraços!

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TÉCNICAS DE ESTÚDIO | CAPA | www.backstage.com.br


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ABLETON LIVE Dia após dia surgem mais e mais plugins poderosos, famintos por memória RAM, exigindo mais da CPU do seu computador. É evidente que não queremos (e não podemo$) trocar de máquina todo ano, e é muito trabalhoso preparar um computador para perfomance ou produção que funcione de maneira suave e sem maiores problemas.

SEMPRE SAMPLES E SEJA FELIZ Lika Meinberg é produtor, orquestrador, arranjador, compositor, sound designer, pianista/tecladista. Estudou direção de Orquestra, música para cinema e sound design na Berklee College of Music, em Boston.

A

solução para esse dilema está no Ableton Live. O environment (ambiente) do Ableton Live em si já é otimizado para a utilização e manipulação de Samples e trabalhar com Samples consome menos processamento da sua CPU.

Sampler

LIVE é um Sample Base Software! Mas a utilização de suas capacidades como ferramenta ou instrumento de performance exige alguma logística e uma livraria (library) de samples organizada e até certo ponto volumosa.


Samples 128 slots

Esse assunto na verdade refere-se em substituir os famintos Instrument Plugins por Sampler plugin, que já vêm otimizados com o pacote de fábrica do Ableton Live. Muitas são as vantagem em se usar Sample Players, em vez de sobrecarregar seu laptop com Synth plugins pesados e que muitas vezes deixam a máquina lenta ou crashing (dando pau) contínuas vezes. Existem hoje no mercado inúmeras livrarias realmente “Pro”, com Samples de tudo que se possa imaginar e fáceis de manipular via Ableton Live ou qualquer “tipo” de controlador “Midi”.

Existem hoje no mercado inúmeras livrarias realmente “Pro”, com Samples de tudo que se possa imaginar e fáceis de manipular via Ableton Live...

Claro, claro, claro. Você pode, sim (e deve) produzir sempre seus próprios Samples e construir sua “Personal Library”. Sem problemas, eu sei como é, senão fica tudo igual! Então, vamos nessa Nossa meta aqui não é emular outros sintetizadores, pianos, ou infringir leis de propriedade intelectual usando seguimentos de áudio de outro em nossas produções, melhor que isso: crie, transforme, invente!

PRIMEIRO PASSO: - Vamos preparar nossa plataforma de trabalho carregando (louding) alguns Samples no Sampler plugin do Ableton Live. Só para o propósito desse tutorial usarei a Library original de fábrica que acompanha o pacote do Ableton Live Suite. Mas primeiro vá lá: (Browser>Instruments>Sampler)

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Clicando em “Zone” indicado pela seta laranja e oval verde, uma lista com os Samples carregados se revela (Sample Layer List), seta vermelha. Mais acima com o “Key” selecionado (retângulo amarelo) ao lado direito, nesse check mark amarelo, posicione o cursor do mouse bem em cima da Key Zone Ruler e com o botão direito clique!

Select Samples

Drop samples

Seguindo esse caminho (path) você encontrará o Sampler plugin. Basta arrastá-lo, como mostra a seta rosa, para algum midi track, ou, alternativamente, dê um duplo clique no plugin e ele vai criar uma track na área do Mixer. O Sampler (descrito detalhadamente em matéria anterior) tem uma capacidade de carga de até 128 Samples, portanto, vamos carregar da nossa Library original essa quantidade de Samples (Browser>Sample). Selecione com o cursor e a tecla shift esse número (128) de Samples (seta vermelha – abaixo). Então arraste esses samples (128) para um Audio Track (Ctrl + T para criar audio track) seta amarela. Observe que foram adicionados um total de 128 Slot Track que podem ser conferidos no Master Track, à esquerda (seta em azul). Então, em um processo similar, selecione os samples que você importou nesse Track usando o botão direito do Mouse em cima do Track Title Bar – sobre o nome da coluna de Slot Tracks – “Samples” (seta amarela), clique “Select Tracks Contents”.

para selecioná-lo (isso vai fazer o plugin aparecer na janela “Detail View” embaixo), dirija-se seguindo a seta em verde com o cursor e solte o botão em cima da área “Drop Samples Here” do Sampler plugin. Repare que o Sampler agora indica 128 Samples carregados e selecionados. Clicando em “Zone” indicado pela seta laranja e oval verde, uma lista com os Samples carregados se revela (Sample Layer List), seta vermelha. Mais acima com o “Key” selecionado (retângulo amarelo) ao lado direito, nesse check

Sampler setup

Como um passe de mágica tudo na coluna estará selecionado! Então, com o botão direito do mouse, clique no Slot 1 da coluna Samples (o primeiro) e, mantendo apertado o botão, movimente o cursor (branco) passando pelo Midi Track onde você abriu o plugin Sampler Plugin (seta amarela)

Sample Selecter


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Em vez de distribuir seus samples para cada Midi Note Key você pode usar “Sel” para selecionar Samples para o seu controlador.

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Óbvio que se você for carregar uma Library de Piano o processo anterior é mais indicado. Mas se você opera com controladores com poucos pads ou teclas, esse sistema é bem versátil em uma performance.

mark amarelo, posicione o cursor do mouse bem em cima da Key Zone Ruler e com o botão direito clique! Um submenu aparece. Então clique em Distribute Range Equaly (distribua uniformemente). Com esse processo descrito, cada Sample carregado estará habilitado e distribuído para cada Tecla ou Midi Note Key. Ou seja, dependendo do controlador MIDI que você usa, cada tecla ou pad tocará um sample diferente! Em vez de distribuir seus samples para cada Midi Note Key (para cada nota MIDI do teclado ou controlador) você alternativamente pode usar “Sel” (quadrado vermelho) para selecionar Samples para o seu contro lador. Pelo mesmo processo descrito acima para distribuir seus samples uniformemente, agora você poderá selecioná-los usando o Chain Selector (seta verde) para usar cada Sample para todas as teclas ou pads do seu controlador, como um preset.

DE VOLTA AO FOCO Essa barra cor laranja indicada pela seta verde, pode ser deslocada para direita ou esquerda livremente para selecionar os Samples carregados no Sampler Plugin que serão tocados em cada instância do seu plugin ao longo das notas do teclado, pad, botões ou outros. Pessoalmente, eu prefiro agrupar (Group) o device transformando tudo em um Intrument Rack para abrir mais possibilidades de controle. Clique no Device Title Bar com com o botão direito do mouse e selecione Group ou Ctrl +G. Após aplicar Group, com o cursor do mouse em cima do Sample Select Ruler (Ckeck Mark Amarelo), clique com o botão direito do mouse e selecione “Map to Macro 1”. Então clique no ícone indicado pela seta verde à esquerda para aparecer os botões de “Macro”.

Group

Macro

Map


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mapped

Girando o seletor para direita ou esquerda moverá a barra seletora, como mostra a seta lilás. Essa barra laranja agora tem uma pequena seta verde indicando que está mapeada!

Feitas essas preparações, você pode controlar pelo botão Macro a barra seletora. Veja o botão Macro (mapeado) realçado pela moldura vermelha, agora com o nome de Sample Selector. Está programado para selecionar um dos 128 Samples. Girando o seletor para direita ou esquerda moverá a barra seletora, como mostra a seta lilás. Essa barra laranja agora tem uma pequena seta verde indicando que está mapeada! Por falar em mapeamento (mapping), veja à direita acima que o Midi Map foi acionado (retângulo amarelo) e usado para mapear esse botão Sample Selector para se usar o MIDI Control CC1 via Modulation Wheel (barra laranja acima). Observe no botão Sample Selector (quadrado verde) com a indicação 1/1, confirmando o MIDI CC1. Com esse Setup eu posso mudar via Modulation Wheel entre os 128 Samples. Você pode usar qualquer parâmetro MIDI para mapear esses botões Macro!! Obviamente que, para um resultado profissional será exigido de você um

certo laboro na preparação de suas libraries. Recomendo também que você salve esses Groups como Instrument Rack (Browser>Instruments>Instruments Rack) em configurações variadas: Sequências Melódicas, Linhas de Baixo, Arpejos, Ritmos, Sequências Harmônicas, Sons Ambientes, Fxs etc. Dessa forma, você ficará com diversos Sample Instruments leves e uma infinidade de sons na palma da sua mão. E, claro, sua máquina agradece. É isso pessoal. Boa sorte a todos!

Para saber online

Facebook - Lika Meinberg www.myspace.com/lmeinberg


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X

Explorando a criatividade com o Como está seu processo criativo? Veja nesta matéria algumas dicas para você pensar no Logic Pro X como uma ferramenta para extravasar seu potencial criativo. Considere este artigo como nível: iniciante / intermediário.

LOGIC PRO

Vera Medina é produtora, cantora, compositora e professora de canto e produção de áudio

A

maioria das DAWS facilita transformar suas ideias musicais em um projeto. Muitas composições são iniciadas de forma estruturada, mas com a vasta gama de recursos atuais fica fácil começar uma música pela melodia e ir acrescentando instrumentos, efeitos etc e ao final obter alguns loops para poder montar um projeto. Trabalhar com loops

é uma realidade hoje em dia, mas se ficarmos somente neste estágio o projeto fica um tanto limitado. Esta matéria visa transformar sua música iniciada em loops em algo maior, considerando os estágios de mixagem e arranjo. Cada produtor tem uma forma de pensar nestes estágios. Alguns começam


1. ARRUMAÇÃO DO PROJETO • Ao iniciar um projeto tenha em mente que é melhor já diferenciar as trilhas desde o início o que facilitará seu reconhecimento. A ideia é, por exemplo, associar uma cor a um instrumento. Em inglês, há uma associação muito utilizada: Blue (azul) = baixo, green (verde) = guitarra, pink (cor de rosa): percussão, violet (roxo) = vocais. Seja qual for sua escolha, mantenha sempre o mesmo método. • Outra dica é verificar as partes isoladamente pensando em mixagem. Por exemplo, se você tem um bumbo somente no projeto, pode ser uma boa ideia dobrá-lo, escolhendo um outro sample para compor o som, deixando mais gordo. • Também a separação ou não de trilhas MIDI e de áudio pode facilitar a visualização. Entenda o que lhe parece melhor neste caso. • E, por fim, deixar algumas trilhas livres, mas já arrumadas no padrão determinado, pode facilitar o processo criativo. Se quiser incluir algo, basta utilizá-las sem perder muito tempo. • Arrume os nomes das trilhas e regiões. Fazendo isso você terá maior agilidade também no seu re-

conhecimento. Isto é válido principalmente se você estiver utilizando loops prontos. Mantenha o nome do loop de origem no campo de anotações e renomeie o sample.

2. NÍVEIS DE VOLUME E PAN • Pense em um processo contínuo de ajuste do volume e pan das trilhas. Ou seja, enquanto está produzindo, você pode ir adaptando os volumes e pan de forma a ficar cada vez mais próximo da realidade final. • A primeira medida básica é ter certeza que nada está clipando no projeto. Muitas vezes não é perceptível somente utilizando fones, por exemplo, então escute o que está produzindo numa caixa acústica. • Imagine a localização de uma banda num palco. Independente-

ficar os instrumentos que poderiam ser dobrados. Dependendo do estilo, temos algumas melhores práticas. Por exemplo, é comum na música eletrônica dobrar o bumbo ou o baixo. Já numa música instrumental, temos as cordas sendo bem posicionadas e muitas vezes dobradas para obter o timbre final desejado. • Pensar sempre em sua mix visualizando um palco imaginário possibilita ajustes dinâmicos. Por exemplo, se você tem duas guitarras num palco, precisa posicionálas em relação a algum outro instrumento, tendo sempre o palco como limite. Ou seja, noção de espaço é sempre necessária.

3. EQUALIZAÇÃO • A equalização em uma mixagem é tão importante quanto o tratamento de volumes e pan, pois per-

mixando desde o início do projeto e outros primeiramente pensam no arranjo antes de ter tudo ajustado em níveis de mixagem. Não há certo nem errado. Eu, por exemplo, prefiro ir ajustando a mix e depois penso mais no arranjo. Pois se tudo começa a soar bem é mais normal prosseguir com o projeto. Pensando desta forma, vamos seguir esta ordem: mixagem e depois arranjo. Vamos fazer uma lista com a explicação de cada fase dentro dos dois estágios citados:

Outra dica é verificar as partes isoladamente pensando em mixagem. Por exemplo, se você tem um bumbo somente no projeto, pode ser uma boa ideia dobrá-lo mente do estilo que se está produzindo, isto funciona muito bem na maioria das vezes para definir localizações e intensidades. Defina as posições das trilhas, por exemplo, o instrumento que está na frente deveria ficar ao centro das trilhas e assim por diante. • Feito isto, pense no pan e faça os ajustes pensando na localização (direita, esquerda, frente, fundo). • Um outro problema recorrente é o teste de fases. Muitas vezes não se ouve totalmente um instrumento por causa da inversão de fases. • Neste estágio, vale a pena identi-

mite também fazer alterações para ressaltar ou reduzir as frequências graves, médias e agudas. • Geralmente utilizamos a equalização de uma forma bastante sutil, se não queremos afetar demasiadamente um som. Utilizamos partes do espectro de equalização que podem estar meio escondidas na mixagem a fim de prover energia e preencher alguns espaços vazios na mixagem. É importante que sua mix respire, ou seja, combine energia com dinâmica. Pense sempre no todo, pois ao equalizarmos, muitas

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vezes, alguns instrumentos ficam muito ou pouco ressaltados individualmente. Mas no final, é o todo que importa.

4. EFEITOS

Uma boa prática antes de adicionar efeitos é guardar uma cópia sem efeitos. Inclusive para cada etapa explicada é possível criar uma cópia do projeto com a função Alternative do Logic Pro X.

• A inclusão de efeitos tem que ser muito sutil para que a mix não sofra com excessos e distorções. Utilize chorus para dar mais peso a uma trilha, compressão, etc, mas tudo numa escala menor do que se pensaria num estágio de masterização. • Uma boa prática antes de adicionar efeitos é guardar uma cópia sem efeitos. Inclusive para cada etapa explicada é possível criar uma cópia do projeto com a função Alternative do Logic Pro X. • O uso de efeitos precisa ser muito bem considerado. Quando iniciei na produção, assim como a maior parte dos produtores, utilizava muitos efeitos. Muitas vezes eu perdia a noção do que pensava que seria o projeto. Minhas ideias haviam se tornado algo muito diferente. Tenha sempre este cuidado ao utilizar os efeitos. O que temos depois desta etapa é a fase de Arranjo. Com essa mixagem inicial baseada em alguns loops meramente ordenados, temos que avançar agora para a concepção final da música. Tenha foco no estilo do projeto. • Considere a quantidade de loops que conseguiu desenvolver e copie estes loops de forma a ter uma estrutura completa dentro da duração da música. Geralmente, considerando estilos de música pop, consideramos uns 4-5 minutos no total. • Pense em marcar as seções do projeto. Por exemplo, introdução, parte A, parte B, chorus, final.

• Agora utilize a variação, construindo cada parte de acordo com sua função. Se temos uma introdução, veja quantos instrumentos seriam necessários. Isso tem a ver com a dinâmica da música e sua finalidade. Uma música mixada por um DJ tem que ter alguns compassos somente com a bateria para possibilitar a mixagem em tempo real. Uma música popular geralmente possui poucos compassos antes de apresentar o tema central. • A automação pode ser aplicada nesta etapa também. Procure utilizar fades (in e out), automações para criar dinâmicas, em efeitos, volume e tudo mais. • Corte partes de loops, esvazie e preencha espaços até que sua música tome uma forma definida. Estas são dicas para você pensar no Logic Pro X como uma ferramenta que venha a possibilitar a evolução do seu processo de criação e composição. Por isso, não abordamos técnicas específicas, mas a forma de pensar. Por este mês é isto, na próxima edição vamos ver como fazer algumas coisas na prática.

Para saber online

vera.medina@uol.com.br www.veramedina.com.br


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Cada dia mais profissionais da área musical se tornam mais atuantes no mercado audiovisual. E não imagine que estamos falando apenas da produção de trilhas sonoras para TV e cinema.

TRABALHOS COM VÍDEO NO PRO TOOLS Cristiano Moura é produtor, engenheiro de som e ministra cursos na ProClass-RJ

C

ONFIGURAÇÕES E FUNÇÕES

Sonoplastas, artistas de foley, sound designers, editores de diálogo, dubladores são algumas outras atividades que músicos e produtores musicais estão se aventurando e se desenvolvendo rapidamente. Mais que isso, hoje temos uma série de profissionais de áudio que trabalham em paralelo na área de vídeo, realizando trabalhos como assistente de edição, editor, finalizador, colorista etc. Neste artigo, vamos entender o que podemos esperar do Pro Tools para os tra-

Fig. 1A - Pro Tools informando em vermelho o Frame rate incorreto

balhos com vídeo, ver suas configurações e algumas funções que são especialmente importante para qualquer produção de som que esteja atrelada à imagem.

CAPACIDADES E LIMITAÇÕES DO PRO TOOLS O Pro Tools convencional permite que o usuário tenha apenas um arquivo de vídeo na sessão. O sistema de reprodução de vídeos aceita vídeos em SD e HD, compactados com codificadores mais populares como o h.264 e codificadores mais profissionais como o Avid DNxHD. Impor-

Fig. 1B - Frame Rate configurado corretamente


velocidade errada e toda sua produção de áudio vai ficar fora de sync na entrega. Veja na figura 1A que na pista de vídeo temos o frame rate indicado em vermelho. Isto indica que o frame rate da sessão está incorreta. Na figura 1B, já vemos o setup corrigido. Bem, então vamos ver como fazer este setup. Precisamos saber qual o frame

tante entender que o vídeo é reproduzido no Pro Tools convencional, mas não há nenhuma capacidade de edição. Para estes casos, é preciso partir para o Pro Tools HD, solução de grande porte da Avid, onde o usuário ganha a possibilidade de colocar mais de um vídeo na sessão, e também mais de uma pista de vídeo na Edit Window.

O Pro Tools convencional permite que o usuário tenha apenas um arquivo de vídeo na sessão. O sistema de reprodução de vídeos aceita vídeos em SD e HD

Ainda assim, há limites, pois o Pro Tools não é um editor de vídeo. Por exemplo, apenas um vídeo pode tocar de cada vez. O usuário também poderá realizar edições básicas nos vídeos, cortar trechos, deletar, copiar ou aparar.

PREPARANDO A SESSÃO PARA RECEBER UM VÍDEO Do mesmo jeito que o áudio pode ser gravado em 44.1, 48, 96kHz etc, o vídeo é gravado em quadros por segundo. Os termos em inglês “frame rate” ou “FPS” também são usados com frequência. Se o Pro Tools não for configurado corretamente, o vídeo vai tocar na

Fig. 2 - Descobrindo o frame rate do video via Quicktime Player

rate do vídeo e configurar o Pro Tools para não haver nenhuma disparidade na reprodução. Para isso, você pode abrir o vídeo em algum reprodutor como o QuickTime movie e acessar as propriedades do vídeo. O atalho é Command (mac)/ CTRL(win)+i. (Fig. 2.) No Pro Tools, vamos configurar com o mesmo valor, acessando o menu setup > session setup (Fig. 3). No segundo campo, vemos a opção de frame rate.

OPÇÕES DE VISUALIZAÇÃO Por padrão, o Pro Tools apresenta pequenos quadros no clip de vídeo (thumbnails) (Fig. 4A) para ajudar o usuário a se localizar, mas isso consome um pouco da CPU e nem sempre é necessário. Então, recomendo acessar o Track View Selector e mudar para Blocks, Fig. 4B. Para ver o vídeo, usamos o menu Window > Video. A janela que se abre tem tamanho ajustável, bastando apenas clicar no canto inferior esquerdo e arrastar para redimensioná-la. O ideal seria ter um segundo monitor sempre para este tipo de trabalho, mas sabendo que

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Fig. 3 - Configurando Pro Tools Session Setup

Fig. 4A - Track View em Frames

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Fig. 4B - Track View em Blocks

Timecode Burn-in é o termo que usamos quando recebemos um vídeo com timecode impresso na imagem. Ele serve de referência para garantirmos que o Timecode do Pro Tools coincide com o Timecode do editor de vídeo.

muita gente trabalha apenas em um laptop sem segunda tela, é essencial memorizar o atalho Command (mac)/ CTRL(win)+9 que abre e fecha esta janela. Com atenção ao detalhe de que o “9” tem que ser pressionado no teclado numérico.

CONFIRMANDO O TIMECODE Timecode Burn-in é o termo que usamos quando recebemos um vídeo com timecode impresso na imagem. Ele serve de referência para garantirmos que o Timecode do Pro Tools coincide com o Timecode do editor de vídeo. Basicamente, precisamos então fazer um processo manual, de alinhar o time-

Fig. 5 - Configurando o Nudge para 1 Frame

code do vídeo com o timecode do Pro Tools. Existem mil maneiras de fazer isso, mas veja uma maneira bem simples utilizando funções nem tão conhecidas, mas muito úteis: Nudge, Sync Point e Spot Mode. Primeiro, ajuste o valor do Nudge para 1 Frame (Fig. 5). Se você não vê esta opção, confirme que está usando “Timecode” como unidade de medida. O Nudge serve para o usuário andar com o cursor em valores pré-determinados (no nosso caso, 1 frame), utilizando as teclas de soma (+) e subtração (-) no teclado numérico. Agora coloque o seu cursor no primeiro frame do vídeo e observe o valor do Timecode impresso no vídeo (Fig. 6A). Agora, vamos mudar para o modo “SPOT” (Fig. 6B) e clicar no clip de vídeo com a ferramenta Grabber (Fig. 6C). Na caixa de diálogo que aparece (Fig. 6D), na coluna “Start Point”, basta inserir o Timecode que você vê no vídeo e pressionar ok para confirmar. Neste momento, você deve ver o vídeo com o Timecode impresso 100% alinhado com o timecode da régua de tempo do Pro Tools (Fig. 7).


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Fig. 6 - Configuracao de Timecode

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EXPORTANDO SEU PROJETO Além do Bounce to Disk, que usamos para exportar a mixagem completa da sessão como um arquivo único, você pode ser solicitado a entregar de outras formas. Pelo mesmo menu File > Bounce to…, temos a opção “To Quick-

(Stems) de acordo com alguma lógica de grupo. Exemplos comuns são submixagens de diálogos, efeitos e música (trilha sonora). Para estes casos, temos duas opções. A primeira é pressionar o solo em todas as pistas de diálogo, por exemplo, e mandar fazer o Bounce to Disk. Depois basta re-

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Fig. 7 - Timecode alinha com Pro Tools

Também é possível que o editor de vídeo queira ter acesso e alguma flexibilidade da mixagem, e peça para você exportar submixagens

time…”. Ou seja, é possível exportar o vídeo combinado com o áudio que você produziu de uma só vez, sem precisar passar pelo editor de vídeo. Também é possível que o editor de vídeo queira ter acesso e alguma flexibilidade da mixagem, e peça para você exportar submixagens

petir o processo com os canais de efeitos e, mais uma vez, com os canais de música. Ou seja, executar três vezes a função Bounce to Disk. Outra opção é que podemos fazer um endereçamento dividido por categoria e gravar em novas pistas de áudio. A vantagem é fazer três “bounces” de uma só vez. Para isso,

Fig. 8 - Enderecamento para gravacao de Stems

precisamos enviar os canais de diálogos para um mesmo Bus via Send. Mantenha o nível do Send zerado e a opção “pré” desligada. Faça a mesma coisa com os canais de efeitos e também com os canais de música. Feito este endereçamento, podemos criar três novas pistas de áudio e atribuir para cada uma delas o Bus criado anteriormente (Fig. 8). Por fim, basta colocar para gravar o sinal. E, com isso, vamos ficando por aqui. Abraços e até a próxima!

Para saber online

cmoura@proclass.com.br http://cristianomoura.com


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LEITURA DINÂMICA| www.backstage.com.br 64 Evento em Apucarana, no Paraná, cresceu vinte e cinco por cento em relação ao ano passado.

SEMINÁRIO

ONEAL 2016 redacao@backstage.com.br Fotos: André Carrale / Nelson Cardoso / Divulgação

E

ntre os dias 02 e 08 de agosto, o Clube 28 em Apucarana, foi palco da versão 2016 do tradicional seminário anual de áudio promovido pela empresa paranaense Oneal. Nesta versão, que contou com a participação de cerca de 250 pessoas, houve algumas inovações,

iel Fernando Gabr

como a presença dos palestrantes Joel Brito (AES) e Ricardo Santana (100dB) e uma visita técnica a uma igreja para conhecer o sistema de sonorização do templo. Segundo a diretoria da Oneal, eventos de capacitação dos usuários dos produtos são de suma importância para a


Treinamento para montagem das caixas acústicas do Line Array

Show do 14Bis no encerramento do evento

perfeita instalação e o uso correto. “É um investimento que toda a indústria deveria fazer. E a Oneal, mesmo neste momento de dificuldade econômica, aumentou o investimento no evento, em relação aos anos anteriores. A prova do resultado foi um aumento em 25 por cento nos participantes e o acréscimo de mais um dia” ao evento. A programação do primeiro dia incluiu uma Reunião

da Terça Técnica do Paraná, com o tema: Procedimentos em áudio. Os moderadores foram Sergio Poppi Banda Metrópole (PR) - Diogo Poppi - Diretor técnico City Celebration (PR) - Marcel Beira, Técnico PA da Dupla Cacio e Marcos (PR) - Tiago Amaral, técnico de monitor PP&A PR – e Hebert Brito, Megasom (MT). Já no segundo dia, além de um seminário de abertura, os participantes

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LEITURA DINÂMICA| www.backstage.com.br 66

Almoço com a tradicional costela de chão

É um investimento que toda a indústria deveria fazer. E a Oneal, mesmo neste momento de dificuldade econômica, aumentou o investimento no evento, em relação aos anos anteriores

Ricardo Santana na palestra “Microfones, Tipos e Usos”

Joel Brito (AES) nas palestras sobre “O Papel da AES no Mercado de Áudio” e “Aterramento”

puderam assitir a palestras com os temas Softwares de Simulação - Lançamento do software de simulação da linha Vertical Array da Oneal, com Fernando Gabriel, Microfones - Ricardo Santana 100DB (Consultor Kadosh), Diagrama polar e posiciona-

Visita técnica ao Santuário São José (Apucarana)

Término da montagem do Line Array

mento de caixas, Cabeamento e Procedimentos na instalação, Introdução ao Alinhamento, com Fernando Gabriel, Processamento, e uma visita técnica ao Santurário São José, em Apucarana. O último dia fechou com uma palestra sobre Aterramento, com Joel Brito, Sub Woofer, soluções em montagem de subwoofer para instalações, Montagem prática de sistema de PA externo - Alessandro dos Reis e Fernando Gabriel, além de uma audição de PA Outdoor e PA indoor. O encerramento do evento foi com show do 14 BIS, Apresentação palco externo de Nyl Lops, Luciano Magno, Celso Pixinga, Du Manchini e Banda.


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REPORTAGEM | www.backstage.com.br 68

Pela primeira vez na história, a Prolight + Sound Shangai traz para a feira marcas de renome e visão de negócios diferenciada para o mercado de gravação na Asia.

PROLIGHT

+SOUND

redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação

S H A N G A I

terá nova zona de negócios

O

s eventos serão focados principalmente no segmento de produção musical. Um grande número de empresaschaves da indústria se comprometeu com a nova área Recording and Production Zone nesta edição da Prolight+Sound Shangai, que acontecerá nos novos halls N1 a N3, no Shangai New International Expo Centre, entre os dias 26 e 29 de outubro. Para complementar o novo local, uma grande variedade de seminários, demonstrações ao vivo e um estúdio de som funcionarão em conjunto para oferecer uma plataforma de negócios para o segmento de mercado de gravação em expansão. De acordo com o IMS Business Report 2016, publicado pelo The International Music Summit, o valor da indústria da música eletrônica global faturou US$ 7,1

bilhões ano passado, um salto de 60% comparado ao ano de 2012. As regiões com maior crescimento significativo incluem novos mercados na Asia e América do Sul. Com o objetivo de expandir seus negócios no mercado asiático, marcas líderes de indústria de gravação e produção, incluindo Ableton, ADAM, AKG, Apogee, Avid, Audiotechnica, BBL, Behringer, Beyerdynamic, Canare, Cymatic audio, Dbx, Digitech, DPA, Eventide, Focal, Focusrite, Gibson, Heritage audio, Iso acoustics, JBL, JD Sound, KRK, Milab, MOTU, Native Instruments, Neutrik, Novation, PMC, Point Source, Radial, RME, Rupert Neve, Rycote, sE, Sennheiser, Soundcraft, Studio Project, Superlux, Takstar, Tascam, T.c.electronic, Tree audio, Tubetech e Universal Audio vão mostrar inovações e expertise na Recordion and Production Zone. A Digital media Technology Co LTD (DMT) é um dos expositores desta


nova área e vai ressaltar uma gama de marcas no estande. Ken Chang, gerente de marketing da empresa acredita que o mercado de produção e gravação é bastante promissor. “Como os produtos de gravação e produção são os principais negócios, esperamos manter contato com consumidores alvos e profissionais dos setores de gravação, áudio e produção musical nessa feira de Shangai, e aumentar a exposição da Native Instrumente no mercado do leste chinês”.

Mark Feng, da Great Wall Audio / Musical Instruments Co Ltd também divide esse mesmo sentimento. “O mercado de gravação está crescendo progressivamente e esperamos conhecer mais clientes desse setor ao participar da Recording and Production Zone. Vamos lançar novos produtos incluindo interfaces de áudio, microfones e preamps durante a Feira”.

EVENTOS SIMULTÂNEOS ...serão focados em produção sonora Experts da indústria, instituições de

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REPORTAGEM | www.backstage.com.br 70

Seguindo o sucesso do ano passado, o fórum retornará nesta edição com mais experts e mestres. Um dos palestrantes será Andrew Levine, diretor do departamento de produção musical e composição da VDT (German Sound Engineers Association)

gravação e marcas líderes apresentarão as mais recentes tendências em desenvolvimento nas áreas de som e produção por meio de um conjunto de tecnologia, fóruns, demonstração de produtos e estúdios de sonorização.

FÓRUM DE TECNOLOGIA DE GRAVAÇÃO (Recording Technology Forum) Seguindo o sucesso do ano passado, o fórum retornará nesta edição com mais experts e mestres. Um dos palestrantes será Andrew Levine, diretor do departamento de produção musical e composição da VDT (German Sound Engineers Association) e que explicará as mais recentes tecnologias em microfones e conversão digital para analógico em estúdios de gravação. A inauguração do Comitê de Engenheiros de Gravação da China Association of Recording Engineers será durante a feira.

FORUM INTERNACIONAL ...de Tecnologia Sonora para Filmes e Produções Musicais 2016 Co-organizado com o Comitê de Audio Profissional da China Society of Motion Picture e Television Engineers (CSMPTE) e marcas líderes, o fórum será voltado para aplicação de produtos e tecnologia de gravação e produção para filmes e televisão.

SOUND @ PLSS STUDIO Os participantes podem criar suas próprias mixes e sons usando os mais recentes produtos de gravação e tecnologia de importantes marcas durante a PlSS, na área de demonstração de produtos, apoiada pela media online chinesa Midifan. A Recording e Production Zone estará localizada no Hall N1 e é próxima do Hall de Instrumentos Eletrônicos da Music China. Vai oferecer sinergia e interatividade com os setores relacionados.

Para saber mais Prolight + Sound Shangai, visite www.prolightsound-shanghai.com Confira as datas das próximas edições da Prolight + Sound: Prolight + Sound Middle East: 31 Outubro – 2 Novembro 2016, Dubai Prolight + Sound Guangzhou: 22 – 25 Fevereiro 2017, Guangzhou Prolight + Sound: 4 – 7 Abril 2017, Frankfurt


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VITRINE ILUMINAÇÃO| www.backstage.com.br

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OVATION E-260WW www.chauvetprofessional.com Quem disse que não se pode ter o melhor dos dois mundos? Com o novo equipamento E-260 WW, os usuários não precisam mais sacrificar luminosidade para ter a eficiência da tecnologia LED. Com o mais brilhante LED elipsoidal do mercado, o novo equipamento Ovation tem uma saída que excede até mesmo o elipsoidal HPL 750W. Unindo eficiência e o melhor da luminosidade, o produto também tem 50,000 horas de fonte de LED a um custo muito baixo de manutenção. O Ovation E-260WW foi desenvolvido para produzir um campo de luz morna, com um ligeiro pico central, tornando-o ideal para a projeção crisp bem definida e aplicações de wash no palco. Ao aumentar a sua versatilidade, o equipamento funciona com todas as lentes Ovation, bem como todas as lentes elipsoidais padrão de outros fornecedores.

SPIKIE® 72

www.robe.cz O Spike é um pequeno e super rápido LED WashBeam, que utiliza uma fonte de luz de 60W RGBW com um design especial e lentes frontais de 110mm que produzem um beam sólido. O dispositivo elétrico aproxima rapidamente desde um ângulo soft de 28° até um beam com feixe mais afiado de 4°, produzindo dois impressionantes efeitos. O novo e inovador Efeito Flower cria picos coloridos afiados da luz, girando em ambas as direções com velocidade variável. Além disso, um efeito motor único transforma o feixe de saída em um raio dinâmico de três feixes estreitos, criando um novo efeito visual para o show. A alternância contínua pan e tilt dá novos elementos dinâmicos em todo o palco. O Spikie é um acessório muito compacto, pesando apenas 7,3 kg, que pode ser pendurado em qualquer posição. Ele é fornecido com um suporte Omega e está disponível também em oito vias.

MAVERICK MK2 SPOT www.chauvetprofessional.com Lançado na Frankfurt Prolight + Sound 2016, o equipamento teve uma ótima recepção. A luminosidade incrível e precisão, fazem do Maverick MK2 Spot um novo conceito em moving head LED spots. Movido por um motor superpotente de 440W, o aparelho possui um sistema de mistura de cores CMY+CTO, dois slots de rotação de 6 posições e rodas de gobos, roda de 7 posições de cor branca, frost variável e 3 prismas facetados. Tudo isso projetado para entregar um sistema que conta com ângulo variável de 13° a 37°. Para controlar o Maverick MK2 o usuário tem a opção do DMX, ArtNet, sACN, ou ainda pelo WDMX. Outra característica, é que ele pode receber via Art-Net e enviar via DMX, simplificando a vida do usuário.


KREIOS G1 http://www.gobos.com.br O Kreios G1 é pequeno, leve, elegante e potente. Projeta imagens artísticas, fotografias e logotipos em lojas, vitrines, recepções, igrejas e áreas públicas, chamando a atenção para o local da projeção. Tem um mínimo consumo com alto rendimento, lâmpada LED Osram de 20W, fluxo luminoso: 800 lm, temperatura de cor: 6000K, vida útil da lâmpada: 30.000 horas. Tensão de alimentação: 100~240V 50/60Hz, ecologicamente correto. Tem medidas de 375 x 192 x 75 mm (LxAxP) e peso de 1,5 kg. Outras caracteríticas do produto é que ele aceita Gobos metálicos ou de cristal em preto & branco ou coloridos e a lente permite ajuste fino de foco. O Kreios G1 é bivolt automático, ou seja, ligou, projeta, possui alojamento magnético para fácil troca de Gobos. Ajuste de ângulo vertical de 120° e Horizontal de 270°. Funciona diretamente apoiado sobre qualquer superfície ou fixado em forros ou paredes.

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ILUMINAÇÃO A evolução da iluminação cênica passou, naturalmente, pelo processo de desenvolvimento das lâmpadas, luminárias, efeitos, recursos de estrutura e infraestrutura, instalados nos teatros e outros espaços utilizados para os espetáculos e apresentações culturais.

CÊNICA EVOLUÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO NAS ESTRUTURAS DE ILUMINAÇÃO CÊNICA Cezar Galhart é técnico em eletrônica, produtor de eventos, baixista e professor dos Cursos de Eventos, Design de Interiores e Design Gráfico do Unicuritiba e pesquisador em Iluminação Cênica.

P

ara o suporte e estruturação, além das características e elementos associados às particularidades de cada espaço, termos como barras, traves, torres, varas, treliças e contrapesos passaram a fazer parte do vocabulário e do cotidiano dos profissionais envolvidos com a produção e com a iluminação dos eventos, shows e encenações. Nesta conversa, particularmente, um elemen-

to central na configuração do ‘quebracabeças’ dos projetos de iluminação será abordado, com aspectos históricos e técnicos: as treliças, traves, truss. Na iluminação cênica, o êxito de um projeto pode se relacionar às escolhas e aplicações, percebidas pelas interações cênicas e qualidade estética final. Nesse contexto, muitos elementos são percebidos – além da própria luz e suas per-

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Na iluminação cênica, o êxito de um projeto pode se relacionar às escolhas e aplicações, percebidas pelas interações cênicas e qualidade estética final.


Figuras 1e 2 - Fontes: Bjurström JR Clancy / Divulgação

trapeso no teatro austro-húngaro, no fim do século XIX. Mas, até a segunda década do século XX, as soluções se restringiam geograficamente, pois não havia a produção de estruturas em série e limitação nos sistemas de

cepções e interferências. Dentre eles, a estrutura da iluminação tem um comportamento peculiar, pois pode tanto ser utilizada como mais um componente cênico – e assim, estético – como pode revelar vulnerabilidades –

Em muitas situações, definitivamente, não há possibilidade de escolhas para as estruturas disponíveis.

relacionadas às condições de montagem e configuração do projeto realizado, ou mesmo, às próprias escolhas. Em muitas situações, definitivamente, não há possibilidade de escolhas para as estruturas disponíveis. Na história da iluminação cênica, apenas como exemplificação, o desenvolvimento das estruturas sempre esteve alinhado com as tecnologias e limitadas às instalações, mais especificamente para os teatros até praticamente a metade do século passado. O mais significativo desenvolvimento ocorreu a partir do século XVII – com as inovações do projetista italiano Giacomo Torelli – culminando com a implementação de sistemas de con-

transportes para os equipamentos – mobilidade e comercialização. O contrarregra americano John Clancy foi precursor na produção e industrialização de soluções para os teatros. Com sua empresa, J.R. Clancy, popularizou algumas de suas inovações, tais como roldanas e cortinas corta-fogo automatizadas, e permitiu o acesso aos sistemas de contrapeso para diversos espaços, tais como teatros e cinemas. Se nos teatros o desenvolvimento de estruturas atingia uma maturidade tecnológica, certa estabilidade para a fixação de sistemas de iluminação e outros recursos cênicos, as estruturas de instalação para outros

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Na segunda turnê nos Estados Unidos, no verão de 1965, os The Beatles se apresentaram em anfiteatros abertos, estádios de beisebol e outros espaços multiusos, iluminados com as estruturas de iluminação daqueles locais – com refletores e torres similares àqueles utilizados na iluminação pública de vias de acessos.

Figura 3 - Fonte: Stones Planet Brazil / Divulgação

locais acompanharia a evolução de soluções para outras áreas. Na segunda turnê nos Estados Unidos, no verão de 1965, os The Beatles se apresentaram em anfiteatros abertos, estádios de beisebol e outros espaços multiusos, iluminados com as estruturas de iluminação daqueles locais – com refletores e torres similares àqueles utilizados na iluminação pública de vias de acessos. No fim da década de 1960, os memoráveis festivais realizados naquele período foram

Figura 4 - Fonte Denis McCoy / Divulgação

produzidos com estruturas adaptadas a partir dos recursos disponíveis para a construção civil, além de treliças utilizadas para antenas de rádio – geralmente treliças triangulares, mas inadequadas para as configurações de traves horizontais –, sendo as luminárias instaladas – as primeiras luminárias PAR 64 – com equipamentos de elevação usados para a instalação de sistemas de ar-condicionado. As primeiras estruturas utilizadas em turnês – aqui, considerando-se as parti-


como também inserindo essas estruturas, em muitos casos, na composição cênica aparente. Mesmo com a introdução dos sistemas especializados de Box Truss para a produção cênica na primeira

específico de treliça que foi eternizada como ‘swing-wing’ - um sistema no qual os instrumentos de iluminação cênica e dispositivos permaneciam fixados no interior da armação, enquanto as laterais

cularidades de portabilidade, capacidade para a fixação de refletores para a iluminação cênica, ajustes de altura e angulação – foram desenvolvidos por Chip Monck, Peter Feller e Bernie Wise para a turnê de 1972 da banda inglesa The Rolling Stones, sendo construídos pela empresa americana Gallaway Company. As soluções desenvolvidas por essa empresa consistiam de estruturas retangulares para a acomodação de barras, onde se fixavam as luminárias por meio de garras. Com a flexibilidade possibilitada com a configuração dos sistemas de Box Truss, tornou-se exequível a elaboração de mapas de luz em formatos e representações poligonais ou alinhadas em angulações, proporcionado mais versatilidade para as propostas de iluminação sob diversos planos de projeção da luz,

As soluções desenvolvidas por essa empresa consistiam de estruturas retangulares para a acomodação de barras, onde se fixavam as luminárias por meio de garras.

metade dos anos de 1970, foi no fim daquela década que Michael Tait – visionário lighting designer australiano, engenheiro por formação - desenvolveu um sistema

eram articuladas para criar uma passagem mais segura para os ajustes de foco. A esse mesmo sistema, Tait adicionou um esquema distribuído de dimmers para cada circui-

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CADERNO ILUMINAÇÃO

Figura 5 - Fonte: Mubi / Divulgação

to ou grupo de luminárias, sendo uma solução voltada à otimização e, principalmente, segurança. Tait também foi o responsável pela idealização e desenvolvimento de estruturas verticais para a instalação de refletores PAR 64, dispostos em torres que viriam a ser chamadas de “Tait Towers”. Essas torres se transformariam

Padrões foram estabelecidos, em função de diversos aspectos – tais como capacidade de carga; adequação e ajustes com os instrumentos de iluminação

em referências para espetáculos e turnês únicos na transição para a década de 1980, pela configuração de estruturas treliçadas seriadas e conectados de ponta a ponta, cujos requisitos vinculados às expectativas de altura e peso, com conexões complementares que minimizariam os riscos, para falhas e acidentes.

As estruturas para shows e espetáculos teriam um desenvolvimento ainda mais significativo na década de 1980, mesmo que todas as premissas já fossem consolidadas nas décadas anteriores. Padrões foram estabelecidos, em função de diversos aspectos – tais como capacidade de carga; adequação e ajustes com os instrumentos de iluminação existentes e em produção; dimensões alinhadas com as demandas; resistência e durabilidade dos materiais; estudos e experimentação. Com isso, a indústria se especializou ainda mais, com a incursão de códigos e nomenclatura que se estabeleceram de maneira usual e corriqueira no dia a dia dos profissionais de iluminação cênica. Desde o clássico padrão Q30 (largura e altura de 30cm para treliças, com comprimentos diversos), assim como outros componentes, como cubos, talhas, dobradiças, flanges, bases, e outros elementos inseridos como complementos das estruturas principais – e que necessitariam de mais uma conversa para especificações e abordagens técnicas. Abraços e até a próxima conversa!

Para saber mais redacao@backstage.com.br


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LUIZ CARLOS SÁ | www.backstage.com.br 80

Sergio propôs a nós três um esquema bem simples: nos apresentaríamos separadamente, em três entradas, às terças-feiras, a troco de couvert artístico. Começaríamos a semana cultural do teatro cumprindo nosso papel de jovens valores, estando os fins de semana reservados para os nomes já dominantes da MPB, como Paulinho da Viola, Caetano, Gil, Nara e outros. Não esperávamos muito dinheiro, mas gostamos da ideia de estarmos juntos pelo menos uma vez por semana, mostrando nossas músicas num espaço

Memória

MUSICAL Nº6

Cantando nos anos de chumbo (3)

O TEATRO CASA GRANDE - 50 ANOS M

eu amigo Moysés Ajchenblat me liga: - Sá! O Casa Grande faz cinquenta anos em 2016. Precisamos comemorar! Moysés tem toda razão, precisamos comemorar o cinquentenário do histórico teatro carioca. Com esse chamado ele faz minha cabeça correr de volta para o passado, para o longínquo ano da Graça (ou da Desgraça, visto que em plena ditadura) de 1966, o segundo dos primórdios da minha carreira; para quando eu, Sidney Miller e Guarabyra fomos chamados por Sergio Cabral, pai, para uma reunião no recém-ainda-malconstruído Café Teatro Casa Grande, que o quarteto formado por ele, Sergio, junto com Moysés, Max Haus e Moysés Fuchs, tomara a peito erguer. Uma ideia maluca, naqueles tempos conservadores, um café-concerto, onde as pessoas - em mesas ao invés de poltronas – assistiriam performances diversas: teatrais, musicais, cômicas... a reinvenção de um caldeirão cultural mais que necessário, uma luz nas trevas daqueles que mais tarde seriam conhecidos como “anos de chumbo”.

que já parecia fadado ao sucesso, dada a criatividade da proposta. Ganhamos pouco, mas nos divertimos muito. Eram tempos de diferenças radicais, semelhantes às de hoje: “direita” e “esquerda& rdquo;, sem nenhum Centro. Pior: liberdades constitucionais detonadas, qualquer um de nós, jovens “compositores de protesto”, poderia ser preso a qualquer tempo e hora sem nenhuma justificativa que não a de oposição ao regime. A tortura ainda não havia mostrado sua cara feia, mas as prisões já sinistravam nossos melhores pesadelos. Com parentes e amigos nas forças armadas, minha situação era das mais ambíguas. Numa dessas noites de terça, convidei o padrinho de minha namorada, um coronel da reserva, a assistir meu show. Uma das músicas do meu setlist, “Dona Esperança”, falava da inutilidade da guerra e das medalhas post-mortem, do vazio do heroísmo, das pensões que não poderiam jamais consolar a perda dos pais de família. Foi demais para o velho Berenhauser, veterano da FEB na 2ª.


LUIZCARLOSSA@UOL.COM.BR | LUIZCARLOSSA.BLOGSPOT.COM

desânimo, disse-me que a velhice acovarda. Com o tempo pude depurar essa frase pessimista e perceber que naqueles dias faltou a nós a percepção de que não se pode confundir cautela, estratégia e precaução com covardia e medo. A juventude, então, nos foi excessiva. Enfim, o Casa Grande resistiu até mesmo, em anos recentes, à constru-

Guerra... ele levantou-se, indignado, e foi-se embora do teatro, para decepção da minha namorada, que acabou tendo que fazer um longo e duradouro meio-de-campo entre mim e o ofendido coronel. Mas nossas tertúlias continuaram. As de Guarabyra e Sidney Miller foram mais adiante e invadiram a seara teatral, quando eles e Joyce Moreno

Cheguei a decorar algumas músicas, fascinado pela inédita novidade de poder ver meus amigos de todos os dias transformados em personagens. – dirigidos por Paulo Afonso Grisolli, um vanguardista do mise-enscéne da época – participaram da montagem do hilário “Catiti, Catiti”, uma espécie de musical anárquico bem à moda dos 60. Eu fiquei de frequente espectador da peça, minha mesa de pista reservadíssima. Cheguei a decorar algumas músicas, fascinado pela inédita novidade de poder ver meus amigos de todos os dias transformados em personagens. Eu os invejava, sorrindo... Tudo isso passou por minha cabeça, enquanto eu conversava com Moysés. As desejadas noites de terça, o troquinho recebido depois dos shows e logo transformado em alguns drinques e sanduíches no Cervantes, onde amanhecíamos. Apesar da ditadura, vivíamos numa cidade de sonho onde nada parecia ter o poder de nos atingir, ilusão essa que desmoronaria de vez com o advento do AI-5 em 1968. Até hoje me espanto com nossa coragem e resiliência diante de uma força imensamente mais poderosa. Um dia meu pai, num momento de

ção de um shopping: o ânimo de Moysés e Max, sócios restantes, conseguiu fazer do que seria a demolição do teatro, sua definitiva ressureição. E hoje lá está ele, renovado, cinquentenário, merecendo de nós uma rara reverência: aquela devida a casas de cultura que recusam a morte e seguem seu destino apesar do crescimento incontornável das metrópoles, da decadência inevitável das ideias, do passar irresistível dos tempos. Convoco então meus colegas de profissão que passaram por aquele palco, em qualquer época ou ocasião, a responderem ao chamado do Casa Grande, ao chamado do nosso chão de todo dia. Venham comemorar conosco. Vamos nos juntar para dizer ao Rio e ao Brasil que ali no Leblon, no meio de um moderno shopping, guarda-se um pedaço da história da arte brasileira, da música, do teatro, do cinema, de tudo enfim que nos proporciona nos dias de hoje a liberdade de podermos cantar, dançar, atuar e falar do jeito que bem quisermos. Símbolos funcionam. E o Casa Grande é um deles.

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RELAÇÃO| www.backstage.com.br

Empresa ......................... Telefone ............... Home Page/e-mail .................................................... Pág AH Lights .............................. (21) 2242-0456 ......... www.ahlights.com.br ............................................................... 71 Arena Áudio Eventos ............. (71) 3346 -1717 ........ www.arenaaudio.com.br .......................................................... 23 Augusto Menezes .................. (71) 3371-7368 ......... augusto_menezes@uol.com.br ................................................ 27 Bass Player ............................ (11) 3721-9554 ......... www.bassplayerbrasil.com.br .................................................. 69 B&C Speakers Brasil ............. (51) 3348-1632 ......... www.bcspeakers.com .............................................................. 37 CSR Representações .............. (11) 2711-3244 ......... www.csr.com.br ....................................................................... 44 CSR Representações .............. (11) 2711-3244 ......... www.csr.com.br ....................................................................... 45

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D.A.S. do Brasil ..................... (11) 3333-0764 ......... www.dasaudio.com .................................................................. 33 DB Tecnologia Acústica ........ (51) 3718-2642 ......... www.dbtecnologiaacustica.com.br .......................................... 17

Anunciantes Backstage | setembro 2016

Discabos ................................................................... www.discabos.com.br .............................................................. 21 Expomusic ................................................................. www.expomusic.com.br ........................................................... 08 Festa Nacional da Música ......................................... www.festanacionaldamusica.com.br ........................................ 06 Gigplace Comunidade ............................................... www.gigplace.com.br ............................................................... 27 Gobos do Brasil .................... (11) 4368-8291 ......... www.gobos.com.br .................................................................. 41 Gospel Fair ............................................................... www.gospelfair.com.br ............................................................ 04 Guitar Player ......................... (11) 3721-9554 ......... www.guitarplayer.com.br ......................................................... 47 Harman ..................................................................... www.harmandobrasil.com.br ............................................ 3ªcapa HPL / FBT ............................. (11) 2088-9919 ......... www.hpl.com.br ...................................................................... 57 João Américo Sonorização .... (71) 3394-1510 ......... www.joao-americo.com.br ...................................................... 64 Modern Drummer ................. (11) 3721-9554 ......... www.moderndrummer.com.br ................................................. 59 Ninja Som / Soundcast ........... (11) 3550-9999 ......... www.ninjasom.com.br ........................................................ 2ªcapa Ninja Som / CAD Audio ........ (11) 3550-9999 ......... www.ninjasom.com.br .............................................................. 03 Ninja Som / RCF .................... (11) 3550-9999 ......... www.ninjasom.com.br .............................................................. 51 Oneal ..................................... (43) 3420-7800 ......... www.oneal.com.br ................................................................... 05 Open Smoke .............................................................. contatoopensmoke@gmail.com ............................................... 73 Powerclick ............................ (21) 2722-7908 ......... www.powerclick.com.br .......................................................... 31 Prisma / Harman ................... (51) 3711-2408 ......... www.prismaproaudio.com.br .................................................. 49 Prisma / DB Series ................ (51) 3711-2408 ......... www.prismaproaudio.com.br .................................................. 63 Proshows / Audio-technica ....................................... www.proshows.com.br ............................................................ 13 Robe .......................................................................... www.robe.cz ............................................................................ 79 Santo Angelo ......................... (11) 2423-2400 ......... www.santoangelo.com.br ......................................................... 09 Shure Brasil ............................................................... www.shurebrasil.com ........................................................ 4ª capa Sonotec ................................. (18) 3941-2022 ......... www.sonotec.com.br ............................................................... 07 Sonotec ................................. (18) 3941-2022 ......... www.sonotec.com.br ............................................................... 24 Sonotec ................................. (18) 3941-2022 ......... www.sonotec.com.br ............................................................... 25 SPL Alto-Falantes .................. (47) 3562-0209 ........ www.splaltofalantes.com.br .................................................... 55 Star Lighting .......................... (19) 3838-8320 ......... www.star.ind.br ........................................................................ 75 Tagima ....................................................................... www.tagima.com.br ................................................................. 29 Taigar .................................... (49) 3536-0209 ......... www.taigar.com.br ................................................................... 35 TSI ............................................................................. www.tsi.ind.br .......................................................................... 61


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