Edição 274 - Setembro 2017 - Revista Backstage

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Sumário Ano. 24 - setembro / 2017 - Nº 274

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Novo membro da Serie AT

O AT5047, da Audio-Technica é a mais recente adição à aclamada Série 50 da A-T (que contém o microfone vocal AT5040 e o microfone para instrumentos AT5045). O equipamento é um excelente microfone de estúdio, possui a mesma cápsula que o AT5040, mas com uma saída acoplada ao transformador e eletrônica otimizada. . .

NESTA EDIÇÃO

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O mercado musical vem mudando e, com isso, a forma de ouvir música e de divulgála. O serviço por streaming oferecido por plataformas como Spotify, Deezer e Apple Music vem moldando um novo comportamento do público no que diz respeito ao consumo de músicas e de shows ao vivo. Dessa mesma forma, o trabalho dos artistas vem sofrendo uma transformação na forma de divulgação, aquisição e remuneração.

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Vitrine Os cabos 2319 e 2524, da Mogami, foram desenvolvidos para aqueles que buscam melhor qualidade de som para seu instrumento. Construídos no Japão, os modelos possuem precisão inigualável.

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Confira as notícias mais quentes dos bastidores do mercado.

28 Gigplace Nesta nova série de entrevistas, histórias de profissionais do Backstage que, por meio de um trabalho sério e comprometido, conseguiram o seu devido lugar no mercado. A profissão deste mês é a de Gerente Sistemas de Unidades Móveis de Áudio - UMA, e o entrevistado é Markinhos Maluf.

Rápidas e Rasteiras A Izzo Musical acaba de lançar um novo catálogo contendo os lançamentos de produtos para 2017/ 2018. Marcas como Elixir, Timbra, SG, Dunlop, Remo, entre outras, compõem o novo guia.

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64 Vida de Artista Você vai cantar e tocar sozinho em um bar lotado, mas nunca muito alto: o gerente vai reclamar e dizer que você está atrapalhando a conversa dos fregueses. Some a isso um repertório não autoral de músicas que - goste você ou não – têm que estar no seu setlist porque estão na moda. Essa costuma ser a vida do músico da noite nos bares da vida.

Play Rec Com o CD e DVD Brasileiríssimo: Encontros, o Duo Barrenechea celebra seus 25 anos de carreira fazendo uma viagem pela música brasileira.

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Expediente

PLS Shangai - gravação e produção

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Com uma programação que promete dar mais ênfase à indústria de inovações, a Prolight + Sound Shangai 2017 também vai receber mais empresas internacionais e retorno de marcas consolidadas no mercado de entretenimento. O segmento volta a ocupar um espaço no Hall N1 do Shanghai New International Expo Centre e terá programação voltada para a indústria de gravação. . TECNOLOGIA .

Publicidade / Anúncios PABX: (21) 3627-7945 arte@backstage.com.br

52 Feira de SC

36 Line ST Serie Os três modelos da ST Series, da Staner, vêm ao encontro das necessidades dos usuários que precisam de um equipamento de line array econômico, versátil e que entregue um som de qualidade. DSP interno, compatibilidade com o sistema Ease Focus e Driver de titânio são algumas das características.

Entre os dias 4 e 6 de agosto, Florianópolis sediou a Música SC – Feira de Música & Negócios, feira regional do mercado de música e áudio. Lojistas de todo o Brasil, expositores, músicos e fãs dos artistas Paralamas do Sucesso, Frejat estiveram ali com o objetivo de fazer negócios e conferir de perto o que acontece no mercado.

. CADERNO ILUMINAÇÃO

56 Vitrine iluminação

Diretor Nelson Cardoso nelson@backstage.com.br Gerente administrativa Stella Walliter stella@backstage.com.br Financeiro adm@backstage.com.br Coordenadora de conteúdo Danielli Marinho redacao@backstage.com.br Revisão Danielli Marinho Colunistas: Cezar Galhart, Cristiano Moura, Gustavo Victorino, Jorge Pescara, Lika Meinberg, Luiz Carlos Sá, Ricardo Mendes e Vera Medina Ed. Arte / Diagramação / Redes Sociais Leonardo C. Costa arte@backstage.com.br Projeto Gráfico / Capa Leandro J. Nazário / Leonardo C. Costa Foto: Design by kjpargeter / Freepik

58 Iluminação cênica

O mais novo produto da ADJ´s foi lançando durante a DJ Expo, em Atlantic City, EUA. O moving head Pocket Pro oferece as mesmas características do seu predecessor, mais a flexibilidade de reposição de Gobo, e uma saída com ainda mais brilho.

Princípios e referências são algumas das principais proposições a serem consideradas no desenvolvimento de um projeto de iluminação cênica. No mapeamento de um palco, a organização dos elementos cênicos e estruturais dependerá de estudos e simulações, a partir de representações e percepções.

Webdesigner / Multimídia Leonardo C. Costa multimidia@backstage.com.br Assinaturas Maristella Alves PABX: (21) 3627-7945 assinaturas@backstage.com.br Coordenador de Circulação Ernani Matos ernani@backstage.com.br Assistente de Circulação Adilson Santiago Crítica broncalivre@backstage.com.br Backstage é uma publicação da editora H.Sheldon Serviços de Marketing Ltda. Rua Iriquitiá, 392 - Taquara - Jacarepaguá Rio de Janeiro -RJ - CEP: 22730-150 Tel./fax:(21) 3627-7945 / 2440-4549 CNPJ. 29.418.852/0001-85 Os artigos e matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. É permitida a reprodução desde que seja citada a fonte e que nos seja enviada cópia do material. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios veiculados.


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CARTA AO LEITOR | www.backstage.com.br

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Mudaram os anos…

e os meios de fazer comunicação

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m um passado não tão muito distante, ouvir música onde se quisesse ouvir, apenas fazendo uma conexão de internet parecia uma ideia pouco palpável e de difícil entendimento, no que se refere ao sentido técnico do processo. A tecnologia evoluiu, a internet se tornou mais acessível a boa parte da população mundial, e os meios de distribuição de música tiveram que se adaptar. Tal como um jovem de 20 anos que não sabe o que significa um telefone de disco, os nascidos na década passada também raramente manipulam um Compact Disc para ouvir música. Essa nova forma de ouvir música (e assistir vídeos ou filmes) trouxe mais um desafio aos artistas, gravadoras, editoras e meios de comunicação em geral. Afinal, o consumo ficou mais aleatório, a exigência por novidades mais pujante - o que necessariamente não reflete a exigência por qualidade de conteúdo visual ou sonoro – e a compra pelo conteúdo mais fragmentada. Essa quebra na cadeia artista-gravadora-consumidor ficou ainda mais evidente com o avanço da distribuição de música e outros conteúdos audiovisuais por meio de streaming. Nesse novo cenário, surge outro ator, encarnado na figura do provedor desse serviço por streaming. A introdução desse novo modelo de distribuição, que entrega conteúdo no dia, local e horário que o consumidor quer, além de dar poder a esse mesmo consumidor escolher “o prato” em um vasto cardápio, transformou não só a realidade e o modo de operação, como também alterou a forma de pagamento e remuneração do que se é produzido. O desafio maior, diante de outros obstáculos, talvez seja inovar também no que é oferecido, primando, principalmente pela diversificação desse conteúdo. Cada música, video ou áudio colocado na rede é como uma gota no oceano, e conseguir chamar atenção do público-alvo para essa gota é o diferencial entre o sucesso e o anonimato. Pense e boa leitura. Danielli Marinho

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ART3 MK4 www.rcf.it O novo modelo de falante ART3 MK4 tem a missão de entregar a melhor performance desta nova série de transdutores e melhorar ainda mais a qualidade com o revolucionário processamento FiRPHASE. A serie ART3 MK4 possui o conceito nascido há décadas atrás como primeiro RCF alto falante de duas vias. Ele se coloca como uma perfeita oção pra reforço de som ao vio e monitoração de palco bem como sistema de distribuição de som em clubes, locais de música e eventos corporativos. A tecnologia Class-D do amplificador entrega uma operação de alta eficiência e um equipamento de peso leve. As caracteristicas do amplificador incluem uma estrutura sólida mecânica de alumínio que não apenas estabiliza o amplifiador durante o transporte como também ajuda a dissipar o calor. O DSP integrado gerencia o processador do alto falante, os filtros FiRPHASE, os crossovers e os EQ, limitadores e os graves dinâmicos.

ROCKBASS REX BROWN www.warwick-distribution.de Video demo: https://www.youtube.com/watch?v=rD0wYmCDb7A O modelo Warwick Rockbass Rex Brown Artist Line estará disponível exclusivamente como um baixo de 4 cordas tanto na cor Black Burst Transparent High Polish ou Solid Black. O corpo é feito de madeira maple AAA no topo e alder na parte de trás, enquanto o pescoço é desenhado em maple. Outros detalhes adicionais são trastes Wenge, 24 frets jumbos com IF T – tecnologia fretwork invisível, inlays de prata, carcaça especial na 12o fret, pickups ativas EMG X (P pescoço e J ponte), 2 bandas eletrônicas Warwick ativas, e dois controles de volume (P/P para ativo/passivo) / balance / tremble bass.

MICROFONES SÉRIE 40 http://www.audio-technica.com A Audio-Technica lançou um novo sistema antivibração, disponível na cor preta (AT8449a) e prata (AT8449a/SV), para acompanhar microfones de captação lateral selecionados da Série 40 daqui em diante. Os novos recursos dos sistemas antivibração apresentam tiras de borracha aprimoradas para operação de longa duração e um projeto de suporte robusto para inserção fácil do microfone e encaixe seguro com molde que envolve o corpo do microfone. Os novos sistemas antivibração são coloridos para combinar com microfones selecionados da Série 40: o sistema antivibração AT8449a preto acompanha os microfones AT4033a, AT4040, AT4050 e AT4050ST; o AT8449A/SV prata acompanha os microfones AT4047/SV, AT4047MP e AT4080. Ambos os sistemas antivibração estão disponíveis.


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ALTO-FALANTE 24S www.decomacbrasil.com A 24S é um alto-falante passivo de 2 vias de alto desempenho que possui dois condutores de 12” em um gabinete Bass-Reflex com um driver de compressão de saída de 1,4". A disposição dipolar dos drivers de 12” resulta em controle de diretividade até aproximadamente 500 Hz no mesmo plano que o dipolo. Com uma resposta de frequência que se estende de 55 Hz a 18 kHz, o 24S pode ser usado como um sistema autônomo de gama completa, ou complementado com subwoofers d&b. Pode ser empilhado ou movido individualmente. O chifre HF rotativo pode ser girado em 90° para permitir a orientação horizontal. O 24S também pode ser fornecido em qualquer cor RAL. Esta opção de cor especial pode ser fornecida junto aos acessórios de rigging.

CABOS 2319/2524 https://www.ezaki.com.br/ Os cabos 2319 e 2524, da Mogami, foram desenvolvidos para aqueles que buscam melhor qualidade de som para seu instrumento. Construídos no Japão, eles possuem precisão inigualável e matérias primas de primeira qualidade. Com isso, a Mogami se destaca pela excelente transparência de resposta, baixíssimo nível de ruído e ótima flexibilidade. O modelo 2319 é geralmente utilizado para cabos de pedais, enquanto o 2524 é utilizado para cabos de instrumentos. Seja qual for o seu uso, os cabos de áudio da Mogami se destacam pela sua eficiência e versatilidade.


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Foto: Josh Brandão / Divulgação

álbum de aniversário

A Izzo Musical acaba de lançar um novo catálogo contendo os lançamentos de produtos para 2017/ 2018. Marcas como Elixir, Timbra, Vic Firth, SG, Dunlop, Dolphin, Vandoren, Remo, entre outras, compõem o novo guia, que funciona como referência de informações, produtos de alta qualidade e rentabilidade para o mercado musical. Os usuários podem visualizar, baixar ou mesmo enviar diretamente a um destinatário o catálogo completo ou os cadernos de cada marca separadamente pelo link http:// izzoweb.com.br/catalogo . Serão distribuídas versões em inglês dos cadernos de algumas marcas para os mais de 30 países da América Latina e Europa, nos quais a empresa atua. Essa ação faz parte das comemorações do primeiro centenário da Izzo, celebrado em 2018.

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Madonna lança

CATÁLOGO IZZO COM NOVOS PRODUTOS PARA 2018

SOMA DE TODOS OS ESTILOS

A cantora Madonna lançou em DVD o concerto Rebel Heart Tour, da histórica turnê, além de CD duplo e álbum digital. O álbum reúne 22 músicas da turnê Rebel Heart e foi gravado ao redor do mundo. O DVD traz apresentações ao vivo e imagens dos bastidores, além de cenas inéditas culminando com a performance na Austrália, no Sydney Qudos Bank Arena (anteriormente conhecido como Allphones Arena), em março de 2016. Madonna: Rebel Heart Tour também inclui imagens raras de Madonna:

Tears of a Clow, o exclusivo show feito em Melbourne, Austrália, para o seu fã-clube, apresentando música, arte e diversão. O show foi uma celebração do retorno de Madonna à Austrália após 23 anos. O DVD Madonna: Rebel Heart Tour foi co-dirigido por Danny B. Tull e Nathan Rissman, e ambos trabalharam extensivamente com Madonna durante a turnê e nas filmagens. O tracklist do vídeo e do álbum ao vivo Madonna: Rebel Heart Tour abrange todas as décadas da carreira superstar.

CONVITE PARA AUDIÇÃO DOS SISTEMAS D&B E IDEA Seguindo o conceito das feiras internacionais, a DECOMAC montará uma demonstração no Hotel Holiday Inn nos salões Araçá e Jacarandá onde os visitantes terão a oportunidade de ouvir os sistemas da d&b Audiotechnik e neste ano incorporando os sistemas da marca IDEA Pro Audio. A demonstração será nos dias 4 e 5 de outubro das 13 às 21 horas. Convites no estande da DECOMAC no Salão da Iluminação e Audio Pro, anexo à Expomusic.

Formada por três músicos jovens, Gustavo Pereira (voz, guitarra e bandolim), Marcelo Saboya (voz e baixo) e Tiago de Souza (bateria), o grupo Casoy surpreende na primeira audição. O instigante som do grupo é a soma de diversos estilos musicais, misturando diferentes influências sem se prender a um gênero específico. O trio consegue conceber arranjos completos, utilizando os instrumentos em total integração e dispensando complementos. Nos vocais, o grupo conta com as vozes de Marcelo Saboya e Gustavo Pereira, que se revezam na interpretação das canções. A banda está realizando o lançamento do disco Holofotes Ao Vivo, trabalho que desenvolve sobre o repertório do cantor e compositor João Bosco. Fazendo releituras de músicas consagradas (como Linha de Passe, Corsário, De Frente pro Crime) e também de outras canções do vasto repertório do artista, o Casoy tenta imprimir sua própria identidade através de arranjos originais, mas com total respeito às composições. O álbum, gravado ao vivo, conta com a participação de João Bosco nas canções Holofotes e O Bêbado e a Equilibrista.


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Foto: Abel Roma / Divu lgação Foto: Pablo Bustos / Divulgação

O DGTL Barcelona fechou sua terceira edição com mais de 35 mil participantes, cinco mil a mais do que a versão anterior. O festival aconteceu no Parc del Fòrum nos dias 11 e 12 de agosto e recebeu visitantes de 53 nacionalidades, incluindo França, Holanda, Alemaha e Bélgica, além de pessoas da própria espanha, incluindo Madri. O line up foi espalhado por 4 palcos, com nova distribuição e a imposição da AMP alocada no amfiteatro do Fòrum – onde aconteceram as performances de nomes consagrados da música eletrônica como

Fotos: Abel Roma / Divulgação

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DGTL Barcelona

Jeff Mills, Maceo Plex, Marcel Dettmann, Solumun ou Âme DJ, entre os quase 60 artistas que participaram. Outros destaques incluíram o aguardadíssimo b2b entre os pela dupla Michael Mayer e Kölsch. Os sets Optimo e Jennifer Cardini e o vibrante Red Axes, Fairmont ou Recondite deu o toque final a uma impecável programação. Fiel a sua filosofia calcada na sustentabilidade, o DGTL BCN casou seu line up com um programa de sustentabilidade inovador e de arte bastante ousada, ART & Revolution, com que procura reduzir

o impacto ambiental e produzir um público consciente de uma forma surpreendente e divertida de reciclar. O festival mais uma vez se autodeclarou vegetariano e foram instalados estandes especiais para transformar mais de 6 mil litros de urina dos participantes em fertilizante com base de fosfato, que será doado a fazendeiros de uma área próxima. O destaque na seção de arte foi o European premire of Supergrid, uma instalação do artista brasileiro Muti Randolph, bem como as instalações de outros artistas, espanhóis.


CADAC no Glade Stage

TRIBALISTAS TÊM NOVA FAIXA DIGITAL Após 15 anos de espera dos fãs, os Tribalistas - Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown - anunciaram seu novo álbum com o lançamento de quatro singles em uma transmissão ao vivo na página do Spotify no Facebook, no dia 9 de agosto.

PRETA GIL ASSINA COM SONY MUSIC

Trabalhando em conjunto com a Funktion-One, a empresa de locação Sound-Services Ltd. produziu um ambiente chamado Experimental Ambisonic Soundfield durante o Glade Stage no The Glstonbury Festival, um dos maiores eventos de música eletrônica. A Sound-Services disponibilizou sete consoles de som ao vivo para a FOH, de modo que o público pode apreciar a configuração ambisonica do sistema FunktionOne Evo. Abrangendo um sistema de FOH principial com quatro posições adicionais, as seis posições dos altofalantes foram dispostam em forma de um hexágono perfeito 36 metros de diâmetro para criar o campo de áudio. As 96 entradas, 56 buss das sete CDC proporcionam 36 fader, tela touch screen dupla de 23.5 polegadas e alto contraste com controle na superfície combinado com o CDC OS proporcionou um experiência operacional única e intuitiva. O diretor da Sound-Services, Curtis Gilmore afirmou que antes de operar a mesa, a equipe ficou um pouco nervosa por se tratar de um equipamento ainda desconhecido. Mas logo na sessão demo, ficou claro que o som puro e claro da CDC era perfeito para o festival de Glastonbury. A CADAC CDC tem seu distribuidor no Brasil: Decomac – Tel.: 11 3334 0791

A cantora Preta Gil oficializou no dia 16 de agosto sua entrada para o cast da Sony Music Entertainment Brasil, assinando contrato ao lado do presidente da gravadora, Paulo Junqueiro, e de seu empresário, Marcello Azevedo, da Liga Entretenimento. A artista, que já havia lançado na multinacional o DVD Bloco da Preta, agora leva para a nova casa o álbum de inéditas, que celebra seus 15 anos de carreira. Intitulado Todas As Cores e produzido por Batutinha, o projeto já apresentou o sucesso Decote, parceria de Preta com Pabllo Vittar, que está entre as dez faixas mais compartilhadas do Brasil e do mundo no Spotify e ganhará videoclipe na próxima semana. Com a contratação, a artista volta a integrar um elenco que inclui nomes como Jota Quest, Skank, Natiruts, Zezé di Camargo & Luciano e Roberto Carlos, além de Pabllo Vittar, com quem dividiu os vocais no primeiro single.

DAVID GILMOUR GRAVA EM POMPÉIA Gravado nos dias 7 e 8 de julho de 2016, David Gilmour – Live At Pompeii tem lançamento oficial marcado para 29 de setembro e mostra a volta do artista à arena às sombras do Vesúvio, 45 anos depois de sua primeira apresentação no local, em 1971, com Pink Floyd Live At Pompeii – clássico dirigido por Adrian Maben. Os concertos foram as primeiras performances de rock da história para um público no antigo anfiteatro romano, que foi construído em 90 A.C., e foi tomado por cinzas com a erupção do Vesúvio em 79 D.C. David Gilmour é o único artista a tocar para o público na arena desde o tempo dos gladiadores, há quase dois mil anos. O registro da apresentação foi gravado em qualidade 4K pelo diretor Gavin Elder e inclui destaques dos dois shows. O concerto é uma experiência audiovisual, trazendo a famosa e gigantesca tela cyclorama, assim como lasers, pirotecnia e performances impressionantes de uma banda renomada. O repertório do trabalho passa por toda a carreira de David Gilmour, incluindo as faixastítulo dos dois álbuns número 1 mais recentes do artista: Rattle That Lock e On An Island. Além disso, estão outros sucessos da carreira solo e clássicos do Pink Floyd, como Wish You Were Here, Comfortably Numb e One Of These Days.

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DANIELLI MARINHO | REDACAO@BACKSTAGE.COM.BR

STRATOMAN Sergio Diab

BRASILEIRÍSSIMO Duo Barrenechea

O compositor, guitarrista e produtor musical Sergio Diab Stratoman lança o segundo CD da carreira, intitulado Siempre True Siempre Blue. O disco é uma produção independente, com distribuição da Warner Chappell e traz a participação de importantes músicos como o guitarrista Richard Bennett, Dan Dugmore, Lui Coimbra, Sacha Amback. Nascido e criado em Copacabana no Rio de Janeiro, Sergio Diab é um guitarrista de formação blues/rock, produtor musical, compositor. Líder da banda de progressivo Zaragatha nos anos 80, gravou e tocou com Bruno Nunes, Julia Debasse, entre outros, produziu trilhas para teatro, televisao , rádio e cinema. Desde 1998, é o guitarrista da banda de Toni Platão, onde produziu o CD Negro Amor(2006) e o CD/DVD Pros que Estão em Casa (2008), vencedor do Prêmio da Musica Brasileira de 2009, na categoria melhor DVD do ano.

Com o CD e DVD Brasileiríssimo: Encontros, o Duo Barrenechea celebra seus 25 anos de carreira fazendo uma viagem pela música brasileira, retratando sua trajetória e seus encontros com compositores e suas obras ao longo desses anos. Esse documentário musical tem a duração de aproximadamente 1 hora e 30 minutos e foi filmado no período de janeiro a abril de 2014 em Brasília, Goiânia, Pirenópolis, Rio de Janeiro e Tiradentes. O Duo Barrenechea vislumbrou a produção deste DVD, que tem a direção de Liloye Boubli e a fotografia do consagrado Fernando Duarte, como uma maneira de retratar a música brasileira para flauta e piano, incluindo, além de nomes da história da música brasileira já consagrados, como Ernesto Nazareth e Francisco Mignone, compositores que se encontram em plena atividade, como Vittor Santos, Ian Guest, Dawid Korenchendler, Liduíno Pitombeira, Rafael dos Santos, Estércio Marquez Cunha e Elenice Maranesi, no intuito de oferecer ao público um panorama da produção atual no país.

COMPOSITORES DE HOJE Trio Paineiras

Foto: Cyntia C. Santos

Reunindo obras de Rami Levin, Pauxy Gentil Nunes, Liduino Pitombeira, Marcos Lucas e Sergio Roberto de Oliveira, que assina a produção, e formado por Marina Spoladore (piano), Batista Junior (clarinete/clarone) e Marco Catto (violino/viola), trio lança luz às obras de compositores contemporâneos. No repertório, a obra Asas, escrita por Rami Levin em dois movimentos, abre o disco e explora as chamadas de dois pássaros distintos, ambos comuns no Brasil. O primeiro movimento, escrito em 2012, foi inspirado no som do Bem-te-vi. O segundo movimento, Sabiá, escrito em 2015 para o Trio Paineiras, é uma descrição musical de vários pássaros ao mesmo tempo, tendo o sabiá ficado como voz dominante, cuja melodia toma várias formas.


DANIELLI MARINHO | REDACAO@BACKSTAGE.COM.BR

TRIBUTO A DON ALIAS Alfredo Dias Gomes O álbum Tributo a Don Alias celebra a memória do percussionista Charles “Don” Alias, falecido no ano de 2006, em Nova York. O repertório traz composições de Alias, como Georgia O, SweetiePie, Samba De Negro, Uncle Jemima e Vaya Mulatto. E ainda Creepin, de Stevie Wonder, e On the Foot Peg, do compositor e instrumentista brasileiro Marcio Montarroyos. O trabalho se completa com um solo realizado por Alfredo Dias Gomes em homenagem ao percussionista. Don Alias é reconhecido por seu trabalho na vanguarda do movimento fusion. Filho de imigrantes caribenhos, cresceu no Harlem, onde absorveu as lições dos percussionistas da vizinhança cubana e porto-riquenha. Em Tributo a Don Alias, a bateria de Alfredo Dias Gomes é acompanhada pela banda formada por Widor Santiago (sax tenor), Yuval Ben Lior (guitarra), Lulu Martin (teclado) e Berval Moraes (baixo). O álbum conta ainda com a participação do percussionista Marco Lobo, que já integrou bandas de músicos consagrados da MPB como Milton Nascimento, Maria Bethania, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Marisa Monte, Lenine, Virgínia Rodrigues, entre outros.

TAMBORES DE CANTAM Silvan Galvão Este é o segundo CD do músico e pesquisador Santareno Silvan Galvão. Enquanto o primeiro trabalho era totalmente instrumental, neste Silvan, além de cantar, traz convidados como o cantador e violeiro Xangai; Patrícia Bastos e Sebastião Tapajós; Nilson Chaves; Pinduca e o guitarreiro Mestre Solano. Este é também um trabalho todo inspirado na Amazônia.

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GUSTAVO VICTORINO | www.backstage.com.br

80. Dezenas de milhares de turistas do Brasil e do exterior assumem a postura low profile e descontraída bem típica do Rio de Janeiro quando desembarcam na cidade para viver uma festa que colocou o nosso país no mapa do show business internacional. Viva o Rock in Rio, no Rio.

GENIAL Wilson das Neves se despediu desse plano deixando um legado incomparável de sabedoria musical e multidisciplinaridade. No samba, era o Paulinho da Viola da bateria, transbordando elegância e requinte ao tocar o instrumento que dominava como poucos. Compositor que beirava a erudição popular, Das Neves conversou com estilos musicais que transcendiam o limite do seu território e foi mais além. O mito descansou e o céu ficou ainda mais musical... e genial.

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CENÁRIO Conversando com profissionais e executivos do setor não foi difícil perceber porque a campanha por redução de tributos sobre os produtos do segmento de áudio e instrumentos musicais não avançou. Os interesses que envolvem essa redução são muito díspares e nem tudo o que é bom para uns é bom para outros. No meio dessa guerra de interesses, o consumidor, sem voz nessa discussão, vai continuar pagando por um produto e dando outro em forma de impostos ao governo.

Num cenário instável e de números oficiais pouco confiáveis, a perspectiva de vendas para o final do ano se mostra surpreendentemente animadora. Sem o ufanismo de retomada ou coisas do gênero, o comércio já dá sinais de estabilidade e até recuperação lenta e gradual em alguns segmentos. Os produtos populares ainda enfrentam dificuldades de giro por conta da descapitalização do seu público-alvo. Já as vendas de equipamentos, acessórios e suprimentos voltados a usuários avançados e profissionais mostram uma pequena melhora e indicam crescimento de consumo no curto prazo. Além da natural prudência que o momento exige, a ordem é ficar também antenado e não perder as boas oportunidades que a marola econômica sempre traz.

EM CASA Com ingressos esgotados em algumas noites e a esperada correria de última hora, a capital fluminense recebe o maior festival de música do planeta na sua verdadeira casa. As edições itinerantes mundo afora mostraram que o espírito carioca é o único tempero insubstituível no evento criado por Roberto Medina na década de

NOVIDADE Como sempre acontece as vésperas da Expomusic, a Borne anuncia novidades na sua linha de produtos e se consolida como grande sensação no segmento de amplificadores de instrumentos na última década no Brasil. Uma dessas novidades vai acertar em cheio o coração dos guitarristas. O poderoso conjunto Gladiator 2500 deve ganhar um novo cabeçote com algumas modificações que vão desde a estética até um novo circuito de saturação para os drives, além da fonte de 9V que, a exemplo de outros modelos da Borne, agora virá também embutida no novo modelo.

OS MAIORES Como ficaria um disco gravado pelo maior artista pop brasileiro homenageando a maior artista pop brasileira? Essa resposta logo chegará aos nossos ouvidos quando for lançado o disco homenagem que Lulu Santos fez para Rita Lee. Cercado de mistério, aos poucos o conteúdo do trabalho começa a incitar a nossa imaginação. Pelo menos duas músicas já estão confirmadas: as clássicas Agora Só Falta Você e Ovelha Negra. Alguém tem dúvida da qualidade do que vem por aí? A Globo já pode até ir escolhendo qual das músi-


GUSTAVO VICTORINO | VICTORINO@BACKSTAGE.COM.BR cas do disco fará parte da trilha da sua próxima novela.

PROFÉTICO Há alguns anos o Rogério Raso, da Santo Ângelo, me alertou para a qualidade dos cabos baratos montados no oriente e que chegam ao Brasil custando muito pouco. Mais do que um alerta, foi profético ao afirmar que a indústria brasileira a médio prazo poderia até tirar proveito disso. A previsão se confirmou, salvo exceções, os cabos produzidos no Brasil mostram qualidade bem superior aos produtos manufaturados lá fora e o consumidor, bem como os profissionais que precisam confiabilidade, já perceberam isso.

ACESSÓRIOS A brasileira Stay, fabricante de estandes de cair o queixo, inovou ao oferecer no seu site uma linha completa de acessórios para os seus produtos. Desde suportes e hastes, até travas e extensões que possibilitam a ampliação dos recursos de seus vários modelos de estandes em alumínio. E tudo com a qualidade que consagrou a marca como um dos maiores e melhores fabricantes de estandes da América Latina.

HOMENAGEADOS Mais dois homenageados na Festa Nacional da Música 2017 tiveram seus nomes divulgados pela produção do evento. A banda CPM22 e o cantor Amado Batista subirão ao palco do Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre, para receber o troféu pela contribuição ao mercado da música brasileira.

ACABOU O realismo remuneratório parece ter se consolidado no segmento musical do nosso país. Hoje, nenhum artista ganha dinheiro significativo com a venda de discos ou mídias de qualquer espécie. A

remuneração passou a ser imaterial, ou seja, a popularização do trabalho para a venda de shows e os consequentes ganhos com direitos sobre a sua obra. Enquanto gravadoras e lojas de discos agonizam, os profissionais procuram na divulgação virtual e nas mídias convencionais o caminho para o sucesso e o real ganho financeiro.

DIVERTIDAS No meio da mediocridade musical que se amplifica e atinge a música de consumo popular no Brasil, a irmãs que formam a dupla de sertanejo sofrência Simone e Simaria mostra uma faceta curiosa e simpática. As meninas são divertidas e engraçadas e com isso conquistam com facilidade o carinho do público. Independente da qualidade musical, que a exemplo da maioria também é sofrível, as moças têm um comportamento e uma sinceridade quase simplória nas entrevistas e em poucos instantes ficam íntimas do público que as assiste. Desde o surgimento do fenômeno Ivete Sangalo não se tinha uma empatia tão instantânea com artistas nacionais.

DIREITOS A eterna “briga” entre os veículos de comunicação e os artistas pelo recolhimento de direitos autorais está longe de terminar. A inadimplência crônica em face da lei existente, as liminares e as inevitáveis execuções de débitos podem provocar não apenas mudança na legislação, mas especialmente a gestão personalíssima de obras musicais, sonho dos veículos de comunicação. Traduzindo, o artista poderia decidir livremente quem estaria autorizado a reproduzir a sua música de forma gratuita ou não. A internet mudou temporariamente esse rumo, mas logo ela também será foco dessa discussão. Por enquanto, a rede ainda é terra de ninguém.

VIGARICE Mesmo extinto há décadas, o ébano africano continua aparecendo em catálogos de fabricantes de guitarras e baixos. As madeiras dessa espécie ainda são encontradas na Índia e tem a coloração mais clara. Mesmo assim, o ébano indiano é caro e jamais equiparia guitarras de série vendidas a preços que giram perto de mil dólares. Vender a ideia de ébano como componente de guitarras convencionais é vigarice. E tem gente grande fazendo isso.

DANO MORAL Cobrar dívida de forma acintosa e em público gera dano moral? A justiça diz que sim e alguns lojistas usam isso para desfilar com pompa e pose de quem está nem aí para as dívidas, e a Expomusic parece ser o local ideal para isso.

PERGUNTINHA Se até automóveis e implementos agrícolas que sofrem de desgaste dinâmico com alto grau de impacto já têm garantias que podem chegar a 5 ou 6 anos, porque equipamentos e instrumentos musicais que tem índice de desgaste que não passa nem perto desses citados ainda são vendidos com garantia apenas dentro do limite legal do Brasil que estabelece o prazo de 90 dias?

EDUCAÇÃO MUSICAL Alguma coisa está travando o avanço do ensino musical nas escolas. São muitas as campanhas e o empenho de entidades ligadas à indústria da música, mas parece que existe uma inexplicável resistência dos educadores em aceitar o conteúdo como ensino regular na grade de disciplinas. Enquanto a politização do ensino avança e corrói a capacidade de discernimento dos nossos jovens, o ensino musical e seus consagrados benefícios é tratado em segundo plano pelos nossos educadores. Vá entender.

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Profissões do

‘backstage’ MARKINHOS MALUF GERENTES DE SISTEMAS DA UMA Nesta nova série de entrevistas traremos histórias de profissionais do Backstage que, por meio de um trabalho sério e comprometido, conseguiram o seu devido lugar no mercado. A profissão deste mês é a de Gerente Sistemas de Unidades Móveis de Áudio UMA, e o entrevistado é Markinhos Maluf. redacao@backstage.com.br Fotos: Arquivo Pessoal / Divulgação

G

igplace - Ao iniciar uma entrevista procuro saber mais sobre o entrevistado. Por isso, conte a sua história, antes de entrar no mundo do áudio. Markinhos Maluf - Quando tinha 14 anos era muito fã do KISS e comecei a estudar bateria e baixo. Aos 18 já tocava com algumas bandas e comecei a dar aulas na minha cidade, mas nunca pensei e nem tinha ideia como funcionava o "backstage" e toda a parte do profissional de áudio. Essa base musical me ajuda muito até hoje. Gigplace - Como começou a paixão pelo áudio e como foi o seu primeiro contato com o mundo do áudio? Markinhos - No começo, foi meio necessidade. Aprendi a "gravar" com Cakewalk na época em que tocava em bandas, de forma bem caseira mesmo, apenas dois canais com "plaquinha" onboard de PC. Na escola onde dava aulas conheci meu amigo-irmão Fabiano Pires (hoje cavaquinista da escola de samba Mocidade Alegre). Juntos montamos um homestudio que cresceu e existe até hoje, onde trabalhei quase 10 anos e aprendi muita coisa. Em busca de conhecimento, participei da turma de janeiro de 2009 do curso de Fundamentos em Áudio e Acústica no IAV, onde


também fiz alguns outros cursos complementares. Nesse meio tempo tive a oportunidade de conhecer meu grande amigo e professor Jefferson Verde (Pinguim) que me levou pro mundo do “ao vivo”. A partir daí, conheci várias pessoas que me deram muitas oportunidades como Ricardo Ramos, Cláudio Marchi e o Emerson FESTA gallo que me levaram para Transasom, a primeira grande empresa que trabalhei e que me proporcionou muito conhecimento. Gigplace - Como aconteceu o seu encontro com o EPAH Studios? Markinhos - Conheci o Márcio Schnaidman na época que trabalhava na Transasom, a banda de baile dele tocava em uma casa de shows onde a empresa tinha som fixo. Após alguns shows atendendo a banda, o Márcio me convidou para conhecer a sede do Epah! e me ofereceu o primeiro trabalho, que seria participar da transmissão do Lollapalooza 2013, em SP. A partir daí continuei trabalhando nas transmissões como assistente e também com a banda de baile. Hoje sou responsável pela configuração dos sistemas das UMAs (Unidade Móvel de Áudio) e equipamentos em geral da empresa em eventos, o que me dá a chance de conhecer diversos modelos e marcas de equipamentos.

Gigplace - Nessa busca por conhecimento o que você acha que virá de novidades para o áudio, já que hoje em dia temos protocolos de codificação de áudio lutando para se tornar padrão, consoles dos mais variados tipos e aplicações? Qual a sua visão de futuro para o áudio? Markinhos - Acredito em uma maior compatibilidade entre os protocolos em geral, coisa que já está acontecendo. A meu ver o “monopólio” só atrasa a evolução da tecnologia e compromete o crescimento do mercado em geral. Nas nossas UMAs por exemplo, trabalhamos com diversos protocolos: MADI, Ravenna, Optocore, Dante e em todas precisamos e temos soluções para conversão. Já em relação a consoles, o que mais me impressiona é a nova tecnologia de processadores que permite uma total reestruturação, aumentando a capacidade de processamento sem a necessidade de troca de hardware. O que espero e acredito que muitos também são equipamentos cada vez mais customizáveis para que possamos adequar o equipamento as nossas necessidades e não o contrário. Gigplace - Como é a rotina de trabalho de um

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No Brasil, não é muito comum a banda disponibilizar um técnico para acompanhar a transmissão na UMA, então muita coisa é acertada previamente, sempre que possível. Além da transmissão, sempre gravamos os canais separados, uma mix 5.1 e outra estéreo

evento de broadcasting, desde reunião de briefing até o programa finalizado / transmitido? Markinhos - Primeiramente é escolhido qual das UMAs da empresa fará o evento, analisando espaço físico e necessidades do áudio. Depois falamos com a equipe técnica para tirar todas as dúvidas sobre input list e detalhes do show. No Brasil, não é muito comum a banda disponibilizar um técnico para acompanhar a transmissão na UMA, então muita coisa é acertada previamente, sempre que possível. Além da transmissão, sempre gravamos os canais separados, uma mix 5.1 e outra estéreo, e todo esse áudio fica arquivado por dois anos. Em alguns casos, a banda não libera os canais abertos, sendo assim, temos acesso apenas a uma mix estéreo ou às vezes STEMS gerados pela própria banda e, a partir disso, fazemos um UpMix para 5.1. Gigplace - Quais os principais problemas e diferenças entre fazer um show

ao vivo e transmitido ao vivo ? Markinhos - Vários!!! Na hora do show não estamos livres dos problemas que também afetam os técnicos de PA e Monitor, como problemas com RF, cabos ruins etc, afinal recebemos o mesmo sinal que eles. Fora isso, temos a questão do caminho do áudio na transmissão até chegar ao telespectador. Quanto à mix, sou da seguinte opinião: uma boa mix soará bem em qualquer lugar! Claro que alguns ouvirão em um super home theater devidamente montado, configurado e alinhado em uma ótima sala, outros em sua simples tv, fone ou até mesmo um celular, mas não temos como controlar isso. Nesse ponto, prevalece o bom senso ao julgar a mix. Gigplace - Quais as dicas que você daria à produção técnica de uma banda que vai participar de um programa transmitido ao vivo? Markinhos - Nesses últimos anos sou muito grato por ter trabalhado com profissionais como Pedro Ribeiro e Tobé


Gigplace - Quais as informações e procedimentos vitais para uma transmissão, gravação ao vivo, e o que de diferente fazem os profissionais Pedro Ribeiro e Tobé Lombello? Markinhos - Só pra citar alguns procedimentos: Cronograma e roteiro do evento sempre atualizados; Comunicação entre todas equipes; Line check com a participação de todos envolvidos (PA, Monitor, Gravação e Transmissão) e Sound check com músicos e artistas (praticamente um sonho muito distante se tratando de artistas nacionais); Ensaio Geral, em caso de programas de TV e eventos corporativos. Em relação aos meus amigos Pedro e Tobé acredito que eles concordem com os itens que citei acima, porém as experiências e aprendizados que tive com eles são dois extremos. Junto ao Pedro sempre temos situações tensas, complexas (não por

culpa dele, pelo contrário, ele é muito requisitado para esse tipo de situação), sem tempo e com poucos recursos para resolver, afinal trabalhamos com TV ao vivo, mas até hoje posso dizer com orgulho que nossa equipe conseguiu resolver todas as roubadas. Já com o Tobé me sinto artista! (risos). Trabalhamos sempre dentro do cronograma, todas as necessidades da equipe são atendidas, tudo muito organizado e tranquilo. Hoje nosso mercado exige esses dois extremos. Gigplace – Por que um mesmo sinal gerado num festival soa diferente na TV aberta, canais fechados e internet?

no meio do caminho. Temos como resolver? Sinceramente, acredito que não a curto prazo. Vamos pensar no caminho do áudio: sai da UMA, vai pro Uplink, que manda pro satélite, a central do canal recebe, processa, manda pro satélite novamente. As operadoras recebem e retransmitem para diferentes praças. Finalmente chega na sua casa e é processado por um dos inúmeros modelos de decodificadores que sua operadora oferece, cada qual com seu chip de áudio com diferentes configurações. Isso resumidamente, claro! Entende a complexidade? O caminho mais curto e com menos processamento entre o áudio da UMA e o telespectador é a internet.

Lombello e ver o quanto a organização e pré-produção faz diferença e economiza tempo! Detalhes simples como rider atualizado e com o máximo de informação possível. Hoje, é muito comum o pessoal trabalhar no automático e não tratar cada show ou pgm como uma situação específica, gerando atrasos na hora da montagem e passagem de som, devido a adaptações para o evento. Infelizmente o rider de estrada acaba sendo usado pra todas as situações.

Basicamente essa diferença entre o que ouvimos na UMA e o que todos ouvem em casa ocorre no meio do caminho. Temos como resolver? Markinhos - Essa é uma questão muito delicada e desde que entrei no Epah! a que mais eu ouço (risos). Basicamente essa diferença entre o que ouvimos na UMA e o que todos ouvem em casa ocorre

Gigplace - Sabendo da sua preferência para mixar monitores, qual dica matadora você daria para fazer essa missão complexa nos programas ao vivo, nos quais

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sempre temos muitas vias e muitos canais? Markinhos - Realmente tenho preferência em mixar monitores, minha primeira referência foi Paulo Farat! Certo dia atendi ele com o RPM ainda na Transasom, ele fez questão de me dar uma aula de mix usando ear e monitores em conjunto e mais um extra sobre efeitos! A partir daí peguei gosto por monitoração. Algum tempo depois, conheci um grande mestre e ídolo, Renato Carneiro. Ainda aprendo muito com ele e meu parceiro de estudos Eduardo Pinter. O pgm Música Boa acabou sendo um grande laboratório e hoje serve como uma base pra eu mixar qualquer situação de pequenos a grandes eventos. Aplico o “PLANO X” que nos foi ensinado pelo Renato tanto em caixas quanto fones, e já botei à prova em situações complicadas como, por exemplo, o carnaval do Marco Zero, em Recife, mixando orquestras de

Frevo com muitas caixas e poucos fones, e o show de abertura do Rock in Rio 30 anos, onde tivemos praticamente uma banda por música e cada músico com sua mix. O conceito é muito simples: dono da via em 0dB PRÉ FADER e todo o resto -10dB PÓS FADER. Dessa forma, conseguimos entregar uma mix completa e ainda podemos ajustar a relação de cada canal em cada via comparado a Mix Master. Gigplace - O mundo está mudando e não poderia ser diferente com o mercado do áudio, que perfil e competências seriam necessárias para o profissional de áudio num futuro próximo? Markinhos - O conhecimento das novas tecnologias e equipamentos é fundamental para usá-los a nosso favor. Hoje não adianta de nada você saber usar apenas um tipo de equipamento seja ele qual for. Outra coisa é a


CALMA! (risos). Os eventos hoje estão cada vez mais complexos e com pouco tempo para serem executados e o que mais vejo são pessoas estressadas que não resolvem nada. Minha maior referência sobre isso é Roberto Marques. Cada trabalho ao lado dele é uma aula!

ajudar e saber a frequência do mic, reprogramei o PSM que estava sendo usado pra monitorar os músicos, e subi no teto do caminhão para levantar a antena o mais alto que desse em 3 minutos no máximo! Se hoje estou contando essa história, é graças à competência da equipe Transasom! (risos)

Gigplace - Para descontrair um pouco, conte sobre aquela história que, depois de ter acontecido, acabamos por rir muito, no entanto, na hora do acontecido, ou estamos totalmente apavorados, ou nem notamos a gafe ou equivoco que cometemos. Qual a sua história? Markinhos - A viagem para Malabo na Guiné Equatorial com a Transasom com certeza! Teoricamente teríamos uns quatro dias para montar um desfile militar com umas 24 torres de delay em uma avenida gigantesca para a festa de independência. O equipamento atrasou e chegou somente um dia antes do evento! Nós estávamos rodeados de militares fortemente armados, bêbados e fanáticos pelo presidente, prontos para matar qualquer um que atrapalhasse a realização da festa. Montamos tudo em uma noite com uma chuva fortíssima com cabos de AC cheios de gambiarras e esticados nas guias cheias de água. Ou morreríamos eletrocutados ou metralhados (risos). Tudo funcionou, ainda bem! Nesse dia também aprendi e testei ao mesmo tempo a função de usar um PSM900 para retransmitir um sinal de UR. Eu estava com o caminhãozinho de som a uns 250 metros da house, onde estavam as bases e antenas dos mics, e do nada me aparece um dos responsáveis do evento e me pergunta: olha, o coronel tá vindo de lá da house falando no microfone, e ele vai até determinado ponto do desfile (mais uns 150 metros além do meu caminhão) o microfone não vai parar né? (risos). Acredito que li manual, falei com o Festa (que estava na house) para me

Gigplace - Quais são seus planos futuros no âmbito profissional e pessoal ? Markinhos - Muitos me perguntam: quando você vai mixar nas UMAs? Como se isso fosse o topo nesse segmento, mas juro que isso é uma coisa que nunca me atraiu (risos). Adoro mixar monitores e configurar sistemas, então o que quero para o futuro é ter a oportunidade de participar de eventos cada vez mais complexos, daqueles que ninguém quer fazer! (risos). Gigplace - Qual dica ou conselho você daria para aquela pessoa que terminou esta entrevista interessado em iniciar ou se especializar na área de Broadcasting? Markinhos - Estudar muito e cair na estrada! As duas coisas são fundamentais para o desenvolvimento profissional. Temos várias escolas competentes, cursos e workshops cheios de conteúdo atual e essencial acontecendo semanalmente. Sem contar as redes de comunicação como Facebook, WhatsApp, LinkedIn. Ou seja, temos tudo a nossas mãos, basta correr atrás. Até um tempo atrás, todos esses nomes que citei na entrevista inclusive do entrevistador (Lazzaro) eu só via em revista ou ouvia em histórias através de outras pessoas, hoje posso dizer que além de poder trabalhar junto com eles, são meus amigos. Este espaço é de responsabilidade da Comunidade Gigplace. Envie críticas ou sugestões para contato@gigplace.com.br ou redacao@backstage.com.br. E visite o site: http://gigplace.com.br.

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DO ESTÚDIO AO

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USO DOMÉSTICO

A Audio-Technica* acaba de anunciar a disponibilidade no mercado do novo microfone condensador cardioide modelo AT5047. Os usuários da marca já podem contar com mais esse modelo da Série 50, ideal para estúdio. redacao@backstage.com.br Foto: Divulgação

O

AT5047 é a mais recente adição à aclamada Série 50 da A-T (que contém o microfone vocal AT5040 e o microfone para instrumentos AT5045). O equipamento é um excelente microfone de estúdio, possui a mesma cápsula que o AT5040, mas com uma saída acoplada ao transformador e eletrônica otimizada. O modelo também serve para uso doméstico, pois capta áudio de instrumentos e vocais. Ostentando uma margem dinâmica excepcionalmente ampla, o AT5047 é o maior de todos os microfones da Audio-Technica, captando as características plenas e expressivas da fonte sonora, seja ela alta ou baixa. Por ser equipado com uma saída acoplada ao

transformador, o microfone mantém uma impedância de saída constante, até quando está captando fontes com SPL extremo, por exemplo, resultando na relação estável entre o microfone e o pré-amplificador de microfone ou entrada do console. O AT5047 possui quatro diafragmas retangulares de dois mícrons que funcionam em conjunto, proporcionando uma área de superfície combinada duas vezes maior que a de um diafragma padrão circular de uma polegada. Outra característica que chama atenção é a gama de componentes discretos escolhidos com bastante critério e otimizados para melhor desempenho e capacidade, com uma grande variedade de pré-amplifica-


dores de microfone e entradas de console. O avançado sistema antivibração interno que separa a cápsula do corpo do microfone e o design moderno do sistema antivibração AT8480 incluído oferecem maior isolamento. O AT5047 apresenta um corpo elegante de alumínio e latão, e cada unidade é montada e inspecionada à mão para garantir 100% de qualidade. Uma bolsa protetora rígida personalizada com compartimentos de espuma estampados oferece proteção durante o armazenamento e o transporte. O AT5047 está disponível desde meados de 2017. Para obter mais informações, acesse www.audiotechnica.com

Especificações • Elemento — condensador permanentemente polarizado com placa traseira de carga fixa • Padrão polar — cardioide • Resposta em frequência — 20-20.000 Hz • Sensibilidade em circuito aberto — 29 dB (35,5 mV) ref. 1 V a 1 Pa • Impedância — 150 ohms • Máximo nível sonoro de entrada — 148 dB SPL, 1 kHz a 1% de T.H.D. • Ruído — 6 dB SPL • Faixa dinâmica — 142 dB, 1 kHz a SPL máx. • Relação sinal-ruído — 88 dB, 1 kHz a 1 Pa • Requisitos de alimentação fantasma — 48 VCC, tipicamente 2,7 mA • Peso — 592 g • Dimensões — 165,3 mm de comprimento, 57 mm de diâmetro máximo do corpo • Conector de saída — Tipo XLRM com 3 pinos integrados • Sistema antivibração AT8480 com acessórios fornecidos para estantes com rosca de 5/8 pol. de 27 fios e adaptador para pedestal de 3/8 pol. a 5/8 pol., com bolsa protetora.

*A Audio-Technica é uma empresa inovadora e líder na tecnologia de transdutores, renomada pelo projeto e fabricação de microfones, microfones sem fio, fones de ouvido, mixers e dispositivos eletrônicos para a indústria do áudio.

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Os três modelos da ST Series, da Staner, vêm ao encontro das necessidades dos usuários que precisam de um equipamento de line array econômico, versátil e que entregue um som de qualidade. DSP interno, compatibilidade com o sistema Ease Focus e Driver de titânio são algumas das características que compõem os modelos dessa linha. redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação

ST810PRO

ST

SERIES U

m line array com prático sistema para angulação, de 1 em 1 grau, de montagem fácil e rápida com sistemas de pinos auto-travantes. A linha ST Series, da Staner, representa qualidade, facilidade para o usuário e versatilidade. Os modelos ST-1300PRO de 3 vias, o ST-810PRO, de 3 vias e o ST-903 de duas vias, são compatíveis com o Ease Focus, produzem 1600W, 1370W e 900W, respectivamente, possuem dri-

ver de titânio, ângulo de cobertura horizontal de 120° e estão disponíveis nas cores preto ou branco, o que garante também uma perfeita composição e integração aos ambientes em que serão utilizados. Nos modelos ST-1300PRO e ST-810PRO, o usuário conta com amplificador Classe D independente em cada via e DSP incorporados, sistema para angulação de 1 em 1 grau e compressor & limiter em cada


ST1300PRO frente

ST1300PRO traseira

ST1300PRO branca

via. As semelhanças, no entanto, terminam por aqui. No ST-1300PRO, que também está disponível na versão Passiva, os dois falantes de 12” garantem potência de 1600 W, sendo que a potência máxima de saída (pico) é de high amp 400W, Mid-high amp 600W e Mid-low end 600W, resposta de frequência (+_ 3dB) 35Hz – 19kHz e SPL máximo de 129dB. Os transdutores utilizados em cada via são compostos por 2x drivers 3” neodímio/titânio (high),

1x alto-falante de 12” (Mid-high) e 1x alto-falante de 12” (Mid-low).

Já o modelo ST810PRO, os dois falantes de 10” e os 4x 5” permitem

No ST-1300PRO, que também está disponível na versão Passiva, os dois falantes de 12” garantem potência de 1600 W

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Características

Os transdutores utilizados por via são 1x Driver 3” neodímio / titânio, 4x alto-falantes de 5” Mid-High e 2x alto-falantes de 10” Mid-Low.

ST 1300PRO Sistema de Amplificação Classe D, independente por via Sensibilidade de Entrada (Bal) + 4 dBu Impedância de Entrada (Ba) 40 Kohms Processamento de sinal (DSP interno) Crossover 3-vias, 24 dB / 8ª H.P.F. 30Hz (mid-low) 5-PEQ / via Delay (mid-low & mid-high) Compressor & Limiter / via Limiter (LED) / via DSP Dupla precisão 56 bits Conversão AD / DA24 bits / 48 kHz Potência Máxima de Saída (Pico) High Amp: 400 W Mid-High Amp: 600 W Mid-Low Amp: 600 W Fator de Crista Utilizado High Amp: 4 dB Mid-High Amp: > 3 dB Mid-Low Amp: > 3 dB Resposta em Freqüência (± 3 dB) 35 Hz ~ 19 kHz SPL Máximo 129 dB Relação Sinal/Ruído High Amp: > 80 dB Mid-High Amp: > 90 dB Mid-Low Amp: > 90 dB Transdutores (utilizados por via) High: 2x Drivers 3" Titânio / Neodímio Mid-High: 1x Alto-Falante de 12" Mid-Low: 1x Alto-Falante de 12" Controle Atenuador: 0 à -16dB Conexões Alimentação: AC PowerCon NAC3FCA Entrada de Áudio: XLR-F 3 pinos Saída de Áudio: XLR -M 3 pinos Alimentação Tensão: 220 Vac Freqüência: 50 ~ 60 Hz Consumo: 1500 VA Ângulo de Cobertura Horizontal: 120º Vertical: Varia com a configuração do array Especificações Físicas Dimensões (HxLxP): 380 x 1040 x 645 mm Peso: 80 kg

ST810PRO Sistema de Amplificação Classe D, independente por via Sensibilidade de Entrada (Bal) + 4 dBu Impedância de Entrada (Ba) 40 Kohms Processamento de sinal (DSP interno) Crossover 3-vias, 24 dB / 8ª H.P.F. 30Hz (mid-low) 5-PEQ / via Delay (mid-low & mid-high) Compressor & Limiter / via Limiter (LED) / via DSP Dupla precisão 56 bits Conversão AD / DA24 bits / 48 kHz Potência Máxima de Saída (Pico) High Amp: 120 W Mid-High Amp: 450 W Mid-Low Amp: 800 W Fator de Crista Utilizado High Amp: 4 dB Mid-High Amp: > 3 dB Mid-Low Amp: > 3 dB Resposta em Freqüência (± 3 dB) 60 Hz ~ 19 kHz SPL Máximo 126 dB Relação Sinal/Ruído High Amp: > 80 dB Mid-High Amp: > 90 dB Mid-Low Amp: > 90 dB Transdutores (utilizados por via) High: 1x Driver 3" Titânio / Neodímio Mid-High: 4x Alto-Falantes de 5" Mid-Low: 2x Alto-Falantes de 10" Controle Atenuador: 0 à -16dB Conexões Alimentação: AC PowerCon NAC3FCA Entrada de Áudio: XLR-F 3 pinos Saída de Áudio: XLR -M 3 pinos Alimentação Tensão: 220 Vac Freqüência: 50 ~ 60 Hz Consumo: 1200 VA Ângulo de Cobertura Horizontal: 120º Vertical: Varia com a configuração do array Especificações Físicas Dimensões (HxLxP): 320 x 1045 x 526 mm Peso: 70,5 kg


Os transdutores são 1x Driver de 3” neodímio / titânio (High) e 2x alto-falantes de 12” Low-Mid. O SPL máximo é de 138 dB. A conexão se dá por um Speakon NL4 com vias independentes mid-low e mid-high.

ST903 traseira

potência de 1370W, com potência máxima de saída (pico) High Amp

120W, Mid-High Amp 450W e Mid-low Amp 800W. A resposta de frequência (+- 3dB) é de 60Hz – 19kHz e SPL máximo de 126 dB. Os transdutores utilizados por via são 1x Driver 3” neodímio / titânio, 4x alto-falantes de 5” Mid-High e 2x alto-falantes de 10” Mid-Low. O ST-903 entrega uma potência

ST903 lateral

de 900W, resposta de frequência 50Hz – 16kHz e SPL máximo de 138dB. Os transdutores são 1x Driver de 3” neodímio / titânio (High) e 2x alto-falantes de 12” Low-Mid. O SPL máximo é de 138 dB. Diferentemente dos outros dois modelos da ST Series, nesse aqui a conexão se dá por um Speakon NL4 com vias independentes mid-low e mid-high. Para saber mais: http://www.staner.com.br/

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O mercado musical vem mudando e, com isso, a forma de ouvir música e de divulgála. O serviço por streaming oferecido por plataformas como Spotify, Deezer e Apple Music vem moldando um novo comportamento do público no que diz respeito ao consumo de músicas e de shows ao vivo. Dessa mesma forma, o trabalho dos artistas vem sofrendo uma transformação na forma de divulgação, aquisição e remuneração. O mercado digital geral no mundo também supera as vendas físicas, com receita de US$ 7,8 bilhões.

NOVA FORMA DE CONSUMIR MÚSICA um caminho sem volta redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação

O

ano de 2016 foi marcado pela ascensão do mercado de streaming na indústria fonográfica global. De acordo com dados divulgados pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (International Federation of the Phonographic Industry, conhecida pela sigla IFPI), em abril deste 2017, o streaming de música representa o modelo de negócios que mais gera recursos

para o setor em âmbito global, na faixa de US$ 4,56 bilhões, com crescimento de mais de 60% em todo o mundo. Seguindo essa tendência mundial de crescimento, o modelo de serviço de streaming está se tornando o principal meio de distribuição de música também no Brasil, com a receita correspondendo a 49% do total do mercado da indústria fonográfica. Em 2016, foi registrado um crescimento de mais de 52%, representando uma receita US$ 90,8 milhões. Segundo fontes do Deezer, se a renda do


Bruno Vieira, da Deezer

para os criadores. Porém o valor dos direitos autorais decorrentes da execução de músicas ainda é baixo em relação ao montante arrecadado nos demais segmentos –

mudar bastante a relação do artista com a indústria do streaming. Até então, ainda não existiam formas eficazes de medição e informação. As pessoas mais antigas, que esta-

streaming for somada ao rendimento dos downloads e outras fontes do setor digital, o crescimento geral para o ano de 2016 foi de 23%, representando uma receita de US$ 111,7 milhões. O que se nota com todos esses números é que a tecnologia de oferecer música pela internet, que nasceu há cerca de uma década, vem crescendo a passos largos. O Apple Music, por exemplo, já alcançou 27 milhões de assinantes pagantes. De acordo com Gloria Braga, superintendente do ECAD, em junho, a Spotify anunciou que chegou a 140 milhões de ouvintes no mundo, o que corresponde a um aumento de 40% em relação aos números de 2016. “A migração de conteúdos musicais para plataformas digitais vem crescendo de forma progressiva nos últimos anos e a remuneração oriunda destas empresas será de extrema relevância

A migração de conteúdos musicais para plataformas digitais vem crescendo de forma progressiva nos últimos anos... (Gloria Braga) em 2016, os valores arrecadados de serviços de streaming representou menos de 1% da arrecadação feita pelo Ecad”, comenta Braga. Em 2016, o streaming ultrapassou o número de download de músicas, e foi quando começou realmente a

vam acostumadas com o modelo mais antigo, tiveram mais dificuldade para essa questão tecnológica e essa falta de informação os deixava também mais distantes. Mas com a mudança de acesso às informações, “o artista fica mais dispo-

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O Bonfá, por exemplo, tem uma parceria com uma empresa distribuidora, e, no contrato deles, 30% fica para essa empresa distribuidora, 20% fica para o selo e 50% fica para o artista. (Maria Tereza)

Gloria Braga, superintendente do Ecad

nível a fazer até mesmo algum tipo de promoção com as plataformas e aumentar mais um movimento que já vinha em uma curva ascendente”, comenta Bruno Vieira, Country Manager da Deezer, que atualmente conecta 12 milhões de fãs de música de todo o mundo com mais de 43 milhões de faixas, disponível em mais de 180 países. “Na questão do autoral, também estamos conversando e sempre abertos ao diálogo com todos, incluindo sociedade, tentando chegar a um debate”, completa o executivo. A cantora pernambucana Maria Tereza, que lançou recentemente por streaming seu primeiro álbum Folhas em Mim, pela Bonfá Estúdio, vê com entusiasmo essa nova forma de distribuição e divulgação

dos trabalhos dos artistas. “O Bonfá, por exemplo, tem uma parceria com uma empresa distribuidora, e, no contrato deles, 30% fica para essa empresa distribuidora, 20% fica para o selo e 50% fica para o artista. Dessa forma, o artista não precisa ter vínculo de editar a música, não passo por gravadora, então quem quiser utilizar uma faixa, o contato é direto com o artista, o que para mim é muito bom, diferente de outras formas de distribuir. O Folhas em Mim, entrou mundialmente em todas as plataformas, incluindo as operadoras de celular, o que já estava no contrato. Nos três primeiros dias, por exemplo, o Spotify mostra a quantidade de acessos que tive no mês, foram 168 audições. Tenho um amigo que tem a possibilidade de saber onde minha música está sendo ou-


Plataforma Deezer no celular

vida fora do Brasil (porque o Bonfá terceiriza essa informação, então não tenho acesso aos números no Brasil), e soube que meu disco lá fora estava sendo escutado mais no

México, Bogotá e Chile”, ressalta. Para Gloria Braga, o futuro da música está no digital e, por isso, o Ecad vem atuando há alguns anos, no sentido de criar a conscientização das empresas de serviços de streaming de que os artistas e, principalmente, os compositores vivem dos direitos autorais. “É preciso fomentar e estimular a criação para que a indústria da música permaneça viva e ativa, afinal o conteúdo oferecido e comercializado por estas empresas é a música, então nada mais natural que haja o pagamento aos criadores dessas obras. A música é o maior bem cultural de um país. E quem faz música precisa ser valorizado e remunerado”, afirma.

NOVAS FORMAS DE PUBLICIDADE Com o crescimento da arrecadação via streaming no mercado bra-

sileiro, a Deezer revela que a estratégia da empresa e começar a agir localmente, entendendo quem são os consumidores e traçando estratégias locais. “No Brasil, as pessoas ouvem muito mais música local do que internacional. Então temos estratégias focadas em sertanejo, em gospel, da mesma forma estamos fazendo estratégias com hino de futebol, fechamos, por exemplo, uma parceria com o Flamengo, e pretendemos atuar no segmento de músicas locais. Além disso, estamos percebendo um crescimento grande do funk em 2017. Quando falo que estamos mais focados em sertanejo e gospel é porque foi por onde começamos a entrar no oferecimento de serviços da plataforma, que hoje corresponde a maior parte dos nossos usuários”, ressalta. Outro fator importante para a Deezer foi a parce-

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A Deezer vem se colocando não apenas como uma plataforma de música, mas como uma plataforma de áudio, que reflete como lançamento dos nossos podcasts, e a gente vem tendo um crescimento grande de consumo de podcast. (Bruno Vieira)

Maria Tereza, artista independente pelo selo Bonfá

ria com as empresas que viabilizam o sistema. “Fizemos uma parceria com a TIM e lançamos em fevereiro novas ofertas, pacotes e serviços sem descontar do pacote do usuário, então isso é uma diferença e vem sendo muito produtivo”, fala. No final de agosto, por exemplo, a cantora gospel Daniela Araújo aceitou o convite da Deezer para participar da última edição do projeto Deezer Apresenta, que evidencia artistas do universo gospel ao trazer conteúdo inédito e exclusivo para os seus fãs e promove seus perfis dentro da plataforma. Com o apoio da Som Livre e da empesa de serviço por streaming, Daniela compôs e gravou as músicas ‘Sala’e ‘Luz’ especialmente para o projeto. O trabalho se tornou um EP, disponibili-

zado com exclusividade na plataforma de streaming de música. “A Deezer vem se colocando não apenas como uma plataforma de música, mas como uma plataforma de áudio, que reflete como lançamento dos nossos podcasts, e a gente vem tendo um crescimento grande de consumo de podcast. Estamos buscando cada vez mais parceiros e um trabalho para aumentar a produção, tanto quanto de conteúdo original, quanto de artistas, com gravação de entrevista, e gravação de pocket, então é um grande passo que estamos dando”, comenta.

IDENTIFICAÇÃO DAS MÚSICAS Por se tratar de meio ainda recente de tornar disponível o conteúdo musical,


“ Plataforma Spotify no desktop

as tecnologias para acompanhamento e aferição também se encontram em processo de desenvolvimento ou consolidação. O Ecad, por exemplo, conta com uma equipe especializada, que está sempre

atenta ao surgimento de tecnologias e novas formas de consumir música na internet, estabelecendo a captação de novos serviços, realizando contatos e conscientizando os meios digitais sobre o direito de

Áudio e educação por streaming Outro setor que vem se desenvolvendo para o uso de streaming são as plataformas de ensino. A coordenadora de produção da plataforma Descomplica – de educação à distância, que está há 6 anos no mercado – Camila Pimenta, e a assistente de produção Jessica Soares, o grande mote é ter um bom planejamento para tornar disponível conteúdo de educação por streaming. “O básico mesmo é um bom vídeo, um bom áudio e uma boa conexão de internet, imprescindível. Para nossa plataforma de estudos, é meio a meio, áudio e vídeo. Acho que depende o objetivo, voltado para música, como certeza, pelo menos 70%”, afirma Jéssica. “Para as aulas, é necessário ter um bom entendimento, clareza do que você está

aprendendo, então você de repente não aprende uma coisa porque você não ouviu, ou aprende errado, o áudio vai contar muito. Tem muita aula que de repente você vai começar um canal e dar aula e o pessoal não vai querer assistir porque está muito baixo, e o ouvindo não está entendendo”, observa Camila. “Hoje em dia, na internet, a questão do áudio é muito importante, porque você quer fazer tudo ao mesmo tempo, então às vezes você deixa uma aba ligada só para ficar ouvindo a informação, a palestra, uma transmissão ao vivo, e você está fazendo outra coisa, checando o e-mail, por exemplo. Então, se o público for direcionado para isso, é muito importante investir em áudio”, sacramenta.

remuneração dos titulares no simulcasting (transmissão simultânea de rádios e tvs na internet) e webcasting (transmissão originária da internet com música, vídeos e web rádios). O processo de identificação das obras executadas por streaming é todo informatizado e conquistou o 1º lugar na categoria “Serviços” do prêmio “As 100+ Inovadoras no Uso de TI”, concedida pela IT Mídia em 2016. O Ecad recebe das plataformas digitais os relatórios com informações sobre as obras musicais e faz a identificação dos autores através de um processo de matching. De acordo com Gloria Braga, a distribuição de direitos autorais neste segmento é feita de forma direta, com base nas informações sobre as execuções musicais, recebidas dos serviços de streaming. “O Ecad consolida as informações de execuções musicais enviadas pelas empresas de streaming e, em seguida, faz um cruzamento dessa lista com as obras cadastradas em seu banco de dados, identificando os

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autores das músicas tocadas. Posteriormente, realiza o repasse dos devidos valores para as associações de música, que fazem os pagamentos aos seus associados. Em 2016, o Ecad distribuiu aproximadamente R$ 5,5 milhões, beneficiando 137.461 autores”, observa.

BARREIRAS À TECNOLOGIA Segundo Bruno Vieira, a Deezer vem atuando com todas as gravadoras, e com o objetivo de agregar quem ainda não temos acordo. “Não temos um campo de exclusividade, temos ações, como no Gospel, que expliquei acima, onde estamos criando um programa pra fazer versões diferentes do já gravaram. “Estamos mudando a forma como as pessoas ouvem música e para uma geração nova. No entanto, temos algumas barreiras como, por exemplo, as modalidades de pagamento. Cartão de crédito no Brasil ainda é uma barreira, às vezes o consumidor não tem como pagar no site, então uma das estratégias é solicitar a compra pelo celular. Outra barreira é o

sistema de conexão, que ainda é instável e lento no país”, enumera. Maria Thereza aponta outro fator que ainda impedem o maior consumo de música por streaming: as próprias plataformas de distribuição de música, que ainda estão longe da realidade do brasileiro adulto, de gerações mais antigas, por simples desconhecimento. “Já ouvi falar de alguns pesquisadores que o streaming aqui no Brasil ainda não está implantado na cabeça do brasileiro. Existem muitas pessoas com as quais falo que nem sabem o que é o streaming, ou então não têm um aplicativo de música”, comenta. No entanto, todos concordam em um ponto. Como um caminho se volta, como foi com o CD e o DVD, ouvir música, ou shows online, pela internet, é apenas uma questão de hábito e tempo. E as empresas e artistas terão que se adaptar à realidade, seja na forma de distribuição, divulgação e remuneração pelas execuções.

Em breve, voltaremos a abordar o assunto nas páginas da Backstage.

Direitos garantidos Em fevereiro, o Superior Tribunal de Justiça legitimou a cobrança dos direitos autorais pelo Ecad, garantindo aos artistas o direito de receber pela execução de suas músicas no ambiente digital, nas modalidadeswebcasting e simulcasting. O entendimento do STJ é de que o uso de músicas via streaming é uma modalidade de execução pública musical, pois a configuração da execução pública não se dá em decorrência do ato praticado pelo indivíduo que acessa o site, mas sim por meio da disponibilização de determinado conteúdo pelo provedor ao público em geral. Com esta decisão, a Justiça brasileira garante a valorização e o direito à remuneração dos autores pelo uso de suas obras no ambiente digital e segundo a gerente executiva jurídica do Ecad, Clarisse Escorel, “o Ecad tem um papel fundamental neste processo, pois é a entidade que garante o paga-

mento destes direitos à centena de milhares de artistas da música. Esta decisão representa um precedente importantíssimo para que os artistas passem a receber dignamente pela exploração econômica de suas obras na internet”, afirma. Importante ressaltar que, há bastante tempo, nos principais países, os serviços digitais já pagam pela execução pública das músicas, sendo este um tema já superado. O direito de execução pública é, inclusive, a principal remuneração dos titulares, comparando aos demais tipos de direito. De acordo com Gloria Braga, atualmente, Spotify, Apple Music, Vevo, Beats 1, Groove, Napster, StarMaker, Netflix e Superplayer são exemplos de plataformas*, dentre algumas centenas de usuários na internet, que já pagam os direitos autorais de execução pública por entenderem a importância da retribuição autoral para os artistas.


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SETOR DE GRAVAÇÃO

E PRODUÇÃO Com uma programação que promete dar mais ênfase à indústria de inovações, a Prolight + Sound Shangai 2017 também vai receber mais empresas internacionais e retorno de marcas consolidadas no mercado de entretenimento. redacao@backstage.com.br Fotos: Messe Frankfur t / Prolight + Sound Shanghai / Divulgação

ganha mais espaço na PLS Shangai

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a esteira do sucesso da PLS do ano passado, o setor dedicado à Gravação e Produção da Prolight + Sound Shangai ganhará mais espaço na edição 2017, que acontece em outubro. O segmento volta a ocupar um espaço considerável no Hall N1 do Shanghai New International Expo Centre, e abrigará mais marcas internacionais, bem como uma programação integrada com destaque para uma gama de temas em torno da indústria de gravação. Esse setor é impulsionado por marcas de peso de países com Áustria, Bulgária, China, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Japão, Tailândia, Reino Unido e Estados Unidos. Numerosas marcas como Antelope, Ferrofish, Genelec, Klang Technologies, Lewitt e RME têm o objetivo de capitalizar as oportunidades no mercado por meio dessa zona de expo-

sição. Outras marcas também retornam este ano como Ableton, Adam, AKG, Apogee, Audio-technica, Digitech, DPA, Focusrite, JBL, KRK, Novation, Rupert Neve, Shure, Soundcraft, Superlux, Tascam e Universal Audio, revelando uma variedade grande e tecnologia de equipamentos para gravação e processamento de áudio. De acordo com Judy Chegung, gerente geral da Messe Frankfurt Shangai Co Ltd uma das razões para a expansão dessa área é priorizar e estreitar relacionamentos com o setor de gravação. “Ano passado, lançamos a Recording e Production Zone para enriquecer a variedade de produtos e para fornecer um portal ao mercado de gravação, florescente na China. Enquanto continuamos a sustentar esses objetivos no próximo PLS, estreitar laços com esse setor também


que a sólida reputação desta feira e que isso nos dará uma boa exposição para o mercado potencial no Leste da China”, complementa Chang. A companhia vai apresentar os mais recentes produtos entre suas diversas marcas, incluindo DPA, Native Instruments e

será prioridade. Isso será alcançado com o aumento da área de qualidade de produtos e capacidade inovativa”, fala. A empresa de Hong Kong, Digital Media Technology Co Ltd (DMT) está ansiosa para o retorno ao lucrativo mercado de gravação na

De acordo com Judy Chegung, (...) uma das razões para a expansão dessa área é priorizar e estreitar relacionamentos com o setor de gravação. China. O gerente de marketing, Ken Chang explica que esse setor de gravação vem prosperando e os clientes buscam por produtos mais sofisticados com requisitos mais rigorosos. “Como um distribuidor profissional de sistemas áudio e para produção de filmes, gravação musical e pós-produção, acreditamos que a qualidade e variedade dos nossos produtos podem servir às necessidades do mercado. Estamos confiantes de

Universal Audio. A RME, empresa alemã reconhecida no mercado de áudio, fará seu debut com uma série de produtos de interface high end, o que inclui o MADIface XT, a primeiro interface de áudio para USB 3, bem com o Fireface UFX II, uma interface com USB e tecnologia Thunderbolt que pode transferir arquivos analógicos e digitais diretamente para o computador de praticamente qualquer fonte.

Os participantes poderão ainda ter oportunidade de interagir com renomados produtores de sonorização durante o Forum de Tecnologia de Gravação, incluindo o ganhador do Grammy Award Xiaoxing Lu, e poderão trocar experiências e informações sobre as técnicas e tecnologias inerentes ao tema.

CERIMÔNIA DE LANÇAMENTO DO NATIONAL MUSIC MIXING CONTEST AWARD Com a finalidade de ajudar a desenvolver talentos e cultivar trocar na área de produção sonora, esta cerimônia será produzida pela primeira vez no Recording and Production Zone. Organizado pela Beijing Contemporary Music Academy and China Association of Recording Engineers. Composições notáveis serão premiadas durante o evento e os ganhadores demonstrarão suas habilidades realizando uma mix sonora no local. A Prolight + Sound Shanghai é organizada pela Messe Frankfurt e Shangai INTEX e é um evento da marca Prolight + Sound de Frankfurt, Alemanha. Para mais informações de como participar da feira de Shangai, visite o site www.prolightsound-shanghai.com Para mais detalhes sobre as feiras Prolight + Sound, visite www.prolight-sound.com

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Entre os dias 4 e 6 de agosto, Florianópolis sediou a Música SC – Feira de Música & Negócios, a maior feira regional do nosso mercado. redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação

FEIRA DE MÚSICA

E NEGÓCIOS MOVIMENTA A CAPITAL CATARINENSE

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ojistas de todo o Brasil, expositores, músicos e fãs dos artistas Paralamas do Sucesso, Frejat, Tiago Iorc, Projota, Metro e bandas regionais vivenciaram diversos momentos em um verdadeiro playground musical. Cerca de 800 pessoas estiveram no Centro de Convenções de Florianópolis nos

dias 04, 05 e 06 de agosto com o objetivo de fazer negócios e conferir de perto o que está rolando no segmento. Estimase que a movimentação foi acima do esperado em business ao longo da Música SC – Feira de Música & Negócios. Foi a primeira vez que um evento deste porte aconteceu fora de São Paulo, em


Carlos Eduardo Maia

uma ousada iniciativa dos sócios Rafael Bastos, Marcos Pimenta e Carlos Eduardo Maia. “Trazer para a região Sul tantos profissionais só fortalece esse mercado. Queremos tornar Santa Catarina referência no segmento, mostrando a força do setor por aqui”, ressalta Pimenta. No último dia de feira, domingo (06), expositores fizeram um balanço positivo dos resultados. Segundo os organizadores, a supervisora de vendas da marca paulista Izzo, Denise de Oliveira, estimou

um lucro em torno de 400 mil reais e comemorou o encontro com lojistas dos mais variados lugares. “Um evento deste porte é importante principalmente pelo relacionamento que proporciona; esse contato é o que nos motiva. Além disso, a feira abriu o leque de marcas, sem nenhuma restrição”, afirma Denise. Além das grandes marcas, de renome mundial, um dos destaques da feira foi a colorida Jog, com instrumentos de iniciação musical, voltado para o público infantil. O funcionário Danilo Felipe explicou que o espaço é fundamental para a divulgação desse tipo de instrumento, que possui pouco espaço no mercado. “A visibilidade ajuda a abrir os olhos dos lojistas para a importância de estimular a musicalidade ainda na infância”, sali-

Palestra deTrilha Sonora com Daniel Figueiredo

enta Danilo. Ao longo dos três dias, uma intensa programação cultural envolveu a comunidade. Mais de 200 músicos tiveram a oportunidade de tocar juntos, formando a maior banda de todos os tempos. Mostrando que a música faz justamente isso: agrega, une, movimenta e emociona; tanto os que vivem dela, quanto os que simplesmente curtem seus acordes e nuances. Em breve, mais notícias da versão do próximo ano.

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SONORIZAÇÃO DOS SHOWS DA MÚSICA SC

Anderson Serafim (Compasso Som) e Cristiano Vaz (Iluminador Paralamas)

Leo Garrido (PA Paralamas) e Fernando Nanão (D.A.S. do Brasil)

Adriano Souza (monitor Paralamas)

Maurício Boroni (Iluminação banda Metrô)

Ricardo Gatti (PA da banda Metrô)

Rodrigo Lopes (PA Frejat)

Rodrigo Duarte (monitor Barão Vermelho)

Ney Cardoso (Iluminação Frejat)

Gringo (PA Tiago Iorc)

Ricardo Lima (Iluminação do Tiago Iorc)

Diretoria da Compasso Som

Equipe Compasso Eventos

Paralamas do Sucesso

Anderson F. Serafim (Gugu) Luiz Fernando Martins Juliano Gaudério Moisés Pereira (Lalinha) Emerson Minerato (Montanha) IvanGinçalves Adriano Santin Cézar Ribeiro Moisés Schwamback Ademir Wielgosz Júnior (Alemão) Jorge Luiz Santos Almir José de Souza

Fernando Nanão (Coordenação e Alinhamento do sistema de som do Palco Principal). Sistema de som do palco principal: Line Array DAS Aero 40A e Sub UX221A


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POCKET PRO www.adj.com https://www.youtube.com/watch?v=vKYcADaXYeY O mais novo produto da ADJ´s foi lançando durante a DJ Expo, em Atlantic City, EUA. O moving head Pocket Pro oferece as mesmas características do seu predecessor, mais a flexibilidade de reposição de Gobo, e uma saída com mais brilho ainda. Potencializado com um potente LED ultrabranco de 25W, o equipamento tem ainda um ângulo beam degrade de 15 e produz uma saída vibrante que é igualmente intercambiada para criar um efeito de meio facho quando usado para projetar imagens em paredes, tetos, pistas de dança e palcos. Cores independentes e uma roda de gobos permitem um completo controle sobre as saídas da unidade. O topo da capa que reveste o moving head pode ser facilmente removido, permitindo fácil acesso à roda de gobos, que podem ser substituídos individualmente, caso necessário. Outras características são 540° Pan e 230° Tilt, 7 cores + branco e foco manual.

PROTEUS HYBRID™ IP65 http://www.elationlighting.com Este novo moving head da Elation Lighting faz parte da Serie Proteus. Dotado de spot, beam e wash, o equipamento dá aos designers liberdade para utilizar as mais recentes tecnologias em qualquer evento, indoor ou outdoor. Compacto, robusto e econômico, este equipamento proporciona soluções reais para a necessidade da indústria. Eventos externos trazem seus próprios desafios nos sets de logística e com o Proteus elimina-se a necessidade de proteções caríssimas ou coberturas à prova d´água. Com um design IP65 multiambiental, o Proteus Hybrid também possui um inovador sistema de resfriamento térmico que deixa o equipamento frio mesmo em condições extremas de uso. Oito gobos de rotação substituíveis e 14 gobos fixos e estáticos proporcionam um gráfico de efeitos enquanto um sistema completo de animação oferece amplas possibilidades de design.

ROBIN UV STROBE / UV STROBE LITE www.robe.cz O equipamento possui a tecnologia Eye – popping UV effects com brilho visível de cor índigo combinado com efeito de branco brilhante o que transforma esse equipamento único no mercado. Com dispositivos controláveis, configurável e passível de ser colocado em arranjo, o UV Strobe Lite produz rápidas explosões de pulsos altamente potentes que podem ser ajustados na frequência, duração e intensidade, aproveitando a ótica dos chips dos 40 LEDs brancos de alta potência e os chips dos 80 UV LED de alta potência. O modelo UV Strobe é facilmente pendurado individualmente ou em conjunto e é fácil de programar usando um controle direto segmentado ou macros predefinidos. Se adapta com o sistema padrão Robe RNS com os protocolos DMX, RDM, Art-Net, MA Net e sACN. Há ainda opção de um módulo sem fio DMX.


ROBIN CYCLONE www.robe.cz Este inovador efeito de moving head tem uma fan integrada no centro da cabeça, circundado por um anel de 24 LEDs RGBW multichip de alta potência. Há um zoom de 8 para 63 graus nos LEDs e um potente central airflow que pode ser combinado com fog e haze para criar uma atmosfera com efeitos da melhor qualidade. A fan de velocidade variada pode ser controlada independentemente via controle DMX, se tornando um complemento perfeito para efeito fog ou haze em qualquer ambiente ao vivo, desde casas noturnas até shows. Cada LED está individualmente controlado e pode ser mapeado para criação de cores atraentes e efeitos rainbow, strobe etc. O equipamento também se beneficia de todas as características da popular serie LEDWash Robe.

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ILUMINAÇÃO Princípios e referências são algumas das principais proposições a serem consideradas no desenvolvimento de um projeto de iluminação cênica. No mapeamento de um palco, com dimensões requisitadas e inalteráveis ou adaptáveis, a organização dos elementos cênicos e estruturais dependerá de estudos e simulações, a partir de representações e percepções.

CÊNICA PONTOS DE VISTAS THE DEAD DAISIES EM CURITIBA

Cezar Galhart é técnico em eletrônica, produtor de eventos, baixista e professor dos Cursos de Eventos, Design de Interiores e Design Gráfico do Unicuritiba e pesquisador em Iluminação Cênica.

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esta conversa, enfocada na apresentação da banda americana The Dead Daisies, todos esses elementos serão abordados, de forma que os resultados possam ser contextualizados pelos registros e observações, pelas perspectivas e pontos de vistas – opinativos e lumínicos. Projetos de iluminação cênica são idealizados, elaborados, desenvolvidos e executados a partir de ideias, conceitos ou expectativas preconcebidas. Em todas as etapas do processo de criação e consequente implementação, diversos são os insumos – ou fundamentos – que poderão nortear ou conduzir uma proposição em um resultado visível e perceptível, de maneira objetiva ou mesmo sutilmente sugeridos, pelas formas, cores ou dinâmicas.

Em apresentações específicas, a iluminação deverá seguir um roteiro formal, textual, previsível e cronometrado. Para o desenvolvimento desses projetos, diversos são os ensaios e testes para que os resultados sejam os mais fidedignos às propostas aprovadas e concretizadas por diversos meios. Nessas condições, as referências físicas do espaço podem ser determinantes para que a condução e operação do projeto de iluminação tenham êxito e, naturalmente, minimização de falhas ou desarmonias. Em outras situações, os resultados nem sempre serão os mesmos, pois mesmo com a repetição de cenas e sequências estimadas (e também testadas e ensaiadas por diversas vezes) a imprevisibilidade induzirá dinâmicas e modifica-


Figura 1: Apresentação da banda americana/australiana The Dead Daisies, em Curitiba, no teatro Ópera de Arame - turnê “Live & Louder World Tour 2017”, 12/07/2017. Fonte: Cezar Galhart

The Dead Daisies é de fato um projeto, surgido em 2012 e liderado pelo empresário e guitarrista David Lowy, e elevado à categoria de supergrupo pelas competências e experiências dos músicos que o integram. Na atual formação, além

Revolver, Foreigner, Sass Jordan, Lynch Mob, entre outros artistas e bandas) na bateria; John Corabi (Mötley Crüe, The Scream, Ratt, entre outras bandas) nos vocais principais; e Doug Aldrich (Whitesnake, Dio, Glenn Hughes, entre

ções pontuais. No teatro, improvisações (esperadas ou mesmo impensáveis) podem resultar em situações interessantes e em ações desafiadoras. Nos espetáculos musicais, os improvisos, mais recorrentes, podem desencadear tomadas de decisões ainda mais inesperadas e improváveis. Muitos desses aspectos e situações anteriormente citadas ocorreram na apresentação da banda americana/australiana The Dead Daisies, responsável pelo show de abertura da atual turnê de Richie Kotzen em duas capitais (Curitiba e São Paulo) no mês de julho deste ano, e que também fazem parte da atual turnê Live & Louder World Tour 2017. Com essa apresentação, prova-se mais uma vez que, em apresentações germinadas, nem sempre a atração muitas vezes considerada como secundária deva ser considerada como desinteressante; nesse caso, muito pelo contrário.

No teatro, improvisações podem resultar em situações interessantes e em ações desafiadoras. Nos musicais, ainda mais inesperadas e improváveis.

de Lowy na guitarra base, Marco Mendoza (Thin Lizzy, Whitesnake, Black Star Riders, entre outras bandas) no baixo e backing vocals; Brian Tichy (Whitesnake, Billy Idol, Ozzy Osbourne, Seether, Velvet

outras bandas) na guitarra solo e backing vocals. Como citado, para um show de abertura, em muitos casos, ocorre renúncia ou mesmo cessão de privilégios ou garantias, para estrutu-

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Figura 2: Apresentação da banda americana/australiana The Dead Daisies, em Curitiba, no teatro Ópera de Arame - turnê “Live & Louder World Tour 2017”, 12/07/2017. Fonte: Cezar Galhart

banda The Dead Daisies prezou pela intensidade – sonora e também luminosa. Nesse contexto, a sucessão de cenas, criadas a partir dos princípios elementares do Design – alinhamento, ritmo, repetição, simetria/assimetria – delimitavam o palco a partir de três planos vertical: posterior – ou de contraluz – com o objetivo de criar elementos geométricos e estáticos. No plano central, luminárias organi-

ras e condições, tanto nos critérios qualitativos, ou mesmo quantitativos, para recursos de iluminação e sonorização. Não foi o que aconteceu em Curitiba, no dia 12 de julho deste ano, mais especificamente no Teatro Ópera de Arame, na primeira de duas apresentações dessa banda no Brasil em 2017 (a outra apresentação ocorreria em São Paulo, no dia seguinte). Para um repertório estimado para

...a banda The Dead Daisies prezou pela intensidade sonora e também luminosa.

uma hora de apresentação, e com onze canções - autorais e alguns covers -, a

zadas para revelar os músicos (mesmo que esse tenha sido um desafio para o


Figura 3: Apresentação da banda americana/australiana The Dead Daisies, em Curitiba, no teatro Ópera de Arame - turnê “Live & Louder World Tour 2017”, 12/07/2017. Fonte: Cezar Galhart

– salientada e valorizada pelas matizes e formas definidas para essa região

profissional operador). O último plano, frontal, cujo objetivo era destacar

Para o plano central, alternâncias entre padrões programados e correções pontuais em quase todas as canções.

os músicos, quando respeitadas as posições e demarcações sugeridas. Ainda com referência ao plano posterior, alternâncias entre luzes de preenchimento, naturalmente difusas, e luzes para demarcação, intensas e acentuadas, com dinâmicas precisas e sincronizadas com intervalos vertiginosos. Com destaque para a marca da banda – impressa na tela, ao fundo, com predominância da cor vermelha

do espaço cênico principal. Para o plano central, alternâncias entre padrões programados e correções pontuais em quase todas as canções. Além das performances espontaneamente aguardadas de músicos experientes e carismáticos, em determinados momentos, a ‘fuga’ dos pontos focais podia revelar contrastes negativos – pela ausência de iluminação dirigida nos protagonistas do espetáculo, com

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Apresentação da banda americana/australiana The Dead Daisies, em Curitiba, no teatro Ópera de Arame turnê “Live & Louder World Tour 2017”, 12/07/2017. Fonte: Cezar Galhart

sombras e efeitos indesejados. De fato, isso não comprometeu em nenhum momento; credita-se a isso as situações advindas de improvisação e assincronismo entre cenas e personagens. Em relação ao plano frontal, além dos aspectos mencionados anteriormente, a utilização de cores, de maneira mais significativa e influente. Predominantemente, a utilização do pa-

drão RYB (Red-Yellow-Blue; Vermelho – Amarelo – Azul) intencionalmente utilizado para potencializar o caráter dominante dessas cores primárias, com esporádicas variações para matizes saturadas e fachos brancos. Essa escolha também pode ser compreendida como um elemento de unidade – outro princípio do Design. Se a adoção desses princípios e refe-

Figura 5: Apresentação da banda americana/australiana The Dead Daisies, em Curitiba, no teatro Ópera de Arame - turnê “Live & Louder World Tour 2017”, 12/07/2017. Fonte: Cezar Galhart


Apresentação da banda americana/australiana The Dead Daisies, em Curitiba, no teatro Ópera de Arame - turnê “Live & Louder World Tour 2017”, 12/07/ 2017. Fonte: Cezar Galhart

Nesse sentido, impossível dissociar o caráter pessoal de admiração e respeito, recíproco e compartilhado, entre músicos e público. Se em algumas apresentações existe uma percepção – mesmo que superficial – para certa indiferença ou impassibilidade no comportamento e solicitude, distancia-se essa sensação para essa banda.

rências, visuais, estéticos e funcionais, resultam em interações enérgicas e envolventes, conclui-se que houve êxito nas escolhas, nas propostas e nas ações, também praticadas para proporcionar condições propícias, sinergéticas e complementares às performances dos músicos, visualizados, percebidos e registrados, sob diversos pontos de vistas.

...impossível dissociar o caráter pessoal de admiração e respeito, recíproco e compartilhado, entre músicos e público.

Mesmo que todos os pontos de vistas, individualmente, sejam únicos, houve consenso que a satisfação foi, de fato, coletiva – pelas reações e comentários. Finalmente, destaca-se a versatilidade de uma banda comprometida com a excelência para o entretenimento e elevada qualidade, técnica e musical. Não bastasse toda a conjuntura histórica do currículo de cada músico, transmitiram muito carisma e vigor, valorizando a oportunidade para demonstrar uma convicção notável, apropriada para projetar essa banda em um patamar elevado e sólido no cenário mundial, e, com esperanças para novas turnês com passagens pelo Brasil. Abraços e até a próxima conversa!!!

Para saber mais redacao@backstage.com.br

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LUIZ CARLOS SÁ | www.backstage.com.br

NOS BARES DA VIDA

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ocê vai cantar e tocar sozinho em um bar lotado, mas nunca muito alto: o gerente vai reclamar e dizer que você está atrapalhando a conversa dos fregueses. Some a isso um repertório não autoral de músicas que - goste você ou não – têm que estar no seu setlist porque estão na moda. Hora de terminar? Pode ser que exista, mas também pode ser que as regras do Sindicato não tenham força ali e seu trabalho vá até o último cliente. Essa costuma ser a vida do músico da noite nos bares da vida. Admiro quem consegue fazer isso, mais ainda os que fazem questão de fazê-lo bem feito, de maneira afinada e com a harmonia certa. Quando me deparo com al-

guém nessa situação faço o possível para dar à pessoa um mínimo de atenção, porque sei que isso pode ser um verdadeiro bálsamo para aquele/a solitário/a isolado/a num canto do estabelecimento, tendo que ser ao mesmo tempo audível e invisível. Às vezes, sou até reconhecido e posso ouvir Dona, Espanhola, Sobradinho ou Caçador de Mim, clássicos do repertório de bar, graças a dona Euterpe, deusa da música, porque o compositor sem clássicos no Brasil de hoje tem pouca coisa onde se agarrar, com seus direitos autorais sendo arrastados pelo maremoto de pagamentos ridículos proporcionado por spotifys e congêneres. Enfim, fico pensando no tamanho amor à arte que essas pessoas têm, para renovar noite a noite seus sonhos musicais, sejam eles quais forem, cercados por um ambiente no mais das vezes adverso. Nas décadas de 60 e 70 a música ao vivo, vocal ou instrumental, oferecia nas metrópoles brasileiras uma imensa variedade de opções para quem se propunha a sair à noite. Não estou sendo nostálgico, não sofro dessa doença, mas parece que empobrecemos culturalmente por todos os

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UM CANTO SOLITÁRIO

Nas décadas de 60 e 70 a música ao vivo, vocal ou instrumental, oferecia nas metrópoles brasileiras uma imensa variedade de opções para quem se propunha a sair à noite.


LUIZCARLOSSA@UOL.COM.BR | LUIZCARLOSSA.BLOGSPOT.COM

lados. Por exemplo, conheci Djavan em começo de carreira tocando e cantando com o trio de Hélcio Millito no Chico’s Bar, notório point musical carioca; assisti Ellis num pequeno bar do Beco das Garrafas, em Copacabana, já despontando para o sucesso, acompanhada pelo trio de Luiz Carlos Vinhas; Pery Ribeiro, Leny Andrade e o Bossa 3 encheram meses de casa no Porão 73; mais recentemente, no início dos 90, o Skank decolou para o sucesso a partir de apresentações regulares na churrascaria Mr. Beef e na boate L’Apogée, em BH; o cantor e violonista mineiro Emmerson Nogueira vendeu milhões de discos a partir de uma carreira de voz e violão pelos bares da cidade, com covers de rocks consagrados. Em suma, de casas pequenas ou médias já puderam surgir artistas de qualidade e sucesso, apurando suas habilidades em seguidas apresentações ao vivo. Quem sabe o YouTube nos possa proporcionar algo semelhante, mas ainda acho que o presencial é que refina o artista. Enfrentar um público que não está ali para prestar atenção a você é uma experiência desafiadora para qualquer um. Outro dia, numa lotadíssima praça de alimentação de shopping, assisti a um rapaz de seus 30 anos desfiando com voz e violão, em meio a uma zoeira indescritível, seu finíssimo repertório de clássicos, que - harmonias e canto impecáveis - ia de Pearl Jam a Marisa Monte com a mesma desenvoltura. Devia ter ido lá perguntar seu nome, sua história, mas como sou meio tímido pra essas coisas, restame a esperança de reencontrá-lo pelos bares ou shoppings da cidade. O peso do anonimato é companheiro frequente desses músicos. Culminando com a minha curiosidade sobre o assunto, resolvi recentemente aceitar o desafio de produtores amigos e apresentar-me sozinho com meu violão numa tradicional casa musical paulistana. A plateia era a meu favor, composta em sua grande maioria de fãs de Sá & Guarabyra curiosos de saber o que seria um Sá solo. Mesmo assim, bastou uma mesa à minha esquerda

Enfrentar um público que não está ali para prestar atenção a você é uma experiência desafiadora para qualquer um.

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/ Freepik

que insistia em tirar selfies com flashes de celular espocando a toda hora, para desconcentrar-me e obrigar-me a entrar num difícil “modo zen”, até que meus aliados pedissem a eles um pouco de sossego... Então, quando você encontrar algum desses heróis ainda sem nome feito nem carreira formada, mas com real talento para a coisa, na subida dessa difícil ladeira de voz-violão (cachê barato, sistema de som muitas vezes ruim, plateia alheada, conversa alta, índice alcoólico de quebrar o bafômetro) chegue mais pra perto

dele ou dela e mostre interesse. Quem sabe você não estará dando força para uma futura estrela do YouTube e, posteriormente, da fonografia brasileira? Nunca se sabe.

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AH Lights ........................... (21) 2242-0456 ....... www.ahlights.com.br .......................................................... 55 Arena Áudio Eventos ......... (71) 3346 -1717 ...... www.arenaaudio.com.br ..................................................... 35 Audio-Technica .................................................... www.audio-technica.com .................................................... 17 Augusto Menezes .............. (71) 3371-7368 ....... augusto_menezes@uol.com.br ........................................... 46 B&C Speakers Brasil .......... (51) 3348-1632 ....... www.bcspeakers.com ......................................................... 05 C.Ibañez ............................. (51) 3364-5422 ....... www.cibanez.com.br .......................................................... 29 CSR Representações .......... (11) 2711-3244 ....... www.csr.com.br .......................................................... 22 e 23 D.A.S. do Brasil .................. (11) 3333-0764 ....... www.dasaudio.com ............................................................. 19

Anunciantes Backstage | setembro 2017

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Decomac ............................ (11) 3333-3174 ....... www.decomac.com.br ................................................ 4ª capa ECAD Direitos Autorais ............................................ www.ecad.org.br ..................................................................... 13

Expomusic ............................................................ www.expomusic.com.br ..................................................... 04 Gabisom ............................................................... gabisom@uol.com.br .......................................................... 15 Gigplace Comunidade .......................................... www.gigplace.com.br .......................................................... 12 Gobos do Brasil .................. (11) 4368-8291 ....... www.gobos.com.br .....................................................32 e 33 Guitar Player ...................... (11) 3721-9554 ....... www.guitarplayer.com.br .................................................... 62 Harman ................................................................ www.harmandobrasil.com.br ...................................... 3ª capa Iatec ................................... (21) 2493-9628 ....... www.iatec.com.br ............................................................... 51 Jack Smoke .......................................................... jacksmokebrasil@gmail.com ............................................... 47 João Américo Sonorização . (71) 3394-1510 ....... www.joao-americo.com.br .................................................. 12 Lade Som ........................... (65) 3644-7227 ....... www.ladesom.com.br ......................................................... 39 Mogami / Ezaki .................. (11) 3088-0456 ....... www.mogami.com.br .......................................................... 43 Modern Drummer ............. (11) 3721-9554 ....... www.moderndrummer.com.br ........................................... 60 Oneal Audio ....................... (43) 3420-7800 ....... www.oneal.com.br ......................................................... 8 e 9 Powerclick ......................... (21) 2722-7908 ....... www.powerclick.com.br ..................................................... 37 Prisma Pro Audio ............... (51) 3711-2408 ....... www.prismaproaudio.com.br .............................................. 25 Star Lighting ....................... (19) 3838-8320 ....... www.star.ind.br ................................................................... 61 Taigar ................................. (49) 3536-0209 ....... www.taigar.com.br .............................................................. 57 Takamine ........................... (18) 3941-2022 ....... www.sonotec.com.br .................................................. 2ª capa TSI ........................................................................ www.tsi.ind.br .............................................................06 e 07 Vokal ................................... (18) 3941-2022 ....... www.sonotec.com.br .......................................................... 03


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