Edição 275 - Outubro 2017 - Revista Backstage

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SOM NAS IGREJAS

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Sumário Ano. 24 - outubro / 2017 - Nº 275

Planeta Rock

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Pelo sexto ano consecutivo, o Planeta Rock reuniu em um mesmo palco, na cidade de São José do Rio Preto, um concurso de bandas e nomes já consagrados no cenário do rock nacional. A edição 2017 do festival teve uma estrutura de palco maior, em dois dias de muita música e rock and roll.

NESTA EDIÇÃO

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O Falar em projeção e iluminação nos dias de hoje é bem diferente de quando surgiram os grandes festivais e eventos no Brasil. Recursos como mão de obra e equipamentos deram um salto tecnológico inimaginável há 20 anos, resultando em trabalhos mais criativos, criativos, sem as barreiras impostas pela limitação da tecnologia. Danny Pudny, que está à frente da ID21, faz um panorama sobre essa mudança no cenário da iluminação e do novo projeto de Beach Boxing, no verão carioca.

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Vitrine O 21S-SUB é um subwoofer de alto rendimento para uso com os alto-falantes série XS e série xA e destina-se a uma ampla gama de aplicações instaladas permanentemente.

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Rápidas e Rasteiras As mulheres serão homenageadas por seus trabalhos e legados no dia 28 de novembro. O Women’s Music Event (WME) e a Vevo Brasil promovem a primeira edição do Women’s Music Event Awards by Vevo.

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Play Rec O cantor e baterista Ringo Starr lançou Give More Love, novo trabalho do exBeatle, que já está disponível em todas as plataformas digitais.

22 Gustavo Victorino Confira as notícias mais quentes dos bastidores do mercado.

26 VTX A12 - projetado para dar soluções ao vivo Em agosto, a Harman apresentou ao mercado brasileiro o modelo JBL VTX A12, lançado durante a PLS Frankfurt 2017 e que promete solução inovadora para os técnicos e para as turnês de médio e grande portes.

64 Vida de Artista Primeiro show da carreira. O nosso maior problema era o contato visual uns com outros, essencial para a boa dinâmica da banda, dado o curto período de ensaio que conseguíramos com nossa dupla de apoio, Sergio Magrão e Luiz Moreno. Depois de algumas horas de tentativas, conseguimos bolar um posicionamento conveniente. Resolvidos iluminação, enquadramento do grupo na arena e repertório, partimos para o som.


Expediente

Som nas Igrejas - mesa digital

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A retormada da sessão Som nas Igrejas dá início a uma série sobre mesa de som digital. O objetivo é dar dicas para quem está entrando ou já entrou neste mundo, para que o leitor possa aproveitar o máximo do sistema de som da igreja. A idéia de colocar um novo conteúdo a cada publicação, faz essa série se assemelhar a um treinamento. Nesta edição, os benefícios de ter uma mesa digital.

TECNOLOGIA 42 Ableton

38 Logic Como utilizar a Maschine (versão 2.6.7) e o Logic Pro X (versão 10.3.2) de forma integrada. O conteúdo desse artigo possui nível mais avançado e demanda um conhecimento razoável da Maschine, uma vez que serão citados comandos específicos.

46 Pro Tools

Mixagem como estamos acostumados a trabalhar em música acústica/eletro-acústica nas últimas décadas é o processo de “reduzir” os vários canais de áudio gravados seja em um gravador analógico (de fita) multi-canal ou em computador em processo de gravação digital.

Faz algum tempo, saiu uma nova linha de plug-ins para Pro Tools, que inclui o Pro Compressor, Pro Limiter, Pro Expander, Pro Multiband Dynamics e Pro Subharmonic. Neste artigo, vamos conhecê-los um pouco melhor e entender as diferenças entre a série “Pro” e a suite de plugins (já incluída no Pro Tools).

CADERNO ILUMINAÇÃO 56 Vitrine iluminação Apresentando um sistema de obturação de moldura de quatro lâminas com rotação e movimento de eixo duplo para cada obturador, o Maverick MK2 permite aos usuários moldar e dimensionar com grande precisão.

58 Iluminação cênica A iluminação cênica se desenvolveu, e evolui continuamente, a partir de duas demandas básicas: imaginação e tecnologia. Nesta conversa, outras referências e insumos serão discutidos, como possíveis caminhos para um futuro que a iluminação cênica trilhará.

Diretor Nelson Cardoso nelson@backstage.com.br Gerente administrativa Stella Walliter stella@backstage.com.br Financeiro adm@backstage.com.br Coordenadora de conteúdo Danielli Marinho redacao@backstage.com.br Revisão Danielli Marinho Colunistas: Cezar Galhart, Cristiano Moura, Gustavo Victorino, Jorge Pescara, Lika Meinberg, Luiz Carlos Sá, Ricardo Mendes, Tiago Borges e Vera Medina Ed. Arte / Diagramação / Redes Sociais Leonardo C. Costa / Leandro J. Nazário arte@backstage.com.br Projeto Gráfico / Capa Leandro J. Nazário / Leonardo C. Costa Foto: Divulgação Publicidade / Anúncios PABX: (21) 3627-7945 arte@backstage.com.br Webdesigner / Multimídia Leonardo C. Costa multimidia@backstage.com.br Assinaturas Maristella Alves PABX: (21) 3627-7945 assinaturas@backstage.com.br Coordenador de Circulação Ernani Matos ernani@backstage.com.br Assistente de Circulação Adilson Santiago Crítica broncalivre@backstage.com.br Backstage é uma publicação da editora H.Sheldon Serviços de Marketing Ltda. Rua Iriquitiá, 392 - Taquara - Jacarepaguá Rio de Janeiro -RJ - CEP: 22730-150 Tel./fax:(21) 3627-7945 / 2440-4549 CNPJ. 29.418.852/0001-85 Os artigos e matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. É permitida a reprodução desde que seja citada a fonte e que nos seja enviada cópia do material. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios veiculados.


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CARTA AO LEITOR | www.backstage.com.br

CARTA AO LEITOR | www.backstage.com.br

A evolução do vídeo nunca esteve de mãos

tão atadas com a iluminação Q

uando voltamos os olhos para alguns anos atrás, revendo alguns shows do passado, por exemplo, é impossível não compararmos os cenários e a iluminação daquela época com as apresentações que assistimos nos dias de hoje. Mesmo os concertos ao vivo de porte internacional tiveram grandes saltos tecnológicos na área da iluminação. Lâmpadas PARs foram substituídas em sua maioria por moving lights, painéis de LED e pirotecnias, como fogos de artifício, espumas entre outros elementos circenses. Na esteira dessa tecnologia subiu aos palcos também o vídeo, agora acessível a qualquer um que possua um smartphone, uma conexão e uma conta em rede social. A “espetacularização” dos shows e apresentações, que tem cada vez mais a missão de reinventar o conceito de iluminação, acabou também por colocar sob os holofotes cenários que antes não faziam parte do show, como o backstage. O conceito de uma câmera na mão e uma ideia na cabeça nunca esteve tão próximo do cidadão comum, que agora se vê diante da facilidade e da possibilidade dos 15 minutos de fama, nem que seja apenas entre seus pares. Fazer e promover um vídeo nunca ficou tão fácil e acessível. No entanto, é preciso saber o que de fato contribui para o desenvolvimento de uma indústria ou segmento. Geralmente o comportamento social é moldado por iniciativas vanguardistas que deram certo. Isso significa que a facilidade de qualquer um produzir um vídeo, sem compromisso com a qualidade, acaba nela mesma. Sempre será necessária a mão, os olhos e a cabeça de um profissional (na maioria das vezes de fotografia ou iluminação) para firmar uma evolução. O vídeo mapping e as projeções em 3D, por exemplo, necessitaram de profissionais - cujas mentes estão um passo à frente – para surgirem e evoluírem. Assim será também com outras ideias atreladas às tecnologias que virão por daqui em diante. O conhecimento e o profissional deste mercado sempre estarão a serviço do desenvolvimento do entretenimento, e o que vier depois disso será apenas mera coincidência, ou lucro.

Boa leitura. Danielli Marinho

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VITRINE ÁUDIO| www.backstage.com.br 12

21S-SUB www.decomacbrasil.com O 21S-SUB é um subwoofer de alto rendimento para uso com os alto-falantes série XS e série xA e destina-se a uma ampla gama de aplicações instaladas permanentemente. O gabinete abriga um único Alto-Falante de 21". Desenhado para suportar grandes níveis de pressão sonora. Quando operado no modo INFRA, o 21S-SUB pode ser usado para complementar outros subwoofers d&b estendendo a resposta de freqüência do sistema a 33Hz. O 21S-SUB pode ser empilhado ou movido em qualquer uma das orientações. Pode ser movido individualmente ou em um conjunto de duas caixas.

SYSTEM T - S300 www.solidstatelogic.com A Solid State Logic anunciou seu novo System T- S300, um console compacto para broadcast que oferece uma válida combinação de performance e valores para uma gama de instalações broadcaste em veículos OB. O S300 é uma superfície de controle de layout fixo e compacto que pode ser combinada com um completo portfolio da SSL System T, como consoles, interfaces touchscreen, software remoto e rede I/O. Eles pode ser empregado como parte de uma instalação maior do System T ou configurado e usado sozinho em instalações menores para broadcast ou ainda em veículos OB. A S300 apresenta uma extraordinária potência e versatilidade. Ele vem em duas versões: 16+1 faders e 32+1 faders. O S300 pode ser conectado ao Tempest T25 (256 paths @ 48kHz) ou ao T80 (800 paths @ 48kHz) Processor Engine e opera o mesmo software do S500 e TCR (Tempest Control Rack).

COOLRAC FT-80-Q-FC www.pennelcomonline.com A empresa especializada em produzir componentes para alto-falantes e cases de durabilidade e alta resistência para transporte de equipamentos vem procurando sempre inovar e acaba de lançar o novo CoolRac FT-80-Q-FC, uma ventoinha extremamente silenciosa, desenhada especialmente para case que necessitam de eficiencia no controle de aquecimento. Seguindo os novos padrões de ventoinhas para esse tipo de cases, o nível máximo de ruído do CoolRac FT-80-Q-FC em operação é de apenas 22,5 dBA (0,3 sone), o que é uma redução significativa comparado aos níveis médios de ruídos emitidos por outros coolers. Essa ventoinha é ideal para montagem em uma grande quantidade de cases de voo e proporcional regulação térmica para equipamentos sensíveis tais como de iluminação, AV, TV ou equipamentos musicais. O produto permite que o equipamento opere com mais segurança e também mais otimizado enquanto está dentro da proteção do case, esteja ele parado ou em trânsito, graças a sua função de expelir ar quente a partir da parte da frente do case, prevenindo danos térmicos. O FT-80-Q-FC se diferencia das demais ventoinhas justamente por esse detalhe, em vez de fazer circular o ar quente dentro do case, ele expele esse ar.


LAS418G next-proaudio.com A Next-proaudio acaba de lançar um opção de subwoofer, com o modelo LAs418G, que é uma versão ground stack do modelo LAs418, que permite que o usuário faça um arranjo de subs com hardware externo opcional, tendo todo o hardware interno de rigging. Nessa versão 418G não é possível fazer esse arranjo, que nem sempre é uma necessidade para os usuários, permitindo uma redução substancial de peso, mas permanecendo o mesmo design e performance. Além do mais, o Las 418G abriga dois longos circuitos e alta potência provenientes dos drives de 18” fornecendo as mesmas altas frequências em um SPL bastante alto, e entregando precisão e punch em níveis de pressão sonora inacreditáveis. Onde houver necessidade de extensão de baixa frequência, o 418G é a solução.

SOUNDKINGDM-20 www.cibanez.com.br No console Soundking DM-20 foram somados ao conceito aprovado universalmente do modo de operação analógica, a excelente e moderna tecnologia digital desenvolvida e projetada para proporcionar uma experiência de mixagem profissional, com todos os recursos desejados e ótima relação custo /beneficio. Disponibilizando 20 INPUTS /16 BUS/8 OUT / AES/EBU / SPIDiF/ 2 USB 2.0., a interface é intuitiva e moderna com todos os recursos de equalizadores, efeitos DSP, compressor e gate. Esse console digital oferece praticidade de operar em sua tela sensível ao toque ou via wireless, através de qualquer dispositivo Android, dispensando a utilização de roteador externo, pois trabalha com um sistema interno de conectividade próprio. A partir de uma de suas 2 portas USB 2.0, é possível registrar suas mixagens, gravando-as em um pen-drive com total qualidade e ótimo resultado final.

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de Auratech Foto: Divulgação

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Uma década

FUNK ENTRE AS MAIS TOCADAS NO STREAMING Spotify mostra que brasileiro gosta mesmo é de um bom funk com sertanejo. Anitta, que cantou “tô preparada para atacar”, lacrou e conquistou o primeiro lugar, com Major Lazer e Pabllo Vittar, entre artistas brasileiros mais ouvidos durante os últimos três meses, no Brasil. Depois dela o fenômeno MC Livinho e a Pabllo, que nocauteou, tonteou e levou à lona os fãs. Sim, nossos artistas são os maiores destaque do Spotify dos últimos meses entre os ouvintes brasileiros. Das Top 20 músicas mais ouvidas, 18 são de artistas brasileiros. Sertanejo e funk ainda disparam na lista, mas a nova onda que vem animando as pistas, o reggaeton, veio para ficar e figura na lista com o hit Despacito.

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NOVA PLATAFORMA PARA DISTRIBUIÇÃO DE MÚSICA DIGITAL

A empresa completou dez anos em setembro e criou um selo comemorativo marcando o compromisso de continuar a atender os clientes com qualidade e comprometimento. Criada em 2007, a Auratec nasceu com o objetivo de oferecer inovação tecnológica e soluções para atender as profissionais que trabalham em evento. Aliando qualidade a preços acessíveis, hoje a companhia possui mais de 200 itens no catálogo e oferece uma gama de produtos para atender desde cenários a programas de TV. Uma das inovações foi a introdução da solda robotizada - primeira linha do segmento no país -, que

garante para o usuário final uma qualidade ímpar: totalmente padronizada em termos estéticos e técnicos, assegura o padrão do produto. Esta técnica, exclusiva da Auratec, garante uma produção até 7 vezes mais rápida e diminui os custos, fazendo que os prazos e preços da empresa sejam os melhores do mercado. O uso de solda robotizada é atualmente aplicado tanto as linhas de aço quanto as de alumínio e ajuda a destacar a empresa no mercado e permitiu o desenvolvimento da Linha Stage, com esse produto é possível montar um metro quadrado de palco por minuto.

MORRE O PRIMEIRO PRESIDENTE DA AES BRASIL O engenheiro José Augusto Porchat, primeiro presidente da AES Brasil, faleceu no dia 2 de setembro. Porchat, junto com Américo Brito, que também já nos deixou, foram os que mais incentivaram a criação da AES Brasil e sempre lutaram para o desenvolvimento tecnológico do áudio no Brasil. Com a ida de Porchat para os EUA, a presidência da AES foi substituída por Sólon do Valle.

Músicos que já utilizavam a plataforma LANDR para produzirem suas próprias masterizações podem contar a partir de agora com mais um canal de distribuição de suas músicas. Com mais de 1milhão de criadores de música em 200 países, a plataforma vai permitir que seus usuários possam lançar e vender músicas online. A empresa promete que os seus usuários manterão 100% de seus royalties e receitas, e que não haverá taxas para serviços extras como adição de álbuns a novas lojas de streaming. A LANDR também centraliza dados sobre os streams, locais de audiência, downloads e receitas em um painel bastante fácil de entender, ajudando os criadores a decidir o que fazer em seguida para promover eles mesmos e seus trabalhos. A proposta é que os músicos possam ter uma plataforma onde possam masterizar faixas, colaborar com seus amigos e lançar suas músicas facilmente, em alguns minutos, a um preço bastante acessível.


NA TRILHA

NOVO ÁLBUM DO LCD SOUNDSYSTEM

Rio WebFest

O LCD Soundsystem apresenta seu aguardado quarto álbum, “American Dream”. O projeto já tinha apresentado os singles “American Dream”, “Call The Police” e “Tonite”. “American Dream” também ganhará formato físico por aqui.

BANDA TREZZY LANÇA PRIMEIRO ÁLBUM Fissurados pelo número 13 a banda já tem muitos fãs na cena underground. Lançamento do primeiro álbum “CIRCO XIII” em outubro de 2017. Dirigido pela Foggy Filmes de Junior Carelli e Rudge Campos, o cllipe mostra muita atitude e Rock de maneira mais pura. As letras do TREZZY chamam a atenção pelos temas abordados.

A terceira edição do Rio WebFest, primeiro festival internacional de webséries do Brasil, dedicado a seriados digitais, projetos para coprodução internacional, videodança e vídeoclipes, vai distribuir 50 troféus personalizados, premiações em dinheiro, contratos de coprodução, uma viagem para Itália, uma viagem para França e a seleção oficial direta para muitos festivais internacionais parceiros. O WebFest acontece nos dias 16, 17, 18 e 19 de novembro, na Cidade das Artes - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Confira: https:/ /www.youtube.com/watch?v=q0Lrfd0LaMc

Revista Backstage tem acesso gratuito

BACKSTAGE

PARATY É CENÁRIO DE NOVO CLIPE DE BADI ASSAD COM ZÉLIA DUNCAN A tranquilidade da cidade de Paraty, no litoral sul do Rio de Janeiro, foi o cenário para o clipe da música Vejo Você Aqui, composição de Badi Assad com Zélia Duncan. Intimista, a balada fala de sentimentos como solidão e amor, é uma das faixas autorais registrada em Singular, último disco de Badi. Confira o clipe: https://www.youtube.com/watch?v=xlWZfbuUrMA

A partir deste mês, a revista Backstage oferece um presente por tempo limitado para o leitor. O acesso a Backstage Digital é TOTALMENTE GRATUITO, inclusive a edição do mês corrente. Acesse todas as edições da revista Backstage Digital pelo PC – Notebook - Tablet – Smartphone ou Smart TV em qualquer hora ou lugar. É muito simples e rápido, basta acessar o link e se cadastrar www.backstage.com.br/acessogratuito. Não perca tempo, a promoção é válida até 30/11.

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NA TRILHA

duas próximas edições

NEWHOLLY LANÇA EP COM INFLUENCIA DE BEATLES Os músicos paranaenses Eddie Lirani (baixo e voz), John Strad (guitarra, gaita e voz), Beppe Fumagalli (guitarra e voz) e Marc Dallo (bateria e voz) uniram seus talentos e a paixão pelo rock para formar a banda Newholly. O resultado da união do quarteto influenciado pela sonoridade e pelo estilo da banda britânica The Beatles é o EP homônimo, lançado pela gravadora Midas Music nas plataformas digitais Apple Music, Deezer, Spotify, iTunes, Deezer e Google Play. O disco composto por quatro músicas autorais foi produzido pelo renomado engenheiro de som e produtor musical Giu Daga, sob a direção artística do empresário Rick Bonadio, e foi gravado no Midas Studios.

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Rock in Rio confirma

Gravada originalmente por George Michael no fim dos anos 1980, o single Fantasy deveria ter feito parte do segundo álbum solo do cantor, Listen Without Prejudice Vol.1. Mas Fantasy acabou entrando no lado B do lançamento norte-americano do single Freedom! ’90. Agora os fãs de George Michael poderão conferir a versão retrabalhada de Fantasy, com participação de Nile Rodgers, que tratou de adicionar uma pegada mais funk à música.

Foto: Diego Padilha

NILE RODGERS RELANÇA LADO B DE GEORGE MICHAEL

BACKSTAGE

FUNK E POP NO NOVO EP DE JOÃO BRASIL COM COLABORAÇÃO DE DENNIS DJ O DJ e Produtor João Brasil está lançando seu novo EP, #Naite, com colaborações inusitadas com o Dennis DJ misturando funk e pop music - e é um dos trabalhos mais importantes da carreira do produtor carioca, fez também apresentação no Rock in Rio.

PRIMEIRO CLIPE E SINGLE Nanda Santo Forte gravou seu primeiro clipe e single da música Santo Forte, cuja letra foi cedida, gentilmente, pela banda gaúcha Ultramen que já teve uma de suas músicas gravada pelo grupo Rappa.

A organização do Rock in Rio confirmou a edição de 2019 no Brasil. O festival nesta edição cresceu, vendeu 700 mil ingressos para os sete dias de evento e ocupou 300 mil metros quadrados na parte privada do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, provocando impacto econômico estimado em 1,4 bilhão de reais. Além da edição do Brasil, em 2018 o Rock in Rio desembarca pela oitava vez em Lisboa (Portugal), onde acontece desde 2004.

Vevo homenageia mulheres da música As mulheres serão homenageadas por seus trabalhos e legados no dia 28 de novembro. O Women’s Music Event (WME) – plataforma digital criada para aumentar o protagonismo da mulher na música - e a Vevo Brasil promovem a primeira edição do Women’s Music Event Awards by Vevo, com o objetivo de reconhecer o papel das mulheres na música do país. A premiação será desmembrada em três frentes: categoria voto popular, categoria voto técnico e homenageadas pelo conjunto de sua obra. Mais informações no site: http://womensmusicevent.com.br/

PENN ELCOM EXPANDE OPERAÇÕES NA CHINA A empresa de cases anunciou que acaba de inaugurar um centro de distribuição em Pequim com mais de 2 mil metros quadrados. O local vai atuar em conjunto com o centro de manufatura em Guangdong. As novas instalações serão co-

mandadas por Huang Xue (Linda Hwag), gerente multifuncional e especialista em relacionamento com o consumidor que já trabalha na Penn Elcom há 15 anos, e recentemente dirigiu as instalações da companhia na Malásia.


Guitarras autografadas por Steven Tyler Foto: Divulgação/ Approach

Durante o Meet and Great com Steven Tyler, realizado dia 20 de setembro, a Yamaha Musical do Brasil, em parceria com a Vevo, entregou 10 guitarras Revstar autografadas pelo astro a celebridades e outras personalidades. Dentre os nomes que receberam este presente estão Marco Luque, Caio Castro, Gabi Lopes e, claro, que uma das guitarras foi dedicada à própria Yamaha.

SISTEMA DE SOM CADAC NA MEGACOMMS A Cadac proveu o seu sistema digital MegaCOMMS com sete e oito CDC consoles de mixagem com o objetivo de providenciar distribuição e controle de um dos maiores eventos de áudio e cinema, o IBC Big Screen – Auditorium. A instalação da network foi especulada por Terry Nelson, da IBC Technical Resources – especialista em áudio e acústica. A instalação completa compreendeu oito 32-CDC e sete CDC mixers em rede para dois CDC I/ O 6448 e dois CDC I/O 3216 stage boxes via CDC MC Router, com a rede provendo toda a produção do áudio no auditório.

WEBINARS A Martin Audio vai fazer uma série de webinars (seminários via web), que vai dar início a uma nova programação educacional para seus produtos que são os melhores no ranking de vendas e plataformas de software. As sessões ao vivo inicialmente serão conduzidas por membros do grupo de suporte do produto, que vão compartilhar experiências, dicas e conhecimento. As sessões serão oferecidas para os profissionais de áudio que desejarem se interar mais com as tecnologias da Martin Audio e podem ser acessadas de qualquer lugar do mundo gratuitamente. Informações: https://martin-audio.com/training

CONCURSO NACIONAL DE PIANO A Yamaha Musical do Brasil, em parceria com o CAEM (Centro de Apoio à Escolas de Música), realizou o primeiro Concurso Nacional de Piano. Participaram alunos de escolas de música e conservatórios, sendo separados em duas categorias: I para jovens de 12 a 14 anos e II de 15 a 17 anos, que tiveram a oportunidade de mostrar suas performances e aprimorarem suas técnicas durante seus estudos. O primeiro lugar de cada categoria foi premiado com um piano acústico Yamaha JU109-PE. O segundo lugar ganhou um piano digital P-115B//BRA e os terceiros lugares receberam um piano digital P-45B//BRA.

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GIVE MORE LOVE Ringo Starr

JUST THE BEGINNING Grace VanderWaal

O cantor e baterista Ringo Starr lançou Give More Love, novo trabalho do ex-Beatle, que já está disponível em todas as plataformas digitais https://umusicbrazil.lnk.to/GiveMoreLove. Este é o 19º trabalho solo de Ringo e o eterno baterista dos Beatles contou com a participação de seu ex-companheiro de banda, Paul McCartney, em duas faixas: We’re On the Road Again e Show Me the Way. Também participaram do disco Joe Walsh, Peter Frampton, Richard Marx, Glen Ballard, Dave Stewart, Don Was, Timothy B. Schmit, Edgar Winter e Steve Lukather. Sendo que Winter e Lukather fazem parte da formação atual da All-Starr Band, de Ringo. O álbum tem 10 músicas inéditas: 1) We’re On the Road Again 2) Laughable 3) Show Me the Way 4) Speed of Sound 5) Standing Still 6) King of the Kingdom 7) Electricity 8) So Wrong For So Long 9) Shake It Up 10) Give More Love 11) Back Off Boogaloo (Re-do) 12) Don’t Pass Me By (Re-do) 13) You Can’t Fight Lightning (Re-do) 14) Photograph (Re-do). Para saber mais acesse também www.ringostarr.com

A cantora e compositora Grace VanderWaal lança seu álbum de estreia Just the Beginning, no dia 3 de novembro. O álbum de 12 faixas apresenta o single Moonlight, que já tem mais de 15 milhões de visualizações de vídeo e 18 milhões de streams combinados ao redor do mundo, junto com a faixa Sick of Being Told e a recém-lançada So Much More Than This. O single dá seguimento ao EP de estreia de Grace, Perfectly Imperfect, que foi o mais vendido de 2016. Além de escrever todas as músicas do novo álbum, Grace também trabalhou com os premiados produtores e compositores Ido Zmishlany (Shawn Mendes, Camila Cabello), Kinetics & One Love (Hailee Steinfeld), Greg Wells (Katy Perry, Adele), Gregg Wattenberg (Train, Phillips Phillips) e Sean Douglas (The Chainsmokers, Demi Lovato). A jovem estrela, que recentemente venceu o Radio Disney Music Award na categoria The Freshest Best New Artist e o Teen Choice Award na categoria Next Big Thing, está pronta para embarcar em turnê pelos Estados Unidos, com início em Los Angeles, passando por Chicago, Boston e Nova York.

TODAS AS BANDEIRAS Maglore Foto: Azevedo Lobo / Divulgação

O novo repertório já estava composto antes da mudança na formação, o que obrigou o grupo a reinventar-se musicalmente sobre as novas canções. Mas o que parecia um processo que poderia ser conturbado, na verdade funcionou como um choque de realidade, levando o grupo a produzir um material mais maduro. Todas as Bandeiras, que sai pela Deck, é o quarto álbum, é o momento em que as indecisões anteriores parecem ter cessado para chegar ao ápice da própria sonoridade, melancólica e esperançosa ao mesmo tempo. É sua obra mais madura, mais autoral e até mesmo mais política, embora as bandeiras citadas no título não tenham vertente ideológica. Um trabalho multifacetado mas coeso, que contou apenas com dois agentes externos na gravação, repetindo a produção da dupla formada pelo guru do pop brasileiro deste século Rafael Ramos e o produtor - e único músico de fora da banda deste CD - Leonardo Marques, os mesmos do álbum antecessor, no estúdio carioca Tambor. A mixagem ficou por conta de Otávio Carvalho, no estúdio Submarino Fantástico e a masterização é de Felipe Tichauer, feita no Redtraxx Music, na Flórida. A arte de Azevedo Lobo, que forma imagens a partir de cores diferentes, espalhase pelas páginas do encarte e por sua capa, mostrando que diferentes tonalidades podem coexistir sem atrito.


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Foto:Divulgação

YIN YANG Oriente

Após três anos de espera dos fãs, o grupo apresenta seu novo álbum, Yin Yang. O projeto, que é o primeiro lançamento do Oriente como parte do cast principal da Sony Music, conta com 14 faixas, incluindo inéditas e sucessos já conhecidos do público, como Linda, Louca e Mimada e Vagabundo É Foda, que somam mais de 11 milhões de visualizações nos clipes oficiais, além dos singles Essa Eu Fiz Pra Você, R.A.P., Oriente-se (com Criolo) e Isso É Rap, que ganhou videoclipe com participação de alguns dos maiores nomes da cena rap do Rio de Janeiro e São Paulo. O novo álbum ainda conta com participações de Zeca Baleiro, Toni Garrido, KL Jay, Daniel Profeta, Rebeca Sauwen, Pedro Qualy e Self Provoked. Formado pelos MCs Chino e Nissin, além do beatbox Geninho e o violinista clássico Nobru. Oriente nasceu em 2009 em batalhas de rima em Niterói (RJ) e estreou com o primeiro álbum em 2011. Lançado de forma independente, Desorientado apresentou o sucesso O Vagabundo E A Dama e foi seguido por dois álbuns, que já renderam ao Oriente mais de 1 milhão de inscritos em seu canal oficial no YouTube, 812 mil ouvintes mensais no Spotify e 2 milhões de seguidores no Facebook.

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sempre será alvo de críticas e elogios, mas ignorar sua importância é escapismo. Roberto Medina colocou o Brasil no mapa mundial do entertainment e, graças ao Rock in Rio, dezenas de outros eventos proliferaram e se consolidaram nas últimas décadas por aqui. O país ganhou credibilidade e nossos produtores passaram a ser vistos com outros olhos pelos empresários dos maiores nomes da música internacional.

DESAFIO

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COM HONRAS

Com as cartas na mesa, o mercado não se fez de rogado e foi às compras. Fabricantes e importadores anunciam vendas em recuperação e, em alguns casos, até falta de itens por conta de pedidos em quantidades não previstas. Definitivamente, o Brasil é o gigante que por vezes dorme, mas nunca morre.

Um dos mais espetaculares percussionistas brasileiros de todos os tempos morreu da forma que todo o músico de verdade gostaria. O genial Laudir de Oliveira tocou com Chick Corea, Wayne Shorter, Nina Simone, Joe Cocker, integrou o grupo Chicago e participou do último disco dos Jackson Five, Destiny. Aos 77 anos, morreu no último dia 17 de setembro durante um show tributo, no Rio de Janeiro, ao eterno saxofonista Paulo Moura. Logo após um solo de percussão, ele descansou suavemente a cabeça na conga e esperou seu coração parar de bater para se tornar imortal para os amantes da música. Que o céu o receba, mestre.

COMPARAÇÃO Alguns críticos metidos a moderninhos e que ocupam espaços nobres na mídia tiveram a cara de pau de comparar a Lady Gaga com a Anitta quando a gringa anunciou que não viria ao Rock in Rio. Pediam que escalassem a brasileira e fizeram paralelos e comparações. Juro que não acreditei, mas logo entendi que não é apenas a nossa música popular que está no fundo do poço qualitativo, a crítica também.

ROCK IN RIO O maior festival de música do mundo

Aprovadas pelos consumidores e com padrão assimilado, as caixas acústicas amplificadas entram agora numa nova geração de desenvolvimento e exigência mercadológica. Suas antecessoras passivas já viviam o drama de enfrentar o peso como fator decisivo de compra e isso agora chega também às modernas caixas equipadas com amplificadores cada vez mais potentes e estáveis. A JBL pulou na frente lançando a EON615, uma caixa com falante de 15” e apenas 17kg de peso. O peso médio de equipamentos com essas características chega perto dos 30kg. Mesmo com amplificadores de classe D, a tarefa de reduzir o peso desse tipo de produto não é fácil e a guerra promete.

MANCADA Realizar a São Paulo Trip em paralelo com o Rock in Rio foi bola fora. Faltou público e entusiasmo no palco, na plateia e nas ruas. A ideia de aproveitar alguns shows e o esgotamento de ingressos do festival carioca não funcionou e boas atrações tocaram para públicos bem inferiores ao esperado.

VOZES Acompanhando atentamente os shows do Rock in Rio notei que algumas vozes famosas acusam o desgaste do tempo e não soam mais da mesma maneira. Percebi que isso foi consenso e liguei para uma amiga fonoaudióloga para buscar informações. Ela explicou que o tempo é implacável não apenas com o timbre, mas também com a sua extensão. A idade “engrossa” a voz e tira parte do brilho


GUSTAVO VICTORINO | VICTORINO@BACKSTAGE.COM.BR

dos agudos que ficam cada vez mais difíceis de sustentar. Como normalmente o rock exige vozes no limite da projeção e tonalidade, foi fácil entender por que Bon Jovi, Axl Rose e Roger Daltrey foram criticados por soarem diferente.

THE WHO Exigir da iconoclasta banda inglesa o mesmo desempenho dos anos 70 é quase uma covardia. Já reconhecer que a banda liderada por dois setentões e que é parte da história do rock and roll fez um show digno e autêntico exige sensibilidade e conhecimento. A banda foi escolha pessoal de Roberto Medina e apontada como o melhor show do RiR 2017. Ler meninos e meninas despreparados e totalmente dependentes do Google, mas que ocupam espaços nobres na mídia, analisar um show do The Who é mais ou menos como pedir a opinião de um jogador de futebol sobre a obra de Goethe.

BOA NOVIDADE A banda paulista República surpreendeu muita gente no Rock in Rio. Ainda desconhecido além do centro do país, o grupo faz um rock pesado e intenso com boas letras em inglês e um perfil com foco internacional. O República é presença confirmada também na Festa Nacional da Música desse ano em Porto Alegre. Como destaques, o baterista Mike Maeda que, pilotando uma Tama, deu um show de técnica e segurança e o guitarrista Luis Fernando Vieira, o mega publicitário que mostra ser bom em tudo que faz.

EXEMPLO No Japão, a tributação sobre instrumentos musicais comercializados no país tem alíquota negativa, ou seja, não paga imposto e ainda tem algumas outras isenções secundárias, porque lá o instrumen-

to musical é considerado como ferramenta de cultura e educação. Enquanto isso por aqui...

MULTI SHOW O canal do sistema Globosat melhorou bastante a cobertura do Rock in Rio em relação à última edição. Menos gracinhas e mais informação mostrou que a descontração não pode se confundir com o necessário conteúdo numa cobertura dessa grandeza. As escorregadelas e os excessos dos apresentadores e repórteres são normais em transmissões ao vivo, mas tecnicamente a cobertura atingiu um nível muito bom com um show de imagens e ambientação. Encontrar defeitos é fácil, mas dessa vez as virtudes foram muito além do esperado.

OPORTUNIDADE Algumas das bandas internacionais que vieram ao Rock in Rio fizeram shows pelo Brasil antes e depois do megaevento. Num país continental como o nosso, diluir o custo dessas bandas em shows por outras capitais foi uma forma interessante de viabilizar cachês estratosféricos em dólar. Parece que Roberto Medina continua pensado na frente...

GARANTIA Ao longo dos anos tenho alertado sobre os prazos de garantia dos equipamentos e a forma como fabricantes e importadores lidam com o limite legal de 90 dias. Isso pode mudar. Em Brasília, parlamentares têm ouvido as queixas dos consumidores e estudam uma proposta para ampliar a garantia legal para 6 meses. Tem propostas que querem estender a garantia mínima legal para até um ano. Entre os produtos que podem ter essa obrigatoriedade estão eletroeletrônicos e, consequentemente, instrumentos musicais e equipamentos de áudio. O caso precisa de muito cuidado porque alguns equi-

pamentos são utilizados no limite de sua resistência como computadores de escritórios e servidores, sistemas de som profissionais de uso diário e por longos períodos em regimes de alto desempenho, violões elétricos e teclados de escolas, e muitos outros de uso constante e crítico. Garantia de um ano para equipamentos assim pode elevar preços de produtos mais baratos e voltados ao consumo popular. Via de regra, esses equipamentos têm qualidade inferior como forma de justificar o seu preço mais acessível. Por outro lado...

SEPULTADA Alguns anos atrás dei aqui a notícia de que a Yamaha tinha planos para montar uma fábrica de instrumentos musicais no Brasil. O projeto seria desenvolvido na Zona Franca de Manaus e renderia dezenas de empregos diretos e pelo menos duas centenas de indiretos. Alguns presidentes depois, a Yamaha sepultou a ideia e não é nada difícil adivinhar o porquê...

MORTE ANUNCIADA Com as mesas digitais e o poderio dos computadores ampliados a cada novo modelo, é provável se prever a morte lenta dos gravadores de alto desempenho. Os portáteis também já sentem a evolução dos aplicativos e o brutal aumento de capacidade dos smartphones que logo farão esses modelos sucumbir também. O gravador do futuro será um mero programinha nos potentes dispositivos multimídia que cada dia mais invadem o mercado.

XIXI Será que no próximo Rock in Rio teremos um profissional dimensionando o número de banheiros para o público máximo esperado? As torturantes e gigantescas filas e as “rodinhas de xixi” foram comuns esse ano, e os marmanjos adoraram...

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Em agosto, a Harman apresentou ao mercado brasileiro o modelo JBL VTX A12, lançado durante a PlS Frankfurt 2017 e que promete solução inovadora para os técnicos e para as turnês de médio e grande portes. redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação

HARMAN DO BRASIL APRESENTA NOVIDADES EM SÃO PAULO

O

evento, que também serviu para exibição de três novas linhas de PA, foi realizado em São Paulo, nos dias 23 e 24, no hotel Maksound Plaza. O CEO da Harman do Brasil, Rodrigo Kniest, e o diretor de Marketing e Vendas, Manoel Sieiro, abriram o primeiro dia do encontro, seguidos pelo especialista da JBL, Adilson Silva, que fez uma breve demonstração dos modelos recém-lançados no mercado: a VTX A12,

JBL PRX 800, MRX600 e KI. Além disso, foram apresentadas, ainda, as mesas analógicas Soundcraft LX e SX e os amplificadores de headphone AKG HP4, HP12 e HP6. O público também teve a chance de conferir de perto os novos equalizadores DBX 2231 e 231S e os amplificadores Crown série T.

MECANISMO DE BLOQUEIO Os novos alto-falantes JBL VTX A12, já


O aplicativo móvel PRX Connect para iOS e Android se conecta a cada alto-falante, oferecendo controle total sobre o DSP incorporado

haviam sido destaque na feira Prolight + Sound 2017, em Frankfurt, e o sistema foi projetado para enfrentar os desafios exclusivos de empresas de locação, engenheiros de FOH e equipes de produção de turnês, principalmente em relação ao transporte das caixas, até melhorias na clareza, poder e direção do som. Considerado o melhor equipamento de sua classe, ele permite uma configuração rápida e precisa com um mecanismo que bloqueia automaticamente os ângulos do gabinete para a posição desejada. Esse mecanismo de bloqueio interno facilita a configuração de arrays de 0,25 a 10 graus, usando os pinos do seletor. Uma vez que o sis-

tema está suspenso, por exemplo, o mecanismo bloqueia automaticamente os ângulos do gabinete nas posições designadas. Esse sistema é uma extensão da família de lines VTX da JBL e utiliza um novo elemento de alto-falantes para line array, duplo de 12?, projetado para dar maior desempenho, confiabilidade e facilidade para os técnicos e engenheiro durante o uso do equipamento. A linha de Soluções Profissionais da Harman também atualizou duas versões dos seus consoles de mixagem Soundcraft, possibilitando assim mais facilidade, confiabilidade e versatilidade. Os modelos possuem agora um processador mais ágil, garantindo uma inicialização de apenas 30 segundos, além da troca de delayers com mais agilidade e uma placa de vídeo integrada, que traz mais estabilidade e confiabilidade durante o transporte.

CONSOLE SEM FIO VIA WI-FI Outro destaque do evento ficou por conta da nova JBL PRX800, o primeiro sistema de PA dessa classe a apresentar controle sem fio completo via wi-fi. O aplicativo móvel PRX Connect para iOS e Android se conecta a cada alto-falante, oferecendo controle total sobre o DSP incorporado. Isso permite que o engenheiro possa caminhar ao redor do local durante a verificação de som e ajustar os alto-falantes para melhorar o sistema com mais precisão. Com amplificadores de potência Classe-D de 1500 watts integrados, o PRX800 é o sistema mais potente e eficiente da sua categoria. A tecnologia de woofer patenteada JBL Differential Drive é capaz de fornecer áudio claro em volumes extraordinariamente altos, além de ser mais leve que os demais.

Conheça o VTX A12 • O novo line array JBL VTX A12 possui modelos de guia de ondas de alta freqüência, inovações no hardware de montagem e suspensão e aprimoramentos dos aspectos físicos do gabinete. • O VTX A12 possui tecnologia acústica aprimorada, com uma nova seção de alta freqüência (HF) com três drivers de design exclusivo que combinam o plug de fase e a guia de onda de HF em uma única parte, produzindo mais tolerância e sensibilidade acima de 6 kHz, enquanto reduz a distorção e o peso total. • O Radiation Boundary Integrator (RBI) combina quatro drivers de média freqüência de 5? na guia de ondas de alta freqüência e fornece uma superfície suave para as altas frequências.

• Um woofer leve, de baixa frequência, de neodímio de 12“ (LF) possui design de 4ª geração, com uma nova bobina de voz dupla, disposição de ímã duplo e uma série de tecnologias próprias JBL. Esses elementos se combinam para fornecer um sistema com saída por peso, grande extensão de baixa frequência e diretividade de 90 graus até 300 Hz. • O VTX A12 também possui um novo design de grade que reduz o número de componentes expostos e protege o altofalante de condições climáticas extremas bem como durante o transporte rodoviário. • Para facilitar uma montagem rápida, os lines são empilhados em quatro peças no carrinho transportador vertical (VT) em uma posição de 10 graus.

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Falar em projeção e iluminação nos dias de hoje é bem diferente de quando surgiram os grandes festivais e eventos no Brasil. Recursos como mão de obra e equipamentos deram um salto tecnológico inimaginável há 20 anos, resultando em trabalhos mais criativos, sem as barreiras impostas pela limitação da tecnologia. Danny Pudny, que está à frente da ID21 – empresa responsável por importantes eventos e execução de projetos, como a Casa da Jamaica durantes os Jogos Olímpicos de 2016 – faz um panorama sobre essa mudança no cenário da iluminação e do novo projeto de Beach Boxing no próximo verão carioca, envolvendo projeção e realidade virtual. redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação

BEACH B

BOXING

ackstage - Você está produzindo o Beach Boxing, evento que acontece no verão de 2018, tendo como palco a praia de Ipanema. Qual novidade será trazida para este evento em termos de projeção? Danny Pudny – Em termos de projeção, usaremos caminhões portáteis com sistema de LED bivotante. A ideia que antecede o projeto é que ele está sendo apresentado em realidade virtual, com o sistema Samsung e da HTC. São experiências de realidade virtual, o projeto todo está sendo concebido com isso, mas depois a implantação é mais tradi-

cional. Só que o boxe de praia é uma modalidade nova, então na realidade, a ideia é trazer os atletas, colocar as lutas marciais para dentro do boxe de praia e fazer disso uma modalidade realmente de lançamento. Backstage – Mas o boxe envolve todo um glamour certo, como os efeitos de iluminação? Danny – Envolve. Queremos desinstalar o boxe tradicional e instalar uma modalidade de competição que demanda muito mais resistência física do que um atleta normalmente aguentaria dentro do rin-


Backstage – Por que foi escolhida a praia de Ipanema? Danny - Na verdade, ele vai ser apenas o início da jornada, serão seis competições. Depois do Rio, vamos para Guarda do Embaú (SC), Norte e Nordeste, Sul e Sudeste, mas começamos por Ipanema por ser uma praia emblemática, e o posto 10 também já é frequentado por lutadores. E é um cartão-postal, vamos usar o backdrop da cidade como um fundo não de projeção, mas um fundo natural de imagem. A ideia é fazer um evento de sunset que se use a luz do dia normal e, ao término, o evento ganhe um carimbo natural do sol se pondo. Backstage – Você já esteve a fren-

gue. Então a areia é um grande desafio, não só para a técnica como para o atleta nesse momento.

Todas as grandes turnês que passaram, as primeiras montagens no Maracanãzinho, Apoteose, mas o que nós vimos é uma mudança em que a luz continua sendo predominante.

te de outros eventos e festivais. Como foi a evolução da tecnologia de mapeamento/projeção até os dias de hoje? Danny - Eu venho da iluminação cênica, então a minha escola é a iluminação cênica, dos grandes festivais, como Hollywood Rock, Rock in Rio. Todas as grandes turnês que passaram, as primeiras montagens no Maracanãzinho, Apoteose, mas o que nós vimos é

uma mudança em que a luz continua sendo predominante. Ela passou a ser um coadjuvante da projeção, o LED ganhando cada vez mais espaço na parte de projeção, ganhando um pouco da dianteira no processo. Então hoje a comunicação toda acaba passando pelos telões de LED, como do U2, essas novas turnês que estão vindo; a iluminação cênica se deu em um segundo momento. O que perce-

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tiu a portabilidade. Antigamente você precisava, para qualquer ideia mínima, de um caminhão para levar sua ideia para campo. Hoje, dentro da mochila, leva um laptop, uma placa de vídeo, um projetor de grande alcance cabe na mala do carro, um Uber com boa vontade te leva… Fizemos no dia 27 de agosto um espetáculo de dança no CCBB, e na fachada usamos exatamente isso. Tivemos módulo Late, que era um software de edição e modificação de vídeo, ligado a uma placa black magic, placa de captura, um superprojetor, estaqueado com mais um segundo e pronto, fachada feita, uma câmera captando e a fusão estava lá. As soluções são muito portáteis, então isso está ajudando muito.

bemos, por exemplo, durante as Olimpíadas, quando fizemos um mapping na rocha do Cantagalo e nos Arcos da Lapa, o resultado do que as pessoas enviavam para o twitter era projetado diretamente na rocha e diretamente sob o monumento dos Arcos da Lapa. Então, na parte de projeção, ao contrário do LED, muita coisa mudou, melhorou. As lentes melhoraram, a gente consegue dar mais alcance, os softwares de mapping estão mais precisos, estão mais amigáveis a uma instalação rápida, então você consegue com soluções digitais res-

postas muito rápidas. O período de montagem ficou mais eficiente, o período de utilização e dos ensaios também ficou muito mais eficiente, não vamos dizer que é um plug and play, mas você praticamente consegue simular e ir para o evento com tudo pré mapeado. Então nessa parte a tecnologia ajudou muito. Backstage – Qual o maior avanço tecnológico que veio realmente ajudar, facilitar a pôr em prática a criatividade? Danny - Acho que a coisa mais legal da tecnologia é que ela permi-

Backstage – Com que olhos você vê o mercado brasileiro para o lighting designer. Existe mercado em todo o país ou se concentra em certas regiões? Danny - Acho que o showbizz se matou, infelizmente, eu acho que se extinguiu quase durante um período e o lighting designer ficou atrelado a ele. Eu cheguei a fazer uma migração do lighting designer para arquitetura, fizemos vários eventos de iluminação e arquitetura dentro do país e fora do país, empreendimentos comerciais, mas acho que agora a volta do ligting desinger está focado aos especiais midáticos que artistas ainda estão investindo. Enfim, sertanejo voltou a investir muito e acho que o LD está criando identidade de festas. Fizemos por exemplo o Skol Summer Rock, uma campanha itinerante em que usamos uma linguagem de LD forte, então era a volta da iluminação, dos efeitos de palco, associados a um público que ele realmente contagia. Backstage – Qual a área mais


Backstage – Até que ponto o LD pode exercer sua criatividade sem esbarrar nos aspectos tecnológicos? Danny - Acho que não tem limite. Acho que o LD, hoje, precisa de bom gosto. Existem luminárias que respondem a um comando de wifi, por exemplo, então você tem, por transmissão de celular, o teu co-

promissora para um LD hoje em dia: show, evento? Danny - Festa. E aí ele vai ter que ter uma interface muito boa para estudar se possível uma proximidade com um VJ. Então, na verdade, a fusão mais do que nunca de um LD com um VJ é um casamento e, às vezes, até a mesma pessoa pode fazer as duas coisas. Aqui na ID21, dominamos a parte de 3D, virtual, então a gente tem muita coisa já para vídeo, integrando com os nossos projetos de iluminação.

Aqui na ID21, dominamos a parte de 3D, virtual, então a gente tem muita coisa já para vídeo, integrando com os nossos projetos de iluminação.

mando de troca de cor, ou de intensidade, então, a tecnologia não está limitando mais. Acho que o maior limite hoje é o mercado entender a necessidade, respeitar e valorizar o profissional, mas fora isso acho que cabe ao LD realmente assumir o papel dele e encantar a plateia, acho que esse é o foco maior. Backstage – Quais as características que um profissional precisa

desenvolver nessa área? Danny - Estudar e se atualizar sempre. Em 1987 mais ou menos, quando chegaram os primeiros moving lightings no Brasil todo mundo achava que já sabia tudo, porque dominava as tecnologias das mesas, na época analógica, e dos refletores. Aí tivemos que estudar os moving lights, uma cultura nova, e quem estudava um pouco mais ajudava o outro, como uma família, que ia se

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Acho que precisa-se estudar captação de imagem e como o seu resultado fica em vídeo, porque em tudo hoje será saída para o vídeo. Seja para o seu celular, seja para uma captação de filmagem mesmo.

criando com conhecimento. A partir do momento que começou a entrar no mercado uma gama de moving lights, e essa informação cada vez se democratizar mais, mais a entrada da internet, que teve um papel fundamental nisso, acho que se perdeu um pouquinho essa coisa de comunidade, em que as pessoas se ajudavam, a divulgar o conhecimento. Acho que isso poderia ser resgatado, mas é estudar e se atualizar. Acho que precisa-se estudar captação de imagem e como o seu resultado fica em vídeo, porque em tudo hoje será saída para o vídeo. Seja para o seu celular, seja para uma captação de filmagem mesmo. Acho que é estudar como o seu trabalho fica no vídeo. Backstage – Existe algum set de equipamentos que seja o seu preferido? Danny - Um set seria um bom subgrave no som para dar cadência, então um equipamento que realmente bata cria emoção, gosto muito dos moving lights sem ser os canyons, mas moving heads mesmo, de grande impacto, e um Machintosh que é um bom computador para qualquer desafio. Acho que uma boa trilha sonora, um bom olho e uma câmera fotográfica sempre comigo para registrar ideias, não é nem o resultado do trabalho que a gente acaba não fotografando, mas registrar ideias que vão virar trabalho depois. Bakstage – No dia 27 aconteceu a apresentação Dança em Trânsito, no CCBB, com uma grande projeção

mapeada. Como foi desenvolvido esse trabalho e qual foi a repercussão e reação do público? Danny - Na verdade, fizemos duas ações, uma dentro do teatro, com a realidade virtual em máscara, onde o público ficava praticamente só rodando em torno de si mesmo com a ação virtual, e depois no mesmo dia levamos bailarinos para fora, em cima de uma torre dine pantográfica, fazendo a performance. Aquela performance era captada por uma câmera na dine, e aquela ação passava por um processamento de vídeo, e era ampliado para a fachada com os efeitos. Então eram dois momentos, você via em primeiro plano o bailarino fazendo efetivamente a coreografia e como aquela coreografia recebia um tratamento de arte para ser projetada na fachada. O público foi muito positivo, nós tivemos visitas não só das companhias daqui, mas internacionais, e o público lotou a praça em frente ao CCBB à noite para ver a projeção. Backstage – De todos os projetos que já executou, existe algum que seja muito querido, por quê? Danny – Um dos meus grandes xodós foi o Hollywood Rock, porque foi minha entrada. Na verdade onde meus olhos se abriram para pertencer ao showbizz. Outro ue marcou foi o da campanha da Fiat, para iluminar a cidade inteira de Ouro Preto com projeções. Na época, os projetores MARK 4, que eram slide grandes, porque ainda não tinham as projeções


digitais. Eram gigaprojetores e com iluminação, para contar uma história na cidade inteira de Ouro Preto, foi uma intervenção inédita. Outro ainda que marcou, mas aí não como LD, foi o desafio técnico de ter sido o master planning da Red Bull Air Race, um evento com desafios técnicos incríveis, e fazer todo o planejamento de implantação do projeto internacionalmente, e a turnê, foi um presente. Backstage – Como surgiu essa profissão na sua vida. Você está há muito tempo no Brasil? Danny - Eu vim muito pequeno para cá, sou suíço mas fui criado aqui, praticamente sou brasileiro, sou suíço de passaporte. Tudo o que aprendi no showbizz aprendi com as equipes brasileiras, com colegas brasileiros. Tive oportunidade de fazer vários cursos internacionais

de aprimoramento e sou arquiteto por formação, então desde cedo tentei associar uma coisa mais rápida de execução aos planejamentos. A arquitetura pela arquitetura é um processo intenso, longo e doloroso para quem não tem muita paciência (risos). Então o showbizz permite você ter ideias incríveis, únicas, encontrar pessoas que estão na mesma vocação do que você, e realizar em tempo recorde coisa que via. Isso me cativou, entrei no showbizz depois da faculdade, já quase concomitante, e comecei a desenvolver um trabalho justamente focando em aplicar novas soluções, usar o planejamento, coisa que as pessoas não usam muito no Brasil. Não gostamos de apagar incêndio, não é o fazer o ao vivo só, quem já está no segmento sabe fazer o ao vivo, sabe dar a solução na hora, mas de dar uma solução sem soluço no

planejamento antes. Essa sempre foi a minha maneira e no que eu acreditava trabalhar, então juntei essa parte da vocação da arquitetura, que dá muita base de planejamento, com o entendimento do dia a dia. O Brasil tem algo que é incrível mas que a gente não valoriza, o brasileiro tem um profissionalismo único e ele dá o coração quando ele executa um projeto. Então a dedicação para realizar um projeto é só nossa e isso não tem igual no mundo. Já trabalhei com várias nacionalidades, mas uma coisa que nos diferencia de todas elas é que a gente pode não ter o domínio da ferramenta, mas damos o sangue para fazer a coisa acontecer. Esse comprometimento com o resultado é tipicamente nosso. E acho que isso precisa ser valorizado, e acho que as pessoas não dão o valor.

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Pelo sexto ano consecutivo, o Planeta Rock reuniu em um mesmo palco, na cidade de São José do Rio Preto, um concurso de bandas e nomes já consagrados no cenário do rock nacional. A edição 2017 do festival teve uma estrutura de palco maior em dois dias de muita música e rock and roll. Danielli Marinho redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação

“ROCK AND NA TERRA DO SER

F

oram mais de 12 horas de música, mais de 15 bandas, em uma maratona que envolveu tempo recorde na troca de palcos. O Planeta Rock ao longo dessa meia década passou do status “concurso de bandas” para o status “festival de rock com concurso de bandas”. O line up do evento foi composto por oito bandas brasileiras consagradas na cena nacional, entre elas Paralamas do Sucesso, Humberto Gessinger, O Rappa, CPM22, que fecharam as duas noites de rock and roll. A opção por diminuir o número de dias, de acordo com André Fachinetti, organizador do Planeta Rock, teve como objetivo aumentar a qualidade do próprio festi-

val. “Diminuímos o dia e aumentamos a qualidade”, diz. “O festival tem hoje uma estrutura sensacional, uma estrutura para grandes bandas no cenário nacional, e essa grande estrutura é a mesma compartilhada com as bandas do concurso”, afirma. Ainda de acordo com ele, a estrutura diferenciada envolveu ainda a implementação de áreas vips para o público, como a inclusão de uma pista premium. “Eu acredito que essa mudança de estrutura agradou bastante o público. Então tenho certeza que o festival está cada vez mais alcançando os seus objetivos, que é promover cultura”, completa o empreendedor.


Recife”, observa André. “Esse apoio do Governo do Estado (São Paulo), através do PROAC sempre fortalece e incentiva para que projetos como esse aconteçam, e com preços diferenciados. Sabemos que há outros festivais no Brasil como outros valores, porque não têm incentivo. Então, o incentivo é importante porque você consegue trabalhar em outra plataforma de valores, facilitando para que as pessoas possam assistir shows de qualidade como o que apresentamos aqui no Festival Planeta Rock”, completa.

SUSTENTABILIDADE E AÇÃO SOCIAL Outro pilar em que está baseado o Planeta Rock é a promoção de ação

ROLL” TANEJO Contando com recursos do PROAC - Secretaria de Cultura do Governo do Estado de São Paulo -, o Planeta Rock também abre as portas para que bandas de outros estados participem da competição, a fim de incentivar o surgimento de uma cena cultural mais plural. “Temos bandas de vários estados brasileiros. Isso mostra para o governo do Estado, e secretaria de cultura do Estado, a importância desse festival. Mostramos que as pessoas que participam. Esse ano, por exemplo, temos quatro bandas de fora de São Paulo participando, um delas é de

Encerramento do concurso de bandas teve apresentação da banda vencedora do ano passado

Festival teve número de dias reduzido, porém número de bandas do concurso permaneceu o mesmo

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Venue usada na house mix pelos técnicos fornecida pela empresa de locação Dicksom

Na sonorização foi utilizado sistema de som Attack VRD112A, para o palco principal, mais o modelo VRV206 (Attack), no front fill. Os subs foram os modelos VRS1810A via auxiliar e Subwoofer SB850, da EAW.

social durante o evento. A campanha Roqueiro Solidário em que o ingresso comum era trocado na bilheteria mediante a entrega de um quilo de alimento não-perecível, é destinado a associações que dão suporte a famílias de baixa renda ou crianças em situação de risco social. “Isso, com certeza,

é uma ação que nos deixa felizes e com a sensação do dever cumprido, porque o Planeta Rock arrecada muito alimento. A estimativa era arrecadar aproximadamente 15 toneladas de alimentos que, doados à Paróquia Jesus Bom Pastor e São Sebastião. Isso é muito bom porque não é só essa ação

Lista de equipamentos Sistema FOH DIGDESIGN MIX RACK Line Array Attack VRD112A VRV206 Attack (Front Fill) Cluster de SUB VRS1810A VIA AUXILIAR Subwoofer SB850 EAW Gerenciador DBX 4800 Monitoração YAMAHA PM5DRH Monitores SM400 eaw Amplificação CARVER Sistemas IEM Shure PSM700 Sistemas Sennheiser G3 Side fill EAW com SB850 e KF850 DUPLO BackLine Bateria Grestch Catalina Fender THE TWIN Fender DeVille JCM900 com 1960A Ampeg SVT 3 PRO com cx SVT810 GK800 com Cxs 410 e 115

40 Praticáveis 2X1 com rodas rodízio Microfones e DIs Microfones Shure Sm58 e Beta 58 transmissão UR e UD Shure Sm58, Sm57, Beta57, BETA 56, beta91, beta52 e sm81 Sennheiser E604, MD421 e E609 AKG D112, 518 e 419 CAD ICM417 DIs ativos e passivos Iluminação Palco 24 Refletores par64 F#5 12 refletores Elipsoidais ETC 12 ATOMIC 3000 30 Refletores PARLED 3W RGB 24 Moving Head Beam 5r 16 Moving Head Robe Pointe 04 Moving Head Wash 108RGBW 3W 10 mini brute 4xdwe Mesa Avolite 2010 Rack dimmer 36 canais 2 Maq. de fumaça DMX com ventilador


Técnicos de som e PA do Humberto Gessinger: Alexandre Master e Francisco Ribeiro

n do Urban Legio Técnico de PA

SONORIZAÇÃO

Técnico de iluminação Ferrugem

Rogério Moreno (Dicksom) durante passagem som

do concurso de banda que promove cultura, não é só o preço popular, mas essa ação social que

vai ajudar inúmeras pessoas que necessitam de alimentos”, finaliza.

Lista de equipamentos de Som e Equipe Técnica Sistema FOH CONSOLE Venue SC48 Monitoração CONSOLE YAMAHA LS9 Monitores sm400 eaw Amplificação CARVER Backline Bateria Premier XPK4000 10,12,14, 16 e 22 Amplificador Fender Deluxe 112 Amplificador Fender Rot Hod Deluxe MH2000 METEORO C/ CX 412 Amp. para contra Baixo MARSHALL 410 Praticáveis 2x1 40 cm altura com rodízio

Equipe técnica do Planeta Rock Coord. Geral: Rogério Dias Moreno Téc. de Sistema: Alberto Dias Moreno Técnico Monitor: Denilson Souza Técnico Monitor: Adriano Gomes Assistente Palco: Rodrigo Falvo Assistente Palco: Jorge Mancini Auxiliar Palco: Eudilson dos Santos Técnico Iluminação: Paulo Cordeiro Técnico Iluminação: Eduardo Ferrugem Assistente Iluminação: André Pereira Assistente Iluminação: Sergio da Silva Assistente Adm.: Graciele Arruda Logística: Jose Fernando e Tadeu

Na sonorização foi utilizado sistema de som Attack VRD112A, para o palco principal, mais o modelo VRV206 (Attack), no front fill. Os subs foram os modelos VRS1810A via auxiliar e Subwoofer SB850, da EAW. De acordo com Rogério Moreno, da Dicksom – empresa fornecedora dos equipamento de som e iluminação -, foi utilizado ainda, para o gerenciamento, o modelo DBX 4800. “Na monitoração, usamos a Yamaha PM5DRH e monitores SM400 EAW, com amplificação CARVER, sistemas IEM Shure PSM700 e Sennheiser G3”, fala. Como o Planeta Rock foi dividido em dois momentos, o concurso de bandas e a apresentação das bandas nacionais, houve também mudança nos equipamentos utilizados na House Mix e no palco. “Para o sistema da FOH usamos também o CONSOLE Venue SC48 e na monitoração, uma Yamaha LS9, mais monitores SM400 EAW”, ressalta.

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X

LOGIC PRO E MASCHINE Neste tutorial, explico como costumo utilizar a Maschine (versão 2.6.7) e o Logic Pro X (versão 10.3.2) de forma integrada. Estou indicando as versões, pois tudo que será descrito pode não funcionar em algumas versões anteriores.

Vera Medina é produtora, cantora, compositora e professora de canto e produção de áudio

O

conteúdo dsse artigo possui nível mais avançado e demanda um conhecimento razoável da Maschine, uma

atrelados aos efeitos e tudo que é possível fazer nela a torna bastante poderosa. É possível arrastar o áudio dela direta-

Figura 1

vez que serão citados comandos específicos. A Maschine é uma controladora MIDI muito versátil, os bancos de som

mente e trabalhar com Stems e depois mixar. Mas perde-se muito dos controles e possibilidades de ajustes em tempo real,

Figura 3

Figura 2

uma vez que gravado em formato de áudio, técnicas de “sampleamento” são possí-


Figura 4

veis, porém, para manter o loop mais próximo do original, a utilização do MIDI neste caso é mais interessante.

gura 1). Em instrumento, escolha Maschine 2 (Figura 2) na versão

Figura 6

Figura 5

Abra o Logic, escolha File > New > Software Instrument > Create (Fi-

multi output. A tela da Maschine como plugin aparecerá automaticamente. Nesta tela, escolha All Groups no menu e um kit de sua preferência.

Figura 7

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Escolhi um kit da biblioteca padrão, o 808 kit (Figura 3). Ele abre já com dois paterns; ajustei o BPM do Logic Pro X para 120 BPM. Feche a janela da Maschine, abra o Mixer do Logic Pro X ( atalho tecla X ou menu View > Show Mixer).

Figura 8

Escolhi um kit da biblioteca padrão, o 808 kit (Figura 3). Ele abre já com dois paterns; ajustei o BPM do Logic Pro X para 120 BPM. Feche a janela da Maschine, abra o Mixer do Logic Pro X ( atalho tecla X ou menu View > Show Mixer ).

das os canais no mixer (Control + A) e vá no menu do Mixer, escolha Options > Create Tracks for Selected Channel Strips, ou utilize o atalho Control + T. Agora você verá todos os 16 canais dispostos em trilhas específicas (Figura 5).

Figura 9

Figura 10

No canal Inst. 1, como você escolheu Multi Output, aparecerá símbolos de + e -. Clique sobre o + até ter todos os 16 canais visíveis (Figura 4). Selecione to-

Abra agora novamente a janela da Maschine e visualize o Mixer (Figura 6). Vamos direcionar todos os canais de áudio que estavam para Group para cada


de trabalho, crie uma cena 2 vazia na Maschine e rode o Logic Pro X com esta cena em loop (Figura 12). Existem várias formas de trabalhar com a Maschine e o Logic Pro X. Portanto, não se limite ao que foi explicado aqui. Tente encontrar outros caminhos que se adéquem ao seu fluxo de trabalho.

Para saber online Figura 11

Figura 12

uma das saídas externas (Ext 1 – Canal 1, e assim por diante) (Figura 6). Veja o resultado na Figura 7. Agora iremos definir os canais de input e output de midi. Escolha Sound > Input > MIDI . Clique na área de pattern e dê um Control + A para escolher todas as trilhas. No menu Source, escolha Host para todas as tracks (Figura 8). Em seguida, coloque os canais para cada

uma das trilhas de 1 a 16 (Figura 9). Faça o mesmo com Sound > Output > MIDI. Sendo assim, cada trilha estará atribuído a um canal MIDI. Vamos arrastar o MIDI da cena 1 da Maschine para a principal área de trabalho do Logic, iniciando no canal 1 (Figuras 10 e 11). Para tudo funcionar perfeitamente, considerando que seu loop já está na área

vera.medina1@gmail.com www.veramedina.com.br

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ABLETON LIVE MIXAGEM *ELETRÔNICA Mixagem como estamos acostumados a trabalhar em música acústica/ eletro-acústica nas últimas décadas é o processo de “reduzir” os vários canais de áudio gravados seja em um gravador analógico (de fita) multi-canal ou em computador em processo de gravação digital que, em última análise, faz mais ou menos a mesma coisa. A idéia é passar tudo para uma pista ou canal Master estéreo, que é o fonograma a ser masterizado (produto final).

DICAS & SUGESTÕES Lika Meinberg é produtor, orquestrador, arranjador, compositor, sound designer, pianista/tecladista. Estudou direção de Orquestra, música para cinema e sound design na Berklee College of Music, em Boston.

M

ixagem em Música *Eletrônica em Digital Domain, os processos são um pouco diferentes. Por questões físico-acúticas do áudio produzido eletronicamente, muitas vezes, você tem que reprocessar os canais de áudio, fazendo, por assim dizer, uma verdadeira remasterização em cada canal de áudio, para conseguir aquele “sonzão” final que estamos acostumados a ouvir dos “Mestres” Djs/Vdjs! Aqui temos um exemplo de um Mix com poucos Tracks, poucos canais de áudio: Só uma base para Jam!!

Mix

Observando mais de perto esse exemplo, podemos até reduzir esses canais!! Os tracks destacados em vermelho e

Reduction

verde são sons semelhantes (baixo e bateria) e não estão sobrepostos. Também “não há” necessidade de manter “discrete tracks”, visto que em base eletrônica você pode editar e processar cada som localizadamente e, sempre que preciso, fazer um “remaster” de cada track para alcançar os níveis desejados. Aliás, esse é o processo: reduzir ao máximo seus tracks e reprocessá-los numa verdadeira dança de remasterizações. É laborioso, mas funciona, é assim que “eles fazem”. Então vamos reduzir!! Selecione os canais que deseja reduzir (bounce) em um único track (esses indicados pelos retângulos e setas azuis). No exemplo da imagem, esses sons de baixo (bass) vão virar uma pista só! Então desabilite os canais que você “não” deseja que estejam incluídos nessa pista, nesse track de áudio. São essas indicadas com o “X” em vermelho.


Track selection

Export

Para desabilitar o Track é só clicar no botão retangular para ele ficar cinza (grey). Agora digite no teclado Ctrl + Shift + R, no PC, ou Shift + Comm + R, no Mac, para abrir a janela Export Audio/Video. Siga as indicações assinaladas em verde!

(No Dither nesse caso). Sobre esse assunto gostaria de abrir um capítulo a parte mais a frente. Os outros itens Off, como estão. Por último: Export. Aperte o botão. EXPORTANDO!!! Após esse momento, podemos importar nossa nova pista de baixos (reduzidos em uma pista) para um novo Track no Ableton Live. No Browser (marca azul), Current Project/Samples/Pro-

Exporting

Merge

A primeira marca indica que você está reduzindo todos os “tracks” habilitados para o output/saída Master. A Segunda (retângulo verde) referese ao comprimento da pista a ser reduzida. As três próximas marcas indicam o tipo, definição e qualidade da amostragem digital. Em seguida, nesse retângulo amarelo está o Dither

cessed… Basses.wav (é lá que fica), arraste para criar Track no Ableton Live como indica a seta verde! Repare que todos os elementos de áudio das outras pistas de baixo agora contêm no novo Track 10 Audio (asteriscos laranja e verde). Dando nomes aos bois, vamos renomear esse Track “Basses ou Baixos” como queiram (selecione e digite CTRL+R). Então agora podemos “Deletar” os antigos Tracks de Baixo (Bass) usados na redução. Com a tecla CTRL apertada clique com o botão esquerdo do

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Importing

e tudo vai virar uma pasta. Similarmente, em áudio digital temos princípios mais ou menos semelhantes. Vamos voltar primeiro àquele assunto sobre Dither. Esse gráfico mostra o “áudio analógico” e o “áudio digitalizado sem Dithering”. Quando começaram a surgir os primeiros gravadores digitais decentes ainda com 8 bits, a capacidade de processamento dos conversores ADDA (analógico/digital/digital/

mouse nos dois Tracks indicados pelo “X” vermelho, e aperte a tecla DEL no teclado do computador! Aha! As coisas ficaram mais limpas por aqui! Eu aprendi com os “Bambas” que o número mágico para trabalhar nesse processo são mais ou menos 8 Tracks (ou 8 grupos de tracks), ou seja, fica tudo simples, na mão, não importando a capacidade de automação do seu setup e, lógico, mais leve para a CPU! Existe uma tendência generaliza de Basses

analógico) deixavam muito a desejar, som de rádio de pilha. Como gravavam parcelas do áudio

Evolução da amostragem

achar que “volume alto” é que vai fazer tudo soar um “sonzão”!!! Errado. É um conjunto de fatores. Não basta você colocar todos os ovos em uma caixa e espremer (ou comprimir) para caber mais ovos. Os ovos vão quebrar

Audio sem Dithering

No Room

por amostragem (PCM), o resultado sonoro era ainda ruim, pois a série harmônica natural ficava truncada, promovendo um efeito colateral nada prazeroso para o ouvinte. A maneira que se encontrou para contornar o problema foi inserir Noise Synthesis (ruído branco) a uma frequência e amplitude quase inaudível (para a maioria pelo menos) e promover um anti-alise para dar uma aveludada naquele Sam-


Room

Final set

ple ainda sem alta definição.

EVOLUÇÃO DA AMOSTRAGEM COM A EVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA Com o tempo, essa tecnologia melhorou muito e hoje usamos altíssima definição a 32 bits ponto flutuante que faz uma amostragem de grande amplitude não sendo necessário o processo de Dithering. Na verdade, por padrão, o Ablerton Live trabalha sempre em 32 bits. Se por uma razão ou outra (falta de espaço no HD, por exemplo) você precisa trabalhar com áudio de definição mais baixa, eu reitero: o áudio com Dither não é um áudio integral (Raw), Dither é basicamente uma forma de compressão e, lógico, degrada a qualidade original do áudio. É como a diferença, digamos, entre o leite integral e o leite desnatado, o segundo é mais ralo né? Explico isso para você estar sempre consciente de que é sempre melhor trabalhar com Raw Audio (audio íntegro) em todas as etapas

do seu trabalho, senão vai faltar substância (gordura) para alcançar o “sonzão”. Mesmo assim, ainda trabalharemos por muito tempo com fragmentos de Samples com Syntesis, que estarão de uma maneira ou de outra interferindo do resultado final, mas isso ainda dá para contornar (usando de forma muito econômica sempre) com alguns plugins né?! Sobre o hábito de “Xuxar” volume, como falávamos antes, como essas taturanas aqui?! Bem, muita vezes usa-se o “Normalizer” para empurrar os níveis até o coqueiro. Então, na masterização final, você fica sem espaço de manobra para quase nada. Vamos lembrar que a mixagem é um processo tridimencional, X, Y, Z; você tem profundidade, altura, lateralidade. Não é simplesmente uma questão cartesiana X, Y. É preciso ter espaço para os resultados das interferências se interagirem. Costumo dar o exemplo de uma lagoa plácida que você começa aos poucos a atirar pedrinhas. Se você joga muitas ao mes-

mo tempo, a lagoa perde sua placidez para o excesso de marolas criadas. Então aí está o nosso “final set”! Poucos tracks, limpo, pistas de áudio balanceadas e, principalmente, tudo a mão! A essa altura você tem um Mix simples para intervir em sua Jam com seus plugins prediletos, sem muita bagunça, e podendo, é lógico, executar sua arte e suas improvisações com todo foco somente “na música, na performance”. Esse modelo de procedimento e preparação do Mix ou Mixagem Eletrônica está especificamente focado em performance de música eletrônica, Djs, Vdjs e afins. Outros modelos para outras estéticas de produção musical podem se complementar com alguns conceitos desse artigo, mas definitivamente não é o ponto central. Isso é tudo amigos, espero que tirem bom proveito! Boa sorte a todos!

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Facebook - Lika Meinberg www.myspace.com/lmeinberg

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PREMIUM PLUG-INS PARA PRO TOOLS Faz algum tempo, saiu uma nova linha de plug-ins para Pro Tools, que inclui o Pro Compressor, Pro Limiter, Pro Expander, Pro Multiband Dynamics e Pro Subharmonic. Este lançamento foi feito de forma sutil e sem muita propaganda, portanto acabou passando despercebido por muita gente. Neste artigo, vamos conhecê-los um pouco melhor e entender as diferenças entre a série “Pro” (paga a parte) e a suite de plugins (já incluída no Pro Tools).

Cristiano Moura é produtor, engenheiro de som e ministra cursos na ProClass-RJ

P

RO COMPRESSOR VS. DYN3 COMPRESSOR/LIMITER

O Pro Compressor (fig. 1) talvez seja um dos principais plugins da série “Pro”. Não espere nada com coloração ou que emule compressão analógica, pois não é essa a proposta. Ele foi feito para ser sua escolha na hora de buscar uma compressão “transparente”, que possa trazer mais estabilidade ao som, sem distorções ou alterações “timbrísticas” aparentes. Seu grande diferencial são seus modos de detecção. Diferente da maioria dos compressores, ele possui várias configurações de regulagem do detector (fig. 1A). A opção SMART vem como padrão, para moldar a detecção de acordo com o sinal, mas vale a pena explorar os outros modos. A opção RMS é boa para usar em mixagens fechadas, ou grupos de instrumentos por exemplo. AVG (average), que significa “média” em inglês, é bom em instrumentos que não têm ataque tão rápido, como vocais, sopros etc. As opções PEAK e FAST são voltadas aos instrumentos com ataque bem definido como uma bateria, percussão, guitarra funk ou um baixo com slap por exemplo. À parte disso, outra pequena preciosidade incluída neste plugin é o botão de Solo Gain Reduction, que fica ao lado dos modos de detecção (fig. 1B), que é

Figura 1 - Pro Compressor

uma ótima maneira de você entender mais sobre a atuação do seu compressor. Mais abaixo, temos a seção de Sidechain, que também é um pouco mais completa do que no Dyn3 Compressor/Limiter, pois possui filtros peaking/notch, que permitem com muita facilidade usar o Pro Compressor para atenuar baseado em uma faixa de frequência específica. Por exemplo, em vocais, você poderia ajustar para o Pro Compressor atenuar de acordo com as baixas frequências para amenizar momentos que em o cantor emite com muita ênfase palavras com “p” e “b”, que costumam gerar excessos. Para finalizar, temos também o controle de “Mix”, que também não existe no Dyn3. Não é nada muito fantástico, mas é um facilitador sempre que estiver pensando em fazer compressão paralela.


Figura 2 - Pro Limiter

Figura 3 - Pro Expander

PRO LIMITER VS. MAXIM

conhecido, mas muito valioso. Sua ideia básica é atenuar sinais que estão abaixo do Threshold e é muito usado diminuir ruídos quando um instrumento não está sendo tocado, por exemplo. Com relação ao Pro Expander, a primeira coisa a se notar é que temos também a nossa disposição os modos de detecção vistos no Pro Compressor. Porém, repare que temos uma última opção um pouco diferente, que é o “Duck” (fig. 3A). Vale esclarecer que, neste caso, o termo “Duck” não é para ser traduzido como “Pato”. “Duck” ou “Ducking”, neste caso, tem a ver com o conceito de “abaixar”. A ideia é inserir o Pro Expander no canal com uma música de fundo e atenuar a música sempre que uma voz (por exemplo, uma narração) entrar em ação. Este é um processo bem comum em trabalhos do mercado de rádio e TV, mas o conceito pode ser tranquilamente aplicado em música, abaixando a base de uma guitarra na hora do solo, por exemplo. Para configurar, basta seguir os passos no Pro Expander: 1) Insira o Pro Expander no canal a ser atenuado; 2) Escolha a opção “Duck” nos modos de detecção (Fig. 3A); 3) Escolha um “Bus” como External Key Input (Fig. 3B); 4) Na área de Sidechain, procure a opção “Source” e altere para Ext-All (w/LFE) (Fig. 3C); Agora, no canal da voz, configure um

O Pro Limiter (fig. 2) entra na categoria dos “ultra-maximizers”, como o Maxim da Avid e L1, L2, e L3 da Waves. Não há muito o que falar, a não ser a dura realidade. O Maxim, foi desenvolvido muitos anos atrás, e distorce o sinal relativamente rápido, por isso é raramente usado hoje em dia como plugin de masterização/finalização em qualquer ambiente profissional. O Pro Limiter veio então para preencher esta lacuna no Pro Tools, ou seja, oferecer um Ultra-Maximizer com desenvolvimento mais moderno, capaz de limitar muito mais o sinal sem o lado negativo das distorções aparentes. Porém ele não para por aí, pois também possui os mesmos modos de detecção vistos no Pro Compressor. Também está bem mais atualizado com relação às medições, pois nos dias de hoje, se fala muito mais em medição de Loudness em LUFS e True Peak do que a medição por picos. Ele é capaz de analisar Loudness de acordo com os todos os padrões necessários (Fig. 2A), e ainda inclui um Audiosuite para analisar um trecho de áudio instantaneamente, sem precisar dar play no material de fato. Para finalizar, temos o parâmetro Character (fig. 2B), que gera uma saturação ao sinal, porém diferente do Maxim, de forma controlada.

PRO EXPANDER VS. DYN3 EXPANDER/GATE O Expander é um processador pouco

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“ ” Um equalizador talvez não resolva o problema como você quer. Surdo de Samba e SubKick em Rap, mesmo bem gravado, também podem ser beneficiados pelo Pro SubHarmonic.

Figura 4 - Configuração Ducking

Send Pre Fader para o mesmo Bus e coloque o fader em 0 dB (fig. 4). A princípio, a redução de ganho será muito drástica, mas você pode regular pelo parâmetro “Depth” do Pro Expander (Fig. 3D).

PRO SUBHARMONIC Não há nenhum plugin similar na suíte padrão do Pro Tools que possa ser comparado com o Pro SubHarmonic (Fig. 5). Sabemos que um equalizador pode ser usado para acentuar baixas frequências existentes na fonte de sinal. Mas o que acontece se não houver nenhuma informação de baixa frequência na fonte de sinal? Ou se o usuário estiver em busca de algo mais impactante e enfático que nem existe na fonte sonora? É nesta hora que o Pro SubHarmonic entra em ação. O que ele faz é gerar artificialmente sinais de baixa frequência baseado na fonte sonora. Principalmente para o mercado audiovisual, onde terremotos, ventos, explosões precisam usar e abusar do SubWoofer, o Pro SubHarmonic é muito bem-vindo. No mercado musical, também não faltam situações em que ele pode ser útil. Um caso muito recorrente é de um

bumbo que foi captado com muito “kick” e praticamente grave nenhum. Um equalizador talvez não resolva o problema como você quer. Surdo de Samba e SubKick em Rap, mesmo bem gravado, também podem ser beneficiados pelo Pro SubHarmonic. Uma das coisas que chamam atenção positivamente são as possibilidades de regulagem. Além de ser totalmente flexível com relação à sintonia e ganho de frequência e suas parciais, também permite colocar cada uma das frequências em “Solo”, que é ótimo para o usuário entender melhor que tipo de informação ele está manipulando. Também possui um controle de Drive que funciona

Figura 5 - Pro Subharmonic


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Figura 6 - Pro Multiband Dynamics

muito bem, controles de passa alta e passa baixa e regulagem de Mix.

PRO MULTIBAND DYNAMICS Este é mais um processador que não tem similar na suíte padrão do Pro Tools. Possui 4 bandas distintas como a maioria dos compressores multibanda do mercado, porém tem uma funcionalidade muito interessante: permite direcionar cada uma das bandas para um BUS diferente. Isso é muito bem-vindo, pois o usuário pode ter as 4 bandas em canais auxiliares separados. Além de ficar muito mais confortável de regular ganho de cada faixa de frequência, o usuário ganha total flexibilidade para outros processamentos. Por exemplo, você poderia colocar reverberação apenas nas áreas médias, ou re-equalizar apenas os agudos ou saturar/distorcer apenas os graves utilizando qualquer plugin que venha a sua cabeça.

grata surpresa. A Avid não é muito conhecida por desenvolver os principais plugins do mercado, então logicamente acaba havendo um pouco de preconceito do mercado. Mas para quem está disposto a investir em plugins, vale a pena deixar o preconceito de lado. Percebe - se claramente que há muitas opções baseadas em feedback dos usuários e, com certeza, para quem usa Pro Tools, devem haver pacotes que façam valer a pena financeiramente o investimento, se comparado a compra de plugins de empresas terceirizadas. Com isso, vamos ficando por aqui. Abraços e até o próximo mês!

Para saber online

CONCLUSÃO Acho uma pena estes plugins não serem incluídos na compra do Pro Tools, pois realmente foram uma

cmoura@proclass.com.br http://cristianomoura.com


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SOM NAS IGREJAS| www.backstage.com.br redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação

OS BENEFÍCIOS DE SE TER

UMA MESA DIGITAL I

niciarei esta série de conteúdos falando sobre mesa de som digital, para você que está entrando ou já entrou neste mundo, e para que possa aproveitar o máximo do som na sua igreja. Contudo, antes de qualquer coisa, preciso que entenda que não vou conseguir colocar todo conteúdo de uma só vez aqui e, por ser uma série, estarei a cada nova publicação dando continuidade à edição anterior, como se fosse um treinamento.

Opa, tudo bem? Meu nome é Tiago Borges e estou muito feliz por você estar lendo esta coluna. Aqui será um espaço onde vamos aprender juntos, de uma forma simples e direta, como se estivéssemos conversando.

Conhecimento é só uma questão de tempo e disciplina e, se você quiser, pode se transformar em uma pessoa de resultados incríveis.

Já que ninguém nasce sabendo, todos tiveram que passar por um início, e eu acredito que você pode ser um melhor profissional. Conhecimento é só uma questão de tempo e disciplina e, se você quiser, pode se transformar em uma pessoa de resultados incríveis. Por isso, além dos conteúdos compartilhados na revista, complementarei o assunto com publicações no site (www.backstage.com.br) e no meu blog (www.backstage.com.br/ tiagoborges). Dessa forma, sua participação sempre será fundamental. Precisarei sempre que sejam enviadas mensagens com suas dúvidas e comentários sobre o conteúdo que leu. Agora que entendeu como tudo vai funcionar por aqui, gostaria que pensasse o seguinte: você prefere mesa de som analógica ou digital? Se perguntar minha preferência, responderei que eu amo a tecno-


tro lugar, quanto tempo gastaria só para desmontar e carregar? Será que caberia no carro sem estragar ou teria que gastar com frete? Com a “digitalzinha”, seria desmontar, colocar no banco do carro e ir embora. E para voltar ao que estava montado e configurado antes? Se tiver tirado uma foto, já vai aliviar, mas ainda sim, vai demorar um pouquinho. Com a digital esta trabalheira é substituída por um clique pra carregar a cena que estava. E, se anda com uma banda, é só salvar a cena; quando for usar outra mesa igual vai carregar com poucos cliques. Falando em banda, é muito bom poder ter um auxiliar para cada músico, dei-

logia. Equipamentos analógicos não são ruins, mas com a tecnologia, outras possibilidades foram criadas. Veja três coisas que não lembro quando foi a última vez que usei: telefone público, máquina de datilografia e câmera polaroide. Todos esses equipamentos foram substituídos pelo meu celular, aliás, para escrever este texto não usei computador, apenas o meu aparelho de celular. E com a mesa digital não é diferente, tendo em vista que elas agregam diversos equipamentos em um só. Pense em uma mesa de som analógica de 16 canais. Agora, pense em 16 periféricos para fazer inserts de compressão, mais 16 para fazer insert de gate e, não

Equipamentos analógicos não são ruins, mas com a tecnologia, outras possibilidades foram criadas.

acabado nisso, some com mais 2 periféricos de efeito. Antes que eu esqueça, adicione cabeamentos para interligar tudo e rack para deixar organizado. Muita coisa né? Como as mesas de som digitais vieram para agregar, para te ajudar alcançar resultados mais incríveis, você precisaria de um pequeno modelo para ter tudo isto de forma prática. Digamos que a igreja queira fazer um evento externo, no qual precise desmontar tudo isso pra remontar em ou-

xando cada um com uma via de retorno ouvindo da forma que gosta. Mas se tiver uma banda que precisa de oito auxiliares ou mais, provavelmente, vai passar dificuldades com tamanho da mesa. Não lembro de uma mesa analógica com menos de 50 centímetros que tenha todos estes auxiliares. Normalmente, não são grandes os espaços destinados para ficar a mesa de som e um largo equipamento tiraria a possibilidade de usar outros periféricos, como um aparelho de CD, por exemplo. Al-

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SOM NAS IGREJAS| www.backstage.com.br 54

gumas mesas de som digitais trazem até o recurso de processamento direto nela, dispensando outros equipamentos. Quando alguém me diz que o som da mesa analógica é melhor, sempre respondo que não consigo identificar a diferença em eventos ao vivo, inclusive, pergunto se quer fazer um teste sem ver, somente ouvindo os áudios e dizendo qual foi gravado na mesa digital e qual foi gravado na mesa analógica. Com todos os profissionais que já fiz, nenhum pode dar certeza e, por isto, quando acertaram foi no chute. Quer fazer este teste também? Acesse o site da Backstage e procure minha coluna por lá. Outro benefício que acho sensacional, com os consoles digitais, são as possibilidades de acesso remoto. Além do espaço pequeno que temos onde as mesas de som ficam, muitas vezes, estes espaços não ficam no melhor lugar. Sabe onde é? Lá no meio do público. Se o técnico está operando som para o público e ele fica no fundão, encostado numa parede, isolado dentro de uma cabine de som, no andar superior ou em vários outros pontos onde a minoria ou

ninguém está, fatalmente, terá que ralar muito pra conseguir um bom resultado. Com o acesso remoto ele pode pegar um tablet ou até o próprio celular e estar junto ao público corrigindo e misturando com mais facilidades, pois está percebendo igual a eles. O acesso remoto também deu a liberdade para que os próprios músicos, através de aplicativos para smartphones, possam controlar a mixagem dos seus retornos e fones, deixando o técnico mais livre para resolver outras questões. Bem, este foi o artigo falando um pouco dos benefícios de se ter uma mesa de som digital e, como falei pra vocês, será de forma continuada. Nos próximos artigos aprenderão como fazer cada dica passada aqui hoje. Já próxima edição, mostrarei como entender as entradas e saídas das mesas digitais, principalmente, ensinando a diferença prática de um canal de entrada física para um canal de processamento. Lembrando que a publicação já está no site (www.backstage.com.br), faça o teste sem ver: mesa analógica ou mesa digital? Até a próxima edição.


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VITRINE ILUMINAÇÃO| www.backstage.com.br

CADERNO ILUMINAÇÃO

MEGAPOINTE www.robe.cz Esse novo moving da Robe veio para superar novos padrões e expectativas em termos de tecnologia para moving lights, trazendo de volta o conceito original de “tudo em apenas um equipamento”, mas em um outro nível. Utilizando um exclusivo short-arc de 470W, a Robe construiu a ótica do MegaPoint para produzir beams fenomenais e bastante brilhantes, uma incrível projetação gobo spot, junto com uma movimentação super rápida, mistura das cores CMY bem suaves e efeitos diversos disponíveis para dividir e moldar a luz em modos Spot, Beam ou Wash. O zoom tem variação de 1,8° 21 graus no modo Beam – apertado, potente e punchy e vai de 3 a 42 graus no modo Spot com uma claridade cristalina de saída através da lente frontal de 150mm de diametro, com uma saída total de lumen de 20,375 e impressionantes CRI sobre 80. Há um estático 14 slot mais uma roda de gobo aberta encaixada com um gobos de vidro para projeções precisas de superfície, e uma segunda roda contento 9 gobos rotativos, indexáveis e substituíveis. Pode ainda ser combinado com uma variedade de velocidade, rodas de animações bi-direcionais.

XLED 6007 www.pr-lighting.com Combinando um beam de 3,3° com uma qualidade de wash, tudo em um corpo compacto, o XLED 6007 é a resposta para os lighting designers e revendedores. O equipamento é dotado de LEDs RGBW de 60W, e uma ótica patenteada da PR Lighting que foi especialmente desenvolvida para altas saídas em qualquer situação. O produto possui todas as características que o usuário poderia esperar de um produto tão específico. Outras características inclusas são Dimmer de 0-100% com ajuste linear, strobo eletrônico de 0-25 fps (pulse strobe macro); rainbow, wash, beam, profile e efeitos como caleidoscópio e swirl, macros múltiples, 14 canais no modo curto, 18 canais em modo curto e 42 canais em modo extenso. Outros atributos são ring control, pixel control, controle individual de cada lâmpada RGBW, movimento da cabeça, pan 540°, tilt 210° com autoposicionamento, proteção contra super aquecimento dos LEDs, tela touch screen e controle via wireless (opcional).

PHANTOM www.pr-lighting.com A PR Lighting anunciou o lançamento de Phantom, um novo moving híbrido que chega ao mercado como uma versão atualizada do XR 440BWS. Usando uma fonte de descarga Osram Sirius HRI 440W combinada com o sistema óptico da PR Lighting, a luz híbrida Phantom projeta um beam com ângulo de 60° de amplo wash e um spot variado. Entre suas funções e características se encontram um disco de 18 gobos fixos mais open, um prisma independente de oito facetas; um filtro frost independente; um disco de animação intercambiável e velocidades variáveis de rotação bidirecional. Outras funções incluem um dimmer mecânico de 0100%, duplo obturador (0,3-25 fps), foco linear motorizado e zoom. O moving híbrido Phantom também conta com ângulos de facho variáveis: 0°-2,8° (em modo Beam), 5°-60° (em modo Spot) e 5°-60° em modo Wash, todos eles linearmente ajustáveis. Oferece Pan 540° (panorâmico) e 270° (inclinação) com correção automática de posição; controle DMX512 com 22 canais em modo curto, 30 em modo standard e 34 em modo estendido.


MAVERICK MK2 www.chauvetprofessional.com Apresentando um sistema de obturação de moldura de quatro lâminas com rotação e movimento de eixo duplo para cada obturador, o Maverick MK2 permite aos usuários moldar e dimensionar com grande precisão. A íris da fixação, o prisma rotativo motorizado de 3 facetas e o efeito frost motorizado proporcionam controle adicional do feixe. Adicionando a esta flexibilidade está o sistema de mistura de cor CMY + CTO do Maverick MK2 Profile, mais roda de cores, que pode ser usado para produzir um arcoíris de tons ricos e realistas. Há ainda opções ainda mais criativas que são as rodas de gobo abertas de rotação e indexação dupla, que oferecem rolagem contínua a velocidades variáveis. O Maverick MK2 Profile também possui um acréscimo de 16 bits do dimmer mestre para o controle suave de fades, um zoom motorizado de 3: 1, uma temperatura de cor (no total) de 5883 K, um CRI de 90, um dimmer eletrônico, uma pan e uma inclinação de 540 ° / 270 ° e PWM selecionável (modulação de largura de pulso) para operação sem cintilação.

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CADERNO ILUMINAÇÃO

ILUMINAÇÃO A iluminação cênica se desenvolveu, e evolui continuamente, a partir de duas demandas básicas: imaginação e tecnologia. Se pela imaginação delineiam-se as premissas que permitem a adoção de processos criativos para a concretização de ideias, o desenvolvimento tecnológico também facilita e agiliza esses meios de produção.

CÊNICA INTERAÇÕES E DINÂMICAS O FUTURO DA ILUMINAÇÃO CÊNICA?

Cezar Galhart é técnico em eletrônica, produtor de eventos, baixista e professor dos Cursos de Eventos, Design de Interiores e Design Gráfico do Unicuritiba e pesquisador em Iluminação Cênica.

N

esta conversa, outras referências e insumos serão discutidos, como possíveis caminhos para um futuro que a iluminação cênica trilhará, com fundamento em elementos reais e conhecidos, ou perspectivas surreais e desafiadoras. Ao contrário de outras segmentações produtivas, para bens e serviços diversos, a ‘indústria do entretenimento’ apresenta desempenhos positivos e significativos, traduzidos na comercialização de entradas, merchandising, streaming e outros elementos vinculados a essa área. Se em uma primeira análise os números demonstram resultados expressivos (por exemplo, ingressos para megaespectáculos e festivais esgotados em poucas horas), os critérios qualitativos também acompanham esse desenvolvimento, com produções cada vez

mais sofisticadas, impactantes e incomparáveis. Naturalmente, um número ainda maior de espectadores também tem por opção a busca de alternativas para a visualização desses eventos, e também muitas pessoas naturalmente escolhem as formas virtuais de transmissão e veiculação dos espetáculos como preferência, evitando os elevados investimentos em passagens e contratação dos mais diversos meios de transporte, diárias nos meios de hospedagem, e a própria participação presencial, pelos custos envolvidos (ingressos, alimentação). Em outros casos, como eventos singulares, essa pode ser a única possibilidade. Definitivamente, há mercado e interesse para o atendimento de todos os pú-


Apresentação da cantora americana Ariana Grande, durante o evento “One Love Manchester”, realizado em 04/06/2017 no Old Trafford Cricket Ground, Manchester, Inglaterra. Mais de um milhão de expectadores, via streaming. Fonte: NBC News

aspectos regionais, sociais e mesmo em função do tipo de espetáculo e estilo musical.

quaisquer que sejam os tipos de espetáculos. Esses efeitos são escolhidos para momentos de clímax

blicos. Entretanto, para os participantes presenciais, diversos são os significados e requisitos que devem ser correspondidos – relacionados à fisiologia, segurança, importância, satisfação e exclusividade, entre outros. Afinal, o que ainda poderia ser oferecido após tudo o que já existe nesse setor e, em muitos casos, tornase previsível e minimamente esperado? Talvez seja esse ainda um dos diferenciais que a iluminação cênica tem a ofertar – e ‘brindar’, com empolgação e envolvimento. Em diversas conversas com artistas e Lighting Designers, a importância dada aos públicos participantes tem sido um dos temas mais recorrentes, conhecidas as expectativas, características e comportamentos dessas plateias, que reagem diferentemente, de acordo com os

Em diversas conversas com artistas e Lighting Designers, a importância dada aos públicos participantes tem sido um dos temas mais recorrentes

Dessa maneira, dinâmicas diferentes também determinam e induzem comportamentos, em concordância ou com estímulos específicos e pontuais. Inevitavelmente, ‘explosões’ de fogos de artifício causam reações apoteóticas, em

ou esplendor. Também, nessas situações, além dos cuidados e zelo com a estrutura e forma de manipulação dos recursos envolvidos, são definidas todas as circunstâncias para a utilização desses tipos de artefatos explosivos.

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CADERNO ILUMINAÇÃO

Apresentação da banda americana Guns N’ Roses no T-Mobile Arena em Las Vegas (EUA), integrante da “Not In This Lifetime… Tour” (08/04/2016). Fonte: Three Match Breeze

mentos de iluminação cênica mais comuns, também utilizados em chamadas ou para influenciar a atuação dos públicos, entre outros recursos.

Entretanto, outros dispositivos, também visuais e com alguns recursos sonoros complementares, são utilizados em projetos de iluminação cênica

Os Blinders são os instrumentos de iluminação cênica mais comuns, também utilizados em chamadas ou para influenciar a atuação dos públicoso

como elementos dinâmicos, acionados em determinados momentos para estimular o público e causar reações e incentivos à participação das plateias. Normalmente, são roteirizados e ‘cronometrados’, sendo, muitas vezes, previsíveis. Os Blinders são os instru-

Algumas dinâmicas dependem exclusivamente das interações dos públicos envolvidos. Especificamente, uma experiência diferenciada ocorreu na ‘Mylo Xyloto Tour’ da banda inglesa Coldplay, iniciada durante o Rock In Rio em 2011, e finalizada na


Apresentação da banda inglesa Coldplay durante a Mylo Xyloto Tour. Destaque para as ‘Xilobands’, utilizadas em algumas canções. Fonte: Cezar Galhart

deriam ser estimuladas como consequência de ações espontâneas, embora coordenadas e programadas. Nesse contexto, os públicos agem com naturalidade, e continuamente, tendo como referência determinados dispo-

véspera do Réveillon de 2012, em Nova Iorque. Esta turnê apresentou um diferencial inusitado – e interativo – para as apresentações que sequenciaram a segunda apresentação, em Madri. Pulseiras com LEDs,

Pulseiras com LEDs, chamadas de ‘Xiloband’, acionadas com suporte em receptores controlados por radiofrequência, eram ativadas e manipuladas pelas plateias

chamadas de ‘Xiloband’, acionadas com suporte em receptores controlados por radiofrequência, eram ativadas e manipuladas pelas plateias, além de sincronizadas com as intenções das canções, formando cenários únicos. Ainda, outras formas de interação po-

sitivos, disponibilizados para serem usados ‘em qualquer momento’. Foi com esse pensamento que o cineasta, produtor e roteirista inglês Danny Boyle idealizou um dos mais contundentes momentos da cerimônia de abertura dos Jogos da XXX

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CADERNO ILUMINAÇÃO

Cerimônia de Abertura da XXX Olimpíada, em Londres (2012). Tela em 360º, formada por pixels constituídos por ‘pás’ com nove LEDs RGB. Fonte: Daily Mail Online

mas manipulados e movimentados pelos espectadores, formando um gi-

Olimpíada, ocorrida em Londres, em 2012. Mais de setenta mil dispositivos

A transição dos sistemas conectados por meios físicos para outros, com a utilização de sistemas sem fio (wireless), com suporte de infraestruturas estáveis (chamados de ‘pás luminosas’, e formados por nove HP LEDs RGB), desenvolvidos pela empresa inglesa Tait Stage Technologies (empresa integrante da companhia Tait Towers), foram instalados junto aos espectadores participantes do evento, realizado no London Stadium, acionados e controlados pela empresa Crystal CG,

gantesco painel orgânico de LEDs, com 360º de amplitude, sendo um marco no desenvolvimento de projeção em larga escala. Nesses dois exemplos, a participação ativa do público foi determinante para o desempenho projetado e esperado, e substancialmente significativa para cada participante, pela expe-


Utilização de smartphones na captação de imagens e vídeos. Fonte: Sounds Like Nashville

riência única e exclusiva. Não somente pelas lembranças, mas também pelos registros que eternizam um evento único, e mesmo em uma turnê, os resultados, também incomparáveis (afinal, mesmo para configurações idênticas em espaços diferentes, as dinâmicas são ainda únicas). Mas, ainda há muito para ser explorado. A transição dos sistemas conectados por meios físicos para outros, com a utilização de sistemas sem fio (wireless), com suporte de infraestruturas estáveis e com elevada performance poderão ativar aplicativos em smartphones, entre outras maneiras de acionamento, para outras formas de comunicação e também intensificar e diversificar o uso de aparelhos celulares, e com outros propósitos (não somente para

registros de imagens, vídeos ou simulações de luzes pontuais). Por mais simples e viável que possa parecer, isso ainda não ocorre com plenitude, pois o elevado tráfego de dados em eventos e festivais com milhares de participantes normalmente acarreta em congestionamento no acesso aos sistemas, e consequente insatisfação para todos os envolvidos. Além dessas possibilidades, outros dispositivos ou tecnologias, tais como o uso de OLEDs poderia ainda propiciar outras concepções, e de maneira criativa e inovadora, oferecer outros formatos e dimensões para luminárias móveis, exclusivas e associadas apenas a um determinado show ou turnê, que poderiam ainda fomentar universos e práticas ainda a serem explo-

rados, em condições também específicas e passíveis de viabilidade – técnica, operacional e econômica. E se esses aparatos fossem também acionados pelos participantes, em diversos momentos e de acordo com sensações e emoções diferentes? De fato, as evoluções tecnológicas ainda permitem que a imaginação crie expectativas e estimativas a partir de soluções existentes, ou com condições de implementação com base em aplicações pre-existentes. Nesse sentido, a compatibilização de dispositivos, sistemas e projetos ainda necessitará de algum tempo; mas, quando acontecer, as perspectivas redundarão em cenários fantásticos e inacreditáveis. Abraços e até a próxima conversa!! Para saber mais redacao@backstage.com.br

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LUIZ CARLOS SÁ | www.backstage.com.br

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rimeiro show de Sá, Rodrix & Guarabyra, no teatro Opinião, Rio de Janeiro, 1972. Os produtores, a dupla Bayer & Coutinho, levam-nos ao palco, uma arena, para resolver a difícil questão de colocar-nos em posição convenientemente visível ao público, missão difícil para um quinteto. As outras pessoas envolvidas com o espetáculo vão chegando e apresentando as soluções cabíveis no nosso curtíssimo orçamento. O cenógrafo, Waltercio Caldas – anos antes de tornarse um artista plástico internacionalmente respeitado – expõe-nos sua primeira ideia: trançar no teto do palco uma teia de luzes azuis que se acenderiam durante uma só música, Serena. Para que fosse possível não darmos todos as costas para a parte da plateia acomodada em um lado do quadrado, ele providencia um grande espelho encaixado no apoio de partituras do piano de armário

tocado por Zé Rodrix, o que proporcionaria aos espectadores menos favorecidos uma visão nítida - e mais original - da sua (dele, Zé) movimentação. O espelho em questão era uma peça barrocamente deslumbrante, sabe Deus onde o Waltercio descolou aquilo... Mas nosso maior problema era o contato visual uns com outros, essencial para a boa dinâmica da banda, dado o curto período de ensaio que conseguíramos com nossa dupla de apoio, Sergio Magrão no baixo e Luiz Moreno na bateria. Depois de algumas horas de tentativas, conseguimos bolar um posi-

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O DIA DA DECISÃO O espelho em questão era uma peça barrocamente deslumbrante, sabe Deus onde o Waltercio descolou aquilo...


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escolhera. Não era pouco o que eu deixara para trás, não era pouco o que eu apostava: aos vinte e seis anos uma derrota na música iria atirar-me na pouco atraente burocracia de uma vida que eu arrogantemente considerava “comum”. Entrei naquele palco como o toureiro entra na arena, e eu tinha quatro lados de público para tourear. A princípio hesitante, inspirei-me na inabalável autoconfiança do Zé, que me abraçara na coxia: - Vamos botar pra quebrar! Então eu olhava para aquele espelho barroco e tocava, e tocava, e tocava como nunca, com gana, com vontade, sentindo que cada palavra saía de mim com um significado jamais sentido antes. E aí, para arrematar, chegou a vez da Serena. Como eu não tinha comparecido aos ensaios de luz, não esperava por aquele deslumbre de luzes azuis sobre nós, como se mil estrelas tivessem se acendido ao mesmo tempo, enquanto cantávamos: “Fiquei te olhando dormir Em vez de dormir também

cionamento conveniente. Resolvidos iluminação, enquadramento do grupo na arena e repertório, partimos para o som. Nas primeiras passagens percebemos o quão difícil era nivelar a amplificação de nossos instrumentos, dois violões e uma viola de 10 eletroacústicos, um baixo e uma bateria, bateria essa que parecia tomar conta do espaço sonoro do teatro. Não sei quem bolou isso, acho até que trouxemos a ideia das gravações em estúdio, onde já tínhamos abafado a excessiva ressonância dos bumbos com cobertores enrolados dentro dele. Nada estético, mas muito eficiente. A princípio, Moreno ficou meio ressabiado com a gambiarra, mas depois acabou se acostumando ao perceber que não tinha que limitar a pancada do pedal. É bom esclarecer também que nossos sistemas de amplificação eram primários: uma pressão no volume significava distorção e esse não era o foco do nosso rock rural, mais dedicado à harmonia e às letras das músicas que ao peso instrumental. Pilotando a mesinha – também primária – de som, nosso até hoje parceiro Ricardo “Franjinha” Carvalheira. Ricardo nos fora apresentado por seu patrão, o Veras, dono da firma que locava o PA. A princípio ficamos de pé atrás com o Franja, um garoto então mal chegado aos 18 aninhos, mas já nos primeiros ensaios aprendemos a confiar em sua sintonia fina e ouvido apurado, dons que ele desenvolveu com brilho e que partilhamos até hoje em várias parcerias de discos e shows. Na véspera da estreia, cadê o sono? Minha cabeça repassava acorde por acorde, nota por nota. Dos três eu era o mais inexperiente em espetáculos públicos. Na verdade, eu nunca havia tocado antes num evento tão importante para minha vida. Minha decisão era ali: lançado o disco – Passado, Presente, Futuro, já com boa carreira de crítica e público – chegava a hora de provarmos que podíamos ser tão bons ao vivo quanto no estúdio. Todos estavam de olho em nós, querendo perceber se éramos para ficar ou se nos tornaríamos em pouco tempo mais um pipoco estéril igual a tantos outros que apareciam e aparecem até hoje no cenário musical. Eu também dependia dessas apresentações para convencer-me de que poderia seguir como profissional na carreira que

Na véspera da estreia, cadê o sono? Minha cabeça repassava acorde por acorde, nota por nota. Dos três eu era o mais inexperiente em espetáculos públicos.

Fiquei ligado em você Na mesma frequência de sonho...” E o público – como se ensaiado estivesse – soltou um prolongado “ooooohhh” de admiração quando os cometas azuis do Waltercio iluminaram o palco. A custo, emocionado, continuei: “Fiquei junto do teu corpo Dentro do teu pensamento” E aí, com o vocal de Rodrix e Guarabyra arredondando a harmonia, chorei: “Ah, Serena Você dorme tão serena... Ah, Serena, dormindo que nem criança Você dorme tão serena...” Terminado o show, aplausos de pé. Fui acabar de derramar minha alegria no banheiro, temendo parecer amador ao chorar diante de meus companheiros. Agora, sim, eu era um Músico.

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