Edição 281 - Abril - Revista Backstage

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Sumário Ano. 25 - abril / 2018 - Nº 281

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AKG PR 4500 ENG

O modelo integra a tecnologia WMS4500, um sistema sem fio multicanal de referência que fornece a maior quantidade de canal, máxima confiabilidade e fácil configuração.

NESTA EDIÇÃO

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A Shure apresenta o ShurePlus™ MOTIV™ Video, um aplicativo móvel gratuito desenvolvido para integrar o excelente desempenho de áudio da linha de microfones MOTIV à funcionalidade de câmera de vídeo de dispositivos iOS.

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Cada vez mais a avenida fica livre para o samba passar. Seguindo o processo iniciado em 2017, a palavra de ordem este ano foi carnaval sem cabos no Sambódromo do Rio de Janeiro. Sem cabos e sem conversões também.

Vitrine

Rápidas e Rasteiras Em sua primeira edição no País, o festival Ethno Brazil reunirá jovens de 18 a 30 anos do mundo inteiro na Fazenda Serrinha, em São Paulo, para práticas e trocas musicais coletivas. O evento ocorrerá em junho.

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Play Rec Após nove trabalhos solos, o músico carioca Alfredo Dias Gomes está comemorando os 25 anos de carreira como baterista solo, gravado em seu próprio estúdio, na Lagoa, por Thiago Kropf, e masterizado por Alex Gordon no Abbey Road Studios, de Londres.

24 Gustavo Victorino Confira as notícias mais quentes dos bastidores do mercado.

50 EON ONE PRO Com um design mais compacto e leve e mais de seis horas ininterruptas de música, é possível levar sua performance a qualquer lugar, incluindo aqueles locais com que sempre sonhou.

54 Som nas Igrejas Nesta edição, vamos entender melhor o patch e falar das possibilidades de endereçar e rotear um áudio já convertido em digital.

64 Eu e a música Um problema em particular afligia: descobrir como tocar bossa nova. Os dós maiores, os mis menores, todos aqueles acordes que Luiz Carlos Sá tirava dos antigos métodos de aprendizado não resolviam nada. Foi salvo afinal por um amigo, Eugenio Colin.


Expediente

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Phil Collins no Maracanã

Com 67 anos e 37 de carreira solo, Phil Collins realizou no dia 22 de fevereiro o primeiro de uma série de shows da turnê Not dead yet, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, e contou com o sistema L Acoustic para sonorização.

TECNOLOGIA 44 Pro Tools

38 Logic Vamos falar um pouco sobre as novidades da nova versão do Logic Pro X lançada em 25 de janeiro de 2018 e também sobre dicas de mixagem que você precisa ter em mente para facilitar ou otimizar suas produções.

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Que tal gravar e editar em um estúdio de grande porte com Pro Tools, para usufruir de diversos microfones e preamps, e mixar em casa, usando Logic Pro? Para isso, será necessário que você domine as possibilidades e recursos da transferência de projetos entre softwares, e é disso que trata este artigo!

Audio Fundamental Em áudio lidamos com frequências de todos os lados, não só as frequências de nosso programa musical, mas frequências de RF, frequências de sistema elétrico interferindo nas frequências de áudio, e por aí vai. Vamos em frente com as bases do áudio, seguindo com “Frequências”.

CADERNO ILUMINAÇÃO 56 Vitrine iluminação

58 Iluminação cênica

Omega, da PR Lighting, é uma luminária com efeito moving zoom bar possui seis LEDs RBGW 4 em 1 e produz um poderoso zoom com lâmina de luz. Cada pixel pode ser controlado individualmente e a saída de luz pode ser facilmente transformada em um raio dinâmico de micro beams no ar.

Nesta edição, fique por dentro do novo conceito de Li-Fi (Light Fidelity), uma possível revolução nos sistemas de comunicação, transmissão e recepção de dados, além de estimulador de interações inimagináveis, à velocidade da luz.

Diretor Nelson Cardoso nelson@backstage.com.br Gerente administrativa Stella Walliter stella@backstage.com.br Financeiro adm@backstage.com.br Coordenadora de conteúdo Danielli Marinho redacao@backstage.com.br Revisão Danielli Marinho Colunistas: Cezar Galhart, Cristiano Moura, Gustavo Victorino, Lika Meinberg, Luiz Carlos Sá, Pedro Duboc, Tiago Borges e Vera Medina Colaborou nesta edição: Luiz de Urjaiis Ed. Arte / Diagramação / Redes Sociais Leonardo C. Costa arte@backstage.com.br Capa Arte: Leonardo C. Costa Foto: Riotur / Fernando Grilli / Divulgação Publicidade / Anúncios PABX: (21) 3627-7945 arte@backstage.com.br Webdesigner / Multimídia Leonardo C. Costa multimidia@backstage.com.br Assinaturas Maristella Alves PABX: (21) 3627-7945 assinaturas@backstage.com.br Coordenador de Circulação Ernani Matos ernani@backstage.com.br Assistente de Circulação Adilson Santiago Crítica broncalivre@backstage.com.br Backstage é uma publicação da editora H.Sheldon Serviços de Marketing Ltda. Rua Iriquitiá, 392 - Taquara - Jacarepaguá Rio de Janeiro -RJ - CEP: 22730-150 Tel./fax:(21) 3627-7945 / 2440-4549 CNPJ. 29.418.852/0001-85 Os artigos e matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. É permitida a reprodução desde que seja citada a fonte e que nos seja enviada cópia do material. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios veiculados.


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CARTA AO LEITOR | www.backstage.com.br

CARTA AO LEITOR | www.backstage.com.br

Lealdade

e embalagem

fazem o produto O valor de uma marca é determinado como e por quem? Uma série de variáveis determina quanto custa um símbolo, entre elas valor afetivo entre o público, capacidade de gerar lucro, etc. No entanto, talvez nenhum outro indicador seja mais crucial para fazer essa medição do que a credibilidade. O episódio da marca Facebook é um caso que merece especial atenção. Depois de a empresa, cuja marca está atrelada à companhia, se envolver em um escândalo de vazamentos de dados de seus usuários para uma entidade de consultoria política, viu a marca perder mais de US$ 50 bilhões em valor de mercado.

Em um movimento sem precedentes, a rede social viu seus usuários pedirem a exclusão em massa de suas contas desde que o escândalo veio à tona, em 17 de março, e até poderá enfrentar processos na esfera civil pelo vazamento de dados sigilosos. A hastag #deletefacebook ganhou notabilidade no Google Trends, e a rede social enfrenta o desafio de restaurar a confiança do seu público e de ter que regulamentar severamente o acesso de dados dos usuários, o que poderia prejudicar seu atual modelo de negócio. Desses dois problemas, parece que o primeiro é o mais grave e urgente, restabelecer a confiança em uma marca, voltar a dizer para o público que a partir de agora tudo será diferente. Talvez consigam, mas alguns experts em big data já decretaram o fim da influência desta social network. O grande problema é que, mesmo que os usuários ainda continuem interagindo na plataforma, o mais importante, confiança e segurança, construída ao longo dos anos anteriores, será impossível de recuperar. Mesmo que surjam outros nomes com o propósito de fazer a mesma coisa, a falta de certeza gerada por esse episódio ainda perdurará. Ou quem sabe não haverá empresa que queira mais fazer um trabalho que já foi ‘desmascarado’. A questão aqui não é o que se vende, mas como se vende, e por quanto se vende. Um exemplo, a fórmula da Coca-cola. Embora já se saiba como produzir, a questão é como vender o refrigerante sem a marca atrelada ao líquido? A construção de marcas passa pela conquista da lealdade junto ao público, norma imperativa para uma vida próspera de uma empresa. Boa leitura!

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SHUREPLUS™ MOTIV™ VIDEO https://br.shure.com/motiv/pt/recording-musician/index.html A Shure apresenta o ShurePlus™ MOTIV™ Video, um aplicativo móvel gratuito desenvolvido para integrar o excelente desempenho de áudio da linha de microfones MOTIV à funcionalidade de câmera de vídeo de dispositivos iOS, possibilitando que criadores de conteúdo captem visualmente momentos importantes sem sacrificar a qualidade do áudio. O aplicativo combina áudio límpido e captura de vídeo com controle integrado do microfone MOTIV em uma ferramenta de filmagem intuitiva, centralizada e com áudio de qualidade superior. Pensado para criadores de conteúdo que utilizam dispositivos iOS – inclusive repórteres, músicos que realizam gravações, vloggers e podcasters –, o aplicativo oferece medição de áudio na tela, áudio aprimorado e sem compressão, além de controles integrados para ajustar ganho e visualizar a forma de onda da gravação. O ShurePlus MOTIV Video permite a gravação de um áudio limpo e perfeito, não importa a ocasião. Além disso, o aplicativo oferece controle de ganho para ajustes a cada momento, medição na tela para a manutenção contínua da qualidade do áudio e controles convencionais de vídeo para a gestão integrada da apresentação visual.

VTX A12W LINE ARRAY LOUDSPEAKER http://www.jblpro.com Com um padrão de dispersão de 120 graus para ampla cobertura horizontal, o VTX A12W expande a família VTX A Series e permite que profissionais de som ao vivo obtenham cobertura equilibrada em qualquer aplicação de live sound. Seja ele usado em conjunto com o VTX A12, ou apenas em sua própria configuração, o VTX A12W fornece às empresas de som, teatros, igrejas e locais performance ao vivo flexibilidade adicional, desempenho e cobertura incomparáveis. Quando usado na parte inferior de um conjunto de linhas em combinação com o VTX A12, o VTX A12W fornece um padrão mais amplo que ajuda a equilibrar a cobertura mais próxima do público. Cada componente dentro do alto-falante VTX A12W aproveita os avanços introduzidos no VTX A12 para desempenho linear, alto rendimento e cobertura consistente. E, como o VTX A12, as seções de frequências baixas, médias e altas completamente redesenhadas proporcionam a maior saída por peso e a extensão de baixa frequência melhorada, no entanto, agora, com diretividade de 120 graus até 250 Hz. A nova seção de alta frequência (HF) da série VTX A Series possui três drivers de design exclusivo que combinam o plug de fase e a guia de onda de HF em uma única parte, o que ajuda a proporcionar melhores tolerâncias e maior sensibilidade, ao mesmo tempo em que reduz a distorção e o peso total. O novo JBI Radiation Boundary Integrator (RBI), encontrado em alto-falantes da série A, combina quatro drivers de média frequência de 5.5" na guia de ondas de alta frequência.


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ROCKBOARD® PEDALBOARD www.warwick-distribution.de A nova série 2018 RockBoard® pedalboard foi reprojetada. Com o objetivo de criar um pedal leve, rígido e robusto, permitindo uso em uma infinidade de pedais, bem como soluções de montagem de fonte de alimentações únicas. Com base em apenas uma chapa de alumínio dobrada e laminada a frio para o quadro da placa, isso faz com que o produto não precise de costuras soldadas. Isso torna a superfície da placa completamente simples e lhe dá mais espaço. Braços de suporte vertical em forma de U oferecem estabilidade adicional sem adicionar muito peso. O inovador design baseado em slot funciona igualmente bem com as soluções de montagem padrão como com o novo pedal RockBoard® Quick Mount placas de montagem (vendidas separadamente). Os slots também permitem que você esconda facilmente os cabos por baixo da superfície caso seja necessário uma instalação mais arrumada. Além disso, qualquer fonte de alimentação pode ser montada debaixo da placa de superfície, ou usando a solução de montagem de energia universal opcional RockBoard® The Tray. Todos os modelos da série RockBoard® 2018 (com exceção do Duo 2.1) são compatíveis com o patch do módulo RockBoard®. Com sete tamanhos que variam de 46 cm (18 1/8 “) a 102 cm (40 3/16”) de largura, é quase impossível não encontrar um quadro perfeito para suas necessidades. Todos os tamanhos estão disponíveis com gig ou flight case.

SIGMA DELTA http://www.solidstatelogic.com/studio/sigma A Sigma Delta traz perfeitamente o prazer analógico de fazer uma mix em um console SSL dentro do fluxo de trabalho de sua DAW. Usando a tecnologia MDAC exclusiva para SSL, a Sigma leva o barramento de mixagem SuperAnalogueTM dos consoles Duality e AWS da SSL e o entrega em um design de rack 2U, com controle remoto completo do caminho do sinal analógico, usando uma superfície de controle de hardware e / ou um controle remoto simples. É possível fazer o controle diretamente da sua DAW, usando o inovador plugin SSL delta-Control (d-Ctrl). A Sigma delta e a inclinação sem compromissos da SSL para projetar circuitos de áudio são um somatório com uma resposta de frequência de gama baixa estendida, imagens em estéreo amplas, clareza, profundidade e detalhes. A Sigma delta também possui um monitor de estúdio de saída dupla e sistema de switcher e fone de ouvido que é controlado remotamente. É configurado a partir de uma aplicação remota de plataforma cruzada que oferece controle autônomo completo da sigma delta e, quando executando em um tablet Mac, PC ou iOS, o aplicativo também funciona como um excelente controle remoto para o switcher / talkback do monitor.


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famosas em um único CD

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Trilhas sonoras

FESTIVAL DE MÚSICA REUNIRÁ JOVENS DO MUNDO INTEIRO NO BRASIL

No dia 4 de maio, a Universal Music faz o lançamento de John Williams: A Life In Music, um novo álbum com as icônicas trilhas sonoras do compositor mais bem sucedido do mundo do cinema – incluindo Star Wars, Jurassic Park, E.T. e muitas mais. O álbum, que será lançado no Dia Internacional do filme Star Wars, apresenta novas gravações com a London Symphony Orchestra, que gravou muitas das versões originais criadas por Williams, e inclui a estreia mundial da versão para cello da trilha do filme A Lista de Schindler, que nunca antes foi ouvida. Gravado por uma orquestra composta por 86 músicos, esta épica coleção foi conduzida pelo maestro Gavin Greenaway e gravada no Air Studios, em Londres. O álbum com 10 faixas, dentre as quais Hedwig’s Theme, do filme Harry Potter, interpretada pela LSO pela primeira vez. Também é a primeira vez que é gravado o arranjo

oficial para cello, que Williams fez para “A Lista de Schindler”. A estreita ligação da LSO com Williams remonta há quase 40 anos e a referência está presente para ser ouvida nessas novas gravações. Por escrever as trilhas sonoras mais adoradas do mundo – incluindo Tubarão (Jaws), ET e os filmes Esqueceram de Mim (Home Alone), além de reger uma das orquestras mais conhecidas e famosas do mundo, Williams é realmente um dos maiores compositores vivos da nossa geração. Em 2018, essa lenda de Hollywood, hoje com 86 anos, celebra 60 anos de trilhas sonoras. Juntamente com o lançamento deste álbum único e mais do que especial, Williams também vai reger a LSO em uma performance extremamente rara no Royal Albert Hall de Londres, tornando-se a primeira performance do compositor no Reino Unido após 22 anos. Após as indicações para o Oscar® deste ano, Williams quebrou seu próprio recorde com mais indicações ao Oscar do que qualquer outra pessoa viva – título que ele ganhou pela primeira vez em 2016. Williams também ganhou cinco Prêmios da Academia, sete BAFTAs, 24 Grammys, quatro Golden Globes, cinco Emmys e inúmeros Discos de Ouro e de Platina. Assista ao trailer: https://youtu.be/ GbTx4007N5o

Em sua primeira edição no País, o festival Ethno Brazil reunirá jovens de 18 a 30 anos do mundo inteiro na Fazenda Serrinha, em São Paulo, para práticas e trocas musicais coletivas. O evento ocorrerá entre os dias 17 e 28 de junho. O festival Ethno é promovido pela Jeunesses Musicales International (JMI), em mais de 70 países. No Brasil, as apresentações do festival ocorrerão também na capital, e em três municípios do Estado de São Paulo: São José dos Campos, Bragança Paulista e Taubaté.

FESTIVAL NA EUROPA TEM EQUIPAMENTOS ROBE O festival Spirit of the Warrior, apresentado em Praga, República Tcheca, na famosa O2 Arena, um dos mais famosos eventos de dança popular da capital tcheca, levou para o público uma experiência visual e sonora nunca antes vista, num estilo bem sério e interessante desenhado pelo time composto pelo lighting designer Bas Kemper, Dutch VJ coletivo, Vision Impossible e Rudo Tucek, proprietário da empresa de locação eslava, Ministry Rental Service, que havia adquirido poucos dias antes do festival 24 novos Robe MegaPointes, a maioria usados no palco central, posicionados proeminentemente em volta do stand do DJ.


Todos os participantes da Musikmesse podem participar do Guitar Camp dos workshops, masterclasses e performances gratuitamente, sem necessidade de se registrarem antes. Mais informações em www.musikmesse.com

Bruce Gaitsch

O evento dedicado aos guitarristas na Musikmesse teve seu line up divulgado na primeira semana de março. Entre as apresentações estão nomes como Jen Majura, Bruce Gaitsch, além de uma programação que inclui workshops e marterclasses. Amantes e aficionados poderão conferir as demonstrações de oito músicos de primeira linha, que apresentarão riffs, solos e shows em cabines à prova de som no Hall 9.0. Os fãs dos riffs mais fortes podem conferir o retorno de um dos membros do Evanescence, Jen Majura. Também participa do Guitar Camp pela primeira vez o guitarrista do Robbie Williams, Tom Longworth, além de Bruce Gaitsch e Nico Scheliemann.

Confira a lista provisória dos horários das apresentações: De quarta-feira a sábado (11 a 14 abril 2018) 10:15 Nico Schliemann 11:15 Mattias ‘IA’ Eklundh 12:15 Tom Longworth 13:15 Jeff Waters 14:15 Jen Majura 15:15 Nick Johnston 16:15 Alen Brentini 17:15 Bruce Gaitsch De quarta-feira a sábado (11 a 14 abril 2018) 11:00 Jeff Waters (College) 12:00 Bruce Gaitsch (Academy) 13:00 Mattias ‘IA’ Eklundh (College) 14:00 Thomas Blug (Academy) 15:00 Alen Brentini (College) 16:00 Bruce Gaitsch (Academy) 17:00 Nico Schliemann (College)

CAMA DE GATO RECEBE ARTHUR MAIA

Em parceria com a banda Questions, WYo lança oficialmente o seu segundo trabalho solo: Eu não vou, em homenagem aos Beastie Boys, com Tough Guy. Atividade que o consagra como o primeiro rapper no Brasil a cantar um som no “estilo hardcore”. Em forma de protesto, faz uma grande critica à situação atual do país, e declara não aceitar os grandes escândalos e problemas crônicos que a sociedade atual vive.

PLATAFORMAS DIGITAIS A dupla Israel & Rodolffo lançou no mês de março, nas plataformas digitais (Spotify, Apple Music, Deezer, Youtube, Google Play e iTunes) todas as músicas do novo CD/DVD “Israel & Rodolffo Acústico – Voz e Violão”. O álbum conta com as participações especiais de Jorge & Mateus e Edson & Hudson.

VIDEOCLIPE SEQUÊNCIA O grupo mineiro Lagum lançou no dia 28 de fevereiro, o vídeo da faixa Deixa, que ganhou nova versão com participação da cantora Ana Gabriela. Gravado na casa da cantora e na Belo Horizonte natal do grupo, o vídeo, com produção e direção de Alexandre Stehling, é uma continuação do clipe da versão original da faixa, lançado em 2016.

NOVO SINGLE O duo Gus & Vic, formado pelo casal Gustavo Scanferla e Victoria Cosato, acaba de lançar o single Noite, disponível em todas as plataformas digitais, e também o clipe da música em sua página no Youtube: http://gus.vic.fm/go/noite-youtube/

TODAS AS CORES O Vanguart apresenta no YouTube seu novo clipe, da música Todas as Cores. O vídeo é o terceiro deles com roteiro, direção e pós-produção de Diana Boccara e Leo Longo, do Couple of Things. A música é do álbum mais recente do grupo, Beijo Estranho (Deck/ 2017), de autoria do baixista e vocalista Reginaldo Lincoln.

NA TRILHA

No dia 21 de abril, às 22h30, o Cama de Gato se apresenta no Blue Note e traz a participação especial do baixista Arthur Maia, revivendo uma das formações do Cama de Gato. O repertório inclui Cama de Gato (Rique Pantoja e Arthur Maia), Melancia (clássico do Cama, composição de Rique Pantoja), Havana e Gonzagueando (ambas de Jota Moraes). E mais Porque não fui a Berklee (do Arthur Maia) e Porque também não fui (resposta de André Neiva à composição do Arthur). Arthur e Andre vão tocar baixo juntos em algumas músicas. O grupo Cama de Gato, que tem mais de trinta anos de carreira, atualmente é formado por Jota Moraes (piano), Andre Neiva (baixo), Mingo Araújo (percussão), Mauro Senise (sax e flauta) e Pascoal Meirelles (bateria).

HOMENAGEM E PROTESTO

BACKSTAGE

GUITAR CAMP TEM LINE UP DE TIRAR O FÔLEGO

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NA TRILHA NOVO VIDEOCLIPE

“The World of Vintage Guitars” é o evento que vai levar o participante da Musikmesse Frankfurt a uma viagem aos anos 1950 a 1964. Durante a mostra, o público poderá ver os históricos instrumentos Fender e os destaques da Fender Custom Shop. Nesta área exclusiva, a exibição intitulada Fender by Leo Fender: The Evolution of Fender´s Electric Guitars 1950-1964 os aficionados pela marca terão a chance de ver de perto guitarras originais bem como a evolução do instrumento durante os chamados anos dourados, anos 50 e metade dos 60. Além do mais, na Fender Custom Shop

serão apresentados uma grande seleção de instrumentos individuais fabricados à mão nos EUA durante este período, e também guitarras vintage que passaram pelas mãos de lendas como Bonamassa, Joe Satriani, Steve Ray Vaughan e outros. Alguns tesouros selecionados estarão disponíveis, ou melhor, ao alcance das mãos do visitante, e poderão ser tocados em uma sala separada. Outra área, a Rate your Guitar, permite que os visitantes tenham suas guitarras avaliadas por experts. Mais informações, acesse www.musikmesse.com .

P!NK , ícone pop mundial, lançou o clipe da música Whatever You Want. O Vídeo acompanha P!NK nos bastidores, pelo estúdio, mostra os ensaios para a tour, aparições promocionais de divulgação do álbum Beautiful Trauma, bem como imagens pessoais de P!NK e seu marido ao longo dos anos.

NÃO ME SINTO SÓ A Vras77 apresenta o clipe Não Me Sinto Só da cantora Denise D’Paula. Exvocalista da banda Filosofia Reggae lança o primeiro single do novo disco. Assista ao novo clipe em https://youtu.be/ 4muY9bIkS68. A direção é da Vras77, co-direção: Anna Julia Bitelli, preparação de elenco: Alexandre Maronna, assistente: Neto Basta comunicação: Rhafa Prodz.

FÉ NA ESTRADA OS NOVE PRIMEIROS ÁLBUNS DE ESTÚDIO DE STEVE MILLER BAND Cinqüenta anos após os dois primeiros álbuns da Steve Miller Band terem sido lançados pela Capitol Records, em 1968, os aclamados nove primeiros álbuns de estúdio do grupo foram remasterizados por Steve Miller e Kent Hertz e serão lançados mundialmente pela Universal Music, através do selo Capitol. Esses nove primeiros álbuns de estúdio também foram remasterizados recentemente por Steve Miller e Kent Hertz no formato áudio digital HD. Começando com o lançamento mundial de Children of the Future, no dia 16 de fevereiro, os lançamentos em áudio digital HD dos álbuns continuarão a serem lançados semanalmente, em ordem cronológica, concluindo com Fly Like an Eagle, no dia 13 de abril.

A Corcel, primeira banda brasileira de folk formada por mulheres, lança o clipe de Fé Na Estrada, single que também está disponível em todas as plataformas digitais. Formada por Andressa Fellini (voz e violão), Bárbara Hipólito (bandolim e gaita), Fernanda Giocondo (Fejão) (baixo) e Milena Tavares (voz, violão e escaleta), a banda tem conquistado uma legião de fãs e seguidores por onde passa. Fé Na Estrada é a quarta faixa do EP Antes de Tudo, lançado em novembro de 2017.

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O MUNDO DAS GUITARRAS VINTAGE


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Inscrições para corais

As inscrições de corais para a quinta edição do Festival Internacional de Corais de Curitiba, o CANTORITIBA, estarão abertas até o dia 30 de agosto. Neste ano podem se inscrever coros mistos, femininos, masculinos, da melhor idade e infantojuvenis. O festival, que acontece no mês de novembro, deve reunir grupos de todas as regiões do Brasil e de países como Argentina, Uruguai, EUA, México e Portugal. O evento reúne mostras competitivas e não competitivas, apresen-

tações em teatros de renome e em palcos abertos distribuídos pela cidade, avaliação técnica de todos os grupos e prêmios em dinheiro. As apresentações de abertura e encerramento da 5ª edição do CANTORITIBA ocorrerão no Teatro Positivo, na capital curitibana. O edital com regras da edição 2018, bem como os formulários para inscrições estão disponíveis no site www.cantoritiba.com.br . Confira o vídeo de apresentação do festival youtu.be/DpHAsAuAw_4.

EMPRESA MEXICANA INVESTE EM NOVOS PRODUTOS A LED Project, um dos principais especialistas de iluminação técnica e locação de vídeo/visual, na Cidade do México, além de serem donos do maior estoque de aluguel dos atuais e novos produtos com mais de 200 BMFLs, Spiiders, Pointes, LEDWash 300s e 600s, LEDBeam 1000s, CycFX 8s e MiniMe’s no inventário, e se orgulha de ter sido o primeiro no México a comprar tanto os LEDBeam 1000s quanto os Cyc FX 8s. A decisão dos diretores em investir em mais produtos Robe, como os moving lights, ajudou a empresa a elevar seu perfil da marca, colocando a Robe no mapa deste crucial território de ‘crossover’ entre os Estados Unidos e a América Latina. Os próximos grandes shows onde a LED Project atua incluem o EDC Festival, no Autódromo Hermanos Rodríguez, e Phil Collins, no Palácio de los Deportes, em março de 2018.

ROCK IN RIO LISBOA ENCERRA COM PERRY E SANGALO

O último dia de Rock in Rio-Lisboa traz grandes vozes femininas para o Palco Mundo da Cidade do Rock. No dia 30 de junho, o público vai poder ver e ouvir Katy Perry, Jessie J, Ivete Sangalo e Hailee Steinfeld. Além destas artistas, o Rock in RioLisboa conta ainda no line up da sua 8ª edição com Bruno Mars (24 de junho), o grande vencedor do Grammy Awards 2018 com seis prêmios, Muse (23 de junho), The Killers (29 de junho) além de Demi Lovatto (24 de junho), HAIM (23 de junho), Bastille (23 de junho), The Chemical Brothers (29 de junho), os portugueses Agir (24 de junho) e Diogo Piçarra (23 de junho), e a brasileiríssima Anitta (24 de junho).


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DANIELLI MARINHO | REDACAO@BACKSTAGE.COM.BR

SAL DO SAMBA

Adriana Passos Trazendo literalmente o samba na veia, a carioca Adriana Passos foi criada na tradição do samba, desde muito cedo, participando de rodas de samba caseiras promovidas por seu pai, Aldo Passos, também compositor e parceiro. Herdou também a ginga do seu avô, Arnaldo Passos, um dos expoentes de sua geração, compondo ao lado de Geraldo Pereira, Monsueto e Luis Vieira. Foi buscando exatamente resgatar sua obra – foi autor de Mora na Filosofia, Menino de Braçanã, Escurinha, Samba Bom e outros sucessos gravados até hoje – que a cantora lança seu novo trabalho, Sal do Samba, incluindo também as composições próprias e inéditas de compositores que vêm se destacando no atual cenário musical, como Adler São Luiz, Ednaldo Lima, Marco Jabú, Ricardo Mansur, Augusto Bapt e Rodrigo Braga. Contando com a participação especial de Moyses Marques, o CD Sal do Samba reúne ritmos como coco, tambor de Criola e jongo ao samba tradicional de Arnaldo Passos, dando um frescor e renovação próprios de Adriana Passos.

LOVE LETTERS João Senise Love Letters é o quinto disco de João, que aos 28 anos, possui uma discografia de respeito. O primeiro CD, chamado Just in Time, saiu em 2013, Abre Alas – Canções de Ivan Lins em 2015. Em 2016 vieram Celebrando Sinatra e Influência do Jazz. Gravado no estúdio Araras em outubro de 2017, o álbum, que chegou ao mercado neste mês de fevereiro, traz a refinada assinatura, na direção musical e arranjos, do maestro Gilson Peranzzetta, responsável por todos os CDs e shows de João Senise. O disco traz as participações especialíssimas da cantora de jazz Indiana Nomma, de seu pai Mauro Senise no sax e flauta, Nelson Faria no violão, Romero Lubambo na guitarra, Zeca Assumpção no baixo e Ricardo Costa na bateria. Entre as 16 músicas do CD estão a faixa-título Love Letters, My funny valentine, I fall in love too easily, Unforgettable, Can´t we be friends? ‘S Wonderful, Besame Mucho, Autumn leaves, The way you look tonight, Human Nature e Moondance.

Mambo Rapidito e Un Tabaco para Elegua antecipam Orquesta Akokán, primeiro trabalho do supergrupo de Cuba. “Akokán” é uma palavra da língua iorubá usada em Cuba, que significa “do coração”. E, com toda certeza, cada música de Orquesta Akokán, disco de estreia autointitulado do grupo (com lançamento em 30 de março, pela Daptone Records), se parece com uma mensagem vinda do coração da banda para os ouvintes. Criada e comandada pelo vocalista cubano José “Pepito” Gómez, a Orquesta Akokán é um grande coletivo que reúne alguns dos melhores músicos da ilha de Cuba, tanto novos quanto experientes. O disco traz apenas músicas originais e foi gravado durante uma sessão de três dias no Estudios Areito, em Havana. O Areito é um dos mais antigos estúdios do

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ORQUESTA AKOKÁN Orquesta Akokán

mundo e abrigou a produção de importantes álbuns cubanos. Orquesta Akokán foi produzido por Jacob Plasse e teve os arranjos realizados por Mike Eckroth. Desde a primeira faixa, o disco mostra ao que veio. Mambo Rapidito e Un Tabaco para Elegua têm um ritmo contagiante ora comandado pelo baixo, ora completado pelas ricas cascatas de piano, mas sempre apimentado pela alegria de Pepito. Ouça Mambo Rapidito: https://youtu.be/ubyemQYjDCg e Un Tabaco Para Elegua: https://youtu.be/Rt--PFwe2Ww .


DANIELLI MARINHO | REDACAO@BACKSTAGE.COM.BR Foto: Divulgação

JAM Alfredo Dias Gomes Após nove trabalhos solos, o músico carioca está comemorando os 25 anos de carreira como baterista solo, gravado em seu próprio estúdio, na Lagoa, por Thiago Kropf, e masterizado por Alex Gordon no Abbey Road Studios, de Londres. O novo disco reúne a sinergia do jazz rock, grande influência do baterista desde a adolescência, e traz dois exímios instrumentalistas: o contrabaixista Marco Bombom (da lendária Conexão Japeri, de Ed Motta) e o guitarrista Julio Maya, com quem Alfredo tocou no início da carreira. O CD JAM abre com The Night, faixa surgida a partir de criações do baterista no teclado e composta exclusivamente para a formação da bateria, baixo, guitarra e teclado. Na sequência, Dream Aria exalta o acaso e a espontaneidade. Em High Speed, o baterista sintetiza suas grandes influências setentistas: Billy Cobham, Mahavishnu Orchestra, The Eleventh

House. A faixa Spanish foi pensada em destacar o baixo, com a melodia e o solo de “baixolão” do Marco Bombom. A faixa-título JAM, primeira a ser gravada, foi concebida exatamente conforme o nome: uma jam session, composta com arranjos na hora dos takes com Maya e Bombom. A faixa-solo Experience, também criada a partir de frases no teclado pelo baterista, termina com um solo livre de bateria utilizando afinação diferente, mais agora do que costuma usar. Após o disco já concluído (e masterizado) o baterista incluiu The End, sentindo a necessidade de uma música do trio tocando ao mesmo tempo.

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GUSTAVO VICTORINO | www.backstage.com.br

gou exclusivamente à iluminação a configuração cênica do seu espetáculo. Na contramão de bailarinos, explosões, figurinos e cenografias complexas, Phil usou apenas a qualidade da sua música como atração. E funcionou...

TECNOLOGIA Um chip do tamanho de um cartão de memória padrão micro SD está sendo desenvolvido pelos chineses para equipar as guitarras do futuro. Nele, um poderoso DSP e quase microscópico processador reproduz até 54 diferentes efeitos com qualidade superior às sofisticadas e caras pedaleiras existentes no mercado. Pelo que ouvi, até a reprodução de timbres valvulados é surpreendente.

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LOLLAPALOOZA

Alheio a discursos e números polêmicos do governo, o segmento de áudio e instrumentos atingiu uma maturidade que parece lhe dar imunidade ao que se faz (e mal) na área econômica em Brasília. Até o dólar parou com os sobressaltos e segundo especialistas, embora ainda supervalorizado, não assusta mais. Há muito as importações ou contratos próximos a um milhão de dólares acabaram. O mercado se vacinou no curto prazo.

NOVA GERAÇÃO A sucessão familiar em muitas empresas está trazendo uma sutil arejada num mercado que historicamente sempre foi conservador. Empresas tradicionais recebem a nova geração de gestores com um olhar mais dinâmico e arrojado. As mudanças no segmento seguem a velocidade da tecnologia e os novos tempos exigem cada vez mais arrojo nos projetos de futuro. E os jovens sabem disso... Aldo Storino, da centenária Izzo, e Rogério Raso, da iconoclasta Santo Ângelo, são apenas dois dos exemplos de sucessão com sucesso.

VISUAL A aplaudida passagem de Phil Collins pelo Brasil deixou reaberta uma questão interessante e sempre polêmica no show business. O visual também é feito para compensar uma eventual falta de qualidade da música apresentada? Limitado pela cirurgia na coluna, o astro se apresentou de forma absolutamente estática em uma cadeira de rodas e entre-

O festival dos antenados continua na cabeceira da pista quando se fala em decolar na direção do reconhecimento como evento referencial. Nascido de uma ideia comercial e sem grandes pretensões iconoclastas como o Rock in Rio, o Lollapalooza cresceu mais do que esperava e gerou a expectativa de criar uma plataforma de lançamentos e referências no pop internacional. A pulverização de estilos e a busca por novidades fizeram o evento tropeçar exatamente onde o Rock in Rio sempre foi impecável: a qualidade das atrações. Alguns bons shows ficam diluídos em meio a novidades pseudomodernas e de gosto duvidoso ou ruim. E isso tira força do evento.

IRON MAN A encrenca que custou os tubos à Marvel pelo uso da música Iron Man, do Black Sabbath, num dos filmes do Homem de Ferro, foi a gota d’água para que as trilhas originais voltassem a reinar soberanas aos ouvidos dos telespectadores de filmes de ação. A dor de cabeça dos produtores de Guardiões da Galáxia não ficou muito atrás. A culpa é jogada nas relações entre as editoras e os artistas ou seus herdeiros. Muitos questionam os valores do licenciamento ou a eles repassados. Isso quando uma briga entre esses herdeiros ainda não está em curso.


GUSTAVO VICTORINO | VICTORINO@BACKSTAGE.COM.BR

TENSÃO E MAU HUMOR Em conversa com um engenheiro especialista em acústica, descobri que o som recebe influência de muito mais variáveis do que se imagina. Temperatura, umidade do ar, vento e até a altitude e o seu ar rarefeito em oxigênio têm influência sobre o desempenho e timbragem de equipamentos de palco e PA. Mas a variável mais surpreendente é o estado de espírito do técnico responsável. Acredite, estudos provam que a tensão e o mau humor circunstancial fazem com que esse profissional inconscientemente amplifique graves e sublime médios agudos. Por recomendação e para tentar entender, fui ler o estudo disponível em inglês na internet, mas confesso que me perdi pelo conteúdo excessivamente técnico que adentra um profundo estudo da psicanálise e da neurologia.

DEPURAÇÃO Quase um terço das pequenas lojas de instrumentos musicais no país fecharam suas portas nos últimos 5 anos. Os dados são das planilhas das empresas do ramo que realizam eventos e convidam seus principais clientes para conhecer os seus produtos. Além do mimo turístico, a ideia dos fornecedores é mapear o segmento com maior precisão.

GIBSON A oceânica diferença entre os fatos e os boatos estão gerando uma verdadeira crise histérica em torno de uma das marcas de guitarra mais icônicas do planeta. As dificuldades financeiras enfrentadas pela Gibson são superáveis pelo valor histórico da marca. A pressão dos japoneses para comprar a empresa de Nashville vem desde a virada do século e isso se tornou notório pelos reiterados boatos de má gestão e problemas oriundos da discussão de direitos na empresa. A Gibson nunca vai quebrar, mas certamente vai

precisar mudar radicalmente sua política de preços. Cada vez menos as pessoas compram a marca no braço de uma guitarra. Mesmo com qualidade, a Gibson acusou o golpe do crescimento de marcas orientais e da própria Fender, sua maior concorrente. Com a mesma qualidade, uma Fender custa a metade do preço e uma oriental, menos de um terço.

PERDA A morte do gaúcho Carlos Eduardo Miranda trouxe à tona um pouco da biografia do produtor e agitador cultural mais irreverente e porralouca do Brasil dos últimos tempos. Criativo, arrojado, intenso e competente, Miranda virou o rock brasileiro de cabeça para baixo nos últimos 30 anos. Fora do circuito foi conhecido apenas quando se tornou jurado de programa de televisão, mas no meio musical sempre foi admirado e respeitado como poucos. Em Porto Alegre, e nas últimas décadas em São Paulo, Miranda deixou amigos e histórias inacreditáveis e divertidas.

CUIDADO As músicas dos Beatles que entraram em domínio público em alguns países e, portanto, podem ser usadas livremente estão restritas apenas a nações que têm legislação com essa previsão. Mesmo os países signatários da Convenção de Berna têm prazos decadenciais diferentes para direitos autorais. No Brasil, o prazo é de 70 anos, conforme prescreve o artigo 41 da lei nº 9.610/98. Fora desse prazo, usar música alheia dá encrenca.

EM CRISE Os números divulgados pela imprensa e citados aqui nessa coluna dando conta da queda na venda de guitarras e consequentemente acessórios, suprimentos e amplificadores estão fazendo com que fabricantes e importadores mudem significativamente o perfil de seus catálogos e linha de produção. No segmento de amplificação

o destino é o áudio e no de instrumentos a opção são os violões cujas vendas vão muito bem, obrigado.

MUDANÇA DE RUMO Uma surpresa no relatório anual da RIAA (Recording Industry Association of America), a poderosa associação americana de gravadoras que reúne os gestores da música e dos direitos autorais naquele país. Pelo documento, as vendas de mídias físicas superaram as de arquivos digitais no ano passado. Desde 2011 a música digital tinha assumido a liderança na comercialização e o dado acabou surpreendendo o mercado e até as próprias gravadoras. Com a palavra, os especialistas.

RETROCESSO Depois de décadas de luta, a música finalmente havia retornado às escolas há três anos. Nem bem findaram as comemorações e o sistema se ajustava, o governo brasileiro surpreendentemente agora tira a obrigatoriedade do ensino musical e praticamente traz de volta as trevas para cobrir um dos mais importantes conteúdos voltados à cognição e à sensibilidade dos jovens. A exemplo da nossa cultura, a educação brasileira parece andar eternamente como caranguejo. Mais uma bola fora de Brasília.

COMEÇOU Avisei aqui que a mudança na utilização das frequências UHF no Brasil traria problemas para equipamentos de banda fixa. Alguns sistemas em testes já atropelam a utilização de microfones e transmissores wireless pelo país. Diante da falta de alternativas e responsabilidade legal, resta aos importadores apenas silenciar. Aos consumidores, cabe uma ação contra a união por não prever tal dano aos consumidores que compraram equipamentos legalmente importados e autorizados para venda e uso no Brasil.

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LANÇAMENTO| www.backstage.com.br 26

O modelo possui tecnologia WMS4500, um sistema sem fio multicanal de referência que fornece a maior quantidade de canal, máxima confiabilidade e fácil configuração. redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação

PR4500 ENG MOBILIDADE TOTAL

O

PR4500 ENG Set / HT inclui um receptor de câmera sem fio portátil PR4500 ENG e um transmissor de mão HT4500 com uma cabeça de microfone dinâmico D5-WL1 intercambiável. Além disso, a embalagem contém um adaptador de hot-shoe e dois cabos de

conexão diferentes para o receptor para que você possa usar este sistema de microfone sem fio completo para uma ampla gama de aplicações. A qualidade de áudio excepcional WMS4500 ganhou reconhecimento mundial por seu trabalho confiável em transmissões,


Características • Diversidade de suas antenas • Maior confiabilidade, mesmo em um ambiente de RF lotado • Cobertura metálica • Atende aos rígidos requisitos das produções de campo

Especificações • 1 x PR4500 ENG Camara diversity receiver • 1 x HT4500 transmissor de mão • 1 x D5 WL1 microfone dinâmico • 1 x adaptador Hot shoe

• Até 12 horas de funcionamento

• 1 x cabo de conexão XLR

• Segurança para ENG longo e si-

• 1 x cabo de conexão Mini jack

tuações de relatório ao vivo • Saída de fones de ouvido • Para monitoramento de sinal

• 1 x clipe BC4500 • Baterias 4 x AA

• Para aplicações altamente exigentes

enormes instalações e em turnês. Para quem está a procura de um sistema sem fio receptor para aplicações para video, o PR4500 ENG foi desenvolvido para esta necessi-

dade. Além disso, a tecnologia WMS4500 é bastante compatível, permitindo a configuração de um sistema sem fio compacto e robusto com qualquer câmera de vídeo, câmera DSLR ou outro equipamento A/V. Ele garante uma facilidade de uso incomparável, uma es-

tabilidade de transmissão excepcional e uma longa vida útil da bateria do transmissor e do receptor para todas as situações em ENG, EFP e em tempo real.

Para saber mais pro.harman.com

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REPORTAGEM| www.backstage.com.br 28

Cada vez mais a avenida fica livre para o samba passar. Seguindo o processo iniciado em 2017, a palavra de ordem este ano foi carnaval sem cabos. Sem cabos e sem conversões também. Miguel Sá redacao@backstage.com.br Fotos: Ernani Matos Cezar Loureiro - Riotur / Divulgação

CARNAVAL

sem cabos em 2018

E

m 2018, foi dada a continuidade ao processo da eliminação dos cabos da Avenida Marques de Sapucaí, ou Passarela do Samba, no Rio de Janeiro. Esse procedimento foi um pedido da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) à Gabisom. “Como já havíamos testado o uso de RF no ano passado (2017) com excelente resultado, neste faltava remover o cabo de AC ”, explica Peter Racy, um dos engenheiros da Gabisom responsáveis pelo som da avenida. Com os bons resultados do uso de RF, tanto a fibra ótica como os multicabos

analógicos foram substituídos como principal meio de distribuição de sinal. Os equipamentos usados nas torres de sonorização foram os mesmos de 2017. Em cada uma havia uma L-Acoustics K2 para a pista, uma K1 apontada para as arquibancadas e uma Kara para sonorizar as frisas. Foram colocadas quatro caixas do sistema JBL Vertec em cada um dos dois recuos de bateria. Também foram usadas duas Vertec em cada um dos 12 pontos de sonorização da Praça da Apoteose. Na concentração das escolas, na Avenida Presidente Vargas, foram usadas dez torres com duas KF 850 em


Horizontal In Line Arregement: Para fazer o delay, é necessário levar em conta que as escolas de samba passam por 36 torres na avenida em cada lado, montadas de forma simétrica, a mais ou menos 15 metros uma da outra

cada lado. “No total, foram utilizadas 312 caixas de som entre pista, arquibancadas, frisas, recuos de bateria, Avenida Presidente Vargas e caminhões”, detalha Peter Racy. Outra conquista na sonorização

Presidente Vargas. Cristhian Soares distribui as funções dos componentes da equipe e coordena serviços terceirizados, como salas, arcondicionado, geradores, segurança e carregadores, entre outros.

Foram colocadas quatro caixas Fullsize 3- way em cada recuo de bateria.

do carnaval é o trânsito do sinal em plataforma digital durante todos os estágios em que isto é possível, o que tem grande influência na qualidade final do áudio.

O SOM Os preparativos para a sonorização começam quatro semanas antes dos desfiles, com o cabeamento das torres da avenida, recuos e Avenida

Eder Moura ficou responsável pelo planejamento da distribuição de sinal. “Saimos de mais de dez conversões de quando começamos a sonorizar a avenida para uma este ano”, fala. As antenas foram posicionadas em16 pontos da Avenida. Gerado a partir dos microfones da bateria, dos instrumentos harmônicos de apoio e da voz dos intérpretes dos sambas, o sinal de áudio é “espli-

tado” desde a mesa master do contêiner de mixagem, para a transmissão da Rede Globo e para o contêiner de mixagem, onde o sinal é recebido por uma mesa cue operada por Marcos Possato. “Tenho que fazer o VCA independente para cada um e colocar no ar o que está valendo”, completa Marcos, que trabalha com uma Digico SD7, de onde é enviado o som, tanto para a mesa de mixagem onde operam Luis Carlos T. Reis, Marcelo Sabóia e Eder Moura, como para a TV Globo.

O DELAY Na Marques de Sapucaí, a fonte sonora anda. Durante a caminhada as escolas de samba passam por 36 torres na avenida em cada lado, montadas de forma simétrica, a mais ou menos 15 metros uma da outra. “Recebo o sinal da mesa de mixagem e os masterizo. No total,

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REPORTAGEM| www.backstage.com.br 30

Valtinho Silva

Márcio Boarin

Marcos Possato

são 127 trocas automáticas de cena, mas há um total de 130 trocas no decorrer da Avenida. “Temos um sistema de telemetria que informa quando o caminhão está na primeira torre, e desde ela até a 36 acontecem os program changes

por todos os estágios. “Ela tem algumas facilidades na programação da cena, em dois dias já tinha todas as cenas programadas que precisava, contando com a colaboração das pessoas da SSL Brasil”. Os sinais da mesa de Valtinho vão

anos 2000. “No começo, dividíamos a responsabilidade da captação na avenida, mas agora esta é responsabilidade da Gabisom. Sugerimos modificações quando necessário e somos plenamente atendidos. A decisão dos tipos de microfones que serão usados é feita de comum acordo com as necessidades específicas de sonorização e transmissão”, explica Carlos Ronconi, assessor técnico da Rede Globo. A partir do momento em que o sinal é enviado para a interface digital da mesa de som da emissora que fica no contêiner de mixagem da Gabisom, começa o trabalho de áudio na TV Globo. “Via fibra ótica, esses sinais vão da interface até a nossa Unidade Móvel de Áudio. Esses 24 sinais, divididos entre bateria, harmonia e “puxadores”, são misturados a mais microfones no recuo e nas câmeras de detalhes e enviados à unidade móvel de vídeo, onde são acrescentados os narradores e comentaristas. Esse sinal segue então para a emissora onde é finalizado com as vinhetas e efeitos sonoros”, detalha Ronconi. Por conta dos narradores e de toda

A partir da mesa de mixagem, são endereçados grupos separados para a transmissão

automatizados. Ao mesmo tempo, se o sinal cai, ainda tem comunicação, câmeras no caminhão e, se precisar, posso fazer a troca manualmente”, afirma Valtinho. Desde 2001 que Valtinho cuida dos delays da Avenida e desde então algumas mudanças ocorreram na forma de trabalhar. O equipamento também mudou. A mesa usada nos últimos dois anos foi a SSL500. Valtinho elogia a rapidez na troca de cenas e a baixa latência que a mesa proporciona, além da possibilidade de trabalhar tudo em AES/EBU, contribuindo para que o sinal trafegue em digital

via MADI para a Digico SD7 que faz o gerenciamento das mandadas de sinais para a Avenida. “Na verdade aquela mesa é só para fazer o patch. Eles já ficam prontos e não passam por nenhum processamento, seguindo para os SD Racks e amplificadores. Temos um SD Rack em cada sala de rack com slots AES/EBU. São quase 1200 metros de fibra entre os SD Racks”, aponta Eder Moura.

PARA A TV A transmissão do áudio do desfile pela TV Globo acontece por meio de uma estreita parceria da emissora com a Gabisom desde o início dos


Peter Racy

Eder Moura

a dinâmica da transmissão, é preciso tomar alguns cuidados específicos na mixagem para TV. “Precisamos encaixar tudo, bateria, harmonia, “puxadores”, apresentadores, em um ‘espaço’ auditivo bem apertado. Por isso, fazemos uma mixagem especial para TV onde sons que competem entre si, como o dos narradores e o dos “puxadores”, são equilibrados

da forma mais natural”, coloca Carlos Ronconi. Para evitar surpresas, a Gabisom manda, a partir da console de mixagem, um backup misturado de bateria, harmonia e intérpretes especialmente para a emissora. “O mundo digital nos trouxe uma imensa flexibilidade e qualidade na transmissão dos sinais, desde os microfones até a transmissão final para o telespectador. Inovamos na captação e processamento de sinais, proporcionando um som mais limpo e definido dos instru-

ILUMINAÇÃO CÊNICA DE VOLTA EM 2018? Hoje, o equipamento de iluminação usado no Sambódromo – 40 aparelhos no primeiro recuo de bateria e 140 no segundo operados por meio de mesas GrandMA, mais cerca de 70 nos arcos da Praça da Apoteose administrados por uma Avolite Tiger Touch – é usado para demandas específicas da transmissão para TV, mas Césio Lima, que cuida da fotografia da transmissão da Globo, apresenta planos que têm grandes chances

Os sinais vão via MADI para a DigicoSD7 que faz o gerenciamento das mandadas para a Avenida. mentos e vozes”, aponta Ronconi. A Rede Globo trabalha com quase 20 pessoas na produção da transmissão do carnaval, entre pessoas da área técnica e jornalística, e desde que a transmissão passou a ser em HD, a emissora também transmite em 5.1.

de serem concretizados em 2019. Cesio, que sempre foi um defensor ferrenho do uso de iluminação cênica durante o desfile, relembra das experiências feitas no início dos anos 2000. “Entre 2003 e 2005 apagamos a luz da Sapucaí e fizemos uma luz bem legal. Ainda não

Racks RF

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REPORTAGEM| www.backstage.com.br 32

Césio Lima

Carlos Ronconi

havia luz artística durante o desfile, mas a fotografia já era outra coisa. A arquibancada não ficava toda iluminada e a luz ia acendendo na Avenida enquanto a escola de samba entrava”, relembra. No entanto, o custo da locação de uma grande quantidade de equipamentos acabou inviabilizando o desenvolvimento deste projeto. Então, Cesio resolveu mudar o conceito desta iluminação. “Agora temos refletores LED. A ideia é trocar a iluminação que temos no

Sambódromo hoje por estes refletores que funcionam no protocolo DMX, proporcionando o controle da intensidade, tipo de facho e grau de cada refletor, o que permitiria que não se iluminasse a arquibancada. Também daria para fazer a cor das escolas”, acrescenta. O novo equipamento de iluminação tem tudo para entrar na reforma que deve ser feita no Sambódromo para o ano que vem. “Além da troca dos refletores, tem também a ideia da montagem de

Multiface Cluster

uma central de comando. Tendo esse controle da luz, o local pode até atrair outros eventos que não sejam apenas na Praça da Apoteose”, aponta Césio Lima A flexibilidade desse novo equipamento permitiria um desenvolvimento efetivo de uma luz cênica no carnaval da Sapucaí. “A escola pode pedir uma luz mais baixa, porque os carros alegóricos estão bem iluminados, ou pode pedir mais forte por causa das fantasias. Podemos ter níveis de intensidade, sempre nos preocupando com a transmissão, é claro. Colocando um moving light em cada uma das 44 torres de iluminação – este equipamento seria locado – se poderia fazer uma iluminação especial, por exemplo, para a comissão de frente na frente dos jurados. Creio que, com o tempo, iluminação poderia até virar um quesito”, antecipa Césio. “O pessoal da engenharia da Globo está muito motivado. Faz anos que estamos motivados para isso”, diz, citando também para as mudanças o apoio de Boninho, diretor da transmissão, Jorge Castanheira, presidente da Liesa, e do presidente da Riotur Marcelo Alves.


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REPORTAGEM| www.backstage.com.br 34

Com 67 anos e 37 de carreira solo, Phil Collins realizou no dia 22 de fevereiro o primeiro de uma série de shows da turnê Not dead yet, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, antes de partir para São Paulo e Porto Alegre. Para o sistema de sonorização, foi utilizado o L-Acoustics. Luiz de Urjaiss redacao@backstage.com.br Fotos: Tuiki Borges / Divulgação

IN THE AIR TONIGHT com Phil Collins no Maracanã

C

om mais de 100 milhões de discos vendidos, o baterista/cantor não vinha ao Brasil desde 1977, quando ainda fazia parte do Genesis e realizou show no Maracanãzinho. A turnê homônima à biografia, lançada em 2016, que fala sobre carreira e o alcoolismo, também faz jus à aposentadoria, anunciada em 2011, e reconsiderada ano passado. Diante de cerca de 40 mil espectadores e com dificuldade de locomoção (devido ao deslocamento de uma das vértebras do pescoço após turnê com Genesis, em 2007), o cantor – que entrou no palco de bengala – fez um show memorável. Collins perdeu parte da sensibilidade das mãos e desde então não pode mais tocar piano, e se afastou, também, da bateria – seu ins-

trumento de formação. Por conta destes fatores, permaneceu sentado durante todo o tempo do show, ao lado de sua banda, composta por velhos escudeiros, como o baixista Leland Sklar, o guitarrista Daryl Stuermer e o trompetista Harry Kim.

SONORIZAÇÃO O sistema de som escolhido pela equipe técnica do Phil Collins foi o LAcoustics K1/K2 com todos os seus complementos. Formado por quatro colunas idênticas compostas por 12 K1 com quatro K2 abaixo e oito K1-sub; pendurados atrás de cada coluna. O palco tinha 24x16 metros e alinhado à frente da boca de cena, o sub principal composto por 24 KS-28. Acima destes, foram distribuídos quatro front-fills,


Com dificuldade de locomoção, o cantor – que entrou no palco de bengala – fez um show memorável

cada qual com dois Kara. Nas asas do tablado, três pontos de NearFill espalhados. Cada ponto formado por três ARCS-ll.

les usados para os shows de “Not dead yet” vieram com a produção de Phil Collins. Uma AVID S-6L no PA e uma Digico SD-7 no mo-

A configuração do line e estrutura se mantiveram iguais em todos os shows no Brasil. Segundo o técnico de som responsável pelo áudio da Gabisom, Peter Racy, foram montados também um center cluster com seis Kara. “As quatro torres de delay foram compostas por quatro K1, seis K2 no fly e quatro SB-28 no chão. Houve também um pedido inusitado por parte deles em montar um delay atrás da housemix (FOH), com seis Karas e dois SB-28”. Os conso-

nitor. Ao todo foram usadas 192 caixas em cada show da turnê.

ESTRUTURA De acordo com Peter, a pedido da equipe estrangeira, a configuração do line e estrutura se mantiveram iguais em todos os shows no Brasil. “Houve ajustes no decorrer da turnê, de modo a adequar-se melhor ao local em questão, onde fo-

ram remanejadas as quantidades de K1 e K2 entre o PA e o Delay. Em Porto Alegre, por exemplo, tivemos dez V-DOSC em cada torre de delay”, diz. “O intuito era manter o sistema principal semelhante em todas as apresentações”, completa. Sobre os desafios em sonorizar um evento em estádio, o técnico enumera pontos como a cobertura uniforme, o paralelo entre SPL adequado e longas distâncias, a necessidade de manter o sistema alinhado no tempo em todos os pontos do espaço, além da alta inteligibilidade – apesar das múltiplas reflexões e reverberações. “Casas de shows são ambientes menores, com área de público mais contida, restrita. Nem sempre a acústica é controlada, mas as distâncias são bem menores,

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REPORTAGEM| www.backstage.com.br 36 O gênero exige uma assinatura sonora particular, com um sistema capaz de entregar altos níveis de SPL e apresentar acoplamento coeso

necessitando pouco SPL para serem atendidas satisfatoriamente”, afirma Racy. “Em estádios, frequentemente não temos o luxo de montar torres onde queremos, nem optar por sistemas distribuídos, ora por conta do tempo de montagem, restrições quanto ao local que é permitido pendurar equipamento, restrições de carga, de segurança (saídas de emergência etc). Por estes motivos, trabalhamos com sistemas mais concentrados, menos distribuídos, cujo rendimento é previsível de antemão (na fase do projeto) e executados na prática, resultando na cobertura e SPL especificados durante o projeto”, explica. Peter Racy comenta que devido à geometria das arquibancadas do Maracanã, que produziam um rebatimento oblíquo do som, não houve problemas com a reverberação do mesmo. “Provavelmente também, devido à grande distância que as ondas sonoras percorreram antes de atingir as barreiras re-

fletivas, não sobrasse energia suficiente para um rebatimento que incomodasse como seria o caso de superfícies verticais em replicação direta”, pontua.

POP Apesar de uma consolidada carreira no mundo progressivo, Phil Collins obteve maior reconhecimento através de seu trabalho voltado ao universo pop. Sua sensibilidade para criar canções nesse segmento que caem no gosto do grande público já é mais que conhecida. No que tange ao tratamento sonoro, uma vez que o gênero exige uma assinatura sonora particular, Peter explana a importância de um sistema capaz de entregar altos níveis de SPL, apresentar acoplamento coeso, dispersão uniforme por toda a faixa auditiva e reserva de potência para acomodar a faixa dinâmica. “Os arranjos de música pop são densos, contando com inúmeras camadas musicais simultâneas, o

que pode se transformar em um desastre se não forem cuidadosamente mesclados. Ao final do alinhamento e equalização do sistema, ele deve responder o mais uniformemente possível por toda a área. É natural que no topo da arquibancada, para exemplificar, haja menor pressão sonora do que no meio da pista. Contudo, devese buscar manter a mesma timbragem em ambos”, observa.

Lista de equipamentos PA 48 K1 16 K2 32 K1-SUB SUB 24 KS-28 Front Fill 8 Kara Near Fill 18 ARCS –II Center Cluster 6 Kara

Delay 16 K1 24 K2 18 SB-28 6 Kara Amplifadores La-12x La-8 Processadores Lake LM 44 Lake LM 26


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TECNOLOGIA| LOGIC | www.backstage.com.br

N O VA V E R S ÃO D O

LOGIC PRO X E DICAS DE MIXAGEM Vera Medina é produtora, cantora,

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compositora e professora de canto e produção de áudio

V Vamos falar um pouco sobre as novidades da nova versão do Logic Pro X lançada em 25 de janeiro de 2018 e também sobre dicas de mixagem que você precisa ter em mente para facilitar ou otimizar suas produções.

ERSÃO 10.4 PRIMEIRO CONTATO

As novidades do Logic versão 10.4 começam na instalação. Tanto uma nova instalação ou update só aparecem disponíveis na Apple Store com, no mínimo, o sistema operacional Sierra (Mac

Figura-1

OS X 10.12). Ou seja, você ficará procurando como fazer o update e ele não vai funcionar. Aparece um tom cinza sobre o botão Atualizar, e depois de um tempo nada acontece. Embarquei então na instalação do High Sierra (10.13) morrendo de medo dos problemas de com-


lizar seu Logic Pro X, tenha certeza que fez o backup da versão instalada. Existe um link que leva às instruções de backup. Ou seja, é para termos certeza que, se algo der errado, conseguimos voltar para o que tínhamos antes. Após algumas horas de update de firmware, instalação do High Sierra e instalação do upgrade do Logic Pro X, consegui acessar a nova versão. Resolvi escrever essa matéria tendo como guia o Release Notes, tentando explicar o que implica cada uma das novas funcionalidades ou atualizações.

NOVAS FUNCIONALIDAES E MELHORIAS

Figura-2

patibilidade com alguns equipamentos. Além disso, o seu computador precisa ter a placa gráfica OpenGL-capable ou, no mínimo, Intel HD Graphics 3000 ou mais atualizada. E para usar o Logic Remote, você precisará de, no mínimo, um iPhone 6s, iPad Pro,

tendo que novas aplicações necessitam de maior processamento. Ocorre com jogos, com aplicações mais complexas. Mas agora me vejo rumando à atualização de meu telefone no mínimo ou comprando um novo ipad para que eu possa utilizar a aplicação. Então temos a

Figura-3

iPad (5a. geração), iPad Air 2, iPad mini 4, ou algum que aceite a instalação do iOS 11. Não tenho acompanhado outras DAWs e seus requerimentos de sistema e hardware, porém, acredito que muitos usuários não conseguiram atualizar a versão do Logic por terem sistemas mais antigos. Em termos do Logic Remote, en-

questão de investimento, mesmo o Logic custando USD 199, para usar todas as funcionalidades, temos que investir num sistema bastante atualizado. (Figura 1) Outra questão, na página de Release Notes do Logic Pro X 10.4 (https:// support.apple.com/en-us/HT203718), encontramos na primeira linha a seguinte indicação: antes de atua-

0 - Smart Tempo: é uma nova tecnologia avançada de detecção de tempo que gerencia automaticamente o tempo em todo o conteúdo de um projeto. O Smart Tempo oferece aos usuários a liberdade de gravar naturalmente sem um metrônomo ou click track e ainda assim seu desempenho permanece em sincronia com qualquer outro conteúdo ou recursos com base em tempo em um projeto. Também é fácil combinar gravações de diferentes fontes com ritmos variados, tornando-a uma ferramenta valiosa para músicos eletrônicos que criam remixes e mashups. 1 - ChromaVerb: é um plug-in avançado de reverberação algorítmica com uma interface interativa colorida que permite aos usuários criar espaços acústicos ricos, adicionando espaço e profundidade às partes de um projeto e simulando uma ampla gama de espaços acústicos, incluindo salas, câmaras, teatros, salões e muito mais. (Figura 2) 2 - Vintage EQ Collection: 3 emulações de equalizadores análo-

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TECNOLOGIA| LOGIC | www.backstage.com.br

6 - Vingate Mellotron está disponível como um instrumento plugin standalone. (Figura 7) 7 - O Retro Synth agora possui 18 modelos de filtro contra 8 na versão anterior. 8 - Alchemy: há uma lista de melhorias apresentada na release notes e, de forma geral, algumas de maior importância, tal como a adição de quatro fontes MIDI adicionais que podem ser atribuídas a destinos de modulação, uma entrada de cadeia lateral que pode ser usada como fonte para envelope, incluindo um botão para navegar até um Mod Target anterior. Em termos de conteúdo temos 150 presets na categoria Cinematic.

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Figura-4

gos vintage dos anos 50 aos anos 70: Vintage Graphic EQ, Vintage Tube EQ and Vintage Console EQ. (Figura 3) 3 - Step FX: é essencialmente um plug-in que abriga uma série de FX com funcionalidades de modulação e roteamento. Possui um pad X / Y que permite modulações complexas e mudanças drásticas no áudio, bem como 3 sequenciadores individuais de modulação. Ambos podem ser facilmente encaminhados para praticamente qualquer parâmetro em qualquer uma das unidades de efeitos disponíveis usando menus suspensos simples. (Figura 4)

um par de bibliotecas multisampleadas de alta qualidade que oferecem uma coleção de instrumentos individuais e agrupados. Grupos mais sofisticados e instrumentos individuais como violoncelo, violão, violino, saxofone, trombone e trombeta e um novo controle de articulação que permite customização. ( Figura 6 – Studio Horns)

4 - O Phat FX segue uma estrutura de design muito semelhante do Step FX. Abriga uma série de efeitos com um pad integrado X/Y, um par de LFOs e um Envelope Follower para modulação. O Step FX é mais para sons rítmicos e espaciais, enquanto o Phat FX traz saturação e distorção. (Figura 5) 5 - Studio Strings e Studio Horns:

Figura-5

9 - Drummer: Uma das ferramentas mais poderosas do Logic Pro X é o Drummer, um plug-in de reprodução de bateria de AI que mistura e combina kits de bateria, padrões de batida e personalidades dummer distintas para lhe dar uma track de bateria bem realista. Temos agora dois novos bateristas, Austin e


gem. Quando perceber que está fazendo isso, pare tudo, grave a alternativa e passe a utilizar equalização e panning para gerar uma separação e espaço.

para ver o resultado e comparar as alternativas. Outra grande vantagem é que, no mundo digital das DAWs, você pode parar e voltar um tempo depois, até mesmo trabalhando em outras mixagens para mudar um pouco o cenário.

14 - Excesso de equalização Da mesma forma, pode haver uma tendência a manter a presença nas frequências de cerca de 2kHz na equalização da mix, uma vez que isso também aumenta a intensidade subjetiva. Isso apenas leva a uma mixagem fraca. Procure peças que possam ser distribuídas uniformemente na faixa de frequência audível. Dessa forma, os elementos não competem entre si e o som geral cresce cumulativamente, o que dá aquela sensação de um som “gordo”, quente.

13- Não aumente os níveis É muito fácil entrar em um círculo vicioso e fazer mudanças em uma parte, ajustar outra e se confundir buscando que um ou outro instrumento apareça na mixa-

15 - Comparação A / B Já comentamos que é importante ter uma lista de músicas de referência. Escolha as músicas mais próximas do resultado desejado para o novo projeto e as coloque

Figura-6

Tyrell, ambos bateristas “Songwriter”. Eles tocam dois novos kits de brush, Bluebird and Speakeasy, também disponíveis no Soud Designer. 10 - Space Designer: também sofreu reformulação. O parâmetro Size agora altera a resposta de impulso antes de ser carregado no plug-in. A taxa de amostragem geral agora é gerenciada de forma independente pela configuração de qualidade. Isso aliado a uma interface Retina. 11 - Uma biblioteca adicional de loops variados Há muitas novidades que vamos abordar nas edições seguintes. Aqui a ideia foi somente resumir alguns pontos mais significativos de alteração. Gostaria também de deixar umas dicas de mixagem, em complementação às edições anteriores.

DICAS SOBRE MIXAGEM 12 - Descanse os ouvidos O melhor trabalho de mixagem é feito na primeira hora. Depois disso, sua percepção muda e decisões erradas podem ser tomadas. O uso de alternativas no Logic Pro X pode ser um diferencial, pois você pode evoluir em algumas mixagens, gravar uma alternativa, partir para outra e depois voltar

Figura-7

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para tornar mais fácil o equilíbrio dos níveis relativos. Uma boa recomendação é usar um limiter e deixar a compressão para o processo de masterização. Esse uso pode ser eficiente para comparação A/B. 19 - A questão dos graves Um dos maiores desafios de todas as mixes é conseguir acertar nos graves, que é a chave para um bom som geral. Voltamos ao mesmo ponto da monitoração em vários sistemas para testar e ajustar o que for necessário.

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Figura-8

em trilhas do Logic Pro X ou deixe a lista de reprodução aberta em algum reprodutor de mídia (ex: iTunes) em segundo plano. Durante a mixagem, compare o seu som final com algumas músicas de referência e veja se está no caminho certo. Se você acha que sua música está melhor do que a referência tenha a certeza de que não está errado, compare os volumes e veja se seu sistema de monitoração está bem configurado. 16 - Escute longe de sua sala e de formas alternativas É sempre bom tentar obter uma ampla perspectiva sobre a mixagem, então faça regularmente uma cópia e escute em outra sala, no carro, em aparelhos simples de som. Lembre- se que você tem equipamentos de ponta e costuma ouvir com uma qualidade superior, geralmente, que a maioria das pessoas. Ouvir com outras pessoas também ajuda você a perceber a música de forma diferente. 17 - Você não deve mixar usando

fones de ouvido Apesar de hoje termos uma situação onde todos usam fone de ouvido no seu dia a dia, esta não é a forma mais natural de ouvir música. Aí está a razão principal de não mixar somente utilizando os fones, além do cansaço causado após um curto período de tempo e possíveis danos à audição. De qualquer forma, eles são úteis para ouvir pequenos detalhes que podem

20 - Cancelamento de fase Esteja ciente do que pode parecer perfeito nos alto-falantes em estéreo pode sumir quando transformado em mono por cancelamento de fase. Pense sempre em manter a compatibilidade para mono, embora não seja usado muito nos dias de hoje. 21 - O que toca no rádio? Uma boa maneira de se distanciar da mixagem e perceber o resultado objetivamente é através da pergunta: Esta música tocaria no rádio? A música precisa envolver as

A mixagem não consiste em obter o equilíbrio perfeito, mas uma boa combinação de sons que conecte seu público ao que a música deseja comunicar. passar despercebidos, tais como ruídos, cliques, excesso ou falta de reverb, problemas em panning, uso de efeitos em estéreo que podem desequilibrar a mixagem e assim por diante. 18 - Uso de limiter Algumas pessoas mixam usando um compressor estéreo externo

pessoas para que elas se sintam conectadas. Acima de tudo, não é sobre técnica e, sim, sobre emoção. 22 - Até onde melhorar a mixagem? A mixagem não consiste em obter o equilíbrio perfeito, mas uma boa combinação de sons que conecte seu público ao que a música deseja comunicar. Existe um momento


que você vai sentir que é o adequado para parar de mexer na música, com prática, você aprenderá a percebê-lo. E é também neste momento que há um enorme risco de você perder a mão e estragar sua mix.

forma a não cansar sua audição e ter uma visão mais real. Se durante a mixagem você tiver uma tendência a aumentar o volume, preste atenção no equilíbrio geral e nível de brilho. Estes podem apresentar problemas.

23 - Volume do monitor A maioria das mixagens vai soar

24 - Adequando o nível Inicie o trabalho de mixagem com

nível adequado. Vou parando por aqui, nas próximas edições vamos desvendar mais novidades do Logic Pro X 10.4 e, paralelamente, trabalhar em aspectos de mixagem no programa. Se tiverem questões ou sugestões, por favor, enviem para que possamos aprimorar o conteúdo.

Para saber online

Uma vez definida a mix completa, você poderá trabalhar com grupo para voltar a um nível adequado. bem e equilibrada quando aplicados volumes elevados, uma vez que nossa escuta se adequa e comprime os sinais. Portanto, tente fazer a sua mix em um nível razoável, de

os faders de saída em torno de 12dB para ter espaço livre para trabalhar a mix. Uma vez definida a mix completa, você poderá trabalhar com grupo para voltar a um

vera.medina1@gmail.com www.veramedina.com.br

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CONVERSANDO COM OUTROS SOFTWARES

Como levar e receber projetos do Logic, Cubase e editores de vídeo Cristiano Moura é produtor, engenheiro de som e ministra cur-

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sos na ProClass-RJ

P Existem muitos motivos pelos quais o Pro Tools se tornou um padrão de mercado. Um deles é por conta da compatibilidade entre estúdios, produtoras e músicos que gravam no seu próprio homestudio.

orém, e se um produtor quiser gravar e editar em um estúdio de grande porte com Pro Tools, para usufruir de diversos microfones e preamps, mas quer

em que será necessário que você domine as possibilidades e recursos da transferência de projetos entre softwares, e é isso que vamos estudar neste artigo!

Figura 1 - Gravação com cortes

mixar em casa, usando Logic Pro? Outra questão: e se você gosta de editar vídeos, como faria para levar todas as suas pistas de áudio para o Pro Tools para fazer uma boa sonorização e tratamento de áudio? Esses são apenas dois, dos muitos casos

ENTENDENDO O PROCESSO, PARA ENTENDER AS NECESSIDADES Vamos separar os estágios básicos de uma produção em três partes: gravação, edição e mixagem.


Figura 5 - Export Select Clips as Files

Figura 2 - Consolidate Clip

É importante, então, primeiro definir em que estágio você está e o que precisa ser transferido. Outro fator a ser considerado são as especificações dos arquivos de áudio. São três caracterís-

Figura 3 - Cubase Bounce Selection

TRANSFERINDO APENAS ARQUIVOS DE ÁUDIO Se você está apenas na fase da gravação, o processo é bem sim-

Figura 4 - Clips consolidados e iniciando na mesma posição

ticas que você precisa ter consciência: tipo de arquivo (File Type), taxa de amostragem (Sample Rate) e quantização (Bit Depth). É importante confirmar se os dois softwares são capazes de trabalhar com as mesmas especificações. Caso contrário, será necessário converter os arquivos.

ples, pois você usou pouquíssimos recursos do seu software e apenas precisa transferir os arquivos de áudio. No entanto, basta ir na pasta de áudio, copiar o material e importar em outro software? Nem sempre. Na maioria dos casos, o músico não executou tudo em apenas um

take. Geralmente fazemos a gravação em “emendas” (overdubs), que é a opção de manter um trecho da gravação que ficou bom, mas regravar outro que ficou ruim (figura 1). Isso gera um problema, pois os arquivos vão ter início diferente. Então eles precisam ser importados, porém mantendo seus pontos de sincronismo mantidos. Então uma estratégia válida neste caso é unificar todos os cortes em um único áudio. Para isso, usamos um processo chamado Consolidate (figura 2) no Pro Tools, ou Bounce em outros softwares (figura 3). O ideal então é que todos os arquivos estejam unificados e iniciando exatamente na mesma hora. Veja bem, mesmo que uma pista tenha áudio apenas no meio da sessão, é importante fazer um Consolidate com o mesmo início das outras pistas, mesmo que seja preenchendo com silêncio (figura 4). Estes arquivos consolidados podem agora ser facilmente exportados do Pro Tools através do comando Export Clips as Files, localizado no Pop-up Menu da Clip List (figura 5). Feito isso, basta criar uma sessão no seu software de preferência e importar os arquivos.

SIMPLES, RÁPIDO E EFETIVO Mas é perfeito? Certamente não,

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Figura 6 - Caixa de diálogo de configuração de AAF e OMF

Figura 7 - Avid Media Composer

pois você não tem mais acesso aos cortes nem aos fades criados. Se tiver qualquer ruído nas emendas, ou mesmo se for necessário refinar um pouco o áudio com o Trim Tool, não será possível. Então, vamos aprender outro método agora.

TRANSFERÊNCIA DE ÁUDIO, MANTENDO CORTES E POSIÇÕES DE CLIPS

Figura 8 - Adobe Premiere

Consolidar nem sempre é a melhor solução, principalmente quando temos muitas pistas, cortes e não tivemos tempo de conferir corte a

corte em busca do melhor ponto de emenda. Felizmente, existe um formato de transferência de projetos que preserva posições e cortes, chamado de OMF. O Pro Tools é capaz de importar ou exportar OMF, e fica então agora por


sua conta pesquisar se seu outro software também tem as mesmas capacidades. Um cuidado especial na geração do OMF é que existem dois sistemas: o arquivo com as informações + arquivos de áudio separados em uma pasta, ou um arquivo único, com todas as informações e arquivos de áudio embutidos (embedded). Apesar do segundo método parecer mais prático, costuma dar mais defeito… então, por precaução, prefira sempre a opção do arquivo OMF separado dos arquivos de áudio. Você pode encontrar esta opção no Pro Tools pelo menu File > Export > Selected Tracks as New AAF/OMF (fig. 6):

EDITORES DE VÍDEO PARA O PRO TOOLS Editores de vídeo também utilizam a exportação via OMF para enviar suas pistas de áudio para os sonoplastas/ editores de som trabalharem em cima no Pro Tools. Como dito antes, manter cortes, fades e posição dos clips é bem importante para dar flexibilidade ao sonoplasta. Mas você como responsável pela produção sonora pode pedir para editores que utilizam Avid Me dia Composer (figura 7) e Adobe Premiere (figura 8) o envio de um arquivo AAF, que não é nada mais do que uma “evolução do OMF”. Com este formato, muito mais informação é transferida, principalmente se o editor de vídeo estiver utilizando o Avid Media Composer, que também é do mesmo fabricante do Pro Tools. Através deste método, o sonoplasta também receberá informação de clip gain, efeitos AAX utilizados nas pistas, automação, markers e muito mais. Também permite criar e gerar uma pista com clips vazios contendo todos os cortes da edição de vídeo. Conseguir localizar facilmente os cortes de uma cena é uma vantagem enorme para o editor de som para vídeo.

INICIANDO UMA MIX EM UM SOFTWARE E CONCLUINDO EM OUTRO Vale ressaltar que ainda não há nenhuma maneira de manter a compatibilidade de plug-ins entre aplicativos como Pro Tools, Logic Pro X e Cubase, por exemplo. Então iniciar uma mix em um software e concluir em outro é ainda uma péssima ideia. Você vai precisar anotar tudo o que fez nos plug-ins no software de origem, e refazer no software de destino. Talvez este seja um dos principais motivos pelo qual o Pro Tools acabou sendo adotado, mesmo por pessoas que nem gostam tanto assim do software. Então, como pudemos observar, temos algumas opções bem interessantes, mas não podemos ignorar o fato de que são apenas paliativos com alguns lados negativos, dependendo do caso. Acredito que todo profissional atuante no mercado, pode (e deve) produzir na sua ferramenta de preferência, mas, ao mesmo tempo, também é recomendável ter um sistema Pro Tools à disposição e uma boa desenvoltura com o software. Sem isso, você corre o sério risco de perder um trabalho simplesmente porque o cliente iniciou o trabalho no Pro Tools e não quer lidar com os contratempos da transferência de arquivos mencionados acima. Abraços e até a próxima!

Para saber online

cmoura@proclass.com.br

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LANÇAMENTO| www.backstage.com.br

EON ONE PRO

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Sistema de PA recarregável com conceito tudo em um

L Com um design mais compacto e leve e mais de seis horas ininterruptas de música, é possível levar sua performance a qualquer lugar, incluindo aqueles locais com que sempre sonhou. redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação

EVE A SUA PERFORMANCE A NOVOS LUGARES

frequência escolhido por você quando está ajustando o equipamento.

O EON ONE PRO empodera você para dar aos seus fãs uma incrível experiência ao vivo, onde quer que sua inspiração leve você, seja às montanhas ou à praia, metrô ou simplesmente uma apresentação na rua, mesmo que o local não tenha energia elétrica. Graças ao sistema sem fio, você pode fazer sua performance de até 6 horas sem recarregar, graças à bateria de vida longa de lithium-ion, permitindo deixar o gerador em casa. Ponto alto de mais de 70 anos de áudio profissional e inovação, o EON ONE PRO proporciona som de qualidade superior, permitindo que você possa ter um som maravilhoso não importando onde você esteja. Isso porque o O EON ONE PRO otimiza a dipersão Sonora, o que significa que seu público pode escutar sua performance de todos os ângulos – mesmo que esteja por detrás de onde você se apresenta. O EON ONE PRO tem o poder também de recalibrar o som dependendo do número de alta-

DESIGN FÁCIL DE CARREGAR Outra característica é que o EON ONE PRO possui um design leve e versátil e é fácil de carregar, você só precisa de uma mão, deixando a outra livre. Adicionalmente, não é necessário mochilas ou múltiplas viagens para carregá-lo.

CONEXÃO PROFISSIONAL PARA UMA MIXAGEM PERFEITA Além das seis horas de bateria de Li-Ion recarregável e de alta capacidade, design ultracompacto e peso super leve, o EON ONE PRO possui wireless Bluetooth, sistema fácil de plug in e mixagem múltiplas para microfones e instrumentos através de seu 7 canais de mixagem integrados com entradas Hi-Z, phantom power, e XLR para expansão. E possível manter seu dispositivo móvel à mão e ligado com um suporte embutido e uma porta USB, capturar o momento ou adicionar efeitos de iluminação


com o suporte de acessórios embutido, que pode ser uma câmera ou elemento de iluminação. Entregue graves e uma cobertura sem obstrução com os subwoofer de 8" com tecnologia bass-flex que proporciona respostas de frequências baixas bem definidas, que só podem ser alcançadas com sistemas maiores de PA. Com o EON ONE, é possível tam-

bém obter o som ideal de guitarras elétricas e outros instrumentos, conectando-se às suas duas entradas Hi-Z e aproveitando o calor de microfones condensadores profissionais com + 48v de phantom power. Com quatro entradas combinadas ¼ “/ XLR, uma tomada de 3,5 mm e uma entrada RCA estéreo, você pode conectar praticamente tudo o que desejar. Os controles de graves,

Características do produto • 6 baterias de lítio recarregáveis;

3.5 mm, (1) stereo RCA, +48V

• 6 horas de performance ininterruptas;

phantom power, Hi-Z , e um

• SPL máximo: 118 dB (pico) • Baixo: 8” LF bass unit • Driver: 6 x 2” HF drivers • 100° x 50° Clean Coverage usando o Directivity Control Geometry • Sete canais de mixagem com Bluetooth streaming audio, (4) 1/4”/XLR, (1)

conector XLR pass-thru • Porta USB carregável embutida para tablet/phone • Peso: 37.5 lbs / 17 kg • Acessórios: bolsa de rodinhas, fixador para camera GoPro® ou componente de iluminação.

agudos e reverb permitem ajustar o tom. E para um som ainda “maior”, conecte um segundo EON ONE PRO à entrada pass-thru.

CAPTURE A SUA PERFORMANCE Quantas vezes você já fez aquela apresentação, mas não tinha sequer uma câmera de celular para registrar o momento. Esse detalhe também foi pensado durante o desenvolvimento desse produto. O EON ONE PRO possui um fixador de acessórios localizado na parte superior dos alto-falantes: basta anexar uma câmera GoPro® e você estará pronto para gravar. Você também pode adicionar um elemento de iluminação para definir a vibração perfeita de sua apresentação.

Para saber mais www.proaudio.seegma.com.br

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ÁUDIO FUNDAMENTAL| ww.backstage.com.br 52

BASES DO ÁUDIO - FREQUÊNCIA Olá galera do áudio, vamos em frente com as bases do áudio, hoje seguindo com “Frequências”.

Pedro Duboc redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação

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e você lida com áudio, você lida com frequências! Áudio é frequência, luz é freqüência e se formos mais a fundo vamos ver teorias de que tudo vibra em frequências, o universo vibra, e você vibra em uma freqüência determinada, porém isso é papo para outra oportunidade, hoje veremos as frequências do áudio. Em áudio lidamos com frequências de todos os lados, não só as frequências de nosso programa musical, mas frequências de RF, frequências de sistema elétrico interferindo nas frequências de áudio, e por aí vai, o campo é realmente extenso, como tudo em áudio. Vamos falar de música, onde lidamos com as frequências de 20Hz a 20.000 Hz.

MAS O QUE É FREQUÊNCIA AFINAL? Uma onda é produzida quando há um distúrbio no meio. O meio pode ser ar, água, ferro, terra ou qualquer coisa. O distúrbio produz uma flutuação na condição ambiente do meio que propaga

vindo da direção da fonte do distúrbio. Se usarmos um segundo como referência, o número de flutuações acima e abaixo da condição ambiente por segundo é exatamente a frequência do evento, é expressa em ciclos por segundo ou Hertz (Hz). Os humanos conseguem perceber frequências de 20 Hz a 20.000 Hz (20kHz). Em um circuito de áudio o que nos interessa é a voltagem elétrica. Em um circuito acústico o que importa é a variação na pressão do ar sobre a pressão atmosférica. Quando as flutuações na pressão atmosférica têm uma frequência entre 20Hz e 20kHz elas são audíveis a nós humanos. Como falamos no texto sobre decibel, os humanos são sensíveis a mudanças proporcionais de potência, voltagem, pressão e distância. Se começarmos da frequência mais baixa perceptível aos ouvidos humanos, 20Hz, e aumentarmos em uma proporção de 2:1, o resultado será 40Hz, um ou intervalo de uma oitava. Duplicando 40Hz, temos 80Hz.


tema ou componente. O Clio é uma ótima opção para análise.

ENTÃO ENTENDEMOS QUE:

Isso também é uma oitava; de novo contém o dobro da frequência anterior. A cada dobra temos uma nova oitava mais alta com o dobro do conteúdo espectral da última oitava. Isso mostra na prática uma escala logarítmica! Nada é tão complicado como parece, na verdade tudo é muito simples! O espectro ou resposta de frequência de um sistema descreve as

frequências que passam por esse sistema. Deve sempre ser usada com uma tolerância apropriada como +/- 3dB. Esse range de frequências é a largura de banda do sistema, todos os componentes de um sistema de áudio têm limitações na resposta de frequência por questões de estabilidade e proteção de falantes. Um analisador de espectro pode ser usado para medir a resposta de frequência de um sis-

1. Frequências são como ondas que variam acima e abaixo de um ponto gerando desta forma um distúrbio. Esse distúrbio é exatamente o que ouvimos, o som! 2. As frequências são divididas em bandas de oitava como vimos acima. 3. Nossos ouvidos percebem de 20 a 20.000 distúrbios ou ondas por segundo. Na próxima edição, entraremos mais a fundo nas frequências, falaremos sobre “comprimento de ondas”, “superfícies” e “superposição de ondas”. Não percam! Grande Abraço!

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SOM NAS IGREJAS | NÍVEL BÁSICO ww.backstage.com.br 54

Nesta publicação vamos entender melhor o patch. Já compreendemos os conectores, as conexões, pré-amplificador, ganho, phantom e conversão de sinal analógico para digital nas edições anteriores. Agora, vamos falar das possibilidades de endereçar e rotear um áudio já convertido em digital.

Tiago Borges redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação

ETENDENDO o Patch E

NDEREÇAMENTO E ROTEAMENTO

Antes de sairmos endereçando e roteando as coisas, primeiro precisamos entender a diferença entre endereçamento e roteamento do patch. Endereçamento é bem parecido com a ideia dos correios, que precisa de um endereço para enviar e outro endereço para receber. Então, precisamos sempre lembrar de onde vem e para onde queremos levar o sinal. Digamos que o sinal vem da porta de entrada número 01 e gostaríamos de usar este sinal no canal 02. Podemos ir no fundo da mesa de som e trocar o sinal analógico, tirando da entrada 01 e colocando na entrada 02. Mas também podemos fazer isto digitalmente, definindo que o sinal do canal 02 vai receber o sinal da entrada 01. Ou seja, quando falamos qual o endereço de saída e qual o endereço de entrada, já entendemos o patch quanto aos endereços; porém, e o roteamento? O roteamento é igual ao GPS, que indicamos quais os endereços e visualizamos as possibilidades de rota. Então,

do canal de entrada físico 01 para o canal de processamento 02, será preciso indicar por qual caminho, por qual rota vai passar. Assim, vamos no patch e vamos nos canais e dizemos qual porta vai para onde, ou seja, qual rota vai de qual endereço para qual endereço.

PATCH ANALÓGICO E se parece difícil, sempre pense nos cabos físicos. Você pode usar o microfone ligado direto na mesa de som, porém, pode usar um multicabo para receber este sinal e enviar para a mesa. Este sinal pode ser direto ou pode passar por vários caminhos, como cabo de microfone dele até o multicabo pequeno, que vai levar o sinal até o multicabo grande, e de lá para mesa de som. Assim, temos vários endereços nas pontas dos cabos e dizemos quais rotas, por quais vias de multicabos e cabos este sinal vai passar. Por exemplo: você usa um multicabo grande, com muitas conexões para levar o som do altar até a mesa de som. Digamos que este multicabo tem 20 vias, ou


melhor, 20 canais. Você pode ligar o canal 01 do multicabo no canal 01 da mesa, assim, sempre que você tiver algo que queira chegar na mesa no canal 01, é só ligar no mesmo número no multicabo. Mas digamos que este canal 01 deu problema e você quer ligar alguma coisa no multicabo e que o sinal chegue no canal 01. Para isto, terá que passar outro cabo ou pegar um número acima, do multicabo que estragou o canal 01, e conectar este número acima na porta 01 da mesa de som. Digamos que agora esteja com o canal 20 conectado na porta 01. Assim, o endereço não é mais canal 01 do multicabo para chegar no canal 01 da mesa. Agora está usando canal 20 do multicabo entrando na porta 01 da mesa.

mesa de som. No patch digital é isso, você tem a entrada da mesa indo direto para o canal de processamento; ou seja, a porta de entrada 01 da mesa de som digital envia áudio para o canal de processamento 01. Com a possibilidade de

para ter em dois canais de processamento, podendo equalizar uma para o som da frente de forma independente da equalização para o som dos retornos, usando a mesma porta de entrada física e dois canais de processamento. Ou seja, um endereço enviando para dois ou mais endereços. Assim, você pode usar canais dobrados para gerar efeitos, equalizadores, compressores e outras possibilidades diferentes em cada um.

VIRTUAL SOUND CHECK

E se tivesse dois multicabos, um pequeno, para chegar no multicabo grande e o grande para chegar na mesa de som. Se tudo estivesse ok, poderia conectar o canal 01 do multicabo pequeno no canal 01 do multicabo grande que vai para o canal 01 da mesa de som. Fica fácil quando estes endereços são sequenciados (corridos), porém, ao usar um canal fora da sequência do multicabo, terá que ter mais atenção para não enviar o sinal que passa por dois caminhos (dois multicabos) até chegar na

mudança de patch, você escolhe os endereços (qual porta e qual canal) e faz a rota de um para o outro.

DOBRANDO CANAIS Uma coisa muito bacana que o patch editável, que a mesa digital permite, é a dobra de sinal. Se podemos usar uma entrada física e colocá-la em outro canal de processamento que não tenha o mesmo número da entrada física, então, podemos dobrar sinais. Por exemplo, podemos pegar a entrada física de uma voz e dobrá-la

E por ser sinal digital, você pode enviar para o computador, para gravar cada canal de forma independente, ou receber de volta na mesa cada canal de forma independente. Este processo de voltar o sinal de cada canal de forma independente pode facilitar a passagem de som, pois é possível receber o som gravado do bumbo de volta no mesmo canal do bumbo que recebe o sinal do músico. Desta forma, é possível passar o som com áudio de toda banda (gravado em multipista) e retornar para a mesa fazendo o virtual sound check (checagem de som virtual). Aproveito para convidá-lo a ler no meu blog da Backstage, a publicação sobre compartilhamento de mesa de som digital e uso de ganho. Na próxima publicação, falarei sobre protocolos.

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AQUA 480 BWS E AQUA 480 BEAM www.pr-lighting.com O Aqua 480 BWS é um moving light com IP65 rated, desenhado para ter 3 características em um: Beam, Wash e Spot. O modelo adota a tecnologia PR patenteada e combina uma avançada lâmpada 480W com um sistema ótico maravilhoso, fazendo dele um equipamento ideal para eventos de entretenimento ao ar livre, concertos, estádios e quaisquer outras atividades ou eventos. Já o modelo Aqua 480 Beam, além de também ter o IP65, com uma ampla abertura de beam, fazendo dele também perfeito para aplicações ao ar livre, pode produzir efeitos beam afinados, projeção de gobos impressionantes e produzir um grande número de efeitos.

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VITRINE ILUMINAÇÃO| www.backstage.com.br

CADERNO ILUMINAÇÃO

OMEGA www.pr-lighting.com Esta luminária com efeito moving zoom bar possui seis LEDs RBGW 4 em 1 e produz um poderoso zoom com lâmina de luz. Cada pixel pode ser controlado individualmente e a saída de luz pode ser facilmente transformada em um raio dinâmico de micro beams no ar. Entre outras características do produto, podemos destacar: lâmpada OSRAM 6x60W LEDs (RGBW, 4 in 1), 50,000 h, Tensão 100V~240V AC, Frequência 50/60Hz, consumo de potência 500W@220V, dimmer mecânico de 0-100% linear ajustável, ângulo de luz (1/2 peak)-?1/2 : 3°~ 60°, pan: 540°, tilt: 270°, DMX512, proteção para superaquecimento, temperatura de ambiente de trabalho -20°C~40°C, peso 14.1kg.


KL FRESNEL 4™ www.elationlighting.com www.decomacbrasil.com O KL Fresnel 4 é um Fresnel de 50W 3000K >97CRI que produz um branco quente, produzindo uma saída superior total de 1,900 lumens, compatível com modelos hológeno de tungstênio. Suas características incluem zoom manual de abertura de 14° a 30°, controle manual e DMX do dimmer e obturador, dimmer rotativo, modos de curvas suaves de 16-bit selecionáveis, rate de freqüência LED e intensidade de brilho ajustáveis para tirar o flick para TV e Film, suporta protocolo RDM (remote device management), 5 colunas DMX e conexões PowerCON in/ out, 4 botões de controle de painel, menu LCD, múltipla unidade de power linking, fonte de energia universal (100-240V), moldura em gel e barn door rotativo (incluído), e 3 grampos para ajustes de posições do eixo de montagem.

ROGUE R3 SPOT www.chauvetprofessional.com O equipamento oferece saída intensa, óptica nítida, foco nítido e mantém uma proposta de valor projetada para maximizar o ROI. Este moving tem um brilhante mecanismo de luz LED de 300W que produz um campo de luz igual, bem como gobos rotativos e estáticos, uma roda de cor habilitada para 8 posições e cores divididas, além de um prisma de três facetas para criar aparências deslumbrantes. Um alcance de zoom de movimento rápido de 13 a 37° aumenta a sua flexibilidade de uso, dando ao Rogue R3 Spot a capacidade de cobrir grandes áreas. Outras características são: roda de 2 com 7 cores, RDM disponível para endereçamento remoto, canais DMX simples e complexos para programação e um perfeito efeito de morphing entre as rodas de gobos.

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ILUMINAÇÃO

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CÊNICA Nas últimas quatro décadas, diversas foram as inovações que conquistaram a indústria de iluminação, os mercados especializados e os palcos ao redor do mundo. Dos instrumentos de iluminação cênica às formas de comunicação – entre instrumentos e periféricos, como também, inclusive, com o público – diversas foram as evoluções percebidas e inseridas nos projetos de iluminação cênica.

LIGHT FIDELITY: INOVAÇÃO À VELOCIDADE DA LUZ!

Cezar Galhart é técnico em eletrônica, produtor de eventos, baixista e professor dos Cursos de Eventos, Design de Interiores e Design Gráfico do Unicuritiba e pesquisador em Iluminação Cênica.

N

esta conversa, o Li-Fi (Light Fidelity) será discutido como uma possível revolução nos sistemas de comunicação, transmissão e recepção de dados, além de estimulador de interações inimagináveis, à velocidade da luz. Há praticamente quarenta anos, com o surgimento do primeiro movinghead desenvolvido pela empresa americana Showco (um protótipo, intitulado VLZero, e que, patrocinado pelo produtor da banda inglesa Genesis, seria aprimorado – para a versão VL-1 – e seria produzido em escala pela Vari-Lite Inc – um ‘spin-off’ da Showco), uma verdadeira revolução ocorreria nos palcos e shows. Com esses instrumentos de iluminação

cênica, um novo cenário de recursos e interações provocaria o aprimoramento e padronização de consoles e protocolos de comunicação, determinantes para a expansão das possibilidades e artifícios (efeitos, arranjos, princípios e programação) que seriam fundamentais para a inserção do LED (descoberto em 1962, e desenvolvido para painéis de LEDs em 1996 pela empresa canadense SACO Technologies para Pop Mart Tour da banda irlandesa U2) como dispositivo de emissão de luz. Nesta conjuntura, onde as novas tecnologias se expandem de diversas maneiras na ‘indústria do entretenimento’, soluções vibrantes, versáteis e mesmo imprová-


Banda inglesa Genesis na “The Mama Tour” (1983): precursora no uso de movingheads, com 180 Vari*Lites VL1 utilizados nessa turnê. Fonte:TWR.

veis permeiam os projetos e as concepções dos lighting designers, em todo o mundo. Com o surgimento dos OLEDs Organic Light-EmittingDiodes – em uma perspectiva futura, estruturas e elementos cenográficos e de iluminação cênica poderão ser configurados como recursos de emissão

presenciais e comunicativas, entre produção e espectadores. Mas o que mais ainda poderia ocorrer como inovação no campo da iluminação, de maneira a revolucionar essa área? Desde o surgimento dos primeiros experimentos com o wi-fi – marca registrada para a identificação de

Na IEEE 802.11, a rede sem fio que define ospadrões de transmissão e codificação para comunicações sem fio e que opera na faixa de 5GHz de luz, em formatos e dimensões personalizadas e únicas, além de mais resistentes, flexíveis e mais leves. Com isso, as expectativas e alternativas vigentes para a criação de projetos e espetáculos orgânicos e complexos condicionará os públicos a outras experiências sensoriais,

dispositivos de rede local que permitem a comunicação de dados sem fios – no início da década de 1990, estudos e pesquisas aplicadas, principalmente nas áreas de informática e telecomunicações, buscam soluções e respostas para a melhor confiabilidade de trans-

missão e recepção de sinais com redução de perdas e mais efetiva velocidade. Novos padrões e protocolos surgiram, de maneira a uniformizar sistemas entre produtos, para que a indústria estivesse adaptada a produzir, por diversas empresas e laboratórios espalhados em universidades e setores privados de P&D (Pesquisa & Desenvolvimento). Assim, o Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE) dos Estados Unidos regulamentou a IEEE 802.11, a rede sem fio que define os padrões de transmissão e codificação para comunicações sem fio e que opera na faixa de 5GHz, prezando pela minimização de interferências e delimitação de frequência e faixa de operação dos dados transmitidos e recebidos, em determinadas partes ou países no mundo. Atualmente o padrão mais avançado, intitulado IEEE

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Banda americana Disco Biscuits– tecnologias wireless empregadas para DMX e Dimmers. Fonte:Dave Vann/ RatpacDimmers.

802.11ac – que na teoria chega a um limite de 7 giga bits por segundo (Gb/ s), e na prática, 2Gb/s – será substituído nos próximos anos pelo padrão IEEE 802.11ax, que fornecerá o dobro de capacidade e operação nas faixas de 2,4GHz e 5GHz. Se essa rede proporcionou condições únicas para a automação de sistemas e para o desenvolvimento de periféricos e dispositivos com funcionalidades avançadas – de equipamentos, como dimmers, aos consoles, e de maneira mais usual e versátil, smartphones -,

estão em um estágio irreversível. Praticidade e mobilidade já integram os hábitos e costumes dos cidadãos e das culturas organizacionais na sociedade. Portanto, o que poderia ainda ser aprimorado? Provavelmente, as evoluções ocorrerão nos meios de transmissão. Se a utilização de melhores materiais de construção dos cabos de conectividade já ocorre com desempenhos superiores, sendo uma realidade vigente, outros meios também existentes serão utilizados de maneira mais

Atualmente, a mais eficiente forma de transmissão por conectividade física ocorre através de fibras óticas. ainda se condiciona em uma tecnologia que apresenta imperfeições, instabilidade e, mesmo com controversos relatórios e publicações no meio médico, potenciais problemas de saúde pelo excessivo uso, fazendo com que diversos países já adotem o ‘Princípio da Precaução’ para o uso do wifi, principalmente em ambientes com predominante presença de crianças. Entretanto, as tecnologias wireless já

efetiva nos próximos anos. Atualmente, a mais eficiente forma de transmissão por conectividade física ocorre através das fibras óticas. Com inspiração no princípio ótico da Física pautado na reflexão da luz, demonstrado pelo físico inglês John Tyndall na segunda metade do século XIX, foi em 1966 que, com o físico chinês Charles Kao, houve a primeira transmissão de dados de telefonia


com esses cabos especificamente, com mais capacidade e, consequentemente, menor custo e redução de interferências elétricas exteriores. Mas o que as fibras óticas conduzem, de fato, é a luz, gerada normalmente por diodos emissores de luz (LEDs) ou

sociado ao retrocesso. Foi com base nesses princípios que surgiu o Li-Fi, ou Light Fidelity, como futuro sucessor do Wi-Fi, e com base nos mesmos princípios da condutividade das fibras óticas. Nos estudos e pesquisas já realizados desde 2010, a

Foi com base nesses princípios que surgiu o Li-Fi, ou Light Fidelity, como futuro sucessor do Wi-Fi... por tubos de raios laser. O controle da luz produzida e transmitida pelas fibras óticas pode ainda ser codificado pela geração de fluxos com intervalos de tempo, produzindo padrões em linguagem binária (transmitida com a presença e ausência da luz, através da leitura dessas duas informações durante um período curto), possibilitando a multiplicação de dados transmitidos e recebidos. O que impede a expansão do uso de fibras óticas no dia a dia – e que muitas vezes pode estar associado à iluminação decorativa, apenas - é justamente a vinculação de sistemas físicos de condutividade de dados. A disseminação do wi-fi também criou uma cultura de utilização, cujo abandono poderia ser as-

condução de dados é realizada pela própria luz – a partir da VLC (Visible Light Communication), isto é, no espectro visível, ou seja, com comprimentos de onda entre 370nm (violeta) e 750 nm (vermelho) -, uma vez que neste sistema são as luminárias os instrumentos de transmissão e recepção de sinais, e as conexões seriam baseadas em sensores, comportandose como dispositivos de emissão e captação dos dados. Como as ondas de luz têm uma frequência muito maior do que as ondas eletromagnéticas utilizadas pelo Wi-Fi, aumentam-se as expetativas na velocidade de transmissão, além do incremento no tráfego de informações. Utilizando-se uma lâmpada LED como instrumento padrão em um sistema Li-

Banda inglesa Motörhead na “Bad Magic Tour”– estruturas e instrumentos automatizados por sistemas da empresa inglesa Kinesys. Fonte:HSL Group.

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ILUMINAÇÃO | www.backstage.com.br

CADERNO ILUMINAÇÃO

Sistema baseado no Visible Light Communication ou Li-Fi. Fonte:Cisco &Amp.

Fi, por exemplo, pode-se transferir dados em até 100 Mbps. No caso do Li-Fi baseado na utilização do laser, esse processo seria ainda mais rápido, com velocidades de até 100 Gbps. O padrão atual de regulação desse sistema está regulamentado pela IEEE 802.15.7-2011.

com dispositivos e periféricos programados para as interações desejadas. Como possibilidades, além dos tráfegos de informações, o Li-Fi permitirá ainda a transformação de pacotes de dados em energia, permitindo inclusive sistemas de alimentação retroativa, fundamentais

Como possibilidades, além dos tráfegos de informações, o Li-Fi permitirá ainda a transformação de pacotes de dados em energia. O esquema representado na figura acima demonstra a configuração de um sistema baseado no VLC, ou Li-Fi. Nele, três classes de dispositivos devem ser consideradas: infraestrutura (com servidor e rede de internet para a geração dos dados transmitidos/recebidos); instrumentos (luminárias, drivers e Hardlocks – estes, dotados de sensores, amplificadores de sinais e conversores digitais); e mobilidade,

para monitoramento ou mesmo autocontrole para equipamentos e grupos de instrumentos, inclusive da iluminação cênica. Nesse sentido, o endereçamento poderá ser individualizado (ponto a ponto), ou em configuração centralizada/descentralizada (broadcast). Também formas de interação inimagináveis seriam propiciadas pela combinação luz e público. Para condições adequadas de transmis-

são de dados por meio de dispositivos móveis, tais como smartphones, esses recursos poderiam enfim ser utilizados de maneira a gerar combinações profícuas e benéficas, além de medidas de controle, acesso ou restrições, e mesmo segurança, pela análise e rastreamento de dados e informações disponíveis, para todos os tipos de eventos. No estágio atual de evolução, limitações físicas dos espaços físicos e incidência de sombras poderiam ser fatores de perdas dos sinais e descontinuidade com o uso da LiFi para diversos tipos de ambientes. Entretanto, a evolução nas pesquisas sobre as formas de transmissão e reflexão dos sinais, com a utilização da luz como meio de propagação das informações e dados necessários ao sistema, promete um horizonte promissor e repleto de novidades, na velocidade da luz. Abraços e até a próxima conversa!

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LUIZ CARLOS SÁ | www.backstage.com.br 64

EU E A MÚSICA

UMA VAGUE NADA NOUVELLE...

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ara quem não viveu os anos de reinado musical da bossa nova fica difícil entender como uma música baseada em acordes - digamos assim... - “complicados”, aliados a encadeamentos harmônicos não muito acessíveis a qualquer um, conseguiu não só tornar-se popular em seu país como também virar produto de exportação. Ocorre que a bossa nova em seus primórdios não era racionalizável: era um clima, um estado de espírito, uma coisa que vinha em ondas e conquistava. Era o reflexo de um país e de um povo que começava a acreditar que a felicidade era um objetivo viável. Em finais dos anos 50 e princípios dos 60, o Brasil era capitaneado musical e culturalmente pelo Rio de Janeiro, cidade no apogeu de sua beleza e bem-viver, ainda então inteira e não despedaçada pela extrema desigualdade social, ocupação desordenada da região da Barra da Tijuca e liberação criminosa do gabarito das construções. Vivíamos nós, cariocas, na ilusão de que aquela cidade de sonho atravessaria os séculos sendo a nossa aldeia imaginária de sol, sal, sul e tudo o mais, livre dos desmandos políticos que acabariam por

transformar a Shangri-la em potencial numa Chicago dos anos trinta, numa Medellín dos 80. Mas meu problema em particular era descobrir como tocar bossa nova. Em vão eu tentava incrementar no velho violão paterno os acordes que ouvia nos discos de João Gilberto, Tom Jobim, Os Cariocas e similares. Nada acontecia. Os dós maiores, os mis menores, todos aqueles acordes que eu tirava dos antigos métodos de aprendizado que eu comprava não resolviam nada. A sonoridade da bossa nova escorria por entre meus dedos calejados por buscas inúteis... Fui salvo afinal por um amigo, Eugenio Colin. Em apenas uma tarde na minha casa, Eugenio conseguiu me ensinar os macetes dos acordes com sextas, nonas, décimas primeiras e todo o resto. Quando ele foi embora eu já conseguia tocar o Samba de Uma Nota Só sem vacilos. Só depois desse insight que Eugênio me proporcionou foi que pude entender as mágicas da composição. De repente um mundo de possibilidades harmônicas abriu-se para mim. Letra de música não era problema para um leitor compulsivo como eu (parênteses: se


LUIZCARLOSSA@UOL.COM.BR | LUIZCARLOSSA.BLOGSPOT.COM você quer ser letrista, poeta ou escritor, você tem que ser um leitor frequente) e agora eu começava a ter as armas necessárias para unir uma coisa à outra. Para enriquecer um pouco mais meu aprendizado musical, Eugênio apresentou-me seu irmão, Sílvio Colin, um estudioso de violão erudito. Sílvio abriu-me as amplas portas dos compositores clássicos, principalmente os espanhóis, que ele executava com extrema maestria. Albéniz e Tárrega passaram a ser habitués nas nossas tardes tijucanas, enquanto eu tentava por todos os meios reproduzir de ouvido as peças que Sílvio tocava. Claro que tudo ficava capenga nos meus dedos de principiante. Enfim, aos trancos e barrancos, entre colar os acordes do Eugênio e ouvir com atenção as difíceis peças que Sílvio me mostrava, fui construindo meu próprio acervo de acordes, batidas e macetes instrumentais. Mas o Foto: Divulgação progresso me trouxe um atrevimento indevido: resolvi formar o que na época se chamava “conjunto de baile”. Explico: com o advento da bossa nova, a garotada que queria seguir a carreira musical formava “conjuntos”, em geral integrados por bateria, baixo, piano, guitarra e um cantor. Algo parecido com João Gilberto e Tom Jobim o que rola ainda hoje, não? Mas alguns desses conjuntos de garotos se destacavam e conseguiam alguma popularidade nos bairros e clubes sociais. Era o tempo também dos grandes conjuntos profissionais, como Ed Lincoln, Djalma Ferreira, Chiquinho do Acordeon e outros mais. Nós queríamos ser como eles. Por essa época, não me lembro como, conheci Mariozinho Rocha, que no futuro seria peça importantíssima na minha carreira musical como produtor do primeiro disco de Sá, Rodrix & Guarabyra. Mariozinho tocava piano e tinha um primo, Pedro Paulo, que tocava bateria. Mariozinho morava no Leme e vinha raramente à Tijuca (lembrem-se que o Rio de então tinha apenas um túnel, o da rua Alice, e a comunicação entre as zonas Norte e Sul passava prioritariamente pelo Centro, o que complicava muito as coisas) o que fez

com que a formação do nosso “conjunto” tivesse que contar com outro pianista, Elvert Brandão. Para o baixo chamei meu inseparável amigo Mario Pires, tão principiante no instrumento quanto eu na minha guitarra Sonic Giannini. E o nome, tirei do badalado movimento do novo cinema francês, que eu admirava através dos filmes de Godard, Chabrol, Resnais, Truffaut e que tais: Nouvelle Vague. Aconteceu que, depois dos três primeiros bailes, Elvert – o mais profissional de nós todos – chegou à óbvia conclusão de que eu e Mário Pires não dávamos conta do recado: pulou fora, levou o batera junto e formou um conjunto rival, empresariado pelo mesmo Eugênio Colin que me abrira as portas da bossa nova. Eu e Mario, injuriados, formamos outro grupo, adicionando um trumpetista, outro pianista e bateras ocasionais. O pianista errava sistematicamente toda e qualquer harmonia que existisse. O trumpetista improvisava aleatoriamente sem nenhum sentido, uma verdadeira corneta... e como os bateristas ocasionais não conseguiam tempo para ensaiar, a Vague ficou tudo, menos Nouvelle... durou o suficiente para me convencer de que eu deveria passar mais tempo aprendendo a tocar e cantar antes de atrever-me a ser profissional. De todo o jeito, valeu a experiência, nada pouca. Mariozinho Rocha – que não fez parte do Nouvelle Vague – foi uma peça essencial, já disse eu, na formação do Sá, Rodrix & Guarabyra, produzindo também mais tarde as nossas músicas que integraram a trilha sonora da novela “Roque Santeiro”. Pedro Paulo, que ganhou de Guarabyra o apelido de “Pedrinho Poeta” – em razão de sua longa cabeleira neo-renascentista – tocou com a gente do primeiro disco do trio, Passado, Presente, Futuro. E eu aprendi a encarar o público, escolher um repertório condizente e arrancar os cabelos com meus desacertos. Mas o que seria dos nossos acertos sem os prévios erros, não é mesmo?...

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